NOV/DEZ 2010

Transcrição

NOV/DEZ 2010
NOV/DEZ 2010
Mensagem de Fim de Ano
Sindilub
Órgão de divulgação do Sindicato Interestadual do Comércio
de Lubrificantes – SINDILUB
Presidente: Laercio dos Santos Kalauskas
Vice-Presidente: Lucio Seccato Filho
Diretor Secretário: Jaime Teixeira Cordeiro
Diretor Tesoureiro: Paulo Roberto Nogueira Carvalho
Diretor Social: Antonio da Silva Dourado
Diretor Executivo: Ruy Ricci
Êta ano! Eleições no Sindilub e no Brasil.
Enquanto aqui os fatos se desencadearam serenamente, com pouca renovação na Diretoria (esperava
mais), lá na Ilha da Fantasia houve até um certo temor quando se avistou o segundo turno.
Tomara que possamos ao menos manter o que já se conseguiu na economia, diante do cenário
internacional de nuvens negras que anunciam os especialistas de plantão. Aqueles de sempre.
Dezembro. De um lado, o frenesi das compras, a ansiedade para que todo o panejado dê
certo, que os dias e as noites de Natal e Ano Novo sejam serenas, alegres, de paz. De outro, a
preocupação com o último mês do ano para nós empresários deste ramo, mas ao mesmo tempo,
não diria “resignação”; antes, uma natural acomodação, um fundo de cansaço pela correria do
ano todo, o que nos permite, a cada um, dizer a si mesmo: pára um pouco, você merece.
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Sou um confesso e inveterado otimista. E só não me frustro porque também sou teimoso.
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João Paulo Fernandes
As matérias são de responsabilidade de seus autores e não
representam necessariamente a opinião da revista. Não nos
responsabilizamos pelos conteúdos dos anúncios publicados.
É proibida a reprodução de qualquer matéria e imagem sem
nossa prévia autorização.
E isso faz com que dentro de mim a cada ano a esperança por dias melhores, por um mundo
melhor, se renove.
Afinal, valendo-me das palavras de um filósofo alemão, “Esperar uma alegria também é uma alegria”.
Portanto, confiemos que tudo sempre melhore, pois:
“Aquela vida que é bela, não é a vida que se conhece, mas a que não se conhece; não a vida
passada, mas a futura. Com o novo ano, o destino começará a tratar bem a vós, a mim e a
todos os outros, e a vida feliz se iniciará. Não é verdade?”
A todos que nos acompanharam neste ano que se finda, e que espero nos dêem forças para o ano
que se inicia.
Bom Natal. Feliz Ano Novo.
Laercio Kalauskas
Nesta edição:
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Delegacia Sindical em Minas Gerais . . . . . . . . . .
Convenção coletiva prevê reajuste de 6,29% . . . . . .
Pague corretamente ou pague 2 X . . . . . . . . . . .
Vem chegando o verão! . . . . . . . . . . . . . . . .
Mercado de lubrificantes deve registrar crescimento . .
Lubrificantes em debate . . . . . . . . . . . . . . . .
Lançamentos da Total Lubrificantes . . . . . . . . . .
Sindilub apresenta propostas para coleta de embalagens.
Como fisgar o cliente . . . . . . . . . . . . . . . . .
Fabricante elogia Resolução 18 com ressalvas . . . . .
Anos dourados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Invista ou desista . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Sindilub em Ação
DELEGACIA SINDICAL EM MINAS GERAIS
O SINDICATO DEVERÁ AMPLIAR BASE TERRITORIAL PARA O ESTADO E CRIAR
UMA DELEGACIA SINDICAL PARA ATUAR NA REGIÃO
Embora tenha uma atuação interestadual o trabalho
que vem sendo realizado pelo Sindilub já começa a atrair
empresários de outros estados fora da base territorial da
entidade. Um exemplo são os empresários de Minas Gerais, que têm procurado o Sindicato com objetivo de criar
no Estado uma Delegacia Sindical.
Com o crescimento das manifestações desses empresários, o presidente Laercio Kalauskas e o diretor executivo
Ruy Ricci, fizeram uma visita a Belo Horizonte. “Estivemos
com o presidente da Fecombustíveis e também presidente do Minaspetro - Sindicato do Comércio Varejista de
Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais, Paulo
Miranda, para mostrar nossos propósitos de aumentar a
base territorial”, explica Kalauskas.
Minas Gerais é um dos maiores estados do território
nacional com o maior número de municípios. Sua posição
geográfica o leva a ter fronteiras com as mais diversas atividades econômicas, todas elas com forte demanda para
o uso de óleos lubrificantes.
O objetivo da conversa com o presidente Paulo Miranda, explica o diretor executivo Ruy Ricci, foi a de encontrar a
melhor maneira de conduzir essa ampliação de base, sem
gerar conflitos entre as categorias. “Houve total sintonia
entre o Sindilub e o Minaspetro, visando contribuir para o
disciplinamento da venda de lubrificantes quando realizada
fora dos postos”, afirma Ricci.
O diretor lembra que é fundamental uma orientação
aos revendedores quanto aos problemas ambientais da
venda e armazenamento dos óleos lubrificantes, e, principalmente, da coleta e destinação do óleo lubrificante
usado e contaminado (OLUC). Outra vantagem que os
revendedores poderão desfrutar será a utilização das convenções coletivas de trabalho diferenciadas das aplicadas
pelos postos de serviço.
Há 35 anos no mercado de lubrificantes com a empresa
Bel Lub, os empresários Josefina Jannuzzi e Adriano Jan-
nuzzi deram o apoio logístico
para a visita do Sindilub. Segundo Josefina, presidente da
empresa, Minas é um estado
forte e precisa ter instrumentos para profissionalizar suas
revendas. “Toda empresa é
feita para durar muito, por isso
o pequeno empreendedor precisa de apoio para tocar o seu
negócio”, comenta.
Para ela, que atuou como
diretora e vice-presidente do
próprio Minaspetro, o Sindicato é fundamental para a troca
de experiências entre os emJosefina Jannuzzi
presários. “A idéia de ter uma
Delegacia Sindical em Belo
Horizonte é para aproximar os representantes da categoria,
que terão um local para buscar apoio jurídico, informações
sobre legislação e sobre o próprio desenvolvimento do
negócio. Temos que ter alguém para levar aos órgãos
reguladores nossas reivindicações”.
