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Marcia Dessen: Administradora e especialista em finanças
identifica as vantagens da locação de automóveis
#67
Revista
2016
JULHO – AGOSTO
Carga mais que pesada
PIS
T
Cofins
A
V
DPIPI
IPVA ICMS
Impostos podem representar cerca da metade
do valor de um veículo. A complexidade
dos tributos brasileiros é um dos fatores que
mais afetam a locação de automóveis
Mudanças na legislação de trânsito entram em vigor no segundo semestre
Tecnologia é aliada das locadoras de veículos na prevenção de fraudes
1 pode se tornar uma realidade
Chip de identificação automotiva
2
Palavra do Presidente
Manter a roda girando
das locadoras que atuam no Brasil, de Norte a
Sul. Porém, ao compartilharmos essas e outras
experiências sobre as soluções de interesse da
indústria de locação de veículos, certamente se
abrirá um novo leque de possibilidades de atuação para a ABLA e para a FENALOC, exatamente
sobre as questões que mais afetam – e de modo
imediato – a força do ambiente de negócios no
qual as locadoras de veículos estão inseridas.
Como o espaço aqui é curto, para resumir
essa mensagem de otimismo para a segunda
metade de 2016, desejo então que todos nós
tenhamos o dom de enxergar e de tomar parte
naquilo que realmente dará certo. Porém, não
“por mera adivinhação”, mas sim por saber que
a força que define o que vai funcionar está muito mais nas competências, no profissionalismo
e no inegável potencial que as empresas do nosso setor possuem quando atuam em conjunto.
Teremos, inclusive, a chance de demonstrar
essa união na prática, com a presença maciça
das locadoras no 29° Salão Internacional do
Automóvel de São Paulo, no próximo mês de
novembro. Essa será outra realização marcante
do nosso setor, já que as locadoras associadas
terão acesso total a esse evento, na medida em
que a ABLA terá um estande especial no Salão.
Resultado da continuidade da parceria com
a Reed Exhibitions, o estande da ABLA será a
“casa do associado” dentro do Salão do Automóvel, atuando como uma verdadeira Central
de Informações para que cada locadora aproveite ao máximo o evento. Considero, sem dúvida, essa a maior oportunidade que teremos
para checar bem de perto e com nossos próprios olhos em que ritmo estará caminhando a
recuperação da indústria automotiva.
Temos agora pouco mais, pouco menos, de
seis meses para ajudar a transformar 2016 e
chegar com a satisfação interna de saber que
cada um de nós fez seu melhor – e que ao final
obtivemos o máximo daquilo ao que nos dedicamos a fazer. Isso implica em não abandonar
o otimismo necessário para trabalhar dentro de
um Brasil que, hoje, com certeza precisa muito
mais de realizações efetivas do que das complicadas teorias econômicas.
Vamos em frente!
Paulo Nemer
AQUELES QUE JÁ me conhecem mais de perto
sabem que uma das características que busco
ter sempre ao meu lado, inclusive desde que
decidi ser um empreendedor, é a de tentar enxergar as coisas com otimismo. Agora, nesse
momento em que já entramos no segundo semestre deste turbulento ano de 2016, entendo
que essa visão ganha novo significado.
Vejo, principalmente nessa segunda metade
do ano, oportunidades importantes para o nosso setor, inclusive começando pela realização,
no mês de agosto, em Brasília (DF), do III Fórum Jurídico da ABLA e da FENALOC. Trata-se
do encontro exclusivo e gratuito para os advogados e assessorias jurídicas das locadoras de
veículos e dos SINDLOCS, que consideramos
essencial para orientar o nosso setor no curto
e no médio prazo.
A ADIN 5452, sobre o Estatuto dos Portadores de Deficiência e suas consequências para
as empresas do setor; o novo Código de Processo Civil, que abre chance de superação da
Súmula 492; as leis estaduais de IPVA e de licenciamento compulsório para locadoras de
veículos; e até o regime jurídico que engloba
os motoristas que trabalham para as locadoras, dentre outros temas que estarão na programação definitiva, são apenas alguns a sinalizar a relevância de termos um diagnóstico
abrangente sobre temas muito peculiares da
locação de automóveis no Brasil.
É fato que temos pela frente um segundo semestre que exigirá priorizar os pontos de maior
interesse a serem trabalhados em benefício
Presidente do Conselho Nacional
3
Ano XII – No 67 – julho/agosto 2016
PIS
14
Capa
Impostos recordes
encarecem os veículos
brasileiros
T Cofins
A
V
P
D IPI
IPVA ICMS
14
12
Na Frente
24
Qualificação
30
Regional
18
Rent a Car
26
ABLA Jovem
34
Brasil Viagem
22
Comunicação
28
Proteção
36
Por Dentro
Preparativos para o III Fórum
Jurídico ABLA/Fenaloc
Prevenção de fraudes no
radar das locadoras
Em breve, ABLA terá site
completamente novo
Curso sobre Gestão de Multas de
Trânsito da ABLA percorre o país
As peculiaridades dos mercados de
Mato Grosso e Rio Grande do Norte
Controle de processos como fator de Os encantos do Rio Grande do Sul, em
roteiros perfeitos para o carro alugado
produtividade
Ressarcimento de Prejuízos por
Sinistros Causados por Terceiros
4
C3 1.2 chega com o motor mais
econômico do mercado
18
34
36
40
Ao Volante
Fábrica da Jaguar
Land Rover
entra em operação
46
Legislação
Dispositivos do
Código de Trânsito
Brasileiro sofrem
alteração
50
Tecnologia
SINIAV (Sistema de
Identificação Automática
de Veículos) passa a ser
obrigatório ainda este ano
para caminhões de carga
53
Eu, Motorista
Medidas simples que podem
salvar vidas
5
Use o leitor QR Code do
seu smartphone para
acessar o site da ABLA.
50
55
Marketing
Digital
Nova série da revista Locação
começa falando sobre CRM
57
Fim de Papo
Especialistas falam sobre o
cuidado no “approach” com o
cliente, a partir do CRM
Expediente
CONSELHO GESTOR
Paulo Nemer (Presidente do Conselho
Nacional), Carlos César Rigolino Jr.
(Vice-Presidente do Conselho Nacional), Carlos
Faustino, Célio Fonseca, Flavio Nabhan, Marcelo
Fernandes, Marconi Dutra, Nildo Pedrosa, Paulo
Eduardo Sorge, Paulo Miguel Jr., Saulo Fróes e
Simone Pino.
CONSELHO GESTOR (SUPLENTES)
Amadeu Oliveira, Bernard da Costa Teixeira,
Cleide Brandão Alvarenga, Gustavo do Carmo
Azevedo, Leonardo Soares, Luís Olavo Nezello,
Luiz Carlos Lang, Lusirlei Albertini, Márcio
Castelo Branco Gonçalves, Nilson Oliveira Filho,
Otávio Meira Lins e Tércio Gritsch.
PIS
T
C
A
V
DPIPI
IPVA
CONSELHO FISCAL
Alberto Faria, Alvani Laurindo, Eduardo Correa,
Jacqueline Moraes de Mello, Marco Aurélio
Gonçalves Nazaré e Ricardo Gondim
Espírito Santo.
CONSELHO FISCAL (SUPLENTES)
Aleksander Rangel, Eládio Paniágua Jr.,
Márcio Campos Palmerston, Marco Antonio
de Almeida Lemos, Miguel Ferreira Júnior e
Rodrigo Selbach.
CONSELHO CONSULTIVO
Adriano Donzelli, José Zuquim Militerno e
Paulo Gaba Jr.
COORDENAÇÃO GERAL
Marconi Dutra, Jorge Machado e Olivo Pucci.
PUBLICIDADE
Jorge Pontual e Francine Evelyn
(11) 5087-4100.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS LOCADORAS
DE AUTOMÓVEIS – ABLA
Site: www.abla.com.br
E-mail: [email protected]
São Paulo: Rua Estela, 515 – Bloco A – 5º andar
– CEP 04011-904 – (11) 5087.4100.
Brasília: SAUS Quadra 1 – Bloco J – edifício CNT
sala 510 – 5º andar – Torre A – CEP 70070-010 –
(61) 3225-6728.
COORDENAÇÃO EDITORIAL
Em Foco Comunicação Estratégica
E-mail: [email protected]
(11) 3816.0732
Editor: Nelson Lourenço
Textos: Nelson Lourenço, Ana Cândida Pena,
Aurea Figueira, Priscilla Oliveira, Kaiqui
Macaulay
Arte: Yvonne Saruê
Tiragem: 4.000 exemplares
Impressão: Meltingcolor
A Revista Locação não se responsabiliza pelas
opiniões emitidas nos artigos assinados.
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6
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S
Cofins
S
M
C
I
A
Editorial
Modernidade
CAROS LEITORES,
A Revista Locação está sintonizada com o sopro de modernidade que embala a ABLA.
No momento em que a associação prepara seu novo
website, tendo o cuidado de adotar as mais atualizadas
ferramentas de indexação e funcionalidade, esta publicação inaugura a vinheta “Marketing Digital”, que trará uma
série de artigos destinados a desvendar para o associado ABLA as oportunidades de se atingir com eficácia o
cliente da locação de automóveis a partir da comunicação
por meios eletrônicos, começando pelos sistemas de CRM
(Customer Relationship Management).
Buscamos ainda abordar a tecnologia que poderá possibilitar a implantação do SINIAV, o sistema baseado em um
chip de identificação automotiva que divide opiniões entre os que defendem a privacidade do condutor e os que
enxergam a ferramenta como uma medida essencial para
dotar o Brasil de maior segurança viária.
Tecnologia e segurança também dão o tom em matéria sobre prevenção a fraudes no rent a car.
E expandimos as possibilidades da revista ao avançar em
questões que estão presentes no dia-a-dia dos condutores
– os clientes da locação, que, como tal, merecem também
ser alvo de nossos textos, sempre com o objetivo de aprimorar os serviços prestados pelas locadoras. A vinheta
“Eu, Motorista” é exemplo dessa nova disposição.
O leitor notará também que a revista está mais arejada e
agradável de ser lida.
Enfim, são algumas das novidades que preparamos para
que o associado ABLA e todos os nossos leitores possam
sentir igualmente o impulso de novos ventos que poderão
levar a atividade a mais uma arrancada rumo à superação.
Boa leitura.
Os Editores
7
Entrevista
Pagar pelo uso é
uma escolha racional
Falamos com Marcia Dessen, administradora
e consultora de finanças, sobre as
possibilidades de a locação de automóveis ser
incorporada ao orçamento do brasileiro
Marcia Dessen:
“Ter um carro custa muito mais do que imaginamos”
o futuro ou mesmo enfrentar um
período de “vagas magras”.
Marcia escreve regularmente sobre finanças pessoais, usando muito de sua experiência como executiva do Citibank, onde permaneceu
No livro “Finanças Pessoais –
O que fazer com o meu dinheiro”
(Editora Trevisan, 2014), Marcia
Dessen não economiza ensinamentos sobre como lidar com os recursos financeiros, seja para planejar
8
Entrevista
por mais de 20 anos. Depois foi
empreendedora e liderou, por
mais 20 anos, a BMI Brazilian
Management Institute, que atua
na área de educação executiva.
Atualmente, ela é planejadora financeira pessoal certificada
e diretora do IBCPF - Instituto
Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros.
A locação de automóveis entrou no radar de Marcia como
uma alternativa racional para
equilibrar as despesas com transporte. “Infelizmente, o brasileiro
não faz conta”, diz ela. “A opção
pelo aluguel pode ser vantajosa”,
completa Marcia.
Confira a entrevista a seguir
com a especialista.
REVISTA LOCAÇÃO: Você defende a cultura de pagar pelo uso em vez de pagar pela
posse como uma forma de reduzir o custo
do transporte no orçamento. Acredita que
essa visão pode vir a ser adotada por mais
pessoas no Brasil? Essa cultura é algo mais
arraigado lá fora, ou o estrangeiro também
prefere ter a posse do carro?
Marcia Dessen: A cultura de posse é norte-americana, e ela exerce forte influência
sobre os brasileiros. O europeu, por outro
lado, tende a valorizar os meios de transporte alternativos. É claro que uma oferta
ampla e de boa qualidade de transporte
público também ajuda a derrubar a preferência pela posse. Infelizmente, não é o
caso aqui no Brasil, o que “empurra” o brasileiro para a opção pela compra.
pelo táxi, desde que as distâncias percorridas todos os dias não sejam muito grandes. Locadoras de automóveis oferecem
diárias de carros econômicos a partir de
R$ 90. É possível traçar um paralelo da
comparação com os táxis se a opção for a
locação? Ou seja: você aconselha colocar
na ponta do lápis se vale a pena alugar ou
manter um carro próprio?
Marcia Dessen: Não é preciso ser proprietário do carro para desfrutar do serviço de
transporte quando você quiser ou precisar.
Vale a pena pensar nas alternativas e avaliar se hoje a opção escolhida é a melhor
do ponto de vista financeiro. Com certeza a
opção pelo aluguel, ou pelo táxi, deve ser
mais vantajosa dependendo da distância
média percorrida.
LOCAÇÃO: Isso também implica no desconhecimento das pessoas sobre o conceito de “custo de oportunidade”?
Marcia Dessen: O custo de oportunidade
aqui no Brasil é muito alto. Se em vez de
comprar, o cidadão aplicasse o dinheiro no
mercado financeiro, ganharia cerca de 1% líquido de juros ao mês. Um custo de oportunidade muito alto que também não entra na
conta quando se calcula o preço da posse.
LOCAÇÃO: Quais são os aspectos a serem
considerados nessa comparação?
Marcia Dessen: Ter um carro custa muito
mais do que imaginamos. Normalmente
as pessoas levam em consideração apenas
os gastos com combustível na hora de fazer essa conta, sem lembrar da manutenção, despesas com IPVA e licenciamento
ou mesmo a lavagem do veículo. É preciso
colocar na conta também os gastos com
transporte público em dias de rodízio. Se o
carro está financiado, o peso dele no orçamento aumenta ainda mais.
LOCAÇÃO: Alguns estudos indicam que a
economia é significativa quando se opta
9
Entrevista
LOCAÇÃO: Na sua opinião, como essa cultura do aluguel de automóveis poderia ser
disseminada?
