Guia de Projeto e Referencia do Engenheiro Para Cintas Metálicas
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Guia de Projeto e Referencia do Engenheiro Para Cintas Metálicas
Guia de Projeto e Referencia do Engenheiro Para Cintas Metálicas Belt Technologies auxilia as empresas de nossos clientes a atingir o máximo desempenho de seus maquinários para operações de posicionamento de precisão, temporização, transporte, transmissão de potência, embalagem e operações automatizadas de fabricação. Por mais de 25 anos, nós fornecemos recursos abrangentes para aplicações específicas e fabricação de cintas metálicas, fitas metálicas e polias. Cintas metálicas possuem propriedades únicas que resultam em alta precisão de controle, longevidade e rentabilidade. Em muitos casos, são mais recomendáveis do que outros tipos de correias (como a borracha e fibra de vidro) para transmissão de potência ou controle de componentes em movimento (tais como atuadores lineares, parafusos guia e correntes). Freqüentemente a cinta metálica é a única opção para a aplicação. Para colocar em prática as vantagens do sistema de cintas metálicas, a Belt Technologies oferece amplas facilidades em suas próprias instalações: • Engenharia e Assistência técnica para desenvolvimento de projetos • Consultoria Metalúrgica • Fabricação com tecnologia a lazer • Ferramenta completa de Projeto e fabricação Nossas instalações são climatizadas e estão equipadas para produzir cintas metálicas, fitas de transporte (drive tapes) e polias complementares em Protótipo e produção em alta escala. Esse documento é fornecido para informação e referência. Ele é um guia de projeto, e não um livro de projeto. Belt Technologies não se responsabiliza por projetos que tenham usado este manual como base. Os leitores devem se sentir à vontade para entrar em contato com nossa equipe de engenharia para mais informações e consultoria sobre aplicações complexas ou casos atípicos. 2 INTRODUÇÃO Índice 3 POR QUE UTILIZAR CINTAS METÁLICAS EM SUA APLICAÇÃO 4 CINTAS METÁLICAS, FITAS DE ARRASTRE (DRIVE TAPES) E APLICAÇÕES 5-6 POLIAS Desenho Materiais Tolerâncias Tipos de Polias 7 TRATAMENTO DE SUPERFICIES Teflon Neoprene ou Uretano Silicone Anodização de revestimento duro Opções 8 - 14 Considerações de Projeto Diretrizes do projeto Carga Precisão Precisão de posicionamento Repetibilidade Compensação da cinta Temporização Tensão Rigidez da estrutura do sistema Flexão alternada Haste escorada Permeabilidade Magnética Arqueamento da cinta Temperaturas Elevadas Elasticidade da cinta Restrições imposta no projeto Vida útil da cinta 15 Apêndice: Materiais CHECKLIST do projeto da cinta metálica. Dentro da capa traseira Belt Technologies produziu esse guia para dar aos engenheiros uma referencia detalhada dos fundamentos de projeto de cintas de metal e aplicação da mesma, contendo tópicos como: • Porque utilizar cinta metálica em sua aplicação • Cintas metálicas, Cintas de arrastar (Drive Tapes) e Aplicações • Polias • Tratamento de Superfícies • Considerações de projeto • Vida útil da cinta • Materiais (Apêndice) Esperamos que as informações contidas nesse guia ajude você a compreender os inúmeros benefícios da cinta metálica e dê o conhecimento necessário que você precisa para especificar com confiança em cintas metálicas. Como não há dois clientes com as mesmas necessidades, a Belt Technologies projeta cada produto segundo as especificações exclusivas. Portando, é importante ter em mente que esse guia não contém todas as possibilidades de aplicações. Pode haver excelentes aplicações para cintas metálicas, talvez a sua, que não está descrita aqui. Nós convidamos você a entrar em contato com a Belt Technologies para discutir suas idéias com um membro do nosso grupo de engenheiros. Por favor, utilize o checklist de projeto que se encontra dentro da capa traseira para nos ajudar a entender melhor seu projeto. O sucesso de nossa companhia ao longo desses anos se deve a nossa habilidade de melhoria continua na ciência das cintas metálicas e o desenvolvimento de novas soluções. CAPITULO 1 - PORQUE UTILIZAR CINTA METÁLICA EM SUA APLICAÇÃO 3 Os engenheiros quando projetam cintas metálicas tem disponível algumas opções que eles não têm quando projetam com outro tipo de material. Algumas características e benefícios importantes são discutidos a seguir. • ALTA PROPORÇÃO RESISTÊNCIA/ PESO: Isso é uma vantagem em praticamente todas as aplicações onde há uma alta resistência e pouco peso ambos são importantes. • DURABILIDADE: Cintas metálicas podem resistir a extremas temperaturas, ambientes hostis e ao vácuo. Diversas ligas podem ser utilizadas, cada uma com sua própria resistência à produtos químicos, umidade e corrosão. Engenheiros geralmente seleciona o material da cinta, baseado nas propriedades físicas, disponibilidade e custo. • NÃO NECESSITA DE LUBRIFICAÇÃO: Ao contrário das conexões das correntes, uma cinta metálica é só um elemento, portanto não gera atrito para requerer lubrificação. Isso reduz manutenção no sistema, aumenta a confiança e mantêm o sistema limpo. • NÃO DILATANTE: Molas de aço com um alto grau de elasticidade faz com que as cintas metálicas sejam virtualmente não dilatantes se comparadas com outros tipos de cintas e correntes. Isso faz com que elas sejam ideais para aplicações de alto desempenho com relação à precisão de posicionamento. • OPERAÇÕES SUAVES: Cintas metálicas estão livres de trepidação freqüentemente vistos em outros tipos de cintas e correntes. Isso resulta em precisa tradução do sistema de controle com o perfil de movimento. • PRECISÃO E REPETIBILIDADE: As cintas de temporização metálicas podem ser fabricadas com uma precisão de ±0.0005 polegadas (±0.013 mm) de ponta a ponta. Esse alto grau de precisão é extremamente valioso para o desenvolvimento do projeto de equipamentos de indexação, posicionamento ou processamento. BOA CONDUTIVIDADE TÉRMICA E ELÉTRICA: Cintas metálicas podem transmitir energia em forma de calor, frio ou eletricidade. • NÃO ACUMULA ESTÁTICA: Cintas metálicas descarregam energia estática, uma capacidade crucial na fabricação de componentes eletrônicos, tais como circuitos integrados e dispositivos de montagem em superfície. • LIMPEZA: Ao contrário das cintas de HTD ou cintas de Neoprene plano, as cintas metálicas não geram partículas e são ideais para processos alimentícios e farmacêuticos. • COMPATIBILIDADE COM SALAS ESTÉREIS: Cintas metálicas não requerem lubrificação e não geram poeira que possam introduzir substâncias estranhas dentro da salas estéreis. Adicionalmente, elas podem ser esterilizadas em autoclave. • CONSTRUÇÃO PRECISA: As bordas são lisas e as dimensões são rigorosamente precisas. 