File - CENTRO DE UMBANDA CABOCLO VENTANIA

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File - CENTRO DE UMBANDA CABOCLO VENTANIA
Jornalnacionaldaumbanda.com.br
São 10
Paulo,
10 de Agosto
de 2011.
Pág.pág.
1 01
Jornal
Nacional da Umbanda São Paulo,
de Agosto
de 2011.
Ediçã[email protected]
18 [email protected]
Expediente:
Alan Levasseur
Rubens Saraceni
Jornal Nacional da Umbanda Edição nº 18
LIVRO DO MÊS
Índice de Matérias
EDITORIAL
A Macumba (Alan Levasseur) pág. 02
DOUTRINA
Oque é um Orixá (Rubens Saraceni) pág. 04
Uma nova consciência sobre o Orixá Exu Intima (Rubens Saracenil) pág. 05
Nomes simbólicos dos Exus na Umbanda (Rubens Saraceni) pág. 07
Orixás: saudação, assentamento e símbolo (Rubens Saraceni) pág. 07
Conversa com um executor de Lei (André G. Santos) pág. 09
O mínimo (Nelson Junior) pág. 10
E então o 21°... (Nelson Junior) pág. 11
Obaluaiê (Alan Levasseur) pág. 12
BALUARTES DA UMBANDA
Pai Marcos Mozol (Marcos Mozol) pág. 16
Pai Evandro de Ogum (Evandro de Ogum) pág. 18
OFERENDAS, MAGIAS E TRABALHOS DE UMBANDA.
Oração de um médium consciente (Marcio Henrique) pág. 20
Joias e Arte Afro (Bruno D’Oxalá) pág. 21
Os benefícios da meditação (Bhikkhu Piyananda) pág. 22
Conhecimento popular: limpe seus rins (Andrei Vinicov Kallazans) pág. 23
Aspectos sociais da religiosidade brasileira (Ronaldo Figueira) pág. 24
EVENTOS UMBANDISTAS
Festa em homenagem a Nanã Buruque (Pai Joaquim D´Angola) pág. 25
Seminário consciência Umbandista (J.N.U.) pág. 25
4 ª caminhada em defesa da religiosidade brasileira (J.N.U) pág. 26
CADERNO DO LEITOR
Defeitos Alheios (Dinalva Domingues de Faria) pág. 27
Pote de Ouro (Nondas Okiama) pág. 28
Gratidão sem Fim (Alexandre Yamazaki) pág. 28
ÚLTIMA PÁGINA
Intolerância Religiosa (Mailing Internet) pág. 30
NOVOS CURSOS DE MAGIA DIVINA INICIANDO NO MÊS DE AGOSTO:
INSCRIÇÕES DIA 26 DE AGOSTO
MAGIA DIVINA DOS ELEMENTAIS: aos Sábados: 10h00 às 12h00 (não é exigido
grau de magia)
INSCRIÇÕES DIAS 26, 27, 28 E 29
MAGIA DIVINA DAS ENERGIAS VIVAS E DIVINAS: Sexta feira: 20h00 às 22h00
Sábado: 16h00 às 18h00 e 18h00 às 20h00, Domingo: 10h00 às 12h00 e
Segunda Feira: 20h00 às 22h00 (É exigido grau de magia)
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São Paulo, 10 de Agosto de 2011.
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Pág. 2
EDITORIAL
A MACUMBA
A primeira definição de Macumba que se
encontra em qualquer dicionário é de: antigo
instrumento musical de percussão, espécie de
reco-reco, de origem africana, que dá um som
de rapa (rascante); e Macumbeiro é o tocador
desse instrumento.
O conceito da macumba está tão
arraigado na cultura popular brasileira, que são
comuns expressões como "xô macumba" e
"chuta que é macumba" para demonstrar
desagrado com a má sorte. As superstições
nesse sentido são tão grandes, que até mesmo
para a Copa do Mundo foram criados sites para
espantar o azar. São também muito comuns
amuletos que vão desde adereços até objetos
que remetem aos utilizados nos cultos
religiosos.
Popularmente, a palavra macumba é
utilizada para designar genericamente os cultos
sincréticos afro-brasileiros derivados de práticas
religiosas e divindades dos povos africanos
trazidos ao Brasil como escravos, tais como os
bantos, como o candomblé e a umbanda.
Entretanto, ainda que macumba seja
confundida com o candomblé e a umbanda, os
praticantes e seguidores dessas religiões
recusam o uso da palavra para designá-las.
Outras acepções para o termo macumba
são:
Macumba, na acepção popular do
vocábulo, é mais ligada ao emprego do ebó,
feitiço, "despacho", coisa feita, mironga,
mandinga, muamba;
•
•
Palavra usada no sentido pejorativo para
se referir ao candomblé ou à umbanda;
Diz-se mais comumente macumba que
candomblé, no Rio de Janeiro, e mais
candomblé do que macumba, na Bahia.
Câmara Cascudo: "Ainda ao tempo das
reportagens de João do Rio os cultos de origens
africanas no Rio de Janeiro chamavam-se,
coletivamente, candomblés, como na Bahia,
reconhecendo-se
contudo,
duas
seções
principais: os orixás dos cultos nagôs e os
alufás dos cultos muçulmanos (malês) trazidos
pelos escravos. Mais tarde o termo genérico
'macumba', foi substituído por Umbanda. Meio
século após a publicação de 'As Religiões do
Rio', estão inteiramente perdidas as tradições
malês e em geral os cultos, abertos a todas as
influências, se dividem em terreiros (cultos
nagôs) e tendas.
No livro de 1904 As Religiões no Rio
Paulo Barreto, sob o pseudônimo de João do
Rio escreveu: “Vivemos na dependência do
feitiço, dessa caterva de negros e negras, de
babaloxás e yaôs. Somos nós que lhes
asseguramos a existência, com o carinho de um
negociante por uma amante atriz”.
O feitiço é o nosso vício, mas o nosso
gozo, a degeneração. Exige, damos-lhe;
explora, deixamo-nos explorar e, seja ele
maitre-chanteur, assassino, larápio, fica sempre
impune e forte pela vida que lhe empresta o
nosso dinheiro. Macumba era definida por toda
e qualquer manifestação mediúnica de
curandeiros,
pais-de-santo,
feiticeiros,
charlatões, e todos aqueles que se dispunham a
intervir junto às forças invisíveis do além apenas
em troca de dinheiro e poder.
Prandi, 1991: “A macumba carioca,
portanto, pode bem ter se organizado como
culto religioso na virada do século, como
aconteceu também na Bahia. Não vejo, pois,
razão para pensá-la como simples resultante de
um processo de degradação deste candomblé,
visto no Rio no fim do século por João do Rio,
essa macumba sempre descrita como feitiçaria,
isto é, prática de manipulação religiosa por
indivíduos isoladamente, numa total ausência
de comunidades de culto organizadas”.
Arthur Ramos fala de um culto de origem
banto no Rio de Janeiro na primeira metade do
século, cultuando orixás assimilados dos nagôs,
com organização própria, com a possessão de
espíritos desencarnados que, no Brasil,
reproduziram ou substituíram, por razões
óbvias, a antiga tradição banto de culto aos
antepassados (Ramos, 1943, v.1, cap. XVIII).
São
cultos
muito
assemelhados
aos
candomblés angola e de caboclos da Bahia,
registrados por Edison Carneiro, que já os
tratava como formas degeneradas (Carneiro,
1937. Para uma análise atual da questão da
pureza nagô, ver Beatriz Góis Dantas, 1982 e
1988)"
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A Religião dos Escravos
OS escravos africanos eram proibidos de
praticar suas várias religiões nativas. A igreja
Católica Romana deu ordem para que os
escravos fossem batizados, e eles deveriam
participar da missa e dos sacramentos. Apesar
das instituições escravagistas e da igreja,
entretanto,
foi
possível
aos
escravos,
comunicar, transmitir e desenvolver sua cultura
e tradições religiosas. Houve vários fatos que
nos ajudaram a manter esta continuidade: os
vários grupos étnicos continuaram com sua
língua materna; havia certo número de líderes
religiosos entre os escravos; e os laços com a
África eram mantidos pela chegada constante
de novos escravos.
Desde o começo pais e mães de santos
buscavam africanizar a religião. Isto foi possível
em parte, por que a rota dos navios entre a
África e o Brasil conservou viva a conexão entre
os povos. Isto continuou mesmo depois da
abolição da escravatura em 1888. Escravos
libertos que puderam viajar para as áreas
iorubas foram iniciados no culto dos orixás e
então, ao retornar ao Brasil puderam fundar
terreiros e revitalizar a prática religiosa.
A partir da segunda metade do séc. 19,
surgiram grupos organizados, que recriavam no
Brasil cultos religiosos que reproduziam não
somente a religião africana, mas também outros
aspectos da sua cultura na África. Nascia a
religião afro-brasileira, primeiro na Bahia,
conhecida como Candomblé, e depois pelo país
afora, recebendo nomes locais como Xangô em
Pernambuco, Tambor de Mina no Maranhão e
Batuque no Rio Grande do Sul.
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Pág. 3
Os principais
criadores
dessas
religiões
foram
negros de nações
Iorubas ou Nagôs,
especialmente
os
provenientes
de
Oyó, Lagos, Keto,
Ijexá, Abeocutá e
Iquiti, os das nações
Fons
ou
Jêjes,
sobretudo os Mahis
e os Daomeanos, e
os
Bantos
de
Angola e Congo. Os ritos se desenvolveram na
Bahia, em Pernambuco, Alagoas, Maranhão,
Rio Grande do Sul e, posteriormente no Rio de
Janeiro e mais tarde em São Paulo.
As
religiões
afro-brasileiras
ainda
carregam os efeitos de sua interação com
outras tradições religiosas, especialmente o
catolicismo. Os Orixás, Voduns e Inquices,
foram justapostos com santos católicos e o
interior dos terreiros possuía numerosos
elementos católicos, incluindo estátuas de
santos, enquanto os objetos religiosos africanos
eram escondidos. As religiões afro-brasileiras
eram
proibidas
e
os
terreiros
eram
frequentemente visitados pela policia. Por isso
seus participantes deviam sempre buscar
caminhos para fortalecer a aparência católica
dos Orixás e dos Terreiros. O sincretismo se
tornou assim estratégia de sobrevivência por um
longo período.
Por: Alan Levasseur
E-mail: [email protected]
A.U.E.E.S.P.
