Guia de Projeto e Referencia do Engenheiro Para Cintas Metálicas

Transcrição

Guia de Projeto e Referencia do Engenheiro Para Cintas Metálicas
Guia de Projeto e Referencia
do Engenheiro
Para Cintas Metálicas
Belt Technologies auxilia as empresas de nossos
clientes a atingir o máximo desempenho de seus
maquinários para operações de posicionamento de
precisão, temporização, transporte, transmissão de
potência, embalagem e operações automatizadas de
fabricação.
Por mais de 25 anos, nós fornecemos recursos
abrangentes para aplicações específicas e fabricação
de cintas metálicas, fitas metálicas e polias.
Cintas metálicas possuem propriedades únicas
que resultam em alta precisão de controle,
longevidade e rentabilidade. Em muitos casos, são
mais recomendáveis do que outros tipos de correias
(como a borracha e fibra de vidro) para transmissão
de potência ou controle de componentes em
movimento (tais como atuadores lineares, parafusos
guia e correntes). Freqüentemente a cinta metálica é
a única opção para a aplicação.
Para colocar em prática as vantagens do sistema de
cintas metálicas, a Belt Technologies oferece amplas
facilidades em suas próprias instalações:
• Engenharia e Assistência técnica para
desenvolvimento de projetos
• Consultoria Metalúrgica
• Fabricação com tecnologia a lazer
• Ferramenta completa de Projeto e fabricação
Nossas instalações são climatizadas e estão
equipadas para produzir cintas metálicas, fitas de
transporte (drive tapes) e polias complementares em
Protótipo e produção em alta escala.
Esse documento é fornecido para informação e referência. Ele é
um guia de projeto, e não um livro de projeto. Belt Technologies
não se responsabiliza por projetos que tenham usado este manual
como base. Os leitores devem se sentir à vontade para entrar em
contato com nossa equipe de engenharia para mais informações e
consultoria sobre aplicações complexas ou casos atípicos.
2
INTRODUÇÃO
Índice
3
POR QUE UTILIZAR CINTAS METÁLICAS EM
SUA APLICAÇÃO
4
CINTAS METÁLICAS, FITAS DE ARRASTRE
(DRIVE TAPES) E
APLICAÇÕES
5-6
POLIAS
Desenho
Materiais
Tolerâncias
Tipos de Polias
7
TRATAMENTO DE SUPERFICIES
Teflon
Neoprene ou Uretano
Silicone
Anodização de revestimento duro
Opções
8 - 14
Considerações de Projeto
Diretrizes do projeto
Carga
Precisão
Precisão de posicionamento
Repetibilidade
Compensação da cinta
Temporização
Tensão
Rigidez da estrutura do sistema
Flexão alternada
Haste escorada
Permeabilidade Magnética
Arqueamento da cinta
Temperaturas Elevadas
Elasticidade da cinta
Restrições imposta no projeto
Vida útil da cinta
15
Apêndice:
Materiais
CHECKLIST do projeto da cinta metálica.
Dentro da capa traseira
Belt Technologies produziu esse guia para dar aos engenheiros
uma referencia detalhada dos fundamentos de projeto de cintas
de metal e aplicação da mesma, contendo tópicos como:
• Porque utilizar cinta metálica em sua aplicação
• Cintas metálicas, Cintas de arrastar (Drive Tapes) e
Aplicações
• Polias
• Tratamento de Superfícies
• Considerações de projeto
• Vida útil da cinta
• Materiais (Apêndice)
Esperamos que as informações contidas nesse guia ajude
você a compreender os inúmeros benefícios da cinta metálica e
dê o conhecimento necessário que você precisa para especificar
com confiança em cintas metálicas.
Como não há dois clientes com as mesmas necessidades,
a Belt Technologies projeta cada produto segundo as
especificações exclusivas. Portando, é importante ter em mente
que esse guia não contém todas as possibilidades de aplicações.
Pode haver excelentes aplicações para cintas metálicas, talvez a
sua, que não está descrita aqui.
Nós convidamos você a entrar em contato com a Belt
Technologies para discutir suas idéias com um membro do
nosso grupo de engenheiros. Por favor, utilize o checklist de
projeto que se encontra dentro da capa traseira para nos ajudar
a entender melhor seu projeto. O sucesso de nossa companhia
ao longo desses anos se deve a nossa habilidade de melhoria
continua na ciência das cintas metálicas e o
desenvolvimento de novas soluções.
CAPITULO 1 - PORQUE UTILIZAR CINTA METÁLICA EM SUA APLICAÇÃO
3
Os engenheiros quando projetam
cintas metálicas tem disponível algumas
opções que eles não têm quando projetam
com outro tipo de material. Algumas
características e benefícios importantes são
discutidos a seguir.
• ALTA PROPORÇÃO RESISTÊNCIA/
PESO: Isso é uma vantagem em
praticamente todas as aplicações onde há
uma alta resistência e pouco peso ambos
são importantes.
• DURABILIDADE:
Cintas metálicas podem resistir a
extremas temperaturas, ambientes hostis
e ao vácuo. Diversas ligas podem ser
utilizadas, cada uma com sua própria
resistência à produtos químicos, umidade
e corrosão. Engenheiros geralmente
seleciona o material da cinta, baseado nas
propriedades físicas, disponibilidade e
custo.
• NÃO NECESSITA DE LUBRIFICAÇÃO:
Ao contrário das conexões das correntes,
uma cinta metálica é só um elemento,
portanto não gera atrito para requerer
lubrificação. Isso reduz manutenção no
sistema, aumenta a confiança e mantêm o
sistema limpo.
• NÃO DILATANTE:
Molas de aço com um alto grau de
elasticidade faz com que as cintas
metálicas sejam virtualmente não
dilatantes se comparadas com outros tipos
de cintas e correntes. Isso faz com que
elas sejam ideais para aplicações de alto
desempenho com relação à precisão de
posicionamento.
• OPERAÇÕES SUAVES:
Cintas metálicas estão livres de trepidação
freqüentemente vistos em outros tipos de
cintas e correntes. Isso resulta em precisa
tradução do sistema de controle com o
perfil de movimento.
• PRECISÃO E REPETIBILIDADE:
As cintas de temporização metálicas
podem ser fabricadas com uma precisão
de ±0.0005 polegadas (±0.013 mm)
de ponta a ponta. Esse alto grau de
precisão é extremamente valioso
para o desenvolvimento do projeto
de equipamentos de indexação,
posicionamento ou processamento.
BOA CONDUTIVIDADE TÉRMICA E
ELÉTRICA:
Cintas metálicas podem transmitir energia
em forma de calor, frio ou eletricidade.
• NÃO ACUMULA ESTÁTICA:
Cintas metálicas descarregam energia
estática, uma capacidade crucial na
fabricação de componentes eletrônicos,
tais como circuitos integrados e
dispositivos de montagem em superfície.
• LIMPEZA:
Ao contrário das cintas de HTD ou cintas
de Neoprene plano, as cintas metálicas
não geram partículas e são ideais para
processos alimentícios e farmacêuticos.