4 CINTAS METÁLICAS, FITAS DE ARRASTAR (DRIVE TAPES) E APLICAÇÕES CAPITULO 2 CINTAS PLANAS: Cintas metálicas planas são criadas soldando as duas extremidades, tornandose uma cinta metálica sem fim. Técnicas de soldagem, que utilizam alta energia, foram utilizadas pioneiramente no programa espacial, um tipo de solda de alta integridade que é forte e homogênea. Algumas das típicas aplicações para cintas metálicas planas incluem: • Transmissão • Termo selagem • Fundição • Formação de imagem CINTAS E ACESSÓRIOS: Cintas metálicas perfuradas podem ser acopladas com acessórios de precisão mecanizados, fundido ou moldado para fornecer precisão de posicionamento e repetibilidade insuperáveis, para atuar como um dispositivo de transporte de produto, ou controlar estágios específicos de um processo de fabricação. As aplicações incluem: • Posição de indexação precisa para montagens automatizadas. • Armaçáo detransmissâo de condutores • Linhas de transmissão temporizadas • Sistemas de Embalagem CINTAS PERFURADAS: FITAS DE TRANSPORTE (DRIVE TAPES): Cintas perfuradas são cintas metálicas planas fabricadas com furações precisas podendo ser produzida mecanicamente ou utilizando métodos sem impacto. Elas são utilizadas em aplicações como: Fitas metálicas de transporte são fabricadas com a mesma alta qualidade das cintas metálicas, mas ao contrário das cintas metálicas elas tem fim. Fitas de transporte contém no fim, acessórios ou perfurações. Elas podem trabalhar com zero ou perto de zero de atraso, sem problemas, em aplicações que incluem: • Temporização • Posicionamento do carro • Transmissão de vácuo. • Transmissão por bobinas • Indexação Figura 1. CINTAS PLANAS COMBINAÇÕES CINTAS/FITAS: Freqüentemente, combinações de opcionais com cintas são necessárias para satisfazer os objetivos do sistema. Acessórios ou cavidades podem ser utilizadas para localizar os componentes, enquanto um espaço vazio através da perfuração da cinta é empregado, para assegurar que o componente está em seu lugar durante o transporte. Pode ser desenvolvido específicas geometrias de borda para alojar diversos tipos de componentes, enquanto acessórios localizam os componentes e satisfazem a temporização requerida. Entre as aplicações incluem: • Assentamento temporizado de peças • Orientação e transporte de componentes • Inspeção Automatizada de dimensional e elétrica • Embalagem em alta velocidade • Corte Figura 5. COMBINAÇÕES CINTAS/FITAS: Figura 2. CINTAS PERFURADAS Figura 4. FITAS DE TRANSPORTE (DRIVE TAPES) Todas as cintas e fitas de transporte metálicas circulam em torno de polias. A Belt Technologies customiza os projetos e produz polias que aperfeiçoam a especifícas características das cintas metálicas. PROJETO: A maioria das polias para sistemas de cintas trazem uma das três formas: Redonda (round stock), viga dupla T(I-Beam) ou Tubo coroado (Capped Tube). Qualquer um desses modelos podem ser projetados com cavidades temporizadas para transmissão, canais de alívio, dentes temporizados tradicionais ou rolamento temporizados patenteado pela Belt Technologies. Redondas (round stock) Devido ao seu relativo baixo custo, Polias redondas são incorporadas na maioria dos projetos. Normalmente, Polias redondas são utilizadas em tamanhos de até 6” (152mm) de diâmetro exterior e largura de até 4” (102mm). Viga dupla T (I-Beam) À medida que o diâmetro e a largura aumentam, a inércia de rotação pode requerer uma polia com secção transversal do tipo I-Beam. Um perfil I-beam é construído em torno de uma polia redonda, mantendo a integridade estrutural e ao mesmo tempo, removendo consideravelmente o peso, então os efeitos da inércia de rotação serão reduzidos. Fazendo furos na secção reduz ainda mais o peso. • Posicionamento do carro • Plotadoras • Braços robóticos • Leitura/escrita de posicionamento de cabeça • Transporte de elementos ópticos Figura 3. Cintas com acessórios: 5 Tubo coroado (Capped Tube) Essas polias utilizam tampas laterais acoplados às extremidades da polia redonda com espessura de parede suficiente para assegurar a resistência adequada. A polia é montada com esse sistema para satisfazer as rígidas especificações de excentricidade e ECG. Novamente, é crucial reduzir o peso sem comprometer a resistência da polia. CAPITULO 3 MATERIAIS: Para atender as necessidades de sua especificação, as polias podem ser fabricadas de uma grande variedade de materiais. Alumínio Alumínio com uma dura camada anodizada é freqüentemente escolhido. A combinação é forte, leve, rígida e excelente custo benefício. Temperaturas extremas podem ser um fator de limite, e saída de gazes podem ser um problema em ambientes de vácuo. POLIAS Aço inoxidável Operações em ambientes corrosivos, aço inoxidável é uma boa escolha. Aço inoxidável também oferece excelentes características de resistência e força. Há muitas diferentes ligas disponíveis, cada uma com vantagens especiais. Não metais Certamente plásticos podem oferecer excelentes características de resistência e força. Em algumas aplicações e em alto volume, as polias de plástico podem ser mais baratas do que polias metálicas. TOLERÂNCIAS: Tabela 1 mostra típicas tolerâncias, de um projeto básico de polias, dimensões de temporização e atrito. Essas tolerâncias são aplicáveis para os três tipos de polias citadas acima: Redondas, viga dupla e tubo coroado. Tabela 1. “ Tolerância de polias com até 14” de diâmetro Temporização da polia pulgadas (mm) Atrito da Polia Polegadas (mm) Diâmetro de suporte da cinta (D. externo) ±0,0015” (0,025) ± 0,002 (0,051) Largura da face ±0,010” (0,127) ±0,010” (0,127) +0,001”/-0,0000” (+0,025/-0,00) +0,002”/-0,0000” (+0,051/-0,00) Diâmetro do furo Concentricidade 0,002” (0,025) Localização de temporização ±10 segundos de arco 0,002” (0,025) N/A POLIAS CAPITULO 3 TIPOS DE POLIAS: Mesmo com todas as variações de formatos, materiais e características de projeto, polias geralmente servem para um dos dois propósitos citados: Transmissão por atrito ou temporização. Figura 6. Polias com cavidades e com esferas 6 Transmissão por atrito Polias de transmissão por atrito geralmente são exatamente planas e sem nenhum elemento temporizador. Geralmente não é recomendada a coroação das faces da polia. Para discutir o porquê dessa recomendação, por favor, entrar em contato com um engenheiro da Belt Technologies que está familiarizado com a dinâmica das cintas metálicas. Quando a coroação é apropriada, duas geometrias podem ser utilizadas: Raio completo e trapezoidal. Uma coroa de raio completo é menos prejudicial à cinta, mas é mais difícil de fazer e, portanto mais caro. A coroa trapezoidal é mais barata e trabalha melhor, mas deve ser evitada em aplicações que tenham alta carga de tensão na cinta, devido aos picos de tensão entre os pontos de transmissão da coroa e as superfícies anguladas. Misturando esses pontos pode ajudar, mas não eliminar os altos picos de tensão. Temporização Polias temporizadas têm dente ou compartimento, localizado de forma radial em torno do diâmetro externo do corpo da polia. Os dentes se juntam aos furos temporizados na cinta metálica; Compartimentos se juntam aos pontos de transporte no interior da circunferência da cinta. Deve ser notado que mesmo que nessas polias, o transporte é realizado por força de atrito gerado entre a cinta plana e as superfícies da polia. Os dentes ou compartimentos são utilizados somente para temporização e não para transmissão de força. Os elementos temporizadores em especial os dentes temporizadores devem ser bem resistentes. A resistência é essencial para assegurar um mínimo desgaste do sistema devido ao constante contato entre polias e cinta. Por exemplo, a polia patenteada pela Belt Technologies utiliza esferas endurecidas como dentes. Quando projetar um sistema de duas polias, a polia de transmissão deverá ser temporizada enquanto a roldana ou polia arrastada deve ser movimentada por atrito com canais de alívio de carga se necessário. NOTA: Polias de Atrito e temporizadas podem ser projetadas como “rolos de corpo estreito”. Essencialmente, “rolos de corpo estreito” é uma polia que a largura é mais estreita do que a largura da cinta que esta passando por ela. Elas podem movimentar a cinta mais facilmente, reduzir o peso total da polia e também o custo. A face da polia é tipicamente maior do que metade da largura da cinta. CAPITULO 4 TRATAMENTOS DE SUPERFICIE 7 Tratamentos de superfície dão ao engenheiro a oportunidade de modificar propriedades naturais da superfície da cinta metálica, fita metálica ou polia. Tratamento de superfície pode ser aplicado em uma ou em ambas as superfícies da cinta, fita ou polia. Métodos de aplicação incluem revestimento, galvanização, laminação e colagem. Dependendo do método selecionado, a espessura da superfície de tratamento pode ser menor do que 0,002”. A superfície pode ser uniforme ou ter compartimentos na superfície para transportar pequenos componentes, perfurado ou cortes em matriz. Furos de vácuo podem ser combinados com compartimentos para melhorar a orientação e retenção de partes sensíveis durante o transporte. Para ver as principais características mecânicas e físicas das mais populares superfícies de tratamento vija a tabela 2. Figura 7. Tratamentos de superfície TEFLON®: Teflon tornou-se uma palavra familiar no revestimento das panelas antiaderentes. Teflon está atualmente disponível em várias formulações, cada uma tendo diferentes propriedades de operação com relação às características de liberação, lubrificação, resistência a desgaste, range de temperatura e cor. ECLIPSE®: Revestimento de Eclipse é aprovado mediante as normas do FDA, tem alto coeficiente de transferência térmica e extremamente resistente a o desqaste das camadas. É o único tri-camada, alto coeficiente de cura, reforçado internamente, a superfície antiaderente proporciona resistência a abrasão dez vezes maior do que a do teflon. Eclipse é resistente a produtos domésticos e tem características antiaderentes elevadas, resistente a corrosão e trabalha em altas temperaturas, diferente de todos os outros revestimentos antiaderente, a primeira camada contém uma mistura cuidadosamente escolhida e combinações de resinas. A segunda camada, na verdade é igual à primeira camada e é utilizada em sistemas mais reforçados, também contém um elemento de reforço especial, enquanto a última camada é rica em polímeros de flúor e é totalmente dedicada a liberação de propriedades antiaderentes. URETANO OU NEOPRENE: Uretano, células abertas ou fechadas de Neoprene alteram o coeficiente superficial de atrito da cinta metálica e também podem atuar como um abrigo para partes delicadas. Esses materiais fixam com segurança uma cinta metálica. Antes da colagem, eles podem ser moldados quando um específico compartimento geométrico for importante. SILICONE: Quando o ambiente não é adequado para outros tipos de revestimento, silicone pode ser uma boa opção. Silicone apresenta propriedades únicas, como excelente contato com superfícies, capacidade de suportar temperaturas elevadas e de extrema flexibilidade. Colar cintas metálicas com silicone pode ser difícil, mas existem soluções praticas para isso. MATERIAL A anodização de revestimento duro é um processo eletroquímico usado para aumentar as propriedades como a dureza, características de desgaste e resistência a corrosão das polias de alumínio. O processo forma uma camada de óxido de alumínio tornando-se parte integral do metal, não somente penetrando, mas também reforçando a superfície da polia. A espessura do revestimento é uniforme e reflete na precisão da polia. OPTIONS: As opções para tratamento de superfícies são tão extensas que não podem ser citados completamente