Prova - Faculdades Integradas Barros Melo

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Prova - Faculdades Integradas Barros Melo
FACULDADE DE DIREITO DE OLINDA
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES BARROS MELO
Av. Transamazônica, 405 – Jardim Brasil II – CEP 53300-240 – Fone (81) 427 4203 / 427 4305 – Fax (81) 241 4352 – email: [email protected]
Prova de
Processo Seletivo Unificado/2003
VESTIBULAR
Data:
30/11/2002
LÍNGUA PORTUGUESA, ESTUDOS SOCIAIS Duração: 4
E LÍNGUA ESTRANGEIRA
Questões:
horas
01 a 30
IDENTIFICAÇÃO DO CANDIDATO
Nome:
Inscrição Nº:
Identidade Nº:
Órg.Exp.
Assinatura do candidato:
UF
Sala:
Redação
Proposta:
Vivem-se hoje momentos de guerra e paz: o homem aspira à paz, mas faz a guerra. E os analistas políticos começam
agora a se perguntar que tipo de mundo vai emergir dos ataques terroristas, dos conflitos entre palestinos e israelenses,
entre George W. Bush e Saddam Hussein. Não existem respostas simples, até porque se está no epicentro do turbilhão
transformador e é quase impossível enxergar os eventos com imparcialidade e distanciamento.
Refletindo sobre essas idéias,faça uma dissertação com o seguinte título: Num mundo de ódio, ambição e conflitos
armados, é possível construir a paz?
Instruções:
Sinta-se livre para expor suas opiniões, as quais devem apresentar-se coerentes com a temática proposta. Lembre-se:
você precisa responder à pergunta do título ao longo da dissertação e, mais objetivamente, na conclusão.
Língua Portuguesa e Literatura Brasileira:
Marque na coluna I o número correspondente à proposição que for verdadeira; na coluna II, o número
correspondente à proposição falsa.
TEXTO 2
Leia abaixo os textos 1 e 2 para responder às questões 1 e 2:
Viola Enluarada
1
TEXTO 1
4
A PAZ
A paz invadiu o meu coração
De repente me encheu de paz
como se o vento de um tufão arrancasse os meus pés do chão
onde eu já não me enterro mais
A paz fez o mar da revolução invadir meu destino
A paz, com aquela grande explosão,
Uma bomba sobre o Japão, fez nascer um Japão na paz
Eu pensei em mim, eu pensei em ti, eu chorei por nós
Que contradição, só a guerra faz nosso amor em paz!
Eu vim, vim parar na beira do cais
onde a estrada chegou ao fim, onde o fim da tarde é lilás
onde o mar arrebenta em mim o lamento de tantos ais!
(Gilberto Gil / João Donato)
7
10
13
16
19
22
A mão que toca um violão
Se for preciso faz a guerra,
Mata o mundo, fere a terra.
A voz que canta uma canção
Se for preciso canta um hino:
Louva a morte.
Viola em noite enluarada
No sertão é como espada
Esperança de vingança
O mesmo pé que dança um samba
Se for preciso vai à luta
Capoeira.
Quem tem de noite a companheira
Sabe que a paz é passageira
Pra defendê-la se levanta
E grita: Eu vou!
Mão, violão, canção, espada
E viola enluarada
Pelo campo e cidade...
Porta-bandeira, capoeira,
Desfilando, vão cantando:
Liberdade, liberdade...
(Marcos e Paulo Sérgio Valle)
1
Processo Seletivo Unificado/2003 VESTIBULAR
1. A partir das interpretações semântica e gramatical dos poemas, julgue os itens a seguir:
I
0
1
2
3
4
II
0 - Todo o texto 1 é centrado numa visão paradoxal sobre a paz: Paz x mar da Revolução; paz x invadir o meu coração; paz x
explosão; paz x bomba sobre o Japão.
1 - Todo o texto 2 se desenvolve apresentando diferentes e contrastantes possibilidades de relação do homem com o mundo: “A mão
que toca um violão... faz a guerra...fere a terra.”
2 - Embora sejam construídos em versos, os dois textos defendem teses que permitem identificá-los de valor argumentativo.
3 - O texto 2 é construído com verbos predominantemente no presente do indicativo, fazendo-nos concluir que esse poema transmite
uma mensagem válida só para o momento no qual os versos foram criados. É o aspecto momentâneo dos verbos.
4 - No texto 2, os versos 2, 5 e 11 apresentam os verbos com “desvios” na correlação temporal, isto é, o futuro do subjuntivo do
verbo ser (“for”) correlaciona-se rigorosamente com o futuro do presente, e não com o presente do indicativo. Esses “desvios”,
porém, não comprometem a compreensão e a coerência do texto.
1. Sobre a estrutura e a linguagem dos textos 1 e 2, julgue os itens a seguir:
I
0
1
2
3
4
II
0 - O texto 1 apresenta uma forma fixa (clássica) de poesia com linguagem dicionarizante.
1 - Os dois textos apresentam a função poética da linguagem, desenvolvendo recursos estilísticos variados.
2 - no texto 1, aparecem algumas imagens: “A paz... como se o vento de um tufão”, as quais são contraditórias e incoerentes com a
temática, além de comprometerem a clareza dos versos.
3 - nos dois textos, existe uma gradação de idéias: no poema de Gilberto Gil, o verso 8 tem uma intensificação de ações (pensar em
mim, pensar em ti, chorar por nós); na música “Viola Enluarada”, os versos 1, 4 e 10 trazem uma evolução de pensamento (A mão
que toca... A voz que canta... O mesmo pé que dança.
4 Embora a estrutura dos dois poemas seja semelhante e ambos se refiram à paz, a linguagem é bastante distinta: o texto 1 possui
rebuscamento formal enquanto o texto 2, coloquialismo.
Leia o texto abaixo e responsa às questões 3 e 4.
