Junho - Centro Espírita Irmão Clarêncio

Transcrição

Junho - Centro Espírita Irmão Clarêncio
Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio
Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220
Fone : (21) 3252-1437
www.irmaoclarencio.org.br
Ano XII - Edição 141 - Junho / 2015
Cursos
Cursos no
no C.E.I.C.
C.E.I.C.
Editorial
Dia: Terça-feira / 19:30 às 21:00
A Família na visão Espírita.
Obras de André Luiz (Nosso Lar /
Evolução em Dois Mundos).
Obras de Yvonne Pereira (Devassando
o Invisível / Ressurreição e vida).
A vida de Yvonne A.Pereira
COMP - Curso de Orientação Mediúnica e Passes.
COTTE - Curso de Orientação para o
Trabalho de Tratamento Espiritual.
Dia: Quarta-feira / 17:30 às 18:30
Grupo de Estudos Antônio de Aquino
(No Invisível)
Dia: Quinta-feira / 15:00 às 16:30
O que é o Espiritismo.
História do Espiritismo ( 2° Semestre)
O Livro dos Espíritos.
O Evangelho Segundo o Espiritismo.
O Livro dos Médiuns.
O Céu e o Inferno.
A Gênese.
Obras Póstumas.
Obras de Léon Denis (Livro: O
Grande Enigma)
Dia: Quinta-feira / 18:20 às 19:10
Aprofundamento das Obras Básicas
Dia: Quinta-feira / 19:30 às 21:00
O que é o Espiritismo.
História do Espiritismo ( 2° Semestre)
O Livro dos Espíritos.
O Evangelho Segundo o Espiritismo.
O Livro dos Médiuns.
O Céu e o Inferno.
A Gênese.
Obras Póstumas.
Obras de Léon Denis (Livro: O Grande
Enígma)
Revista Espírita.
Dia : Sábado / 830 às 9:30 ou
16:30 às 17:30
Curso Permanente para Médiuns do CEIC –
CPMC (2º e 4º sábados do mês).
Dia : Sábado / 14:30 às 16:00
Valorização da Vida (Aberto a Todos).
Dia : Sábado / 16:00 às 17:30
O que é o Espiritismo.
História do Espiritismo( 2° Semestre)
O Livro dos Espíritos.
O Evangelho Segundo o Espiritismo.
O Livro dos Médiuns.
O Céu e o Inferno.
Eu, Médium?
H
á pessoas que não buscam estudar sobre Mediunidade por acharem que
nada têm a ver com isso. Mas, Kardec vem nos dizer que “Todo aquele que
sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium.
Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo.
Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode,
pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns”.(¹)
Estudando O Livro dos Espíritos aprendemos que os Espíritos influem em nossos
pensamentos e em nossos atos, muito mais do que imaginamos. Muitas das vezes são eles
que nos dirigem. (²)
E, então, como administrar isso?
Sabedores disso, devemos procurar conhecer o que é Mediunidade, como ela se
manifesta, como educá-la, fazendo dela um poderoso instrumento de crescimento
espiritual.
Neste mês a nossa Casa oferecerá uma manhã de estudos sobre Mediunidade,
com o tema “O Maravilhoso e o Sobrenatural”.
Venha estudar conosco. Contamos com a sua presença.
Que Deus nos abençoe e Jesus nos envolva em suas vibrações de amor e paz.
Obs.: (¹) O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, item 159.
(²) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 459.
Nesta Edição :
Estudando Sobre Mediunidade:
pág.3 Das Mistificações
Deus – Causa Primeira:
pág.4 DEUS
Revista Espírita:
pág.5 Dissertação - A Verdade
A Gênese.
COMP- Curso de Orientação Mediúnica e Passes.
O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês).
Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos.
Atenção: Não Haverá mais "Curso de Atualização
Para Médiuns".
Mensagem Mediúnica:
pág.7
Em Busca da Reforma Íntima:
pág.9 O Grande Aliado
Artigo:
pág.1 3 Na Pregação
Obras Póstumas:
pág.14 Dupla Natureza de Jesus
Artigo:
pág.15 Amor - O Artesão do Bem
A Família na Visão Espírita:
pág.16 Deveres dos Pais
Suplemento Infantojuvenil:
pág.17 O Dever Esquecido
Clareando / Ano XII / Edição 141 / Junho . 2015 - Pág . 2 Semeando o Evangelho de Jesus
A to
Q
de
S ubmissão
“Eis que o Semeador saiu a semear.”
e de
R esignação
uando um motivo de aflição nos advém, se lhe procurarmos a causa, amiúde reconheceremos estar numa imprudência
ou imprevidência nossa, ou, quando não, em um ato anterior. Em qualquer desses casos, só de nós
mesmos nos devemos queixar. Se a causa de um infortúnio independe completamente de qualquer
ação nossa, é ou uma prova para a existência atual, ou expiação de falta de uma existência anterior, caso, este
último, em que, pela natureza da expiação, poderemos conhecer a natureza da falta, visto que somos
sempre punidos por aquilo em que pecamos. (Cap. V, nº 4, nº 6 e seguintes).
No que nos aflige, só vemos, em geral, o presente e não as ulteriores consequências favoráveis
que possa ter a nossa aflição. Muitas vezes, o bem é a consequência de um mal passageiro,
como a cura de uma enfermidade é o resultado dos meios dolorosos que se empregaram
para combatê-la. Em todos os casos devemos submeter-nos à vontade de Deus, suportar
com coragem as tribulações da vida, se queremos que elas nos sejam levadas em conta
e que se nos possam aplicar estas palavras do Cristo: “Bem-aventurados os que
sofrem.” (Cap. V, nº 18).
Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítulo XXVIII, item 30, Prefácio, Editora FEB.
Clareando as ideias com Kardec
Estudar Kardec é libertar-se de dogmas, crendices e superstições. É aprender a viver como espírito imortal, a caminho da perfeição.
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Jesus, (João, 8:32)
Qual o maior obstáculo ao progresso?
“O orgulho e o egoísmo. Refiro-me ao progresso moral, porquanto o intelectual se efetua sempre. À primeira vista, parece
mesmo que o progresso intelectual reduplica a atividade daqueles vícios, desenvolvendo a ambição e o gosto das riquezas,
que, a seu turno, incitam o homem a empreender pesquisas que lhe esclarecem o Espírito. Assim é que tudo se prende, no
mundo moral, como no mundo físico, e que do próprio mal pode nascer o bem. Curta, porém, é a duração desse estado de
coisas, que mudará à proporção que o homem compreender melhor que, além da que o gozo dos bens terrenos proporciona,
uma felicidade existe maior e infinitamente mais duradoura.” (Vide: Egoísmo, cap. XII).
Nota de Kardec
Há duas espécies de progresso, que uma a outra se prestam mútuo apoio, mas que, no entanto, não marcham lado a lado: o progresso intelectual e o progresso moral. Entre os povos civilizados, o primeiro tem recebido, no correr deste século, todos os incentivos.
Por isso mesmo atingiu um grau a que ainda não chegara antes da época atual. Muito falta para que o segundo se ache no mesmo
nível. Entretanto, comparando-se os costumes sociais de hoje com os de alguns séculos atrás, só um cego negaria o progresso realizado.
Ora, sendo assim, por que haveria essa marcha ascendente de parar, com relação, de preferência, ao moral, do que com relação ao
intelectual? Por que será impossível que entre o século dezenove e o vigésimo quarto século haja, a esse respeito, tanta diferença quanta
entre o décimo quarto século e o século dezenove? Duvidar fora pretender que a Humanidade está no apogeu da perfeição, o que seria
absurdo, ou que ela não é perfectível moralmente, o que a experiência desmente.
Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 785 e Nota de Kardec, Editora FEB.
Delicioso Almoço Social
Local : Centro Espírita Irmão Clarêncio
Dia-14.06.2015 / Hora-13:00
Clareando / Ano XII / Edição 141 / Junho . 2015 - Pág . 3 Estudando sobre Mediunidade
“Da mesma forma que a Física, a Química, a Botânica, a Astronomia têm os seus aparelhos apropriados, segundo a necessidade dos
seus estudos, o Espiritismo tem um aparelho, um instrumento, o médium, com o qual estuda a alma e suas manifestações. É com este
auxiliar indispensável que penetra no labirinto da Psicologia e da Parapsicologia para a descoberta do Novo Mundo e o estreitamento
de relações com seus habitantes”. Cairbar Schutel (Médiuns e Mediunidades, Editora “O Clarim”).
D as M i s t i f i c a ç õ e s
S
e o ser enganado é desagradável,
ainda mais o é ser mistificado.
Esse, aliás, um dos inconvenientes
de que mais facilmente nos podemos preservar. De todas as instruções precedentes
ressaltam os meios de se frustrarem as tramas dos Espíritos enganadores. Por essa
razão, pouca coisa diremos a tal respeito.
Sobre o assunto, foram estas as respostas
que nos deram os Espíritos:
1ª) As mistificações constituem um
dos escolhos mais desagradáveis do Espiritismo prático. Haverá meio de nos
preservarmos deles?
“Parece-me que podeis achar a resposta
em tudo quanto vos tem sido ensinado.
Certamente que há para isso um meio
simples: o de não pedirdes ao Espiritismo
senão o que ele vos possa dar. Seu fim é o
melhoramento moral da Humanidade; se
vos não afastardes desse objetivo, jamais
sereis enganados, porquanto não há duas
maneiras de se compreender a verdadeira
moral, a que todo homem de bom-senso
pode admitir.
“Os Espíritos vos vêm instruir e guiar
no caminho do bem e não no das honras
e das riquezas, nem vêm para atender às
vossas paixões mesquinhas. Se nunca lhes
pedissem nada de fútil, ou que esteja fora
de suas atribuições, nenhum ascendente encontrariam jamais os enganadores;
donde deveis concluir que aquele que é
mistificado só o é porque o merece.
