GLOBALIZAÇÃO - itSMF Portugal

Transcrição

GLOBALIZAÇÃO - itSMF Portugal
PORTUGAL: O PIONEIRO DA
GLOBALIZAÇÃO
Inovação & Estratégia nos Descobrimentos –
Modelo para Agenda Futura
Tessaleno Devezas
[email protected]
Seminário itSMF – Inovação em Portugal:
Cooperar para Competir – Novembro 2006
I – Introdução 1
Investigação realizada em 2005 no
IIASA (International Institute of Applied
System Analysis – Laxenburg, Austria)–
publicada como:
T.Devezas and G.Modelski – «The Portuguese as
System-Builders in the Fifteenth and Sixteenth
Centuries: A Case Study on the Role of Technology in
the Evolution of the World System»
Globalizations, v.3, December 2006, pp.503-519.
Novembro 2006
2
II – Tese e argumentos 1
Objectivos:
demonstrar que foi Portugal a primeira potência no Mundo
a desencadear o processo hoje conhecido como
Globalização, um conceito actualmente tão discutido e
muito mal entendido nos mais diversos círculos
académicos e não académicos.
o pioneirismo português de Quinhentos não é um mito
criado por alguns entusiastas dos Descobrimentos. O
estudo baseia-se não apenas em argumentos e factos
históricos, mas também e principalmente em modelos de
base científica, fazendo uso inclusive de princípios físicos
e ferramentas matemáticas, como nunca havia sido feito
antes.
Novembro 2006
3
II - Tese e argumentos 2
Argumentos preliminares
Dois temas de debate actual que serão transversalmente focados: o
conceito evolucionista de Globalização usado nesta análise e o
papel fundamental das inovações (tecnológicas, comerciais e
estratégicas) como agentes do desenvolvimento social e da
emergência das potências mundiais.
O discurso sobre a Globalização ganhou ímpeto e forma sustentada
em meados dos anos 1960 e durante os anos 1970, quando se
vulgarizou a expressão Aldeia Global (muito usada pelo autor e
filósofo canadiano Marshall McLuhan nos seus livros da época)
para designar o sistema global de comunicações então em plena
expansão.
Nos dias de hoje Globalização é o termo preferido para designar a
nova era de «world affairs» consolidada após o fim da GuerraFria – transformou-se, mesmo, numa buzzword.
Novembro 2006
4
II - Tese e argumentos 3
Globalização é um processo evolutivo, irreversível,
multidimensional, com um forte componente histórico a longo
prazo, e finalmente transformacional.
Outras escolas de pensamento, olham o fenómeno da Globalização
como institucional, ou uma consequência da inter-conectividade
global.
Mesmo uma definição aparentemente ampla, como a avançada
pelo National Intelligence Council (EUA, 2004) – ‘Globalização
designa a crescente interconectividade reflectida nos intensos fluxos
de informação, tecnologia, capital, bens, serviços e pessoas através
do mundo’ –, nos parece muito estreita para a
multidimensionalidade do processo evolucionista que representa o
fenómeno.
Novembro 2006
5
III – Globalização e Sistema Mundial 1
George Modelski: ‘sistema mundial’ –
http://faculty.washington.edu/modelski/
Visão abrangente, pois não se limita a olhar o mundo com a restrita lupa
económica, mas também inclui uma perspectiva geo-política, técnicoeconómica e evolucionária. Esta perspectiva evolucionária contém
ingredientes da mais pura lógica Darwiniana da evolução biológica, pois
considera a sociedade humana como uma ‘espécie’ que vem a evoluir
desde a emergência dos primeiros humanos com sua forma actual («homo
sapiens sapiens»).
O sistema mundial é o produto de um conjunto de processos evolucionários,
com pelo menos quatro componentes principais – económica, política,
social e cultural, cada uma com seu carácter próprio, mas submetidas aos
mesmos mecanismos básicos da evolução biológica – variação, cooperação,
selecção e transmissão da informação. Trata-se da co-evolução.