TEXTO 3
OPORTUNIDADE QUE SE PERDEU
Um ano após o atentado em Nova
York e Waskington, o mundo se
depara com um panorama
As mortes, a dor, o medo e o luto não esgotam o assunto. Não bastasse isso, não bastasse a barbárie levada a limites
impensáveis, o 11 de setembro deixou outro legado desastroso: o da oportunidade perdida. No dia 12 de setembro de 2001, junto com o
pânico, com o choro, com os trabalhos de resgate entre os escombros das torres gêmeas e a busca dos culpados, misturada a esses
elementos, raiava uma esperança. Aquele terrível evento podia ser o ponto de partida para um mundo mais amigo. Os Estados Unidos
descobriram-se vulneráveis. Ao mesmo tempo, davam-se conta dos extremos a que podem conduzir situações relegadas à crônica
irresolução, como o conflito israelense-palestino e o desassossego do mundo islâmico, sem falar nas desigualdades entre os povos, a
miséria e a fome da maior parte do planeta. Era hora de agir em favor de um mundo menos conflitado e menos injusto. De congregar as
nações em busca de soluções que tornassem o planeta Terra um lugar menos perigoso de se viver.
Engano. Uma lamentável coincidência foi o 11 de setembro ter encontrado os Estados Unidos sob a presidência de George W.
Bush. Em vez do trabalho conjunto, em parceria com outros países, a política da auto-suficiência e do egoísmo. O capital de simpatia
acumulado pelos Estados Unidos na seqüência dos atentados foi dissipado ao longo de um ano de arrogância, empáfia belicista e
descumprimento de acordos internacionais. (...)
Se algo ficou claro, ao longo deste ano, foi o desprezo do governo Bush pela colaboração internacional. À recusa de ratificar o
Protocolo de Kioto sobre o aquecimento global e o pacto do Rio sobre biodiversidade, somaram-se a decisão de retirar-se do Tratado de
Mísseis Antibalísticos, a oposição à proibição das minas terrestres e o boicote ao Tribunal Penal Internacional. (...)
Os Estados Unidos têm dado ao mundo lições de justiça e aceitação de diferenças. Os avanço contra um passado de opressão e
segregação dos negros são um exemplo disso. Outro é o culto do “multiculturalismo”, pelo qual o país se verga à coexistência respeitosa
entre múltiplas crenças, costumes e padrões de comportamento. Por isso mesmo, é mais chocante presenciar o unilateralismo e o
belicismo característico de seu atual governo. (...)
Um ano depois dos atentados, o mundo descortina um panorama sombrio. E pensar que tudo poderia ter sido tão diferente...
(Roberto Pompeu de Toledo, VEJA, 18.09.2002.)
2
Processo Seletivo Unificado/2003 VESTIBULAR
2. Da leitura do texto 3, infere-se:
I
II
0
0
1
1
2
2
3
3
4
4
- O seu autor, ainda que critique a posição dos E.U.A. em algumas ações, exime esse país de qualquer culpa no ambiente bélico
atual, em face de ele ter sido a vítima da barbárie do 11 de setembro.
- A recusa de ratificar o Protocolo de Kioto sobre o aquecimento global e o boicote ao Tribunal Penal Internacional foram
decisões tomadas pelos E.U.A. em represália ao atentado sofrido por esse país.
- O ensaio de Roberto Pompeu de Toledo revela uma posição otimista do autor em face do desejo que as nações demonstram de
buscar soluções as quais tornem a Terra um planeta menos perigoso de se viver.
- No 1º parágrafo, o autor faz o leitor deduzir que situações de permanente irresolução, como o desassossego do mundo islâmico e
as desigualdades entre os povos, podem levar a comportamentos extremos de atentados e mortes.
- Os Estados Unidos são um país de justiça e aceitação das diferenças, por isso é ainda mais chocante presenciar o belicismo
contra o povo americano.
TEXTO 4
ELEGIA 1938
TRABALHAS sem alegria para um mundo caduco,
onde as formas e as ações não encerram nenhum exemplo.
Práticas laboriosamente os gestos universais,
sentes calor e frio, falta de dinheiro, fome e desejo sexual.
(...)
Amas a noite pelo poder de aniquilamento que encerra
e sabes que, dormindo, os problemas te dispensam de
morrer.
Mas o terrível despertar prova a existência da Grande
Máquina
e te repõe, pequenino, em face de indecifráveis palmeiras.
(...)
Coração orgulhoso, tens pressa de confessar tua derrota
e adiar para outro século a felicidade coletiva.
Aceitas a chuva, a guerra, o desemprego e a injusta
distribuição
porque não podes, sozinho, dinamitar a ilha de Manhattan.
(Carlos Drummond de Andrade)
3. Com base na leitura dos textos 3 e 4, julgue os itens a seguir:
I
II
0
0
1
1
2
2
3
3
4
4
- O texto 4 poderia entrar na categoria de poemas proféticos. Seu autor, o poeta Carlos Drummond de Andrade, sabia o peso que a
ilha de Manhattan ocupava no concerto das nações do capitalismo moderno.
- O poema, apesar de ter sido escrito na década de 30, trata de certa forma da falta de sentido de nossa vida no mundo de hoje, no
qual trabalhamos “sem alegria para um mundo caduco”.
- Os dois textos se complementam na temática (embora cronologicamente distintos) dado o panorama sombrio criado pelo homem
para si mesmo.
- No texto 3, no penúltimo parágrafo, o terceiro período traz o pronome “outro”, constituindo um recurso de coesão que se
relaciona com o substantivo “exemplo” referido anteriormente no texto.
- Na poesia de Drummond, o uso da 2ª pessoa é uma constante (trabalhas ...praticas ...amas ...aceitas), caracterizando a função
emotiva da linguagem.
3
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TEXTO 5
A Rosa de Hiroxima
Pensam nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da roda de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Se cor sem perfume
Sem rosa sem nada.
(Vinícios de Moraes)
4. Com base nos versos do texto 5, pode-se concluir:
I
II
0
0
1
2
3
4
1
2
3
4
- O recurso metafórico que Vinícius de Moraes utilizou no título de seu poema não é habitual: normalmente a palavra rosa é
comparada à beleza, à esperança, à paz, e nos versos desse poeta o termo rosa é associado à bomba, à guerra.
- Nos versos 2, 4, 6, os adjetivos aproximam-se quanto ao sentido e são atribuídos a substantivos que apresentam uma gradação.
