Programa para o Ano Lectivo 2004-2005
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Programa para o Ano Lectivo 2004-2005
FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DO PORTO Farmacologia Programa para o Ano Lectivo 2004-2005 FARMACOLOGIA GERAL Noção de fármaco. Divisões da Farmacologia Farmacodinamia Noção de receptor. Experiências de Paul Ehrlich e John Newton Langley. Caracterização dos receptores dos fármacos quanto à estrutura, operação (ligação e função) e transdução. Principais classes estruturais de receptores dos fármacos: canais iónicos, proteínas com sete inserções de membrana articuladas a proteínas G, proteínas com uma inserção de membrana articuladas directamente a enzimas, proteínas intracelulares reguladoras da transcrição genética. Métodos para a caracterização farmacológica (estudo operacional) dos receptores: uso de fármacos em estudos com ligandos e em estudos funcionais. Ocupação de receptores e activação de receptores. Descrição das acções farmacológicas: agonista e antagonista; interacções sintópica ou ortostérica e alotópica ou alostérica, antagonismo, potenciação e sinergismo. Antagonismo competitivo em equilíbrio e não equilíbrio (reversível e irreversível). Anatgonismo não competitivo, antagonismo químico e antagonismo funcional. Quantificação das acções farmacológicas: relação entre concentração, ocupação e efeito. Afinidade e potência. Actividade intrínseca, eficácia, efeito agonístico máximo. Representação gráfica das curvas de concentração-resposta: hipérbole, sigmóide (representação semi-logarítmica). Conceitos de constante de equilíbrio (K), pK, EC50, pEC50, pA2. Aferição biológica. Fármacos agonistas: curvas de concentração-efeito: posição (potência), inclinação (relação com o risco dependente da dose) e amplitude (eficácia, efeito agonístico máximo). Potência relativa de vários agonistas (activos sobre os mesmos receptores) como factor importante para identificação de um determinado sistema de receptores. Agonistas totais, parciais e inversos. Reserva de receptores. Fármacos antagonistas: desvio para a direita e paralelo (antagonismo competitivo em equilíbrio) da curva de concentração-efeito do agonista; desvio da curva para a direita com redução da resposta máxima (anatgonismo competitivo em não equilíbrio). Potenciação: desvio para a esquerda da curva de concentração-efeito. Receptor como estrutura dinâmica. Aumento e diminuição do número de receptores. Farmacocinética Ciclo de medicamentos no organismo.Travessia das barreiras biológicas: características comuns; travessia passiva (lipofilia e filtração); travessia activa; travessia facilitada; pinocitose. Vias de ministração de medicamentos: tópicas e sistémicas. Distribuição dos medicamentos no organismo: compartimento vascular, extracelular e intracelular. Ligação às proteínas plasmáticas e discussão das suas implicações. Mecanismos de cessação do efeito dos medicamentos: redistribuição, biotransformação e excreção. Biotransformação de medicamentos. Principais vias metabólicas. Importância dos citocromos P450 (CYP450). Eliminação de medicamentos. Influência do pH do compartimento na cinética de alguns fármacos. Relação desta influência com a constante de equilíbrio da reacção de dissociação de protões (constante de ionização, Ka). Alguns exemplos de ácidos e bases com diferentes valores de Ka que sofrem alterações medicamente importantes da sua cinética causadas pelas variaçóes do pH do meio. Principais constantes farmacocinéticas: biodisponibilidade, volume de distribuição, depuração (clearance). Conceito de semi-vida e de constante de eliminação (constante de esvaziamento). Importância das alterações da biodisponibilidade, do volume de distribuição e do clearance no ajuste de dose de alguns medicamentos. A concentração alvo como objectivo principal dos ajustes de dose. ACETILCOLINA Acções farmacológicas sobre os receptores da acetilcolina Receptores da acetilcolina: de tipo muscarínico, M, e nicotínico, N e de subtipo M1, M2, M3, M4 ou M5 e Nm (nicotínico muscular) ou Nn (nicotínico neuronial); localização e efeitos que resultam da sua activação. Receptores muscarínicos Agonistas muscarínicos de origem natural: muscarina e pilocarpina; importância do primeiro como instrumento experimental na fase inicial do desenvolvimento da Farmacologia moderna; indicações terapêuticas do segundo em Oftalmologia. Agonistas muscarínicos de origem sintética: metacolina, carbacol e betanecol. Micetismo: Diferenças entre as intoxicações provocadas por Amanita muscaria (baixo conteúdo de muscarina, produção de sintomas por compostos isoxazólicos), Inocybe e Clitocybe (conteúdo elevado de muscarina) e Amanita phalloides (efeitos citotóxicos das amatoxinas). Antagonistas dos receptores muscarínicos: referência à atropina e à escopolamina como padrões do grupo. Indicações terapêuticas actuais deste grupo de fármacos. Receptores nicotínicos Agonistas e antagonistas dos receptores nicotínicos no músculo esquelético. Principais diferenças entre antagonistas competitivos em equilíbrio e despolarizantes da placa motora: reversão do efeito pelos inibidores das colinestérases apenas no primeiro caso; actividade intrínseca sobre o receptor nicotínico da acetilcolina apenas no segundo caso. Mecanismos de acção da acetilcolina e dos bloqueadores da transmissão muscular esquelética: ultrastrutura do receptor nicotínico do músculo esquelético (canal iónico activado pela acetilcolina; subunidades proteicas: duas proteínas alfa, uma beta, uma gama e uma epsilon); aumento de permeabilidade iónica induzida pela fixação de uma molécula de acetilcolina a cada uma das unidades alfa e produção dos potenciais de placa; formação do potencial de acção pela activação eléctrica dos canais de sódio que circundam a placa motora; passagem do canal de sódio por três fases (activação, dessensibilização e repouso); importância da colinesterase na inactivação rápida da acetilcolina; analogia entre as consequências da falta de acetilcolina e a actuação dos antagonistas competitivos do receptor da acetilcolina; analogia entre consequências do excesso de acetilcolina e a actuação dos bloqueadores da placa motora despolarizantes. Fármacos padrão: d-tubocurarina e succinilcolina. Principais limitações da d-tubocarina: efeito ganglioplégico, indução da libertação de histamina, instalação lenta do efeito (cerca de 4 min), e acumulação por administrações repetidas. Resolução parcial dessas limitações com outros compostos do mesmo grupo: pancurónio, vecurónio, rocurónio, atracúrio (inactivação não enzimática) e fazadínio. Principais vantagens e desvantagens da succinilcolina: instalação rápida do efeito (30-60 s) mas risco de efeitos graves (apneia prolongada por deficiência congénita de colinesterases e hiperpirexia maligna). Agonistas e antagonistas dos receptores nicotínicos nos gângilos vegetativos. Mediador e receptor principal: acetilcolina e receptor Nn da acetilcolina. Outros transmissores, com referência particular às catecolaminas das células SIF. Outros receptores pós-sinápticos, com referência particular ao receptor M1 da acetilcolina e aos receptores das catecolaminas. Ganglioestimulantes com efeito bloqueador ganglionar secundário (nicotina). Ganglioestimulantes sem efeito bloqueador ganglionar secundário (DMPP). Ganglioplégicos (hexametónio). Farmacologia da nicotina. Adjuvantes farmacológicos do tratamento de desabituação do tabagismo: nicotina e bupropiona. Acções farmacológicas sobre as enzimas e transportadores relacionados com a acetilcolina Diferentes fases da transmissão nervosa pela acetilcolina: síntese, armazenamento, libertação, acção sobre receptores e inactivação. Modificação por fármacos dos diferentes passos da transmissão colinérgica: inibição da formação (bloqueio da captação de colina pelo hemicolíneo); inibição do armazenamento (vesamicol); estimulação da libertação (carbacol, veneno da aranha viúva negra); inibição da libertação (toxina botulínica); inibibição das colinesterases (fisostigmina e outros inibidores reversíveis, inibidores irreversíveis organofosforados). Diferenças entre a acetilcolinesterase e a butirilcolinesterase; duração de acção e classificação dos inibidores das colinesterases; análise da estabilidade das ligações dos diferentes radicais ao polo esterásico da enzima; acções farmacológicas, farmacocinética e usos terapêuticos; tratamento farmacológico das intoxicações por insecticidas organofosforados e carbamatos CATECOLAMINAS Acções farmacológicas sobre os receptores das catecolaminas Adrenoceptores Sucessivos passos até ao estado actual do conhecimento: Dale, 1905; Alhquist, 1948: Powell e Slater, 1958; Lands e col. 1967; Starke e col. 1974. Distribuição dos diferentes tipos de adrenoceptores pelos diferentes orgãos. Aminas simpaticomiméticas. Classificação: quanto à origem; quanto à estrutura química; quanto ao mecanismo de acção; quanto aos receptores preferencialmente activados. Acções farmacológicas das aminas simpaticomiméticas: acções cardiovasculares; acções sobre os orgãos de musculatura lisa (brônquios, baço, íris, membrana nictitante, canal deferente, etc.); acções metabólicas (hipercaliemia, hiperlipidemia e hiperglicemia); acções centrais. Uso terapêutico. Antagonistas dos adrenoceptores