O presidente do Sindilub considera o interesse das
revendas mineiras uma demonstração do reconhecimento
do trabalho do Sindicato e do fortalecimento da categoria.
“Somos um Sindicato interestadual, mas temos a intenção
de nos tornarmos nacional. Sabemos que o caminho é
longo, mas temos boas expectativas para 2011”.
O Sindicato está tomando todas as providências jurídicas para ampliação da base territorial, incluindo a realização de uma Assembléia, na qual deverá ser escolhido um
delegado sindical para atuar na região. “Já temos algumas
indicações, mas serão os próprios empresários locais que
deverão definir seu representante”, ressalta Kalauskas.
Texto e foto: Ana Azevedo
CONVENÇÃO COLETIVA PREVÊ REAJUSTE DE 6,29%
4
O Sindilub concluiu as negociações com a Federação
dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados
de Petróleo no Estado de São Paulo. O documento, ainda
não assinado pelos representantes dos Sindicatos dos Trabalhadores, estabelece um reajuste nos salários de 6,29%.
da Federação e tão logo seja assinada o Sindilub encaminhará aos associados uma circular informando sobre os
itens acordados. “Como o documento ainda não está assinado, é melhor aguardarmos para divulgar os detalhes”,
comenta Dra. Cláudia.
De acordo com o documento as cláusulas deverão vigorar até o dia 31 de agosto de 2011. A assessora jurídica
do Sindilub, Dra. Cláudia Marques Generoso lembra que
a aplicação da Convenção é compulsória para todas as
empresas do segmento.
A comissão de negociação do Sindilub foi formada
pela assessora jurídica, pelo presidente Laercio Kalauskas;
pelo diretor tesoureiro Paulo Roberto Carvalho, pelo diretor
executivo Ruy Ricci e pelo gerente de RH da associada
Fusus – Comércio e Participações, Edélcio Fornari.
A convenção está sob análise do Departamento Jurídico
Por Ana Azevedo
Sindilub
Sindilub em Ação
Capa
PAGUE CORRETAMENTE OU PAGUE 2 X
O planejamento é sempre a melhor estratégia para manter os negócios em dia. Se você já começou a contabilizar
os pagamentos do mês de janeiro, é muito importante ficar
atento para o pagamento da Contribuição Sindical Patronal, pois já diz o ditado: quem paga mal, paga duas vezes.
A contribuição sindical está prevista e regulamentada
nos artigos 578 a 591 da CLT. Possui natureza tributária e
é recolhida compulsoriamente – ou seja, de caráter obrigatório – pelos empregadores no mês de janeiro, e pelos
trabalhadores, no mês de abril de cada ano.
As guias serão enviadas via correio pela Fecombustíveis, Federação que representa o SINDILUB e o valor a ser
recolhido deve ser calculado com base no capital social da
empresa. Caso não receba a guia para recolhimento em
tempo hábil, acesse o site do Sindilub www.sindilub.org.br
e clique no link contribuição sindical 2011.
O objetivo da cobrança
é o custeio das atividades
sindicais, e os valores destinados à “Conta Especial
Emprego e Salário” integram
os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador. Compete ao MTE expedir instruções
referentes ao recolhimento
e à forma de distribuição da
contribuição sindical, cuja tabela progressiva varia a cada
ano, de acordo com o capital
social, no caso da patronal.
Por se tratar de matéria complexa, o Sindilub separou
as dúvidas mais frequentes sobre o tema. Confira:
1) Quem deve pagar a contribuição sindical?
Sindilub – Todas as empresas são obrigadas ao recolhimento, independentemente de filiação - O Art. 579 da
CLT estabelece que a Contribuição Sindical “é devida por
todos aqueles que participam de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal,
em favor do Sindicato representativo da mesma categoria
ou profissão, ou, inexistindo este, na conformidade do
disposto no art. 591.
2) Empresas constituídas após a data do vencimento
– 31 de janeiro – farão o recolhimento proporcional?
TODAS AS EMPRESAS
SÃO OBRIGADAS
AO RECOLHIMENTO,
INDEPENDENTEMENTE
DE FILIAÇÃO
Sindilub – Não, o recolhimento deverá ser integral.
As empresas que iniciarem
as atividades após 31 de
janeiro deverão recolher a
contribuição sindical no mês
em que se constituírem (data
do registro na Junta Comercial), conforme prevê o artigo
587 da CLT.
3) Quais as consequências do pagamento
em atraso?
Com vencimento até o
dia 31 de janeiro de cada
ano, a falta de pagamento da
contribuição sindical implica
em multa, juros e atualização
monetária, além do risco de
autuação pelo Ministério do
Trabalho, em decorrência do
descumprimento de obrigação acessória e cobrança judicial pela entidade sindical
credora, constituindo-se de impedimento à participação
em licitações públicas.
Sindilub – Multa, juros e
correção – O recolhimento
da contribuição sindical
efetuado fora do prazo previsto na lei, de acordo com
o artigo 600 da CLT, será
acrescido de multa de 10%
(dez por cento), nos 30
(trinta) primeiros dias, com
o adicional de 2% (dois por cento) por mês subsequente
de atraso, além de juros de mora de 1% (um por cento)
ao mês e correção monetária.
Outra preocupação diz respeito à destinação correta
do pagamento. Muitas empresas do segmento de lubrificantes têm recolhido a contribuição indevidamente
a outros sindicatos.
4) O que acontece com as empresas que nunca
pagaram a Contribuição?
A assessora jurídica do Sindilub, Dra. Cláudia Marques
Generoso, lembra que a empresa deve verificar qual o sindicato que realmente representa sua categoria econômica,
para evitar erro no recolhimento. “No caso das empresas
revendedoras atacadistas de lubrificantes, ou que possuam esta atividade como preponderante, o recolhimento
6
da contribuição sindical deve ser feito para o Sindilub, no
âmbito de sua base territorial.”