nesse documento. Nos tratamentos menos usuais podem incluir compostos de fluoro carbonetos, revestimento de cobre, chapeamento de ouro e adesão de diamante em pó. Especificações apropriadas deverão ser utilizadas em função da aplicação e da tecnologia. Os engenheiros da Belt Technologies terão o prazer de discutir questões relacionadas às suas necessidades especificas. Tabela 2. Características de tratamentos de superfície RANGE DE ESPESSURA polegadas (mm TEMPERATURA COR TEFLON® TFE Antiaderente até 600º F até 315º C Preto Verde TEFLON® FEP Resistente a corrosão Baixas temperaturas até 428º F 0,001” a 0,030” Metálico até 220º C (0,025 a 0,75) Cinza Acima de -328º F Acima de -200º C DE REVESTIMENTO PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS ANODIZAÇÃO DE REVESTIMENTO DURO: 0,001” (0,025) TEFLON® SILVERSTONE Contato com alimentos até 600º F aprovado até 315º C 0,001” a 0,006” Metálico (0,025 a 0,15) Cinza TEFLON® 550 Teflon resistente contra desgaste até 446º F até 230º C 0,001” a 0,0015” Preto (0,025 a 0,038) GOMA DE SILICONE Excelente liberação Alta fricção até 392º F até 200º C 0,004” (0,10) POLIURETANO Alta fricção Moldável até 158º F até 70º C 0,008” a 0,125” Várias (0,203 a 3,175) GOMA DE NEOPRENO até 158º F até 70º C 0,016” a 0,250” Preto (0,40 a 6,4) Compressibilidade Cavidades cortadas em matriz Varias CONSIDERAÇÕES DE PROJETO CAPITULO 5 8 NOTA PARA O PROJETISTA: Com as informações das seções anteriores, você tem informações suficientes para começar a projetar sua cinta metálica. Essa seção se baseia nas seções anteriores incorporando elementos que irão ajudar você a aperfeiçoar o desempenho do sistema. Uma vez que cada desenho é único, não é possível discutir todas as considerações de desenhos aqui. Você está convidado a rever seu desenho, números e métodos junto a um engenheiro da Belt Technologies. PAUTA DO DESENHO DO SISTEMA: Qualquer sistema com cintas metálicas são geralmente melhores quando seguidos os seguintes diretrizes abaixo: • Utilize menos polias possíveis. • Utilize polias com diâmetros grandes. • Utilize sistemas de polias que evitem flexão alternada. • Utilize uma grande relação entre comprimento e largura. CARGA: O projeto adequado do sistema inclui uma análise de todas as cargas transmitidas para a cinta em uso. Além disso as condições de operação em regime permanente, deverão ser consideras, todas as condições anormais ou intermitentes tais como grandes cargas repentinas, altas cargas de arranque ou indexação. Em geral, a cinta deve ser projetada para suportar sobre-cargas, caso isso ocorra, não deverá exceder a resistência máxima da cinta. Para determinar o fator de tensão máxima em qualquer cinta, some os resultados dos quatro próximos passos. Figure 8. Loading Stress 1. Determine a carga de trabalho na cinta (Fw). A carga de trabalho pode ser determinada pela nota de torque do motor, a carga pode ser movida ou acelerada ou pela análise de requisitos do sistema. Para um sistema simples de duas polias como é mostrada na figura 8, a carga de trabalho na cinta (Fw) é Fw = F1 – F2, onde: D1 e D2 = Diâmetro das polias t 1 e t 2= torque nas respectivas polias 2. Determine a máxima carga (F1) na cinta. Desde que Fw = F1 – F2 como foi mostrado nas duas polias no exemplo do passo 1, F1 é a maior força na cinta. Para projetar a condição de tensão resultante dessa força, é preciso calcular este valor. Para que um sistema de transmissão por fricção opere sem nenhum tipo de deslizamento, duas forças, F1 e F2 estão demonstradas pela formula: 3. Determinar a tensão de flexão (Sb) na cinta. 4. Determinando a tensão total (St) na cinta. Uma significante tensão é induzida na cinta metálica à medida que a mesma é flexionada sobre a polia. Essa tensão deverá ser calculada e somada à tensão de trabalho Sw (Veja passo 4) para determinar a tensão total St na cinta. A tensão total na cinta é a soma da tensão de trabalho (Sw ) mais a tensão de flexão(Sb ). St = Sw + Sb A fórmula para determinar a tensão na cinta é: Et Sb = (1- u2)D Onde: Onde: b = largura da cinta E = Coeficiente de elasticidade em psi. t = Espessura da cinta t = Espessura da cinta em polegadas. Belt Technologies recomenda que St não ultrapasse 1/3 do limite de deformação do material da cinta. Para mais informações, por favor, contatar um engenheiro da Belt Technologies. D = Menor diâmetro de polia em polegadas. F1 e F2 = força na cinta em cada uma das polias em Newtons Fw é uma relação do torque pela equação: Fw= t1 = t2 1/2D1 1/2D2 E pela energia através da equação: Fw= 33000 x HP V Onde: V = velocidade em ft/min E pela aceleração através da equação: Onde: Fw=ma=(L/g) x a L = Carga na cinta em lbs. g= 32,2 ft/sec2 a = Aceleração da carga em ft/sec2 F1 - Fc = e mu F2 - Fc Onde: e = 2,71828 µ= coeficiente de fricção entre a correia e a polia. u = anglo em radianos do envoltório da correia com a polia. Fc = Força centrífuga atuante na cinta. Para cinta metálica com acabamento regular (standard) (como 0,4µ) operando em um maquinário com polia metálica, experiências anteriores, tem mostrado que o rariação em µ está entre 0,25 e 0,45. Uma vantagem de uma fina cinta metálica é que Fc é normalmente insignificante e pode ser desconsiderado. Assim, na maioria dos casos, a fórmula pode ser simplificada por: F1 F2 =e mu Substituindo F2 e resolvendo F1, isto tornase: mu Fw e F1 = mu e -1 CAPITULO 5 CONSIDERAÇÕES DE PROJETO 9 F Sw = 1 bxt u = Coeficiente de Poisson Este cálculo exige a espessura da cinta e o diâmetro da polia. O diâmetro da polia pode ser o mais fácil para determinar devido à limitação de espaço ou outros requerimentos do projeto. Sendo assim, escolha o máximo diâmetro de polia, em seguida calcule a espessura adequada da cinta com base na tabela 3. Tabela 3. Vida útil da cinta. RELAÇÃODODIÂMETRO DAPOLIAPOR ESPESSURADACINTA EXPECTATIVADEVIDA ÚTIL DAPOLIA 625:1 1,000,000 Ciclos ou superior 400:1 500,000 333:1 165,000 200:1 85,000 As relações são baseadas em um sistema de arraste por fricção de duas polias. Belt Technologies recomenda uma tensão de 1000 psi (6,9 N/mm2) por cintas temporizadas e 2000 - 5000 psi (13,8 – 