Março - Centro Espírita Irmão Clarêncio

Transcrição

Março - Centro Espírita Irmão Clarêncio
Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio
Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220
Fone : (21) 3252-1437
www.irmaoclarencio.org.br
Ano XI - Edição 126 - Março / 2014
Editorial
r Biblioteca “ Antônio Vieira
Mendes ”
Associe-se à nossa biblioteca e tenha
direito a empréstimos de livros
gratuitamente.
r Campanha
Doe uma lata de leite em pó desnatado
(não serve leite modificado) e
colabore com o trabalho de assistência
aos idosos da Obra Social Antônio
de Aquino ( obra social do Centro
Espírita Léon Denis ).
r Artesanato
Dia - toda segunda-feira.
Hora - 14:00
Local - C.E.Irmão Clarêncio.
r Visita aos idosos do “Abrigo
Cristo Redentor”.
Local - Av dos Democráticos, n° 1.090
Bonsucesso.
Dia - todo 1° domingo de cada mês.
Hora - das 15:00 às 17:00
D
Amor à Vida Sempre!
entre as várias faculdades que Deus concedeu ao Homem está a faculdade de
"pensar" e consequentemente a de "administrar seus pensamentos". A Doutrina
Espírita nos ensina que os Espíritos influem em nossos pensamentos muito
mais do que imaginamos e que, na maioria das vezes são eles que nos dirigem ¹. Isso é
muito sério, não é mesmo? Se temos em nossa mente a mistura dos nossos pensamentos
com os pensamentos de outras mentes, precisamos administrar bem nossos pensamentos. Há Espíritos nos influenciando tanto para o bem, quanto para o mal, originando
muitas vezes o processo da obsessão. Para nos guiarmos mais seguramente, precisamos
estar ligados a Deus e a Jesus. Como nos diz a Irmã Maria do Rosário Del Pilar, precisamos
ficar atentos e não podemos aceitar nenhum pensamento e ato que nos afaste do bem
e de Deus ². Reflitamos, também, no que nos diz Manoel Philomeno de Miranda: "O
homem é, na verdade, a mais alta realização do pensamento divino na Terra, caminhando
para a glória total, mediante as lutas e os sacrifícios do dia a dia" ³.
Portanto, amemos e valorizemos a nossa vida.
Deus nos abençoe.
(1) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 459.
(2) Seção Obsessão – Estude e Liberte-se.
(3) Seção Vida – Dádiva de Deus.
r Visita aos enfermos nos
hospitais.
r Visita aos enfermos nos lares
em vários dias e horários.
r Confecção e distribuição de
“quentinhas” aos irmãos em
situação de rua .
Dia: toda sexta-feira.
Confecção - 13 :00 , no “Centro Espírita
Irmão Clarêncio”
Distribuição - à noite.
Para participar das Frentes de Trabalho
acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se
à Secretaria Administrativa do Centro
Espírita Irmão Clarêncio (21-3252.1437),
para obter orientação.
Nesta Edição :
Emmanuel Responde:
pág.4 A Mentira e a Verdade
Revista Espírita:
pág.5 O Mal do Medo
Mensagem Mediúnica:
pág.7 Clarêncio
Obsessão - Estude e Liberte-se:
pág.9 Fica Atento
Artigo:
pág.1 2 Tempos de Transição
Artigo:
pág.13 Animismo
Artigo:
pág.14 Nos Centros Espíritas
Reflexão:
pág.15 Consciência e Hábitos
A Família na Visão Espírita:
pág.16 O Instituto da Família
Suplemento Infantojuvenil:
pág.17 Fósforos de Cor
Clareando / Ano XI / Edição 126 / Março . 2014 - Pág . 2 Semeando o Evangelho de Jesus
Suicídio
O mesmo ocorre com o suicídio. Postos de lado os que se dão em estado de embriaguez e de loucura, aos
quais se pode chamar de inconscientes, é incontestável que tem ele sempre por causa um descontentamento,
quaisquer que sejam os motivos particulares que se lhe apontem. Ora, aquele que está certo de que só é desventurado por um dia e que melhores serão os dias que hão de vir, enche-se facilmente de paciência.
Só se desespera quando nenhum termo divisa para os seus sofrimentos. E que é a vida humana,
com relação à eternidade, senão bem menos que um dia? Mas, para o que não crê na eternidade
e julga que com a vida tudo se acaba, se os infortúnios e as aflições o acabrunham, unicamente
na morte vê uma solução para as suas amarguras. Nada esperando, acha muito natural,
muito lógico mesmo, abreviar pelo suicídio as suas misérias.
 A incredulidade, a simples dúvida sobre o futuro, as ideias materialistas, numa palavra,
são os maiores incitantes ao suicídio; ocasionam a covardia moral. Quando homens
de ciência, apoiados na autoridade do seu saber, se esforçam por provar aos que os
ouvem ou leem que estes nada têm a esperar depois da morte, não estão de fato
levando-os a deduzir que, se são desgraçados, coisa melhor não lhes resta senão se
matarem? Que lhes poderiam dizer para desviá-los dessa consequência? Que compensação lhes podem oferecer? Que esperança lhes podem dar? Nenhuma, a não ser
o nada. Daí se deve concluir que, se o nada é o único remédio heroico, a única perspectiva, mais vale buscá-lo imediatamente
e não mais tarde, para sofrer por menos tempo. A propagação das doutrinas materialistas é, pois, o veneno que inocula a ideia
do suicídio na maioria dos que se suicidam e os que se constituem apóstolos de semelhantes doutrinas assumem tremenda
responsabilidade. Com o Espiritismo, tornada impossível a dúvida, muda o aspecto da vida. O crente sabe que a existência
se prolonga indefinidamente para lá do túmulo, mas em condições muito diversas; donde a paciência e a resignação que o
afastam muito naturalmente de pensar no suicídio; donde, em suma, a coragem moral.
 O Espiritismo ainda produz, sob esse aspecto, outro resultado igualmente positivo e talvez mais decisivo. Apresenta-nos
os próprios suicidas a informar-nos da situação desgraçada em que se encontram e a provar que ninguém viola impunemente
a lei de Deus, que proíbe ao homem encurtar a sua vida. (...)
Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítulo V, itens 15,16 e 17 (trecho), Editora FEB.
Aprendendo com Dr. Hermann
D e sa f i o s
J
esus Cristo esteja com todos vocês agora e sempre.
Terminamos as nossas tarefas de hoje. E o que nós buscamos oferecer a todos foi a paz. Em meio a tanta conturbação do lado de
fora, reina a paz dentro das nossas salas de estudos e de trabalhos espirituais igualmente.
E por que essa necessidade de paz? Porque para o homem, na medida em que vai lutando, novos desafios vão- lhes sendo entregues
e nem todos são capazes de perceber que cada desafio novo é como se fosse uma etapa antiga vencida e que não precisa mais ter
preocupações com ela.
Os desafios novos chamam o homem para novas ideias, novos pensamentos, novas ideações.
Mas, infelizmente, alguns homens não conseguem se desprender de imediato das experiências anteriores; então, o novo desafio -- ah!-surpreende a pessoa como se esta estivesse normalmente atulhada de informações antigas das quais não quer se desfazer e, portanto, se
torna difícil afastar as dificuldades, as ansiedades, os problemas, as angústias.
É necessário que o homem aja com inteligência, que ele se observe e veja os novos desafios que ele tem pela frente; que veja se já
superou os antigos desafios e, vendo estes desafios sendo superados, que ele os esqueça, assim como uma criança ou um adulto que
tenha aprendido o vocabulário; não mais necessita recitar-lhes sempre as letras para reavivar as ideias do vocabulário. Já está conquistada
aquela capacidade de conhecer letras. Assim as lutas que o homem tem. Superadas algumas, esqueçamo-nos delas, olhemos somente as
experiências e deixemo-nos solucionar as novas oportunidades de aprendizado que a lei de Deus nos oferece.
Que essa noite possa ter sido para todos vocês uma noite de muito estudo e reflexão e, também, de análise para ver se não está na hora
de jogarmos para fora algumas coisas que carregamos conosco como se fossem entulhos, para buscarmos os novos desafios da vida da
gente.
Que o Senhor nos faça ter discernimento e que possamos — todos nós — trabalhar em paz pelo progresso de nossas vidas.
Graças a Deus.
O abraço do Hermann, que sintetiza o abraço de todas as demais forças aqui representadas, pacificando-os sempre.
(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo Carissimi Pamphiro, em 01/06/2005 – CELD).
Clareando / Ano XI / Edição 126 / Março . 2014 - Pág . 3 Mensagem Mediúnica
Para se granjear um lugar neste reino, são necessárias a abnegação, a humildade, a caridade em toda a sua celeste prática, a
benevolência para com todos. (Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo II, Item 8)
lições apresentadas na noite de hoje vos levam a refletir sobre a importância de valorizardes as oportunidades que o
A sSenhor
vos concede, através desta encarnação em que cada um de vós está mergulhado.
Na convivência com este ou aquele familiar, no meio em que cada um desenvolve os seus talentos, nas mais diversas
profissões, o convívio social, a participação e a integração junto a esta ou aquela religião... Através dessas oportunidades, todos
nós somos convidados a refletir no nosso papel dentro da vida e no que podemos fazer para melhorarmos o convívio uns com
os outros. Principalmente aqueles que tanto falam e pensam na paz, o que podem fazer para que de fato a paz se instale neste
mundo?
Em realidade, observamos e sabemos que estamos muito longe ainda de sermos os pacificadores neste mundo, mas, no
entanto, concede-nos o Senhor o tempo necessário para que possamos, apreendendo as lições que Jesus nos trouxe, sermos
daqueles seus seguidores fiéis e esforçados na vivência das Leis de Deus.
Portanto, nesta noite reflitamos todos uma vez mais na importância e na valorização da encarnação que atualmente cada
um de vós vivencia e que cada um de nós — os desencarnados— vivenciará um dia.
Somos todos aprendizes das lições maiores e superiores que os grandes mensageiros em nome de Deus têm trazido ao
seio da Humanidade terrena.
