Noticias da ICSS 16 - DeSales University

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Noticias da ICSS 16 - DeSales University
No. 16 * Julho – Agosto de 2005
NOTÍCIAS DA ICSS
Fundada em 1997 e publicadas duas vezes por ano pela
Comissão Internacional de Estudos Salesianos (ICSS)
dos Oblatos de S. Francisco de Sales
UMA BIOGRAFIA VISUAL DE SANTA JOANA
FRANCISCA DE CHANTAL
Dentro do prazo de três anos depois da morte de
Santa Joana Francisca de Chantal (1572-1641), duas
biografias da santa foram publicadas que formaram a base
para o processo rumo a sua possível canonização (1767).
Ambas as biografias estavam baseadas no Mémoires da
Madre François-Madeleine de Chaugy (1611-1680) que era
a secretaria e confidente de Joana. A primeira biografia,
patrocinada pela Visitação de Annecy e publicada
simultaneamente em Paris e Lyon, em 1643, foi escrita pelo
Jesuíta Alexandre Fichet (1588-1659) cuja irmã, MarieAdrienne, era uma freira da comunidade de Annecy. A
segundo, patrocinada pelo primeiro mosteiro da Visitação
em Paris, teve como autor Henri de Maupas du Tour (16061680), bispo de Le Puy e esmoler principal de Ana de
Áustria, Madre Rainha e Regente. Publicada em 1644 em
1
Paris, foi dedicada a Ana, que foi visitada por Joana na sua
última viagem a Paris. 1
Enquanto a biografia de Fichet inclui uma estampa não
assinada – um “retrato autêntico” – de Joana, aquela de
Maupas du Tour, intitulada a Vida da Venerável Madre
Joana Francisca Frémyot, é ilustrada por um conjunto de
três gravuras de Grégoire Huret (1606-1670), um dos mais
destacados gravadores na França, no século 17. Durante
sua vida, Huret criou mais que 500 estampas de imagens
religiosas ou alegóricas que se distinguem por sua
composição original e ousada execução. 2 Para a biografia
de Maupas du Tour, Huret fez três estampas de Joana que
são muito ricas quanto a sua composição, ambientação
arquitetônica
complexa
e
figuras
elegantemente
posicionadas. O retrato de Joana, cuidadosamente
desenhado por Huret, apresenta uma biografia visual que
complementa e é o fac-símile da vita da futura santa, de
Maupas du Tour.
O próximo volume de ensaios, Human Encounters in
the Salesian Tradition, a ser publicado pela Comissão
Internacional de Estudos Salesianos (ICSS), inclui um
estudo das estampas de Huret que examina, pela primeira
vez, sua rica iconografia a respeito dos textos da Madre
Chaugy e Maupas du Tour, como também um contexto
cultural e eclesiástico mais amplo. Dr. Christopher C.
Wilson da George Washington University em Washington,
D.C., um historiador de arte, que é especialista da arte do
início da reforma católica moderna, assumiu essa
investigação, convidado e estimulado pela ICSS. O seu
trabalho é intitulado: “Picturing the Way of Perfection:
Grégoire Huret´s Engravings of St. Jane Frances
de
Chantal (1644) in Their Teresian Context.” Como esse título
indica, um número de vínculos importantes podem
perceber-se entre a descrição de Huret sobre Joana e o
1
Ver E. Stop, “Changing Views of a Saint” e “From Mère de Chaugy´s Mémoires to Modern Times”, no
seu Hidden in God: Essays and Talks on St. Jane de Chantal, ed. T. O´Reilly (Philadel`phia: Saint
Joseph´s Univ. Press, 1999), 31-68; M.-P. Burns, Françoise-Madeleine de Chaugy: Dans l´ombre de la
lumière de la canonisation de François de Sales (Annecy: Académie Salésienne, 2002), 50-51; e S.
Rouez, “ La Visitation et la diffusion da la dévotion à sa fondatrice: La publication et la circulation des
Vies de Jeanne de Chantal,” Siècles, no. 16 (2003): 103-118.
2
R.-A. Weiger, Inventaire du fonds français: Graveurs du XVII siècle (Paris: Bibliothèque Nationale,
1968), 294-391; E. Brugerolles e D. Guillet, “Grégoire Huret, dessinateur et graveu”, Revue de l´art 117
(1997): 9-35.
2
retrato nas artes visuais de Santa Teresa de Ávila (15151582; canonizada em 1622), quem era o ponto de
referência constante para a avaliação de santidade feminina
durante o início do período moderno.
Não se pode apreciar devidamente a riqueza e a
profundidade das descobertas de Dr. Wilson no seu ensaio
breve. No entanto, queremos partilhar com nossos leitores
o conjunto extraordinário das estampas de Joana, com um
comentário breve, fundamentado na análise profunda de
Dr. Wilson e, ocasionalmente, outras fontes. Talvez esse
“aperitivo” estimule o nosso apetite para uma apresentação
mais completa sobre o tema que aparece no trabalho de
Dr. Wilson em nosso volume da ICSS, como também nos
assista na preparação da festa de Joana (18 de agosto nas
Américas, e 12 de dezembro alhures).
A Teresa da França
Canonizada em 1622, Teresa de Ávila era considerada
popularmente o modelo feminino ideal de santidade
durante a Contra-Reforma. Os escritos de religiosas do
século dezessete, como também biografias de autores que
promovem veneradas mulheres devotas, dão amplo
testemunho disso. A legitimidade da vida interior de
mulheres e das atividades exteriores era medida segundo a
conformidade
com
o
protótipo
teresiano.
Os
contemporâneos de Joana consideravam a ela claramente à
luz disso. O relacionamento estreito de Francisco e Joana
com o Carmelo teresiano foi estudado extensamente por
peritos. Aqui, porém, basta lembrar que, como a Madre
fundadora da Visitação viajava por toda França para
realizar fundações novas, Joana era chamada e considerada
como a “Madre Teresa” do seu país natal. 3
3
E. Stopp, “Spanish Links: St. Francis de Sales and St. Teresa of Ávila”, no seu A Man to Heal
Differences: Essays and Talks on St. Francis de Sales (Philadelphia: Saint Joseph´s Univ. Press, 1997),
171-182, p. 177.
3
A primeira estampa de Huret
(Figura 1) apresenta a seção inicial da biografia de Maupas
du Tour, que trata da vida de Joana no mundo antes da
fundação da Ordem da Visitação (1610). A estampa mostra
um episódio muito conhecido da vida de Joana. Seu pai
tinha sugerido um segundo matrimônio, o qual Joana
decididamente rejeitou por ter resolvido a pertencer
totalmente a Deus; para dar maior ênfase a sua resolução,
Joana, ajoelhada diante de um crucifixo, marcou com um
estilete em brasa o nome de Jesus no peito, em cima do
coração. 4 Huret apresenta o que pode ser descrito como
uma interpretação teresiana desse episódio: Joana está
caindo no chão num desfalecimento extático, ao gravar o
nome de Jesus no peito; o próprio Cristo guia a mão dela
que segura o estilete, enquanto um anjo a sustenta por
detrás.
Essa composição enfatiza a associação de Joana com
Teresa como eco da iconografia da experiência mística mais
famosa da santa espanhola, ou seja, sua visão da
perfuração do seu coração (do latim transverberare, quer
dizer “atravessar, transfixar, traspassar, perfurar”) O relato
dessa visão está presente na sua autobiografia (iniciada em
1562, primeira publicação em 1588):
Vi pertinho de mim, do lado esquerdo, um anjo em forma
de corpo,... [Na] sua mão [havia] um grande dardo de ouro
e, na extremidade da ponta metálica, parecia haver um
foginho. Parecia-me que esse anjo afundava o dardo
4
Ver E. Stopp, Madame de Chantal: Portrait of a Saint (Westminster, Md.: Newman Press, 1963), 8283.
4
diversas vezes no meu coração e me atingiu
profundamente. Quando o tirou, eu pensava que me
arrancou o mais profundo do meu ser; e me deixou toda
abrasada com grande amor a Deus. 5
A estampa de Huret tem dois paralelos notáveis com
duas outras flamengas da transverberação de Teresa.
Numa estampa de Adrien Collaert e Cornelis Galle, um anjo
sustenta a Teresa detrás, enquanto um outro aponta a
parte dianteira de uma flecha no coração dela. Fora de si
durante o momento extático, Teresa está inclinada para
trás e olha fixamente para o céu. De forma parecida, na
estampa de Huret, a figura de Joana cai diagonalmente
num desfalecimento, enquanto um anjo lhe apóia nas
costas. A composição de Huret tem também elementos em
comum com uma imagem de Antoon Wiericx. Nas duas
imagens, a pessoa feminina está ajoelhada numa
plataforma arredondada, parecida com um palco, vista de
frente na estampa de Wiericx e transversalmente na
representação de Huret.