Marcia Dessen: Acredito que a “cultura” começa com quem já é usuário de aluguel e se
propaga com a recomendação desses usuários no seu grupo de amigos. Ele pode ganhar desconto a cada amigo que aproxima.
Como sabemos, o brasileiro não faz conta.
Sugiro então à ABLA e às locadoras em geral
oferecerem um simulador onde o cidadão
pode preencher com seus dados para descobrir quando faz sentido alugar um carro.
LOCAÇÃO: As redes sociais também podem ser úteis nesse sentido?
Marcia Dessen: As redes sociais também são
um excelente canal de divulgação se o simulador apontar vantagem para o aluguel. Mesmo que não aponte, e não haverá de apontar
em todos os casos, acho que a transparência
pega bem. Muitas empresas já definiram
que é muito mais barato pagar pelo uso do
que pela propriedade de um automóvel e,
por isso, deixam de ter uma frota própria e
passam a terceirizar. O mesmo pensamento pode ser aplicado à pessoa física.
Locação diária para pessoa física
A publicação traz ainda informações importantes que merecem ser levadas pelas
locadoras ao público potencialmente interessado em alugar:
Segundo o Anuário Brasileiro do Setor de
Locação de Veículos 2016, a locação diária
para pessoa física corresponde a 44% do
mercado de locação no país.
Documentação
¾ Carteira de Habilitação em dia e válida. Eventualmente, a locadora poderá
solicitar também o RG (Registro Geral) e o CPF (Cadastro de Pessoa Física)
Reservas
¾ Procurar as locadoras com antecedência elimina o risco de não encontrar
o veículo desejado.
Tarifas
¾ As tarifas diárias (24 horas) variam conforme a categoria do carro ou
escolha por tipo de cobertura de danos causados ao veículo locado.
Descontos
¾ Na maioria das vezes, a locadora oferece descontos progressivos: quanto
maior o período de locação, menores são as tarifas diárias cobradas.
Promoções
¾ Nas épocas de baixa estação, que variam de estado para estado, a maior
parte das locadoras realiza promoções, inclusive baixando o valor das
diárias como forma de estimular ainda mais o aluguel de veículos.
Pagamento
¾ A opção de pagar com o cartão de crédito válido facilita a aprovação
do cadastro e o atendimento. Caso o cliente opte por outras formas de
pagamento, será atendido, porém o automóvel somente poderá ser
entregue após a locadora fazer a análise de crédito.
Custo-benefício
¾ Alugar um modelo popular custa o equivalente a uma corrida de táxi de
aeroportos mais afastados até as regiões centrais das cidades. Praticamente
pelo mesmo valor de uma corrida de táxi, você tem um veículo à sua
disposição por 24 horas.
Abrangência
¾ As locadoras que trabalham com o rent a car não estão presentes apenas
nos aeroportos, podem ser encontradas em todas as cidades do país.
Segurança
¾ Ao locar um automóvel, o usuário terá de imediato a garantia do
contrato de locação, que obedece aos princípios do Código de Defesa do
Consumidor e é o documento válido entre o cliente e a locadora para a
efetiva prestação do serviço.
10
Na Frente
III Fórum Jurídico
promove troca de experiências
entre advogados do setor
Evento que acontece em agosto,
em Brasília, ainda está com
inscrições abertas
Rodrigo Reda é um dos fundadores e
integrante da Comissão ABLA JOVEM
Grupo de participantes reunidos na última
edição: evento volta a acontecer em Brasília
12
Na Frente
ASSESSORIAS JURÍDICAS e o corpo jurídico que prestam serviços para as locadoras e
para os SINDLOCS terão a oportunidade de
se reunir para trocar experiências na terceira
edição do Fórum Jurídico da Indústria de Locação de Veículos.
O evento será realizado entre os dias 11 e 12
de agosto, em Brasília, no edifício da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que também abriga as sedes da ABLA e da FENALOC
na Capital Federal.
No primeiro dia, o evento terá início às 14h
e os trabalhos se estenderão até às 19h, sendo
finalizado com um jantar de confraternização
entre os participantes. Já no dia 12, o Fórum
começa no período da manhã, às 9h, e encerrará as atividades por volta das 16h.
Para o presidente do Conselho Nacional da
ABLA, Paulo Nemer, o Fórum Jurídico é um
encontro técnico que visa abordar, sob diversos ângulos, questões imediatas da área legal,
sempre ligadas ao setor de locação. “O evento
é uma oportunidade de reunirmos, num mesmo local, advogados com experiência no setor
de locação, e promover troca de informações
entre eles. Tenho certeza que os resultados
extraídos do encontro serão muito positivos
e contribuirão para nosso desenvolvimento”,
avalia Nemer.
A terceira edição do Fórum Jurídico da Indústria de Locação de Veículos será ministrada
pelo Dr. Adriano Castro, consultor jurídico da
ABLA e da FENALOC. “Estamos definindo junto
ao doutor Adriano os assuntos que serão discutidos durante os debates. Só posso adiantar que os temas serão extremamente atuais
e muito pertinentes para o mercado”, explica
Paulo Gaba Júnior, presidente da FENALOC.
Para participar é muito simples. Basta preencher gratuitamente o formulário disponível
no site da ABLA (www.abla.com.br) e encaminhar para Paula Camilla, via email (paula@
abla.com.br).
As vagas são limitadas e as locadoras e os
SINDLOCS interessados em aproveitar a oportunidade somente terão de arcar com os investimentos de viagem de seus participantes.
Há inclusive tarifas diferenciadas de hospedagem, junto ao hotel oficial do evento.
Para aqueles que quiserem contribuir com a
programação, no próprio formulário há espaço para sugestões de temas que estão afetando o ambiente de negócios do setor. O diagnóstico auxiliará na elaboração de políticas de
atuação jurídica da ABLA e da FENALOC, além
de permitir priorizar os pontos de interesse a
serem debatidos.
“Teremos profissionais de diversas regiões
do país, com vivências completamente diferentes. A ideia é dar espaço para que esses
advogados possam compartilhar suas experiências individuais como profissionais do
Direito na defesa de cada locadora”, completa Paulo Gaba.
III FÓRUM JURÍDICO DA INDÚSTRIA DE
LOCAÇÃO DE VEÍCULOS
Datas: 11 e 12 de agosto de 2016
Horários: dia 11, das 14h às 19h
Dia 12, das 9h às 16h
Local: Sede da ABLA em Brasília
Endereço: SAUS – Quadra 01 – Bloco J – Torre A –
Sala 510 – Edifício CNT
Informações: [email protected]
13
Capa
O peso dos impostos
Brasil é recordista em taxas que
incidem sobre a venda de automóveis
Donzelli: “A complexidade tributária do Brasil nos acarreta um alto custo”
Brasil – 43,7% (carros 1.0 a 2.0 – gasolina)
Alemanha – 19%
Brasil – 37,2% a 41,2% (carros 1.0 a 2.0 – flex)
Turquia – 18%
Itália – 22%
México – 16%
Argentina – 21%
Coréia do Sul – 10%
Reino Unido – 20%
EUA – 7,5%
Chile – 19%
Japão – 5%
Fonte: Anfavea, OCDE
14
Capa
com a montanha de impostos que temos por
aqui. A lista vai da Itália (22%), passando pelos vizinhos Argentina (21%) e Chile (19%),
até chegar ao Japão, onde o percentual de
tributos sobre o preço final do automóvel é
de apenas 5%.
E como fica a indústria da locação nessa
história?
Se ter um carro já significa pagar de antemão muito imposto, imagine o impacto dessa
tributação excessiva na frota de uma locadora. “São impostos de todos os gêneros, pagos
logo na compra do automóvel”, assinala José
Zuquim Militerno, membro do Conselho Consultivo da ABLA.
E se não bastassem os impostos, há ainda
as deficiências com a infraestrutura precária
– péssimas condições das estradas, por exemplo –, e os encargos com os juros.
É por essas e outras que podemos afirmar:
gerir uma locadora é atividade que exige uma
série de cuidados e atualizações constantes.
“Não é só o valor do imposto que acarreta
mais custos. É toda a complexidade tributária
que existe no Brasil, desde a composição de
impostos até as normativas recorrentes que
recebemos da Receita Federal sobre alterações
no regime vigente e as informações apropriadas para termos acesso a eventuais créditos
e benefícios”, acrescenta Adriano Donzelli, do
Conselho Consultivo da ABLA.
Zuquim: o número de impostos é elevado
TECNOLOGIA EMBARCADA, acessórios modernos, sistema flex de combustível. Todo
veículo produzido no Brasil carrega uma série
de novidades para atrair compradores. Mas a
carga maior por aqui ainda são as taxas e os
impostos incidentes sobre os veículos.
No caso das compras das locadoras, a carga
tributária incide praticamente da mesma forma
que nas vendas de veículos para o varejo. Não é
levado em consideração que, para as empresas
de locação, os veículos são as ferramentas de
trabalho essenciais para o desenvolvimento da
atividade e para a sobrevivência no mercado.
Assim, na prática as locadoras arcam com
uma espécie de “Custo Brasil” dos veículos, já
que incidem sobre sua “matéria-prima” todos
os impostos e as taxas como ICMS, IPI, COFINS, PIS, IPVA, Licenciamento e DPVAT. (veja
a lista completa na página 17).
Em um estudo divulgado recentemente, a
Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) chega à conclusão de que a carga tributária brasileira é a
maior do mundo, e incide de 37,2% a 43,7% do
valor do automóvel. Mesmo tomando a faixa
menor de tributação, referente aos carros 1.0,
o Brasil ocupa com larga vantagem a liderança no ranking de impostos aplicados ao mercado automotivo.
No estudo apresentado pela Anfavea, os
vice-campeões estão bem longe de arcarem
Donzelli: complexidade dos tributos aumenta o custo
15
Capa
“Não é que os impostos incidentes sobre os
veículos sejam baixos, mas, além deles, há ainda o custo das locadoras com a depreciação excessiva, taxa de juros alta e principalmente com
a escassez de financiamento.”
HISTÓRIA:
A REDUÇÃO TEMPORÁRIA DO IPI
Nos últimos anos, o setor de locação enfrentou “diversas peripécias”
praticadas pelo Governo em relação ao
mercado automotivo, além de inúmeras
portarias e resoluções que mudaram as
bases de PIS e COFINS, sem contar com
a guerra fiscal de IPVA e ICMS.
Um dos casos mais emblemáticos
começou em 2008, ano em que pela
primeira vez o governo lançou mão da
redução temporária do IPI para o setor
automotivo. A medida prejudicou diretamente a reposição de frota das locadoras, pois os veículos comprados antes da redução temporária, adquiridos
com IPI cheio, no momento da venda
ficaram bastante desvalorizados.
O setor demonstrou maturidade suficiente para administrar a situação, “mas
o episódio do IPI serviu para mostrar o
quanto é importante que as regras do
jogo não mudem repentinamente”, diz
Paulo Gaba Jr., presidente da FENALOC
e integrante do Conselho Consultivo da
ABLA. Desde que as regras se mantenham, “as empresas se planejam e conseguem atuar, seja dentro de um mercado
com impostos mais altos ou mais baixos”,
acrescenta Adriano Donzelli, também do
Conselho Consultivo da ABLA.
O conselheiro José Zuquim Militerno
enfatiza que a ABLA sempre lutou por
uma política automotiva de longo prazo, “que permita de fato o planejamento
dos investimentos do setor”. Na prática,
mudanças de regras repentinas, como as
verificadas no passado recente, dificultam a desmobilização dos ativos das locadoras e impedem o acesso das empresas a uma parte importante dos recursos
necessários para o crescimento da frota.
Gaba Jr.: além de imposto, o custo
das locadoras é afetado por outros fatores
Paulo Gaba Jr., também integrante do Conselho Consultivo, concorda com ele. “Sem dúvida,
a redução dessa carga tributária e da burocracia
seria um caminho para a diminuição de custos,
com benefícios para todo o mercado”, completa.
VANTAGEM PARA OS CLIENTES
Os impostos sobre a compra e venda
de veículos, que os clientes do setor de
locação deixam de pagar quando optam
pelo aluguel em vez das frotas próprias,
têm influência direta na economia gerada pela terceirização. Trata-se de não
mais ter a obrigação de fazer um investimento inicial alto para a compra de carros, escapar da depreciação e de todos
os impostos e taxas incidentes sobre a
frota, que já são pagos pelas locadoras.
Essas vantagens que a terceirização
proporciona também são válidas como
estratégia para o setor público. O aluguel ajuda a preservar significativamente os cofres de estados, municípios e da
União, se comparado aos gastos com
carros próprios.
Além de manter a frota sempre em
atividade, diante de carros próprios muitas vezes parados devido à burocracia
para manutenção e reposição de peças,
o aluguel gera recolhimento de taxas e
impostos. A carga tributária é paga e recolhida pelas empresas do setor e, assim,
também no caso da locação para o setor
público, se reverte em benefício dos próprios estados, municípios e União.
16
Capa
TRIBUTOS E MAIS TRIBUTOS
O IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) calcula que um veículo 2.0 recolha
38,7% de impostos. Segundo o instituto, a composição desses tributos é a seguinte:
Produto
Veículo 2.0
PIS
1,65%
Cofins ICMS IPI
7,6%
12%
13%
Por trás de cada uma dessas siglas está
um tributo diferente que afeta o preço final
do automóvel novo:
OutrosTotal
4,45%
38,7%
PIS e Cofins – Respectivamente, Programa
de Integração Social e Contribuição para
Financiamento da Seguridade Social. Tributos federais. O objetivo do PIS é financiar o pagamento do seguro-desemprego,
abono e participação na receita dos órgãos
e entidades, tanto para os trabalhadores
de empresas públicas, como privadas. A
Cofins, por sua vez, é uma contribuição
que tem como objetivo financiar a Seguridade Social, em suas áreas fundamentais,
incluindo a Previdência Social, a Assistência Social e a Saúde Pública.
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. É um tributo estadual,
que incide sobre o valor de custo do carro.
A alíquota (12%) é a mesma em todos os
estados para os veículos novos.
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados. Tributo federal, possui uma tabela
progressiva de incidência, que começa a
partir dos veículos com motor até 1.0 (7%).