Portanto, atendei ao convite que o Senhor vos faz nesta noite, pensando, refletindo naquilo que já é possível fazer em
nome Dele, através da caridade, seja ela material ou moral, mas que todos já, de alguma forma, podem fazer.
Muita paz a todos os corações aqui reunidos.
Do irmão
Inácio
(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Joaquim Couto, no CEIC, em 29 de janeiro de 2014).
Encontros Espíritas
Em Março
Em Abril
6° Encontro Espírita sobre a Vida e Obra de
Yvonne Pereira
Tema - Yvonne e a Disciplina no Trabalho do Bem e
no Trabalho mediúnico Propriamente dito.
 Seminário com Ubirajara Frontin
Tema - Em Busca do Eu
Dia - 16 / 03 /2014
Hora - 8:30 às 13:00
27° Encontro Espírita Sobre a Vida e a Obra de
Léon Denis
Tema - Crenças e Negações
Local: Centro Espírita Irmão Clarêncio
Dia - 06 / 04 /2014
Hora - 9:00 às 13:00
Dia - 27 / 04 /2014
Hora - 8:30 às 13:00
Clareando / Ano XI / Edição 126 / Março . 2014 - Pág . 4 Radio
Rio de Janeiro
1400 khz AM
“A emissora da Fraternidade”
Estrada do Dendê, nº 659
Ilha do Governador
Rio de Janeiro - RJ
CEP: 21.920/000
Fone: (21)3386.1400
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Espiritismo na
Web
www.caminhosluz.com.br
(Centro Espírita Caminhos de Luz)
www.lihpe.net)
(Liga de Pesquisadores do Espiritismo)
www.novosereditora.com.br
(Editora Novo Ser)
www.cobem.org.br)
(Casa de Oração Bezerra de Menezes)
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Irmão Clarêncio"
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Emmanuel Responde
A Mentira
e a
Verdade
 A mentira retarda o desenvolvimento
do espírito?
— Mentira não é ato de guardar a
verdade para o momento oportuno,
porquanto essa atitude mental se
justifica na própria lição do Senhor,
que recomendava aos discípulos não
atirarem a esmo a semente bendita
dos seus ensinos de amor. A mentira
é a ação capciosa que visa o proveito
imediato de si mesmo, em detrimento
dos interesses alheios em sua feição
legítima e sagrada; e essa atitude mental
da criatura é das que mais humilham a
personalidade humana, retardando, por
todos os modos, a evolução divina do
Espírito.
 A verdade, quando dita com sinceridade
e franqueza rudes, pode retardar o progresso
espiritual pela dor que causa?
— A verdade é a essência espiritual
da vida. Cada homem ou cada grupo
de criaturas possui o seu quinhão
de verdades relativas, com o qual se
alimentam as almas nos vários planos
evolutivos. O coração, que retém
uma parcela maior, está habilitado
a alimentar seus irmãos a caminho
de aquisições mais elevadas; todavia,
é imprescindível o melhor critério
amoroso na distribuição dos bens da
verdade, porquanto esses bens devem ser
fornecidos de acordo com a capacidade
de compreensão do Espírito a que se
destina o ensinamento, de maneira que
o esforço não se faça acompanhar de
resultados contraproducentes. Ainda
aqui, podemos examinar os exemplos
da natureza material. A nutrição de
um menino deve conter a substância
mantenedora da vida, mas não pode
ser análoga à nutrição do adulto. A
despreocupação nesse assunto poderia
levar a criança ao aniquilamento,
embora as substâncias ministradas
estivessem repletas de elementos vitais.
Fonte: O Consolador, psicografia de Francisco Cândido
Xavier, Questões 192 e 193, Editora FEB.
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Referimo-nos ao livro sério, útil, que instrui, consola, anima ..."
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Que Jesus nos ilumine e abençoe.
Clareando / Ano XI / Edição 126 / Março . 2014 - Pág . 5 Revista Espírita -Dissertações
O Mal
do
Medo
Problema fisiológico dirigido ao Espírito São Luís na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, na sessão do dia 14 de setembro de 1858.
L
emos no Moniteur do dia 26 de
novembro de 1857: "Comunicamnos o fato seguinte, que vem
confirmar as observações que já fizeram
sobre a influência do medo. Ontem
o Dr. F... voltava para casa, após ter
visitado alguns clientes. Numa dessas
excursões haviam-lhe dado, como
amostra, uma garrafa de excelente rum,
vindo diretamente da Jamaica. O médico
esqueceu no carro a preciosa garrafa.
Lembrando-se algumas horas mais tarde,
saiu para reavê-la; declarou ao chefe da
estação que havia deixado em uma de
suas carruagens uma garrafa de veneno
muito violento e o exortou a prevenir
os cocheiros para ficarem atentos e não
fazerem uso daquele líquido mortal. Mal
o Dr. ... entrara em seu apartamento,
vieram preveni-lo a toda pressa de
que três cocheiros da estação vizinha
padeciam dores horríveis nas entranhas.
Teve grande dificuldade para tranquilizalos e persuadi-los de que haviam bebido
excelente rum e que sua indelicadeza não
poderia ter consequências mais graves do
que uma severa suspensão, infligida de
imediato aos culpados."
1. — São Luís, poderia dar-nos uma
explicação fisiológica dessa transformação
das propriedades de uma substância
inofensiva? Sabemos, pela ação magnética,
que essa transformação pode ocorrer; no
fato relatado acima, porém, não houve
emissão de fluido magnético: somente a
imaginação agiu, e não a vontade.
Resposta. — Vosso raciocínio é
bastante justo no que diz respeito à
imaginação. Mas os Espíritos malévolos
que induziram aqueles homens a
cometerem esse ato inconveniente,
fizeram passar no sangue, na matéria,
um arrepio de medo, que bem poderíeis
chamar de arrepio magnético, o qual
distende os nervos e produz uma sensação
de frieza em certas regiões do corpo.
Como sabeis, qualquer frio na região
abdominal pode provocar cólicas. É,
pois, um meio de punição que diverte
os Espíritos que fizeram cometer o furto
e, ao mesmo tempo, os leva a rir à custa
daqueles a quem fizeram pecar. Mas, em
todos os casos, a morte não aconteceria:
há somente uma lição para os culpados e
divertimento para os Espíritos levianos.
Repetem a mesma coisa toda vez que
a ocasião se lhes apresenta, chegando
mesmo a procurá-la para sua satisfaçã
Podemos evitar isso — falo para
vós — elevando-nos a Deus através de
pensamentos menos materiais do que
os que ocupavam o Espírito daqueles
homens.
Os Espíritos malévolos adoram rir;
acautelai-vos; aquele que julga dizer
uma coisa agradável às pessoas que o
cercam e diverte uma sociedade com
suas brincadeiras ou atitudes, por
vezes se engana, o que frequentemente
acontece, quando pensa que tudo isso
vem de si próprio.
Os Espíritos levianos que o rodeiam
com ele se identificam e pouco a pouco
o enganam a respeito de seus próprios
pensamentos, o mesmo sucedendo com
aqueles que o ouvem.
Neste caso, pensais estar tratando com
um homem de espírito, quando não
passa de um ignorante. Descei em vós
mesmos e julgai minhas palavras. Nem
por isso os Espíritos são inimigos da
alegria: às vezes também gostam de rir
para vos ser agradáveis; mas cada coisa
tem seu tempo.
Observação — Dizendo que não
havia, no fato relatado, emissão de
fluido magnético, talvez não nos
tivéssemos expressado com exatidão.
Aqui arriscamos uma mera suposição.
Como dissemos, sabe-se que espécie
de transformação das propriedades
da matéria pode ser operada pela ação
do fluido magnético dirigido pelo
pensamento. Ora, pelo pensamento do
médico, que queria fazer acreditar na
existência de um tóxico, provocando nos
ladrões as angústias do envenenamento,
não poderíamos admitir tivesse ocorrido,
embora a distância, uma espécie de
magnetização do líquido, o qual teria
adquirido propriedades novas, cuja
ação se encontraria corroborada pelo
estado moral dos indivíduos, tornados
mais impressionáveis pelo medo? Essa
teoria não destruiria a de São Luís sobre
a intervenção dos Espíritos levianos
em semelhante circunstância; sabemos
que os Espíritos agem fisicamente por
meios físicos; podem, pois, com vistas
a realizar certos desígnios, servir-se
daqueles que eles mesmos provocam ou
que nós próprios lhes fornecemos, sem
disso nos darmos conta.
Fonte: Revista Espírita, outubro de 1858,
Editora FEB.
Cine CEIC
Dia 30 / 03 / 2014
15:00 horas
( Domingo )
Clareando / Ano XI / Edição 126 / Março . 2014 - Pág . 6 Estudando sobre Mediunidade
D o s L u ga re s A ssombr a do s
(Ú ltima P arte )
Campanha CEIC
O CEIC está em campanha para a
construção do seu 2° pavimento .
Necessita de ajuda financeira.
Você gostaria de colaborar?
O CEIC agradece desde já a sua
colaboração.
Conta para depósito:
Ag. 0544 - c / c : 10227-0
Ag. 6020 - c /c : 16496-5
Atenção!
Reunião de Trabalhadores
do CEIC
Março - dia 21 / 6ª Feira
Horário - 19:00
Local - Centro Espírita Irmão Clarêncio
Estudo - O Zelo da Tua Casa
“O que torna um estudo sério é a
continuidade que se lhe dá”
(Allan Kardec)
Haverá meios de expulsá-los ?
“Há; porém, as mais das vezes o que
fazem, para isso, os atrai, em vez de
afastá-los. O melhor meio de expulsar
os maus Espíritos consiste em atrair os
bons. Atraí, pois, os bons Espíritos, praticando todo o bem que puderdes, e os
maus desaparecerão, visto que o bem e
o mal são incompatíveis. Sede sempre
bons e somente bons Espíritos tereis
junto de vós.”
Há, no entanto, pessoas muito bondosas
que vivem às voltas com as tropelias dos maus
Espíritos. Por quê ?