“O papel dos Espíritos não consiste em
vos informar sobre as coisas desse mundo,
mas em vos guiar com segurança no que
vos possa ser útil para o outro mundo.
Quando vos falam do que a esse concerne, é que o julgam necessário, porém não
porque o peçais. Se vedes nos Espíritos os
substitutos dos adivinhos e dos feiticeiros,
então é certo que sereis enganados.
“Se os homens não tivessem mais do que
se dirigirem aos Espíritos para tudo saberem, estariam privados do livre-arbítrio e
fora do caminho traçado por Deus à Humanidade. O homem deve agir por si
mesmo. Deus não manda os Espíritos
para que lhe achanem a estrada material
da vida, mas para que lhe preparem a
do futuro.”
a) Porém, há pessoas que nada perguntam e que são indignamente enganadas
por Espíritos que vêm espontaneamente,
sem serem chamados.
“Elas nada perguntam, mas se comprazem em ouvir, o que dá no mesmo. Se
acolhessem com reserva e desconfiança
tudo o que se afasta do objetivo essencial
do Espiritismo, os Espíritos levianos não as
tomariam tão facilmente para joguete.”
2ª) Por que permite Deus que pessoas
sinceras e que aceitam o Espiritismo de
boa-fé sejam mistificadas? Não poderia
isto ter o inconveniente de lhes abalar a
crença?
“Se isso lhes abalasse a crença, é que
não tinham muito sólida a fé. Os que
renunciassem ao Espiritismo, por um
simples desapontamento, provariam
não o haverem compreendido e não
lhe terem atentado na parte séria. Deus
permite as mistificações, para experimentar a perseverança dos verdadeiros
adeptos e punir os que do Espiritismo
fazem objeto de divertimento.”
NOTA. A astúcia dos Espíritos mistificadores ultrapassa às vezes tudo o que se
possa imaginar. A arte, com que dispõem
as suas baterias e combinam os meios
de persuadir, seria uma coisa curiosa, se
eles nunca passassem dos simples gracejos;
porém, as mistificações podem ter consequências desagradáveis para os que não
se achem em guarda. Sentimo-nos felizes
por termos podido abrir a tempo os olhos
a muitas pessoas que se dignaram de pedir
o nosso parecer e por lhes havermos poupado ações ridículas e comprometedoras.
Entre os meios que esses Espíritos empregam, devem colocar-se na primeira linha,
como sendo os mais frequentes, os que têm
por fim tentar a cobiça, como a revelação
de pretendidos tesouros ocultos, o anuncio
de heranças, ou outras fontes de riquezas.
Devem, além disso, considerar-se suspeitas,
logo à primeira vista, as predições com época
determinada, assim como todas as indicações precisas relativas a interesses materiais.
Cumpre não se deem os passos prescritos ou
aconselhados pelos Espíritos, quando o fim
não seja eminentemente racional; que ninguém nunca se deixe deslumbrar pelos nomes
que os Espíritos tomam para dar aparência
de veracidade às suas palavras; desconfiar
das teorias e sistemas científicos ousados;
enfim, de tudo o que se afaste do objetivo
moral das manifestações. Encheríamos um
volume dos mais curiosos, se houvéramos de
referir todas as mistificações de que temos
tido conhecimento.
Fonte: O Livro dos Médiuns, Allan Kardec,
item 303, Editora FEB.
Festa Junina
Data - 21 / 06 / 2015
Hora - 16:00
Local - Rua Begônia
Clareando / Ano XII / Edição 141 / Junho . 2015 - Pág . 4 Deus - Causa Primeira
Que é Deus?
“Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”.
Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?
“Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa
de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”
O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 1 e 4, Editora FEB.
Deus
Há um Deus, inteligência suprema,
causa primária de todas as coisas.
CINE CEIC
Poder Além da Vida
Nada é por acaso
Dia - 19/07/15.
Horário - 15:30.
Comentários: Grupo Jovem.
Após os comentários: lanche fraterno.
Valorize a
Vida!
Diga não à eutanásia, ao aborto,
ao suicídio e à pena de morte.
"Deus é o Senhor de nossas Vidas"
A prova da existência de Deus está neste
axioma: Não há, absolutamente, efeito sem
causa. Vemos incessantemente uma multidão inumerável de efeitos, cuja causa não
está na humanidade, já que a humanidade é impotente para produzi-los, e mesmo
para explicá-los; a causa está, portanto,
acima da humanidade. É esta causa a que
se chama Deus, Jeová, Alá, Brahma, Fo-Hi,
Grande Espírito, etc., segundo as línguas,
os tempos e os lugares. Esses efeitos não se
produzem absolutamente ao acaso, fortuitamente e sem ordem; desde a organização
do menor inseto e do menor grão, até a lei
que rege os mundos que circulam no Espaço, tudo atesta um pensamento, uma
combinação, uma previdência, uma solicitude que ultrapassam todas as concepções
humanas. Esta causa é, portanto, soberanamente inteligente.
Deus é eterno, imutável, imaterial,
único, todo poderoso, soberanamente justo
e bom.
Deus é eterno; se houvesse tido um começo, alguma coisa teria existido antes
dele; teria saído do nada, ou melhor, teria criado a si próprio através de um ser
anterior. É assim que, pouco a pouco,
remontamos ao infinito na eternidade. Ele é imutável; se estivesse sujeito a
mudanças, as leis que regem o Universo
não teriam nenhuma estabilidade. Ele é
imaterial; quer dizer, que sua natureza
difere de tudo o que chamamos matéria, de outro modo, ele estaria sujeito às
flutuações e às transformações da matéria, e não seria imutável. Ele é único; se
houvesse vários Deuses, haveria várias
vontades, e desde então, não haveria
nem unidade de vistas, nem unidade
de poder na ordenação do Universo.
Ele é todo poderoso, porque é único. Se
não tivesse o soberano poder, haveria
alguma coisa mais poderosa que ele; ele
não teria feito todas as coisas, e as que
não tivesse feito seriam a obra de outro
Deus. Ele é soberanamente justo e bom.
A sabedoria providencial das leis divinas se revela nas menores coisas como
nas maiores, e essa sabedoria não permite duvidar nem da sua justiça, nem
da sua bondade.
Deus é infinito em todas as suas
perfeições.
Se supuséssemos imperfeito um só dos
atributos de Deus, se subtraíssemos a
menor parcela de eternidade, de imutabilidade, de imaterialidade, de unidade,
de todo-poder, da justiça e da bondade
de Deus, poderíamos supor um ser que
possuísse o que lhe faltasse, e este ser,
mais perfeito que ele, seria Deus.
Fonte: Obras Póstumas, Allan Kardec, 1ª parte,
capítulo I, Editora Léon Denis.
Clareando / Ano XII / Edição 141 / Junho . 2015 - Pág . 5 Revista Espírita
“Allan Kardec, durante onze anos e quatro meses de trabalho intensivo (1858 – 1869), ofereceu-nos, ao vivo, toda a História do Espiritismo,
no processo de seu desenvolvimento e sua propagação no século dezenove”. (Introdução, Revista Espírita de 1858, EDICEL).
Assim se expressa Allan Kardec sobre a Revista Espírita, em O Livro dos Médiuns, item 35 (4º): “Variada coletânea de fatos, de explicações
teóricas e de trechos isolados, que complementam o que se encontra nas duas obras precedentes (O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns,
conforme item 35-3º), formando-lhes, de certo modo, a aplicação”.
D issertação : A V erdade
A
verdade, meu amigo, é uma
dessas abstrações para as quais
tende o Espírito humano incessantemente, sem jamais poder atingi-la. É
preciso que ele tenda para ela, é uma das
condições do progresso, mas, pela simples
razão da imperfeição de sua natureza, ele
não poderia alcançá-la. Seguindo a direção que segue a verdade em sua marcha
ascendente, o Espírito humano está na via
providencial, mas não lhe é dado ver o seu
termo.
Compreender-me-ás melhor quando
souberes que a verdade é, como o tempo,
dividida em duas partes, pelo momento
inapreciável que se chama o presente, a saber: o passado e o futuro. Assim, há duas
verdades: a verdade relativa e a verdade
absoluta; a verdade relativa é o que é; a
verdade absoluta é o que deveria ser. Ora,
como o que deveria ser sobe por graus até
a perfeição absoluta, que é Deus, segue-se que, para os seres criados e seguindo
a rota ascensional do progresso, não há
senão verdades relativas. Mas, do fato de
uma verdade relativa não ser imutável,
não se segue que seja menos sagrada para
o ser criado.
Vossas leis, vossos costumes, vossas instituições são essencialmente perfectíveis
e, por isto mesmo, imperfeitas; mas suas
imperfeições não vos liberam do respeito
que lhes deveis. Não é permitido adiantar-se ao tempo e fazer leis fora das leis
sociais. A Humanidade é um ser coletivo
que deve marchar, se não em seu conjunto, ao menos por grupos, para o progresso
do futuro. Aquele que se destaca da sociedade humana para avançar como criança
perdida, sofre sempre na vossa Terra a
pena devida à sua impaciência. Deixai
aos iniciadores inspirados pelo Espírito de
Verdade, o cuidado de proclamar as leis
do futuro, submetendo-se à do presente.
Deixai a Deus, que mede vossos progressos pelos esforços que tendes feito para vos
tornardes melhores, o cuidado de escolher
o momento que julgar útil para uma nova
transição, mas jamais vos esquiveis a uma
lei senão quando for derrogada.
Porque o Espiritismo foi revelado
entre vós, não creiais num cataclismo
das instituições sociais; até agora ele
tem realizado uma obra subterrânea e
inconsciente para aqueles que foram os
seus instrumentos. Hoje que ele vem
à tona e surge à luz, nem por isso a
marcha do progresso deve ser de lenta
regularidade. Desconfiai dos Espíritos
impacientes, que vos impelem para as
sendas perigosas do desconhecido. A
eternidade que vos é prometida deve
levar-vos a ter piedade das ambições tão
efêmeras da vida. Sede reservados até
em suspeitar, muitas vezes, da voz dos
Espíritos que se manifestam.