• COMPATIBILIDADE COM SALAS
ESTÉREIS:
Cintas metálicas não requerem lubrificação
e não geram poeira que possam introduzir
substâncias estranhas dentro da salas
estéreis. Adicionalmente, elas podem ser
esterilizadas em autoclave.
• CONSTRUÇÃO PRECISA:
As bordas são lisas e as dimensões são
rigorosamente precisas.
4
CINTAS METÁLICAS, FITAS DE ARRASTAR (DRIVE TAPES) E APLICAÇÕES CAPITULO 2
CINTAS PLANAS:
Cintas metálicas planas são criadas
soldando as duas extremidades, tornandose uma cinta metálica sem fim. Técnicas de
soldagem, que utilizam alta energia, foram
utilizadas pioneiramente no programa espacial, um tipo de solda de alta integridade que
é forte e homogênea. Algumas das típicas
aplicações para cintas metálicas planas
incluem:
• Transmissão
• Termo selagem
• Fundição
• Formação de imagem
CINTAS E ACESSÓRIOS: Cintas metálicas perfuradas podem ser
acopladas com acessórios de precisão
mecanizados, fundido ou moldado para
fornecer precisão de posicionamento e
repetibilidade insuperáveis, para atuar como
um dispositivo de transporte de produto, ou
controlar estágios específicos de um processo
de fabricação. As aplicações incluem:
• Posição de indexação precisa para
montagens automatizadas.
• Armaçáo detransmissâo de condutores
• Linhas de transmissão temporizadas
• Sistemas de Embalagem
CINTAS PERFURADAS:
FITAS DE TRANSPORTE (DRIVE TAPES):
Cintas perfuradas são cintas metálicas
planas fabricadas com furações precisas
podendo ser produzida mecanicamente ou
utilizando métodos sem impacto. Elas são
utilizadas em aplicações como:
Fitas metálicas de transporte são
fabricadas com a mesma alta qualidade das
cintas metálicas, mas ao contrário das cintas
metálicas elas tem fim. Fitas de transporte
contém no fim, acessórios ou perfurações.
Elas podem trabalhar com zero ou perto de
zero de atraso, sem problemas, em aplicações
que incluem:
• Temporização
• Posicionamento do carro
• Transmissão de vácuo.
• Transmissão por bobinas
• Indexação
Figura 1. CINTAS PLANAS
COMBINAÇÕES CINTAS/FITAS:
Freqüentemente, combinações de
opcionais com cintas são necessárias para
satisfazer os objetivos do sistema. Acessórios
ou cavidades podem ser utilizadas para
localizar os componentes, enquanto um
espaço vazio através da perfuração da cinta
é empregado, para assegurar que o componente está em seu lugar durante o transporte.
Pode ser desenvolvido específicas geometrias
de borda para alojar diversos tipos de componentes, enquanto acessórios localizam os
componentes e satisfazem a temporização
requerida. Entre as aplicações incluem:
• Assentamento temporizado de peças
• Orientação e transporte de
componentes
• Inspeção Automatizada de
dimensional e elétrica
• Embalagem em alta velocidade
• Corte
Figura 5.
COMBINAÇÕES CINTAS/FITAS:
Figura 2. CINTAS PERFURADAS
Figura 4. FITAS DE TRANSPORTE (DRIVE TAPES)
Todas as cintas e fitas de transporte
metálicas circulam em torno de polias. A
Belt Technologies customiza os projetos e
produz polias que aperfeiçoam a especifícas
características das cintas metálicas.
PROJETO:
A maioria das polias para sistemas de
cintas trazem uma das três formas: Redonda
(round stock), viga dupla T(I-Beam) ou Tubo
coroado (Capped Tube). Qualquer um
desses modelos podem ser projetados com
cavidades temporizadas para transmissão,
canais de alívio, dentes temporizados
tradicionais ou rolamento temporizados
patenteado pela Belt Technologies.
Redondas (round stock)
Devido ao seu relativo baixo custo, Polias
redondas são incorporadas na maioria dos
projetos. Normalmente, Polias redondas são
utilizadas em tamanhos de até 6” (152mm)
de diâmetro exterior e largura de até 4”
(102mm).
Viga dupla T (I-Beam)
À medida que o diâmetro e a largura
aumentam, a inércia de rotação pode
requerer uma polia com secção transversal
do tipo I-Beam. Um perfil I-beam é construído
em torno de uma polia redonda, mantendo
a integridade estrutural e ao mesmo tempo,
removendo consideravelmente o peso,
então os efeitos da inércia de rotação serão
reduzidos. Fazendo furos na secção reduz
ainda mais o peso.
• Posicionamento do carro
• Plotadoras
• Braços robóticos
• Leitura/escrita de posicionamento de
cabeça
• Transporte de elementos ópticos
Figura 3. Cintas com acessórios:
5
Tubo coroado (Capped Tube)
Essas polias utilizam tampas laterais
acoplados às extremidades da polia redonda
com espessura de parede suficiente para
assegurar a resistência adequada. A polia é
montada com esse sistema para satisfazer
as rígidas especificações de excentricidade e
ECG. Novamente, é crucial reduzir o peso sem
comprometer a resistência da polia.
CAPITULO 3
MATERIAIS:
Para atender as necessidades de sua
especificação, as polias podem ser fabricadas
de uma grande variedade de materiais.
Alumínio
Alumínio com uma dura camada
anodizada é freqüentemente escolhido. A
combinação é forte, leve, rígida e excelente
custo benefício. Temperaturas extremas
podem ser um fator de limite, e saída
de gazes podem ser um problema em
ambientes de vácuo.
POLIAS
Aço inoxidável
Operações em ambientes corrosivos, aço
inoxidável é uma boa escolha. Aço inoxidável
também oferece excelentes características de
resistência e força.
Há muitas diferentes ligas
disponíveis, cada uma com vantagens
especiais.
Não metais
Certamente plásticos podem oferecer
excelentes características de resistência e
força. Em algumas aplicações e em alto
volume, as polias de plástico podem ser mais
baratas do que polias metálicas.
TOLERÂNCIAS:
Tabela 1 mostra típicas tolerâncias, de um projeto básico de polias, dimensões de
temporização e atrito. Essas tolerâncias são aplicáveis para os três tipos de polias citadas acima:
Redondas, viga dupla e tubo coroado.
Tabela 1. “ Tolerância de polias com até 14” de diâmetro
Temporização da polia pulgadas (mm)
Atrito da Polia
Polegadas (mm)
Diâmetro de suporte
da cinta (D. externo) ±0,0015”
(0,025)
± 0,002
(0,051)
Largura da face
±0,010”
(0,127)
±0,010”
(0,127)
+0,001”/-0,0000”
(+0,025/-0,00)
+0,002”/-0,0000”
(+0,051/-0,00)
Diâmetro do furo
Concentricidade
0,002”
(0,025)
Localização de temporização ±10 segundos de arco
0,002”
(0,025)
N/A
POLIAS CAPITULO 3 TIPOS DE POLIAS:
Mesmo com todas as variações de
formatos, materiais e características de
projeto, polias geralmente servem para um
dos dois propósitos citados: Transmissão por
atrito ou temporização.