- A linguagem dos versos é predominantemente de registro coloquial. O uso de um verbo no imperativo comprova o prosaísmo.
Ocorre linguagem prolixa no poema, e são as repetições de substantivos e verbos que comprovam essa forma.
O conectivo como no verso: “Como rosas cálidas” tem valor de conformidade.
4
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TEXTO 6
A Bomba
A bomba
É uma flor de pânico apavorando os floricultores
(...)
A bomba
é miséria confederando milhões de misérias
(...)
A bomba
furtou e corrompeu elementos da natureza e mais furtara e
corrompera
(...)
A bomba
envenena as crianças antes que comecem a nascer
A bomba
continua a envenená-las no curso da vida
A bomba
é um cisco no olho da vida, e não sai
A bomba
é uma inflamação no ventre da primavera
(...)
A bomba
saboreia a morte com marshmallow
A bomba
não admite que ninguém se dê ao luxo de morre de câncer
(...)
A bomba
é podre
é câncer
fede
(...)
A bomba
não destruirá a vida
O homem
(tenho esperança) liquidará a bomba
(Carlos Drummond de Andrade)
6. Sobre recursos estilísticos e gramaticais, julgue os itens a seguir:
I
0
1
2
3
4
II
0 - A metáfora é predominante nas definições do tema.
1 - A reiteração temática, através da palavra bomba, contribui para dar coesão às idéias dos versos.
2 - Nos versos: “A bomba / furtou e corrompeu elementos da natureza e mais furtara e corrompera, os dois últimos verbos
estão no mais-que-perfeito expressando um passado longínquo, pois a ação deles no contexto dos versos é mais remota que a do
pretérito perfeito.
3 - Os versos finais revelam que a força do homem é mais contundente e conseguirá, com absoluta certeza, liqüidar a bomba.
4 - O presente do indicativo, em todo o poema, apresenta um aspecto atemporal, que extrapola a ação momentânea do tempo e pode
ser aplicado em qualquer momento.
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TEXTO 7
GUERRA E PAZ
Seria possível um mundo sem guerras? Passados mais de dez anos da queda do muro de Berlim, o balanço indica o
contrário. Ocorreram a elevação dos enfrentamentos bélicos, a destruição de cidades nos “ataques cirúrgicos”, a mortandade de
civis e o flagrante desrespeito aos ideais mínimos de justiça. (...)
A luta para pacificar a humanidade e tentar eliminar as atrocidades cometidas contra populações indefesas ganhou um
importante aliado, o Tribunal Penal Internacional. Em um mundo em que se mata em nome de Deus, em nome de uma raça pura ou de um povo
escolhido, é chegada a hora de consolidar elementos mínimos de justiça que tenham validade planetária. Um grande passo foi dado no dia 1º. de julho
deste ano com a instalação do tribunal permanente de crimes de guerras. Esse tribunal, ligado às Nações Unidas, tem sede em Haia, na Holanda. Seu
objetivo é processar os responsáveis por genocídios, crimes de guerra ou contra a humanidade.
O mundo global não pode ser apenas globalizado para o capital. (...) É preciso construir um pensamento mundial pelo respeito aos direitos
humanitários, independemente de nacionalidade, credo ou cor. Mas isso só seria possível com a instalação de uma corte internacional que julgasse o
desrespeito aos padrões mínimos civilizatórios.
Com a assinatura de 139 países e 74 ratificações, o Tribunal Penal Internacional nasceu três dias antes do dia da independência dos Estados
Unidos, o principal país a se opor à iniciativa. O que temem os norte-americanos? O argumento principal é que seus soldados e oficiais possam ser
vítimas de processos sem fundamento ou de caráter puramente político ideológico.
O temor norte-americano não tem fundamento. Mas os Estados Unidos não estão sozinhos na tentativa de deslegitimar o Tribunal. China,
Rússia e a maioria dos países asiáticos e árabes também não ratificaram o tratado de criação do Tribunal, o que limita enormemente sua juristição.
As dificuldades são muitas, mas a civilização avança. Kofi Annan, secretário-geral da ONU, afirmou que “o tribunal é a promessa de um
mundo no qual agentes do genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra sejam julgados quando Estados não podem e não querem levá-los
à Justiça”. O Brasil é um dos países que ratificou o tratado e apóia o Tribunal Penal Internacional.
(Sérgio Amadeu da Silveira – Educação, 2002.)
7. Baseando-se no texto 7, julgue a interpretação semântica e a gramatical abaixo:
I II
0 0 - O texto revela-se pessimista e completamente descrente do futuro de justiça para o Planeta.
1 1 - No primeiro parágrafo, no terceiro período, o verbo ocorreram pode ser substituído pela forma houveram.
2 2 - No último parágrafo, o pronome relativo “no qual” pode ser substituído, sem incorrer em erro pelas expressões: em que, onde.
- O último período do texto é formado pela expressão um dos que, a qual admite que o verbo vá ao plural, sobretudo quando a sua
3 3
ação não é exclusiva do sujeito.
- Quanto à sua estrutura, o texto defende uma tese (valor dissertativo), embora a conclusão traga uma idéia nova, um argumento
4 4
novo, inadequado a um desfecho: “O Brasil é um dos países que ratificou o tratado e apóia o Tribunal Penal Internacional.
TEXTO 8
O sobrevivente
Impossível compor um poema a essa altura da evolução da humandade.
Impossível escrever um poema – uma linha que seja – de verdadeira poesia.
O último trovador morreu em 1914.
Tinha um nome de que ninguém se lembra mais.
(...)
Os homens não melhoraram
e matam-se como percevejos.
Os percevejos heróicos renascem.
Inabitável, o mundo é cada vez mais habitado.
E se os olhos reaprendessem a chorar seria um segundo dilúvio.
(Desconfio que escrevi um poema)
(Carlos Drummond de Andrade)
6
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8. Do ponto de vista literário, analise o texto 8 e responda:
I II
- Seu autor, Carlos Drummond de Andrade, pertence à vertente do Modernismo mais radical: aquela destruidora dos mitos do
0 0
passado, a mais revolucionária.