Formação do sistema mundial - descrição das mudanças estruturais da
sociedade humana, estruturas estas que iniciam quando da emergência das
primeiras civilizações há cerca de pelo menos 5000 anos.
Novembro 2006
6
III – Globalização e Sistema Mundial 2
Evolução do sistema mundial (e co-evolução das suas diferentes
componentes), é a ‘estória’ dos humanos aprendendo a conviver com
os outros membros da sua espécie e aprendendo a fazê-lo em escala
global.
Procura contínua por organização, cada vez mais complexa, de acordo
com as leis/mecanismos do processo evolucionário.
Três diferentes fases ou eras: a ‘era antiga’, entre 3000 AEC e 1000
AEC, a ‘era clássica’, entre 1000 AEC e 1000 DEC, e a ‘era
moderna’, desde 1000 DEC e ainda incompleta.
Início da ‘era moderna’: ascensão da dinastia Sung, na China (930
DEC) associada à ‘concepção’ do processo da ‘globalização’, ou seja,
quando a formação do sistema mundial sofre uma profunda
transformação, assumindo os mecanismos de uma mudança
estrutural em escala global.
Novembro 2006
7
III - Globalização e Sistema Mundial 3
Mecanismos: surgimento de ‘sectores líderes’ dirigindo a economia
global e de ‘potências mundiais’ competindo por liderança *.
Globalização sofre outra profunda alteração quando Portugal surge na
cena geopolítica mundial (associado ao ‘nascimento’ do globalização).
Componente cultural da evolução do sistema mundial: o papel
relevante das ‘inovações’ como o principal agente das transformações
observadas no sistema.
A natureza destas inovações conducentes às reformas da economia
mundial tem mudando ao longo deste último milénio:
«puramente comercial» > «produção industrial»
Séculos X – XVIII > R. I. > Séculos XIX – XX
______________________________________________________________________________________________________________________________________________
* G.Modelski and W.Thompson (1996) – Leading Sectors and World Powers – The Coevolution of Global Economics and Politics (University of South Carolina Press)
Novembro 2006
8
III - Globalização e Sistema Mundial 4
‘Concepção’: emergência da economia de mercado na China Sung, por
volta de 930 DEC, que evoluiu gradualmente para a formação de uma
economia nacional e para o estabelecimento de um regime fiscal e
administrativo, que finalmente conduziu ao comércio marítimo no sul
da China (uso do bússola para navegação).
Ciclos das Potências Mundiais: período da ‘natureza comercial’
CHINAœGÊNOVA œVENEZA œPORTUGAL œHOLANDA œ1ºcGB
(séc. X)
¾
(séc. XVIII)
‘nascimento’ da Globalização
locus da inovação > Europa
Duração dos Ciclos Longos (hegemónicos)- ~120 a 150 ANOS
Novembro 2006
9
III - Globalização e Sistema Mundial 5
Ciclos das Potências Mundiais: período da ‘produção industrial’
RI F 2º cGB œ 1º cUSA
(séc. XVIII) (séc. XX – XXI?)
locus
‘natureza comercial’- inovações radicais significou o desenvolvimento
de novas rotas comerciais, a abertura de novos mercados, a introdução no
mercado de novos produtos, e novos meios de transporte.
‘produção industrial’ - Após a Revolução Industrial a ‘natureza
industrial’ das inovações radicais tem significado a introdução no
mercado de produtos completamente novos (inovações tecnológicas, que
vêm no seguimento de descobertas científicas ou invenções) e
seguidamente a produção em massa destes bens, usando novos métodos
de produção e distribuição. Segue-se a consolidação da Globalização.