“Se essas pessoas são realmente boas, isso
acontece talvez como prova, para lhes exercitar a paciência e concitá-las a se tornarem
ainda melhores. Fica certo, porém, de que
não são os que continuamente falam das
virtudes os que mais as possuem. Aquele
que é possuidor de qualidades reais quase
sempre o ignora, ou delas nunca fala.”
 Que se deve pensar com relação à eficácia
dos exorcismos, para expelir dos lugares malassombrados os maus Espíritos ?
“Já tiveste ocasião de verificar a eficácia desse processo? Não tens visto,
ao contrário, as tropelias redobrarem
de intensidade, depois das cerimônias
do exorcismo? É que os Espíritos que
as causam se divertem com o serem tomados pelo diabo. “Também, os que
se não apresentam com intenções malévolas podem manifestar sua presença
por meio de arruídos e até tornando-se
visíveis, mas nunca praticam desordens,


Convite
Venha estudar conosco
O Li v ro d o s Médi uns
Allan Kardec
Procure a Secretaria de Cursos
para informações

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
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
nem incômodos. São, frequentemente,
Espíritos sofredores, cujos sofrimentos
podeis aliviar orando por eles. Outras
vezes, são mesmo Espíritos benfazejos,
que vos querem provar estarem junto
de vós, ou, então, Espíritos levianos
que brincam. Como quase sempre os
que perturbam o repouso são Espíritos
que se divertem, o que de melhor têm
a fazer, os que se veem perseguidos, é
rir do que lhes sucede. Os perturbadores se cansam, verificando que não
conseguem meter medo, nem impacientar.” (Veja-se atrás o capítulo VD:
as manifestações espontâneas). Resulta das
explicações acima haver Espíritos que
se prendem a certos lugares, preferindo
permanecer neles, sem que, entretanto,
tenham necessidade de manifestar sua
presença por meio de efeitos sensíveis.
Qualquer lugar pode constituir morada
obrigatória, ou predileta de um Espírito, embora mau, sem que jamais qualquer manifestação se produza. Os que
se prendem a certas localidades, ou a
certas coisas materiais nunca são Espíritos superiores. Contudo, mesmo que
não pertençam a esta categoria, pode
dar-se que não sejam maus e nenhuma
intenção má alimentem. Não raro, são
até comensais mais úteis do que prejudiciais, porquanto, desde que se interessam pelas pessoas, podem protegê-las.
Fonte: O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, Item
132, Perguntas 13 e 14, Editora FEB.
 

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
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Gotas de Luz

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"Antes de aplaudir os mais afoitos, procuremos saber se estamos com a
volubilidade dos homens ou com a imutabilidade do Cristo." (Lição 39)
"Se desejas, pois, servir com o Senhor Jesus, pede a Ele te liberte do
mal, mas que não te afaste dos lugares de luta, a fim de que aprendas, em
companhia dEle, a cooperar na execução da Vontade Celestial, quando,
como e onde for necessário." (Lição 57)
"Reformemo-nos, à claridade do Infinito Bem, a fim de que sejamos nova
massa espiritual nas mãos de Nosso Senhor Jesus." (Lição 64)
Fonte: Vinha de Luz.
Espírito : Emmanuel.
Psicografia : Francisco Cândido Xavier.
Seleção de textos :
Mário Sérgio de S. Esteves

Clareando / Ano XI / Edição 126 / Março . 2014 - Pág . 7 Mensagem Mediúnica
Tratai todos os homens como quereríeis que eles vos tratassem. (Lucas, 6: 31.)
eus irmãos, minhas irmãs! Alegrai-vos; permiti que a alegria oriunda do conhecimento das lições de Jesus preencham
M
os escaninhos de vossas almas, renovando a fé, a esperança e a confiança em Deus.
Aqueles que, no momento atravessam as suas provas no campo das dores físicas ou morais, os que se encontrem diante
do momento de dar o testemunho da sua crença, da sua fé nesse mesmo Senhor da Vida, aos que, muitas vezes sentindo-se
sobrecarregados pelo peso da cruz que todos necessitamos carregar ainda pelos caminhos da vida, não se esqueçam de que, ao
lado desses momentos de lutas e dores, de dificuldades e aprendizagem, o conhecimento das lições de Jesus traz a cada um o
reconforto e a certeza de não estarem sozinhos na vida.
Junto aos vossos corações encontram-se outros tantos corações de espíritos amigos que velam, protegem, vos assistem,
procuram incentivar-vos, inspirando-vos, principalmente nessas horas das dificuldades e das dores.
São aqueles cirineus; são aquelas almas ou espíritos que traduzem junto a cada um a materialização das lições de Jesus; são
familiares; são amigos; são companheiros de jornada; são aqueles velhos conhecidos, antigos amores que hoje se consagram a
assistir-vos e amparar-vos, em nome do Senhor.
Mais uma vez aproximam-se as datas, os períodos consagrados às festas no mundo em que todos vós viveis; mas, que
no turbilhão, na agitação desses dias que se aproximam, procureis ter os vossos momentos de recolhimento e paz para
verdadeiramente lembrardes-vos daquele que é o alvo das atenções e comemorações nesses dias ligados e vinculados ao Seu
nascimento.
Aprendamos, pois, todos nós que aqui estamos reunidos, a valorizar a amizade que tenhamos uns pelos outros; que possamos
evidentemente nos perdoar constantemente, porque na convivência do dia a dia percebemos que ainda, todos nós encarnados
e desencarnados, trazemos dificuldades e imperfeições e nos assemelhamos — todos — àquela pedra bruta que devidamente
trabalhada poderá ser uma grande obra na mão do Criador.
Portanto, que o Senhor vos sustente nos vossos postos de trabalho e de serviço na Casa Espírita e que, quando a cruz pesar
no ombro, lembreis-vos de que há corações generosos e amigos que ombreiam convosco no caminhar da evolução espiritual
e que estão ao vosso lado, sustentando-vos, amparando-vos, devotando-vos o seu amor.
Que a paz de Jesus, desse divino amigo, o Mestre dos Mestres, envolva todos os vossos corações, todos os trabalhadores dessa
Casa para que nos sintamos — todos nós que aqui estamos na condição daqueles que não têm mais o corpo físico e vós outros
ainda mergulhados na carne — formando um só grupo, o grupo daqueles que agora estão verdadeiramente convertidos às
lições de Jesus.
Muita paz.
O amigo de sempre,
Clarêncio.
(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Joaquim Couto, no Culto no Lar, CEIC, em 8 de dezembro de 2013).
Orientação Segura
Se você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas :
O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,
O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.
Em seguida, leia os Livros Clássicos da Literatura Espírita.
Sugestão do mês:
Tormentos da Obsessão
Espírito: Manoel Philomeno de Miranda
Psicografia: Divaldo Pereira Franco
Editora Leal
Clareando / Ano XI / Edição 126 / Março . 2014 - Pág . 8 Cursos no C.E.I.C.
Clareando as ideias com Kardec
Dia: Terça-feira / 19:30 às 21:00
A Família na visão Espírita.
Obras de André Luiz (Nosso Lar /
No Mundo Maior).
Obras de Yvonne Pereira (Devassando
o Invisível / Dramas da Obsessão).
A vida de Yvonne A.Pereira
COMP - Curso de Orientação Mediúnica
e Passes.
COTTE - Curso de Orientação para o
Trabalho de Tratamento Espiritual.
Dia: Quarta-feira / 17:30 às 18:30
Esperanto.
Grupo de Estudos Antônio de Aquino.
Dia: Quinta-feira / 15:00 às 16:30
O que é o Espiritismo.
História do Espiritismo ( 2° Semestre)
O Livro dos Espíritos.
O Evangelho Segundo o Espiritismo.
O Livro dos Médiuns.
O Céu e o Inferno.
A Gênese.
Obras Póstumas.
Obras de Léon Denis (Livro: O Problema do Ser e do Destino).
Dia: Quinta-feira / 18:20 às 19:10
Estudos para o trabalho de Atendimento
Espiritual (1ª, 2ª e 3ª Semanas) / Livro:
Desobsessão, André Luiz,F.C.Xavier.
Aprofundamento das Obras Básicas (4ª
e 5ª Semanas): O Livro dos Espíritos.
Dia: Quinta-feira / 19:30 às 21:00
O que é o Espiritismo.
História do Espiritismo ( 2° Semestre)
O Livro dos Espíritos.
O Evangelho Segundo o Espiritismo.
O Livro dos Médiuns.
O Céu e o Inferno.
A Gênese.
Obras Póstumas.
Obras de Léon Denis (Livro: O Problema do Ser e do Destino).
Revista Espírita.
Dia : Sábado / 15:00 às 16:30
Valorização da Vida (Aberto a Todos).
Dia : Sábado / 16:00 às 17:30
O que é o Espiritismo.
História do Espiritismo( 2° Semestre)
O Livro dos Espíritos.
O Evangelho Segundo o Espiritismo.
O Livro dos Médiuns.
O Céu e o Inferno.
COMP- Curso de Orientação Mediúnica
e Passes.
Atualização para médiuns da Casa (4°
sábado do mês)
O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3°
sábados do mês)
Suicídio
Donde nasce o desgosto da vida, que,
sem motivos plausíveis, se apodera de certos
indivíduos?
"Efeito da ociosidade, da falta de fé e,
também, da saciedade. Para aquele que
usa de suas faculdades com fim útil e de
acordo com as suas aptidões naturais, o
trabalho nada tem de árido e a vida se
escoa mais rapidamente. Ele lhe suporta
as vicissitudes com tanto mais paciência
e resignação, quanto obra com o fito
da felicidade mais sólida e mais durável
que o espera."
Tem o homem o direito de dispor da
sua vida?
"Não; só a Deus assiste esse direito.
O suicídio voluntário importa numa
transgressão desta lei."
Quais, em geral, com relação ao estado
do Espírito, as consequências do suicídio?
“Muito diversas são as consequências
do suicídio. Não há penas determinadas e, em todos os casos, correspondem
sempre às causas que o produziram.
Há, porém, uma consequência a que o
suicida não pode escapar; é o desapontamento. Mas, a sorte não é a mesma
para todos; depende das circunstâncias.
Alguns expiam a falta imediatamente,
outros em nova existência, que será pior
do que aquela cujo curso interromperam."