34,5 N/ mm2) por cinta plana. TAMANHOS TÍPICOS E ESPECIFICAÇÕES A variação de espessuras para cintas metálicas normalmente é de 0,002” (0,51mm) a 0,032” (0,8mm) resultando em polias de 2”(50mm) a 10” (254mm) de diâmetro. Uma típica cinta metálica com espessura de 0,005” (0,127mm) e com uma vida útil de 1.000.000 ciclos irá requerer polias com 3,125” (79,4mm) de diâmetro. Os tamanhos podem variar dependendo da aplicação e da carga considerada, então, por favor, entre em contato com um engenheiro vendedor da Belt Technologies para ajudá-lo com seu projeto. Nesse momento é necessário selecionar vários parâmetros e realizar cálculos para encontrar a melhor combinação que irá satisfazer seu projeto. Obviamente, utilizando uma cinta mais larga reduzirá a tensão de trabalho sem alterar a tensão de flexão. Polias com grandes diâmetros reduzem a tensão de flexão e possibilita o uso de cintas mais espessas, tornando a tensão de trabalho menor. CONSIDERAÇÕES DE PROJETO CAPITULO 5 PRECISSÃO NO COMPRIMENTO DA CINTA: Uma das mais importantes vantagens da cinta metálica é a sua total precisão. As cintas perfuradas ou cintas com acessórios podem ser fabricadas com uma precisão de ±0,0005”.Cintas planas e cintas de arrasto podem também ser fabricadas com alto grau de precisão. COMPRIMENTO DA CINTA: Para calcular o comprimento da cinta metálica use a formula abaixo. É importante conhecer o projeto ideal para o seu sistema antes de calcular o comprimento. Maiores diâmetros de polias geralmente proporcionam uma melhor vida útil à cinta e o diâmetro da polia pode ser usado para determinar a espessura da cinta. Veja a tabela 3 para a expectativa de vida útil. Uma vez que o diâmetro máximo é conhecido, divida o mesmo pelo diâmetro da polia e assim conhecer a razão da espessura da cinta e (ver na tabela 3) a vida útil ideal para a sua aplicação. As cintas tem normalmente uma espessura dentro do seguinte variação 0,002” [0,05mm] a 0,032” [0,813mm] e normalmente o diâmetro das polias é maior de 2” . L=(2 x C)+(D + t) p Onde: L = Comprimento da cinta C = Distância média entre as duas polias D = Diâmetro da polia t = Espessura da cinta p = 3,14159 Isso define o comprimento adequado para sistemas de cinta de metal que incorporam duas polias de diâmetro idênticas. Para sistemas com múltiplas polias ou de diferentes diâmetros, entre em contato com engenheiro de vendas da Belt Technologies. Informações de contato estão listadas dentro da capa traseira. 10 Elasticidade da cinta: Desajuste: Cintas metálicas são únicas, como elas não irão esticar em normal operação, ou seja, depois de atingir a tensão normal da pré carga. Para calcular a elasticidade pré carga para uma cinta metálica plana use a seguinte equação. Para cintas perfuradas, por favor, entrar em contato com um engenheiro de vendas da Belt Technologies. Sistemas com zero ou quase zero desajuste podem ser atingidos com o uso de cintas metálicas. Se executadas em pares ou com idéias de projetos criativos, essas unidades podem ser utilizadas em qualquer lugar que exija tolerâncias rígidas para posicionamento. A ilustração abaixo demonstra duas típicas sugestões de sistema de desajuste zero. DL = PL/AE Onde: DL = Elasticidade em polegadas P = Tensão de carga em libras L = Comprimento inicial da cinta em polegadas Sistemas com zero desajuste A = Área de secção transversal em polegadas Passiva Saída (Veja tabela de matérias na pagina 15) Aproximadamente 360º de rotação da polia A precisão de posicionamento é diretamente relacionada ao ponto de tolerância da cinta, tipicamente em torno de ±0,0005” (0,013mm) para cintas metálicas temporizadas. O ponto de acumulação pode ser gerenciado com ferramentas customizadas, como demonstrado através de Pl na figura 9, ou negativamente como demonstrado através de Ps em alguns gráficos. Por favor consulte um Engenheiro da Belt Technologies em sua exigência. Figura 9. Precisão de posicionamento Repetibilidade é a habilidade de um simples ponto, retornar a posição inicial após sucessivas rotações da cinta, dentro de uma tolerância especificada. Ativa E = Modulo de Young Precisão de posicionamento: Repetibilidade: Rotação da polia - 340º Ocioso CAPITULO 5 CONSIDERAÇÕES DE PROJETO 11 Porque cintas metálicas não têm características elásticas, tipicamente a variação de repetibilidade é de 0,002” (0,051mm) a 0,005” (0,127mm). Para cintas planas, perfuradas, com acessórios ou fitas de transporte, movimentos precisos podem ser calculados com um alto grau de precisão. Contate um engenheiro de vendas da Belt Technologies para ajudá-lo a determinar as especificações do seu sistema. COMPENSAÇÃO DA CINTA: Dado que uma cinta metálica não irá esticar sobre tensão, compensação de uma cinta metálica é mais difícil do que outros tipos de cintas. Uma cinta metálica não irá esticar para compensar, por: • Falta de esquadria ou alinhamento do sistema • Deflexão não controlada do eixo da polia • Cargas diferenciais • Curvatura da cinta Entre todos os elementos, o Engenheiro de projeto está menos familiarizado com a curvatura da cinta. Curvatura ou um arco de pontas é o desvio de uma extremidade da cinta a uma linha reta. Toda cinta tem alguma curvatura. A curvatura de uma cinta metálica é tipicamente pequena como 0,050” (1,27mm) em 8’(2,44mm). Quando se utiliza uma cinta em um sistema quadrado de duas polias tensionadas, um lado da cinta irá tencionar mais do que o outro, porque um lado tem uma circunferência menor. Isto irá fazer com que a cinta transfira a tensão para o lado mais frouxo quando for rotacionada. O objetivo principal de qualquer técnica de compensação é neutralizar a influência das tensões e forças de compensação negativas acumuladas (anteriormente definida como sistema de esquadria, deflexão não controlada do eixo da polia, cargas diferenciais e a curvatura da cinta) com tensões e formas controladas, para que assim a cinta possa trabalhar perfeitamente no sistema. POLIA REGULAVÉL Belt Technologies patenteou uma polia com ajuste independente (ISP) para auxiliar no monitoramento de todas as cintas planas, incluindo cintas metálicas. Em sistemas automatizados, o ISP