aeroportos

Transcrição

aeroportos
ano VII • no 38 • março - abril • 2011
montadoras
investem em
assistência
aos frotistas
entrevista
Luiz Pacheco, da
Volks, analisa o setor
aeroportos
atrasos nas obras
preocupam autoridades
e prejudicam o setor
de locação
Esta revista tem suas emissões
compensadas por restauro
florestal em mata ciliar
expediente
Conselho gestor
Paulo Gaba Jr., Paulo Nemer, Alberto de
Camargo Vidigal, José Adriano Donzelli, Saulo
Fróes, Nildo Pedrosa, Carlos Rigolino Júnior,
Alberto Faria, Roberto Portugal, Valmor E. Weiss,
Luiz Mendonça e Marcello Simonsen.
Conselho Gestor (Suplentes): Carlos
Teixeira, João Carlos de Abreu Silveira, Eládio
Paniágua, Luiz Carlos Lang, Cássio Lemmertz,
Paulo Miguel, Alberto Nemer Neto, Reynaldo
Tedesco, Marcelo Fernandes, Carlos Faustino,
Nelma Cavalcanti.
Conselho Fiscal: Antonio Pimentel,
Eduardo Corrêa, Paulo Bonilha Jr., Flavio Gerdulo,
Raimundo Teixeira, Jacqueline Moraes de Mello.
Conselho Fiscal (Suplentes): Joades Alves
de Souza, Félix Péter, José Zuquim Militerno,
João José Regueira de Souza, Marco Antonio
Lemos e Emerson Ciotto.
Comissão Editorial: Marco Antonio
Gomes, Marcio Gonçalves, Nelma Cavalcanti
Sobral e Saulo Fróes.
Presidente Executivo
João Claudio Bourg
Revista Locação
Projeto, criação e execução: Scritta
(11) 5561-6650 - www.scritta.com.br
Jornalista Responsável: Paulo Piratininga
(MTPS 17.095) - [email protected]
Coordenação geral: Diogo Cruz
Redatores: Francisco Otake, Kátia Simões e
Rafael Carrieri
Revisão: Júlio Yamamoto e Leandro Luize
Projeto gráfico e diagramação: Cris Tassi
(11) 3287-0065 - [email protected]
Impressão: Neoband
Publicidade: Nilvando Filgueira
(11) 5087-4100 - [email protected] Foto da capa: Divulgação Infraero
Associação Brasileira das
Locadoras de Automóveis
Rua Estela, 515 – Bloco A – 5º andar
Cep 04011-904 – São Paulo/SP
Telefone: (11) 5087-4100 Fax: (11) 5082-1392
E-mail: [email protected]
Site: www.abla.com.br
SAS Quadra 01, conjunto J, 6º andar, sala 602
Edifício CNT, Cep 70070-010 – Brasília/DF
Telefone: (61) 3225-6728 Fax: (61) 3226-2072
A revista Locação não se responsabiliza pelas
opiniões emitidas nos artigos assinados.
Permitida a reprodução das matérias desde que
citada a fonte.
editorial
O futuro chegou.
E agora?
A condição de país do futuro parou no passado. A economia brasileira avançou o sinal e iniciou
o ano com vigor. As previsões
otimistas se estendem ao setor
de locação, que deve manter o
João Claudio Bourg
impressionante crescimento de
dois dígitos, com o impulso da
estabilidade monetária, do aumento no fluxo de viagens domésticas
e das operações de terceirização de frota. Sem contar as perspectivas dos megaeventos que se aproximam, como a Copa do Mundo e
a Olimpíada.
Mas, lamentavelmente, crônicos problemas estruturais insistem em
pegar carona nessas boas notícias. A começar por nossos cartões de
visita. O caos nos obsoletos aeroportos, que nos aflige faz mais de cinco anos, tende a se agravar com o número crescente de passageiros
nacionais e internacionais. A três anos de recebermos um dos eventos
de maior repercussão mundial, reformas essenciais não decolam, licitações são suspensas e o percentual de investimentos já realizados
chega a míseros 2%.
A situação exige atenção redobrada, enquanto o setor faz a sua parte. O gerente de vendas corporativas da Volkswagen, Luiz Pacheco,
ressalta as novidades da marca para o mercado nacional e vislumbra
bons ventos para as montadoras. As fabricantes também incrementam os planos e programas de assistência aos frotistas para assegurar
a máxima qualidade do pós-venda.
Seguimos ainda por um roteiro exclusivo de Maceió a Recife, com o
privilégio de apreciar as mais belas praias do litoral nordestino em um
carro alugado. Falamos sobre tecnologia, artigos de luxo, política tributária e até de liderança empresarial.
Boa leitura!
março • abril 2011
abla
3
índice
08
ENTREVISTA
O head de vendas da Volkswagen do
Brasil, Luiz Pacheco, analisa o futuro
do setor de locação e os novos
investimentos da marca
12
montadoras
Confira o que as principais fabricantes
do país oferecem aos frotistas
18
sindipeças
20
O segmento de peças ganha
importância e reforça o
relacionamento com as montadoras
aeroportos
Caos, obras suspensas e atrasos
comprometem a organização dos
grandes eventos no país
11PQA
16Notas
24Soluções de TI
30Objetos de desejo
32Roteiro de férias
34Evento Sindloc
36 Artigo
6
abla
março • abril 2011
28
TEST DRIVE
Analisamos o C4 Picasso e
descobrimos seus segredos
entrevista
Luiz Pacheco
R
espaldado pela atuação de 22 anos
no varejo, sendo nove no setor
automobilístico e seis trabalhando
diretamente com vendas corporativas,
Luiz Eduardo Pacheco fez uma ampla análise
do setor em entrevista à revista Locação. O
head de vendas corporativas da Volkswagen
do Brasil destaca os crescentes investimentos
das montadoras e projeta um cenário
positivo, com base na conjuntura econômica
e nos grandes eventos esportivos e de
negócios que chegarão ao país. Confira.
Qual é sua análise sobre o atual momento do setor
automotivo no Brasil?
Pacheco - O setor, sem dúvida, passa por uma das
melhores fases de sua história. Ainda é cedo para
previsões, mas podemos fechar o ano com crescimento
entre 5% e 8%, acima do PIB. Para uma estimativa
mais precisa, nós dependemos de algumas medidas
do governo, tais como as regulamentações referentes
ao financiamento de carros novos e usados, além
de aumentar a capacidade produtiva dos modelos
intermediários que utilizam motorização 1.4 e 1.6. Mesmo
assim, com a moeda forte, todos devemos ficar otimistas.
O mercado corporativo, que inclui locadoras e
frotistas de maneira geral, está crescendo 50% mais do
que o varejo, desde o ano passado. E a tendência é de
incremento surpreendente de 21,5% a 23,8% em apenas
8
abla
março • abril 2011
dois anos, confirmando o desenvolvimento do mercado
e o amadurecimento do setor de locação. Para se ter uma
ideia da relevância desses números, o mercado europeu
atinge índices de até 60%. Estamos conectados com a
realidade de mercados mais maduros.
Quais são os principais fatores desse crescimento?
Pacheco - O segmento de locação é a grande alavanca
dessa expansão. Após a grave crise econômica mundial
de 2008 e 2009, o setor apresentou um déficit de
crescimento, mas já em 2010 registrou recuperação, o
que deve se confirmar agora em 2011. Com a estabilidade
econômica, as empresas obtiveram mais recursos para
investir em contratos de terceirização de frotas, e as
locadoras souberam aproveitar esse nicho.
Os pequenos frotistas (lavanderias, padarias, mercados
de menor porte etc.), que utilizam pouco mais de três
veículos, também contribuíram decisivamente para nosso
bom desempenho. Esse segmento tem sido beneficiado
por expressivos incentivos governamentais – Finame do
BNDES, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal
– específicos para o pequeno e médio empresário.
O setor de locação está aproveitando esse bom
momento?
Pacheco - Certamente. Se analisarmos os números da
atividade, verificamos crescimento nas duas variáveis,
ou seja, locação diária (alta de até 30%) e terceirização
de frota (alta de 18%). O potencial do rent a car é muito
grande, com o incremento do turismo doméstico, de
negócios e lazer, assim como grandes eventos, a exemplo
da Copa do Mundo e da Olimpíada.
2009, 1.955 locadoras atuavam no país.)
Como é o relacionamento da Volkswagen com as
locadoras?
Pacheco - Somos líderes nesse importante segmento
há mais de seis anos e, para 2011, queremos
consolidar essa participação e oferecer as melhores
oportunidades. Para tanto, estamos investindo na
construção de relacionamentos, especialmente
com a própria Abla e também com os Sindicatos
das Empresas Locadoras de Automóveis (Sindloc’s).
Por meio do Banco Volkswagen, o maior banco de
montadora do Brasil, disponibilizamos produtos
e serviços compatíveis com os diversos portes de
empresas que participam dessas duas instituições.
Quais os modelos mais procurados pelos frotistas? E o
que vem por aí?
Pacheco - Os campeões de venda são os veículos da
Linha Gol G4 e o novo Gol, que respondem por 50%,
seguido pelo Voyage, Fox, Saveiro e a tradicionalíssima
Kombi. Neste mês, lançamos a segunda geração do