Figura 6.
Polias com cavidades e com esferas
6
Transmissão por atrito
Polias de transmissão por atrito
geralmente são exatamente planas e sem
nenhum elemento temporizador.
Geralmente não é recomendada a
coroação das faces da polia. Para discutir
o porquê dessa recomendação, por favor,
entrar em contato com um engenheiro da
Belt Technologies que está familiarizado
com a dinâmica das cintas metálicas.
Quando a coroação é apropriada, duas
geometrias podem ser utilizadas: Raio
completo e trapezoidal. Uma coroa de raio
completo é menos prejudicial à cinta, mas é
mais difícil de fazer e, portanto mais caro. A
coroa trapezoidal é mais barata e trabalha
melhor, mas deve ser evitada em aplicações
que tenham alta carga de tensão na cinta,
devido aos picos de tensão entre os pontos
de transmissão da coroa e as superfícies
anguladas. Misturando esses pontos pode
ajudar, mas não eliminar os altos picos de
tensão.
Temporização
Polias temporizadas têm dente ou
compartimento, localizado de forma
radial em torno do diâmetro externo do
corpo da polia. Os dentes se juntam aos
furos temporizados na cinta metálica;
Compartimentos se juntam aos pontos
de transporte no interior da circunferência
da cinta. Deve ser notado que mesmo que
nessas polias, o transporte é realizado por
força de atrito gerado entre a cinta plana
e as superfícies da polia. Os dentes ou
compartimentos são utilizados somente para
temporização e não para transmissão de
força.
Os elementos temporizadores em
especial os dentes temporizadores devem ser
bem resistentes. A resistência é essencial para
assegurar um mínimo desgaste do sistema
devido ao constante contato entre polias e
cinta. Por exemplo, a polia patenteada pela
Belt Technologies utiliza esferas endurecidas
como dentes.
Quando projetar um sistema de duas
polias, a polia de transmissão deverá ser
temporizada enquanto a roldana ou polia
arrastada deve ser movimentada por atrito
com canais de alívio de carga se necessário. NOTA: Polias de Atrito e temporizadas podem ser
projetadas como “rolos de corpo estreito”. Essencialmente,
“rolos de corpo estreito” é uma polia que a largura é mais
estreita do que a largura da cinta que esta passando por
ela. Elas podem movimentar a cinta mais facilmente,
reduzir o peso total da polia e também o custo. A face
da polia é tipicamente maior do que metade da largura
da cinta.
CAPITULO 4 TRATAMENTOS DE SUPERFICIE
7
Tratamentos de superfície dão ao
engenheiro a oportunidade de modificar
propriedades naturais da superfície da cinta
metálica, fita metálica ou polia. Tratamento
de superfície pode ser aplicado em uma
ou em ambas as superfícies da cinta, fita
ou polia. Métodos de aplicação incluem
revestimento, galvanização, laminação e
colagem.
Dependendo do método selecionado,
a espessura da superfície de tratamento
pode ser menor do que 0,002”. A superfície
pode ser uniforme ou ter compartimentos
na superfície para transportar pequenos
componentes, perfurado ou cortes em matriz. Furos de vácuo podem ser combinados com
compartimentos para melhorar a orientação
e retenção de partes sensíveis durante o
transporte. Para ver as principais características
mecânicas e físicas das mais populares
superfícies de tratamento vija a tabela 2.
Figura 7.
Tratamentos de superfície
TEFLON®:
Teflon tornou-se uma palavra familiar
no revestimento das panelas antiaderentes. Teflon está atualmente disponível em várias
formulações, cada uma tendo diferentes
propriedades de operação com relação às
características de liberação, lubrificação,
resistência a desgaste, range de temperatura
e cor.
ECLIPSE®:
Revestimento de Eclipse é aprovado
mediante as normas do FDA, tem alto
coeficiente de transferência térmica e
extremamente resistente a o desqaste
das camadas. É o único tri-camada, alto
coeficiente de cura, reforçado internamente,
a superfície antiaderente proporciona
resistência a abrasão dez vezes maior
do que a do teflon. Eclipse é resistente a
produtos domésticos e tem características
antiaderentes elevadas, resistente a corrosão
e trabalha em altas temperaturas, diferente
de todos os outros revestimentos antiaderente, a primeira camada contém
uma mistura cuidadosamente escolhida e
combinações de resinas. A segunda camada,
na verdade é igual à primeira camada e
é utilizada em sistemas mais reforçados,
também contém um elemento de reforço
especial, enquanto a última camada é
rica em polímeros de flúor e é totalmente
dedicada a liberação de propriedades
antiaderentes.
URETANO OU NEOPRENE:
Uretano, células abertas ou fechadas de
Neoprene alteram o coeficiente superficial de
atrito da cinta metálica e também podem
atuar como um abrigo para partes delicadas.
Esses materiais fixam com segurança uma
cinta metálica. Antes da colagem, eles
podem ser moldados quando um específico
compartimento geométrico for importante.
SILICONE:
Quando o ambiente não é adequado
para outros tipos de revestimento, silicone
pode ser uma boa opção. Silicone apresenta
propriedades únicas, como excelente
contato com superfícies, capacidade de
suportar temperaturas elevadas e de extrema
flexibilidade. Colar cintas metálicas com
silicone pode ser difícil, mas existem soluções
praticas para isso.
MATERIAL
A anodização de revestimento duro
é um processo eletroquímico usado para
aumentar as propriedades como a dureza,
características de desgaste e resistência a
corrosão das polias de alumínio. O processo
forma uma camada de óxido de alumínio
tornando-se parte integral do metal,
não somente penetrando, mas também
reforçando a superfície da polia. A espessura
do revestimento é uniforme e reflete na
precisão da polia.
OPTIONS:
As opções para tratamento de superfícies
são tão extensas que não podem ser
citados completamente nesse documento.
Nos tratamentos menos usuais podem
incluir compostos de fluoro carbonetos,
revestimento de cobre, chapeamento de ouro
e adesão de diamante em pó. Especificações
apropriadas deverão ser utilizadas em função
da aplicação e da tecnologia.
Os engenheiros da Belt Technologies
terão o prazer de discutir questões
relacionadas às suas necessidades
especificas.