O ato de Joana da inscrição torna-se sua própria
transverberação, com o estilete pontiagudo, manuseado
por Cristo, substituindo a flecha de Teresa como o
instrumento perfurador que a enche de amor divino. Huret
põe um altar no fundo de sua composição, sugerindo que
Joana esteja no interior de uma igreja ou capela. De forma
parecida, na estampa da transverberação, confeccionada
por Collaert e Galle, vê-se um altar através de uma porta
aberta no fundo. A presença do altar nesses retratos de
Teresa e Joana associa a experiência mística delas à liturgia
e aos sacramentos, ao destacar que a Igreja institucional é
o contexto no qual se desenvolve o empenho delas de
alcançar a santidade.
Existe ainda uma outra faceta da transverberação que
merece comentário. No século 17, a transverberação de
Teresa era interpretada não só como uma experiência
mística, mas também como uma forma de martírio. Por
5
The Book of her Life, ch. 29; English trans. By K. Kavanaugh and O, Rodrigues, The
Collected Works of St. Teresa of Ávila, vol. 1, 2nd ed. (Washington, D.C.: ICS
Publications, 1987), 252. Francisco de Sales reproduz essa descrição quase verbalmente
no Tratado do Amor de Deus, Bk. 6, ch. 14.
5
exemplo, essa é a interpretação que se dá no Tratado do
Amor de Deus (1616). Segundo Francisco, Deus “sempre
está tirando flechas da sua aljava de sua infinita beleza
para ferir as almas dos que o amam para fazer entender
que o amor por Ele não é nunca comparável com a amor
que Ele merece” (trans. V. Kerns [London: Burns & Oats,
1962], 256; Bk. 6, ch. 13). Esse ferimento, que para
Teresa aconteceu na transverberação, a fazia sofrer de
anelo de amor – um martírio prolongado que só terminou
com sua morte (Bk. 6, ch. 15). Por isso, Teresa foi uma
mártir do amor divino: “A piedosa Madre Teresa ... revelou,
depois de sua morte, que faleceu por um assalto veemente
de amor; foi tão intenso que sua constituição natural foi
incapaz de suportá-lo, e sua alma foi atrás do amado no
qual se fixou seu coração” (trans. Kerns, 302; Bk. 7, ch.
11). A igualação do amor com a deterioração e morte é
sugerida também pelas inscrições do Cântico dos Cânticos
nas estampas de Wiercx (“Sustentai-me com bolos de
passas, dai-me forças com maçãs, oh! que estou doente de
amor...” [Ct 2,5] e de Huret (”Põe-me como um selo no teu
coração, como um selo no teu braço, porque o amor é forte
como a morte” [Ct 8,6]).
Tanto Teresa como Joana instruíram as suas freiras
explicitamente que a vida delas havia de ser um martírio de
amor: Teresa, no seu Caminho da perfeição (1566?), cap.
22; e Joana, na festa de S. Basílio, em 1632:
São Basílio e a maioria dos padres e colunas da Igreja não
foram martirizados... Creio que há um martírio, chamado
de martírio de amor no qual Deus reserva a vida dos seus
servidores para que sirvam para a glória d´Ele. Isso os faz
mártires e confessores ao mesmo tempo. Sei... que isso é o
martírio ao qual as Filhas da Visitação são chamadas... O
amor [divino] introduz sua espada nas partes mais íntimas
e secretas da alma e nos separa de nós mesmas.6
A transverberação de Teresa e a inscrição de Joana são
emblemas do martírio de amor.
6
Citado em W. Wright, Bond of Perfection: Jeanne de Chantal & François de Sales (1985; Stella
Niagara, N.Y.: De Sales Ressources Centre, 2001), 154.
6
Uma Filha Obediente
Um estudo recente destacou que biografias de ilustres
santas mulheres na França do século 17 acentuaram traços
de caráter que realçaram papéis tradicionais de sexo –
obediência feminina a diretores espirituais e pessoas
revestidas de autoridade masculinas – enquanto passando
rapidamente sobre aspetos da vida pessoal que se
desviaram dessa norma. 7 O resultado foi que “o papel
ativo de mulheres ao formar instituições e valores católicos
na França de século 17 começou a ser escurecido por uma
literatura que enfatizava obediência submissa” (ibid.).
Assim, colaboradoras femininas foram reduzidas ao estado
de protegidas condescendentes e sócias subordinadas,
encarregadas de executar os projetos de homens brilhantes
em cuja sombra se encontravam (ibid. 245-246).
Não há dúvida que isso aconteceu
no caso de Joana. Só nas quatro últimas décadas do século
20, quando – graças à erudição pioneira de Elisabeth
Stopp, Wendy M. Wright e da Irmã Marie-Patrícia Burns,
VSM – a contribuição particular à tradição salesiana foi
salva. 8 Como contraste, a segunda estampa de Huret
(Figura 2), que antecede a seção o texto de Maupas du
Tour, relatando a vida de Joana na vida religiosa, apresenta
7
Diefendorf, From Penitence to Charity: Pious Women and the Catholic Reformation in Paris (New
York: Oxford Univ. Press, 2004), 21. (Uma crítica do livro de Diefendorf aparece nesta edição de
Notícias da ICSS.)
8
Ver Madame de Chantal and Hidden in God de Stopp; Bond of Perfection de Wright e numerosos
artigos seguintes sobre Joana; a edição crítica de Burn sobre Correspondence de Joana, 6 volumes. (Paris:
Cerf, 1986-1996), e a coleção de seus artigos e ensaios que está sendo preparada (para ser publicado por
De Sales Ressources & Ministries).
7
a relação de Francisco e Joana em termos de papéis de
masculino e feminino como no início da era moderna.
Na época da morte de Francisco em 1622, treze
mosteiros estavam fundados, e Joana tinha supervisado
pessoalmente a fundação de quase todos eles; quando
chegou a falecer, em 1641, existiam 87 mosteiros. A
própria Joana supervisionava, guiava e dirigia o
crescimento assombroso da Visitação:
Tocava-lhe viajar quase continuamente, montada no lombo
de cavalo ou dentro de uma diligência abafada, realizando
fundações, negociando a compra de casas, falando a
diversas pessoas sobre os assuntos da Ordem, ajudando e
aconselhando
as
superioras
de
fundações
novas,
escrevendo centenas de cartas, enfrentando todo o tipo de
problemas práticos, enquanto ela, pessoalmente, se
encontrava numa escuridão espiritual, defendendo sua
Ordem contra intrigas maliciosas, vivendo numa época de
guerra e pestilência. 9
A estampa de Huret não se refere ao papel essencial
de Joana na expansão rápida da Visitação. Ao contrário, o
papel está condensado numa imagem de discipulado
obediente. Huret retrata uma figura desproporcionalmente
grande de Francisco, sentado autoritariamente numa
cadeira colocada numa plataforma sob um baldaquino, ao
apresentar a regra da Visitação à figura ajoelhada de Joana
que, humildemente, inclina a cabeça ao receber o livro e a
bênção de Francisco. Num cenário pequeno, no fundo, uma
figurinha de Joana, por sua vez, apresenta a regra a suas
primeiras
duas
companheiras,
Jeanne-Charlotte
de
Bréchard e Marie-Jaqueline Favre. A inscrição explicita a
transmissão da regra de Francisco a Joana, e de Joana às
outras freiras: “Siga este caminho, filha muito querida, e
faça com que todas as almas que Deus destinou desde
sempre para esta felicidade o sigam também.” A imagem
transmite que o status de Joana na sua nova Ordem se
baseia no seguimento da liderança de Francisco; ele é o
9
E. Stopp, “St. Chantal and St. Francis de Sales: The Founding of the Visitation”, em Hidden in God, 927, em 23-24.
8
fundador ativo, e ela é a discípula compreensiva. Na
companhia de suas freiras, ela é uma extensão de
Francisco, ao transmitir o que já foi entregue a ela. Ela é,
simultaneamente, diminuída e enaltecida pela associação
com ele.
Vale a pena dar-se conta de que os hagiógrafos do
século 17, inclusive os de Joana, certamente aprenderam
das dificuldades que complicaram o caminho de Teresa de
Ávila rumo à canonização. Durante sua vida, Teresa não só
tinha viajado por toda a Espanha, fundando uns dezessete
mosteiros de suas irmãs, mas também fundou um ramo
masculino de sua Ordem para freis a quem ela dava
instruções sobre a regra carmelita original. Essa inversão
aparente de papéis de sexo suscitou críticas severas sobre
Teresa por parte de diversas autoridades eclesiásticas
proeminentes, inclusive do núncio apostólico e de um
membro da Inquisição. Durante o processo de investigação,
visando a canonização de Teresa, essas críticas foram
enfrentadas por seu confessor e admiradores que insistiram
na obediência humilde e absoluta a superiores eclesiásticos
e à Igreja institucional. A estampa de Huret de Joana
recebendo a regra de Francisco pode ter sido projetada
para evitar o tópico de associação problemática de mulher
com liderança e funções de ensinamento, assim prevenindo
qualquer conceito potencial a respeito dela como uma
mulher independente que atuava fora dos parâmetros da
obediência.