Novembro 2006
10
IV – Ondas de Kondratieff 1
1 Longo Ciclo (hegemónico) = 2 Ondas de Kondratieff *
120 anos (geopolítica)
60anos (INOVAÇÕES)
Ondas de Kondratieff: Nikolai D. Kondratieff (1922-1932)
Joseph Schumpeter (1939 -1940)
Limbo nos anos 1950 – 1960
Ressurgimento nos anos 1980-1990
_______________________________________________________
* Devezas, T. and Modelski, G.(2003), «Power law behavior and world system
evolution: a millennial learning process». Technological Forecasting and
Social Change, vol. 70, pp. 819-859.
Devezas, T. and Corredine, J. (2001), «The Biological Determinants of LongWave Behavior in Socioeconomic Growth and Development», Technological
Forecasting and Social Change, v. 68, pp.1-57.
Devezas, T. and Corredine, J. (2002), «The Nonlinear Dynamics of
Technoeconomic Systems: An Informational Interpretation», Technological
Forecasting and Social Change, v. 69, pp.317-357.
Devezas et al. (2005), «The Growth Dynamics of the Internet and the Long Wave
Theory», Technological Forecasting & Social Change, vol. 72, pp. 913-935.
Novembro 2006
11
IV – Ondas de Kondratieff 2
Novembro 2006
12
IV – Ondas de Kondratieff 3
Mecanismos: analisando pico a pico (Joseph Schumpeter)
depressão económica œ «clusters» de inovações radicais,
(20-30 anos)
sinergia, novas empresas, novas actividades
profissionais, transformação social
Devezas: Formação de uma nova Tecnosfera
crescimento económico œ consolidação das novas empresas e
(20-25 anos)
tecnologias, infrestruturas, ciência, energia
fase de transição œ instabilidade, saturação dos mercados,
(10-15 anos)
desgaste dos meios de produção
REGRA DE SCHUMPETER:
Crise económica ⇒ Inovações de base ⇒ Expansão Económica
Invenção ⇒ Inovações de Base ⇒ Expansão Económica
«gales of creative destruction» ' « entrepreneural motivation of new men»
Novembro 2006
13
IV – Ondas de Kondratieff 4
Exemplos: analisando «trough to trough»
Antecedentes – transição para a Era Industrial
1780-1790 - automatização (por si uma inovação) na indústria
têxtil («mechanical gadgets»), máquina a vapor (James Watt,
1780) – carvão
1ª onda:
Expansão: 1800-1825 – infraestruturas: indústrias têxteis, barcos a
vapor (canais, transporte de carvão)
Depressão: 1820-1840 - locomotiva a vapor (1824), altos fornos
(1830s – aço), o telégrafo (1837), o cimento portland (1824),
fotografia (1838)
Novembro 2006
14
IV – Ondas de Kondratieff 5
2ª onda:
Expansão: 1840 – 1870 – infraestruturas: caminhos de ferro,
indústrias siderúrgicas, indústrias do cimento, redes de
comunicação via telégrafo
Depressão: 1870 – 1895 - eletrotecnia e todo o conjunto de
invenções de Thomas Edson {microfone (1876), fonógrafo (1877),
lâmpada (1879), gerador eléctrico (1881, iluminando a cidade de
Nova York em 1890), projector (1884), etc..}, fertilizantes (1880),
telefone (Bell, 1876), motor a combustão (Otto, 1876), avião
(Wright, 1903) – petróleo
Novembro 2006
15
IV – Ondas de Kondratieff 6
3ª onda:
Expansão: 1895 – 1920 – infraestruturas: centrais eléctricas,
refinarias de petróleo, agricultura em larga escala, produtoras
cinematográficas (Holywood), linhas telefónicas, cabos
submarinos, indústria automobilística, estradas, aviação militar
(arma de guerra)
Depressão: 1920 – 1950 - rádio e televisão (nova revolução nas
comunicações), o advento da electrónica (díodo, transístor,
componentes electrónicos sólidos), foguetões (a que se seguiram os