- Os seus versos abordam a destruição, o caos provocados pelo homem e ressaltam ser a poesia capaz de vencer a guerra e a
1 1
morte.
2 2 - A grande temática do Modernismo, tão bem desenvolvida no texto 8 por Drummond, é a poesia espiritualista, metafísica.
3 3 O verso-livre, grande conquista do Modernismo, é desenvolvido por Drummond com maestria. É o que se percebe no texto 8.
4 4 - A intensa musicalidade nos versos de “O Sobrevivente” é desenvolvida através de aliterações, sinestesias e onomatopéias.
TEXTO 9
Mãos Dadas
NÃO SEREI o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
(Carlos Drummond de Andrade)
9. Com base nos versos do texto 9, julgue os itens a seguir:
I II
“Não serei o poeta de um mundo caduco./Também não cantarei o mundo futuro./ (...) O tempo é minha matéria, o tempo presente,
os homens presentes, a vida presente.” Esses versos ressaltam a necessidade de a poesia abordar temas contemporâneos. Nesse
0 0
aspecto, o Modernismo se aproxima do Realismo, cujos romances analisavam a vida urbana (geralmente carioca) da segunda
metade do século XIX.
- Se se comparar o texto 9 com o Romantismo, notar-se-á uma perfeita identidade: tanto a poesia moderna quanto a romântica
1 1
vêem a vida de olhos abertos, a vida como ela é.
- Um dos recursos dos versos do texto 9 é a reiteração da negação: “Não serei... não cantarei ...não direi”. Esseniilismo temático
2 2
se assemelha à postura da poesia barroca, na qual o dilema, a dualidade estavam presentes.
- O “carpe diem” está presente indiretamente em cada verso, o qual contém uma mensagem implícita: aproveite a vida antes que a
3 3
pesada mão da morte o leve.
- A geração de 30 a que o poema pertence tem grande preocupação social e a necessidade de compreender o mundo transformado
4 4 pela guerra e por crises constantes. Essa postura faz surgir uma poesia que procura uma interpretação da realidade e um sentido
para a existência humana. Assim se apresenta “Mãos Dadas”.
7
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Texto 10
Consolo na praia
Vamos, não chores...
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.
Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis casa, navio, terra.
Mas tens um cão.
(...)
A injustiça não se resolve.
À sombra de um mundo errado.
Murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.
Tudo somado, devias
Precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.
(Carlos Drummond de Andrade)
10. Da leitura do texto 10, depreende-se:
I
II
0
0
1
1
2
2
3
3
4
4
- A poesia nos redime; é a nossa melhor parte; abre-nos os olhos para as injustiças, porém nos faz acreditar ainda, mais uma vez,
na vida.
- O uso da Segunda pessoa do singular permite concluir: há uma interlocução com o leitor, o qual tanto pode ser cada um de nós,
como o próprio eu – lírico conversando consigo.
- O ceticismo acompanha o eu – lírico do primeiro ao último verso.
- Sendo seu autor Carlos Drummond de Andrade, o poema “Consolo na Praia” é modernista. Entretanto, o subjetivismo dos
versos aproxima o poeta do Simbolismo: ele integra a corrente espiritualista voltada para a reflexão amorosa.
- “Vamos, não chores” - com esse verso Drummond revela sua crença na humanidade. Mesmo consciente dos problemas do
mundo, que são inúmeros, cada um precisa conscientizar-se de que a esperança deve existir nos corações humanos.
8
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Estudos Sociais:
Marque na coluna I o número correspondente à proposição que for verdadeira; na coluna II, o número correspondente à
proposição falsa.
11.
“A medida que a Europa começava a emergir das calamidades herdadas da crise do século XIV, novos desafios
apresentavam-se às monarquias nacionais que apontavam para a expansão das nações européias em direção a outros
continentes (...) A expansão ultramarina européia deu início ao processo da Revolução Comercial, que caracterizou os
séculos XV, XVI e XVII, preparando para o advento da Revolução Industrial, a partir da segunda metade do século
XVIII.”
(Mello, Leonel Itaussu A. e Costa, Luís César Amad. História Moderna e Contemporânea. Editora
Scipione)
-
Analise as afirmativas referentes à Idade Moderna.
I
II
0
0
1
1
2
2
3
3
4
4
- O Tratado de Tordesilhas fez parte das relações internacionais da Europa expansionista, ao dividir as terras descobertas entre
Portugal e Espanha, sob a fiscalização e concordância da França, da Inglaterra e da Holanda.
- A Itália foi o centro do Renascimento porque era o centro do pré-capitalismo e do desenvolvimento comercial e urbano, que
geravam os excedentes de capital mercantil para o investimento em obras de arte.
- A Reforma Protestante, por ser um assunto relacionado com a religião, não tem nenhuma ligação com o interesse econômico da
burguesia em obter grandes lucros nos negócios mercantis da época.
- A política econômica do Estado Moderno Absolutista apresentava, como características básicas, o metalismo e a balança de
comércio favorável, mecanismos para o enriquecimento nacional.
Na Inglaterra, as Revoluções do Século XVII foram responsáveis pela consolidação do poder da burguesia e da nobreza
aburguesada que se identificavam com os interesses capitalistas.
12.
“Por volta de 1850, a Grã-Bretanha era a primeira entre as nações industrializadas, tendo evoluído de uma economia de
base agrária para uma predominantemente industrial. Durante a Segunda Revolução Industrial (a partir de 1870),
continuou em posição de destaque, mas a Alemanha (...) passou a determinar o ritmo da corrida pela supremacia
industrial”.
(Atlas Histórico, Folha de S. Paulo)
- Para que a Grã-Bretanha e a Alemanha ocupassem as posições descritas no texto acima, concorreram fenômenos
apresentados nas afirmativas seguintes:
I
II
0
0
1
1
2
2
3
3
4
4
- A prática do chamado comércio triangular, envolvendo colônias na América, na Índia e na África, no primeiro caso; e o sucesso
dos seguidos planos qüinqüenais de desenvolvimento industrial, praticados pelo Estado desde 1810, no outro caso.
