Boletim Informativo
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Boletim Informativo 10-2007 PPEETT IIM MA AG GEEM M –– DDIIA AG GN NÓ ÓSSTTIIC CO OSS V VEETTEERRIIN NÁ ÁRRIIO OSS PPRRO OBBEESSO OJJEETTO O PPEETT O O Felizmente finalizamos as parcerias para este projeto que se iniciará em fevereiro de 2008. Já estamos na fase final de preparação das etapas do projeto e até o mês de novembro todos receberão informações pertinentes ao projeto. Ainda no ano que virá teremos um jantar de lançamento deste projeto. Aguardem as boas notícias. E bom trabalho a todos nós. M ATTÉÉRRIIA A TTÉÉC OM MÊÊSS MA CN NIIC CA AD DO Estamos disponibilizando a segunda parte da matéria a respeito da Displasia do Cotovelo, importante causa de claudicação em cães de grande porte. M V responsável pelo serviço de Diagnóstico por Imagem PET IMAGEM – Diagnósticos Veterinários Vivien Midori Morikawa Especialista em Radiodiagnóstico Veterinário PARTE II A ÇO VO OLLV VIID DA DIISSPPLLA DO OC CO VEELLO AFFEEC CÇ OEESS EEN NV ASSS N NA AD ASSIIA AD OTTO OV O 1. NÃO UNIÃO DO PROCESSO ANCÔNEO 1.1 Incidência A maior incidência ocorre em raças grandes e gigantes (Pastor Alemão, Rottweiler, São Bernardo, Dog Alemão, Retriever do Labrador, Bernese Mountain Dog). Acomete também algumas raças mistas e condrodistróficas de pequeno porte como o Basset hound, Bulldog inglês, Dachshund. Observamos que os machos são mais afetados que fêmeas e também que em 25% dos casos a ocorrência é bilateral. 1.2 Etiopatogenia • Desconhecida; • Supõe-se que seja decorrente de uma falha do centro de ossificação da ulna (processo ancôneo) em se unir com a metáfise proximal da ulna. Essa fusão ocorre entre a 14ª e 15ª semana de vida do animal (até 5 meses) e no Pastor Alemão entre a 16ª e 20ª semana, logo, o diagnóstico definitivo só pode ser feito com essa idade. • A ossificação endocondral incompleta pode resultar em focos de retenção cartilaginosa dentro de uma fise fechada; • Como resultado, ocorre um processo inflamatório local devido à presença de um corpo estranho, instabilidade articular (suave a moderada) e subseqüente produção osteoartrítica. PET IMAGEM – Diagnósticos Veterinários www.petimagem.com Boletim Informativo 10-2007 • As causas sugestivas que ocasionam essa falha na ossificação são: anormalidades congênitas, deficiências metabólicas, deficiências nutricionais, distúrbios genéticos devido a um gene recessivo (Pastor Alemão e Rottweiler), estímulos hormonais, crescimento assincrônico do rádio e da ulna (fechamento precoce) e doenças adquiridas. 1.3 Sinais clínicos • Claudicação com início aos 4 ou 5meses ou após alguns anos, que piora com o exercício; • Lateralização do cotovelo durante a marcha; • Varus bilateralmente do cotovelo e valgus do carpo; • Sensibilidade dolorosa, devido às alterações osteoartríticas secundárias (sinovite, espessamento articular). 1.4 Aspectos radiográficos Devido à grande sobreposição de imagens na articulação envolvida, para um diagnóstico preciso a imagem radiográfica deve ser de alta qualidade e avaliada criteriosamente, se possível com o animal sob anestesia. A avaliação deve ser bilateral e as projeções normalmente realizadas são a médio-lateral normal, médio-lateral hiperfexionada (impede a superposição do epicôndilo medial sobre o ancôneo) e crânio-caudal (observa-se a congruência articular) Os achados radiográficos mais comuns são: - Presença de osteófitos em bordo proximal do ancôneo, esclerose na chanfradura troclear e cabeça radial; - Visualização de uma linha radiolucente entre o olécrano e o ancôneo; - Esclerose na linha de separação. 