satélites artificiais), computadores, aviação comercial (foi durante
a 2ª guerra que surgiu a necessidade de transporte em massa de
tropas e pessoas), bomba atómica, reactor nuclear (tecnologia
nuclear)
Novembro 2006
16
IV – Ondas de Kondratieff 7
4ª onda:
Actual Tecnosfera
Expansão: 1950 – 1975 – infraestruturas: aeroportos (aviação
civil), difusão dos sistemas de rádio e televisão, satélites de
comunicação, exploração do espaço (Homem na Lua !),
informática, indústrias de radioisótopos, centrais nucleares
Depressão: 1975 – 2005(?) – Microprocessador (Intel – 1971), email (1972), Ethernet (1976), Microsoft (1976), IBM-PC (1978),
1980 (TCP/IP), Internet (1982), Windows 1.0 (1985), WWW
(1991), Yahoo (1994), Amazon.com (1994), Google (1998)……
Novembro 2006
17
V – Ciclos Longos e Ondas de Kondratieff 1
Observação:
- Diferença na caracterização e na contagem das ondas K segundo
Modelski e os demais autores. A maioria dos investigadores do
fenómeno das ondas K considera o fenómeno como existindo
apenas desde o advento da Era Industrial, como o fez o próprio
Kondratieff, abordagem esta também seguida por Schumpeter.
- Assim, só são consideradas e contadas as ondas depois de
assumirem a sua ‘natureza de produção industrial’. Segundo este
critério aconteceram até aqui quatro ondas completas e estamos
presentemente na fase de descolagem para a quinta onda K.
- Segundo a abordagem de Modelski o sistema mundial
experimentou até aqui 18 ondas K e estamos no período de
transição para a 19ª onda K, e 9 Ciclos Longos (LC).
Novembro 2006
18
V – Ciclos Longos e Ondas de Kondratieff 2
Questão:
REGRA DE SCHUMPETER: aplica-se após a RI
Crise económica ⇒ Inovações de base ⇒ Expansão
Económica
Invenção ⇒ Inovações de Base ⇒ Expansão Económica
Qual a regra a ser aplicada ao período histórico que
precedeu à Revolução Industrial, quando a natureza
comercial das inovações era a força motriz da economia
global?
Análise do LC5 – Ciclo Hegemónico Português – 1420 –
1560
Novembro 2006
19
VI – Inovação & Estratégia nos Descobrimentos 1
Capítulo muito estreito da História de Portugal, mas de
extraordinária importância pois marca duas importantes
transições na formação do sistema mundial:
- criação de uma rede global e de instrumentos de
alcance global
- emergência de algum compromisso científico na
formação da sistema mudial
Daniel Boorstin – The Discoverers (1986)
“A realização dos Portugueses foi um empreendimento
de descobertas organizado para longo prazo, que foi
muito mais organizado e mais revolucionário da que as
tão celebradas explorações de Colombo”
Novembro 2006
20
VI – Inovação & Estratégia nos Descobrimentos 2
Criação de uma rede global e de instrumentos de
alcance global
Inovações Geoestratégicas e Comerciais
-D. Diniz (1300s) –’pinhais de Leiria’, mobilidade de
talentos (navegadores de Génova, professores de Paris)
-Organização da Armada (1317 – Genovês Manuel
PessagnaœPessanha – 1º Almirante do Armada )
-Inovação dos seguros – bolsa de Lisboa
–Ordem de Cristo
-Aliança c/ Inglaterra (p/ conter Castela)
-Curto-circuito das rotas italianas e árabes p/ oriente
Novembro 2006
21
VI – Inovação & Estratégia nos Descobrimentos 3
-Salto para a Globalização do Infante Henrique
-Janela de oportunidade: (entre 1350 – 1450)
guerra dos cem anos, papado dividido (Roma e Avinhão),
commodities (seda e especiarias) através do Mediterrâneo (Rep.
