03 - O Idealista - edição março

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03 - O Idealista - edição março
Órgão informativo da USE-Jaú - Ano 9 - Edição 96 - março 2011 - distribuição gratuíta - [email protected]
Bom será percebermos a extensão do
bem, o benefício do bem que podemos
espalhar e fazer. Aí sim perceberemos
que nós mesmos podemos construir a
felicidade que desejamos. Afinal toda
colheita é fruto de semeaduras...
Leia nesta edição
Viver é evoluir, aprender, renovar conceitos,
olhando para trás tão somente para conferir o
quanto já progredimos e seguir adiante,
buscando cada vez mais o conhecimento,
despidos de preconceitos, de idéias refratárias,
imaginando que o crescimento espiritual
requer esforço e dedicação.
• Editorial - Pág 02
• A Razão de Ser do Espiritismo-Pág 02
• Manifestando a Negatividade - Pág 03
• Ainda bem que não registraram o
Evangelho! - Pág 03
• Pensando, fazendo, sentindo o mal
- Pág 04
•Grandes Vultos do Espiritismo - Pág. 05
• Movimento Espirita - Pág 06
• Casas Espítitas - Pág 07
• Luz na Alma - Pág 08
• Mãos que Curam - Pág 09
• Sob a Luz do Evangelho - Pág 10
• O Sentimento Religioso - Pág 10
• Sois a Luz - Pág. 11
• Informação Espírita - Pág 12
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EXPEDIENTE
O IDEALISTA
Órgão de divulgação do Movimento Espírita da Região de
Jaú.
Editado pela USE - União das Sociedades Espíritas - Regional Jaú.
Órgão da USE - União das Sociedades Espíritas do estado de
São Paulo.
Jornalista Responsável:
Rodrigo Galvão Castro
MTb 25.315
Coordenador:
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Diretor:
Secretário: Sônia Marli Albino
Vernier
Diretor Tesoureiro:
Antonio Aparecido Rossi
Conselho de Redação:
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João Benjamin
[email protected]
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Só serão publicadas matérias que
estiverem de acordo com a orientação doutrinária do Jornal. Os
originais dos artigos que não forem publicados não serão devolvidos aos seus autores.
Correspondência para este jornal
enviar para:
Av. Prefeito Luiz Liarte, 392
Centro - Jaú/SP - Cep 17211-360
[email protected]
O Idealista
Editorial
Chega às suas mãos mais uma
edição do nosso periódico, trazendo
matérias para sua reflexão, sempre
com a proposta de divulgar a Cultura Espírita e levar até você leitor um
conteúdo sério, doutrinariamente
correto, mas agradável de apreciar
e analisar dentro da liberdade e da
razão, por isso que logo abaixo inserimos parte de uma mensagem
de Vitor Hugo, escrita por Divaldo
Franco que mostra a grandeza da
Doutrina dos Espíritos. Nossos arti-
A Razão de Ser
do Espiritismo
Victor Hugo (espírito)
(PARTE DA MESAGEM)
Quando o obscurantismo da fé
dominava as mentes, quando as luzes e as sombras se alternavam na
civilização, surgiu o Espiritismo
com a sua razão de ser para promover o homem e a mulher, a vida e
a imortalidade, o amor e o bem a
níveis dantes jamais alcançados.
Realizando uma revolução
silenciosa como poucas jamais
ocorridas na História, tornou-se
poderosa alavanca para o soerguimento do ser humano, retirandoo do caos do materialismo a que se
arrojara ou fora atirado sem a menor consideração, para que adquirisse a dignidade ética e cultural,
fundamentada na identificação
dos valores morais, indispensável
para a identificação dos objetivos
essenciais e insuperáveis da paz
interna e da consciência de si mesmo durante o trânsito corporal.
Permitiu que o ser humano se
redescobrisse como Espírito imortal que é, preexistente ao berço e
sobrevivente ao túmulo, facultando-lhe compreender a finalidade
existencial, que é imergir no oceano do inconsciente, onde dormem
os atos pretéritos e as construções
que projetam diretrizes para o mo-
culistas abordam diversos temas que
traduzem responsabilidade de cada
um na condução de nossa existência, vigiar os nossos pensamentos
e evitar a presença da negatividade
que atrapalha muito o equilíbrio do
ser, não é trabalho fácil, mas possível. E nessa busca constante de
aprimoramento é nossa importante
tarefa fazer o bem no limite de nossas possibilidades, pois é comum
sentir o mal que atraímos pela nossa
sintonia com valores contrários ao
bem. Que possamos usar o que já
temos de bom na construção de um
mundo melhor, nossas mãos podem
fazer mais por uma humanidade tão
sofrida e sequiosa de harmonia e paz.
Jesus disse: “Vós sois a luz do mundo” – a luz não argumenta, mas sim
esclarece e socorre, ajuda e ilumina.
Pela segunda vez você recebe o
Suplemento do Departamento de
Infância e Juventude, que pretende
despertar em nossas crianças momentos de diversão e aprendizado,
acompanhe com elas a proposta do
mês, aproveite a oportunidade para
compartilhar momentos agradáveis
de aprendizado. Boa Leitura.
mento e o futuro, a fim de diluir
as volumosas barreiras de sombra
e de crueldade a que se entregou.
O Espiritismo traçou novos programas para a compreensão da vida
e a mais eficaz maneira de enfrentá-la, desafiando o materialismo no
seu reduto e os materialistas no seu
cepticismo, oferecendo-lhes mais
seguras propostas de comportamento para a felicidade ante as vicissitudes do processo existencial.
Trouxe a perfeita mensagem da
justiça divina, por enquanto mal
traduzida pela consciência humana, contribuindo para a transformação da sociedade, mas sem a revolução sangrenta das paixões em
predomínio, que sempre impõe
uma classe poderosa sobre as outras que são debilitadas à medida
que vão sendo extorquidos os seus
parcos recursos até a exaustão das
suas forças, quando novas revoluções do mesmo gênero explodem,
produzindo desgraça e ódios que
nunca terminam . . .
Trabalhando a transformação
moral do indivíduo, propõe-lhe o
comportamento solidário e fraternal,
a aplicação da justiça corretiva e reeducativa quando delinqüi, conscientizando-o de que as suas ações serão
também os seus juízes e que não fugirá de si mesmo onde quer que vá.
Todo esse contributo moral foi
retirado do Evangelho de Jesus,
especialmente do Seu Sermão da
montanha, no qual reformulou os
valores humanos até então aceitos,
demonstrando que forte não é o
vencedor de fora, mas aquele que
se vence a si mesmo, e poderoso,
no seu sentido profundo, não é
aquele que mata corpos, mas não
é capaz de evitar a própria morte.