A Visitação como o Jardim de Flores das Pequenas
Virtudes
9
A terceira estampa de Huret
(Figura 3) introduz a seção do texto de Maupas du Tour,
concentrado nas virtudes heróicas de Joana. Diferente das
duas composições anteriores, situadas no interior de igreja
ou convento, aqui as figuras estão reunidos no lugar
ameno, “lugar agradável e prazenteiro”: um gramado
idílico, rodeado de árvores no fundo e flores à frente. Joana
e Francisco estão de pé, nos dois lados de Cristo
crucificado, no meio de um grupo de Visitandinas que
juntam flores indicados como as “pequenas virtudes” de
humildade, simplicidade, caridade, pureza e amabilidade
(cf. Introdução à Vida Devota, (L. 3, c. 1-2). O cenário
parece visualizar as palavras de Francisco no Espírito
Interior das Religiosas da Visitação, um texto que talvez
fosse divulgado como manuscrito antes de ser publicado
(1657) na biografia de Francisco da mão de Maupas du
Tour. “As mãos [das Visitandinas] somente se ocupam
juntando, ao pé da cruz, as pequenas virtudes de
humildade, amabilidade e simplicidade, que crescem aí e
que estão salpicadas pelo sangue do seu Amado...” 10 A
associação de flores com simbolismo religioso era popular
na literatura, nas pregações e artes plásticas do barroco.
A colocação da crucifixão num contorno parecido com
um jardim evoca associações com o Jardim de Éden e a
identificação de Cristo como o novo Adão (1 Cor 15,45-49).
Além disso, na literatura patrística e medieval, a vida
monástica era caracterizada como um retorno ao Éden: o
mosteiro é um hortus conclusus, um horto cerrado, onde a
10
Citado na introdução da trad. Inglês do Life of St. Jane de Chantal (London: Richardson and Son,
1852), xix-lxxxm em xxxviii.
10
pessoa vive num relacionamento íntimo com Deus, como
era o caso da humanidade no paraíso. De acordo com essa
visão, a estampa de Hurlet encara o mundo da Visitação
como um paraíso terrestre. Essa interpretação combina
com os primórdios da história visitandina. Por exemplo, um
elemento significativo de la Galerie, a primeira casa da
Visitação, era um grande pomar onde - com bom tempo Francisco dava conferências às freiras. E, no dia em que as
primeiras Visitandinas fizeram os votos, a capela da Galerie
estava ornamentada de maneira simples, mas de forma
abundante com pequenos ramalhetes de flores suavemente
perfumadas do pomar, de maneira que “parecia entrar num
jardim” (Stopp, Madame de Chantal, 115, 139).
A composição simétrica de Hurlet parece, à primeira
vista, apresentar Joana e Francisco como co-fundadores e
co-diretores, os dois encorajando suas freiras. No entanto,
um exame mais pormenorizado revela que – como na
segunda estampa – a Francisco é outorgado um status de
autoridade preeminente. Ele ocupa a posição tradicional de
honra do lado direito de Jesus, bem como o caso da Virgem
Maria abaixo da Cruz, nas representações artísticas da
Crucificação, com o Apóstolo João, na posição inferior, do
lado esquerdo de Jesus. Cristo inclina a cabeça como
olhando com admiração para Francisco, enquanto uma
faixa diagonal de tanga dirige a atenção ao rosto de
Francisco. Enquanto a mão direita de Joana está
parcialmente escondida atrás da freira que segura a flor,
com a palavra “pureza” inscrita, a mão esquerda e os dedos
de Francisco estão quase totalmente visíveis, dando-lhe
uma presença mais poderosa e diretiva. O seu gesto com a
mão semi-aberta – com o dedo indicador estendido e os
outros levemente curvados – repete o de Cristo crucificado;
enquanto Cristo aponta para o céu, os gestos de Francisco
se dirigem à terra onde suas Visitandinas trabalham para
criar um céu sobre a terra, ao cultivarem as pequenas
virtudes.
Era comum que os contemporâneos de Francisco
consideravam que ele revelava como o Senhor deve ter
sido nos seus contatos com o povo, ou seja, que – como
Joana escreve numa carta de 1623 – ele “refletia o Filho de
Deus como uma imagem viva” e “olhando-se para ele,
11
parecia que Nosso Senhor era visível na terra”
(Correspondência, 2, 310; Carta 630). De forma parecida,
a terceira estampa de Huret representa a Francisco como
um reflexo terrestre de Cristo. Se, na primeira estampa
desta série, é Cristo que guia a mão de Joana, assim
dirigindo o curso de sua vida espiritual, nas outras duas
estampas Francisco atua como substituto ou serve de
mediador para Cristo, ao dirigir Joana e suas Visitandinas
no caminho da perfeição. Além disso, Francisco é a
personificação e exemplo vivo das “pequenas virtudes” que
crescem ao pé da Cruz. A inscrição da cena reza: “Na
montanha santa é que as castas abelhas juntam o mel de
virtudes divinas destas flores bonitas”. Essas palavras se
fundamentam num trecho no Memórias da Madre Chaugy
que sugere em Francisco a personificação das virtudes que
crescem neste jardim da Visitação: “[Essa] casta abelha
[Joana] só pensava em alimentar sua alma com o mel das
mil consolações que ela juntava das flores das virtudes do
nosso Venerado Padre” (Pt. 2, 226). Francisco é o
proprietário do jardim das pequenas virtudes, e Joana é a
sua discípula mais brilhante cujo progresso espiritual
acelerado e avançado a faz para suas freiras uma madre
meritória.
O Observador como Vínculo na Coroa de Flores
Salesianas
A arte barroca possui uma qualidade retórica muito
forte. Assim como a retórica visa persuadir uma audiência
da validade dos argumentos de quem fala, fazendo uso de
estratagemas retóricos e literários, a retórica visual da arte
barroca possui uma finalidade e função similarmente
persuasíveis. Um dos principais estratagemas visíveis, que
a arte barroca aplica para alcançar seu objetivo de
persuasão, é envolver o observador na obra da arte,
fazendo dele um participante ativo no “espetáculo” criado
pelo artista e contemplado pelo observador. 11
Na terceira estampa de Huret, teríamos que nos dar
conta da nossa própria posição como observador. As freiras
11
Ver p.e. V. Minor, Baroque & Rococo: Art & Culture (New York: Harry N. Abrams, 1999), 20,2425,173-177; e sobre retórica como modelo explicativo para arte barroca, ver E. Levy, Propaganda e the
Jesuit Baroque (Berkeley: Univ. of California Press, 2004), 48-52.
12
formam um semicírculo ao redor de Cristo, como se cada
uma fosse um vínculo numa coroa florida, como aqueles
que rodeiam Nossa Senhora ou os santos em pinturas de
agrupamentos em forma de coroas de estilo barroco.
Encaradas com essa perspectiva, as freiras personificam as
pequenas virtudes floridas que elas cultivam. A posição do
observador é na parte frontal do arranjo do semicírculo e
fecha o vazio de espaço à frente. Assim tornamo-nos um
vínculo na coroa de pessoas e flores floridas. Fazendo parte
da composição, estamos muito perto de Joana onde
podemos admirar e imitar suas virtudes.
As três estampas de Huret não permitem que o
observador permaneça passivo; antes, funcionam para criar
uma assistência de testemunhas apaixonadas da santidade
de Joana as quais entraram nesse mundo cuidadosamente
construído. Para os contemporâneos de Huret e Maupas du
Tour, isso significava aumentar a devoção popular e o
impulso rumo à canonização inevitável de Joana. Para nós,
hoje em dia, mais de 360 anos mais tarde, as estampas de
Huret dão uma visão da cultura e do tempo em que Joana
vivia, dessa forma aumentando a nossa compreensão e
apreciação da maneira como a sua imagem como santa foi
construída e também modificada e se desenvolveu no
decorrer dos séculos.
JFC
Recensão de Livro
From Penitence to Charity: Pious Women and the
Catholic Reformation in Paris. De Barbara B.
Diefendorf. New York: Oxford University Press, 2004.
O livro de Bárbara Diefendorf, fruto de uma pesquisa
meticulosa, e escrito num estilo irresistível, transborda de
novos discernimentos a respeito de contribuições de
mulheres, quanto ao catolicismo moderno na França.