alfa: classificação quanto ao tipo de receptores bloqueados, ao mecanismo do bloqueio e à estrutura química; acções farmacológicas devidas ao bloqueio adrenérgico produzido e devidas a acções próprias; utilização terapêutica; indicações e efeitos laterais. Antagonistas dos adrenoceptores beta: importância terapêutica actual deste grupo de fármacos; classificação de acordo com a existência de acção anestésica local, de acção agonista parcial e de selectividade; a lipofilia como característica determinante de farmacocinética deste grupo de fármacos; farmacocinética e farmacodinamia; utilização terapêutica; indicações e efeitos laterais. Receptores da dopamina Classificação dos receptores da dopamina. Agonistas e antagonistas. Acções farmacológicas sobre as enzimas e transportadores relacionados com as catecolaminas Intervenções farmacológicas possíveis: inibição da síntese do mediador; inibição da libertação do mediador; inibição da captação do mediador para os neurónios e para as vesículas; promoção da libertação do mediador; inibição da inactivação do mediador (MAO e COMT). Transportadores NAT e DAT. Comparação com o transportador SERT. Estimulantes psicomotores com acção simpaticomimética Cocaína, anfetamina e seus derivados. 5-HIDROXITRIPTAMINA (5-HT) As diversas designações para a mesma substância: enteramina (Vialli e Erspamer, 1930), serotonina (Rapport e Grum, 1948) e finalmente 5-hidroxitriptamina após a sua síntese em 1951. Distribuição no organismo, síntese, armazenamento e metabolização da 5-HT. Possíveis intervenções farmacológicas sobre cada um desses passos. Receptores da 5-HT Classificação, localização, mecanismos intracelulares e efeitos principais. Acções fisiológicas e papel fisiopatológico da 5-HT Acções sobre os sistemas cardiovascular e gastrointestinal, no músculo liso, plaquetas, sistema nervoso periférico e central. Papel fisiopatológico atribuído á 5-HT na enxaqueca, síndrome carcinoide, depressão e ansiedade. Fármacos com interesse terapêutico que interferem com as acções da 5-HT Agonistas parciais do receptor 5-HT1A (buspirona, gepirona). Agonistas selectivos do receptor 5-HT1D (triptanos). Antagonistas selectivos dos receptores 5-HT2 (cetanserina, risperidona). Antagonistas selectivos dos receptores 5-HT3 (ondasetron, granisetron, tropisetron, zacopride). Agonista dos receptores 5-HT4 (cisapride). Inibidores selectivos da captação de 5-HT (fluoxetina, fluvoxamina, sertralina, citalopram, paroxetina). Desenvolvimento de novos fármacos que actuam nos receptores 5-HT2B (área cardiovascular) e 5-HT2C (psiquiatria e neurologia). DOR E ANALGESIA POR FÁRMACOS Acções farmacológicas sobre os receptores dos neuropeptídeos Neuropeptídeos antinociceptivos (peptídeos opiáceos: encefalinas, endofirnas e dinorfinas) e nociceptivos (substância P e outras taquicininas). Referência aos receptores vanilóides. Analgésicos opiáceos Analgésicos opiáceos e seus antagonistas. Ópio e seus alcalóides. A morfina como fármaco padrão. Outros opiáceos: meperidina, metadona, pentazocina, fentanil, butorfanol, nalbufina, buprenorfina. Antagonistas dos opiáceos: naloxona e naltrexona. Anestésicos gerais Mecanismo de acção e breve referência aos principais fármacos deste grupo. Anestésicos gerais administrados por inalação e por via endovenosa. Anestésicos locais Integração dos anestésicos locais no capítulo dos medicamentos da dor; definição de fármacos incluídos no grupo dos anestésicos locais; diferente sensibilidade das fibras nervosas (simpáticas, sensitivas, motoras) e hipóteses interpretativas desta difererença; estrutura química bipolar (polo hidrofóbico, cadeia intermediária, polo hidrofílico); fármacos com ligação tipo éster (cocaína, procaína, tetracaína) e tipo amida (lidocaína, mepivacaína, bupivacaína, prilocaína, etidocaína); pKa, fracção não ionizada e fracção ionizada; outros fármacos com a mesma estrutura química mas com utilizações terapêuticas diversas; mecanismo de acção (importância do bloqueio dos canais de sódio e do pH intracelular); acções farmacológicas sobre os nervos periféricos, SNC, gânglios vegetativos e placa motora, musculatura lisa, aparelho cardiovascular; toxicidade (relação com concentrações plasmáticas; hipersensibilidade; interacções farmacológicas). Farmacocinética dos anestésicos locais: absorção (factores que interferem com a taxa de absorção: concentração, substâncias vasoactivas - adrenalina); distribuição; biotransformação (ligação tipo éster, tipo amida); excreção. Descrição sumária de alguns anestésicos locais. Usos terapêuticos: tipos de anestesia local. Analgésicos, antipiréticos e anti-inflamatórios