Tabela 2. Características de tratamentos de superfície
RANGE DE
ESPESSURA
polegadas (mm
TEMPERATURA COR
TEFLON® TFE
Antiaderente
até 600º F
até 315º C
Preto
Verde
TEFLON® FEP
Resistente a corrosão
Baixas temperaturas
até 428º F
0,001” a 0,030” Metálico
até 220º C
(0,025 a 0,75) Cinza
Acima de -328º F
Acima de -200º C
DE REVESTIMENTO
PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS
ANODIZAÇÃO DE REVESTIMENTO
DURO:
0,001”
(0,025)
TEFLON®
SILVERSTONE
Contato com alimentos até 600º F
aprovado
até 315º C
0,001” a 0,006” Metálico
(0,025 a 0,15) Cinza
TEFLON®
550
Teflon resistente
contra desgaste
até 446º F
até 230º C
0,001” a 0,0015” Preto
(0,025 a 0,038)
GOMA DE
SILICONE
Excelente liberação
Alta fricção até 392º F
até 200º C
0,004”
(0,10)
POLIURETANO
Alta fricção
Moldável até 158º F
até 70º C
0,008” a 0,125” Várias
(0,203 a 3,175)
GOMA DE
NEOPRENO
até 158º F
até 70º C
0,016” a 0,250” Preto
(0,40 a 6,4)
Compressibilidade
Cavidades cortadas
em matriz
Varias
CONSIDERAÇÕES DE PROJETO
CAPITULO 5 8
NOTA PARA O PROJETISTA:
Com as informações das seções
anteriores, você tem informações suficientes
para começar a projetar sua cinta metálica.
Essa seção se baseia nas seções anteriores
incorporando elementos que irão ajudar
você a aperfeiçoar o desempenho do sistema.
Uma vez que cada desenho é único, não é
possível discutir todas as considerações de
desenhos aqui. Você está convidado a rever
seu desenho, números e métodos junto a um
engenheiro da Belt Technologies. PAUTA DO DESENHO DO
SISTEMA:
Qualquer sistema com cintas metálicas
são geralmente melhores quando seguidos
os seguintes diretrizes abaixo:
• Utilize menos polias possíveis.
• Utilize polias com diâmetros grandes.
• Utilize sistemas de polias que evitem
flexão alternada.
• Utilize uma grande relação entre
comprimento e largura.
CARGA:
O projeto adequado do sistema inclui
uma análise de todas as cargas transmitidas
para a cinta em uso. Além disso as condições
de operação em regime permanente,
deverão ser consideras, todas as condições
anormais ou intermitentes tais como grandes
cargas repentinas, altas cargas de arranque
ou indexação. Em geral, a cinta deve ser
projetada para suportar sobre-cargas, caso
isso ocorra, não deverá exceder a resistência
máxima da cinta.
Para determinar o fator de tensão
máxima em qualquer cinta, some
os resultados dos quatro próximos
passos.
Figure 8. Loading Stress
1. Determine a carga de trabalho
na cinta (Fw).
A carga de trabalho pode ser
determinada pela nota de torque do motor,
a carga pode ser movida ou acelerada ou
pela análise de requisitos do sistema. Para
um sistema simples de duas polias como é
mostrada na figura 8, a carga de trabalho na
cinta (Fw) é
Fw = F1 – F2, onde:
D1 e D2 = Diâmetro das polias
t 1 e t 2= torque nas respectivas polias
2. Determine a máxima carga
(F1) na cinta.
Desde que Fw = F1 – F2 como foi
mostrado nas duas polias no exemplo do
passo 1, F1 é a maior força na cinta. Para
projetar a condição de tensão resultante
dessa força, é preciso calcular este valor.
Para que um sistema de transmissão
por fricção opere sem nenhum tipo de
deslizamento, duas forças, F1 e F2 estão
demonstradas pela formula:
3. Determinar a tensão de flexão
(Sb) na cinta.
4. Determinando a tensão total
(St) na cinta.
Uma significante tensão é induzida na
cinta metálica à medida que a mesma é
flexionada sobre a polia. Essa tensão deverá
ser calculada e somada à tensão de trabalho
Sw (Veja passo 4) para determinar a tensão
total St na cinta.
A tensão total na cinta é a soma da
tensão de trabalho (Sw ) mais a tensão de
flexão(Sb ).
St = Sw + Sb
A fórmula para determinar a tensão na
cinta é:
Et
Sb =
(1- u2)D
Onde:
Onde:
b = largura da cinta
E = Coeficiente de elasticidade em psi.
t = Espessura da cinta
t = Espessura da cinta em polegadas.
Belt Technologies recomenda que St não
ultrapasse 1/3 do limite de deformação do
material da cinta. Para mais informações,
por favor, contatar um engenheiro da Belt
Technologies.
D = Menor diâmetro de polia em
polegadas.
F1 e F2 = força na cinta em cada uma
das polias em Newtons
Fw é uma relação do torque pela
equação:
Fw=
t1
=
t2
1/2D1
1/2D2
E pela energia através da equação:
Fw= 33000 x HP
V
Onde: V = velocidade em ft/min
E pela aceleração através da equação:
Onde:
Fw=ma=(L/g) x a
L = Carga na cinta em lbs.
g= 32,2 ft/sec2
a = Aceleração da carga em ft/sec2
F1 - Fc
= e mu
F2 - Fc
Onde:
e = 2,71828
µ= coeficiente de fricção entre a correia e
a polia.
u = anglo em radianos do envoltório da
correia com a polia.
Fc = Força centrífuga atuante na cinta.
Para cinta metálica com acabamento
regular (standard) (como 0,4µ) operando
em um maquinário com polia metálica,
experiências anteriores, tem mostrado que o
rariação em µ está entre 0,25 e 0,45.
Uma vantagem de uma fina cinta
metálica é que Fc é normalmente
insignificante e pode ser desconsiderado.
Assim, na maioria dos casos, a fórmula pode
ser simplificada por:
F1
F2
=e mu
Substituindo F2 e resolvendo F1, isto tornase:
mu
Fw e
F1 =
mu
e -1
CAPITULO 5 CONSIDERAÇÕES DE PROJETO
9
F
Sw = 1
bxt
u = Coeficiente de Poisson
Este cálculo exige a espessura da cinta
e o diâmetro da polia. O diâmetro da polia
pode ser o mais fácil para determinar
devido à limitação de espaço ou outros
requerimentos do projeto. Sendo assim,
escolha o máximo diâmetro de polia, em
seguida calcule a espessura adequada da
cinta com base na tabela 3. Tabela 3. Vida útil da cinta.
RELAÇÃODODIÂMETRO
DAPOLIAPOR
ESPESSURADACINTA
EXPECTATIVADEVIDA
ÚTIL DAPOLIA
625:1
1,000,000
Ciclos ou superior
400:1
500,000
333:1
165,000
200:1
85,000
As relações são baseadas em um
sistema de arraste por fricção de duas
polias.
Belt Technologies recomenda uma
tensão de 1000 psi (6,9 N/mm2) por cintas
temporizadas e 2000 - 5000 psi (13,8 – 34,5 N/
mm2) por cinta plana.
TAMANHOS TÍPICOS
E ESPECIFICAÇÕES
A variação de espessuras para cintas metálicas normalmente é de 0,002” (0,51mm)
a 0,032” (0,8mm) resultando em polias
de 2”(50mm) a 10” (254mm) de diâmetro.