Observando as conseqüências de guerras religiosas do
século 16 em Paris, Diefendorf examina mulheres como
13
fundadoras, protetoras, e guias espirituais de institutos
religiosos, abrangendo conventos de Ordens contemplativas
(inclusive as Carmelitas descalças, Capuchinhas e
Ursulinas) e comunidades semi-religiosas que socorriam os
pobres, como as Filhas de Caridade. Ela destaca os papéis
de liderança de uma elite de mulheres piedosas, chamadas
de devotas, que aproveitavam seus recursos econômicos,
influência política e status social elevado como ponta de
lança para uma reforma religiosa. Através de todo o livro é
evidente que a história dessas mulheres, inclusive a de
Joana de Chantal, coincide com a história da renovação
católica na França. Colaborando com o apoio de membros
proeminentes do clero, os esforços delas contribuíram para
formar a piedade feminina do século 17 na França, que se
desenvolveu a partir de um modelo intensivamente
penitencial e apocalíptico, relacionado com a crise em
tempo de guerra, a um tipo de espiritualidade que
combinava a vida contemplativa com atividades caritativas.
Os leitores, primeiramente interessados na história
salesiana, estarão satisfeitos com a discussão bem
fundamentada no capítulo 6 sobre os primórdios da Ordem
da Visitação e a fundação da Ordem na capital francesa, em
1619. Ela começa para corrigir o que considera taxações
desleais do projeto de Francisco e Joana, especialmente a
suposição de que a visão original dos fundadores foi
frustrada pela imposição da clausura monástica: “A partir
da visão comum das Filhas da Visitação, ou Visitandinas,
como uma Ordem cuja finalidade original de serviço
caritativo na comunidade foi impedida pela clausura exigida
das freiras, quando se expandiram do seu primeiro
convento, na Sabóia, para a França, [esse capítulo] antes
enfatiza a intenção dos fundadores de proporcionar um
lugar onde leigas pudessem dedicar-se a recolhimentos
religiosos” (25). A autora narra minuciosamente os
acontecimentos de 1616, quando um grupo de devotas, em
Lyon, pediu para formar uma comunidade a modelo das
Visitandinas e foi estimulado por Francisco e Joana, que
nisso reconheceram uma oportunidade importante para
estender a nova Ordem em outras partes da França. O
arcebispo de Lyon, no entanto, insistiu que a fundação só
era viável, se as mulheres aceitassem a clausura.
14
Diefendorf
responde a historiadores que criticaram
Francisco e Joana por conformar-se com essa solicitação
que pôs fim à possibilidade de as freiras sairem do
convento para fins de empreendimentos caritativos:
Esses historiadores não entenderam a questão: o serviço à
comunidade nunca foi o objetivo principal da fundação das
Visitandinas... Tampouco é verdade que Joana de Chantal e
Francisco de Sales se opuseram tenazmente ao princípio de
clausura religiosa. Bem ao contrário; como outros da sua
época, eles admiravam conventos com clausura como a
forma mais elevada da vida religiosa (177-188).
Diefendorf chama à atenção os aspetos inovadores e
inspirados do plano dos fundadores, citando da carta de
Francisco à Madre Marie-Jaqueline Favre que foi enviada a
servir como superiora da fundação em Lyon: “Consinto, de
boa vontade, em que seja uma Ordem religiosa, contanto
que, pela suavidade das Constituições, jovens doentias
possam ser aceitas, viúvas encontrem recolhimento e leigas
encontrem algo de refúgio [para perseguir] o seu avanço
no serviço a Deus” (178). Os leitores podem avaliar o
significado da parte final da diretriz de Francisco, enquanto
dá a leigas o direito de entrar o convento para edificação
espiritual entre as Visitandinas, quando se lembram da
discussão de Diefendorf, em capítulos anteriores, sobre a
estreita mas freqüentemente desajeitada relação que
existia entre a elite leiga e religiosas enclausuradas. As
mulheres piedosas que organizaram e financiaram a
fundação de novos conventos em Paris – muitas vezes
esposas ou viúvas de aristocratas abastecidos e oficiais do
rei – esperavam uma participação vigorosa, inclusive a
entrada na clausura das comunidades religiosas que
patrocinavam. Algumas freiras, como as Carmelitas
Descalças espanhóis que fundaram o primeiro convento da
Ordem em Paris em 1604 (e com quem tanto Francisco
como Joana tinham ligações estreitas), temiam que a
intrusão
de
benfeitores
leigos
corrompessem,
inevitavelmente, a vida de austeridade e oração
permanente de freiras enclausuradas. No entanto, as
Carmelitas,
como
igualmente
outras
comunidades
15
monásticas, acharam impossível resistir a tais visitas, já
que produziam frutos reais que ajudavam a expansão da
Ordem pela França afora.
Francisco e Joana assumiram uma situação que tinha
sido uma problema e a transformaram numa positiva.
Mantendo o cerne da convicção salesiana de que cada
pessoa é chamada à santidade, desenvolveram uma
modalidade que atendia as necessidades espirituais de
mulheres, independentemente do estado de vida delas. A
presença de leigas no convento não era uma concessão
necessária mas lamentável a benfeitoras piedosas, mas, ao
contrário, se tornou uma parte integral da missão
visitandina: “A vocação apostólica que Francisco previa
para as Filhas da Visitação não se encontra no atendimento
de doentes ou indigentes, mas no abrigar e proporcionar
aconselhamento espiritual a leigas” (179). Essa modalidade
ia ser imitada amplamente por outras comunidades
religiosas na França. Diefendorf, de fato, mostra que o
plano de Francisco e Joana, permitindo a Visitandinas
oferecer orientação e recolhimento para leigas, era uma
defesa implícita de um apostolado feminino.
O aspeto mais importante do livro bonito de Diefendorf
é sua reavaliação do lugar da mulher na Igreja da ContraReforma. Contradizendo a caracterização comum de
mulheres
da
era
ante-moderna
como
vítimas
desafortunadas de uma estrutura rígida e patriarcal
repressiva, o estudo dela mostra que, ao menos na França,
foram uma força vigorosa que levou adiante a renovação
católica. No entanto, ela percebe que suposições sobre sexo
e papéis de sexo serviram para abaixar a contribuição
notável e defende uma reavaliação da liderança feminina,
inclusive a de Joana:
Narrações
históricas
tradicionais
escureceram
a
participação ativa de mulheres na criação de instituições,
na formação de espiritualidade e sistema de valores que
caracterizaram a Reforma Católica na França por
concentrar demasiada atenção a realizações de um
punhado de grandes homens. Até mulheres, cujos nomes
originaram textos clássicos, aparecem como parceiras
subordinadas, encarregadas com a execução de projetos de
16
homens brilhantes. Joana de Chantal está na sombra de
Francisco de Sales, ... os santos recebem mais
reconhecimento do que as santas por fundar Ordens
religiosas que as colaborações daqueles produziram (245246).
O estudo de Diefendorf contribuiu muito para o
reconhecimento de que mulheres, como também homens,
dirigiram o desenvolvimento do catolicismo da era antemoderna.
Christopher C. Wilson
Sendo perito na arte católica da era ante-moderna,
Christopher C. Wilson recebeu o doutorado Ph.D. na
história de arte em The George Washington University,
onde leciona atualmente no Department of Fine Arts and
Art History. Ele é membro também do Institutum
Carmelitanum em Roma. O seu ensaio “Picturing the Way
of Perfection: Grégoire Huret´s Engravings of St. Jane
Frances de Chantal (1644) in their Teresian Context”, será
publicado em Human Encounters in the Salesian Tradition,
a ser publicado em 2006.
17
Estudos Salesianos
pelo mundo afora
ICSS
RELATO DO ENCONTRO DA ICSS EM ROMA
15-17 DE ABRIL DE 2005-10-17
A ICSS encontrou-se no Generalado dos Oblatos De Sales
em Roma, nos dias 15 a 17 de abril de 2005. Como
sempre, o acolhimento e a hospitalidade de Pe. Francisco J.
Blood, OSFS, superior religioso da Comunidade do
Generalado, não podiam ser mais cálidos e atenciosos. Esse
foi o primeiro encontro cara a cara da ICSS depois de
muitos anos. Aconteceu que os dias marcados para esse
encontro caíram entre o enterro do Papa João Paulo II e a
eleição de Papa Bento XVI. No primeiro dia do seu
encontro, os membros da ICSS (representando a
Congregação) concelebraram, no dia 15 de abril, a Missa de
novena para o descanso da alma do Papa João Paulo II, na
Basílica de São Pedro. Essa Missa era especialmente para
membros de institutos e congregações religiosos (vida
consagrada).
Entre outros destaques desse encontro constavam:
Atualização sobre o Encontro Humano na Tradição
salesiana
O andamento da ordenação dos documentos apresentados
para a publicação neste volume, comemorando o 4º
centenário do primeiro encontro de São Francisco de Sales
e Santa Joana de Chantal. Aguarda-se a publicação no
início de 2006.