A observação, realmente, mostra que
os efeitos do suicídio não são idênticos.
Alguns há, porém, comuns a todos
os casos de morte violenta e que são a
consequência da interrupção brusca da
vida. Há, primeiro, a persistência mais
prolongada e tenaz do laço que une o
Espírito ao corpo, por estar quase sempre esse laço na plenitude da sua força
no momento em que é partido, ao passo que, no caso de morte natural, ele se
enfraquece gradualmente e muitas vezes
se desfaz antes que a vida se haja extinguido completamente.
As consequências deste estado de coisas são o prolongamento da perturbação
espiritual, seguindo-se à ilusão em que,
durante mais ou menos tempo, o Espírito se conserva de que ainda pertence
ao número dos vivos. (155 e 165)
A afinidade que permanece entre o Espírito e o corpo produz nalguns suicidas,
uma espécie de repercussão do estado do
corpo no Espírito, que, assim, a seu mau
grado, sente os efeitos da decomposição,
donde lhe resulta uma sensação cheia
de angústias e de horror, estado esse que
também pode durar pelo tempo que devia
durar a vida que sofreu interrupção. Não é
geral este efeito; mas, em caso algum, o
suicida fica isento das consequências da
sua falta de coragem e, cedo ou tarde,
expia, de um modo ou de outro, a culpa
em que incorreu.
Assim é que certos Espíritos, que foram
muito desgraçados na Terra, disseram terse suicidado na existência precedente e
submetido voluntariamente a novas provas, para tentarem suportá-las com mais
resignação. Em alguns, verifica-se uma
espécie de ligação à matéria, de que inutilmente procuram desembaraçar-se, a fim
de voarem para mundos melhores, cujo
acesso, porém, se lhes conserva interdito. A
maior parte deles sofre o pesar de haver feito uma coisa inútil, pois que só decepções
encontram.
A religião, a moral, todas as filosofias
condenam o suicídio como contrário às
leis da Natureza. Todas nos dizem, em
princípio, que ninguém tem o direito
de abreviar voluntariamente a vida. Entretanto, por que não se tem esse direito? Por que não é livre o homem de por
termo aos seus sofrimentos? Ao Espiritismo estava reservado demonstrar, pelo
exemplo dos que sucumbiram, que o suicídio não é uma falta, somente por constituir
infração de uma lei moral, consideração de
pouco peso para certos indivíduos, mas
também um ato estúpido, pois que nada
ganha quem o pratica, antes o contrário é
o que se dá, como no-lo ensinam, não a
teoria, porém os fatos que ele nos põe sob
as vistas.
Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Questões 943, 944 e 957, Editora FEB.
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Clareando / Ano XI / Edição 126 / Março . 2014 - Pág . 9 Obsessão - Estude e Liberte-se
Fica Atento
“A obsessão é a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples
influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais”. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítulo XXVIII, item 81).
O
bserva atentamente como seguem os acontecimentos ao
teu redor. Pode ser que estejas
enganado quanto às interpretações que
lhes ofereces.
É muito comum acreditar que um
problema que surja indica desamparo,
mas, de repente pode ser o exato instante em que as mãos de Deus te cuidam
mais intimamente.
Ao contrário, quando tudo segue exuberante e eivado de alegria, pode ser que
estejas te afastando do bem distraidamente, sugado pelas ilusões do mundo.
Não afirmamos que devas recusar todas
as chances de melhoria ou que condições
econômicas mais estáveis não possam ser
usufruídas.
Apenas deves ficar atento, pois, atualmente, aumentar os desejos realizados é
também uma técnica muito utilizada nas
infiltrações obsessivas, já que ninguém
iria reclamar de uma súbita promoção ou
de um aumento de salário ou mudança de
emprego para melhor.
Mas, tudo isso pode ser apenas subterfúgio para te afastar da religião e, em
consequência, de Deus.
É óbvio que não podes desperdiçar
uma condição mais favorável, mas muito
menos deves deixar de estar com Deus.
Como não é hábito da maioria das pessoas fazer diariamente uma oração, não
podes dispensar da agenda aquele instante semanal de buscar, numa casa de
oração, forças renovadoras; de descansar a alma junto à espiritualidade para
que não percas a lucidez da razão frente
aos fatos inusitados que podem, a qualquer momento, surpreender e tomar de
assalto a tua existência, encontrando-te
desguarnecido de condições para reagir
à investida silenciosa do mal disfarçado
de bem.
Engana-se quem pensa que a obsessão é
sempre sentida por um mal acrescentado
à vida. Muitas vezes ela é tão sorrateira,
que conjuga todos os esforços para satisfazer os teus desejos, a fim de estabelecer
contigo uma simpatia irrecusável.
Algumas criaturas se referem aos irmãos desencarnados que promovem a
obsessão como espíritos ignorantes, mas
nem sempre o são, intelectualmente falando. Podem ser ignorantes da lei de
amor, mas muito espertos, a ponto de
detectar o melhor meio de estabelecer
uma sintonia contigo.
Qualquer coisa que te chegue à existência oferecendo melhoria deve ser
Em Abril
Prece pelo 19 o Aniversário
do Centro Espírita Irmão
Clarêncio, dia 11, 19h
recebido com alegria desde que não te
fira os princípios da moral e dignidade,
mas não podes aceitar o que te afaste do
bem e de Deus.
Fica atento e, ao menor sinal de engodo, principia uma oração e aguarda. A
Inspiração dos bons espíritos te oferecerá
uma saudável sugestão, sempre pautada
no amor.
Maria do Rosário Del Pilar
Obs.: Maria do Rosário Del Pilar,segundo
informações fornecidas por ela mesma,
nasceu no século XIII como Isabel de Aragão, filha de monarcas espanhóis, que trocou as vestes reais pelo hábito da ordem de
Santa Clara, no convento homônimo, em
Coimbra, Portugal, dedicando-se à caridade até o seu desencarne. (...)
O nome Maria do Rosário é uma gratidão à Maria de Nazaré e um símbolo. "O
Rosário é comparável à vida do espírito
que, por rebeldia e ignorância, caminha
em círculos, repetindo velhas lições. Porém, o ser fatalmente chegará a Jesus".
Fonte: A Conquista da Felicidade, psicografia de
Eulália Bueno, Editora EME.
Clareando / Ano XI / Edição 126 / Março . 2014 - Pág . 10 Vida - Dádiva de Deus
A calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a vida terrestre e da confiança no futuro dão ao espírito uma serenidade que é o melhor
preservativo contra a loucura e o suicídio.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo V, item 14)
Suicídio — Solução Insolvável
O
suicídio é remanescente do
primitivismo humano, que
permanece arrebanhando as vítimas indefensas, que lhe tombam nas
urdiduras intrincadas.
Decorrência da revolta espiritual do ser
ante as circunstâncias, os acontecimentos
e estados da alma que lhe parecem adversos, é a solução enganosa a que se deixam
conduzir todos aqueles que preservam os
seus conflitos e os fixam na área mental da
insatisfação e do desespero sistemático.
A ignorância propositada ou a reação
consciente aos Estatutos divinos, que
pessoa alguma, na chamada civilização
hodierna, pode ignorar, produzem a indiferença pelos valores sublimes da vida,
liberando o homem da responsabilidade
e do dever de lutar, obstando-lhe a perseverança nos objetivos relevantes a que
se deve entregar.
Os "instintos agressivos", não disciplinados, explodem-lhe, em rebelião indômita,
em face do menor desgosto real ou imaginário, diante de qualquer insucesso natural
em todos os empreendimentos, fazendo
com que seja estabelecida uma neurose
depressiva de culpa ou de transferência,
acusando-se e punindo-se ou responsabilizando os outros, a sociedade, assim se
arrojando no poço sem fundo da autodestruição, que apenas atinge o corpo.
Os comportamentos materialistas,
em modernas escolas da psicologia,
pretendem relacionar o suicídio com
baixas cargas da serotonina no cérebro,
facilitando a compreensão do episódio
autocida graças a um neurotransmissor
de natureza química. Sem dúvida, nessas dezenas de substâncias químicas que
atuam como neurotransmissores no controle da atividade cerebral, respondendo
pela área da emoção, defrontamos as
causas de muitas ocorrências psíquicas,
emocionais e físicas. Contudo, são, por
sua vez, efeito de outros fatores mais
profundos, aqueles que procedem do
Espírito que comanda a câmara cerebral, exteriorizando-se na mente e na
fisiologia desses microinstrumentos que
constituem a sede física do pensamento e de outras igualmente importantes
funções da vida humana.
É possível que os distúrbios serotônicos respondam pelo ato alucinado,
muito embora não deixem de ser o
resultado de agentes psicológicos mais
sutis e graves, como a angústia, a insegurança, os conturbadores fenômenos
psicossociais e econômicos, as enfermidades crucificadoras, o sentimento
de desamparo e de perda, todos com
sede na alma imatura e ingrata, fraca
de recursos morais para sobrepô-los às
contingências transitórias desses propelentes ao ato extremo.
O espetáculo trágico, todavia, assume
gravidade e constrangimento maiores,
quando crianças, que ainda não dispõem do discernimento, optam pela
aberrante decisão.
Amadurecidas precipitadamente, em
razão dos lares desajustados e das famílias
desorganizadas; atiradas à agressividade
e aos jogos fortes que a atual sociedade
lhes brinda, extirpando-lhes a infância
não vivida, sobrecarregam-se de angústias e frustrações que as desgastam,
retirando-lhes da paisagem mental a esperança e o amor. Vazias, desprotegidas
do afeto que alimenta os centros vitais
de energia e beleza, veem-se sem rumo,
fugindo, desditosas, pela porta mentirosa do suicídio.
Ademais, grande número delas, suicidas
do passado, renasce com as impressões do
gesto anterior, e, porque desarmadas, na
sua quase totalidade, de equilíbrio, vendo, ouvindo e participando dos dramas
em que se enleiam os adultos que as não
respeitam, antes considerando-as pesados
ônus que devem pagar, repetem o ato infeliz, tombando nas refregas de dor, que
posteriormente as trarão de volta em expiações muito laceradoras.