- A adoção de uma economia de livre mercado com estímulo à competitividade, no primeiro caso; e a política de cercamentos das
terras comunais, gerando mão-de-obra para a indústria, no outro caso.
- No primeiro caso, foi resultado de acumulação primitiva de capital realizada durante a expansão marítimo-mercantil; e, quanto
ao desenvolvimento industrial alemão, ganhou impulso decisivo com a unificação política do país, embora seus primórdios
estejam ligados ao Zollverein (união aduaneira) de 1834.
- A intensa atividade mercantil desenvolvida nas relações coloniais, no caso inglês; e a unificação política de 1870, que consolidou
as alianças econômicas já praticadas entre os estados germânicos, no outro caso.
- A tardia estruturação de um Estado-nação que possibilitou a concentração de capitais nas mãos de verdadeiros empreendedores
privados, no primeiro caso; e o apoio financeiro da França arqui-rival da Inglaterra, no outro caso.
13.
“Fizemos a Itália, agora temos que fazer os italianos.”
“Ao invés da Prússia se fundir na Alemanha, a Alemanha se fundiu na Prússia”.
9
Processo Seletivo Unificado/2003 VESTIBULAR
- Sobre os movimentos de unificações italiana e alemã, examine as afirmativas seguintes:
I
II
0
0
1
1
2
2
3
3
4
4
- Os dois processos de unificação, concluídos em 1870/1871, apresentaram caráter unilateral e autoritário, impostos pelo
Piemonte, na Itália, e pela Prússia, na Alemanha e suas respectivas elites.
- A partir de 1834, uma política econômica e aduaneira criou um sistema de taxas alfandegárias internas, enriquecendo e
fortalecendo a burguesia prussiana.
- O desenvolvimento capitalista dependia da unificação política nos dois países que, sintomaticamente, partiu de regiões que já
apresentavam atividades industriais e comerciais desenvolvidas: o norte da Alemanha e o sul da Itália.
- A política dos chanceler prussiano Otto Von Bismarck tinha duas premissas: criar uma extensa rede ferroviária ligando os
mercados alemães e promover a modernização do exército para investir sobre regiões habitadas por povos de origem germânicas e
subjulgadas ao Império Austro-Húngaro.
- A Guerra Franco-Prussiana, na qual Bismarck saiu vitorioso, teve conseqüências importantes: a queda do Segundo Império
Francês de Napoleão III e a criação da Confederação Germânica do Norte, agrupando os principais estados alemães.
14.
Texto 1
“(...) em 1923, no auge da crise econômica, iniciou-se o ano com o dólar valendo 18.000 marcos. Em julho, a moeda
americana chegou a 160.000 marcos, em novembro, os alemães precisavam amontoar 2,5 trilhões de marcos para
comprar 1 dólar. Naquele mês, em Berlim, um pão, que no começo do ano já valia fantásticos 250 marcos, passou a
custar 250 bilhões de marcos. As donas de casa passaram a ir às compras carregando baldes de dinheiro”.
(Revista Veja)
Texto 2
“Tinha razão o camponês que declarou no VIII Congresso dos Soviettes: tudo vai bem. Mas, se a terra é para nós, o pão
é para vocês, isto é, para os comissários; a água é para nós, mas o peixe para vocês; as florestas são para nós, mas a
madeira é para vocês.”
(Kronstadt)
Texto 3
“Esta guerra, de fato, é uma continuação da anterior.”
(Winston Churchill)
- A primeira metade do século XX foi marcada por importantes acontecimentos que se relacionam aos textos apresentados.
I
II
0
0
1
1
2
2
3
3
4
4
- O texto 1 refere-se à Rússia revolucionária durante o governo de Lenin, o qual confiscou a produção agrícola para garantir o
abastecimento urbano e manter o Exército Vermelho, que enfrentava as forças contra-revolucionárias na guerra civil.
- O texto 1 refere-se à divulgação das “Teses de Abril”, propostas pelos aristocratas (boiardos), que pregavam a ampliação das
atribuições da Duma, o fim dos sovietes e a cassação imediata dos bolchevistas.
- O texto 2 refere-se à Alemanha da década de 20, que foi o país mais afetado pela Primeira Guerra Mundial devido à derrota e às
imposições do Tratado de Brest-Litovski assinado com a Rússia que lhe tomou 10% do território.
O texto 3 refere-se à Segunda Guerra Mundial, que teve uma importante participação do Japão, o qual se aliou ao governo norteamericano pois ambos tinham interesses imperialistas na bacia do Pacífico.
- O texto 3 refere-se ao pronunciamento feito pelo chanceler inglês Churchill na Conferência de Postsdam, tentando evitar a
expansão de Hitler pelo Leste europeu.
15.
“A primeira coisa, portanto, é dizer-vos a vós mesmos: Não aceitarei mais o papel de escravo. Não obedecerei às ordens
como tais, mas desobedecerei quando estiverem em conflito com a minha consciência. O assim chamado patrão poderá
surrar-vos e tentar força-vos a servi-lo. Direis: Não, não vos servirei por vosso dinheiro ou sob ameaça. Isso poderá
implicar sofrimentos. Vossa prontidão em sofrer acenderá a tocha da liberdade que não pode jamais ser apagada.”
(Mahatma Gandhi)
10
Processo Seletivo Unificado/2003 VESTIBULAR
- A tomada de consciência dos povos colonizados pelas potências imperialistas ao longo do século XIX e início do século XX, levou ao
processo de descolonização afro-asiática após a Segunda Guerra Mundial.
I
II
0
0
1
1
2
2
3
3
4
4
- Poucos dias após a proclamação da independência do Congo, o governador de katanga, Moisés Tshombe, promoveu a secessão
daquela província, mergulhando o país numa cruenta guerra civil.
- Imediatamente após a independência da Índica em 1947, ocorreu a divisão da ex-colônia inglesa em dois Estados soberanos:
União Indiana, de maioria hinduísta, e Paquistão, de maioria mulçumana e constituído por dois territórios.
- Na Indochina, a invasão japonesa contribuiu para fortalecer o movimento nacionalista, cuja resistência à ocupação estrangeira foi
comandada pelo Vietcong sob liderança de Ngo Dinh Diem.