Carros importados pagam a maior alíquota (30%).
APÓS A COMPRA DO VEÍCULO:
• IPVA – Imposto sobre a Propriedade de
Veículos Automotores
• Motor até 1.0: 7%
• Motor entre 1.0 e 2.0 flex: 11%
• Licenciamento – Taxa Federal (Detran)
• Motor entre 1.0 e 2.0 gasolina: 13%
• Motor acima de 2.0 flex: 18%
• DPVAT – Seguro Obrigatório Contra Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores
• Motor acima de 2.0 gasolina: 25%
• Utilitário: 4% e 8%
• Importados: 30%
17
Rent a Car
Contra fraudes, invista
em tecnologia e conhecimento
Treinamento de colaboradores, análise de dados e
monitoramentos estratégicos evitam falsificação de documentos
físicos e fraudes em ambiente digital
A TECNOLOGIA
trouxe
ferramentas
pioneiras na
garantia da
legalidade e
proteção de
informações,
mas também
abriu espaço
para o surgimento de cybercriminosos e de outras ameaças.
Muito tem se falado sobre o cuidado pessoal
no ambiente virtual, sobre o que compartilhamos em redes profissionais e sociais na internet.
Mas não são menores os riscos oferecidos pelos
hackers a empresas e instituições.
Institucionalmente, a existência de um banco de dados exige diversos cuidados com o uso
e guarda de informações, como os sistemas
criptografados que protegem dados de terceiros. Por outro lado, a checagem de dados dos
clientes é fundamental e pode ser feita a partir
de sistemas de integração automáticos, assinatura digital e biometria facial, se expandindo
muito além da obrigação de agentes do Estado.
As próprias empresas podem e devem buscar
este tipo de serviço, usufruindo da variedade de
soluções em tecnologias e sua crescente viabilidade financeira. Para as locadoras de veículos,
a atenção à falsificação passa principalmente
por cartões de
crédito e documentos de
identificação,
como Carteira
de Identidade
e Carteira de
Habilitação.
Quanto ao
ambiente virtual, a gestão
de um grande número de dados de terceiros
deve ser feita de forma cuidadosa, utilizando
tecnologias de privacidade adequadas para
usuário e locadora. Uma comunicação eficaz
com os clientes impede ainda o envio de informações fraudulentas ou a interceptação por
cybercriminosos, ataques que podem diminuir
a credibilidade da empresa.
Especialista em detecção de fraudes com
mais de 15 anos de experiência em análise de
documentos e auditoria em instituições bancárias, Manoel Affonso, da consultoria Acert, explica que a implementação de mecanismos de
prevenção de fraudes por parte das organizações é fundamental no combate a este problema complexo, que envolve ainda deficiências
dos órgãos oficiais de fiscalização e a dificuldade frente à burocracia.
Confira nas próximas páginas algumas de
suas dicas.
18
Rent a Car
BASES PARA TER SUCESSO NA PREVENÇÃO
Manoel Affonso é hoje diretor da Acert, consultoria especializada em prevenção de perdas
financeiras. Como resultado de uma pesquisa
direcionada, ele resume aqui os três pilares para
a prevenção a fraudes em locadoras de veículos.
Inicialmente, é fundamental o investimento
em tecnologias de identificação de fraudes que
existem hoje em abundância no mercado e são
utilizadas por diversos segmentos dos setores
privados e públicos. Já existem ferramentas de
identificação de fraudes em documentos por
celular, tablets e demais dispositivos que utilizam métodos de identificação por biometria
facial e assinatura digital. Com a atenção de
profissionais bem treinados e o apoio da tecnologia de ponta disponível, os riscos de fraudes e falsificações diminuem drasticamente.
O segundo pilar seria o treinamento dos colaboradores para a redução dos riscos de possíveis ataques e identificação de comportamentos
suspeitos. Sinais como nervosismo devem ser
levados em consideração. Manoel garante ainda que a intuição ou um incômodo frente a um
documento apresentado muitas vezes acaba por
denunciar uma falsificação. Recomenda-se ainda cautela por parte dos funcionários: qualquer
irregularidade deve ser reportada às autoridades
competentes, pois é grande a probabilidade de
falsificadores estarem ligados a outros crimes.
“A região Sudeste apresenta maior
índice de tentativas de fraudes
documentais
do
Brasil,
com
quase 50% dos casos (48,1%)”
“Assim como os demais segmentos, empresas de locação de veículos precisam
manter seus colaboradores atualizados. O
colaborador qualificado contribui significativamente na redução de riscos em possíveis
ataques e aprende a identificar fraudes em
comportamentos, assinaturas e documentos.
A recompensa é garantida para ambas as
partes”, completa. Uma das dicas é contabilizar as fraudes efetivadas antes e depois da
capacitação dos colaboradores para analisar
a progressão da equipe.
Em paralelo aos sistemas modernos de
segurança, o treinamento dos colaboradores
é o eixo principal no combate às mais diversas fraudes, com ações simples como análise de relatórios internos e conhecimento
sobre falsificação de assinaturas. Finalmente, o monitoramento interno é fundamental
na prevenção de fraudes e permite conhecer
o perfil do provável infrator e os pontos de
falha em segurança.
A avaliação de riscos está diretamente relacionada com o aprimoramento e padronização dos procedimentos, e tem efeitos diretos
na eficiência operacional. Com a integração
destes três ciclos, as locadoras conseguem
fechar o cerco contra as fraudes, reduzindo
perdas e aumentando a produtividade das
equipes, contribuindo ainda como exemplo
para a proteção de toda a sociedade.
“A intuição tem um papel importante na detecção de fraudes.
50% dos casos que nos chamam
atenção em um primeiro momento se comprovam como falsificações posteriormente.”
19
Rent a Car
CNH E CARTEIRA DE IDENTIDADE EXIGEM ATENÇÃO REDOBRADA
riam verificar os documentos por meio de um
aplicativo de celular.
Segundo estimativa do Denatran, apenas
no estado de São Paulo a reemissão das carteiras de habilitação significariam um investimento de R$ 8 milhões. Sem um estudo maior
de viabilidade financeira, a implementação nacional das medidas teve de ser postergada. No
caso da instalação dos chips, o Detran ainda
está em negociação com estados.
Independente das condições de controle oficiais, os usos de criptografia das páginas institucionais, cruzamento de dados em sistemas
automáticos e investigações internas são grandes aliados do empresário e, se coordenados
de forma adequada, incentivam a equipe de colaboradores e aumentam a rentabilidade do negócio. Em tempos de crise, é uma oportunidade
de otimização para todas as áreas.
Nova CNH chegaria a ter 28 dispositivos de segurança contra falsificação,
como uso de relevos não reproduzíveis e técnica de microimpressão.
Segundo Manoel Affonso, a CNH e a Carteira
de identidade são documentos de maior dificuldade na identificação de falsificações, em razão
de especificidades de sua emissão, o que demanda uma atenção ainda maior por parte das locadoras de veículos. “Em teoria, a carteira de identidade brasileira pode ser emitida 27 vezes por
cidadão, considerando que todas as Unidades
da Federação possuem sua própria numeração
e cadastro. Mas neste caso, a comunicação entre cartórios de diferentes estados seria uma
forma de conferência eficiente dos dados, independente de agentes do Estado”, complementa.
No final de 2014 o Conselho Nacional de
Trânsito (Contran) decidiu adiar, por tempo indeterminado, diversas mudanças previstas no
tocante ao combate à falsificação de documentos, pelas quais estariam previstas a instalação
de chips de identificação de veículos e modificações para a carteira de habilitação (CNH) e os
certificados de Licenciamento de Veículo (CRLV).
O objetivo das mudanças seria combater fraude
de documentos e a clonagem de veículos, que
estão entre os crimes mais comuns no Brasil.
Os novos documentos teriam código de barras e elementos para dificultar reproduções caseiras, enquanto os agentes de trânsito pode-
“O mundo digital dá abertura para
fraudes em função da quantidade de
informações que pode ser encontrada online. O cuidado com as informações que se disponibiliza em redes sociais, por exemplo, não deve
ser apenas da pessoa física, mas as
empresas também devem evitar alguns comportamentos.”
20
21
Comunicação
Vem aí o novo website da ABLA
Endereço eletrônico www.abla.com.br vai ao ar
com uma série de novidades
A ABLA TERÁ em breve um
website totalmente novo. Os
associados e o público em geral poderão conferir as novidades da página da associação na
internet, após um necessário
período de testes, para garantir aos associados, parceiros
comerciais, clientes do setor
e interessados em geral um
website agradável, de fácil e
rápido carregamento de informações. Uma das mudanças é
a experiência de visualização
com redimensionamento para
diferentes dispositivos, tais
como computadores pessoais,
notebooks, tablets e smartphones.
“Não se trata apenas de uma reforma ou de
uma remodelação do Portal ABLA, mas sim da
criação de um website totalmente novo e muito
mais funcional”, explica o diretor comercial da
associação, Jorge Pontual. Ele adianta que serão acrescentadas novidades e facilidades a que
todos os associados terão acesso assim que o
novo portal entrar no ar, inclusive com uma estrutura muito mais apropriada para a chamada
“navegação intuitiva”. Isso significa garantir que
os visitantes sempre encontrarão o que precisam
rapidamente, em poucos cliques. “Em termos
gerais, essa será uma facilidade importantíssima
oferecida pelo novo site”, assinala Pontual.
A ABLA espera um aumento considerável no
fluxo de internautas que buscam informações sobre a associação na net, tendo inclusive providenciado para seu novo website a integração com o
sistema de análise Google Analytics, que medirá
o número de acessos, tempo de permanência e o
mapeamento de tráfego interno. “Esse é um fator
importante para sabermos quem é a audiência,
de onde ela vem e também para termos um histórico e tomarmos atitudes estratégicas no futuro”,
acrescenta o diretor comercial da ABLA.
O novo site adota as mais modernas linguagens de desenvolvimento: em HTML/PHP,
HTML5, Javascript, Jquery e integração com
CMS (Wordpress), que permitirá muito mais
rapidez na inserção e alteração de conteúdo. Além disso,
estará adequado para Search
Engine Optimization (SEO),
ou seja, haverá inserção de
títulos, descrições e tags em
todas as páginas, para melhor “ranqueamento” nas ferramentas de busca.
“Somada à total segurança
em ambiente web que proporcionaremos aos visitantes, temos plena convicção no substancial aumento de acessos,
principalmente por parte de
nossos associados e parceiros
comerciais”, avalia Pontual.
O processo de criação passou pelo desenvolvimento de arquitetura de informação e de
layout, baseados na identidade visual da ABLA.
Portanto, dessa forma, o portal também será útil
para valorizar a identidade visual da associação.
Somente após os ajustes e a aprovação criteriosa
do layout por parte do Conselho Gestor da ABLA
é que o parceiro escolhido para o projeto (a
agência DIO, de São Paulo) passou a se dedicar
à programação propriamente dita do website.
Outra etapa importante do desenvolvimento
foi a pesquisa por amostragem com os associados para entender o que eles mais utilizavam e
valorizavam no site que será substituído. Tudo
o que foi apontado no levantamento será mantido, porém redesenhado para facilitar a navegação e utilização dos inúmeros serviços que
atualmente já são prestados pelo portal, como,
por exemplo, a atualização cadastral, a emissão
de segunda via de boletos e consultas ao birô
de crédito parceiro dos associados, entre outros
diversos serviços e informações disponíveis.
Todas essas mudanças têm como objetivo
tornar o website 100% voltado para os associados e parceiros comerciais, mas sem deixar de
lado clientes do setor e interessados em geral
sobre a locação de veículos no Brasil. A ABLA
estará assim, com seu novo portal, adequada
ao que é feito de mais moderno e interativo
em termos de websites no Brasil e no exterior.
22
Qualificação
“Gestão de Multas de Trânsito”
é tema do novo curso ABLA
Conhecimentos transmitidos auxiliarão as locadoras
a melhorarem suas relações com os clientes
Marcelo Araújo: o primeiro passo para uma boa
gestão é conhecer o funcionamento das multas
Diante da complexidade das leis
de trânsito, e das dificuldades das
locadoras em fazerem a gestão de
multas, a ABLA passou a oferecer
para seus associados o curso
“Gestão de Multas de Trânsito”.
Ministrado por Marcelo Araújo,
advogado especializado em
trânsito e ex-secretário Municipal
de Trânsito da cidade de Curitiba
(PR), a iniciativa pretende ajudar
as locadoras a fazerem a gestão das
multas cometidas pelos usuários,
sempre com foco em resultados
positivos. O curso já passou pela
Bahia, Alagoas e Recife e até o final
do ano deverá percorrer diversas
outras capitais do Brasil.
Para entendermos melhor este
processo, conversarmos com o
instrutor Marcelo Araújo.
Confira.
24
Qualificação
REVISTA LOCAÇÃO: Qual a importância
de um curso sobre multas de trânsito
para as locadoras?
LOCAÇÃO: Mas afinal, há alguma diferença entre os procedimentos de multas para
locadoras e multas para pessoas físicas?
Marcelo Araújo – O tema é o “calcanhar de
Aquiles” na relação entre a locadora e o
locatário, no sentido que o atendimento,
o veículo e o preço podem ter superado
as expectativas – tudo ótimo –, mas na
hora do contato para cobrança de multas
é que se inicia o martírio. Especificamente
para as locadoras é um ponto de fragilidade que pode comprometer todo um bom
resultado financeiro, caso não haja um
controle rigoroso. E o primeiro passo para
isso é conhecer seu funcionamento.
Marcelo Araújo – Sim! Quando se fala em
“pessoa física”, estamos falando em número reduzido de veículos e de pessoas
que os conduzem, geralmente em âmbito familiar, se relacionando com o órgão
municipal e estadual de trânsito de onde
residem. Dentre os setores relacionados
com frotas (como transportadoras), o de
locação é o mais complexo, pois falamos
de empresas que podem ter centenas ou
milhares de veículos circulando pelo país
e se relacionando com uma infinidade de
órgãos municipais, estaduais e rodoviários,
com um número indeterminado de condutores. É um outro mundo tendo que seguir
as mesmas regras.
LOCAÇÃO: Quais os objetivos deste curso?