Sindilub
Sindilub – Cobrança judicial - Em caso de falta de pagamento da contribuição sindical, cabe à entidade sindical
credora promover a respectiva cobrança perante a Justiça
do Trabalho, de acordo com o previsto na nova redação
do artigo 114, inciso III da Constituição Federal, conferida
pela Emenda Constitucional 45/2004, que dispõe ser da
competência da Justiça do Trabalho ação que envolva a
cobrança de contribuições devidas às entidades sindicais.
MAIS INFORMAÇÕES FALE COM O SINDILUB
(11) 3644-3440 OU [email protected]
TABELA DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL 2011
CLASSE DE CAPITAL SOCIAL
(em R$)
LINHA
ALÍQUOTA
%
PARCELA A
ADICIONAR (R$)
1
de
0,01
a
17.778,00
Contr. Mínima
2
de
17.778,01
a
35.556,00
0,8%
-
3
de
35.556,01
a
355.560,00
0,2%
213,34
4
de
355.560,01
a
35.556.000,00
0,1%
568,90
5
de
35.556.000,01
a
189.632.000,00
0,02%
29.013,70
6
de
189.632.000,01
Contr. Máxima
66.940,10
em diante
142,22
Por Ana Azevedo
Seu Negócio
VEM CHEGANDO O VERÃO!
A troca de filtros de ar-condicionado de veículos e a higienização dos
dutos do sistema podem ser boas
opções para incrementar o mix de
produtos e serviços oferecidos pelos
revendedores de óleos lubrificantes.
estão no veículo, mas também é preciso
fazer a troca no tempo correto para que
o pleno funcionamento do sistema não
seja prejudicado”, afirma Roberto Rualonga, gerente de assistência técnica
da TECFIL.
Com a chegada do verão, muitos
motoristas costumam utilizar o arcondicionado com uma frequência
maior e cometem alguns abusos
que podem ser prejudiciais à saúde. “A temperatura ideal é por volta
de 20ºC. Além disso, não se deve
ficar muito tempo com o ar-condicionado ligado. Esta
recomendação, inclusive,
está nos manuais dos veículos”, explica o pneumologista Rafael Stelmach, do
Instituto do Coração (InCor)
do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo.
Ele esclarece que a frequência de
troca do filtro do ar-condicionado “depende do ambiente em que o veículo
é utilizado. Em alguns casos o ar pode
ser mais carregado de impurezas.
Mesmo assim, recomendamos não
ultrapassar o período de seis meses.
Segundo ele, “o ar-condicionado não causa doenças.
Ele potencializa sintomas de
doenças já existentes ou, se
estiver com uma temperatura
muito baixa e for utilizado
durante muito tempo, pode
provocar problemas que vão
desde um resfriado até uma
pneumonia”.
Para os fabricantes de filtros de arcondicionado, além dos problemas de
saúde, outros empecilhos podem surgir
se não houver a manutenção adequada. “A principal preocupação é com o
bem-estar e a saúde das pessoas que
Sindilub
UM CONVITE AO USO DO ARCONDICIONADO NOS CARROS, MAS
FALTA DE MANUTENÇÃO PODE CAUSAR
“Nas pessoas que já possuem alguma dificuldade
respiratória, como renite, asma,
bronquite crônica ou DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica, se o
ar-condicionado não estiver adequadamente regulado para evitar o bolor
e o mofo, teremos uma combinação
da temperatura muito baixa com a
sujeira e os germes que pode desencadear inflamações ou infecções nas
vias aéreas”, diz Stelmach.
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TEMPERATURAS ALTAS SÃO
saltos. Ou então, no inverno, passam
a usar o sistema para aquecimento
da cabine dos veículos. “Trocar os
filtros da cabine do carro é uma rotina lembrada pelos condutores com
maior frequência no verão, com uso
mais intensivo do ar-condicionado.
Mas, durante os meses frios, os filtros
continuam trabalhando no sistema de
climatização dos veículos, na reciclagem e filtragem do ar quente e, neste
processo, acumulam microrganismos”, alerta Carlos Matos, gerente de
marketing da MicronAir, outra
empresa fabricante de filtros
de ar-condicionado.
PROBLEMAS DE SAÚDE E MAU
FUNCIONAMENTO DO SISTEMA
O mesmo prazo vale para a higienização dos dutos do sistema”.
A TECFIL produz dois tipos de
filtros automotivos. Um deles retém
partículas de pó, impurezas, pólen e
bactérias. O outro, com uma camada
de carvão ativado, também retém
gases nocivos à saúde.
E NO INVERNO?
Muita gente, principalmente nos
grandes centros urbanos, também
costuma utilizar o ar-condicionado até
nos dias mais frios, com medo de as-
Para Matos, os proprietários de veículos equipados
com ar-condicionado ou
os funcionários dos estabelecimentos que oferecem o serviço de troca de
fi ltros devem fi car atentos
ao prazo de validade. “Esta
preocupação deve-se principalmente ao fato de que,
desde 2004, quase todos os
automóveis com sistema de
ar-condicionado possuem
filtros de cabine”.
O gerente da MicronAir
também reforça que a empresa está empenhada em
atender outros segmentos,
com filtros específicos para
veículos pesados e máquinas agrícolas, como colheitadeiras e pulverizadores. “As montadoras estão
dispostas a oferecer aos operadores
cada vez mais conforto e segurança.
Portanto, as máquinas com cabine fechada serão cada vez mais presentes
no mercado nacional, o que representa uma excelente oportunidade para
contribuirmos com alta qualidade
em tecnologia de filtração. Em breve, devemos expandir a marca para
máquinas especiais, como retroescavadeiras, utilizadas na construção
civil”, finaliza.
Por Renato Vaisbih
Entrevista
MERCADO DE LUBRIFICANTES DEVE REGISTRAR CRESCIMENTO
Especialistas descrevem o Brasil como um mercado
promissor para as vendas de óleos
lubrificantes, tendo sido responsável por 3,2% de todo o volume
do produto comercializado no
mundo em 2009*. Mesmo sem
ter números fechados para 2010,
a expectativa é de um crescimento
significativo.