Uma análise mais íntima do fenômeno
autodestruidor leva também a sutis ou
violentas obsessões que o amor enlouquecido e o ódio devastador fomentam,
além da cortina carnal.
O suicídio é terrível mal que aumenta
na Humanidade e que deve ser combatido
por todos os homens.
Essa rigidez mental que resolve pela
solução trágica é doença complexa.
Conscientizar as criaturas a respeito
das consequências do ato, no alémtúmulo, das dores que maceram os
familiares e do ultraje às Leis Divinas,
é método salutar para diminuir a incidência dessa solução insolvável.
Dialogar com bondade e paciência
com as pessoas que têm propensão para
o suicídio; sugerir-lhes dar-se um pouco
mais de tempo, enquanto o problema
altera sua configuração; evitar oferecer
bases ilusórias para esperanças fugazes
que o tempo desmancha; estimular a
valorização pessoal; acender uma luz
no túnel do seu desespero, entre outros
recursos, constituem terapia preventiva,
que se fortalecerá no exercício da oração,
das leituras otimistas, espirituais, nos
passes e no uso da água fluidificada.
Aquele que tenta o suicídio e não o
vê consumado é candidato natural à
recidiva, que culmina tão logo se lhe
apresenta o móvel desencadeador do
desejo...
O suicídio é o mais grosseiro vestígio da fragilidade humana, que ata o
homem ao primarismo de que se deve
libertar.
O homem é, na verdade, a mais alta realização do pensamento divino na Terra,
caminhando para a glória total, mediante
as lutas e os sacrifícios do dia a dia.
Manoel Philomeno de Miranda
Fonte: Temas da Vida e da Morte, psicografia de
Divaldo Pereira Franco.
Valorize a
Vida!
Diga não à eutanásia, ao aborto,
ao suicídio e à pena de morte.
"Deus é o Senhor de nossas Vidas"
Clareando / Ano XI / Edição 126 / Março . 2014 - Pág . 11 Artigo
Destruindo o Corpo Físico - Vícios e Excessos
G
eralmente, o ser humano entende como suicídio a destruição
do seu corpo material, através de
armas, venenos, fogo, quedas, desastres e
de tudo que possa provocar sua morte; no
entanto há outras modalidades pelas quais
a criatura pode abreviar sua vida e regressar
à vida espiritual, sendo considerado como
devedor perante a Justiça Divina.
Raras são as criaturas que retornam a sua
base de partida com um saldo positivo e
com o título de complementista. Todos
nós sabemos que o ser humano é ainda
imperfeito e, como tal, é portador de inúmeras mazelas, representadas pelos maus
hábitos, paixões e vícios. Cada defeito provoca alterações análogas ao corpo orgânico
e isso devido à frequência vibratória que o
defeito tem, modificando assim o funcionamento natural das células e dos órgãos,
desgastando, dessa maneira, o corpo físico.
Dependendo da qualidade e da densidade
das imperfeições, é que o corpo se gasta
menos ou mais.
Suponhamos que determinada criatura
fume dois maços de cigarros por dia, absorvendo prazerosamente pelos pulmões
toda a fumaça. É evidente que tal criatura abreviará sua vida de alguns anos:
se ela desceu a Terra para viver noventa
anos, regressará a vida espiritual, faltando-lhe, mais ou menos, oito ou dez anos.
Tal diferença torna-se um débito perante a Justiça Divina; débito este do qual,
forçosamente um dia, mais cedo ou mais
tarde, terá de prestar contas e em seguida
resgatá-lo, conforme a determinação da
Divina Justiça. Talvez, em outra encarnação, venha a viver somente oito ou dez
anos, pagando o débito do fumo e, ao
mesmo tempo, resgatando, devolvendo
ou recebendo, conforme a Lei.
Por exemplo: Eduardo, em outra vida,
estimulou Maria e João à descrença em
Deus, ensinando-lhes vingança e ódio,
crueldade e agressividade. Este Eduardo é
aquele que fumava dois maços de cigarros
por dia e que deve, à Justiça Divina, dez
anos de vida. Reencarna, portanto, o nosso
irmão "Edu" e atinge a idade de dez anos
quando, por qualquer circunstância, vem
a morrer. Primeira dívida.
Segunda dívida: devolve aos pais a fé
que outrora lhes roubou, quando provocava descrença em Deus, forçando-os,
no presente, a procurar consolação junto
a uma boa religião, em razão de seu desencarne prematuro. Em seus dez anos de
vida, deu-lhes tanto amor e tanta ternura
que os pais conseguiram reerguer-se no
setor afetivo, esquecendo a revolta e o
ódio.
Numa encarnação, o nosso amigo
Eduardo conseguiu pagar três dívidas,
livrando-se dessa forma, de um peso
que atormentava sua consciência e que
dificultava seu progresso espiritual.
Em idêntica situação encontra-se também
o alcoólatra que desgasta seu organismo com
exageradas doses de bebidas, atrofiando seu
fígado e debilitando seu aparelho digestivo.
Paulatinamente e sem o perceber, apaga-se
como uma vela, aparecendo no lado de lá
com problemas cruciantes de saúde, sendo
também considerado um suicida, devedor
futuro perante a Justiça Divina.
Os toxicômanos, ainda mais, são catalogados como suicidas, pelo fato de
prejudicarem o próprio corpo material,
resultado da decadência vibratória das
células e da frequência mental baixa que
o tóxico força a vítima a ter. Tal tóxico
entorpece o indivíduo, levando-o a um
estado que não lhe é próprio.
Ao viver e absorver sensações, para
ele agradáveis, concretiza ideias errôneas de que a vida pode e deve ser desta
maneira, fugindo assim da realidade.
Desencarna, às vezes, nessas tristes circunstâncias, como um suicida, com o
agravante de perturbações incalculáveis
que requererão lavagem demorada nos
dolorosos tanques de lágrimas, por tempo indefinido.
Igualmente, encontra-se na situação de
suicida a criatura que desperdiça suas preciosas energias na luxúria e na degradação
do sensualismo sem fim. Debilita seu corpo, enfraquece sua alma, atola-se no vício
e, um dia, não podendo mais a matéria
aguentar tal situação, regressa ao Além, catalogado também como suicida. Se tudo
isto terminasse provocando a morte do
corpo material, forçando o regresso prematuro, já haveria um mal bem grande;
mas é lá, na vida espiritual, que começa o
novo drama da vida real.
Onde encontraremos agora sensações
idênticas às que tínhamos na Terra?
Forçados seremos, portanto, a mergulhar novamente na atmosfera asfixiante
da Terra, à procura das tais sensações e
seremos catalogados pelos terrenos como:
encostos, aproveitadores, vampiros e outras denominações sem fim. Se tudo isto
terminasse aqui, poderia ser até suportável, para não dizer agradável; porém,
pela Lei de Ação e Reação, receberemos
de volta tudo aquilo que fizemos sofrer
aos outros.
Caríssimos leitores, vale a pena pensar
antes de agir, para não termos desagradáveis surpresas no regresso à vida real.
Somos considerados também como
suicidas, quando trabalhamos demasiadamente; quando nos alimentamos fora do
normal; quando dormimos fora do comum; quando nada fazemos, atrofiando
assim os membros do corpo; quando vivemos sempre em estado de nervosismo (...).
Entre os prestimosos leitores, alguém poderia indagar: por que as imperfeições são
causadoras de tantas angústias e sofrimentos no Plano Espiritual? Responderemos
que a mente do pensante é igual a uma
estação radiofônica, tanto a do encarnado
quanto a do desencarnado (...).
Ao utilizar a mente como estação radiofônica, sintoniza-a onde e como quer; só
que agora ele não possui o corpo material, mas, sim, o corpo perispiritual, cuja
sensibilidade é diferente; e quando pensa baixo, mergulhando em sensações
inferiores e negativas, transforma o seu
perispírito em acumulador, carregando-o
com energias pesadas, usualmente chamada de fluidos pesados que, além de
obrigá-lo a estacionar em lugares indesejados, forçam-no a sofrer. Os referidos
fluidos pesados, absorvidos e armazenados no nosso perispírito, são como
fumaça no pulmão, que provoca tosse;
são como álcool na ferida, que queima
e arde.
É o próprio espírito que fabrica os tais
fluidos pesados, enquanto está sintonizado com o negativo e o anormal. Da
mesma forma que cria o mal, o espírito
pode perfeitamente criar pensamentos
positivos e elevados, beneficiando o seu
perispírito e provocando alterações benéficas, a favor do seu bem estar (...).
Continua na pág.12 
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Clareando / Ano XI / Edição 126 / Março . 2014 - Pág . 12 Artigo
Destruindo o corpo físico... (
E
nquanto permanecemos atolados
em nossos vícios, atraídos e traídos
pelas supostas sensações agradáveis,
condicionamos o psiquismo a transformar a
energia pura universal em energia negativa,
impregnando o nosso corpo psíquico e físico;
a partir daí, surgem as dores e os respectivos
sofrimentos, frutos das doenças dos órgãos
vitimados.
A parte vulnerável de um fumante inveterado será o pulmão; a do alcoólatra será o
fígado; a do guloso o estômago; a do colérico
e raivoso será o sistema nervoso e assim por
diante. Necessário faz, portanto, a reforma
íntima do ser humano despojando-nos das
roupas velhas que representam velhos hábitos
e vícios nocivos, que tantos sofrimentos
nos causam, para sermos um dia verdadeiramente felizes.
Tornam-se igualmente candidatos a
serem catalogados como suicidas todos
aqueles que expõem seus corpos em
perigo iminente, destruindo-os sem o
querer; no entanto, eram conhecedores
dos perigos que estavam se expondo.
Enfim, todos aqueles que provocam
a morte prematura, por imprudência
ou por simples prazer, expondo o corpo físico a um real perigo, são também
considerados suicidas. O nosso corpo
físico é considerado pelo Plano Espiritual Maior, como um Banco Escolar,
cont. pág.
11)
onde a alma aprende a viver melhor. O
corpo é o Santuário do Espírito, onde a
alma procura galgar os primeiros degraus
da espiritualidade e, por tais razões, deve
ser conservado em perfeitas condições,
sob cuidados, segurança e proteção.