Revolucionando o pensamento
ético e abrindo espaço para novo
comportamento filosófico, a Sua
palavra vibrante e a Sua vivência
inigualável, colocaram as pedras
básicas para o Espiritismo no futuro alicerçar, conforme ocorreu,
os seus postulados morais através
da ética do amor sob qualquer
ponto de vista considerado.
A razão de ser do Espiritismo encontra-se na sua estrutura doutrinária, diversificada nos seus aspectos
de investigação científica ao lado
das demais correntes da ciência, do
comportamento filosófico com a
sua escola otimista e realista para o
enfrentamento do ser consigo mesmo e da vivência ético-moral-religiosa que se estrutura em Deus, na
imortalidade, na justiça divina, na
oração, na ação do bem e sobretudo
do amor, única psicoterapia preventiva-curativa à disposição da Humanidade atual e do futuro.
(Parte de página psicografada
pelo médium Divaldo P. Franco,
no dia 7 de junho de 2001, em
Paris, França)
FONTE: http://www.espirito.org.
br/portal/artigos/mundo-espirita/a-razao-de-ser-do-espiritismo.html
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O Idealista
Manifestando a Negatividade
Valentim Antonio gativa e positiva de nossa personalidade,
consoante com tudo aquilo que possuRodrigues
Professor/Escritor ímos gravado em nossas consciências;
objetiva e subjetiva.
Essas polaridades fazem parte de
“Fostes chamados
ao contato de espíri- nossa individualidade. São inerentes
tos de naturezas diver- ao ser humano, mas são proporcionais
sas, de caracteres antagônicos; não me- ao nível evolutivo de cada um de nós.
lindrai a nenhum daqueles com quem Para alguns, a polaridade positiva já
vos encontrardes.”... “A perfeição, como se tornou tão intensa que obscureceu
disse Jesus, encontra-se inteiramente na a polaridade negativa. Ofuscou, mas
prática da caridade sem limites, pois os não eliminou. Ela continua latente e,
deveres da caridade abrangem todas as se permitirmos, ela poderá voltar a se
posições sociais, desde a mais humilde manifestar com grande intensidade.
Quando algum acontecimento exteaté a mais elevada. O homem que vivesse isolado não teria como exercer essa rior nos afeta de alguma maneira é porcaridade. Somente no contato com os que encontra em nosso interior, o reflesemelhantes, nas lutas mais penosas, ele xo correspondente provocando reações
encontra ocasião de pratica-la”. - Evange- diversas e diferentes para cada um de
lho Segundo o Espiritismo – XVII – 10. nós. Essas reações estão profundamente
Todos nós temos em nosso íntimo, vinculadas ao nosso crescimento espirias duas polaridades energéticas pelas tual, ou seja, elas refletem os arquivos da
quais exteriorizamos tudo aquilo que memória de nosso ser total, de acordo
faz parte de nosso ser mais profundo, com a programação que ele vem receou seja; manifestamos as polaridades ne- bendo durante sua existência.
Baseados no exposto acima, devemos compreender que qualquer tipo
de julgamento que façamos de nosso
próximo, estaremos colocando nesse
julgamento, os reflexos de nossa própria
alma e de nossos arquivos mentais.
Cada um de nós vê o mundo
pela sua janela, por um prisma essencialmente particular. Como somos distintos uns dos outros, é claro
que nossas manifestações também
o sejam. Alguns conseguem exteriorizar condições mais evoluídas que
outros. Não porque sejam melhores
ou mais santos, mas porque, através
das sucessivas reencarnações, tiveram
mais oportunidades, mais tempo, e
já conseguiram assimilar lições que os
outros não conseguiram.
Se cultivamos atitudes negativas, se
criamos energia mental de níveis inferiores de vibração, certamente só poderemos exteriorizar manifestações negativas, ou melhor, só poderemos ver
o mundo pelo seu lado mais negro e
negativo, eliminando de nós mesmos,
todas as possibilidades e capacidade de
vislumbrar o bem em todo o universo, pois as lentes com que olhamos o
mundo estão ofuscadas pela nossa própria negatividade.
Procedendo assim, criamos uma
atmosfera negativa em nosso campo magnético que vai atraindo, mais
e mais, coisas negativas, até que as
mesmas comecem a exsudar através
de nosso corpo físico, na forma de
doenças psicossomáticas, problemas
sociais e existenciais e outros das mais
variadas espécies.
Somente com a espiritualização, ou
melhor, com a evangelização é que poderemos, pouco a pouco, eliminar de
nós mesmos, todos os traumas e arquivos inferiores de nosso ser, tornando
límpidas e cristalinas nossas lentes de
percepção do mundo e manifestarmos
o Cristo interno que habita em cada
um de nós. Só assim poderemos ver
o mundo com os olhos do amor, da
compreensão, da tolerância e da fraternidade, virtudes tão preconizadas pelo
Mestre Jesus, nos evangelhos.
Ainda bem que não registraram o EvangelWellington
Rocha Balbo Bauru-SP
As leis criadas
pelo homem, naturalmente imprimem organização à ordem social.
Leis que protegem marcas, por
exemplo, são importantes para que
não exista a exploração indevida da
imagem.
Concordo que todos devem se
defender contra a atuação de gente
sem compromisso com o respeito
ao direito do outro.
As leis dos homens são, pois, justas e necessárias. Preservar-se em um
mundo ainda distante da imperecível
lei evangélica é imprescindível.
Há casos pululando por todos
os cantos do país de pessoas que se
aproveitaram de documentos perdidos e aplicaram golpes na praça.
Há alguns dias escrevi artigo intitulado: “Mundo dos recibos e comprovantes”, abordando a falta de
confiança entre os habitantes desta
morada denominada planeta Terra.
A verdade é que guardamos
tantos papéis em forma de recibos porque desconfiamos uns dos
outros. Quando a honestidade for
a marca registrada de nossos habitantes, certamente não precisaremos de tantos comprovantes para
provar coisa qualquer. Bastará a
palavra, apenas a palavra.
Mas, retornando ao assunto das
leis humanas, muitas delas estão com
os dias contados. Aliás, vou além e
afirmo que em certos níveis da sociedade algumas leis em voga deveriam
ser abolidas, ou então, flexibilizadas
pela consciência das pessoas.