Marcelo Araújo – A ideia é inspirar os participantes a criarem seus próprios modelos
de gestão de multas cometidas pelos locatários, bem como sugerir novas formas de
abordagem e postura nestas cobranças.
LOCAÇÃO: Em termos gerais, quais são
as implicações para as locadoras que “tomam” indiretamente essas multas?
Marcelo Araújo – Procuro deixar claro que,
nessa questão das multas, a locadora fica
apenas no vértice da relação entre órgão
de trânsito e o locatário. Não foi a locadora quem colocou a fiscalização eletrônica
ou os agentes que o locatário entende
como abusivos e ilegais. Nem foram elas
que desobedeceram as regras de trânsito.
As locadoras apenas cederam o veículo e
contratualmente, precisam ser ressarcidas
do que estão sendo cobradas.
LOCAÇÃO: Qual o conteúdo?
Marcelo Araújo – Inicialmente, o participante tem um panorama geral sobre o
papel de cada órgão do Sistema Nacional de Trânsito, cujo objetivo é simplificar
aquilo que é complexo. Em seguida, ele é
convidado a conhecer a fundo o processo
administrativo punitivo. A todo momento,
procuro associar teoria e prática, mostrando que aquelas regras que parecem chatas,
enfadonhas, estão no dia a dia da locadora,
precisam ser digeridas e compreendidas.
LOCAÇÃO: Qual o impacto de um curso
como este para o setor de locadoras?
Marcelo Araújo é advogado com especialização em trânsito e professor
Marcelo Araújo – Queremos minimizar os
problemas que surgem da delicada relação entre locatários, locadoras e órgãos
de trânsito. Para fazer essa aproximação,
nós sempre convidamos representantes
do órgão de trânsito da cidade para que
conheçam a realidade e peculiaridades
do setor de locação, e para que os profissionais do setor entendam as dificuldades dos órgãos públicos. É uma troca
onde todos se beneficiam.
de direito de trânsito. Foi secretário
municipal de Trânsito de Curitiba e
presidente da comissão de trânsito
da OAB/PR. Sua relação com o setor
de locação começou há mais de 10
anos, após um trabalho feito para o
SINDILOC/PR.
25
ABLA Jovem
Controle dos processos
é fator de
competitividade
Jaqueline Denadai é integrante da
Comissão ABLA JOVEM
COM A AMPLA EVOLUÇÃO nos conceitos empresariais e diante de um cenário de instabilidades, transformações e
grande concorrência, as empresas estão
cada vez mais procurando e adotando
mecanismos de estabelecimento de estratégias que as posicionem de forma
competitiva no mercado. Trata-se de fator fundamental para atender as necessidades e expectativas dos seus clientes
e demais interessados.
Com o constante surgimento de teorias adaptadas às ultimas transformações no mundo empresarial, levando às
26
ABLA Jovem
“A implantação da gestão por processos requer
uma nova postura cultural: precisa ser implantada
de forma gradual e, para isso, é necessário seguir
algumas etapas para que seja eficaz e traga
realmente resultados positivos.”
empresas inúmeras modalidades de gerenciamento, cabe ao empresário avaliar
em que nível estas novas propostas contribuem, podem e devem ser aplicadas em
sua empresa.
Isso porque o desenvolvimento e a evolução de uma empresa ou organização estão
diretamente relacionados à capacidade organizacional de aprendizado. O foco está na
melhoria contínua e superação dos desafios
impostos pelos clientes com relação à qualidade dos produtos e serviços prestados, e
também pelas exigências legais e ambientais.
É nesse amplo contexto que muitas companhias adotam a gestão baseada em processos, com o objetivo de também reduzir riscos
e ter maior domínio dos recursos empregados para evitar o desperdício e o retrabalho.
Busca-se ainda a evolução de desempenho,
a previsibilidade dos resultados e a implantação sistemática de inovações e melhorias.
A Associação Brasileira das Locadoras
de Automóveis (ABLA), como entidade
em progresso contínuo e em defesa dos
interesses dos associados e do segmento,
iniciou a implantação dessa ferramenta de
gestão baseada em processos. Em paralelo com outras ações estratégicas, a iniciativa também implica em desenvolver ainda
mais o profissionalismo e alcançar mais
e novos resultados para as locadoras do
quadro associativo, sem deixar de lado as
demais partes interessadas, incluindo seus
colaboradores.
Essa estratégia busca a interação entre
as atividades, incluindo mais dinamismo
e flexibilidade às suas rotinas. Com isso
a organização poderá, com mais facilidade, adaptar-se a qualquer oportunidade ou
ameaça externa, resultando em uma ferramenta de apoio para tomada de decisões
mais assertivas.
Porém, como qualquer outra mudança
dentro das organizações, a implantação
da gestão por processos requer uma nova
postura cultural: precisa ser implantada de
forma gradual e, para isso, é necessário
seguir algumas etapas para que seja eficaz
e traga realmente resultados positivos.
Por isso a ABLA iniciou esse trabalho
pelo mapeamento geral dos processos,
aos quais serão definidos padrões de maneira clara, a demonstrar todo potencial de
integração entre as atividades da associação. Posteriormente, serão definidos indicadores de desempenho para avaliação e
controle de todo o sistema, de forma a ter
monitoramento para a melhoria, crescimento e evolução contínua da associação.
Na busca por processos mais profissionalizados, para que o foco esteja sempre
em alcançar benefícios aos associados e ao
setor de locação de automóveis, o Sr. Célio
Fonseca, Conselheiro Gestor responsável
pela área de processos, dentro da Governança Corporativa da ABLA, juntamente com o
meu apoio e o de toda equipe interna, “arregaçou as mangas” e está trabalhando para
transformar mais esse projeto em realidade.
Trata-se de um desafio de fôlego, sem
dúvida, que a ABLA decidiu enfrentar pelo
bem dos associados e, consequentemente,
de todo o nosso setor. Já estamos trilhando
o caminho correto para superá-lo.
27
Proteção
Ressarcimento de Prejuízos por
Sinistros Causados por Terceiros
Ildebrando Gozzo, diretor da ST Corretora de Seguros,
consultor da FENAUTO e diretor da ACIB – Associação
Comercial e Industrial de Bauru (SP)
QUANDO UM SINISTRO
se o causa“É prudente transferir para o dorEntretanto,
for causado por terceiro,
do acidente possuir
decorrendo daí danos ao
o seguro de responsabimercado segurador os riscos
veículo da locadora, esta
lidade civil para cobertudeve buscar os seus direira de danos que cause a
que são possíveis”
tos no sentido de se resterceiros, deve a locadora
sarcir dos prejuízos que
buscar receber da segucausem ao seu veículo, dos seus ocupantes e,
radora o ressarcimento das despesas para o
também, de perda de receitas pelos dias que o
reparo do seu veículo e, se for o caso, a indeveículo ficar imobilizado para reparos.
nização por perda total.
Caso o terceiro não possua seguro e não
Além dos danos causados no veículo, poproceda à indenização dos prejuízos que cauderá ainda pleitear o ressarcimento por perda
sou, de forma amigável, a alternativa será
de receita, pelo período que o veículo ficou
pleitear os direitos que têm, via judiciário.
imobilizado, ou seja, desde o dia do acidente
Neste caso deverá a locadora buscar os serviaté a conclusão dos reparos ou indenização
ços de advogado de sua confiança. Este artigo
por perda total do veículo. Este pleito deverá
não tem como objetivo tratar os ressarcimenser solicitado diretamente à seguradora, que,
tos no âmbito judicial.
em havendo saldo de importância segurada na
28
Proteção
apólice do terceiro, indenizará a locadora. Este
direito é reconhecido pelas seguradoras, face
o entendimento pacífico que o veículo representa a única fonte de receita para a locadora.
Entretanto, as seguradoras relutam em
pagar 100% do valor das diárias que comprovadamente a locadora deixou de receber,
entendendo que o veículo imobilizado deixa
de originar despesas de manutenção e de
administração. Para manter a discussão do
valor da indenização por perda de receita
pela via administrativa com a seguradora, é
importante que a locadora demonstre o seu
real prejuízo pelo tempo de imobilização do
veículo. Caso, comprovadamente, tenha tido
que ceder um carro reserva ao locatário, o
valor a ser pleiteado deve ser de 100% do
custo de locação pelo período que o veículo
sinistrado ficou indisponível para locação.
Se do sinistro decorrer danos corporais
aos ocupantes do veículo, e desde que haja
cobertura contratada na apólice do causador
para este fim, os prejuízos também estarão
cobertos até o limite da importância segurada. Os prejuízos indenizáveis poderão decorrer por morte de ocupantes do veículo
locado, despesas médico-hospitalares, com
remédios, fisioterapia, pensão aos herdeiros
legais e demais despesas que sejam comprovadamente decorrentes do acidente coberto
pela apólice. Em alguns casos, dependendo da complexidade do sinistro ou dúvidas
quanto ao valor a ser indenizado, poderá a
seguradora deixar que a solução seja pleiteada pela locadora e ocupantes através da
justiça e por esta definida.
A corretora, escolhida pela locadora para a
contratação do seguro da sua frota, deverá assessorar na tramitação de todo o processo junto à seguradora do terceiro, objetivado fazer
com que o processo de indenização seja célere
e atenda o que o direito ampara a locadora.
É importante lembrar que, assim como
as locadoras têm o direito a buscar o ressarcimento dos prejuízos que lhe tenham
sido causados por terceiros, o contrário
também é verdadeiro.
Pela Súmula 492 do STF, sobre a qual este
artigo não discutirá o seu mérito, as locadoras
são solidariamente culpadas pelos danos que
seus locatários causarem a terceiros, obser-
vando-se os limites que a lei assim determina.
Considerando que os danos materiais e
corporais causados a terceiros poderão envolver vultosas indenizações, as locadoras devem estar atentas às consequências danosas
em seu patrimônio e até mesmo comprometendo a sua sobrevivência e de seus sócios,
mantendo como política a contratação de
apólices cobrindo danos materiais, corporais
e morais que seus veículos possam causar a
terceiros, incluindo a definição por importâncias seguradas que realmente atendam sinistros de expressiva monta.
As seguradoras evoluíram, face a atuação
de corretoras de seguros que têm expertise
neste mercado de locação, para soluções importantes, como é o caso da contratação de
seguro de responsabilidade civil a segundo
risco, que possibilita uma redução acentuada
de custos de contratação desta modalidade de
seguro, quando se pretende cobrir os sinistros
causados a terceiros, de grande monta.
Os riscos a que os empreendedores deste
mercado de locação estão sujeitos, pelas características do seu modelo de negócio, não
devem ser bancados por si próprios na sua
totalidade e diversidade, sendo de todo prudente transferir para o mercado segurador
aqueles que são possíveis, como é o caso do
seguro de responsabilidade civil por danos
causados a terceiros, sempre buscando a
assessoria de corretora que conheça profundamente as necessidades da locadora e que
tenham condições de identificar seguradoras
sólidas e comprometidas com a qualidade
na entrega de seus serviços.
Por fim, pelas limitadas margens que o
momento atual da economia tem exigido de
todos para se manter competitivos e diante
da acirrada concorrência, o preço do seguro é
muito importante, mas não deve ser o único a
pesar na decisão dos gestores das locadoras,
e sim o conjunto de benefícios e vantagens
que a corretora de seguros possa proporcionar à locadora, em especial, de assessorar na
definição de coberturas e importâncias seguradas, propondo modalidade de contratação
que melhor se ajuste ao perfil do modelo de
negócio da locadora e o assessoramento técnico nos eventuais sinistros que ocorrerem ao
longo da vigência da apólice.
29
Regional
“Positividade é o melhor
caminho para contornar
os momentos de crise”
Por Amadeu Oliveira –
Diretor Regional da ABLA em Mato Grosso
Amadeu: um dos maiores desafios na região
tem sido esclarecer que a locação vale a pena
ESTAMOS DIANTE DE um momento
delicado, é verdade. Todos os setores
brasileiros sofreram de alguma maneira os efeitos da dita crise. Porém,
não gosto de usar a palavra “crise”
porque dá a impressão que é algo que
não vai terminar nunca. Mas este é
apenas um ciclo e vai chegar ao fim
como tantos outros. Aqui no Mato
Grosso, especificamente, acreditamos
que no último trimestre do ano a economia vai começar a melhorar, pelo
menos um pouco e continuaremos a
ter um PIB positivo.
30
Regional
Ao contrário de outras regiões, no
Mato Grosso o cenário turístico é crescente. Pessoas de outros estados e até
de outros países, costumam vir conhecer as belezas do Pantanal e da Chapada
dos Guimarães, mas o forte mesmo são
as viagens de negócios.
Estamos em um estado com cerca
de três milhões de habitantes, onde a
principal atividade que movimenta a
economia é o agronegócio. Antes da
crise, o crescimento econômico podia
ser comparado ao da China e atingia
em torno dos 8%. O cenário mudou
com todas as incertezas que assolam
o país, porém o crescimento da região
ainda se manteve acima da média nacional, segundo o IBGE.
Para o setor de locadoras, um dos
maiores desafios na região tem sido
esclarecer para as pessoas que a locação vale a pena. Até pouco tempo,
havia mais resistência por parte do público, mas aos poucos esta cultura e o
cenário vêm mudando. Em parte, porque os grandes centros – como São
Paulo, Rio de Janeiro e outros – passaram a ver a locação de carros com
novos olhos, uma vez que acaba sendo
mais econômico alugar um carro que
manter um. O ditado popular diz que
quem tem um carro, tem uma segunda
família para criar. Em tempos de recessão, isso pode gerar um impacto enorme no modo de vida de um indivíduo.
Por outro lado, o interesse das pessoas pela locação de veículos também cresceu, devido às facilidades
que este mercado proporciona: basta
ter uma carteira de habilitação e um
cartão de crédito que você aluga um
carro em no máximo quinze minutos.
E em alguns casos, as locadoras até
parcelam as transações.
Por aqui, ainda predomina a locação
rent a car, no entanto, a terceirização
tem ganhado espaço nos últimos anos.