Você pode se cadastrar na A.U.E.E.S.P.,
sendo pessoa física ou jurídica.
Pode ser associado individual, núcleo (centro,
associação),
colaborador
jurídico
ou
colaborador físico.
Se você acredita que vale a pena lutar
por nossa religião, venha juntar-se a nós, que
nada mais queremos além de ver a Umbanda
crescer e de valorizar nossas práticas
religiosas e nosso sacerdócio.
Falar com Sandra Santos
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DOUTRINA
O QUE É UM
ORIXÁ
Na Umbanda cultuamos
o Divino Criador Olodumare ou
Olorum, o nosso Divino
Criador e Senhor dos nossos
Destinos. E, logo abaixo Dele,
cultuamos os Sagrados Orixás
como suas potências Divinas
que governam a Criação,
sendo que os identificamos
apenas por alguns dos seus
aspectos ou qualidades que os
distinguem, os diferenciam, os
individualizam, separando-os
como as partes de um todo
Divino.
Essa
ideia,
sinteticamente,
define
o
Panteão
umbandista
e
fundamenta sua cosmogonia,
sua
Teogonia,
sua
androgênese e sua teologia,
fornecendo aos estudiosos da
Umbanda um manancial de
informações inesgotável.
Esse manancial, se já
era inesgotável, esperamos
ampliá-lo para que tanto os
estudiosos quanto os médiuns
umbandistas avancem um
pouco mais na identificação e
compreensão do vastíssimo
“universo” oculto por trás dos
Orixás.
O fato que estou
conduzindo grupos de estudos
do Sacerdócio Umbandista no
Colégio de Umbanda Sagrada
Pai Benedito de Aruanda,
grupos
estes
que,
espiritualmente,
são
conduzidos por um espírito
que se apresenta como
“Caboclo Pena Branca”, sendo
que outros grupos já foram
conduzidos pelo “Caboclo
Arranca Tocos”. E, durante as
iniciações dos médiuns, que
são internas e realizadas
dentro do nosso centro escola,
o
Senhor
Pena
Branca
surpreendeu a todos nós
porque alterou toda a nossa
compreensão do Universo
espiritual
umbandista,
expandindo-o de tal forma que
nossa visão atual é outra,
muito mais ampla que a que
tínhamos antes.
O nosso entendimento
anterior era esse: - Temos a
linha dos Caboclos, das
Crianças, dos Boiadeiros, dos
Exus, das Pombas giras e dos
Exus mirins, etc.
Na iniciação perante
Iemanjá, depois dos médiuns
incorporarem
suas
Mães
Iemanjás pessoais, que são
Orixás naturais regidas pela
Mãe maior Iemanjá, ele nos
transmitiu isso:
- Filhos, o vosso
entendimento atual lhes ensina
que vocês possuem um
Caboclo (a) regido por um
Orixá; possuem um Preto (a)
velho (a) regido por outro
Orixá; possuem um Baiano
regido
por
outro
Orixá;
possuem uma Criança regida
por outro Orixá; etc. e isso é
certo, mas não é toda a
verdade sobre as linhas de
forças espirituais porque cada
Orixá
possui
sob
sua
irradiação todas as linhas
espirituais. Isto quer dizer o
seguinte:
- Que Iemanjá possui ou
rege linhas de trabalhos
espirituais
formadas
por
Caboclos (as) de Iemanjá; de
Pretos Velhos (as) regidos por
Iemanjá; de Baianos (as)
regidos por ela; de Crianças
regidas por ela; de Boiadeiros
regidos por ela; de Marinheiro
regido por ela; de Exus,
Pomba giras e Exus mirins
regidos por ela, além das
Sereias e outros povos do
mar. Ela rege linhas de
trabalhos espirituais com os
graus que conhecemos dentro
da Umbanda, mas também
rege muitas outras linhas (ou
hierarquias)
de
trabalhos
espirituais que são totalmente
desconhecidas pelos médiuns
umbandistas.
Ela, uma única Mãe
Orixá seria capaz, ou melhor,
é capaz de sustentar toda uma
religião só com o seu poder
Divino e seus Mistérios
Sagrados, que são universais
e são aplicados na vida de
todos os seres (espirituais ou
não) gerados por Deus.
Tal como o Mestre
Jesus ou Mestre Sidarta
Gautama
(o
Buda)
dão
sustentação ao Cristianismo e
ao Budismo, Iemanjá poderia
sustentar um religião tão
grande quanto essas duas.
Mas o mesmo poderia fazer
cada um dos outros Orixás
cultuados na Umbanda.
E, para provar o que ele
dissera, todos os médiuns
incorporaram suas Iemanjás
pessoais
e
a
seguir
começaram a incorporar seus
Pretos (as) velhos (as),
Caboclos (as), Crianças e
Baianos (as) regidos por
Yemanjá.
Paramos
com
a
incorporação da linha dos
Baianos regidos por Iemanjá,
com
todos
os
médiuns
incorporando
cada
linha
invocada, mas poderíamos
prosseguido na incorporação
das demais linhas que todos
as incorporariam.
E na semana seguinte,
durante a iniciação perante a
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Sagrada Mãe Oxum, o Senhor
Pena Branca repetiu as
mesmas incorporações, com
os
médiuns
incorporando
guias
dessas
linhas
de
trabalhos acima citados, mas
agora regidos por Oxum.
Ao final ele nos deu
essa explicação.
- Filhos de Umbanda,
saibam que cada um de vocês
possui nas suas linhas de
forças espirituais Guias de
uma mesma linha, para cada
um dos quatorze Orixás
regentes das Sete Irradiações
Divinas, mas em cada uma
delas só um é ativo, pois os
outros são passivos e atuam
como auxiliares do que é ativo.
O Guia ativo incorpora
sempre que a linha dele é
invocada e vocês o chamam
de “meu Caboclo ou de “meu
Preto velho ou de “meu
Baiano”, etc., mas eles estão
ligados a outros treze espíritos
do mesmo grau (Caboclo,
Preto velho, Baiano, etc.,) que
vocês não conhecem, mas que
também estão ligados a vocês
e fazem parte do vosso enredo
ou trama espiritual”.
Cada Orixá cultuando
na Umbanda ampara com seu
poder Divino todas as linhas
de Umbanda e, porque nela o
termo Preto Velho (a), Caboclo
(a),
Erê,
Baianos
(as),
Boiadeiro, Marinheiro, Exu,
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Pomba Gira, Exu Mirim são
“graus” que distinguem as
Correntes
ou
Hierarquias
espirituais e cada Orixá
sustenta
suas
correntes
espirituais com esses graus.
Logo existem Caboclos
(as), Pretos velhos (as), Erês,
Baianos (as), Boiadeiros (as),
Marinheiros (Sereias), Exus,
Pomba giras e Exus Mirins de
Oxalá, de Logunan, de Oxum,
de Oxumarê, de Oxossi, de
Obá, de Xangô, de Egunitá, de
Ogum, de Yansã, de Nanã, de
Obaluaiê, de Yemanjá e de
Omulu, mas em cada grau só
um é ativo em um médium e
todos os outros são passivos e
atuam como seus auxiliares
nas outras irradiações.
Portanto, se o Caboclo
de “frente” ou de trabalho de
um médium é de Oxossi
(regido por Oxossi), esse
Caboclo “carrega” outros treze
Caboclos, com cada um deles
regido
por
outro
Orixá
diferente.
E, se o Preto velho (a)
de frente ou de trabalho de um
médium é regido por Nanã,
esse Preto velho (a) “carrega”
outros treze Pretos velhos
(as), com cada um deles
regido por outro Orixá.
E, sucessivamente, o
mesmo acontece com todos os
guias espirituais de “trabalhos”
dos médiuns umbandistas.
Pág. 5
A soma dos guias ativos
e seus auxiliares e grandes e
nos
mostra
quanto
é
importante que os médiuns
umbandistas se doutrinem,
aprendam
e
evoluam
praticando e caridade aos
seus semelhantes com fé,
amor e racionalidade.
Afinal, se as forças
espirituais de um médium são
muitas e estão à sua volta,
distribuídas num enredo muito
bem organizado, essas forças
exigem o comprometimento
dele perante Deus e os Orixás,
buscando o aprendizado e o
aperfeiçoamento consciencial,
senão o abandonam e deixamno exposto aos espíritos
inferiores,
denominados
Kiumbas, que são grandes
mistificadores e enganadores
de médiuns relapsos.
Esperamos ter deixado
clara a grandeza Divina dos
Sagrados Orixás. Também,
que um único orixá pode dar
sustentação a uma religião e,
justamente por isso, em cada
centro de Umbanda o Orixá de
frente do dirigente sempre se
destaca sobre os demais que
o amparam.
Por: Rubens Saraceni
E-mail:
[email protected]
UMA NOVA CONSCIÊNCIA SOBRE O ORIXÁ EXÚ
Ao estudarmos o orixá Exu na umbanda temos que ser cuidadosos para não confundirmos
com o seu estudo já realizado na África pelos antigos sábios e sacerdotes, que abriram para a
humanidade tanto o culto a ele quanto a todos os outros orixás.
A forma de abordar, descrever, ensinar e se iniciar no Mistério Exu é outra e atendeu ao
entendimento existente naquela época e às necessidades religiosas dos povos que primeiro foram
beneficiados com o amparo e o axé dele. A Umbanda, nascida no Brasil com o advento do senhor
Caboclo das Sete Encruzilhadas, serviu-se de outro meio ou recurso para estudar os Orixás e não
ficou limitada unicamente ao que por aqui já se sabia sobre eles. Sendo que o sincretismo foi, nos
primeiros anos da Umbanda, a forma de ensiná-los aos médiuns umbandistas que nada sabiam
sobre eles, mas conheciam muito bem os santos cristãos, cultuados por todos os seguidores da
igreja romana.
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O Orixá Exu, em si mesmo, recebeu pouca atenção dos umbandistas de então, que
centraram seus estudos nos muitos exus que baixavam em suas sessões ou engiras públicas.
Relendo antigos livros de Umbanda editados a partir de 1940, vemos a descrição de muitos
exus que baixavam em seus médiuns e que recebiam uma atenção acentuada dos seus autores,
que escreviam pouco sobre o Orixá Exu. Inclusive, muitos não o tinham na conta de um Orixá e sim,
o descreviam com um orixá dos outros, (estes sim!) Orixás da Umbanda.