No movimento espírita, por
exemplo, não cabe utilizar leis para
proteção de marcas no intento de
blindar essa ou aquela instituição,
essa ou aquela sigla dos próprios
espíritas. Na seara espírita, não
estamos trabalhando para essa ou
aquela instituição, mas, sim, para
o Cristo, na ânsia de libertarmonos dos cadeados do egoísmo.
Ora, estamos entre espíritas,
irmãos de ideal e, sobretudo, irmãos de caminhada.
Inexistem razões para impedirmos agremiações espíritas de utilizarem siglas ou outras denominações
porque estão registradas e protegidas pelas leis humanas. Não quero
subverter a ordem e a organização.
Nada disso. Reitero meu apreço e
respeito às leis vigentes na sociedade.
Mas, dentro do movimento espírita
devemos, tanto quanto possível, não
enveredar pelo lado da exclusividade,
seja de nomes de instituições, grupos
de estudo e etc. Proteger é normal,
todavia os excessos prejudicam.
Naturalmente que o bom senso
e a fraternidade darão coerência
para que tudo esteja organizado,
evitando confusões com a igualdade de nomes e siglas. As ações
pautadas na coerência evitam dissabores e problemas, isso é óbvio.
Entretanto, observemos que as
maiores maravilhas da Terra estão
ao alcance de todos. As estrelas, o
sol, o mar e as sublimes virtudes
da natureza não se subordinam às
imposições humanas. Dia chegará
em que os frutos de nossa inteligência serão divididos com a coletividade.
A propósito, lembro-me do grande Mahatma Ghandi que dizia:
“Não aprecio monopólios e
privilégios, o que não for para ser
de todos, também não quero pra
mim”.
Ainda bem que não registraram
o Evangelho!
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O Idealista
Pensando, fazendo, sentindo o mal
Orson Peter
Carrara.
Matão - SP
www.orsonpcarrara.k6.com.br
[email protected]
O mal existente à nossa volta é resultante de nossa própria sintonia com os valores
contrários ao bem. Na verdade, tudo na vida
conspira a nosso favor!
Não se assuste o leitor. Não estou “tapando
o sol com a peneira”, a conhecida frase popular. Os leitores podem pensar que estou cego,
não enxergando a torrente de desafios, maldades, falcatruas, desonestidades, corrupção e
inverdades que nos circundam a cada instante. Não, não estou cego. A maldade, a inveja,
o ciúme, a corrupção e seus derivados, existem. Infelizmente, ainda convivem conosco.
Mas são eles frutos do orgulho, da vaidade, do egoísmo que ainda carregamos conosco. Afinal, a infelicidade só existe porque a
permitimos. E permitimos quando adotamos condutas de revolta, de maledicência,
de desonestidades.
O quadro atual do planeta apenas reflete,
coletivamente, o que vai dentro do coração...
Que pena!
Por isso, não vale a pena perder tempo
fazendo o mal, pensando no mal, sentido
o mal. Alguns dias com mágoa no coração,
por exemplo, podem significar anos futuros
de sofrimento e enfermidade. Melhor não
perder a oportunidade de pedir desculpas
ou aceitar esquecer o mal que supostamente
entendemos nos foi dirigido, mesmo que tenha sido proposital.
O erro é sempre marca profunda no coração daquele que o comete, apontando-lhe a
deficiência de compreensão e a necessidade
de cada um. É preciso pensar que ninguém
precisa ser mau para que o que fez o mal seja
punido. A Lei do Universo nos isenta dessa degeneração moral a fim de punir os que
falham, valendo-se da própria maldade que
eles mesmos demonstram ter, por ignorar
tais leis em si próprios.
Isso porque o mal que fazemos redunda
em nosso próprio mal.
A vida deve ser um hino à bondade, pois
só assim seremos capazes de estarmos envolvidos pelocântico doce e inspirador do Bem
que nos protegerá sempre. Nada do que
fizermos, de bem ou de mal, ficará desconhecido no plano da Verdade que, ingenuamente, tentamos enganar. E, mais do que
os fatos em si mesmos, tais feitos retornarão
com as marcas indeléveis das intenções mais
profundas que estavam dentro de cada um
que agiu, quando e como agiu.
É pela intenção, mais do que pelo fato,
que as leis da vida geram conseqüências, amparando ou deixando o indivíduo entregue
aos seus próprios desatinospara que aprenda
a respeitar a própria vida e seus semelhantes.
É no sentimento que está a porta paraa verdade e para a compreensão exata da vida. É
no coração que se encontra a nossa sentença
de condenação ou absolvição.
Melhor, pois, renunciar de causar prejuízos ao próximo. Seja pela ação, pelo pensamento, pela intenção.
Cada um deles terá conseqüências próprias.
Melhor, pois, renunciar de mágoas e ressentimentos, para perdoar, compreender,
tolerar. Sem perder de vista a extensão da
expressão prejuízos ao próximo.
Quanta coisa cabe aí?!
Bom será percebermos a extensão do
bem, o benefício do bem que podemos espalhar e fazer. Aí sim perceberemos que nós
mesmos podemos construir a felicidade que
desejamos. Afinal toda colheita é fruto de
semeaduras...
Nota do autor: baseado na página 173,
capítulo 19, 1ª edição do livro A Força da
Bondade, editora IDE, de André Luiz Ruiz
e Lúcius.
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www.useregionaljau.com.br
O Idealista
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Grandes Vultos do Espiritismo
George Vale Owen (Rev.)
George Vale Owen, sacerdote, membro da ramificação
que havia monopolizado o sentimento de religiosidade dos
povos da Inglaterra e de outras nações. Trabalhava ligado
as lides espíritas e havia se integrado entre os homens de
renome que deram grandes passos no sentido do implantar
as idéias espíritas naquele país.
Os problemas relacionados com o Espírito, despertaram
em Owen a intenção de fazer com que um novo conceito de Deus se tornasse acessível
às criaturas humanas, conceito este despojado de dogmas, de ritos, de fanatismo e de
obscurantismo. Animado desse propósito foi buscar na carreia eclesiástica um meio mais
rápido e eficiente de colocar-se em contacto com as almas daqueles que desejavam encaminhar-se para uma vida melhor e mais segura, no além-túmulo.
Owen conseguiu chegar ao sacerdócio solidamente alicerçado nos princípios e científicos, os quais lhe propiciaram profunda perspicácia no sentido de adentrar o âmago de
todas as questões que reclamam a atenção da mente humana.