Lembrais-vos disto: O Espírito humano move-se e se agita sob a influência de
três causas, que são: a reflexão, a inspiração e a revelação. A reflexão é a riqueza
de vossas lembranças, que agitais voluntariamente. Nela, o homem encontra
o que lhe é rigorosamente útil, para satisfazer às necessidades de uma posição
estacionária. A inspiração é a influência
dos Espíritos extraterrestres, que se misturam mais ou menos às vossas próprias
reflexões para vos compelir ao progresso;
é a intromissão do melhor na insuficiência da passagem, uma força nova que se
junta a uma força adquirida, para vos levar mais longe que o presente, a prova
irrecusável de uma causa oculta que vos
impulsiona para frente, e sem a qual permaneceríeis estacionários. Porque é regra
física e moral que o efeito não poderia
ser maior que sua causa, e quando isto
acontece, como no progresso social, é
que uma causa ignorada, não percebida,
juntou-se à causa primeira de vosso impulso. A revelação é a mais elevada das
forças que agitam o Espírito do homem,
porque vem de Deus e só se manifesta
por sua vontade expressa; ela é rara, por
vezes mesmo inapreciável, algumas vezes evidente para o que a experimenta a
ponto de sentir-se involuntariamente tomado de santo respeito. Repito, ela é rara
e dada ordinariamente como recompensa à fé sincera, ao coração devotado; mas
não tomeis como revelação tudo quanto
vos pode ser dado como tal. O homem
se vangloria da amizade dos grandes, os
Espíritos exibem uma permissão especial
de Deus, que muitas vezes lhes falta. Algumas vezes fazem promessas que Deus
não ratifica, porque só ele sabe o que é e
o que não é preciso.
Eis, meu amigo, tudo quanto posso
dizer-te sobre a verdade. Humilha-te perante o grande Ser, por quem tudo vive e se
move na infinidade dos mundos, que seu
poder governa; medita que se nEle se acha
toda a sabedoria, toda justiça e todo poder,
nEle também se acha toda a verdade.
Pascal
Fonte: Revista Espírita, Allan Kardec, maio de
1865, Editora FEB.
Campanha CEIC
O CEIC está em campanha para a
construção do seu 2° pavimento .
Necessita de ajuda financeira.
Você gostaria de colaborar?
O CEIC agradece desde já a sua
colaboração.
Conta para depósito:
Ag. 0544 - c / c : 10227-0
Ag. 6020 - c /c : 16496-5
Clareando / Ano XII / Edição 141 / Junho . 2015 - Pág . 6 Educação — Senda de Luz
“A Educação consiste na arte de formar os caracteres, incutir hábitos (...). Quando essa arte for conhecida, compreendida e praticada o
homem terá no mundo hábitos de ordem e de previdência para consigo mesmo e para com os seus, de respeito a tudo o que é respeitável”.
(LE, q. 685- nota de Kardec).
“Só a Educação poderá reformar os homens”. (LE, q. 796)
Convite
à
Educação
“Porque só um é vosso Mestre, o Cristo.” (Mateus: capítulo 23, versículo 10)
T
arefa de todos nós — a educação.
Ajusta-se a peça na engrenagem
a benefício do conjunto. Harmoniza-se a nota musical em prol do poema
melódico. Submete-se o instrumento ao
mister a que se destina.
O esforço pela educação não pode ser
desconsiderado. Todos temos responsabilidades no contexto da vida, nas realizações
humanas, nas atividades sociais, membros
que somos da Família Universal. Ninguém
consegue realizar-se isolado. Ignorância representa enfermidade carente de imediata
atenção. O labor educativo, por isso mesmo,
impõe incessantes contribuições, exigindo valiosos investimentos de sacrifício a
benefício do conjunto. Educa-se sempre,
quer se pense fazê-lo ou não.Da mesma
forma que a imobilidade seria impossível a
inércia humana e a indiferença são apenas
expressões enfermiças. Mesmo nesses estados criam-se condicionamentos que geram
hábitos, educando-se mal, em tais circunstâncias os que se fazem nossos cômpares.
A anarquia que destila vapores alucinantes conduzindo à estroinice, fomenta estados de vandalismo educação
perniciosa. A ordem dispõe à disciplina que
promove a equidade, atendendo à justiça —
educação edificante. A educação, assim
examinada, traslada-se dos bancos escolares para todos os campos de atividade,
fazendo que todos nos transformemos
em educadores, vinculados, sem dúvida,
àqueles que se nos transformam em seguidores conscientes ou não, aprendizes
conosco dos recursos de que nos fazemos
portadores.
Jesus, o Educador por Excelência deu-nos
o precioso legado vivo da Sua vida que é
sublime lição de como ensinar sempre
e incessantemente produzindo saúde,
harmonia e esperança em volta dos passos. E o Espiritismo, que nos concita o
incessante exame educativo de atitudes
e comportamentos, conscientiza-nos
sobre a responsabilidade de que, mediante a educação correta, chegaremos
ao fanal da caridade perfeita.
Joanna de Ângelis
Fonte: Convites da Vida — Lição 16.
Psicografia :Divaldo Pereira Franco.
Editora LEAL.
Emmanuel e os Ensinamentos dos Apóstolos
N a E s f e ra Í n t i m a
“Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons dispensadores da multiforme graça de Deus.” - Pedro. (I Pedro, 4:10)
A
vida é máquina divina da qual
todos os seres são peças importantes, e a cooperação é o fator
essencial na produção da harmonia e do
bem para todos.
Nada existe sem significação.
Ninguém é inútil.
Cada criatura recebeu determinado talento da Providência Divina para servir
no mundo e para receber do mundo o
salário da elevação.
Velho ou moço, com saúde do corpo
ou sem ela, recorda que é necessário
movimentar o dom que recebeste do
Senhor, para avançares na direção da
Grande Luz.
Ninguém é tão pobre que nada possa
dar de si mesmo.
O próprio paralítico, atado ao catre da
enfermidade, pode fornecer aos outros
a paciência e a calma, em forma de paz
e resignação.
Não olvides, pois, o trabalho que o Céu te
conferiu e foge à preocupação de interferir
na tarefa do próximo, a pretexto de ajudar.
Quem cumpre o dever que lhe é próprio, age naturalmente a benefício do
equilíbrio geral.
Muitas vezes, acreditando fazer
mais corretamente que os outros o
serviço que lhes compete, não somos
senão agentes de desarmonia e perturbação.
Onde estivermos, atendamos com
diligência e nobreza à missão que a
vida nos oferece.
Lembra-te de que as horas são as
mesmas para todos e de que o tempo é o nosso silencioso e inflexível
julgador.
Ontem, hoje e amanhã são três fases
do caminho único.
Todo dia é ocasião de semear e colher.
Observemos, assim, a tarefa que
nos cabe e recordemos a palavra do
Evangelho: — “Cada um administre
aos outros o dom como o recebeu, como
bons dispensadores da multiforme graça de Deus”, para que a graça de Deus
nos enriqueça de novas graças.
Emmanuel
Fonte: Fonte Viva, psicografia de Francisco Cândido Xavier, lição 130, Editora FEB.
Clareando / Ano XII / Edição 141 / Junho . 2015 - Pág . 7 Mensagem Mediúnica
“... a cólera não exclui certas qualidades do coração, mas impede se faça muito bem e pode levar à prática de muito mal”.
(E.S.E. cap. IX: 9)
A
minha alma transborda de forte emoção, por novamente comparecer à nossa Casa querida, onde durante alguns
anos me foi dada a possibilidade de trabalhar mediunicamente, junto a esses corações amigos que aqui ficaram
e que hoje mais uma vez estou revendo, feliz sim, por vê-los todos nas suas funções de médiuns, doando esse
sentimento e as vibrações de amor por aqueles que buscam socorro em nossa Casa Espírita.
Evidentemente, ao solicitarem que eu aqui pudesse manifestar a minha presença, não esperava, porque não fui avisado antecipadamente, que o tema seria esse: cólera, irritação.
Reconheço que, quando encarnado, não fui um primor de paciência; não fui um primor de autocontrole das minhas impulsividades, da ansiedade que muitas vezes até chamava a atenção dos médiuns aqui presentes, meus queridos colegas de
trabalho mediúnico da época.
E, de fato, acompanhando com muita atenção o estudo desta noite, revi esses conceitos trazidos pelo nosso querido amigo e
repensei em quantas coisas, comportamentos, a maneira de agir e falar que poderiam ter evitados tantos dissabores e decepções.
Mas, o momento aqui é de levantar e despertar a fé , a esperança e a confiança em Deus no coração de todos.
Se não fui um primor e seguidor do Evangelho de Jesus, não fui um decaído ou, como está na Bíblia, aquele anjo rebelado
diante da autoridade divina; fui um médium; fui um trabalhador desta Casa. Fui, nos anos em que aqui estive e na convivência com todos aqueles que me conheceram, o Henrique Silva da época e continuo a ser o Henrique Silva, agora, não tão
impulsivo, menos irritadiço e tendo já desenvolvido certo grau de paciência na convivência com os outros.
Deixo, pois, essa palavra simples que muito pouco vem acrescentar aos estudos da noite; mas são palavras ditas do meu
coração que ama esta Casa e que mantém no coração a amizade por todos os meus companheiros, irmãos e irmãs de tarefas
mediúnicas na nossa amada Casa Espírita.
A vocês que hoje chegam talvez pela primeira vez, aos que já aqui se encontram há alguns anos, aos que são trabalhadores,
aos estudantes dos cursos e aos que apenas vêm aqui escutar, com bastante atenção, as lições das noites de palestras e receber
o passe que alivia e consola tanto, mantenham em seus corações, em suas almas, a sagrada chama da fé, mas, também, diria
da esperança e, para complementar, a confiança em Deus, na certeza de que as fases difíceis, que por ora muitos passam, tudo
isso um dia passará e permanecerão as lições aprendidas e apreendidas por esses momentos de provas para muitos, expiações
para outros, mas que, de qualquer maneira, é uma sagrada oportunidade para rever os nossos conceitos de comportamento
dentro da vida material.