Se dizendo um otimista, o
presidente do Simepetro – Sindicato Interestadual das Indústrias
Misturadoras, Envasilhadoras
de Produtos Derivados de Petróleo, Carlos Abud Ristum, faz
uma análise do mercado e acredita em um ano novo bastante
positivo. Confira:
Sindilub Press – Como o
mercado se comportou em
2010?
Ristum – Em 2010 para o
setor automotivo a procura foi
maior que a oferta até o mês de
setembro. A partir de outubro
notamos uma estabilidade.
No setor industrial a procura
continua maior que a oferta
Divulgação Simipetro
e somente na 2ª quinzena de
dezembro deverá ocorrer uma
queda no consumo devido a paralisação das
indústrias por ocasião das férias, festas natalinas e manutenção preventiva.
SP – Qual a expectativa para o fechamento do ano?
Ristum – Não obstante às dificuldades no suprimento
de básicos, o setor como um todo espera fechar o ano
com crescimento de 13% a 15%, o que representa um
crescimento substancial sobre 2009.
SP – Como deve se comportar o mercado em 2011?
Ristum – Quando olhamos para 2011 enxergamos um
cenário bastante otimista considerando que o governo vai
manter os investimentos desenhados no “PAC”. E se o
governo fizer arrocho nas contas públicas? E se os juros
e a inflação aumentarem? São variáveis que dificultam
qualquer análise, no entanto, ficamos sempre com o lado
otimista e vamos apostar num crescimento parecido com
o de 2010.
SP – Como deve ficar o suprimento de óleo básico?
Ristum – Acredito que o suprimento de básicos ficará
estável, com os preços sofrendo pequenas flutuações
(para mais ou para menos). Isto porque não estamos vendo
sinais de recuperação nas economias da Europa e EUA e
também da moeda norte-americana.
10 Sindilub
SP – Devem surgir novos fornecedores de óleos
básicos?
Ristum – Outro fator que
indica estabilidade no suprimento de básicos é a entrada
no mercado de novos fornecedores e a importação direta
das grandes Companhias;
porém a Petrobras continuará
sendo a grande fornecedora.
Também devemos lembrar que
o rerrefino está ampliando sua
produção (aumentando a coleta) melhorando tecnicamente
suas instalações para elevar
ainda mais a qualidade de seus
básicos do grupo I e já partindo
para o grupo II.
SP – A Resolução 18 (que
regulamenta a atividade dos
produtores) deverá impactar
o mercado produtor?
Ristum – Cabe lembrar que
o mercado estava desorganizado, com altos índices de não-conformidades na qualidade,
rótulos e registros de produtos.
O Simepetro tem feito seu papel,
procurando orientar os associados, esclarecer dúvidas com a
Agência Nacional do Petróleo. Na
visão do Simepetro a regulamentação do mercado trará
novas oportunidades de negócios para o setor, inclusive
com empresas de outros países. Vale ressaltar que todos
devem ficar atentos às exigências ambientais, pois sem
elas muitos poderão não obter o registro na ANP.
*Fonte: Blog Guilherme Barros
colunistas.ig.com.br
Por Ana Azevedo
Evento
LUBRIFICANTES EM DEBATE
Já não restam dúvidas de que o rerrefino do óleo lubrificante usado para fabricação de óleos minerais básicos
que servem de matéria-prima a ser utilizada, novamente,
na produção de óleos lubrificantes acabados é uma prática
sustentável importante para a
sociedade contemporânea. No
entanto, poucas pessoas conhecem este processo. Foi pensando
nisso que a Lwart Lubrificantes
participou da XII FIMAI – Feira
Internacional de Meio Ambiente
Industrial e Sustentabilidade.
“Precisamos acabar com o preconceito com relação ao óleo rerrefinado”, afirmou Thiago Trecenti,
Divulgação LWART
diretor geral da Lwart Lubrificantes
durante encontro com convidados
no estande da empresa. No local, os visitantes puderam
conferir todos os detalhes da operação de rerrefino e tinham à disposição material explicativo sobre a importância
da correta destinação do óleo lubrificante usado.
A XII FIMAI foi realizada entre os dias 9 e 11 de novembro, no Pavilhão Azul do Expo Center Norte, em São
Paulo. Trata-se da mais importante feira do setor de meio
ambiente industrial da América Latina e nesta edição
reuniu cerca de 450 expositores. De acordo com os organizadores, o público estimado foi de 35 mil visitantes com
Produto
A feira também tem uma grande participação de representantes
estrangeiros que buscam divulgar
novas tecnologias para o mercado brasileiro. Neste ano estiveram
presentes expositores da Alemanha, Itália, Noruega, Espanha, Argentina, Venezuela, Reino Unido,
Inglaterra, Israel, Áustria, Japão,
República Tcheca, Estados Unidos, China, Holanda e Canadá.
WORKSHOP
Desde a primeira edição, em
1999, paralelamente à FIMAI são
realizados debates sobre temas relacionados ao meio-ambiente e sustentabilidade. Dentro desta
programação, a Lwart Lubrificantes promoveu o workshop
“Boas Práticas na Gestão do Óleo Lubrificante”.
Profissionais da Lwart Lubrificantes e de parceiros
convidados, como a gerente comercial da Resisolution,
Andreza Aquino, abordaram as principais questões referentes ao correto manuseio e destinação de óleos lubrificantes, a legislação aplicada e os benefícios econômicos
e ambientais do rerrefino.
Por Renato Vaisbih
LANÇAMENTOS DA TOTAL LUBRIFICANTES
Óleos automotivos com propriedades antidesgaste, que auxiliam na proteção das peças e a manter o motor limpo, além de promover a redução na
emissão de poluentes e a economia de combustível
são algumas das características dos novos produtos
da TOTAL Lubrificantes do Brasil disponíveis no mercado. Ao todo, são seis novos produtos destinados
a veículos leves:
Quartz 9000 Future 5W20 – Moderno lubrificante
sintético para motores a álcool, gasolina e GNV. O
produto economiza combustível, reduz a emissão de
poluentes, previne a formação de borra e depósitos
no motor.