Jetta, em Porto Alegre, com um dia exclusivamente
dedicado ao cliente frotista. Há ofertas de duas versões,
a Comfortline e a Highline, com conteúdos apropriados
aos clientes que têm à disposição os carros japoneses e
coreanos (segmento intermediário), além dos modelos
norte-americanos na versão top.
Bem mais para frente, teremos o lançamento do
compacto alemão UP, que já é sucesso na Europa. Mas,
ao contrário de boatos que escuto e leio por aí, ele não
substituirá o Fox – o terceiro colocado nas vendas no
Fotos divulgação Volkswagem
Atentas a esse movimento, as locadoras seguem sua
aposta em novos serviços e investimentos. Os modelos
de parcerias como o da Avis Rent a Car com a CVC e o da
Unidas com a Gol Linhas Aéreas são bons exemplos que
devem se tornar recorrentes. Uma das grandes sacadas é
o estímulo ao pagamento parcelado, que facilita o acesso
de novos públicos a roteiros e pacotes de viagem.
Outra tendência do setor deverá ser a consolidação
das grandes marcas, que ganham cada vez mais share,
e o fechamento das menores. Não vejo o mercado com
tantas locadoras, principalmente as que não conseguiram
se recuperar no pós-crise. (Segundo o anuário da Abla de
março • abril 2011
abla
9
ENTREVISTA
Brasil e com grande aceitação, principalmente entre os
consumidores mais jovens.
E como comparar o mercado de frotistas do Brasil
com o da Europa?
Pacheco - A Volks é líder no segmento frotista na
Europa. Acabei de retornar da Conferência Internacional
de Vendas Corporativas, onde fiz uma apresentação
sobre a situação econômica do Brasil e o mercado
automobilístico. Foi marcante a curiosidade que nosso
país desperta entre empresários e executivos de todo o
mundo.
No continente europeu, o mercado já está consolidado,
principalmente porque as empresas aprimoram
constantemente suas operações de terceirização de
frota e desenvolvem modelos diferenciados de leasing
operacional e financiamentos, ainda impossíveis de serem
aplicados no Brasil. Outro diferencial é que praticamente
todas as montadoras têm uma atuação considerável
nesse segmento, incluindo marcas premium como Audi
e Porsche. Aqui, temos três grandes forças – Volkswagen,
General Motors e Fiat – e duas marcas que vêm ganhando
mercado: Renault e Ford.
Mas estamos caminhando no sentido certo. Faltam
a desregulamentação do setor, uma tributação menos
10
abla
março • abril 2011
burocrática e o crédito mais acessível. Vejo também
coragem dos empresários para buscar outras fontes
(ingressar na Bolsa, por exemplo) e também a melhor
qualificação dos profissionais de locadoras. Com essas
melhorias, vamos impulsionar ainda mais a atuação
como frotista.
O que os megaeventos esportivos podem representar
para a locação?
Pacheco - Entendo que, para os próximos cinco anos,
o efeito Copa do Mundo 2014 será maior do que o dos
Jogos Olímpicos de 2016. Previsões otimistas apontam
que a locação deva atingir 20% de crescimento até lá e
chegar a uma participação de 42% de todo segmento
corporativo no ano da Copa. Temos de nos preparar para
essa demanda.
As empresas precisarão investir em formação de
pessoal, sistemas e crescimento da frota. Mas o mercado
está adquirindo experiência para oferecer um excelente
nível de prestação de serviços, com um diferencial: o jeito
brasileiro de se relacionar, único no mundo. Se depender
da Volkswagen, as locadoras podem comemorar. Vamos
reservar a melhor frota para vocês. Independentemente
do resultado de nossa seleção em campo, seremos os
campeões das locadoras.
PQA
Qualificação profissional
A Copa do Mundo já chegou
à ABLA. A entidade retomou em
fevereiro as atividades do Programa
de Qualificação ABLA - Bem Receber
Copa, com as teleconferências
Eixo de Qualidade e Eixo de
Gestão Empresarial, que podem
ser acessadas pelo site
http://ead.fepese.org.br/abla.
Os alunos que não concluíram
as atividades no Ambiente Virtual
de Ensino e Aprendizagem (AVEAs)
terão a oportunidade de realizá-las
até o dia 30 de abril. Para obter a
certificação, o critério adotado é a
participação nos fóruns, enquetes,
no quizz e no Banco de Relatos
de Experiência. Como atividade
obrigatória há a Lição Virtual, um
questionário de avaliação individual
baseado no conteúdo do livro-texto
dos cursos.
O Bem Receber Copa, organizado
pelo Ministério do Turismo em
parceria com
entidades
setoriais, visa
atingir padrões
internacionais
de qualidade
para os serviços
do setor
turístico. A expectativa é beneficiar
306 mil profissionais de segmentos
como alimentação, transporte,
hospedagem, entretenimento e
eventos.
MONTADORAS
Montadoras
investem em
assistência
aos frotistas
O
s executivos de
locadoras, ao destinar
verba para renovação e
ampliação de sua frota,
sempre têm uma grande dúvida.
Qual montadora escolher? Diante
de tantas opções de modelo, quais
são os pontos determinantes para a
escolha? Obviamente, preço, oferta
variada de modelos, facilidades
de pagamento e cumprimento de
prazos para entrega influenciam.
Mas uma nova opção passou a
integrar esse pacote: o programa
de assistência e pós-venda das
montadoras.
As fabricantes que oferecerem
os melhores serviços e alternativas
aos frotistas saem na frente da
concorrência. As montadoras,
além de poder contar com uma
estrutura específica de vendas,
reservam áreas específicas nas
concessionárias, com entrada
independente e vendedores
especialmente treinados para
12
abla
março • abril 2011
atender às diversas necessidades
de cada segmento frotista. São
profissionais que atuam como
consultores, ajudando o cliente
em todas as etapas de seu
negócio.
Outro diferencial são os
programas de pós-vendas. O cliente
tem à disposição profissionais
especializados no assunto, para um
atendimento baseado em sistemas
informatizados, o que agiliza ainda
mais o serviço para aqueles que
necessitarem de uma mecânica
urgente. Por meio de agendamento
prévio, o atendimento pode ser
realizado em horários alternativos,
para que o veículo fique o menor
eículo eficaz
“Como se avalia se um determinado veículo tem um bom pós-vendas?
Por meio de sua eficácia! Um veículo é considerado eficaz quando ao se
avaliar o período de utilização (6 meses ou 1 ano, tanto faz), mensuramos qual foi
o percentual de tempo que ele esteve disponível para utilização. No nosso caso
disponível para gerar receita.
Revisões normais, revisões extras, recall, retorno de serviço, falta de peças, mecânicos exclusivos, demora no atendimento das concessionárias, etc. comprometem a disponibilidade de utilização! Podemos até, audaciosamente, afirmar:
Qualidade é importante? Sim, mas não é o fundamental. O fundamental é a montadora/importador oferecer uma logística para não deixar este produto parado.”
João Claudio Bourg
• Frota preferencial, programa de pós-venda
exclusivo para frotistas;
• mais de 180 pontos de atendimento em todo
o Brasil;
• Chevrolet road Service: assistência 24 Horas
e conveniência do mercado automotivo;
Fotos divulgação
tempo possível fora da sua rotina de
trabalho.
O custo pode ser um pouco
mais elevado, mas o proprietário de
locadora não corre o risco de deixar
seu cliente na mão. E, além de oferecer
um serviço mais personalizado, por
possuir uma frota de maior qualidade
e segurança, acaba ganhando a
confiança dupla: do cliente e do
frotista. Com um bom programa de
assistência, todos saem ganhando:
as montadora, os frotistas e
o cliente que recebe a
garantia de assistência
24 horas para seu carro.
Verifique a seguir,
os benefícios que os
frotistas encontram
em cada montadora,
que atendeu a
reportagem.
• Canal direto com frotistas por meio do site
www.chevrolet.com.br (Atendimento ao
Frotista).
• Treinamentos de frotistas (apresentação do veículo,
manutenção, sistemas de tração e parte técnica. Dicas de
como aproveitar os itens opcionais do veículo, para evitar
quebras, e de manutenção preventiva);
• Descontos especiais na aquisição da frota adquirida
diretamente da fábrica, nas peças e nos serviços fornecidos
pela rede de concessionárias;
• atendimento prioritário;
• Consultoria técnica
especializada.
março • abril 2011
abla
13
MONTADORAS
• atendimento personalizado: equipe exclusiva para
atendimento aos frotistas;
• Três anos de garantia original de fábrica para a linha
de veículos de passeio;
• Programas “revisão Preço Fechado” e “manutenção