Textos sobre os Exus da Umbanda foram publicados, sincretizando eles com deidades
desconhecidas ou tidas como negativas ou do mal, tais como: Lúcifer, Baal Zebu, etc. E isto facilitou
o trabalho para os que combatiam (e ainda combatem) a Umbanda, associando-a ao culto do Mal,
do Satanismo, do baixo espiritismo, da magia negra, do paganismo, etc.
E os adversários e os inimigos da Umbanda foram implacáveis e oportunistas, justamente
pela falta de um conhecimento superior e fundamentado sobre os Orixás, mais especificamente
sobre o Orixá Exu, o “espantalho” usado por eles para assustar seus seguidores, apavorando-os
com os “demônios” que baixavam na nossa religião.
Alguns autores associaram os exus da Umbanda com bandidos, assassinos, ladrões, etc. e
as Pombas Giras com ladras, assassinas, prostitutas, feiticeiras e bruxas do mal, etc., levando
muitos a crerem que na umbanda se trabalha com a escória do baixo astral. Fato esse que serviu
como uma luva para os inimigos da Umbanda denegri-la como religião e classificar como adorador
do diabo quem se apresentava como umbandista.
Alguns autores, no afã de se mostrarem conhecedores dos Orixás e de Exú em especial, não
perceberam o dano que causaram para a religião que queriam divulgar, tendo inclusive alguns
autores umbandistas que chegaram ao cumulo de recomendarem aos pais que tomassem cuidado
com suas filhas que incorporassem Pomba Giras com determinados nomes, autores esses que
preferimos omitir seus nomes para não macularmos ainda mais a nossa religião, ainda tão
incompreendida pelos seguidores das outras, justamente por causa desses mesmos autores de
livros sobre a Umbanda.
Ego e afoiteza ou oportunismo são os principais adversários da Umbanda e os perpetradores
desses textos mal ou erroneamente fundamentados sobre o Orixá Exu e associando os exus que
nela baixam com deidades infernais de outras religiões só atrasaram em muito o reconhecimento
dela com uma religião do bem e aberta para todos.
A fundamentação correta do Orixá Exu e de todos os outros Orixás dentro da Umbanda,
iniciada com a publicação do “Livro de Exu” e posteriormente do livro “Orixá Exu”, “Orixá Pomba
Gira” e “Orixá Exu Mirim” começaram a desmistificar, a desdemoniar, descapetar e dessatinizar
esses Orixás e seus manifestadores espirituais dentro da Umbanda.
Sabemos que muito ainda precisa ser feito nesse sentido para devolvermos a esquerda da
Umbanda ao seu devido lugar, mas a transformação dos conceitos sobre os espíritos que se
manifestam com nomes simbólicos e como de esquerda já começou e os autores que não se
adaptarem aos novos e fundamentadores conceitos, com certeza serão refutados e olvidados pelos
umbandistas, já mais esclarecidos nesse segundo século de existência da religião Umbanda.
O despertar dessa nova consciência e entendimento sobre o Orixá Exu e seus
manifestadores já começou!
Pai Rubens Saraceni.
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NOMES SIMBÓLICOS DOS EXUS NA UMBANDA
O Mistério Exu desdobra-se em Seres Divinos Exus, que são Guardiões de Mistérios.
Esses Exus Guardiões de Mistérios são identificados por nós de várias formas e entre elas temos
essa:
→Exu de Oxalá
→Exu de Logunã (Tempo)
→Exu de Oxumarê
→Exu de Oxum
→Exu de Oxóssi
→Exu de Obá
→Exu de Xangô
→Exu de Egunitá
→Exu de Ogum
→Exu de Iansã
→Exu de Obaluaiê
→Exu de Nanã
→Exu de Omulu
→Exu de Iemanjá
Observação: A forma correta de nomearmos esses exus é essa:
“Exu Guardião Divino dos Mistérios do Orixá (tal)...”.
HIERARQUIAS DE EXU
1º. Nível → É o do próprio Orixá Exu.
2º. Nível → Exus Guardiões Divinos de Mistérios.
3º. Nível → Exus Guardiões de Mistérios que são identificados por suas funções na Criação, tais
como:
● Exu Curador → função curadora.
● Exu Trincador → função trincadora.
● Exu Cortador → função cortadora.
● Exu Amarrador → função amarradora.
● Exu Quebrador → função quebradora.
● Exu Encapador →função encapadora.
4º. Nível → É ocupado por Exus Guardiões dos Mistérios abertos para nós dentro da Umbanda, tais
como: Mistério das Sete Encruzilhadas, dos Sete Caminhos, das Sete Porteiras, das Sete Pedreiras,
das Sete Montanhas, das Sete Lanças, das Sete Covas, das Sete Coroas, das Sete Espadas, Sete
Ondas, Sete Facas, Sete Punhais, Sete Catacumbas, Sete Cruzes, Sete Caveiras, Sete Garras,
Sete Foices, Sete Laços, Sete Portas, Sete Garfos, Sete Folhas Secas, Sete Chaves, Sete Coroas,
Sete Galhos, etc.
5º. Nível → Nesse nível os exus são identificados pelos nomes dos elementos formadores da
matéria:
●Exu do fogo
●Exu do Mar
●Exu dos Minerais
●Exu dos Vegetais
●Exu da Terra
●Exu dos Ventos
●Exu dos Cristais
(das Matas)
6º. Nível → Os exus de 6º nível são associados às criaturas instintivas ou bichos:
●Exu Aranha e muitos outros
●Exu Lobo (ou lobisomem)
●Exu Sapo
●Exu Morcego
●Exu Gato
cujos nomes ainda não
●Exu Cobra
●Exu Pantera
foram abertos para nós.
7º. Nível → O 7º. Nível é ocupado por espíritos regidos pelos outros Orixás Masculinos, mas que se
desviaram das suas Irradiações Divinas e foram agregados pelo Mistério Exu a alguma de suas
hierarquias. Esses Exus “humanos” estão distribuídos por todas as linhagens ou hierarquias de Exus
Naturais, que são os manifestadores diretos de mistérios exclusivos da Divindade Mistério Exu.
ORIXÁS: SAUDAÇÃO, ASSENTAMENTO, SÍMBOLO
EXU:
Saudação “KOBÁ LAROYÊ EXU MOJUBÁ”.
Assentamento: tridente de ferro, imagem de
barro e pedra.
Dia da semana: 2ª feira.
Cor da Guia: vermelho e preto.
Símbolo: OGO (de madeira).
OGUM:
Saudação “PATA KORI OGUM”
Assentamento: ferramentas de ferro.
Dia da semana: 3ª feira.
Cor da Guia: azul marinho ou vermelho e
branco.
Símbolo: espada e coroa (Akoro).
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OXÓSSI:
Saudação: “ODÉ KOKÊ”, “OKÊ ARÔ”, “OKÊ
BAMBI Ô KLIME”.
Assentamento: arco com flecha de ferro –
OFÁ.
Dia da semana: 5ª feira.
Cor da Guia: verde (no candomblé azul claro).
Símbolo: rabo de cavalo e chifre de boi.
OSSANIYN:
Saudação: “EWE O... EWE O...” (duas vezes).
Assentamento: pássaro pousado no topo de
uma árvore.
Dia da semana: 5ª feira.
Cor da Guia: branco e verde.
Símbolo: lança e feixe de folhas.
OXUMARÉ:
Saudação: “ARÔ BOBOI” (arrôboboí).
Assentamento: duas serpentes enroscadas
numa árvore.
Dia da semana: 5ª feira.
Cor da Guia: preta e amarela + brajá de
búzios.
Símbolos: Ebiri (lança com a cobra
entrelaçada).
OBALUAIÊ:
Saudação: “ATOTÔ AJUBERÔ”
Assentamento: cuscuzeiro de barro, lanças e
búzios.
Dia da semana: 2ª feira.
Cor da guia: preto, vermelho e branco.
Símbolos: xaxará feito com palha da costa e
búzios
XANGÔ:
Saudação: “OBÁ NIXÉ KAWO KABIESILÊ”
Assentamento: pedra de raio ou de fogo
dentro de uma gamela.
Dia da semana: 4ª feira.
Símbolos: machado duplo.
IANSÃ:
Saudação: “EPARREYI”.
Assentamento: pedra de raio ou de fogo e
búzios.
Dia da semana: 4ª feira.
Cor da guia: coral ou vermelha e amarela.
Símbolo: rabo de cavalo e espada.
OXUM:
Saudação: “ORA YEYÊ YEYÊ Ô”.
Assentamento: pedra de rio e búzios.
Dia da semana: sábado.
Cor da guia: amarelo ouro, azul ou rosa (azul é
Oxum da cachoeira).
Símbolo: leque e espada (no leque também
tem espelho).
IEMANJÁ:
Saudação: “ODÔ IYÁ”, “ODÔ FI ABA”, “ODÔ
CY YABÁ”.
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Assentamento: pedra do mar, conchas e
búzios.
Dia da semana: sábado.
Cor da guia: azul claro.
Símbolo: leque (com espelho) e espada.
NANÃ:
Saudação: “SALUBÁ SALÚ SI” (no
candomblé) e “SALUBÁ NANÃ BURUQUÊ (
na Umbanda).
Assentamento: ouriço do mar, pedra do mar e
búzios.
Dia da semana: sábado.
Cor da Guia: lilás e branco.
Símbolo: Ibirin feito com palha da costa.
OXALÁ:
Saudação: “BABÁ XIRÊ” e na Umbanda “EPA
BABÁ”.
Assentamento: quartzos.
Dia da semana: domingo.
Cor da guia: branco leite e brajá.
Símbolo: cajado de alumínio enfeitado
“Opaxorô”.
IBEJI: (IBI é nascimento e EJI é dois, duplo).
Saudação: “ONI IBEJADA”.
Assentamento: três moringas pequenas de
barro.
Dia da semana: domingo.
Cor da guia: todas as cores.
Símbolos: brinquedos.
LOGUNÃ: Orixá do Tempo.
Saudação: “Olha o tempo, minha mãe”.
Assentamento: vara de bambu (1,20 m) com
uma cabaça amarrada no alto dela com duas
fitas (preta e branca). A firmeza do Tempo tem
que ser feita em lugar aberto.
Dia da semana: domingo.
Cor da guia: azul escuro ou cristal fumê.
Símbolo: Cordão ou um Laço enrolado
simbolizando a espiral do Tempo.
OBÁ:
Saudação: “AKIRÔ OBÁ YÊ”.