1.5 Tratamento Geralmente é cirúrgico, devido ao pouco sucesso das terapias conservativas. As técnicas cirúrgicas utilizadas são: - Excisão do processo ancôneo Estudos pós-cirúrgicos demonstraram que se trata da técnica de escolha quando não há sinais de ligação entre o processo e a cápsula periosteal, pois ocorre a retirada do “corpo estranho” articular. No entanto, permanecerão a incongruência articular e a subseqüente progressão artrítica. - Fixação com parafuso Utilizada nos casos onde existe uma ligação entre o processo ancôneo e a cápsula periosteal, tentando-se uma união retardada do processo. Obtém-se melhor sucesso quando o diagnóstico é feito precocemente (5-6 meses), ocorrendo a fusão 2 a 6 meses após a cirurgia. - Osteotomia proximal da ulna É a técnica mais utilizada, na tentativa de se diminuir a incongruência articular rádio-ulnar. PET IMAGEM – Diagnósticos Veterinários www.petimagem.com Boletim Informativo 10-2007 1.6 Prognóstico O prognóstico é excelente se a reconstrução cirúrgica obtiver sucesso. 2. FRAGMENTAÇÃO DO PROCESSO CORONÓIDE MEDIAL DA ULNA É a causa mais freqüente da Displasia do cotovelo e o diagnóstico mais difícil também. O processo coronóide fragmentado nos aspectos medial ou lateral da ulna afeta cães de médio a grande porte (Rottweilers especialmente), machos e a ocorrência é bilateral na maioria dos casos. 2.1 Etiopatogenia A congruência articular depende do crescimento uniforme dos componentes ósseos umeral, radial e ulnar. Um defeito na ossificação endocondral, carga articular desigual devida a crescimento assimétrico do rádio e da ulna ou ambos podem causar levar à fragmentação do processo coronóide e incongruência das superfícies articulares. Processo coronóide cartilagíneo durante o desenvolvimento Ossificação (6 meses de idade) Morte dos condrócitos mais profundos devido ao desnível articular Cartilagem lesada e condromalácia Fratura ou fissura da cartilagem do osso subcondral Algumas das possíveis causas são: - Osteocodrose; - Desenvolvimento retardado da face articular ulnar; - Crescimento desigual rádio-ulna; - Predisposição genética (por exemplo, no Shar-pei); - Estresse mecânico. PET IMAGEM – Diagnósticos Veterinários www.petimagem.com Boletim Informativo 10-2007 2.2 Sinais clínicos • Claudicação normalmente intermitente (início aos 4 a 7 meses); • Rigidez transitória, que melhora com atividade física; • Dor à extensão e flexão extrema; • Crepitação à palpação e presença de efusão articular. 2.3 Aspectos radiográficos Geralmente, os cães com sinal de claudicação são radiografados com 6-7 meses e reexaminados após 4-6 semanas. As projeções mais utilizadas são a médio-lateral estendida e supinada (alonga o processo coronóide, possibilitando melhor visualização) e a crânio-caudal. Devem-se analisar criteriosamente as imagens, de forma a evitar equívocos envolvendo o processo coronóide, sesamóide (lateral) e as calcificações dos flexores digitais (inserção no epicôndilo medial). O diagnóstico é difícil, sendo normalmente fechado através da presença de alterações secundárias (esclerose, presença de osteófitos, incongruência articular etc) aliada à avaliação clínica. Os achados radiográficos mais comuns são: - Incongruência ou subluxação da articulação úmero-ulnar; - Contorno anormal e falta de visualização do processo coronóide medial; - Produção osteofítica periarticular associada ao processo coronóide medial, processo ancôneo e esclerose subtroclear da chanfradura da ulna. 2.4 Tratamento Se o animal apresentar sinais clínicos de suaves a moderados, o tratamento clínico é conservativo, através de repouso e restrição de exercícios, sendo que em 25-70% dos casos ocorre a cura com o repouso. A utilização de analgésicos, condroprotetores e regeneradores articulares é preconizada, entretanto o emprego dos corticosteróides ainda é controverso, visto que interfere negativamente no processo de ossificação endocondral. Nos animais com sinais clínicos severos, faz-se necessária a realização de procedimentos cirúrgicos específicos. 