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PAROBÉ PLANOMUNICIPALDESANEAMENTOBÁSICO Revisão0 Setembro/2014 Prefeitura Municipal de Parobé - RS Prefeito Municipal - Cláudio Silva Presidente - Prefeito de São Leopoldo - Aníbal Moacir da Silva Vice-Presidente - Prefeita de Sapiranga - Corinha Molling Diretor Geral - Prefeito de Campo Bom - Faisal Mothci Karam Diretor Financeiro - Prefeita de Portão - Maria Odete Rigon Diretora Executiva - Viviane da Silva Diogo Equipe técnica Coordenação Geral - Deisy Maria Andrade Batista Cecy Glória Oliveira Clóvis Souza Mário Saffer Otávio José Sousa Pereira Ricardo Angelo Dal Farra PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DO MUNICÍPIO DE PAROBÉ/RS EQUIPE TÉCNICA 1. Alexandro de Oliveira – Gestor Ambiental 2. Genaro José Cruz – Engenheiro Civil 3. Paula Tatiana Hennemann – Arquiteta e Urbanista 4. Irene Aparecida Silveira de Souza – Bióloga 5. Circe Teresinha Kayser – Bióloga 6. Simara Rodrigues Gheno – Bióloga 7. Roberto dos Santos Teixeira – Geólogo 8. Eliana Kuhn Blaszczekievicz – Licenciada em Computação. SUMÁRIO ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 - Localização do Município Figura 2 - Principais Acessos 9 10 Figura 3 - Bacia Hidrográfica do Sinos 11 Figura 4 - Unidades Litoestratigráficas 15 ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - População por Situação de Domicílio, Município de Parobé (19912010) ......................................................................................................................... 17 Tabela 2 - Variação da População por Situação de Domicílio, Município de Parobé (1991-2010) .................................................................................................. 18 Tabela 3 - Instituições de Ensino no Ano de 2009 ............................................ 18 Tabela 4 - Matrículas no Ano de 2009 .............................................................. 19 Tabela 5 - Docentes no Ano de 2009 ............................................................... 19 Tabela 6 - Taxa Bruta de Escolarização no Ensino Médio ............................... 19 Tabela 7 - Tipos de Veículos ............................................................................ 20 Tabela 8 - Consumo de energia elétrica por categoria ..................................... 20 Tabela 9 – Consumidores por categoria ........................................................... 21 Tabela 10 - Consumo Médio por Categoria ...................................................... 21 Tabela 11 - Óbitos Registrados no Município (2010) ........................................ 21 Tabela 12 - Valores do PIB - Parobé e Rio Grande do Sul ............................... 22 Tabela 13 - Participação do Município na Economia do Estado (%) ................ 22 Tabela 14- Emprego, Renda e Empresas (2010) ............................................. 23 Tabela 15 - Moradores por Tipo de Esgotamento Sanitário ............................. 28 Tabela 16 - Dados Censitários – Município de Parobé ..................................... 31 Tabela 17 - Dados Censitários - Distritos ......................................................... 31 Tabela 18 - Domicílios, taxa de urbanização e relação de habitantes por domicílio .................................................................................................................... 32 Tabela 19 - Projeções de População ................................................................ 33 Tabela 20 - Projeção de Vazões de Água ........................................................ 36 Tabela 21 - Projeção das Vazões de Esgoto ....... Erro! Indicador não definido. Tabela 22 - Categorias de Consumo ................................................................ 41 Tabela 23 – Tarifas (R$) ................................................................................... 41 Tabela 24 - Situação comercial (2010) ............................................................. 42 Tabela 25 - Situação da Micromedição (Nov/2010) .......................................... 42 Tabela 26 - Valores do PIB Total e Per Capita – Parobé e Rio Grande do Sul 45 Tabela 27 - Valor adicionado bruto – Município de Parobé – Valores em reais 46 1. ESGOTAMENTO SANITÁRIO 1.1 CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS EXISTENTES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 1.1.1 História, localização e acessos 1.1.1.1Aspectos históricos Situada na confluência dos rios dos Sinos e Paranhana, mais precisamente em sua margem direita, Parobé surgiu na segunda metade do século XIX a partir do desmembramento da Fazenda de José Martins. Sua grande propriedade, com aproximadamente três léguas quadradas, era denominada de Nossa Senhora da Conceição do Funil devido ao arroio que a atravessava, e em cuja margem, Martins construiu um belo sobrado. Ali viveu desde meados do século XIX, entre 1830 até sua morte em 1866. Mas bem antes se iniciou um processo de divisões sucessivas das terras entre seus descendentes. Alguns lotes ou colônias de terras como eram conhecidas, foram vendidas aos colonos alemães que chegaram em 1846 com Tristão Monteiro. No final do século XIX havia nesta região uma série de pequenas e médias propriedades rurais atravessadas pela antiga estrada da serra e a estrada para Taquara, mas as principais vias de escoamento da produção continuavam sendo os rios, principalmente o Sinos. Essa situação começou a mudar com a construção da estrada de ferro da antiga VFRGS, trecho de Novo Hamburgo a Taquara. Em volta da estação dos trens estruturou-se uma povoação. Esta, por falta de uma referência mais expressiva tomou por empréstimo o nome dado à estação, numa homenagem ao Engenheiro João Pereira Parobé, secretário de obras do Estado e responsável pela obra. A partir de sua inauguração, no dia 15 de agosto de 1903 a povoação cresceu rapidamente. Já, em 1906, instalou-se o Cartório e Registro Civil e, em 1908, foi elevada a categoria de 3º distrito de Taquara. A economia baseava-se na produção agrícola, principalmente, a mandioca. Na vila, alguma produção artesanal realizada por carpinteiros, ferreiros, funileiros, sapateiros, uma pequena hospedaria e armazém de secos e molhados abasteciam a população. De mais significativo, havia uma serraria e moinho de grãos, algumas atafonas e a casa atacadista do Sr. Albino Schaefer, que comprava e exportava a maior parte da produção agrícola local. A sucessiva divisão das propriedades rurais transformou-as em minifúndios, tanto que já não apresentavam condições de sobrevivência para as novas gerações. Alguns jovens migraram em busca de trabalho para cidades como Porto Alegre e, principalmente, Novo Hamburgo. Outros, com maior espírito empreendedor e algum capital, começaram aqui mesmo a montar as primeiras fábricas, especialmente, de calçados. Abriu-se, então, na década de 40, uma nova fase de crescimento para a vila que, de certa forma, permanece até hoje. Inicialmente essas fábricas apresentavam trabalho para os moradores da povoação, mas logo começaram a atrair os habitantes da zona rural e de municípios próximos, como Rolante, Santo Antonio, São Francisco de Paula. Em um segundo momento, na década de 70, o início das exportações de calçados fez com que as empresas crescessem, aumentando o número de empregos. Uma nova onda de migração trouxe à cidade pessoas vindas de municípios mais distantes, inclusive de outros estados. A população cresceu rapidamente, fazendo aflorar inúmeros problemas: carência de moradias, escolas, hospital, bancos, telefones, rede de água, pavimentação de ruas etc. Taquara já não tinha condições de atender as necessidades do seu distrito. O descontentamento tomava conta da população. Formou-se então em 1980, uma comissão Emancipacionista para tornar Parobé um município independente de Taquara. Em consequência, no dia 25 de novembro de 1981, a Assembléia legislativa aprovou o pedido de emancipação, marcando o Plebiscito para o dia 28 de março de 1982. Nesse dia, 91% dos votantes aprovaram o pedido de emancipação, e no dia 1º de maio o então Governador Amaral de Souza sancionou a Lei nº 7.646, criando o novo município de Parobé. 1.1.1.2 Localização e acessos Parobé é um município do Rio Grande do Sul; e faz parte da microrregião 26, região Metropolitana de Porto Alegre ou grande Porto Alegre como é conhecida. O município está situado ao norte deste conjunto. Parobé está situada a nordeste do Estado com as seguintes coordenadas geográficas: Latitude Sul: 29º45’11”; Latitude Oeste: 50º42’11”. A figura a seguir ilustra a localização do Município em relação ao estado. Figura 1 - Localização do Município Com uma superfície de 104 km², ocupa apenas 0,04% do território Gaúcho, que é de 28.2480 km². Dessa superfície, 65 km² são de área urbana e 35 km² de área rural. Parobé tem uma população estimada em 51.502 habitantes segundo o IBGE. Limita-se ao Norte com Igrejinha, ao Sul e a Leste com Taquara e a Oeste com Araricá e Nova Hartz. Sua distância até Porto Alegre é de aproximadamente 75Km. Seu principal acesso é a RS 239, que a liga com Araricá e Taquara, conforme apresentado a seguir. Figura 2 - Principais Acessos 1.1.1.3Características físicas Recursos Hídricos O município localiza-se na área banhada pela bacia hidrográfica do Rio dos Sinos, formada por 32 municípios que ocupam uma área de 3.800 km². Esta bacia localiza-se na região leste do Estado, tendo ao norte a Serra Geral, onde faz divisa com o curso superior do Caí. O vale do Caí continua sendo seu vizinho a oeste até o encontro de ambos no Delta do Jacuí. Ao sul fica a cadeia de morros que faz o divisor de águas dos Sinos e Gravataí, que é outro formador do Guaíba. A leste fica a cadeia montanhosa onde o rio nasce no interior do município de Caraá, a cerca de 600 metros de altitude. É um município que conta com as águas dos rios dos Sinos e Paranhana. Figura 3 - Bacia Hidrográfica do Sinos Para efeito de caracterização hidrológica e hidráulica o rio dos Sinos foi dividido em três sub-trechos distintos: trecho superior - cerca de 25 km, desenvolvendo-se entre a cota 600 m até a cota 60 m, em alta declividade; trecho médio - com declividade média, e extensão de aproximadamente 125 km, recebe o rio Paranhana, que drena uma área de 580 km², o rio Rolante, drenando 500 km², e o rio da Ilha com uma área drenada de 330 km², possui alto índice pluviométrico, tornando seus afluentes importantes na definição do regime hídrico do rio. trecho inferior - caracteriza-se por declividades suaves a quase nulas, próximas a Parobé, ocorrendo alguns trechos de contra-declives, característica de rio de planície, com formação de meandros e zona de sedimentação. Os trechos superior e médio têm escoamento regular por jusante e o trecho inferior sofre influência do Delta do Jacuí, existindo represamento e até mesmo refluxo. A porção superior do rio dos Sinos (de Caraá até Rolante) apresenta vegetação ciliar e pequenos banhados. São áreas de baixa densidade populacional, com pequenas propriedades rurais cuja agricultura é diversificada (culturas de arroz, cana de açúcar e hortaliças, etc). A pecuária também é pouco desenvolvida, mas encontramos pequenas criações de gado leiteiro, suínos e aves. Na porção média do rio dos Sinos (entre Taquara e Sapiranga) a densidade populacional aumenta, mas as duas grandes cidades (Sapiranga e Taquara) não estão localizadas próximas às margens. Esta porção do rio não apresenta uma característica tão rural como a porção superior. O principal afluente do rio dos Sinos na porção média é o rio Paranhana, que drena municípios como Taquara, Igrejinha, Parobé e parte de Gramado e Canela. O trecho inferior, de Parobé até a foz no delta do Jacuí é de grande concentração populacional e industrial, onde os principais arroios formadores drenam grandes centros urbanos, como Parobé (arroio Funil), Novo Hamburgo (arroio Pampa e arroio Luiz Rau), São Leopoldo (arroio Peão e canal João Corrêa), Estância Velha e Portão (arroio Portão/Estância Velha), Sapucaia do Sul (arroio José Joaquim) e Esteio e zona norte de Canoas (arroio Sapucaia). Fauna e Flora O município de Parobé, devido a sua localização, possui uma variedade de ecossistemas que proporcionam, desta forma, uma grande diversidade de espécies de animais, vertebrados e invertebrados. Devido às características físicas, Parobé está localizada nos domínios da Região Fitoecológica da Floresta Estacional Decidual próximo à zona de transição com a Região da Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Mista e Floresta Estacional Semidecidual. Sua fisionomia é marcada pela ocorrência de espécies sempre-verdes da zona costeira, como a batinga (Eugenia rostrifolia), a figueira-domato (Ficus organensis), figueiras (Ficus sp.) Ipês (Tabebuia sp.), jerivás (Arecastrum romanzeifolium), calhandras (Calliandra sp.) maricás (Mimosa bimucronata). Nas encostas destacam-se corteiceiras-da-serra (Erythrina falcata), açoita-cavalo (Luehea divaricata) dentre outras. Este tipo de formação atinge grandes áreas do Estado, incluindo a parte do Vale dos Sinos, avançando sobre os Patamares da Serra Geral. Dentro desta região Fitoecológica, segundo critérios altimétricos, na área da região do Alto Sinos, existem várias subdivisões: Floresta Sub-Montana e Floresta de Terras Baixas, levando à grande diversidade vegetal ocorrente no estado. A mata localizada na porção ao sul do rio dos Sinos, em Santa Cristina do Pinhal, é originária da floresta úmida tropical, misturada com elementos da floresta sub-tropical como araucária (Araucaria augustifolia) e da floresta da bacia ParanáUruguai. Destacado-se as seguintes espécies florestais: Angico (Piptadenia sp.), caixeta (Tabebuia sp.), camboatá (Cupania vernalis), cancorosa (Maytenus ilicifolia), capororoca (Rapanea ferruginea), cedro (Cedrela fissilis), chá-de-bugre (Casearia sylvestris) e maria-mole (Dendropanax sp.). Ocorrem ainda muitas epifitas como os cravos-do-mato (Tillandsia sp) e gravatás. A colonização do município iniciada ao final do século XVIII, promoveu uma contínua e crescente devastação das matas nativas devido à abertura de roças, extração mineral, extração de madeira, pecuária e expansão urbana, alterando radicalmente a paisagem natural. Em menores proporções ocorrem bosques de pinus (Pinus sp.) e eucalipto (Eucalyptus sp.) para a industrialização de madeira (serraria) e uso diversos em propriedades rurais. A fauna da região, assim como a fauna do Rio Grande do Sul ainda carece de um levantamento completo e detalhado, não são observadas espécies em risco de extinção. Percebe-se que a contínua fragmentação dos habitats vem afetando a biodiversidade tanto da flora como da fauna do município, porém a diversidade de espécies continua sendo bastante grande. A avifauna na região é bem diversificada sendo encotradas as seguintes espécies pomba-rola (Columbina picui), quero-quero (Vanellus chilensis), garçabranca-pequena (Egretta thula), beija-flor (Leucochloris albicolli), martim-pescador (Ceryle torquata), João-de-barro (Furnarius rufus), pica-pau-do-campo (Colaptes campestris), bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), tico-tico (Zonotrichia capensis), tucano do bico verde (Ramphastos dicolorus), canário da terra (Sicalis flaveola), dentre outras. A mastofauna local é composta de animais pequeno porte, sendo os mais facilmente encontrados o mão-pelada (Procyron cancrivorus), bugio (Alouatta fusca), ouriço-cacheiro (Condedou villosus), preá (Cavia aperea), capivara (Hydrochaeris hydrochaeris), ratão-do-banhado (Myocastor coypus), gambá (Didelphis marsupialis) e graxaim (Cerdocyon thous). A fauna aquática é formada por peixes, tais como lambari (Astyanas bimaculatus), traíra (Hoplias malabaricus), jundiá (Rhamdia sapo), cascudo (Hypostomus commersoni) e dourado (Salminus sp.) e anfíbios das seguintes espécies sapo-ferreiro ou perereca (Hyla faber), sapo comum (Bufo ictericus). Os répteis mais comuns encontrados são a jararaca-dobanhado (Dryadophis (Oxyrhopus rhombifer), bissatus), cobra-cipó cobra-coral-verdadeira (Philodryas (Micrurus ofersii), frontalis), falsa-coral cruzeira (Bothrops alternus), dormideira (Sibynomorphus sp.) e lagarto teiú (Tupinambi sp.). Clima O clima, no Estado do Rio Grande do Sul é do tipo subtropical úmido. A variação da temperatura está na dependência da movimentação das massas de ar e da maritimidade. Durante a maior parte do ano a influência predominante é a da Massa Tropical Atlântica. Em alguns anos, durante o inverno, a Massa Polar Atlântica tem influência constante, provocando temperaturas frias durante todo o período; em outros anos, esta influência é alternada com a Massa Tropical ocorrendo grandes contrastes térmicos. A região do município de Parobé (latitude 29º45’11” e longitude 50º42’11”) é dominada por uma variedade do clima subtropical, caracterizado pela grande variação de temperatura, com verões quentes e invernos frios, e igualmente uma grande variação diária. A temperatura média anual é de 19,4ºC. A precipitação média anual é relativamente alta, com valores da ordem de 1.450 mm. As chuvas abundantes, em certas épocas do ano, podem causar problemas de enchentes, geralmente no fim do inverno. Muitas vezes ocorrem, também, chuvas de granizo e geadas. Geologia Regional Parobé localiza-se junto à Depressão Central e a Serra Geral, em uma área de transição, nos primeiros degraus da Serra ou Planalto Riograndense. Sua estrutura geológica provém de rochas areníticas da formação Botucatu e basálticas da formação da Serra Geral. A altitude média é de 130 metros, apresentando solos argilo-arenosos, muito ácidos e sem grande fertilidade, com seu relevo de características onduladas devido à presença de regiões baixas e alagadiças. Segundo o Serviço Geológico do Brasil – SGB, a região de Parobé está localizada nos Depósitos Sedimentares Inconsolidados Terciários e Quaternários do Rio Grande do Sul. O SGB elaborou o Mapa Geológico Integrado da Região Metropolitana de Porto Alegre, visando fornecer subsídios técnicos à futura elaboração do Plano Diretor de Mineração para esta região. Quanto às litologias geológicas ocorrentes na região Sul, pode-se citar as seguintes: Depósitos Aluvionares, Formação Serra Geral (Básica e Ácida), Formação Botucatu e Formação Rosário do Sul. Depósitos de Leques Aluviais Formação Serra Geral Formação Botucatu Figura 4 - Unidades Litoestratigráficas A litologia geológica do município de Parobé está descrita abaixo: Depósitos de Leques Aluviais – depósitos continentais de encosta e leques aluviais constituídos por arenitos arcoseanos, conglomerados e arenitos conglomeráticos, imaturos, fracamente consolidados, areias e argilas, com cores que variam entre vermelho, amarelo e cinza; Formação Serra Geral – rochas vulcânicas básicas e intermediárias, cinza a cinza escuras, finas a afaníticas, frequentemente com textura amigdalóide. Constituem derrames principalmente de basalto e diques de diabásio relacionados ao magmatismo toleítico da Bacia do Paraná; Formação Botucatu – arenitos finos e grosseiros, róseo-avermelhados com bimodalidade granulométrico de gradação normal (“grain fall”), lentes subordinadas com gradação inversa (“grain flow”), estratificações cruzadas acanaladas de grande porte, características de grandes campos de dunas. Inclui arenitos intertrapianos na fáceis eólica, bem como arenitos finos a médios, róseos, argilosos, laminados, com frequentes intercalações de drapes de argila e estratificações plano-paralela ou tabular tangencial na base, relacionados à fáceis de interdunas. Depósitos Aluvionares Atuais – Areias e cascalhos imaturos e mal classificados, localmente areias, siltes e argilas orgânicas de canais e planícies aluviais lagunares. 1.1.1.4 Características socioeconômicas A qualidade de vida de uma população é influenciada pela qualidade ambiental, abastecimento de água, esgotamento sanitário, etc., sendo que as condições sociais estão estritamente ligadas à disponibilidade de tais recursos sociais aos quais estão fortemente vinculadas. Da mesma forma os indicadores de concentração de renda, de saúde e de alfabetização são qualitativos para avaliação do Desenvolvimento Humano, o que mostra, em primeira instância, que sociedades que apresentam baixo nível de renda e condições precárias de saneamento, registram maiores problemas de saúde o que reflete também no desempenho da aprendizagem. A caracterização socioeconômica contempla a utilização de indicadores que demonstrem o perfil socioeconômico da população. Os dados foram sistematizados, agrupados e colocados de forma a possibilitar melhor visualização. As fontes de consulta dos dados foram: Atlas de Desenvolvimento Humano disponível na página do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, as pesquisas desenvolvidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, os quais foram complementados por dados específicos, disponibilizados pela Prefeitura Municipal de Parobé /RS. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulga todos os anos o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A elaboração do IDH tem como objetivo oferecer um contraponto a outro indicador, o Produto Interno Bruto (PIB), e parte do pressuposto que para dimensionar o avanço não se deve considerar apenas a dimensão econômica, mas também outras características sociais, culturais e políticas que influenciam a qualidade da vida humana. O município em estudo apresenta como índice de desenvolvimento humano municipal (IDH – M) o valor de 0,786, o que o posiciona na 232º no ranking estadual e 906º no federal, conforme dados do IBGE (2000). Os índices estão em uma escala de 0 até 1, onde 0 é pior e 1 é melhor. O município apresenta o índice de Gini de 0,39. O Índice de Gini mede o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita. Seu valor varia de 0, quando não há desigualdade (a renda de todos os indivíduos tem o mesmo valor), a 1, quando a desigualdade é máxima (apenas um indivíduo detém toda a renda da sociedade e a renda de todos os outros indivíduos é nula), ou seja, quanto menor, melhor. Demografia O município de Parobé apresenta mais de 94% da população vivendo em áreas urbanas, apresentando pequena redução (96,17% para 94,43%) no período 1991-2010. No período 1991-2000, a população de Parobé teve uma taxa média de crescimento anual de 4,44%, passando de 31.995 em 1991 para 44.776 em 2000. A taxa de urbanização passou de 96,17% em 1991 para 97,01% em 2000 e 94,43% em 2010. Em 2010, a população do município representa 0,48% da população do Estado. Esses dados estão sistematizados na Tabela 1 e na Tabela 2. Tabela 1 - População por Situação de Domicílio, Município de Parobé (1991-2010) Ano Pop. Total Pop. Urbana Pop. Rural 1991 31995 30771 1224 2000 44776 43439 1337 2010 51502 48633 2869 Fonte: IBGE Tabela 2 - Variação da População por Situação de Domicílio, Município de Parobé (1991-2010) Situação de Domicílio Variação 1991 2000 2010 Absoluta (1991/2010) Variação Percentual Urbana 30771 43439 48633 17841 0,58 Rural 1224 1337 2869 1645 1,34 Total 31995 44776 51502 19486 0,61 Fonte: IBGE Com uma superfície de 104 km², ocupa apenas 0,04% do território Gaúcho, que é de 282.480 km². Dessa superfície, 65 km² são de área urbana e 35 km² de área rural. Sua densidade é de 472,19 hab./km². Educação No município de Parobé, no ano de 2009, o número total de escolas do ensino fundamental era de 21 e do ensino médio, 3, segundo dados da FEE. A taxa de analfabetismo do Município era de 4,56%, no ano de 2010 segundo a Fundação de Economia e Estatística (FEE). No Município não existem entidades de ensino superior. As universidades mais próximas estão localizadas em Taquara e Novo Hamburgo. As tabelas seguintes apresentam o número de instituições de ensino, de matrículas e de docentes no município, para o ano de 2009. Tabela 3 - Instituições de Ensino no Ano de 2009 Descrição Quant. Tipo Ensino fundamental 21 Escolas Ensino médio 3 Escolas Ensino pré-escolar 9 Escolas 33 Total Fonte: IBGE Tabela 4 - Matrículas no Ano de 2009 Descrição Quant. Tipo Ensino fundamental 8481 Matrículas Ensino médio 1808 Matrículas Ensino pré-escolar 421 Matrículas Total 10710 Fonte: IBGE Tabela 5 - Docentes no Ano de 2009 Descrição Quant. Tipo Ensino fundamental 393 Docentes Ensino médio 78 Docentes Ensino pré-escolar 42 Docentes Total 513 Fonte: IBGE Com relação à escolarização, os percentuais são: Tabela 6 - Taxa Bruta de Escolarização no Ensino Médio Período Taxa (%) 1980 42,8 1991 45,6 1994 58 1998 79,1 1999 80,8 2000 80,8 Transporte Conforme dados do IBGE (2010), o município conta com 18.147 veículos, destes 11.246 são de passeio e 421 são caminhões. A tabela a seguir estratifica esse quantitativo. Tabela 7 - Tipos de Veículos Descrição Quant. Automóvel 12354 Caminhão 479 Caminhão trator 47 Caminhonete 937 Micro-ônibus 64 Motocicleta 4688 Motoneta 1158 Ônibus 133 Trator de rodas 27 Fonte: IBGE e Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN - 2010 Infra Estrutura – Energia Elétrica O município de Parobé é atendido em energia elétrica pela empresa RGE – Rio Grande Energia. Na Tabela 8, na Tabela 9 e na Tabela 10, destacamos o número de consumidores por classes e o consumo de cada uma delas, e também o consumo médio por categoria. Em 2008 o município de Parobé contava com 15.457 consumidores residenciais que representavam 89,4% do total de consumidores. O consumo médio residencial foi na ordem de 1,85 MWh/consumidor em 2008, considerado um consumo adequado para o padrão econômico da região. Os consumidores rurais representam um universo de 2,20% do total de consumidores, com um consumo médio de 3,39 MWh/Consumidor em 2008. O consumo da indústria foi na ordem de 192,2 MWh/Indústria no ano de 2008. A indústria consome 47,3% do total de energia consumida no Município. Tabela 8 - Consumo de energia elétrica por categoria Ano Residencial Industrial Comercial Público Rural Outros Total (MWH) (%) (MWH) (%) (MWH) (%) (MWH) (%) (MWH) (%) (MWH) (%) (MWH) (%) 2004 23261 26,8 52642 60,7 6693 7,7 3216 3,7 927 1,1 0 0 86739 100 2005 24195 28,6 49131 58,2 6772 8 3351 4 1038 1,2 1 0 84488 100 2006 25224 32,1 41631 53,1 7074 9 3390 4,3 1140 1,5 2 0 78461 100 2007 28535 34,8 40246 49,1 8332 10,2 3563 4,3 1251 1,5 2 0 81929 100 2008 28665 35,9 37728 47,3 8476 10,6 3687 4,6 1268 1,6 2 0 79826 100 Fonte: FEE/RS Tabela 9 – Consumidores por categoria Ano Residencial un. (%) Industrial Comercial un. Público Rural Outros Total (%) un. (%) un. (%) un. (%) un. (%) 2004 13636 89,4 309 2 931 6,1 92 0,6 283 1,9 0 2005 14084 89,3 313 2 950 6 91 0,6 319 2 11 2006 14460 89,3 313 1,9 993 6,1 91 0,6 330 2 2 0 16189 100 2007 14880 88,9 354 2,1 1055 6,3 85 0,5 370 2,2 2 0 16746 100 2008 15457 89,4 292 1,7 1072 6,2 85 0,5 374 2,2 2 0 17282 100 0 un. (%) 15251 100 0,1 15768 100 Fonte: FEE/RS Tabela 10 - Consumo Médio por Categoria Ano Residencial Industrial Comercial Público Rural Outros Total (MWH/UN) (MWH/UN) (MWH/UN) (MWH/UN) (MWH/UN) (MWH/UN) (MWH/UN) 2004 1,706 170,362 7,189 34,957 3,276 0 5,687 2005 1,718 156,968 7,128 36,824 3,254 0 5,358 2006 1,744 133,006 7,124 37,253 3,455 0 4,847 2007 1,918 113,689 7,898 41,918 3,381 0 4,892 2008 1,854 129,205 7,907 43,376 3,39 1 4,619 Fonte: FEE/RS Saúde Conforme informações do IBGE e do Ministério da Saúde, o município conta com 10 estabelecimentos de saúde público municipal e 6 estabelecimentos de saúde privados. A expectativa de vida ao nascer (2000) era de 71,49 anos, enquanto no mesmo ano, o Brasil apresentava uma expectativa de 68,6 anos. O coeficiente de mortalidade infantil (2010): 7,64 por mil nascidos vivos Conforme informações do IBGE, os principais óbitos estão distribuídos nas seguintes categorias. Tabela 11 - Óbitos Registrados no Município (2010) Descrição Nº de Óbitos Total 100 Doenças- Infecciosas E Parasitária 8 Neoplasias - Tumores 20 Doenças - Endócrinas Nutricionais E Metabólicas 7 Doenças - Sistema Nervoso 2 Doenças - Aparelho Circulatório 26 Doenças - Aparelho Respiratório 31 Doenças - Aparelho Digestivo 6 Lesões Envenenamentos E Causas Externas 0 Fontes: IBGE e Ministério da Saúde Economia O Município, como os demais da região, sedia inúmeras indústrias do ramo calçadista, voltadas, na grande maioria dos casos, para exportação. Inicialmente teve colonização predominantemente alemã, mas devido à grande oferta de mão-de-obra das grandes empresas instaladas no município, houve intensa imigração, e hoje é bastante multicultural. Conforme dados da FEEE, Fundação Estadual de Economia e Estatística, para o ano de 2009, o PIBpm era de R$ mil 512.049, enquanto o PIB per capita era de R$ 9.917. As exportações totais, também em 2010 somaram U$ FOB 23.469.593. A tabela a seguir apresenta os valores do PIB para o município de Parobé em comparação com os do estado para os anos de 2006, 2007 e 2008. Tabela 12 - Valores do PIB - Parobé e Rio Grande do Sul PIB Total PIB per Cápita PIB Total PIB per (R$ mil) (R$) (R$ mil) Cápita (R$) Ano 2008 485249 9508 1,99E+08 18378 2007 475978 9771 1,77E+08 16689 2006 433747 7999 1,57E+08 14305 Em valores relativos, a participação do município na economia do estado se dá com os seguintes percentuais. Tabela 13 - Participação do Município na Economia do Estado (%) Ano % PIB Município / Estado 2008 0,0024 2007 0,0027 2006 0,0028 Observa-se que, ao se comparar com a economia gaúcha, o município tem sua participação sendo gradativamente reduzida. Com relação à emprego e renda, o IBGE informa para o ano de 2010 os seguintes indicadores. Tabela 14- Emprego, Renda e Empresas (2010) Descrição Valor Unidade Número de unidades locais 1885 Unidades Pessoal ocupado total 17389 Pessoas Pessoal ocupado assalariado 15083 Pessoas Salários e outras remunerações 163.829 Mil Reais Salário médio mensal 1,9 Salários mínimos Número de empresas atuantes 1861 Unidades Fonte: IBGE - Cadastro Central de Empresas Administração Municipal O município é administrado pela Prefeita Sra. Gilda Maria Kirsch e pela VicePrefeita Nelsi Lázaro e conta com as seguintes secretarias municipais: Secretaria Municipal de Agricultura; Secretaria Municipal de Assistência Social; Secretaria Municipal de Comunicação; Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Lazer; Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico; Secretaria Municipal de Desporto; Secretaria Municipal de Gestão e Controle; Secretaria Municipal de Habitação; Secretaria Municipal de Meio Ambiente; Secretaria Municipal de Infraestrutura; Secretaria Municipal de Saúde; Secretaria Municipal de Segurança, Transporte e Trânsito. 1.1.2 Caracterização do sistema de abastecimento de água O sistema (produção, armazenamento e distribuição de água tratada) público de abastecimento de água de Parobé atende a sede do Município e fornece água tratada no atacado (+/- 30% da produção) para o município de Igrejinha. O sistema de produção é constituído por captação superficial, estação elevatória de água bruta, adutora de água bruta e estação de tratamento de água. O sistema de armazenamento é composto por reservatórios apoiados de concreto armado e reservatórios elevados metálico e concreto armado. O sistema de distribuição possui estações elevatórias de água tratada, redes primárias e secundárias de distribuição de água e ligações prediais de água. Os distritos de Santa Cristina do Pinhal e Poço Fundo não possuem sistema público de abastecimento de água. 1.1.2.1Sistema de produção Captação A captação de água bruta é feita diretamente (fio d’água) no Rio Paranhana. A vazão atual captada é de aproximadamente 170 l/s. Estação elevatória de água bruta (EEAB) A estação elevatória está situada na margem direita do Rio Paranhana. Sua estrutura predial é constituída por um poço úmido (poço de sucção) e um poço seco. No poço de sucção é feita a tomada d’água. Ele é abastecido por duas tubulações, ambas com registros de parada, permitindo a sua limpeza periódica. No poço seco estão instalados dois (2) conjuntos moto bombas (principal + reserva), o quadro elétrico de comando e proteção que aciona e protege os conjuntos e o manifold de recalque. Adutora de água bruta (AAB) A adutora de água bruta é em tubulação de ferro fundido Ø 400 mm com extensão de aproximadamente 750 m. Na parte externa do prédio da estação elevatória, no início da linha de recalque, existe uma caixa de proteção em concreto armado, enterrada, onde estão instaladas uma ventosa de dupla função e uma válvula de retenção. Estação de tratamento de água (ETA) A estação de tratamento esta situada na Rua Paranhana no Bairro Emancipação. É do tipo convencional (floculação, decantação e filtração), processo de tratamento físico químico. É composta por chegada de água bruta, calha parshall com medidor de vazão, mistura rápida no ressalto da calha, canal de água coagulada, floculadores hidráulicos com câmaras com chicanas, dois (2) decantadores convencionais e quatro (4) filtros de fluxo descendente de camada simples. Possui laboratório para executar as análises químicas diárias necessárias. Os produtos químicos utilizados no processo de tratamento são: cal hidratada, sulfato de alumínio líquido, polieletrólito, cloro gás (cilindro de 900 kg) e fluossilicato de sódio granulado. A vazão de tratamento atual é de aproximadamente 170 l/s. 1.1.2.2 Sistema de armazenamento O sistema de armazenamento é composto por sete (7) reservatórios sendo cinco (5) apoiados e dois (2) elevados. Um reservatório de 280 m³, localizado na área da ETA, é para armazenar a água utilizada nos processos operacionais da ETA. Os demais, seis (6) unidades (2.850 m³), são utilizados para atender o consumo da população abastecida. Reservatórios apoiados (RAP) RAP 1 – localizado na área da ETA, capacidade de 280 m³ (concreto armado). RAP 2 – localizado na área da ETA, capacidade de 1.050 m³ (concreto armado). RAP 4 – localizado na Rua Emilia Mosmann, bairro Centro, capacidade de 200 m³ (concreto armado). RAP 5 – localizado na mesma área do RAP 4, capacidade de 1.000 m³ (concreto armado). RAP 7 – localizado na Rua Rio Pardo, bairro Panorâmico, capacidade de 500 m³ (concreto armado). Reservatórios elevados (REL) REL 3 – localizado na Rua Nossa Senhora de Lourdes, bairro Muck / Alvorada, capacidade de 50 m³ (metálico). REL 6 – localizado na Rua Waldelírio Webber, bairro Cohab, capacidade de 50 m³ (concreto armado). 1.1.2.3 Sistema de distribuição O sistema de distribuição é composto por duas (2) estações elevatórias de água tratada, adutoras de água tratada (linhas de recalques), redes de distribuição (primária e secundária) e ligações prediais. A área atendida está dividida em três (3) setores de abastecimento: setor Centro, setor Paranhana e setor Funil. O setor Centro é atendido pelos reservatórios REL3, RAP4 e RAP5. O setor Paranhana é abastecido pelo reservatório REL6. O setor Funil é abastecido pelo reservatório RAP7. 1.1.2.4 Estação elevatória de água tratada (EEAT) EEAT 1 – localizada na área da ETA alimenta os reservatórios RAP4, RAP5, REL6, RAP7 e a EEAT2. EEAT2 – localizada na esquina das Ruas Armando Feistaeur e Afonso Feiten alimenta o reservatório REL3. 1.1.2.5 Adutora de água tratada (AAT) O sistema de distribuição possui várias AAT. Elas alimentam os reservatórios REL3, RAP4, RAP5, REL6 e RAP7. As adutoras possuem vários diâmetros, e a extensão total aproximada é de 8.160 m. 1.1.2.6 Rede de distribuição A rede de distribuição (primária e secundária) que atende toda área abastecida possui vários diâmetros e sua extensão total aproximada é de 86 km de acordo com SNIS. 1.1.2.7 Ligações prediais O sistema de distribuição possui um total de 7.550 ligações prediais perfazendo um total de 9.280 economias. Desse total, 6.609 são ligações ativas (8.148 economias), sendo que dessas, 6.131 estão hidrometradas. 1.1.3 Caracterização do sistema de esgotamento sanitário O município não conta com sistema de coleta e disposição de esgotos independente da rede pluvial. Atualmente, o esgotamento sanitário de Parobé é feito através de rede pluvial, fossa séptica e fossa rudimentar, na maioria dos domicílios. O Município não possui sistema de tratamento para os efluentes. Apresenta-se a seguir, para os domicílios e moradores, as características de coleta e disposição do esgotamento sanitário, conforme o IBGE para o ano de 2000. Tabela 15 - Moradores por Tipo de Esgotamento Sanitário Destino Final do Esgoto Moradores Rede de Esgoto ou Pluvial 21564 Fossa Séptica 16779 Fossa Rudimentar 3390 Rio, Lago ou Mar 1976 Outro Escoadouro 180 Não Tinham Banheiro nem Sanitário 736 Gráfico 1 - Moradores por Tipo de Esgotamento Sanitário Uma vez que o IBGE considerou para Parobé um número de moradores constante para cada domicílio, os percentuais de atendimento permanecem os mesmos, conforme apresentado nos gráfico a seguir. Rede de Esgoto ou Pluvial 38% 8% 4% 0% 2% Fossa Séptica Fossa Rudimentar Rio, Lago ou Mar 48% Outro Escoadouro Não Tinham Banheiro nem Sanitário Gráfico 2 - Domicílios por Tipo de Esgotamento Sanitário O bairro Residencial Azaléia possui sistema de coleta e tratamento de esgotos implantado pelo empreendedor, no entanto, o sistema de tratamento encontra-se fora de operação e o esgoto coletado está sendo lançado sem tratamento no Arroio do Funil. 1.2 PROJEÇÃO DAS DEMANDAS DE ÁGUA E VAZÕES DE ESGOTO 1.2.1 Área de planejamento A área de planejamento corresponde à área urbana da sede municipal de Parobé como indicado na ilustração a seguir. Área de 1.2.2 Horizonte de planejamento O horizonte de planejamento é de 30 (trinta) anos, com início em 2013 e final em 2042. 1.2.3 Projeção da população 1.2.3.1 Dados censitários – IBGE População Como o município foi criado em 1982 dos dados censitários estão disponíveis a partir do censo demográfico de 1991 e estão indicados na tabela a seguir: Tabela 16 - Dados Censitários – Município de Parobé Ano População (hab.) Total Urbana Rural 1991 31.995 30.771 1.224 2000 44.776 43.439 1.337 2010 51.502 48.633 2.869 Após sua emancipação o município de Parobé apresentou evolução acelerada de sua população ainda na década de 80 e cresce a taxas ainda elevadas na década seguinte (3,91% a.a.), no entanto, no último período intercensos (20002010), o crescimento perdeu força e foi relativamente modesto, evoluindo 1,14% a.a. O município de Parobé é constituído por três distritos, a sede municipal, Santa Cristina do Pinhal e Poço Fundo. Na tabela a seguir estão indicados os dados por distrito. Tabela 17 - Dados Censitários - Distritos Distrito/Ano População Total População Urbana 1991 2000 2010 1991 2000 2010 Parobé – sede 29.731 42.178 49.178 29.731 42.178 47.466 Poço Fundo 932 986 525 238 222 103 Santa Cristina 1.332 1.612 1.799 802 1.039 1.064 Domicílios Em relação ao número de domicílios urbanos permanentes ocupados, taxa de urbanização e relação de habitantes por domicílio, os dados censitários indicam os valores a seguir: Tabela 18 - Domicílios, taxa de urbanização e relação de habitantes por domicílio Ano Domic. Total Domic.Urb. Taxa Urb. Hab./Dom. 1991 8.351 8.001 96,2% 3,85 2000 13.059 12.662 97,0% 3,43 2010 16.807 15.866 94,4% 3,07 Projeção da população A projeção populacional de territórios limitados como é o caso dos municípios, especialmente os de menor porte está sujeita a desvios significativos, pois fatores externos podem afetar fortemente o componente do contingente populacional relativo às migrações. Nestas unidades territoriais, a implantação de uma grande indústria, um pólo comercial ou de lazer ou empreendimento habitacional podem impactar pontualmente a população e assim levar ao erro projeções baseadas em dados históricos. Apesar de sua ocupação remontar à primeira metade do século XIX e sua elevação à categoria de distrito ter ocorrido em 1908, a emancipação do município de Parobé é bastante recente, tendo ocorrido em 1982 a partir de desmembramento do município de Taquara. Conforme citado, por conta principalmente da indústria de calçados o município cresceu fortemente na década de 80 e a taxa relativamente elevada na década de 90. Na primeira década deste século, o crescimento foi significativamente menor, provavelmente por conta do menor crescimento da atividade industrial. Deve ser observado ainda que os dados do censo demográfico de 2010 são anteriores ao possível impacto negativo decorrente do corte de 800 (oitocentos) empregos diretos na unidade de Parobé da indústria de calçados Azaléia, anunciado em maio de 2011. Para efeito de projeção da população, tendo em vista a tendência de redução das taxas de crescimento na maior parte dos municípios brasileiros e a situação atual do município, optou-se por adotar para o período de planejamento a evolução da população baseada em taxas decrescentes de crescimento, associadas a uma curva logística, partindo das taxas médias verificadas nos censos demográficos disponíveis. Na tabela a seguir são apresentadas as projeções da população total, população urbana. Tabela 19 - Projeções de População Ano Pop. Total (hab) Pop. Urb. (hab) 2010 51.502 47.466 2011 52.182 47.990 2012 52.825 48.481 2013 53.429 48.936 2014 53.992 49.354 2015 54.514 49.736 2016 54.992 50.078 2017 55.425 50.382 2018 55.813 50.645 2019 56.154 50.868 2020 56.447 51.049 2021 56.723 51.218 2022 56.982 51.375 2023 57.223 51.520 2024 57.446 51.652 2025 57.652 51.771 2026 57.839 51.878 2027 58.008 51.973 2028 58.158 52.054 2029 58.290 52.123 2030 58.402 52.178 2031 58.508 52.228 2032 58.607 52.271 2033 58.699 52.308 2034 58.784 52.338 2035 58.862 52.362 2036 58.933 52.380 Ano Pop. Total (hab) Pop. Urb. (hab) 2037 58.996 52.391 2038 59.053 52.396 2039 59.102 52.395 2040 59.145 52.411 2041 59.180 52.446 2042 59.298 52.500 2043 59.229 52.571 1.2.4 Distribuição da população na área de planejamento Para distribuição da população tomou-se como base a população por setor censitário em 2010. 1.2.5 Projeção das demandas de água e vazões de esgoto 1.2.5.1 Índices de atendimento O serviço de abastecimento de água atende atualmente a aproximadamente 48% da população urbana da sede, o que não é aceitável, visto que a outra metade da população se utiliza de fontes alternativas (poços rasos de arenito) que são extremamente vulneráveis a fontes de contaminação externa como é o caso das fossas sépticas largamente utilizadas no município. Assim para garantir a saúde da população da cidade será necessário estender o sistema público de abastecimento ao restante da população. Ao longo do período de planejamento previu-se que índice de atendimento evoluirá linearmente, atingindo 95% a partir do ano 2019 e mantendo-se neste nível até o final do horizonte de planejamento. Em relação ao sistema de esgotamento sanitário, hoje praticamente inexistente no conceito de sistema separador absoluto, prevê-se que o atendimento será iniciado no ano 2016, com índice de atendimento de aproximadamente 8,18% e evolua linearmente ano a ano, até atingir 90% em 2026 e assim permaneça até o horizonte do plano. 1.2.5.2 Coeficientes de variação do consumo,retorno de esgoto e vazão de infiltração Foram adotados valores usualmente recomendados na literatura e normas técnicas: - coeficiente do dia de maior consumo: k1 = 1,20; - coeficiente da hora de maior consumo: k2 = 1,50; - coeficiente de retorno esgoto/água: C = 0,80; - taxa de infiltração: Ti = 0,20 l/s.km; - fator de reservação: 1/3 do volume do dia de maior consumo. Em relação ao consumo de água para efeito de estimativa das vazões adotouse histograma de consumo de cidade com características similares a Parobé. 1.2.5.3 Índice de perdas Estima-se que o índice de perdas totais atualmente situe-se em torno de 50%. Ao longo do período de planejamento, em decorrência da adoção de medidas de controle das perdas no sistema tais como a substituição de hidrômetros e remanejamento das redes e ligações de água antigas, prevê-se que o índice de perdas medido decline para 30% até o ano 2025, mantendo-se pelo menos neste patamar até o final do horizonte de planejamento. 1.2.5.4 Consumo per capita. Para se definir as vazões de água e esgoto para o período de planejamento foi adotado um consumo per capita efetivo (excluindo perdas) de aproximadamente 150 l/hab x dia. Considerando a evolução do índice de perdas mostrada anteriormente tem-se um consumo per capita total que variará de 300 l/hab x dia no início do período até atingir 210 l/hab x dia em 2025 (quando o índice de perdas atingirá 30%), mantendo-se neste valor até o final do período de planejamento. Na projeção das vazões de esgoto foi considerado uma contribuição per capita equivalente a 80% do efetivamente consumido em água (120 l x hab x dia ) acrescidos de 50% do volume perdido correspondente a parcela das perdas comerciais que apesar de não ser contabilizada, é utilizada pelos usuários e portanto retorna para o esgoto. 1.2.5.5 Demandas de água e vazões de esgoto A partir da evolução populacional, índices de atendimento e critérios adotados foram avaliadas as demandas de água e as vazões de esgoto ao longo do período projeto, apresentadas a seguir: Tabela 20 - Projeção de Vazões de Água Ano Média Máxima Máxima Vazão Vazão máxima diária horária exportada diária total Volume de reservação necessário (m³) 2013 82,26 98,71 148,06 25 123,71 2.842,79 2014 94,01 112,81 169,22 25,3 138,11 3.249,00 2015 105,17 126,20 189,31 25,6 151,80 3.634,66 2016 115,70 138,84 208,26 25,9 164,74 3.998,57 2017 125,56 150,67 226,00 26,2 176,87 4.339,26 2018 134,71 161,66 242,48 26,5 188,16 4.655,69 2019 143,13 171,76 257,64 26,8 198,56 4.946,65 2020 139,38 167,26 250,89 27,1 194,36 4.817,05 2021 135,57 162,69 244,03 27,4 190,09 4.685,40 2022 131,71 158,05 237,07 27,7 185,75 4.551,79 2023 127,78 153,34 230,01 28 181,34 4.416,25 2024 123,81 148,57 222,86 28,3 176,87 4.278,87 2025 119,79 143,75 215,62 28,6 172,35 4.139,86 2026 120,01 144,01 216,01 28,9 172,91 4.147,45 2027 120,19 144,23 216,35 29,2 173,43 4.153,91 2028 120,35 144,42 216,64 29,5 173,92 4.159,42 2029 120,48 144,58 216,86 29,8 174,38 4.163,80 2030 120,60 144,72 217,07 30,1 174,82 4.167,79 2031 120,70 144,83 217,25 30,4 175,23 4.171,23 2032 120,78 144,94 217,41 30,7 175,64 4.174,18 2033 120,85 145,02 217,53 31 176,02 4.176,57 2034 120,91 145,09 217,63 31,3 176,39 4.178,49 2035 120,95 145,14 217,70 31,6 176,74 4.179,92 2036 120,97 145,17 217,75 31,9 177,07 4.180,80 2037 120,98 145,18 217,77 32,2 177,38 4.181,20 2038 120,98 145,18 217,77 32,5 177,68 4.181,12 2039 121,02 145,22 217,83 32,8 178,02 4.182,40 2040 121,10 145,32 217,98 33,1 178,42 4.185,19 2041 121,22 145,47 218,20 33,4 178,87 4.189,50 2042 121,39 145,67 218,50 33,7 179,37 4.195,17 Tabela 21 - Projeção das Vazões de Esgoto Vazão Vazão Vazão Média Máxima Máxima Total Diária Horária 12,09 17,16 19,58 26,84 11,12 541.250 10,28 23,78 34,06 38,82 53,08 24,71 1.074.090 2018 15,69 35,14 50,83 57,85 78,94 37,09 1.602.871 2019 21,29 46,00 67,29 76,49 104,09 49,46 2.122.057 2020 27,07 56,57 83,64 94,96 128,90 62,06 2.637.718 2021 33,05 66,56 99,61 112,93 152,86 74,77 3.141.406 2022 39,21 77,82 117,03 132,59 179,28 87,97 3.690.553 2023 39,87 77,96 117,83 133,42 180,20 88,7 3.715.834 2024 40,53 78,08 118,61 134,23 181,08 89,41 3.740.538 2025 41,19 78,18 119,37 135,01 181,92 90,13 3.764.557 2026 41,67 78,27 119,94 135,59 182,55 90,42 3.782.323 2027 42,34 78,34 120,68 136,35 183,36 91,12 3.805.817 2028 43,02 78,41 121,43 137,11 184,15 91,82 3.829.311 2029 43,71 78,46 122,17 137,86 184,94 92,53 3.852.806 2030 44,42 78,51 122,93 138,63 185,73 93,24 3.876.615 2031 45,13 78,54 123,67 139,38 186,51 93,94 3.900.162 2032 45,84 78,57 124,41 140,12 187,27 94,66 3.923.394 2033 46,57 78,59 125,16 140,87 188,03 95,37 3.946.941 Vazão Vazão Infiltração média 2016 5,07 2017 Ano Vazão Mínima Volume coletado m³/ ano 2034 47,31 78,59 125,90 141,62 188,78 96,1 3.970.488 2035 48,05 78,59 126,64 142,36 189,52 96,83 3.993.772 2036 48,76 78,62 127,38 143,10 190,27 97,45 4.016.951 2040 49,5 78,67 128,17 143,90 191,11 98,14 4.041.969 2042 50,27 78,75 129,02 144,77 192,02 98,87 4.068.775 1.3 DIAGNÓSTICO DOS SISTEMAS EXISTENTES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO 1.3.1 Diagnóstico da operação do sistema de abastecimento de água O sistema público de abastecimento de água de Parobé possui 7.550 ligações de água, atendendo 23.250 habitantes (SNIS 2009). Também, segundo o SNIS 2009, a população urbana era de 48.948 habitantes. Portanto o sistema atendia somente 47,5% da população. O restante da população possui sistema próprio de abastecimento de água. Parte é atendida por poço freático e parte por poço semi profundo diâmetro de 2” (duas polegadas), perfurado no arenito, com aproximadamente 50 m de profundidade, extraindo em torno de 3 a 5 m³/h pelo sistema “air lift”. Os poços não possuem proteção fitossanitária, podendo ocorrer a contaminação da água subterrânea, pois a cidade não possui sistema de coleta de esgotos. 