Assentamento: panela de barro com areia de
rio dentro dela e recoberta com argila e com
uma pequena vara de angico (70 cm no
máximo) fincada no seu centro. Tudo deve ser
consagrado antes, pedir licença. Teu mestre
vai pedir para colocar outros elementos por
baixo da argila. Envernizar a panela para que
ela não absorva umidade.
Dia da semana: 3ª feira.
Cor da guia: colar de ágata (as coloridas são
todas tingidas, a cor é meio cinza), magenta
ou vermelha.
Símbolo: espada e escudo.
EGUNITÁ:
Saudação: “KALI YÊ”.
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Assentamento: gamela com hematitas roladas
e seixos de rio (rolados) ágatas.
Dia da semana: 5ª feira.
Cor da guia: laranja ou vermelha.
Símbolo: Não revelado...ainda!
POMBA GIRA:
Saudação: “SARAVÁ POMBA GIRA”.
Assentamento: (aguardar a entrega da
apostila).
Dia da semana: 6ª feira.
Cor da guia: vermelha.
Símbolo: tridente e adaga curvos.
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EXU MIRIM:
Saudação: “LAROYÊ EXU MIRIM”.
Assentamento: tridentes e punhais.
Dia da semana: 2ª feira.
Símbolo: brinquedos, estilingue
POMBA GIRA MIRIM: Os mesmos elementos
e cores de Pomba gira.
Bibliografia: Ornato José da Silva e Rubens Saraceni
Resumo de aula do curso de Doutrina, teologia e
Sacerdócio, compilado por Vera Bueno.
CONVERSA COM UM EXECUTOR DA LEI
Certo dia desses, eu estava em um terreiro e
ouvia um irmão reclamar que estava passando
por um momento de “turbulências” em sua vida.
Nada dava certo, perdera o emprego, uma
doença o acometera e sua relação com sua
esposa estava cada vez pior. Ele reclamava e
reclamava quando notei a aproximação de um
guardião e pude observar a conversa.
Esse irmão médium também notou a
aproximação e tomou a iniciativa de começar a
conversa:
- Salve senhor Guardião!
- Salve moço, está reclamando de que aí?
- Sabe seu Guardião, minha vida anda bem
complicada, cheia de problemas!
- Você ainda não viu problema de verdade
moço.
- Não vi? Perdi meu emprego, estou doente,
brigo todo dia com minha esposa, o senhor
não está vendo?
- Estou sim... Sou eu que estou lhe
aplicando um corretivo.
- O senhor? Como assim? O que eu fiz para
ser castigado?
- Você não sabe moço?
- Não, não sei. Eu sempre faço tudo
direitinho.
- Há, há, há, há, ha. – Soltou uma longa
gargalhada e falou:
- Moço, pare de se lamentar e preste
atenção em sua vida, em seus atos, suas
palavras, sentimentos e em tudo que você faz.
Se eu estou atuando em sua vida dessa forma
é porque, pela Lei, estou amparado, pois sou
um Executor da Lei Maior e, se estou
amparado, é por que você merece o castigo.
- Mereço o castigo?
- Moço, como você reage ao sucesso de
seus colegas de trabalho.
- Ex-colegas o senhor quis dizer, não é?
Agora não tenho mais o emprego.
- Sim, moço, ex-colegas!
- Bem... – Ficou pensativo e o Guardião
continuou:
- Sentia inveja deles, praguejava e quando
tinha oportunidade, fazia fofocas e prejudicavaos, correto?
- Está certo Guardião, eu agia assim mesmo.
Reconheceu o médium.
- Mesmo depois de todos os seus guias lhe
avisarem, correto?
- Sim senhor. – respondeu ele, abaixando a
cabeça.
- Moço, quando alguém erra sem
conhecimento, sem saber que está errando, a
Lei Maior dá um jeitinho de avisá-lo, mas
quando esse alguém, depois de ser avisado,
continua errando, aí a Lei Maior executa a
sentença determinada pela Justiça Divina.
- Entendo senhor.
- Esse é um exemplo dos erros que você
vem cometendo, mesmo após ser avisado e
que, por isso e por mais algumas outras coisas,
está passando por essa pequena execução da
Lei Maior.
- E como faço para me livrar dessa execução
Guardião?
- Primeiro, você precisa parar de se lamentar
e começar a aprender com tudo isso que está
lhe acontecendo. Comece a mudar seu íntimo
e a corrigir seus atos. Desta forma, terá sua
sentença amenizada ou suspensa de acordo
com seu esforço e merecimento.
- Está bem Guardião, vou me esforçar para
parar de reclamar e mudar isso tudo.
- Tudo aquilo que você fizer de correto e que
representar uma mudança positiva em sua vida
será contado como ponto positivo e, por mim,
essa ação será amparada e utilizada para
amenizar sua sentença. Mas tudo aquilo que
você fizer e que representar um ponto negativo,
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por mim também será anotado para pesar em
sua balança e você responderá por ele.
- Obrigado senhor Guardião por me instruir e
permitir eu corrigir meus erros!
- Agradeça ao Pai Maior moço, pois é Ele
quem permite a todos o aprendizado e a
evolução. Salve moço!
- Salve senhor Guardião!
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Eu, que acompanhava a conversa toda fiz a
mesma coisa e agradeci ao Pai Maior pela
oportunidade de participar de tão grande lição.
Salve os Senhores Executores da Lei Maior
que nos permitem aprender com as
adversidades da vida.
Laroiê, Exu!
Por: André G. Dos Santos.
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O MÍNIMO...
O Mínimo que se espera de um umbandista é que, se entrou na religião, que a estude e
procure entender seus fundamentos para não se sentir diminuído quando confrontado em sua Fé,
nem extasiado sem saber que assim como tantas outras, a Umbanda é um a religião que prega as
verdades divinas e não o ego humano.
O Mínimo que se espera de um umbandista é que seja um cambone dedicado, um médium ou
um dirigente esforçado no aprendizado, pois somente numa relação hierárquica de humildade,
vencemos as trevas que nos assaltam o íntimo através da inveja, cobiça, calúnia, desrespeito,
desordem, maledicência e intrigas, que, se não existem no plano espiritual de nossos guias, povoam
os templos onde servir Olorum não parece ser o objetivo de quem só olha o próprio umbigo e seu
bem estar.
O Mínimo que se espera de um umbandista é que respeite os preceitos básicos da
mediunidade, se a possuir, trabalhando em seus centros. E, desde o cambone até o dirigente, com
todos se resguardando no dia do trabalho e depois do mesmo, evitando ações que os desequilibrem,
ou afastem as boas influencias e o Axé dos guias e Orixás, que, se ajudam sempre, no entanto têm
nesse momento único de dedicação, a oportunidade de interceder pelos seus filhos de Fé.
O Mínimo que se espera de um umbandista é que, sendo ele médium e tendo outros
recursos, compreenda que a Umbanda tem seus rituais e a Magia faz parte dos seus recursos. Mas
ela é em si é uma religião, tendo na humildade dos clamores uma das muitas ações de reforma
intima de quem cultua os Orixás. Ela espera que cada um cumpra os preceitos que ensina aos seus
seguidores.
O Mínimo que se espera de um umbandista é que seja ele forte para admitir-se errado e
humilde para aceitar a verdade, pois o livre arbítrio é um direito de todos, para, com o tempo, se
voltarem para a verdade que lhes falar ao intimo.
O Mínimo que se espera de um umbandista é que, se em sua família houver seguidores de
outras religiões, não ceda às pressões. Mas também não lhes imponha sua crença e sua forma de
cultuar Deus, pois o que lhe é desagradável não deve ser feito por ele aos outros.
O respeito a Deus é o respeito às diversas formas de cultuá-Lo.
O Mínimo eu se espera de um umbandista é a confiança nas formas de trabalho da Umbanda,
respeitando as religiões irmãs que cultuam os Orixás de outras formas, mas não recorrendo aos
preceitos delas, pois os preceitos que diferenciam as religiões são os que as fortalecem e as
distinguem. Do contrario, não haveria necessidade de varias, e somente de uma.
O Mínimo que se espera de um umbandista é que leia este texto sem se lembrar de alguém
como um critico do alheio, e sim, lembrar-se de si mesmo e tentar corrigir-se através do exemplo
constante de bons atos, pois necessidade maior do que reformar-se não existe.
E o exemplo reto e ordeiro, com o tempo incentiva a mudança de outros que se espelharem
nas ações de quem procurar fazer o bem.
Por: Nelson Junior
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E ENTÃO O 21...
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(reflexões de um iniciado sobre sua caminhada)
“Grandes poderes exigem grandes responsabilidades”! Essa frase, nós já lemos e nunca paramos
para refletir sobre certas coisas quando são aplicadas ao nosso dia a dia.
Em 18 de março de 2011 o Mestre Rubens Saraceni concluiu o vigésimo primeiro grau da
Magia Divina, tendo aberto até então as seguintes Magias:
1. Magia das 7 Chamas Sagradas;
2. Magia das 7 Pedras Sagradas;
3. Magia das 7 Ervas Sagradas;
4. Magia dos Anjos;
5. Magia dos Gênios;
6. Magia dos 7 Raios Sagrados;
7. Magia dos Elementais;
8. Magia das 7 Conchas Sagradas;
9. Magia das 7 Luzes Sagradas;
10. Magia das 7 Cores Sagradas;
11. Magia dos 7 Mantos Sagrados;
12. Magia das 7 Cruzes Sagradas;
13. Magia das 7 Espadas Sagradas;
14. Magia 7 Águas Sagradas;
15. Magia dos 7 Eixos Sagrados;
16. Magia dos 7 Giros Sagrados;
17. Magia dos 7 Símbolos Sagrados;
18. Magia das 7 Pós Sagrados;
19. Magia das 7 Vestes Sagradas;
20. Magia das 7 Esferas Sagradas;
21. Magia dos 7 Portais Sagrado
As Magias das 7 Luzes e das 7 Cores foram ensinadas juntas, e alguns irmãos as consideram
uma só, mas elas contam como duas entre as 21. E ainda tivemos uma Magia que não estava
dentre as 21, que é a Magia de Exú.
Eu cheguei meio que emocionado no colégio e com a cabeça meio atordoada com muitas
outras coisas de cunho pessoal, mas focado no que estava acontecendo. E, após a iniciação que
tanto esperava, me perguntei: - O que mudou?
Descobri que o que mudou foi que ainda não sou livre de falhas e que gostaria de ter mais
sabedoria para lidar com as pessoas, com os assuntos pessoais, com os amigos, com os inimigos,
com a espiritualidade.