Deixo meu abraço a todos, o meu carinho e votos de paz com Jesus.
Do amigo de sempre, Henrique Silva.
Graças a Deus!
(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Joaquim Couto, no CEIC, em 06 de maio de 2015).
Encontros Espíritas
Em Junho
Em Julho
25º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual
Seção - Atualidades
4° Encontro Espírita Sobre A Família na Visão
Espírita
Data - 07 /06 /2015
Hora - 8:30 às 13:00
Tema - Família : o Fator Exemplificador na Transformação
do Outro
22º Encontro Espírita Sobre Mediunidade
Hora - 8:30 às 13:00
Tema - O Maravilhoso e o Sobrenatural
Data - 28 /06 /2015
Hora - 8:30 às 13:00
Local: Centro Espírita Irmão Clarêncio
Clareando / Ano XII / Edição 141 / Junho . 2015 - Pág . 8 Obsessão - Estude e Liberte-se
Convite
Venha estudar conosco
O Livro dos Espíritos
Allan Kardec
Procure a Secretaria de Cursos
para informações
Convite
Venha estudar conosco
O Livro dos Médiuns
Allan Kardec
Procure a Secretaria de Cursos
para informações
Convite
Venha estudar conosco
O Evangelho Segundo o Espiritismo
Allan Kardec
Procure a Secretaria de Cursos
para informações
Convite
Venha estudar conosco
A Gê n e s e
Allan Kardec
Procure a Secretaria de Cursos
para informações
“A obsessão é a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta
caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores,
até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais”.(O Evangelho Segundo o
Espiritismo, Allan Kardec, capítulo XXVIII, item 81).
O
b s e ss o r e s
(Baseado em O Livro dos Médiuns, questão nº 249)
O
bsessor, em sinonímia correta, quer
dizer “aquele que importuna”. E
“aquele que importuna” é, quase
sempre, alguém que nos participou a convivência profunda, no caminho do erro,
a voltar-se contra nós, quando estejamos
procurando a retificação necessária. No
procedimento de semelhante criatura,
a antipatia com que nos segue é semelhante ao vinho do aplauso convertido
no vinagre da critica. Daí, a necessidade
de paciência constante para que se lhe
regenerem as atitudes.
Considerando, desse modo, que o
presente continua o pretérito, encontramos obsessores reencarnados, na
experiência mais íntima. Muitas vezes,
estão rotulados com belos nomes. Vestem roupa carnal e chamam-se pai ou
mãe, esposo ou esposa, filhos ou companheiros familiares na lareira doméstica.
Em algumas ocasiões, surgem para os
outros na apresentação de santos, sendo
para nós benemerentes verdugos. Sorriem e ajudam na presença de estranhos
e, a sós conosco, dilaceram e pisam,
atendendo, sem perceberem, ao nosso
burilamento. E, na mesma pauta, surpreendemos desafetos desencarnados
que nos partilham a faixa mental, induzindo-nos à criminalidade em que ainda
persistem. Espreitam-nos a estrada, à
feição de cúmplices do mal, inconformados com o nosso anseio de reajuste,
recompondo, de mil modos diferentes,
as ciladas de sombra em que venhamos
a cair, para reabsorver-lhes a ilusão ou
a loucura.
Recebe, pois, os irmãos do desalinho
moral de ontem com espírito de paz e
de entendimento. Acusá-los, seria o
mesmo que alargar-lhes a ulceração com
novos golpes. Crivá-los de reprimendas,
expressaria indução lamentável a que se
desmereçam ainda mais. Revidar-lhes a
crueldade, significaria comprometer-nos
em culpas maiores. Condená-los, é o
mesmo que amaldiçoar a nós mesmos,
de vez que nos acompanham os passos, atraídos pelas nossas imperfeições.
Aceita-lhes Injúria e remoque, violência
e desprezo, de ânimo sereno, silenciando e servindo. Nem brasa de censura,
nem fel de reprovação. Obsessores visíveis e invisíveis são nossas próprias
obras, espinheiros plantados por nossas
mãos. Endereça-lhes, assim, a boa palavra ou o bom pensamento, sempre que
preciso, mas não lhes negues paciência
e trabalho, amor e sacrifício, porque só a
força do exemplo nobre levanta e reedifica,
ante o Sol do futuro.
Emmanuel
Fonte: Seara dos Médiuns, psicografia de Francisco
Cândido Xavier, Editora FEB.
Obs.: Estudo baseado na questão 249 de O Livro
dos Médiuns, Allan Kardec.
Reflexão
Prêmio, meu filho, à luz do Evangelho, significa recurso para trabalhar
mais ...”. (Dona Modesta)
Fonte: Reforma Íntima Sem Martírio — Capítulo 14 ; Espírito: Ermance Dufaux ;
Psicografia:Wanderley S. de Oliveira ; Editora Dufaux.
Clareando / Ano XII / Edição 141 / Junho . 2015 - Pág . 9 Em Busca da Reforma Íntima
Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?
“Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo”. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 919)
“Nenhuma circunstância exterior substitui a experiência interna. E é só à luz dos acontecimentos internos que entendo a mim
mesmo. São eles que constituem a singularidade de minha vida”. Carl Gustav Jung (Entrevista e Encontros; Editora Cultrix).
O Grande Aliado
“Reconciliai-vos o mais depressa possível com o vosso adversário, enquanto estais com ele a caminho (...)” (S. Mateus, 5:25)
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. X, item 5.
M
atar o homem velho, extinguir sombras, vencer o passado — expressões
que comumente são usadas para o
processo da mudança interior. Contudo, todos sabemos, à luz dos princípios universais
das Leis Naturais, que não existe morte ou extinção, e sim transformação. Jamais matamos
o "homem velho", podemos sim conquistá-lo,
renová-lo, educá-lo.
Não eliminamos nada do que fomos um
dia, transformamos para melhor. Ao invés de
ser contra o que fomos, precisamos aprender
uma relação pacífica de aceitação sem conformismo a fim de fazer do "homem velho"
um grande aliado no aperfeiçoamento.
Portanto, as expressões que melhor
significado apresentam para a tarefa íntima
de melhoria espiritual serão: "harmonia
com a sombra" e "conquistar o passado",
que redundam em uma das mais belas e sublimes palavras dos dicionários humanos:
educação.
Nossas imperfeições são balizas demarcatórias do que devemos evitar, um aprendizado
que pode ser aproveitado para avançarmos. A
postura de "ser contra" o passado é um processo de negação do que fomos, do qual a astúcia
do orgulho aproveita pra encobrir com ilusões
acerca de nossa personalidade.
O ensino do Evangelho reconcilia-te depressa com teu adversário enquanto estás a
caminho com ele é um roteiro claro. Essa
reconciliação depende da nossa disposição
de encarar a realidade sobre nós próprios,
olhar para o desconhecido mundo interior,
vencer as "camadas de orgulho do ego", superar as defesas que criamos para esconder
as "sombras" e partir para uma decidida e
gradativa investigação sobre o mundo das
reações pessoais, através da autoanálise, sem
medo do que encontraremos.
Fazemos isso enquanto estamos no caminho carnal ou então as Leis Imutáveis da
vida espiritual levar-nos-ão ao "espelho da
verdade", nos "camarins da morte", no qual
teremos que minar as imagens reais daquilo
que somos, despidos das ilusões da matéria.
Postergar essa tarefa é desamor e invigilância. A desencarnação nos aguarda a todos
na condição do mecanismo divino que nos
devolve à realidade.
Reformar é formar novamente, dar nova
forma. Reforma íntima nada mais é que dar
nova direção aos valores que já possuímos
e corrigir deficiências cujas raízes ignoramos ou não temos motivação para mudar.
É dar nova direção a qualidades que foram
desenvolvidas na horizontalidade evolutiva,
que conduziram o homem às conquistas do
mundo transitório. Agora, sob a tutela da
visão imortalista, compete-nos dirigir os valores que amealhamos na verticalidade para
Deus, orientando as forças morais para as
vitórias eternas nos rumos da elevação espiritual pelo sentimento.
Que dizer da sementeira atacada por
pragas diversas? Será incinerada a pretexto
de renovação e cura?
Assim é conosco. O passado — nosso
plantio — está arquivado como experiência
intransferível e eterna, não há como "matar"
o passado, porém, podemos vitalizá-lo com
novos e mais ricos potenciais do Espírito na
busca do encontro com o ser Divino, cravado na intimidade profunda de nós próprios.
Não há como extinguir o que aconteceu,
todavia, podemos travar uma relação sadia e
construtora de paz com o pretérito.
Reforma íntima não pode ser entendida
como a destruição de algo para construção de
algo novo, dentro de padrões preestabelecidos
de fora para dentro, e sim como a aquisição da
consciência de si para aprender a ser, a existir,
a se realizar como criatura rica de sentidos e
plena de utilidade perante a vida.
Carl Gustav Jung, o pai da psicologia
analítica, asseverou: "Só aquilo que somos
realmente tem o poder de curar-nos".
É uma questão de aprender a ser. Somos um
"projeto de existir" criados para a felicidade,
compete-nos, pois, o dever individual de executar esse projeto, e isso só é possível quando
escolhemos realizar e ser em plenitude através
da conquista do "eu imaginário" em direção
do "eu real".
Existir, ser alguém, superar a "frustração do nada" é uma questão de sentimento
e não de posses efêmeras ou estereótipos de
puritanismo e vivência religiosa de fachada.
Imperfeições são nossos patrimônios.
Serão transformadas, jamais exterminadas.