pode ser equipado com sensores e um pacote de servos motores para total automatização do sistema com cintas metálicas. Entre em contato com um engenheiro de vendas da Belt Technologies para maiores informações sobre polia de ajuste independente (ISP) e como ela pode beneficiar a sua aplicação. Figura 10. Repetibilidade Figura 11. Curvatura Três técnicas básicas são utilizadas para compensar sistemas de cintas utilizando polias por fricção, polias de temporização ou ambas: • Ajuste do eixo das polias • Coroação da polia de acionamento de fricção • Compensação forçada Figura 12. Compensação CONSIDERAÇÕES DE PROJETO CAPITULO 5 Ajuste do eixo da polia: Figura 13. Pulley Axis Adjustment Ajuste do eixo da polia em sistemas de cintas metálicas, como demonstrado na figura 13, é a mais efetiva forma de balancear a cinta metálica. As tensões na beira da cinta são alteradas em um modo controlado, portanto balanceando a cinta. A técnica é igualmente aplicada para ambas ás faces planas e coroadas da polia. O ideal é que ambas as polias, tanto a ativa quanto a passiva tenham seus eixos ajustáveis. Na realidade, somente a passiva é ajustada. A polia ativa, normalmente é difícil de ser ajustada devido á interface com motores ou outra fonte de transmissão de potência. Polias Coroadas De Transporte Por Fricção Quando Polias Coroadas de transporte por fricção devem ser utilizadas, isso deve ocorrer em conjunto com ajuste do eixo, não no lugar de le. Isto ocorre porque polias coroadas não irão centralizar-se automaticamente com a cinta metálica. Polias coroadas trabalham melhor com cintas finas, devido á face da cinta necessita restar em contato com a face coroada da polia. Enquanto a tensão crescente pode ser utilizada para atingir a conformidade entre a polia e a cinta, porém a tensão não pode ser tão alta ao ponto de causar deformação permanente na cinta. A melhor face geométrica para polias coroadas é um raio completo e a coroação da polia menor do que a espessura da cinta. Figura 14. Forced Tracking 12 Balanceamento forçado Em casos onde o simples ajuste dos eixos não é suficiente para eliminar o desbalanceamento, métodos de balanceamento forçado tais como rolamentos excêntricos ou flanges de fibra de vidro Teflon® podem ser necessários e aceitáveis. A relação do sistema pode precisar ser alterada, como usando uma cinta mais espessa do que pode ter sido recomendado anteriormente, já que as técnicas de balanceamento forçado podem contribuir para a diminuição da vida útil da cinta metálica. Uma técnica alternativa de balanceamento forçado para cintas mais largas emprega uma cinta em V ligada à circunferência interna da cinta metálica. Essa correia de dois elementos a Belt Technologies chama de Metrak©, distribui as tensões do balanceamento na cinta em V mais do que na cinta de metal, maximizando assim a vida útil da cinta. (Figura 14) Dentes temporizados, discutidos na próxima seção, são somente para temporizar e não devem ser utilizados como mecanismo de balanceamento. Temporização: Polias temporizadas para cintas metálicas contem dentes ou cavidades, acoplando cada perfuração da cinta ou compartimentos de transporte. Cuidados devem ser sempre tomados no projeto de polias temporizadas para garantir que todos os elementos temporizados tenham um raio e envolto esférico. Isto garante um engate e desengate suave da cinta com a polia. Para evitar problemas previstos com tolerâncias a diferença de diâmetros entre a parte ativa e passiva deve ser pelo menos ±0,005” (0,127mm) a ±0,007” (0,178mm). Aplicações com desajuste zero ou quase zero é um caso especial. Quando construída uma polia dentada, cada dente temporizado é inserido em um furo do corpo da polia. Deve-se ter muito cuidado no posicionamento de cada dente para assegurar a precisão. Quando se projeta uma polia temporizada é fundamental que o diâmetro do passo dos dentes sejam neutro com relação ao eixo da cinta (metade da espessura da cinta para cintas planas) e não à base. Desde que as cintas metálicas são finas, há uma tendência de se desprezar sua espessura no cálculo do diâmetro de suporte da cinta da polia. Se não incluir a espessura no cálculo irá causar um desbalanceamento nos elementos de temporização. O diâmetro de suporte da fita pode ser calculado através dessa formula: D = NP p –t Onde N = número de distância oa dentes na polia P = perfuração de passagem t = espessura da cinta CAPITULO 5 CONSIDERAÇÕES DE PROJETO 13 TENSÃO: Os sistemas de arraste por fricção podem trabalhar com pouca tensão como uma corrente de bicicleta ou, com bastante tensão como uma corda de guitarra. A tensão da cinta é extremamente importante em sistemas temporizados e deve se manter sempre o mais baixa possível. Em geral, baixas tensões aumentam a vida útil da cinta e reduz o desgaste de outros componentes do sistema. A tensão na cinta não deve ser elevada com o intuito de diminuir a curvatura entre as polias (veja CURVATURA DA CINTA, nesta página). Sobre tensão na cinta pode desenvolver um arco transversal (cross bow) similar ao de uma fita métrica. Alem do arco transversal (cross bow), sobre tensões irão causar movimentos irregulares, redução da repetibilidade e da vida útil da cinta. A tensão da cinta deve ser determinada pelo funcionamento do sistema e ser ajustado para a menor tensão de trabalho possível. Isto pode ser obtido através do uso de cilindros de ar, molas ou parafusos tipo jack. Belt Technologies recomenda 1000 a 5000 psi (6,9 a 34,5 N/mm2) para sistemas de fricção e 1000 psi (6.9 N/mm2) para sistema de temporização.. Figura 15. Polias temporizadas RIGIDEZ DA ESTRUTURA DO SISTEMA: Uma rígida estrutura do sistema é necessária para permitir finos ajustes para a temporização e compensação da cinta. Caso exista uma flexão descontrolada no sistema, o sistema irá arquear quando a cinta for tensionada. Descompensando uma força (arqueamento do sistema) com a outra força (ajuste do eixo) não irá produzir um sistema controlado e pode resultar em problemas de balanceamento. Para ter certeza que qualquer ajuste de eixo está controlado, é importante projetar o sistema com suficiente