Bateu-me na consciência que ter atingido 21 mistérios me tornava um Mago do 1º Grau ( para
quem se lembra do esclarecimento do discurso do Mestre, durante a quinta egrégora), me fez ter
mais responsabilidades, mas não mais invulnerabilidades, me fez ter mais consciência dos erros e
acertos da condição humana, mas não me fez ser melhor nessa condição, pois existem
circunstâncias que parecem fugir de nossas mãos.
Tornamo-nos consoladores de lágrimas que muitas vezes a nossa própria vida nos mostrou o
gosto salgado, nos tornamos conhecedores de mistérios cuja maior característica evolucionista é
sempre nos aproximar de Deus através da humildade.
Sinto bem que a conta dos 21 mistérios adquiridos que me acompanharão enquanto honrar
meus compromissos, enquanto me manter positivo, enquanto for um instrumento de Deus.
Mas então por que não me sinto mais sábio?
Por que não me sinto com menos erros e mais acertos?
Sinto-me como um Ser Humano e esta é a condição atual do meu espírito, o qual
constantemente carrega o peso dos anos, dos deslizes e das marcas da dor.
Felicidade, muitas vezes na vida de muitos, é um intervalo entre duas dores. E, para quem
busca elevação é impossível ser feliz vendo a tristeza de muitos, vendo que a loucura de alguns os
conduzem para o caminho doloroso das trevas da ignorância.
Como não há plenitude fora de Deus e das hierarquias das quais viemos e deixamos para trás
no processo de ir e vir das múltiplas vidas na carne, às vezes me bate no peito a saudade de algo
que não sei o que é, mas que não esta ao meu alcance.
E onde esta a minha força, já que é possível consolar tantos e ajuda-los a combater seus
negativismos?
Talvez minha maior força seja a vontade de fazer meus semelhantes, pelo menos, mais
felizes, ajudando-os no que necessitam, pois ser Mago é servir mais que servir-se, é cortar o mal até
de forma dura, mas com Amor no Coração.
Perguntei-me sobre o que é ser Mago durante 10 anos, e se pode simplesmente resumir este
título como sendo a consagração consciente de sua existência como um instrumento de Deus. E,
como tudo de Deus sempre é simples e natural, nada mais simples do que os exemplos aqui
citados.
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Já tive oportunidade de ser um canal que realizou curas, abriu caminhos e curou pessoas
emocionalmente desequilibradas. Porem, ser manifestador de mistérios nem sempre alivia o peso do
mistério de sermos humanos.
Minha maior vontade é nunca parar e meu maior medo é decepcionar meus mestres, tanto o
que me iniciou quanto os que me auxiliam nas magias, intuindo-me.
21 graus mistérios, e nem todos se deram conta de que chegou o maior momento de nossa
existência espiritual, onde, pela nossa própria vontade atingimos um grau mais elevado de
responsabilidade.
Escrevendo estas linhas percebo que a maior sabedoria adquirida é que não existe
conhecimento absoluto sobre os mistérios de Deus, pois eles são mistérios e sempre se abrem mais
e mais. Porem, conhecer estes mistérios e atuar ativando-os é um beneficio incrível, mas que nem
todos amadureceram para tal. Então minha vontade é que se abram mais 21 Graus Mistérios, não
pela ambição de poder, mas para poder melhor servir Deus. Também, para conhecer mais e
compreender-nos diante do que já deixamos para trás e não nos lembramos mais e do que nos será
descortinado à frente e ainda não temos sequer ideia de como será.
Obrigado Mestre Rubens, Obrigado Mestre Seyman Hamisser Yê, Obrigado Pai
Benedito, Obrigado Senhor Ogum Beira Mar e Obrigado aos Irmãos que perseveraram para
chegar aos 21 graus da Magia Divina.
Que possamos um dia exercer de forma plena o que nos foi ensinado, ate onde a
matéria nos permitiu. E, um dia, após romper as barreiras carnais, continuar a desenvolver os
mistérios que já conhecemos e continuar a aprender sobre os que não temos sequer ideia.
Por: Nelson Junior
E-mail: [email protected]
OBALUAIÊ
OBALUAIÊ
É o Orixá que atua na Evolução e seu campo preferencial é aquele que
sinaliza as passagens de um nível vibratório ou estágio da evolução para
outro.
O Orixá Obaluaiê é o regente do polo magnético masculino da linha da
Evolução, que surge a partir da projeção do Trono do Saber ou Trono da
Evolução. O Trono da Evolução é um dos sete Tronos essenciais que formam
a Coroa Divina regente do planeta, e em sua projeção faz surgir, na
Umbanda, a linha da Evolução, em cujo polo magnético positivo, masculino e
irradiante, está assentado o Orixá Natural Obaluaiê, e em cujo polo magnético
negativo, feminino e absorvente está assentado o Orixá Nanã Buruquê.
Ambos são Orixás de magnetismo misto e cuidam das passagens dos
estágios evolutivos.
Ambos são Orixás terra-água (magneticamente, certo?). Obaluaiê é ativo no magnetismo telúrico e
passivo no magnetismo aquático. Nanã é ativa no magnetismo aquático e passiva no magnetismo
telúrico. Mas ambos atuam passivamente, o outro atua ativamente. Nanã decanta os espíritos que
irão reencarnar e Obaluaiê estabelece o cordão energético que une o espírito ao corpo (feto), que
será recebido no útero materno assim que alcança o desenvolvimento celular básico (órgãos
físicos).
É o mistério “Obaluaiê” que reduz o corpo plasmático do espírito até que fique do tamanho do
corpo carnal alojado no útero materno. Nesta redução, o espírito assume todas as características e
feições do seu novo corpo carnal, já formado. Muito associam o divino Obaluaiê apenas com o Orixá
curador, que ele realmente é, pois cura mesmo! Mas ele é muito mais do que já escreveram sobre
ele.
Ele é o “Senhor das Passagens” de um plano para outro, de uma dimensão para a outra, e
mesmo do espírito para a carne e vice-versa. Espero que os Umbandistas deixem de temê-lo e
passem a amá-lo e adorá-lo pelo que ele realmente é: um Trono Divino que cuida da evolução dos
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seres, das criaturas e das espécies, e que esqueçam as abstrações dos que se apegaram a alguns
de seus aspectos negativos e os usam para assustar seus semelhantes.
Estes manipuladores dos aspectos negativos do Orixá Obaluaiê certamente conhecerão os
Orixás Cósmicos que lidam com o negativo dele. Ao contrário dos tolerantes Exus da Umbanda,
estes Orixás Cósmicos são intolerantes com quem invoca os aspectos negativos do Orixá maior
Obaluaiê para atingir seus semelhantes. E, como tem de supostos “pais de Santo” apodrecendo nos
seus polos magnéticos negativos só porque deram mau uso aos aspectos negativos de Obaluaiê.
Bem, deixemos que eles mesmos cuidem de suas lepras emocionais. Certo?
Oferenda: Velas brancas e brancas e pretas; vinho branco licoroso, água potável; coco
fatiado coberto com mel e pipocas e crisântemos, tudo depositado no cruzeiro do cemitério, á beiramar ou á beira de um lago.
Retirado do livro “Doutrina de Umbanda”
Rubens Saraceni – Editora Madras
LENDAS DE OBLUAYÊ
Chegando de viagem à aldeia onde nascera, Obaluaiê viu que estava acontecendo uma festa
com a presença de todos os orixás. Obaluaiê não podia entrar na festa, devido à sua medonha
aparência. Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro.
Ogum, ao perceber a angústia do Orixá, cobriu-o com uma roupa de palha, com um capuz
que ocultava seu rosto doente, e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos. Apesar de
envergonhado, Obaluaiê entrou, mas ninguém se aproximava dele. Iansã tudo acompanhava com o
rabo do olho. Ela compreendia a triste situação de Obaluaiê e dele se compadecia. Iansã esperou
que ele estivesse bem no centro do barracão.
O xirê (festa, dança, brincadeira) estava animado. Os orixás dançavam alegremente com
suas ekedes. Iansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de palha com seu vento.
Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de Obaluaiê pularam para o alto, transformadas
numa chuva de pipocas, que se espalharam brancas pelo barracão. Obaluaiê, o deus das doenças,
transformara-se num jovem belo e encantador.
Obaluaiê e Iansã Igbalé tornaram-se grandes amigos e reinaram juntos sobre o mundo dos
espíritos dos mortos, partilhando o poder único de abrir e interromper as demandas dos mortos
sobre os homens.
LENDA 2
Xapanã nasceu em Empê, no território Tapá, também chamado Nupê. Era um guerreiro
terrível que, seguido de suas tropas, percorria o céu e os quatro cantos do mundo. Ele massacrava
sem piedade aqueles que se opunham à sua passagem.
Seus inimigos saíam dos combates mutilados ou morriam de peste. Assim, chegou Xapanã
em território Mahi, no Daomé. A terra dos mahis abrangia as cidades de Savalu e Dassa Zumê.
Quando souberam da chegada iminente de Xapanã, os habitantes desta região, apavorados,
consultaram um adivinho. E assim ele falou:
"Ah! O grande guerreiro chegou de Empê! Aquele que se tornará o senhor do país! Aquele
que tornará esta terra rica e próspera, chegou!
Se o povo não aceitá-lo, ele o destruirá! É necessário que supliquem a Xapanã que vos
poupe. Façam-lhe muitas oferendas; todas as que ele goste: inhame pilado, feijão, farinha de milho,
azeite de dendê, picadinho de carne de bode e muita pipoca! Será necessário, também, que todos
se curvem diante dele, que o respeitem e o sirvam.
Desde que o povo o reconheça como pai, Xapanã não o combaterá, mas protegerá a todos
!"Quando Xapanã chegou, conduzindo seus ferozes guerreiros, os habitantes de Savalu e Dassa
Zumê reverenciaram-no, encostando suas testas no chão e saudaram-no:
Totô hum! Totô hum! Atotô! Atotô!
"Respeito e submissão! "Xapanã aceitou os presentes e as homenagens, dizendo: "Está bem!
Eu os pouparei!
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Durante minhas viagens, desde Empê, minha terra natal, sempre encontrei desconfiança e
hostilidade. Construam para mim um palácio. É aqui que viverei à partir de agora! "Xapanã instalouse assim entre os mahis.