Uma típica cinta metálica com espessura
de 0,005” (0,127mm) e com uma vida útil
de 1.000.000 ciclos irá requerer polias
com 3,125” (79,4mm) de diâmetro. Os
tamanhos podem variar dependendo da
aplicação e da carga considerada, então,
por favor, entre em contato com um engenheiro vendedor da Belt Technologies
para ajudá-lo com seu projeto.
Nesse momento é necessário selecionar
vários parâmetros e realizar cálculos para
encontrar a melhor combinação que irá
satisfazer seu projeto. Obviamente, utilizando
uma cinta mais larga reduzirá a tensão de
trabalho sem alterar a tensão de flexão. Polias
com grandes diâmetros reduzem a tensão
de flexão e possibilita o uso de cintas mais
espessas, tornando a tensão de trabalho
menor.
CONSIDERAÇÕES DE PROJETO
CAPITULO 5 PRECISSÃO NO COMPRIMENTO
DA CINTA:
Uma das mais importantes vantagens
da cinta metálica é a sua total precisão. As
cintas perfuradas ou cintas com acessórios
podem ser fabricadas com uma precisão de
±0,0005”.Cintas planas e cintas de arrasto
podem também ser fabricadas com alto grau
de precisão.
COMPRIMENTO DA CINTA:
Para calcular o comprimento da
cinta metálica use a formula abaixo. É
importante conhecer o projeto ideal para o
seu sistema antes de calcular o comprimento.
Maiores diâmetros de polias geralmente
proporcionam uma melhor vida útil à cinta
e o diâmetro da polia pode ser usado para
determinar a espessura da cinta. Veja a tabela
3 para a expectativa de vida útil. Uma vez
que o diâmetro máximo é conhecido, divida
o mesmo pelo diâmetro da polia e assim
conhecer a razão da espessura da cinta e
(ver na tabela 3) a vida útil ideal para a sua
aplicação. As cintas tem normalmente uma
espessura dentro do seguinte variação 0,002”
[0,05mm] a 0,032” [0,813mm] e normalmente
o diâmetro das polias é maior de 2” .
L=(2 x C)+(D + t) p
Onde:
L = Comprimento da cinta
C = Distância média entre as duas polias
D = Diâmetro da polia
t = Espessura da cinta
p = 3,14159
Isso define o comprimento adequado para sistemas de
cinta de metal que incorporam duas polias de diâmetro
idênticas. Para sistemas com múltiplas polias ou de
diferentes diâmetros, entre em contato com engenheiro
de vendas da Belt Technologies. Informações de contato
estão listadas dentro da capa traseira.
10
Elasticidade da cinta:
Desajuste:
Cintas metálicas são únicas, como elas
não irão esticar em normal operação, ou
seja, depois de atingir a tensão normal da pré
carga. Para calcular a elasticidade pré carga
para uma cinta metálica plana use a seguinte
equação. Para cintas perfuradas, por favor,
entrar em contato com um engenheiro de
vendas da Belt Technologies.
Sistemas com zero ou quase zero
desajuste podem ser atingidos com o uso
de cintas metálicas. Se executadas em
pares ou com idéias de projetos criativos,
essas unidades podem ser utilizadas em
qualquer lugar que exija tolerâncias rígidas
para posicionamento. A ilustração abaixo
demonstra duas típicas sugestões de sistema
de desajuste zero.
DL = PL/AE
Onde:
DL = Elasticidade em polegadas
P = Tensão de carga em libras
L = Comprimento inicial da cinta
em polegadas
Sistemas com zero desajuste
A = Área de secção transversal
em polegadas
Passiva
Saída
(Veja tabela de matérias na pagina 15)
Aproximadamente
360º de rotação
da polia
A precisão de posicionamento é
diretamente relacionada ao ponto de
tolerância da cinta, tipicamente em torno de
±0,0005” (0,013mm) para cintas metálicas
temporizadas. O ponto de acumulação
pode ser gerenciado com ferramentas
customizadas, como demonstrado através
de Pl na figura 9, ou negativamente como
demonstrado através de Ps em alguns
gráficos. Por favor consulte um Engenheiro da
Belt Technologies em sua exigência.
Figura 9. Precisão de posicionamento
Repetibilidade é a habilidade de um
simples ponto, retornar a posição inicial após
sucessivas rotações da cinta, dentro de uma
tolerância especificada.
Ativa
E = Modulo de Young
Precisão de posicionamento:
Repetibilidade:
Rotação da
polia - 340º
Ocioso
CAPITULO 5 CONSIDERAÇÕES DE PROJETO
11
Porque cintas metálicas não têm
características elásticas, tipicamente a
variação de repetibilidade é de 0,002” (0,051mm) a 0,005” (0,127mm).
Para cintas planas, perfuradas, com
acessórios ou fitas de transporte, movimentos
precisos podem ser calculados com um alto
grau de precisão. Contate um engenheiro de
vendas da Belt Technologies para ajudá-lo a
determinar as especificações do seu sistema.
COMPENSAÇÃO DA CINTA:
Dado que uma cinta metálica não irá
esticar sobre tensão, compensação de uma
cinta metálica é mais difícil do que outros
tipos de cintas. Uma cinta metálica não irá
esticar para compensar, por:
• Falta de esquadria ou alinhamento do
sistema
• Deflexão não controlada do eixo da
polia
• Cargas diferenciais
• Curvatura da cinta
Entre todos os elementos, o Engenheiro
de projeto está menos familiarizado com a
curvatura da cinta.
Curvatura ou um arco de pontas é o desvio
de uma extremidade da cinta a uma linha
reta. Toda cinta tem alguma curvatura. A curvatura de uma cinta metálica é
tipicamente pequena como 0,050” (1,27mm)
em 8’(2,44mm). Quando se utiliza uma cinta
em um sistema quadrado de duas polias
tensionadas, um lado da cinta irá tencionar
mais do que o outro, porque um lado tem
uma circunferência menor. Isto irá fazer com
que a cinta transfira a tensão para o lado
mais frouxo quando for rotacionada.
O objetivo principal de qualquer técnica
de compensação é neutralizar a influência
das tensões e forças de compensação
negativas acumuladas (anteriormente
definida como sistema de esquadria, deflexão
não controlada do eixo da polia, cargas
diferenciais e a curvatura da cinta) com
tensões e formas controladas, para que assim
a cinta possa trabalhar perfeitamente no
sistema.
POLIA REGULAVÉL
Belt Technologies patenteou uma polia
com ajuste independente (ISP) para auxiliar
no monitoramento de todas as cintas planas,
incluindo cintas metálicas. Em sistemas
automatizados, o ISP pode ser equipado com
sensores e um pacote de servos motores para
total automatização do sistema com
cintas metálicas. Entre em contato com um
engenheiro de vendas da Belt Technologies
para maiores informações sobre polia de
ajuste independente (ISP) e como ela pode
beneficiar a sua aplicação.