Interiorização é aprender a convivência
pacífica e amorável com nossas mazelas. É
aprender a conviver consigo mesmo através
de incursões educativas a mundo íntimo,
treinando o autoamor, aprendendo a gostar
de si próprio para amar tudo o que existe
em torno de nossos passos.
Enquanto usarmos de crueldade com
nosso passado de erros não o conquistaremos
em definitivo. A adoção de comportamentos
radicais de violentação desenvolve o superficialismo dos estereótipos e a angustia da
melhora — estados interiores improdutivos
para a aquisição da consciência no autoconhecimento e no autotriunfo.
Interiorização é conquistar nossa "sombra",
elevando-se à condição de luz do bem para a
qual fomos criados.
Portanto, esse adversário interior deve se
tornar nosso grande aliado, sendo amavelmente "doutrinado" para servir ao luminoso
ideal do homem lúcido e integral para o qual,
inevitavelmente, todos caminhamos.
Ermance Dufaux
Fonte: Reforma Íntima Sem Martírio, psicografia de
Wanderley S. de Oliveira, capítulo 6, Editora Dufaux.
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Boletim Clareando
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I nformativo do CEIC
Clareando / Ano XII / Edição 141 / Junho . 2015 - Pág . 10 Na Seara Mediúnica
Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium.
Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso
mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que
todos são, mais ou menos, médiuns. (O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, item 159, Editora
FEB).
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Atividades Doutrinárias
Dia : 14 / 06 / 2015 - 16 horas
Culto no Lar de Alice Castro
Tu a P a r t e
T
oda produção medianímica é a
soma do mensageiro espiritual
com o médium e as influências
do meio. Partilhando a equipe de intercâmbio, a parcela de teu concurso é inevitável na
equação. Em cada setor de trabalho, a obra
dá sempre o troco do que lhe damos. A vida
conta em ti mesmo o que lhe fazes. O campo
dá noticias do lavrador.
Por mais respeitável seja o médium a quem
recorras, não exijas que ele forneça, sozinho, a
solução de tuas necessidades, porque o Criador fez a Criação de tal modo que todas as
criaturas se interdependam em qualquer
construção, por mais simples que seja. Se
entre os ingredientes de um bolo for adicionada pequena colher de cinza a dezenas
de colheres outras de material puro e nobre, o elemento estranho deturpará toda a
peça, ainda mesmo quando preparado num
vaso de ouro. Paganini tocava numa corda
só, mas a cravelha e o braço, o cavalete e o
tampo harmônico do violino sustentavam a
melodia. Ticiano pintava admiravelmente aos
noventa e nove anos de Idade; contudo, não
dispensava paletas e pincéis, telas e tintas na
condição adequada. Um técnico de eletricidade fará luz, banindo as trevas de qualquer
parte; no entanto, necessitará de recursos
com que possa captar, dinamizar, distribuir
e reter a força.
E não digas que apenas a má-fé provoca o
desastre quando o desastre aparece. Desleixo
é crueldade em máscara diferente. Se um malfeitor coloca deliberadamente uma pedra no
leito da ferrovia, para descarrilar o comboio,
ou se o guarda desprevenido esquece o calhau
no trilho, o efeito é sempre o mesmo. Se queres a sopa Imaculada, traze prato limpo à beira
da concha. Médiuns e mediunidades poderão
prestar-te grandes favores, mas, para que atuem
com segurança e correção, no serviço que te é
necessário, precisam igualmente de segurança e
correção na parte que te compete.
Emmanuel
Fonte: Seara dos Médiuns, psicografia de Francisco
Cândido Xavier, Editora FEB.
Obs.: Estudo baseado na questão 233 de O Livro
dos Médiuns, Allan Kardec.
Aprendendo com André Luiz
Decálogo do Bom Ânimo
1 - Dificuldades?
Não perca tempo, lamuriando. Trabalhe.
2 - Críticas?
Nunca aborrecer-se com elas. Aproveite-as
no que mostrem de útil.
3 - Incompreensões?
Não busque torná-las maiores, através de
exigências e queixas. Facilite o caminho.
4 - Intrigas?
Não lhes estenda a sombra. Faça alguma
luz com o óleo da caridade.
5 - Perseguições?
Jamais revidá-las. Perdoe esquecendo.
6 - Calúnias?
Nunca enfurecer-se contra as arremetidas
do mal. Sirva sempre.
7 - Tristezas?
Afaste-se de qualquer disposição ao desânimo. Ore abraçando os próprios deveres.
8 - Desilusões? Por que debitar aos outros
a conta de nossos erros?
Caminhe para frente, dando ao mundo e à
vida o melhor ao seu alcance.
9 - Doenças?
Evite a irritação e a inconformidade. Raciocine nos benefícios que os sofrimentos
do corpo passageiro trazem à alma eterna.
10 - Fracassos?
Não acredite em derrotas. Lembre-se de
que, pela bênção de Deus, você está agora
em seu melhor tempo – o tempo de hoje,
no qual você pode sorrir e recomeçar, renovar e servir, em meio de recursos imensos.
André Luiz
Fonte: Coragem, psicografia de Francisco Cândido
Xavier, lição 8, Editora CEC.
Clareando / Ano XII / Edição 141 / Junho . 2015 - Pág . 11 Artigo
Depoimento
S
ou Fernando, antigo médium da
Casa, para trazer o abraço de todos os médiuns e cooperadores
desta Instituição que já faleceram e que
estão aqui, buscando o convívio fraternal dos companheiros que permanecem
na Casa.
Dizer da vida do outro lado é dizer da
continuidade dos nossos sentimentos
interiores. Tive uma casa, tive uma família e, um dia, construí uma casa para
ser a minha imagem e semelhança.
Dizia para mim mesmo: “Vou fazer o
que eu quero dentro da minha casa; vou
colocar o enfeite que quiser, vou dormir a
hora que quiser, acordar na hora do trabalho, não terei ninguém para policiar os
meus atos...”
E quando morri, consciente — eu sabia que ia morrer mesmo — agradecido
pelas preces que me fizeram, pela boa
vontade, pelo amor que todos tiveram
por mim, sempre tiveram... Quando
desencarnei, afinal de contas, com o
mesmo pensamento, virei-me para um
desses amigos que dirigem a Instituição
e perguntei:
— Escute, vou fazer uma pergunta a
vocês: quando é que eu vou sair do hospital e ter a minha casa?
Vejam vocês como é que a gente, às
vezes, ainda é... egoísta, não é?!
Não sei se é certo dizer isso numa tarde tão superior quanto esta, mas... eu
era egoísta, pura e simplesmente, e tive
mais um ataque de egoísmo, igual aos
muitos que tivera, e perguntei:
— Quando é que vou ter a minha casa?
E o Guia — a gente chama de Guia
porque não adianta citar nome, pois
vocês não vão saber quem é — virou-se
para mim, (esse Guia é mais risonho),
deu uma gargalhada e disse:
— Fernando, casa? Você já mereceu
ter casa aqui do outro lado?
E eu respondi:
— Claro... não se trata de merecimento,
trata-se de a gente desejar ter um ambiente
nosso...
— E você tem direito a esse ambiente!
Mas, você sabe o que está faltando? Perguntou o Guia.
— Não, redargui, não, não sei o que
está faltando!
— Está faltando você ter a capacidade
de construir a casa!
— Como construir? Por acaso serei eu
que vou levantar as paredes da casa?
— Não; mas você não tem a ideia precisa do que quer; ainda, não sabe o que
quer. Você deseja o quê? Uma casa terrena ou uma casa espiritual?!
E ele foi me levando a pensar, pensar
e repensar... E vocês sabem o que me
aconteceu?
Continuei no hospital, que é o único
lugar que conseguia entender!...
Ai, posteriormente, eu fui percebendo
que todos aqueles que tinham uma casa,
tinham uma ideia clara e certa sobre o
que era lar, mas um lar, ele tem que ter
alguma coisa dentro dele: ou gente, ou
amigo, ou filho, ou mulher..., tem que
ter alguma coisa dentro dele. Então há
o merecimento... E disse assim:
— Não vou construir nunca: solteirão,
como eu sempre fui, não vou ter nunca
um lar.
E, novamente, vieram me socorrer:
— Não, Fernando, não é isso não; é
saber o que você deseja ter na sua casa,
só que agora não terá, por exemplo, televisão, mas terá que justificar os meios
de comunicação que você quer ter com
alguém...
— Ah! Então eu tenho que saber o
que quero e por que eu quero?!
— Exatamente, Fernando...
— Olha, para não ser muito cansativo, concluo dizendo que ainda estou
montando minha casa, depois de tantos
anos desencarnado...! Por que é assim...,
querem ver? A gente tem que ter um
local de repouso, mas não é um local
fechado, é local só para descansar, para
continuar um serviço; tem que ter um
lugar de estudo, mas eu não posso ter
livros além daqueles que eu estudo mesmo, não posso fazer coleção de livros;
tem que ter aparelhos que se comuniquem com os outros, mas desde que
eles, realmente, sirvam para comunicação... Eu, então, estou aprendendo a
viver no novo mundo dos espíritos com
muita noção de propriedade, mas uma
propriedade que me sirva realmente.
Relato baseado em mensagem psicofônica transmitida pelo médium Altivo Pamphiro, no CELD, em
02/11/1998.
Sugestão de Leitura
Se você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras
Básicas :
O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu
e o Inferno e A Gênese.
Com esse embasamento você saberá selecionar bons livros da Literatura Espírita.
Sugestão do mês:
Quando os Fantasmas se Divertem
Autor: Carlos B. Imbassay
Editora O CLARIM
Clareando / Ano XII / Edição 141 / Junho . 2015 - Pág . 12 Espiritismo na Arte
Convite
Venha estudar conosco
A Família na
Visão Espírita
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Venha estudar conosco as obras de
André Luiz
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“A beleza é um dos atributos divinos. Deus pôs nos seres e nas coisas esse encanto que nos atrai,
nos seduz, nos cativa e enche a alma de admiração, às vezes de entusiasmo. (...) O Espiritismo
vem abrir para a arte novas perspectivas, horizontes sem limites”.