rigidez. FLEXÕES ALTERNADAS: O melhor projeto de sistema utilizando duas polias. Adicionando flexões alternadas e esforço de tensão no sistema, estará comprometendo a vida útil da cinta. Devido a cada polia poder ter uma influência de direcionamento, problemas com balanceamento irão surgir. EIXO ESCORADO (CANTILEVERED SHAFTS): É preferível que o eixo das polias tenha terminações de pontos sólidos em suas extremidades. Eixos escorados podem criar um pivô. Quando tensões são introduzidas, a haste pode envergar, causando problemas de balanceamento. Caso os eixos escorados sejam necessários, sua rigidez deve ser assegurada através da rigidez da estrutura e da haste. PERMEABILIDADE MAGNÉTICA: Permeabilidade magnética é comumente definida pela capacidade de uma substância realizar magnetismo com relação ao ar, que tem uma permeabilidade 1. A série trezentos do aço inoxidável é considerada não magnética, mas o trabalho frio usado para produzir molas temperadas e alta resistência à tensão resultam em um acréscimo da permeabilidade magnética. Portanto a série 301de dureza plena tem uma maior permeabilidade magnética do que a série 301 de dureza média. Geralmente, o aço inoxidável 316 tem menos permeabilidade magnética, mas é difícil obter a condição de dureza plena. Consulte o Apêndice para ver as propriedades nominais de permeabilidade magnética das mais comuns cintas metálicas disponíveis. CURVATURA DA CINTA: Quando a distância entre as polias é longa, a cinta pode ficar flácida. Mesmo o lado com mais tensão terá alguma flacidez. Para garantir as propriedades de tensão e prevenir a flacidez, arraste a superfície de trabalho da cinta para uma superfície de suporte estacionária com materiais de ultraalto peso molecular (UHMW). CONSIDERAÇÕES DE PROJETO CAPITULO 5 TEMPERATURAS ELEVADAS: Se uma cinta metálica está exposta a alta temperatura, é crucial que o material selecionado para a cinta, bem como acessórios e/ou tratamentos de superfície sejam capazes de suportar a alta temperatura. Também deve ser considerada a expansão e contração dos materiais com a variação da temperatura. Alterações devida a temperaturas irão impactar na temporização, balanceamento, tensão, nivelamento e outros fatores. A tabela 4 lista as principais ligas utilizadas especificando a variação de temperatura com o correspondente coeficiente de expansão térmica e limite de deformação. A tabela 5 ilustra como propriedades físicas de 17-7 CH-900 mudam em função da temperatura. 0.2% Yield Strength, ksi Ultimate Tensile Strength, ksi Tabela 5. Propriedades Físicas x Mudança de Temperatura (17-7 CH-900) 260 240 220 LIGA TEMPERATURA RANGE ºF (ºC) CCOEFICIÊNTE MÉDIO DE EXPANSÃO Térmica 10-6IN/IN/ºF (cm/cm/ºCx10-6) Inconel® 718 Composição temperada 800º to 1,000º (425 to 540) Tabela 4. Característica das principais ligas em altas temperaturas Deformação gradual da Cinta Deformação gradual da cinta é um fenômeno associado com potência transmitida entre as polias de transmissão e ao membro de tensão da cinta. Devido à deformação gradual da cinta em um sistema de arrasto de fricção, a polia na verdade irá mover-se ligeiramente mais rápida do que a cinta. Veja a Figura 16. Os 180° entre a polia ativa e a cinta são divido em dois arcos: 180 Aplicações particularmente exigidas, tais como as que envolvem altas temperaturas, ambientes extremamente corrosivas ou incomuns requisitos elétricos ou magnéticos podem impedir o uso de certas ligas de cintas metálicas e fitas de transporte. A seguinte tabela resume critérios importantes na seleção de materiais. 160 to135 (1100 to 930) 220 to 170 (1500 o 1170) 8.4 (15.1) RESTRIÇÕES IMPOSTAS AO PROJETO: 157 to 155 (1080 to 1070) Restrições de aplicações, tais como as limitações de espaço, incomuns como químicos, térmico, elétrico ou requisitos do sistema podem necessitar de um projeto com concessões de ambos os lados. Considere esses exemplos: Figura 16. Teoria de deformação gradual AB é o arco livre. BC é o arco efetivo. B T1 A V1 V2 C T2 devido ao diferencial de força aplicadas na cinta enquanto ela passa em torno da polia. Enquanto o deslizamento em contato ocorre, forças de atrito são desenvolvidas para igualar a variação da tensão na cinta e se transmite a potência. 240 • O arco livre (onde não tem força transmitida) 220 200 180 • O arco efetivo, também chamado de anglo de deslizamento (Onde a transmissão de potência ocorre) 6 4 2 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000ºF Entre o arco livre, a superfície da cinta e da polia existeum contato estático e nenhuma potencia é transmitida. A cinta se desliza sobre a polia com tensão lateral T1 e velocidade V1 que corresponde à velocidade V1 da superfície da polia de arraste. A velocidade e a tensão permanecem constantes através do contato contínuo com o arco livre Entre o arco efetivo, a superfície da cinta e da polia existeum contatode des lizanento, e a velocidade da superfície da polia é maior do que a da cinta. Esse fenômeno é causado pelas mudanças dimensionais na cinta APÊNDICE MATERIAIS DA CINTA METÁLICA 15 APÊNDICE: MATERIAIS DA CINTA METÁLICA LIMITE DE DEFORMAÇÃO MÉDIOPARAORANGE DE TEMPERATURA 1000 PSI (N/mm2) 301/302 68º to 400º 9.8 Dureza plena (20º to 205º) (17.6) 17-7 CH-900 400º to 800º 6.6 (205º to 425º) (11.9) 200 160 Elongation in 2” ,% 14 Como o membro de tensão de uma cinta metálica é ela própria associada ao seu alto coeficiente de elasticidade, a deformação em uma cinta metálica é muito menor do que em cintas construídas de outros materiais. Se não controlada a deformação em uma cinta metálica de fricção irá resultar na perda da repetibilidade. Felizmente a deformação em cintas metálicas é facilmente controlada. Dentes ou compartimentos temporizados é a forma mais comum de combater a deformação. O número de pontos temporizados deve ser o menor possível para prevenir que a deformação ocorra. Em muitos sistemas é possível se ter de 6 a 8 pontos temporizados na circunferência da polia. • Cintas metálicas operam em polias com diâmetro menor que 0,25”/6,35mm, mas a vida útil da cinta é reduzida. • Cintas operando em fornos com temperaturas de até 