18
Avaliação das Propostas de Subvenção da ICSS para
2005-2006
Foram avaliadas as propostas de Subvenção da ICSS para
2005-2006. Essas propostas e a avaliação pela ICSS foram
apresentadas ao Pe. Geral e seu Conselho.
Preparação de Propostas para o Capítulo Geral de
2006
A ICSS formulou três propostas a ser apresentadas ao
Capítulo Geral de 2006. Essas incluem (1) o Plano
Estratégico de Cinco Anos [2006-2011] da ICSS; (2)
emendas e eliminações no Estatuto da Comissão
Internacional para Estudos Salesianos [revisado em 1998];
e (3) patrocínio, por parte da Congregação, da biografia de
Pe. Brisson, sendo escrito por Pe. Dirk Koster, OSFS [a
versão holandesa será completada em 2007, de maneira
que pode ser traduzida em outras línguas, em tempo útil,
para o centenário da morte de Pe. Brisson em 2008].
Assuntos diversos
Alguns outros temas foram discutidos, inclusive a
importância dos Arquivos da Congregação, particularmente
o excelente trabalho pioneiro e contínuo do arquivista da
Congregação, Pe. Roger Balducelli, OSFS; a assistência pelo
encarregado do sítio da ICSS às regiões da Índia e da África
e à Província Italiana para desenvolver seus próprios sítios
na rede; e uma recomendação aos Superiores Maiores
sobre a prioridade do empenho ministerial para obter um
doutorado nos estudos salesianos, especialmente visando o
bem comum e a viabilidade da Congregação e a missão
dela de divulgar o espírito e a doutrina de São Francisco de
Sales (Constituição 11).
A experiências e os resultados satisfatórios daquele
encontro enfatizaram a importância de uma reunião da
ICSS regularmente. Assim, a ICSS decidiu que se
encontrará cada três anos para uma reunião cara a cara . O
19
próximo encontro foi programado para 2008; isso oferecerá
uma oportunidade para avaliar o andamento do Plano de
Cinco Anos e - se necessário for – aplicar ajustes, como
também considerar outros temas. No intervalo entre os
encontros regulares, os membros da ICSS estão em
contato
(às
vezes
diariamente,
muitas
vezes
semanalmente) via e-mail e se aproveitarão também da
oportunidade de reunir-se quando as circunstâncias o
fazem possível, como no Capítulo Geral de 2006 e nos
encontros anuais dos Superiores Maiores.
Notícias Cibernéticas
Pe. Herbert Winklehner, OSFS, o encarregado do sítio da
ICSS, criou uma sítio novo, dedicado a Pe. Brisson, com o
nome de domínio: www.louisbrisson.org. A “edição
millenium”, preparada por Pe. Roger Balducelli, OSFS, será
acrescentada gradualmente a esse sítio, junto com
traduções desse texto em inglês, alemão, espanhol e
português. O objetivo da ICSS é ter esses textos colocados
nesse sítio em 2008, o centenário da morte de Pe. Brisson.
www.wikipedia.org é uma enciclopédia-de-conteúdo-livre
na Rede Mundial (www), onde qualquer um pode oferecer –
gratuitamente – informação sobre assuntos diversos e em
idiomas distintos. Esse sítio é um dos 500 sítios mais
usados pelo mundo afora. Atualmente, vários artigos sobre
assuntos salesianos se encontram nesse sítio, inclusive São
Francisco de Sales, os Oblatos de São Francisco de Sales,
Louis Brisson, Franz Reisinger, Madre Maria de Sales
Chappuis, Santo Joana Francisca de Chantal, Santa
Margarida Maria Alacoque e as Visitandinas. Qualquer
interessado na espiritualidade salesiana é convidado a
contribuir para essa enciclopédia no seu vernáculo, com
artigos salesianos novos e/ou corrigir artigos já colocados.
Nesse sítio, a biografia de São Francisco de Sales está à
disposição em inglês, francês, alemão, japonês e polonês.
Essa enciclopédia livre representa um meio valioso para
divulgar a espiritualidade salesiana.
20
Região da Ásia
ÍNDIA
Os Oblatos de Samparnaram fundaram um abrigo para
proporcionar um ambiente sadio e educação integral para
meninos. O albergue foi chamado “Brisson Bala Bhavan” e
está sob supervisão de Pe. Shaju Kanjiramparayl , OSFS. O
dormitório, refeitório e sala de estudo estavam prontos,
quando eles chegaram no início de junho. Foram aceitos
doze jovens e esses estão freqüentando a primeira série do
ensino Secundário São Francisco de Sales num ambiente de
fala inglesa, em Hebbagoddi. Os jovens provêm dos
estados Tamil Nadu, Andhra Pradesh e Kamataka. Duas
senhoras, uma professora e uma zeladora, ajudarão Pe.
Shaju no cuidado dos jovens. Quando os recursos
necessários estiverem disponíveis, o plano é de aumentar o
tamanho do abrigo de maneira que possa abrigar vinte
jovens.
Pe. Bernard O´Connor, OSFS, diretor da De Sales
University (DSU), acompanhado por Pe. John O´Neill, um
membro
do
Corpo
de
Provedores
DSU,
visitou
Samparnaram, visando o aumento dos programas de
alcance educacional do DSU na Índia e a possibilidade de
colaboração de Oblatos de São Francisco de Sales indianos
nesse empreendimento.
FILIPINAS
A fundação nas Filipinas está progredindo. Pe. Josef
Koeltringer, OSFS, domina o idioma local, Tagalog. Junto
com Pe. Anthony Ceresko, OSFS, ele está procurando
benfeitores a fim de doarem o terreno para a missão. Pe.
Koeltringer também se ocupa com a divulgação da
espiritualidade salesiana, dirigindo dias de recolhimento
como também retiros para comunidades locais.
Com uma subvenção da ICSS e o apoio do Instituto Indiano
de Espiritualidade, Pe. Ceresko publicou o livro São
Francisco de Sales e a Bíblia. Esse livro contém nove dos
artigos de Pe. Ceresko, publicados anteriormente. Está à
21
disposição por meio de De Sales Ressources & Ministries,
no sítio www.desalesresource.org.
Brasil/Região Sul-Americana
Dia 28 de maio de 2005, Luciano Marcos Demarco, OSFS,
foi ordenado sacerdote na paróquia de sua terra natal,
Santa Terezinha/Palmeira das Missões pelo Bispo Zeno
Hastenteufel. O dia seguinte, dia 29 de maio, ele celebrou
sua Primeira Missa na igreja da paróquia de Novo Barreiro.
Desde o início de 2005, Pe. Rossetto tem sido o formador
dos seminaristas em Jaboticaba. Ele é também o promotor
vocacional regional. Para mais informação sobre os Oblatos
de
Sales
na
Região
Sul-Americana,
ver
http://osfs.e1.com.br/ .
Europa
SALESIANOS ANALIZAM DESAFIOS NA EUROPA
Como relatado por Zenit News, Padre Pascual Chavez, SDB,
diretor mor, se encontrou com os Provinciais salesianos da
Europa para encontrar modos esperançosos e otimistas de
tratar dos desafios de um secularismo crescente que se
opõe a qualquer coisa católica. Depois de indicar diversos
desenvolvimentos positivos, Padre Chavez abordou uns
aspetos negativos, como a falta de uma definição clara do
que é Europa e um relativismo moral em aumento. “A
maior preocupação é a convicção de que, atrás do
secularismo anti-católico atual, existe a idéia de que o
humanismo e o cristianismo se excluem mutuamente”, ele
disse. “Até mais: que, entre a cristandade católica e os
princípios encontrados na Europa como uma instituição,
existe
uma
incompatibilidade
fundamental.”
Esse
sentimento anti-católico ocasiona “a irrelevância da Igreja,
a destruição da família, uma desvinculação entre a
transmissão da fé e valores, uma rejeição de qualquer coisa
católica.” Pe. Chavez espera que “a fé, o Evangelho e o
carisma salesiano é um patrimônio que temos que
22
transmitir, já que são um dom de Deus para a Igreja e os
jovens.”
PROVÍNCIA FRANCESA
La Lettre RES 10 contém abundante material salesiano sob
quatro cabeçalhos principais: Madre Françoise Isabelle,
Superiora Geral das Oblatas de S. Francisco de Sales;
Intercâmbios salesianos sobre o Tratado do Amor Divino; o
Quarto Centenário do Encontro de Francisco e Joana; e a
Conferência Salesiana de Bénin, realizada em 1997. A parte
sobre Madre Isabelle contém a homilia do Bispo Stenger de
Troyes na Missa da Ressurreição, uma homenagem pelo
Revmº Louis Fiorelli, OSFS, Superior Geral dos Oblatos de
Sales, e uma carta de condolência da Embaixada
Equatoriana na França. Os comentários sobre o Tratado
tratam das partes finais do Livro 11 e o início do Livro 12.