História dos anti-inflamatórios não esteróides. Propriedades comuns à generalidade dos anti-inflamatórios não esteróides: indicações terapêuticas e efeitos adversos. Principais compostos: salicilados, para-aminofenólicos, indometacina, sulindac, fenamatos, derivados do ác. propiónico, oxicans, pirazolónicos, nimesulida e coxibes Propriedades específicas de cada grupo. Mecanismo da acção dos anti-inflamatórios esteróides. Antigotosos Anti-inflamatórios não esteróides, colquicina, alopurinol e uricosúricos EICOSANÓIDES Acções farmacológicas sobre os receptores dos eicosanóides Receptores das prostaglandinas e dos leucotrienos. Agonistas e antagonistas. Acções farmacológicas sobre enzimas relacionadas com os eicosanóides Importância da fosfolipase A2 na formação de ácido araquidónico. Inibidores da fosfolipase A2. Importância da ciclooxigenase (COX) na metabolização do ácido araquidónico. Inibição dos diferentes tipos de COX. Síntese e acções farmacológicas dos leucotrienos. Fármacos que interferem com a 5-lipo-oxigenase. ÁCIDO γ-AMINOBUTÍRICO (GABA) Acções farmacológicas sobre os receptores do GABA Classificação dos receptores do GABA. Agonistas e antagonistas dos receptores GABAA e GABAB. Arquitectura molecular do complexo associado ao canal do cloreto. Farmacologia das benzodiazepinas Acções farmacológicas das benzodiazepinas. Agonistas, antagonistas e agonistas inversos dos receptores das benzodiazepinas. Diferenças farmacocinéticas entre as benzodiazepinas. Indicações terapêuticas. Consumo excessivo. Farmacologia dos barbitúricos Acções farmacológicas centrais e periféricas (referência particular ao efeito indutor das enzimas microssómicas hepáticas). Diferenças farmacocinéticas. Usos terapêuticos actuais: indução anestésica pelo tiopental; profilaxia de crises epilépticas pelo fenobarbital. Riscos de utilização aguda e crónica. Comparação entre os efeitos das benzodiazepinas dos barbitúricos e outros depressores gerais do sistema nervoso central e da buspirona. Acções farmacológicas sobre as enzimas e transportadores relacionados com GABA Modificação da transmissão GABAérgica. GLICINA Acções farmacológicas sobre os receptores, enzimas e transportadores relacionados com a glicina Modificação da transmissão glicinérgica. Mecanismos de acção da estricnina e da toxina tetânica. GLUTAMATO Acções farmacológicas sobre os receptores do glutamato Receptores ionotrópicos e metabotrópicos. Agonistas e antagonistas. Acções farmacológicas sobre as enzimas e transportadores relacionados com o glutamato Alvos biológicos e mecanismos de acção dos fármacos convulsivantes, anticonvulsivantes e antiepilépticos PURINAS Acções farmacológicas sobre os receptores das purinas Acções farmacológicas sobre as enzimas e transportadores relacionados com as purinas Farmacologia das xantinas Acções farmacológicas, com referência ao antagonismo dos receptores da adenosina e à inibição da fosfodiesterase como possíveis mecanismos responsáveis por alguns efeitos das xantinas; indicações terapêuticas, precauções e contra-indicações da teofilina; referência à margem de segurança terapêutica pequena e à variabilidade individual na velocidade de metabolização hepática. ETANOL Efeitos agudos e crónicos sobre o sistema nervoso central. Efeitos hepáticos e metabólicos. Doenças carenciais associadas ao alcoolismo crónico. Efeitos cardiovasculares. Farmacocinética. Interacções farmacológicas. Intoxicação pelo metanol: acidose corrigível pelo bicarbonato e lesões da retina evitáveis pelo etanol. HISTAMINA Acções farmacológicas sobre os receptores da histamina Receptores da histamina H1, H2 e H3. Agonistas e antagonistas. Acções farmacológicas sobre as enzimas e transportadores relacionados com a histamina Papel da histamina endógena; distribuição, síntese e sua degradação. Importância da histamina no efeito hipersecretor gástrico da gastrina e da acetilcolina. Importância da ATPase K+-H+ no mecanismo de acção gástrica da histamina. Alteração por fármacos de cada um destes passos. Farmacologia dos anti-histamínicos Antagonistas dos receptores H1: propriedades farmacológicas dos vários compostos; efeitos laterais; aplicações terapêuticas. Antagonistas dos receptores H2: aspectos químicos e farmacocinéticos, acções farmacológicas, interacções medicamentosas e efeitos indesejáveis e aplicação terapêutica. ACÇÕES FARMACOLÓGICAS SOBRE A HEMOSTASE Anticoagulantes, antiagregantes plaquetários e trombolíticos. Mecanismos de acção dos anticoagulantes, antiagregantes e trombolíticos. Heparina: bioquímica e mecanismo de acção; preparações de heparina (de baixo e alto peso molecular); farmacocinética e vias