O país prosperou e enriqueceu e o grande guerreiro não voltou mais a Empê, no território
Tapá, também chamado Nupê. Xapanã é considerado o deus da varíola e das doenças contagiosas.
Ele tem também, o poder de curar. As doenças contagiosas são na realidade, punições
aplicadas àqueles que o ofenderam ou conduziram-se mal. Seu verdadeiro nome,é perigoso demais
pronunciar.
Por prudência é preferível chamá-lo Obaluaê, O "Rei Senhor da Terra" ou Omulu o "Filho do
Senhor". Quando Xapanã instalou-se entre os mahis recebeu em uma nova terra, o nome de
Sapatá. Aí também, era preferível chamá-lo Ainon, o "Senhor da Terra" ou então Jeholu,o "Senhor
das Pérolas".
O fato de ser chamado Jeholu e Ainon causou mal-entendidos entre Sapatá e os reis do
Daomé pois eles também usavam estes títulos. Enciumados os Jeholu de Abomey expulsaram,
várias vezes, Jeholu Ainon do Daomé e obrigaram-no a voltar, transitoriamente à terra dos mahis.
Jeholu Ainon vingou-se: vários reis daomeanos morreram de varíola!
Atotô!
UM POUCO SOBRE OBALUAYÊ
Obaluaê quer dizer “Rei e Senhor da terra” sua veste é palha e esconde o segredo da vida e
da morte. Está relacionado à terra quente e seca, como o calor do fogo e do sol – calor que lembra a
febre das doenças infecto-contagiosas. Conta-se em Ibadã que Obaluaê teria sido antigamente o
Rei dos Tapás. Uma lenda de Ifá confirma esta última suposição. Obaluaê era originário de Empê –
Tapá e havia levado seus guerreiros em expedição aos quatros cantos da terra. Uma ferida feita por
suas flechas tornava as pessoas cegas, surdas ou mancas.
Obaluaê representa a terra e o sol, aliás, ele é o próprio sol, por isso usa uma coroa de palha
(azê) que tampa seu rosto, porque sem ela as pessoas não poderiam olhar para ele. Ninguém pode
olhar o sol diretamente.
Está fortemente relacionado os troncos e os ramos das árvores e transporta o axé preto,
vermelho e branco. Sua matéria de origem é a terra e, como tal, ele é o resultado de um processo
anterior. Relaciona-se também com os espíritos contidos na terra. O colar que o simboliza é o
ladgiba, cujas contas são feitas da semente existente dentro da fruta do Igi-Opê ou Ogi-Opê,
palmeiras pretas. Usa também bradga, um colar grande de cauris.
Obaluaê é o patrono dos cauris e do conjunto dos 16 búzios, que reina do instrumento ao
sistema oracular: o brendilogun, que lhe pertence. Seu poder está extraordinariamente ligado à
morte. Oba significa Rei (Oni), Ilu espíritos e Aiyê (significa terra), ou seja, Rei de Todos os Espíritos
do Mundo. Ele lidera e detém o poder dos espíritos e dos ancestrais, os quais o seguem. Oculta sob
o saiote o mistério da morte e do renascimento (o mistério do gênesis). Ele é a própria terra que
recebe nossos corpos para que vire pó.
Obaluaê mede a riqueza com cântaros, mas o povo esqueceu-se de sua riqueza e só se
lembra dele como o Orixá da moléstia. Afirmam-se em registros bibliográficos ser Omolu e Obaluaê
um só Orixá em dois estágios: Obaluaê (o Moço) significa o “Dono da Terra da Vida”; Omolu (o
Velho) significa o “Filho-da-Terra”.
É o médico dos pobres; o senhor dos cemitérios. Usa o aze (capacete de pele da Costa) ou o
filah (capuz de palha da Costa) e carrega na mão o xaxará (feixe de fibra de palmeira, enfeitado com
búzios). Seu dia é a segunda-feira. Sua comida forte é o doburu (pipocas sem sal, coco fatiado e
regado com mel).
Qualidades: Registra-se 12 qualidades atribuídas a esse Orixá, que também é considerado o
mais antigo do Panteão Afro, sendo as mais conhecidas:
Sapata, Xapanan, Xankpanan, Babalu, Azoane, Ajagum, Ajunsun e Avimage.
Nomes: Obàluáyê “Rei senhor da Terra”, Omolu “Filho do Senhor”, Sapata “Dono da Terra”
são os nomes dados a Sànpònná (um título ligado a grande calor o sol – também é conhecido como
(Babá Igbona = pai da quentura) deus da varíola e das doenças contagiosas, é ligado
simbolicamente ao mundo dos mortos. Outra corrente os define como: Obàluáyê: Obá – ilu; aiye;
Rei, dono, senhor; da vida; na terra; Omolu; Omo-ilu; Rei, dono, senhor; da vida.
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Sincretismo: São Lázaro e São Roque
Saudação: – Atotô!
Cor: Preto, vermelho e branco
Domínio – Doença e cura, morte e
Dia da semana: Segunda -feira
renascimento
Símbolo: Leguidibá, Xaxará e Brajá de búzios
Elemento: Terra
Vestimenta: A vestimenta é feita de ìko, é uma fibra de ráfia extraída do Igí-Ògòrò, a palha da costa,
elemento de grande significado ritualístico, principalmente em ritos ligados a morte e o sobrenatural,
sua presença indica que algo deve ficar oculto. É composta de duas partes o “Filá” e o “Azé”, a
primeira parte, a de cima que cobre a cabeça é uma espécie de capuz trançado de palha-da-costa,
acrescido de palhas em toda sua volta, que passam da cintura, o Azé , seu asó-ìko (roupa de palha)
é uma saia de palha da costa que vai até os pés em alguns casos, em outros, acima dos joelhos, por
baixo desta saia vai um Xokotô, espécie de calça, também chamado “cauçulú”, em que oculta o
mistério da morte e do renascimento. Nesta vestimenta acompanha algumas cabaças penduradas,
onde supostamente carrega seus remédios. Ao vestir-se com ìko e cauris, revela sua importância e
ligação com a morte (iku).
PRECE A OBALUAÊ
Eu evoco - Obaluaê
Oh!
Deus das doenças
Orixá que surge, diante dos meus olhos
Na figura sofredora de Lázaro
Ouve a minha súplica, atende ao apelo angustioso do teu filho,
Que se debate no maior dos sofrimentos.
Salve-me - Irmão Lázaro.
Aqui estou diante da tua imagem sofredora,
Erguendo a derradeira prece aos vencidos,
Conformado com o destino que o Pai Supremo determinou.
Para que suplicasse minha alma no maior dos sofrimentos.
Salva minha alma desse tormento que me alucina.
Toma meu corpo em teus braços.
Eleve-me para teu reino.
Se achares, porém, que ainda não terminou minha missão neste planeta,
Encoraje-me com o exemplo de tua humildade e da tua resignação.
Alivia meus sofrimentos para que levante deste leito e volte a caminhar.
Eu te suplico, mestre!
Eu me ajoelho diante do poder imenso,
De que és portador.
Invoco a vibração do Obaluaê.
A - TÔ - TÔ, Meu Pai.
Obaluaê
Por: Alan Levasseur
E-mail: [email protected]
Curso de Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada
Com Alexandre Cumino
INICIO DIA 30 DE AGOSTO
As Terças Feiras à Noite – Próximo ao Metrô Saúde
Os interessados devem confirmar sua presença e reservar matricula.
Ligue para: (11) 5072-2112 / 3441-9637
O Mesmo Curso de Forma Virtual Começa em Janeiro,
Interessados enviem um e-mail para [email protected]
Pedindo reserva de matricula para o curso virtual.
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BALUARTES DA UMBANDA
COLÉGIO DE UMBANDA SAGRADA "CABOCLO SETE
ESPADAS”
PAI MARCOS MOZOL
É difícil comentar sobre si mesmo. Mas vou transcrever minha trajetória dentro
da nossa querida Umbanda, tentando não me alongar demais e sem ocultar
momentos importantes.
Nasci em berço umbandista, meus avós maternos eram espíritas assim como meu
pai, polonês de nascimento, também o era. Já a minha mãe, ela transitava entre o kardecismo e as
religiões Afros brasileiras, em especial a Umbanda.
Minhas recordações da infância, com meus 4 ou 5 anos de idade, era de minha mãe
incorporada, atendendo as pessoas no quarto de casa, e do meu irmão, com seus 10 anos,
incorporando com o Sr. Caboclo Pena Verde.
Cresci envolto pela religião e na minha adolescência participava dos atendimentos que minha
mãe fazia, mas não era tão entusiasmado na época, queria era aproveitar as brincadeiras e
namoricos.
Lá pelos 14 anos de idade, fui convidado por um colega de classe a participar de uma festa
de Cosme e Damião na casa dele e foi quando o meu Erê se manifestou pela 1ª vez. Isso foi em
1979/1980. Após isso, eu frequentava algumas casas com minha mãe, mas sempre ou na
assistência ou como cambone.
Em 1984, aos 18 anos, após a dispensa do Exército, entrei na Polícia Militar e no início de
1985 conheci aquela que seria minha 1ª esposa e, como os semelhantes se atraem, logo eu estava
frequentando o mesmo Centro de Umbanda que ela, centro este que ficava no bairro da Água Rasa,
perto do Clube Sete de Setembro.
Mas aquela casa não me preencheu a curiosidade em Deus. Parecia que faltava-me algo.
Passei então, sem abandonar a Umbanda, a conhecer a doutrina de outras religiões. Frequentei o
Kardecismo e me aprofundei no espiritismo, conheci igrejas evangélicas (iniciei pela Igreja Maranata,
que ficava na Av. Anhaia Melo), conheci o Budismo, o Hare Khrisna e até a Gnose!
Nada preencheu aquele conhecido vazio.
Mas toda semana eu estava em um centro umbandista. Frequentei um centro que ficava atrás
do 41° DP, na Vila Rica e outro, que acredito ser a APEU do nosso irmão Sandro Mattos. Conheci
vários terreiros e muitas "umbandas". E isso me causava uma confusão incrível e nenhum deles me
cativou, apesar do tempo que fiquei neles e da religião me envolver.
Eu procurava algo a mais...
Em 1988, aos 22 anos de idade, me casei e me separei no espaço de seis meses e, por esse
motivo, entrei em minha 1ª queda existencial vindo, em junho, a adentrar a UTI do Pronto Socorro
Central de Praia Grande, no litoral paulista.
É a primeira vez que revelo o que ocorreu abaixo.