(Léon Denis - O Espiritismo na Arte, parte I, Editora Léon Denis).
“Em todos os domínios, a ideia espírita vai fecundar o pensamento em atividade”.
(Léon Denis – O Problema do Ser e do Destino, Editora FEB).
Ovídio-Chopin-Rafael
Do livro Devassando o Invisível, de
Yvonne Amaral Pereira, que diz assim aos nossos corações: “Confessamos
que somente começamos a nos interessar
verdadeiramente por esse inconfundível
gênio da arte, que foi Frederico Chopin,
depois que através da mediunidade, nos
vimos surpreendida pela sua presença espiritual”.
“A partir desta data, frequentemente nosso
Espírito era posto em contado com o dele,
sobre influência e proteção de Charles”.
Chopin entrou a narrar, então, os sofrimentos que ele passou desde que se reconheceu e irremediavelmente doente, atacado pela tuberculose, porém, na espiritualidade propriamente dita, Frederico Chopin
se apresenta assaz diferente da forma por
que se deixa ver nas pesadas paragens terrenas, ou seja, no seu estado normal de
Espírito, fluídico, leve. Será necessário,
Prática Espírita
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Venha estudar conosco as obras de
Léon Denis
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Venha estudar conosco
a V ida e as Obras de
Yvonne A. Pereira
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oda a prática espírita é gratuita, como
orienta o princípio moral do Evangelho:
“Dai de graça o que de graça recebestes”.
A prática espírita é realizada com simplicidade, sem nenhum culto exterior, dentro do
princípio cristão de que Deus deve ser adorado
em espírito e verdade.
O Espiritismo não tem sacerdotes e não adota, nem usa em suas reuniões e em suas práticas:
altares, imagens, andores, velas, procissões, sacramentos, concessões de indulgência, paramentos,
bebidas alcoólicas ou alucinógenas, incenso, fumo,
talismãs, amuletos, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais ou quaisquer outros objetos, rituais
ou formas de culto exterior.
O Espiritismo não impõe os seus princípios.
Convida os interessados em conhecê-lo a submeterem os seus ensinos ao crivo da razão, antes
de aceitá-los.
A mediunidade, que permite a comunicação
dos Espíritos com os homens, é uma faculdade
que muitas pessoas trazem consigo ao nascer,
independentemente da religião ou da diretriz
doutrinária de vida que adotem.
Prática mediúnica espírita só é aquela que é
exercida com base nos princípios da Doutrina
Espírita e dentro da moral cristã.
então, que o médium, em espírito, durante
um desdobramento, possa ir até ele, desde
que auxiliado ou preparado por seus Guias
Espirituais.
Ainda na mesma oportunidade, afirmou
o instrutor espiritual Charles que Frederico
Chopin seria a reencarnação do poeta romano Ovídio Naso, que viveu cerca de 40
anos A.C., falecido no ano de 16 da nossa
era, e do pintor Rafael Sanzio (pintor, escultor e arquiteto italiano, 1483 – 1520),
pois que o intelectual, o artista, na sua
evolução pelo roteiro do Saber dentro da
Arte, há de passar por todas as facetas, sublimando-se até a comunhão com o Divino.
Rafael é considerado o Poeta da Pintura,
como o Ovídio foi considerado o Músico
da Poesia, e como Chopin é considerado o
Poeta da Música.
Glória Machay
Você
?
Sabia
O Espiritismo respeita todas as religiões e
doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e
pela paz entre todos os povos e entre todos os
homens, independentemente de sua etnia, cor,
nacionalidade, crença, nível cultural ou social.
Reconhece, ainda, que “o verdadeiro homem de
bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e
de caridade, na sua maior pureza”.
“Nascer, morrer, renascer ainda e progredir
sempre, tal é a lei.”
“Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a
frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.”
O estudo das obras de Allan Kardec é fundamental para o correto conhecimento da
Doutrina Espírita.
Campanha de Divulgação do Espiritismo
Federação Espírita Brasileira
www.febnet.org.br
[email protected]
Clareando / Ano XII / Edição 141 / Junho . 2015 - Pág . 13 Artigo
Na Pregação
N
os instantes de vida interior, permitidos pelas lutas que se renovam dia
a dia, volve o homem o olhar para
o futuro, cheio de esperança, na certeza de que
a Terra conhecerá dias melhores, quando vier
a se inundar das sublimes vibrações da Fraternidade Legítima.
O homem crê nesse futuro.
Nessa era de compreensão e paz entre as
criaturas.
Por isso, luta e sofre, confia e espera...
Luta e sofre, confia e espera o advento de
uma fase áurea, rica de espiritualidade, com
inteira ausência dos sentimentos inferiores
que emolduram, indiscutivelmente, a fisionomia do mundo atual.
Ausência do ódio - que provoca a guerra.
Ausência do orgulho - que favorece a prepotência.
Ausência do ciúme - que acende o fogo do
desespero.
Ausência da inveja - que estimula a discórdia
Ausência da ambição - que abre caminho
à loucura.
Esse mundo melhor não pertencerá, exclusivamente, aos nossos filhos e netos,
como asseguram os que creem, apenas, na
unicidade das existências.
Pertencerá a nós mesmos, às nossas individualidades espirituais, empenhadas, hoje,
na construção desse mundo feliz.
Desse mundo onde o mal não terá acesso, onde não haverá lugar para a sombra,
porque o bem e a luz lhe serão magnífica
constante.
Pela reencarnação estaremos amanhã, de
novo, no cenário terrestre, aqui ou em qualquer
parte, utilizando outros corpos, prosseguindo,
destarte, experiências evolutivas iniciadas em
remotos milênios.
Amanhã, na ceifa, colheremos o fruto do
nosso plantio de hoje.
Assim como participáramos, ontem, de redentoras lutas, que se ocultaram, momentaneamente esquecidas, na poeira dos milênios,
na atualidade estamos, igualmente, contribuindo para a edificação do porvir.
As conquistas de ordem material prosseguem, deslumbrantes, em ritmo acelerado.
Temos a certeza de que, pelo esforço da
Ciência e pela sublimidade da Arte, desfrutaremos, mais tarde, o bem-estar e o conforto,
com absoluta exclusão do egoísmo.
No entanto, na atualidade, uma série de
indagações invadem o nosso Espírito.
De que valem imponentes cidades e pontes
maravilhosas, interligando continentes; naves
assombrosas, cruzando o espaço, em todas
as direções, e soberbos empreendimentos de
Medicina, se, apesar de todo esse arrojo e
toda essa audácia do pensamento humano,
continuamos, em maioria, deficientes de
espiritualidade?
Permanecemos, em verdade, mendigos
de amor.
Indigentes de bondade.
Maltrapilhos de compreensão.
Estátuas vivas do egoísmo.
Com Nosso Senhor Jesus Cristo teve início,
na Terra, a preparação espiritual da Humanidade para os jubilosos dias do futuro.
Depois dEle, como legatários de valioso
patrimônio, espalharam-se os discípulos
por toda a parte, visitando cidades e aldeias.
Plenos de alegria, “anunciavam o Evangelho”...
Eram eles, já àquele tempo, os precursores, os
pioneiros da civilização do terceiro milênio, eis
que o Evangelho é, insofismavelmente, a base,
o alicerce, o fundamento, a pedra angular dessa
“Civilização-Luz” dessa “Civilização-Amor” que
o mundo conhecerá.
Não bastou, todavia, pregassem a Boa
Nova da imortalidade durante o Cristianismo nascente.
Nem que derramassem o sangue generoso
nos circos romanos, os corpos dilacerados por
leões africanos, em holocausto ao sublime
ideal do Cristianismo.
Ideal sublime, contagiante, irresistível,
envolvente...
Com o tempo, cessaram os martírios físicos,
as sevícias, o ultraje.
Os circos converteram-se em pó, os tiranos
foram esquecidos.
O serviço de expansão evangélica prossegue,
contudo.
E prosseguirá, séculos afora, edificando as
bases do mundo diferente, os alicerces do
mundo melhor que desejamos, pelo qual
lutamos, no qual cremos, mas que não está
muito próximo, como alguns supõem.
Sem o conhecimento, e, principalmente,
sem a assimilação evangélica, tão cedo não
conhecerá o mundo dias melhores.
A engenharia continuará levantando os
mais belos monumentos.
“Onde anunciavam o Evangelho.”
Multiplicar-se-ão as maravilhas do
mundo.
Sublimar-se-ão as manifestações do pensamento e da cultura acadêmica.
Mas, se o espírito do Cristianismo não for,
realmente, sentido e aplicado, o mundo de
amanhã – o decantado mundo do terceiro
milênio – assemelhar-se-á a imensa necrópole,
com soberbos e glaciais sarcófagos.
Insensíveis, sem calor, sem vida...
Sepultura triste - guardando as cinzas da
presunção e da vaidade.
Urge, pois, seja o Evangelho intensamente
anunciado, a fim de que o seu divino perfume aromatize as florestas, os campos, os
mares profundos, os céus longínquos.
Não preconizamos, obviamente, o simples
anúncio, oral ou escrito.
O anúncio da tribuna, do jornal, do livro,
apenas.
Referimo-nos, sobretudo, ao anúncio vivido, exemplificado, capaz de contagiar, de
converter, de transformar quantos lhe sintam
a influência dinâmica, renovadora.
Na passagem em estudo, ultrajados e incompreendidos, os pegureiros do Cristianismo fugiam
para outras cidades, “onde anunciavam o Evangelho” com o mesmo denodo, o mesmo entusiasmo,
o mesmo idealismo, a mesma perseverança.
Invencíveis, deixavam em suas pegadas
luminosos rastilhos.
A civilização do terceiro milênio ficará retardada
se cruzarmos os braços, se não espiritualizarmos as
aquisições humanas.