Ordenou-se sacerdote em Liverpool, quando tinha apenas 24 anos de idade, tendo sido designado para desempenhar o seu ministério no humilde curato de Seaford. Ele era um homem humilde,
embora atrás dessa humildade cristã ocultasse uma fortaleza de ânimo e um Espírito sempre predisposto para a luta. Devido a essa humildade e apesar de sua sólida formação espiritual, jamais logrou
alcançar um lugar proeminente no seio do clero ou qualquer projeção dentro de sua Igreja.
No propósito de buscar um contacto mais íntimo com o mundo espiritual lembrouse do “Batei e abrir-se-vos-á” dos ensinamentos evangélicos e, com isso, viu desabrochar
a sua mediunidade, graças à interferência de sua mãe, desencarnada em 1909, e que
começou a dar suas primeiras manifestações em 1913.
A princípio ele relutou em aceitar a realidade dos fatos, dado o seu excessivo apego
à verdade. Não tardou muito em ter as provas mais convincentes, o que fez com que se
convertesse inteiramente ao espiritismo.
As mensagens recebidas foram condensadas em quatro livros. Nessa época começou
a receber mensagens de um Espírito que se intitulava “Astriel” mensagens essas eivadas
da mais profunda filosofia. Sua primeira obra, “Os baixos Campos do Céu” e, logo a
seguir, “Os Altos Campos do Céu”, tiveram notável repercussão. A fase seguinte foi a
publicação do livro “Os Mistérios do Céu”, inspirada por um Espírito que se subscrevia
“Leader”. Espírito esse que assumiu um controle único sobre todas as comunicações
dadas posteriormente e cujo nome ele próprio mudou para “Ariel”, formando o quarto
e último livro “Os Batalhões do Céu”.
Os prólogos das obras de Vale Owen foram elaboradas por “Sir” Arthur Conan Doyle, o genial criador de Sherlock Holmes, o que demonstra o elevado sentido das comunicações recebidas do plano espiritual.
Os trabalhos do médium, publicados no “Correio Semanal”, fizeram com que esse
periódico atingisse tiragens surpreendentes. Suas obras são conhecidas na Inglaterra por
“Escrituras de Owen”. Sabe-se que a versão de seus livros para o vernáculo seria sob o
título “A Vida Além do Véu”.
O êxito colimado por ele no campo espírita acarretou-lhe a perda da sua paróquia,
pois a ela teve que renunciar, perdendo a fonte de onde tirava o necessário para o seu
sustento. Nesse evento ele proclamou: “Muitos são os que podem ser vigários de Oxford,
porém não são muitos os que podem fazer o meu trabalho de propaganda”
. Aos 53 anos de idade George Vale Owen iniciou sua tarefa de divulgação do Espiritismo. Dirigiu-se aos Estados Unidos da América onde ele já estava bem difundido,
fazendo ali muitas prédicas, granjeando grande número de amigos, posteriormente regressado à Inglaterra, onde proferiu mais de 150 conferências, esgotando todos os seus
recursos materiais e ficando quase na indigência, sendo amparado por “Sir” Arthur
Conan Doyle, seu grande amigo.
Em 1931 foi acometido de grave enfermidade, porém, prosseguiu na tarefa de propaganda sem dar demonstrações das dores que o acometiam. Em 9 de março desse mesmo
ano veio a desencarnar.
Godoy, Paulo Alves. Da Obra: Os Grandes Vultos do Espiritismo. Edições FEESP
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O Idealista
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Jesus - Amor
O Culto do Evangelho no Lar
Neio Lúcio
Francisco Cândido Xavier
Povoara-se o firmamento de estrelas,
dentro da noite prateada de luar, quando
o Senhor, instalado provisoriamente em
casa de Pedro, tomou os Sagrados Escritos
e, como se quisesse imprimir novo rumo à
conversação que se fizera improdutiva e menos edificante, falou com bondade:
- Simão , que faz o pescador quando se dirige para o mercado com os frutos de cada dia?
O apóstolo pensou alguns momentos e
respondeu, hesitante:
- Mestre, naturalmente, escolhemos os
peixes melhores. Ninguém compra resíduos da pesca. Jesus sorriu e perguntou, de
novo:
- E o oleiro? Que faz para atender à tarefa
a que se dispõe?
- Certamente, Senhor – redargüiu o pescador, intrigado -, modela o barro, imprimindo-lhe a forma que deseja. O amigo
Celeste, de olhar compassivo e fulgurante,
insistiu:
- E como procede o carpinteiro para alcançar o trabalho que pretende?
O interlocutor, muito simples, informou
sem vacilar:
- Lavará a madeira, usará a enxó* e o serrote, o martelo e o formão. De outro modo,
não aperfeiçoará a peça bruta.
Calou-se Jesus, por alguns instantes, e
aduziu:
- Assim também, é o lar diante do mundo.
O berço doméstico é a primeira escola e o
primeiro templo da alma. A casa do homem
é a legítima exportadora de caracteres para
a vida comum. Se o negociante seleciona a
mercadoria, se o marceneiro não consegue
fazer um barco sem afeiçoar a madeira aos
seus propósitos, como esperar uma comunidade segura e tranqüila sem que o lar se
aperfeiçoe? A paz do mundo começa sob as
telhas a que nos acolhemos. Se não aprendemos a viver em paz, entre quatro paredes, como aguardar a harmonia das nações?
Se nos não habituamos a amar irmão mais
próximo, associado à nossa luta de cada dia,
como respeitar o Eterno Pai que nos parece
distante?
Jesus relanceou o olhar pela sala modesta, fez pequeno intervalo e continuou:
- Pedro, acendamos aqui, em torno de
quantos nos procuram a assistência fraterna, uma claridade nova. A mesa de tua casa
é o lar de teu pão. Nela, recebes do Senhor
o alimento para cada dia. Por que não instalar, ao redor dela, a sementeira da felicidade
e da paz na conversação e no pensamento?
O Pai, que nos dá o trigo para o celeiro,
através do solo, envia-nos a luz através do
céu. Se a claridade é a expansão dos raios
que constituem, a fartura começa no grão.
Em razão disso, o Evangelho não foi iniciado sobre a multidão, mas, sim, no singelo
domicílio dos pastores e dos animais.
Simão Pedro fitou no Mestre os olhos
humildes e lúcidos e, como não encontrasse
palavras adequadas para explicar-se, murmurou, tímido:
- Mestre, seja feito como desejas.
Então Jesus, convidando os familiares do
apóstolo à palestra edificante e à meditação
elevada, desenrolou os escritos da sabedoria
e abriu, na Terra, o primeiro culto cristão
do Lar.