de administração; efeitos indesejáveis e seu antagonismo. Anticoagulantes orais: mecanismo de acção; farmacocinética e interacções medicamentosas; efeitos indesejáveis. Avaliação laboratorial da terapêutica anticoagulante. Antiagregantes plaquetários: principais compostos; farmacocinética e mecanismo de acção; efeitos indesejáveis. Agentes trombolíticos: principais compostos e mecanismo de acção; efeitos indesejáveis. Breve referência a algumas aplicações terapêuticas. PEPTÍDEOS VASOACTIVOS E MONÓXIDO DE AZOTO Receptores da angiotensina II, da bradicinina, da endotelina e dos peptídeos natriuréticos. Agonistas e antagonistas. Interferência de fármacos sobre enzimas relacionadas com alguns destes peptídeos. Mecanismo de acção do NO. Interferências farmacológicas sobre as enzimas relacionadas com o NO. CANAIS IÓNICOS Acções farmacológicas sobre canais, transportadores e enzimas relacionados com a travessia iónica das membranas. Canais diferentes iões para três catiões (Na+, K+e Ca2+) e um anião (Cl -) Receptores acoplados a canais: - nicotínicos: os receptores nicotínicos constitutem o próprio canal; da interacção de 2 moléculas de nicotina com o receptor, resulta uma mudança conformacional deste com abertura do canal e entrada rapida de sódio e, mais tarde, de cálcio. - receptores ionotrópicos do glutamato: estes receptores podem estar ligados a algumas doenças neurológicas; os bloqueadores dos receptores do glutamato podem ter interesse como anticonvulsivantes. - receptores GABAA: estes receptores fazem parte do canal do cloreto; sabem-se as implicações que as alterações de configuração induzidas nestes receptores pelas benzodiazepinas ou pelos barbitúricos podem ter, facilitando a entrada de cloreto. - receptores da glicina: têm uma acção semelhante à dos receptores GABAA, mas são distintos deles; estão, também, acoplados ao canal do cloreto. A bicuculina só bloqueia o receptor GABAA sem tocar no da glicina. A estricnina só bloqueia o da glicina sem tocar no do GABAA O bloqueio dos receptores da glicina origina convulsões. - receptores 5-HT3: abundam no núcleo do tracto solitário e na área postrema; o seu bloqueio impede o vómito causado pela cisplatina. Canais iónicos, não acoplados a receptores, do Na+, K+ e Ca2+. Bloqueadores e abridores dos canais de sódio: anestésicos locais e veratridina, respectivamente Bloqueadores e abridores dos canais de potássio: tetraetilamónio e minoxidil, respectivamente Farmacologia dos bloqueadores dos canais de cálcio Os canais de cálcio são, do ponto de vista terapêutico dos mais importantes, porque do seu bloqueio resultam importantes efeitos terapêuticos. O cálcio tem várias e importantes funções no organismo, das quais se destacam: - é necessário para a contracção muscular - é necessário para a função cardíaca O nível intracelular de cálcio dita o estado de contracção ou relaxamento das fibras musculares lisas e o nível de trabalho cardíaco. Por isso essa contracção é muito finamente regulada. Quando, em repouso, a concentração do cálcio fora das células é l0.000 vezes mais elevada do que dentro. Para o desenvolvimento de uma curva de concentração-resposta o aumento da concentração de cálcio dentro das células é de cerca de 50 vezes. A grande quantidade de cálcio intracelular está no retículo endoplásmico (sequestrado-ligado à calsequestrina). O mecanismo pelo qual se liberta o cálcio sequestrado e o que se lhe segue até à contracção das fibras musculares lisas é o seguinte (após estimulação dos receptores alfa-1, por exemplo): activação dos receptores - activação da fosfolípase C - hidrólise do fosfatidil inositol - formação de IP3 - libertação de cálcio - activação da cínase de cadeia leve - fosforilação da miosina - interacção actina-miosina - contracção. Pela activação da adenilcíclase chega-se ao contrário, isto é, ao relaxamento. Os canais que nos interessa considerar são os dependentes da voltagem, e que são já, pelo menos de 6 tipos diferentes. Porém, os mais estudados são 4 e o fundamental é 1: - o L regula a actividade cardíaca e das fibras musculares - o T está ligado à actividade do pace-maker; recentemente descobriu-se um bloqueador selectivo dos canais T, o mibefradil, mas as expectativas de utilização clínica deste fármaco foram goradas pelas inúmeras interacções farmacológicas que apresenta. - os N e os P têm a ver com a função dos nervos e com a libertação por exocitose. O canal mais importante é o L. Este canal foi isolado, clonado e caracterizado na sua constituição: é constituído por 5 sub-unidades: alfa1, alfa2, beta e delta. A principal sub-unidade é a alfa1, porque é aquela que contém o