Quartz 9000 Energy 0W30 – Lubrificante sintético
para motores a gasolina e diesel, com excelente
fluidez e limpeza do motor, evita formação de borra
e acúmulo de depósitos, facilita a partida a frio, além
de proporcionar intervalos de troca estendido.
Quartz 5000 SM 15W40 – Lubrificante semissintético para motores a gasolina e álcool, que aumenta a
longevidade e limpeza do motor, inclusive das peças
mais sensíveis, por meio de sua aditivação detergen-
12 Sindilub
aproximadamente R$ 900 milhões em acordos e negócios
durante e após o evento.
te e dispersante, além de minimizar a formação de borra e verniz.
Quartz 7000 Future 5W30 – Lubrificante semissintético para
motores gasolina, álcool e GNV, que garante economia de combustível, baixa emissão de poluentes, além de proporcionar maior
proteção contra desgastes.
Quartz 7000 Future 10W30 – Moderno lubrificante semissintético para motores a gasolina e álcool, que tem como garantia
a economia de combustível associada à baixa emissão de poluentes. Por sua ação contra desgaste, protege
até as peças mais sensíveis
do motor, como desgaste de
comando, de anéis e pistões.
Quartz 5000 GAS 20W50
– Lubrificante mineral multiviscoso, com excepcional
poder detergente que garante boa limpeza do motor
e excelentes propriedades
antidesgaste. Especialmente desenvolvido para
os motores movidos a Gás
Natural Veicular (GNV).
Água e óleo não se misturam.
Omissão e responsabilidade também não.
A destinação inadequada no descarte de óleos lubriÄcantes usados
ou contaminados polui a terra, a água e o ar, prejudicando o meio ambiente.
Há mais de 30 anos, a LWART LUBRIFICANTES é responsável pelo recolhimento
de mais de 50% do óleo lubriÄcante usado ou contaminado destinado para
o rerreÄno no país, sendo considerada a maior empresa do setor na América Latina.
Além de proteger a natureza, o rerreÄno garante o abastecimento do mercado,
preservando recursos naturais não-renováveis. Troque o óleo lubriÄcante de seu
carro ou máquina somente em locais que tenham o compromisso em armazenar
corretamente o produto e o destinar para o rerreÄno. Não jogue fora a oportunidade
de preservar o meio ambiente e contribuir para a sustentabilidade.
Disque Coleta: 0800 701 0088 • www.lwart.com.br
Valorizando o homem,
construindo o futuro.
Meio Ambiente
SINDILUB APRESENTA PROPOSTAS PARA COLETA DE EMBALAGENS
ENTIDADE SE ANTECIPA PARA EVITAR QUE A CATEGORIA SEJA
PENALIZADA POR RESPONSABILIDADES DE TERCEIROS
O Sindilub protocolou no dia 22 de outubro um ofício
na Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo
com propostas e metas para o cumprimento da Resolução
SMA 24 no que diz respeito à coleta de embalagens e filtros
usados de óleo lubrificante.
A Resolução, publicada em março deste ano, trata da
implementação da Política Estadual de Resíduos Sólidos
e relaciona os produtos geradores de resíduos de significativo impacto ambiental de diversos setores. Até a data
da entrega do documento, porém, apenas o Sindilub havia
oficializado suas sugestões.
A rápida ação do Sindilub tem intuito de evitar que a
categoria seja penalizada, logística e financeiramente,
por uma responsabilidade no que diz respeito à coleta de
embalagens e filtros que não é da revenda de lubrificantes.
Além dos filtros e embalagens de óleo lubrificante, o
texto da SMA cita baterias automotivas; pneus; lâmpadas
fluorescentes; produtos eletroeletrônicos; e embalagens
de alimentos e bebidas, produtos de higiene pessoal,
produtos de limpeza e bens de consumo duráveis.
O documento endereçado ao secretário Pedro Ubiratan Escorel de Azevedo foi assinado pelo presidente do
Sindilub, Laercio dos Santos Kalauskas, e aprovado em
assembleia realizada com associados do sindicato no dia
19 de outubro.
CONFIRA OS COMPROMISSOS ASSUMIDOS PELO SINDILUB:
• receber as embalagens plásticas e filtros de lubrificantes usados que forem devolvidas em seu estabelecimento, independente da origem e do local onde
o produto foi adquirido;
• criar condições ambientalmente corretas para o armazenamento temporário, decantação e acondicionamento das embalagens e filtros usados (bacia de
contenção), disponibilizando a retirada por coletores
autorizados;
• manter registro das quantidades de embalagens e
filtros recebidos e entregues à coleta, por tipo de
embalagens (tambor, balde, litros, etc);
• afixar em destaque no estabelecimento advertência
quanto à responsabilidade do consumidor pela
devolução das embalagens e filtros adquiridos, de
preferência no próprio local de aquisição, devendo as
embalagens retornarem fechadas com suas tampas
originais e acondicionadas em sacos impermeáveis;
• treinar os empregados e prepostos quanto à correta
manipulação das embalagens e filtros descartados,
fornecendo ferramentas e EPIs;
14 Sindilub
• criar folheto educativo institucional para entrega
aos consumidores, ou deixado no interior dos veí-culos, abordando temas ecológicos, tais como a
importância da proteção ao meio ambiente e o potencial de risco dos resíduos de óleos lubrificantes
usados, e quanto aos procedimentos corretos para
sua destinação;
• na comercialização por atacado, anexar o folheto
educativo aos documentos fiscais entregues aos
consumidores, ou advertir no corpo do documento
fiscal que essas informações estão disponíveis em
seu sítio eletrônico;
• pela entidade signatária, instruir os revendedores
quanto aos riscos de enquadramento na lei de Crimes Ambientais, no caso de colocar em risco o Meio
Ambiente pelo descarte incorreto de embalagens,
advertindo-os para que repassem as informações
aos consumidores;
• ainda pela entidade signatária, promover ciclo periódico de palestras para os revendedores, quanto aos
aspectos positivos da reciclagem de embalagens
para a economia, no tocante ao aumento da oferta
de empregos e na diminuição da importação de
matérias primas;
• pela entidade, instituir campanha de conscientização voltada aos revendedores, quanto à sua responsabilidade por todo o processo, alertando para (i)
os investimentos necessários em suas instalações,
para o correto recebimento das embalagens e filtros, aquisição de equipamentos e ferramentas; (ii)
o risco de passivo ambiental e trabalhista, gerado
pela inadequação.