1.3.1.1 Sistema de produção Captação A água bruta captada é de má qualidade devido à existência de lançamentos de esgotos domésticos a montante, muito próximos, principalmente os da cidade de Igrejinha. Estação elevatória de água bruta (EEAB) As instalações prediais da estação elevatória encontram-se em bom estado de conservação, necessitando apenas de manutenção na urbanização da área. Adutora de água bruta (AAB) A adutora apresenta bom estado de conservação, necessitando apenas de manutenção na caixa de proteção da válvula de retenção e na ventosa. Estação de tratamento de água (ETA) As instalações prediais da ETA encontram-se em bom estado de conservação. A estação opera com relativa folga trabalhando em média 18 h/dia. 1.3.1.2 Sistema de armazenamento As estruturas dos reservatórios encontram-se em bom estado de conservação. Há necessidade de manutenção nas áreas dos reservatórios RAP4/RAP5, REL6 e RAP7. Há também necessidade de delimitação e urbanização da área do reservatório REL3. 1.3.1.3 Sistema de distribuição As estações elevatórias apresentam-se em bom estado de conservação. Os bairros Emancipação, Morada do Funil, Panorâmico, Boa Vista, Pôr-do-sol e Fazenda Pires não possuem rede de distribuição. Os bairros Alvorada, Muck, Bela Vista, Nova Parobé, Planasa, Guarujá, Alexandria, Vila Jardim e Cardoso são parcialmente atendidos com rede de distribuição. Conforme informações locais, a rede encontra-se em estado razoável de conservação, existindo tubulações em cimento amianto que deverão ser remanejadas. No entanto, em face de setorização inadequada e insuficiente, a operação da mesma é prejudicada devido ás altas pressões praticadas. 1.3.1.4 Ligações prediais Existem aproximadamente 1.000 ligações sem cavalete. Das 7.550 ligações existentes, 6.131 são hidrometradas. Parte desses hidrômetros necessitam de manutenção ou substituição. 1.3.2 Diagnóstico do sistema de esgotamento sanitário Conforme mencionado na descrição, o município de Parobé não possui sistema público de esgotamento sanitário, o qual deverá ser implantado. O bairro residencial Azaléia possui sistema de coleta e tratamento dos esgotos implantado pelo empreendedor, no entanto, o sistema de tratamento encontra-se fora de operação, de forma que o esgoto coletado está sendo lançado sem tratamento no Arroio do Funil. 1.3.3Diagnóstico da gestão dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário Atualmente os serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário são de responsabilidade da Companhia Rio Grandense de Saneamento – CORSAN. 1.3.3.1 Estrutura tarifária O município obedece à estrutura tarifária da CORSAN, a qual é transcrita nas tabelas a seguir. Tabela 22 - Categorias de Consumo CATEGORIA I. RESIDENCIAL SOCIAL "A E II. RESIDENCIAL "RB III. PÚBLICA "P" IV. INDUSTRIAL "I" V. COMERCIAL "C" VI. COMERCIAL "C1" CONSUMO 10 M³ 10 M³ 20 M³ 30 M³ 20 M³ 10 M³ Fonte: CORSAN – Fevereiro / 11 Tabela 23 – Tarifas (R$) TARIFA SOCIAL BÁSICA ÁGUA - PREÇO SERVIÇO TARIFA MÍNIMA BASE BÁSICO S/ HIDR. BICA PÚBLICA 1,53 6,07 21,37 RESID. A E A1 ATÉ 10 M³ 1,3 6,07 19,07 M³ EXCEDENTE 3,2 RESIDENCIAL B 3,2 15,14 47,14 COMERCIAL C1 ATÉ 20 3,2 15,14 47,14 CATEGORIA M³ M³ EXCEDENTE 3,64 COMERCIAL 3,64 27 99,8 PÚBLICA 3,64 53,94 126,74 INDUSTRIAL ATÉ 1000M³ 4,13 53,94 191 ACIMA DE 1000M³ (TABELA ESPECIAL) Fonte: CORSAN – Fevereiro / 11 Conforme os dados constantes no relatório operacional, o município apresenta a seguinte estratificação nas economias faturadas. Tabela 24 - Situação comercial (2010) Economias 9.565 Ligações 7.793 Lig. Com Consumo 6.624 Consumo até 5m³ 1.404 Fonte: CORSAN – Nov/11 1.3.3.2Macro e micromedição Não se dispõe de informações sobre a macromedição no sistema, importante instrumento para a operação e gestão do sistema. De acordo com os dados disponíveis de micromedição, existe submedição das economias, pois apenas 87% das mesmas são hidrometradas, e destas 2,6% sem consumo, conforme indicado na tabela a seguir: Tabela 25 - Situação da Micromedição (Nov/2010) ECONOMIAS 9.565 LIGAÇÕES 8.350 LIG. COM CONSUMO 8.103 CONSUMO ATÉ 5M³ 2.093 Dessa forma constata-se que há necessidade de melhorias no sistema comercial envolvendo a instalação de hidrômetros em todas as ligações e substituição de hidrômetros com vida útil vencida. 1.3.3.3Setorização Para melhoria das condições operacionais deverá ser implantada a setorização da rede de distribuição, além do sistema de macromedição. 1.3.3.4 Serviços em redes e ramais Informações disponíveis relativas ao período dezembro/09 a novembro/10, indicam que foram executados 285 consertos de rede de 965 consertos de ramais. O número elevado de consertos provavelmente decorre da qualidade dos materiais e/ou das pressões elevadas no sistema. 1.3.4 Diagnóstico sanitário, epidemiológico, ambiental e sócio econômico 1.3.4.1 Indicadores sanitários Os indicadores sanitários aplicáveis às condições de saneamento básico abrangem tanto os indicadores epidemiológicos quanto os ambientais e decorrem de forma geral das condições sócio-econômicas da comunidade. Assim, por exemplo, a mortalidade infantil é um indicador epidemiológico que reflete as condições de sanidade. Entre os indicadores ambientais podem ser analisados a cobertura de abastecimento de água, cobertura de coleta e tratamento dos esgotos, a coleta de lixo, a qualidade das águas, etc. 1.3.4.2 Indicadores epidemiológicos Os indicadores epidemiológicos fornecem subsídios para a análise da situação sanitária. Um dos indicadores utilizados é a taxa de mortalidade infantil, que expressa o número de crianças que não sobrevivem ao primeiro ano de vida em cada mil nascidas vivas. Na tabela a seguir apresentam-se dados do DATASUS para o período 2006 – 2010 (2006 a 2008 do Brasil e Rio Grande do Sul e 2007 a 2010 para Parobé), taxa expressa por mil nascidos vivos: Ano Parobé Brasil Rio Gr. do Sul 2010 7,64 - - 2009 4,11 - - 2008 15,98 17,6 12,8 2007 6,56 20,0 12,8 2006 - 20,7 13.1 Embora os dados se refiram a períodos não totalmente coincidentes, verifica-se que, embora no ano de 2008 o município de Parobé tenha apresentado taxa elevada, nos demais anos elas foram significativamente menores, sendo que em 2006 correspondeu a aproximadamente metade da taxa estadual e um terço da do país. 1.3.4.3 Indicadores ambientais Abastecimento de água potável O índice atual de abastecimento de água potável por meio do sistema público é da ordem de 48%. Parte significativa da população utiliza-se da água proveniente de poços individuais freáticos e semi-profundos explorados sem proteção, sujeitos, portanto, à contaminação por esgotos. Coleta de esgoto A rede de coleta de esgotos em Parobé está restrita ao bairro Residencial Azaléia, executada pelo empreendedor. Assim sendo, o município de Parobé não conta com sistema público de coleta de esgotos, os quais são encaminhados basicamente para fossas sépticas e galerias de águas pluviais, com risco de contaminação do lençol subterrâneo e poluição dos cursos d’água. Tratamento dos esgotos O esgoto produzido pelo município de Parobé não é tratado, pois mesmo o esgoto coletado no Residencial Azaléia é encaminhado “in natura” para o Arroio do Funil, uma vez que a estação de tratamento encontra-se fora de operação. 1.3.5 Indicadores sócio econômicos 1.3.5.1 Índice de desenvolvimento humano Conforme mencionado anteriormente, o município de Parobé apresenta IDH-M 0,786 (ano 2000), situando-se na posição 232° no ranking estadual, conforme o PNUD. Os valores relativos a 1991 e 2000 são apresentados a seguir: Item 1991 2000 IDH – M 0,718 0,786 Renda 0,665 0,689 Longevidad 0,710 0,775 Educação 0,780 0,895 Conforme pode ser verificado, entre 1991 e 2000 o índice de desenvolvimento humano de Parobé evoluiu positivamente, sendo que a maior contribuição para esta evolução deveu-se à melhoria na educação, seguida pela evolução da longevidade. A menor evolução foi a da renda. 1.3.5.2 Produto interno bruto Conforme apresentado anteriormente, na tabela a seguir apresentam-se os valores do PIB total e per capita de Parobé e do Estado do Rio Grande do Sul: Tabela 26 - Valores do PIB Total e Per Capita – Parobé e Rio Grande do Sul Ano Total(R $mil) 2008 485.24 Percapita (R$) 9.508 9 2007 475.97 199.499 capita (R$) 18.378 9.771 176.615 16.689 .073 433.74 7 mil) Per .011 8 2006 Total(R$ 7.999 156.826 .932 Fonte: Fundação Estadual de Economia e Estatística 14.305 Conforme pode ser verificado, entre os anos de 2007 e 2008, enquanto o PIB per capita estadual cresceu aproximadamente 10%, o de Parobé reduziu-se em quase 3%. 1.3.5.3 Valor bruto adicionado Na tabela a seguir apresentam-se dados relativos ao valor bruto adicionado do município de Parobé relativos ao período 2000 a 2008: Tabela 27 - Valor adicionado bruto – Município de Parobé – Valores em reais Ano 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 Total 434.768.985 422.982.833 392.952.556 403.498.225 379.141.934 352.871.051 365.528.503 354.783.352 348.215.086 Agropecuário 3.957.413 3.300.884 4.114.300 3.599.035 4.320.914 3.737.418 3.594.180 3.597.617 2.335.715 Industrial 161.090.131 161.026.737 160.904.328 184.528.198 187.895.539 173.211.195 196.430.179 198.994.158 200.866.293 Serviços 269.721.441 258.655.212 227.933.928 215.370.992 186.925.481 175.922.438 165.504.144 152.191.577 145.013.078 Adm. Pública 97.493.095 87.189.120 82.084.767 72.536.123 64.784.456 59.728.906 50.529.984 42.324.812 37.538.111 Fonte: Fundação Estadual de Economia e Estatística Conforme pode ser verificado no período analisado pode-se concluir que: • setor agropecuário tem participação bastante pequena na economia do município; • setor de serviços tem crescido de forma consistente, aumentando sua participação; • setor industrial ao contrário, tem apresentado redução significativa no valor adicionado ao longo da década, com grande redução a partir de 2006. A partir dos dados apresentados, entre outros aspectos, pode-se concluir que: - as taxas de mortalidade infantil no município são satisfatórias, situando-se abaixo das taxas estadual e nacional; - o abastecimento de água pelo sistema público apresenta índice de atendimento da ordem de 48%. Parte significativa da população se utiliza de poços freáticos ou semi-profundos, eventualmente sujeitos a contaminação; - o município não conta com sistema público de esgotamento sanitário, encaminhando os esgotos para fossas sépticas ou galerias de águas pluviais; - em termos do IDH, o município de Parobé, conforme mencionado situa-se na posição 232° no total de 496 (quatrocentos e noventa e seis) municípios do estado do Rio Grande do Sul; - os dados de valor adicionado indicam evolução no setor de serviços, mas redução da participação do setor industrial principalmente a partir de 2006. 1.4 OBJETIVOS E METAS PARA A UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS O presente capítulo tem por objetivo apresentar as metas estabelecidas para a universalização dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário na área de projeto do presente estudo, as quais nortearão os projetos e ações necessárias para o cumprimento das mesmas. Conforme mencionado anteriormente, a área de projeto compreende a área urbana da sede do município de Parobé. No item III foram apresentados os estudos relativos à projeção da população de projeto, demandas de água, vazões de esgoto e cargas poluidoras, considerando-se o período de projeto de 30 (trinta anos) de 2013 a 2042. Para efeito do presente estudo considerou-se que o início de projeto se dará em 01/01/2013 e o final em 31/12/2042. 1.4.1Objetivos e metas de curto, médio e longo prazo para a universalização do abastecimento de água 1.4.1.1 Atendimento água De acordo com as informações disponíveis o percentual da população de Parobé servida pelo sistema público de abastecimento de água é da ordem de 48%. Prevê-se que este índice de atendimento deva evoluir ao longo do período de projeto, de acordo com os valores indicados a seguir: Ano Atendimento de Água 2013 48% 2014 71,5% 2015 a 2042 95% 1.4.1.2 Redução de perdas Em relação às perdas totais de água prevê-se a sua redução gradativa, passando dos níveis atuais em torno de 50% para 30% até o ano 2025, mantendose neste nível até o horizonte de projeto, conforme evolução indicada a seguir: Ano % perdas 2013 50% 2014 48% 2015 45% 2016 40% 2017 38% 2018 37% 2019 36% 2020 35% 2021 34% 2022 33% 2023 32% 2024 31% 2025 a 2026 30% 1.4.2 Objetivos e metas de curto, médio e longo prazo para a universalização do esgotamento sanitário. 1.4.2.1 Atendimento esgoto Atualmente o município de Parobé não possui sistema de esgotamento sanitário do tipo separador absoluto. As metas estabelecidas para implantação do sistema são de início de operação no ano 2020 com atendimento da ordem de 13% da população, evoluindo linearmente até atingir o índice de 90% no ano 2026 e assim permanecendo até o horizonte de projeto, conforme indicada a seguir: Ano Atendimento de Esgoto 2016 8,18% 2017 16,36% 2018 24,55% 2019 32,73% 2020 40,91% 2021 49,09% 2022 57,27% 2023 65,45% 2024 73,64% 2025 81,82% 2026 90% 1.4.2.2 Tratamento dos esgotos Todos os esgotos coletados deverão ser tratados previamente ao seu lançamento no corpo receptor, atendendo à legislação estadual e federal pertinente. 1.4.3 Compatibilidade com o plano da bacia O município de Parobé está localizado na Bacia do Rio dos Sinos, junto a um de seus principais afluentes, o rio Paranhanha, de onde capta água para ser tratada e distribuída à população. O rio Paranhanha é também corpo receptor de parte dos resíduos líquidos gerados no município sob a forma de esgoto misto, contribuindo assim com uma carga significativa para a qualidade da água do rio dos Sinos. O mais recente documento sobre a situação atual dos recursos hídricos na bacia é o “Plano Sinos” elaborado a partir de convênio entre o Fundo Nacional de Meio Ambiente e o Consórcio Público de Saneamento Básico da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos – Pró Sinos, ferramenta de gestão do Sistema Estadual de Recursos Hídricos do Rio Grande do Sul, do qual o Comitesinos é parte integrante. 1.4.3.1 Descrição geral da bacia A bacia hidrográfica do rio dos Sinos desenvolve-se na parte leste do Estado do Rio Grande do Sul, limitando-se a Oeste e Norte com as bacias do rio Caí e Taquari-Antas, ao Sul com a bacia do baixo Jacuí e Lago Guaíba e a Leste com as bacias dos rios Gravataí e Tramandaí. A área da bacia do rio dos Sinos é de 3.696 km2 correspondendo a aproximadamente 4,4% da área da Região Hidrográfica do Guaíba e 1,3% da área do Estado do Rio Grande do Sul. O delta do rio Jacuí, junto ao lago Guaíba é a foz e recebe as águas dos rios Caí, Gravataí, Jacuí e Sinos. A bacia é integrada total ou parcialmente por 32 municípios. A bacia foi dividida pelo Comitesinos em três grandes compartimentos, relativamente homogêneos em termos de relevo e uso do solo. O Médio Sinos é formado essencialmente pelo segmento correspondente à bacia do rio Paranhanha e contribuintes menores nas margens direita e esquerda. Este trecho, que corresponde a aproximadamente 26,5% da bacia não inclui a parcela mais urbanizada da bacia, no entanto o vale do rio Paranhanha com as sedes municipais de Parobé, Três Coroas, Igrejinha e Taquara já aponta para alguma concentração populacional. O Alto Sinos contém as maiores altitudes e engloba as nascentes, a montante da cidade de Caraá até o rio da Ilha. A ocupação é mais rarefeita e o uso do solo é predominantemente rural. O terceiro compartimento, o Baixo Sinos, a partir da região das cidades de Sapiranga e Campo Bom até a foz, apresenta baixas altitudes e o uso predominante do solo é urbano com algum destaque para o cultivo de arroz. Neste segmento estão as sedes urbanas das maiores cidades da bacia, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Esteio, Sapucaia do Sul e Canoas. Através do rio Paranhanha, através do qual a bacia do rio dos Sinos recebe a transposição de águas do rio Caí integra o Médio Sinos, trecho entre a cidade de Taquara e a confluência do Arroio Sapiranga (exclusive). 1.4.3.2 Disponibilidade hídrica A demanda de água para abastecimento público e consumo humano foi determinada com dados do Plano de Saneamento da Bacia Hidrográfica do rio dos Sinos (Concremat – 2008) e do Banco de Dados da Outorga de Uso da Água do Departamento de Recursos Hídricos (DRH/RS). Consideradas as demandas de indústrias, do setor primário (principalmente por conta da irrigação de arroz) e o abastecimento humano, conclui-se que não há déficit hídrico no Médio Sinos. 1.4.3.3 Qualidade das águas O lançamento de efluentes em rios e arroios da Bacia do Rio dos Sinos, abrangem os efluentes domésticos urbanos e rurais, os efluentes industriais e os efluentes das atividades agropecuárias. Nas sedes urbanas, as principais fontes de poluição para os recursos hídricos superficiais, referem-se às cargas orgânicas e inorgânicas permanentes oriundas de esgotos domésticos e efluentes industriais. Os levantamentos desenvolvidos no projeto Pró-Guaíba, demonstram as elevadas cargas orgânicas que afluem ao Lago Guaíba, oriundas de seus principais afluentes, entre os quais o Rio dos Sinos e seu principal contribuinte o rio Paranhanha. Uma grande parcela desta carga, refere-se aos esgotos domésticos gerados nos centros urbanos localizados em sua bacia hidrográfica, entre os quais a cidade de Parobé. Esta intensificação do processo de urbanização próximo do canal principal do rio e de seus contribuintes, não acompanhada da implantação da infra-estrutura sanitária adequada, tem causado impactos negativos que se refletem na qualidade das suas águas. Os dados disponíveis de balanço dos recursos hídricos, indicam que o rio Paranhanha tem condições de atender em termos de quantidade aos usos atuais de suas águas, sem ocorrência de conflitos, desde que continue contando com o aporte da transposição do Rio Caí e que se passe a adotar ações de gestão, visto que as situações de insuficiência hídrica são de pequena magnitude e localizadas Em termos de qualidade das águas constata-se que a mesma está comprometida após os despejos das áreas mais urbanizadas, justificando a necessidade de implantação de infra estrutura sanitária adequada, em Parobé (proposta neste estudo) e nos demais municípios da bacia. 1.5 PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES NECESSÁRIAS PARA ATINGIR OS OBJETIVOS E AS METAS A partir das informações disponíveis e com base nas metas estabelecidas no capitulo anterior, foram elaborados os estudos para caracterização dos programas, projetos e ações necessárias para cumprimento dos objetivos estipulados. Com este objetivo foram caracterizados de forma preliminar os planos de obras de abastecimento de água e de esgotamento sanitário e outros planos, relacionados à melhoria operacional e comercial. 1.5.1 Ampliação e universalização do sistema de abastecimento de água 1.5.1.1 Concepção geral do sistema proposto No sistema de abastecimento proposto propõe-se a manutenção de todas as unidades existentes (ETA, elevatórias, reservatórios, adutoras, redes primárias e secundárias, etc..) existentes. Foi definido que o atendimento passaria dos atuais 48% para 95%. Para que isso será possível e necessário a ampliação de algumas unidades. – Sistema de produção O sistema de produção (EEAB, AAB e ETA) existente não necessitará de ampliação, pois sua capacidade atual atenderá as necessidades de fim de plano. A estação elevatória de água bruta (EEAB), a adutora de água bruta (AAB) e a estação de tratamento de água (ETA) se encontram em bom estado conservação necessitando apenas de manutenção. A ETA não é automatizada. A estocagem, preparação e dosagem de produtos químicos é feita da forma convencional. Para aumentar a confiabilidade do processo de tratamento e visando o aumento da eficiência geral do processo de produção propõe-se a implantação de um sistema automatizado de dosagem de produtos químicos e de monitoramento da estação de tratamento comandado a partir de um centro de controle operacional – CCO. Esse sistema de supervisão e automação deverá ser integrado aos sistemas de supervisão da adução de água bruta e de distribuição de água tratada. A estação de tratamento também não conta com um sistema de recuperação, tratamento e disposição da água de lavagem dos filtros e do lodo acumulado nos decantadores, que hoje são descartados nos cursos d’água sem qualquer tratamento infringindo a legislação ambiental vigente. Para corrigir esse problema faz-se necessário a implantação de um sistema que atenda a esses objetivos. Normalmente, as soluções tradicionais para o tratamento de lodo gerado em estações de tratamento de água apresentam custo elevado de implantação e operação e nem sempre apresentam a eficiência requerida. O sistema proposto é uma alternativa simplificada de separação do lodo gerado. A essência do funcionamento do sistema é a desidratação do lodo com a utilização de sacos geotecidos de alta resistência e pequenos poros com propriedade de contenção e desidratação, ou seja de retenção das partículas sólidas presentes no lodo úmido (contenção) com expulsão simultânea excesso de água do lodo (desidratação). O lodo desidratado por esse processo atinge um nível de umidade suficiente para que ele tenha um grau de trabalhabilidade que permita processos de carga e descarga em caminhões, o transporte e disposição em aterros sanitários. – Sistema de armazenamento e distribuição O sistema de armazenamento existente necessitará de ampliação passando dos atuais 2.880 m³ para 4.380 m³ para atender as condições de final de plano. Deverão ser construídos dois (2) reservatórios em concreto armado, apoiados, sendo um de 1.000 m³ na área dos reservatórios Rap 4 e 5, e um de 500 m³ na área do Rap7. Propõe-se que o sistema de distribuição (EEAT, Estação Pressurizada, rede primária, rede secundária e ligações) existente seja alterado. Previu-se a divisão da área de projeto em dois (2) setores de abastecimento. Para a delimitação dos setores foram considerados: a localização dos reservatórios existentes, seus níveis e volumes, a existência da estrada (RS 239) que corta a cidade e a altimetria da região a ser abastecida. 1.5.1.2 Plano de investimentos em água Na tabela a seguir apresentam-se as principais intervenções previstas para o sistema de abastecimento de água ao longo do período de projeto e os correspondentes investimentos associados. Descrição Qtd Un. Preço unit. Total B1 (1,68 l/s) 1 GB R$ 150.000,00 R$ 150.000,00 B2 (1,14 l/s) 1 GB R$ 150.000,00 R$ 150.000,00 B3 (1,32 l/s) 1 GB R$ 150.000,00 R$ 150.000,00 TOTAL 1 GB - R$ 450.000,00 Rel 3 – Urbanização 1 GB R$ 20.000,00 R$ 20.000,00 Rap 4/5 – 1000 m³ 1 GB R$ 300.000,00 R$ 300.000,00 Rap 7 – 500 m³ 1 GB R$ 200.000,00 R$ 200.000,00 1 GB - R$ 520.000,00 Estações Pressurizadoras Reservatório TOTAL Rede primária Ø 75 - 400 - (m) 15.623 m R$ 4.285.647,34 97.633 m R$ 9.948.800,00 11.991 m Rede secundária Ø 50 - 75 - PVC Ligação TOTAL R$ 366,00 TOTAL GERAL R$ 4.388.706,00 R$ 19.593.153,34 1.5.2 Plano para universalização do sistema de esgotamento sanitário O município de Parobé não dispõe de sistema de esgotamento sanitário do tipo separador absoluto. O bairro denominado Residencial Azaléia possui sistema de coleta e tratamento dos esgotos coletados implantado pelo empreendedor. No entanto, a unidade de tratamento encontra-se fora de operação, de forma que os esgotos estão sendo lançados sem tratamento no Arroio do Funil. Assim sendo, a maior parte das edificações de Parobé encaminha suas contribuições de esgoto para fossas sépticas e/ou galerias de águas pluviais. Dessa forma, a maior parte dos esgotos gerados no município é encaminhado sem tratamento para descarga nos cursos d’água ou infiltram no terreno contaminando o lençol freático, o que pode trazer sérios problemas de saúde pública na medida em que existem mais de 3000 poços perfurados e em utilização na cidade. A universalização do sistema de esgotamento sanitário, se propõe que seja implantado o tipo separador absoluto incluindo, portanto, as ligações prediais, a rede coletora, coletores tronco, interceptores, emissários, estações elevatórias, linhas de recalque e tratamento dos esgotos. Será permitido o sistema misto até a implantação do separador absoluto, desde que o mesmo obedeça as Normas Técnicas vigentes. 1.5.2.1 Concepção geral do sistema proposto O município de Parobé está totalmente inserido na bacia do rio dos Sinos. A área de projeto, área urbana do distrito sede, pode ser subdividida em duas grandes áreas em termos de seu esgotamento, a que aflui no sentido do rio Paranhanha e a que escoa diretamente no sentido do rio dos Sinos. Para efeito do presente estudo, admitiu-se que para o tratamento dos esgotos coletados será prevista uma única instalação, a ser implantada na bacia do Arroio do Funil, tendo em vista que é a maior das bacias de esgotamento e a que oferece maior disponibilidade de áreas para tal finalidade. A parcela da área de projeto que aflui no sentido do rio Paranhanha pela sua margem direita pode ser subdividida em três partes, denominadas bacias 1, 2 e 3. A Bacia1 corresponde à bacia da Sanga Funda, situada na porção norte do município. A parte superior da bacia está situada na zona rural, sem perspectiva imediata de ocupação; dessa forma, para efeito do presente estudo, será analisada apenas a parcela desta bacia delimitada pelos limites da área de projeto, divisa com a bacia contígua e a margem direita do rio Paranhanha. Toda a parcela desta bacia situada entre os limites da área de projeto, a margem esquerda de afluente da Sanga pela margem esquerda desta e trecho da margem direita do rio Paranhanha até a foz da Sanga, não apresenta ocupação rarefeita. Dessa forma, as contribuições de esgoto desta bacia correspondem basicamente à ocupação atual e futura ao longo do fundo de vale principal, especialmente em sua margem direita. A Bacia 2 corresponde à bacia contigua à da Sanga Funda e também escoa no sentido do rio Paranhanha, sendo delimitada pelos limites da área de projeto, trecho da margem direita do rio Paranhanha e pelas divisas com as bacias adjacentes. Esta bacia inclui área situada na margem oposta da rodovia RS 239, constituída em sua maior parte por morro, em princípio com baixa possibilidade de ocupação. A ocupação desta bacia é mais intensa que a da Bacia 1, inclui a área em que está situada a sede da Prefeitura de Parobé e se distribui principalmente ao longo do talvegue principal e um secundário. A bacia inclui ainda elevação situada a maior parte do outro lado da rodovia RS 239, a maior parte inadequada para ocupação. A Bacia 3 engloba pequenas bacias que afluem no sentido do rio Paranhanha, a sub-bacia 3.1 corresponde à área compreendida pela divisa com a Bacia 2, a margem direita do rio Pararanha, a rodovia e limite com a sub-bacia 3.2. A sub-bacia 3.2 corresponde a um pequeno afluente do rio Paranhanha pela sua margem direita acrescida de área delimitada pelo limite com a sub-bacia 3.1, a margem direita do rio Paranhanha e a rodovia RS 239. A sub-bacia 3.3 abrange pequena área correspondente à cabeceira de outro afluente do rio Paranhanha pela sua margem direita, parcialmente na área de projeto. A Bacia 4, conforme mencionado anteriormente compreende basicamente a bacia do Arroio do Funil, acrescida de parte de duas bacias de dois outros afluentes do rio dos Sinos pela sua margem direita, parcialmente situadas na área de projeto. A Bacia 5 corresponde à parcela da área de projeto representada por uma faixa situada ao longo da rodovia RS 239, com dois pequenos fundo de vale que escoam no sentido do rio dos Sinos. Para encaminhamento dos esgotos para a bacia do Arroio do Funil, haveria necessidade de implantação de estações elevatórias. No entanto, a ocupação atualmente é praticamente insignificante, de forma que para efeito do presente estudo, não foram consideradas contribuições provenientes dessa área. 1.5.1.2 Caracterização do esgotamento proposto Bacia 1 As contribuições de esgoto desta bacia serão reunidas junto da foz da Sanga Funda no rio Paranhanha, podendo ser cogitadas as seguintes alternativas para encaminhamento destas contribuições: - implantação de interceptor ao longo da margem direita do rio Paranhanha no sentido de jusante, ou - implantação de estação elevatória e reversão dos esgotos para a bacia contigua (Bacia 2) ou - implantação de estação elevatória e reversão dos esgotos para a bacia do Arroio do Funil (Bacia 4). Para efeito do presente estudo adotou-se a solução de reversão dos esgotos para a Bacia 4. Assim sendo os esgotos coletados pela rede da bacia serão encaminhados ao coletor tronco situado ao longo do talvegue principal e descarregados na estação elevatória EEE.1, que promoverá sua reversão para a Bacia 4 por meio da linha de recalque LR.1. Bacia 2 As contribuições de esgoto desta bacia serão reunidas junto à margem direita do rio Paranhanha, podendo ser cogitadas as seguintes alternativas para encaminhamento das vazões coletadas na bacia: - implantação de interceptor ao longo da margem direita do rio Paranhanha no sentido de jusante; ou - implantação de estação elevatória e reversão dos esgotos para a bacia do Arroio do Funil (Bacia 4). Para efeito do presente estudo adotou-se a solução de reversão dos esgotos para a Bacia 4. Assim sendo os esgotos coletados pela rede da bacia serão encaminhados aos coletores tronco situados ao longo dos talvegues e descarregados na estação elevatória EEE.2, situada junto ao rio Paranhanha, que promoverá sua reversão para a Bacia 4 por meio da linha de recalque LR.2. Bacia 3 Esta bacia pode ser subdividida em três sub-bacias que afluem no sentido da margem direita do rio Paranhanha. A Sub-bacia 3.1 corresponde ao pequeno afluente do rio Paranhanha; limitada pela rodovia RS 239, o limite com a Bacia 2 e a margem direita do rio. A Sub-bacia 3.2 corresponde ao afluente do rio Paranhanha limitada pelo limite com a Bacia 4, limite com a Bacia 2, rodovia RS 239 e o limite da área de projeto representada por estrada municipal. A Sub-bacia 3.3 corresponde à cabeceira de outro afluente do rio Paranhanha, parcialmente inserido na área de projeto. Os esgotos coletados pela rede coletora do Sub-bacia 3.1, serão encaminhadas para coletor tronco ao longo do talvegue que segue pela margem direita do rio Paranhanha até descarga na Estação Elevatória EEE 3.1. Os esgotos coletados pela rede coletora da Sub-bacia 3.2, serão reunidas no coletor tronco ao longo do talvegue e também descarregados na Estação Elevatória EEE 3.1. As contribuições reunidas na estação elevatória serão recalcadas por meio da linha de recalque LR 3.1 até ponto alto da estrada municipal. As vazões recalcadas serão descarregadas em coletor as encaminhará por gravidade para a caixa de entrada da Estação Elevatória EEE 3.2. Este coletor poderá receber futuramente contribuições das edificações esgotáveis situadas no entorno. A Estação Elevatória EEE 3.2, por meio da linha de recalque LR 3.2 encaminhará as vazões a ela afluentes até outro ponto elevado na mesma estrada municipal. A partir deste ponto os esgotos recalcados escoarão até a confluência com o Interceptor do Arroio do Funil, início do emissário que conduzirá todos os esgotos coletados em Parobé até a estação elevatória inicial que alimentará a estação de tratamento de esgotos. Bacia 4 A Bacia 4, a maior do sistema de esgotamento sanitário de Parobé, corresponde à parcela da bacia do Arroio do Funil inserida na área de projeto. Os esgotos coletados pela rede serão encaminhados aos coletores tronco, situados ao longo dos talvegues e por meio destes ao interceptor previsto ao longo do Arroio do Funil. Conforme descrito anteriormente, a rede coletora da Bacia 4, recebe por reversão, as contribuições das bacias 1 e 2. Os esgotos reunidos no interceptor reúnem-se no limite da área de projeto com as contribuições da Bacia 3, no início do emissário que alimentará a estação elevatória situada a montante da estação de tratamento dos esgotos, denominada estação elevatória final – EEE Final. Estação de tratamento dos esgotos Para efeito do presente estudo, analisadas as possíveis alternativas de localização da estação de tratamento dos esgotos, optou-se área desmatada localizada em uma fazenda, aproximadamente em prolongamento de estrada rural sob a qual será assentado o emissário. Conforme mencionado, junto da estação de tratamento foi prevista a estação elevatória final – EEE Final que promoverá o recalque das vazões afluentes até a caixa de entrada a estação. a- Vazões do projeto Na tabela a seguir apresentam-se os dados de vazão afluente à ETE ao longo do período de projeto: ANO Q média (l/s) Q max.dia. (l/s) Q max.hor. (l/s) 2016 10,80 12,31 16,52 2017 21,60 24,62 33,04 2018 32,41 36,94 49,58 2019 43,20 49,25 66,10 2020 54,00 61,56 82,62 2021 64,80 73,87 99,14 2022 75,60 86,18 115,66 2023 86,39 98,49 132,18 2024 97,20 110,81 148,72 2025 108,00 123,12 165,24 2026 118,80 135,43 181,76 b- Processo de tratamento Para o tratamento dos esgotos coletados em Parobé, o processo a ser adotado deverá atender às exigências das legislações federal (Conama) e estadual, neste caso, especialmente a Resolução Consema n° 128/2006, que dispõe sobre a fixação de padrões de emissão de efluentes líquidos para fontes de emissão que lancem seus efluentes em águas superficiais no Estado do Rio Grande do Sul. Assim sendo, para efeito do presente estudo, adotou-se o processo de tratamento por lodos ativados com aeração intermitente e remoção físico-química do fósforo para atendimento da resolução citada do Consema. Conforme citado anteriormente, este estudo prevê que a estação de tratamento de esgotos estará situada em área de fazenda, aproximadamente no prolongamento de estrada rural existente. Os esgotos transportados pelo emissário EM.1 serão descarregados na caixa de entrada da estação elevatória final EEE Final, que promoverá seu encaminhamento até a caixa de entrada da estação de tratamento, que deverá contar com as seguintes unidades principais: - gradeamento fino; - medidor de vazão do tipo calha Parshall; - remoção de areia em caixa de areia mecanizada; - tanque de aeração; - decantador; - elevatória de retorno de lodo ativado; - calha Parshall e aplicação de coagulante; - floculador, - decantador do lodo químico; - elevatórias de recalque de lodo; - adensador de lodo; - tanque de contato para desinfecção; - desaguamento do lodo (centrífuga) - casa de química e sala de operação. Emissário final O presente estudo adotou que os esgotos tratados serão transportados pelo emissário final – EF e descarregados no rio dos Sinos. Embora a estação de tratamento esteja situada próxima ao Arroio do Funil, optou-se preliminarmente pelo encaminhamento até o rio dos Sinos, tendo em vista que a vazão Q7,10 do Arroio do Funil é bastante baixa, da ordem de 30 l/s. Plano de obras do sistema de esgotamento sanitário Na tabela a seguir apresentam-se as obras previstas ao longo do período de projeto de implantação do sistema de esgotamento sanitário da cidade de Parobé. Descrição Coletor tronco e interceptor CT 1.1 - 200 MM PVC CT 1.2 - 150 MM PVC CT 2.1 - 300 MM PVC CT 2.1 - 200 MM PVC CT 2.2 - 400 MM CA3 CT 2.3 - 200 MM PVC CT 2.3 - 150 MM PVC CT 3.1 - 300 MM PVC CT 3.1 - 200 MM PVC CT 3.2 - 200 MM PVC CT 3.2 - 150 MM PVC CT 3.3 - 200 MM PVC CT 4.1 - 200 MM PVC CT 4.1 - 150 MM PVC CT 4.2 - 500 MM CA3 CT 4.2 - 300 MM PVC CT 4.3 - 150 MM PVC CT 4.4 - 300 MM PVC CT 4.5 - 300 MM PVC CT 4.5 - 200 MM PVC CT 4.5 - 150 MM PVC I1 - 150 MM PVC I 2 - 300 MM PVC I 3 - 300 MM PVC I 4 - Ø 500 – CA I 5 - Ø 500 – CA I 6 - Ø 600 – CA I 6 - Ø 500 – CA TOTAL Estações elevatórias EEE 1 - Q=16,1 l/s, EEE 2 - Q=48,1 l/s, EEE 3.1 - Q=31,3 l/s, EEE 3.1 - Q=31,3 l/s, EEE Final - Q=223,8 l/s, AMT=11,2mca, Pu=40cv (2+1 Linhas de recalque LR 1 - Ø 200 - FoFo (m) LR 2 - Ø 300 - FoFo (m) LR 3.1 - Ø 250 - FoFo (m) LR 3.2 - Ø 250 - FoFo (m) Qtd Un. Preço unit. Total 1943 757 1050 1100 500 1050 200 1450 1050 850 700 480 675 1025 888 262 800 800 250 700 550 1500 800 100 500 200 950 450 21.580 m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m R$114,85 R$101,14 R$236,40 R$114,85 R$268,03 R$174,98 R$157,75 R$236,40 R$114,85 R$114,85 R$101,14 R$114,85 R$114,85 R$101,14 R$609,77 R$473,56 R$157,75 R$236,40 R$473,56 R$247,59 R$101,14 R$269,51 R$392,21 R$392,21 R$463,43 R$463,43 R$505,31 R$463,43 - R$223.159,47 R$76.566,33 R$248.224,15 R$126.338,35 R$134.016,36 R$183.730,63 R$31.550,97 R$342.785,73 R$120.595,70 R$97.625,09 R$70.801,10 R$55.129,46 R$77.525,81 R$103.673,04 R$541.473,33 R$124.072,87 R$126.203,89 R$189.123,16 R$118.390,14 R$173.314,69 R$55.629,43 R$404.269,03 R$313.770,98 R$39.221,37 R$231.714,61 R$92.685,84 R$480.042,35 R$208.543,15 R$ 4.990.177,03 1 1 1 1 GB GB GB GB R$143.829,93 R$232.029,21 R$172.319,72 R$232.029,21 R$143.829,93 R$232.029,21 R$172.319,72 R$232.029,21 1 GB R$301.611,27 R$301.611,27 3800 2680 1300 2050 m m m m R$344,53 R$476,26 R$359,04 R$344,53 R$1.309.228,33 R$1.276.372,29 R$466.748,54 R$706.294,23 Descrição LR Final - Ø 500 - FoFo (m) TOTAL Emissário EM 1 Ø 600 - CA - (m) EM 2 Ø 200 - PVC - (m) TOTAL ETE Estação de tratamento de Lodos ativados e remoção Emissário Final EM Final Ø 800 – CA TOTAL GERAL Qtd 50 9.880 Un. m m Preço unit. R$905,30 Total R$45.265,09 R$ 3.803.908,48 800 2900 3.700 m m m R$505,31 R$285,15 R$404.246,19 R$826.933,48 R$ 1.231.179,67 1 GB 1900 m R$10.148.270,14 R$643,42 R$1.222.492,76 R$ 21.396.028,08 1.5.3 Implantação de ligações e redes de água e esgoto Considerou-se que as redes de esgoto a serem implantadas serão de responsabilidade do prestador dos serviços. No entanto, no caso de empreendimentos imobiliários privados as redes deverão ser executadas pelo empreendedor, às suas expensas e obedecendo às diretrizes fixadas pelo prestador dos serviços. Independente da origem da rede implantada, admitiu-se que todas as ligações novas serão executadas pelo prestador dos serviços de esgotamento sanitário. Investimentos previstos: - Rede de esgoto: execução de 235.000 metros de rede coletora a um custo médio de R$ 162,00, totalizando R$ 38.070.000,00 - Ligações de esgoto: ao longo dos 30 anos do período deverão ser realizadas 18.100 ligações a um custo médio unitário de R$ 465,00, totalizando R$ 8.416.500,00. 1.5.4Planos de melhoria operacional e comercial 1.5.4.1 Instalação e substituição de hidrômetros Por ser o sistema de micromedição essencial para a manutenção dos níveis de faturamento, controle de perdas e justiça tarifária é importante a manutenção de 100% das ligações providas de hidrômetros. Além disso, os hidrômetros deverão ser mantidos em perfeitas condições de funcionamento por meio de um programa permanente de gerenciamento, com a substituição dos aparelhos antes do vencimento de sua vida útil. Assumiu-se que deverão ser substituídos todos os hidrômetros hoje instalados no prazo de 4 anos. Após a renovação, admitiu-se que deverão ser substituídos 6% dos hidrômetros por ano de modo a manter o parque permanentemente atualizado. Investimento Previsto: R$ 2.850.000,00 ao longo dos 30 anos. 1.5.4.2 Remanejamento de redes e ligações de água A vida útil das redes e ligações de esgoto é muito longa e a necessidade de remanejamento se dá, em geral, por problemas construtivos Tendo em vista que a rede coletora de Parobé será totalmente nova, não foram previstos remanejamentos de rede de ligações de esgoto. Por outro lado, no caso das redes e ligações de água, a boa condição das mesmas é fator essencial para o baixo índice de perdas. Admitindo-se que a vida útil dos materiais situa-se entre 30 e 50 anos, dependendo do material, é possível concluir que pelo menos parte das redes e ligações existentes deverá ser substituída ao longo do período de projeto. Previu-se que deverá ser remanejado 50% da rede existente e respectivas ligações. Investimento Previstos: R$ 4.500.000,00. 1.5.4.3 Adequação e reposição de equipamentos eletromecânicos Os investimentos em adequação e reposição de equipamentos eletromecânicos compreendem os valores previstos para adequação das instalações existentes e reposição dos equipamentos eletromecânicos dos sistemas de água e esgotos, tais como: conjuntos motobombas, quadros elétricos de comando, equipamentos elétricos de entrada e distribuição de energia, equipamentos para tratamento de água e de esgotos, equipamentos de proteção hidráulica, etc. Investimento Previsto: R$ 500.000,00. 1.5.4.4 Automação, controle e supervisão dos sistemas de água e esgoto Para melhorar as condições de controle dos sistemas de água e esgoto e aumentar a confiabilidade dos serviços prestados propõe-se a implantação de um sistema de controle operacional para monitoramento à distância, de forma on-line, de parâmetros de pressões, vazões e níveis das diversas unidades que compõem os sistemas de modo que o responsável pela operação e manutenção dos sistemas de água e esgoto tenha conhecimento imediato da ocorrência de um problema e possa, rapidamente, tomar as providencias necessárias para saná-lo. As informações de campo serão coletadas por instrumentos específicos, para cada parâmetro a ser monitorado. Essas informações serão registradas em Estações Remotas e daí transmitidas para o Centro de Controle Operacional onde ficarão à disposição dos técnicos para serem utilizadas. Para controlar os sistemas de água e esgoto deverão ser instaladas 3 estações remotas para o sistema de abastecimento (ETA e áreas de reservatórios) e 6 para o sistema de esgoto (ETE e cinco estações elevatórias) Investimento Previsto: R$ 600.000,00. 1.5.4.5 Investimentos em estrutura operacional Neste item são previstos os dispêndios com a substituição de equipamentos utilizados nos serviços de administração, comercialização, operação e manutenção dos sistemas de água e esgoto, tais como: computadores, móveis, veículos, equipamentos e ferramentas operacionais, equipamentos automotivos (retroescavadeiras, sewer-jet, etc.), equipamentos de laboratório, equipamentos para oficinas, etc. Investimento Previsto: R$ 6.500.000,00 ao longo dos trinta anos. 1.5.4.6 Projetos No que se refere à elaboração de projetos considerou-se que a estrutura interna da operadora desenvolverá apenas os projetos mais simples, relativos a pequenas instalações e adequações de unidades existentes, prolongamentos de rede e reformas em geral. Para as demais intervenções relacionadas ao plano de investimentos, foram previstos recursos para contratação com terceiros de estudos de concepção, licenciamento ambiental, projetos básicos e executivos. Investimento Previsto: R$ 4.000.000,00 1.6 AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS Apresentam-se a seguir, considerações relativas às ações para emergências e contingências, ou seja ações para fazer frente a condições críticas ou imprevistas que eventualmente poderão ocorrer na operação dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Deverá ser elaborado Plano para Emergências e Contingências, descrevendo as estruturas disponíveis e estabelecer as formas de atuação da operadora dos serviços, tanto de caráter preventivo como corretivo, no sentido de elevar o grau de segurança e a continuidade da prestação dos serviços. 1.6.1 Ações para emergências e contingências 1.6.1.1 Risco manancial Toda água fornecida pelo sistema público de abastecimento de água em Parobé, após tratamento, é captada no rio Paranhana, afluente do rio dos Sinos pela sua margem direita. A qualidade das águas do rio Paranhana está comprometida pelo lançamento de esgotos dos municípios situados a montante de Parobé, tais como Igrejinha e Taquara. Assim sendo, recomenda-se a implantação de avaliação sistemática da qualidade da água bruta captada, para os parâmetros: cor aparente, condutividade elétrica, dureza total, alcalinidade total, oxigênio dissolvido, DBO, DQO, nitrogênio amoniacal, nitritos, nitratos, fósforo total, temperatura, clorofila, cianobactérias,coliformes e agrotóxicos. A frequência das análises deverá ser estabelecida com base no risco associado a cada parâmetro. Por outro lado, os parâmetros de interesse para o tratamento da água, pH, cor, turbidez, alcalinidade, devem ser analisados de forma contínua. Os problemas crônicos de qualidade da água bruta devem ser acompanhados com o objetivo de se indicar medidas de preservação e gestão na bacia de drenagem, que impeçam o prosseguimento da degradação da qualidade que possa inviabilizar a captação de água, ou onere excessivamente o processo de tratamento. No caso de problemas agudos, ou seja, os que causam efeito imediato na saúde ou aceitabilidade pelos usuários, sua detecção e correção devem ser imediatas. A captação e o fornecimento de água devem ser interrompidos no caso de descargas acidentais de substâncias tóxicas no manancial a montante da captação, ou no caso de detecção de alteração significativa na qualidade da água tratada de natureza desconhecida. 1.6.1.2Risco manancial O corpo receptor dos esgotos tratados do município de Parobé é o rio dos Sinos. Tendo em vista que municípios situados a jusante captam água deste manancial para tratamento e abastecimento público, a operadora deverá estar preparada para alertá-los caso ocorra algum problema na estação de tratamento dos esgotos que implique em piora na qualidade do efluente lançado ou mesmo no lançamento dos esgotos sem tratamento. 1.6.1.3 Água tratada A água tratada deve obedecer aos padrões da Portaria 518 do Ministério da Saúde, ou outras que a sucedam. Os parâmetros controlados são definidos por essa legislação, bem como a frequência de amostragem. A contaminação bacteriológica da água tratada pode ocorrer em qualquer ponto do trajeto da água entre a ETA e a entrada das edificações dos usuários. O controle deste tipo de contaminação, portanto, deve ser feito por meio de análises bacteriológicas e com a garantia de cloro residual em toda rede de distribuição. Atenção especial deve ser dada às atividades de limpeza e desinfecção no caso de execução de intervenções para correção de vazamentos e ruptura das tubulações. Conforme mencionado, anteriormente, o fornecimento de água deve ser interrompido se for constatada alteração significativa da qualidade da água tratada de causa desconhecida. 