canal e o sítio para a ligação do antagonista. Talvez funcione só por si. A alfa2 parece ter a função de orientar a alfa1. Possivelmente as pequenas diferenças na constituição da sub-unidade alfa1 de tecido para tecido dão base para uma certa especificidade de acção dos diferentes antagonistas. Principais antagonistas da entrada do cálcio: - fenilalquilaminas, como o verapamil - di-hidropiridinas, como a nifedipina - benzotiazepinas, como o diltiazem Limitações ao uso dos antagonistas da entrada do cálcio de 1ª geração (os acima apontados): - acção relativamente breve - acção inotrópica negativa - acção inibidora da condução aurículo-ventricular - falta de especificidade tecidual - efeitos laterais (taquicardia, "flushing", edemas dos tornozelos, cefaleias e obstipação) Antagonistas de 2ª geração: - fenilalquilaminas, como o galopamil, anipamil, etc. - di-hidropiridinas, como a amlodipina, isradipina, nisoldipina, nitrendipina, nimodipina, etc. - benzotiazepinas, como o clentiazem Vantagens dos anatogonistas de 2ª geração: - acção prolongada e menores efeitos laterais (amlodipina, anipamil) - selectividade cardíaca (nisoldipina) - selectividade cerebral (nimodipina) - menos efeitos laterais: redução drástica em consequência da estabilidade dos níveis plasmáticos ANTIBACTERIANOS Introdução. Efeito bacteriostático e bactericida. Efeitos de concentrações subinibitórias. Efeito pós-antibiótico. Importância das razões CIM/CAM e CIM/CBM. Sensibilidade das bactérias aos antibióticos: critérios bacteriológicos e critérios terapêuticos. Mecanismos de acção antibacteriana - inibição da síntese da parede bacteriana: descrição dessa síntese da parede bacteriana e pontos de acção dos antibióticos. Referência às PBPs. - alteração da permeabilidade da membrana citoplasmática. - alteração da síntese dos ácidos nucleicos; modalidades e exemplos. - inibição da síntese proteica; modalidades, exemplos; razões de selectividade para as células procarióticas. Mecanismo de resistência aos antibacterianos Modificação temporal da prevalência das estirpes susceptíveis e resistentes aos principais agentes antibacterianos. Mecanismos bioquímicos de resistência: inactivação enzimática; modificação da estrutura "alvo"; inacessibilidade ao local de acção; vias metabólicas alternativas; captação de substâncias essenciais pré-formadas exogenamente Mecanismos transformação genéticos de resistência: mutação, conjugação,transdução e Soluções para contrariar o desenvolvimento de resistências bacterianas: síntese de novos compostos; atitudes concertadas de utilização dos antibacterianos; inibidores enzimáticos. Antibióticos lactâmicos beta Penicilinas Penicilina G como fármaco padrão. Aminopenicilinas. Principais características que as distinguem entre si e todas da benzilpenicilina. Uso terapêutico. Isoxazolpenicilinas. Principais características que as distinguem entre si e todas da benzilpenicilina. Carboxipenicilinas. Reduzido interese actual. Ureidopenicilinas. Características que as distinguem da benzilpenicilina. Uso terapêutico. Amidinopenicilinas. Reduzido interesse actual. Cefalosporinas: Definição geral como antibióticos lactâmicos-beta. Estrutura química do ácido 7-aminocefalosporânico. Alterações no carbono 3 e as modificações farmacocinéticas daí resultantes: absorção por via oral, metabolização, semi-vida e eliminação; alterações no carbono 7 e as modificações na resistência às lactamases-beta e no espectro de acção. Cefalosporinas de 1ª geração: - não absorvidas por via oral: cefalotina, cefaloridina, cefazolina - absorvidas por via oral: cefalexina, cefradina e cefradoxil. Cefalosporinas de 2ª geração (maior resistência às lactâmases beta, alargamento do espectro a um maior número de estirpes bacterianas de gram-negativo): - não absorvidas por via oral: cefamandol, cefoxitina, cefuroxima. - activas por via oral: cefaclor e cefuroxima - axetil. Cefalosporinas de 3ª geração (maior resistência às lactâmases-beta, alargamento ainda mais pronunciado do espectro de acção para o lado Gram-negativo e eficácia, de algumas delas, contra Pseudomonas): - não absorvidas por via oral: cefotaxima, moxalactam, cefoperazona, ceftazidima, cefatriaxona, ceftizoxima e cefsulodina. - activas por via oral: cefixima. Cefalosporinas de 4ª geração Uso terapêutico. Efeitos adversos. Tienamicinas: Imipenema e meropenema. Características. Uso terapêutico. Monobactamos Astreonam. Características. Uso terapêutico. Inibidores das lactamases beta ácido clavulânico e sulbactam. Macrólidos Classificação segundo a estrutura química (com 14, 15 ou 16 átomos no anel lactónico, como a eritromicina, a azitromicina