Reprodução do ofício entregue à
Por Renato Vaisbih
Secretaria do Meio Ambiente
Varejo
COMO FISGAR O CLIENTE
ESTRATÉGIAS DAS REVENDAS DE LUBRIFICANTES INCLUEM TROCA DE ÓLEO
IN COMPANY E PROMOÇÕES EM PARCERIA COM SITES DE DESCONTOS
Um dos principais desafios no mundo dos negócios é
como atrair os consumidores e, mais do que isso, encontrar soluções que assegurem a satisfação e fidelização
dos clientes. Com os revendedores de lubrificantes não é
diferente e alguns dos mais tradicionais empresários do
setor espalhados pelo Brasil têm como receita de sucesso
a busca constante por novidades no atendimento.
A Sion Lubrificantes, de Belo Horizonte, oferece a possibilidade de os clientes marcarem um horário para a troca
de óleo do carro ou moto pela internet ou pelo telefone.
“Assim, não é preciso esperar o atendimento na loja e
temos um espaço onde o cliente pode tomar um café ou
refrigerante. Se preferir, também pode acompanhar o serviço”, explica Maria Josefina Jannuzzi Moreira, presidente
do grupo Bel Distribuidor de Lubrificantes, que controla a
Sion Lubrificantes.
“É preciso olhar o cliente nos olhos e procurar encantá-lo com o nosso atendimento. Este cliente geralmente está
cansado, nervoso e com muita pressa. Se não for atendido
16 Sindilub
ou se sentir notado, mesmo que seja com um sorriso, sai
e não volta nunca mais”, ensina Maria Josefina, que já
tem um novo projeto sendo desenvolvido para atender
principalmente empresas com frotas de veículos e realizar
a troca de óleo in company.
Em Campina Grande (PB), a FoxLub, que há 13 anos
atua na venda de lubrificantes por atacado, se prepara
para inaugurar a FoxTroka em 2011 com diferenciais no
atendimento para os consumidores. “Já temos como maior
diferencial manter os clientes cientes quanto à qualidade
do produto indicado, apontando as suas características
e benefícios para o veículo. Desta forma, transmitimos
segurança e confiabilidade”, aponta Hailton Leite, sócio
administrativo da empresa.
DESCONTOS ON-LINE
Ninguém mais tem dúvidas de que a internet se tornou
uma grande aliada dos empresários de qualquer ramo de
atividade e, neste ano de 2010, os clubes de descontos
viraram uma febre nos principais centros urbanos do
Brasil. Os responsáveis pelos sites fazem parcerias
com estabelecimentos comerciais e prestadores de
serviços para oferecer oportunidades aos clientes e
saem lucrando com o grande volume de pessoas
interessadas.
Hailton Leite
Sion Lubrificante
Lubrificar
Viviane Mayr
A Lubricar, que realiza a troca de óleo e outros serviços automotivos em Colombo e Pinhais, dois municípios na região metropolitana de Curitiba (PR), decidiu
apostar na novidade e já está colhendo os frutos com o
aumento nos negócios graças a um acordo com o site
www.acessozero.com.br.
Para se ter uma ideia, no início de dezembro, a
empresa oferecia aos internautas cadastrados a troca
rápida e checklist, com lubrificantes UNI sintéticos
e semi-sintéticos, de R$ 80,00 por R$ 31,00. “Basta
entrar no site para ver os depoimentos e a satisfação
dos clientes”, comemora Viviane Mayr, diretora da
Lubricar, que também aponta como diferenciais uma
confortável sala de espera, o serviço de leva e traz
e o atendimento personalizado, com opções para
os consumidores escolherem o melhor produto por
marcas ou preços.
Texto: Renato Vaisbih – Fotos: Divulgação
Fique por Dentro
FABRICANTE ELOGIA RESOLUÇÃO 18 COM RESSALVAS
ALDO GUARDA, DA DRAFT, DIZ QUE É PRECISO TER FISCALIZAÇÃO DA QUALIDADE DO
PRODUTO E COMBATE À SONEGAÇÃO DE IMPOSTOS
A Resolução n° 18 não vai conseguir acabar com os
problemas do mercado se não vier acompanhada de uma
fiscalização da qualidade do produto e do combate à sonegação de impostos por parte das empresas do setor.
Somente assim, o mercado de óleo lubrificante poderá
crescer de maneira saudável. A análise é de Aldo Guarda,
sócio-proprietário da Draft, fabricante de aditivos e óleos
lubrificantes com sede no município de Osasco (SP).
Para ele, o mercado produtor de óleo lubrificante
realmente estava indisciplinado e precisava de uma regulamentação. “Está enganado quem acha que o mercado
livre é aquele sem regras. Mas, no meu ponto de vista, a
Resolução n° 18 se preocupou demais com o que as indústrias devem fazer e deixou de lado aspectos importantes.
O resultado disso é que provavelmente uma boa parte do
mercado não tenha a menor condição de se adequar, nem
no médio prazo. As regras são muito restritivas e ainda
temos algumas falhas”.
Guarda explica que a resolução exige diversos documentos para a abertura de uma nova empresa produtora
de óleo lubrificante, dentre eles o SICAF – Sistema de
Cadastramento Unificado de Fornecedores, ou “a certidão
negativa das certidões negativas”, na opinião do empresário. “O problema é que, daí para frente, com a empresa
em operação, eu tenho de renovar anualmente diversos
documentos junto à ANP, menos o SICAF. Ou seja, para
entrar eu tenho de provar que sou bom menino e, depois,
vou deixar de pagar meus impostos que não tem problema
nenhum?”, questiona.
INVESTIMENTOS
Guarda acredita, porém, que poucas empresas vão
conseguir atender às exigências da ANP dentro do prazo
estipulado (veja box) e pode haver um novo adiamento
ou até mesmo a definição de metas individuais para cada
fabricante. Segundo ele, “o problema nem são os equipamentos. Pode até ser que eles estejam à disposição para
serem adquiridos. Mas, por incrível que pareça, estamos
em uma fase anterior. Não temos técnicos qualificados
para fazer as plantas das fábricas”.