Passei por aquilo que chamam de experiência de “quase morte”. Após ser tragado pelo
famoso túnel de luz, tive uma sensação boa de paz e tranquilidade que foi rompida com uma visão
aterradora. Eu estava flutuando sobre uma cama e do alto via quatro pessoas que tentavam
reanimar outra, que estava entubada. Era eu!! Comecei a chorar e via que tentavam me reanimar
com um ambú (ressucitador pulmonar manual) e com um desfibrilador, que foi usado por quatro
vezes.
Lembro inclusive a hora que determinaram o óbito: - eram 23h15m de uma sexta feira, que, se não
me engano, era dia 17 (Isso deve constar anotado lá no PS Central ou no DP Sede de Praia
Grande). E, em prantos, vi quando a enfermeira cobriu meu rosto com o lençol e iniciou o
desligamento dos aparelhos.
Nesse momento de desespero, senti uma presença ao meu lado que me confortava e era
conhecida. Ao olhar para o lado, percebi tratar-se de meu falecido avô que, de pronto, passou a mão
sobre minha cabeça e me disse, com seu jeito austero:
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"O que você fez, filho? Ainda não é seu tempo, você tem uma missão muito grande a realizar.
Não posso revelar seu passado distante e nem seu futuro próximo, apenas posso dizer-lhe que
ainda não é seu tempo de vir para cá e que você tem que cumprir sua missão".
Eu perguntei: Mas vô, o que aconteceu? Não me recordo bem...
Ele me respondeu: "Você cometeu o pior erro que um encarnado pode ao atentar contra si
próprio e terá que responder pelos seus atos, mas também poderá aliviar suas responsabilidades
não fugindo de sua missão. Mas lembre-se: nunca mais repita esse ato, pois você não terá outra
chance".
Notei que ao lado dele havia uma moça muito bonita que chorava copiosamente e lhe
perguntei: Vô, quem é essa moça? E ele, serenamente, me disse: "É o espírito que está destinado,
nessa encarnação, a ser sua filha e ela chora porque você quase tirou-lhe a possibilidade de voltar à
carne, mas nada mais posso te revelar. Agora, meu neto, é hora de voltar e cumprir sua missão."
Nesse momento ele pousou sua mão em minha “coroa” e, quando abri meus olhos, notei um
lençol sobre minha face. Descobri meu rosto e a enfermeira que estava ao meu lado saiu gritando do
quarto. Em poucos segundos o quarto estava repleto de médicos e enfermeiras.
Lembro-me ainda uma das frases ditas por um deles: "Impossível! Eu lhe dei quatro choques!
Só acordei uma semana depois disso. Quando recebi alta, ainda dopado, não fui levado para
casa, mas para um terreiro de Candomblé, Nação Ketu, que havia no bairro do Humaitá, em São
Vicente, de amigos de minha mãe. Nessa casa fui raspado como sendo filho de um orixá, mas não o
que é dono de minha coroa. Com uma semana no roncó
(camarinha), o Sacerdote me chamou e perguntou se
eu sabia tocar os atabaques, pois eu não havia
incorporado quando da catulagem, sendo, com isso,
Ogan.
Respondi que sim, e após um teste e pela minha
desenvoltura no Rumpi, ele me coroou Ogan da casa.
Com 2 meses na casa, passou a me ensinar muitas das
funções de Pai pequeno. Em 1989, com seis meses de
casa e por motivos diversos, voltei para a Umbanda,
deixando para trás os amigos que lá conheci, mas
acumulando o conhecimento adquirido.
Em 1993 sai da PM e passei a trabalhar em outra
empresa do Governo do Estado de São Paulo, sendo que, de 1989 a 2000, pulando de casa em
casa, de terreiro em terreiro, de tenda em tenda, sem muito lembrar da minha experiência de quasemorte e com minha vida totalmente atrapalhada, eu, totalmente desnorteado e sem um rumo perdi
todos os meus bens e cheguei a morar em uma kombi, a qual eu usava para fazer um bico de
entregador de leite à noite, graças a Olorum, por pouco tempo. Talvez tudo isso tenha sido motivado
pelo meu erro ou por ter sido "raspado" errado.
Comecei a me reerguer em 1995 com meu 2° casamento, sendo que, em 2000 minha tia
Deise convidou minha mãe para conhecer uma tal de "magia do fogo" que era ensinada na Penha e
minha mãe me chamou para fazermos juntos, porém só a fizemos no Belém, fui por "curiosidade".
Hoje sei que não era curiosidade...
Na 2ª semana de curso, no início da aula comecei a ver "homens de fogo" que "saíam" do
altar e cercavam todo o local. Ao término da aula, corri ao ministrante do curso e afirmei estar vendo
"coisas", estaria eu perdendo o senso?
Por um instante ele me olhou e disse: "Não se assuste, é sua vidência se manifestando..."
Aproveitei a oportunidade e perguntei sobre minha mediunidade, pois estava há algum tempo sem
frequentar nenhum local e recebi a seguinte resposta: "Venha na próxima 3ª feira de branco."
Perguntei o porquê, e ele me disse: "Feche seus olhos por um segundo." e, ao colocar sua mão
sobre minha testa, meu caboclo se manifestou de pronto.
Eu havia descoberto o motivo de ter de ir de branco e aí minha jornada dentro da religião
havia recomeçado.
Com o passar do tempo, percebi que eu havia encontrado tudo aquilo que eu procurava em
toda minha caminhada. Eu "devorava" os livros de sua autoria como se fossem o alimento da alma.
Encontrei em seus textos a coerência que há muito eu procurava.
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Todos os cursos que abriam naquele local não passavam despercebidos de minha vontade
de aprender mais e mais. Cursos de Magia Divina, Teologia da Umbanda Sagrada, todos... E todos
abertos pelo plano espiritual ao meu pai espiritual e Mestre Rubens Saraceni.
Em 2002 assumimos toda a parte de web (sites, e-mail) do Colégio de Umbanda Sagrada “Pai
Benedito de Aruanda”.
Com o tempo, elaboramos outras formas de divulgar a Umbanda, tais como a TV Umbandista,
a TV Espiritualista, o PDU, o Colégio Virtual de Umbanda (CVUS), onde ministro os cursos virtuais.
Estava cada vez mais envolvido com a religiosidade.
Em 2005 resolvi aceitar finalmente o chamado da espiritualidade e fiz o curso de "Doutrina,
Teologia e Sacerdócio da Umbanda Sagrada" e me formei em 2007, sendo que em março de 2008
fui coroado Pai Pequeno do Colégio, vindo, em seguida, a receber nova determinação da
espiritualidade e, em 07/07/2008 fundei o Colégio de Umbanda Sagrada e Magia Divina "Caboclo
Sete Espadas" no município de Itanhaém, pois haviam "Colégios" em São Paulo (considerada a
Sede), em Bauru, em São Carlos e outros, mas nenhum no campo sagrado da Mãe Iemanjá.
Assim foi feito e em 12/10/2008, Dia da Criança, o Colégio "Sete Espadas" foi aberto ao
público, porém sem eu deixar de auxiliar e atender no Colégio de Umbanda Sagrada "Pai Benedito
de Aruanda".
A partir daí, passamos a divulgar e a nos deslocar a outros municípios e estados, repassando
nosso conhecimento, além do já feito pelo Colégio Virtual, com alunos pelo mundo todo.
Em janeiro de 2011 passei a dedicar-me exclusivamente ao Colégio "Sete Espadas" e ao
Colégio Virtual, porém prestando auxilio sempre que necessário ao Jornal Nacional de Umbanda
(www.jornaldeumbanda.com.br) e a cambonar o curso de Sacerdócio em sua parte prática, no
Colégio "Pai Benedito" às 4ª feiras.
Hoje o Colégio "Sete Espadas" está localizado na Rua Eng. José de Barros Saraiva, 540,
bairro Nova Itanhaém, em Itanhaém, SP, com atendimento ao público às sextas-feiras, às 20hs.
Também ministro cursos de Magia Divina e de Umbanda em outros locais, tais como: no
Morumbi em São Paulo e em Campos do Jordão.
Essa era a missão: Divulgar e difundir a Umbanda e praticar a caridade ao próximo, servindo
de instrumento do nosso Divino Criador.
Meus mais profundos respeitos ao meu pai espiritual e Mestre Rubens Saraceni, para quem
dedico integralmente meus agradecimentos e meu orgulho de ser umbandista, além de me receber e
me “adotar” em sua casa e me conceder toda a confiança em mim depositada.
A sua benção, meu pai!
Para mais informações sobre as atividades do Colégio de Umbanda “Caboclo Sete Espadas”
ou do CVUS, envie um e-mail para;
Pai Marcos Mozol.
E-mail: [email protected].
HISTÓRIA DA NOSSA CASA - 10 ANOS DE TUPJAET
PAI EVANDRO DE OGUM
A Tenda de Umbanda Pai Joaquim D´Angola e Exú Tiriri foi fundada no dia 20 de Outubro de
2001 pelo atual presidente da casa e Babalorixá Evandro César de Oliveira Fernandes (Pai Evandro
de Ogum).
Ao longo dos anos, devido a muitas dificuldades, desde financeiras até preconceito por parte
de vizinhos, nossa casa passou por mudanças de endereço e várias cidades, até chegar à sua sede
atual na cidade de Limeira.
Tudo começou em Osasco no mês de Julho de 2001 na sala da casa de D. Mariza, mãe do
nosso Babalorixá, e após alguns meses conseguimos alugar uma casa no bairro Jardim Joelma,
também em Osasco.
No dia 20 de Outubro de 2001, após filia-la ao Supremo Órgão de Umbanda e Candomblé do
Estado de São Paulo, do saudoso Pai Hilton de Paiva Tupinambá, foi fundada oficialmente a nossa
casa.
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Em 11 de Dezembro de 2002 mudamos para outra casa na cidade de Carapicuiba, bairro Vila
Veloso. De 24 de Abril a 16 de Maio de 2004 realizamos nossos trabalhos provisoriamente na casa
de um amigo e frequentador de nossa tenda na cidade de Barueri, bairro de Jardim Mutinga.
Retornamos ao Jardim Joelma em Osasco no dia 16 de Maio de 2004, em outra casa onde
ficamos até a mudança do nosso Babalorixá para cidade de Limeira, quando no dia 26 de Agosto de
2006, após muitos esforços, foi inaugurada a sede própria do Terreiro.