1.6.1.4 Tipos de ocorrências Apresenta-se a seguir listagem dos principais tipos de ocorrências, suas possíveis causas e as ações a serem desencadeadas, A Operadora deverá dispor dos instrumentos necessários para o atendimento dessas situações. Para outros tipos de ocorrências que venham a surgir, a Operadora providenciará a elaboração de novos planos de atuação. Sistema de abastecimento de água Falta d’água generalizada Origem - inundação da captação de água com dano de equipamentos eletromecânicos e/ou estruturas; - deslizamento de encostas/movimentação do solo/solapamento de apoios das estruturas com arrebentamento da adução de água bruta; - interrupção prolongada no fornecimento de energia elétrica nas instalações de produção de água; - qualidade inadequada da água do manancial; - vazamento de cloro nas instalações da ETA; - ações de vandalismo. Plano de contingência - verificação e adequação do plano de ação às características da ocorrência; - comunicação à defesa civil / população / instituições / autoridades; - comunicação à polícia / bombeiros, se for o caso; - comunicação à operadora de energia elétrica, se for o caso; - controle da quantidade de água disponível nos reservatórios; - implantação de rodízio de abastecimento; - acionamento e deslocamento da frota de caminhões tanque; - reparo das instalações danificadas; - colocar em prática plano de emergência para situações de vazamento de cloro, se for o caso. Falta de água parcial ou localizada Origem - deficiência de água no manancial em período de estiagem; - interrupção temporária no fornecimento de energia elétrica nas instalações de produção de água; - interrupção temporária no fornecimento de energia elétrica em setores de distribuição; - danificação de equipamentos de estações de bombeamento de água; - danificação de estruturas de estações de bombeamento de água e reservatórios; - rompimento na rede de distribuição e linhas adutoras de água bruta e tratada; - ações de vandalismo. Plano de contingência - verificação e adequação do plano de ação às características da ocorrência; - comunicação à população / instituições / autoridades; - comunicação à operadora de energia elétrica, se for o caso; - comunicação à polícia, se for o caso; - acionamento e deslocamento da frota de caminhões tanque; - reparo das instalações danificadas; - transferência de água entre setores de abastecimento. Sistema de esgotamento sanitário Paralisação da estação de tratamento de esgotos Origem - interrupção no fornecimento de energia elétrica; - danificação de equipamentos eletromecânicos / estruturas; - ações de vandalismo. Plano de contingência - comunicação aos órgãos de controle ambiental; - comunicação à população / instituições / autoridades; - comunicação à operadora de energia elétrica, se for o caso; - comunicação à polícia, se for o caso; - instalação de bacia de contenção, se for o caso; - reparo das instalações danificadas. Extravasamento de esgotos em estações elevatórias Origem - interrupção no fornecimento de energia elétrica nas instalações de bombeamento; - danificação de equipamentos eletromecânicos / estruturas; - ações de vandalismo. Plano de contingência - comunicação à operadora de energia elétrica, se for o caso, - comunicação aos órgãos de controle ambiental; - comunicação à polícia, se for o caso; - comunicação à população / instituições / autoridades; - instalação de equipamentos de reserva, se for o caso; - reparo das instalações danificadas. Rompimento de linhas de recalque, coletores tronco, interceptores e emissários Origem - desmoronamento de taludes / parede de canais; - erosões de fundos de vale; - rompimento de travessias. Plano de contingência - comunicação aos órgãos de controle ambiental; - comunicação à população / instituições / autoridades; - reparo das instalações danificadas. Retorno de esgotos em imóveis Origem - lançamento indevido de águas pluviais em redes coletoras de esgotos; - obstruções em redes coletoras e coletores tronco. Plano de contingência - comunicação à Vigilância Sanitária; - execução dos trabalhos de limpeza; - reparo das instalações danificadas. Limpeza deFossas e valas de infiltração até a implantação da rede coletora Origem - tratamento individual existentes nas residências b. Plano de Contingência - A operadora do sistema deverá realizar limpeza constante até a implantação da rede coletora de esgotos, mediante pagamento de respectiva taxa; - Destinar o lodo para local devidamente licenciado; - Emitir certificado para morador para fins de fiscalização. 1.7 MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA A AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DA EFICIÊNCIA E EFICÁCIA DAS AÇÕES PROGRAMADAS Em relação aos mecanismos e procedimentos a serem adotados para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações programadas, recomenda-se a utilização de indicadores que permitam avaliar o conjunto de ações envolvidas, os quais são apresentados a seguir. Qualidade da Água Distribuída (IQAD); Cobertura do Sistema de Abastecimento de Água (CBA); Índice de Continuidade do Abastecimento de Água (ICA); Índice de Perdas no Sistema de Distribuição (IPD); Cobertura do Sistema de Esgotamento Sanitário (CBE); Eficiência do Sistema de Esgotamento Sanitário (IEE); Eficiência do Tratamento dos Esgotos (IETE); Índice de Eficiência da Prestação de Serviços e no Atendimento ao Usuário (IESAP); Índice de Hidrometação (IHD); Indicador do Nível de Cortesia e de Qualidade Percebido pelos Usuários na Prestação dos Serviços (INCQ). A definição de cada indicador, contemplando os aspectos técnicos, administrativos, comerciais e de relacionamento com os Usuários, relacionados às especificações do serviço adequado, é apresentada a seguir. 1.7.1 Indicadores técnicos para o sistema de abastecimento de água 1.7.1.1 IQAD – Qualidade da água distribuída O sistema de abastecimento de água, em condições normais de funcionamento, deverá assegurar o fornecimento da água demandada pelas ligações existentes no sistema, garantindo o padrão de potabilidade estabelecido na Portaria Nº 518/04, do Ministério da Saúde, ou outras que venham substituí-la. A qualidade da água distribuída será medida pelo índice de qualidade da água - IQAD. Este índice procura identificar, de maneira objetiva, a qualidade da água distribuída à população. Em sua definição são considerados os parâmetros mais importantes de avaliação da qualidade da água, que dependem não apenas da qualidade intrínseca das águas dos mananciais, mas, fundamentalmente, de uma operação correta, tanto do sistema produtor quanto do sistema de distribuição. O índice é calculado a partir de princípios estatísticos que privilegiam a regularidade da qualidade da água distribuída, sendo o valor final do índice pouco afetado por resultados que apresentem pequenos desvios em relação aos limites fixados. O IQAD será calculado com base no resultado das análises laboratoriais das amostras de água coletadas na rede de distribuição de água, segundo um programa de coleta que atenda à legislação vigente e seja representativa para o cálculo estatístico adiante definido. Para garantir essa representatividade, a freqüência de amostragem do parâmetro colimetria, fixada na Portaria Nº 3190 MS, deve também ser adotada para os demais que compõem o índice. A freqüência de apuração do IQAD será mensal, utilizando os resultados das análises efetuadas nos últimos 3 (três) meses. Para apuração do IQAD, o sistema de controle da qualidade da água a ser implantado pelo operador deverá incluir um sistema de coleta de amostras e de execução de análises laboratoriais que permitam o levantamento dos dados necessários, além de atender à legislação vigente. O IQAD é calculado como a média ponderada das probabilidades de atendimento da condição exigida de cada um dos parâmetros constantes da tabela que se segue, considerados os respectivos pesos. Parâmetro Símbolo Condição Exigida Peso Turbidez TB Menor que 1,0 (uma) U.T. (unidade de turbidez) 0,2 Cloro Residual CRL Maior que 0,2 (dois décimos) e menor que um valor limite a 0,25 ser fixado de acordo com as condições do sistema Livre pH PH Maior que 6,5 (seis e meio) e menor que 8,5 (oito e meio) 0,1 Fluoreto FLR Maior que 0,7 (sete décimos) e menor que 0,9 (nove décimos) 0,1 mg/l (miligramas por litro) Bacteriologia BAC Menor que 1,0 (uma) UFC/100 ml (unidade formadora de 0,35 colônia por cem mililitros) A probabilidade de atendimento de cada um dos parâmetros do quadro será obtida, exceto no que diz respeito à bacteriologia, através da teoria da distribuição normal ou de Gauss. No caso da bacteriologia, será utilizada a frequência relativa entre o número de amostras potáveis e o número de amostras analisadas. Determinada a probabilidade de atendimento para cada parâmetro, o IQAD será obtido através da seguinte expressão: IQAD = 0,20xP(TB) + 0,25xP(CRL) + 0,10xP(PH) + 0,10xP(FLR) + 0,35xP(BAC) onde: P(TB) = probabilidade de que seja atendida a condição exigida para a turbidez; P(CRL) = probabilidade de que seja atendida a condição exigida para o cloro residual; P(PH) = probabilidade de que seja atendida a condição exigida para o pH; P(FLR) = probabilidade de que seja atendida a condição exigida para os fluoretos; P(BAC) = probabilidade de que seja atendida a condição exigida para a bacteriologia. Não havendo aplicação de flúor o índice deverá ser calculado desconsiderando-se o fator correspondente. A apuração mensal do IQAD não isenta a Operadora de suas responsabilidades em relação a outros órgãos fiscalizadores e atendimento à legislação vigente. 1.7.1.2 CBA - Cobertura do Sistema de Distribuição de Água A cobertura do sistema de abastecimento de água é o indicador utilizado para verificar se os requisitos da generalidade são ou não respeitados na prestação do serviço de abastecimento de água. A cobertura pela rede de distribuição de água será apurada pela expressão seguinte: CBA = (NRAD x 100) / NTI onde: CBA = cobertura pela rede distribuidora de água, em percentagem NRAD = número de imóveis com rede de distribuição de água a disposição ligados a ela, ou não; NTI = número total de imóveis na área de prestação dos Serviços. O número total de imóveis na área de prestação dos serviços será o resultado da soma dos imóveis com rede de água a disposição (NRAD) com os imóveis não servidos por rede de distribuição, apurados da seguinte forma: Imóveis de conhecimento da Operadora cujos proprietários não tenham recusado formalmente a ligação de água; Imóveis cujo interessado tenha registrado o pedido de ligação de água e não tenha sido atendido por falta de rede de distribuição; Imóveis apontados pelo Ente Regulador/Fiscalizador ou por qualquer outra organização da sociedade civil cujos proprietários não tenham recusado formalmente a ligação de água. A Operadora manterá no seu cadastro comercial registro dos imóveis: com rede de água à disposição, ligados e não ligados, com rede de água a disposição com fornecimento interrompido e sem rede de água a disposição. 1.7.1.3 ICA - Índice de continuidade da distribuição de água Para verificar o atendimento ao requisito da continuidade dos serviços prestados, é definido o Índice de Continuidade do Abastecimento - ICA. O ICA será calculado através da seguinte expressão: ICA = (TPM8 X 100) / NPM X TTA onde: ICA = índice de continuidade do abastecimento de água, em porcentagem; TTA = tempo total da apuração, que é o tempo total, em horas, do mês de apuração; TPM8 = Somatória dos tempos em que as pressões medidas pelos registradores instalados em pontos da rede apresentaram valores superiores à pressão mínima definida como 8 metros de coluna d'água. O valor de pressão mínima poderá ser alterado por acordo entre a Operadora e o Ente Regulador/Fiscalizador, desde que justificado tecnicamente, consideradas as condições locais; NPM = número de pontos de medida, que é o número total dos pontos de medida utilizados em um período de apuração, assim entendidos os pontos de medição de pressão na rede de distribuição. Não serão considerados, para cálculo do ICA, registros de pressões abaixo dos valores mínimos estabelecidos, no caso de ocorrências programadas e devidamente comunicadas à população, bem como no caso de ocorrências decorrentes de eventos, além da capacidade de previsão e gerenciamento da Operadora, tais como: inundações, incêndios, precipitações pluviométricas anormais, e outros eventos semelhantes, que venham a causar danos de grande monta às unidades do sistema, interrupção do fornecimento de energia elétrica, greves em setores essenciais aos serviços e outros. A caracterização desses eventos será feita da seguinte forma: Constatação do evento pela Operadora; Imediata comunicação do evento por meio de mensagem eletrônica a ser recepcionada por sistema próprio do Ente Regulador/Fiscalizador; Acionamento imediato dos meios de comunicação à população quando for o caso; O Ente Regulador/Fiscalizador emitirá em 24 horas parecer conclusivo se o evento foi decorrente de fatos fora do poder de previsão e gerenciamento da Operadora; A ocorrência de eventos fora do poder de previsão e gerenciamento da CONCESSIONÁRIA não a exime da responsabilidade de tomar todas as providências e envidar todos os esforços para a regularização do abastecimento no mais curto espaço de tempo. 1.7.1.4 IPD – Índice de perdas no sistema de distribuição O índice de perdas de água no sistema de distribuição será calculado pela seguinte expressão: IPD = [VLP - (VAF + VOU)] x 100 / VLP onde: IPD = índice de perdas de água no sistema de distribuição, em porcentagem; VLP = média móvel dos últimos 12 meses do volume de água total de água produzida em metros cúbicos; VAF = média móvel dos últimos 12 meses do volume de água fornecido, em metros cúbicos, resultante da leitura dos micromedidores e do volume estimado das ligações que não os possuam. O volume estimado consumido de uma ligação sem hidrômetro será a média do consumo das ligações com hidrômetro, de mesma categoria de uso; VOU = média móvel dos últimos 12 meses do volume para outros usos autorizados, tais como descargas em rede de distribuição, usos de hidrantes não faturados, água de lavagem do sistema de esgoto, entre outros. A natureza dos usos autorizados e sua forma de medição serão acordadas entre a Operadora e o Ente Regulador/Fiscalizador. 1.7.2 Indicadores técnicos para o sistema de esgotamento sanitário 1.7.2.1 CBE - Cobertura do sistema de esgotamento sanitário Do mesmo modo que no caso do sistema de abastecimento de água, a cobertura da área de prestação por rede coletora de esgotos é um indicador que busca o atendimento dos requisitos de Generalidade, atribuídos pela lei aos serviços considerados adequados. A cobertura pela rede coletora de esgotos será calculada pela seguinte expressão: CBE = (NRED x 100) / NTI onde: CBE = cobertura pela rede coletora de esgoto, em percentagem; NRED = número de imóveis com rede coletora de esgoto a disposição ligados a ela, ou não; NTI = número total de imóveis na área de prestação dos SERVIÇOS. O número total de imóveis na área de prestação dos SERVIÇOS será o resultado da soma dos imóveis com rede de esgoto a disposição (NRED) com os imóveis não servidos por rede coletora, apurados da seguinte forma: Imóveis de conhecimento da Operadora cujos proprietários não tenham recusado formalmente a ligação de esgoto; Imóveis cujo interessado tenha registrado o pedido de ligação de esgoto e não tenha sido atendido por falta de rede de coletora; Imóveis apontados pelo Ente Regulador/Fiscalizador ou por qualquer outra organização da sociedade civil cujos proprietários não tenham recusado formalmente a ligação de esgoto. A Operadora manterá no seu cadastro comercial registro dos imóveis: com rede de esgoto à disposição, ligados e não ligados, com rede de esgoto a disposição com fornecimento de água interrompido e sem rede de esgoto a disposição. 1.7.2.2 IEE - Eficiência do sistema de esgotamento sanitário A eficiência do sistema de coleta de esgotos sanitários será medida pelo número de desobstruções de redes coletoras e ramais prediais que efetivamente forem realizadas por solicitação dos Usuários. A Operadora deverá manter registros adequados tanto das solicitações como dos serviços realizados. As causas da elevação do número de obstruções podem ter origem na operação inadequada da rede coletora, ou na utilização inadequada das instalações sanitárias pelos Usuários. Entretanto, qualquer que seja a causa das obstruções, a responsabilidade pela redução dos índices será da Operadora, seja pela melhoria dos serviços de operação e manutenção da rede coletora, ou através de mecanismos de correção e campanhas educativas por ele promovidos de modo a conscientizar os Usuários do correto uso das instalações sanitárias de seus imóveis. O índice de obstrução de ramais domiciliares (IORD) deverá ser apurado mensalmente e consistirá na relação entre a quantidade de desobstruções de ramais realizadas no período por solicitação dos Usuários e o número de imóveis ligados à rede, no primeiro dia do mês, multiplicada por 10.000 (dez mil). O índice de obstrução de redes coletoras (IORC) será apurado mensalmente e consistirá na relação entre a quantidade de desobstruções de redes coletoras realizadas por solicitação dos Usuários e a extensão da mesma em quilômetros, no primeiro dia do mês, multiplicada por 1.000 (mil). Enquanto existirem imóveis lançando águas pluviais na rede coletora de esgotos sanitários, e enquanto a Operadora não tiver efetivo poder de controle sobre tais casos, não serão considerados, para efeito de cálculo dos índices IORD e IORC, os casos de obstrução e extravasamento ocorridos durante e após 6 (seis) horas da ocorrência de chuvas. 1.7.2.3 Eficiência do tratamento dos esgotos Todo o esgoto coletado deverá ser adequadamente tratado de modo a atender à legislação vigente e às condições locais. O índice de eficiência do tratamento dos esgotos será obtido a partir do resultado das análises laboratoriais das amostras de efluentes coletadas no conduto de descarga final das estações de tratamento de esgotos, segundo um programa de coleta que seja representativo para a avaliação do parâmetro de referência. O parâmetro adotado para o indicador de eficiência do tratamento é a Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO 5 dias, 20 ºC, o qual deverá atender ao estabelecido na resolução nº 430 de 13 de maio de 2011 do CONAMA. O Ente Regulador/Fiscalizador poderá incluir outros parâmetros para avaliação da eficiência, desde que tal seja tecnicamente justificável. 1.7.3 Indicadores gerenciais 1.7.3.1 IESAP - Índice de eficiência da prestação de serviços e no atendimento ao usuário A eficiência no atendimento ao público e na prestação dos serviços pela Operadora deverá ser avaliada através do Índice de Eficiência na Prestação dos Serviços e no Atendimento ao Público - IESAP. O IESAP deverá ser calculado com base na avaliação de diversos fatores indicativos da performance da Operadora, quanto à adequação de seu atendimento às solicitações e necessidades de seus Usuários. Para cada um dos fatores de avaliação da adequação dos serviços será atribuído um valor, de forma a compor-se o indicador para a verificação. Os fatores que deverão ser considerados na apuração do IESAP, mensalmente, são: Fator 1 - Prazos de atendimento dos serviços de maior freqüência Será medido o período de tempo decorrido entre a solicitação do serviço pelo usuário e a data efetiva de conclusão. Os prazos de atendimento dos serviços são definidos no Regulamento dos SERVIÇOS. O índice de eficiência dos prazos de atendimento será determinado como segue: I1 = Quantidade de serviços realizados no prazo estabelecido x 100 Quantidade total de serviços realizados O valor a ser atribuído ao fator 1 obedecerá à tabela abaixo: Índice de eficiência dos prazos de atendimento Menor que 75% Igual ou maior que 75% e menor que 90% Igual ou maior que 90% Valor 0 0,5 1 a) Fator 2 - Eficiência da programação dos serviços Definirá o índice de acerto da Operadora quanto à data prometida para a execução do serviço. A Operadora deverá informar ao solicitante a data provável da execução do serviço quando de sua solicitação, respeitados os prazos máximos definidos no Regulamento dos Serviços. O índice de acerto da programação dos serviços será medido pela relação percentual entre as quantidades totais de serviços executados na data prometida, e a quantidade total de serviços solicitados, conforme fórmula a seguir: I2 = Quantidade de serviços realizados no prazo estabelecido x 100 Quantidade total de serviços realizados O valor a ser atribuído ao fator 2 obedecerá à tabela que se segue: Índice de eficiência da programação Valor Menor que 75 Igual ou maior que 75 e menor que 90 0 0,5 Igual ou maior que 90 1 Serviços reprogramados por motivo da Operadora serão considerados como erros de programação para efeito de apuração do fator. Serviços reprogramados por motivo alheios à Operadora não serão considerados na apuração do índice. Nesse caso a Operadora deverá registrar o ocorrido devendo, periodicamente, encaminhar ao Ente Regulador/Fiscalizador as ordens de serviços nessa situação. b) Fator 3 - Disponibilidade de estruturas de atendimento ao público As estruturas disponibilizadas de atendimento ao público serão avaliadas pela oferta ou não das seguintes possibilidades: Atendimento em escritório da Operadora; Sistema 0800 para todos os tipos de contatos telefônicos que o usuário pretenda, durante 24 horas, todos os dias do ano; Atendimento personalizado domiciliar; Softwares de controle e gerenciamento do atendimento; Atendimento via Internet. Este quesito será avaliado pela disponibilidade ou não das possibilidades listadas, e terá os valores da tabela apresentada em sequencia: Estruturas de atendimento ao público Duas ou menos estruturas Valor 0 Três das estruturas 0,5 Quatro estruturas 0,8 Cinco estruturas 1 c) Fator 4 - Adequação da estrutura de atendimento em prédio(s) da Operadora A adequação da estrutura de atendimento ao público nos prédios da Operadora será avaliada pela oferta ou não das seguintes facilidades (escritório central): Distância inferior a 500 m de pontos de confluência dos transportes coletivos; Distância inferior a 500 m de pelo menos um agente de recebimento de contas; Facilidade de estacionamento de veículos ou existência de estacionamento próprio; Facilidade de identificação; Conservação e limpeza; Coincidência do horário de atendimento com o da rede bancária local; Número máximo de atendimentos diários por atendente menor ou igual a 72; Período de tempo médio entre a chegada do usuário ao escritório e o início do atendimento menor ou igual a 10 minutos; Período de tempo médio de atendimento telefônico no sistema 0800 menor ou igual a 3 minutos. Este quesito será avaliado pelo atendimento ou não dos itens elencados e terá os seguintes valores: Adequação das estruturas de atendimento ao Valor público Atendimento de 6 ou menos itens Atendimento de 7 itens Atendimento de mais que 7 itens 0 0,5 1 d) Fator 5 - Adequação das instalações e logística de atendimento em prédio(s) da Concessionária Toda a estrutura física de atendimento deverá ser projetada de forma a proporcionar conforto ao Usuário. Este fator procurará medir a adequação das instalações da Operadora ao Usuário característico da cidade, de forma a propiciar-lhe as melhores condições de atendimento e conforto de acordo com o seu conceito. A definição do que significa “melhores condições de atendimento e conforto de acordo com o seu conceito” leva em consideração os seguintes itens: Separação dos ambientes de espera e atendimento; Disponibilidade de banheiros; Disponibilidade de bebedouros de água; Iluminação e acústica do local de atendimento; Existência de normas padronizadas de atendimento ao público; Preparo dos profissionais de atendimento; Disponibilização de som ambiente, ar condicionado, ventiladores e outros. A avaliação da adequação será efetuada pelo atendimento ou não dos itens acima, conforme tabela em sequencia. Adequação das instalações e logística de Valor atendimento ao público Atendimento de 4 ou menos itens 0 Atendimento de 5 ou 6 itens 0,5 Atendimento dos 7 itens 1 Com base nas condições definidas, o Índice de Eficiência na Prestação dos Serviços e no Atendimento ao Público - IESAP será calculado de acordo com a seguinte fórmula: IESAP = 3 x VF1 + 3 x VF2 + 2 x VF3 + 1 x VF4 + 1 x VF5 Onde VFi é o valor de cada fator definido anteriormente. 1.7.3.2 IHD - Índice de hidrometação O índice de hidrometação representa importante fator de justiça do sistema comercial utilizado. O índice resulta da relação entre a quantidade de ligações medidas e ligações ativas. IHD = Nº total de ligações ativas com hidrômetro no mês x 100 Nº total de ligações ativas no mês 1.7.3.3 Indicador do nível de cortesia e de qualidade percebida pelos usuários na prestação dos serviços Os profissionais envolvidos com o atendimento ao público, em qualquer área e esfera da organização da Operadora, deverão contar com treinamento especial de relações humanas e técnicas de comunicação, além de normas e procedimentos que deverão ser adotados nos vários tipos de atendimento (no posto de atendimento, telefônico ou domiciliar), visando à obtenção de um padrão de comportamento e tratamento para todos os Usuários indistintamente, de forma a não ocorrer qualquer tipo de diferenciação. As normas de atendimento deverão fixar, entre outros pontos, a forma como o usuário deverá ser tratado, uniformes para o pessoal de campo e do atendimento, padrão dos crachás de identificação e conteúdo obrigatório do treinamento a ser dado ao pessoal de empresas contratadas que venham a ter contato com o público. A Operadora deverá implementar mecanismos de controle e verificação permanente das condições de atendimento aos Usuários procurando identificar e corrigir possíveis desvios. A aferição dos resultados obtidos pela Operadora será feita anualmente, através de uma pesquisa de opinião realizada por empresa independente, capacitada para a execução do serviço. O resultado final das tabulações da pesquisa deverá permitir, entre outras, a classificação do nível de satisfação dos Usuários em cinco níveis: ótimo, bom, regular, ruim e péssimo. PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 2. DRENAGEM E MANEJO PLUVIAL DE ÁGUAS 2.1 CENÁRIO DE DEMANDAS DOS SERVIÇOS DE DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS Apresentam-se na sequência as demandas identificadas pelo diagnóstico, demonstrando as necessidades de drenagem e manejo das águas pluviais vinculadas às áreas críticas, dentro do horizonte de planejamento. 2.1.1 Demandas atuais • Interface com Municípios Vizinhos pelo Rio dos Sinos o Recebimento direto do Rio dos Sinos de Taquara e Rio Paranhana de Igrejinha. Descarrega em Taquara pelo Rio dos Sinos. • Planejamento do sistema de drenagem o Implantação de obras de drenagem urbana sem o devido planejamento em termos de consideração da ocupação efetiva atual e futura prevista pelo Plano Diretor Urbanístico. o Desatualização e falta de padronização dos estudos de planejamento para a Drenagem Urbana. o Ações de manutenção e limpeza corretiva dos canais sem uma análise estatística das intervenções. • Ausência de Cadastro topográfico e estrutural da Rede de Micro e Macrodrenagem o Carência de obtenção de informações atualizadas e em tempo adequado sobre o sistema de drenagem existente. • Ausência de um sistema de alerta e procedimento operacional o Inexistência de sistema de alerta de cheias com ação da Defesa Civil. • Interface com o sistema de esgotamento sanitário o Comprometimento da qualidade da água e das estruturas do sistema de drenagem. • Interface com o sistema de coleta e tratamento de resíduos sólidos 85 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 o Comprometimento da qualidade da água e das estruturas do sistema de drenagem. o Desconhecimento do volume de sedimentose sua frequência nos canais de macrodrenagem. o Lançamento de resíduos sólidos diretamente na rede de canais. o Assoreamento dos canais de macrodrenagem com sedimentos, areia e lodo. • Aumento da densidade na área urbana o Falta de um Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e fiscalização das taxas de ocupação dos imóveis em relação ao zoneamento proposto. o Falta de interesse da população no cumprimento das proposições restritivas quanto a taxa de ocupação do imóvel. • Problemas de alagamentos o Problemas pontuais de alagamentos ao longo do Rio Paranhana e no bairro Cardoso. • Áreas ocupadas por habitações subnormais, irregulares com infraestrutura precária o Habitações subnormais e em situação de precariedade. o Falta de regularização dos loteamentos, desmembramentos e edificações em situação irregular. • Fiscalização e Regulação da Drenagem Urbana o Inexistência de um parâmetro de eficiência e eficácia na prestação de serviços de drenagem urbana. • Existência de Estudos e Projetos sem devido planejamento integrado o Perda de investimentos e implantação de estruturas desalinhadas do planejamento integrado das bacias. • Obras em andamento o Perda de investimentos e implantação de obras desalinhadas do planejamento integrado. • Projetos o Falta de banco de projetos que contemplem estudo integrado das bacias de drenagem 86 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 • Erosão e Deslizamentos o Problemas estruturais e de revestimento dos canais de macrodrenagem. o Ocorrência de áreas de risco nas margens dos cursos d'água e encostas do vale do Paranhana. 2.1.2 Demandas futuras O termo “demanda” em se tratando de drenagem urbana podeser entendido como uma futura exigência planejada para o sistema, prevendo-se a evolução da condição urbanística atual em direção a um cenário esperado, próximo à saturação prevista pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano. Apresenta-se na sequência o cenário previsto para o município de Parobé, com base nas condições atuais, planos e projetos em andamento. O estudo de projeção populacional prevê um incremento no município de Parobé para a área urbana de cerca de 19%entre os anos 2010 e 2035. Quanto à área rural a projeção tem a expectativa de pequeno crescimento. O incremento da população urbana, acompanhado do aumento da densidade populacional e consequente infraestrutura necessária, acarretam alterações significativas do ambiente, sobretudo na taxa de permeabilidade dos núcleos urbanos. Segundo TUCCI e MELLER/20071 o contexto das bacias urbanas, para os corpos receptores a jusante de uma parcela em desenvolvimento, gera impactos que podem ser reunidos em quatro grupos principais: a) Mudança na vazão dos rios: aumento do volume das vazões de pico e da velocidadediminuição do tempo de concentração.aumento da frequência e magnitude dos eventos à “calha cheia”.diminuição da vazão de base devido à diminuição da recarga do aquífero. b) Mudança na geomorfologia dos rios: as mudanças quantitativas do escoamento afetam diretamente a morfologia, geometria e as características dos 1 TUCCI, C. E. M. e MELLER, A. (2007). Regulação das águas pluviais urbanas. Disponível emhttp://www.capnetbrasil.org/arquivos/Regulacao%20das%20aguas%20pluviais%20urbanas_TUCCI&MELLER.pdf em 02/2011. 87 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 córregos, rios e ravinas. Alguns dos impactos são o alargamento da seção transversal e erosão das margensaprofundamento do leito dos cursos d’água.desaparecimento da vegetação ripária.assoreamento em seções de baixa velocidade.ampliação dos limites da planície de inundação. c) Impactos no habitat aquático: diminuição na diversidade do habitat dos corpos d’água. Os impactos incluem: degradação da estrutura do habitatredução da vazão de baseaumento da temperatura dos rios.declínio em abundância e biodiversidade. d) Impactos na qualidade da água: a degradação da qualidade da água começa simultaneamente ao desenvolvimento da bacia. A erosão das áreas em construção leva grande quantidade de sedimentos aos canais. Além de aumentar a carga e introduzir novas fontes de poluentes, a urbanização produz áreas impermeáveis que acumulam poluentes nos períodos entre os eventos de chuva. Esses poluentes são lavados das superfícies e rapidamente direcionados aos sistemas hídricos. O incremento da população urbana acarreta no aumento dos coeficientes de escoamento superficial a serem adotados para simulação de cheias para os vinte anos de alcance do Plano de Saneamento. As bacias que cortama zona urbana de Parobé tendem a apresentar significativos avanços em termos impermeabilização, enquanto que na área rural, o cenário tende a se manter o mesmo. 2.2 ALTERNATIVAS PARA O SISTEMA DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS Entende-se que o planejamento das alternativas que encaminhem as soluções para a drenagem municipal, em busca da universalização dos serviços, passa pela premissa de que o sistema esteja operando adequadamente. Salienta-se a importância de que seja estabelecido um patamar inicial, com base na operação adequada do sistema, o que pressupõe a adoção de mecanismos em prazo imediato, emergencial. 88 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Assim são apontadas inicialmente medidas emergenciais, com objetivo de obter eficácia em termos de funcionamento do sistema, através de ações práticas e imediatas que evitem o agravamento dos problemas identificados. Só a partir deste patamar é que se sugerem alternativas de intervenções que cubram, em cada momento e de forma progressiva, asmelhorias previstas ao longo dos vinte anos, período de vigência do PMSB. 2.2.1 Medidas estruturais São relacionadas, na sequência, as alternativas que compõem as medidas estruturais propostas. 2.2.1.1 Inundações sazonais do Rio Paranhana • Desassoreamento do leito do Rio Paranhana e afluentes. (Curto prazo). • Projeto e execução da recuperação do sistema viário e de dispositivos de drenagem associados: rede de macrodrenagem e travessias. (Longo prazo). 2.2.1.2 Alagamentos na área urbana • Elaboração de projeto e execução de obras do sistema de micro e macrodrenagem para solução de problemas pontuais de alagamento principalmente ao longo do Rio Paranhana e no bairro Cardoso. (Curto prazo). 2.2.1.3 Habitações em áreas de risco de inundação e deslizamentos • Implantação do Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS) e integração com o Plano Diretor de Drenagem. (Longo prazo). 2.2.1.4 Comprometimento da qualidade da água • Implantar o sistema de esgotamento tipo "Separador Absoluto". (Ver soluções SES). 89 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 • Implantação de sistemas individuais e condominiais de tratamento de esgotos domésticos na área rural, com o devido dimensionamento conforme normas técnicas. (Ver soluções SES). • Controle de uso de agrotóxico na agricultura. (Longo prazo). • Projeto e execução das medidas previstas pelo Sistema de Coleta e Destinação Final dos Resíduos Sólidos. (Ver soluções RSU). 2.2.1.5 Problemas de erosão localizados • Projeto e execução de recuperação emergencial junto àsáreas de risco nas margens dos cursos d'água e encostas do vale do Paranhana. (Prazo imediato). • Cadastro estrutural das obras de arte, canais, travessias existentes e elaboração de projeto. (Prazo imediato). 2.2.2 Medidas não estruturais Relacionam-se, na sequência, as alternativas que compõem as medidas não estruturais propostas. 2.2.2.1 Elaboração do Plano Diretor de Drenagem • Elaboração de um cadastro topográfico da rede de drenagem existente, bem como o conhecimento do comportamento dos rios que cruzam seu território para um controle sistemático de cheias. (Prazo imediato). • Elaboração de um Plano Diretor de Drenagem com proposição de medidas prioritárias, elaborado em comunhão com o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, considerando os projetos existentes e obras em andamento. (Curto prazo). • Criar um Sistema de Informações Geográficas como ferramenta de gestão. (Curto prazo). • Detalhamento de projetos para as áreas críticas com inundações pontuais. (Curto prazo). 90 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 • Obtenção de informações fidedignas referentes aos investimentos em manutenção, limpeza e desassoreamento do sistema, com SIG. (Médioprazo). • Elaboração de um banco de projetos conforme hierarquia definida pelo Plano Diretor e viabilizar obtenção de recursos. (Longo prazo). 2.2.2.2 Controle da erosão do solo e assoreamento dos rios • Elaborar Plano de Manejo das APPs e áreas verdes. (Médio prazo). • Legislação prevendo manutenção da cobertura do solo na implantação de empreendimentos urbanos. (Médio prazo). • Sistemas de cultivo mínimo, evitando-se a exposição do solo e reduzindo a erosão e o consequente assoreamento. (Médio prazo). 2.2.2.3 Padronização dos estudos e projetos • Padronização dos estudos de planejamento para a Drenagem Urbana através da elaboração de um Caderno de Encargos para o Município de Parobé - Obras em Vias Públicas, Drenagem Pluvial, Pavimentação e Sinalização. (Prazo imediato). • Elaboração de projetos executivos com base nas alternativas apontadas pelo Plano Diretor de Drenagem. (Longo prazo). • Implantação de um banco de projetos na Prefeitura, objetivando a viabilização das informações de saneamento básico de forma integrada. (Médio prazo). 2.2.2.4 Adequação do planejamento, fiscalização e regulação • Aparelhamento e capacitação da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas. (Prazo imediato). • Aparelhamento institucional para realização da fiscalização das obras e manutenção das condições planejadas pelos Planos Diretores de Drenagem e Desenvolvimento Urbano ao longo da vigência do Plano Municipal de Saneamento. (Médio prazo). • Aprovação do Plano Diretor de Drenagem como lei. (Médio prazo). 91 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 • Delegação dos serviços de regulação da prestação de serviços de drenagem. (Prazo imediato). • Elaboração de Ferramenta de Sensoriamento Remoto e aplicativos de Geoprocessamento visando a melhorar a fiscalização. (Longo prazo). • Elaboração de legislação municipal visando à implantação de medidas de controle na fonte e redução de IPTU. (Longo prazo). 2.2.2.5 Ações preventivas contra inundações • Aumento da fiscalização em termos de uso do solo nas APPs. (Prazo imediato). • Promover criação de restrições de uso e implementação de parques lineares e corredores ecológicos ao longo das APPs. (Médio prazo). • Implementação de sistema de alerta contra inundações. (Longo prazo). 2.2.2.6 Plano de Educação Ambiental • Ampliação do Programa de Educação Ambiental existente, com objetivo de aproximar a comunidade dos recursos hídricos e desenvolver a consciência, gerando ações referentes ao lançamento de resíduos na rede. (Prazo imediato). O Quadro 1, apresentado na sequência resume as proposições de ações para universalização dos serviços de drenagem urbana e manejo das águas pluviais. 92 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Quesitos Quadro 1. Resumos das proposições visando à universalização dos serviços. Problema Causas Objetivo Metas Prazos Planejar de Maneira Integrada as Ações em Recursos Hídricos, otimizando investimentos. Médio. Interface com Municípios Vizinhos pelo Rio dos Sinos. Recebimento direto do Rio dos Sinos de Taquara e Rio Paranhana de Igrejinha e descarrega em e Taquara pelo Rio dos Sinos. Falta de planejamento na interface existente com os municípios vizinhos que compartilham as mesmas bacias de contribuição. Planejamento do sistema de drenagem integrado com urbanístico. Implantação de obras de drenagem urbana sem o devido planejamento em termos de consideração da ocupação efetiva atual e futura prevista pelo Plano Diretor Urbanístico. Falta de planejamento, execução e procedimentos para implementação e aprovação do Projeto Lei do Plano Diretor de Drenagem. Garantir aderência dos investimentos a longo prazo Elaborar o Planejamento em em relação ao plano de Drenagem Urbana vinculado ocupação futura previsto ao cenário futuro previsto pelo Plano Diretor pelo Plano Urbanístico. Urbanístico. Padronização das soluções para o sistema de drenagem. Desatualização e falta de padronização dos estudos de planejamento para a Drenagem Urbana. Necessidades de solucionar problemas relacionados ao planejamento da drenagem urbana. Elaborar Caderno de Encargos com normatização Padronizar os estudos e e padronização dos projetos referentes à gestão Imediato. produtos referentes a das águas pluviais. projetos e obras de infraestrutura urbana. Ausência de Cadastro topográfico e estrutural da Rede de Micro e Macrodrenagem. Otimizar recursos e viabilizar alternativas técnicas integradas. Curto. Carência de obtenção de Inexistência de um cadastro informações atualizadas e topográfico informatizado da em tempo adequado sobre o rede de drenagem existente, sistema de drenagem com suporte de SIG. existente. Identificar a natureza e o estado de conservação do sistema de drenagem existente. Realizar o cadastro topográfico de 100% da rede de micro e macrodrenagem. Imediato. Falta de registros em forma de banco de dados georreferenciado para análise das ações frequentes de manutenção. Obter informações fidedignas referentes aos investimentos em manutenção, limpeza e desassoreamento do sistema. Elaborar o Plano de Drenagem Urbana tendo um Sistema de Informações Geográficas como ferramenta de gestão. Curto. Ações de manutenção e Ausência de planejamento limpeza corretiva dos canais de drenagem integrado com sem uma análise estatística urbanístico. das intervenções. 93 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Quesitos Problema Causas Objetivo Risco de ocorrência de evento extremo de Inexistência de sistema de Ausência de um sistema de Aumentar a garantia e a precipitação concomitante a alerta de cheias com ação segurança do sistema de alerta e procedimento elevação do Rio Gravataí e da Defesa Civil, e geradores operacional. drenagem. colapso do sistema de de energia. fornecimento de energia. Comprometimento da Existência de lançamentos Interface com o sistema de qualidade da água e das Melhorar a qualidade das de efluentes domésticos na esgotamento sanitário. estruturas do sistema de águas pluviais. rede pluvial. drenagem. Comprometimento da Sobreposição de Melhorar as condições de qualidade da água e das atribuições. Carência de trabalho da equipe técnica e estruturas do sistema de equipamentos e pessoal. operacional da PM. drenagem. Obter informações Desconhecimento do Ações corretivas de limpeza fidedignas referentes aos volume de sedimentos e sua somente mediante investimentos em frequência nos canais de demanda, sem registro em manutenção, limpeza e macrodrenagem. banco de dados. desassoreamento do Interface com o sistema de sistema. coleta e tratamento de Falta de uma consciência Melhorar a qualidade das resíduos sólidos. Lançamento de resíduos adequada referente ao águas pluviais através da sólidos diretamente na rede lançamento de resíduos na redução do lançamento de de canais. rede. resíduos sólidos. Assoreamento dos canais de macrodrenagem com sedimentos, areia e lodo. Áreas com solo desprotegido gerando erosão e carreamento de sedimentos e ligações de esgoto na rede pluvial. Melhorar a qualidade das águas pluviais através da redução dos sedimentos depositados. Metas Prazos Reduzir o risco de acidentes através da implantação de um Sistema de Alerta contra inundações. Longo. Implantar o sistema de esgotamento tipo "Separador Absoluto". Longo. Aquisição de equipamento e treinamento de pessoal. Médio. Elaborar o Plano de Drenagem Urbana tendo um Sistema de Informações Geográficas como ferramenta de gestão. Curto. Incrementar o Programa de Educação Ambiental existente. Imediato. Elaborar Plano de Manejo das APPs e áreas verdes. Legislação prevendo manutenção da cobertura do solo. Médio. 94 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Quesitos Aumento da densidade na área urbana. Problema Causas Falta de um Plano Diretor de Falta de instrumento legal Desenvolvimento Urbano e de planejamento urbano e a fiscalização das taxas de drenagem pluvial, haja vista ocupação dos imóveis em processo de urbanização relação ao zoneamento em estágio inicial. proposto. Falta de interesse da Ausência de incentivo as população no cumprimento das proposições restritivas prática sustentáveis na área quanto a taxa de ocupação urbana. do imóvel. Objetivo Metas Prazos Evitar a sobrecarga do sistema de drenagem existente. Elaboração de Ferramenta de Sensoriamento Remoto e aplicativos de Geoprocessamento visando melhorar a Fiscalização. Longo. Incentivar a implantação de medidas individuais e locais de controle da vazão na fonte. Alagamentos em áreas pontuais. Ao longo do Rio Paranhana e no bairro Cardoso. Presença de assoreamento. Zona de inundação natural. Melhorar as condições de escoamento do sistema existente. Áreas ocupadas por habitações subnormais, irregulares com infraestrutura precária. Habitações subnormais e em situação de precariedade. Falta de regularização dos loteamentos, desmembramentos e edificações em situação irregular. Ocupação urbana desordenada e falta de investimentos planejados. Melhorar a qualidade de vida da comunidade e reduzir a ocorrência de inundações e deslizamentos. Existência de Estudos e Projetos sem devido planejamento integrado. Perda de investimentos e implantação de estruturas desalinhadas do planejamento integrado das bacias. Estudos e projetos Alinhar as tomadas de desconexos resolvem decisão referentes a problemas pontuais, de evolução urbana, ao maneira divergente ao planejamento sustentável do planejamento integrado das município. bacias. Elaboração de legislação municipal visando implantação de medidas de controle na fonte e redução de IPTU. Elaborar o Plano de Drenagem Urbana e detalhamento de projetos para as áreas críticas com inundações pontuais. Longo. Curto. Implantação do PLHIS e integração com o Plano Diretor de Drenagem. Longo. Elaborar o Plano de Drenagem Urbana apontando prioridades de investimento para detalhamento dos projetos executivos. Curto. 95 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Quesitos Causas Objetivo Metas Prazos Falta de regulação do setor de drenagem urbana. Atender a legislação e viabilizar a regulação dos serviços de gestão das águas pluviais. Definir a regulação dos serviços de gestão das águas pluviais. Imediato. Obras em andamento. Perda de investimentos e implantação de obras desalinhadas do planejamento integrado. Geração de perda de receita, potencializando prejuízos pela ocorrência de inundações. Otimizar a aplicação de recursos com base em planejamento integrado de longo prazo. Elaborar o Plano de Drenagem Urbana apontando prioridades de investimento considerando os projeto existentes e obras em andamento. Curto. Projetos. Falta de banco de projetos que contemplem estudo integrado das bacias de drenagem. Ausência de Plano Diretor de Drenagem e Carência de Projetos Existentes. Fornecer informações detalhadas quanto aos investimentos necessários para universalização dos serviços de drenagem. Elaboração de projetos executivos com base nas alternativas apontadas pelo Plano Diretor de Drenagem. Longo. Implantação do PLHIS e integração com medidas de controle de erosão e deslizamentos. Longo. Fiscalização e Regulação da Drenagem Urbana. Inundações, Erosão e Deslizamentos. Problema Inexistência de um parâmetro de eficiência e eficácia na prestação de serviços de drenagem urbana. Problemas estruturais e de Configuração do relevo revestimento dos canais de natural e ocupação indevida. Aumentar a garantia e a macrodrenagem. Ocorrência Desgaste natural e segurança do sistema de áreas de risco nas comprometimento estrutural contra ocorrência de erosão margens dos cursos d'água dos canais e pontes e deslizamentos. e encostas do vale do existentes. Paranhana. Elaborado por Concremat, 2014. 