Ele elogia, no entanto, a “sensibilidade” da ANP de
alterar a resolução mesmo antes da entrada em vigor das
exigências, autorizando a contratação de laboratórios
terceirizados para examinar amostras do óleo lubrificante.
“Isso foi de fundamental importância para poder dar continuidade a muitas empresas que certamente iriam sumir
do mercado. Eu seria um deles. Se não fosse essa mudança dos laboratórios, eu teria de encerrar as atividades.
18 Sindilub
Esse laboratório ia custar aproximadamente R$ 600 mil e
a operação mensal seria em torno de R$ 20 mil. Com o
laboratório terceirizado eu vou gastar, no máximo, R$ 800
mensais. A diferença é enorme. E tem mais: o laboratório
terceirizado acaba servindo de auditoria. Se eu tenho funcionários que preparam o meu produto e eu mesmo faço
as análises internas, não tenho a segurança de que alguém
não esteja me escondendo um problema”.
A mudança que permitiu terceirizar os laboratórios encorajou Guarda e seus sócios a investir e adequar a Draft
para ampliar a produção de óleo lubrificante. “Estamos
trabalhando, inclusive, para produzir produtos com marcas
de terceiros que terão de fechar suas fábricas por causa
da Resolução n° 18. Vamos ser mais um concorrente forte
no mercado”, conclui o empresário.
BATALHADOR
Não é de hoje que o empresário Aldo Guarda se
posiciona com firmeza diante de decisões governamentais. Nos anos 1990, durante o governo Itamar
Franco, ele era presidente do Sindicato dos Postos
de São Paulo e vice-presidente da Fecombustíveis
quando surgiu uma lei que previa o cálculo do Imposto de Renda sobre o faturamento dos postos
revendedores. Guarda bateu o pé e o governo
voltou atrás, permitindo o cálculo pelo lucro real.
“Muita gente fala que foi um ato de coragem. Na
verdade, foi um ato de desespero. Não fosse assim,
muitos postos teriam falido. Hoje, existem as duas
possibilidades de calcular o imposto. Acho
que os empresários devem exigir
de seus contadores uma análise
criteriosa para saber qual a
melhor opção”, diz.
PRAZOS
A Resolução n° 18/09 da Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que
regula a atividade de produção de óleo lubrificante
acabado, foi publicada em junho de 2009 e republicada em agosto do mesmo ano. O prazo inicial
para entrada em vigor das exigências era agosto
de 2010 e foi estendido para 31 de dezembro deste
ano. Algumas empresas, no entanto, já solicitaram à
ANP um novo adiamento, para 31 de dezembro de
2011. Diversas audiências públicas foram realizadas
e, além da questão dos laboratórios, empresas do
setor argumentam que as exigências estariam causando gastos elevados, tanto na aquisição
de equipamentos, quanto na contratação
de profissionais especializados.
Texto e Foto: Renato Vaisbih
Especial
ANOS DOURADOS
Quem trabalha com óleos lubrificantes imagina uma
atividade voltada para alta tecnologia, concorrência acirrada no mercado, preocupação com a qualidade. O que
não se tem ideia é que no meio de tudo isso, um grupo
de profissionais consiga perpetuar através da amizade, a
história de uma Companhia, que hoje já não existe mais
(afiliada à Mobil-Internacional).
Nos últimos 11 anos um grupo de ex-funcionários da
Mobil faz questão de se reunir para lembrar os anos de
trabalho. Para eles a empresa é como uma “religião”, ou
um óleo que entrou no sanque. Ver a felicidade dos cerca
de 50 amigos faz pensar no real sentido do amor pelo que
se faz, e muito mais que isso, o que realmente representa
vestir a “camisa”.
Senhores com mais de 70 anos contam como crianças
a felicidade de enfrentar os desafios em um tempo com
muito menos tecnologia e recursos. Talvez a sensação de
desbravar seja o que os torna tão orgulhosos. A lembrança da dificuldade em convencer o cliente da importância
da lubrificação, fez desses homens responsáveis por um
pedacinho da evolução desse mercado.
Depois de 46 anos na empresa, Gemperle lembra que
a lubrificação de modo geral se profissionalizou. “Sou da
época que era difícil convencer um empresário a gastar
dinheiro com bons lubrificantes, boa assistência técnica, a
lubrificação era secundária, terciária. Eu diria que a mentalidade das pessoas responsáveis pela manutenção acompanhou o desenvolvimento da tecnologia da lubrificação”.
Para ele essa união é inexplicável, “é comparável ao que
existe em uma tripulação. Tenho certeza que marinheiros
devem se encontrar como nós. Existe um espírito de corpo
que não se apaga nunca mais, é natural, porque estivemos
no mesmo barco e atravessamos muitas tempestades, algumas violentíssimas. Mas sempre digo que nesses casos
é melhor estar em um barco grande do que numa canoa,
para suportarmos melhor”.
Para Rodolfo Ebel a melhor definição é “religião”. “Éramos integrados, inclusive as esposas e os filhos, era uma
coisa diferenciada”, explica. Ele lembra que a rotatividade
dos funcionários era muito baixa, o que os aproximava ainda mais. “Íamos ficando, sendo promovidos, tendo nosso
trabalho reconhecido; estávamos sempre crescendo. Hoje
as pessoas passam por uma empresa, nós não, éramos
uma família”.
LIDAR COM GENTE
Para Luis Fernando Di Verniere cada lugar onde trabalhamos representa alguma coisa. Egresso de uma grande Companhia brinca que a Mobil comprou seu passe.
“Foram 32 anos de felicidade. Comecei como vendedor
e terminei como gerente geral de vendas. Dentro desse
percurso aprendi a “lidar” com gente: a respeitar, a elogiar
pessoas, a eventualmente punir quando era necessário,
mas principalmente a desenvolver pessoas”.
20 Sindilub
Ele diz que os lubrificantes seguiram mais ou menos a
mesma trilha dele, começaram pobres do ponto de vista da
aditivação e foram enriquecendo. “Hoje você tem lubrificantes até sintéticos, que demonstram o avanço na tecnologia”.