Preço Fechado”, que permitem ao frotista se
programar no momento da realização das revisões
preconizadas e/ou manutenção;
• ampliação e
padronização da área de
vendas especiais;
• Concessionárias com excelência no atendimento em
todo o Brasil;
• Test Drive renault e lavagem de cortesia.
• revisão recomendada no
pós-venda;
• ampliação da estrutura
operacional interna;
• Criação de sistemas de
informática;
• Test-Drive;
• business Center na rede
de concessionárias.
• Política de aproximação com as locadoras,
oferecendo vantagens aos frotistas;
• Equipamentos de alta tecnologia;
• Volkswagen Service, com assistência técnica
24 horas e atendimento em todo o Brasil;
• Garantia de fábrica de três anos, sem limite de
quilometragem
para defeitos
de fabricação e
montagem em
componentes.
14
abla
março • abril 2011
• Central de atendimento ao frotista;
• Pacote e plano de manutenção
personalizado adquirido na compra do
veículo em âmbito nacional;
• Descontos competitivos para frotistas;
• PDi - Pré-Delivery inspection em todo
o Brasil.
• box específico para atendimento;
• Consultor dedicado;
• Descontos pré-estabelecidos;
• identificação do espaço.
março • abril 2011
abla
15
notas
Vem aí o 10o Salão ABLA
O
Salão Nacional da Indústria de Aluguel de
Automóveis prepara muitas atrações para
comemorar a 10ª edição em 2011. O evento acontece nos dias 9 e 10 de agosto no
Transamérica Expo Center, em São Paulo. São esperadas
mais de 3 mil pessoas, sempre de olho nos lançamentos
das montadoras e em novas tecnologias, peças e acessórios para a indústria.
“Haverá muitas ações especiais em razão da décima
edição, além dos já tradicionais debates sobre os rumos
das locadoras e o impacto da economia sobre sua atividade”, antecipa o presidente do Conselho Nacional da
ABLA, Paulo Gaba Jr. Os interessados em participar podem fazer as inscrições no próprio site da ABLA.
CIT na Argentina
Filiada da Câmara Interamericana de Transportes (CIT),
a ABLA participou da XV Assembleia Ordinária, nos dias 6
e 7 de abril, em Buenos Aires. Paulo Gaba Jr., presidente
do Conselho Nacional, e Paulo Nemer, vice-presidente do
Conselho Nacional, acompanharam as estratégias de governos e organizações para o desenvolvimento do setor de
transporte. O evento também trouxe à baila a possibilidade de utilização de veículos ecológicos na América Latina.
A integração e o compartilhamento de soluções também
foram incentivados em uma Roda Informativa para a apresentação dos principais desafios do setor.
Expansão
Fiat
investe em Suape
Workshop CVC
Paulo Gaba Jr., presidente do conselho da associação, e o presidente executivo João Claudio Bourg deram seu
recado no Workshop & Trade Show CVC, em fevereiro. O evento
levantou a discussão sobre as políticas de comissionamento das
locadoras para os agentes de viagem. Para Gaba, a importância
de comunicar ao mercado as práticas das locadoras impulsiona
os dois lados, criando mais locações e um leque de serviços mais
completo para os agentes de viagem. A diretoria da entidade
também esteve presente na reunião do conselho, quando
foram oficializados os resultados de 2010. Dados preliminares apontam para aumento na receita, em mais
de 30% e para a frota 19% superior
à do ano anterior.
16
abla
março • abril 2011
Com investimentos de R$ 3 bilhões, a Fiat
anunciou o início das obras de sua nova fábrica
no Complexo Industrial Portuário de Suape, em
Pernambuco. A montadora produzirá novos
modelos de automóveis desenvolvidos no Brasil
e voltados para a demanda do consumidor nacional e latino-americano. A empresa lançará 200
mil veículos por ano, a partir de 2014, e vai gerar
3,5 mil empregos diretos.
Os investimentos abrangem ainda a construção de um Centro de Pesquisa & Desenvolvimento, além da implantação de um amplo programa de treinamento de recursos humanos para
operar o novo empreendimento. A companhia
também divulgou que, dos R$ 10 bilhões a serem aplicados pela Fiat no país entre 2011 e 2014,
R$ 7 bilhões serão destinados à planta de Betim
(MG), que ganhará mais 150 mil veículos e passará a produzir 950 mil unidades/ano.
Anuário ABLA 2011
A
associação lança no início de maio o Anuário 2011, o mais completo guia de referência do setor. Em
90 páginas, o leitor encontrará os principais resultados da locação no ano anterior, com destaque para o
faturamento, a participação na venda do setor automobilístico e a composição da frota por fabricante.
Em 2010, a frota total ultrapassou 430 mil veículos e foi arrecadado R$ 1,8 bilhão de impostos, com
manutenção de 260 mil empregos diretos e indiretos.
“A cada ano, procuramos aprimorar ainda mais nosso relatório. A publicação traça um panorama completo das
locadoras e da frota atual e se torna uma fonte de informação indispensável ao profissional de locação”, ressalta o
presidente executivo João Claudio Bourg. O anuário será distribuído aos associados, bancos, agentes financeiros,
montadoras, sistemistas, trade turístico e demais entidades que se relacionam com o setor de locação.
Cinco anos após o anúncio oficial, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) enfim começará a implementar o Sistema de Identificação
Automática de Veículos (Siniav). Já neste ano, os
veículos dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro terão acesso à novidade, baseada na tecnologia
RFID (Radio Frequency Identification).
O Siniav consiste em uma etiqueta eletrônica
que contém todas as informações do carro, moto,
ônibus ou caminhão, incluindo nome do proprietário, número do chassi e do Renavam. Os dados
serão coletados por antenas e possibilitarão a redução efetiva de roubos e furtos, além de coibir eventuais inadimplências, descumprimento do rodízio e
dos limites de velocidade.
Segundo o Denatran, até o fim de 2014, a maioria dos veículos do país estará cadastrada no Siniav.
Quando entrar em vigor, a lei aplicará multa grave
de 5 pontos.
Emerson Souza
Rastreabilidade
na frota nacional
Fórum Panrotas
Siniav
A ABLA prestigiou o Fórum Panrotas
– Tendências do Turismo 2011, nos dias
28 e 29 de março, em São Paulo, com
a presença de Paulo Gaba Jr. e João
Claudio Bourg. Os executivos acompanharam as principais novidades do
turismo nacional e as iniciativas para o
fomento do turismo no Brasil. A programação incluiu palestras de renomados
executivos do setor, como David Neeleman, fundador da Azul Linhas Aéreas, e
autoridades estrangeiras.
O ministro do Turismo, Pedro Novais,
apresentou a nova formação do Ministério do Turismo. Bernardo Trindade, que
ocupa a mesma posição em Portugal, e o
presidente da Embratur, Mário Augusto
Lopes Moisés, participaram do painel de
estratégias para promoção de destinos.
Paulo Gaba com Eduardo Sanovicz
março • abril 2011
abla
17
SINDIPEÇAS
Pequenas, mas
indispensáveis para
o seu carro
A
ssim são as peças dos
veículos. Somente
quando apresentam
avarias e chegam ao
fim de sua vida útil é que nos
lembramos dessas pequenas
notáveis. A importância delas é
relevante para os motoristas. E
mais ainda para as montadoras,
compradoras habituais que
dependem da estratégia de gestão
e distribuição para absorverem
a demanda cada vez maior de
automóveis no Brasil.
Nesse segmento, as pequenas
e médias empresas são a base
do fornecimento da cadeia
produtiva. Somente as filiadas ao
Sindicato Nacional da Indústria
de Componentes para Veículos
Automotores (Sindipeças) e à
Associação Brasileira da Indústria de
Autopeças (Abipeças) empregam 45
mil trabalhadores. “Trata-se de um
grupo estratégico para o Sindipeças.
Valorizar esse segmento é o foco do
trabalho da atual gestão”, destaca o
presidente do sindicato, Paulo Butori.
Atualmente, segundo dados
preliminares do Sindipeças e
da Abipeças, as 91 empresas
associadas, que representam 36,3%
do faturamento total da indústria,
apresentaram no primeiro bimestre
Os fabricantes de autopeças
incrementam negócios e estreitam os
Paulo Butori
canais de comunicação com as montadoras.
Prova disso é que a venda de peças para as fabricantes
de veículos cresceu 7,5%, enquanto o mercado de
reposição aumentou apenas 2,7%. O volume de negócios
dentro do setor só contabilizou alta de 0,6%.
18
abla
março • abril 2011
São Paulo
em destaque
O mercado de São Paulo responde por
uma fatia considerável. Afinal, a frota
paulistana já bate a casa dos 7 milhões