* Ferramenta de cabo curvo e lâmina de
aço, usado para desbastar madeira em carpintaria e tanoaria. (Aulete)
(Do livro “Jesus no Lar”, pelo Espírito
Neio Lúcio, Francisco Cândido Xavier)
Bezerra de Menezes
No que refere a Jesus, Ele
para nós é tudo, e nos utiliza como instrumento que
nos leva à auto-educação
espiritual e à instrução que,
conseqüentemente, nos leva
a verdade.
Jesus consola.
Jesus instrui.
Jesus educa.
Jesus abre a mente das criaturas, predispondo-as para o aprendizado divino,
mesmo vivendo na Terra.
Jesus para nós outros
é o Guia,
é o Alicerce,
é a Vida,
é o próprio Amor de Deus rente ao
chão...
E o Evangelho mostra as bem-aventuranças a todos os homens que se esforçam nos caminhos da perfeição.
Se queremos nos libertar, respeitemos
os direitos que os outros possuem.
Se quisermos elevar os nossos sentimentos, passemos a trabalhar no silêncio
porque, se realizamos alguma coisa de
bom, o lucro maior é de quem faz.
Trabalha com carinho,
trabalha com gratidão,
trabalha com interesse de servir,
trabalha com amor, que com esse esforço externo, aparecer-te-ão oportunidades de operar dentro de ti vencendo
as tuas inferioridades, que representa o
verdadeiro trabalho.
Jesus é o nosso ideal!
Meditemos n’Ele, para compreendê-Lo
melhor. Ele é o portador do nosso impulso
consolador, porque é o médico de todas as
almas e a luz de todos os caminhos.
Página recebida em 15-07-1987, na
Sociedade Espírita Maria Nunes, Belo
Horizonte, Minas Gerais, pelo médium
João Nunes Maia
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O Idealista
Mãos que Curam
Martha Triandafelides Capelotto
Jaú/SP
“E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários...” Atos, cap.19- 11 e12
Desde há muito tempo, a imposição das
mãos era usada como recurso para aliviar,
consolar, melhorar e até curar doenças físicas
e espirituais. Até o advento do Espiritismo,
muito pouco se sabia sobre esse recurso que,
na maioria das vezes, os fenômenos de curas
que ocorriam pela imposição das mãos, eram
envoltos em mistérios ou algo sobrenatural.
Hoje, nós sabemos por meio da Doutrina
dos Espíritos, que esses fenômenos ocorrem
pela influência dos fluidos que constituem
os veículos dos pensamentos e que tudo o
que percebemos ou recebemos é absorvido
pelo nosso corpo perispiritual.
Vejamos o que nos diz Allan Kardec, em a
Gênese, no capítulo referente aos “Milagres
do Evangelho: “O princípio dos fenômenos
psíquicos repousa, como já vimos, sobre as
propriedades do fluido perispiritual, que
constitui o agente magnético sobre as manifestações da vida espiritual durante a vida e
depois da morte; enfim, sobre o estado constitutivo dos Espíritos e seu papel como força
ativa na natureza. Conhecidos esses elementos e constatados os seus efeitos, sua consequência é fazer admitir a possibilidade de certos
fatos que antes eram rejeitados, a menos que
se lhes atribuísse uma origem sobrenatural.”
Assim, o estudo sobre os fluídos, principalmente o fluido cósmico universal, que seria
a matéria elementar primitiva, tanto agindo
no estado ponderável como o da imponderabilidade, modificável de maneiras infinitas,
explica-nos os fenômenos que ocorrem com a
imposição das mãos, num processo denominado lei de absorção e repulsão de fluidos. As
mãos servem de instrumento para a projeção
de fluidos magnetizados, doados pelo passista
e absorvidos pela pessoa necessitada.
“A energia cósmica tem muitos nomes, manifesta-se de muitas formas, conquanto seja
sempre a mesma, em essência e fundo: akasa,
para os hindus, aôr para os hebreus, telêsma,
para os hermetistas, azoth, para os alquimistas,
força ódica de Reichemback, força psíquica de
Crookes, fluido mesmérico, fluido vital, fluido
universal, eletricidade, enfim, como quer que se
chame, é sempre fluido cósmico universal, do
qual uma das manifestações mais úteis e poderosas é o magnetismo, visto que pode ser utilizado em forma simples e acessível aos homens,
na cura das moléstias”. (Passes e Radiações – Edgard Armond, 27ª edição, Ed. Aliança).
Passista pode ser qualquer um, mas, as
condições morais, éticas, alguns cuidados
profiláticos em relação ao próprio corpo,
abstenção de certos vícios, assim como, um
mínimo de conhecimento teórico sobre matéria e espírito, permitirão uma maior eficácia no tratamento, pois para curar pela ação
fluídica, quanto mais depurado os fluidos,
mas eficiente se tornará o tratamento.
Os passes são de três categorias: 1) passe magnético: aquele em que o passista doa
seus fluidos, utilizando a força magnética
existente em seu próprio corpo perispiritual;
2) passe espiritual: é uma espécie de magnetização feita pelos espíritos, sem intermediários, diretamente no perispírito das pessoas
enfermas ou perturbadas. Nesse caso, o necessitado não recebe fluidos magnéticos de
passistas ou médiuns, mas outros, mais finos
e puros. O seu poder curativo é grande, muito diferente e muito melhor que o que possui
o magnetizador encarnado; e, finalmente, 3)
passe misto: é uma modalidade de passe onde
se misturam fluidos do passista com os da espiritualidade. A combinação é muito maior
do que no passe puramente magnético e seus
efeitos muito mais salutares. Este é o tipo de
passe que é aplicado nas Casas Espíritas.
Assim, a grosso modo, fica dada uma pequena amostra da complexidade do assunto que
exige estudo e aprofundamento, como fizeram
muitos respeitáveis do meio científico, contemporâneos de Kardec, que acabaram absolutamente convencidos de tudo o que estava sendo
apresentado pela Doutrina dos Espíritos.
Façamos nós o mesmo, abrindo nossas
mentes para novas revelações, novos ensinamentos, deixando de lado a resistência atávica em permanecermos presos a conceitos
ultrapassados e dogmatismos infundados.
Viver é evoluir, aprender, renovar conceitos, olhando para trás tão somente para
conferir o quanto já progredimos e seguir
adiante, buscando cada vez mais o conhecimento, despidos de preconceitos, de idéias
refratárias, imaginando que o crescimento
espiritual requer esforço e dedicação.
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O Idealista
Não julgueis, a fim de que não sejais julgados.
Aquele que estiver sem pecado, lhe atire a primeira pedra.