e a midacamicina, respectivamente). Classificação em "antigos" (eritromicina, por exemplo) e "recentes"(azitromicina e claritromicina, por exemplo). O aparecimento dos macrólidos ditos "recentes" como forma de tentar ultrapassar algumas limitações da eritromicina, nomeadamente a intolerância gastrintestinal relacionada com baixa taxa de absorção oral o espectro de acção "estreito" e a semivida plasmática curta. Eritromicina: - mecanismo de acção (ligação à subunidade 50s com interferência na translocação e inibição reversível da síntese proteica); - espectro de acção, resistências e seus mecanismos (alteração da estrutura-alvo, metilação do RNA, intervenção de plasmídeos).; - absorção da eritromicina base (inactivação pelo ácido clorídrico do suco gástrico). Administração oral de sais ou ésteres de eritromicina (estearato, propionato, etilsuccinato, estolato de eritromicina). Administração endovenosa de ésteres de eritromicina (gluceptato e lactobionato de eritromicina). - distribuição tecidual de eritromicina (boa penetração incluindo próstata; má penetração no SNC, ligação às proteínas plasmáticas superior a 70%). - biotransformação e excreção (85% a 95% da eritromicina absorvida é concentrada pelo fígado e excretada pela via biliar de forma intacta). - semivida plasmática (1,5 - 2,5h) - efeitos laterais (intolerância gastrintestinal; alergia; colestase intra-hepática; alterações auditivas reversíveis). - usos terapêuticos (hipersensibilidade à penicilina G - estreptococo, sífilis, tétano, profilaxia da febre reumática e da endocardite bacteriana (manipulações orais); pneumonia não nosocomial; infecções por Mycoplasma, e Legionella; difteria, tosse convulsa, cancro mole, infecções por Chlamydia trachomatis . - interacções medicamentosas (potenciação da teofilina, digoxina, varfarina, terfenadina, astemizol). Referência às diferenças fundamentais entre a eritromicina e a azitromicina e claritromicina. Aminoglicosídeos Aspectos químicos. Características farmacocinéticas. Espectro de acção. Mecanismo de acção e de resistência. Efeitos indesejáveis; factores de risco e prevenção da toxicidade. Lugar dos aminoglicosídeos na terapêutica antimicrobiana. Tetraciclinas Breve introdução histórica. Tetraciclinas existentes no mercado português. Espectro e mecanismo de acção. Farmacocinética: Absorção (interferência dos catiões bivalentes). Distribuição (sequestração de alguns tecidos; ciclo entero-hepático; semi-vida plasmática; biotransformação (minociclina); excreção rectal (doxiciclina)). Uso terapêutico em situações comuns, nas doenças causadas por clamídias, micoplasmas, na brucelose, no cancro mole, na peste, na cólera, na amebíase e nas riquetsioses. Efeitos laterais e toxicidade (irritação digestiva e hepática, fototoxicidade, toxicidade renal e síndroma de Fanconi. Aumento do catabolismo proteico, fixação nos ossos e nos dentes). Gliciltetraciclinas. Quinolonas Ácido nalidíxico, primeira quinolona conhecida e usada na clínica. Limitações ao seu uso: espectro de acção confinado a algumas bactérias de Gramnegativo; escassa difusão para os tecidos; intensidade dos efeitos laterais. Fluoroquinolonas ou quinolonas de segunda geração: norfloxacina, enoxacina, pefloxacina, ofloxacina, ciprofloxacina, fleroxacina e lomefloxacina. Vantagens destes novos elementos: espectro de acção; actividade antibacteriana intrínsecarelativa; elementos de farmacocinética; uso terapêutico. Fluorquinolonas mais recentes com boa actividade sobre pneumococos e bacteróides, embora menos gatifloxacina. activas sobre pseudomonas: levofloxacina, moxifloxacina, Vancomicina e teicoplanina Interesse muito grande no tratamento das infecções por estafilococos meticilinoresistentes e por Clostridium difficile. Farmacocinética, com referência à acumulação na insuficiência renal. Toxicidade sobre o rim e o nervo vestibular. Linesolido e estreptograminas Espectro de acção, com referência especial à actividade sobre enterococos resistentes à vancomicina. Diferenças entre o linesolido e a a associação quinupristina+dalfopristina. Clindamicina Espectro de acção, com referência especial à actividade sobre anaeróbios. Farmacocinética, com referência especial às concentrações elevadas no tecido ósseo. Toxicidade, com referência especial às superinfecções pelo Clostridium difficile e à colite pseudomembranosa. Interesse actual no tratamento de infecções.por anaeróbios (infecções por Bacteroides fragilis). Emergência de estirpes de estafilococos que reduziram o interesse da clindamicina nas infecções por este agente. Referência ao uso tópico no tratamento do acne. Metronidazol Espectro de acção