Também reflexo do que tem acontecido
em outros estados, os empresários começaram a perceber as vantagens deste modelo de negócio. Se antes o proprietário mantinha sua própria frota,
agora ele terceiriza essa frota e utiliza
a diferença que ele gastaria na manutenção desses veículos para investir em
seu negócio. Ou seja, sobra dinheiro e
ele não precisa se preocupar com mais
nada. Este é um dos nossos grandes
trunfos: oferecemos comodidade para
os nossos clientes.
Devido ao baixo número de habitantes (quando comparados aos grandes
centros) e às grandes distâncias que
temos que percorrer para nos deslocarmos pela região – ou seja, carro é
uma necessidade – não detectamos
ameaças em termos regionais ao setor
de locação no curto prazo. O mercado
é amplo e há espaço para todo mundo.
Devido a essas características, a região acabou sofrendo menos que o restante do país com a dita crise. Sentimos
um pouco este impacto, afinal, não estamos imunes, mas os negócios se mantiveram. Atualmente, existem 182 locadoras em atividade por aqui e poucas
fecharam as portas devido à recessão.
Então, a palavra de ordem para o
momento é “positividade”. Falar somente que a crise afetou não ajudará a
mudar a situação, mas, ao pensarmos
positivo, conseguimos olhar a situação
por outros ângulos e criar alternativas
para contornar o cenário atual. Agora,
já é possível vislumbrar uma luz no fim
do túnel. E não. Não é a luz de um trem
que vai nos engolir. É a luz da esperança de que dias melhores virão.
31
Regional
“A crise é a oportunidade
que precisamos para aperfeiçoar
os nossos serviços”
Por João Bosco da Silva, Diretor Regional
da ABLA no Rio Grande do Norte
João Bosco: o mercado não aceita amadores
O MERCADO ESTÁ cada vez mais competitivo, e o momento é de reflexão e aperfeiçoamento dos serviços oferecidos ao público.
Até 2008, o estado do Rio Grande do Norte – e sua capital Natal – vivia seus tempos
áureos. Cercada pela natureza, rapidamente
se tornou um dos principais destinos turísticos brasileiros e atraía visitantes do mundo
todo. A procura pela região cresceu muito
e, com ela, a oferta dos mais diversos ser-
viços. Mesmo sendo uma atividade sazonal,
as locadoras de automóveis entraram neste contexto. Com o grande fluxo de turistas
nas cidades, o número de locadoras cresceu
de maneira acelerada. O mercado estava
aquecido e muitos empreendedores viram
neste setor uma oportunidade para expandirem seus negócios. Até então, predominavam as locações rent a car destinadas ao
turismo de lazer.
32
Regional
Conto essa história para mostrar como
tudo isso impacta os dias atuais. O ano de
2008 chegou e com ele a crise mundial, que
atingiu principalmente a Europa, maior polo
emissor de turistas internacionais para a
nossa região. O fluxo de estrangeiros começou a diminuir por aqui. Por outro lado,
devido à baixa do dólar em nosso país, o turista nacional, vindo em grande parte da região Centro Sul do Brasil, considerada maior
polo emissor interno de turistas para nossa
região, passou a priorizar o turismo internacional, fazendo com que o nosso mercado
ficasse retraído.
Muitas locadoras que haviam surgido antes deste período não aguentaram e fecharam as portas. Outras tantas se viram obrigadas a repensar seus modelos de negócios
e passaram a oferecer também a terceirização de frotas.
De lá para cá, muita coisa mudou e estes
serviços estão bem equilibrados. Em Natal,
por exemplo, é possível encontrar ambos os
tipos de locação. Atualmente cerca de 60%
das locadoras focam o rent a car e 40% focam
o serviço de terceirização de frota.
Hoje, a região Nordeste do Brasil, inclusive
a nossa cidade, Natal, continua cara para o
turista internacional. Com o agravamento da
crise brasileira, a região se tornou onerosa
também para o turismo interno, que até então vinha segurando a economia local.
Para agravar a situação, ainda temos algumas dificuldades inerentes ao negócio.
Por ser uma atividade de risco para os empresários, cabe a eles as responsabilidades
por tudo o que acontece, de bom ou de ruim.
Um dos maiores problemas que enfrentamos hoje é o alto número de infrações de
trânsito cometidas por clientes internacionais no rent a car.
O cliente aluga um carro, comete a infração e quando a multa chega, dias depois, não
temos como cobrá-la. No caso dos brasileiros, conseguimos mandar a fatura via cartão
de crédito, porém, para os estrangeiros, de-
vido às restrições dos cartões internacionais,
isso é praticamente impossível. Então, quem
acaba assumindo a dívida e o prejuízo é a
própria locadora, que só consegue recuperar
em torno de 20% do valor.
Outro vilão deste tipo de negócio é o
serviço clandestino. Contamos com aproximadamente 120 locadoras regularizadas na
região, porém existem pessoas físicas que
acabam disponibilizando carros próprios
para aluguel por um valor abaixo do mercado. À primeira vista, não parece significativo,
mas isso impacta cerca de 20% do mercado
local de locadoras.
O custo operacional do negócio atualmente também é alto. Somado com a grande
concorrência e a retração da nossa economia,
isso dificulta o crescimento do tarifário e do
tíquete médio, que se encontra praticamente
congelado há 15 anos. Para nos sobressairmos, precisamos fazer cada vez mais, cobrando menos do consumidor final, ou seja, fazer
mais por menos.
Com a atual alta das moedas, principalmente do euro e do dólar americano, a
expectativa é que o turismo nacional e internacional volte a crescer na nossa região.
Mas, enquanto isso não acontece, precisamos ter em mente que é necessário estarmos em constante aperfeiçoamento dos
serviços e criar diferenciais para atrair possíveis clientes.
O mercado, com clientes cada vez mais
exigentes, não aceita empresários amadores, e os momentos de crise devem ser vistos
como oportunidades para olharmos para o
setor com mais atenção e detectarmos onde
podemos melhorar.
Em primeiro lugar, o nosso compromisso
é com os nossos clientes. Então, essa é a hora
de pensarmos positivo, acreditarmos em nós
mesmos e nos prepararmos. Porque assim
que a nossa economia reagir e melhorar, estaremos prontos para oferecer o que temos
de melhor, cativando e fidelizando de uma
vez por todas os nossos novos clientes.
33
Brasil Viagem
Rio Grande do Sul:
recanto europeu no Brasil
Conhecer as paisagens gaúchas em um carro alugado é um mergulho nas
raízes da imigração alemã e italiana, que garantiram ao estado uma
formação cultural única, graças à influência europeia em solo brasileiro
Torres
do Sul, Farroupilha, Garibaldi, São Francisco e
Cambará. No verão temos as praias gaúchas,
porém a serra é o principal destino”.
Com a ajuda de um carro alugado, a viagem
pode ser melhor aproveitada. É aconselhável
que, em visita à Serra Gaúcha, o turista e sua
família possam visitar o máximo de cidades que
conseguirem. “Com o carro alugado, o turista
tem como se deslocar entre as cidades, definir
os próprios destinos e horários”, afirma Rodrigo.
Partindo de Porto Alegre, Caxias do Sul fica
a 127 quilômetros da capital. Segundo Rodrigo,
um veículo básico 1.0 é suficiente para quem
ESTADO MAIS MERIDIONAL do Brasil, o Rio
Grande do Sul tem uma formação cultural bem
diferente de outras regiões brasileiras, que sofreram influência mais forte da cultura portuguesa
e africana. Recebeu majoritariamente imigrantes
alemães e italianos, e estes transformaram o estado num verdadeiro pedaço da Europa no Brasil.
Rodrigo Selbach, diretor regional da ABLA
no Rio Grande do Sul, indica a região da serra
gaúcha como principal destino turístico do estado. “Visite as principais cidades que compõem
a região, como Gramado, Canela, Bento Gonçalves, Nova Petrópolis, Carlos Barbosa, Caxias
34
Brasil Viagem
pretende conhecer a serra. “Nossas estradas são boas e não requerem nenhum tipo específico
de veículo, todos podem atender a necessidades básicas.
Porém, o cliente pede conforto.
Fica a critério da capacidade
financeira e de exigências de
cada usuário optar por um carro melhor. Só recomendamos
aos clientes que viajam nas
estações frias do ano a utilizar
gasolina como combustível
para facilitar a ignição”, explica
o diretor da ABLA.
Outra cidade da serra gaúcha que vale a pena conhecer
é Canela. Localizada a 133 quilômetros de Porto Alegre, é lá
que está o Parque do Caracol.
Canela
A cascata que dá nome ao parque é um dos principais cartões
postais do estado. O parque oferece aos seus
visitantes um passeio de trem, que narra aos
turistas um pouco da história da imigração, fala
sobre as primeiras viagens de trem na região e
sobre preservação ambiental.
Mas nem só de frio vive o gaúcho. O litoral
reserva, sobretudo, paisagens exuberantes. A
cidade de Torres é conhecida por ser a única que
tem praias com paredões rochosos à beira mar
e a única ilha marítima do estado, a Ilha dos Lobos. Passeios de barcos são populares devido à
presença de lobos e leões marinhos para entreter principalmente as crianças.
A praia do Imbé é uma das mais populares,
com uma orla bem estruturada para receber os
turistas durante o verão. Bares, restaurantes e
quiosques lotam na alta temporada.
Gramado
A cidade mais popular da serra gaúcha nem
sempre contou com imigrantes europeus. A
região era habitada pelos índios caingangues
e durante os séculos XVIII e XIX foi colonizada
por descendentes de açorianos. Somente em
1913 é que os alemães e os italianos chegaram.
Gramado é constituída pela junção dos
diferentes povos que colonizaram a região.
A arquitetura da cidade, a gastronomia e as
festas foram influenciadas pelos costumes
desses imigrantes. Alguns eventos também
marcam a cidade, como o Natal Luz, o Festival de Cinema de Gramado, a Chocofest, a
Festa das Hortênsias e a Festa da Colônia.
Não deixe de conhecer na serra
gaúcha
■ Praça da República, Nova Petrópolis: também conhecida como Praça das Flores, o jardim conta com várias espécies de flores, além
de um labirinto verde.
■ Igreja São Pelegrino, Caxias do Sul: maior
patrimônio artístico da cidade, a igreja é famosa pelos painéis pintados por Aldo Locatelli.
■ Vale dos Vinhedos, Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul: a região conta
com mais de 30 vinícolas, queijarias e restaurantes especializados em culinária italiana.
Porto Alegre
35
Por Dentro
Citröen C3 PureTech Flex chega às lojas
com o motor mais econômico do Brasil
Novo motor PureTech é o mais econômico do mercado
nacional, segundo classificação do Inmetro
MODERNO, REQUINTADO e elegante, sem
deixar de ser robusto, o novo C3 com motorização 1.2 chegou às lojas no final de junho.
Trata-se de um compacto Premium sedutor,
tanto por seus atributos de estilo, quanto pelo
desempenho e pela tecnologia. O motor, fabricado na França, passou por vários testes para
se adequar às condições brasileiras.
Assim, em terras locais, o novo PureTech 1.2
Flex se tornou o melhor no que se refere ao nível de consumo entre os motores existentes no
mercado brasileiro. Em comparação com o motor anterior, o PureTech proporciona uma redu-
ção de consumo de combustível de até 32%
em trânsito urbano, permitindo ao modelo alcançar até 16,6 km/l na estrada e a classificação
“AAA” no programa “Etiqueta Nacional de Conservação de Energia”, do Inmetro. Isso significa
receber letra A nas três categorias disponíveis
no PBEV (Programa Brasileiro de Etiquetagem
Veicular): Compacto, Geral e Emissões.
Dando sequência a uma estratégia de downsizing da marca, que prevê uma diminuição do
tamanho do motor aliado à melhor eficiência
(já lançada no C4 Lounge), o PureTech substitui
o motor de 1,5 litro Flex nas versões Origine,
36
Por Dentro
Attraction e Tendance. Visualmente, a única mudança no
C3 é a placa do monograma
“PureTech” na tampa traseira,
abaixo da lanterna esquerda.
A nova versão do C3 conta
com tecnologias de última geração, como o sistema de partida a frio com aquecimento
no injetor (elimina o “tanquinho”), duplo comando de válvulas variável e o sistema de
arrefecimento Split Cooling.
Para aumentar sua agilidade
no trânsito urbano, há também bomba de óleo variável,
coletor de escapamento integrado ao cabeçote, e ampla
disponibilidade de torque –
127 Nm a 2.750 rpm – e potência – 90 cv a 5.750 rpm.
Lançamento conta com
tecnologia de última geração
37
Por Dentro
Design e tecnologia
marcam presença
O estilo e o design do C3 são características marcantes, nesse que é
um dos compactos mais populares
da Citroën no Brasil. Visto de lado,
o Citroën C3 exibe formas fluidas. A
traseira é marcada por lanternas em
formato de bumerangue invertido,
que dão uma sensação de maior largura ao carro, contribuindo para o
aspecto geral de robustez.
Na dianteira, a sensação de robustez é estimulada pelos para-choques largos, associados a uma grade pronunciada, na qual se destaca
o símbolo “chevron”, e ao capô de
linhas fortes e vincadas. Abaixo dos
faróis, as lanternas diurnas de LED
transmitem personalidade e sofisticação próprias de segmentos superiores. O para-choque foi desenvolvido integralmente no Brasil e
os vincos, acentuados, para melhor
refletir a luminosidade do país.
O C3 pode ser equipado com uma
avançada central multimídia com
tela touchscreen de sete polegadas,
que inclui diversas tecnologias de
conectividade. Por meio de uma prática tela tátil de sete polegadas, pode-se manipular todos os recursos
de áudio, navegação e conectividade
oferecidos pela central multimídia:
rádio AM/FM, Bluetooth (áudio streaming), USB (áudio com exibição de
capas e photo viewer), entrada auxiliar, calculadora e calendário.
A Citroën também disponibiliza
para o C3 a tecnologia mirror screen. O mirroring, ou espelhamento,
é uma função que permite a exibição da tela de seu smartphone na
tela do veículo. Esta funcionalidade
apresenta as seguintes vantagens:
compatibilidade assegurada tanto
para Android quanto para IOS pelo
CarPlay; utilização do mesmo pacote de dados do cliente sem custo
adicional de uma segunda assinatura mensal; e exibição e controle das
aplicações compatíveis desde a tela
tátil de sete polegadas.