Será um agradável sonho, se não aliarmos
a todas as conquistas da Ciência o mais belo
aspecto da vida, que é o espiritual.
O mais notável monumento pode converter-se,
num instante, em escombro e cinza.
Mas o coração que, pela força do Evangelho,
se ergue para o Amor – é luz dentro da Eternidade, que nunca mais se apagará...
Fonte: Estudando o Evangelho.
Autor: Martins Peralva.
Editora FEB.
Clareando / Ano XII / Edição 141 / Junho . 2015 - Pág . 14 Obras Póstumas - Derradeiros Escritos
O livro Obras Póstumas “representa o testamento doutrinário de Allan Kardec. Reúne os seus derradeiros escritos e anotações íntimas,
destinados a servir, mais tarde, para a elaboração da História do Espiritismo que ele não pôde realizar. (...) Essa obra nos desvenda
os segredos de uma vida missionária. Quanto à grandeza, basta vermos o que os Espíritos Superiores dizem em suas comunicações
aqui (neste livro) reproduzidas”. (J. Herculano Pires, Introdução do livro Obras Póstumas, 8ª edição, 1987, Editora LAKE).
Dupla Natureza de Jesus
P
oder-se-ia objetar que, em razão
da dupla natureza de Jesus, suas
palavras eram a expressão do seu
sentimento como homem e não como
Deus. Sem examinar, neste momento,
através de que encadeamento de circunstâncias fomos conduzidos, bem mais tarde, à hipótese desta dupla natureza, admitamo-la por um instante, e vejamos se,
ao invés de elucidar a questão ela não a
complica ao ponto de torná-la insolúvel.
O que devia ser humano em Jesus era
o corpo, a parte material; deste ponto
de vista compreende-se que ele tenha
podido, e até tenha sofrido como homem. O que nele devia ser divino, era
a alma, o espírito, o pensamento, numa
palavra, a parte espiritual do Ser. Se
ele sentia e sofria como homem; devia pensar e falar como Deus. Falava
como homem ou como Deus? Aí está
uma questão importante, pela autoridade excepcional dos seus ensinamentos.
Se falava como homem, suas palavras são
contestáveis; se falava como Deus, são indiscutíveis; é preciso aceitá-las e a elas nos
conformar, sob pena de deserção e de heresia; o mais ortodoxo será aquele que mais
se aproximar delas.
Dir-se-á que, sob seu envoltório corporal, Jesus não tinha consciência de sua
natureza divina? Mas, se fosse assim, ele
não teria nem mesmo pensado como
Deus, sua natureza divina existiria em
estado latente; só a natureza humana teria presidido à sua missão, aos seus atos
morais como aos seus atos materiais. É,
portanto, impossível abstrair-se de sua
natureza divina, durante sua vida, sem
enfraquecer sua autoridade.
Mas, se ele falou como Deus, por que
este incessante protesto contra sua natureza divina, que neste caso, ele não podia
ignorar? Ele teria, portanto, se enganado,
o que seria pouco divino, ou ele teria conscientemente enganado o mundo, o que o
seria menos ainda.
Parece-nos difícil sair deste dilema.
Se se admite que ele falou tanto como
homem, quanto como Deus, a questão
se complica pela impossibilidade de se
distinguir o que vinha do homem e o
que vinha de Deus.
Se fosse o caso em que ele tivesse tido
motivos para dissimular sua verdadeira
natureza durante sua missão, o meio
mais simples seria o de não falar dela,
ou de se exprimir como o fez em outras
circunstâncias, de uma maneira vaga e
parabólica, sobre os pontos, cujo conhecimento estava reservado ao futuro,
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ora, não é aqui o caso, já que estas palavras não têm nenhuma ambiguidade.
Enfim, se apesar de todas estas considerações, ainda se pudesse supor que,
enquanto vivo, ele tivesse ignorado sua
verdadeira natureza, esta opinião não é
mais admissível, após sua ressurreição;
pois, quando ele aparece aos seus discípulos, não é mais o homem que fala, é
o espírito desprendido da matéria, que
deve ter recobrado a plenitude de suas
faculdades espirituais e a consciência de
seu estado normal, de sua identificação
com a divindade; e, entretanto, foi então que ele disse: Subo para meu Pai e
vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus!
A subordinação de Jesus é ainda indicada pela sua qualidade de mediador que
implica a existência de uma pessoa distinta; é ele que intercede junto a seu Pai;
que se oferece em sacrifício para redimir
os pecadores; ora, se ele próprio é Deus,
ou se é igual a ele em todas as coisas, não
tem necessidade de interceder, pois não se
intercede junto a si mesmo.
Fonte: Obras Póstumas / Allan Kardec / Capítulo Estudos
sobre a Natureza de Jesus / Editora Léon Denis.
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Gotas de Luz
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A prece tecida de inquietação e angústia não pode distanciar-se dos gritos desordenados de quem prefere a aflição e
se entrega à imprudência, mas a oração tecida de harmonia e confiança é força imprimindo direção à bússola da fé viva,
recompondo a paisagem em que vivemos e traçando rumos novos para a vida superior. (Lição 98)
A queixa não atende à realização cristã, em parte alguma, e complica todos os problemas. Lembra-te de que se lhe deres a língua,
conduzir-te-á à ociosidade,e, se lhe deres os ouvidos, te encaminharás à perturbação. (Lição 118)
Por que te afastares do trabalho e da luta em comum? Por que desencorajar os que cooperam na lide purificadora com o
teu impensado desdém? Se te sentes unido ao Cristo, lembra-te de que o Senhor a ninguém abandona, nem mesmo os seres
aparentemente venenosos do chão . (Lição 154)
Fonte: Vinha de Luz.
Espírito : Emmanuel.
Psicografia : Francisco Cândido Xavier.
Seleção de textos :
Mário Sérgio de Souza Esteves
Clareando / Ano XII / Edição 141 / Junho . 2015 - Pág . 15 Artigo
Amor: o Artesão do Bem
O
amor pode curar mágoas, infortúnios, evitar tragédias. É
o eterno companheiro, mas
o que é o amor? Parece uma pergunta
difícil, não é? Amor é uma palavra usada para descrever ou desculpar muitas
coisas, mas o que é? Vamos pensar um
instante.
A maior parte das pessoas que tentam
definir o amor somente descrevem o que
ele faz. Ele gera carinho, perdão, compaixão e felicidade; renova o corpo e a
mente; tem a capacidade de transformar
uma aparente tragédia num brilhante
triunfo; e muito, muito mais.
O amor divino é uma essência, uma
energia ou se preferir, uma substância altamente desenvolvida, delicada e sensível.
Não é uma emoção, porém enaltece e
purifica as emoções. É a chave de toda a
criação. É o poder de Deus dentro do homem e a essência que governa e harmoniza
o Universo.
O amor é um bálsamo que contém o
poder de cura e de renovação da vida eterna dentro de sua essência fulgurante. É o
grande refinador e purificador. Amor é
mais ainda! É a chave de todas as portas.
É a realidade criativa por trás de todo desejo honrado e toda esperança ardente. É
o poder coesivo do Universo quando une
átomos e substâncias. Mantém as famílias unidas, o mundo e todo o Universo.
Quando um ser humano elimina o amor
de sua vida, ele desmorona. O amor não
é apenas eterno, mas também, o que mais
se deseja.
Cada coisa tocada pelo amor transforma-se em beleza e perfeição. O amor
pode transformar a solidão e as frustrações de sua vida em felicidade, alegria e
verdadeira realização e pode alcançar a
situação mais desesperadora e convertê-la
em paz e satisfação.
O amor é o sopro de vida em todas as
coisas, somos feitos de amor e ele é nosso
destino. Amor é o poder de criação; sem
ele não haveria crescimento ou existência,
ele aparece com simplicidade.
No livro Luzes do Alvorecer, do
Espírito de Raquel Ribeiro, pela psicografia de Divaldo Pereira Franco, ela diz
assim: “O amor é o estímulo para a renúncia, a força para a abnegação, o apoio
para a humildade, o alento para o sacrifício, o élan para a caridade, o sal que dá
sabor a todos os investimentos enobrecedores
da vida.”.
O amor é real; é a força mais poderosa
do Universo. É a essência mais delicada, sensível e suave de toda a existência.
É perfeição, felicidade e paz. O amor
elimina toda tensão, medo, dúvida e insegurança. Com amor, não há motivo
para odiar ou temer.
O amor é também promessa de sonhos realizados. Tem o poder de trazer
qualquer desejo sincero e nobre para a
realidade física.
Amor é inteligência. Não é necessário
controlá-lo ou dizer-lhe o que fazer. Nossa
tarefa é enviá-lo e deixá-lo fazer seu trabalho valoroso, pois o amor traz harmonia e
perfeição a qualquer situação.
Joanna de Ângelis, no livro Garimpo
do Amor, diz que o amor é a mais sublime manifestação do pensamento de
Deus, portanto, de origem divina, que
deve ser preservado com alegria e distribuído com exuberância, graças à sua
potencialidade ilimitada.
Quando olhamos as pessoas através dos
olhos do amor, não há condenação ou julgamento, apenas o desejo do melhor para
ela. O amor permite que a pessoa cresça e
encontre o lugar legítimo em seu coração e
no mundo.
Para conhecer e sentir o amor de Deus
é preciso gerar amor, enviar amor para
todo o mundo.
Quando reconhecemos que o amor é o
primeiro princípio da existência, percebemos que a maior parte dos problemas
do mundo atual é causada pela falta desse
sentimento. É espantoso obsevar que há
muitas pessoas que passam pela vida sem
conhecer ou sentir o amor verdadeiro.
Onde há amor, existe o perdão, do mesmo
modo que o amor é a base sobre a qual nosso
Universo opera, assim também é o perdão.