O documento de Philippe Legros é intitulado “Exercice des
vertus e ´choses de peu´” (A Prática das Virtudes e das
´Coisas Pequenas´); a Irmã Thérèse-Dominique, OSFS,
discute ”Vertus et Amour Divin: Livre XI, Ch. 3,4 e 5” (As
Virtudes e o Amor Divino: Livro 2, cap. 3, 4 e 5); Jean-Luc
Leroux, OSFS, trata “Amour, Passions de l´Âme e Joie:
Livre XI, cap. 20 e 21, (Amor, Paixões da Alma e Alegria:
Livro 11, cap. 20 e 21); Pilippe Legros comenta
“Le
Sacrifice de Abraham: Livre XII, Ch.. 10” (O Sacrifício de
Abraão: Livro 12, cap. 10). Foi reimpresso também um
artigo, “Une théologie de l´amour de Dieu e de l´homme”
de Pe. André Brix, OSFS, que primeiramente apareceu em
François de Sales, prophète de l´amour (Epinay sur Seine:
CIF, 1982), apresentado e levemente retocado por Dra.
Hélène Bordes.
As apresentações do último verão complementam o
comentário sobre o Tratado, iniciado em 1988 nos
Intercâmbios Salesianos anuais. Para o futuro, RES decidiu
elaborar documentos que se centralizam num tema
salesiano. O tema do ano é “Un Monde à aimer: L´amour
au coeur de l´optimisme
salésien, une réponse aux
attentes des hommes d´aujourd´hui” (Um Mundo a ser
Amado: o Amor no coração do otimismo salesiano, uma
23
resposta às expectações das pessoas hoje). A conferência
realizar-se-á no Centre Jean XXIII de Annecy-le-Vieux, 1115 de julho de 2005.
Em RES no. 10, uma seção sobre Bossuet e S. Francisco de
Sales, compilada e apresentada por Hélène Bordes, merece
destaque. Entre outras coisas, contém o panegírico de
Bossuet na ocasião da beatificação de Francisco de Sales.
Região de Fala Alemã
PROVÍNCIA AUSTRÍACA/ALEMANHA DO SUL
A paróquia de S. Francisco de Sales, em Viena, Áustria,
atendida pelos Oblatos De Sales, agora tem seu próprio
sítio na rede: www.pfarrefranzvonsales.at. Nesse sítio se
encontram informação sobre eventos paroquiais como
também a respeito do seu padroeiro.
Os Oblatos de Sales apresentarão uma romaria “Nas
pisadas de S. Francisco de Sales” a Annecy e vizinhança,
para os dias 28 de agosto a 3 de setembro de 2005. Para
mais informação e inscrição, ver www.osfs.at .
A
igreja
de
Santa
Ana,
em
Viena,
Áustria
(www.annakirche.at) anunciou, para o outono de 2005,
uma série de conferências
sobre a espiritualidade
salesiana: “Assiduidade: A Arte da Perseverança”. Pe.
Thomas Muehlberger, OSFS, 25 de outubro, às 19 hs.: “O
Amor: Fonte e Objetivo de Todas as Virtudes”. Pe. Alois
Haslbauer, OSFS, 8 de novembro, às 19 hs.: “O Otimismo:
Uma Virtude para o Futuro?”. A Irmã Maria Brigitta Kaltseis,
OSFS, 13 de dezembro, às 19 hs. Cada terceira sexta-feira
do mês há um grupo de reflexão que discute textos
diversos da Introdução à Vida Devota.
O
próximo
encontro
da
Arbeitsgemeinschaft
fuer
salesianische Studien (Grupo de Trabalho para Estudos
Salesianos) está programado para os dias de 21 a 23 de
outubro de 2005, no Centro Salesiano do Salesianum
Rosental,
em
Eichstätt,
Bavária
(www.salesianumrosental.de). O tema principal do encontro será a tradução
alemã das cartas de Santa Joana de Chantal.
24
Da sexta-feira, dia 2 de dezembro, até domingo, 4 de
dezembro, haverá uns dias de recolhimento no
Exerzitienhaus Maria Hilf (Centro de Retiros), em Passau,
Bavária. Para mais informação e inscrição, ver www.osfs.at
.
Em 2006, a revista salesiana LICHT celebrará centenário de
sua existência. Em 1906, LICHT foi fundada, em Viena, por
Pe. Joseph Lebeau, OSFS, primeiro Provincial da Província
Áustria/Alemanha-do-Sul, para informar o mundo de fala
alemã sobre os Oblatos De Sales e a espiritualidade
salesiana. Desde então, essa revista tem sido publicada
cada mês ou cada dois meses, mas não durante os anos
1939 até 1945, quando sua publicação foi proibida pelo
governo Nacional Socialista na Alemanha. Imediatamente
depois da guerra, no início de 1946, LICHT reassumiu a
publicação, com a permissão do governo militar dos USA na
Alemanha. Planeja-se uma edição especial de LICHT para
celebrar esse centenário.
Em 1906, a fundação da Província Áustria/Alemanha-do-Sul
dos Oblatos De Sales foi oficialmente ratificada pelo Papa
Pio X. O centenário da Província será celebrado no dia 26
de março de 2006 no Salesianum Rosental, em Eichstätt,
Bavária, e no dia 27 de maio de 2006, em Viena, Áustria,
lugar de sua fundação. No início do Capítulo Geral dos
Oblatos De Sales, no dia 30 de julho, esse aniversário
também será comemorado.
Desde 1984, a “Gesellschaft der Katholischen Publizisten
Deutschlands” (Sociedade de Publicistas Católicos da
Alemanha) tem outorgado anualmente o prêmio da “Franz
von Sales-Tafel” (Placa São Francisco de Sales) a uma
pessoa que se destacou no terreno do jornalismo católico.
Pe. Albert Keller, SJ, é o ganhador desse prestigioso prêmio
em memória de S. Francisco de Sales, o padroeiro dos
jornalistas e escritores. Para mais informação sobre esse
prêmio
salesiano
ver
o
sítio
da
sociedade:
http://www.gkp.de/Salestafel.php .
PROVÍNCIA ALEMÃ
25
Durante a Jornada Mundial da Juventude de 2005, em
Colônia, Alemanha, acontecerão “Dias de encontro
internacional com os Oblatos de Sales para jovens entre 16
e 30 anos de idade” em Casa Overbach, perto de Jülich, na
Alemanha, (www.overbach.de) do dia 11 a 15 de agosto
de 2005. Para mais informação, ver www.osfs.at, link
“Wjt2005”.
IRMÃS OBLATAS DE S. FRANCISCO DE SALES
Na ocasião do centenário das Oblatas em Linz, Áustria, um
grupo de Oblatas, professores leigos e amigos da
Congregação fizeram uma romaria aos lugares históricos
dos fundadores Louis Brisson e Léonie Aviat (Troyes,
Plancy, Paris, etc.), do dia 3 a 8 de maio de 2005. Uma
síntese dessa viagem encontra-se no sítio das Oblatas:
http://schwestern.oblatinnen.at/ sob o link “Mitteilungen”.
FILHAS DE S. FRANCISCO DE SALES
Durante a primavera de 2005, o grupo austríaco e o alemão
das Filhas de S. Francisco de Sales fizeram retiro, o
primeiro sendo dirigido pelo Professor Stephan Mueller, que
ensina Teologia Moral na Universidade Católica de Eichstätt,
e os segundo por Fr. Karlheinz Vogler, o diretor espiritual
das Filhas de S. Francisco de Sales em Dortmund,
Alemanha. Durante o primeiro retiro, a nova coordenadora
geral, A. Trabichet, e a senhorita Helen Dora-Fehr do grupo
suíço falaram sobre os prejuízos causados pelo tsunami na
Índia, onde as Irmãs SMMI estão trabalhando para ajudar
as vítimas do tsunami, especialmente os desabrigados. As
Irmãs SMMI são a rama religiosa das Filhas de S. Francisco
de Sales. O encontro vindouro das dirigentes das Filhas, em
Rastatt, Alemanha, será orientado por Pe. Herbert
Winklehner, OSFS, que refletirá sobre o “Misticismo de S.
Francisco de Sales para Hoje”
O sítio na rede das Filhas www.franz-von-sales.org tem
sido muito bem-sucedido. Durante os últimos três anos,
cada semana, um novo trecho dos escritos de S. Francisco
de Sales tem sido colocado; esse sítio teve uns 8.000
26
visitantes. Durante o mesmo período, o “trecho da semana”
foi enviado por e-mail a uns 1.500 pessoas. Considera-se
seriamente como a Internet pode ser usada ainda mais
efetivamente para atrair vocações.