Ficha técnica Citroën C3 Pure Tech Flex
Modelo/ Versão
Citroën C3 PureTech
Manual Origine
Motor1.2l
Número de cilindros
3
Potência Gasolina: 84 cv a 5750 rpm
Álcool: 90 cv a 5750 rpm
Número de eixos
2 (dois)
Comprimento
3.944 mm
Altura
1.521 mm
Largura
1.708 mm
Porta-malas
300 litros
Reservatório de
combustíveis
55 litros
38
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Ao Volante
Jaguar Land Rover
inaugura primeira fábrica no Brasil
A JAGUAR LAND ROVER inaugurou em junho
sua primeira fábrica no Brasil em Itatiaia, sul do
estado do Rio de Janeiro. Com um investimento
total de R$ 750 milhões, essa é a primeira fábrica
de uma montadora britânica na América Latina.
A unidade brasileira da montadora fabricará
inicialmente os dois modelos mais vendidos da
empresa no Brasil: o Range Rover Evoque e o Discovery Sport. Porém, como a planta é totalmente
flexível, outros modelos podem ser produzidos
futuramente. Os primeiros veículos nacionais tinham previsão para chegar às concessionárias
em todo Brasil ainda no mês de junho.
Ocupando uma área de 60 mil m2, a nova fábrica terá capacidade de produzir 24 mil veículos por ano, mas no início operará com 70% da
capacidade. No processo de montagem, fornecedores nacionais, parceiros da montadora bri-
tânica, serão responsáveis por fabricar bancos,
vidros e sistema de escapamento. O motor é
importado da Inglaterra e não tem previsão de
ser nacionalizado.
A nova empreitada da Jaguar Land Rover
no Brasil traz consigo uma série de projetos
ambientais, como o recolhimento de águas
pluviais e o plantio de mais de 1,2 mil árvores
nativas para ajudar a preservar e melhorar o
ecossistema do entorno.
A montadora deseja alcançar o mundialmente reconhecido ouro no certificado LEED
(Leadership in Energy and Environmental
Design) de sustentabilidade, tornando-se a
primeira fábrica de automóveis no Brasil a
conquistar o selo. A planta possui tecnologias
avançadas de fabricação e instalações de Certificações e Conformidade de Emissões que são
referência na América do Sul.
NOVO CENTRO EDUCACIONAL
Além da fábrica, a Jaguar Land Rover também abriu no Brasil seu primeiro Centro Educacional (Educational Business Partnership Centre – EBPC) fora do Reino Unido. O projeto visa
atender até 12 mil crianças de escolas locais por
ano, com atividades que possam inspirá-las a
seguirem uma futura carreira na montadora.
Como de costume, a Jaguar Land Rover
trabalha em estreita colaboração com as
comunidades próximas às suas instalações
de produção em todo o mundo. Ela pretende gerar oportunidades para 12 milhões de
pessoas até 2020. Nos últimos 18 meses, a
Jaguar Land Rover criou vínculos fortes com
as pessoas de Itatiaia e das proximidades de
Resende, oferecendo novos programas para
inspirar a próxima geração de engenheiros
automotivos.
O novo Centro Educacional é coordenado em conjunto com o SENAI e vai oferecer
programas de educação para alunos de 5 a 18
anos. Os cursos são voltados para áreas como
engenharia, manufatura e outras atividades
relacionadas ao negócio automotivo. Lançado
em 2015, o programa “Inspirando os Trabalhadores de Amanhã” já capacitou mais de 100
alunos, que hoje estão empregados na indústria automotiva da região.
40
Ao Volante
Volkswagen inova
com tecnologia
Easy Open
DISPONÍVEL NO Brasil, presente
como acessório de série no Novo
Passat, a tecnologia Easy Open da
Volkswagen é revolucionária no
quesito facilidade de acesso. Ela
é uma evolução da tecnologia de
“chave presencial”, pela qual, com
o auxílio de um sensor, o veículo
identifica a presença da chave e
destrava as portas do carro.
Além de identificar a presença
da chave e destravar as portas, o
Easy Open conta com um sensor
abaixo do para-choque traseiro
que, ao identificar movimento
(dos pés), “entende” que o usuário precisa acessar o porta-malas,
e este abre sozinho.
Renault revela detalhes do Twingo
A RENAULT divulgou em seu site
detalhes do novo Twingo GT, que
será mostrado na próxima edição
do Festival de Velocidade de Goodwood, na Inglaterra. Apesar da potência de 110 cv, com tração e o
motor traseiros o veículo promete
surpreender ao volante, principalmente em curvas.
Sem previsão de lançamento por
aqui, o Twingo GT teve ajustes na
suspensão, controle de estabilidade
e na direção, com relação de transmissão variável. A nova versão traz
consigo uma nova cor: laranja. E
também será disponibilizada nas
cores preta, branca e cinza.
41
Ao Volante
Fiat Punto 2017 chega ao mercado bem
equipado
COM SEIS VERSÕES, todas trazendo de
série mais recursos, o Fiat Punto 2017 continua como referência em seu segmento,
devido à sua excelente dirigibilidade e elevado nível de tecnologia. Seu modelo mais
simples (Attractive 1.4) passa a contar em
sua lista de série com rádio CD/MP3/USB,
volante em couro com comandos do rádio
e vidros elétricos traseiros com one touch
e antiesmagamento.
A versão top de linha (Blackmotion Dualogic 1.8) traz de série central Multimídia Uconnect, volante em couro com comandos do
rádio e telefone. Todas as versões contam
com acessórios opcionais, como: câmera
de ré no retrovisor, alarme antifurto, rodas
de liga leve e pedaleiras esportivas.
Chevrolet S10 tem visual repaginado
A VERSÃO 2017 da picape chega ao mercado com design refinado e recursos
tecnológicos sofisticados. Percebe-se a
mudança na parte dianteira, onde o capô
ganhou esportividade com a cavidade
esculpida na parte posterior. A grade foi
alongada até os faróis, que também foram
completamente redesenhados e podem
ter uma guia de luz em LED.
São quatro versões de acabamento
(LS, LT, LTZ e High Country), três opções
de cabine (simples, dupla e chassis cab)
e duas de motorização (2.8 TurboDiesel
e 2.5 SIDI Flex). Pressionando um botão
no retrovisor interno, o motorista é conectado a uma central com atendimento humano que oferece serviços como
pesquisas rápidas na internet, reservas e
informações sobre situações de tráfego
(vias alagadas ou bloqueadas).
42
Ao Volante
Quarta geração do Toyota Prius
chega ao Brasil
O NOVO PRIUS integra a nova geração de híbridos
da Toyota, que até 2050 pretende mitigar 90% da
emissão de CO2 por veículos novos. Ele conta com
motor a gasolina de 1.8 litro e 98 cv de potência.
Entre os acessórios de segurança destacam-se sete
airbags; alerta sonoro para uso do cinto de segurança; câmera de ré projetada na tela de LCD com
alerta sonoro; luz auxiliar de freio; sistema de alarme com acionamento à distância, travas de segurança para crianças nas portas traseiras e cintos de
segurança de três pontos para todos os ocupantes.
A tecnologia marca forte presença no Prius.
Conta com o ar-condicionado dual zone com comando S-Flow, capaz de concentrar o fluxo de ar
apenas nas áreas da cabine onde há ocupação. O
modelo dispõe ainda de carregador de celular sem
fio, sistema de navegação integrado, head-up display colorido e TV digital.
Mercedes GLE ganha edição limitada
VINTE UNIDADES da edição limitada do
Mercedes GLE 450 AMG 4MATIC Black
Edition serão disponibilizadas aos clientes brasileiros. Essa edição especial conta com o Pacote Night, que garante ao
SUV design esportivo. As rodas de liga
leve são predominantemente pretas,
com a face diamantada, aros de 21” e
raios múltiplos.
Internamente, o veículo conta com estofamento em couro e teto solar panorâmico com abertura por comando elétrico.
Em relação à potência, é equipado com
motor V6 de 3,0 litros e 367 cv da linha
AMG Sport, além do sistema 4MATIC, de
tração integral nas quatro rodas de série,
que garante mais segurança e proporciona melhor dirigibilidade.
43
Ao Volante
Ford EcoSport 2017 com versões 1.6 e 2.0
O MODELO 2017 da Ford EcoSport
está disponível nas lojas em duas
versões (SE e FreeStyle) com motor
1.6 Flex e a opção de transmissão
manual ou automática sequencial
de dupla embreagem, além da Titanium automática e da 4WD, estas
últimas com motor 2.0 Flex.
O kit de segurança traz sistema
Isofix para fixação de cadeiras infantis e chave de segurança MyKey.
A versão FreeStyle acrescenta grade dianteira, capa dos retrovisores
e rodas de liga leve de 16”, sensor
de estacionamento traseiro, vidros
elétricos traseiros e abertura e fechamento global. A topo de linha
Titanium, além de todos os itens
anteriores, conta com grade dianteira cromada, sensor de chuva,
acendimento automático dos faróis
e abertura e fechamento do porta-malas com sensor de presença.
March e Versa equipados com transmissão
XTRONIC CVT
A TRANSMISSÃO XTRONIC CVT é constituída
de duas polias de diâmetro variável, ligadas
por uma correia metálica, sendo que a primária (conhecida como condutora) recebe o
torque do motor, e a secundária (ou conduzida) o transmite ao diferencial. O câmbio continuamente variável, por exemplo, não dá os
famosos trancos nas trocas de marchas das
caixas automáticas tradicionais, pois não funciona com engrenagens, mas sim com duas
polias que variam de tamanho, de acordo
com a velocidade requisitada na condução.
A tecnologia, já disponível em veículos
de segmentos superiores da marca, como
Sentra e Altima, agora também estará disponível em veículos compactos. A novidade
estará disponível para versões equipadas
com motor 1.6 16V.
44
Legislação
Lei 13281 altera
dispositivos do CTB
Mudanças serão válidas a partir de
5 de novembro; confira análise feita pelo
consultor jurídico Luís Ventura
FOI PUBLICADA no no Diário Oficial
Ventura, elencamos abaixo as altera-
da União (DOU), do dia 5 de maio de
ções que terão impacto no segmento
2016, a Lei nº 13.281, que alterou diver-
de locação de veículos: Reajuste nos
sos dispositivos do Código de Trânsito
valores das multas por infrações de
Brasileiro (CTB), sendo que as princi-
trânsito (art.258) Os aumentos nos
pais alterações somente entrarão em
valores das multas ficaram entre 53%
vigor após 180 dias, ou seja, a partir do
e 66%, conforme tabela a seguir, po-
dia 5 de novembro de 2016. Conforme
dendo ser corrigidos pelo CONTRAN
análise realizada pelo assessor jurídi-
de acordo com o Índice Nacional de
co do SINDLOC/BA, Dr. Luís Cláudio
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
46
Legislação
VALORES DAS MULTAS
Tipo de Infração
Valor Antigo
Novo Valor
% de aumento
Leve (3 pontos)
R$ 53,20
R$ 88,38
66%
Média (4 pontos)
R$ 85,13
R$ 130,16
53%
Grave (5 pontos)
R$ 127,69
R$ 195,23
53%
Gravíssima (7 pontos)
R$ 191,54
R$ 293,47
53%
I – sem possuir Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para Dirigir ou Autorização
para Conduzir Ciclomotor:
Infração – gravíssima;
Penalidade – multa (três vezes) e apreensão
do veículo; ”
As maiores repercussões serão nos casos
das infrações gravíssimas, punidas com multas agravadas com fator multiplicador, como
por exemplo:
“ Art. 162. Dirigir veículo:
VALORES DAS MULTAS
Tipo de Infração
Valor Antigo
Novo Valor
% de aumento
Gravíssima (7 pontos) x 3
R$ 574,62
R$ 880,41
53%
Infração – gravíssima;
Penalidade – multa (dez vezes) e suspensão
do direito de dirigir por 12 (doze) meses.”
“ Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool
ou de qualquer outra substância psicoativa
que determine dependência:
VALORES DAS MULTAS
Tipo de Infração
Valor Antigo
Novo Valor
% de aumento
Gravíssima (7 pontos) x 10
R$ 1.915,40
R$ 2.934,70
53%
único), uma das infrações mais cometidas
pelos locatários, atualmente considerada
de natureza média, com valor atual de R$
85,13, passará a ser considerada gravíssima, com valor de R$ 293,47.
Vale lembrar que a pessoa jurídica pode
ser penalizada com multa por não apresentação de condutor infrator (Art. 257, §
8º do CTB), razão pela qual recomenda-se
que as locadoras adotem procedimentos
Cumpre registrar, ainda, outras infrações que foram adicionadas ou alteradas,
a exemplo de:
Estacionar nas vagas reservadas às pessoas com deficiência ou idosos, sem credencial que comprove tal condição (Art.
181, XX) passa a ser considerada infração
gravíssima, com valor de R$ 293,47.
Usar ou manusear telefone celular enquanto estiver ao volante (Art.252, parágrafo
47
Legislação
“Art. 104. ........................................................
§ 6º Estarão isentos da inspeção de que trata o caput, durante 3 (três) anos a partir do
primeiro licenciamento, os veículos novos
classificados na categoria particular, com
capacidade para até 7 (sete) passageiros,
desde que mantenham suas características
originais de fábrica e não se envolvam em
acidente de trânsito com danos de média
ou grande monta.
§ 7º Para os demais veículos novos, o período de que trata o § 6º será de 2 (dois)
anos, desde que mantenham suas características originais de fábrica e não se envolvam em acidente de trânsito com danos de
média ou grande monta.” (NR)
A Inspeção Técnica Veicular deverá ser
regulamentada por meio de Resolução do
CONTRAN.
Dispensa da utilização do lacre para placas que possuírem tecnologia que permita
a identificação do veículo. (Art.115, §9º)
Alteração que certamente reduzirá os
custos das locadoras com o pagamento
de taxas de lacração junto aos DETRANS,
quando do primeiro emplacamento, no
caso de furto ou rompimento de lacres,
sendo que a matéria ainda depende de regulamentação pelo CONTRAN.