E.S.E Cap. X
Não julgueis, a fim de que não sejais julgados; porque vós sereis julgados segundo houverdes julgado os outros; e se servirá para convosco da mesma medida da qual servistes para
com eles. (Mateus, cap. VII, v. 1,2).
Então os Escribas e os Fariseus lhe conduziram uma mulher que tinha sido surpreendida em adultério; ora, Moisés nos ordena
na lei para lapidar as adúlteras. Qual é, pois,
sobre isso, vosso sentimento? Eles diziam isso
tentando-o, a fim de ter do que acusa-lo. Mas
Jesus, abaixando-se, escrevia com o dedo sobre
a terra. Como continuassem a interrogá-lo, ele
se ergueu e lhes disse: Aquele dentre vós que
estiver sem pecado, lhe atire a primeira pedra.
Depois, abaixando-se de novo, continuou a escrever sobre a terra. Mas eles, ouvindo-o falar
assim, se retiraram um após outro, os velhos
saindo primeiro; e assim Jesus permaneceu só
com a mulher, que estava no meio da praça.
Então Jesus, se levantando, lhe disse: Mulher,
onde estão os vossos acusadores? Ninguém vos
condenou? Ela lhe disse: Não, Senhor. Jesus
lhe respondeu: Eu também não vos condenarei. Ide, e, no futuro, não pequeis mais. (João,
cap. VIII, v. de 3 a 11).
“Aquele que estiver sem pecado, lhe atire
a primeira pedra”, disse Jesus. Esta máxima
nos faz da indulgência um dever, porque não
há ninguém que dela não tenha necessidade
para si mesmo. Ela nos ensina que não devemos julgar os outros mais severamente do que
julgaríamos a nós mesmos, nem condenar em
outrem o que nos desculpamos em nós. Antes
de censurar uma falta de alguém vejamos se a
O Sentimento Religioso
Rogério Coelho
Muriaé - MG
“(...) Torna tua
vida um hino de
amor e deixa que
o sentimento religioso trabalhe
tuas inspirações”.
- Joanna de Ângelis
Poderoso propulsor de nossa
marcha evolutiva, o sentimento religioso, ínsito na intimidade d`Alma, deve ser estimulado sempre, pois é através desse
nobre sentimento que seremos
auxiliados de vários modos em
nossa incessante busca da perfeição. Com ele enfrentaremos as
vicissitudes naturais do carreiro
evolutivo com mais tranquilidade, equacionando-as, ou pelo
menos as minimizando à medida
que aparecem. Tal sentimento
nos dará o acréscimo de energia
para o enfrentamento das dores,
auxiliando-nos a superá-las, e ensejará uma suficiente abertura em
nosso entendimento a fim de que
possamos compreender o sentido
da dor, a necessidade das lutas e
das renúncias, ao mesmo tempo
em que dinamizará nosso bom
ânimo, que – consequentemente
– nos firmará no escorregadio terreno das provas e expiações.
A nobre Mentora Joanna de
Ângelis, nos convida1 a mergulhar – diariamente – nosso pensamento numa frase de Jesus,
dela fazendo um elo de ligação
com o Pai Celestial, uma vez que
tal providência não só nos auxiliará a enfrentar com serenidade
e brio os percalços da vida, mas
nos oferecerá os recursos para
superá-los com eficiência, logrando o sucesso de nosso empreendimento evolutivo.
Sendo o sofrimento uma realidade ainda ligada ao nosso
processo evolutivo, o sentimento
religioso, ou seja, a religiosidade
é a terapêutica criadora da resignação dinâmica que nos permite
uma antevisão do futuro risonho,
no qual nossa caminhada evolutiva se estenderá sem os altibaixos
limitados pela aflição e serenidade, ensejando-nos uma estabilidade emotiva tão necessária
mesma reprovação não pode recair sobre nós.
A censura lançada sobre a conduta de outrem pode ter dois motivos: reprimir o mal ou
desacreditar a pessoa cujos atos se criticam; este
último motivo não tem jamais desculpa, porque
é da maledicência e da maldade. O primeiro
pode ser louvável, e torna-se mesmo um dever
em certos casos, uma vez disso deve resultar um
bem, e sem isso o mal não seria jamais reprimido
na sociedade; o homem, aliás, não deve ajudar o
progresso de seu semelhante? Não seria preciso,
pois, tomar no sentido absoluto este princípio:
“Não julgueis, se não quiserdes ser julgados”,
porque a letra mata, e o espírito vivifica.
Jesus não podia proibir de censurar o mal,
uma vez que ele mesmo disso nos deu o exemplo, e o fez em termos enérgicos; mas quis dizer que a autoridade da censura está em razão
da autoridade moral daquele que a pronuncia;
tornar-se culpável daquilo que se condena em
outrem é abdicar essa autoridade; é mais, é se
arrogar o direito de repressão. A consciência
íntima, de resto, recusa todo respeito e toda submissão voluntária àquele que, estando investido
de um poder qualquer, viola as leis e os princípios
que está encarregado de aplicar. Não há autoridade legítima aos olhos de Deus, senão aquela que
se apóia sobre o exemplo que dá do bem; é o que
ressalta igualmente das palavras de Jesus.
O sentimento religioso brota no coração
e se desenvolve na mente
à percepção e entendimento dos
Planos Divinos em favor de nossa
alteada destinação espiritual.
Do que ensina1 a Mentora amiga, ainda podemos depreender:
“(...) O sentimento religioso
brota no coração e se desenvolve
na mente, ora como necessidade
de união com Deus, vezes outras
como forma de louvor e de gratidão a Ele, portanto não tem a finalidade de negociar benefícios,
mediante pedidos incessantes e
promessas ilógicas, tão ao gosto
de muitas criaturas detentoras
de credulidade irrefletida.
Sem dúvida, ele assim também se expressa em alguns níveis
de consciência, revelando-se em
forma primária, ingênua, mas
que crescerá na direção das finalidades elevadas.
É inata a tendência humana
para a adoração. Quando não
o faz a Deus, aplicando o sentimento religioso, deriva-a para
objetos, pessoas e aspirações.
Na ambição da fortuna, torna o
homem avaro; na busca do prazer incessante, atira-o à promis-
cuidade da luxuria; na sede da
fama ou do poder, apaixona-o e
o torna ególatra na conquista do
mundo, ensandece-o e vitima-o.
Canalizando-a, porém, para
o sentimento religioso liberta-o,
ampliando-lhe as metas e aspirações que se transformam no
essencial a conquistar, proporcionando-lhe os meios saudáveis
para consegui-lo.