de veículos, segundo o Departamento
Estadual de Trânsito de São Paulo
deste ano um crescimento de 12,4%
em relação ao mesmo período de
2010. A quantidade de funcionários
também aumentou, com um índice
de 9,7%.
No Brasil, as montadoras também
dependem do bom relacionamento
com os fabricantes de autopeças.
De acordo com o último relatório
anual das entidades, 69,2% das peças
tiveram como destino as montadoras
de automóveis. Na segunda posição
aparece o mercado de reposição, com
15%. As exportações e o mercado
intrassetorial completam o ranking,
com 7,9% cada um. (Detran). O estado possui uma frota
de aproximadamente 22 milhões de
carros. O volume tão concentrado
incidiu na grande quantidade de
unidades das empresas baseadas no
estado, representando 70% do total
nacional em 2009. As outras unidades
da federação ficaram com os 30%
restantes. Mas vale lembrar que, em
1999, essa participação era de apenas
22,3% e avançou, em 2005, para 28,5%.
março • abril 2011
abla
19
AEROPORTOS
Aeroportos em
compasso de espera
A
pontada pelo próprio
comitê organizador como
o maior desafio para a
realização da Copa do
Mundo de 2014 no Brasil, a reforma
dos 12 aeroportos das cidades-sede
contará com um investimento de
R$ 5 bilhões do governo federal. O
mês de abril de 2014 foi estipulado
como a data-limite para a conclusão
das obras. No ritmo em que as
coisas caminham, contudo, fica
difícil acreditar que esse prazo seja
cumprido.
20
abla
março • abril 2011
Até agora, apenas 2,4% dos
investimentos programados saíram
do papel. Das 24 obras planejadas, só
quatro foram iniciadas. Os aeroportos
de Brasília, Belo Horizonte, Cuiabá,
Curitiba, Fortaleza, Manaus, Porto
Alegre e Guarulhos já registram
um ano de atraso nas empreitadas.
Somente dois aeroportos, o de
Viracopos, em Campinas (SP), e o
Galeão, no Rio de Janeiro, parecem
andar nos trilhos.
Confins, em Belo Horizonte,
também pede atenção redobrada.
O Tribunal de Contas da União
determinou a suspensão das
obras de reforma do terminal de
passageiros por constatar sobrepreço
nas cotações. As áreas de apoio para
estacionamento das locadoras não
têm água, energia nem esgoto, ou
seja, falta estrutura mínima. Se a
locadora investir nessas melhorias,
fica tudo incorporado para a Infraero.
“É preciso avaliar melhor as
condições oferecidas, pois quem
acaba sendo prejudicado são a
própria locadora e os clientes,
por falta de melhores condições”,
comenta o conselheiro da ABLA,
Saulo Fróes.
Em Recife, a Infraero rescindiu o
contrato de recuperação da pista por
incapacidade técnica da empresa
contratada. Questionado sobre o
ritmo e o estágio das obras nos
principais terminais aeroportuários do
país, o novo presidente da Infraero,
Gustavo Vale, admite os atrasos,
mas atribui a culpa ao aumento da
demanda em 2010, na casa dos 34%.
O primeiro leilão para concessão à
iniciativa privada para a construção
e administração do aeroporto de
São Gonçalo do Amarante, no Rio
Grande do Norte, está previsto para a
primeira semana de maio.
Fotos divulgação Infraero
Obras atrasam nas
12 cidades-sede da
Copa e deixam uma
pergunta no ar: “Será
que vai dar tempo?”
A previsão é que o aeroporto
potiguar, instalado em uma área de
15 milhões de metros quadrados,
entre em operação em 2014 e
abrigue o maior terminal de cargas
da América Latina e o sétimo maior
do mundo. Com duas pistas de pouso
e decolagem, terá capacidade para
receber 150 aviões do porte de um
Airbus 380 e movimentar 11,4 milhões
de passageiros por ano até 2024. A obra
eroporto de Guarulhos
Os problemas em Guarulhos, segundo especialistas, requerem maior atenção. Os investimentos no sistema de pátio e pista deveriam ter sido feitos
há seis anos, e o terceiro terminal de passageiros só agora começou a ser
construído. A terraplanagem da área está sendo feita pelo Exército e a perspectiva é de que os editais para revitalização da infraestrutura do terminal sejam lançados só em julho. A superlotação é clara, e o estacionamento é incompatível com o
volume de veículos e ainda apresenta problemas como falta de iluminação. As esteiras
de retirada de bagagens acumulam até quatro voos, provocando confusão e tumulto
generalizado entre os passageiros.
março • abril 2011
abla
21
AEROPORTOS
está estimada em R$ 650 milhões. O
Terminal de cargas também deverá
ser inaugurado no mesmo ano, com
capacidade para 5,3 mil toneladas
de carga. Até 2024, atingirá a casa
das 13,5 mil toneladas/ano, segundo
estudo da Anac.
O Aeroporto de São Gonçalo
do Amarante (Ceará) foi incluído
no Programa Nacional de
Desestatização (PND), por meio
do Decreto Federal nº 6.373, de 14
de fevereiro de 2008. Segundo o
A
modelo de concessão, a empresa
vencedora ou o consórcio deverá
construir terminais de cargas e
de passageiros, além da estrutura
para suportar os equipamentos de
proteção de voo. O contrato prevê
a administração do aeroporto por
um período de 28 anos, sendo três
para a construção e 25 anos para a
exploração comercial, o que envolve
desde tarifas da torre do controle,
embarques, pouso e permanência,
até arrendamento de hangares,
situação preocupa toda a cadeia do
turismo. “Precisamos de medidas urgentes
por parte dos órgãos públicos. Temos dois
megaeventos nos próximos anos e sabemos que
nossos aeroportos não têm condições de receber
a demanda atual. Imagine durante a realização
dessas competições”, completa Gaba.
22
abla
março • abril 2011
espaço de oficina, de aeronaves,
estacionamento e shopping.
O edital final para
procedimento do leilão só será
publicado pela Anac depois da
aprovação do Tribunal de Contas
da União. Enquanto isso não
acontece, empresas nacionais
como o Grupo Odebrecht – que já
realiza trabalhos em aeroportos no
Chile, Emirados Árabes e Estados
Unidos – Andrade Gutierrez, OAS
e Queiroz Galvão acompanham de
perto o processo.
De acordo com o secretário
de Desenvolvimento Econômico
do Rio Grande do Norte, Benito
Gama, o Aeroporto São Gonçalo
do Amarante será o quarto pilar
de logística do Nordeste. “Por ali
chegarão cargas vindas dos Estados
Unidos, da Europa e da Ásia para
serem distribuídas a todo o país”,
afirma. “O estado está se preparando
para o impacto que a sua entrada
em operação trará em termos de
economia e geração de empregos.”
Mas, até a primeira carga ser
desembarcada no novo aeroporto
internacional do Rio Grande
do Norte, há muito que fazer.
De acordo com o 2º Relatório
Consolidado de Produção de
Conhecimentos - Copa 2014,
veiculado pelo Tribunal de Contas da
União, com atualização em janeiro
deste ano, apenas 80% das obras de
construção da pista principal, da de
taxiamento e do pátio das aeronaves
foram concluídas. O projeto, com
custo estimado de R$ 155,2 milhões,
está a cargo da Infraero, que firmou
convênio com o Exército brasileiro
para a sua execução.
NOTAS
Car Rental Show
Paulo Gaba
com Scott
Solombrino,
presidente
da NBTA
O presidente do Conselho da ABLA, Paulo Gaba Jr., marcou presença,
em março, no Car Rental Show, um dos maiores encontros de locadoras
de automóveis do mundo, em Las Vegas. Durante dois dias, o executivo
pode conferir debates sobre gestão e problemas como incerteza do
mercado e políticas de reservas.
O evento também contou com a participação de grandes
redes, como Avis, Budget, Dollar Thrifty, Enterprise e Hertz,
bem como pequenas empresas independentes. O
próximo encontro, organizado em conjunto com
a American Car Rental Association (Acra), está
agendado para os dias 12 e 13 de março de 2012,
também em Las Vegas.
JAC Motors
Nova chinesa no pedaço
Com o mercado nacional de automóveis em ritmo chinês, a chinesa
JAC Motors não podia ficar de fora. A montadora iniciou uma ampla
campanha para o lançamento de sua marca no Brasil. Os investimentos
chegam a R$ 380 milhões, dos quais R$ 145 milhões em mídia.
O diferencial dos carros da JAC é sua categoria de carro completo. Até
o momento, dois modelos estão sendo comercializados, o Hatch J3 e o
sedan J3 Turin. Ambos têm versão única no país e oferecem airbag duplo,
direção hidráulica, vidros e travas elétricas, freios ABS, ar-condicionado e
suspensão traseira independente.
Em 2010, havia sete marcas chinesas atuantes em território nacional,
de acordo com a Associação Brasileira das Empresas Importadoras