antimicrobiana, com referência à Trichomonas vaginalis e ao Bacteroides fragilis. Toxicidade, com referência especial à polineuropatia e convulsões. Discussão dos efeitos mutagénicos. Indicação no tratamento das infecções por bacteróides. Cloranfenicol Características mais importantes do seu espectro actual (actividade sobre quase todos os microrganismos das espécies Haemophilus influenzae, Salmonella typhi, Bacteroides fragilis). Farmacocinética (boa absorção digestiva, fácil difusão para a maioria dos tecidos, grande metabolização hepática sobretudo em glicuronoconjugados, excreção renal limitada da forma intacta e abundante da glicuronoconjugada) Toxicidade (aplasia medular e doença cinzenta da criança). Indicações terapêuticas (febre tifóide, meningites por Haemophylus e certas infecções por Bacteroides fragilis). Sulfonamidas Comparação do interesse terapêutico das sulfonamidas na época do seu aparecimento e nos dias de hoje: o desenvolvimento de resistência, a descoberta de muitos agentes antibacterianos e a ocorrência de alguns efeitos tóxicos sérios reduziram muito o uso das sulfonamidas. Mecanismo de acção: antagonistas competitivos do ácido p-aminobenzóico. Espectro de acção: actividade antibacteriana muito dispersa e irregular. Cotrimoxazol Mecanismo de acção da trimetoprima: inibição da redútase dos folatos. Acções sinérgicas "in vitro" e efeito bactericida da associação com sulfonamidas. Toxicidade da trimetoprima semelhante à das sulfonamidas. Referência à anemia megaloblástica por carência de folatos reduzidos. Indicações terapêuticas: infecções urinárias por E. coli, infecções respiratórias altas por H. influenzae e Streptococcus pneumoniae, exacerbações de bronquite crónica (H. influenzae e pneumococos), brucelose, febre tifóide, infecções oportunistas por Pneumocystis carinii, actividade sobre estirpes de estafilococos meticilino-resistentes. Trimetoprima isolada Indicada nas infecções urinárias, mantendo-se o uso de cotrimoxazol para as infecções graves onde se demonstrou a sua eficácia. Mupirocina e ramoplanina Indicação na eliminação, por via tópica, de estafilococos meticilinorresistentes, dos portadores. ANTITUBERCULOSOS Princípios fundamentais da terapêutica da tuberculose: doença infecciosa crónica que obriga a um tratamento prolongado com associações de fármacos. Farmacologia dos antituberculosos de primeira linha: isoniazida, rifampicina, pirazinamida, etambutol e estreptomicina. Referência aos antituberculosos de segunda linha Terapêutica farmacológica da tuberculose: associação de fármacos, em tratamentos de pelo menos 6 meses de duração. Alguns exemplos: associação isoniazida + rifampicina + pirazinamida, 2 meses e isoniazida + rifampicina, 4 meses; possibilidade de acrescentar o etambutol ou a estreptomicina nos 2 primeiros meses. Problemas da terapêutica da tuberculose por bacilos multirressistentes e em doentes com infecção pelo HIV. Uso da isoniazida na profilaxia farmacológica da tuberculose. ANTIFÚNGICOS Noções sobre espectro e mecanismo de acção, farmacocinética, efeitos laterais e utilidade clínica dos principais fármacos antifúngicos: anfotericina B, nistatina, flucitosina, fármacos imidazólicos (cetoconazol), fármacos triazólicos (fluconazol, itraconazol, voriconazol). Noções gerais sobre a terapêutica das micoses superficiais e sistémicas. ANTIVÍRICOS Locais de acção dos antivíricos no ciclo biológico dos vírus Antivíricos activos sobre vírus herpes: aciclovir e seus derivados. Antivíricos activos sobre o HIV: inibidores da ligação e da penetração (enfuvirtide), inibidores da transcriptase reversa (nucleosídicos: zidovudina (AZT), didanosina (ddI), zalcitabina (ddC), estavudina; não nucleosídicos: nevirapina, delavirdina, efavirenz), inibidores da protease do HIV (saquinavir, indinavir, ritonavir, lopinavir) Antivíricos activos sobre o vírus da influenza (amantadina, rimantadina, zanamivir, oseltamivir) Fármacos activos sobre os virus da hepatite (interferões, ribavirina, lamivudina) ANTIMALÁRICOS FARMACOLOGIA CLÍNICA DOS ANTIBACTERIANOS Critérios de selecção dos antibacterianos: correlação entre dados clínicos e espectro de acção, toxicidade e efeitos laterais, tipo de acção, propriedades farmacocinéticas, história natural da infecção, preço. Toxicidade dos antibacterianos: alguns exemplos. Associações: vantagens e inconvenientes. VARIAÇÃO INDIVIDUAL NA RESPOSTA AOS FÁRMACOS Mecanismos genéticos e ambientais da variação individual da farmacodinamia e farmacocinética dos principais fármacos incluídos no programa. Noções de farmacogenética e farmacogenómica.
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