96 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 2.2.3 Alternativas para gestão dos serviços Nos termos da Lei nº 11.445/2007, as funções de gestão dos serviços de saneamento básico envolvem o planejamento, a prestação e a regulação e fiscalização, devendo-se assegurar o controle social de todas as funções. Na sequência são apresentadas algumas alternativas para a gestão do manejo das águas urbanas. 2.2.3.1 Alternativas para o planejamento A atividade de planejar os serviços, nos termos da legislação dos serviços de saneamento básico - a Lei nº 11.445, de 05/01/2007, ainda não existe no contexto local da prestação dos serviços. O município vem tomando conhecimento desta obrigatoriedade no processo de elaboração, aprovação e internalização do Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB ora em curso. Para o município o exercício do planejamento se dará pela concretização do PMSB em acordo com a Lei nº 11.445. Papéis relevantes deverão ter os órgãos municipais, em apoio e sendo apoiados pelo ente regulador, no acompanhamento das metas e aplicações dos recursos previstos. Também caberá ao município instrumentar as informações necessárias para as revisões do Plano, previstas legalmente, atualizando elementos como: • As inovações da legislação e do planejamento da expansão urbana, incluindo os novos dados cadastrais imobiliários e os mapeamentos atualizados, os quais são importantes no auxílio da avaliação das metas de cobertura dos serviços. • O acompanhamento dos investimentos previstos, inclusive o suporte político na obtenção de recursos financeiros complementares que visem a acelerar o alcance das metas propostas pelo PMSB e a serem concretizadas pelo prestador. O fato de o planejamento constituir-se como atividade indelegável, no contexto da Lei nº 11.445, a qual obrigatoriamente o poder executivo deve exercer de forma plena, não significa que nãopossa haver alternativas para este exercício. As possíveis formas alternativas de planejamento estão no Quadro 2. 97 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Quadro 2. Tipo deEnte Alternativas institucionais para o planejamento. ENTE MUNICIPAL Status Constituição Básica A ser criado. Formado por funcionários de atividades afins. Condicionantes Controle direto. Grupo Executivo Permanente. Baixo aporte técnico. Sem custo adicional. ENTE REGIONAL (CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL) Tipo de ente Status Constituição Básica Condicionantes OPÇÃO A Controle indireto. Consórcio de Planejamento Independente. A ser criado. Formado por representantes dos executivos municipais. Médio aporte técnico. Articulação trabalhosa. Ganho de escala. OPÇÃO B Controle direto. Consórcio existente (pode ser insedrido nas atribuições do Consórcio PróSinos). Em funcionamento Alto aporte técnico. Formado por representantes dos executivos municipais. Sem custo adicional. Ganho de escala. ENTE ESTADUAL (CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL) Tipo de ente Status Constituição Básica Condicionantes Controle indireto. Consórcio de Planejamento (pode ser insedrido nas atribuições doconsórcio de regulação). A ser criado. Formado por representantes dos executivos municipais. Alto aporte técnico. Ganho de escala. Articulação trabalhosa. Elaborado por Concremat, 2014. 98 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Em resumo, entre as condicionantes listadas acima, pode-se acrescentar: • O município de Parobérealiza através da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas a operação do sistema de macro e microdrenagem. • O ente municipal não exige a criação de órgão ou autarquia, bastando ter um caráter colegiado permanente, como grupo de trabalho ou comitê técnico, ambos podendo ser criados por portaria do executivo municipal. • O ente consorciado, quando necessita ser criado, deve cumprir os requisitos da Lei nº 11.107/2005, chamada lei da gestão associada ou dos consórcios, e que exige um ritual complexo. 2.2.3.2 Alternativas para a regulação e fiscalização dos serviços As atividades de regulação podem ser resumidas como aquelas que monitoram o contrato de prestação dos serviços em dois aspectos: • Regulação econômica: inclui o controle dos custos (contabilidade regulatória), a verificação da eficiência e da modicidade tarifária (quando existente), a limitação ao abuso econômico, bem como a garantia do equilíbrio econômico do contrato (quando existente). • Regulação da qualidade: inclui a verificação da qualidade dos produtos ou serviços ofertados (continuidade e regularidade) e da qualidade do atendimento ao usuário (conformidade de prazos dos serviços, índices de satisfação). Mais especificamente, a Lei nº 11.445/07 define como objetivo da regulação: • Estabelecer normas e padrões de qualidade dos serviços. • Prevenir e reprimir o abuso do poder econômico. • Definir tarifas que assegurem o equilíbrio do contrato, cuidando para a modicidade tarifária, a eficiência e eficácia dos serviços e a apropriação social dos ganhos de produtividade do prestador (quando existente). Em termos de drenagem urbana o diagnóstico realizado não identificou nenhuma atividade regulatória hoje exercida. A fiscalização de projetos, bem como o acompanhamento das obras que envolvam drenagem pluvial e sua aprovação no município está a cargo da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas. 99 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Identificam-se atuações sobrepostas entre alguns órgãos municipais, no que tange a operação, manutenção e implantação de novas obras de drenagem urbana. A regulação é um ato que nos termos da Lei nº 11.445/2007 o município pode exercer diretamente ou delegar, e este exercício deve atender aos princípios: • Independência decisória, autonomia administrativa, orçamentária e financeira. • Transparência, tecnicidade, celeridade e objetividade de decisões. Já a fiscalização dos serviços é atividade inerente à regulação e no aspecto de qualidade dos serviços, em alguns pontos se confundem. A regulação e fiscalização ampla dos serviços é um dado novo para o município e a análise das alternativas que possam ser oferecidas para o exercício destas atividades merece algumas considerações cuidadosas. Para tanto, é válido lembrar a complexidade do conhecimento técnico em que se insere esta atividade: • Regulação econômica: exige a especialização em contabilidade regulatória, a capacidade de análise dos dados de receitas, despesas e investimentos, a análise da rentabilidade dos serviços e dos contornos de equilíbrio do contrato estipulado, incluindo aí, a definição precisa das revisões e ajuste contratuais necessários. • Regulação de qualidade: exige especialização para aferição das metas, investimentos e seus benefícios, a fiscalização da qualidade dos produtos, dos serviços e do atendimento aos usuários, expressa muitas vezes em indicadores que demandam ferramentas e logística adequadas. Os princípios e objetivos colocados na lei mostram ainda que o regulador deva ser entidade técnica autárquica (para responder pela tecnicidade e autonomia) e ter capacidade que permita cumprir suas funções legais. No caso do estado do Rio Grande do Sul existe a AGERGS - Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul, autarquia criada em 09 de janeiro de 1997 na forma da Lei n°10.931. A Agência desenvolve suas atividades, atuando nas áreas de saneamento, energia elétrica, pólos de concessões rodoviárias, hidrovias, irrigação, transportes intermunicipais de passageiros e estações rodoviárias. Não realiza regulação para o tema drenagem urbana e manejo das águas pluviais. O Quadro 3 Sintetiza os modelos alternativos de regulação e fiscalização. 100 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Quadro 3. Tipo de ente Alternativas institucionais para a regulação e fiscalização. ENTE MUNICIPAL Status Constituição Básica Condicionantes Controle direto. Agencia Reguladora Municipal. Corpo técnico permanente, conselho participativo, convênios de apoio técnico. A ser criada por Lei. Custo local elevado. Risco alto de assimetria. Risco alto de captura. ENTE REGIONAL (CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL) Tipo de ente Status Constituição Básica Condicionantes OPÇÃO A Controle indireto. Consórcio Regional de Regulação. Consórcio formado por representantes dosExecutivos Municipais. A ser criado. Ganho de escala. Risco médio de assimetria. Articulação trabalhosa. OPÇÃO B Controle indireto. Consórcio existente (pode Em estar acoplado ao consórcio funcionamento. Pró-Sinos). Formado por representantes dos executivos municipais. Ganho de escala. Risco médio de assimetria. Articulação trabalhosa. ENTE ESTADUAL Tipo de ente Status Constituição Básica Condicionantes AGENCIA ESTADUAL Controle delegado. Autarquia estadual de regulação. (Adaptação da AGERGS a Drenagem Urbana) Em funcionamento. Formado por funcionários estaduais de atividades afins. Ganho de escala. Risco baixo de assimetria. Risco alto de captura. Elaborado por Concremat, 2014. 101 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 2.2.3.3 Alternativas para o controle social dos serviços Considerando o contexto legal da atual prestação dos serviços, pode-se afirmar que os mecanismos de controle social são inexistentes na atual conjuntura municipal. Este é um tema que a própria Lei nº 11.445/2007 estabeleceu poucos parâmetros de exigência e condução de sua institucionalização. Vale lembrar que no Decreto2 que permitiu a extensão dos prazos de obrigatoriedade de elaboração do PMSB para 31 de dezembro de 2015 ficou mantida a data de 31 de dezembro de 2014 “àqueles titulares de serviços públicos de saneamento básico que não instituírem, por meio de legislação específica, o controle social realizado por órgão colegiado3”. O que se tem, todavia, são as experiências já em curso em alguns locais que apontam caminhos, e que se concentram no modelo de controle via conselhos participativos onde a sociedade se faz representar. O controle social é a garantia de validação de todo o sistema de planejamento e regulação em que se inserem os serviços. A validação de que se fala é o acompanhamento pela sociedade do cumprimento das metas e regras contratuais de que especifica o PMSB. Em algumas situações os mecanismos de participação da sociedade no saneamento básico tem se dado por conselhos próprios do tema ou ainda em conselhos de temas urbanos mais amplos, como o da Cidade ou de Urbanismo. Qualquer que seja a modalidade existente ou a criar, o importante é fazer com que estes entes possam estar inseridos ou manter vínculos com os entes institucionais dos serviços, como o de planejamento ou de regulação. As alternativas para o controle social do município são apresentadas no Quadro 4. 2 Decreto nº 8.211, de 21 de março de 2014. 3 § 6º do artigo 26. 102 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Quadro 4. Alternativas institucionais para o controle social. NO ÂMBITO MUNICIPAL Tipo de ente Condicionantes Opção A - Vinculado à regulação municipal Conselho Consultivo. Decisão direta do munícipe. Controle social de alta eficácia. Opção B - Vinculado ao planejamento municipal Conselho Consultivo ou Decisão direta do munícipe. Deliberativo. Controle social de média eficácia. Elaborado por Concremat, 2014. 2.2.3.4 Alternativas para a prestação dos serviços As questões institucionais referentes à drenagem urbana e manejo das águas pluviais em Parobé são de atribuição daSecretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas. Identifica-se a necessidade do aparelhamento da estrutura institucional existente, em termos de recursos próprios, humanos e financeiros para solucionar os problemas da drenagem em termos de operação do sistema, sobretudo porque constitui um serviço isento de taxas/tarifas. A abordagem em relação à prestação de serviços do sistema de drenagem pode ser realizada em função da espacialização das demandas e suas prioridades. Em função destas condicionantes é que se apresentam as alternativas constantes do Quadro 5, onde são apontados os aspectos negativos e positivos de cada uma. 103 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Quadro 5. Alternativas institucionais para a prestação de serviços de manejo das águas pluviais. ESTRUTURAÇÃO INSTITUCIONAL BÁSICA Situação Condicionantes Aparelhamento da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas, com aquisição de equipamentos e capacitação de pessoal.Criação de um Departamento de drenagem urbana. Viabilidade conforme Lei de Responsabilidade Fiscal. Na égide da Lei nº 11.445 Regulação. Adaptação das ações do Consórcio Intermunicipal, com aquisição de equipamentos e capacitação de pessoal. Viabilidade regional em função dos problemas comuns. Aspectos * + Melhoria da capacidade de gestão. + Centralização das ações de planejamento. + Conformidade em relação à legislação. + Convergência das ações propostas para a Bacia Hidrográfica. + Otimização de custos. - Necessidade de compartilhar equipamentos. SERVIÇOS COM RECURSOS PRÓPRIOS Situação Condicionantes Operação e manutenção do sistema na área urbana e núcleos. Sistema implantado e disponibilidade de recursos humanos e equipamentos. Aspectos + Agilidade no atendimento às urgências. - Limitação técnica e financeira das ações aos recursos disponíveis. SERVIÇOS EM CONSÓRCIO Situação Operação e manutenção do sistema na área urbana, rural e núcleos. Condicionantes Aspectos - Menor agilidade no atendimento às urgências. Operacionalização do sistema emconsórcio. + Maior possibilidade de contratação técnica especializada. OBRAS COM RECURSOS OBTIDOS PELO MUNICÍPIO Situação Condicionantes Aspectos - Menor capacidade de obtenção de recursos. Capacidade de Fiscalização pela Secretaria Municipal de obtenção de recursos Infraestrutura e Obras Públicas. pelo município. + Maior agilidade na contratação do serviço. + Adequado para problemas de abrangência local. OBRAS COM RECURSOS OBTIDOS PELO CONSÓRCIO Fiscalização pela Agência Reguladora. Viabilidade regional em função dos + Maior capacidade de obtenção de 104 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 problemas comuns. recursos pelo município. + Adequado para problemas de abrangência regional. *Obs.: Na coluna “Aspectos” os sinais “+” e “-“ indicam aspectos positivos e negativos, respectivamente.Elaborado por Concremat, 2014. A análise da estruturação institucional aponta para uma alternativa combinada, onde os problemas locais devam ser atendidos por uma estrutura própria da municipalidade, sendo em contrapartida, os problemas de âmbito regional, melhor resolvidos com base em estrutura composta em termos de consórcio. Assim a Prefeitura poderia assumir atividades como: • Planejamento, projetos, obras, operação e manutenção de redes de microdrenagem e macrodrenagem de âmbito local. • Fiscalização das obras e projetos de âmbito local (bacias de contribuição que estejam inseridas na área urbana). • O Consórcio faria a gestão e o controle do: • Planejamento, projetos, obras, operação e manutenção de redes de macrodrenagem cujas bacias de contribuição transcendessem o limite do município, apresentando caráter regional. • Fiscalização das obras e projetos de âmbito regional (bacia de contribuição de considerável significância em termos de área da bacia hidrográfica em questão) com participação efetiva do comitê da bacia na qual esteja inserida. 2.2.4 Agenda institucional para gestão dos serviços A efetivação e sustentabilidade do PMSB dependem fundamentalmente de uma agenda institucional, com objetivos relacionados à concretização dos instrumentos de planejamento, regulação, controle social e prestação dos serviços. Esta é sem dúvida a parte do plano que mais necessita de ações e decisão política do município, tornando-se, portanto, o ponto mais delicado no arranjo institucional e na viabilidade de concretização do PMSB. 105 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 As ações que constituem a agenda institucional estão todas inseridas como metas imediatas. Os prazos sugeridos terão como marco inicial a vigência do PMSB após sua aprovação/publicação como instrumento legal do município. Agenda para o planejamento O Quadro 6 apresenta as ações para implantação do sistema de planejamento, considerando as distintas alternativas avaliadas anteriormente. Quadro 6. Agenda para institucionalização do planejamento – metas imediatas. Objeto Prazo Alternativa de Grupo Executivo Municipal Instituir por portaria o Sistema Municipal de Planejamento. Dois meses. Alternativa de vinculação a Consórcio de Planejamento existente Elaborar o Protocolo de Intenções para adaptação das ações do consórcio. Um mês. Aprovação legislativa do Protocolo e adesão ao consórcio. Três meses. Alternativa de vinculação a Consórcio de Planejamento a ser criado Articulação para formação do consórcio. Seis meses. Aprovação legislativa do Protocolo e adesão ao consórcio. Três meses. Assembléia estatuinte do consórcio. Três meses. Elaborado por Concremat, 2014. 2.2.4.1 Agenda para a regulação e fiscalização As ações consideradas nas alternativas apresentadas anteriormente são propostas no Quadro 7. Quadro 7. Agenda para institucionalização da regulação – metas imediatas. Objeto Prazo Alternativa de Agência Municipal Elaborar os instrumentos jurídicos para criação da agência. Quatro meses. Aprovação legislativa de criação da agência. Três meses. Instituição da agência. Um mês. 106 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Alternativa de vinculação a Agência Reguladora Estadualexistente Aprovação legislativa do Convênio de Cooperação. Verificação da atuação da Agência Estadual existente Três meses. Alternativa de vinculação a Consórcio Regulador existente Protocolo de intenções para adaptação das ações do consórcio. Um mês. Aprovação legislativa do Protocolo e adesão ao Consórcio. Três meses. Alternativa de vinculação a Consórcio Regulador a ser criado Articulação para formação do consórcio. Seis meses. Aprovação legislativa do Protocolo e adesão ao consórcio. Três meses. Assembléiaestatuinte do consórcio. Três meses. Elaborado por Concremat, 2014. 2.2.4.2 Agenda para o controle social O Quadro 8 apresenta a agenda para institucionalização do controle social. Quadro 8. Agenda para institucionalização do controle social – metas imediatas. Objeto Alternativa de Conselho no âmbito municipal Elaborar os instrumentos jurídicos para criação do Conselho. Aprovação legislativa de criação do Conselho. Instituição do Conselho e indicação/eleição de seus membros. Elaborado por Concremat, 2014. Prazo Dois meses. Três meses. Três meses. 2.2.4.3 Agenda para a prestação dos serviços de drenagem As ações consideradas nas alternativas descritas anteriormente são apresentadas no Quadro 9. Quadro 9. Agenda para institucionalização da prestação - metas imediatas. Objeto Prazo Prestação de serviço pelo Município Criação e aparelhamento do Departamento, Diretoria ou Secretaria de Quatro meses. Drenagem e Manejo das Águas Pluviais. Aparelhamento institucional geral. Oito meses. Aprovação do Plano Diretor de Drenagem como lei. 24 meses. Prestação de serviço em Consórcio Elaborar os instrumentos jurídicos para criação do prestador. Dois meses. 107 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Indicação/eleição de seus membros. Aprovação legislativa do Protocolo e adesão ao consórcio. Assembleiaestatuinte do consórcio. Criação de um Departamento de Drenagem Urbana. Aparelhamento institucional. Aprovação do Plano Diretor de Drenagem como lei. Elaborado por Concremat, 2014. Três meses. Três meses. Três meses. Quatro meses. Oito meses. 24 meses. 108 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 3. AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS 3.1 DEFINIÇÕES 3.1.1 Desastre São resultados de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem sobre um cenário vulnerável, causando grave perturbação ao funcionamento de uma comunidade ou sociedade envolvendo extensivas perdas e danos humanos, materiais, econômicos ou ambientais, que excede a sua capacidade de lidar com o problema usando meios próprios. 3.1.2 Situação de emergência É uma situação de alteração intensa e grave das condições de normalidade em um determinado município, estado ou região, decretada em razão de desastre, comprometendo parcialmente sua capacidade de resposta. 3.1.3 Estado de calamidade pública Situação de alteração intensa e grave das condições de normalidade em um determinado município, estado ou região, decretada em razão de desastre, comprometendo substancialmente sua capacidade de resposta. 3.1.4 Danos Resultado das perdas humanas, materiais ou ambiental infligido às pessoas, comunidades, instituições, instalações e aos ecossistemas, como consequência de um desastre. 109 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 3.1.5 Prejuizo Medida de perda relacionada com o valor econômico, social e patrimonial, de um determinado bem, em circunstâncias de desastre. 3.1.6 Recursos Conjunto de bens materiais, humanos, institucionais e financeiros utilizáveis em caso de desastre e necessário para o estabelecimento da normalidade. 3.1.7 Plano de contingência O planejamento tático elaborado com antecipação, a partir de uma determinada hipótese de desastre, visando facilitar resposta às situações de socorro, minimizando seus efeitos. 3.1.8 Vendavais ou tempestades São perturbações marcantes nos estados da atmosfera. Deslocamento violento de uma massa de ar, de uma área de alta pressão para outra de baixa pressão. Também são chamados de ventos muito duros, que correspondem ao número 10 na escala de Beaufort, compreendendo ventos cujas velocidades variam entre 88 e 101 km/h. 3.1.9 Vendavais muito intensos ou ciclones extratropicais São chamados também de ventos tempestuosos, correspondem ao número 11 da escala de Beaufort, correspondendo ventos de 102 a 120 km/h. 110 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 3.1.10 Granizos São precipitações sólidas de grânulos de gelo, transparentes ou translúcidos, de forma esférica ou irregular, raramente cônica, de diâmetro igual ao superior a 5 mm. 3.1.11 SCO ou SCI (Sistema de Comando Operacional ou Sistema de Comando de Incidentes) Trata-se da base estratégica operacional na solução de um problema (desastre). Neste local deve estar o coordenador municipal da defesa civil que em conjunto com a equipe administrativa, operacional e técnica tomarão as decisões. 3.1.12 Evento adverso É o acidente ou acontecimento prejudicial ou funesto (que provoca a morte ou desgraça). 3.1.13 Ameaça Estimativa de ocorrência e de magnitude de um evento adverso, expressa em termos de probabilidade estatística de concretização do evento e da provável magnitude da manifestação. 3.1.14 Risco Medida de danos ou prejuízos potenciais expressas em termos de probabilidade, estatística de ocorrências e de intensidade ou grandeza das perdas. 3.1.14 Comunidades resilientes É a capacidade Que uma comunidade tem de suportar e superar as adversidades de todos os tipos. 111 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 3.2 AÇÕES DE DEFESA CIVIL A Lei Federal nº 12.608, de 10 de abril de 2012, estabelece como Ações de Defesa Civil: a - Prevenção Tem por objetivo reduzir a ocorrência e a intensidade de desastres naturais ou humanos, por avaliação e redução das ameaças e/ou vulnerabilidades, minimizando os prejuízos socioeconômicos e os danos humanos, materiais e ambientais. b – Mitigação Tem por objetivo reduzir causas ou consequências, no caso de desastres, a um mínimo aceitável de riscos ou danos. c – Preparação Tem por objetivo minimizar os efeitos de desastres, por meio da difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos e da formação e capacitação de recursos humanos para garantir a minimização de riscos de desastres e a otimização das ações de respostas aos desastres e para a reconstrução. Compreende preparação de recursos humanos e interação com a comunidade; educação e treinamento das populações vulneráveis; e organização da cadeia de comando, das medidas de coordenação das operações e da logística, em apoio às operações. d - Resposta Compreende o conjunto de ações desenvolvidas imediatamente após a ocorrência de desastre e caracterizadas por atividades de socorro e de assistência às populações vitimadas e de reabilitação do cenário do desastre, objetivando oe reestabelecimento das condições de normalidade. e - Recuperação 112 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Tem por finalidade iniciar a restauração da área afetada, para permitir o retorno dos moradores desalojados. Visa tornar a região novamente habitável, mediante providências que restabelecem às condições de sobrevivência segura, embora não confortável, dos desabrigados. Compreende a descontaminação, limpeza, desinfecção neutralização de poluentes e controle de surtos epidêmicos, bem como, a desobstrução e remoção de escombros e as vistorias para a avaliação dos danos provocados; como também a reabilitação dos serviços essenciais, como segurança pública, saneamento básico, remoção de lixo e outras medidas de saúde pública e de apoio social, necessárias às operações de retorno. f – Reconstrução Conjunto de ações desenvolvidas após as operações de resposta ao desastre e destinadas a recuperar a infraestrutura e a restabelecer em sua plenitude os serviços públicos, a economia da área, o moral social e o bem-estar da população. A reconstrução confunde-se com prevenção, na medida em que procura: reconstruir os ecossistemas; reduzir as vulnerabilidades; racionalizar o uso do solo e do espaço geográfico; realocar populações em áreas de menor risco; modernizar as instalações e reforçar as estruturas. 3.3 O PLANO DE CONTINGÊNCIA O plano de contingência de Proteção e Defesa Civil (PLACON), correlato do município de Parobé estabelece os procedimentos a serem adotados pelos órgãos envolvidos direta ou indiretamente na resposta a emergências e desastres relacionados a inundações, enxurradas e alagamentos. O presente plano segue o perfil básico do modelo de PLACON disponível no site do Ministério da Integração Nacional e foi elaborado e aprovado pelos órgãos e instituições integrantes do sistema municipal de defesa civil identificados em atas, os quais assumem o compromisso de atuar de acordo com a competência que lhes é conferida, bem como realizar as ações para a criação e manutenção das condições necessárias ao desempenho da atividade e responsabilidades previstas neste Plano. 113 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 O Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil- PLACON para do Município de Parobé estabelece os procedimentos a serem adotados pelos órgãos envolvidos na resposta e emergência a desastres quando da atuação direta ou indireta em eventos relacionados aos desastres naturais. A finalidade principal será de recomendar a padronização a partir da adesão dos órgãos signatários os aspectos relacionados ao monitoramento, alerta, alarme, e resposta, incluindo as ações de socorro, ajuda humanitária e reabilitação de cenários, a fim de reduzir os danos e prejuízos decorrentes. Este plano foi desenvolvido a partir das análises de risco, das avaliações e mapeamentos de risco e dos cenários de risco identificados como prováveis e relevantes em Parobé caracterizados como hipóteses de desastres. ParobéLocaliza-se a uma latitude 29° 37’43’ sul e a uma longitude 50°50’05’’ oeste, estando a uma altitude de 133 metros. Sua população estimada em 2013 era de 54.599 habitantes. Já em 2010, o Censo do IBGE apontou uma população de 51.502 habitantes, o que denota decréscimo populacional de cerca de 6% em um período de seis anos. 3.4 DESATIVAÇÃO DAS ACÕES-ENCERRAMENTO DAS TAREFAS Após reunião de análise o Prefeito Municipal ou o Coordenador da COMDEC poderão desmobilizar as ações e o Plano. Deverá ser realizada reunião extraordinária após o encerramento das ações com todas as equipes envolvidas a fim de verificar as folhas, depois corrigidas, deverá ser incluídas neste Plano de Contingência. 3.5 ATRIBUIÇÕES GERAIS DURANTE AS FASES DO DESASTRE. 3.5.1 No pré desastre A resposta a ocorrências de inundações, alagamento e enxurrada correlatos no município de Parobé será desenvolvida na fase de pré-desastre propriamente dito. A identificação dos Riscos é realizada sempre na fase de Prevenção, mas podendo ser realizada a qualquer momento, devido à evolução do risco, sendo 114 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 executada pela COMDEC e pela Secretaria Municipal de Planejamento, Modernidade Administrativa e Recursos Humanos, que deverá designar algum técnico da área (Engenheiro ou Geólogo), para caracterização de risco e seu respectivo grau. Em função do mapeamento das áreas de riscos, caracterizar sempre o micro zoneamento das seguintes áreas: • De preservação ambiental; • De proteção ambiental; • Construção com restrições; e • Construção, de acordo com as posturas do código de obras municipal. Após deve-se realizar estudos técnicos sempre levando em consideração o grau do risco e elaboração de croquis, ao qual deverá ser encaminhado a COMPDEC a fim de inclusão no Mapa de Risco Municipal e neste plano de contingência. 3.5.1.1 Recursos Humanos • 02 Engenheiros (Secretaria Municipal de Planejamento, Modernidade Administrativa e Recursos Humanos) • 01 Geólogo (Secretaria Municipal do Meio Ambiente) • 03 pessoas (Secretaria Municipal de Defesa Civil Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais). Materiais • 01 GPS • 01 Altímetro • 03 Computadores • 03 Máquinas fotográficas • 02 Viaturas (Secretarias envolvidas) Obs: Gps, Altímetro (Ficam guardados junto à Secretaria Municipal do Meio Ambiente). 115 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Viaturas (Ficam junto às Secretarias Municipal de Segurança, Cidadania e Mobilidade Urbana e de Educação). Contatos Secretaria Municipal de Defesa Civil Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais: Telefone: (51) 3953-1979 Rua Delmar Henemann, 93 Centro - Parobé. E-mail: Secretaria Municipal de Planejamento, Modernidade Administrativa e Recursos Humanos: Telefone: (51) 3953-1000 R: 1076 Centro Administrativo 5° andar. E-mail: [email protected], E-mail: [email protected] Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural: Rua Vera Cruz, 121 Centro - Parobé. Telefone: (51) 3953-1106 E-mail: [email protected] Secretaria Municipal do Meio Ambiente Rua Vera Cruz, 518 sala 01 Centro - Parobé. Telefone: (51) 3953-1103 E-mail: [email protected] 3.6.2 Mobilização e Deslocamento dos Recursos Será realizada pelo Coordenador da CONDEC sempre quando houver a necessidade de ativação deste plano, através de ligações, e-mails, ofícios ou presencialmente. No ato do acionamento da mobilização e deslocamento a equipe 116 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 deve estar atenta as quais locais foram solicitados tais recursos, e preenchimentos de possíveis recibos de entrega dos recursos. 3.6.2.1 Recursos Humanos • 03 Pessoas da Secretaria Municipal de Defesa Civil, Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais • Coordenador da Secretaria Municipal de Defesa Civil Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais • Secretário de Municipal Geral de Governo • 04 Pessoas (Secretaria Municipal de Obras e Veículos Pesados) • 02 Pessoas da Secretaria Municipal Geral de Governo Materiais • 01 Viatura COMDEC • 04 Caminhões da Secretaria Municipal de Obras e Veículos Pesados • 01 Veículo da Secretaria Municipal Geral de Governo • 06 Rádios Comunicadores Móveis • 01 Rádio Comunicador Fixo • 02 Telefones Celulares • 03 Computadores Contatos: Secretaria Municipal de Defesa Civil Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais: Telefone: (51) 3953-1979 Rua Delmar Henemann, 93 Centro - Parobé RS. E-mail: [email protected] Secretaria Municipal de Obras e Veículos Pesados: 117 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Telefone: (51) 3953-1105 Rua Arduino Haack, 70 Alexandria - Parobé RS. E-mail: [email protected] Secretaria Municipal Geral de Governo: Telefone: (51) 3953-1000 R 1002 E-mail: [email protected] 3.6.3 Ações iniciais no desastre 3.6.3.1Dimensionamento do evento e da necessidade de recursos (avaliação de danos) O dimensionamento do evento será realizado e acompanhado desde a fase de Alerta pela COMDEC, sendo realizado, levantamento fotográfico e mapeamento de áreas, ou seja, será realizada visualização de locais ao qual há necessidade de remoção de famílias, acompanhamento por agentes de saúde, psicológicos entre outros serviços e providenciado, juntamente com os órgãos da administração as devidas ações buscando a normalidade o mais rápido possível. O levantamento também será realizado pelas Secretarias Municipais, EMATER, CORSAN e RGE realizando um levantamento de todos os danos e prejuízos sofridos por cada um (a). Este relatório deverá conter imagens dos danos com sua respectiva localização (endereço) e orçamento para que sua situação volte a normalidade. Deverá ser encaminhado a COMDEC em 5 dias após o incidente em duas vias e e-mail. 3.6.3.2 Recursos Humanos • 05 Voluntários de COMDEC • 02 Servidores Secretaria Municipal de Educação 118 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 • 02 Servidores da Secretaria Municipal de Planejamento, Modernidade Administrativa e Recursos Humanos • 02 Servidores da Secretaria Municipal de Obras e Veículos Pesados • O2 Servidores da Secretaria Municipal de Assistência Social • 02 Servidores da Secretaria Municipal de Cultura e Eventos Turísticos. • 02 Servidores da Secretaria Municipal de Saúde • 02 Servidores da Secretaria Municipal do Meio Ambiente • 02 Servidores da RGE • 02 Servidores da CORSAN • 02 Servidores da EMATER. Materiais • 01 Viatura Defesa Civil • 02 Veículos das Secretarias • 01 Veículo da RGE • 01 Veículo da EMATER • 01 Veículo da CORSAN • 06 Rádios Comunicadores Móveis • 01 Rádio Comunicador Fixo • Telefones Celulares • 03 Computadores Contatos Secretaria Municipal de Defesa Civil, Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais: Telefone (51) 3953-1979 Rua Delmar Henemann, 93 Centro - Parobé E-mail: [email protected] Secretaria Municipal de Educação: Telefone: (51) 3953-1040 119 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Rua Fernando Saft, 285 Centro - Parobé RS E-mail: [email protected] Secretaria Municipal de Planejamento, Modernidade Administrativa e Recursos Humanos Telefone: (51) 3953-1000 R: 1076 Centro Administrativo 5° andar E-mail: [email protected] Secretaria Municipal de Obras e Veículos Pesados: Telefone: (51) 3953-1105 Rua Arduino Haack 70 Alexandria - Parobé E-mail: [email protected] Secretaria Municipal de Assistência Social: E-mail: [email protected] E-mail: [email protected] Telefone: (51) 3953-1059 Secretaria de Cultura Desporto e Turismo: E-mail: [email protected] E-mail: [email protected] Telefone: (51) 3543-1696 Secretaria de Saúde: E-mail: [email protected] Telefone: (51) 3953-1090 Secretaria Municipal do Meio Ambiente: Rua Vera Cruz, 518 Centro - Parobé Telefone: (51) 3953-1106 E-mail:[email protected] E-mail: [email protected] 120 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 CORSAN Avenida das Nações, 24 Centro - Parobé Telefone: (51) 3543-1033 EMATER Rua Vera Cruz, 120 Centro - Parobé Telefone: (51) 3523-1664 RGE Rua Dr. Legendre, 342 sala 10 Centro - Parobé Telefone: 0800-9700900 3.6.4 Instalação do sistema de comando A instalação do posto de Comando se dará sempre que houver a necessidade de ativação deste Plano de Contingência, sendo instalado pelo Prefeito ou Coordenador da COMDEC. A instalação se dará com a convocação dos responsáveis pelas entidades envolvidas no plano de ação que busca a normalidade na região a qual este plano servirá, podendo ser chamados pelos diversos meios de comunicação como telefones, rádios, e-mails, etc. 3.6.4.1 Recursos Humanos • Coordenador da COMDEC • Prefeito Municipal Materiais 121 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 • 01 Viatura Secretaria Municipal de Defesa Civil Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais • 06 Rádios Comunicadores Móveis • 01 Rádio Comunicador Fixo • Telefones Celulares • 03 Computadores Contatos: Secretaria Municipal de Defesa Civil Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais Telefone: (51) 3953-1979 Rua Delmar Henemann, 93 Centro- Parobé E-mail: [email protected] Gabinete do Prefeito Telefone: (51) 3953-1002 E-mail: [email protected] Rua João Mosmann, 143 Centro - Parobé 3.6.5 Organização da área afetada Caberá a COMDEC a organização da cena, ativando preliminarmente as áreas para: • Posto de Comando • Área de espera • Áreas de evacuação • Rotas de fuga • Pontos de encontro • Abrigo A organização será realizada conforme a magnitude do evento, sendo sempre levada em consideração uma possível evolução do Evento Adverso. 122 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 O Posto de Comando será montado preferencialmente na sede da Defesa Civil ao qual se localiza na rua Delmar Henemann, 93, mas podendo ser instalado em qualquer lugar onde haja a devida segurança e recursos materiais e de comunicação. A Área de Espera será montada em local a ser definido pela COMPDEC, sendo esta área de fácil acesso tanto de entrada como saída das equipes. As Áreas de Evacuação serão planejadas sempre que houver a necessidade da evacuação de urgência. A Fuga será sempre realizada para pontos de abrigos e/ou casas de familiares que se localizem a uma distância longe da área do evento, sempre de forma ordenada, evitando altas velocidades. O Ponto de Encontro da equipe sempre será a sede da COMPDEC ou um local indefinido de urgência caso na mesma se encontre em situação de risco. Os Abrigos serão localizados em locais onde não há evidenciais, e probabilidades de risco de inundações, enxurradas ou alagamentos. 3.6.5.1 Recursos Humanos • Coordenador da COMDEC Materiais • 01 Viatura Secretaria de Defesa Civil Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais. • 06 Rádios Comunicadores Móveis • 01 Rádio Comunicador Fixo • Telefones Celulares • 02 Computadores • 01 Notebook • 01 Tablet Contatos: 123 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Secretaria Municipal de Defesa Civil Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais: Telefone: (51) 3953-1979 Rua Delmar Henemann, 93 Centro – Parobé E-mail: [email protected] Gabinete do Prefeito Telefone: (51) 3593-1102- 3953 1000 R: 1102 E-mail: [email protected] Rua João Mosmann, 143 Centro - Parobé 3.6.6 Procedimentos administrativos e legais decorrentes da situação de anormalidade (Decretação de S.E ou E.C.P e elaboração dos documentos) Os procedimentos administrativos e legais são elaborados pelo coordenador da COMDEC e o Prefeito Municipal. Os dados são coletados a todo momento pelas equipes de Avaliação de Danos, sempre tendo o cuidado da elaboração de documentos detalhados como laudos fotográficos, laudos de danos e prejuízos, sendo esses públicos ou privados, tendo como prazo 10 dias para a elaboração dos documentos e envio. 3.6.6.1 Recursos Humanos • Coordenador da COMDEC • Prefeito Municipal Materiais • 01 Viatura Secretaria Municipal de Defesa Civil Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais • Rádios Comunicadores Móveis • 01 Rádio Comunicador Fixo 124 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 • Telefones Celulares • 02 Computadores • 01 Notebook Contatos Secretaria Municipal de Defesa Civil Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais Telefone: (51) 3953-1979 Rua Delmar Henemann, 93 Centro – Parobé E-mail: [email protected] Gabinete do Prefeito Telefone: (51) 3953-1102 E-mail: [email protected] Rua João Mosmann, 143 Centro - Parobé 3.6.7 Consolidação do primeiro relatório A todo o momento, agentes da COMDEC colherão informações, juntamente com outros órgãos envolvidos neste plano, realizando relatório fotográfico com sua respectiva localidade georeferenciada preferencialmente. Após deverá ser encaminhada para a COMDEC a fim de incluir no FIDE. Cada Relatório deverá conter no mínimo duas fotos, deverá ser elaborado separadamente outro relatório com os devidos valores para conserto, buscando a normalidade do local, ao qual a COMDEC irá se basear para cálculo do montante de prejuízos ocorridos no município. 3.6.7.1 Recursos Humanos • 05 Voluntários de COMDEC 125 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 • 02 Servidores da Secretaria Municipal de Educação • 02 Servidores da Secretaria Municipal de Planejamento, Modernidade administrativa e recursos Humanos • 02 Servidores da Secretaria Municipal de Obras e Veículos Pesados • 02 Servidores da Secretaria Municipal de Assistência Social • 02 Servidores da Secretaria de Cultura e Eventos Turísticos • 02 Servidores da Secretaria Municipal de Saúde • 02 Servidores da Secretaria Municipal do Meio Ambiente • 02 Servidores da RGE • 02 Servidores da CORSAN Materiais • 01 Viatura Secretaria Municipal de Defesa Civil Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais • 02 Veículos das Secretarias envolvidas • 01 Veículo da RGE • 01 Veículo da EMATER • 01 Veículo da CORSAN • 06 Rádios Comunicadores Móveis • 01 Rádio Comunicador fixo • Telefones Celulares • 03 Computadores Contatos: Secretaria Municipal de Defesa Civil, Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais: Telefone: (51) 3953-1979 Rua Delmar Henemann, 93 Centro - Parobé E-mail: [email protected] Secretaria Municipal de Educação 126 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Telefone: (51) 3953-1040 E-mail: [email protected] E-mail [email protected] Secretaria Municipal de Planejamento, Modernidade Administrativa e Recursos Humanos Telefone: (51) 3953-1000 R. 1076 E-mail: [email protected] - Secretaria Municipal de Obras e Veículos Pesados Telefone: (51) 3953-1105 E-mail: [email protected] E-mail: [email protected] Secretaria Municipal de Assistência Social Telefone: (51) 3953-1059 E-mail: [email protected] E-mail: [email protected] Secretaria Municipal de Cultura e Eventos Turísticos Telefone: (51) 3953-1696 E-mail: [email protected] Secretaria Municipal de Saúde Telefone: (51) 3953-1090 E-mail: [email protected] Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural Tefefone: (51) 3953-1106 E-mail: [email protected] Secretaria Municipal do Meio Ambiente Telefone: (51) 3953-1103 127 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 E-mail: [email protected] E-mail: [email protected] EMATER: Rua Vera Cruz, 120 Centro – Parobé Telefone: (51) 3523-1664 RGE: Rua Dr. Legendre, 342 sala 10 Centro - Parobé Telefone: 0800-9700900 CORSAN: Telefone: (51) 35431033 Avenida das Nações, 24 Centro - Parobé 3.6.8 Resposta A coordenação da resposta na fase do desastre será realizada pela COMDEC sempre da necessidade de ativação deste Plano de Contingência ou que haja necessidade de ajuda frente a um evento adverso de natureza natural ou tecnológica. Deverão ser encaminhadas equipes de resgate dependendo da magnitude do evento, juntamente com equipes para realização de análise da área afetada. As vítimas deverão ser aconselhadas a irem para casa de parentes ou amigos, caso não possuam parentes ou amigos na cidade, deverão ser removidos para abrigos, já os feridos serão encaminhados para hospitais. As pessoas portadoras de traumas psicológicos primeiramente serão atendidas pelos psicólogos da Defesa Civil e depois enviadas à Secretaria Municipal de Saúde- CAPS (Centro de Atendimento Psicossocial). Deverão ser acionadas as equipes e instituições, conforme a necessidade pela COMDEC no momento da realização da cinemática local. 128 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 3.6.8.1 Recursos Humanos • Coordenador da COMDEC Materiais • Viatura Secretaria Municipal de Defesa Civil Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais • 06 Rádios Comunicadores Móveis • 01 Rádio Comunicador Fixo. • Telefones Celulares. • 02 Computadores • 01 Notebook • 01 Tablet Contatos: Secretaria de Defesa Civil, Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais: Telefone: (51) 3953-1979 E-mail: [email protected] - Gabinete do Prefeito Telefone: (51) 3953-1102 E-mail: [email protected] Rua João Mosmann, 143 Centro - Parobé 3.7 AÇÕES DE SOCORRO NO DESASTRE 3.7.1 Busca e salvamento 129 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 É realizado pelo Corpo de Bombeiros, sempre que a população vir a necessitar ser socorrida e/ou salva mediante acionamento pela população ou comando do SCO. Será realizado conforme a urgência da situação seguindo seu próprio Plano de Ação. 3.7.1.1 Recursos Humanos • Coordenador da COMDEC • 02 Soldados Materiais • 01 Caminhão • 01 Fiat Palio • Cintos • Cordas Contatos: Secretaria Municipal de Defesa Civil Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais: Telefone: (51) 3953-1979 E-mail: [email protected] Corpo de Bombeiros Telefone: (51) 3543-7825 Rua Theófilo Sauer, 50 Centro – Parobé. 3.7.2 Primeiros socorros, atendimento pré hospitalar Os primeiros socorros são realizados pelas equipes de Emergência: • SAMU • Univias • SER (Serviço Especializado de Remoções) 130 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 • Corpo de Bombeiros • COMDEC. As ações de resposta serão realizadas pelas equipes de acordo com seus planos de ação sempre que forem solicitadas pela população, ou pela COMDEC. 3.7.2.1 Recursos Humanos • 01 Técnico de Enfermagem (SAMU) • 01 Técnico de Enfermagem (Univias) • 01 Técnico de Enfermagem (SER) • 01 Condutor (SAMU) • 01 Condutor (Univias) • 01 Condutor (SER) • 01 Médico (SER) • 02 Soldados Corpo de Bombeiros • 04 Socorristas da Defesa Civil Obs: A equipe da SER- Serviço Especializado de Remoções, dependerá para a realização das ações não estar em atividade de remoções. Materiais • 01 Caminhão • 01 Unidade do SAMU • 01 Unidade da Secretaria Municipal de Saúde • 08 Macas Rígidas Contatos: Corpo de Bombeiros: Telefone: (51) 3543-7825 SAMU: Telefone: 192 131 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 3.7.3 Atendimento médico e cirúrgico de urgência O atendimento às vítimas será realizado pelo Hospital São Francisco de Assis de Parobé sempre na necessidade de atendimento de urgência que a população ou profissionais venham a necessitar, seguindo seu próprio plano de ação. Caso haja a necessidade de mais profissionais, a instituição deverá comunicar com urgência a COMDEC, a fim de solicitar mais profissionais e/ou recursos. 3.7.3.1 Recursos Humanos • 10 Clínicos Gerais • 05 Anestesistas • 10 Pediatras • 06 Enfermeiros (Dia) • 05 Enfermeiros (Noite) • 86 Técnicos de Enfermagem Materiais • 80 Leitos (73 SUS) • 15 Leitos Pediátricos • 02 Salas Cirúrgicas – 01 sala de parto • 01 Sala Recuperação (05 leitos ) • 01 Sala Politrauma (03 leitos ) • 02 Desfibriladores • 01 Raio-X Móvel • 01 Aparelho de Ecografia • 01 Respirador • 02 Carros de Anestesia • 05 Monitores Cardíacos • 02 Aparelhos de Raios-X • 01 Ambulância cedida pelo Município 132 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Contatos: • Hospital São Francisco de Assis de Parobé Telefone: (51) 3543-1366 3.7.4 Evacuação A evacuação é acionada sempre pelo Prefeito Municipal ou o Coordenador da COMDEC, sendo a evacuação das áreas afetadas sempre pelas principais ruas a serem definidas de acordo com a magnitude do evento adverso, devendo ter ruas de saída e ruas de entrada para as equipes de Resgate. 