Mais que uma confraternização o evento desse ano
marcou um resgate. Com o fim da Mobil no Brasil, a marca
perdeu um pouco seu glamour. No ano passado a Cosan,
empresa nacional, trouxe novamente para o mercado o
conceito tão defendido por todos esses ex-funcionários,
apresentado em vídeo sobre as realizações da empresa
nos últimos 18 meses. A Cosan-Mobil patrocinou o show
de humor apresentado durante o jantar, como forma de
demonstrar seu respeito por aqueles que dedicaram parte
de suas vidas a um projeto. “Todas as empresas são feitas e
evoluem pelas pessoas. Você sempre tem uma estratégia,
mas se não tiver essa sinergia entre as pessoas, você não
consegue atingir os objetivos. Esses ex-funcionários têm
essa sinergia, e por mais que a gente queira pensar que
eles estão fora da ativa, ter o prazer de vê-los e participar
desse encontro, é uma coisa que nos valoriza bastante”,
comenta o coordenador automotivo para linha diesel da
Cosan-Mobil, Max Varella.
Para um dos coordenadores do encontro, e diretor do
Sindilub, Ruy Ricci, a confraternização é uma oportunidade
de lembrar uma época em que se fazia carreira na empresa. “Você ficava muitos anos, havia crescimento individual
muito grande, coisa que hoje não existe mais”.
Com objetivo de manter essa chama acesa e, principalmente, perpetuar as recordações e reunir o conhecimento
desse grupo, Ricci lançou a proposta de formar uma sociedade civil (ONG). “Acho que esse grupo tem muito para
contribuir. Para viabilizar este projeto gostaria de contar
com o apoio da Cosan. Vamos oficializar a ideia, pois podemos reunir informações, trocar experiências, criar uma
biblioteca com livros e fotos que poderão contribuir para
os estudiosos dos lubrificantes”, comenta.
Representando o Sindilub, o presidente Laercio Kalauscas parabenizou os presentes pelo encontro e pela
dedicação que tiveram e muitos ainda têm no desenvolvimento dos lubrificantes. “Posso dizer que atuando como
empresário aprendi muito com a Mobil, e tenho que destacar também uma outra vertente que é a união, a ética que
todas essas pessoas praticaram durante todo esse tempo”.
Texto e Fotos: Ana Azevedo
Tendência
INVISTA OU DESISTA
Os revendedores atacadistas e varejistas de óleo lubrificantes precisam, de tempos em tempos, fazer investimentos em seu patrimônio e, principalmente, na infraestrutura.
Os motivos são vários, como o crescimento do próprio
negócio; a expansão da concorrência que obriga os comerciantes a modernizarem suas instalações para não
ficarem para trás; o avanço tecnológico; e a necessidade
de atender a legislação.
Os estabelecimentos que não se adaptarem às tendências de mercado e buscarem melhorias para atender
a demanda dos clientes, com certeza terão dificuldades
pela frente. No caso da legislação, no entanto, as coisas
podem ser ainda piores, com pesadas multas e até mesmo
a possibilidade de interdição do local por determinação
das autoridades responsáveis pela fiscalização.
O problema é que as leis também sofrem alterações
de acordo que surgem novas descobertas relacionadas
às pesquisas, com novas tecnologias, e aos danos ambientais que podem ser provocados por determinados
tipos de atividades.
E, neste cenário, não são apenas os comerciantes que
ficam perdidos. Engenheiros e técnicos que atuam há um
bom tempo no mercado foram consultados pela reportagem e declararam não conhecer os detalhes das leis para
que os estabelecimentos atendam às exigências ambientais relacionadas à atividade de revenda de lubrificantes.
Mais do que isso, não souberam precisar qual o valor
mínimo de investimento necessário para essa adequação.
O que se sabe é que a relação de itens que devem
ser observados é extensa, incluindo caixas separadoras
de água e óleo; canaletas que devem ser colocadas no
entorno da área de trabalho para recolher até a caixa separadora os produtos derramados e água de limpeza ou
da chuva; tanques para coleta do óleo lubrificante usado;
espaço para armazenamento temporário das embalagens
vazias e filtros usados; e EPIs (equipamentos de proteção
industrial) para os funcionários.
22 Sindilub
“São investimentos inerentes a esse tipo de negócio.
Não tem jeito. Quem não fizer, não vai poder continuar
operando”, afirma Ruy Ricci, diretor-executivo do Sindilub.
Para ele, “as exigências vão levar à profissionalização
do setor. As revendas vão ter de trabalhar com preços
que custeiem a suas operações, garantindo o retorno
do investimento e sem assustar os consumidores. Será
preciso buscar um equilíbrio e, se todos cumprirem as
determinações, o mercado vai ser melhor e o consumidor
não terá do que reclamar”.
APOIO GOVERNAMENTAL PARA MICROEMPRESAS
O governo federal, por meio do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), oferece
oportunidades para os microempresários que precisam
fazer investimentos. Uma das opções é o Cartão BNDES,
para micro, pequenas e médias empresas. Pelo site www.
cartaobndes.gov.br é possível fazer simulações com as
taxas mensais de juros definidas pelo banco. Os cartões são destinados a empresas com faturamento bruto
anual de até R$ 90 milhões que estejam em dia com o
INSS, FGTS, RAIS e tributos federais. Nesta classificação
estão inclusas também as microempresas, com receita
operacional bruta anual menor ou igual a R$ 2,4 milhões.
Só é permitido comprar de fornecedores credenciados pelo BNDES, também listados no site, com limite
de até R$ 1 milhão e prazo de parcelamento de três a
48 meses.
O cartão é emitido pelos bancos Bradesco, Banco
do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banrisul, com as
bandeiras Visa e Mastercard.
Para aquisição e modernização de máquinas e equipamentos nacionais, existe ainda o BNDES Finame, que
é um financiamento, por intermédio de
instituições financeiras credenciadas.
Mais informações podem ser obtidas no
site www.bndes.gov.br/bndesfiname.
Por Renato Vaisbih

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