Dispensa do porte do Certificado de Licenciamento Anual (CLA) nos casos em que a fiscalização tenha acesso aos dados cadastrais
do veículo. (Art.133, parágrafo único)
Outra alteração relevante, já que os dados cadastrais do veículo referentes ao
licenciamento, IPVA e DPVAT podem ser
verificados em tempo real, por agentes da
autoridade de trânsito, que disponham de
meios tecnológicos hábeis para a realização
de consultas nas operações de fiscalização
de trânsito, sem falar dos casos em que haja
demora na entrega do CLA, em virtude de
greve de servidores, greve de funcionários
dos Correios, ou atrasos dos DETRAN’S na
emissão do referido documento.
de controle para evitar o recebimento de
notificações de cobrança por não apresentação de condutores infratores.
Possibilidade de notificação por meio
eletrônico ao proprietário ou condutor do
veículo (Art. 282-A)
Importante alteração, uma vez que os órgãos de trânsito apenas utilizam a remessa
postal para o envio das notificações de autuação e de imposição de penalidade, apesar de expressa determinação contida no
artigo 282 quanto à possibilidade da notificação também ser expedida por qualquer
outro meio tecnológico hábil, que assegure
a ciência da imposição da penalidade.
Com a alteração, caberá ao proprietário
do veículo ou condutor autuado optar por
ser notificado por meio eletrônico, se o órgão oferecer essa opção. Nesta hipótese,
por exemplo, o cadastro do proprietário ou
condutor deverá estar atualizado junto ao
órgão executivo de trânsito, sendo que o
sistema de notificação por meio eletrônico
deverá ser certificado digitalmente, de forma a garantir a segurança do envio e recebimento das notificações.
Inspeção Técnica Veicular (Art.104, §§7º
e 8º)
Foram acrescidos os parágrafos 6º e 7º
ao artigo104, do Código de Trânsito Brasileiro, que trata da inspeção técnica veicular. Essas alterações estabelecem a obrigatoriedade de inspeção técnica para a frota
nacional de veículos. Os veículos novos,
categoria particular, com capacidade para
até sete passageiros, a partir dos três anos,
sendo, a partir de dois anos, para os demais veículos.
A redação dos parágrafos acrescidos ao
artigo 104, observe-se, não é um primor de
técnica, conforme pode ser verificado na
transcrição a seguir, mas acredito que não
causará maiores problemas para o setor,
uma vez que a idade média dos veículos
das locadoras é de 19,5 meses.
48
49
Tecnologia
“Chip” de identificação automotiva
deve entrar em vigor ainda este ano
Medida será válida inicialmente
apenas para caminhões de carga
APÓS DIVERSOS ADIAMENTOS, finalmente o SINIAV (Sistema de Identificação
Automática de Veículos) deverá entrar em
vigor em agosto deste ano. Mas ao contrário da proposta inicial, neste primeiro
momento ele será obrigatório somente
para caminhões que transportam cargas
terceirizadas, de acordo com informações
divulgadas pela ANTT (Agência Nacional
de Transportes Terrestres).
O SINIAV consiste na identificação de
veículos por radiofrequência, através de
um chip instalado no para-brisa. Sem uso
de GPS, a leitura da “placa eletrônica” é
feita apenas por meio de antenas instaladas em lugares estratégicos, muito semelhante ao sistema usado para pagamento
de pedágio eletrônico nas estradas.
Em princípio, a implementação deste sistema serviria para coibir roubos de veículos
50
Tecnologia
e cargas, bem como clonagem
de placas, além de possibilitar
uma fiscalização tributária mais
eficiente sobre os proprietários
que estão com documentos ou
impostos atrasados.
O assunto não é recente e
vem sendo discutido desde
2006. Em 2012, a previsão era
equipar todos os veículos, incluindo carros, motos, caminhões, reboques e outros tipos,
a partir de 1º de janeiro de 2013.
Mas, devido a problemas técnicos, a data foi adiada para meados de 2014. Como as entidades envolvidas na mudança não
chegaram a um consenso sobre
o financiamento do sistema, a
data foi adiada mais duas vezes.
A resolução Contran (número 537/2015) instituiu em todo o território nacional o SINIAV, tendo como data de início para
o emplacamento eletrônico o dia 1º de janeiro de 2016. Mas a resolução não estabeleceu
quanto será gasto com o projeto, nem quem irá
arcar com os custos da instalação dos chips e
dos demais equipamentos do sistema.
“A maior dúvida dos Detrans é o fato de não
termos orçamento específico para essa atividade, que tem um custo expressivo, porque
envolve tecnologia para chips e torres de monitoramento. Não há nada definido em relação
à transferência de custos para o cidadão”, afirmou Marcos Traad, presidente da Associação
Nacional dos Detrans (AND), responsáveis pela
implementação do projeto.
No entanto, Marcos Traad vê a questão com
bons olhos. Para ele, uma parceria entre os setores públicos e privados é uma alternativa para
custear o projeto. Inclusive, este modelo está
sendo testado no Paraná e, se tiver sucesso, poderá se estender para outras regiões.
“O Estado precisa ver as coisas de forma
mais ampla. O sistema SINIAV pode oferecer
muitas vantagens, mas é preciso integrar as
diversas áreas envolvidas”, diz Traad. Segundo
ele, o SINIAV poderia ser usado pelas locadoras,
por exemplo, na cobrança de multas por infrações. Hoje, nem sempre é possível cobrar o valor da multa do real infrator e a locadora acaba
ficando com o prejuízo.
Polêmicas e questões jurídicas impediram
a implantação do sistema
Em outros países, existem sistemas disponibilizados por empresas privadas, que
são contratados pelo próprio dono do carro
e funcionam de forma muito parecida com o
SINIAV. Na Europa, a legislação prevê que os
automóveis zero km serão obrigados a instalar um dispositivo semelhante para que sejam
localizados em caso de emergência. Mas, algumas entidades europeias de proteção aos
direitos individuais tentam derrubar a medida.
Aqui no Brasil, a discussão esbarra nas mesmas questões.
Em 2015, os veículos já deveriam sair da fábrica com o dispositivo SIMRAV (muito parecido com o SINIAV, mas ao invés de antenas, ele
utilizaria sinal de GPS para ser monitorado).
Porém, o projeto acabou barrado na justiça por
ter sido considerado um risco à privacidade.
Mauricio Januzzi Santos, presidente da comissão de direito viário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) diz que o sistema,
além de ferir o direito à privacidade, “vai contra o princípio da não autoincriminação”, ou
seja, ninguém pode ser forçado a criar provas
contra si mesmo.
Para Luís Cláudio Ventura, assessor jurídico
do SINDLOC/BA, o SINIAV, de forma louvável
e salutar, terá de estabelecer regras e medidas
51
Tecnologia
carro ou da mercadoria e a comunicação para
a entidade que irá de fato cuidar do caso é
grande e, muitas vezes, impossibilita o rastreamento do veículo”, explica Luís Ventura.
A discussão ainda é ampla e há muitas questões para serem respondidas. Por enquanto,
se não houver nenhuma mudança de planos,
o SINIAV será obrigatório somente para os
caminhões de cargas terceirizadas, conforme
cronograma definido pela ANTT.
Investir em sistemas mais modernos é uma
tendência para agentes e instituições públicas
e, por mais que a burocracia e falta de verba
seja um empecilho complexo dentro do Estado brasileiro, a inserção da tecnologia tem que
ser levada a sério em seu potencial para toda
a sociedade. No caso de agentes de fiscalização de veículos, as melhorias e facilidades de
incremento aos serviços públicos serão descobertas com o uso.
Apesar de sua inegável utilidade e necessidade para a modernização dos mecanismos
de identificação da frota nacional, é fato que
o SINIAV não pode ser um sistema acabado,
estanque e imutável. Ao contrário, deve ser
desenvolvido e aperfeiçoado continuamente,
com a participação e experiência dos diversos
setores envolvidos, inclusive do segmento empresarial, já que acertos e erros acontecerão de
forma indubitável.
que melhor possam promover a identificação
veicular, coibindo práticas criminosas, de forma a subsidiar a fiscalização de trânsito e tributária, bem como os mecanismos para auxiliar a própria segurança pública.
O assessor explica que, antes de mais nada,
é preciso estruturar e interligar os sistemas
dos órgãos fiscalizadores para que o monitoramento seja feito em tempo real, já que é
uma ferramenta de tecnologia. Além disso, é
preciso que estes órgãos estejam equipados e
tenham condições para cumprir suas funções,
o que nem sempre é uma realidade. “Em áreas mais distantes das capitais, nem sempre os
órgãos fiscalizadores têm meios para fazerem
cumprir a regra. Às vezes não há viatura disponível, como eles irão atrás de uma carga roubada, por exemplo? ”, questiona Luís.
A integração entre órgãos componentes do
Sistema Nacional de Trânsito com as demais
polícias é fundamental para viabilizar o funcionamento e a fiscalização dos veículos, o que
ainda não é realidade no Brasil. “Se um veículo
é roubado no interior do estado, a polícia judiciária local nem sempre tem meios para efetivar o registro do roubo através do Renavam,
o Registro Nacional de Veículos Automotores,
limitando-se apenas ao registro do boletim de
ocorrência e posterior envio para as delegacias
especializadas. O intervalo entre o roubo do
PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DO SINIAV
PositivosNegativos
Melhor gestão do trânsito
Perda da privacidade
Melhor controle tributário Falta de integração entre os sistemas
Melhorar segurança pública
Ainda não foi definido quem pagará o projeto
Entenda as diferenças entre SINIAV e SIMRAV
SINIAV
SIMRAV
O que é?
chip que emite ondas de
radiofrequência instalado em
veículos, SEM GPS
chip SIM como de celular
comum, com GPS e bloqueio remoto do veículo
Quando entra
em vigor?
Em agosto de 2016, somente
para caminhões com cargas
terceirizadas
Sem previsão
O que ele faz?
Registra a passagem do
veículo por uma torre de
monitoramento (localização)
e envia dados do veículo para
autoridades de trânsito
Localiza e envia dados do
veículo às autoridades de
trânsito; se o proprietário
quiser, rastreia e bloqueia
o veículo
52
Eu, Motorista
Para salvar vidas
O país tem o quarto pior desempenho do continente
americano quanto a mortes no trânsito, uma
combinação de imprudência dos motoristas e estruturas
inadequadas; soluções e atitudes simples podem
melhorar nossa posição nessas tristes estatísticas
Talvez seja clichê repetir a
importância de se acionar a seta no
veículo ao mudar de faixa, ou falar
sobre os altos riscos de se utilizar
telefone celular ao volante, mas a
verdade é que alguns procedimentos
simples podem minimizar, e muito, os
riscos de acidentes de trânsito. Esta
nova vinheta da Revista Locação
vai trazer questões direcionadas ao
motorista e que afetam diretamente as
locadoras de veículos, como cuidados
no trânsito e dicas que podem ser
repassadas ao condutor.
Um exemplo é a entrada em vigor,
a partir de julho de 2016, da lei que
obriga motoristas ao uso do farol
baixo ao trafegarem em rodovias
e túneis sem iluminação no Brasil,
mesmo de dia. Até então esta era
apenas uma recomendação do Código
Brasileiro de Trânsito. Agora, o
descumprimento da norma será
considerado infração média, com
perda de quatro pontos na CNH
53
e multa de R$ 85,13. Nem todos
os motoristas estão informados
sobre essa atualização na lei, o que
pode gerar multas e complicações
desnecessárias.
Alertar os clientes sobre questões
de segurança garante às locadoras
a oferta de um melhor serviço, pois
mesmo motoristas experientes
estão expostos a surpresas frente
a mudanças na legislação, além de
proporcionar menores riscos aos
veículos, o que também é interesse
de locadoras e clientes.
A importância do cinto de segurança
no banco traseiro, por exemplo, é
velha conhecida do motorista, mas
ainda permanece como uma regra
que sofre resistência por parte dos
usuários. Já o celular, apontado por
diversas pesquisas como um risco
ainda maior ao motorista do que
o consumo de bebidas alcóolicas,
continua sendo usado de forma
indisciplinada ao volante.
Eu, Motorista
Teste: você é um bom motorista?
Simples e eficaz
A seguir, preparamos um pequeno teste
com algumas pegadinhas que podem ficar esquecidas com o tempo e talvez sejam pouco
usadas, mas permanecem muito importantes.
Veja como está sua memória:
Algumas medidas simples são mais eficazes do que imaginamos. Atenção às condições
adversas da via, cuidado na ultrapassagem e
observância dos limites de velocidade são procedimentos conhecidos por todos nós, e que
podem e devem ser reforçados no momento da
locação de um veículo.
O condutor deve sempre pesquisar as condições que vai enfrentar na estrada e saber como
agir em caso de neblina, chuvas fortes e ruas
alagadas. Nem todas as estradas terão boas
condições de iluminação correta, muito menos
o clima favorável, mas o motorista deverá estar
atento à sua condição de saúde e disposição. É
um tremendo risco dirigir com sono.
1) Na maioria das regiões do Brasil, o telefone
de emergência 190 é usado quando se deseja
acionar:
• a. A Polícia Militar
• b. O SAMU
• c. O Resgate do Corpo de Bombeiros
2) Em certa rodovia, há um acentuado desnível entre a pista e o acostamento. Por descuido,
você sai com as duas rodas da direita para fora
da pista. A conduta correta nesta situação é:
• a. Retornar à pista imediatamente
• b. Sinalizar e retornar à pista imediatamente
• c. Diminuir a velocidade, verificar se não há
veículos próximos, sinalizar e retornar à pista
Direção Defensiva
É possível evitar situações de riscos observando os pilares da direção defensiva, que
são: Conhecimento, Atenção, Previsão, Decisão e Habilidade.
Um curso de direção defensiva inclui o
aprendizado sobre a dose certa de pressão no
pedal no momento da frenagem, a depender da
distância do próximo veículo, tipos e condições
da pista, como água da chuva ou óleo, e a melhor forma de realizar desvios rápidos de obstáculos sem perder a estabilidade.
3) A placa acima indica:
• a. Proibido circulação de veículos
• b. Abismo à frente
• c. Alfândega
Seguir as leis de trânsito garante
segurança
4) Vítima que usava cinto de segurança está
inconsciente dentro do veículo. O que fazer em
primeiro lugar?