de Veículos Automotores (Abeiva). Ainda em 2011, as montadoras
Brilliance e Haima farão parte deste grupo.
Estivemos presentes
Confira a lista de eventos que contaram com a
participação do presidente executivo da ABLA, João Claudio
Bourg e do presidente do Conselho Nacional, Paulo Gaba Jr.:
09/02
Cerimônia de posse do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae
Sebrae/DF
12 e 13/03 Car Rental Show
17/02
Evento Renault
Holiday inn Parque anhembi/SP 06/04
21/02
Reunião do Conselho Estadual de Turismo
São Paulo
Las Vegas (EUA) Lançamento do novo Jetta
(Volkswagen)
Porto Alegre
março • abril 2011
abla
23
SOLUÇÕES DE TI
Demanda das locadoras
impulsiona tecnologia
da informação
O
mercado de TI cresce
a passos largos no
cenário nacional em
vários setores. Em
2010, apenas para o segmento de
locação, foram movimentados US$
15 bilhões, sendo US$ 3 bilhões em
exportações.
Para as locadoras de automóveis,
a tecnologia da informação
garante cada vez mais agilidade no
atendimento e controle da gestão
da empresa. Na Henji Consultoria e
Informática, o crescimento esperado
para 2011 é de cerca de 20%. “O
impulso da atividade turística no
Brasil gera um efeito ‘cascata’
positivo em diversos setores, como
o de TI”, acredita o sócio-diretor da
Henji Consultoria e Informática,
Alberto Antonio.
Já a CarPlus trabalha há dois anos
com um padrão internacional de
locação, utilizado principalmente
por agentes de viagem. “É o padrão
para a Copa de 2014 e conseguimos
24
abla
março • abril 2011
atender a essa demanda com
antecedência. São novidades como
esta que nos permitirão crescer
até 30% em 2011”, observa o diretor
Luiz Carlos Lang.
Com a terceirização de frota
representando grande parte da fatia
do negócio, as locadoras centralizam
decisões e reduzem esforços. As
atenções do proprietário de uma
locadora se voltam exclusivamente
alberto antonio (Henji) e seu sócio, Hélio dos Santos
para o negócio, enquanto as
prestadoras oferecem suporte e até
mesmo consultoria aos clientes.
“Direcionamos nosso know-how
para a gestão, com consultoria,
treinamento, auditoria e correção.
Nosso software registra desde a
compra do veículo até o controle
de locações, multas, avarias,
manutenções e licenciamento”,
completa Lang.
Divulgação Honeywell
TI na era web
O uso da internet também é uma
Com a velocidade do
realidade no setor. Na Euro IT, com
mercado, a TI ainda
sede em Curitiba, essa premissa foi
tem muito a oferecer
às locadoras. O leque
de funcionalidades
A TI gar
passa por sistemas
ante
de gestão de locação,
agilidad
busca de mão de
e às
empres
obra, rastreamento
as
de frota, controle de
manutenção, venda e
reservas on-line. É um
sistema integrado
que assegura,
Focamo
s
via internet,
nosso
controle
know-h
integral das
ow
operações.
na
seguida com o desenvolvimento de
um sistema acessado via navegador
de internet. Desde o lançamento,
em 2005, a empresa contabiliza
300 clientes. “São desde pequenas
locadoras até grandes empresas,
como Júlio Simões e Ouro Verde,
que juntas administram uma
frota em torno de 30 mil veículos”,
comenta o diretor Julian Gritsch.
“Estamos atentos à crescente busca
do consumidor por mais praticidade
na aquisição de um bem ou serviço”,
destaca Gritsch, que projeta uma
expansão superior a 30% no volume
de negócios neste ano.
gestão
Luiz Carlos Lang, da CarPlus
Julian Gretsch, da Euro It
março • abril 2011
abla
25
TEST DRIVE
Conforto e Potência
A
o entrar no carro, você
logo se surpreende
com tamanha beleza.
A visibilidade e a
luminosidade deixam qualquer um
impressionado, graças ao parabrisa Visiospace, que proporciona
a luminosidade e adota a nova
assinatura estilística da Citroën.
O painel pode ter a cor de fundo
modificada de acordo com o gosto
do motorista. São sete opções para
a parte central e cinco nas seções
laterais.
O C4 Picasso acomoda até cinco
pessoas com muito conforto. Nas
28
abla
março • abril 2011
costas dos bancos dianteiros, foram
colocadas mesinhas dobráveis
similares às dos aviões, com direito a
luz para leitura. Uma das vantagens
é que todos os assentos são
rebatíveis. E a capacidade do portamalas, originalmente de 208 litros
com sete assentos, pode chegar a
1.951 litros – um espaço generoso,
que permite levar uma variedade de
itens para viagens mais longas.
O modelo conta com arcondicionado digital também para
os passageiros do banco traseiro,
bem como sistema de climatização
quadri-zone, persianas laterais,
contra luz solar, e os vidros laterais,
temperados, acústicos e verdes. O
conforto térmico e o revestimento
acústico tornam-se totalmente
perceptíveis quando o passageiro
permanecer pelo menos cinco
minutos no carro.
Potência ao volante
A garantia do C4 é de três anos,
sem limite de quilometragem. O
motor 2.0 16V de 143 cavalos, com
fotos Giulliano Ricciardi
Impressões ao dirigir
O desempenho é satisfatório, confortável na direção, tecnologia
e equipamentos, além de ter bancos macios e agradar pela
visibilidade. Em resumo, um carro completo. Será um forte
concorrente para a tercerizações de frota dos veículos executivos.
câmbio disponível no automático
e sequencial, passa de 0 a 100
km/h em 11,5 segundos e atinge
195 km/h de velocidade máxima.
Equipado com modernas rodas de
liga leve de 17 polegadas e pneus
215/50 R17 Michelin Primacy H.P. –
referência em segurança automotiva
–, o modelo possui sistema de freios
com ABS, AFU, REF, controle de
estabilidade ESP, ASR, seis airbags
(dois frontais, dois laterais e dois
do tipo cortina), fixação Isofix para
cadeiras de crianças e brake-light.
“A Citroën precisa investir e atuar no
valor de revenda de seus veículos,
fator preponderante para o setor de
locações”, comenta Bourg.
*O veículo foi cedido pela Citroën
para avaliação.
março • abril 2011
abla
29
Objetos de Desejo
LUXO
Imprima seu estilo
Para celebrar o centenário da morte de Mark Twain, autor de clássicos
da literatura como As Aventuras de Tom Sawyer, a Montblanc lançou
uma edição especial de seus cobiçados objetos de escrita. Nas versões
tinteiro, rollerball, esferográfica e conjunto formado por canetatinteiro, esferográfica e lapiseira, as canetas trazem detalhes decorados.
Preços: R$ 2.572 (tinteiro), R$ 2.030 (rollerball ou esferográfica) e
R$ 6.631 (kit com três). Informações nas Boutiques Montblanc de São
Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Campinas, ou pelos telefones
(11) 3552-8000 e 3068-8811.
Relógios, perfumes e acessórios
de viagem são requintes que
conciliamos com conforto,
bem-estar e prazer. Preparamos
algumas dicas de produtos e
serviços para estar sempre bem
consigo mesmo
Aroma quente e sexy
Leve e resistente
Além de pesar 1 kg a menos do que os modelos convencionais,
a nova linha de malas B Lite da Samsonite conta com uma
tecnologia especial que evita a descoloração e a perda de brilho.
O novo modelo é feito de poliéster de alta resistência, com
quatro rodas e um compartimento interno para roupas sujas.
Disponível nas cores azul e preta. Preços: R$ 799 (mala com
55 cm), R$ 999 (66 cm) e R$ 1.099 (77 cm). SAC (11) 5181-1617,
www.samsonite.com.br.
30
abla
março • abril 2011
Pensando na mulher jovem e sexy, a fragrância
Gucci Guilty tem tudo para agradar as fãs
ardorosas da marca. O frasco, por si só, já é um
objeto de desejo, com destaque para os dois
Gs entrelaçados. A essência de saída combina
mandarina com pimenta-rosa, enquanto as
notas de coração mesclam toques de violeta,
gerânio, pêssego, entremeados com patchuli e
âmbar. Preços sugeridos ao consumidor:
R$ 213,26 (30 ml), R$ 266,51 (50 ml) e R$ 332,46
(75 ml). SAC, RR Perfumes e Cosméticos,
0800-772-5500
Perfume contemporâneo
A grife Dolce & Gabanna resgatou a imagem do
homem sedutor e impecável para lançar The One
Gentleman. A fragrância oriental apresenta um mix
de especiarias como pimenta, grapefruit, nuances
de lavanda, cardamomo, patchuli e baunilha.
Preços: R$ 261 (50 ml) e R$ 330 (100 ml). SAC, RR
Perfumes e Cosméticos, 0800-772-5500.
Pontual e na moda
Acessórios que contam
pontos no visual, os relógios
masculinos combinam
tecnologia e design
sofisticado, como o modelo
da Hugo Boss com pulseira
de aço e mostruário preto.
Por R$ 850 na Vivara,
SAC 0800-7744999,
www.vivara.com.br.
Passeio radical nas nuvens
Hospedagem 5 estrelas
Que tal passar uma noite a dois com todo o conforto e requinte que