Bastam os perigos que a alma se expõe,
toda vez que pensa e age mal! Expor o
corpo imprudentemente aos perigos, em
busca de dinheiro, fama ou alguma outra
notoriedade, é uma atitude que acarreta
sofrimentos futuros.
Stamatios Zannis Philippoussis
Fonte: Autodefesa Espiritual.
Editora: Yangraf – SP.
Artigo
Tempos de Transição
"É toda uma revolução moral que se realiza neste momento, sob a ação dos Espíritos. (...) São fáceis de prever as suas consequências: ela deve
produzir inevitáveis modificações nas relações sociais, contra o que ninguém poderá opor-se, porque elas estão nos desígnios de Deus e são o
resultado da lei do progresso, que é uma lei de Deus." Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo 1, Item 8.
C
om a Segunda Guerra Mundial e a
destruição verificada pelos desmandos
dos homens nas nações envolvidas, a
psicosfera do planeta Terra foi afetada. O
clamor de milhões de vítimas consideradas
inocentes subiu do plano etérico, como se
fosse um pedido de vingança contra aqueles
que promoveram a carnificina.
Nas dimensões mais próximas à Crosta,
vastas legiões de espíritos desequilibrados
investiam vibratoriamente contra almas
infelizes que desencadearam a guerra ou
que dela participaram, produzindo os assassinatos em massa. Dramas dolorosos
infelicitaram a vida daqueles que direta ou
indiretamente estavam envolvidos com o
acontecimento.
Não fosse o amor e a dedicação de iluminados espíritos que se ofereceram para
auxiliar nessas regiões tenebrosas do astral,
talvez os resultados tivessem sido mais
drásticos.
As experiências difíceis provocadas pela
Segunda Guerra foram vistas em outros
planos da vida e presenciadas por outros
povos de outros mundos como um atestado da inferioridade humana.
Estrelas espirituais que brilharam na
história do mundo serviram de farol para
iluminar a noite negra das realidades
humanas.
Após essa noite de trevas morais, Jesus
e seus prepostos inspiraram os governantes a formarem a Organização das
Nações Unidas (ONU), visando auxiliar a Humanidade na reestruturação
das coletividades terrestres. No futuro,
quando o homem tiver ciência mais precisa do papel que lhe cabe no contexto
cósmico e a Humanidade compreender
melhor sua destinação espiritual, a própria ONU será um espaço de encontro
e reunião entre todos os povos, com base
na fraternidade legítima.
Os governantes do vosso mundo, no futuro, em um momento de
maior maturidade espiritual na Terra, serão escolhidos de acordo com
as inspirações do governo espiritual
do Planeta.
As questões espirituais relativas ao
progresso do vosso Planeta não ficaram a cargo de um só homem, mas
foram inspirados diretamente pelo
plano dos Espíritos. Assim se deu
com o advento da mensagem espírita, que não teve em Kardec seu único
apóstolo — foi ele o intérprete da voz
dos Imortais através de médiuns diversos. Da mesma forma, a unificação
dos governos terrestres não repousaria
mais nas mãos de um homem apenas,
como com Napoleão e Hitler. Diversos
homens, representantes das nações do
Planeta, se reuniriam, sob a inspiração
do Mundo Maior, para tentar a aproximação de culturas e a união dos povos.
Muitos outros métodos foram utilizados pelo mundo espiritual para encorajar
os homens no estabelecimento da verdadeira fraternidade. Tratados comerciais,
concílios ecumênicos, invenções e experimentos científicos foram inspirados à
Humanidade para que ela despertasse
para a necessidade da união. Esta época
de transição em que viveis ainda será visitada pelas ideias de inspirações que o Plano Superior enviará à Terra para preparar
o advento da Nova Era.
Alex Zarthú
Fonte: Gestação da Terra.
Psicografia: Robson Pinheiro.
Editora: Casa dos Espíritos
Clareando / Ano XI / Edição 126 / Março . 2014 - Pág . 13 Artigo
Animismo
E
rnesto Bozzano assevera que Animismo
e Espiritismo "são complementares recíprocos, tendo ambos uma causa única
– o espírito humano, que, encarnado, produz
fenômenos anímicos, e, desencarnado, determina fenômenos espíritas." (2)
Alexandre Aksakof postula que Animismo
"refere-se a todos os fenômenos intelectuais
e físicos que deixam supor uma atividade
extracorpórea ou à distância do organismo
humano e, mais especialmente, todos os
fenômenos mediúnicos que podem ser explicados por uma ação que o homem vivo
exerce além dos limites do corpo." Espiritismo, por sua vez, "refere-se somente aos
fenômenos que, após exame, não podem ser
explicados por nenhuma das teorias precedentes e oferecem bases sérias para a admissão da hipótese de uma comunicação com
os mortos. Se as asserções contidas nessa
hipótese acham sua justificação – continua
Aksakof -, então o termo Animismo será
aplicado a uma categoria especial de fenômenos, produzidos pelo princípio anímico
(considerado como ser independente, razoável e organizador) enquanto está ligado ao
corpo. E, neste caso, a palavra Espiritismo
compreenderá todos os fenômenos que podem ser considerados como manifestações
desse mesmo princípio, porém desprendido
do corpo e Mediunismo diz respeito a todos
os fenômenos compreendidos no Animismo e no Espiritismo, independentemente
de uma ou de outra dessas hipóteses."(1)
Para João Teixeira de Paula, Animismo provém de anima mais ismo. "Em Espiritismo
significa o estado em que opera o Espírito do
médium e não o do desencarnado. O médium, sob a influência intramediúnica (da
própria ou próprias faculdades) ou sob a influência extramediúnica (da assistência), fala e
obra por si mesmo, sem interferência do Espírito desencarnado."(7)
Martins Peralva, por seu turno, define
Animismo como o fenômeno pelo qual a
pessoa arroja ao passado os próprios sentimentos, "de onde recolhe as impressões de
que se vê possuída"(Aulus, Espírito, in Estudando a Mediunidade). Para Peralva, são as
seguintes as características dos fenômenos
psíquicos: "a) fatos anímicos, que se referem
àqueles em que o médium, sem nenhuma
ideia preconcebida de mistificação, recolhe
impressões do pretérito e as transmite, como
se por ele um Espírito estivesse comunicando; e b) fatos espiríticos, ou mediúnicos
propriamente ditos, que são aqueles em que
o médium é, apenas, um veículo a receber e
transmitir as ideias dos Espíritos desencarnados ou... encarnados." (grifamos) (8)
Estudando o comportamento humano,
os psicólogos teorizaram sobre alguns pontos que valeriam a pena serem discutidos.
Falaram sobre limite de contato (3) como a
maneira pela qual o indivíduo e o meio se
tocam. Existe um limite de contato físico (a
pele, a boca, os sentidos etc.) e outro psíquico (por exemplo, o desejo de carinho). Este
contato pode se dar: consigo mesmo, com
o meio, com o outro, com as situações e assim por diante, ocorrendo, ainda, em três
níveis humanos de ação: no nível cognitivo,
no emocional e no comportamental. Obviamente, nós, espíritas, sabemos que este
limite de contato também se dá no nível
espiritual.
Os estudiosos da psicologia discorreram
também sobre os mecanismos de defesa, tão
bem estudados por S. Freud e expandidos
por outros teóricos do comportamento. Tais
mecanismos de defesa (ou neuróticos ou de
proteção do ego) representam algumas formas de resistência que amiúde emergem em
processos perturbados de crescimento. (5)
São os seguintes alguns dos mecanismos
de defesa: introjeção, mecanismo neurótico
pelo qual fixamos em nós regras, atitudes,
modos de agir e de pensar, que não são nossos próprios. Por exemplo, a introjeção é citada por André Luiz no livro Nos Domínios
da Mediunidade, a saber: "Mediunicamente
falando, vemos aqui um processo de autêntico animismo. Nossa amiga supõe encarnar uma personalidade diferente..." (Aulus,
Espírito). (9)
Outro mecanismo de defesa é a identificação (ou confluência), que se revela quando o
indivíduo não percebe nenhum limite entre
si mesmo e o meio e quando sente como se
ambas fossem um só, tamanha é a identificação que ocorre entre si e o outro.
A fixação, por seu lado, é um mecanismo
de defesa que se refere ao fato de o indivíduo
ter-se fixado a um trauma, situação, evento,
que está localizado no próprio self (no seu
interior, consigo mesmo). Na mesma obra
de André Luiz acima citada, registram-se as
seguintes palavras de Aulus, Espírito: "...
nada vê, nada ouve, nada sente, além de si
mesmo." (9)
Finalmente, a projeção é a tendência de
responsabilizar os outros pelo que se origina
no self. Exemplo disto vai citado a seguir,
extraído também de André Luiz: "... a manifestação decorre dos próprios sentimentos de
nossa amiga, arrojados ao pretérito, de onde
recolhe as impressões deprimentes de que se
vê possuída, externando-as no meio em que
se encontra." (Aulus, Espírito). (9)
Numa visão husserliana (6), a postura fenomenológica deve ser a de não tomar posição,
porém suspender todo e qualquer juízo de
valor (epoche) perante qualquer fenômeno.
O Espiritismo, por sua vez, esclarece
que a criatura que apresenta esse comportamento (Animismo) no labor mediúnico
é aquele companheiro que não conseguiu
ainda desvencilhar-se dos empecilhos do
ego (4) — entendidos como características
meramente transitórias da personalidade.
"Quem quiser perder a sua vida por amor
a mim achá-la-á." E "aquele que não nascer
de novo não poderá ver o Reino de Deus",
disse Jesus (João 3:3). Quem, pois, assim
não procede, impede-se de viver o verdadeiro eu, o divino ínsito em si mesmo: 'Vós
sois Deuses", são as palavras do Cristo. O
'Vigiai e orai..." constitui a diretriz segura
para uma vida equilibrada e feliz.
"Conscientizarmo-nos, pois, à luz das lições viva do Divino Mestre"(10) é o ideal a
ser concretizado em todos os momentos e
em toda a sua plenitude.