• a. Colocar a vítima em uma posição confortável e dar água para ela beber
• b. Sinalizar a área com triângulo e chamar
o resgate
• c. Colocar a vítima no veículo e levá-la para
o hospital mais próximo
As leis do código de trânsito têm como objetivo garantir a segurança de motoristas, pedestres, ciclistas e motociclistas, além da organização do tráfego. Seu descumprimento gera
multas e pontos na carteira. Depois de alguns
anos dirigindo, criamos pequenos vícios na direção e começamos a esquecer alguns detalhes
que parecem inofensivos mas podem causar
graves problemas.
Quem nunca se distraiu e acabou dirigindo
com apenas uma mão? Totalmente proibido.
Assim como a ultrapassagem pela direita.
Estacionar na contramão ou muito próximo
da esquina nunca é permitido, mesmo quando
a região está vazia e há espaço e visibilidade
de sobra. E pra quem se esqueceu, não só as
altas velocidades geram multas ao condutor,
mas em faixas rápidas andar a um ritmo menor
do que a metade da velocidade da via também
é infração, passível de multa média.
5) Você não se deu conta de que o combustível estava acabando e o carro parou, Você:
• a. Mantém o veículo onde ele parou, sinaliza com o triângulo e liga para a locadora
• b. Tira o veículo da pista e sinaliza com o
triângulo. Liga para a locadora e espera, sabendo que vai levar multa
• c. Mantém o veículo onde ele parou, sinaliza com o triângulo e vai a pé até um posto
comprar um pouco de combustível
Resultados: 1.a; 2.c; 3.c; 4.b; 5.b
54
Marketing Digital
Comunicação e Relacionamento
fazem a diferença para o sucesso digital
Conheça um pouco mais sobre o CRM, software de gestão
que integra a área comercial e o atendimento para
um serviço mais eficaz e rentável
das e com o foco
na necessidade
do cliente. As
ferramentas de
análise de dados devem ser
alocadas estrategicamente
em cada empresa e localizadas dentro dos
campos de mar-
O CAMINHO
trilhado entre
a prospecção
e a fidelização
de clientes é a
chave para um
negócio bem-sucedido.
Sabemos que
aperfeiçoar os
relacionamentos é indispensável para desenvolver uma empresa e ampliar
vendas, mas como garantir o padrão de qualidade ao longo do tempo?
Os Sistemas CRM, sigla em inglês para Customer Relationship Management, são uma excelente alternativa para gerenciamento de relacionamentos, combinando tecnologia digital
e estratégias de impulsionamento de vendas
dentro de um mesmo software. Como um sistema que atua na área comercial e de marketing,
é uma ferramenta de gestão de serviços, e pode
ser personalizado em cada empresa.
A aplicação de um Sistema CRM incentiva a
organização e direcionamento de forças, onde
todos os setores são capazes de trabalhar com o
mesmo objetivo, por meio de estratégias unifica-
keting, vendas ou ambos.
Um Sistema CRM Operacional trabalha na
gestão de dados sobre captação de clientes
qualificados e a presença em mídias, uma
ferramenta importante de análise estratégica.
Além de relacioná-los automaticamente, cada
cadastro é atrelado a uma ficha completa,
CRM é um ótimo parceiro
para otimizar processos,
incentivar a equipe comercial
e personalizar serviços
55
Marketing Digital
O potencial de redução de custos aparece em
vários momentos desse processo de análise,
pois já não é novidade que a digitalização é
aliada da economia.
O processo de atendimento ao cliente também pode ser acompanhado através de um
Sistema CRM. Ele auxilia a gestão da equipe,
mostrando o status de cada etapa e facilitando
também a análise de cada atendimento, para
que ele seja sempre aprimorado.
A ferramenta permite uma organização
eficiente de todas as informações relevantes
de clientes e prospects, eliminando a superficialidade e estreitando o relacionamento que
leva à fidelização.
Quando integrado com outras estratégias de
Marketing Digital, os Sistemas CRM otimizam
o relacionamento com a base de clientes e garantem clientes e funcionários satisfeitos com a
marca. Menos processos, mais motivação.
passível de constante atualização e de fácil consulta, inclusive para ex-clientes.
A inteligência do Sistema CRM Analítico
é transformar a classificação em relatórios
qualitativos, com estatísticas para análise de
rendimento dos clientes e funcionários, comparativos mensais, volume de negociações e
muitos outros diferenciais. Um controle digital
simples e eficiente.
Como o próprio nome indica, o Sistema CRM
colaborativo permite ao gestor uma organização funcional e ampla de todos os pontos de
contato com o cliente, disseminando informações obtidas pelo CRM Analítico e Operacional.
Mais importante ainda, o Sistema CRM auxilia
na identificação da melhor estratégia comercial
e de comunicação para o negócio, levando em
conta atuais e futuros clientes.
Percebe-se que os Sistemas CRM não estão
focados somente na empresa, nos produtos e
serviços que ela vende, mas nas necessidades e
nos comportamentos do público com o qual interage. A consolidação de informações em um
só banco de dados traz economia e agilidade
na segmentação de estratégias de comunicação, ao identificar o envolvimento de um cliente
com a empresa, aumentando as possibilidades
de gerar negócios.
Para clientes atuais, a análise de dados permite determinar o serviço mais adequado e o direcionamento correto de informações sobre produtos e serviços, encurtando o ciclo de vendas
e possivelmente aumentando o faturamento.
A inteligência do Sistema
CRM é estreitar o
relacionamento da empresa
com o cliente por meio
da personalização do
atendimento.
Fonte: Reweb (www.reweb.com.br).
56
Fim de Papo
Vamos falar sobre CRM?
Mariana França e Andrea Ozeki
“Na era da conectividade,
estamos todos expostos”
CRM É UM TERMO usaNada, nenhum acordo, nedo para administrar o
nhum negócio, nenhuma
relacionamento com o
relação é mais particular e
cliente, ou ainda um sisoculta. Simplesmente tudo
tema integrado de gesse torna público de uma
tão com foco no cliente.
forma ou de outra. Temos
Reúne vários processos/
que avaliar bem as nossas
atividades como estrapráticas e ações, porque
tégia de negócio voltada
elas se tornarão públicas
ao entendimento e anterapidamente.
cipação das necessidaCom a situação econôdes e potenciais de uma
mica que o país se enconempresa, fomentando a
tra, os recursos para satisconfiança e potencialiAndrea Ozeki e Mariana França são sócias-diretoras da fazer o cliente são escassos
empresa “One by One Gestão de Relacionamento” e trazem à tona o velho prozando os resultados. Os
(www.onebyonegr.com.br).
principais tipos de CRM
cesso de executar as ativisão: Operacional, Analítico e Colaborativo.
dades com baixo custo. Claro que as empresas
Mas vamos direto ao ponto. Vamos falar de
precisam dar lucros e serem sólidas, mas só é
CRM com foco no cliente, que traz um conceito
possível atingir esse objetivo dando o verdadeigeral sobre o universo dessa relação entre emro valor ao cliente. Algumas empresas com esse
presa x cliente.
propósito surgiram, mas elas pouco aplicavam
Podemos começar pela importância do maisua proposta original. Existe muita vontade de
ling. De nada adiantará desenvolver novos profaturar, porém pouca preocupação com o cliente.
dutos, novos programas e parcerias, se a base
Com a chegada das ferramentas de CRM, fide clientes estiver obsoleta. Se evitar falar com
nalmente estava criada a junção perfeita, uma
o seu cliente e permanecer com uma atitude
febre enorme em torno da promessa de qual
passiva, terá apenas um vasto banco de dados
tecnologia iria permitir o relacionamento indivicom informações antigas e desatualizadas. Isso
dual com um cliente fiel. Enfim, esse relacionaé até mais perigoso do que não contar com esmento iria realmente acontecer, como uma másas informações, já que o planejamento e as
gica, graças à tecnologia. A ilusão estava criada.
ações serão feitas em bases frágeis e que não
O CRM iria mudar o mundo e trazer muitos
refletem a realidade.
lucros, utilizando o conceito de segmentação
Seu cliente é o seu principal ativo e tem que
em larga escala. Realmente trouxe um encanser uma fonte de inspiração para tomada de detamento às empresas e os fornecedores dessas
cisões inovadoras todos os dias.
plataformas ganharam muito dinheiro. As emNão valerá a pena fazer investimentos em
presas caíram na falsa armadilha de achar que
ferramentas de CRM de ponta se os serviços
a tecnologia seria capaz de resolver sua vida.
que as qualificam como empresa, aquilo que
Num mundo onde tudo muda e de forma ráfaz por core business, não for entregue para o
pida, onde a informação se espalha na velocidacliente que o adquiriu. Ou se a empresa é camde da luz, as mudanças de hábitos, conceitos,
peã de reclamações nos órgãos de defesa do
consensos e atitudes são frequentes. As empreconsumidor. Não basta empunharem a bandeira
sas precisam se adequar e saber interagir com
do DNA de excelência no relacionamento com
as diversas gerações (babyboomers, geração X
os seus clientes, se de fato não cumprirem com
e geração Y). A nova classe C vira sinônimo de
o que foi proposto ou se deixar de ouvi-los.
consumo. Assistimos também à era da “mulher
Na atual era da conectividade, estamos todecide”. Ela consome muito mais que os homens
dos expostos, principalmente as empresas.
e também influencia nas decisões.
57
Fim de Papo
passam a deixar de existir, porque passam a ser
vistos como aumento de despesas, tendo que
manter áreas de pós-venda, suporte, assistência técnica, ouvidoria, SAC, Call Center. Clientes
ligam para reclamar, pedir garantias, e manter
tudo isso “custa caro e não traz dinheiro”.
Infelizmente, para muitas empresas investir
em relacionamento em atendimento qualificado de pós-vendas passa ser um passivo e não
um ativo. Mas, deixar de investir gerará novos custos, porque o cliente acaba desejando
ir embora e a empresa gastará ainda mais com
planos de retenção. É muito importante cultivar
sua base, que é sua maior riqueza, e mantê-la
sempre limpa e atualizada, possibilitando integrar as áreas que se relacionam com o cliente e
interagir durante todo o processo.
Esse passa ser o principal desafio para as
Áreas de Gestão de Relacionamento: Manter o
cliente na base e agregar valor à corporação. O
pensamento e atitudes deverão ser os mesmos
desde o pré-venda até o pós-venda. Criar experiências de encantamento, andar lado a lado com
seu cliente em todas as etapas. É uma cadeia
fracionada onde todas as partes são envolvidas.
Anuncie menos e surpreenda mais! Invista mais
no que tem e os outros virão consequentemente.
Afinal, qual o segredo de um relacionamento de sucesso? Quem é o maior ativo para a
empresa? Os acionistas, os colaboradores ou o
cliente? Nós respondemos que é um tripé! Nenhum sobrevive sem o outro. É o mesmo que
querer extrair do corpo humano o coração, um
pulmão ou o fígado – o corpo morre.
Relacionamento inteligente é o relacionamento equilibrado entre acionistas, colaboradores e clientes. Para fazer CRM, não precisa
apenas entender de gente, mas principalmente
gostar de gente!
Cuide bem de seu cliente, haja eticamente,
cumpra contratos, prazos e compromissos assumidos e ele permanecerá. Se tiver que ir...
ele voltará!
E desta forma sua empresa e sua equipe estarão preparados para atender esse consumidor de
hoje, que é cada vez mais mutante, infiel, engajado em redes e comunidades. Gente que fala bem
e mal da sua marca, de tendências, conhece os
seus direitos e defende pontos de vistas. Pessoas que querem saber, que exigem preço vs. valor,
querem retorno rápido e atendimento em todos
os canais que a empresa disponibilizar.
Ele quer e quer agora, compara influência,
gerando mídia e conteúdo em redes sociais.
Não tem problema em elogiar, recomendar,
criticar, processar. Mas se ele voltar pra você,
hum, aí certamente... Você fez a coisa certa!
Enfim, o consumidor não para de evoluir.
Consumidores se tornam digitais e colaborativos. A maior parte é consumidor real time.
Consumidores querem satisfazer suas expectativas AGORA e não “daqui a pouco”.
A Multicanalidade se torna regra. Empresas
necessitam e utilizam diferentes canais, ambientes e pontos de interação. Elas precisam
estar preparadas para se comunicar com essas
diversas gerações e todos esses canais, prevalecendo a mesma característica em todos eles,
em todas as áreas, seja ela na ponta de vendas,
na cobrança, no atendimento, no suporte, na assistência técnica, por telefone, presencialmente,
pelas redes sociais, por e-mail ou por chat. O
encantamento tem que ser de ponta a ponta.
O fato é que tudo evolui e não há mais espaço para quem quer “enrolar” o cliente, dar
soluções e respostas invasivas, se envolver em
processos burocráticos, morosos, redundantes. O senso de urgência e justiça deve estar
presente e ser aplicado sempre.
Nesse cenário, nasce a busca pelo relacionamento Um a Um. Se a era atual baseia-se
de fato na atitude de cortejar o cliente, então
que seja para cortejar de maneira individual
e estratégica.
Dar esse passo rumo ao relacionamento One
by One (retirando a conotação marqueteira do
termo), requer mais que investimento em equipe e estrutura: requer uma profunda mudança
nos valores e práticas de relacionamento e tratamentos com os seus clientes. É uma mudança
de aculturamento por toda uma organização. É
entender o cliente para atender bem.
Mas, cuidado! O conceito de que cliente
tem sempre razão, de que o cliente é o rei, o
cliente sempre vem em primeiro lugar, são
paradigmas aos quais precisamos tomar atenção: uma faca que corta dos dois lados. Desta
forma, podem-se criar clientes mal-intencionados, mal-acostumados, eternamente insatisfeitos e infiéis, mas isso é irreversível para
qualquer empresa ou mercado. Tudo tem que
ser medido, avaliado imparcialmente. É preciso haver senso de justiça.
Um erro que as empresas cometem é que
dão muita importância quando um futuro cliente ainda é um prospect, e investem em diversos
mecanismos e táticas de encantamento sedutoras para atraí-lo. Infelizmente, tudo isso deixa de ser feito quando ele se torna cliente. E aí
esse cliente encantado passa muitas vezes a ser
apenas um código, um login, um número.
Essa falha fica evidente quando todos os
investimentos e encantamentos para atrair
o cliente para sua base ao longo do tempo
58

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