Todos os grandes vultos da
Humanidade lograram realizar os
seus sonhos de contribuir para o
progresso geral, graças à religiosidade que aplicaram aos seus planos e ao sentimento de fidelidade
que mantiveram em relação aos
mesmos, jamais se afastando dos
rumos que seguiam”.
Se Jesus afirmou ser Ele o “Caminho”, é evidente que seguindo-O não nos perderemos; mas
para que O sigamos sem possibilidade de desvios desastrosos,
faz-se mister que nos situemos
no mesmo patamar da decisão
que fez Paulo escrever aos coríntios: “Já não sou em quem vive,
mas Cristo vive em mim”.
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O Idealista
Sois a Luz
Alvaro Francisco
Buttignon
Jaú- SP
“Vós sois a luz do mundo”
Jesus. (Mateus, 5:14.)
Quando o Cristo designou os seus discípulos, como sendo a luz
do mundo, assinalou-lhes tremenda responsabilidade na Terra.
Excetuando o sentido bíblico e analisando
no nosso cotidiano a designação do Cristo,
nós também somos “luzes”. A missão da luz
é varrer sombras e salvar vidas, e, cada um de
nós, movemos vidas que nos envolvem.
O pai e a mãe são as luzes do lar, tendo como responsabilidade a condução do
mesmo dentro dos princípios cristãos, conduzindo os filhos que a Providencia Divina
confiar-lhes à educação e ao crescimento
moral, dentro de uma conduta ética e fraterna para com os semelhantes.
Dentro de sua capacitação profissional
e no local de seu trabalho, agindo com
seriedade, honestidade e demonstrando a
sua retidão será luz a irradiar no ambiente e certamente contagiará os demais, pois
ninguém fica indiferente a alguém que demonstre os princípios de caridade, fraternidade e respeito por aqueles que o cercam.
A chama da candeia gasta o óleo. A iluminação elétrica consome a força gerada na
usina. A claridade, seja do Sol ou do candelabro, é sempre mensagem de segurança
e discernimento, reconforto e alegria, tranqüilizando aqueles em torno dos quais se
resplandece.
Assim para desenvolvermos a missão que
o Cristo espera de cada um, deveremos utilizar o combustível que nos serve de base,
ou seja, aquilo que já aprendemos e que
trazemos gravado em nossa consciência,
pois todas as leis de Deus aí estão registra-
das em seus princípios básicos, e na medida
de nosso entendimento, vamos expandindo
esse combustível, ampliando a Luz própria,
estendendo-a mais longe.
Se nos compenetrarmos, pois, da lição
do Cristo, interessados em acompanhá-lo,
é indispensável a nossa disposição de doar
as nossas forças na atividade incessante do
bem, para que a Boa Nova brilhe na senda
de redenção para todos.
Mesmo se aparentemente estiver só no
serviço do bem, não te aflijas e lembre-se
de que Jesus, antes de reunir seus apóstolos,
era sozinho à frente deste vasto mundo, e
nem por isso o Cristianismo deixou de surgir, por templo vivo do amor, ainda hoje
em construção na Terra, para a felicidade
humana. Essa construção feita diariamente
por aqueles que irradiam sua Luz em seu
derredor, por menor que seja essa Luz, a
construção se fortalece e atinge cada vez
mais corações, sensibilizando e convidando-os para a construção, silenciosamente.
Cristão sem espírito de sacrifício é lâmpada morta no santuário do Evangelho.
Acima de todas as preocupações, busquemos o Senhor, oferecendo aos outros o
melhor de nós mesmos, através de todas as
situações e a todas as criaturas que vierem a
trilhar o nosso caminho.
Sigamo-lo, auxiliando indistintamente. Não nos detenhamos em conflitos ou
perquirições sem proveito. Continuemos
em nossa marcha regenerativa para frente,
mesmo quando nos sintamos a sós, pois a
sombra foge ao fulgor da luz.
Não nos esqueçamos de que milhares de
quilômetros de treva, no seio da noite, não
conseguem apagar alguns milímetros da
chama brilhante de uma vela, contudo, basta um leve sopro de vento para extingui-la.
“Vós sois a luz do mundo” – exortounos o Mestre -, e a luz não argumenta, mas
sim esclarece e socorre, ajuda e ilumina.
Base: Fonte Viva – Emmanuel – psicografia Francisco Candido Xavier
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O Idealista
Suplemento do Departamento da Infância e Juventude - USE-Jaú
Março-2011
PASSATEMPO
O Corpo - Dádiva Divina
O Espírito - Existência e Sobrevivência
O corpo Presente de Deus Nós somos Espíritos.
Deus é nosso Pai e Criador. Ele é chamado de Criador, porque
criou tudo o que existe na Natureza e no Universo
- a Terra, o Sol, a Lua, etc .
Sabemos que Deus existe observando a sua obra, sua criação
- os homens, as plantas, os animais e os minerais.
Aterra foi criada por Deus e serve para plantar.
É da terra que o homem tira grande parte dos seus alimentos.
As plantas fornecem os alimentos que nos dão força e saúde.
Sendo Deus o Criador de todas as coisas, também criou as
plantas.
As plantas têm vida e buscam seu alimento na terra e na água.
Os frutos servem de alimento para homens e animais.
As plantas que recebem amor e que são tratadas com carinho
crescem mais bonitas.
As árvores nos dão sombra gostosa, frutos saborosos,
remédios, etc .
Os animais são seres vivos criados por Deus.
Existem vários tipos de animais: de pelos, de penas, de couro,
de escamas...
Eles podem viver na terra ou nas águas. Alguns podem voar,
mas outros só se arrastam.
Alguns animais são domésticos (cachorro, gato), outros são
selvagens (raposa, urso, leão, tigre, onça, gorila).
Os insetos também fazem parte da Criação de Deus.
Devemos proteger os animais como a toda a obra da Criação.
corpo
Recebemos de Deus um corpo
como instrumento de progresso,
enquanto estamos na terra.
Devemos cuidar do nosso corpo
físico através de bons hábitos de
espírito alimentação, higiene,saúde.
Exemplos: comer frutas e
verduras, escovar os dentes,
pentear os cabelos, tomar
banho, fazer exercícios.
Coloque a Palavra Certa no lugar Certo
Terra – evoluir – corpo – Amá-lo – nosso próprio bem – instrumento – preservá-lo – espírito
O ___ ___ ___ ___ ___ É UM ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ DE QUE
O ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ NECESSITA PARA ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___
NA ___ ___ ___ ___ ___. ___ ___ ___ - ___ ___ E ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ É TAREFA QUE NOS CABE DESEMPENHAR PARA O ___ ___ ___ ___ ___
___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___.
Os minerais não possuem vida, como as plantas e os animais.