IRMÃS DAS CIÊNCIAS SAGRADAS
A Congregação das Irmãs das Ciências Sagradas foi
fundada em 1997, na Diocese de Mysore, Índia, por Pe.
Anthony Kolencherry, MSF. A nova Congregação tem como
modelo S. Francisco de Sales que era um mestre da vida e
doutrina espirituais. A missão dela é estimular jovens
mulheres a servir Deus na vida consagrada, ao partilhar
com outros conhecimento e espiritualidade teológicos.
Todas as candidatas estudam a Bíblia, Teologia, Filosofia ou
campos científicos afins. Com a fundação dessa
Congregação, a família salesiana se estendeu. Pode-se
obter mais informação sobre das Irmãs das Ciências
Sagradas, Kloster Visitation, Grenchenstrasse, 27, 4500
Solothurn, Suíça, e-mail: [email protected] .
Estados Unidos
PROVÍNCIA TOLEDO-DETROIT
“Live Jesus: Today´s Challenge” é o tema da 23ª
Conferência Anual de Joseph F. Power, OSFS sobre a
Espiritualidade de São Francisco de Sales e Santa Joana de
Chantal, patrocinada pelos De Sales Ressources & Ministries
Center. Terá lugar em Durham, North Carolina, de 4 a 7 de
agosto. Os expositores principais são os seguintes: Pe.
Barry Strong, OSFS, “Salesian Living in the Modern World”;
Olívia Wills Kane, “Reality Religion: Loving Our Real Church
Imperfect and Incomplete”; e Irmão Michael O´Neill
McGrath, OSFS, “Poor Widows, Village Folks, and Children
of Light”. Haverá outros apresentadores a grupos menores.
Incluem os temas e assistentes seguintes: “Live Jesus ... In
Marriage and Family: Divinity in Disguise: Unmasking God
in Everyday Living and Loving”, Kevin Anderson; “Live
Jesus … In Being with the Poor: An Incredible Experience
and An unbelievable Journey”, Fr. William Auth, OSFS;
27
“Live Jesus … In Time of Conflict: A Salesian Response
Provoking Peace in Time of War”, Pe. Mark Plaushin, OSFS;
“Live Jesus … In the Buisiness World: Living Our Beliefs in
the Workplace”, Ann Doody Well. Mais informação pode ser
encontrada em www.desalesresource.org .
A coleção excelente de livros salesianos no De Sales
Resources & Ministries Center (DSRMC) em Stella Niagara,
News York, agora pode ser consultada, utilizando o
catálogo on-line do Trexel Library da D Sales University,
localizado em http://trexler.desales.edu/search/. O DSRMC
continua pondo à disposição para peritos salesianos
recursos difíceis de encontrar. Além disso, o DSRMC segue
atualizando o seu catálogo e reimprimindo livros sobre
assuntos salesianos que se esgotaram. O DSRMC é um dos
divulgadores mais eficientes da espiritualidade salesiana.
Para mais detalhes sobre as fontes valiosíssimas que ele
oferece, acesse o seu URL acima.
PROVÍNCIA WILMINGTON-FILADÉLFIA
Tanto o De Sales Spirituality Center (DSC) como o Salesian
Center for Faith and Culture (SCFC) na De Sales University
receberam subvenções para favorecer os trabalhos deles,
ao promoverem as idéias e a espiritualidade salesianas. A
Koch Foundation outorgou US $10.000 ao DSC como ajuda
inicial para um Programa de Alunado Salesiano. O objetivo
desse programa de quatro anos é exercitar grupos de
colaboradores leigos para desenvolver e apresentar
diversos tipos de programas salesianos em cada apostolado
de Oblatos. Pe. Michael Murray, OSFS, Diretor Executivo do
DSC, distribuiu um esboço de proposta para esse projeto
ambicioso para seu Conselho e os cinco Diretores Regionais
do DSC, solicitando-lhes sua contribuição. Esse programa
reavive e estende um dos programas originais do DSC, e,
se for bem-sucedido, há de tornar-se um modelo para a
colaboração de leigos com os Oblatos. Pe. Murray vê
claramente que, entre outras coisas, maiores recursos
financeiros serão necessários para conseguir a realização
do projeto. Evidentemente, o DSC continua oferecendo
muitos programas – dias de recolhimento, retiros, missões
28
em paróquias, etc. – como também para ampliar seu sítio
na rede com numerosos recursos que assistem tanto
particulares quanto grupos para promover o Carisma
Oblato-Salesiano. Pe. Michael Donovan, OSFS, assiste
valiosamente a Pe. Murray, ao desenvolver diversos desses
recursos, especialmente guias de estudo para livros
salesianos. Para uma idéia mais completa daquilo que está
à
disposição,
visite
o
sítio
do
DSC
em
www.oblates.org/center.
Uma subvenção de US$ 40.000 da Fundação de Frank e
Jane Ryan proporcionou a possibilidade a SCFS dirigir um
Instituto de Liderança Salesiana. Um grupo de cinco
Oblatos (os Padres Thomas Dailey, Presidente; Doug Burns,
John Hanley, Peter Leonard e Alexander Pocetto) estão
trabalhando com a direção do Catholic Leadership Institute
(CLI) para imbuir o material do CLI de princípios salesianos.
Catorze estudantes foram selecionados pelo SCFC para
esse instituto, que consiste em dois retiros de fim de
semana e dez encontros semanais, junto com uma
quantidade de material para a reflexão e prática pessoais.
O programa dos Salesian Studies On-Line, sob o patrocínio
do SCFC, ofereceu seis cursos a vinte e seis estudantes em
onze estados e uma nação estrangeira. A De Sales
University está planejando a construção (US$ 5 milhões) de
um novo Centro Salesiano para Fé e Cultura. Pe. Dailey,
Diretor Executivo, revisou os planos preliminares e está
trabalhando para conseguir possíveis contribuintes. Para
mais informação sobre as atividades e programas do SCFC,
visite http://www4.desales.edu/SCFC/ .
A Nativity School, um apostolado novo recém iniciado da
Província para a educação de meninos pobres, foi tratado
com especial destaque no The New York Times de 24 de
novembro de 2004. A escola foi elogiada por seu “currículo
rigoroso, critérios amplos, classes de poucos alunos e
atenção individual.”. Claro, o destaque para todo o
tratamento pedagógico é o espírito salesiano. Felicitações
ao Irmão Ed Ogden, OSFS, Diretor, Pe. Richard DeLillio,
OSFS, Diretor Executivo, aos professores, à equipe de
29
auxiliares e aos estudantes de Nativity por seu início bemsucedido!
Como começo de uma celebração de um ano de duração da
De Sales University, motivada por seu 40º aniversário,
foram feitas apresentações para a faculdade e o pessoal por
Pe. Daniel G. Gambet, OSFS, Presidente Emérito, e Pe.
Alexander
Pocetto,
OSFS,
Anterior
Vice-Presidente
(aposentado), sobre a história da Universidade e da missão
salesiana-oblata. À faculdade e ao pessoal de horário
integral foram entregues cópias da nova história da
Universidade, com o título Drawing Out he Goodness: From
Allentown College to De Sales University (1964-2001),
escrita por Pe. Pocetto. Esse livro se pode adquirir da
livraria da Universidade.
A versão inglesa do vídeo sobre a vida de São Francisco de
Sales, preparada por Pe. A. Robert McGilvray, OSFS, e
baseado no Sage and Saint de André Ravier, agora se pode
comprar
dos
De
Sales
Resources
&
Ministries
(www.desalesresource.org) . O vídeo está dividido em oito
seções de 15-20 de duração.
João Paulo II e Bento XVI sobre o Mistério
Primordialmente Salesiano Bíblico da Visitação
Na sua reflexão “Maria e o Ano da Eucaristia” na Circular de
Notícias XXIV do General (abril-maio de 2005), Pe. Lewis S.
Fiorelli, OSFS, Superior General dos Oblatos De Sales,
apresentou uma síntese excelente das reflexões do Papa
João Paulo II sobre Maria e a Eucaristia, na sua encíclica
Ecclesia de Eucharistia (Sobre a Eucaristia em Relação com
a Igreja) capítulo 6. Entre os muitos importantes pontos
aos quais Pe. Fiorelli dirige a nossa atenção à visão do Papa
João Paulo, relacionada com o mistério da Visitação:
“Quando, na visitação, [Maria] leva no seu ventre o Verbo
encarnado, de certo modo Ela serve de ´sacrário´ - o
primeiro ´sacrário´ da história –, para o Filho de Deus,
que, ainda invisível aos olhos humanos, se presta à
adoração de Isabel, como que “irradiando” a sua luz
através dos olhos e a voz de Maria” (n. 55). A Circular de
30
Notícias XXIV do Geral se encontra no www.franz-vonsales.de .