Italianas e Turcos), dinastia Ming abandona conquista do Índico
-Infante Henrique define e implementa manobra estratégica de
geometria variável em direcção a vários pontos do globo (até 1460)
-D. João II:
-Afirmação hegemónica (Tratados ‘Mare Clausum’, 1480 e
Tordesilhas’, 1492)
-Rede de checkpoints, fortalezas e cidades fora da Europa
-Plataforma de colonização oceánica (hubs logísticos-Madeira
1452)
-Mobilidade marítima (~40.000 homens para a gestão da
mobilidade)
Novembro 2006
22
VI – Inovação & Estratégia nos Descobrimentos 4
Inovações técno-tecnológicas (ainda fortemente empíricas, mas…)
navais (navios e navegação), militares, gestão do conhecimento
(cartografia), gestão da mobilidade (talento móvel)
1º «cluster» F Caravela (1429), a Volta do Mina (1440s), o
Quadrante e a Balestilha (1440s), Artilharia Naval (caravelas-1473)
2º «cluster» F A’altura’ (Regimento), A Nau, Fundição em Bronze
de grandes canhões navais, O Galeão, Rede de Bases pela África e
Oriente.
Compromisso científico: (3 instâncias)
- 1420s - iniciativas da Inf. Henrique p/ iniciar diálogo com sábios e
cientistas (1º «think tank» - Escola de Sagres)
- 1480s – D. João II - comissão científica – métodos e expedições
p/medida do ‘altura’ – Regimento do Astrolábio e do Quadrante
- 1570s – 1ªs publicações técnicas de construção naval – nascimento
da Engenharia Naval
Novembro 2006
23
VII – Análise Quantitativa 1
Abordagem matemática:
Formação do sistema mundial – processo evolutivo de
aprendizagem sistémica e crescimento natural que é descrito pela
Teoria dos Sistemas através das Equações Logísticas, cuja
representação gráfica são as Curvas Logísticas (ou Curvas de
Aprendizagem – Curvas S)
Logistic curve for the World System Process
1,2
Classical
Ancient
Post-
Modern
1
0,8
f
0,6
0,4
0,2
0
-3000
-2000
-1000
0
1000
2000
3000
4000
5000
Years
Novembro 2006
24
VII – Análise Quantitativa 2
Formação do sistema mundial:
O Sistema Mundial pode ser decomposto em uma sucessão de
ciclos de aprendizagem sistémica, auto-semelhantes («selfsimilarity»), e múltiplos sucessivos (anos – 8000, 4000, 2000, 1000,
500, 250, 120-130, ~60, ~30)
Ciclo longo
onda K
Aprendizagem
geopolítica e geoestratégica
Novembro 2006
sucessão geracional
Aprendizagem no uso e controlo
de um dado «cluster» de inovações
25
VII – Análise Quantitativa 3
Portuguese Expansion
Number of Expeditions/Campaigns in 5-year interval
20
1505
18
16
Expeditions/Campaigns
14
1445
12
10
8
6
4
2
0
1400
Novembro 2006
1450
1500
1550
Year
1600
1650
26
VII – Análise Quantitativa 4
Novembro 2006
27
VII – Análise Quantitativa 5
Novembro 2006
28
VII – Análise Quantitativa 6
K9
1446
Novembro 2006
66 years
K10
1512
29
VIII – Conclusões 1
Global leadership
(world powers)
Political innovations
at the global level
1430 (begin)
Portuguese cycle LC5
(preparatory phase)
1494 (continue)
Portuguese cycle LC5
(decision phase)
(decisive batle: Diu,
1509)
Novembro 2006
Leading sectors
Commercial
innovations for the
global economy
Guinea gold (K9)- 1430
(Commercial route to
West African coast)
Indian spices(K10) –
1494
(Commercial route to
India and control over
Indian Ocean trade)
Technicaltechnological
innovations
(learning rates )
timing for building the
system)
The Caravel – 1420
The ‘volta da mina’ –
1440s
The Quadrant – 1440s
Caravel artillery 1473
The ‘altura’ – 1480s
The Nau – 1490s
Cast bronze ship
cannons – 1490s
Bases network – 1460
to 1540
30
VIII – Conclusões 2
A expansão Portuguesa dos séc. XV-XVI consistiu de duas fases
bem definidas do processo evolutivo de aprendizagem sistémica que
formaram o palco para o ‘nascimento’ do processo global
(GLOBALIZAÇÃO) da formação do sistema mundial.