Figura 10. Repetibilidade
Figura 11. Curvatura
Três técnicas básicas são utilizadas
para compensar sistemas de cintas
utilizando polias por fricção, polias de
temporização ou ambas:
• Ajuste do eixo das polias
• Coroação da polia de acionamento
de fricção
• Compensação forçada
Figura 12. Compensação
CONSIDERAÇÕES DE PROJETO
CAPITULO 5 Ajuste do eixo da polia:
Figura 13. Pulley Axis Adjustment
Ajuste do eixo da polia em sistemas de
cintas metálicas, como demonstrado na
figura 13, é a mais efetiva forma de balancear
a cinta metálica. As tensões na beira da cinta
são alteradas em um modo controlado,
portanto balanceando a cinta. A técnica é
igualmente aplicada para ambas ás faces
planas e coroadas da polia.
O ideal é que ambas as polias, tanto a
ativa quanto a passiva tenham seus eixos
ajustáveis. Na realidade, somente a passiva
é ajustada. A polia ativa, normalmente é
difícil de ser ajustada devido á interface com
motores ou outra fonte de transmissão de
potência.
Polias Coroadas De Transporte
Por Fricção
Quando Polias Coroadas de transporte por
fricção devem ser utilizadas, isso deve ocorrer
em conjunto com ajuste do eixo, não no lugar
de le. Isto ocorre porque polias coroadas não
irão centralizar-se automaticamente com a
cinta metálica. Polias coroadas trabalham
melhor com cintas finas, devido á face da
cinta necessita restar em contato com a
face coroada da polia. Enquanto a tensão
crescente pode ser utilizada para atingir a
conformidade entre a polia e a cinta, porém
a tensão não pode ser tão alta ao ponto de
causar deformação permanente na cinta. A
melhor face geométrica para polias coroadas
é um raio completo e a coroação da polia
menor do que a espessura da cinta.
Figura 14. Forced Tracking
12
Balanceamento forçado
Em casos onde o simples ajuste
dos eixos não é suficiente para eliminar
o desbalanceamento, métodos de
balanceamento forçado tais como
rolamentos excêntricos ou flanges de fibra
de vidro Teflon® podem ser necessários e
aceitáveis. A relação do sistema pode precisar
ser alterada, como usando uma cinta mais
espessa do que pode ter sido recomendado
anteriormente, já que as técnicas de
balanceamento forçado podem contribuir
para a diminuição da vida útil da cinta
metálica.
Uma técnica alternativa de
balanceamento forçado para cintas mais
largas emprega uma cinta em V ligada à
circunferência interna da cinta metálica. Essa
correia de dois elementos a Belt Technologies
chama de Metrak©, distribui as tensões do
balanceamento na cinta em V mais do que na
cinta de metal, maximizando assim a vida útil
da cinta. (Figura 14)
Dentes temporizados, discutidos na
próxima seção, são somente para temporizar
e não devem ser utilizados como mecanismo
de balanceamento.
Temporização:
Polias temporizadas para cintas
metálicas contem dentes ou cavidades,
acoplando cada perfuração da cinta ou
compartimentos de transporte.
Cuidados devem ser sempre tomados no
projeto de polias temporizadas para garantir que todos os elementos temporizados tenham
um raio e envolto esférico. Isto garante um
engate e desengate suave da cinta com a
polia. Para evitar problemas previstos com
tolerâncias a diferença de diâmetros entre
a parte ativa e passiva deve ser pelo menos
±0,005” (0,127mm) a ±0,007” (0,178mm). Aplicações com desajuste zero ou quase zero é
um caso especial.
Quando construída uma polia dentada,
cada dente temporizado é inserido em um
furo do corpo da polia. Deve-se ter muito
cuidado no posicionamento de cada dente
para assegurar a precisão.
Quando se projeta uma polia
temporizada é fundamental que o diâmetro
do passo dos dentes sejam neutro com
relação ao eixo da cinta (metade da espessura
da cinta para cintas planas) e não à base.
Desde que as cintas metálicas são finas, há
uma tendência de se desprezar sua espessura
no cálculo do diâmetro de suporte da cinta da
polia. Se não incluir a espessura no cálculo irá
causar um desbalanceamento nos elementos
de temporização.
O diâmetro de suporte da fita pode ser
calculado através dessa formula:
D = NP
p –t
Onde
N = número de distância oa
dentes na polia P = perfuração de passagem
t = espessura da cinta
CAPITULO 5 CONSIDERAÇÕES DE PROJETO
13
TENSÃO:
Os sistemas de arraste por fricção
podem trabalhar com pouca tensão como
uma corrente de bicicleta ou, com bastante
tensão como uma corda de guitarra. A tensão
da cinta é extremamente importante em
sistemas temporizados e deve se manter
sempre o mais baixa possível. Em geral, baixas
tensões aumentam a vida útil da cinta e
reduz o desgaste de outros componentes do
sistema.
A tensão na cinta não deve ser elevada
com o intuito de diminuir a curvatura
entre as polias (veja CURVATURA DA CINTA,
nesta página). Sobre tensão na cinta pode
desenvolver um arco transversal (cross bow)
similar ao de uma fita métrica. Alem do arco
transversal (cross bow), sobre tensões irão
causar movimentos irregulares, redução da
repetibilidade e da vida útil da cinta.
A tensão da cinta deve ser determinada
pelo funcionamento do sistema e ser ajustado
para a menor tensão de trabalho possível. Isto
pode ser obtido através do uso de cilindros de
ar, molas ou parafusos tipo jack.
Belt Technologies recomenda 1000 a
5000 psi (6,9 a 34,5 N/mm2) para sistemas de
fricção e 1000 psi (6.9 N/mm2) para sistema de
temporização..
Figura 15. Polias
temporizadas
RIGIDEZ DA ESTRUTURA DO
SISTEMA:
Uma rígida estrutura do sistema é
necessária para permitir finos ajustes para a
temporização e compensação da cinta. Caso
exista uma flexão descontrolada no sistema,
o sistema irá arquear quando a cinta for
tensionada. Descompensando uma força
(arqueamento do sistema) com a outra força
(ajuste do eixo) não irá produzir um sistema
controlado e pode resultar em problemas
de balanceamento. Para ter certeza que
qualquer ajuste de eixo está controlado, é
importante projetar o sistema com suficiente
rigidez.
FLEXÕES ALTERNADAS: O melhor projeto de sistema utilizando
duas polias. Adicionando flexões alternadas
e esforço de tensão no sistema, estará
comprometendo a vida útil da cinta. Devido
a cada polia poder ter uma influência
de direcionamento, problemas com
balanceamento irão surgir.
EIXO ESCORADO (CANTILEVERED
SHAFTS):
É preferível que o eixo das polias tenha
terminações de pontos sólidos em suas
extremidades. Eixos escorados podem criar
um pivô. Quando tensões são introduzidas,
a haste pode envergar, causando problemas
de balanceamento. Caso os eixos escorados
sejam necessários, sua rigidez deve ser assegurada através da rigidez da
estrutura e da haste.
PERMEABILIDADE MAGNÉTICA:
Permeabilidade magnética é
comumente definida pela capacidade de
uma substância realizar magnetismo com
relação ao ar, que tem uma
permeabilidade 1.