Eles são representados pelos vários tipos de pedras, rochas,
pelo ouro, pela prata, pelo ferro, etc .
Cada tipo de mineral serve para um tipo de função.
Os homens utilizam as pedras para construir casas e ruas, o
ferro para construir pontes.
As pedras estão sobre a terra e dentro das águas, dos rios e dos
mares.
Deus, que criou todas as coisas, também c riou a água, que faz
parte do reino mineral.
A água é um bem precioso e finito, por isso não devemos
desperdiça- lá.
Sem a água não há vida.
Aágua pode ser doce ou salgada.
A água pode estar nos estado sólido (gelo), líquido ou gasoso
(vapor).
Aágua está no lago, no rio, no riacho, na lagoa ou no mar...
A chuva, como tudo o que Deus criou, tem importante função na
Natureza; sem ela, a vida seria muito difícil, como no sertão.
Adaptado do Currículo para as Escolas de Evangelização
Espírita Infanto-Juvenil (FEB)
www.searadomestre.com.br/evangelizacao
Suplemento do Departamento da Infância e Juventude - USE-Jaú
A educação, convenientemente entendida.
constitui a chave do progresso moral.
Quando se conhecer a arte de manejar os caracteres, como
se conhece a de manejar as inteligências, conseguir-se-á
corrigi-los, do mesmo modo que se aprumam plantas
novas. Essa arte, porém, exige muito tato, muita
experiência e profunda observação(...) "(Livro dos
Espíritos - Questão 917)
"Desde pequenina, a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz da
sua existência anterior. A estudá-los devem os pais aplicar-se. Todos os
males se originam do egoísmo e do orgulho(...)"(Evangelho Segundo o
Espiritismo - Capítulo XIV, item 9).
Estou com medo...
- Paiê!
Lívia chamou o pai, no meio da noite. Seu
Gilberto, sonolento, veio ver o que aconteceu.
- Estou com medo... - a garota logo explicou.
- Medo de quê? - quis saber o pai.
- Medo, ora!
- Deve haver um motivo... - o pai argumentou calmamente.
- É que... eu acho que tem um espírito embaixo da minha cama - explicou
a menina.
- Filha, nós já conversamos sobre isso, lembra? Não há espíritos embaixo
da sua cama.
- Mas, pai...
- Espíritos são pessoas que já morreram e vivem no Mundo Espiritual.
Eles não costumam se esconder embaixo da cama de meninas. Mas, se
algum dia você enxergar um espírito, faça uma prece pedindo que ele possa
ser auxiliado e que encontre a paz.
- Mas, pai, também tenho medo que você morra...
- Filha, todos vamos morrer um dia e voltar ao Mundo dos Espíritos.
Devemos confiar em Deus, pois Ele sabe quanto tempo cada pessoa deve
viver. A fé em Deus e na vida após a morte nos ajudam a entender e aceitar a
separação provisória que a morte ocasiona.
O pai de Lívia também explicou sobre a reencarnação, as inúmeras idas e
vindas que o espírito faz da Terra ao Plano Espiritual e vice-versa, até se
tornar um ser perfeito.
Enquanto falava, Seu Gilberto se abaixou para pegar um travesseiro que
estava no chão. Ele não encontrou nenhum espírito embaixo da cama, mas
sim, Fofão, o urso de Lívia que estava sumido há dois dias. Lívia abraçou o
pai e o urso, seus companheiros de brincadeiras.
De mãos dadas, fizeram então uma prece:
Amigo Jesus, agradeço a vida e a família que tenho. Ajuda-me a não ter
medo da morte e a aproveitar o tempo que tenho na Terra para ajudar os
outros, aprender e evoluir sempre. Que eu tenha boas atitudes, para ser
merecedor das energias positivas e intuições enviadas pelo meu anjo da
guarda. E que ao adormecer eu possa encontrar bons espíritos que me
orientem a seguir o caminho do bem.Assim seja.
Enquanto isso, na espiritualidade, os espíritos protetores de Gilberto e
Lívia, que a tudo observavam, transmitiam energias de paz, dizendo
também:Assim seja.
Caro amiguinho,
Crianças e adultos têm medos, que variam conforme a idade e o
esclarecimento de cada um. Converse com seus pais sobre seus medos, a
fim de entendê-los e saber que atitude tomar quando eles surgirem.
Lembre-se que, em momentos de medo ou de dificuldade, uma prece é
sempre uma boa idéia, pois através dela seu espírito protetor (anjo da
guarda) auxilia, inspirando coragem e atitudes adequadas à situação.
Cláudia Schmidt www.searadomestre.com.br/evangelizacao
Março-2011
Amor e sabedoria de Deus
O QUE É O QUE É?
1 - Todo mundo gosta, pode ser morna,
quente, fria ou bem gelada, ninguém vive
sem ela. Pode estar na jarrá, no copo, na
natureza, torneira ou geladeira? O quê é o quê é? ________.
2 - Sou enorme, irradio muita luz. Não
preciso de água. Não tenho pernas, mas
ando por todos os lados. Gosto da cor
amarela e às vezes laranja. Só apareço de
dia, à noite me escondo. O quê é o quê é? __________.
3 - Minha casa é a água. Posso ser bem
pequeno ou bem grandão. Tenho várias
cores e nomes. Posso ser bem feroz ou
enfeitar a sua casa. O quê é o quê é?
_____________.
4 - Gosto da terra. Quando nasço viro um
tapete verdinho, lindo de deitar. Muitos
animais me usam como alimento. O quê é o
quê é? ____________.
5 - Tenho muitos ramos, sou bonita, faço
sombra, dou flores e frutos. O quê é o quê
é? __________________.
6 - Sou cheirosa e bonita. Preciso da terra,
da água e do sol para viver. O quê é o quê
é? ___________.
7 - Tenho bico, duas asas e canto. O quê é o
quê é? _______________.
8 - Quando nasço sou uma larva, moro em
um casulo, me transformo para voar. O quê
é o quê é? ____________________.
9 - Gosto muito de voar e trabalhar. Quando
estou com medo, dou uma picada e solto
um ferrão. Produzo algo muito docinho, bom
de passar no pão. O quê é o quê é?
___________________.
10 - Nasço, cresço, morro e volto a nascer, mas meu espírito
continua sempre vivo. Às vezes cuido da natureza, às vezes
não. Tenho tendências boas e más que preciso melhorar.
Estou sempre em
evolução. O quê é o quê
é? _________________.

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