3.7.4.1 Recursos Humanos • Coordenador da COMDEC Materiais • 01 Viatura Defesa Civil • Rádios Comunicadores Móveis • 01 Rádio Comunicador Fixo • Telefones Celulares • 02 Computadores • 01 Notebook Contatos: Secretaria de Defesa Civil Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais Telefone: (51) 3953-1979 Rua Delmar Henemann, 93 Centro – Parobé E-mail: [email protected] Gabinete do Prefeito 133 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Telefone: (51) 3953-1102 E-mail: [email protected] Rua João Mosmann, 143 Centro - Parobé 3.7.5 Cadastramento de afetados O cadastramento é realizado pelos agentes da COMDEC e voluntários do Rotary sempre que alguma família vir a ser atingida por algum evento adverso, sempre verificando a necessidade e o grau de risco que a família se encontra, para isso, a Defesa Civil deve ser acompanhado por um Assistente Social a fim da elaboração de laudo de insuficiência financeira. Caso a família necessite de acompanhamento (Psicológico, saúde, odontológico, etc..), encaminhar ao seus devidos locais. 3.7.5.1Recursos Humanos • 16 voluntários da Secretaria de Defesa Civil Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais • Rotary Materiais • 01 Viatura Secretaria de Defesa Civil Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais • Rádios Comunicadores Móveis • 01 Rádio Comunicador Fixo • Telefones Celulares • 02 Computadores • 01 Notebook • 01 Tablet Contatos: 134 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Secretaria de Defesa Civil Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais: Telefone: (51) 3953-1979 E-mail: [email protected] Rotary Marivaldo Martins Telefone: (51) 81188476 Samuel Ruiz Mosmann Telefone: (51) 91777391 3.7.6 Abrigamento Em caso de desalojados serão incentivados a ocuparem vaga em domicilio de parentes, etc., havendo desalojados serão conduzidos para os seguintes locais de abrigo, previamente vistoriados e liberados pelo coordenador municipal ou seu representante. As ações de abrigamento serão realizadas pela COMDEC com apoia do Rotary de Parobé sempre que houver a necessidade de locação de alguma família, nos abrigos cadastrados pela COMDEC. Será realizado de forma ordenada, realizando-se um prévio cadastro ao qual servirá para cálculos internos do abrigo, como: refeições, chamamentos de toque de recolher, etc. 3.7.6.1 Recursos Humanos • Agentes da Secretaria de Defesa Civil Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais • Rotary de Parobé Materiais • 05 abrigos Ginásio de Esportes 135 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Rua: Adaviano Linden, 301 Centro – Parobé Ginásio Municipal Décio da Costa; Capacidade: 700 pessoas; Responsável: Marco Aurélio P. de Vargas Telefones: (51) 3953-1016 Contatos: Secretaria de Defesa Civil Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais Telefone: (51) 3953-1979 E-mail: [email protected] 3.7.7 Recebimento, organização e distribuição de doações. O recebimento, organização e distribuição são realizados pela COMDEC, sempre que o município venha a receber ou adquirir doações para a distribuição. No ato do recebimento verificar a quantidade, se realmente foi a solicitada. Após a organização para realizar a entrega primeiramente aos mais necessitados, sempre cuidando para o correto preenchimento dos recibos de entrega. 3.7.7.1 Recursos Humanos • 20 Agentes da Secretaria de Defesa Civil Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais Materiais • 01 Viatura Secretaria de Defesa Civil Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais • Rádios Comunicadores Móveis • 01 Rádio Comunicador Fixo • Telefones Celulares • 02 Computadores 136 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 • 01 Notebook Contatos: Secretaria de Defesa Civil Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais: Telefone: (51) 3953-1979 E-mail: [email protected] 3.7.8 Manejo dos Mortos O manejo dos mortos é realizado pela Polícia Civil, sempre que haja a constatação pelas equipes de resgate. Seguirão seu próprio plano de ação para uma maior agilidade na identificação das vítimas. 3.7.8.1 Recursos Humanos • 02 Agentes Materiais • 02 Viaturas • Rádios Comunicadores Móveis • Telefones Celulares • Computadores • Máquinas fotográficas Contatos: Secretaria de Defesa Civil Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais: Telefone: (51) 3953-1979 E-mail: [email protected] 137 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 3.8 ORGANOGRAMA SCI ou SCO COORDENDOR Secretaria Executiva Staff de ASSESSORIA DE IMPRENSA Comando OPERAÇÕES LIGAÇÃO APOIO TÉCNICO Staff LOGÍSTICO/ADMINISTRATIVO (Planejamento) CORPO DE SEC. SEC. MEIO Geral SEC. COMPDEC BRIGADA MILITAR STR SAMU COMPDEC RADIO CONS. EMATER COMPDEC Sec. CPM SEC. SAÚDE CMD SEC. OBRAS HOSPITAL de Caridade POLÍCIA CIVIL Obs.: Integrantes da COMPDEC estarão no grupo de Operações, Apoio Técnico e Logístico/Administrativo, por serem pessoas técnicas. 138 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 3.9 ALGUMAS AÇÕES E ATRIBUIÇÕES DOS ENVOLVIDOS. Gabinete do Prefeito-Prefeito • Convocar órgãos municipais e órgãos afins, pedindo suas reuniões. • Acompanhar o planejamento das ações intervindo quando necessário. • Convocar integrantes dos órgãos que farão parte do SCO ou SCI; • Declarar, conforme a intensidade do evento adverso, SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA ou ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA; • Abrir crédito emergencial caso necessário, ordenando as despesas das atividades de Defesa Civil; • Solicitar o apoio, em meio de transportes, suprimentos e recursos financeiros para os Governos Estaduais e Federais (se necessário); • Requisitar, por decreto, os bens próprios particulares úteis ao apoio às missões de socorro (se necessário). Coordenador Municipal de Defesa Civil • Informar ao Prefeito sua situação e sua evolução; • Manter plantão permanente (celular ou rádio comunicador); • Preparar as instalações para fazer frente à situação de emergência ( Corpo de Bombeiros, SAMU, Brigada Militar, Hospital São Francisco de Assis de Parobé, Policia Rodoviária Estadual ,etc. ); • Informar órgãos municipais e órgãos afins a situação; • Elaborar Boletins Oficiais (BO) e enviar ao Departamento de Comunicação Social; • Contatar os gerenciadores dos abrigos, lhe informando a situação; • Contatar os órgãos Municipais e afins, informando-os da situação e alertando-os sobre uma possível mobilização. • Montar o SCO ou SCI; • Manter contato com órgãos de meteorologia; • Fazer levantamento do abrigo, no final de cada jornada, com número de desabrigados, alimentação disponível, medicamentos necessários e demais necessidades; 139 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 • Elaborar o FIDE e PARECER da COMDEC no Sistema Integrado de Informações de Desastres. • Auxiliar o Prefeito na elaboração de Documentos relacionados à Decretação e inseri-los no Sistema S2ID Corpo de Bombeiros • Participar das reuniões da COMDEC. • Elaborar planejamento específico, visando à mobilização e distribuição de seu efetivo pessoal e material, em pontos estratégicos do município, para melhor desenvolver as suas atividades. • Informar a COMDEC o material e equipamentos existentes e disponíveis, tais como: barcos, macas, etc. • Designar um representante junto ao Corpo de Bombeiros, que será o responsável pela ligação entre COMDEC e o Corpo de Bombeiros. • Distribuir o efetivo e equipamentos, conforme seu planejamento, visando à busca salvamento e resgate de feridos. • Apoiar a execução de tarefas de Defesa Civil. • Executar atividades de Busca, salvamento e resgate. Brigada Militar • Participar das reuniões da COMDEC. • Elaborar planejamento específico, visando à mobilização e distribuição de seu efetivo pessoal e material, em pontos de estratégicos de Parobé, facilitando seu trabalho. • Distribuir o efetivo e equipamentos, conforme seu planejamento, nas áreas atingidas, visando à preservação da ordem pública, da incolumidade das pessoas e do patrimônio. • Neutralizar qualquer indício de agitação da ordem pública quando da realização de trabalhos da Defesa Civil. • Coordenar o tráfego nas ruas do município, principalmente aquelas de acesso aos abrigos, priorizando o livre trânsito das viaturas e veículos que estejam a serviço da Defesa Civil. 140 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 • Designar um representante junto ao COMDEC, que será o responsável pela ligação entre a COMDEC de Parobé e a Brigada Militar. • Montar relatório de avaliação de danos das instalações e equipamentos dessa organização e encaminhá-lo à COMDEC. SAMU • Participar das reuniões da COMDEC, na medida do possível. • Elaborar planejamento específico para suas atividades de resgate. • Manter-se a disposição da Defesa Civil e central de regulação sobre quaisquer chamados para possível cooperação. • Montar relatório de avaliação de danos nas instalações equipamentos dessa organização e encaminhá-lo à COMDEC. Hospital São Francisco de Assis/Parobé • Participar das reuniões da COMDEC, na medida do possível. • Elaborar planejamento específico para suas atividades de atendimento de urgência. • Manter-se a disposição da COMDEC para quaisquer acionamentos. • Montar relatório com os nomes de pessoas as quais foram atendidas, em virtude do evento adverso, ou por consequência e encaminhá-lo à COMDEC. • Comunicar à COMDEC e ou Prefeito Municipal da necessidade de recursos adicionais os quais serão solicitados ao Estado. Secretaria Municipal de Obras e Veículos Pesados • Participar das reuniões da COMDEC. • Executar obras de minimização de enxurradas e enchentes. • Elaborar planejamento específico, visando à mobilização e distribuição de pessoal equipamento em locais estratégicos, para melhor desenvolver as suas atividades. • Informar a COMDEC, os equipamentos e pessoal disponível, principalmente caminhões para a retirada dos pertences dos desabrigados. • Distribuir seu efetivo e equipamentos, dentro das necessidades operacionais. 141 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 • Destinar para os bairros atingidos caminhões e pessoal para a retirada de móveis e utensílios das residências que estão sendo atingidas. • Designar um representante junto a COMDEC, que será o responsável pela ligação entre a COMDEC e a Secretaria Municipal de Obras e Veículos Pesados. • Manter em pleno funcionamento as instalações elétricas e hidráulicas dos abrigos (mão de obra, materiais e equipamentos). Secretaria Municipal de Segurança, Cidadania e Mobilidade Urbana • Controlar o trânsito, visando à orientação e evitar deslocamentos desnecessários que venham a causar congestionamentos. • Assegurar o transporte coletivo nas áreas não inundadas. • Elaborar planejamento e modificações, tais como rotas, sinalização, etc., em locais vulneráveis ou em evolução. Secretaria Municipal de Saúde • Participar das reuniões da COMDEC. • Elaborar planejamento específico, visando à mobilização e distribuição de pessoal e equipamentos em locais estratégicos, para melhor desenvolver as suas atividades. • Distribuir pessoal e equipamentos em locais estratégicos para melhor desenvolver suas atividades. • Designar um representante junto a COMDEC, que será o responsável pela ligação entre a COMDEC e a Secretaria Municipal de Saúde. • Desenvolver atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde, relacionadas com a assistência às populações afetadas, tais como: • Saneamento básico de caráter emergencial; • Vigilância epidemiológica; • Vigilância sanitária; • Proteção da saúde mental; • Educação para a saúde; • Higiene das habitações, higiene individual e asseio corporal; • Higiene da alimentação; 142 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 • Proteção dos estratos populacionais mais vulneráveis; e • Prevenção e tratamento das intoxicações. Policia Civil • Participar das reuniões da COMDEC. • Elaborar planejamento específico, visando à mobilização e distribuição de pessoal e equipamento em locais estratégicos, para melhor desenvolver as suas atividades. • Manter-se informado sobre a situação e sua possível evolução. • Distribuir seu efetivo e equipamento, dentro das necessidades operacionais, conforme seu planejamento. • Manter o controle dos mortos e suas identificações. Secretaria Municipal de Planejamento, Modernidade Administrativa e Recursos Humanos • Participar das reuniões da COMDEC. • Desenvolver projetos para recolocação de famílias moradoras em áreas de risco. • Em função do mapeamento de áreas de riscos, caracterizar em micro zoneamento das seguintes áreas: • De preservação ambiental; • De proteção ambiental; • Não construção; • Construção com restrições; • Construção, em acordo com as posturas de código de obras municipal. • Manter, à disposição da COMDEC, profissionais (arquitetos e engenheiros) para vistorias e inspeções das áreas afetadas. • Fazer estudos da área afetada, visando possíveis alterações no Plano Diretor Municipal. • Promover a realocação das famílias cujas residências não mais apresentam condições de serem habitadas. • Demolir as residências que foram afetadas e não ofereçam condições de serem habitadas. 143 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Secretaria Municipal do Meio Ambiente • Participar das reuniões da COMDEC. • Desenvolver eficiente fiscalização em áreas de risco, visando ao cumprimento do Plano Diretor do Município, coibindo a ocupação de áreas de preservação, respeitando-se os limites de afastamento de rios e arroios. • Articular projetos e vistorias juntamente com a COMDEC. • Manter a disposição da COMDEC pessoal técnico para vistorias e inspeções nas áreas afetadas. • Montar relatório de avaliação de danos ambientais, encaminhando-o à COMDEC. • Desenvolver projetos de recuperação de áreas degradadas. Secretaria Municipal de Assistência Social • Disponibilizar Assistentes Sociais para vistorias junto com a Defesa Civil e fornecer Laudos Sociais. • Disponibilizar recursos para possíveis retiradas de pessoas de suas residências. • Dar assistência social no abrigo. • Fornecer profissionais como psicólogos para acompanhamento das vítimas. EMATER • Elaborar o levantamento das áreas rurais atingidas que tenham prejuízo de mais de 50% de sua propriedade. • Elaborar Laudos Técnicos e encaminhá-lo a COMDEC em até cinco dias. • Montar relatório técnico de danos das instalações e equipamentos nas localidades com os respectivos levantamentos fotográficos e encaminhando para a COMDEC. - Secretaria Municipal Geral de Governo • Participar das reuniões da COMDEC. • Elaborar planejamento específico para melhor desenvolver as suas atividades (ex. identificação de espaços adequados para depósitos de Donativos). 144 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 • Gerenciar a compra, recebimento e controle de gêneros alimentícios, materiais diversos. • Gerenciar o recebimento e controle de donativos (caso não haja voluntários suficientes). • Manter o controle da água potável no prédio da Prefeitura. • Manter os veículos e motoristas, das Secretarias não envolvidas diretamente no evento, à disposição da COMDEC e Secretaria Municipal de Assistência Social e Conselho Tutelar. - Secretaria Municipal de Educação • Participar das reuniões da COMPDEC. • Colaborar com pessoal (funcionários da rede ) na formação das equipes de coordenação dos abrigos. • Disponibilizar as instalações físicas das escolas para servirem de abrigos caso não haja outro local. • Disponibilizar monitores de creches caso haja a necessidade de abrigos. - RGE • Distribuir suas equipes de manutenção em pontos estratégicos, conforme a necessidade, com a finalidade de assegurar, ao máximo, o fornecimento de energia elétrica. • Priorizar a manutenção desse serviço nos Hospitais, Abrigos, e Centro de Operação de Defesa Civil. • Comandar o desligamento das redes elétricas, conforme o nível das águas e possíveis situações de risco, informando a COMDEC. • Elaborar o levantamento das áreas sujeitas à suspensão de fornecimento de energia elétrica. • Distribuir suas equipes de manutenção em pontos estratégicos, conforme a necessidade, com a finalidade de assegurar, ao máximo, o fornecimento de energia elétrica. • Priorizar a manutenção desse serviço nos Hospitais, Abrigos, e Centro de Operação de Defesa Civil. 145 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 • Comandar o desligamento das redes elétricas, conforme o nível das águas e possíveis situações de risco, informando à COMDEC. • Elaborar o levantamento das áreas sujeitas à suspensão de fornecimento de energia elétrica. - CORSAN • Senão for possível, informar à COMDEC o nível em que o fornecimento de água será suspenso. • Informar, à COMDEC com que nível é suspensa a captação e o fornecimento e qual a provável duração do estoque dos reservatórios do município. • Garantir, ao máximo, o abastecimento de água à população, divulgando medidas quanto ao racionamento e esclarecimento à purificação da água. - Transporte Escolar • Participar das reuniões da COMDEC. • Disponibilizar alguns dos ônibus para ações de transporte de passageiros para abrigos caso seja necessário, mediante a necessidade. - Rotary Clube • Apoiar ações do órgão de Assistência Social. • Apoiar nas ações de limpeza. • Auxiliar os trabalhos nos abrigos, como: 1 - Distribuição de águas e alimentos; 2 - Preparação de alimentação; 3 - Apoio, de modo geral, à população atingida; e 4 - Apoio às ações do órgão de Assistência Social. - Polícia Rodoviária Estadual • Participar das reuniões da COMDEC, na medida do possível. • Montar pontos de controle de trânsito, visando à orientação e evitar deslocamentos desnecessários, priorizando o livre acesso às viaturas que estarão a serviço da Defesa Civil. 146 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 • Manter a COMDEC informada sobre as condições de tráfego e pontos interditados nas rodovias estaduais. • Elaborar planejamento específico quanto ao controle de trânsito nas rodovias estaduais de acesso ao município de Parobé, visando à orientação e evitar deslocamentos desnecessários que venham a causar congestionamentos. - Conselho Tutelar • Participar das reuniões da COMDEC. • Elaborar planejamento específico, visando à mobilização e distribuição de pessoal e equipamento em locais estratégicos, para melhor desenvolver as suas atividades. • Coordenar as atividades de Assistência Social à população desabrigada. • Designar um representante junto à COMDEC, que será o responsável pela ligação entre a COMDEC e o Conselho Tutelar. 3.10 VOLUNTÁRIOS DA DEFESA CIVIL DE PAROBÉ. - Jarbas Alaor Gomes da Rocha; Fone: 9971-2041. Rua Arnold Hartz, 111 Alexandria. - Diogo D. da Luz; Fone: 352-1626; Rua 25 de Julho, 325 apto 02 - Nova Guarujá. - Elário da Silva; Fone: 8047-4413; Rua Arthur Lehnen, 208 - Centro. - Elisandro Lopes; Fone: 9544-9046; Rua Passo Fundo, 640 - Residencial Azaléia. - Claudemir Barbosa; Fone: 9741-5354 Rua Rio de Luz, 216 - Centro. - Tomas P Rodrigues; Fone: 9989-9474 Rua Otto Niemayer,189 - Nova Guarujá. - Adão da Silva; Fone: 9645-1041 Rua José Mosmann, 317 - Centro. - Orlando José N. da Silva; Fone: 9802-2256 Rua Adaviano Linden, 462 - Das Rosas. - Solismar Santos Silva; Fone: 9710-5240 Rua Vicente Dutra, 1146 - Mariana. - Carlos V A Franco; Fone: 9764-1338 Rua Alcides da Rosa, 687 - Paraiso. - Arcimiro Braun; Fone: 9833-6996 147 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 - Nelson Franco; Fone: 9762-9655 Rua Odorico Mosmann, 257 - Centro. - Pedro Ferreira; Fone: 9556-6470 Rua Antonio Lopes, 172 - Guarujá. - Rosana Muller Ott; Fone: 9816-5634 Rua Francisco Cunha, 116 -Centro. - Matheus Homem; Fone: 3523-2323 Rua Deoclides A da Silveira, 244 Guarujá. - Gilberto Silva Gomes; Fone: 9850-5184 Rua Arno Oscar Ludwig, 179 Guarujá. 3.11 BASE LEGAL - Decreto 469, de 16 de julho de 1996, institui a Comissão Municipal de Defesa Civil – COMDEC, organiza e dá outras providências. - Lei Municipal 3432, de 14 de março de 2014, autoriza o Poder Executivo a firmar Convênio com o Estado, visando o apoio a atividades administrativas da segurança pública e do combate a incêndio e outros desastres, no âmbito do Município. - Lei Municipal 2641, de 30 de abril de 2008, dispõe sobre a criação do Fundo Municipal de Defesa Civil – FMDC e dá outras providências. - Lei Municipal 3178 de 4 de janeiro de 2013, dispõe sobre a Estrutura administrativa da Prefeitura Municipal de Parobé/RS e dá outras providências. 3.12 DA ESTRUTURA DOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO A Lei Municipal 3178/2013, no seu artigo 18, dispõe a Estrutura Administrativa da Prefeitura Municipal de Parobé/RS da seguinte forma: Art.18 - A estrutura administrativa da Prefeitura Municipal de Parobé constituise dos seguintes órgãos de administração direta: I - Governadoria: a) Gabinete do Prefeito; b) Gabinete do Vice-prefeito. II - Órgãos Consultivos e de Assessoramento: 148 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 a) Procuradoria do Município; b) Conselhos Municipais. III – Órgãos da Administração Geral: a) Secretaria de Geral de Governo - SEGG; b) Secretaria de Desenvolvimento Rural - SEDR; c) Secretaria de Assistência Social - SEAS; d) Secretaria de Comunicação e Inclusão Digital – SECID; e) Secretaria de Cultura e Eventos Turísticos – SECET; f) Secretaria de Educação - SEEDUC; g) Secretaria de Esporte e Lazer - SEEL; h) Secretaria de Desenvolvimento Econômico - SEDE; i) Secretaria de Habitação - SEHAB; j) Secretaria de Meio Ambiente - SEMA; k) Secretaria de Obras e Veículos Pesados – SEOVP; l) Secretaria de Saúde – SES; m) Secretaria de Segurança, Cidadania e Mobilidade Urbana – SESCMU; n) Secretaria de Planejamento, Modernização Administrativa e Recursos Humanos – SEPMARH; o) Secretaria da Fazenda – SEFAZ; p) Secretaria de Defesa Civil, Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais – SEDCCEPRN; q) Secretaria da Participação Popular, Relações Comunitárias – SEPPRC; r) Secretaria do Interior - SEI s) Coordenadoria Especial de Políticas Para as Mulheres; t) Sistema de Controle Interno. IV – Órgãos da Descentralização Administrativa: a) Sub-prefeituras. 149 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 3.13 DA SECRETARIA DE DEFESA CIVIL, COMBATE A ENCHENTES E PREVENÇÃO DE RISCOS NATURAIS – SEDCCEPRN A lei 3178/2013 no seu capítulo VII, art. 40 dispõe sobre a competência da Secretaria Municipal de Defesa Civil, Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais. Art. 40 - Compete à Secretaria Municipal de Defesa Civil, Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais: I - coordenar o conjunto de ações preventivas, de socorro, assistenciais e recuperativas com o propósito de evitar ou minimizar desastres, procurando, ao mesmo tempo, preservar o moral da população e restabelecer a normalidade do convívio social; II - manter em sintonia e articuladas às ações locais com o Sistema Nacional de Defesa Civil (SINDEC); III - desenvolver o Plano Integrado de recuperação da bacia hidrográfica local, prevendo a transversalidade entre as Secretarias, para a educação ambiental, retomada de seu leito natural, reflorestamento das margens e recolocação habitacional das famílias em situação de risco; IV - prevenir elaborando planos e exercícios simulados, destinados ao desenvolvimento e aperfeiçoamento do sistema de autodefesa; V - prestar socorro, com emprego de pessoal treinado dos vários órgãos do município envolvidos, ou de voluntários em casos como extinção do incêndio, resgates de vítimas e evacuação; VI - encaminhar para assistência os cidadãos atingidos por sinistros, concomitante ou logo depois do impacto violento da emergência; VII - promover a ampla participação da comunidade nas ações de defesa civil, especialmente nas atividades de planejamento e ações de respostas a desastres e reconstrução; VIII - elaborar, implementar e gerenciar planos de contingências e planos de operações de defesa civil, bem como projetos relacionados com o assunto; IX - implementar políticas de capacitação de recursos humanos para as ações de defesa civil de combate a enchentes e de riscos naturais, promovendo o 150 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 desenvolvimento de associações de voluntários, buscando articular, as ações de forma conjunta com as comunidades atingidas; X - realizar exercícios simulados, com a participação da população, para treinamento das equipes e aperfeiçoamento dos planos de contingência; XI - gerenciar os procedimentos relativos à avaliação de danos e prejuízos das áreas atingidas por desastres; XII - propor à autoridade competente a decretação de situação de emergência ou de estado de calamidade pública; XIII - executar a coleta, a distribuição e o controle de suprimentos em situações de desastres; XIV - articular-se com os demais entes federados, projetando e definindo diretrizes, bem como os meios necessários ao enfrentamento de desastres ou emergências em âmbito municipal ou em âmbito regional, estadual e nacional de forma coordenada e colaborativa. 3.14 CONTATOS DIVERSOS Brigada Militar- Telefone: 190 Bombeiros- Telefone: (51) 3543-7825 Hospital São Francisco de Assis- Telefone: (51) 3543-1366 Polícia Rodoviária- Telefone: 198 e (51) 3598-9000 Corsan- Telefone: (51) 3543-1033 RGE- Telefone: 0800-9700900 Samu- Telefone: 192 Plantão Médico- Telefone: (51) 3593-1114 Patram- Telefone: (51) 3541-1246 SECRETARIAS: Secretaria da Fazenda – SEFAZ- Telefone: (51) 3953-1000 R.1020 Secretaria de Assistência Social – SEAS- Telefone: (51) 3953-1059 Secretaria de Comunicação e Inclusão Digital – SECID- Telefone: (51) 39531000 R.1088 151 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Secretaria de Cultura e Eventos Turísticos- SECET- Telefone: (51) 3543-1696 Secretaria de Participação Popular e Relações Comunitárias-SEPPRCTelefone: (51)3953-1000 R.1073 Secretaria Geral do Governo- SEGG- Telefone: (51)3953-1000 R.1021 Secretaria de Defesa Civil Combate a Enchentes e Prevenção de Riscos Naturais-SEDCCEPRN- Telefone: (51) 3953-1979 Secretaria de Desenvolvimento Rural-SEDR- Telefone: (51)3953-1106 Secretaria de Educação- SEEDUC- Telefone: (51) 3953-1040 Secretaria de Habitação- SEHAB- Telefone: (51) 92117399 Secretaria de Interior - SEI - Telefone: (51) 3953-1070 Secretaria de Planejamento, Modernidade Administrativa e Recursos Humanos- SEPMARH- Telefone: (51)3953-1000 R. 1076. Secretaria de Obras e Veículos Pesados- SEOVP- Telefone: (51) 3953-1105 Secretaria de Saúde- SES- Telefone: (51) 3593-1090 Secretaria de Segurança, Cidadania e Mobilidade Urbana-SESCMU- Telefone: (51)3593-1072 Secretaria de Desenvolvimento Econômico – SEDE - Telefone: (51) 3953-1074 Secretaria do Meio Ambiente - SEMA - Telefone: (051) 3953-1103 152 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 4. PLANO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 4.1 PREMISSAS BÁSICAS O apoio à qualificação da gestão e da participação da sociedade é fundamental para o sucesso no planejamento e na execução de políticas locais de saneamento ambiental na medida em que ambas orientam a definição de estratégias e o controle social da prestação dos serviços públicos. Nesse sentido, a educação ambiental, ao mobilizar os usuários para o exercício do controle social, que inclui sua participação no planejamento e no acompanhamento da gestão, constitui um instrumento que ajuda a qualificar o gasto público em saneamento e a destinação eficiente dos recursosrevertendo em benefícios diretos à população, bem como à sustentabilidade dos serviços de saneamento. É importante lembrar que o Decreto n° 7.217, de 21 dejunho de 2010, que regulamenta a Lei n° 11.445/2007, estabelece, entre outras as seguintes obrigações no que se refere aos Planos Municipais de Saneamento: Art. 26. A elaboração e a revisão dos planos de saneamento básico deverão efetivar-se, de forma a garantir a ampla participação das comunidades, dos movimentos e das entidades da sociedade civil, por meio de procedimento que, no mínimo, deverá prever fases de: I - divulgação, em conjunto com os estudos que os fundamentarem; II - recebimento de sugestões e críticas por meio de consulta ou audiência pública; e III - quando previsto na legislação do titular, análise e opinião por órgão colegiado criado nos termos do art. 47 da Lei no 11.445, de 2007. § 1º A divulgação das propostas dos planos de saneamento básico e dos estudos que as fundamentarem dar-se-á por meio da disponibilização integral de seu teor a todos os interessados, inclusive por meio da rede mundial de computadores - internet e por audiência pública. Art. 34. O controle social dos serviços públicos de saneamento básico poderá ser instituído mediante adoção, entre outros, dos seguintes mecanismos: I - debates e audiências públicas; II - consultas públicas; III - conferências das cidades; ou IV - participação de órgãos colegiados de caráter consultivo na formulação da política de saneamento básico, bem como no seu planejamento e avaliação. § 1º As audiências públicas mencionadas no inciso I do caput devem se realizar de modo a possibilitar o acesso da população, podendo ser realizadas de forma regionalizada. 153 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 § 2º As consultas públicas devem ser promovidas de forma a possibilitar que qualquer do povo, independentemente de interesse, ofereça críticas e sugestões a propostas do Poder Público, devendo tais consultas ser adequadamente respondidas. § 6º Será vedado, a partir do exercício financeiro de 2014, acesso aos recursos federais ou aos geridos ou administrados por órgão ou entidade da União, quando destinados a serviços de saneamento básico, àqueles titulares de serviços públicos de saneamento básico que não instituírem, por meio de legislação específica, o controle social realizado por órgão colegiado, nos termos do inciso IV do caput. O recente Decreto Federal 8.211, de 21/03/20144, que prorrogou o prazo de obrigatoriedade de elaboração dos Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB) até 2015, manteve a redação e o prazo previsto no § 6º do art. 34 para a instituição do organismo de controle social por legislação específica. 4.2DEMANDAS Um volume substancial de recursos é investido em educação ambiental como parte dos financiamentos e dos convênios firmados pelo Governo Federal com estados e municípios para ações de saneamento. A educação ambiental representa um instrumento da gestão dos mais importantes dos programas e investimentos na área. Segundo o Sistema Nacional de Informação em Saneamento (SNIS), a Educação Ambiental está presente, de forma pulverizada, em todos os programas do saneamento, com destinação de 3% dos recursos nos convênios da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) e em torno de 1% nos financiamentos com recursos do FGTS. Nos financiamentos com recursos federais há obrigatoriedade de execuçãode um projeto técnico relativo ao trabalho socioambiental, especialmente em implantações de sistemas de esgotamento sanitário. As operadoras (CORSAN, COMUSA, SEMAE e outras) disponibilizam recursos para estas ações que devem ser articuladas com as atividades de educação ambiental. No abastecimento de água as ações são destinadas à conscientização sobre a preservação dos mananciais bem como para o uso racional da água potável, 4 Altera o Decreto nº 7.217, de 21 de junho de 2010, que regulamenta a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico. 154 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 prevenção e recuperação de perdas e adequado uso e manutenção das instalações e equipamentos públicos e domiciliares que compõem o sistema. No que se refere ao esgotamento sanitário existe a necessidade de ações de educação ambiental para que no menor prazo possível seja alcançada a universalização do atendimento com conexões domiciliares onde já existe rede coletora disponível. Esta área também se conecta com a de resíduos sólidos e de drenagem urbana no que diz respeito à participação da população para a conservação da limpeza das ruas e áreas de drenagem e de preservação permanente, como as zonas de banhados. A viabilização e a ampliação da coleta seletiva estão estreitamente ligadas a uma maior participação da população fazendo a sua parte na separação dos materiais recicláveis e até mesmo na entrega voluntária em pontos específicos. 4.3 INTEGRAÇÃO E APROVEITAMENTO DE AÇÕES PREVISTAS NO ÂMBITO REGIONAL 4.3.1 Ações previstas no Plano de Bacia - Comitesinos Conforme mostra o Quadro 1, já existem no Plano de Bacia ações priorizadas para a área de Educação Ambiental, inclusive com recursos previstos. A implementação dessas ações demanda participação das prefeituras municipais da região. 155 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Quadro 10. Resumo das ações, prazos e custos – Plano de Bacia Programa Educação, mobilização e comunicação Ações Prazo Custo da ação (R$) Educação ambiental 20 anos 2.200.000,00 Plano de Comunicação Social 20 anos Custo do Programa (R$) 4.400.000,00 2.200.000,00 Fonte: Plano de Bacia, Comitesinos. Embora o principal objetivo da proposta de educação ambiental do Plano de Bacia5– mais voltada para o universo escolar das redes públicas - seja “a formação crítica para a atuação no gerenciamento dos recursos hídricos” também é buscada a ampliação das redes de cooperação, envolvendo os diferentes segmentos com atuação na área da Bacia do Sinos, para o desenvolvimento de ações integradas capazes de contribuir com a melhoria da qualidade e quantidade das águas. Entre os resultados esperados, que se coadunam com o dos PMSBs, estão: Qualificação continuada dos promotores da educação ambiental para a atuação competente no gerenciamento dos recursos hídricos e difusão de seus fundamentos. Desenvolvimento da capacidade de articulação e de mobilização dos diferentes setores estabelecidos nas comunidades (municípios) para as atividades que resultem na aplicação das ferramentas de gestão e de comprometimento com o uso racional dos recursos hídricos. 5 O Programa reúne atualmente representantes de treze municípios integrantes da Bacia - Caraá, Santo Antônio da Patrulha, Taquara, Parobé, Igrejinha, Três Coroas, Sapiranga, Campo Bom, Estância Velha, Novo Hamburgo, Sapucaia do Sul, Esteio e Canoas, oriundos das Secretarias Municipais de Educação, intitulados como coordenadores do projeto Dourado, que são responsáveis pelas articulações na instância municipal para promover a mobilização e a participação das comunidades nos diversos eventos e atividades planejadas. Há, no entanto, esforços para envolver e comprometer os demais municípios da Bacia para a ação coletiva de educação ambiental. 156 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 4.3.2 Ações previstas no Plano de Educação Ambiental – Consórcio Pró-Sinos O Programa de “Educação Ambiental voltada à preservação e recuperação da Bacia do Rio dos Sinos” (PEA/Pró-Sinos6), visa a alertar a comunidade acerca da problemática ambiental visando aumentar a compreensão sobre a natureza complexa do meio ambiente natural como de tudo que é criado pelo ser humano, resultante da integração de seus aspectos biológicos, físicos, sociais, econômicos e culturais. Buscaincentivarà adoção de novos hábitos que permitam à comunidade participar responsável e eficazmente da preservação e da solução dos problemas ambientais. Uma das principais atuações do PEA/Pró-Sinos é por meio dos Coletivos Educadores, que são referência nos municípios. Durante o processo de elaboração deste PMSB e do Plano Regional foram realizadas várias atividades de mobilização com foco no saneamento voltadas para a comunidade escolar da Bacia do Sinos, por meio do PEA/Pró-Sinos. Em muitas das oficinas, capacitações e reuniões realizadas nos municípios foi sugerida a ampliação da atuação e abrangência do Programa com a incorporação do componente saneamento e diversificação do público a ser atendido. Sugestões de ações, recursos e prazos relativamente a este tema estão contempladas no Plano Regional. 4.4 PROPOSTAS PARA O PLANO MUNICIPAL E REGIONAL Em cada um dos municípios do Consórcio Pró-Sinos há vários programas de educação ambiental e mobilização social em andamento e que devem ser potencializados e ampliados visando a abranger os conceitos, materiais e conteúdos já disponibilizados ao longo da elaboração dos PMSBs. É fundamental que esses programas incorporem as temáticas relativas ao abastecimento de água, 6 Atualmente oprograma atende a 24 municípios consorciados: Araricá, Caraá, Campo Bom, Canela, Cachoeirinha, Canoas, Dois Irmãos, Estância Velha, Esteio, Gramado, Igrejinha, Nova Hartz, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Parobé, Portão, Riozinho, Rolante, Sapucaia do Sul, Santo Antônio da Patrulha, São Francisco de Paula, São Leopoldo, Sapiranga e Taquara. 157 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos e drenagem e gestão das águas pluviais. A seguir, no Quadro 2, são descritos os objetivos e as ações concebidas. Quadro 11. Objetivos e ações propostas – PMSB e PRSB Ação Objetivos I. Ampliar o conhecimento sobre a percepção da população a respeito do saneamento. I. Melhorar a eficácia dos programas de EA. II. Evitar desperdício de recursos, pessoal e infraestrutura. III. Capacitar melhor o corpo docente das escolas do município. I. Obter o apoio dos meios de comunicação para a divulgação do PMSB. II. Ampliar o espectro de difusão de ideias e conceitos sobre saneamento. I. Ampliar o conhecimento da população a respeito dos serviços de saneamento. II. Esclarecer sobre a importância da participação do usuário para a melhoria dos serviços de água, esgoto, drenagem e resíduos. I. Incentivar o exercício da cidadania. Realizar pesquisa qualiquantitativa sobre saneamento e meio ambiente. Essa atividade está incluída no Plano Regional e deve ser realizada pelo Consórcio. • Relacionar, sistematizar e avaliar os programas de educação ambiental existentes. • Relacionar, sistematizar e avaliar os programas e/ou projetos de capacitação de professores sobre temas ambientais e de saneamento. • Fazer a adequação de modo a incluir as diretrizes e fundamentos do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). Fazer um levantamento a respeito de espaços fixos e eventuais na imprensa local e regional para publicação de matérias relacionadas ao saneamento, meio ambiente, educação ambiental. Operacionalizar a recomendação de incluir o componente de educação ambiental/ comunicação e mobilização em todas as alternativas propostas. Definir forma permanente de informação à população do andamento do PMSB. Elaborado por Concremat, 2014. 4.5 PLANO DE METAS 4.5.1 Indicadores e metas Por se tratarem de ações cujos objetivos dependem da mobilização social para que seja obtida uma mudança cultural que conduza a um cenário ideal de próatividade da população, as metas se configuram como permanentes até o final do plano. A quantificação das metas intermediárias só será possível na medida em que 158 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 for identificada a percepção da população relativamente às questões de saneamento e a sua participação na execução do plano e no exercício do controle social exigido pela legislação (Lei n° 11.445/2007 e Decreto n° 7.217, de 21 de junho de 2010). Os indicadores aqui descritos têm sido sugeridos para o monitoramento de programas de controle de perdas e foram adaptados para avaliação da eficácia das ações de educação ambiental. A - Indicadores de mudança cultural7 Indicador 1A: cobertura das ações do componente de mobilização social. É a avaliação da capacidade das ações de mobilização social em atingir seu público-alvo, que será medida monitorando-se: I.O percentual de funcionários que conhecem informações importantes sobre os planos que tenham sido amplamente divulgadas (em eventos institucionais, sites, informativos). Tal indicador poderá ser obtido através de um levantamento baseado nos seguintes itens: Número de atividades desenvolvidas relativas à temática; Número de pessoas que participaram de eventos internos e externos (obtido através de listas de presença). II.O grau de sintonia das atividades desenvolvidas em relação aos princípios norteadores relacionados à importância, necessidade, obrigatoriedade de elaboração dos planos e da participação da comunidade. Ele é obtido através da análise de conteúdo: Das atividades desenvolvidas e; Dos instrumentos de comunicação, tais como: o o o Folheteria, Vídeos, Outros Indicador 2A:melhoria da imagem institucional do saneamento em geral e do processo de planejamento e dos componentes de coleta e tratamento de esgotos e coleta seletiva, em particular. 7 Fonte: Diagnóstico Situacional da Mobilização Social – Documento Metodológico II – Sonia Maria Dias e Rodolfo Cascão Inácio – Ministério das Cidades – Secretaria Nacional de Saneamento ambiental – Programa de Modernização do Setor de Saneamento (PMSS), 2005. 159 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Refere-se à imagem favorável do setor, o entendimento do que seja o processo de elaboração dos Planos e do aceitamento/apoio à implantação das medidas estruturais e não estruturais previstas no PMSB tanto entre os próprios funcionários envolvidos, os formadores de opinião, a imprensa e os usuários (população em geral). O indicador será medido a partir da avaliação: I.Do aumento do número de inserções positivas na mídia sobre o setor, as operadoras (água, esgoto, resíduos e drenagem) e o processo de Planejamento; II.Da diminuição do número de reclamações sobre a prestação do serviço existente; III.Da melhoria dos índices de inadimplência; IV.Da diminuição das ligações clandestinas; V.Do aumento da adesão à coleta seletiva. B - Indicadores de gestão da mobilização: Indicador 1B:participação das várias instâncias nos processos de debate e definição das propostas incluídas nos Planos. Refere-se ao grau de envolvimento dos funcionários (das operadoras, do Executivo e do Legislativo) nos seus diferentes níveis hierárquicos e setoriais e das representações sociais. Compõem esse indicador: I.A existência de instâncias participativas para a divulgação/avaliação dos Planos (tais como: Comitês ou equivalente) e/ou ampliação da representatividade nas instâncias existentes; II.A existência de planos de mobilização e seu monitoramento; III.A capacidade de elaboração e realização de programas e eventos de divulgação. Indicador 2B: institucionalização da mobilização e comunicação social. Refere-se à capacidade de montar e/ou utilizar uma logística que apoie as ações viabilizadoras das propostas dos Planos. Compõem esse indicador: I.A criação ou existência de setores responsáveis pela comunicação social, educação ambiental ou outras instâncias correlatas; 160 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 II.A produção e veiculação com certa periodicidade de folheteria (boletins, cartilhas, folhetos...), vídeos, mídias alternativas (outdoors, faixas, painéis.); I. II. A veiculação na mídia (jornais, rádios, TVs); A constituição de núcleos artísticos e culturais voltados à popularização dos conceitos ligados ao saneamento e salubridade ambiental. 4.6 MECANISMOS DE AVALIAÇÃO DAS METAS Esses indicadores apontam para a existência de um cenário favorável ao recebimento e aprovação da proposta de planejamento na área de saneamento e, sobretudo, de uma boa resposta a ações como a implantação da coleta e tratamento de esgotos e da coleta seletiva que se procura atingir a partir das intervenções de comunicação, mobilização e educação ambiental. O Quadro 3 a seguir apresenta uma lista de características tipicamente ideais de um cenário com uma cultura instituída para a aceitação/valorização do saneamento. Visão sobre o saneamento Institucionalidade Quadro 12. Cenário de mudança cultural Mudança cultural interna • Existência de instâncias legalmente constituídas relacionadas com o tema nos três poderes; • Existência de ONGs atuantes relacionadas com o tema; • Existência de eventos institucionalizados sobre o tema com ampla participação da população, como Semana da Água, por exemplo; • Existência de comitês de bacias atuantes. • Planejamento participativo; • Reconhecimento da importância da participação da população em todas as etapas (aumento do número de eventos com esta participação). Mudança cultural externa • Campanhas de valorização da água em geral e do saneamento, em especial; • Aumento da participação da população nos debates e eventos (audiências públicas); • Aumento do número e da frequência de abordagens sobre os temas relacionados ao saneamento, como palestras e outros eventos. • Integração em redes virtuais; • Diminuição dos índices de inadimplência e ilegalidade dos usuários dos atuais serviços de água, esgoto e resíduos. 161 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 Comunicação Institucionalidade Mudança cultural interna • Assessorias de imprensa estruturadas, com jornalista, relações públicas, equipe e logística e participação em todas as etapas de debate das propostas contidas nos Planos; • Murais; • Eventos de visibilidade; • Intranet; • Produções em parceria; • Boletins periódicos; • Relacionamento com a mídia; • Vídeos; • Eventos. • Aproximação da comunidade com a prestadora de serviços (visitas de escolas e outros grupos às estações de tratamento), solicitação de palestras a grupos fechados e/ou para eventos públicos. • Cursos de capacitação; • Visitas monitoradas; • Seminários; • Cooperação escolares. permanente • Folhetos; • Possibilidade de utilização de serviços de agências de publicidade e de espaços pagos ou cedidos para veiculação de peças publicitárias e outdoors. • Estruturação de um setor de educação ambiental; Educação Mudança cultural externa • Coordenação com secretarias de Educação municípios e Estado; as dos • Inclusão de atividades de educação ambiental no calendário oficial da área. • Eventos internos nas diversas instâncias; com instituições • Espaços para reuniões e treinamentos. • Equipamentos e recursos pedagógicos; Cultura • Materiais educativos. • Grupos artísticos e/ou próprios; contratados • Produção de artigos e sistematização; • Envolvimentos de talentos da casa em eventos. • Participação nas produções de comunicação e de educação. • Solicitação de apresentação dos grupos artísticos em eventos públicos. Fonte: Diagnóstico Situacional da Mobilização Social – Documento Metodológico II – Sonia MariaDias e Rodolfo Cascão Inácio, 2005. Adaptado por Concremat. 4.7 PRAZOS DE IMPLANTAÇÃO E ESTIMATIVA DE CUSTOS O Quadro 4 indica os prazos estabelecidos para as ações deste Plano de Saneamento – imediato, curto, médio e longo prazos. O Quadro 5, na sequência, as ações do Plano de Educação Ambiental e os respectivos prazos para implantação. Quadro 13. Prazos do PMSB e o Plano Regional ANO REFERÊNCIA PRAZO DA AÇÃO CALENDÁRIO 1 2014 Imediato 2 2015 3 2016 Curto 4 2017 162 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 ANO REFERÊNCIA 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 PRAZO DA AÇÃO CALENDÁRIO 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 Médio Longo Elaborado por Concremat, 2013. Quadro 14. Prazos de implantação e estimativa de custos– ações de educação ambiental Estimativa de Ação Prazo 8 custos (R$) Pesquisa qualiquantitativa sobre saneamento e meio ambiente. Imediato R$ 350.000,00 Definir forma permanente de informação à população do andamento do PMSB. Imediato R$ 172.000,00 Avaliar os programas de educação ambiental e projetos de capacitação de professores sobre temas ambientais e de saneamento. Fazer a adequação de modo a incluir as diretrizes e fundamentos do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). Curto prazo R$ 350.000,00 Relacionar espaços fixos para publicação de matérias relacionadas ao saneamento, meio ambiente, educação ambiental, ecoturismo. Operacionalizar a recomendação de incluir o componente de educação ambiental/ comunicação e mobilização em todas as alternativas propostas. 