- A Conferência de Bandung, na Indonésia em 1955, debateu os problemas dos povos afro-asiáticos, decidindo apoiar o
colonialismo sob a liderança dos Estados Unidos para evitar a influência do socialismo soviético.
- As colônias portuguesas foram as que mais tardiamente conseguiram sua independência (após 1970), principalmente em face da
derrubada do regime ditatorial salazarista pela Revolução dos Cravos, em Portugual.
16.
“Na primeira metade do século XVII, a riqueza da capitania de Pernambuco, bem conhecida em todos os portos da
Europa, veio despertar as atenções dos Países Baixos que, em guerra com a Espanha, sob cuja coroa estava Portugal e
suas colônias, necessitava de todo açúcar produzido no Brasil para suas refinarias (26 só em Amsterdam). Com o
insucesso da invasão da Bahia (1624), onde permaneceram por um ano, mas com o valioso apoio de Isabel da Inglaterra
e Henrique IV da França, rancorosos inimigos da Espanha, a Holanda, através da Companhia das Índias Ocidentais,
formada pela fusão de pequenas associações, em 1621, cujo capital elevara-se, em pouco tempo, a 7.000.000 de florins,
voltou o seu interesse para Pernambuco..”
Para Entender o Brasil Holandês
Leonardo Dantas Silva
Revista Continente Documento
Companhia Editorial de Pernambuco
(CEPE) 2002
- Sobre o período holandês no Brasil responda:
I
II
0
0
1
1
2
2
3
3
4
4
- O Conde Nassau chegou ao Recife em 1637, se fazia acompanhar do médico naturalista Willwn Piso, do astrônomo George
Marcgrave e dos pintores Frans Post e Albert Eckhout.
- O objetivo dos holandeses consistia sobretudo em estabelecer uma colônia de povoamento na zona açucareira com capital em
Penedo (AL).
- A crise da lavoura açucareira em meados do século XVII pode ser explicada pela implantação de uma área concorrente nas
Antilhas, após a expulsão dos holandeses.
- Os holandeses invadiram o Brasil presionados pela necessidade de recuperar o mercado açucareiro, perdido por ocasião da
restauração de D. João IV no trono português.
- Foi a guerra da Liberdade Divina, como fora chamada a Insurreição Pernambucana, um movimento surgido à revelia da própria
coroa portuguesa, da parte dos moradores de Pernambuco, destinado à expulsão dos holandeses do território.
17.
“A exploração que a metrópole exercia sobre a colônia brasileira provou reações dos colonos. Essas reações se
acentuavam à medida que a economia colonial se diversificava e se desenvolvia.
As primeiras revoltas não tiveram caráter emancipatório, não visavam a independência da colônia, eram reações às
medidas fiscais, às arbitrariedades das autoridades portuguesas, tinham um caráter local e baixa definição ideológica,
pois não revelavam uma consciência mais ampla da dominação colonial nem apresentavam propostas alternativas a ela,
como vai acontecer com os movimentos emancipatórios.”
História do Brasil
Da Colônia à República
Ed. Saraiva – Nadai, Elza e Neves, Joana
11
Processo Seletivo Unificado/2003 VESTIBULAR
- Sobre as revoltas coloniais analise as afirmações que seguem.
I
II
0
0
1
1
2
2
3
3
4
4
- Da insatisfação dos artesãos, proibidos de construir suas próprias manufaturas, e do movimento pró-independência surgiu em
São Paulo, a Revolta dos Alfaiates.
- A Guerra dos Emboabas, ao início da mineração refletiu a insatisfação dos paulista contra a ameaça dos bandeirantes na Região
das Gerais.
- O movimento de caráter separatista, ocorrido em 1817 em Pernambuco, chegou a proclamar uma república organizando um
governo provisório e implantando uma lei orgânica.
- A Revolta de Beckman no Maranhão ocorreu por dois motivos básicos: a proibição da escravização dos índios e a atuação da
Companhia de Comércio do Maranhão.
- Apenas dois movimentos de caráter separatista ocorreram no período colonial: A Guerra dos Mascates e a Inconfidência
Mineira.
18.
“Fez-se a independência praticamente à revelia do povo; e se isso lhe poupou sacrificou, também afastou por completo
sua participação política. A independência brasileira é fruto mais de uma classe que da nação tomada em seu conjunto.”
Evolução Política do Brasil
Caio Prado Júnior
Revista Vestibular – Ed. Nova Cultural
- Sobre o I Reinado analise as afirmações:
I
II
0
0
1
1
2
2
3
3
4
4
- O primeiro país a reconhecer o Brasil independente foram os Estados Unidos, que pretendiam, com o rápido crescimento, obter
privilégios comerciais e fortalecer sua posição de potência política e econômica.
- A independência alterou profundamente a tradicional posição ocupada pelo Brasil no mercado internacional como fornecedor de
matéria prima e pois fim a escravidão
- Com a morte de D. João VI, D. Pedro seria seu legítimo sucessor, como não podia assumir as duas coroas, D. Pedro abdicou do
trono Lusitano em favor do seu irmão D. Miguel.
- O projeto da Carta Constitucional de 1824 afastava do poder político as classes populares, consolidando o voto censitário
baseado na renda, tornando o Senado vitalício.
- Ao proclamar a sua independência, as colônias espanholas da América optaram pelo regime republicano, seguindo modelo norteamericano. O Brasil optou pelo regime monárquico, como conseqüência do processo político desencadeado pela instalação da
corte portuguesa na colônia.
19.
“Num futuro muito próximo, qualquer sistema econômico terá que se submeter, mais e mais, a exigências dinâmicas da
natureza, esta entendida não como o mico-leão, o tatu-bola ou a orquîdea selvagem em extinção, mas como a utilização
dos recursos naturais para fins produtivos e com métodos não predatórios. Falar hoje em ecologia, portanto, é pensar
em atuações econômicas e empresariais.”
H. Johr – O Verde é Negócio.
Caderno do Vestibular 2002
Folha Dirigida nº 30
- Algumas tradicionais atividades agrícolas no Brasil preservam a vegetação nativa como aliada no processo produtivo.