A série trezentos do aço inoxidável é
considerada não magnética, mas o trabalho
frio usado para produzir molas temperadas
e alta resistência à tensão resultam em um
acréscimo da permeabilidade magnética.
Portanto a série 301de dureza plena tem uma
maior permeabilidade magnética do que a
série 301 de dureza média. Geralmente, o aço
inoxidável 316 tem menos permeabilidade
magnética, mas é difícil obter a condição de
dureza plena.
Consulte o Apêndice para ver as
propriedades nominais de permeabilidade
magnética das mais comuns cintas
metálicas disponíveis.
CURVATURA DA CINTA:
Quando a distância entre as polias é
longa, a cinta pode ficar flácida. Mesmo o
lado com mais tensão terá alguma flacidez.
Para garantir as propriedades de tensão e
prevenir a flacidez, arraste a superfície de
trabalho da cinta para uma superfície de
suporte estacionária com materiais de ultraalto peso molecular (UHMW). CONSIDERAÇÕES DE PROJETO
CAPITULO 5
TEMPERATURAS ELEVADAS:
Se uma cinta metálica está exposta
a alta temperatura, é crucial que o
material selecionado para a cinta, bem
como acessórios e/ou tratamentos de
superfície sejam capazes de suportar a alta
temperatura. Também deve ser considerada
a expansão e contração dos materiais com
a variação da temperatura. Alterações
devida a temperaturas irão impactar na
temporização, balanceamento, tensão,
nivelamento e outros fatores. A tabela 4 lista as principais ligas
utilizadas especificando a variação de
temperatura com o correspondente
coeficiente de expansão térmica e limite de
deformação. A tabela 5 ilustra como propriedades
físicas de 17-7 CH-900 mudam em função da
temperatura.
0.2% Yield Strength, ksi
Ultimate Tensile Strength, ksi
Tabela 5. Propriedades Físicas x Mudança de
Temperatura (17-7 CH-900)
260
240
220
LIGA
TEMPERATURA
RANGE ºF
(ºC)
CCOEFICIÊNTE MÉDIO
DE EXPANSÃO
Térmica
10-6IN/IN/ºF
(cm/cm/ºCx10-6)
Inconel® 718
Composição
temperada
800º to 1,000º
(425 to 540)
Tabela 4. Característica das principais ligas em altas
temperaturas
Deformação gradual da Cinta
Deformação gradual da cinta é
um fenômeno associado com potência
transmitida entre as polias de transmissão
e ao membro de tensão da cinta. Devido à
deformação gradual da cinta em um sistema
de arrasto de fricção, a polia na verdade irá
mover-se ligeiramente mais rápida do que a
cinta.
Veja a Figura 16. Os 180° entre a polia
ativa e a cinta são divido em dois arcos:
180
Aplicações particularmente exigidas, tais
como as que envolvem altas temperaturas,
ambientes extremamente corrosivas ou incomuns
requisitos elétricos ou magnéticos podem impedir
o uso de certas ligas de cintas metálicas e fitas
de transporte. A seguinte tabela resume critérios
importantes na seleção de materiais.
160 to135
(1100 to 930)
220 to 170
(1500 o 1170)
8.4
(15.1)
RESTRIÇÕES IMPOSTAS AO
PROJETO:
157 to 155
(1080 to 1070)
Restrições de aplicações, tais como as
limitações de espaço, incomuns como químicos,
térmico, elétrico ou requisitos do sistema podem
necessitar de um projeto com concessões de
ambos os lados. Considere esses exemplos:
Figura 16. Teoria de deformação gradual
AB é o arco livre. BC é o arco efetivo.
B
T1
A
V1
V2
C
T2
devido ao diferencial de força aplicadas na
cinta enquanto ela passa em torno da polia.
Enquanto o deslizamento em contato ocorre,
forças de atrito são desenvolvidas para
igualar a variação da tensão na cinta e se
transmite a potência.
240
• O arco livre (onde não tem força
transmitida)
220
200
180
• O arco efetivo, também chamado de
anglo de deslizamento (Onde a transmissão
de potência ocorre)
6
4
2
100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000ºF
Entre o arco livre, a superfície da cinta
e da polia existeum contato estático e
nenhuma potencia é transmitida. A cinta
se desliza sobre a polia com tensão lateral
T1 e velocidade V1 que corresponde à
velocidade V1 da superfície da polia de
arraste. A velocidade e a tensão permanecem
constantes através do contato contínuo com
o arco livre
Entre o arco efetivo, a superfície da cinta
e da polia existeum contatode des lizanento,
e a velocidade da superfície da polia é maior
do que a da cinta. Esse fenômeno é causado
pelas mudanças dimensionais na cinta
APÊNDICE MATERIAIS DA CINTA METÁLICA
15
APÊNDICE: MATERIAIS DA CINTA
METÁLICA
LIMITE DE DEFORMAÇÃO
MÉDIOPARAORANGE DE
TEMPERATURA
1000 PSI
(N/mm2)
301/302
68º to 400º
9.8
Dureza plena
(20º to 205º)
(17.6)
17-7 CH-900
400º to 800º
6.6
(205º to 425º)
(11.9)
200
160
Elongation in 2” ,%
14
Como o membro de tensão de uma cinta
metálica é ela própria associada ao seu alto
coeficiente de elasticidade, a deformação em
uma cinta metálica é muito menor do que
em cintas construídas de outros materiais.
Se não controlada a deformação em uma
cinta metálica de fricção irá resultar na perda
da repetibilidade. Felizmente a deformação
em cintas metálicas é facilmente controlada.
Dentes ou compartimentos
temporizados é a forma mais comum de
combater a deformação. O número de
pontos temporizados deve ser o menor
possível para prevenir que a deformação
ocorra. Em muitos sistemas é possível
se ter de 6 a 8 pontos temporizados na
circunferência da polia.
• Cintas metálicas operam em polias com
diâmetro menor que 0,25”/6,35mm, mas a vida
útil da cinta é reduzida.
• Cintas operando em fornos com temperaturas de
até 1.094ºF/590°C, porem como grandes partes da
resistência da cinta provem dos tratamentos a frio
ou tratamentos térmicos específicos, a resistência
da cinta será reduzida.
Consulte a Tabela 6.
• Laminas (Doctor blades) podem induzir um
efeito de ventosa em toda a extensão da cinta.
Apropriadamente projetada as laminas (Doctor
blades) como as fabricadas de polietileno (UHMW)
pode minimizar os efeitos negativos.
VIDA ÚTIL DA CINTA:
Vida útil da cinta significa diferentes coisas
para diferentes pessoas e diferentes processos. Uma
vida útil de 10.000 revoluções pode ser excelente
para uma aplicação; Outra cinta pode fazer 10.000
revoluções por hora.