9 R$ 50.000,00 Curto, Médio, Longo Entre 1 e 3% do valor dos investimentos em água, esgotos, resíduos e drenagem Elaborado por Concremat, 2014. 8 Obs.: os valores de investimento são apenas estimativos. 9 Custo de implantação: R$ 150.000,00. Operação e manutenção: R$ 1.000,00/ano. 163 PAROBÉ – Produto 3 – Tomo 4 A pesquisa é o ponto de partida para avaliar a percepção da população sobre saneamento e poder planejar ações. Precisa ser feita no início de execução do Plano por isto foi indicada como emergencial. O mesmo se aplica ao painel para acompanhamento das ações, este a cargo de cada município. As ações de curto prazo se referem apenas a adequações e inclusão do tema saneamento em programas já existentes e podem ser realizadas em um horizonte de até quatro anos. Outras foram estimadas para todo o horizonte do Plano. É fundamental que esses programas incorporem as temáticas relativas ao. Na análise de sustentabilidade que contempla os investimentos previstos para cada um dos quatro segmentos - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos e drenagem e gestão das águas pluviais, também são considerados os valores para mobilização social e educação ambiental que devem ser investidos. Assim foi estipulado um recurso para projetos de educação ambiental de 1 a 3% sobre os custos anuais de operação, administração e manutenção dos sistemas. 164 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 5. LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 5.1 CONCEPÇÃO DE PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES No ano de 2007 foi lançada a Política Nacional de Saneamento Básico (PNSB), através da Lei nº 11.445/2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico, servindo de base para o Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), que foi proposto em 2011 e teve sua versão final aprovada no final de 2013. No ano de 2010foi lançada a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), através da Lei nº 12.305/2010, regulamentada pelo Decreto nº 7.404/2010, e que estabelece o conteúdo mínimo para os planos de resíduos sólidos. O Plano Nacional de Saneamento Básico e o Plano Nacional de Resíduos Sólidos estabelecem diretrizes, estratégias e metas para as regiões brasileiras baseadas em um diagnóstico da situação atual dos serviços de gestão e manejo de resíduos sólidos no país, e também em um prognóstico que utiliza a ferramenta de cenários de planejamento. Como os planos nacionais definem metas para as macrorregiões do país, as metas para cada divisão administrativa inseridas em uma macrorregião são definidas proporcionalmente, a partir de suas populações residentes. E, consequentemente, as que devem ser alcançadas pelas microrregiões e municípios. As versões dos planos nacionais consideradas para a elaboração deste Plano foram as seguintes: • PLANSAB: Plano Nacional de Saneamento Básico. Versão aprovada, de dezembro de 2013. • PLANARES: Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Versão de agosto de 2013. 5.1.1 Princípios e prioridades Como princípios, e para a priorização das ações de gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, foram considerados os estabelecidos na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), conforme a Figura 5 a seguir. 165 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Figura 5- Prioridades na gestão e gerenciamento conforme a PNRS. Elaborado por Concremat, 2013. Os princípios básicos e prioridades que orientam o cumprimento dos objetivos estabelecidos pela PNRS e pelo PLANARES implicam: • Proteção da qualidade ambiental e da saúde pública; • Fomento e valorização da não geração, da redução, da reutilização, da reciclagem, da geração de energia, do tratamento e da disposição ambientalmente correta; • Redução do volume e da periculosidade; • Geração de benefícios sociais, ambientais e econômicos; • Gestão integrada dos resíduos; • Estímulo a soluções intermunicipais e regionais para gestão dos resíduos; • Estímulo à pesquisa e ao desenvolvimento de tecnologias; • Estímulo ao consumo sustentável. As diretrizes adotadas pelo plano objetivam melhorar os aspectos do gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos, controlar e avaliar os serviços e programas relacionados, especialmente no que tange à: • Educação ambiental; • Inclusão de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis secos; • Redução da geração de resíduos sólidos urbanos; • Qualificação da gestão dos resíduos sólidos urbanos; 166 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 • Logística reversa; • Redução dos resíduos sólidos urbanos secos dispostos em aterros sanitários; • Redução de resíduos sólidos urbanos úmidos dispostos em aterros sanitários; • Disposição final ambientalmente adequada; • Tratamento e recuperação de gases em aterros sanitários. Destaca-se que as revisões do PLANARES foram planejadas de forma a coincidir com a elaboração do Plano Plurianual da União (PPA), que ocorre a cada quatro anos. Essa associação de datas permite o aprimoramento dos programas do PPA incorporando as diretrizes, estratégias e metas constantes do PLANARES e das suas revisões. No atual quadriênio do PPA (2012-2015), o Governo Federal elaborou um conteúdo especial com relação ao saneamento básico e aos resíduos sólidos, conforme apresentado a seguir. 5.1.1.1 Programa Temático de Saneamento Básico - PTSB O PPA contempla também o Programa Temático de Saneamento Básico – PTSB, elaborado com base na Lei n° 11.445/2007 e no Decreto n° 7.217/2010, no qual aparece o tema da interface existente entre a política pública de saneamento e a de resíduos sólidos. Esse programa impacta diretamente as metas fixadas no PLANARES, no que diz respeito à: • Desativação de lixões; • Implementação do tratamento e disposição final de resíduos sólidos urbanos, preferencialmente em soluções intermunicipais; • Recuperação ambiental de áreas degradadas por lixões; • Cultura da coleta seletiva. No Erro! Fonte de referência não encontrada. são apresentadas as iniciativas desse programa e as ações orçamentárias associadas. 167 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Quadro 1. Iniciativas e ações orçamentárias do Programa Temático de Saneamento Básico INICIATIVAS AÇÕES ORÇAMENTÁRIAS (PTSB) (LOA 2012) Objetivo 0610: Expandir a cobertura e melhorar a qualidade dos serviços de saneamento em áreas urbanas, por meio da implantação, ampliação e melhorias estruturantes nos sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem e manejo de águas pluviais e resíduos sólidos urbanos, com ênfase em populações carentes de aglomerados urbanos e em municípios de pequeno porte localizados em bolsões de pobreza. 02DO Ampliar a 10GG Implantação e melhoria de sistemas públicos de manejo de destinação final resíduos sólidos em municípios de até 50.000 habitantes, ambientalmente exclusive de Regiões Metropolitanas ou Regiões Integradas de adequada Desenvolvimento Econômico (RIDE). dos resíduos sólidos urbanos com 10SL Sistemas públicos de manejo de resíduos sólidos em municípios prioridade para das bacias receptoras do Rio São Francisco com até 50.000 os habitantes, exclusive de Regiões Metropolitanas ou Integradas municípios de Desenvolvimento Econômico (RIDE). operados mediante mecanismos de 10RP Implantação, ampliação ou melhoria de sistemas públicos de coleta, tratamento e destinação final de resíduos sólidos em gestão municípios das bacias do São Francisco e Parnaíba. associada. 116I Apoio a sistemas públicos de manejo de resíduos sólidos em municípios com população superior a 50 mil habitantes ou municípios integrantes de Regiões Metropolitanas ou de Regiões Integradas de Desenvolvimento. Elaborado por Concremat, 2013. 5.1.1.2 Programa Temático de Resíduos Sólidos - PTRS Durante este quadriênio, o PPA 2012-2015 está em vigência, com especial conteúdo, objetivos e iniciativas da União relativas ao setor de resíduos sólidos, 168 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 consolidado no Programa Temático de Resíduos Sólidos – PTRS, que busca enfrentar e superar os desafios inerentes ao tema. O PTRS foi elaborado com base nos princípios e diretrizes da PNRS, visando ao aumento dos índices da reciclagem de resíduos sólidos no Brasil, além de fomentar o desenvolvimento institucional, em especial no apoio à elaboração dos estudos de regionalização e dos planos estaduais, intermunicipais e municipais de gestão integrada de resíduos sólidos, buscando fortalecer a gestão local, essencial para o sucesso da Política Nacional de Resíduos Sólidos. NoErro! Fonte de referência não encontrada., a seguir são apresentadas as iniciativas do Programa Temático de Resíduos Sólidos – PTRS e as ações orçamentárias da Lei Orçamentária Anual - LOA previstas. Quadro 2. Iniciativas do Programa Temático de Resíduos Sólidos (PTRS) e as ações orçamentárias da LOA previstas INICIATIVAS - (PTRS 2012-2015) AÇÕES ORÇAMENTÁRIAS(LOA 2012) Objetivo0319: Ampliar o acesso aos serviços de manejo de resíduos sólidos urbanos de forma ambientalmente adequada, induzindo à gestão consorciada dos serviços e à inclusão socioeconômica de catadores de materiais recicláveis. 00ZE Apoio e fomento às associações, 20AM Implementação de projetos de coleta e reciclagem de materiais. cooperativas e redes de cooperação de catadores de materiais recicláveis por meio de formação, assessoria técnica, 8274 Fomento para a organização infraestrutura e logística em unidades de desenvolvimento coleta, atuantes com resíduos sólidos. triagem, processamento e de e o cooperativas comercialização de resíduos. 00ZG Fortalecimento do poder público para a 86AA gestão regionalizada dos serviços de Desenvolvimento institucional para a gestão integrada de resíduos sólidos. resíduos sólidos urbanos. 00ZH Implementação de sistemas de coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos. 20MG Implementação de planos, projetos, obras e equipamentos para a coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos – Plano Brasil sem Miséria. 169 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 INICIATIVAS - (PTRS 2012-2015) AÇÕES ORÇAMENTÁRIAS(LOA 2012) Objetivo 0342: Promover a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos com ênfase na estruturação das cadeias produtivas, na integração das associações, cooperativas e redes de cooperação de catadores, na estruturação do planejamento do setor, no gerenciamento de áreas contaminadas e na inovação tecnológica respeitando as peculiaridades regionais. 010G Desenvolver novas tecnologias voltadas para atender aos princípios da não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos. 010H Elaboração, implementação e monitoramento da Política Nacional de 2E42 Implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Resíduos Sólidos. 20ME Apoio a projetos de gerenciamento e disposição de resíduos industriais e perigosos. 010I Fortalecimento da gestão local dos resíduos sólidos. 010J Implementação de práticas de produção e consumo sustentável. 010L Promoção de monitoramento de áreas contaminadas recuperação por de resíduos áreas e órfãs 10TT Monitoramento da recuperação ambiental da Bacia Carbonífera de Santa Catarina. contaminadas. 20MF Fortalecimento dos órgãos integrantes do SISNAMA para o gerenciamento de áreas contaminadas. Elaborado por Concremat, 2013. 170 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 5.1.2 Programas de metas Para uma melhor organização, as metas preconizadas pelo presente Plano foram divididas em quatro programas de metas, adaptados dos grupos de diretrizes e estratégias utilizados pelo PLANARES: • Inclusão social de catadores; • Qualificação da gestão dos resíduos sólidos; • Serviços de limpeza, coletas e tratamentos; • Disposição final ambientalmente adequada de rejeitos. Visto que as ações de educação ambiental não devem ficar atreladas somente aos resíduos sólidos, e sim ao plano de saneamento básico como um todo, este tema é tratado em um capítulo específico do Plano Municipal de Saneamento Básico. Os programas de metas são agrupamentos temáticos de metas, que por sua vez agrupam ações. A seguir a Figura 6 apresenta a estrutura básica das propostas do Plano: Figura 6 - Estrutura básica das propostas do Plano. Elaborado por Concremat, 2013. 5.1.3 Metas e prazos 171 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Os Planos Nacionais de Resíduos Sólidos (PLANARES) e de Saneamento Básico (PLANSAB) estabelecem metas com base nas diretrizes e estratégias de suas respectivas políticas. O presente Plano Municipal de Resíduos Sólidosadota as metas relativas aos resíduos sólidos urbanos estabelecidas nos dois planos, propondo também metas adicionais, que deverão auxiliar no atendimento às dos planos nacionais, uma vez que atingi-las representa um enorme desafio para a gestão pública. As metas estabelecidas no PLANARES para o Brasil e Região Sul, são apresentadas noErro! Fonte de referência não encontrada., e as metas do PLANSAB no Erro! Fonte de referência não encontrada.. Quadro 3. Metasdo PLANARES para os RSU e qualificação da gestão # 1 RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS 2 3 4 5 6 META Eliminação total dos lixões até 2014. Áreas de lixões reabilitadas (queima pontual, captação de gases para geração de energia mediante estudo de viabilidade técnica e econômica, coleta do lixiviado, drenagem pluvial, compactação da massa, cobertura com solo e cobertura vegetal). Redução dos resíduos recicláveis secos dispostos em aterro, com base na caracterização nacional em 2013. UNIDADE REGIÃO 2015 2019 2023 2029 2031 Brasil 100 100 100 100 100 Sul 100 100 100 100 100 Brasil 5 20 45 65 90 Sul 10 20 50 75 100 Brasil 22 28 34 40 45 Sul 43 50 53 58 60 Brasil 19 28 38 46 53 Sul 30 40 50 55 60 Brasil 50 100 150 200 250 Sul - - - - - Brasil 280.00 0 390.000 440.000 500.000 600.000 % % % Redução do percentual de resíduos úmidos disposto em aterros, com base na caracterização nacional realizada em 2013. % Recuperação de gases de aterro sanitário – Potencial de 300 MW. MW Inclusão e fortalecimento da organização de 600.000 Catadores 172 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 # META UNIDADE catadores. Sul META # QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 1 REGIÃO 2015 Planos UNIDADE estaduais elaborados até 2013. Municípios 2019 2023 2029 2031 26.165 36.443 41.115 46.722 56.066 2015 2019 2023 2029 2031 REGIÃO Brasil % com Sul 100 - - - - Brasil 100 - - - - Sul 100 - - - - Brasil 100 - - - - Sul 100 - - - - Brasil 35 48 55 68 75 Sul 48 65 75 85 95 planos 2 intermunicipais, microrregionais ou % municipais elaborados até 2014. 3 Estudos de regionalização em 100% dos Estados até % 2013. Municípios com cobrança por serviços 4 de RSU, vinculação sem com % o IPTU. Elaborado porConcremat, 2013. OS SÓLIDO S URBAN Quadro 4. Metas do PLANSAB para os RSU # META R1 Percentual de domicílios urbanos atendidos por coleta direta de resíduos sólidos. UNIDADE REGIÃO 2015 2020 2030 Brasil 94 96 100 Sul 98 100 100 % 173 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Percentual de domicílios rurais atendidos R2 por coleta direta e indireta de resíduos sólidos. % Percentual de municípios com presença de lixão/vazadouro de resíduos sólidos. % % de municípios com coleta seletiva de resíduos sólidos domiciliares. % R3 R4 R5 % de municípios que cobram taxa de lixo. Brasil 39 48 64 Sul 55 66 85 Brasil 0 0 0 Sul 0 0 0 Brasil 24 30 40 Sul 43 49 60 Brasil 35 47 72 Sul 48 61 90 % Elaborado por Concremat, 2013. Nos planos nacionais, a quantificação das metas foi estabelecida para as regiões do país. Para os planos municipais foi adotado como critério a proporcionalidade da população do município em relação à população total da região Sul, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010). No presente PMSB, considerou-se a população do município em relação à população total da região Sul. Considerando o cenário atual da gestão de resíduos sólidos urbanos, para atendimento das metas estabelecidas serão necessárias mudanças radicais, que deverão trazer eficiência e sustentabilidade aos sistemas de gestão e manejo de resíduos municipais. Estas mudanças estão relacionadas a um aporte significativo de recursos financeiros em instalações, equipamentos e pessoal técnico, o que, sem dúvida, irá aumentar o custo atual dos serviços hoje prestados pelos municípios. Para o alcance das metas estabelecidas, são necessárias ações relacionadas à coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos urbanos, cuja implantação exige que se busque por alternativas tecnológicas viáveis para implantação nos municípios. A seguir são descritos os critérios, a justificativa e as tecnologias selecionadas como ferramentas para elaboração das ações para o atendimento das metas estabelecidas neste Plano. 174 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 5.1.4 Critérios de seleção de alternativas tecnológicas A seleção de alternativas para gerenciamento e gestão dos resíduos sólidos urbanos (RSU) foi embasada nas diretrizes e estratégias traçadas em nível nacional, dentro do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, e observada a seguinte ordem de prioridade para a gestão: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Considerando-se a dificuldade técnica e gerencial de municípios de pequeno e médio porte e a necessidade de se obter a sustentabilidade financeira necessária à implantação dos sistemas de tratamento e destinação final de resíduos, foram adotadas premissas básicas para a definição do porte e quantificação de unidades e equipamentos para o presente Plano: 5.1.4.1 Para definição da geração de resíduos: Para estimativa de geração futura de resíduos ao longo do Plano, em cada região foram utilizadas as projeções da geração de resíduos realizada na etapa de prognóstico. Para coleta de resíduos: • Definição de serviços que auxiliem o atendimento às metas de redução de resíduos secos recicláveis e úmidos a serem destinados a aterros conforme estabelecido no PLANARES; • Todos os municípios devem contar com coleta seletiva e coleta regular. Para resíduos secos recicláveis: 175 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 • Definição de instalações que atendam às metas de redução de resíduos secos recicláveis a serem destinados a aterros conforme estabelecido no PLANARES a cada quatro (4) anos para a Região Sul; • Todos os municípios devemcontar com ao menos um galpão de triagem. Para áreas contaminadas: A recuperação de áreas contaminadas também deve ser foco de um processo de seleção de alternativas, porém, esta seleção depende de um estudo específico prévio com mapeamento e diagnóstico destas áreas, fatores essenciais para seleção de alternativa tecnológica de recuperação. O Plano envolve também a seleção de alternativas tecnológicas para o tratamento de orgânicos, o transporte e a destinação final adequada para os resíduos, entre outras. Porém, estas são ações regionais, que devem ser implantadas no âmbito do consórcio Pró-Sinos, e são apresentadas no Plano Regional de Resíduos Sólidos. A seguir, são apresentados os detalhamentos dos critérios utilizados e a justificativa para a seleção das alternativas tecnológicas que deverão ser implantadas através das ações do Plano. 5.1.4.2 Coleta de resíduos A coleta dos resíduos sólidos urbanos e rurais é uma ferramenta para o atendimento das metas do PLANSAB. Ecopontos Para auxiliar o serviço de limpeza e coleta de resíduos sólidos, propõe-se a implantação de ecopontos nas áreas urbanas e rurais dos municípios que, dentro do modelo adotado, são instrumentos fundamentais para melhoria da gestão e sustentabilidade do gerenciamento integrado de RSU. Trata-se de um equipamento público de baixo custo, disperso dentro área urbana e distritos rurais, com resultados 176 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 expressivos no apoio à coleta seletiva, logística reversa, redução dos focos de disposição clandestina e de resíduos volumosos e especiais, disponibilizando à população uma solução de destinação adequada de resíduos. Sua implantação em distritos rurais, como forma de coleta indireta, possibilita uma maior cobertura de atendimento do serviço em locais onde se torna onerosa a implantação de coleta porta a porta, auxiliando no atendimento à meta de aumento do número de domicílios rurais atendidos por coleta direta e indireta de resíduos sólidos proposta pelo PLANSAB. As vantagens da implantação de ecopontos, de maneira geral, são: • Diminuição de focos de descarte irregular, principalmente de resíduos volumosos e da construção civil; • Maior cobertura de atendimento com menos custos do que a coleta direta (porta a porta); • Melhor segregação de materiais recicláveis, facilitando seu reaproveitamento posterior. As desvantagens da implantação destas instalações são: • Requerem profissionais capacitados para orientação e controle do descarte. • A responsabilidade pela correta destinação final dos resíduos da construção civil e dos resíduos especiais recebidos passa a ser do município. Coleta regular porta a porta A coleta regular porta a porta implica recolher os resíduos diretamente em cada domicílio, o que demanda o emprego de um contingente expressivo de funcionários, e exige destes um grande esforço físico para manusear os recipientes de acondicionamento dos resíduos até o veículo utilizado para a coleta. A coleta porta a porta tem como vantagens principais: • Maior interação entre a população e os coletores; • Comodidade para os geradores de resíduos, dependendo da frequência de coleta; 177 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 • Menor custo de operação do serviço de coleta. As desvantagens são: • Riscos elevados de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho para os coletores envolvidos; • Não há controle dos vetores de doenças; • Possibilidade de rasgamento ou espalhamento dos sacos de resíduos, podendo causar entupimento dos bueiros e bocas de lobo. Coleta diferenciada A PNRS torna a coleta seletiva uma obrigação nos municípios brasileiros, porém, a que atualmente é praticada no Brasil prioriza a coleta dos resíduos secos. Os resíduos úmidos (orgânicos) são coletados junto com os rejeitos, através do serviço de coleta regular indiferenciada. No contexto atual de planejamento da gestão dos resíduos sólidos esta forma de coleta é inadequada, pois dificulta o tratamento posterior dos materiais devido à ocorrência de contaminações cruzadas entre os vários resíduos, reduzindo inclusive o valor comercial dos materiais recicláveis, podendo até impossibilitar seu tratamento. A não segregação na fonte dos resíduos orgânicos dificulta e praticamente inviabiliza o tratamento posterior da fração orgânica devido a sua contaminação, resultando em um composto de baixa qualidade e sem boa aceitação pelo mercado. Em alguns casos, para se viabilizar a valorização/reciclagem dos resíduos orgânicos e atingir a meta de redução de disposição em aterros de resíduos úmidos, a coleta seletiva deve prever a separação de no mínimo três tipos de resíduos: resíduos orgânicos compostáveis, resíduos recicláveis secos e rejeitos. Devem ser implantados polos regionais para o reaproveitamento e a reciclagem de materiais com a inclusão dos catadores no processo de gerenciamento dos RSU, contribuindo para o fortalecimento e inclusão socioeconômica, conforme prevêem a Política e Plano Nacional de Resíduos Sólidos. A coleta diferenciada tem como vantagens principais: 178 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 • Redução da contaminação de resíduos recicláveis (secos ou úmidos), facilitando seu tratamento e recuperação; • Aumento do valor comercial do material reciclável; • Aumento da qualidade e aceitação do produto final da compostagem; • Disseminação de informações ambientais para a correta segregação dos resíduos. As desvantagens são: • Maior custo de operação; • Requer uma frota mais numerosa; • Dependência do engajamento por parte da comunidade. Coleta seletiva A coleta diferenciada de resíduos secos (coleta seletiva)passa a ser obrigatória através da PNRS, e também é prevista no PLANSAB, onde são definidas metas sobre o percentual de municípios que devam implantar o serviço, de acordo com a região do Brasil e com os prazos estipulados. Ainda que não existam metas específicas no PLANARES para a coleta seletiva, aimplantação desta contribui para as metas de redução de resíduos secos dispostos em aterros. Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) Os PEVs são mecanismos facilitadores da coleta seletiva, já que os resíduos recebidos podem ser transferidos para centrais de triagem onde cooperativas ou associações de catadores separam e revendem o material.Desta forma, sua implantação contribui para a meta de aumento do número de municípios com coleta seletiva de resíduos sólidos domésticos, estabelecida no PLANSAB. Em consequência, esta medida pode auxiliar na redução de resíduos recicláveis secos dispostos em aterros, meta estabelecida pelo PLANARES. Os PEVs têm como vantagens: • Baixo custo de implantação; 179 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 • Economia com a coleta, pois além de os materiais já estarem separados, há redução dos pontos de coleta; • Minimização das contaminações entre resíduos; • Material separado conta com maior qualidade e um valor agregado mais alto; • Atuam também como agentes de conscientização ambiental. As desvantagens são: • PEVs estão sujeitos à depredação; • Necessidade de deslocamento até os PEVs pode resultar em um percentual de adesão menor do que no caso da coleta porta a porta. Triagem de recicláveis secos A separação dos materiais passíveis de recuperação tem vários aspectos positivos como a preservação de recursos naturais, geração de emprego e renda, e conscientização da população para as questões ambientais. Entretanto, a reciclagem depende da economia local e do mercado de cada um dos materiais triados, mesmo que o custo do beneficiamento da maioria dos materiais recicláveis ainda seja considerado elevado em relação ao custo de matéria prima virgem. Ainda assim, a triagem dos resíduos recicláveis é importante para a adequação à meta de redução dos resíduos recicláveis secos dispostos em aterro, estabelecida pelo PLANARES, por promover uma melhor condição de recuperação destes materiais. Embora existam desvantagens associadas, a triagem é indispensável para gestão eficiente dos resíduos sólidos urbanos e para o respeito da ordem de prioridade estabelecida no caput do artigo 9° da Lei n° 12.305/2010 (não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos), sendo uma etapa indispensável para se atingir as metas de redução de resíduos secos em aterros. As vantagens do processo de triagem de uma forma geral são: 180 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 • Redução da quantidade de resíduos destinada à disposição final em aterros sanitários; • O processo é fundamental para atendimento das metas de redução de resíduos recicláveis secos a serem dispostos em aterros sanitários; • Promoção da inclusão socioeconômica através da adesão de catadores de resíduos a cooperativas e associações regularizadas; • Redução do consumo de matérias primas, energia e insumos na indústria; • Redução da poluição ambiental para produção de novos insumos; • Promoção de melhorias diretas no saneamento; • Serve como agente de conscientização ambiental. As desvantagens são: • Muitas vezes os custos operacionais são maiores do que os recursos advindos da venda dos materiais recicláveis ou do composto; • O processo requer um modelo de gestão que esteja atento às necessidades de mercado, ao avanço das tecnologias de aproveitamento de novos materiais, além da complexidade dos diferentes funcionários, intermediários e setores da indústria envolvidos. Destaca-se que uma das dificuldades enfrentadas pelos municípios é a falta de organização dos catadores, que acabam criando um sistema informal de venda de materiais para atravessadores, muitas vezes instalados em locais irregulares, sem o devido licenciamento ambiental (BNDES, 2011). Para tanto, são previstas no Plano Regional de Resíduos Sólidos ações que visam a mobilizar e apoiar as organizações de catadores. Outro desafio é o não atendimento às questões de higiene, segurança do trabalho e meio ambiente nos sistemas de triagem existentes nos municípios. Triagem em esteiras rolantes Unidades de triagem mecanizadas devem ser implantadas em galpões com infraestrutura e cobertura adequadas. Este sistema de triagem otimiza o processo em comparação com a triagem em mesa, porém, pode também excluir funcionários 181 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 que não têm condições de acompanhar o ritmo constante imposto pela esteira. Um dos benefícios da esteira rolante é proporcionar um menor risco ergonômico aos funcionários e um melhor controle da higiene do ambiente de trabalho. As vantagens da triagem mecanizada são: • Integração das associações ou cooperativas de catadores; • Maior capacidade de triagem, comparando-se ao processo em mesas; • Melhores condições de higiene e segurança do trabalho. As desvantagens são: • Exigência de maior controle entre funcionários e sistemas de automação; • Funcionários devem ser capacitados e qualificados; • Maiores investimentos e custos operacionais devido à operação e manutenção da esteira. 5.1.5 Ações para o atendimento das metas As metas propostas precisam ser materializadas em ações para seu atendimento nos prazos estabelecidos. As proposições das ações visam aos seguintes programas, conforme exposto anteriormente: • Inclusão social de catadores; • Qualificação da gestão dos resíduos sólidos; • Serviços de limpeza, coletas e tratamentos; • Disposição final ambientalmente adequada de rejeitos. Em paralelo, o Plano preconiza o encerramento imediato de aterros controlados e lixões e, em médio prazo dos aterros sanitários públicos de pequeno porte. Os prazos para o presente Plano foram baseadosnos prazos previstos no PLANARES, com vigência por prazo indeterminado. Entretanto, o horizonte de planejamento deste PMSB deve ser de 22 anos, portanto foi adotado como prazo final o ano de 2035, conforme descrito a seguir: • Prazo imediato – Ações a serem implantadas até o final de 2015; 182 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 • Curto prazo – Ações a serem implantadas entre 2016 e 2019; • Médio prazo - Ações a serem implantadas entre 2020 e 2027; • Longo prazo - Ações a serem implantadas entre 2028 e 2035. Para o atendimento das metas do Plano, foram propostas ações para os municípios individualmente, e também para a região dos municípios pertencentes ao consórcio Pró-Sinos como um todo, que são detalhadas no Plano Regional de Resíduos Sólidos. O presente Plano tem como foco apenas as ações de responsabilidade do município, e são aquelas que envolvem leis municipais, estruturas de fiscalização, coletas e triagem de resíduos recicláveis secos. As ações regionais se configuram como aquelas que apresentam uma expressiva economia de escala, sem nenhum conflito com outras atividades ou problemas de gestão quando operadas em grande escala no âmbito do ConsórcioPró-Sinos. Para as ações de responsabilidade do ConsórcioPró-Sinos deve-se consultar o Plano Regional de Resíduos Sólidos (PRRS). Há ações que devem ser desenvolvidas tanto em âmbito municipal, quanto em âmbito regional. 5.1.6 Custos totais associados para as ações municipais O PMRS, conforme foi apresentado nas etapas anteriores contempla custos para implantação de ações, instalações e equipamentos que competem ao município. Considerando o cenário atual da gestão de resíduos sólidos urbanos, para atendimento das metas estabelecidas serão necessárias algumas mudanças, que deverão trazer eficiência e sustentabilidade aos sistemas de gestão e manejo de resíduos municipais. Estas mudanças estão relacionadas a um aporte significativo de recursos financeiros em instalações, equipamentos e pessoal técnico, o que, sem dúvida, irá aumentar o custo atual dos serviços hoje prestados pelos municípios. No Quadro 28 é apresentado um resumo e oinvestimento total considerando apenas instalações de estruturas e equipamentos municipais previstos até o ano 2035. 183 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Em anexo é apresentado o cronograma físico-financeiro para as ações municipais. A primeira coluna apresenta a identificação de cada meta e ação, que são descritos na coluna seguinte, junto com a definição de responsabilidades pela implantação da ação. O conjunto de colunas "Prazos" apresenta com marcação em azul forte os prazos de implantação das ações, e em azul fraco os anos que terão custos de operação. Finalmente são apresentados os custos totais de implantação e de operação para cada ação, acumulados em cada prazo. 184 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Quadro 5. Descrição Quadro 28-Total de investimentos para as instalações 2015 R$ 24.000,00 2019 R$ 24.000,00 2023 R$ 52.000,00 2027 R$ 44.000,00 2031 R$ 108.000,00 2035 R$ 4.000,00 6 Unidades 6 Unidades 13 Unidades 11 Unidades 27 Unidades 1 Unidades R$ 412.000,00 R$ 245.000,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 2 Unidades 1 Unidades 0 Unidades 0 Unidades 0 Unidades 0 Unidades R$ 1.186.000,00 R$ 0,00 R$ 533.000,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 1 Unidades 0 Unidades 1 Unidades 0 Unidades 0 Unidades 0 Unidades R$ 25.000,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 Interdição de lixões 1 Unidades 0 Unidades 0 Unidades 0 Unidades 0 Unidades 0 Unidades Encerramento aterros sanitários Total de investimento (cada 04 anos) 0 Unidades 0 Unidades 0 Unidades 0 Unidades 0 Unidades 0 Unidades R$ 1.647.000,00 R$ 269.000,00 R$ 585.000,00 R$ 44.000,00 R$ 108.000,00 R$ 4.000,00 PEVs Ecopontos Unidades de triagem Destinação final adequada Total de investimento R$ 2.657.000,00 Elaborado por Concremat, 2014. . 185 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 6. ANÁLISE DE SUSTENTABILIDADE A sustentabilidade econômico-financeira está relacionada ao investimento necessário para implantação da melhor solução técnica proposta no Plano e ao impacto que a proposta trará para a estrutura contábil vigente no município, ao longo do tempo. A análise leva em consideração tanto a capacidade de endividamento do município como a capacidade de pagamento dos usuários. As receitas obtidas no município deverão sustentar os investimentos com a prestação dos serviços de saneamento básico (drenagem pluvial e coleta e destinação final dos resíduos sólidos), garantir os recursos necessários para a amortização dos investimentos e a operação e manutenção dos sistemas ao longo do Plano. A análise de sustentabilidade econômico-financeira é feita para cada serviço isoladamente ou de forma conjunta verificando as possibilidades de articulação e de complementaridade entre eles. Também são contempladas alternativas de soluções regionalizadas que possam aprimorar o caráter duradouro da qualidade da prestação dos serviços, assim como sua viabilidade, com capital próprio. De acordo com o formato institucional da prestação dos serviços existentes no município, poderão ser avaliados e propostos novos arranjos e/ou estruturas organizacionais reunindo parte ou a totalidade dos serviços. Existe sustentabilidade financeira quando se verifica que o município consegue atingir uma poupança líquida positiva (VPL>/= 0) para uma taxa de juros de 12% ao ano no longo prazo, assumindo os custos totais dos sistemas nas áreas de coleta e destinação final dos resíduos sólidos e da drenagem pluvial. Para essa análise é elaborado um balanço municipal projetado, considerando a recuperação de custos, tendo em vista que estas melhorias são de responsabilidade pública e devem ser custeadas pelo erário público com as receitas atuais ou novas, hipótese que deve ser analisada na sequência. Na hipótese com capital próprio a preços constantes - sob o ponto de vista do investimento total do plano para os sistemas de competência direta do município será verificada a viabilidade ou inviabilidade das propostas. Neste caso só são admitidos os aportes dos investimentos e custos de OAM (operação, administração e manutenção) dos dois sistemas a serem implantados, isto é, “custos de 186 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 investimento e OAM para resíduos sólidos” e “custos de investimento e OAM para a drenagem” com base na estrutura de receitas atuais. Observa-se que os sistemas de agua e esgoto serão avaliados a partir do balanço projetado dos operadores. Tendo como ponto de partida as projeções propostas no longo prazo é verificado se o município tem ou não capacidade da realização destas atividades, nos próximos 20 anos (horizonte de plano até 2035), considerando as premissas do cenário futuro da situação contábil municipal. Para tanto, é previsto um aumento de receita, em razão do crescimento vegetativo da população e da economia, mesmo com um aumento de custos no item Equipamentos e Materiais Permanentes e mantendo-se constantes as despesas correntes. Para o item Pessoal projeta-se ganho real ao longo do Plano, mesmo não considerando um aumento do corpo funcional, o que resultará em melhora de eficiência funcional na administração pública. As projeções indicam a necessidade de uma gestão financeira controlada, buscando o crescimento das receitas com taxas médias positivas e administrando os custos de maneira que não se elevem ao patamar das receitas. Neste sentido foram adotadas algumas premissas para as projeções do balanço municipal onde foram consideradas: 6.1 RECEITAS • Estimativa de que a economia nacional (PIB) e a do Estado irão crescer a taxas médias de 4,5% ao ano, seguindo cenários de estudos elaborados por instituições idôneas. Isto repercute em alguns setores da economia que geram renda e produção em âmbito municipal, com aumento do ISS, ITBI, outras taxas, contribuições, transferências correntes e outras receitas correntes. • Com o aumento do contingente populacional é projetada a mesma proporção no aumento das receitas de alguns itens, como o IPTU. • Não foram alterados itens como Alienação de Bens, Mutação Patrimonial, Receitas Extraorçamentárias, Receitas Correntes Intraorçamentárias, admitindose que estes irão ocorrer ao longo dos 20 anos, porém em níveis médios semelhantes aos que se verificaram nos últimos três anos. 187 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 6.2 DESPESAS • Estima-se um aumento real no item Pessoal com base em índice médio de eficiência de 2% ao ano, considerado em alguns dissídios de categorias de servidores do setor público. • É previsto um esforço na gestão pública, independente da execução orçamentária, de manutenção de um nível histórico de gastos como: • - Juros e encargos da dívida. - Outras despesas correntes. - Amortização da dívida. - Restos a pagar não processados. - Despesas extra orçamentárias. - Mutação do patrimônio. Da mesma forma como foi adotado nas Receitas a projeção é de que a economia nacional e a do Estado crescerão a taxas médias de 4,5% ao ano com repercussão também na necessidade de aumentar os investimentos na infraestrutura básica e despesas intraorçamentárias. 6.3 TAXA DE FISCALIZAÇÃO E REGULAÇÃO Para a despesa de fiscalização e regulação foram considerados o cálculo e os procedimentos para o recolhimento por parte dos prestadores dos serviços de saneamento básico no Estado regulados pela AGERGS. Neste caso a taxa não será aplicada sobre o faturamento, na medida em que estes serviços (resíduos sólidos e drenagem) normalmente não têm receita própria. Assim esta taxa será um percentual aplicado sobre os custos anuais de operação, administração e manutenção dos sistemas de drenagem e resíduos sólidos. 6.4 EDUCAÇÃO AMBIENTAL No caso da verba para Educação Ambiental também será um percentual aplicado sobre os investimentos, pela mesma razão argumentada acima. Assim foi 188 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 estipulado um recurso para projetos de educação ambiental de 1 a 3% sobre os custos anuais de operação, administração e manutenção dos sistemas. 189 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 7. SITUAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO URBANO As diretrizes para uso e ocupação do solo do município de Parobé estão definidas no Plano Diretor, instituído pela Lei Municipal nº 1.840 de 24 de dezembro de 2001. Desde 2010, o município tem realizado alguns estudos e relatórios para a atualização do Plano Diretor; sendo assim, as informações deste relatório são resultantes de uma compilação dos dados apresentados no PD de 2001 e do Plano Local de Habitação em Interesse Social (PLHIS), elaborado em 2010. 7.1 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO Com base nos mapas disponíveis deParobé, a ocupação urbana localiza-se na porção nordeste do município, inserida na área urbana (Figura 7) de aproximadamente 30 km² do total de 108,6 km². Figura 7: Localização da área urbana de Parobé. Fonte: Adaptado do PLHIS, 2010. 190 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Conforme o Plano Diretor, o município pode ser dividido nas seguintes classificações: 7.1.1 Uso do solo • Residencial (R): corresponde às residências unifamiliares isoladas; unifamiliares agrupadas, geminadas ou em série; multifamiliares ou coletivas; conjuntos habitacionais edificados em quarteirões resultantes de parcelamento do solo para fins urbanos; condomínios residenciais por unidades autônomas e residências temporárias. • Comércio e Serviços Geradores de Ruídos-CSR: corresponde aos estabelecimentos que utilizem máquinas ou utensílios ruidosos, notadamente e clinicas veterinárias, canis, escolas de adestramento de animais. • Estabelecimentos de Recreação e Lazer Noturnos-ERLN: correspondem aos estabelecimentos de recreação ou lazer com horário de funcionamento atingindo o período entre as 22 horas e 6 horas. • Comércio e Serviços Geradores de Tráfego Pesado – CSTP: corresponde a agências e garagens de companhias transportadoras, de mudanças ou outras que operem com frotas de caminhões ou ônibus; entrepostos, depósitos, armazéns de estocagem de matérias primas e estabelecimentos comerciais de materiais grosseiros; estabelecimentos de comércio ou aluguel de veículos pesados ou máquinas de grande porte. • Comércio e Serviços Perigosos – CSP: corresponde ao comércio de inflamáveis e explosivos. • Comércio e Serviços Diversificados – CSD: compreende qualquer estabelecimento de comércio ou serviços não incluídos nas demais categorias. • Recreacional e Turístico-RT: corresponde aclubes, associações recreativas e desportivas; equipamentos para esportes ao ar livre; atividades recreativas e de lazer. 191 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 • Uso Especial: compreende a cemitério e capelas mortuárias; estádios e campos de esporte; terminais de transporte coletivo; bombeiros, quartéis e presídios; parques de diversões, locais para feiras e exposições; locais para camping, colônia de férias, clubes de campo; mercados públicos e shopping centers; hospitais, prontos-socorros e sanatórios; postos de abastecimento de veículos. • Industrial 7.1.2 Macrozoneamento O município de Parobé fica dividido, inicialmente, em duas classificações: • Zona Urbana: corresponde à parcela do território incluída dentro do perímetro urbano definido por lei. • Zona Rural: corresponde à parcela do território municipal não incluída na Zona Urbana, destinada às atividades primárias e de produção de alimentos, bem como as atividades de reflorestamento, de mineração, lazer e outros. 7.1.3 Zoneamento A Zona Urbana fica subdividida nas seguintes zonas: 192 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Figura 8: Zoneamento do município. Fonte: PLHIS, 2010. 7.1.3.1 Zonas Residenciais Zona Residencial 1 (ZR1) Caracteriza-se pelas condições físicas com alguma restrição à ocupação, com disponibilidade de infraestrutura urbana, permitindo uma ocupação de média densidade populacional integrada às atividades de comércio e serviços locais. Zona Residencial 2 (ZR2) Caracteriza-se pelas condições físicas favoráveis à ocupação, com disponibilidade de infraestrutura urbana, permitindo uma alta densidade populacional integrada às atividades de comércio e serviços. 193 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 7.1.3.2 Zonas Comerciais Zona Comercial 1 (ZC1) Corresponde ao núcleo urbano inicial do Município. Caracteriza-se pelas condições físicas e de infraestrutura favoráveis à ocupação intensiva, predominando as atividades comerciais e de serviço. Zona Comercial 2 (ZC2) Caracteriza-se pela proximidade aos eixos de ligação intermunicipais, principais e vias coletoras, permitindo a integração dos diversos usos: residencial, comercial, industrial não poluente e instalação de estabelecimentos de apoio as ZIs e ZCs. 7.1.3.3 Zonas Industriais Zona Industrial 1 (ZI1) É uma zona que já está consolidada junto à área ocupada, apresentando boas condições de acesso e adequadas condições de sítio, permitindo a instalação de indústrias de maior partes não poluidoras sem maiores incômodos à ocupação existente. Zona Industrial 2 (ZI2) É uma zona que pela sua localização contígua a área ocupada e boa acessibilidade, permite a concentração de indústrias de grande porte com baixo ou médio potencial poluidor. Zona Industrial 3 (ZI3) 194 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 É uma zona que pela sua distância das áreas densamente ocupadas, apresenta boas condições de acesso e adequadas condições de sítio, permitindo a instalação de indústrias de maior porte ou potencialmente poluidoras sem maiores incômodos à ocupação existente. 7.1.3.4 Zona de Preservação Ambiental (ZPA) É a zona que apresenta recursos naturais com interesse de proteção. 7.1.3.5 Zona de Expansão Territorial (ZEXT) É a zona reservada para a expansão urbana do município. 7.1.4 Áreas Especiais Não são apresentadas áreas especiais no atual Plano Diretor do município. Contudo, nos estudos do PLHIS é proposto que seja incluída a Zona Especial de Interesse Social (ZEIS). 7.2 ANÁLISE DO PLANO DIRETOR Segundo o material disponibilizado por Parobé, é possível identificar a divisão da área rural e urbana do município. O crescimento urbano é previsto para a Zona de Expansão Territorial e, embora não seja possível identificar tais áreas, a tendência do crescimento urbano pode ainda ser acompanhada em imagens de satélite, conforme a Figura 9 aFigura 12. 195 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Figura 9: Situação da ocupação urbana do município em 2005. Fonte: Google Earth e IBGE. Figura 10: Situação da ocupação urbana do município em 2013. Fonte: Google Earth e IBGE. 196 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Figura 11: Situação da ocupação do município em 2005. Fonte: Google Earth e IBGE. Figura 12: Situação da ocupação do município em 2013. Fonte: Google Earth e IBGE. 197 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 As áreas de preservação ambiental do município estão classificadas como Zona de Preservação Ambiental e somam cerca de 8% da área urbana municipal. O PLHIS desenvolvido para o município apresenta uma atualização do zoneamento, no qual o novo mapeamento destas áreas diminui para 6%. Contudo, é adicionada a ZEIS, correspondente a 15% da área urbana. Importante relembrar que o Plano Diretor vigente está em fase de atualização, restando a validação ou não das proposições do PLHIS. ZR2 ZR1 ZPA ZI3 ZI2 ZI1 ZC2 ZC1 Zona Rural Zona Residencial Zona Especial de Interesse Social ZPA Zona Industrial II Zona Industrial I Zona Comercial Zona Rural Figura 13: Plano Diretor vigente e proposta do PLHIS, respectivamente. Fonte: PLHIS, 2010. Os projetos a serem desenvolvidos no município devem levar em conta as projeções populacionais bem como as futuras áreas a serem ocupadas, visando à universalização ao acesso dos serviços de saneamento básico. No relatório final do Plano de Saneamento Básico do município, serão apresentadas alternativas 198 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 locacionais para as estruturas previstas, de acordo com as necessidades identificadas, como estações de bombeamento e/ou tratamento de água e esgoto, bacias de contenção de cheias, centros de triagem de resíduos, aterros sanitários, entre outros. 