I
II
0
0
1
2
3
1
2
3
4
4
- A cafeicultura, que conservou largos trechos da Mata Tropical no Planalto Paulista como forma de diminuir o risco da geada,
protegendo o solo de massapê.
- A cultura do cacau no Sul da Bahia, que preservou a vegetação nativa, utilizada como sombreamento das plantações.
- A atividade madeireira no Sul do Brasil, que se abastece de espécies da Mata dos Cocais, extraídas de forma seletiva.
- A cultura da cana, que preservou a vegetação nativa da Mata Atlântica, usada principalmente como anteparo para os ventos.
- A cultura da laranja, principalmente no Estado de Sergipe, onde trechos da Mata da Araucária foram preservados para diminuir o
ataque de pragas.
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Processo Seletivo Unificado/2003 VESTIBULAR
20.
O mapa ao lado reproduz os limites do Brasil tais como foram fixados pelo Tratado
de Madri em 1750. Portugal e Espanha buscavam então atualizar os limites
estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas, já ultrapassados em função do processo
de ocupação territorial durante os séculos XVI, XVII e XVIII.
- Assinale as alternativas verdadeiras e as falsas relativas a formação territorial e organização político-espacial
I
II
0
0
1
1
2
2
3
3
4
4
- A ocupação da região 3 deveu-se, sobretudo, à ação dos bandeirantes, que buscando índios para escravizar, combatendo negros
aquilombados e procurando metais, foram responsáveis pela fundação dos primeiros núcleos urbanos na faixa litorânea.
- A ocupação da região 1 deveu-se, sobretudo, à atividade de coleta de drogas, que, por suas características, permitiu a utilização
de mão de obra dos índios aldeados nas missões jesuíticas.
- A ocupação da região 5 foi resultado do movimento migratório de colonos atraídos pelas possibilidades de enriquecimento com a
comercialização da borracha e de madeira, ambos produtos de grande aceitação nos mercados externos.
- A ocupação da região 2 deveu-se, sobretudo, à expansão da pecuária, atividade complementar responsável pelo processo de
interiorização.
- A ocupação da região 4 pelas missões jesuíticas que fundaram os Sete Povos das Missões, constituiu o ponto de discórdia entre
as coroas Ibéricas.
English Test:
Marque na coluna I o número correspondente à proposição que for verdadeira; na coluna II, o número correspondente à
proposição falsa.
21. ________told _____ to _____face that _____was the most stupid person _____ had ever known.
I
0
1
2
3
4
II
0
1
2
3
4
- She – him – his – him – she.
- She – him – his – he – she.
- She – him – his – he – her.
- He – her – her – she – he.
- They – me – my – I – they.
22. Whose toys are these? They are _________.
I
0
1
2
3
4
II
0
1
2
3
4
- their.
- mine.
- Alice´son.
- Peter´s and Paul’s
- the childrens´
13
Processo Seletivo Unificado/2003 VESTIBULAR
23. This story is about an old woman _____ lived in a small place, an English village ____ name I can´t remember. The woman was
called Susan. Susan was the name by _____ everybody in the village knew her. She was one of those women ____ you can often see
walking along the streets, but Susan was somewhat different, for although she wore clothes _____ were rather old or too big for her, she
seemed to be the woman ____ had found perfect happiness. There was always a smile on her face.
I
0
1
2
3
4
II
0
1
2
3
4
- whom – which – whose – whom – that – who.
- who – whose – which - _______(omission) – which – who.
- that – whose – which – whom – that – that.
- who – which – that – who - _____ (omission) – that
- who – whose – which – that – which – who.
24. Jane was ______ her husband, but their daughter Christine was _______ of the family.
I
0
1
2
3
4
II
0
1
2
3
4
- so fat as – the fattest.
- more intelligent than – the most intelligent.
- less uglier than – the ugliest.
- nicer than – the nicest.
- less younger than – the least young.
25. The passive voice of “I was telling the children a story” is:
I
0
1
2
3
4
II
0
1
2
3
4
- A story were being told to the children.
- The children were being told a story
- A story was told to the children.
- A story was being told to the children.
- A story had been told to the children.
Observe the following sentences (questions 26, 27, 28 and 29).
26.
I
0
1
2
3
4
II
0
1
2
3
4
- Earthquakes are phenomenons we do not wish to experience.
- There are three fish in the aquarium.
- I´m sorry, but the news aren´t good.
- There are 290,000 species of beetles on Earth, but there is only one human specie.
- More than 30 million people are infected with HIV.
27.
I
0
1
2
3
4
II
0
1
2
3
4
- Another war between those two countries have just begun.
- My family came to this town in 1952. We have lived here since 1952.
- Sorry, I´m not remembering your telephone number.
- The police has just arrested several suspects.
- Those women have been chating gaily for a long time.
28.
I
0
1
2
3
4
II
0
1
2
3
4
- Stop writing to her! You are bothering her. It’s useless insisting on it.
- He kept watching TV and didn’t mind shuting the windows.
- Do you remember hearing Richard and Robert to talk about ecology?
- Would you mind helping your sister open that can of sardines?
- They should do nothing, but wait.
29.
I
0
1
2
3
4
II
0
1
2
3
4
- We’ve got to get up at a querter to six on Monday morning. At 6:30 we’ll be walking across the square to the subway station.
- He was killed in the afternoon of June 7.
- The woman wrote a letter at ink and went on foot to mail it immediately.
- The car broke and nobody arrived at the party on time.
- Did you hear about it on the radio, on TV ou did you read it on the papers?
14
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Text:
The sixth sense
Scientists are proving that intuition does exist and that it could save your life.
Have you ever been about to call someone when the phone rings and the person in question is on the other end? Or have you experienced
a sudden feeling of unease or danger, even thourgh you’re in a perfectly harmless situation? If you’re a sceptic, you’ll put it down to
coincidence and na overactive imagination. But some people believe there is a sixth sense beyond smell, taste, touch, hearing and sight.
Now, scientists are carrying out experiements to prove not only that it exists, but also to find out how you can use it to your advantage.
No matter how sceptical you are, if you do feel that you have an inner voice, make sure you listen to it – it could make you rich or even
save your life.