Conseguir perdoar inclui olhar além da fraqueza mental e física, chegando ao coração
de um indivíduo, e libertando-se de quaisquer agravos, reais ou imaginários que ele
possa ter feito, abençoando-o, então, através
do desejo do que é certo e verdadeiro para
ele. Através do perdão, o poder do amor é
liberado na vida de uma pessoa. Perdoar
passa a ser fácil, quando amamos e só
se torna difícil quando deixamos que as
emoções e o intelecto interfiram.
O perdão contém o poder de nos liberar
do cativeiro das dúvidas, dos receios, dos
ressentimentos e dos ódios. Ao aprender a
perdoar, o desejo de nos ferir ou de ferir os
outros se perde.
No livro Amor, Imbatível Amor, Joanna de
Angelis também diz que o amor é substância
criadora e mantenedora do Universo, constituído por essência divina. É um tesouro que,
quanto mais se divide, mais se multiplica, e
se enriquece à medida que se reparte, mais se
agiganta, na razão que mais se doa.
Trabalhando o amor em nossas vidas estaremos modificando as energias que nos
envolve e com isso passaremos a sentir um
bem estar que nos trará felicidade, alegria,
o chamado “de bem com a vida”, que será
sentido por todos que de nós se aproximarem. Essa é a multiplicação que Joanna de
Angelis menciona acima.
Praticar e distribuir, essa é a nossa missão, nosso dever como filhos de Deus.
Marli Abinader
Clareando / Ano XII / Edição 141 / Junho . 2015 - Pág . 16 Curso :
A Família na Visão Espírita
Dia- todas as terças-feiras.
Hora- 19:30.
Local- Centro Espírita Irmão Clarêncio.
Estudo aberto a todos os interessados.
Junho / 2015 :
Dia 02 - Relacionamento entre pais e filhos:
infância e préadolescência.
Dia 09 - Relacionamento entre pais e filhos:
puberdade e adolescência.
Dia 16 - Relacionamento entre pais e filhos:
juventude e filhos adultos.
Dia 23- Preservando os vínculos familiares: a
afetividade entre pais e filhos, o amor materno,
autoridade paterna, disciplina com amor, a liberdade com responsabilidade.
Dia 30- Relacionamento familiar: conduta
entre pais e filhos no lar, respeito, amizade,
tolerância, limites, valorização mútua, piedade
filial e ingratidão.
“ Dedica uma das sete noites
Culto do
Evangelho no Lar, a
fim de que Jesus possa pernoitar
da semana ao
em tua casa.”
Joanna de Ângelis
Fonte : S.O.S. Família
Médium: Divaldo Pereira Franco
Anuncie no
Estamos aguardando você no
Centro Espírita Irmão Clarêncio
Rua Begônia, 98 - Vila da Penha
A Família na Visão Espírita
Qual seria, para a sociedade, o resultado do relaxamento dos laços de família?
“Uma recrudescência do egoísmo”. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 775).
Deveres dos Pais
P
or impositivo da sabedoria divina, no
homem a infância demora maior período do que em outro animal qualquer.
Isto, porque, enquanto o Espírito assume,
a pouco e pouco, o controle da organização
fisiológica de que se serve para o processo
evolutivo, mais fácil se fazem as possibilidades para a fixação da aprendizagem e a
aquisição dos hábitos que o nortearão por
toda a existência planetária.
Como decorrência, grande tarefa se reserva
aos pais no que tange aos valores da educação,
deveres que não podem ser postergados sob
pena de lamentáveis consequências.
Os filhos — esse patrimônio superior que
a Divindade concede por empréstimo —,
através dos liames que a consanguinidade
enseja, facultam o reajustamento emocional
de Espíritos antipáticos entre si, a sublimação de afeições entre os que já se amam, o
caldeamento de experiências e o delinear de
programas de difícil estruturação evolutiva,
pelo que merecem todo um investimento
de amor, de vigilância e de sacrifício por
parte dos genitores.
A união conjugal propiciatória da prole edificada em requisitos legais e morais constitui
motivo relevante, que não deve ser confundida
com as experiências do prazer, que se podem
abandonar em face de qualquer conjuntura
que exige reflexão, entendimento e renúncia de
algum ou de ambos nubentes.
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Os deveres dos pais em relação aos filhos
estão inscritos na consciência.
Evidentemente as técnicas psicológicas e a metodologia da educação tornam-se fatores nobres para
o êxito desse cometimento. Entretanto, o amor
— que tem escasseado nos processos modernos da
educação com lamentáveis resultados — possui os
elementos essenciais para o feliz desiderato.
No compromisso do amor, estão evidentes
o companheirismo, o diálogo franco, a solidariedade, a indulgência e a energia moral de
que necessitam os filhos, no longo processo
da aquisição dos valores éticos, espirituais,
intelectuais e sociais.
No lar, em consequência, prossegue sendo
na atualidade de fundamental importância
no complexo mecanismo da educação.
Nesse sentido, é de essencial relevância
a lição dos exemplos, a par da assistência
constante de que necessitam os caracteres
em formação, argila plástica que deve ser
bem modelada.
No capítulo da liberdade, esse fator basilar, nunca deixar esquecido o dever da
responsabilidade. Liberdade de ação e responsabilidade dos atos, ajudando no discernimento
desde cedo entre o que se deve, convém e se pode
realizar.

Plasma, na personalidade em delineamento
do filhinho, os hábitos salutares.
Diante dele, frágil de aparência, tem em
mente que se trata de um Espírito comprometido com a retaguarda, que recomeça a
experiência a penates, e que muito depende
de ti.
Nem o excesso de severidade para com ele,
nem o acúmulo de receios injustificados, em
relação a ele, ou a exagerada soma de aflição
por ele.
Fala-lhe de Deus sem cessar e ilumina-lhe
a consciência com a flama da fé rutilante,
que lhe deve lucilar no íntimo como farol
de bênçãos para todas as circunstâncias.
Ensina-lhe a humildade ante a grandeza da
vida e o respeito a todos, como valorização
preciosa das concessões divinas.
O que lhe não concedas por negligência,
ele te cobrará depois.
Se não dispões de maiores ou mais valiosos
recursos para dar-lhe, ele saberá reconhecer,
e, por isso, mais te amará.
Todavia, se olvidaste de ofertar-lhe o melhor
ao teu alcance também ele compreenderá e,
quiçá, reagirá de forma desagradável.
Os pais educam para a sociedade, quanto
para si mesmos.
Examina a tua vida e dela retira as experiências
com que possas brindar a tua prole.
Tens conquistas pessoais, porquanto já trilhastes o caminho da infância, da adolescência
e sabes de motu próprio discernir entre os erros
e acertos dos teus educadores, identificando o
que de melhor possuis para dar.
Não te poupes esforços na educação dos filhos.
Os pais assumem desde antes do berço
com aqueles que receberão na condição de
filhos compromissos e deveres que devem
ser exercidos, desde que serão, também, por
sua vez, meios de redenção pessoal perante
a consciência individual e a Cósmica que
rege os fenômenos da vida, nos quais todos
estamos mergulhados.
Joanna de Ângelis
Fonte: Leis Morais da Vida – Lição 16.
Psicografia: Divaldo Pereira Franco.
Editora LEAL.
Clareando / Ano XII / Edição 141 / Junho . 2015 - Pág . 17 Suplemento Infantojuvenil
O Dever Esquecido
C
erto rei, muito poderoso, sendo obrigado
a se ausentar do reino por muito tempo
e desejando por a prova a capacidade do
Príncipe, seu filho, tomou de grande fortuna e entregou-lhe dizendo:
— “Quero que empregue toda esta fortuna na construção de uma casa, tão rica, luxuosa,
confortável e bela quanto for possível”.
Acontece, porém, que o jovem, muito
egoísta, arquitetou o plano de enganar ao próprio
pai de modo a gozar de todos os prazeres imediatos da vida e passou a comprar materiais inferiores.
O conto nos leva a fazer judiciosas apreciaOnde lhe cabia empregar metais raros, utilizava
latão, nos lugares que devia colocar mármore pre- ções, quanto ao cumprimento exato de nossos decioso punha madeira barata e nos setores de servi- veres. Comparemos o soberano a Deus, nosso Pai.
ço em que a obra reclamava pedra sólida, aplicava
O príncipe da história poderia ter sido
terra batida.
qualquer um de nós. A fortuna, para construirmos
Com isso, obteve largas somas, que consu- a casa de moradia de nossa alma é a vida que Deus
miu, desordenadamente, em companhia de outros nos empresta. Quase sempre, contudo, gastamos
jovens tão desmiolados e irresponsáveis como ele o tesouro da existência em caprichosa ilusão, para
acabarmos relegados por, nossa própria culpa, aos
mesmo.
pardieiros apodrecidos do sofrimento.
Quando o rei regressou, encontrou o prínMas, aqueles que se consagram à bênção do
cipe abatido e cansado a apresentar-lhe uma cabana tosca e esburacada, ao invés de uma casa nobre. dever, o mais áspero que seja, adquirem a tranquiliSurpreso e triste, porém sem perder a calma, o rei dade e a alegria que o Supremo Senhor lhes reserva,
por executarem, fiéis, a sua divina vontade, que plaentregou-lhe a chave da cabana e disse:
neja sempre o melhor, a nosso favor.
— “Meu filho, a casa que mandei edificar
Meimei
é para você mesmo... não me parece a residência
sonhada por seu pai, mas devo estar satisfeito com Fonte: Antologia da Criança.
Diversos Espíritos.
a que você próprio escolheu...”.

Psicografia: Francisco Cândido Xavier.
Editora IDEAL.
Querido leitor
Indicaremos mensalmente um bom livro doutrinário infantojuvenil, escrito
especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .
Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?
Dica do mês :
A Turma do Rafa
Autora: Juliana Bezerra Ramires
Editora O CLARIM
Aviso Importante

Temos evangelização para crianças
nos mesmos horários das Reuniões
Públicas, e para jovens, nos horários das
Reuniões Públicas Noturnas.