199 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 8. PROJEÇÕES POPULAÇÕES POPULACIONAIS O presente trabalho projeta a população residente (urbana e rural) bem como dos domicílios permanentes de 26 municípios e respectivos distritos integrantes do Consórcio Pró-Sinos no Estado do Rio Grande do Sul. A tabela que segue apresenta para o ano de 2010 a população total dos municípios, distribuída pelas regiões às quais pertencem, assim como a porcentagem de população urbana dos mesmos. 200 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Com exceção de São Francisco de Paula, todos os outros municípios pertencem à Região Metropolitana de Porto Alegre. Dos 26 municípios estudados, apenas cinco possuem distritos: Parobé (3), Rolante (3), Santo Antônio da Patrulha (6), São Francisco de Paula (7) e Taquara (7). A primeira etapa do estudo foi de levantamento de dados, que se fez basicamente consultando as fontes de dados do IBGE, principalmente os Censos Demográficos. A partir dessa etapa o estudo foi do geral ao particular, começando com a projeção do conjunto dos municípios com a utilização do Método dos Componentes. A projeção com este método foi realizada a partir dos dados do período 1980-2010 e se obtiveram dessa forma uma série de indicadores, principalmente as tendências históricas das três variáveis demográficas básicas nos últimos 30 anos, ou seja, as taxas de fecundidade, mortalidade e de saldos migratórios. Isso permitiu projetar cada uma delas por separado e com mais acuidade e precisão que observando simplesmente a tendência matemática de crescimento (ou de decrescimento) populacional em si. Para a projeção da população dos municípios foi utilizada uma função logística. Note-se que a projeção com esta função a partir das tendências de crescimento populacional de cada município isoladamente não passa de uma projeção matemática, que não leva em conta a dinâmica derivada das três variáveis demográficas básicas. Por isto essa projeção foi ajustada, num segundo momento, aos dados projetados do conjunto dos municípios, etapa realizada anteriormente, de tal maneira a igualar a soma populacional dos municípios com a projeção conjunta deles, feita com o Método dos Componentes. A projeção dos distritos foi feita de maneira similar à dos municípios. Projetou-se em primeiro lugar a população de cada 201 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 distrito de determinado município com uma função logística e depois foi feito um ajuste de tal maneira que a soma dos distritos se igualasse à projeção do município. Em seguida se fez a projeção da população urbana e rural dos municípios e distritos, procedimento que utilizou também uma função logística. Os dados básicos utilizados foram os referentes aos anos 2000 e 2010, mas foram levados em conta também dados dos censos de 1991 e 1980, principalmente para confirmar as tendências do período 2000-10. A projeção dos domicílios foi feita a partir da projeção do número de pessoas por domicílio. Este número de pessoas multiplicado pelas populações projetadas anteriormente fornece o número de domicílios projetados. O presente texto tem o objetivo específico de esclarecer as técnicas utilizadas nas projeções e propiciar uma visão sintética e de longo prazo dos principais resultados. Por isso os dadosaqui apresentados vão até 2050 e com anos terminados em zero e cinco, tabelas simples eênfase em gráficos. As tabelas mais específicas e complexas podem ser encontradas emanexo com as projeções ano a ano. As projeções populacionais realizadas nesta etapa tem como objetivo servir de base para oprognóstico que deverá contemplar os serviços de abastecimento de água, esgotamentosanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo de águaspluviais. 8.1 ANÁLISE E PROJEÇÃO INERCIAL DA POPULAÇÃO DOS 26 MUNICÍPIOS 8.1.1 O método dos componentes 202 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Este estudo começa com o emprego do Método dos Componentes, o qual permite uma análise mais sofisticada da dinâmica demográfica. Trata-se da técnica mais recomendada porque, além analisar cada componente demográfico em separado (fecundidade, mortalidade e saldos migratórios), fornece ferramentas para projetar a população estudada. Para a análise do passado, foi utilizado um período de 30 anos, abarcando quatro censos (1980, 1991, 2000 e 2010), sendo que o censo de 1991 foi interpolado para 1990, para facilidade de cálculo. Este procedimento de projeção é trabalhoso, pois utiliza a população por sexo e grupos quinquenais de idades, mas o esforço vale a pena, pois com ele se obtém uma série histórica da evolução das variáveis, o que permite, a posteriori, uma projeção das tendências das mesmas mais apurada, incluindo aí os saldos migratórios, de difícil obtenção por outra via. Neste método a análise de dados começa com uma população-base projetada a partir das três variáveis que determinam as mudanças no crescimento e na estrutura deste mesmo contingente inicial; no presente caso, a população de 1980. Necessita-se também de informações que permitam fazer hipóteses sobre o comportamento futuro destas três variáveis, a partir de 2010. Estas hipóteses transformam este tipo de extrapolação em um método flexível e mais apurado que a extrapolação matemática e, por este motivo, para os demógrafos, trata-se da verdadeira projeção. Por outro lado, mesmo em países com tradição de boa qualidade na coleta de informações estatísticas, há omissões na contagem dos habitantes, principalmente na dos menores de um ano. O IBGE, através de diferentes procedimentos pós-censitários, corrige parte dos erros mais comuns em cada censo, diminuindo tais omissões. O software Evadan vai além disso ao cotejar os dados de diferentes censos entre 1980 e 2010 através do seguimento de grupos etários de uma mesma geração e com a ajuda de outras técnicas. Uma conseqüência desse conjunto de procedimentos é a eliminação de grande parte das omissões. As 203 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 populações do modelo sofrem ajustes, ficando ligeiramente maiores que as dos censos. Uma outra conseqüência é que as taxas de fecundidade e de saldos migratórios entre 1980 e 2010 tornam-se mais confiáveis, o que propicia a elaboração de hipóteses de comportamento futuro das variáveis mais realistas e, como conseqüência, projeções mais verossímeis. Na posse destas informações ajustadas entre 1980 e 2010, passa-se a fazer hipóteses sobre o comportamento futuro provável da fecundidade, da mortalidade e dos fluxos migratórios. Estas hipóteses são elaboradas geralmente a partir de informações do comportamento passado das três variáveis, de tendências futuras observadas em outras regiões ou países que se encontram em patamares mais avançados de desenvolvimento e do contexto sócio-econômico do município estudado. Dito de outra forma, este método é útil igualmente porque, ao ajustar populações e taxas passadas, permite vislumbrar com maior precisão as tendências futuras da população em estudo. É importante, então, definir em que estágio da Transição Demográfica se encontra a população em estudo. Estas etapas são universais e sempre passam por três etapas históricas geralmente bem definidas: a) as taxas de mortalidade e de natalidade são muito elevadas e similares, dando como resultado um crescimento populacional positivo, mas lento, podendo ser negativo ou oscilante em algumas situações, sendo que o Brasil se encontrava nesta etapa até os anos 40 do século passado; b) as taxas de mortalidade começam a diminuir sem uma correspondente mudança nas de natalidade, o que torna o crescimento populacional muito elevado (o país passou por esta etapa a partir dos anos 40 do século passado até 1970 aproximadamente); c) as taxas de fecundidade começam a diminuir, com a conseqüente baixa no crescimento populacional (o Brasil, Goiás e a 204 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 maior parte de seus municípios, incluindo os 26 estudados aqui, se encontram já nesta última etapa de transição). Com a ajuda das etapas descritas anteriormente e outras informações, numa terceira fase, projeta-se separadamente a fecundidade, a migração e a mortalidade por meio, respectivamente, das Taxas de Fecundidade Totais (TFT), de taxas específicas de saldos migratórios ou de saldos migratórios absolutos e da Esperança de Vida ao Nascer. Numa quarta fase as TFT devem ser transformadas em taxas específicas de fecundidade (por idades das mães), e as Esperanças de Vida ao Nascer em Relações de Sobrevivência por idades. Finalmente, estas taxas e relações são aplicadas à população base e vai-se gerando assim a população projetada pouco a pouco, com intervalos de cinco em cinco anos, terminados em cinco e zero (correspondendo geralmente com as datas de realização dos Censos Demográficos, de acordo a convenções e acordos internacionais). No que se refere à fecundidade, aos saldos migratórios e à mortalidade, a projeção se sustenta na continuidade das tendências observadas no passado e leva em conta as tendências observáveis em outras regiões e/ou municípios brasileiros ou mesmo de outros países. Devido às suas características, este tipo de projeção é denominado inercial. 8.1.2 A fecundidade no conjunto dos 26 municípios Na Tabela 1 e Gráfico 1 pode-se constatar que a Taxa de Fecundidade Total (TFT)10 noBrasil diminuiu substancialmente no 10 A fecundidade aqui é medida através da Taxa Global de Fecundidade, definida como o número médio de filhos por mulher fértil dos 15 aos 50 anos de idade. 205 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 período apresentado (1991-2008). Nas duas regiõesque ainda apresentavam em 1991 taxas elevadas (Nordeste e Norte), a diminuição foi muitomais acentuada, pelo que se pode afirmar que há um processo de homogeneização nasdiferentes regiões do país. Grosso modo, com uma fecundidade em torno de dois filhos por mulher, durante muitosanos, qualquer população termina por estabilizar-se em termos absolutos (considerando-sesaldos migratórios nulos). E uma fecundidade menor que dois filhos significa que apopulação começa a decrescer, aproximadamente 20 anos após a passagem da taxa paravalores menores que este patamar. O Brasil, que em 2000 já possuía uma taxa de doisfilhos poderá, então, já a partir de 2020, ter população decrescente. A Região Sul ostenta asmenores taxas do país em 2008: 1,62 filhos por mulher. Os municípios estudados em seuconjunto têm taxa ligeiramente maior que esta, de 1,7 filhos, em 2005-10 (Tabela 2), mas serefere a uma fecundidade de um período cujo ano central é 2007, anterior a 2010. 206 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Tabela 1. Taxa Global de Fecundidade de algumas Grandes Regiões e Estado do Rio Grande do Sul, 1991, 2000 e 2008 Regiões 1991 2000 2008 Brasil 2,73 2,01 1,90 Norte 3,99 2,45 2,33 Nordeste 3,38 2,23 2,12 Sudeste 2,28 1,83 1,75 Sul 2,45 1,76 1,62 Centro-Oeste 2,60 2,01 1,84 2,11 1,55 Rio Grande do Sul Fonte: IBGE: Censo Demográfico (1991) e Projeções Populacionais para o Brasil e Grandes Regiões, 1991-2008 4,50 Gráfico 1. Taxas Globais de Fecundidade das Regiões do país e o Rio Grnde do Sul, 1991, 2000 e 2010. 4,00 3,50 Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Rio Grande do Sul 3,00 2,50 2,00 1,50 1991 2000 2008 207 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 O Modelo aqui utilizado estimou a fecundidade dos 26 municípios por meio do cotejo entre diferentes gerações obtidas por meio de quatro censos, de 1980 a 2010. A Tabela 2 e o Gráfico 2 mostram que a TGF desses municípios apresenta tendência à baixa desde 1980, ano do começo do atual estudo. Como já se afirmou acima, quando o número de filhos por mulher de uma população, em determinado momento, alcança valores iguais ou menores que dois, isto acarreta que, a partir daí, em duas décadas aproximadamente tal população começa a decrescer. A velocidade da queda e os saldos migratórios podem acelerar, diminuir ou mesmo anular este prazo. Esses 26 municípios se encontram na situação de diminuição nesta velocidade, pois as taxas de fecundidade alcançaram o patamar de dois filhos em 200510. Gráfico 2. Vale dos Sinos, 1980-2050: Taxas Globais de Fecundidade (em negro: projeção) 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 2045-50 2040-45 2035-40 2030-35 2025-30 2020-25 2015-20 2010-15 2005-10 2000-05 1995-00 1990-95 1985-90 1980-85 1,0 208 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Como o ritmo de diminuição da fecundidade nestes municípios já se encontra num nível muito baixo, se suporá que a fecundidade continuará a baixar até o nível de 1,5 filho por mulher em 2015-20, mantendo-se neste nível a partir daí. Para números mais precisos desta e outras variáveis destes 26 municípios, consulte as Tabelas 2 e 3 e, mais adiante, os de 5 a 1011. 11 Há planilha disponível com os dados detalhados 209 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Tabela 2. Estimativas de Taxas Globais de Fecundidade, saldos migratórios e Esperanças de Vida ao Nascer, 1980-2050 Municípios do Consórcio PróSinos Período 1980-85 1985-90 1990-95 1995-00 2000-05 2005-10 2010-15 2015-20 2020-25 2025-30 2030-35 2035-40 2040-45 2045-50 3,6 2,9 2,5 2,3 1,9 1,7 1,6 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 Saldos migratórios 56.806 60.826 26.316 27.412 -9.230 -5.425 -1.349 0 0 0 0 0 0 0 Esperança de Vida 68,64 70,15 71,80 73,19 74,53 75,33 76,47 77,32 78,04 78,54 79,10 79,45 79,81 80,00 TGF Fontes: Censos de 1980, 1991, 2000 e 2010 e Modelo Evadan (Paulo Campanário) Tabela 3. Estimativas de Taxas Brutas de Natalidade, Mortalidade, Saldos Migratórios e Crescimento (*1.000 habit.), 1980-2050 Municípios do Consórcio PróSinos Período 1980-85 1985-90 1990-95 1995-00 2000-05 2005-10 2010-15 2015-20 2020-25 2025-30 2030-35 2035-40 2040-45 2045-50 Natalidade 29,2 25,0 22,0 20,1 16,6 14,4 13,1 12,0 11,0 10,1 9,3 8,8 8,3 8,0 Mortalidade 6,6 5,9 5,5 5,3 5,2 5,4 5,7 6,1 6,8 7,6 8,6 9,9 11,1 12,5 Saldos migratórios 10,7 9,8 3,7 3,5 -1,1 -0,6 -0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Crescimento 33,3 28,9 20,2 18,4 10,3 8,3 7,3 5,9 4,2 2,5 0,7 -1,1 -2,8 -4,5 Fontes: Censos de 1980, 1991, 2000 e 2010 e Modelo Evadan (Paulo Campanário) 210 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 8.1.3 A mortalidade nos 26 municípios As Esperanças de Vida ao Nascer (EVN), uma medida refinada da mortalidade, apresentam aumento contínuo. A Tabela 4 mostra este comportamento universal no Brasil e regiões. O modelo demográfico aqui utilizado não estima as EVN. Existem, no entanto, estimativas do IBGE para o Estado do Rio Grande do Sul (para 1980 e 2010). Se supôs que os 26 municípios apresentam mortalidade igual à do Estado do Rio Grande do Sul nesses dois anos (67,83 e 75,89) e um pouco mais elevada à do país como um todo em 2010 (73,76). Para 2045-50 se supôs que a Esperança de Vida chegará a 80 anos (Tabela 2, já vista). Na projeção foi suposto um crescimento sustentado na EVN, mas com tendência a uma certa desaceleração no futuro porque as causas endógenas de morte têm e terão um peso cada vez maior na mortalidade e muitas delas são praticamente impossíveis de serem debeladas, além de sua diminuição exigir elevados investimentos em saúde, incompatíveis com o desenvolvimento atual do país. Os valores intermediários foram interpolados (Gráfico 3, Tabela 2). As probabilidades de sobrevivência, necessárias para o modelo na projeção, foram obtidas através do Modelo Latino das Nações Unidas, o mais apropriado em casos de ausência de dados mais precisos. Diferenças de alguns anos na Esperança de Vida ao Nascer têm muito pouco efeito na projeção da população. Tabela 4. Esperanças de Vida ao Nascer em 1980 e 2010 por regiões do país e Rio Grande do Sul, 1980 e 2010 Região e UF 1980 2010 Região Nordeste 58,25 71,20 Região Norte 60,75 70,76 Região Sudeste 64,82 75,40 Região Sul 66,01 75,84 Região Centro-Oeste 62,85 73,64 Rio Grande do Sul 67,83 75,89 Brasil 62,52 73,76 Fonte: IBGE 211 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 8.1.4A migração nos 26 municípios Pode-se afirmar, grosso modo , que existe uma tendência de diminuição dos saldos migratórios tanto aqui como em outros países ou lugares, excetuando situações especiais como guerras, catástrofes naturais etc. No Brasil, o fator mais importante para que esse arrefecimento esteja acontecendo é que passou de país agrícola e rural a país industrializado e urbano no pequeno lapso de menos de 50 anos e os fluxos migratórios rural-urbanos que explicaram o inchaço das grandes metrópoles e muitas capitais brasileiras nos anos 50, 60 e 70 diminuíram substancialmente ou mesmo deixaram de existir em muitos casos. Outro fator que faz com que tais fluxos diminuam no longo prazo é a dispersão de fábricas e serviços para municípios de porte médio, menores que as regiões metropolitanas, municípios que apresentam infraestrutura e salários mais baratos, legislação menos rígida para poluição etc. Pode-se citar ainda o aumento na eficácia do transporte de pessoas e mercadorias, que permite uma dispersão maior das indústrias por todo o território sem perda da eficiência produtiva. Finalmente, houve uma diminuição 212 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 generalizada da fecundidade, inclusive nas áreas rurais, o que diminui a pressão por empregos, diminuindo consequentemente os saldos migratórios. Por estes motivos, salvo casos específicos, a projeção dos saldos migratórios deve assumir a forma de uma curva decrescente, tendendo a zero, no caso de ser positiva e ascendente, tendendo também a zero, no caso de ser negativa. Os saldos migratórios absolutos só podem ser medidos indiretamente, pois no país não há registros confiáveis e universais de mudança de residência fixa das pessoas e as informações fornecidas pelos censos através de diferentes perguntas específicas sobre migrações são insuficientes para calcular saldos de forma precisa. No caso deste trabalho, foram estimadas pela aplicação do Modelo Evadan, depois de introduzidas as populações nos anos 1980, 1990, 2000 e 2010, as relações de sobrevivência derivadas das EVN dos períodos quinquenais compreendidos entre estes anos e as taxas específicas defecundidade associadas às TGF dos mesmos períodos, já comentadas e estimadas pelo modelo adotado. Nos 26 municípios, de 1980 até 2000, os saldos absolutos sempre foram positivos, mas, apesar de alguma oscilação, diminuem sistematicamente passando de um patamar de mais de 50 mil nos anos 80 a à metade desse valor nos anos 90. A partir de 2000 passam a ser negativos (-9.230 e – 5.425 respectivamente em 2000-05 e 2005-10). Ainda em termos absolutos, como se pode observar no Gráfico 4 e Tabela 5 pode-se afirmar que tinham, até 2000 uma importância pequena mas similar à da mortalidade no crescimento populacional, mas depois desse ano, apesar da diminuição da fecundidade, os nascimentos ainda são muito mais importantes para explicar o crescimento que os saldos migratórios. Em termos relativos, como se pode observar no Gráfico 5 e na Tabela 3, as conclusões são as mesmas. Devido a este comportamento de saldos negativos a partir de 2000, se decidiu projetá-los de tal maneira que eles seriam ainda negativos em 2010-15, mas ficariam nulos a partir de 2015- 20, mantendo-se assim até o período final, em 2045-50. Os valores intermediários foram interpolados, simulando uma diminuição suave. 213 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Gráfico 4. Vale dos Sinos, 1980-2050: Nascim entos, saldos m igratórios e m ortes, ajustados e projetados (em negro) 200.000 Saldos migratorios Nascimientos Mortes Crescimiento absoluto 150.000 100.000 50.000 0 40,0 2045-50 2040-45 2035-40 2030-35 2025-30 2020-25 2015-20 2010-15 2005-10 2000-05 1995-00 1990-95 1985-90 1980-85 -50.000 Gráfico 5. Vale dos Sinos, 1980-2050: Taxas brutas de natalidade, m ortallidade, saldos m igratórios e crescim ento (por m il habitantes) 35,0 Natalidade Mortalidade Saldo migratório Crescimiento 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 2045-50 2040-45 2035-40 2030-35 2025-30 2020-25 2015-20 2010-15 2005-10 2000-05 1995-00 1990-95 1985-90 1980-85 -5,0 8.1.5 O comportamento do conjunto das variáveis 214 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 A Tabela 5 e o Gráfico 4 mostram o resultado final das variáveis, em números absolutos, depois de aplicadas as taxas de fecundidade por idades, as relações de sobrevivência e calculados os saldos migratórios no modelo demográfico entre 1980 e 2010. Por causa da já comentada diminuição da fecundidade ocorrida no período estudado, houve uma diminuição no número de nascimentos a partir de 2000-05, que passaram redondamente de 155 mil em 1995-00 a 138 mil em 2000-05. Em 2005-10 o descenso continuou, passando para 125 mil. Pelas hipóteses feitas, este número continuará a diminuir até o final da projeção, chegando a 76 mil em 2045-50. Isso se explica principalmente, neste caso, por causa da forte diminuição da fecundidade. O número de mortes aumenta sistematicamente, passando de aproximadamente 35 mil no qüinqüênio 1980-85 para 47 mil em 2005-10, apesar da diminuição da mortalidade ou, o que é a mesma coisa, do aumento na Esperança de Vida ao Nascer. Esta aparente contradição se explica por causa do aumento na população e também devido ao envelhecimento da mesma, resultado da diminuição da fecundidade. Até o final da projeção se espera que este número mais que se duplique, chegando a quase 120 mil em 2045-50, ultrapassando o número de nascimentos. A população começará a decrescer já em 2035-40 (ver Gráfico 9). O Gráfico 5 e a Tabela 3 mostram as variáveis básicas em termos relativos, ou seja, com as taxas de natalidade, mortalidade, saldos migratórios e crescimento calculadas por mil habitantes. 215 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 8.1.6 Análise da população projetada inercialmente O resultado da aplicação das hipóteses da projeção explicitadas anteriormente é que a população dos 26 municípios continuará a crescer até 2035-40, apesar de o fazer num ritmo cada vez menor. A Tabela 3 mostra que em 2005-10 essa taxa foi de 8,3 por mil (0,83%) e em 2045-50 será de -4,5 por mil (0,45%) e neste horizonte, a população alcançaria 1.893 mil habitantes (Tabela 6 e Gráfico 6). A projeção foi prolongada até 2100 (Gráfico 8, Tabela 11) com a hipótese de que a partir de 2050 as TGF continuariam constantes e iguais a 1,5 filhos por mulher, a Esperança de Vida ao Nascer se estabilizaria aos 80 anos e os saldos migratórios se estabilizariam em zero. A população alcançaria seu máximo em 2035, com 1.974 mil habitantes e a partir daí começaria a declinar, chegando a pouco mais de um milhão em 2100. Este exercício é apenas para mostrar que se as atuais tendências continuarem, no longo prazo a população diminuirá. Este fenômeno já está ocorrendo em muitos municípios do país. Foi realizada também uma projeção alternativa, com saldos migratórios positivos, chegando a um máximo de dez mil por qüinqüênio em 2020-25. O resultado está na mesma Tabela 11 e no Gráfico 9. Em 2050, o horizonte da projeção, a diferença entre as duas projeções é de quase aproximadamente 4 mil pessoas apenas. Mudanças radicais nas estruturas populacionais ocorrerão inevitavelmente como consequência das mudanças nos padrões de fecundidade, mortalidade e migração. A Tabela 8 e o Gráfico 7 mostram a evolução da distribuição por idades da população. Em 1980, o grupo 0-14 era 34,1% da população; em 2010, de 22,7% e em 2050 será de 12,6%, uma tendência inequívoca de envelhecimento populacional. Esta situação é altamente favorável em termos de ensino, pois ano a ano os 26 municípios terão cada vez menos alunos percentualmente à população, podendo a prefeitura investir na qualidade da educação sem se preocupar com o aumento no número de estudantes. Na mesma sequência dos três anos-calendário, o grupo de 60 anos e mais passa de 7,1 a 11,3 e a 32,2%. A população em idade ativa, definida como a que se encontra entre os 15 e os 60 anos, constituía 58,8% 216 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 do total em 1980, aumentou até um patamar de 66,0% em 2010, chegando a 55,2% em 2050. A Tabela 10 mostra sinteticamente este envelhecimento através da idade média da população, que passa de 26,2 anos em 1980 a 33,3 em 2010 , chegando a 46,3 em 2050. 2.000.000 Gráfico 6. Vale dos Sinos, 1980-2050: População por sexo, ajustada e projetada (em negro) 1.750.000 Feminino 1.500.000 Masculino Ambos sexos 1.250.000 1.000.000 750.000 500.000 2050 2045 2040 2035 2030 2025 2020 2015 2010 2005 2000 1995 1990 1985 1980 250.000 Gráfico 7. Vale dos Sinos, 1980-2050: Porcentagem de população por grupos etários, ajustada e projetada 90,0 60 e + 80,0 15-59 0-14 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 2050 2045 2040 2035 2030 2025 2020 2015 2010 2005 2000 1995 1990 1985 1980 0,0 217 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Gráfico 8. Vale dos Sinos, 1980-2050: saldos m igratórios, ajustados e projetados (em negro), com duas hipóteses 70.000 60.000 S. migr. recomendado 50.000 S. migr. elevado 40.000 30.000 20.000 10.000 0 -10.000 2040-45 2045-50 2090 2100 2035-40 2030-35 2025-30 2020-25 2015-20 2010-15 2005-10 2000-05 1995-00 1990-95 1985-90 1980-85 -20.000 Gráfico 9. Vale dos Sinos, 1980-2100: população ajustada e projetada (em negro), segundo duas hipóteses de saldo m igratorio 2.000.000 1.750.000 1.500.000 1.250.000 Saldo recomendado 1.000.000 Saldo elevado 2080 2070 2060 2050 2040 2030 2020 2010 2000 1990 1980 750.000 218 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Tabela 5. Nascimentos, mortes, saldos migratórios e crescimentos absolutos (qüinqüenais), 1980-2050, ajustados com modelo demográfico e projetados a partir de 2010 - Municípios do Consórcio Pró-Sinos Período 1980-85 1985-90 1990-95 1995-00 2000-05 2005-10 2010-15 2015-20 2020-25 2025-30 2030-35 2035-40 2040-45 2045-50 Nascimentos 155.694 155.969 154.828 156.045 138.563 125.336 119.163 112.435 105.647 98.633 91.659 86.186 81.028 76.164 Mortes 34.993 36.989 38.613 40.990 43.260 47.434 51.484 57.424 65.037 74.645 85.089 97.079 108.544 119.244 Saldos migratórios 56.806 60.826 26.316 27.412 -9.230 -5.425 -1.349 0 0 0 0 0 0 0 Crescimento absoluto 177.508 179.806 142.532 142.467 86.072 72.477 66.331 55.010 40.610 23.987 6.570 -10.893 -27.516 -43.080 Fontes: Censos de 1980, 1991, 2000 e 2010 e Modelo Evadan (Paulo Campanário) Tabela 6. Populações feminina, masculina e total, 1980-2050, ajustadas com modelo demográfico e projetadas inercialmente a partir de 2010Municípios do Consórcio Pró-Sinos Sexo 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 Feminino 490.748 580.231 671.879 747.191 821.824 869.251 910.679 945.484 973.512 994.418 Masculino 490.516 578.541 666.699 733.918 801.752 840.398 871.447 902.973 929.955 949.658 Ambos sexos 981.264 2030 2035 2040 1.007.046 1.010.965 1.006.000 961.018 963.669 957.740 2045 2050 992.413 970.539 943.811 922.605 1.158.772 1.338.577 1.481.109 1.623.576 1.709.649 1.782.126 1.848.456 1.903.467 1.944.076 1.968.064 1.974.634 1.963.740 1.936.224 1.893.145 Fontes: Censos de 1980, 1991, 2000 e 2010 e Modelo Evadan (Paulo Campanário) 219 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Tabela 7. Populações totais por grandes grupos de idade, 1980-2050, ajustadas com modelo demográfico e projetadas a partir de 2010 Municípios do Consórcio Pró-Sinos Idades 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 0-14 anos 334.288 382.022 429.064 443.749 446.846 430.170 404.171 370.256 346.312 328.394 309.238 289.609 271.062 254.214 239.275 15-59 anos 577.151 693.158 810.030 919.156 60 e + anos 69.825 83.592 99.483 118.204 Total 981.264 1.036.833 1.114.958 1.176.710 1.228.742 1.245.800 1.233.162 1.218.447 1.200.731 1.159.459 1.103.573 1.044.072 139.898 164.521 201.245 249.458 311.354 382.520 440.380 484.294 533.220 578.438 609.798 1.158.772 1.338.577 1.481.109 1.623.576 1.709.649 1.782.126 1.848.456 1.903.467 1.944.076 1.968.064 1.974.634 1.963.740 1.936.224 1.893.145 Fontes: Censos de 1980, 1991, 2000 e 2010 e Modelo Evadan (Paulo Campanário) Tabela 8. Porcentagem de população de ambos os sexos, por grandes grupos de idade, 1980-2050, ajustada com modelo demográfico e projetada a partir de 2010 Municípios do Consórcio Pró-Sinos Idades 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 0-14 anos 34,1 33,0 32,1 30,0 27,5 25,2 22,7 20,0 18,2 16,9 15,7 14,7 13,8 13,1 12,6 15-59 anos 58,8 59,8 60,5 62,1 63,9 65,2 66,0 66,5 65,4 63,4 61,9 60,8 59,0 57,0 55,2 60 e + anos 7,1 7,2 7,4 8,0 8,6 9,6 11,3 13,5 16,4 19,7 22,4 24,5 27,2 29,9 32,2 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Total Fontes: Censos de 1980, 1991, 2000 e 2010 e Modelo Evadan (Paulo Campanário) 220 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Tabela 9. Índice de masculinidade por grandes grupos de idade, 1980-2050, ajustado com modelo demográfico e projetado a partir de 2010 Municípios do Consórcio Pró-Sinos Idades 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 0-14 anos 102,6 102,8 102,6 103,3 103,6 103,3 103,5 103,7 103,9 103,9 104,0 104,1 104,2 104,3 104,3 15-59 anos 100,1 99,7 99,1 97,5 96,7 96,3 95,5 96,1 97,0 98,2 99,2 100,0 100,9 101,5 102,1 60 e + anos 87,0 86,8 86,7 86,5 86,4 83,5 82,7 82,0 81,8 81,2 80,7 80,2 80,1 80,6 81,1 Total 100,0 99,7 99,2 98,2 97,6 96,7 95,7 95,5 95,5 95,5 95,4 95,3 95,2 95,1 95,1 Fontes: Censos de 1980, 1991, 2000 e 2010 e Modelo Evadan (Paulo Campanário) Tabela 10. Idade média da população, 1980-2050, ajustada com modelo demográfico e projetada a partir de 2010 Municípios do Consórcio Pró-Sinos Ano 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 Idade média 26,2 26,7 27,5 28,7 29,9 31,5 33,3 35,1 37,0 38,8 40,6 42,3 43,8 45,1 46,3 Fontes: Censos de 1980, 1991, 2000 e 2010 e Modelo Evadan (Paulo Campanário) 221 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Tabela 11. População projetada até 2010 com duas hipóteses de saldos migratórios Municípios do Consórcio Pró-Sinos Ano 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 2055 Saldo recomendado 1.782.126 1.848.456 1.903.467 1.944.076 1.968.064 1.974.634 1.963.740 1.936.224 1.893.145 1.833.624 Saldo elevado 1.782.126 1.851.017 1.913.375 1.960.217 1.985.984 1.990.905 1.975.737 1.941.692 1.889.842 1.820.948 Tabela 11 (continuação) Ano 2060 2065 2070 2075 2080 2085 2090 2095 2100 Saldo recomendado 1.763.851 1.686.287 1.602.834 1.515.765 1.428.094 1.342.827 1.262.050 1.186.847 1.117.322 Saldo elevado 1.741.728 1.655.307 1.564.173 1.470.994 1.378.966 1.291.081 1.209.244 1.134.225 1.065.766 222 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 8.2 PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO DOS 26 MUNICÍPIOS Os 26 municípios e distritos deste estudo não foram projetados com o Método dos Componentes, como se fez com o conjunto deles. No entanto, a projeção do conjunto deles, já analisada nos capítulos anteriores, serviu como referência da projeção desses municípios e distritos, como se explicará a seguir. Foram adotados dois anos de base para a projeção: 2000 e 2010, datas dos dois últimos Censos Demográficos. A tabela que segue mostra as populações utilizadas para a projeção. Tabela com as populações totais dos 26 municípios em 2000 e 2010 Município 2000 2010 Araricá 4.032 4.864 Cachoeirinha 107.564 118.278 Campo Bom 54.018 60.074 Canela 33.625 39.229 Canoas 306.093 323.827 Caraá 6.403 7.312 Dois Irmãos 22.435 27.572 Estância Velha 35.132 42.574 Esteio 80.048 80.755 Glorinha 5.684 6.891 Gramado 28.593 32.273 Igrejinha 26.767 31.660 Nova Hartz 15.071 18.346 Nova Santa Rita 15.750 22.716 Novo Hamburgo 236.193 238.940 Parobé 44.776 51.502 Portão 24.657 30.920 223 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Município 2000 2010 Riozinho 4.071 4.330 Rolante 17.851 19.485 37.035 39.685 19.725 20.537 São Leopoldo 193.547 214.087 Sapiranga 69.189 74.985 Sapucaia do Sul 122.751 130.957 Taquara 52.825 54.643 Três Coroas 19.430 23.848 1.583.26 1.720.29 5 0 Santo Antônio da Francisco de Patrulha São Paula Total Fonte: Censos de população de 2000 e 2010 Foram seguidos os seguintes passos: • adoção do total da população projetada dos 26 municípios elaborada com o Método dos Componentes, já feita e analisada; • projeção, com uma função logística, de cada um dos municípios a partir de dois pontos no tempo (2000 e 2010) e • ajuste proporcional dos totais projetados dos municípios com os totais obtidos através do Método dos Componentes para que coincidam. A Tabela 12 e o Gráfico 10, subdividido de 10.1 a 10.4 segundo o tamanho do município, mostram as populações projetadas com esta técnica. O efetivo populacional em 2010 é o do censo e não o corrigido visto anteriormente, visto que os dados do IBGE são os dados oficiais adotados pelas prefeituras. Em 2015 foi feito um ajuste para que a curva do total chegasse suavemente à população projetada pelo Método dos Componentes a partir de 2020. Quase todos os municípios começam a decrescer a partir de 2035, quando as populações alcançam seus máximos. Por outro lado, como por definição a função passa pelos 224 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 valorespopulacionais dos dois anos definidos como a base da projeção (2000 e 2010), ela sempre leva em conta o crescimento deste período, daí o nome de projeção inercial. 225 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Tabela 12. Projeção inercial da população total dos 26 municípios do Consórcio PróSinos, 2010-2050 (em negrito as populações máximas de cada município) Município Araricá jun/10 jun/15 jun/20 jun/25 jun/30 jun/35 jun/40 jun/45 jun/50 4.864 5.343 5.734 5.952 6.076 6.114 6.075 5.971 5.813 Cachoeirinha 118.278 125.889 132.398 136.049 138.533 139.724 139.565 138.092 135.373 Campo Bom 60.074 64.214 67.750 69.766 71.124 71.764 71.671 70.874 69.422 Canela 39.229 42.643 45.494 47.129 48.141 48.532 48.342 47.636 46.480 Canoas 323.827 339.305 352.319 358.501 362.499 363.979 362.723 358.692 351.915 Caraá 7.312 7.891 8.381 8.663 8.846 8.925 8.903 8.787 8.589 Dois Irmãos 27.572 30.456 32.768 34.032 34.719 34.891 34.621 33.987 33.053 Estância Velha 42.574 46.834 50.290 52.211 53.294 53.608 53.248 52.321 50.922 Esteio 80.755 82.797 84.257 84.162 83.679 82.756 81.365 79.509 77.202 Glorinha 6.891 7.581 8.141 8.453 8.628 8.678 8.620 8.470 8.243 Gramado 32.273 34.685 36.735 37.917 38.696 39.049 38.976 38.505 37.671 Igrejinha 31.660 34.568 36.974 38.342 39.161 39.451 39.257 38.642 37.667 Nova Hartz 18.346 20.209 21.714 22.547 23.011 23.139 22.976 22.570 21.960 Nova Santa Rita 22.716 26.073 28.368 29.352 29.671 29.534 29.073 28.369 27.471 Novo Hamburgo 238.940 245.312 249.966 250.007 248.886 246.446 242.594 237.338 230.714 Parobé 51.502 55.718 59.269 61.319 62.624 63.170 62.984 62.133 60.693 Portão 30.920 34.348 37.047 38.485 39.225 39.364 39.005 38.245 37.158 Riozinho 4.330 4.547 4.731 4.822 4.882 4.907 4.893 4.841 4.750 Rolante 19.485 20.680 21.701 22.265 22.650 22.834 22.807 22.572 22.137 Sto Antônio da Patrulha 39.685 41.806 43.608 44.539 45.166 45.446 45.353 44.884 44.047 SãoFrancisco de Paula 20.537 21.369 22.051 22.318 22.464 22.472 22.329 22.033 21.583 São Leopoldo 214.087 228.378 240.593 247.512 252.197 254.429 254.127 251.376 246.324 Sapiranga 74.985 79.357 83.090 85.110 86.487 87.138 87.018 86.130 84.500 Sapucaia do Sul 130.957 137.704 143.420 146.302 148.225 149.048 148.683 147.118 144.373 Taquara 54.643 56.690 58.343 58.905 59.163 59.072 58.600 57.743 56.502 Três Coroas 23.848 26.333 28.326 29.419 30.015 30.165 29.935 29.389 28.583 Total 1.720.290 1.820.729 1.903.467 1.944.076 1.968.064 1.974.634 1.963.740 1.936.224 1.893.145 226 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Gráfico 10.1. Populações projetadas de 6 de 26 m unicípios do Vale dos Sinos, 2010-50 400.000 350.000 300.000 250.000 200.000 150.000 100.000 50.000 Cachoeirinha Canoas Novo Hamburgo São Leopoldo Sapucaia do Sul 100.000 2050 2045 2040 2035 2030 2025 2020 2015 2010 0 Gráfico 10.2. Populações projetadas de 8 de 26 m unicípios do Vale dos Sinos, 2010-50 90.000 80.000 70.000 60.000 50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 Campo Bom Canela Estância Velha Esteio Parobé Sto. Ant. Patrulha Sapiranga Taquara 2050 2045 2040 2035 2030 2025 2020 2015 2010 0 227 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Gráfico 10.3. Populações projetadas de 9 de 26 m unicípios do Vale dos Sinos, 2010-50 45.000 40.000 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 Dois Irmãos Gramado Igrejinha Nova Hartz Nova Santa Rita Portão Rolante São Fco. Paula Três Coroas 2050 2045 2040 2035 2030 2025 2020 2015 2010 0 Gráfico 10.4. Populações projetadas de 9 de 26 municípios do Vale dos Sinos, 2010-50 10.000 9.000 8.000 7.000 6.000 5.000 4.000 3.000 Araricá Caraá 2.000 Glorinha Riozinho 1.000 2050 2045 2040 2035 2030 2025 2020 2015 2010 0 228 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 8.3 PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO DOS DISTRITOS A projeção dos distritos dos cinco municípios que os possuem foi feita da mesma maneira que a dos municípios: aplicação de função logística entre os valores de 2000 e 2010 das populações dos distritos e depois um ajuste dessas populações de tal maneira a coincidirem com a projeção do município feita no item anterior. Os resultados estão na Tabela 13. Tabela 13. Projeção da população total dos distritos de cinco dos 26 municípios do Consórcio Pró-Sinos, 2010-50 Município e Distrito 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 43.860 45.638 47.117 47.722 48.077 48.139 47.877 47.286 46.366 837 765 699 637 588 549 518 492 468 Fazenda Fialho 2.775 3.136 3.404 3.536 3.595 3.596 3.554 3.479 3.376 Padilha 1.328 1.167 1.041 940 872 824 788 756 726 Pega Fogo 2.558 2.639 2.702 2.716 2.718 2.704 2.674 2.628 2.566 Rio da Ilha 1.398 1.362 1.317 1.250 1.182 1.115 1.048 982 918 Santa Cruz da Concórdia 1.887 1.982 2.063 2.104 2.132 2.145 2.141 2.120 2.083 Taquara 54.643 56.690 58.343 58.905 59.163 59.072 58.600 57.743 56.502 Parobé - sede 49.178 53.390 56.890 58.903 60.179 60.711 60.533 59.713 58.325 525 405 351 326 314 307 299 291 282 Santa Cristina 1.799 1.923 2.029 2.090 2.131 2.152 2.151 2.129 2.087 Parobé 51.502 55.718 59.269 61.319 62.624 63.170 62.984 62.133 60.693 Rolante - sede 15.226 16.063 16.789 17.190 17.479 17.634 17.639 17.490 17.187 Boa Esperança 325 281 248 225 209 199 192 185 178 Rolantinho 3.934 4.335 4.663 4.851 4.961 5.001 4.976 4.897 4.772 Rolante 19.485 20.680 21.701 22.265 22.650 22.834 22.807 22.572 22.137 Santo Antônio da Patrulha - sede 28.880 30.276 31.841 32.700 33.303 33.633 33.675 33.424 32.887 Catanduva Grande 1.591 1.567 1.547 1.492 1.429 1.363 1.295 1.226 1.157 Chicolomã 1.185 1.040 974 946 937 930 918 900 876 Evaristo 2.375 3.207 3.331 3.374 3.391 3.381 3.343 3.280 3.191 Miraguaia 4.703 4.910 5.143 5.262 5.340 5.376 5.367 5.313 5.215 951 807 771 765 766 763 755 740 720 Santo Antônio da Patrulha 39.685 41.806 43.608 44.539 45.166 45.446 45.353 44.884 44.047 São Francisco de Paula - sede 15.475 16.529 17.426 17.935 18.288 18.477 18.499 18.361 18.068 Cazuza Ferreira 1.227 1.175 1.116 1.043 974 911 854 801 753 Eletra 791 766 736 694 653 614 577 542 508 Juá 868 1.021 1.111 1.141 1.146 1.137 1.119 1.094 1.063 Lajeado Grande 841 754 679 614 567 533 506 485 465 Taquara - sede Entrepelado Poço Fundo Pinheirinhos 229 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Município e Distrito 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 Rincão dos Kroeff 481 395 343 312 295 285 277 269 261 Tainhas 854 729 640 578 540 516 497 481 465 20.537 21.369 22.051 22.318 22.464 22.472 22.329 22.033 21.583 São Francisco de Paula 8.4 PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO URBANA E RURAL Para a projeção das populações urbanas e rurais dos 26 municípios e distritos foi seguido o procedimento padrão em demografia: o emprego de uma função logística que projeta as porcentagens de população urbana de cada um deles no tempo. Foram adotados 2000 e 2010 como pontos das porcentagens de população urbana pelos quais a passa função logística. Aplicadas às populações totais projetadas anteriormente, tanto dos municípios como dos distritos, fornecem as populações absolutas urbanas e por diferença com a total chega-se às rurais. A porcentagem de população urbana dos 26 municípios em geral é elevada, em torno de 85%. Em muitos deles, quando a porcentagem já é elevada, ela diminui entre 2000 e 2010. No entanto essa diminuição é pequena. Nesses casos, foi calculada a média de crescimento dos municípios que crescem e aplicada ao valor de 2010, com os valores intermediários interpolados. Os resultados encontram-se na Tabela 14 (Setor Urbano) e Gráfico 14 (alguns exemplos). Em Três Coroas e Nova Hartz, incluídos nos gráficos, as porcentagens diminuem. 230 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Gráfico 14. Porcentagem de população urbana de alguns municípios selecionados (Censos de 2000 e 2010 e projeção 2010-50) 100,0 Cachoeirinha - RS 90,0 Sapucaia do Sul - RS 80,0 Sapiranga - RS 70,0 Gramado - RS 60,0 Portão - RS 50,0 Nova Santa Rita - RS 40,0 Glorinha - RS 30,0 Caraá - RS São Leopoldo - RS 20,0 Três Coroas - RS 10,0 Nova Hartz - RS 0,0 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 231 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Tabela 14. Projeção das populações urbanas dos 26 municípios do Consórcio Pró-Sinos, 2010-50 (com distritos em cinco municípios) Municípios 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 Araricá 3.996 4.333 4.623 4.800 4.928 5.013 5.072 5.075 5.040 Cachoeirinha 118.278 125.889 132.398 136.049 138.533 139.724 139.565 138.092 135.373 Campo Bom 57.338 61.193 64.613 66.724 68.293 69.209 69.464 69.039 67.929 Canela 35.831 38.976 41.704 43.430 44.598 45.271 45.441 45.120 44.384 Canoas 323.827 339.305 352.319 358.501 362.499 363.979 362.723 358.692 351.915 Caraá 1.058 2.034 3.241 3.994 4.320 4.433 4.443 4.391 4.294 Dois Irmãos 27.276 30.118 32.415 33.709 34.435 34.643 34.410 33.815 32.917 Estância Velha 41.484 45.597 48.967 50.916 52.116 52.600 52.406 51.646 50.392 Esteio 80.643 82.673 84.135 84.053 83.589 82.696 81.328 79.487 77.190 Glorinha 2.067 2.823 3.694 4.394 4.838 5.050 5.103 5.052 4.933 Gramado 29.013 32.490 34.801 36.002 36.758 37.095 37.027 36.580 35.788 Igrejinha 30.190 33.009 35.384 36.808 37.751 38.196 38.173 37.734 36.944 Nova Hartz 15.269 16.668 17.864 18.590 19.053 19.321 19.445 19.426 19.171 Nova Santa Rita 19.475 23.296 25.508 26.414 26.704 26.581 26.165 25.532 24.723 Novo Hamburgo 234.798 241.117 245.751 245.851 244.809 242.469 238.738 233.624 227.161 Portão 25.276 28.502 31.359 33.347 34.808 35.675 35.935 35.643 34.893 Riozinho 2.748 2.920 3.074 3.172 3.251 3.309 3.340 3.345 3.322 São Leopoldo 213.238 227.419 239.604 246.606 251.438 253.854 253.721 251.117 246.154 Sapiranga 72.286 77.180 81.496 84.052 85.830 86.750 86.795 86.006 84.432 Sapucaia do Sul 130.469 137.371 143.203 146.166 148.142 148.998 148.653 147.100 144.362 Três Coroas 20.546 22.567 24.276 25.300 25.924 26.244 26.301 26.092 25.699 232 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Tabela 14 (continuação) Municípios 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 Parobé - sede 47.466 51.260 54.557 56.583 57.928 58.598 58.717 58.142 57.088 103 78 69 72 78 86 95 102 109 1.064 1.124 1.197 1.275 1.356 1.429 1.480 1.512 1.523 Parobé 48.633 52.462 55.824 57.929 59.362 60.114 60.292 59.756 58.720 Rolante - sede 13.441 14.229 14.930 15.354 15.689 15.911 16.002 15.954 15.763 115 98 87 80 77 77 79 80 81 1.754 2.053 2.358 2.619 2.846 3.021 3.133 3.183 3.173 Rolante 15.310 16.380 17.375 18.053 18.612 19.008 19.214 19.217 19.017 Sto. Antônio da Patrulha - sede 24.210 27.247 29.291 30.216 30.799 31.110 31.149 30.918 30.421 Catanduva Grande 113 110 121 146 176 206 249 286 313 Chicolomã 390 377 394 425 460 489 507 513 509 Evaristo 562 824 945 1.070 1.209 1.350 1.476 1.574 1.635 2.820 3.216 3.511 3.651 3.727 3.759 3.756 3.719 3.651 19 16 15 15 21 31 50 76 105 Santo Antônio da Patrulha 28.114 31.789 34.277 35.523 36.392 36.944 37.186 37.086 36.634 São Francisco de Paula - sede 12.062 12.769 13.418 13.882 14.334 14.689 15.132 15.405 15.538 239 225 229 243 260 276 289 296 303 Eletra 75 57 59 64 78 92 113 131 150 Juá 25 20 27 40 57 80 115 153 200 236 283 304 296 280 265 253 242 232 92 138 156 153 147 142 139 135 131 275 311 331 328 318 307 298 289 279 13.004 13.804 14.524 15.005 15.474 15.852 16.338 16.650 16.834 Poço Fundo Santa Cristina Boa Esperança Rolantinho Miraguaia Pinheirinhos Cazuza Ferreira Lajeado Grande Rincão dos Kroeff Tainhas São Francisco de Paula 233 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Tabela 14 (continuação) Municípios 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 42.108 44.006 45.649 46.462 47.033 47.302 47.227 46.795 46.004 0 0 4 8 15 26 35 45 65 1.157 1.449 1.725 1.919 2.039 2.093 2.098 2.070 2.017 Padilha 736 735 699 648 607 576 551 529 508 Pega Fogo 280 282 316 359 424 519 628 712 780 Rio da Ilha 89 83 86 94 104 129 157 188 214 896 950 998 1.028 1.053 1.071 1.081 1.083 1.077 Taquara - sede Entrepelado Fazenda Fialho Santa Cruz da Concórdia Taquara 45.266 47.505 49.477 50.518 51.275 51.716 51.778 51.422 50.665 8.5 PROJEÇÃO DOS DOMICÍLIOS URBANOS E RURAIS DOS DISTRITOS E DOS MUNICÍPIOS A projeção dos domicílios é importante para estimar o número futuro de ligações de água, esgoto, eletricidade, de necessidades habitacionais etc., pois estas variáveis se calculam através de economias ou domicílios e não de pessoas. E, para a projeção dos domicílios, se necessita, além da população projetada, do número de pessoas por domicílio projetado. Existe uma tendência de diminuição do número de pessoas por domicílio, que tem a ver com as grandes modificações no tipo de família que estão ocorrendo mundialmente, relacionadas com a diminuição da fecundidade e com fatores sociais, culturais e inclusive sócio-econômicos. A diminuição da fecundidade, em si mesma já explica parte da diminuição do número de pessoas por domicílio, pois ela é sinônimo de diminuição do número de filhos. Mas há também a tendência de aumento relativo de famílias nucleares, com duas gerações apenas e sem coabitação com residentes não consanguíneos (dois pais ou somente pai ou mãe com filho ou filhos), em contraposição ao modelo antigo de família denominada estendida (pais e filhos convivendo com outros parentes como os avós e mesmo com não parentes como empregadas domésticas etc.). Há também a tendência de aumento relativo das pessoas que vivem sós, geralmente solteiras. 