Gastric antral vascular ectasia: a prospective study of
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Gastric antral vascular ectasia: a prospective study of
Gastric antral vascular ectasia: a prospective study of treatment with endoscopic band ligation Sergio Zepeda-Gómez, Richard Sultanian, Christopher Teshima, Gurpal Sandha, Sander Van Zanten, Aldo J. Montano-Loza Endoscopy 2015; 47: 538–540 Um estudo prospectivo foi publicado na edição de junho de 2015 da Revista Endoscopy cujo objetivo foi comparar a eficácia da ligadura elástica para o tratamento de ectasia vascular antral (GAVE). Dos 28 pacientes avaliados foram incluídos 21 os quais apresentavam sangramento digestivo ou anemia por deficiência de ferro relacionados a GAVE. O procedimento de ligadura elástica foi realizado por 3 endoscopistas experientes do serviço, sendo o kit utilizado o da COOK®. A ligadura elástica era aplicada nas áreas com aparência anormal da mucosa do antro em sentido distalproximal e com direção helicoidal. A exceção era feita nos casos de sangramento ativo em que as lesões sangrantes eram as primeiras a serem ligadas. Todos os pacientes receberam pantoprazol 40mg/d por 30 dias e orientados quanto à dieta leve nas primeiras 48 horas pós procedimento. Reavaliação endoscópica era feita de 6 a 8 semanas após o tratamento inicial. O nível de hemoglobina (Hb) e perfil de ferro eram monitorizados 1 vez por mês por 6 meses. A resposta clínica (erradicação total ou subtotal do GAVE com estabilização do Hb e diminuição das hemotransfusões) foi alcançada em 19 pacientes (91%) com uma média de 2,28 sessões. O número máximo de bandas utilizadas por sessão foi 9. Os 2 pacientes que não responderam apresentavam insuficiência renal crônica associada com o GAVE difuso sendo necessária terapia adicional com Plasma de Argônio. Dor abdominal moderada a intensa foi relatada em 2 pacientes necessitando de internação e alta 24 horas após sem dor. Não houveram outras complicações além das já relatadas. Uma melhora significativa da hemoglobina foi observada no final do tratamento comparado com o pré-tratamento (p<0,001). Dos 13 pacientes dependentes de hemotransfusões o números de bolsas de sangue utilizadas foram diminuindo gradativamente ao longo do tratamento de erradicação do GAVE (p<0,001). Uma melhora da ferritina foi também observada após a erradicação (p=0,04) e houve também uma tendência à melhora do ferro sérico (p=0,09). Esse trabalho é importante para demonstrar a boa resposta da ligadura elástica no tratamento da GAVE que é uma técnica simples, segura e com mínimas complicações. Alguns tópicos ainda devem ser melhor estudados como o intervalo ótimo entre as sessões de tratamento endoscópico, a necessidade de terapia combinada com plasma de argônio nos casos com pobre resposta e duração e frequência do seguimento endoscópico afim de se observar a recorrência do GAVE pós erradicação. São necessários estudos randomizados controlados para verificar se a ligadura elástica é superior ao plasma de Argônio como terapia inicial no GAVE. Algumas limitações do estudo são o tamanho pequeno da amostra e a perda de comparação com outras modalidades de tratamento endoscópico. Na nossa realidade sabemos que o Plasma de Argônio ainda é uma modalidade de custo elevado e não disponível em muitos serviços, podendo em algumas situações ser substituída pela ligadura elástica, como no tratamento de erradicação da ectasia vascular antral. Referências: 1. Regula J, Wronska E, Pachlewski J. Vascular lesions of the gastrointestinal tract. Best Pract Res Clin Gastroenterol 2008; 22: 313 – 328 2. ItoM, Uchida Y, Kamano S et al. Clinical comparisons between two subsets of gastric antral vascular ectasia. Gastrointest Endosc 2001; 53: 764 – 770 3. Ripoll C, Garcia-Tsao G. Management of gastropathy and gastric vascular ectasia in portal hypertension. Clin Liver Dis 2010; 14: 281 – 295 4. Swanson E, Mahgoub A, MacDonald R et al. Medical and endoscopic therapies for angiodysplasia and gastric antral vascular ectasia: a systematic review. Clin Gastroenterol Hepatol 2014; 4: 571 – 582 5. Sato T, Yamazaki K, Akaike J. Endoscopic band ligation versus argon plasma coagulation for gastric antral vascular ectasia associated with liver diseases. Dig Endosc 2012; 24: 237 – 242 6. Wells CD, Harrison ME, Gurudu SR et al. Treatment of gastric antral vascular ectasia (watermelon stomach) with endoscopic band ligation. Gastrointest Endosc 2008; 68: 231 – 236 7. Keohane J, Berro W, Harewood GC et al. Band ligation of gastric antral vascular ectasia is a safe and effective endoscopic treatment. Dig Endosc 2013; 25: 392 – 396 8. Gross SA, Al-Haddad M, Gill KR et al. Endoscopic mucosal ablation for the treatment of gastric antral vascular ectasia with the HALO90 system: a pilot study. Gastrointest Endosc 2008; 67: 324 – 327 9. Dray X, Repici A, Gonzalez P et al. Radiofrequency ablation for the treatment of gastric antral vascular ectasia. Endoscopy 2014; 46: 963 – 969 Alexandre S. Carlos Membro titular da SOBED, especialista em Gastroenterologia e Endoscopia Digestiva pela Universidade de São Paulo e médico assistente do departamento de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas de São Paulo