Então quanto você espera que sua cinta
metálica pode durar? Então não tentando evitar .
uma resposta direta, a melhor resposta é: Isto
depende. Depende de coisas como o desempenho do
sistema, a resistência do material, meio ambiente,
desgaste, tensão, superfície de tratamento,
acessórios, etc. Os mesmos fatores que tem um
efeito sobre o projeto de seu sistema e sua cinta
metálica também tem efeito na vida útil da cinta.
Com esse conceito em mente, é de fato
razoável dizer que as cintas metálicas têm
potencial significante para durar mais do que
outros tipos cintas e correntes. Elas também têm
potencial para ser mais precisas e repetitivas leves e
rápidas e com melhor custo benefício.
Uma discussão com um membro de nosso
grupo de engenheiro pode ajudar você a estimar a
vida útil da sua cinta e o que você pode esperar em
sua aplicação especifica.
Tabela 6. Algumas das mais populares cintas metálicas
disponíveis e suas propriedades em temperatura
ambiente.
CONDUTIVIDADE
TÉRMICA
MÓDULO DE
(32° TO 212° F)
LIMITE DE
RESISTÊNCIA ELASTICIDADE COEFICIENTE DENSIDADE
BTU/FT 2/HR/ºF/IN
6
3
DEFORMAÇÃO A TRAÇÃO
IN 10 PSI
DE POISSON #/IN cm/cm/ºC x10 -6
Liga
1000 PSI
1000 PSI
ALARGAMENTO DURESA
(in 10 5 n/mm2) (g/cm3)
cal/cm2/sec/ºC/cm (0º to 100º C)
EXPANSNÃO
TÉRMICA
COEFICIENTE
(32° TO 212° F)
cm/cm/°C x 10 -6
(0º to 100º C)
PERMEABILIDADE RESISTÊNCIA
in/in/º F
MAGNÉTICA A CORROSÃO
301 DUREZA PLENA 160 301 ALTO RENDIMENTO
-1100
260 -1790
302 DUREZA PLENA 160
-1100
304 DUREZA PLENA 160
-1100
316 DUREZA PLENA 175 -1200
716 DUREZA PLENA 210 180 42125 RC40-45
-1240
28
.285
(1.93)
0.29
(7.9)
113
(.039)
9.4
16.9
L-M
M
280
1
N/A
-1930
26
.285
(1.79)
0.29
(7.9)
113
(.039)
9.4
16.9
M-H
M
180 40299 RC40-45
-1240
26
.285
(1.93)
0.29
(7.9)
113
(.039)
9.6
17.3
L-M
M-H
180
40299 RC40-45
-1240
26
.285
(1.93)
0.29
(7.9)
113
(.039)
9.6
17.3
L-M
M-H
190 40210 RC35-45
-1310
28
.285
(1.93)
0.28
(7.9)
97
(.036)
8.9
16.0
L
H
32
.285
(2.20)
0.28
(7.9)
170
(.059)
5.9
10.6
L-M
-1450
260 40456 RC52
-1790
H
17-7 CONDIÇÃO C 185 -1275
215 5
RC43
-1480
28
.305
(1.93)
0.28
(7.8)
114
(.037)
8.5
15.3
M-H
M-H
17-7 CH-900 240 -1655
250 2
RC49
-1720
29
.305
(2.00)
0.28
(7.8)
114
(.037)
6.1
10.9
M-H
M-H
INCONEL® 718 AÇO CARBONO
175 -1200
210 17 RC41
-1450
29
.284
(2.00)
0.29
(7.9)
86
(.030)
6.6
11.9
L
H
AÇO CARBONO
240 -1650
260 40458 RC50-55
-1790
30
.287
(2.07)
0.29
(7.9)
360
(.124)
5.8
10.5
H
L
TITANIUM
150 15V-3CR-3AI-3SN -1030
165
11 RC35
-1140
15
.300
(1.03)
0.17
(4.7)
56
(.019)
5.5
9.7
L
H
INVAR 36 75 30 RB80
-520
20
.317
(1.38)
0.30
120
(7.9)
2.1
1.2
L
M-H
SAE 1095 50 -340
16
Complete the design checklist on-line at: www.belttechnologies.com/englishguiderequest.htm
Checklist para projeto de cintas metálicas
Utilize folhas adicionais caso seja necessário colocar mais informações
No Reino Unido, Europa e Costa do Pacifico: Na América:
Belt Technologies Europe
4th Floor, Pennine House
Washington
Tyne and Wear NE37 1LY
United Kingdom
Tel: +44 (0)191-415-3010
Fax: +44 (0)191-415-0333
E-Mail: [email protected]
www.belttechnologies.co.uk
Belt Technologies, Inc.
Corporate Headquarters
11 Bowles Road
Agawam, MA 01001
USA
Tel: (413) 786-9922
Fax: (413) 789-2786
E-Mail: [email protected]
www.belttechnologies.com
DE:________________________________________________________________
Nós esperamos que esta
introdução tecnológica sobre cintas
metálicas, tenha ajudado a você
com a compreensão de aspectos
importantes do projeto e a qualificar
a sua aplicação. Nossa exclusiva
tecnologia com cintas metálicas
originais tem resultado em uma
grande variedade de soluções para
uma longa e crescente lista de clientes
satisfeitos. Nós iremos fornecer uma
lista dessas empresas com o seu
pedido.
Se você precisar de alguma assistência e
revisão do projeto entre em contato com um
engenheiro de vendas da Belt Technologies
por telefone, fax ou e-mail.
(Nome)
________________________________________________________________(Empresa)
________________________________________________________________ (Endereço)
________________________________________________________________
________________________________________________________________ (Tel / Fax)
1: Uso: TRANSPORTE INDEXAÇÃO TEMPORIZAÇÃO POSICIONAMENTO TRANSMISSÃO DE POTENCIA
Por favor, envie o checklist de projeto via
Fax junto com as suas informações de
pedido. Obrigado pelo seu interesse na Belt
Technologies.
2. Características de tamanho:
Largura da cinta ____________________
Numero de polias ______________ Centro da polia______________________
3. Carga:
Velocidade da cinta ____________________
Aceleração __________________ Diâmetro da polia____________________
Max Torque___________________
Carga estática ________________________
4. Características desejadas na cinta:
Resistência Precisão Limpeza Resistência a corrosão Condutibilidade térmica.
Máxima Temperatura ________________ ºC
ºF
5. Quantidades: Numero de cintas a ser cotado ______________ Numero de polias a ser cotado ___________
6. Por favor, incluir o diagrama de seu sistema.
Na America:
Belt Technologies, Inc.
Corporate Headquarters
11 Bowles Road
Agawam, MA 01001
USA
Tel: (413) 786-9922
Fax: (413) 789-2786
E-Mail: [email protected]
www.belttechnologies.com
No Reino Unido, Europa e Costa do Pacifico:
Belt Technologies Europe
4th Floor • Pennine House
Washington
Tyne and Wear NE37 1LY
United Kingdom
Tel: +44 (0)191-415-3010
Fax: +44 (0)191-415-0333
E-Mail: [email protected]
www.belttechnologies.co.uk
© 2011 Belt Technologies, Inc.
P-2/11

Documentos relacionados