1.094ºF/590°C, porem como grandes partes da resistência da cinta provem dos tratamentos a frio ou tratamentos térmicos específicos, a resistência da cinta será reduzida. Consulte a Tabela 6. • Laminas (Doctor blades) podem induzir um efeito de ventosa em toda a extensão da cinta. Apropriadamente projetada as laminas (Doctor blades) como as fabricadas de polietileno (UHMW) pode minimizar os efeitos negativos. VIDA ÚTIL DA CINTA: Vida útil da cinta significa diferentes coisas para diferentes pessoas e diferentes processos. Uma vida útil de 10.000 revoluções pode ser excelente para uma aplicação; Outra cinta pode fazer 10.000 revoluções por hora. Então quanto você espera que sua cinta metálica pode durar? Então não tentando evitar . uma resposta direta, a melhor resposta é: Isto depende. Depende de coisas como o desempenho do sistema, a resistência do material, meio ambiente, desgaste, tensão, superfície de tratamento, acessórios, etc. Os mesmos fatores que tem um efeito sobre o projeto de seu sistema e sua cinta metálica também tem efeito na vida útil da cinta. Com esse conceito em mente, é de fato razoável dizer que as cintas metálicas têm potencial significante para durar mais do que outros tipos cintas e correntes. Elas também têm potencial para ser mais precisas e repetitivas leves e rápidas e com melhor custo benefício. Uma discussão com um membro de nosso grupo de engenheiro pode ajudar você a estimar a vida útil da sua cinta e o que você pode esperar em sua aplicação especifica. Tabela 6. Algumas das mais populares cintas metálicas disponíveis e suas propriedades em temperatura ambiente. CONDUTIVIDADE TÉRMICA MÓDULO DE (32° TO 212° F) LIMITE DE RESISTÊNCIA ELASTICIDADE COEFICIENTE DENSIDADE BTU/FT 2/HR/ºF/IN 6 3 DEFORMAÇÃO A TRAÇÃO IN 10 PSI DE POISSON #/IN cm/cm/ºC x10 -6 Liga 1000 PSI 1000 PSI ALARGAMENTO DURESA (in 10 5 n/mm2) (g/cm3) cal/cm2/sec/ºC/cm (0º to 100º C) EXPANSNÃO TÉRMICA COEFICIENTE (32° TO 212° F) cm/cm/°C x 10 -6 (0º to 100º C) PERMEABILIDADE RESISTÊNCIA in/in/º F MAGNÉTICA A CORROSÃO 301 DUREZA PLENA 160 301 ALTO RENDIMENTO -1100 260 -1790 302 DUREZA PLENA 160 -1100 304 DUREZA PLENA 160 -1100 316 DUREZA PLENA 175 -1200 716 DUREZA PLENA 210 180 42125 RC40-45 -1240 28 .285 (1.93) 0.29 (7.9) 113 (.039) 9.4 16.9 L-M M 280 1 N/A -1930 26 .285 (1.79) 0.29 (7.9) 113 (.039) 9.4 16.9 M-H M 180 40299 RC40-45 -1240 26 .285 (1.93) 0.29 (7.9) 113 (.039) 9.6 17.3 L-M M-H 180 40299 RC40-45 -1240 26 .285 (1.93) 0.29 (7.9) 113 (.039) 9.6 17.3 L-M M-H 190 40210 RC35-45 -1310 28 .285 (1.93) 0.28 (7.9) 97 (.036) 8.9 16.0 L H 32 .285 (2.20) 0.28 (7.9) 170 (.059) 5.9 10.6 L-M -1450 260 40456 RC52 -1790 H 17-7 CONDIÇÃO C 185 -1275 215 5 RC43 -1480 28 .305 (1.93) 0.28 (7.8) 114 (.037) 8.5 15.3 M-H M-H 17-7 CH-900 240 -1655 250 2 RC49 -1720 29 .305 (2.00) 0.28 (7.8) 114 (.037) 6.1 10.9 M-H M-H INCONEL® 718 AÇO CARBONO 175 -1200 210 17 RC41 -1450 29 .284 (2.00) 0.29 (7.9) 86 (.030) 6.6 11.9 L H AÇO CARBONO 240 -1650 260 40458 RC50-55 -1790 30 .287 (2.07) 0.29 (7.9) 360 (.124) 5.8 10.5 H L TITANIUM 150 15V-3CR-3AI-3SN -1030 165 11 RC35 -1140 15 .300 (1.03) 0.17 (4.7) 56 (.019) 5.5 9.7 L H INVAR 36 75 30 RB80 -520 20 .317 (1.38) 0.30 120 (7.9) 2.1 1.2 L M-H SAE 1095 50 -340 16 Complete the design checklist on-line at: www.belttechnologies.com/englishguiderequest.htm Checklist para projeto de cintas metálicas Utilize folhas adicionais caso seja necessário colocar mais informações No Reino Unido, Europa e Costa do Pacifico: Na América: Belt Technologies Europe 4th Floor, Pennine House Washington Tyne and Wear NE37 1LY United Kingdom Tel: +44 (0)191-415-3010 Fax: +44 (0)191-415-0333 E-Mail: [email protected] www.belttechnologies.co.uk Belt Technologies, Inc. Corporate Headquarters 11 Bowles Road Agawam, MA 01001 USA Tel: (413) 786-9922 Fax: (413) 789-2786 E-Mail: [email protected] www.belttechnologies.com DE:________________________________________________________________ Nós esperamos que esta introdução tecnológica sobre cintas metálicas, tenha ajudado a você com a compreensão de aspectos importantes do projeto e a qualificar a sua aplicação. Nossa exclusiva tecnologia com cintas metálicas originais tem resultado em uma grande variedade de soluções para uma longa e crescente lista de clientes satisfeitos. Nós iremos fornecer uma lista dessas empresas com o seu pedido. Se você precisar de alguma assistência e revisão do projeto entre em contato com um engenheiro de vendas da Belt Technologies por telefone, fax ou e-mail. (Nome) ________________________________________________________________(Empresa) ________________________________________________________________ (Endereço) ________________________________________________________________ ________________________________________________________________ (Tel / Fax) 1: Uso: TRANSPORTE INDEXAÇÃO TEMPORIZAÇÃO POSICIONAMENTO TRANSMISSÃO DE POTENCIA Por favor, envie o checklist de projeto via Fax junto com as suas informações de pedido. Obrigado pelo seu interesse na Belt Technologies. 2. Características de tamanho: Largura da cinta ____________________ Numero de polias ______________ Centro da polia______________________ 3. Carga: Velocidade da cinta ____________________ Aceleração __________________ Diâmetro da polia____________________ Max Torque___________________ Carga estática ________________________ 4. Características desejadas na cinta: Resistência Precisão Limpeza Resistência a corrosão Condutibilidade térmica. Máxima Temperatura ________________ ºC ºF 5. Quantidades: Numero de cintas a ser cotado ______________ Numero de polias a ser cotado ___________ 6. Por favor, incluir o diagrama de seu sistema. Na America: Belt Technologies, Inc. Corporate Headquarters 11 Bowles Road Agawam, MA 01001 USA Tel: (413) 786-9922 Fax: (413) 789-2786 E-Mail: [email protected] www.belttechnologies.com No Reino Unido, Europa e Costa do Pacifico: Belt Technologies Europe 4th Floor • Pennine House Washington Tyne and Wear NE37 1LY United Kingdom Tel: +44 (0)191-415-3010 Fax: +44 (0)191-415-0333 E-Mail: [email protected] www.belttechnologies.co.uk © 2011 Belt Technologies, Inc. P-2/11