2.5 Prognóstico O grau de incongruência da articulação, a artrite no momento da cirurgia, o tamanho do fragmento e a técnica cirúrgica determinam o resultado. É infundado esperar que os cães com sinais de artrose avançada e lesões graves, se beneficiem significativamente de uma cirurgia. 3. OSTEOCONDROSE DO CÔNDILO MEDIAL DO ÚMERO É observada em animais jovens e de crescimento rápido de muitas espécies, geralmente acometendo cães de porte grande e gigante, sendo que os machos são mais acometidos que as fêmeas. Pode estar relacionado também com a fragmentação do processo coronóide. PET IMAGEM – Diagnósticos Veterinários www.petimagem.com Boletim Informativo 10-2007 3.1 Etiopatogenia Caracteriza-se por um defeito na ossificação endocondral, ocasionada por um distúrbio da diferenciação celular no crescimento de placas metafisárias e cartilagem articular. Geralmente esta condição resulta na dissecção de retalhos ou cartilagem articular com alterações articulares inflamatórias, podendo ser chamada de osteocondrite dissecante. A cartilagem articular do côndilo medial do úmero é mais espessa que a do côndilo lateral, e mais sujeita a alterações decorrentes da ossificação endocondral. A etiologia é incerta, estando supostamente relacionada a: - Fatores genéticos multifatoriais (77% machos e 41% fêmeas); - Fatores nutricionais (excesso de cálcio, deficiência de vitamina C) que alteram a ossificação endocondra. Precursor da cartilagem persiste Não ossificação ou ossificação retardada de maneira irregular Cartilagem continua a crescer espessa (área afetada) e as porções internas necrosam Fissuras intracartilaginosas (retalhos) Calcificam e são vistas ao raio-x Osteocondrite dissecante 3.2 Aspectos radiográficos Preferencialmente são realizadas as projeções crânio-caudal e médio-lateral supinada. Os achados radiográficos mais comuns são: - Defeito arredondado ou triangular na porção lateral do côndilo medial do úmero, com área esclerótica ao redor ou não; - Área radiolucente em osso subcondral; - Retalhos soltos de cartilagens ou calcificados no interior do espaço articular; - Menor produção osteofítica. 3.3 Tratamento Cirúrgico nos casos de claudicação evidente, através de curetagem na região da articulação. 4. NÃO UNIÃO DO EPICÔNDILO MEDIAL DO ÚMERO PET IMAGEM – Diagnósticos Veterinários www.petimagem.com Boletim Informativo 10-2007 Acomete preferencialmente cães jovens de raças de grande porte. Normalmente, os núcleos de ossificação aparecem com 5 -8 semanas de idade e se fusionam com a epífise distal do úmero e a metáfise aos 6 meses. Nesta condição patológica, essa fusão não acontece, sendo observada a presença de fragmentos ósseos articulares. 4.1 Sinais clínicos • Claudicação exacerbada pelo exercício, podendo estar pronunciada após o descanso; • Dor durante a abdução e extensão do membro; • Restrição à flexão; • Crepitação à palpação; • Alguns animais podem apresentar higroma na região do olécrano, devido à inflamação da bainha sinovial. 4.2 Aspectos radiográficos As projeções normalmente realizadas são a médio-lateral flexionada (impede a superposição do ancôneo e dele mesmo) e a crânio-caudal (possibilita a visão completa). Os achados radiográficos mais comuns são: - Defeito ósseo no aspecto medial do epicôndilo umeral (projeção crânio-caudal); - Fragmento mineralizado no aspecto distal e caudal do epicôndilo; - Linha radiolucente entre o côndilo (projeção crânio-caudal), podendo predispor a fraturas; - Fragmento liso, sem reação periférica em bordo caudal do epicôndilo umeral; - Calcificações ovais podem aparecer ao lado do epicôndilo medial da articulação. PET IMAGEM – Diagnósticos Veterinários www.petimagem.com
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