E a nossa atitude frente ao Animismo é
aquela de compreensão do estágio espiritual
do outro, em bases de respeito e amor: “amaivos uns aos outros...” – sinalizou Jesus.
Elaine Curti Ramazzini
Bibliografia
(1) AKSAKOF, A. Animismo e Espiritismo. Rio de Janeiro, FEB – Departamento Editorial, 1972.
(2) BOZZANO, E. Pensamento e Vontade. RJ, FEB –
Departamento Editorial, 1970.
(3) BUROW, O. A. et al. Gestaltpedagogia – um
caminho para a escola e a educação. SP, Editora Summus, 1985.
(4) DUSEN, W. V. Os caminhos do mundo interior. RJ,
Editora Record, 1972.
(5) FADIMAN, J. et al. Teorias da personalidade. SP,
Editora Harper & Row do Brasil Ltda, 1979.
(6) LYOTARD, J.F. A fenomenologia. Lisboa – Biblioteca Básica de Filosofia, Edições 70, 1986.
(7) PAULA, J. T. Dicionário enciclopédico ilustrado
– Espiritismo, Metapsíquica, Parapsicologia. RJ, Bels,
1976.
(8) PERALVA, M. Estudando a Mediunidade. RJ, FEB
– Departamento Editorial, 1971.
(9) XAVIER, F. C. (pelo Espírito André Luiz). Nos
Domínios da Mediunidade. RJ, FEB – Departamento
Editorial, 1957.
(10) XAVIER, F. C. (pelo Espírito Emmanuel). União
em Jesus. SP, Cultura Espírita União – Departamento
Editorial, 1994.
Nota da redação: A matéria acima é uma síntese do
trabalho apresentado pela autora, dentro do painel Faculdades Psíquicas Humanas, no 1º Congresso Espírita
Mundial, em Brasília, nos dias 1 a 5 de outubro de
1995.
Fonte : Revista Internacional de Espiritismo, novembro
de 1995.
Clareando / Ano XI / Edição 126 / Março . 2014 - Pág . 14 Artigo
Sua
Nos Centros Espíritas
Doação
sempre será
Bem-Vinda
Alimentos não perecíveis
para confecção de :
Quentinhas (irmãos em situação de rua)
Cestas Básicas (famílias carentes)
Informações : Secretaria Administrativa
Seja sócio do Clube do Livro
Espírita e adquira um Kit Especial
contendo 01 Livro Espírita +
01 DVD de Palestras +
01 Revista de Estudos Espíritas
Renda destinada à manutenção do
Centro Espírita Irmão Clarêncio.
Livraria do CEIC todo
mês é Mês de Promoção.
Na
Aproveite !!!
S
abedores como somos de que os Centros Espíritas valem por lâmpadas acesas
nos acidentados e sombrios caminhos
da Vida, balizando rumos para os viajores em
trânsito pela Terra, e não ignorando também
quanto de esforço e espírito de abnegação se faz
necessário àqueles que mourejam nos seus domínios, sintamo-nos no dever de pedir a Deus
que os fortaleça e sustente na desincumbência
dos compromissos assumidos, facultando-lhes
condições de vitória.
Nas atuais condições em que se encontra o
Mundo, sacudido por tremendas convulsões
político-sociais, com a vida tomada de dramas
de consciência e conflitos de sentimentos,
mais do que nunca se torna imperiosa a
ação iluminativa dos Templos Espíritas,
para consolar e esclarecer, assistir e orientar os
homens, resolvendo-lhes os problemas à luz
dos ensinamentos de que se fazem veículos de
divulgação.
É imperioso que os Templos Espíritas estejam
de pé, fiéis à sua missão de difundir a Palavra
do Senhor na Crosta Planetária, a fim de que se
processe a edificação da Humanidade. Por isso,
devemos rogar a Deus abençoe os esforços de
quantos se acham investidos de responsabilidades administrativas e doutrinário-evangélicas,
no sentido de que sejam bem-sucedidos na
desobrigação criteriosa de suas atribuições, alcançando os fins a que se propõem.
É sempre motivo de alegria e tranquilidade
o sabermos que há companheiros decididos
a montar guarda aos tesouros espirituais dos
Centros Espíritas, franqueando suas portas
ao acesso de quantos queiram impregnar-se
das salutares influências promanadas dos ensinamentos que dentro deles são ministrados,
sustentando-os e sendo por eles sustentados,
dando e recebendo, aprendendo e ensinando,
trabalhando e servindo, para que outros também se habilitem a oferecer algo de si mesmos,
a bem do Mundo e da Humanidade.
Quando consideramos os objetivos do
Espiritismo, que outros não são senão os de
esclarecer e instruir, de assistir e orientar, de
melhorar e educar, e avaliamos a extensão
dos dramas e conflitos, das tragédias e convulsões sociais por que passa a Humanidade,
compreendemos melhor o que significa a
disseminação das luzes e bênçãos da Terceira Revelação pela superfície do Mundo, florescendo e frutificando em outros solos, em
outros meios, sob outros céus, para preservação e defesa dos Espíritos encarnados, tão
desejosos e necessitados de felicidade e quase
sempre sem condições de conquistá-la.
Dirigir um Centro Espírita, com senso de
responsabilidade e espírito de abnegação,
conduzindo-o de acordo com os postulados
Kardequianos, é trabalho de sacrifício para
o qual nem todos oferecem condições satisfatórias de adaptação e entrosamento, nem
disposições de ânimo satisfatórias a enfrentar
a realidade dos fatos ou os imprevistos das
situações, fazendo o possível pelo engrandecimento da Casa. Por isso, é sempre louvável
o vermos Companheiros verdadeiramente
dispostos a darem prosseguimento ao programa de edificação da Humanidade, aceitando
incumbências que lhes foram cometidas pelos
Espíritos do Senhor e empenhando-se ao máximo por darem a elas profícuo desempenho.
Deprequemos, portanto, ao Pai Celestial Suas
bênçãos para que os diretores das Sociedades
Espíritas sejam bem-sucedidos no exercício de
suas funções, levando de vencida as dificuldades que se lhes antepuserem aos passos.
O fato de uma Casa Espírita ser modesta e
composta de pessoas simples é antes um título de recomendação, uma razão de crédito
de confiança, do que um fator contrário ao
seu bom conceito, pois a simplicidade é, por
excelência, a característica essencial do Espiritismo. Isto não quer dizer que nós, como seus
adeptos, não nos esforcemos por aprender
mais, por estudar sempre, melhorando nossas
condições morais e intelectuais, acentuando
o trabalho de cultura da mente e do coração.
Não podemos difundir a luz se não nos iluminarmos, nem dar se não cuidamos do nosso
suprimento próprio. E semelhante conquista
só é possível nos Centros Espíritas verdadeiramente bem estruturados nos ensinamentos
doutrinário-evangélicos da Codificação Kardequiana. O que importa, em essência e em
última análise, como condição primordial, é
a natureza do trabalho cristão e o caráter de
renovação do trabalhador empenhado na criteriosa execução do mesmo.
Ante as necessidades que nos acossam e
os problemas que nos rondam e desafiam,
variáveis em natureza e extensão, é de todo
imprescindível que estejamos deveras compenetrados da natureza de nossas responsabilidades doutrinário-administrativas e atentos
ao esmerado cumprimento dos deveres delas
decorrentes, a fim de fazermos jus às bênçãos dos nossos Maiores e podermos atender
àqueles que algo esperam, efetivamente, dos
Centros Espíritas.
Alberto Nogueira da Gama
(Transcrito de Reformador, de agosto de 1980).
Fonte: Reformador – outubro 1995
Clareando / Ano XI / Edição 126 / Março . 2014 - Pág . 15 Reflexão
Consciência
S
ão João da Cruz afirmava que
"Deus é encontrado nas trevas"do
ser humano.
Ínsito na criatura, permanece no seu
lado escuro, aquele SI profundo da sua
realidade ainda por detectar.
Enquanto essa área de sombras não seja
clareada pela razão, a ignorância predomina e os instintos governam mesmo
que o raciocínio pareça comandar-lhe os
hábitos e as ações.
O tentame deve ser continuamente exercitado em todos os períodos da existência terrestre, porquanto, as experiências realizadas
elevam-no a patamares mais significativos,
abrindo-lhe possibilidades mais amplas de
autopenetração.
As raízes do ser são divinas, constituindolhe o corpo um instrumento ou solo fértil
para a fecundação, o desabrochar dos tesouros latentes.
Naturalmente pesam-lhe sobre os ombros
na larga jornada humana os fatores endógenos como a hereditariedade, as glândulas
de secreção endócrina e outros, e exógenos,
quais os contributos da educação, da sociedade, da economia geradores de hábitos. É,
todavia, o Espírito que, herdeiro das próprias
realizações, transfere de uma para outra existência as aquisições que o promovem, retém
ou aprisionam em estados perturbadores.
Face aos hábitos do imediatismo, ocorreu através dos tempos nos seres humanos
uma fissura entre a consciência superficial
e a profunda, desenvolvendo mais a área
da personalidade em detrimento daquelas
que dizem respeito à individualidade.
Essa separação gerou neles o desinteresse
pelas conquistas transcendentais, que lhes
parecem difíceis de logradas ou se apresentam desmotivadoras, tal a preocupação
com o lado concreto da vida.
Confirmado esta colocação, a ciência
constatou que o hemisfério cerebral esquerdo dos seres humanos, encarregado
dos reflexos do lado direito, é verbal, relativo, angular, individual, desenvolvido;
enquanto o direito, que responde pelo
lado esquerdo do corpo, é global, intuitivo, silencioso, seletivo, pouco utilizado,
em consequência, sem desenvolvimento,
aguardando que a mente, na sua função
legítima, propicie-lhe o enriquecimento
de faculdades e realizações.
e
Hábitos
A mente, em si mesma, o Espírito
através do cérebro, manifesta-se em
duas formas diferentes: ora como razão
— intuitiva, metafísica, abstrata — ora
como inteligência — concreta, analista,
imediata.
O uso da razão proporciona o discernimento, que faculta a eleição dos hábitos saudáveis favoráveis à felicidade,
emuladores à evolução.
A função da mente é pensar.