Improve your intuition
•
•
•
Keep a diary of “hunches” that you may have about people or events. Then, after the event, see how much came true.
Pay attention to your inner voice. Learn to listen to it – without ignoring rational thinking.
Put it to the test – to take part in “sixth sense” experiments, see:
www.boundaryinstitute.org
www.sheldrake.org
Adapted from REW, Kate. Lifestyle. Style, p. 39, April 2000
30. According to the text:
I II
0 0 - Sometimes, at the moment we decide to call a person, this exact person calls us up.
1 1 - Sometimes we experience an unexpected and uncomfortable feeling of danger in inoffensive situations.
2 2 - Even though we are sceptical, we always have an interior voice to make us rich.
3 3 - To listen to our inner voice, we have to ignore rational thinking.
4 4 - We should write our premonitions in a diary and later check if they came true.
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Espanhol:
Marque na coluna I o número correspondente à proposição que for verdadeira; na coluna II, o número correspondente à
proposição falsa.
1
“Pensé que siguiendo el rio
yo jamás me perdería:
Es el camino más cierto,
de todos el mejor guía”.
5
“Somos muchos Severinos
en todo iguales y sino:
el de querer arrancar
un huerto de las cenizas...
e iguales porque en la sangre
que usamos hay poca tinta”.
11 Es la gente desterrada
que viene del sertón lejos.
Gastando todo el cordel
Y llegan aquí en penurias.
Para entonces, al llegar
No hallar más lo qué esperar”.
17 “Y la vida viste aún
su piel más.
Y si hay más hombres aquí,
son hombres que más conocen
modos de obligar al suelo
con plantas que comen piedra”.
“Morte e vida Severina”
João Cabral de Melo Neto
21. Observa si los verbos encontrados en el texto: pensé, siguiendo (1. 1), perdería (1. 2), viene (1. 12) y viste (1. 17) están conjugados
correctamente en el pretérito indefinido abajo:
I
0
1
2
3
4
II
0
1
2
3
4
pensé, pensaste, pensó, pensamos, pensasteis, pensaron.
seguí, seguiste, siguió, seguimos, seguisteis, siguieron.
perdí, perdiste, pirdió, perdimos, perdisteis, pirdieron.
vine, viniste, vinió, venimos, venisteis, vinieron.
vestí, vestiste, vistió, vestimos, vestisteis, vistieron.
22. “Somos muchos Severinos
en todo iguales y sino”
(1.5 y 6)
...Es la gente desterrada
que viene del sertón lejos” (1.11 y 12)
El autor quiere decir que:
I II
0 0 ¿En este texto existen en realidad muchos personajes com este nombre?.
1 1 ¿El apelativo “Severinos” se refiere a personas que tienen el mismo destino?
2 2 ¿En todas las familias suele existir este nombre de bautismo?
3 3 ¿Los Severinos son aquellas personas que tuvieron que dejar el sertón?
4 4 ¿La sequía del nordeste les lleva a salir de su tierra natal?
23. La palavra sino (1.6) se traduce al portugués como:
I II
0 0 sinal
1 1 signo
2 2 sina
3 3 senão
4 4 sino
16
Processo Seletivo Unificado/2003 VESTIBULAR
24. “Es la gente desterrada
que viene del sertón lejos... (1.11 y 12)
El vocablo “lejos” tiene como antónimo:
I II
0 0 cerca
1 1 aislado
2 2 retirado
3 3 remoto
4 4 apartado
25. “... e iguales porque en la sangre que usamos hay poca tinta” (1.9 y 10)
João Cabral afirma que:
I II
0 0 En nuestras venas corre poca sangue.
1 1 Utilizamos poca tinta al escribir.
2 2 Somos anémicos.
3 3 Somos iguales al retirante respecto a nuestra flaqueza.
4 4 Por nuestra pobreza, sólo disponemos de poca tinta.
26. “Y la vida viste aún / su piel más” (1.17 y 18). Observa el empleo del acento distintivo (diacrítico) en las palabras en negrita y señala
la única alternativa incorreta:
I
0
1
2
3
4
II
0
1
2
3
4
Tú hablas tanto mas no te comprendo.
No sé lo que me dices.
Yo té digo que nó.
¿Qué vamos a estudiar hoy?
Espero que no me dé el libro roto
27. Señala las opciones correctas, observando el uso de la apócope:
I
0
1
2
3
4
II
0
1
2
3
4
Un hombre malo como nunca había visto.
Pepe ha llegado en primer lugar en la corrida.
No puedo dar consejo ninguno.
Subió hasta el según piso del edifício.
Era un bueno día para estudiar.
28. Observa las frases abajo y marcas las alternativas incorrectas com relación al uso de los pronombres complementos:
I
0
1
2
3
4
II
0
1
2
3
4
Compré unos libros y les regalé a mi sobrino.
Encontré a Lola y la saludé.
He visto tu papá y lo reconocí.
Después de leer la novela vos contaré el argumento.
Robaron a una mujer y la tomaron su dinero.
29. “En la sangre que usamos hay poca tinta” (1.9 y 10).
El substantivo sangre es um vocablo heterogenérico. Escribe “verdadero o falso” respecto al género de las palabras subrayadas:
I II
0 0 Tiene la costumbre de pedir demasiado.
1 1 Recife es una ciudad de muchas puentes.
2 2 Echa mucho sal en la comida.
3 3 Nos mandó un mensaje bellísimo.
4 4 Qué maravillosa viaje hicimos el año pasado.
17
Processo Seletivo Unificado/2003 VESTIBULAR
30. Esta cuestión se refiere a los heterosemánticos. Haga la correspondencia entre los vocablos del portugués y del español:
1 – vassoura
2 – sobrenome
3 – escritorio
4 – escova
5 – talher
I
0
1
2
3
4
II
0
1
2
3
4
a – escoba
b – cubierto
c – cepillo
d – apellido
e - oficina
1e, 2d, 3c, 4a, 5b.
1a, 2d, 3e, 4c, 5b
1a, 2d, 3b, 4c, 5e.
1c, 2e, 3d, 4b, 5a.
1c, 2a, 3e, 4d, 5b.
18

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