O Serviço de Notícias do Vaticano relatou que no dia 31 de
maio de 2005, a festa da Visitação de Nossa Senhora,
também o Papa Bento XVI refletiu sobre a dimensão desse
mistério primordialmente Salesiano Bíblico. Falando a um
grupo de fiéis, que acabou de rezar o terço no Jardim do
Vaticano, Bento recordou a descrição do seu antecessor de
Maria como a “Mulher Eucarística, e acrescentou: “Levando
no seu ventre Jesus recentemente concebido, Maria vai
visitar sua prima de avançada idade, Isabel ... De certo
modo podemos dizer que sua viagem foi – queremos
sublinhar isso neste Ano da Eucaristia – a primeira
procissão eucarística.”
Anotações Breves
Um artigo sobre o Irmão Michael O´Neill McGrath, OSFS,
que goza uma reputação nacional por seu trabalho de
combinar a arte e espiritualidade, apareceu na edição de 14
de abril de 2005 do Catholic Standard, o boletim de notícias
da Arquidiocese de Washington.
Para comemorar a festa de S. Francisco de Sales, o jornal
da Arquidiocese de Filadélfia, The Catholic Standard and
Times, publicou o artigo: ´Be What You Are and Be That
Well´: O que a Espiritualidade Salesiana ensina a
Estudantes Universitários”, de Erin Maguire, um estudante
na De Sales University.
Dois livrinhos muito atraentes, “Educating the Mind and
Heart in the Visitation Tradition” e “Justice shall Flourish”
foram publicados pelas Visitandinas. Pe. Kevin Nadolski,
OSFS, colaborou no último dos dois.
Paul Haffner, The Mystery of Mary (Heredforshire:
Gacewing, 2004), 234-235, 224 avalia positivamente a
explicação de S. Francisco de Sales da morte e assunção de
Maria (Tratado do Amor de Deus, Livro 7, cap. 13-14). Ele
também indica a semelhança entre a idéia de Francisco
sobre esse tema e a do Papa João Paulo II.
31
A edição de L´Osservatore Romano apresentou um artigo
do Arcebispo Ângelo Amato, SDB, intitulado “Os Quatro
Pilares da Espiritualidade Salesiana”. Ocupou toda uma
página, com a gravura de Turino de Francisco de Sales. Os
quatro pilares são (1) a devoção a Maria, Auxílio dos
Cristãos; (2) a devoção a Jesus Eucarístico; (3) um sistema
de educação, fundamentado sobre alegria e esperança; e
(4) a devoção à Igreja e ao Vigário de Cristo.
Publicações novas
INGLÊS
Dom Charles M. Murphy, Belonging to God: A Personal
Training Guide for e Deeper Catholic Spiritual Life (New
York: Crossroad, 2004). Esse é uma remodelação da
Introdução à Vida Devota e pode ser adquirido no De Sales
Resources & Ministries Center. Uma guia para discussão
sobre esse livro está à disposição no sítio da rede do De
Sales
Spirituality
Center:
www.oblates.org/spirituality/desales_discussions/dis_belon
ging_to_god.pdf .
S. Francisco de Sales, Sermons on the Eucharistic, trad. por
Alexander T. Pocetto, OSFS, com um comentário de James
F. Cryan, OSFS (Center Valley, PA.: Salesian Centre for
Faith & Culture, 2005). Essa publicação apresenta, em
tradução inglesa, as três pregações dogmáticas de
Francisco sobre a Eucaristia, de 1597. A tradução é
complementada pelo ensaio criativo de Cryan “Francis de
Sales, Mystagoge: A Commentary on the Dogmatic
Sermons on the Eucharist (1597)”.
Juliana Devo, RGS, “Learning to Live Serenely: The Wisdom
of Francis de Sales”, Review for Religious, 64 (2005): 184193.
Madeleine Grace, CVI, “St. Francis de Sales: Gentle and
Saintly Sage, Emmanuel, (março/abril 2005): 148-159.
John Sankarathil, OSFS, Called to Be Prophets of Holiness:
Challenges and Dynamics of Prophetic Witness in the Indian
Context”, Vidyajyoti Journal of Theological Reflection 69
(jan. 2005): 42-56.
32
ALEMÃO
Franz von Sales, Philothea. Anleitung zum frommen Leben
(Introdução à Vida Devota). Dessa brochura da Introdução,
traduzida para alemão por Pe. Franz Reisinger, OSFS, e
publicada por Frans Sales Verlag, Eichstätt, Bavária, já
foram vendidos 90.000 exemplares. Esse livro de tanto
êxito foi agora reeditado. Para mais informação, ver
www.franz-sales-verlag.de .
Franz Wehrl, Die Schriften des hl. Franz von Sales (Os
Escritos de S.Francisco de Sales) ( Würzburg: Echter
Verlag, 2005). Um estudo compreensível e profundo da
história dos escritos de e sobre S. Francisco de Sales, a
partir das primeiras publicações da vida do santo até fins
do século vinte. Infelizmente, uma das publicações mais
recentes do século 21, ou seja, a biografia original de Pe.
Dirk Koster, OSFS, não é mencionado. Encontra-se o livro
via internet, no www.echter.de .
O Cardeal Joseph Ratzinger, Heiligenpredigten (Sermões
sobre Santos) (Munich: Wewel Verlag, 1997). O Papa Bento
XVI publicou muitíssimos livros como Cardeal Joseph
Ratzinger. E uma alegria encontrar nesse livro - uma
coleção dos seus sermões sobre santos - uma pregação
sobre S. Francisco de Sales. A mesma pode ser lida
também no sítio web da ICSS, www.franz-von-sales.de ,
sob “Articles”.
Publicações Vindouras
Dr. Viviane Mellinghoff-Bourgerie está terminando, com
colaboração de Frieder Mellinghoff, uma bibliografia
internacional salesiana, intitulada Bibliographie dês
écrivains français – François de Sales (Saint). Essa obra de
quase 500 páginas com uns 3500 itens (dos quais muitos
com anotações) será publicada na série “Bibliográfica.
Bibliographie Thématique des Litteratures Francophones
Européennes” por Éditions Memini, Paris-Roma, no fim de
2006 ou início de 2007. Para mais informação sobre o
33
trabalho de Dr. Mellinghoff-Bourgerie, ver seu sítio web:
http://homepage.rub.de/Viviane.E.Mellinghoff-Bourgerie/ .
Franz von Sales Schmid, um engenheiro alemão
aposentado, está preparando um livro ilustrado sobre S.
Francisco de Sales e a Visitação, a partir de centenas de
fotos de pinturas salesianas que fez por toda Europa,
durante suas visitas a muitos mosteiros da Visitação e
outros lugares de interesse salesiano.
As Visitandinas da Federação Alemã estão planejando uma
edição em alemão do livro Le Coeur de Saint François de
Sales au monastère da la Visitation de Trévise (O Coração
de São Francisco de Sales no Mosteiro da Visitação em
Treviso) de Pedro Fernández Rodríguez, OP. Esse livro
relata a história do resgate da relíquia do coração de
Francisco durante a Revolução Francesa e a transferência
de Lyons para Treviso. (Leitores ingleses encontram essa
história em I Leave You My Heart: A Visitandine Chronicle
of the French Revolution, trad. e ed. Péronne-Marie Thibert,
VSM, prólogo de Jo Ann Kay McNamara [Philadelphia: Saint
Joseph´s University Press, 2000].)
O boletim NOTÍCIAS DA ICSS foi fundado em 1997 e é
publicado duas vezes por ano pela Comissão Internacional
de Estudos Salesianos (ICSS) dos Oblatos de São Francisco
de Sales (Joseph Chorpening, OSFS, Presidente; Herbert
Winklehner, OSFS; Dirk Koster, OSFS). A sua finalidade
principal é divulgar, em nível mundial, informação sobre
assuntos salesianos (São Francisco de Sales, Santa Joana
de Chantal, Pe. Brisson, fundador dos Oblatos e das Irmãs
Oblatas de São Francisco de Sales, a Visitação de Santa
Maria, Institutos Leigos e outros Religiosos que são
membros da Família Salesiana).
Editor: Joseph F. Chorpening, OSFS (Saint Joseph´s
University Press, 5600 City Avenue, Philadelphia, PA
19131-1395, USA; e-mail: [email protected] )
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Editor de Notícias: Alexander T. Pocetto, OSFS. Notícias
para a edições futuras hão de ser enviadas a Pe. Pocetto
via e-mail ([email protected]), fax (610/2822049), ou pelo correio comum (De Sales University, 2755
Station Avenue, Center Valley, PA 1803-9568, USA).
Diagramado, digitado e impresso no Printing Office de Saint
Joseph´s University Press, 5600 City Avenue, Philadelphia,
PA 19131-1395, USA
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