pede uma comemoração especial? A suíte presidencial do Four Points
by Sheraton Curitiba, a maior e mais luxuosa da capital paranaense, é o
endereço certo, com direito a boas-vindas com toalhinhas quentes, taça
de bebida à escolha do hóspede, menus de sabonetes aromáticos e
travesseiros. Tudo isso em 97 m² divididos entre sala de estar e jantar para
oito pessoas, área íntima com dormitório, dois banheiros, sendo um com
banheira de hidromassagem. Para completar, a suíte oferece a Cama dos
Sonhos com enxoval diferenciado. Diárias a partir de R$ 2.171,00. Reservas
pelo telefone (41) 3340-4000.
Para fugir da rotina e do trânsito
engarrafado, que tal um passeio de balão? A caixa de vale-experiência Extrema, da
francesa Smartbox, oferece mais de 60
opções de atividades radicais – entre elas
um romântico passeio sobre as nuvens
a 15 quilômetros por hora, saindo de
Boituva. Por R$ 379. Smartbox,
(11) 3284-4053.
março • abril 2011
abla
31
TURISMO
Roteiro de férias
Convidamos você a desbravar de carro alugado o litoral do
Nordeste, curtindo maravilhosas praias e tesouros naturais no
caminho de Maceió a Recife. Venha conosco!
P
artindo da capital alagoana, siga rumo ao
norte e passe pela região da Costa dos Corais.
Não deixe de visitar Paripueira, dona da maior
concentração de piscinas naturais do Brasil.
Alugue um veículo adequado ao tamanho de sua família
e desfrute essas maravilhas
Em Passo de Camaragibe, o cenário se perde entre
rios, lagoas e manguezais. Porto das Pedras encanta com
as praias calmas de Tatuamunha e do Patacho. Para levar
boas lembranças, Japaratinga agrada pelo artesanato de
palha de coqueiro.
Mais próximo de Pernambuco, chegamos a Maragogi.
São 131 km de Maceió e, se o deslumbramento tomou
32
abla
março • abril 2011
a agenda do dia, uma dica é se hospedar no Salinas do
Maragogi All Inclusive Resort. Com programação 24 horas
e mais de 60 atividades, o empreendimento funciona
no sistema all inclusive e tem diárias a partir de R$ 525
(mínimo de três noites) até o mês de junho.
Já estamos em Pernambuco. Hora de ingressar na
Praia de Tamandaré, conhecida pelas areias brancas
e casas de veraneio. Em Ipojuca, a badalada Porto de
Galinhas é visita obrigatória. Faça ainda uma parada
em Cabo de Santo Agostinho, que divide opiniões de
historiadores em razão de ser considerado o ponto de
descoberta do Brasil. Nossa viagem termina em Veneza, a
carinhosa alcunha dada à bela e agitada Recife.
Veneza brasileira
O trajeto de carro tem como ponto final a
encantadora Recife, cortada por ilhas, rios e
mangues. Aproveite para contemplar o belo
encontro dos rios Beberibe e Capibaribe,
que deságuam no oceano Atlântico. No
centro da cidade, aprecie os variados e
descolados restaurantes de Boa Viagem,
além do artesanato típico
Ao norte de Alagoas, a visão
privilegiada de um espetáculo
da natureza: as piscinas naturais
abrigam a segunda maior
barreira de corais do mundo
março • abril 2011
abla
33
SINDLOC
O 14o Encontro
de Sindlocs
reúne
profissionais
do setor em
Foz do Iguaçu
34
abla
março • abril 2011
Troca de
experiências
A
s principais montadoras
do país, e representantes
da ABLA e da Federação
Nacional das Empresas
Locadoras de Veículos Automotores
(Fenaloc) estiveram reunidos no
início de abril, em Foz do Iguaçu,
para a realização do 14º Encontro
Nacional dos Sindloc’s. O encontro
organizado pelo Sindiloc Paraná
apresentou como temática
principal a busca de oportunidades
e novos caminhos para o setor de
locação. “Eventos como este fomentam
a troca de experiências. Discutimos
novas propostas e soluções
comuns ao setor, que assim
pode aprimorar seus serviços
e conquistar novos clientes”,
analisa o presidente do Conselho
Nacional da ABLA, Paulo Gaba Jr.
O encontro também contou com
a participação de empresários e
representantes de sindicatos
de locadoras de veículos.
“A interação entre as
entidades permite ao
segmento de locação alcançar
maior representatividade em
todo o país, compartilhando
iniciativas que beneficiam
consumidor, empresários e
gestores do negócio”, pontua
o presidente da Fenaloc, José
Adriano Donzelli.
Gaba
Adriano
“Discutimos novas
propostas e soluções
para a locação
nacional”
Paulo Gaba Jr.
março • abril 2011
abla
35
ARTIGO
Os tributos como aliados
Como o sistema tributário brasileiro induz à locação de veículos
Introdução
Não é comum ouvir elogios ao sistema tributário brasileiro, mas as locadoras de veículos não têm motivos para
reclamar, ao contrário. A tributação brasileira induz fortemente à locação de veículos, e as locadoras devem saber
apresentar tais incentivos aos seus clientes.
Este artigo dá continuidade à exposição iniciada na
edição anterior, sobre a construção de diferenciais competitivos para que pequenas e médias locadoras de veículos
cresçam e preservem suas posições quando se antevê o
iminente ingresso de grandes grupos internacionais no
mercado brasileiro. O domínio do sistema de incentivos
econômicos à locação de veículos, sem dúvida, é uma das
competências mais importantes a serem desenvolvidas
para se manter a competitividade das atuais empresas.
A locação de veículos desborda total ou parcialmente
dois dos pilares da tributação nacional: a atividade empresarial e o lucro. Há inúmeros tributos no (des)arranjo que é
o sistema tributário brasileiro, mas o impacto econômico
da tributação se concentra em meia dúzia de impostos e
contribuições que incidem nesses dois pilares: ISS (serviços), ICMS (comércio), IPI (indústria), PIS/Cofins (faturamento), IRPJ (renda) e CSLL (lucro líquido).
Quando se analisam as hipóteses de incidência de cada
um desses tributos e o sistema de incentivos que a tributação produz, a locação surge como alternativa racional e
segura para reduzir a carga tributária dos clientes.
A lógica do sistema tributário
O atual sistema tributário teve origem na década de 60
e, para a sua época, era bastante avançado. A ideia original era criar imposto único não cumulativo sobre o valor
agregado, isto é, que cada contribuinte pagasse apenas sobre a margem de contribuição que introduzisse na cadeia
econômica. Só a França adotara sistema tributário similar,
e esse modelo francês se transformou no que hoje é o IVA
(imposto sobre o valor agregado), a base da tributação da
União Europeia. O atual modelo europeu de tributação sobre a atividade econômica é possivelmente o melhor do
mundo, mas infelizmente no Brasil a prática foi outra.
36
abla
março • abril 2011
Por um conjunto de motivos históricos, políticos e fiscais,
a tributação brasileira acabou se partindo em quatro instâncias: União, estados, municípios e Previdência Social. O imposto que seria o IVA brasileiro – o ICMS – foi desdobrado
em cinco outros tributos, de forma que todas as instâncias
do governo tivessem fatia de arrecadação própria: surgiram o
ISS (municipal), o ICMS (estadual), o IPI (federal) e o PIS/Cofins
(previdência). Cada tributo passou a ter regulamento próprio
e cada um passou a incidir sobre determinado segmento da
atividade econômica empresarial: prestação de serviços, comércio, indústria.
Na década de 60, a única atividade de locação economicamente relevante era o aluguel de imóveis, mas tal nicho era o
refúgio patrimonial das classes média e alta diante da crônica
instabilidade macroeconômica do Brasil. Naquele momento,
optou-se por não tributar o aluguel de imóveis, decisão de
política fiscal que perdura até hoje e explica a posição privilegiada da locação de veículos no sistema tributário.
Tributos sobre a atividade econômica – IPI, ICMS,
ISSQN
A tributação brasileira da atividade econômica foi concebida com base nos segmentos que eram reconhecidos
como atividades empresariais na década de 60: a indústria
e o comércio de mercadorias e serviços. A tributação incide sobre a transferência da propriedade da mercadoria,
produto ou serviço e não sobre o seu uso efetivo. Então,
para adquirir um veículo, pagam-se principalmente IPI e
ICMS, mas, para alugar o mesmo veículo, estes impostos
não incidirão.
A locação não reduz exatamente a carga tributária do
ICMS e do IPI, mas evita o seu aumento desnecessariamente
quando a locatária demanda apenas o uso e não a propriedade do veículo. As locadoras podem alugar o mesmo veículo
para vários clientes durante a vida útil do bem, evitando em