234 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 A Tabela 15 mostra que o número de pessoas por domicílio é bem menor nos países mais desenvolvidos. Mas há uma tendência, a longuíssimo prazo, de se chegar a um patamar mínimo, em torno de 2 pessoas por domicílio, como ocorre com a Suécia, com o valor de 2,04 em 2007. Não há nenhum país hoje com cifra menor que esta e o governo da França, por exemplo, projeta para 2030 um valor entre 2,08 e 2,04. No presente caso, optou-se por projetar esta variável considerando que num futuro remoto se chegará a um valor de 2,5 pessoas para todos os distritos, pouco acima do comentado valor mínimo de 2,0, já que as modificações na estrutura familiar do Brasil começaram há relativamente pouco tempo se comparadas com a de países mais desenvolvidos. Em síntese, o que se fez foi projetar com uma curva logística as tendências de cada distrito a partir de dois pontos (2000 e 2010) e com um valor futuro remoto de 2,5. Tabela 15. Número de pessoas por domicílioem países selecionados em torno de 2005 País Hab./domic. Uruguai 2004 3,10 EUA 2005 2,59 Portugal 2006 2,77 França 2005 2,30 Reino Unido 2006-07 2,54 Suécia 2007 2,04 Alemanha 2005 2,10 China 2007 3,40 Israel 2005 3,40 Japão 2005 2,55 Fonte: Censos Demográficos do IBGE e Nações Unidas Uma amostra do número de pessoas por domicílio urbano dos Censos de 2000 e 2010 e os resultados da projeção podem ser apreciados no Gráfico 13. Entre 2000 235 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 e 2010 se nota uma diminuição inequívoca desse número. Para 2050 os resultados ficaram entre 2,7 e 2,5 pessoas por domicílio. Foram projetados esses números para as áreas urbanas e rurais e os distritos urbanos e rurais dos cinco municípios que os possuem. A seguir foram calculadas as populações urbanas projetadas multiplicando-se o número de pessoas por domicílio pela população total, já projetada anteriormente, assim como as populações rurais. O número total (urbano e rural) foi obtido por soma. Gráfico 13. Núm ero de pessoas por dom icílio projetadas de alguns dos 26 m unicípiios do Vale dos Sinos no setor urbano (Censo de 2000 e 2010 e projeção 2010-50) 3,50 Cachoeirinha 3,40 Campo Bom Canoas 3,30 Caraá 3,20 Dois Irmãos Estância Velha 3,10 Esteio 3,00 Glorinha Nova Hartz 2,90 Nova Santa Rita 2,80 Novo Hamburgo Portão 2,70 Riozinho 2,60 Sapiranga Três Coroas 2050 2045 2040 2035 2030 2025 2020 2015 2010 2005 2000 2,50 236 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Tabela 15. Número de domicílios urbanos, 26 municípios do Consórcio Pró-Sinos, 2010-50 Município e Distrito 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 Araricá 1.395 1.605 1.774 1.879 1.949 1.994 2.023 2.027 2.014 Cachoeirinha 38.867 43.304 47.280 50.043 52.124 53.472 54.084 54.002 53.286 Campo Bom 19.217 21.419 23.417 24.842 25.946 26.688 27.076 27.118 26.828 Canela 11.885 13.567 15.082 16.169 16.963 17.485 17.743 17.751 17.553 Canoas 103.930 113.361 121.901 127.776 132.417 135.640 137.349 137.546 136.284 Caraá 371 721 1.162 1.447 1.580 1.635 1.652 1.645 1.619 Dois Irmãos 9.293 10.834 12.115 12.923 13.418 13.637 13.631 13.447 13.120 Estância Velha 13.565 15.613 17.416 18.663 19.553 20.083 20.271 20.168 19.814 Esteio 26.383 28.250 29.815 30.674 31.218 31.438 31.337 30.936 30.266 Glorinha 714 1.017 1.374 1.673 1.872 1.976 2.011 2.001 1.961 Gramado 10.018 11.661 12.873 13.622 14.139 14.439 14.534 14.443 14.187 Igrejinha 10.054 11.468 12.725 13.604 14.249 14.647 14.811 14.767 14.548 Nova Hartz 4.930 5.621 6.252 6.707 7.045 7.283 7.440 7.517 7.482 Nova Santa Rita 6.161 7.673 8.707 9.297 9.645 9.808 9.823 9.720 9.516 Novo Hamburgo 79.411 85.260 89.971 92.383 93.752 94.117 93.548 92.145 90.000 Portão 8.330 9.757 11.089 12.113 12.923 13.477 13.761 13.794 13.614 902 1.007 1.103 1.173 1.231 1.273 1.301 1.313 1.312 São Leopoldo 70.979 79.129 86.408 91.447 95.226 97.651 98.713 98.499 97.115 Sapiranga 23.642 26.390 28.915 30.721 32.107 33.030 33.490 33.514 33.140 Sapucaia do Sul 42.557 46.639 50.312 52.836 54.800 56.138 56.818 56.853 56.271 Três Coroas 6.752 7.761 8.666 9.302 9.750 10.040 10.189 10.201 10.113 Riozinho 237 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Tabela 15 (continuação) Município e Distrito Parobé - sede 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 15.504 17.547 19.409 20.753 21.750 22.391 22.729 22.719 22.459 Poço Fundo 36 29 27 28 31 34 38 41 43 Santa Cristina 347 378 415 453 492 528 555 574 585 Parobé 15.887 17.954 19.851 21.234 22.272 22.953 23.322 23.334 23.087 Rolante - sede 4.554 5.040 5.475 5.778 6.015 6.182 6.275 6.296 6.248 Boa Esperança 47 41 36 34 33 32 33 34 34 Rolantinho 579 703 832 949 1.053 1.138 1.196 1.228 1.235 Rolante 5.180 5.784 6.344 6.760 7.101 7.352 7.504 7.558 7.517 Santo Antônio da Patrulha - sede 8.301 9.749 10.829 11.443 11.866 12.130 12.246 12.224 12.074 Catanduva Grande 43 43 48 58 70 82 99 114 125 Chicolomã 155 151 158 170 184 196 203 205 204 Evaristo 184 274 321 373 439 507 565 610 641 Miraguaia 959 1.131 1.270 1.351 1.404 1.437 1.451 1.449 1.432 8 7 7 6 9 13 22 34 47 Pinheirinhos Santo Antônio da Patrulha 9.650 11.354 12.632 13.402 13.972 14.366 14.587 14.637 14.523 São Francisco de Paula - sede 3.944 4.373 4.773 5.089 5.379 5.610 5.854 6.016 6.110 Cazuza Ferreira 77 74 78 85 94 103 111 115 119 Eletra 25 20 21 23 29 35 43 51 59 Juá 11 9 12 18 25 35 51 68 89 Lajeado Grande 92 113 121 118 112 106 101 97 93 Rincão dos Kroeff 34 53 62 61 59 57 55 54 52 Tainhas 94 110 120 122 120 118 115 113 110 4.277 4.751 5.187 5.517 5.819 6.064 6.331 6.514 6.632 São Francisco de Paula 238 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Tabela 15 (continuação) Município e Distrito Taquara - sede 010 015 020 025 030 035 040 045 050 4.145 5.403 6.520 7.261 7.825 8.197 8.369 8.347 8.141 1 5 9 8 Entrepelado Fazenda Fialho 14 37 55 41 97 25 31 23 03 Padilha 81 88 78 59 43 30 20 12 03 Pega Fogo 9 1 03 19 42 76 16 48 74 Rio da Ilha 7 5 6 9 4 4 6 9 0 Santa Cruz da Concórdia 07 31 53 69 82 93 01 05 06 5.273 6.685 7.947 8.791 9.439 9.887 0.118 0.132 9.946 Taquara 8.6 PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO FLUTUANTE DE CANELA E GRAMADO O dado obtido para projetar a população flutuante dos dois municípios turísticos da região com maior população flutuante, Canela e Gramado, foi o consumo médio mensal de água fornecido pela CORSAN para os anos 2010, 2011 e 2012 e pode ser visto na Tabela 16 e Gráfico 14. Claro está que as duas cidades recebem turistas o ano inteiro e o consumo mínimo calculado já tem implícito um número desconhecido de turistas, ou seja, o consumo médio mínimo não é só dos residentes nessas cidades. Supõe-se aqui que esse consumo mínimo representa a população residente mais uma quantidade de turistas desconhecida. No entanto, o que interessa é o quanto a mais de consumo existe com relação ao mínimo, para que se projete o consumo máximo em épocas de turismo mais intenso. A chamada população flutuante, então, é uma população flutuanteequivalente. A diferença entre o consumo médio máximo, em janeiro, é 1,27 vezes maior que a mínima, em março no caso de Gramado e Agosto no de Canela, em amarelo na Tabela 16 (ver a última coluna). 239 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 A comentada relação, multiplicada pela população urbana da Tabela 17 resulta na população residente urbana mais a flutuante. No entanto, se supõe que a população flutuante crescerá no futuro mais que a residente, pelo que se supôs que no fim do período da projeção, em 2050, a relação será incrementada em 10%, ou seja, será multiplicada pelo fator 1,10. Como 2011 é o ano representativo do consumo, em amarelo na Tabela 17, o fator nesse ano é igual a 1,00. Os anos intermediários foram interpolados proporcionalmente e podem ser vistos na Tabela 18, última linha. o Fator Máximo/Mínimo, igual a 1,27 em 2011 cresce paulatinamente até chegar a 1,40 no final do período e também se encontra na mesma tabela. Finalmente, na Tabela 19 temos a população flutuante-equivalente, obtida por diferença entre a urbana e a flutuante-equivalente mais a urbana da Tabela 18. Gráfico 14. Consumo médio mensal de água em 2010, 2011 e 2012, Grmado e Canela 240.000 095 - GRAMADO 220.000 043 - CANELA 200.000 180.000 160.000 140.000 120.000 100.000 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 240 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Tabela 16. Consumo médio mensal de água de Gramado e Canela dos anos 2010 a 2012, em m Município 3 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Máximo Mínimo Máx./mín. 095 - GRAMADO 180.378 141.426 141.526 145.921 148.583 144.538 152.927 155.574 150.977 150.712 159.663 166.798 180.378 141.426 1,27 043 - CANELA 221.844 204.223 190.660 204.000 180.251 183.851 179.872 172.501 197.754 185.195 204.127 206.546 221.844 172.501 1,29 Fonte: CORSAN Tabela 17. Projeção da população urbana de Gramado e Canela com interpolação em 2011 Município jun/10 jun/11 jun/15 jun/20 jun/25 jun/30 jun/35 jun/40 jun/45 jun/50 Gramado 29.013 29.677 32.490 34.801 36.002 36.758 37.095 37.027 36.580 35.788 Canela 35.831 36.439 38.976 41.704 43.430 44.598 45.271 45.441 45.120 44.384 241 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Tabela 18. Projeção da população flutuante-equivalente mais a residente urbana de Gramado e Canela Município jun/11 jun/15 jun/20 jun/25 jun/30 jun/35 jun/40 jun/45 jun/50 Gramado 37.690 41.667 45.180 47.314 48.901 49.957 50.478 50.481 49.995 Canela 46.277 49.985 54.142 57.076 59.331 60.967 61.949 62.268 62.004 Máx./mín. 1,27 1,28 1,30 1,31 1,33 1,35 1,36 1,38 1,40 Fator de incremento 1,000 1,010 1,022 1,035 1,048 1,060 1,073 1,087 1,100 Tabela 19. Projeção da população flutuante-equivalente urbana de Canela e Gramado Município jun/11 jun/15 jun/20 jun/25 jun/30 jun/35 jun/40 jun/45 jun/50 Gramado 8.677 11.990 12.690 12.513 12.899 13.199 13.382 13.454 13.416 Canela 10.446 13.546 15.166 15.372 15.901 16.369 16.678 16.826 16.884 242 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS CORSAN. Escritório de Parobé, Estação de Tratamento de Água. FUNDAÇÃO ESTADUAL DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA - http:///www.fee.tche.br/ GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. Relatório 4 – Estudo Técnico Conceptivo – Município de Parobé – CORSAN – SEHADUR IBGE. Banco de Dados Agregados. Sistema IBGE de Recuperação Automática - SIDRA. Disponível em:http://www.ibge.gov.br. IBGE. Censo Demográfico 2000 - Resultados do universo. Disponível em: http://www.ibge.gov.br. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.Downloads Geociências – Divisa municipal dos municípios brasileiros de acordo com o censo 2010. Disponível em: <http://downloads.ibge.gov.br/downloads_geociencias.htm>. Acesso em: 24 de agosto de 2013. Google Earth. Imagens de satélite. Versão 7.1.1.1888, 2013. Prefeitura Municipal de Parobé. Plano Diretor Municipal.Parobé,2001. ______. Plano Local de Habitação em Interesse Social (PLHIS). Parobé, 2010. METROPLAN, DADOS CARTOGRÁFICOS SOBRE A SITUAÇÃO AMBIENTAL DA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE; 1997 PROGRAMA TÉCNICO PARA O GERENCIAMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE 243 PAROBÉ – Produto 4 –Tomo 2 Suscetibilidade à Erosão do Município de Parobé – RS/ Luiz F. P. Zanini; Douglas R. Trainini; Vitório Orlandi F°; Nanci B. Giugno – Porto Alegre: CPRM/METROPLAN, 1994 Isodeclividade do Município de Parobé - RS / Luiz F. P. Zanini; Nanci B. Giugno – Porto Alegre: CPRM/METROPLAN, 1994 Cobertura Vegetal do Município de Parobé – RS/ Flávia M. Bulhões; Lisiane Ferri– Porto Alegre: CPRM/METROPLAN, 1994 Pedologia do Município de Parobé - RS / Luiz F. P. Zanini; Mauro Jungblut – Porto Alegre: CPRM/METROPLAN, 1994 Geomorfologia do Município de Parobé - RS / Luiz F. P. Zanini; Vitório Orlandi Filho; Nanci B. Giugno; Douglas R. Trainini – Porto Alegre: CPRM/METROPLAN, 1994 Geologia do Município de Parobé - RS / Luiz F. P. Zanini– Porto Alegre: CPRM/METROPLAN, 1994 RAMBO, B. 1956, A Fisionomia do Rio Grande do Sul, 2 ed. Ver. Porto Alegre, Selbach, 4565 p. (Jesuítas no Sul do Brasil,6) SABESP. Banco de Preços de Obras e Serviços de Engenharia http://www.comitepcj.sp.gov.br/download/recursos2012/PCJ_TABELA_SABES P.PDF SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE DE PAROBÉ. Relatórios de ações e vistorias. SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO – Diagnóstico de Serviços de Água e Esgoto. 2009 244 PAROBÉ PLANOMUNICIPALDESANEAMENTOBÁSICO AUDIÊNCIAPÚBLICA/CONSULTAPÚBLICA Revisão0 Setembro/2014 PROPOSTA DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE PAROBÉ Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. O QUE É O PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO (PMSB)? É um acordo social e político de base técnica. Extrapola o período de uma administração. É um pacto sobre pontos fundamentais da infraestrutura do município. Deve vir antes dos detalhamentos dos planos diretores, dos projetos e das obras!!!! Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 1 QUE PARTES ATUAM NO PMSB? Seu cumprimento deve ser um compromisso mútuo: Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. QUAIS SÃO AS RESPONSABILIDADES? Obrigações ACATAR AS DIRETRIZES DO PMSB Seja qual for a corrente político-partidária que detenha os mandatos. Participar da coleta seletiva; Fazer a ligação às redes de esgoto; Exercer o controle social sobre os serviços e os demais usuários. Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 2 BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO Para as administrações: Elaborar previamente: planos de ações, de obras e de investimentos; Captar recursos financeiros; Adaptar estruturas técnico-operacionais para o atendimento das metas. Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO Para a população Usuários terão definidos: PRAZOS para a ampliação da infraestrutura e QUANTO PODERÁ CUSTAR; PROPOSTAS DE SOLUÇÕES para os problemas de que afetam diretamente a população. Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 3 O QUE É A POLÍTICA MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO? Definir quem e como QUEM REGULA? QUEM FISCALIZA? QUAL É A POLÍTICA TARIFÁRIA E POR QUE? Metas nacionais e estaduais • Coleta seletiva menos lixo nos aterros. • Taxa de lixo separada do IPTU. Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. INSTRUMENTOS DA POLÍTICA MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO Contratos de concessão em vigor; Legislações que disciplinam as cobranças de tarifas, multas, deveres e direitos; Regras para o funcionamento dos serviços. Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 4 PLANEJAR É 1. Analisar o estado presente dos serviços DIAGNÓSTICO ???????? 1. Banco de dados; 2. Cadastro de redes; Redes de água, reservatórios? Redes de esgoto cloacal, ETE? Redes de drenagem? Pessoal? Equipamentos? 3. Plano de saneamento rural; 4. Informatização. Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. PLANEJAR É 2. Avaliar as projeções de demanda PROGNÓSTICO 1. Quanto vamos crescer? 2. Para onde? 3. Vamos ter $$$$ para pagar? 4. Em quanto tempo? Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 5 PLANEJAR É 3. Definir o estado futuro desejado OBJETIVOS E METAS PROBLEMAS Prevenir alagamentos. Melhorar a qualidade das águas pluviais através da redução do lançamento de resíduos sólidos. Alagamentos. Má qualidade das águas pluviais. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES CAUSAS Lançamento de resíduos nos canais de drenagem. Incrementar os Programas de Educação Ambiental existentes incluindo os componentes relativos à drenagem urbana e ao PMSB. Prazo Imediato – até 2015 Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. Prazos dos planos de saneamento Decreto nº 8.211/2014 Prazo prorrogado! “Art. 26...... § 2º Após 31 de dezembro de 2015, a existência de plano de saneamento básico, será condição para o acesso a recursos orçamentários da União quando destinados a serviços de saneamento básico.” (NR) Art. 34..... § 6º Após 31 de dezembro de 2014, será vedado o acesso aos recursos federais destinados a serviços de saneamento básico, àqueles titulares que não instituírem, por meio de legislação específica, o controle social realizado por órgão colegiado... Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 6 Prazos deste plano de saneamento Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. A importância da mobilização 3º Seminário Internacional 1ª Conferência Regional dos Planos Municipais de Saneamento 02 a 03 de dezembro de 2013 O material das palestras está disponível no site do Consórcio Pró-Sinos e integra o material de apoio do PMSB/PRSB. Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 7 A importância da mobilização Material de apoio - cartilhas O município criou seu Comitê de acompanhamento para a elaboração da Política Municipal de Saneamento Básico e acompanhamento do PMSB. Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. A importância da mobilização 05 junho 2014 Corsan assina editais de obras de saneamento para nove municípios Nesta quinta-feira, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) assinou autorização para que sejam publicados editais de obras de saneamento em nove municípios das bacias hidrográficas dos rios Gravataí e do Sinos. O ato deu início oficial aos procedimentos licitatórios, que serão lançados na sexta-feira. Por meio do Regime Diferenciado de Contratações (RDC), o valor total a ser licitado, nesta fase, ultrapassa os R$ 280 milhões. Os recursos são provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal e os municípios contemplados nessa etapa são Canoas, Estância Velha, Nova Hartz, Nova Santa Rita, Parobé, Portão, Santo Antônio da Patrulha, Sapiranga e Taquara. R$ 4,4 bilhões para o saneamento Este será o maior plano de investimento da história da Corsan. Entre recursos próprios da empresa e do PAC, já estão garantidos R$ 4,4 bilhões para o saneamento básico do Rio Grande do Sul até 2018. Somente para os sistemas de esgoto, com a meta de duplicar a cobertura no tratamento, o valor é de R$ 3,9 bilhões, aproximadamente. Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 8 Emergências e contingências no PMSB O PMSB deve prever o funcionamento e/ou a recuperação das estruturas em ocasiões de emergência e contingências. Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. A qualidade dos serviços no PMSB Indicadores incluídos no PMSB de 1. Indicadores para água e esgoto da AGERGS. 2. Indicadores PNQS (todos os serviços) 3. Indicadores sugeridos pela Concremat (todos os serviços) Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 9 Educação sanitária e ambiental no PMSB Resolução nº 2 de 15/06/2012 – “Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental”. Instrução Normativa nº 36, de 31 de agosto de 2007 do Ministério das Cidades assegura que de 1% a 3% dos recursos do PAC SANEAMENTO sejam destinadas a ações socioambientais (educação ambiental diferenciada). Hoje, todos os recursos aplicados no saneamento geridos pela Caixa Econômica Federal obedecem essas instruções. Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. Educação sanitária e ambiental no PMSB Propostas de educação sanitária e ambiental Ação Prazo Pesquisa qualiquantitativa sobre saneamento e meio ambiente. (Ação Regional) Imediato Definir forma permanente de informação à população do andamento do PMSB. Imediato 1. Avaliar os programas de educação ambiental e projetos de capacitação de Curto prazo professores sobre temas ambientais e de saneamento. 2. Fazer a adequação de modo a incluir as diretrizes e fundamentos do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). Relacionar espaços fixos para publicação de matérias relacionadas ao saneamento, meio ambiente, educação ambiental, ecoturismo. Operacionalizar a recomendação de incluir o componente de educação ambiental/ comunicação e mobilização em todas as alternativas propostas. Entre 1 e 3% do valor Curto, médio, longo dos investimentos em água, esgotos, resíduos e drenagem Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 10 PROJEÇÃO POPULACIONAL Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. Situação institucional Serviços de saneamento Quem faz o que? Quem fiscaliza? Quem administra e opera o (s) sistema (s) ? Quem regula? Onde a população obtém informação sobre a qualidade dos serviços? De onde vêm os recursos para manutenção e investimentos? Onde estão os serviços de saneamento básico no organograma do município? Importância do planejamento Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 11 Drenagem e gestão das águas pluviais Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. LOCALIZAÇÃO Drenagem e gestão das águas pluviais Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 12 INTERFACES Drenagem e gestão das águas pluviais Bacia do Sinos Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. Drenagem e gestão das águas pluviais Hidrografia Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 13 Drenagem e gestão das águas pluviais DIVISÃO EM SUB-BACIAS Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. MACRODRENAGEM – 97km Drenagem e gestão das águas pluviais NOME CANAL EXTENSÃO (m) SINOS 1 35.750 ÁGUA BRANCA 1 4.690 MORRO NEGRO 1 5.695 PÉ‐DE‐GALINHA 1 4.848 FUNIL 1 10.900 FUNIL 2 3.283 FUNIL 3 5.453 FUNIL 4 1.496 PARANHANA 1 20.666 CANAL FECHADO 3.914 Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 14 PLANO DIRETOR URBANÍSTICO Drenagem e gestão das águas pluviais Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. Drenagem e gestão das águas pluviais Ocupação Atual do Centro da Cidade • Zona Residencial 1 (TO 50 a 80%) Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 15 EXEMPLO DE DEFICIÊNCIAS NO SISTEMA DE DRENAGEM Drenagem e Gestão das Águas Pluviais Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. EXEMPLO DE DEFICIÊNCIAS NO SISTEMA DE DRENAGEM Drenagem e Gestão das Águas Pluviais Ausência de planejamento de drenagem integrado com o urbanístico Ações de manutenção e limpeza corretiva dos canais sem uma análise estatística das intervenções; Implantação de obras de drenagem urbana sem o devido planejamento em termos de consideração da ocupação efetiva atual e futura prevista pelo Plano Diretor Urbanístico. Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 16 Drenagem e gestão das águas pluviais Exemplo de problemas e causas Problema Causa Carência de obtenção de informações atualizadas e em tempo adequado sobre o sistema de drenagem existente. Inexistência de um cadastro topográfico informatizado da rede de drenagem existente, com suporte de SIG. Identificar a natureza e o estado de conservação do sistema de drenagem existente. Realizar o cadastro topográfico da rede de micro e macrodrenagem. Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. Exemplo de propostas Drenagem e gestão das águas pluviais Objetivo Meta Padronizar os estudos e projetos referentes à gestão das águas pluviais. Elaborar Caderno de Encargos Identificar a natureza e o estado de conservação do sistema existente. Realizar o cadastro topográfico de 100% da rede Incrementar o programa de Educação Melhorar a qualidade das águas pluviais. Ambiental existente. Cadastro estrutural das obras de arte, Melhorar as condições estruturais do sistema canais, travessias existentes e elaboração existente. de projeto. Atender a legislação e viabilizar a regulação dos serviços de gestão das águas pluviais. Definir a regulação dos serviços de gestão das águas pluviais. Otimizar recursos e viabilizar alternativas técnicas integradas. Garantir que investimentos a longo prazo ocupação futura Melhorar as condições de escoamento do sistema existente. Garantir aderência dos investimentos a longo prazo e viabilizar alternativas técnicas integradas. Plano Diretor de Drenagem Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 17 Exemplo de propostas Drenagem e gestão das águas pluviais Objetivo Melhorar as condições de trabalho Meta Aquisição de equipamento e treinamento de pessoal. Melhorar a qualidade das águas pluviais. Elaborar Plano de Manejo das APPs e áreas verdes Evitar a sobrecarga do sistema de drenagem existente. Sensoriamento Remoto e aplicativos visando melhorar a Fiscalização. Incentivar a implantação de medidas individuais e locais de controle da vazão na fonte. Elaboração de legislação visando implantação de controle na fonte e redução de IPTU. Melhorar a qualidade de vida da comunidade e Implantação do PLHIS e integração com o PD reduzir inundações e deslizamentos. de Drenagem. Aumentar a garantia e a segurança do sistema de drenagem com Sistema de Alerta. Implantação de um Sistema de Alerta contra inundações. Melhorar a qualidade das águas pluviais pela presença de esgotos. Implantar o sistema de esgotamento tipo "Separador Absoluto". Fornecer informações detalhadas quanto aos Elaboração de projetos executivos com base investimentos necessários para universalização nas alternativas apontadas pelo Plano Diretor dos serviços de drenagem. de Drenagem. Aumentar a garantia e a segurança do sistema contra ocorrência de erosão e deslizamentos. Implantação do PLHIS e integração com controle de erosão e deslizamentos. Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. Abastecimento de água Esgotamento sanitário Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 18 Abastecimento de água e esgotamento sanitário Croqui do SAA de Parobé. Fonte: Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água, ANA, 2007. Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. SAA – NOVA HARTZ Projeto da Interligação do Sistema de Abastecimento de Água de Parobé para Nova Hartz/RS. Não é possív el exibir esta imagem no momento. PAC 2 - 3ª SELEÇÃO O projeto propõe a interligação do sistema de abastecimento de água do município de Parobé através de seu reservatório R-4, possibilitando o atendimento de 100% da população atual de Nova Hartz. A elevatória de água tratada se faz necessária para vencer o desnível geométrico existente entre os dois municípios. A adutora de água tratada foi projetada no diâmetro de 300 mm Adutora Água Tratada + EAT 5,150,000.00 19 Abastecimento de água e esgotamento sanitário Cobertura Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. Exemplo de Propostas Abastecimento de água e esgotamento sanitário Plano de metas Abastecimento de água Cobertura mínima do serviço: 100% em 2033. Controle de perdas 29% em 2033. % de domicílios urbanos e rurais abastecidos por rede de distribuição e por poço ou nascente com canalização interna. Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 20 Esgotamento sanitário [1] Lei nº 496 – 23/05/1997. Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. SES – Parobé Planta Geral do Sistema Não é possív el exibir esta imagem no momento. PAC 2 - 3ª SELEÇÃO Implantação de 61 km de rede coletora (diâmetros entre 150 a 400mm), atendendo parcialmente a Bacia do Arroio Funil. Implantação de 6 EBES. Implantação ETE + RC + EBE 42,630,752.50 21 SES Parobé ESTAÇÃO DE TRATAMENTO – Q= 1 x 50 L/s PAC 2 - 3ª SELEÇÃO Implantação de 1 módulos da ETE para atender em primeira etapa 50L/s. . SES – Parobé Parobé PAC II – 3 sel 7431 80,00% 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% % Existente SS 0,00% 2013 2014 2015 2016 2017 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 72,65% 22 Exemplo de Propostas Abastecimento de água e esgotamento sanitário Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. Exemplo de Propostas Abastecimento de água e esgotamento sanitário A área rural deverá ser estudada de forma a buscar o atendimento também pela CORSAN de áreas contíguas ao sistema principal tanto no abastecimento de água como no esgotamento sanitário. Para as demais áreas, sem viabilidade de atendimento pelos sistemas da CORSAN, sugere-se a inclusão em um programa de Saneamento Rural de âmbito regional. Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 23 Limpeza urbana e gestão dos resíduos sólidos Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. Limpeza urbana e gestão dos resíduos sólidos O município dispõe do seu Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS), fruto de um convênio entre o Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) e o Consórcio Pró-Sinos. Esse PGIRS foi validado em 2012. As informações do PGIRS foram sistematizadas em uma base de dados. O PMSB PROPÕE QUE o município MANTENHA a base de dados ATUALIZADA a cada informação gerada, o que será fundamental para a aplicação dos indicadores de avaliação do PMSB - elementos importantes para as revisões das metas previstas para serem realizadas a cada quatro anos. ESSA BASE DE DADOS FOI UTILIZADA COMO REFERÊNCIA PARA AS PROPOSTAS DE AÇÕES DE LIMPEZA URBANA E GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DESTE PMSB E DO PRSB. Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 24 Limpeza urbana e gestão dos resíduos sólidos Projeção da geração de RSU - Parobé Prazo da ação Ano referência Ano calendário Geração (t/ano) Imediato Curto 2 6 10 14 18 22 2015 2019 2023 2027 2031 2035 16.270 17.099 17.666 18.058 18.318 18.446 Médio Longo Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. Limpeza urbana e gestão dos resíduos sólidos Principais Metas Regionais (Consórcio Pró-Sinos) Meta Unidade Eliminação total dos lixões % até 2014 (1). Áreas de lixões reabilitadas % (1) Coleta regular em domicílios % rurais. Municípios com coleta % seletiva. Redução recicláveis % dispostos em aterro. Redução de resíduos úmidos % disposto em aterros. Inclusão e fortalecimento da Catadores organização de catadores (1). Municípios com cobrança por serviços de RSU, sem % vinculação com o IPTU. Imediato Curto 2015 2019 2023 Médio 2027 2031 Longo 2035 100 100 100 100 100 100 10 20 50 75 100 100 57 64 71 79 87 91 45 49 53 57 61 63 43 50 53 58 60 60 30 40 50 55 60 60 4.561 6.583 7.588 8.739 10.571 10.571 48 65 75 85 95 95 (1) Metas a atingir pelo conjunto dos municípios do Consórcio Pró-Sinos. Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 25 Limpeza urbana e gestão dos resíduos sólidos Exemplo de ação institucional Taxa de RSU sem vinculação com IPTU Exemplo de ação para coleta Meta do Plano Nacional de Resíduos Sólidos e que será incluída no Plano Estadual de Resíduos Sólidos (PERS-RS) em elaboração. Ecopontos em áreas urbanas Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. Exemplo de propostas Limpeza urbana e gestão dos resíduos sólidos Exemplo de ação na área de tratamento Adequar unidades de triagem de resíduos secos Exemplo de ação para passivos ambientais Diagnóstico de áreas de descarte inadequado de resíduos Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 26 Exemplo de propostas Limpeza urbana e gestão dos resíduos sólidos Ações Regionais Logística reversa (acordos, termos, etc.); Inclusão social (formação e manutenção de cooperativas); Centrais de comercialização de recicláveis; Centrais de tratamento de orgânicos (compostagem acelerada); Transbordo e transporte de rejeitos; Destinação final adequada de rejeitos (aterros sanitários, estudo de viabilidade tratamento térmico de rejeitos); Recuperação de gases de aterro. Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. Propostas de ações regionais Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 27 Propostas de ações regionais Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. Propostas de ações regionais Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 28 Sustentabilidade A partir da ANÁLISE DOS CUSTOS dos projetos, programas e ações o PMSB aponta a Situação da capacidade financeira do município de sustentar o plano ao longo dos 20 anos Identifica se há ou não necessidade de captação de recursos como: financiamentos a fundo perdido; antecipação de receitas tarifárias ou reajuste de IPTU; parcerias público privadas - PPP, investimento privado, etc. Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. Sustentabilidade Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 29 “Toda a mobilização é feita para alguma coisa, para alcançar um objetivo pré-definido, um propósito comum, Pressupõe um sentido de público, daquilo que convém a todos. Para que ela seja útil a uma sociedade ela tem que estar orientada para a construção de um projeto de futuro*. * Bernardo Toro, educador colombiano e um dos principais teóricos da mobilização. Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 30 Audiência Pública do PMSB de Parobé PROPOSTA DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE PAROBÉ Melhores serviços de saneamento para todos =+ saúde+ mais desenvolvimento+ mais qualidade de vida. 1 Audiência Pública do PMSB de Parobé Audiência realizada em Parobé em 27/08/2014. A abertura dos trabalhos foi feita pelo prefeito municipal, Cláudio Silva e contou com a presença do representante da Corsan, superintendente adjunto Ubiratan Cunha, e o secretário de Meio Ambiente Celso Luiz Abreu. O prefeito agradeceu a presença da comunidade e autoridades municipais e enfatizou a importância dos investimentos que vão ser feitos no município, especialmente na área de esgotamento sanitário. Depois da leitura dos objetivos da audiência foi iniciada a apresentação que incluiu uma explicação geral sobre o PMSB e os objetivos e metas para as quatro áreas abrangidas pelo Plano. O representante da Corsan explicou detalhes do projeto de esgotamento sanitário e respondeu a questões pontuais sobre as regiões por onde passarão as redes coletoras. Dona Maria, uma das moradoras presentes disse que a população precisa fazer a sua parte. “O povo tem que ser cobrado e orientado para que faça a ligação quando a rede passar na rua onde moram”, observou. Houve também perguntas sobre a recuperação das ruas posteriormente à abertura das valas para implantação das redes coletoras. Ubiratan Cunha explicou que a Corsan tem o compromisso de devolver as ruas e calçadas ao seu estado original. Também houve questionamento sobre desassoreamento de arroios. Foi respondido que já estão sendo feitos desassoreamentos e que entre as ações propostas na área de drenagem estão medidas de preservação e recuperação dos recursos hídricos. 2 Audiência Pública do PMSB de Parobé 3 Audiência Pública do PMSB de Parobé 4 Audiência Pública do PMSB de Parobé 5 Audiência Pública do PMSB de Parobé Informação do site da Prefeitura A Prefeitura de Parobé realizou ontem (27), uma Audiência Pública e Consulta Pública para apresentar o Plano de Saneamento Básico do Município. O evento ocorreu na Câmara de Vereadores e teve como objetivo tratar sobre os serviços de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo das águas pluviais na cidade. De acordo com a Diretora de Meio Ambiente, Circe Kayser, o Plano irá projetar o Município em uma perspectiva de 30 anos. “Este plano é um estudo técnico sobre áreas como limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos, análise de sustentabilidade (projeção de 20 anos), situação de desenvolvimento urbano, projeções populacionais, ações para emergência e contingência, entre outros”, disse Circe. A diretora ainda enfatizou que é a partir dele, que o Município poderá buscar e receber recursos do Governo Federal. Já o Prefeito Cláudio Silva, enfatizou que dos pontos mais importantes no plano, está a realização da obra de estação de tratamento de esgoto em Parobé. “Nossa cidade terá a primeira estação de tratamento de esgoto, do qual 48% da população serão beneficiadas. São mais de 21 mil pessoas contempladas com a estação”, disse o Prefeito. 6 Audiência Pública do PMSB de Parobé ATA DE AUDIÊNCIA DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO Aos vinte sete dias do mês de agosto de dois mil e quatorze, às quatorze horas, na Câmara Municipal de Vereadores, nos termos do Edital de Convocação publicado no dia 26/08/2014 no Jornal Cidades, foi realizada a Audiência Pública para a apresentação e discussão do Plano Municipal de Saneamento Básico, nos termos do que dispõem os artigos 19, §5º e art. 51 da Lei Federal nº 11.445/2007 e os incisos I e II, do art. 26, do Decreto Federal nº 7217/2010. O Sr. Cláudio Roberto Ramos da Silva, Prefeito Municipal de Parobé, realizou a abertura dos trabalhos, discorrendo sobre a importância da implantação do saneamento básico no município, ressaltando o ganho na qualidade de vida, socioambiental e na saúde da população. Passando em seguida a palavra ao Sr. Celso Luis Abreu, Secretário Municipal de Meio Ambiente, na qual conduziu os trabalhos da audiência, apresentando os objetivos, bem como, as regras de condução dos trabalhos e formação da mesa de trabalho, nomeando a mim Ricardo Moraes Ferraro, arquiteto da Secretaria Municipal como Secretário desta Audiência. Informou ainda que o Plano foi elaborado pela empresa Concremat Engenharia e Tecnologia S.A, empresa contratada pelo Consórcio Pró Sinos. A seguir passou a palavra à Sra. Cecy Oliveira, Assessora de imprensa da empresa Concremat, que falou da importância do Plano Municipal de Saneamento Básico, da mobilização social, do apoio da população e das propostas da educação ambiental e sanitária. Após a explanação, passou a palavra ao Sr. Ricardo Dal Farra, engenheiro da empresa Concremat, que explicou que o plano engloba serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, gestão de resíduos sólidos, drenagem pluvial e ações de emergência e contingência. Destacou também, a importância da drenagem e gestão das águas pluviais. Em seguida a Sra. Deisy Maria Andrade Batista, engenheira civil da empresa Concremat, complementou as informações anteriores, discorrendo sobre o abastecimento de água e esgotamento sanitário, limpeza urbana e gestão dos resíduos sólidos. Explicou também as metas e propostas de ações municipais, estaduais e regionais. Passando em seguida a palavra ao Sr. Ubiratan Guilherme, Superintendente Regional da Corsan, na qual explicou a importância e localização da Estação de Tratamento de Esgoto – ETE, bem como a obrigatoriedade das economias ligarem-se as redes de água e esgoto. Após a apresentação do Plano, o Sr. Celso Luis Abreu abriu espaço para questionamentos. O Sr. Lucas Ismael Kohlrausch, portador da RG 2087575946, solicitou informações sobre como ficarão as ruas e calçadas afetadas pelas obras. Tendo sido explicado pelo Sr. Ubiratan Guilherme que o contrato prevê que tudo seja refeito e que deverá ser realizado um trabalho de educação ambiental para que a população conviva com os transtornos causados pela obra. A Sra. Maria Helena Silva Oliveira, portadora do CPF 411.512.240-49, questionou se o seu bairro, a Fazenda Pires, será contemplado com esgotamento sanitário e limpeza urbana. O Sr. Celso Luis Abreu explicou que a Prefeitura Municipal está elaborando um plano municipal de fiscalização e que a limpeza do bairro é 7 Audiência Pública do PMSB de Parobé onde será realizado o tratamento de esgoto. O Sr. Ubiratan explicou que a Estação de Tratamento de Esgoto será implantada na bacia do Arroio Funil, sendo necessário a construção de estações elevatórias em alguns pontos. O Sr. Joscemar da Rosa, portador da RG 1047213671, questionou se haverá orientação para novos empreendimentos nas áreas urbanas para mudar a cultura de descarte do esgoto, bem como intervenções públicas no que diz respeito a ocupação das margens de arroios e banhados. A Sra. Circe Teresinha Kayser, Diretora da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, explicou que será realizado um trabalho forte de educação ambiental com a população. O Sr. Luis Gomes da Fonseca, portador da RG 1073123513 sugeriu que houvesse a mobilização de todas as associações de bairro para contribuir na limpeza urbana. Após as manifestações, o Sr. Celso Luis Abreu, comunicou aos presentes que, à partir das 12 horas do dia 05/09 até as 12 horas do dia 12/09, será realizada a Consulta Pública, com o objetivo de recolher as críticas e ou sugestões da população sobre o Plano Municipal de Saneamento Básico. A minuta do Plano de Saneamento Básico ficará disponível para consulta no saguão da Prefeitura Municipal. Sendo a audiência pública encerrada, as 16 horas, e elaborada esta ata, sendo por mim assinada, tendo em anexo a lista de presença devidamente assinada pelos participantes. 8 Audiência Pública do PMSB de Parobé 9 Audiência Pública do PMSB de Parobé 10 Audiência Pública do PMSB de Parobé 11 Audiência Pública do PMSB de Parobé 12 Audiência Pública do PMSB de Parobé Notícias publicadas Prefeitura de Parobé convida para Audiência Pública sobre Plano Municipal de Saneamento Básico Seg, 18 de Agosto de 2014 17:23 A Prefeitura de Parobé estará realizando no dia 27 de agosto, às 14h, na Câmara de Vereadores do Município, uma Audiência Pública e Consulta Pública referente ao Plano de Saneamento Básico no Município. O objetivo do evento é apresentar à apreciação pública a Minuta do Plano Municipal de Saneamento Básico, o qual abrange os serviços de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo das águas pluviais. A minuta do Plano Municipal de Saneamento Básico estará disponível, para consulta e leitura, a partir das 12h do dia 05 de setembro, até as 12h do dia 12 de setembro, no saguão da Prefeitura Municipal e no endereço eletrônico www.parobe.rs.gov.br/ A Consulta Pública iniciará na mesma data da minuta. Durante este período, os interessados poderão manifestar suas críticas e/ou sugestões e encaminhá-las por email para o endereço eletrônico www.parobe.rs.gov.br ou colocá-las diretamente em uma urna, identificada para este fim, localizada no saguão da Prefeitura. A identificação deverá ser a seguinte: nome, endereço, e-mail e telefone. 13 Audiência Pública do PMSB de Parobé . Parobé apresenta plano municipal de saneamento básico Projeto foi abordado em audiência pública O evento ocorreu na Câmara de Vereadores, na quarta-feira, e teve como objetivo tratar sobre os serviços de abastecimento de água sanitário, potável, limpeza esgotamento urbana e manejo de resíduos sólidos e manejo das águas pluviais na cidade. De acordo com a Diretora de Meio Ambiente, Circe Kayser, o Plano irá projetar o Município em uma perspectiva de 30 anos. A diretora ainda enfatizou que é a partir dele, que o Município poderá buscar e receber recursos junto ao Governo Federal. 14 Audiência Pública do PMSB de Parobé Plano de Saneamento Básico é apresentado em Parobé Foi realizada na Câmara de Vereadores de Parobé, na última quarta-feira (27/08/2014), uma Audiência Pública e Consulta Pública para apresentar o Plano de Saneamento Básico do município. O evento, realizado por parte da Prefeitura, teve como objetivo tratar sobre os serviços de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo das águas pluviais na cidade. O Plano de Saneamento Básico irá projetar o município em uma perspectiva de 30 anos, sendo um estudo técnico sobre áreas como limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos, análise de sustentabilidade (projeção de 20 anos), situação de desenvolvimento urbano, projeções populacionais, para ações emergência contingência, e entre outros. Um dos pontos mais importantes do projeto será a realização da obra de estação de tratamento de esgoto em Parobé. 15 ATA DE AUDIÊNCIA DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO Aos vinte sete dias do mês de agosto de dois mil e quatorze, às quatorze horas, na Câmara Municipal de Vereadores, nos termos do Edital de Convocação publicado no dia 26/08/2014 no Jornal Cidades, foi realizada a Audiência Pública para a apresentação e discussão do Plano Municipal de Saneamento Básico, nos termos do que dispõem os artigos 19, §5º e art. 51 da Lei Federal nº 11.445/2007 e os incisos I e II, do art. 26, do Decreto Federal nº 7217/2010. O Sr. Cláudio Roberto Ramos da Silva, Prefeito Municipal de Parobé, realizou a abertura dos trabalhos, discorrendo sobre a importância da implantação do saneamento básico no município, ressaltando o ganho na qualidade de vida, socioambiental e na saúde da população. Passando em seguida a palavra ao Sr. Celso Luis Abreu, Secretário Municipal de Meio Ambiente, na qual conduziu os trabalhos da audiência, apresentando os objetivos, bem como, as regras de condução dos trabalhos e formação da mesa de trabalho, nomeando a mim Ricardo Moraes Ferraro, arquiteto da Secretaria Municipal como Secretário desta Audiência. Informou ainda que o Plano foi elaborado pela empresa Concremat Engenharia e Tecnologia S.A, empresa contratada pelo Consórcio Pró Sinos. A seguir passou a palavra à Sra. Cecy Oliveira, Assessora de imprensa da empresa Concremat, que falou da importância do Plano Municipal de Saneamento Básico, da mobilização social, do apoio da população e das propostas da educação ambiental e sanitária. Após a explanação, passou a palavra ao Sr. Ricardo Dal Farra, engenheiro da empresa Concremat, que explicou que o plano engloba serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, gestão de resíduos sólidos, drenagem pluvial e ações de emergência e contingência. Destacou também, a importância da drenagem e gestão das águas pluviais. Em seguida a Sra. Deisy Maria Andrade Batista, engenheira civil da empresa Concremat, complementou as informações anteriores, discorrendo sobre o abastecimento de água e esgotamento sanitário, limpeza urbana e gestão dos resíduos sólidos. Explicou também as metas e propostas de ações municipais, estaduais e regionais. Passando em seguida a palavra ao Sr. Ubiratan Guilherme, Superintendente Regional da Corsan, na qual explicou a importância e localização da Estação de Tratamento de Esgoto – ETE, bem como a obrigatoriedade das economias ligarem-se as redes de água e esgoto. Após a apresentação do Plano, o Sr. Celso Luis Abreu abriu espaço para questionamentos. O Sr. Lucas Ismael Kohlrausch, portador da RG 2087575946, solicitou informações sobre como ficarão as ruas e calçadas afetadas pelas obras. Tendo sido explicado pelo Sr. Ubiratan Guilherme que o contrato prevê que tudo seja refeito e que deverá ser realizado um trabalho de educação ambiental para que a população conviva com os transtornos causados pela obra. A Sra. Maria Helena Silva Oliveira, portadora do CPF 411.512.240-49, questionou se o seu bairro, a Fazenda Pires, será contemplado com esgotamento sanitário e limpeza urbana. O Sr. Celso Luis Abreu explicou que a Prefeitura Municipal está elaborando um plano municipal de fiscalização e que a limpeza do bairro é realizada constantemente. O Sr. Ovanir Francisco Giovanini, CPF 445259820-04, questionou onde será realizado o tratamento de esgoto. O Sr. Ubiratan explicou que a Estação de Tratamento de Esgoto será implantada na bacia do Arroio Funil, sendo necessário a construção de estações elevatórias em alguns pontos. O Sr. Joscemar da Rosa, portador da RG 1047213671, questionou se haverá orientação para novos empreendimentos nas áreas urbanas para mudar a cultura de descarte do esgoto, bem como intervenções públicas no que diz respeito a ocupação das margens de arroios e banhados. A Sra. Circe Teresinha Kayser, Diretora da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, explicou que será realizado um trabalho forte de educação ambiental com a população. O Sr. Luis Gomes da Fonseca, portador da RG 1073123513 sugeriu que houvesse a mobilização de todas as associações de bairro para contribuir na limpeza urbana. Após as manifestações, o Sr. Celso Luis Abreu, comunicou aos presentes que, à partir das 12 horas do dia 05/09 até as 12 horas do dia 12/09, será realizada a Consulta Pública, com o objetivo de recolher as críticas e ou sugestões da população sobre o Plano Municipal de Saneamento Básico. A minuta do Plano de Saneamento Básico ficará disponível para consulta no saguão da Prefeitura Municipal. Sendo a audiência pública encerrada, as 16 horas, e elaborada esta ata, sendo por mim assinada, tendo em anexo a lista de presença devidamente assinada pelos participantes.