O hábito de pensar amplia as possibilidades de discernir.
A mente é capaz de reconhecer pela
razão os próprios erros nos quais se
apoia e corrigi-los.
A preguiça de pensar é a responsável
pela limitação do discernimento, da
razão.
Adaptando-se as análises estreitas e
superficiais da vida e das suas manifestações o ser permanece em estágio
inferior, malbaratando o tempo e a
oportunidade.
O empenho de manter a atenção —
que observa —, a concentração — que
fixa — e a meditação — que completa
o equilíbrio psicofísico — tornam-se a
ponte de união entre a consciência superficial e o Eu profundo, unificando,
desse modo, a ação dos dois hemisférios cerebrais que se harmonizarão e se
desenvolverão em equilíbrio.
A repetição dos atos gera hábitos e
estes se tornam memórias, que passam
a funcionar automaticamente.
Se eleges hábitos mentais de discernimento para o correto, agirás com segurança e essas memórias funcionarão
automaticamente, amadurecendo-te
intelectiva e afetivamente, com este
comportamento oferecendo-te consciência de ti mesmo, identificação com
o teu Eu profundo.
— O reino dos céus está dentro de vós —
acentuou Jesus com infinita sabedoria em
um tempo de grande ignorância e com
um conteúdo de extraordinária atualidade.
A psicologia profunda hoje desvela este
lado escuro da criatura, iluminando-o
com a presença do Espírito no corpo,
qual a contribuição proposta por Victor
Frankl, na sua constatação noética, palavra derivada do termo grego nous ou
espírito.
E Allan Kardec, o Missionário da Era
Nova, aclarando os escuros patamares
humanos da consciência adormecida,
após interrogar os Instrutores da Humanidade, a respeito do progresso, deles recebeu a confortadora e segura resposta,
conforme a questão n° 779, de O Livro
dos Espíritos.
"— O homem se desenvolve por si
mesmo, naturalmente. Mas, nem todos progridem simultaneamente e do
mesmo modo. Dá-se então que os mais
adiantados auxiliam o progresso dos outros, por meio do contato social."
Joanna de Ângelis
(Pagina psicografada pelo médium Divaldo P.
Franco, em 24/07/91, no Centro Espírita Caminho
da Redenção, em Salvador – BA).
Fonte: Momentos de Consciência, psicografia de
Divaldo P. Franco
Clareando / Ano XI / Edição 126 / Março . 2014 - Pág . 16 Curso :
A Família na Visão Espírita
Dia- todas as terças-feiras.
Hora- 19:30.
Local- Centro Espírita Irmão Clarêncio.
Estudo aberto a todos os interessados.
Março:
A Família na Visão Espírita
Instituto
da
Família
Qual seria, para a sociedade, o resultado do relaxamento dos laços de família?
"Uma recrudescência do egoísmo". (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 775).
Dia 11 - Casamento: espírita e o cônjuge não espírita, heranças familiares,
relacionamento familiar, diferença da
educação familiar.
Dia 18 - Casamento: alterações afetivas, desajustes conjugais, separações,
divórcio, conflitos familiares, ciúme e
inveja.
Dia 25 - A família espírita: a psicologia do homem e da mulher, o papel de
cada um, diferença de comportamento
em função do meio ambiente.
“ Dedica uma das sete noites
Culto do
Evangelho no Lar, a
fim de que Jesus possa pernoitar
da semana ao
em tua casa.”
Joanna de Ângelis
Fonte : S.O.S. Família
Médium: Divaldo Pereira Franco
Atenção!
Curso de Atualização para
todos os Médiuns
Março : dia 22 / Sábado
Horário : 16 horas
Local : Centro Espírita Irmão Clarêncio
Presença Indispensável
“O que torna um estudo sério é a
continuidade que se lhe dá”
(Allan Kardec)
Os estabelecimentos de ensino, propriamente do mundo, podem instruir, mas
só o instituto da família pode educar. É por essa razão que a universidade poderá
fazer o cidadão, mas somente o lar pode edificar o homem. (O Consolador)
As escolas instrutivas do planeta poderão renovar sempre os seus métodos pedagógicos, com esses ou aqueles processos novos, de conformidade com a psicologia infantil,
mas a escola educativa do lar só possui uma fonte de renovação, que é o Evangelho e um
só modelo de mestre, que é a personalidade excelsa do Cristo. (O Consolador)
O homem e a mulher, no instituto conjugal, são como o cérebro e o coração
do organismo doméstico. (O Consolador)
A tarefa doméstica nunca será uma válvula para gozos improdutivos, porque
constitui trabalho e cooperação com Deus. O homem ou a mulher que desejam ao
mesmo tempo ser pais e gozadores da vida terrestre estão cegos e terminarão seus
loucos esforços, espiritualmente falando, na vala comum da inutilidade. (Caminho,
Verdade e Vida)
O homem e a mulher surgem no mundo com tarefas específicas que se integram, contudo, num trabalho essencialmente uno, dentro do plano da evolução
universal. No capítulo das experiências inferiores, um não cai sem o outro, porque
a ambos foi concedido igual ensejo de santificar. (Pão Nosso)
A família consanguínea, entre os homens, pode ser apreciada como o centro
essencial de nossos reflexos. Reflexos agradáveis ou desagradáveis que o pretérito
nos devolve. (Pensamento e Vida)
Emmanuel
Atividades Doutrinárias
Fonte: Palavras de Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Acesse o
Boletim Clareando
através do site
www.irmaoclarencio.org.br
Dia : 09 / 03 / 2014 - 16 horas
Culto no Lar de Marly Braga
clique no link
I nformativo do CEIC
Clareando / Ano XI / Edição 126 / Março . 2014 - Pág . 17 Suplemento Infantojuvenil
Fósforos
de
Cor
A
ndando pela rua, Laurinha ia remoendo seus pensamentos.
Estava chateada porque desejava muito um vestido novo
que tinha visto numa loja e não podia comprar.
Pediu à mãe, insistiu, implorou, mas a resposta tinha
sido sempre a mesma:
— Não, minha filha. Não temos dinheiro agora. Quem
sabe em outra ocasião?
A garota bateu o pé, exigente:
— Não. Quero agora! Depois, aquele vestido não estará
mais na loja. E ele é lindo, mamãe. Eu quero, quero e quero!
— Pois não o terá, Laurinha. No momento estou com
pouco dinheiro e não posso gastar o que tenho para atender um
capricho seu.
A menina chorou, fez birra, bateu o pé, gritando inconformada:
— Mas eu quero!
Porém, apesar de toda a pressão de Laurinha, a mãe não
cedeu, continuando firme. Ela falou com o pai, julgando que seria
mais fácil. Aproximou-se dele dengosa, como sempre fazia quando desejava alguma coisa, sentou-se no seu colo e pediu, com voz
suplicante:
— Papai, eu posso comprar um vestido que vi na loja?
É lindo!
Todavia, a resposta foi a mesma: Não. Laurinha foi para
o quarto amuada, chorou, mas teve que se conformar porque os
pais não iriam mudar de ideia.
Alguns dias depois, Laurinha amanheceu com febre.
Dona Isabel, cuidadosa e preocupada, não permitiu que a filha fosse à escola, obrigando-a a permanecer na cama.
Como a febre não diminuísse, a mãe levou Laurinha ao
médico. Ela estava com princípio de pneumonia.
Por mais de uma semana, a garota ficou na cama, tomando
remédios e reclamando por não poder sair de casa e ir à escola.
— Vou ficar boa logo, mamãe? — perguntava ela. — A
festa junina da escola está se aproximando e não quero faltar!
— Vamos ver. Depende de você, minha filha. Se tomar
os remédios direito, ficar de repouso na cama, quem sabe?
Aquela semana custou a passar. Laurinha, embora inconformada, teve que obedecer. Para passar o tempo, jogava damas com
os amigos, via televisão, e, quando estava sozinha, lia, lia muito.
Ela, que nunca tinha se interessado muito por leituras,
leu livros que falavam das coisas que são realmente importantes
em nossa vida e que devemos valorizar, como a família, a saúde, a
educação.
Ao mesmo tempo, Laurinha não pode deixar de notar que
seus pais estavam gastando bastante com ela: tinham que pagar a
consulta médica, comprar remédios e até uma alimentação melhor
que ela estava precisando para se recuperar.
Preocupada perguntou à mãe:
— Mamãe, a senhora disse que estava sem dinheiro e agora
está tendo que gastar tanto comigo! Onde arrumou dinheiro?
— É que a saúde, minha filha, é muito importante para
nós e para isso sempre daremos um jeito. É diferente de comprar
uma roupa, que não é necessária e podemos passar sem ela.
Uma semana depois, a garota estava diferente, mais tranquila,
mais serena.
Chegou o dia da festa junina da escola.
Laurinha, recuperada, arrumou-se e foi toda feliz para a
festa encontrar com os colegas e amigos.
Lá, passeando entre os postes iluminados, as barracas enfeitadas, as bandeirinhas, ela olhou para a mãe, sorridente e disse:
— Sabe, mamãe, aprendi muito nesses dias. Aprendi que
existem coisas que são realmente importantes. Como a saúde, por
exemplo.Fiquei brava por não conseguir comprar aquela roupa nova
que eu desejava tanto, mas agora nem me lembro mais dela!
Olhando uma colega que riscava fósforos de cor, ela explicou:
— Aprendi que tem coisas na vida que são como fogos de
artifício: depois de queimar, não sobram nada. São belos, luminosos,
coloridos, mas é só para um momento. Não duram.
Parou de falar, olhou para a mãe com olhar carinhoso e
agradecido, completando:
— Mas o amor, este dura para sempre.
Tia Célia.
Fonte: O Consolador, junho / 2007 (www.oconsolador.com.br)
Querido leitor
Indicaremos mensalmente um bom livro doutrinário infantojuvenil, escrito
especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .
Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?
Dica do mês :
Não Pise na Bola
Autor: Richard Simonetti
Editora O Clarim
Aviso Importante

Temos evangelização para crianças
nos mesmos horários das Reuniões
Públicas, e para jovens, nos horários das
Reuniões Públicas Noturnas.