As duas fases bem definidas corresponderam a duas ondas de
Kondratieff, correspondendo cada uma a um sector comercial
líder e a uma nova rota comercial: o Ouro da Guiné através da
rota atlântica pela costa oeste de África e as Especiarias da Índia
através da nova rota para a Índia. Cada fase (cada onda) foi
especícamente baseada em novo «cluster» de inovações técnicas.
Durante esta fase da natureza comercial dos sectores líderes a
Regra de Schumpeter a ser aplicada é:
inovação tecnológica (muito empírica)→ sector comercial líder →
expansão económica
Por quê?
Novembro 2006
31
VIII – Conclusões 3
MATRIZ ‘QUINHENTISTA’ (com linguagem do séc. XXI)
- planeamento a longo prazo com visão GLOBAL
- educação para a mobilidade do talento e do empreendedorismo
- gestão do conhecimento para a atracção do talento
- compreensão dos ciclos geopolíticos e socioeconómicos, olhando
para além da âncora européia
- estratégia em geometria variável
Retorno à Matriz Quinhentista pode servir de bússola para saírmos
de uma geopolítica e política socioeconómica (educação e energia)
erráticas, definindo a prioridade das prioridades aproveitando as
janelas de oportunidade que aí estão e alargando os horizontes do
«forecasting with backcasting»
Novembro 2006
32
CUMULATIVE NUMBER OF EXPEDITIONS/CAMPAIGNS
T0 = 1492
ΔT = 122 YEARS
δ = 0.036
Process went through 4
standard phases: initial
preparation (agenda
formation), exploration and
mobilization of resources
(incl. allies), followed by
campaigns into the Indian
Ocean that launched the
decision phase that ‘selected’
the Portuguese project, and
led to its ‘consolidation
phase’ – a process that took
just over one century.
(159 points)
Novembro 2006
33
GLOBAL NETWORK OF PORTUGUESE BASES
T0 = 1513
ΔT = 52 YEARS
δ = 0.085
Diffusion of Portuguese
fortresses world-wide, from
1415 onward, completion of
the project by about 1540.
(26 points)
Novembro 2006
34
2 Spurts of expeditions/campaigns
Bilogistic fit
Striking aspects:
1 – lines almost parallel:
K9 - δ = 0.092 ΔT=48 years
K10 - δ = 0.083 ΔT=53 years
2 – Coincidence (T0 = 1446 for
K9, and T0 = 1512 for K10)
with the peaks shown in
the slide 17
3 – Separation of 66 years
between the 2 spurts
(length of a K-wave)
Novembro 2006
35
GUINEA GOLD – K9
T0 = 1477
ΔT = 14 YEARS
δ = 0.324
Data: annual average in
Cruzados
Fitting is less good , but not
incompatible with the first
learning curve, flattening after
1490, signaling a brief and
restricted boom.
Novembro 2006
36
INDIAN PEPPER – K10
T0 = 1510
ΔT = 46 YEARS
δ = 0.098
Data: annual average in
Quintals
Process perfectly in phase
with the unfolding of the
second straight line
presented in slides 20 and
28.
Novembro 2006
37
Biombos NAMBAN (NAMBAN SREEENS)
1ª IMAGEM DA GLOBALIZAÇÃO
Novembro 2006
38

Documentos relacionados