cada ocasião a incidência de IPI e ICMS da compra e venda
de veículos. Sem a possibilidade de locação, cada cliente precisaria adquirir veículo próprio, e, com isso, seria necessário
sempre pagar ICMS e IPI para usar o bem.
Adriano Augusto Pereira de Castro
Sendo a locação uma forma “natural” de se elidir a ocorrência do fato gerador do IPI e do ICMS, quando se analisa a vida
útil econômica dos veículos, há percepção de que a locação de
veículos efetivamente diminui a carga tributária da cadeia produtiva na qual está inserida. A locação de veículos reduz pelo
menos uma vez a ocorrência do fato gerador do IPI e ICMS, ao
evitar que o locatário adquira o bem. Em tese, em cada locação
ocorre potencialmente a elisão fiscal do IPI e ICMS, e a manutenção da propriedade do veículo pela locadora se torna meio
indireto, mas eficaz, de as locatárias postergarem o pagamento
desses impostos sobre a atividade econômica.
Em relação ao ISSQN, tributo municipal sobre serviços, até
a década de 90, se entendia ser a locação de veículos hipótese de incidência desse imposto. Essa posição encontra-se
amplamente superada e recentemente o Supremo Tribunal
Federal editou a súmula vinculante no 31, com a seguinte redação: “É inconstitucional a incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS sobre operações de locação
de bens móveis.”
Há duas considerações sobre a não incidência do ISSQN
na locação de veículos. A primeira, agora bastante evidente,
repisa em linhas gerais a explanação sobre o ICMS e IPI: em
cada operação de locação se evita a ocorrência do ISSQN.
A faceta não evidente reside no fato de ser a locação
do veículo apenas o resultado final, visível ao cliente, de
extensa cadeia produtiva estruturada para disponibilizar o
veículo em condições ao mercado. Como qualquer gerente
comercial de locadora de veículos sabe muito bem, com a
locação o locatário adquire indiretamente extenso portfólio
de serviços técnicos, que se comercializados separadamente implicariam sucessivos casos de incidência do ISSQN. No
preço da locação do veículo, as locadoras embutem serviços
de atendimento, consultoria automotiva na montagem da
frota, manutenção veicular, cotação de preços de peças e
serviços de manutenção, reserva, gestão de frotas, suporte
a sinistros etc.
Conclusão
A locação de veículos normalmente não é apresentada
como forma de planejamento tributário, mas inadvertida-
mente ela produz efeitos similares a complexos arranjos de
elisão fiscal em virtude da desorganização e pulverização
do sistema tributário brasileiro. Sobre a atividade não incidem três dos principais impostos brasileiros: o ICMS, o IPI
e o ISSQN.
A atual competitividade do mercado de locação garante
que se transfiram aos consumidores os benefícios econômicos dessas exonerações tributárias, reduzindo-se preços e
aumentando o acesso dos veículos a espectro mais amplo de
clientes, o que produz um ciclo virtuoso que induz ao crescimento da indústria.
A atividade reúne atributos aparentemente inconciliáveis em planejamento tributário: é alternativa simples e
conhecida, tornando-se eficaz e segura. Sua operação é de
fácil execução, muitas vezes demanda um simples telefonema a uma locadora. Seus efeitos são imediatos e perduram
enquanto for interessante a locação, sendo facilmente reversíveis pela aquisição dos veículos caso assim se deseje. Além
dessas virtudes, a locação de veículos é atividade econômica legítima, reconhecida pelas autoridades fiscais e judiciárias, e de baixo custo, justificável não apenas em virtude dos
benefícios tributários, mas principalmente pela eficiência
econômico-operacional que as locadoras de veículos possuem na gestão de frotas.
Na próxima coluna se concluirá o estudo sobre os tributos sobre a atividade econômica, ao se analisar o PIS/Cofins,
bem como serão apresentadas considerações sobre como
a locação ajuda a reduzir a tributação sobre o lucro das empresas.
Adriano Augusto Pereira de Castro
Advogado especialista na indústria de locação de veículos
(OAB/MG 94.959)
Assessor Jurídico do SINDLOC/MG e da ABLA - (31) 3224-1292
[email protected]
Professor de Direito Empresarial da Faculdade de Direito Promove
Mestre em Direito Empresarial pela Faculdade de Direito Milton
Campos
Diretor-secretário da Associação Mineira de Direito e Economia
março • abril 2011
abla
37
Sérgio Mena Barreto
Você é um líder que faz acontecer?
Sendo bem reducionista, fazer acontecer é quanto
a organização efetivamente está disposta a fazer o que
tem de ser feito para sua sustentabilidade. Alguém pode
afirmar que se trata apenas de uma questão de vontade.
Ou pior: pela pressão dos prejuízos, concorrência etc. Mas
não é tão fácil assim. Fazer acontecer envolve decisões
muitas vezes dolorosas, que impactam pessoas e a própria cultura organizacional.
Para fazer acontecer é preciso ter “determinação em
decidir”. É esse tipo de liderança que as empresas buscam
e pelo qual pagam caro. A “determinação em decidir” apresenta quatro características:
1. Propósito
Mudar não é fácil. Mais difícil é provar aos demais que
a mudança será benéfica – e que as águas aparentemente
turbulentas no início levam a um lago ainda maior e mais
tranquilo.
O profissional médio tende a ficar em sua zona de conforto. Mudança “cheira” a instabilidade e desconforto. A primeira reação é tentar sabotá-la. Daí o primeiro desafio da
liderança é a definição de um propósito claro e inequívoco
– um marco de onde efetivamente se quer chegar e como.
Tal propósito deve ser comunicado a todos.
Todo o foco da comunicação deve ser realmente o propósito, e é função da mais alta liderança estar à frente de
tal abordagem. Ao saber o porquê – e convencida disso –,
uma parte da equipe se anima e rema mais rápido e forte
em direção às águas, mesmo tendo companheiros ainda
em dúvida ou contrários à mudança.
2. Velocidade
Definido o propósito, a velocidade esperada deve ser
comunicada a todos, com a implementação das primeiras
mudanças o mais rápido possível. Uma vez que os defensores da zona de conforto tentarão boicotar o novo plano,
a liderança deve dar sinais inequívocos de que a implementação é “pra valer” e impor um ritmo forte no início.
Se preciso for, devem ser realizadas reuniões diárias, e um
“mapa das mudanças” pode ser afixado em todos os locais. 38
abla
março • abril 2011
3.Compromisso É a capacidade da liderança de mostrar coesão, transmitindo aos liderados uma visão clara de que “sabemos o que
estamos fazendo”. Os liderados ficarão atentos a qualquer
sintoma de desarmonia e procurarão explorar tal situação
para a manutenção da zona de conforto e o boicote. Em
casos extremos, o líder deve declarar publicamente seu
endosso às mudanças.
4. Congruência
É o elemento mais forte da mudança. Refere-se à capacidade de a liderança em ser exemplo, demonstrando atitudes
práticas que se alinham aos outros três elementos. De nada
adianta um forte comunicado de propósito e compromisso
e uma imediata geração de velocidade de mudança, se a
prática da liderança continuar ancorada no modelo antigo.
Também de nada adianta a divulgação de um propósito claro, se não há velocidade de implantação e nenhum compromisso por parte da liderança. A congruência azeita a relação
entre velocidade, compromisso e propósito.
Numa organização excelente e que efetivamente faz
acontecer, a “determinação em decidir” não se refere apenas ao estilo do empreendedor ou do líder principal. Ela
está relacionada ao espírito que permeia toda a empresa.
Ser uma organização que faz acontecer faz parte da
cultura! Ou se é ou não o é! Desenvolver essa cultura é o
grande desafio do líder. Não adianta termos um excelente
técnico, com determinação, se não há o mesmo espírito em cada jogador. Cabe ao líder, além de implantar as
mudanças necessárias, cuidar diariamente do desenvolvimento de liderados que mantenham o propósito da organização. Montar esse time é o “pulo do gato” de líderes que
efetivamente fazem a diferença. O que você está fazendo
a respeito?
* Sérgio Mena Barreto é presidente de entidade de
representação nacional e diretor da Mena Barreto & Associados
(www.menabarreto.com.br), empresa especializada em programas
de desenvolvimento de líderes e simuladores (business games)
organizacionais.

Documentos relacionados

Revista

Revista Paulo Nemer, Alberto de Camargo Vidigal, José Adriano Donzelli, Saulo Fróes, Nildo Pedrosa, Carlos Rigolino Júnior, Alberto Faria, Roberto Portugal, Erozalto Nascimento, Luiz Mendonça e Marcello Si...

Leia mais

O sucessO, em TRÊs “cases”

O sucessO, em TRÊs “cases” João Claudio Bourg, engenheiro mecânico, 53 anos, é o novo presidente executivo da ABLA. Com grande experiência no setor automotivo e passagens pela Ford, Fiat, Kia, Grupo Caltabiano e Hyundai, Bou...

Leia mais

o ano coMeça BeM!

o ano coMeça BeM! Paulo Nemer, Alberto de Camargo Vidigal, José Adriano Donzelli, Saulo Fróes, Nildo Pedrosa, Carlos Rigolino Júnior, Alberto Faria, Roberto Portugal, Erozalto Nascimento, Luiz Mendonça e Marcello Si...

Leia mais

Baixe a revista

Baixe a revista Saulo Fróes, Nildo Pedrosa, Carlos Rigolino Jr. CONSELHO GESTOR (Suplentes): Mauro Ribeiro, Carlos Adão Teixeira, Marcelo Fernandes, Raimundo Nonato de Castro, Reynaldo Tedesco, Paulo Miguel Jr., J...

Leia mais

da Revista

da Revista Conselho Fiscal: Antonio Pimentel, Eduardo Corrêa, Paulo Bonilha Jr., Flavio Gerdulo, Raimundo Teixeira, Jacqueline Moraes de Mello. Conselho Fiscal (Suplentes): Joades Alves de Souza, Félix Péter,...

Leia mais

da Revista

da Revista Conselho Fiscal: Antonio Pimentel, Eduardo Corrêa, Paulo Bonilha Jr., Flavio Gerdulo, Raimundo Teixeira, Jacqueline Moraes de Mello. Conselho Fiscal (Suplentes): Joades Alves de Souza, Félix Péter,...

Leia mais

Baixe a revista

Baixe a revista Donzelli, Saulo Froes, Nildo Pedrosa, Carlos Rigolino Jr. CONSELHO GESTOR (Suplentes): Mauro Ribeiro, Carlos Adão Teixeira, Marcelo Fernandes, Raimundo Nonato de Castro, Reynaldo Tedesco, Paulo Mig...

Leia mais

Baixe a revista

Baixe a revista CONSELHO FISCAL (Suplentes): Joades Alves de Souza, José Zuquim Militerno, Emerson Ciotto, Alberto Jorge Queiroz, Felix Peter e Marco Antonio de Almeida Lemos.

Leia mais

Baixe a revista

Baixe a revista CONSELHO GESTOR - Paulo Nemer (Presidente do Conselho Nacional), Carlos Rigolino (VicePresidente do Conselho Nacional), Alberto Faria, Emanuel Trigueiro, José Adriano Donzelli, Marcelo Fernandes, N...

Leia mais