O projeto da sede foi desenvolvido pelo saudoso Érsio Lunardi, tio e amigo do nosso
Babalorixá. A vida espiritual de Pai Evandro começou muito cedo, ainda criança, quando visões de
espíritos de parentes desencarnados o atormentavam. Teve muitos problemas de saúde em sua
adolescência que os médicos não conseguiam descobrir a causa. Era a manifestação de sua
mediunidade!
Após consultas com muitos pais de santo e visitas a igrejas evangélicas, conseguiu
orientação especial depois de conhecer o saudoso Pai Aparecido Volpato, que deu início ao seu
desenvolvimento dentro da Umbanda.
Mas os conflitos espirituais tornaram-se ainda mais fortes, até que durante uma consulta com
o saudoso Pai Olavo, então dirigente de uma casa espírita de mesa branca no bairro Km.18 Osasco, o mesmo, incorporado com um preto-velho, orientou nosso Babalorixá a procurar ajuda na
Igreja Espiritual Cristã Maior de Presidente Altino, a Federação Umbandista de Osasco e Região.
Lá, conheceu seu presidente, o saudoso Pai Pedro Furlan, que, com muita bondade o
recebeu em seu grupo de médiuns iniciantes.
Após alguns meses nosso Babalorixá já fazia parte do grupo de doutrinadores do curso de
médiuns junto com Pai Miro e lá se formou espiritualmente dentro do Ritual de Umbanda Sagrada.
Quando Pai Pedro Furlan faleceu, Pai Evandro resolveu procurar sua identidade espiritual e,
com a supervisão de seus Guias Espirituais, principalmente do Caboclo Sete Espadas, Caboclo
Ventania, Pai Joaquim D´Angola e Exú Tiriri, além do apoio e companheirismo de sua esposa Zilda
Dias Fernandes, abriu seu próprio terreiro dando oportunidade a novos filhos espirituais de
desenvolverem e praticar a caridade através da Umbanda.
Pai Evandro tem dois filhos, Murillo e Miryam, que hoje também participam dos trabalhos
espirituais, além de aproximadamente 50 médiuns que fazem parte da corrente espiritual da casa.
Desde sua fundação, já participaram das giras espirituais da Tenda de Umbanda Pai Joaquim
D´Angola e Exú Tiriri, de acordo com os livros de presença até esta data, mais de 6.000 pessoas.
E a história continua...
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PROGRAMAÇÃO DA TENDA DE UMBANDA PAI JOAQUIM D´ANGOLA E EXÚ TIRIRI:
Quintas-feiras - das 19:30 às 22:00hs - Giras de Desenvolvimento Mediúnico
Sábados - das 17:00h às 18:30hs - Projeto Axé-Mirim para as crianças
Sábados - das 18:30hs às 19:45hs - Curso de Doutrina Umbandista
Sábados - das 20:00hs às 22:00hs - Giras de Atendimento Espiritual
ENDEREÇO: Rua Evaristo Jacon, 424 - Pq. Res. Manoel S. B. Levy - Limeira - S. Paulo.
Tel. (19) 3039-4807
Pai Evandro de Ogum
E-mail: [email protected]
OFERENDAS, MAGIAS E TRABALHOS
DE UMBANDA
ORAÇÃO DE UM MEDIUM CONSCIENTE
Deus Pai, Senhor do Universo,
Faça de mim um instrumento de Vossa vontade.
Que tudo que eu vier fazer neste trabalho,
Junto aos meus irmãos de Fé,
Que seja Vós fazendo através de mim
e de todos os espíritos trabalhadores do Espaço.
Se eu falar, que seja vós falando através de mim.
Se eu abençoar, que seja vós abençoando através de mim.
Se eu levantar minha mão,
Que seja tua se mão levantando através de mim.
Se eu empunhar a espada,
Que sejam teus guerreiros empunhando-a através de mim.
Se eu derramar o bálsamo,
Que seja vós derramando-o através de mim.
Se eu colher flores para distribui-las,
Que sejam suas mensageiras fazendo-o através de mim.
Se eu sentir dores,
Dá-me a força que destes ao teu filho Jesus,
Para que eu também possa suporta-las.
Se eu propagar o Amor,
Que seja de forma verdadeira e pura,
Tanto quanto a que recebemos de Vós
Através de Vossos mensageiros Divinos
A todo instante, desde nossa criação.
E que eu aprenda e saiba fazer isso através do meu próprio “eu Divino”.
AMEM.
Marcio Henrique
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JÓIAS E ARTES AFRO
Criada em 2006 na baixada Santista por Nilson T’Oshaguian (joalheiro e escultor)
e seu filho Bruno D’ Oxalá (ourives e designer de joias).
A intenção do trabalho sempre foi em exaltar o nome dos Orixás e divindades da
umbanda e Candomblé através das esculturas modeladas em Argila usando adornos
naturais e as Jóias em ouro e prata relacionadas ao culto. No inicio atendíamos
amigos da região e, em poucos meses já estávamos servindo inúmeras casas do culto em vários
estados utilizando as comunidades do Orkut, blogs e vídeos no You Tube.
Hoje temos seis mil amigos na
comunidade Orkut, aonde todos têm
acesso aos nossos álbuns de fotos,
permitindo a eles apreciarem nossos
trabalhos e também adquiri-los com total
segurança e facilidade na compra aonde dá
opções de formas de pagamento em todos
os cartões de credito parcelados em até 15
vezes pelo PAG SEGURO, nosso parceiro
a mais de dois anos, serviço esse que dá
total segurança nas compras, dando ao
comprador a certeza de nossa idoneidade e certeza da entrega via correio ou transportadora.
Vale lembrar que nossas esculturas são peças Únicas e modelamos vários modelos como –
Esculturas de parede, bustos e Igbá Orixá. Hoje temos orgulho em dizer que existe mais de 520
esculturas em dezenas de casas de Candomblé e Umbanda espalhadas em todo País e algumas na
Europa, sendo assim demonstra a nós da família JÓIAS E ARTES AFRO, Que nosso trabalho é
muito bem aceito pelos adeptos do culto.
Temos o compromisso em abrilhantar ainda mais nossos serviços, dando condição a todos de
adquirirem as obras e também nossas coleções de Jóias em ouro e prata, peças essas que nunca
encontrávamos e ainda hoje não encontramos em vitrine de nenhuma Joalheria. Esse foi um dos
detalhes que nos deu a iniciativa em fazermos mais de 300 modelos de anéis, brincos, pulseiras,
gargantilhas e pingentes, destacando símbolos de nossos amados Orixás e entidades (guias)
espirituais.
Estamos localizados em área nobre na cidade de Peruíbe SP – Litoral Paulista a 400 metros da
praia, bairro Oasis espaço esse aonde temos a honra em receber amigos e clientes para visualizar
nossas peças e também adquiri-las.
Agradecemos a todos pelo
carinho e respeito para com
nosso trabalho e ficaremos
felizes em poder servir e
atende-los
Contatos: (013) – 34582144 ou (013) – 97584272
Email: [email protected]
Blog: joiaseartesafro.arteblog.com.br
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OS BENEFÍCIOS DA MEDITAÇÃO
Por: Bhikkhu Piyananda
O homem é tão ocupado procurando várias maneiras de ter prazer numa disputa diária.
O que a meditação tem a oferecer? Os benefícios da meditação são:
• Se você é uma pessoa ocupada, a meditação pode ajudá-lo a livrar-se da tensão e
conseguir um pouco de descanso.
• Se você é uma pessoa aflita, a meditação pode ajudá-lo a encontrar a paz temporária ou
permanente.
• Se você é uma pessoa que tem problemas intermináveis, a meditação pode ajudá-lo a criar
coragem e força para enfrentar e resolver seus problemas.
• Se você não tem auto confiança, a meditação pode ajudá-lo a ganha-la. Ela é a alma do seu
sucesso.
• Se você tem medo em seu coração, a meditação pode ajudá-lo a entender a real natureza
das coisas que fazem você ter medo - então poderá superar o medo em sua mente.
• Se você sempre esta insatisfeito com tudo - nada na vida parece estar bem - a meditação
dará a você a oportunidade de desenvolver e de manter alguma satisfação interior.
• Se você é cético e desinteressado por religião, a meditação pode ajudá-lo ir além de seu
próprio cepticismo e ver algum valor prático no exercício da religião.
• Se você está frustrado e desiludido devido a falta de compreensão da natureza da vida e do
mundo, a meditação realmente o guiará e o ajudará a compreender que você está perturbado por
coisas insignificantes.
• Se você é um homem rico, a meditação pode ajudá-lo a compreender a natureza de sua
riqueza e como fazer uso dela para sua própria felicidade como também para a de outras pessoas.
• Se você é um homem pobre, a meditação pode ajudá-lo a ter contentamento e não abrigar
inveja daqueles que têm mais do que você.
• Se você é um homem jovem que está na encruzilhada da vida, sem saber que caminho
tomar, a meditação o ajudará saber qual estrada seguir a fim de atingir a sua meta.
• Se você é um homem velho e está aborrecido com a vida, a meditação o levará a uma
profunda compreensão da vida; esta compreensão, por sua vez, o aliviará das dores da vida e
aumentará a sua alegria de viver.
• Se você é uma pessoa mal humorada, poderá desenvolver o poder para superar esta
fraqueza resultante da raiva, do ódio e do ressentimento.
• Se você é ciumento, poderá compreender o perigo de seu ciúme.
• Se você é escravo dos seus cinco sentidos, poderá aprender como tornar-se senhor de seus
desejos.
• Se você é dependente de bebidas ou de drogas, poderá cuidar de superar este perigoso
hábito que o escraviza.
• Se você é uma pessoa ignorante, a meditação lhe dará a oportunidade de cultivar algum
conhecimento; este será útil e o beneficiará como também a seus amigos e a sua família.
• Se você realmente pratica a meditação, sua emoção nunca mais terá a oportunidade de
fazer de você um tolo.
• Se você é uma pessoa sábia, a meditação o levará a suprema iluminação. Então você verá
as coisas como realmente são e não como elas parecem ser.
• Se você é uma pessoa de mente fraca, a meditação fortalecerá sua mente para desenvolver
seu poder a fim de superar sua fraqueza.
Estes são alguns dos benefícios que virão praticando a MEDITAÇÃO. Estes benefícios não
estão à venda em nenhuma fábrica ou lojas de departamentos. Dinheiro não pode comprá-los. Eles
somente poderão ser seus se você meditar. No começo, esta espécie de conscientização é na
verdade uma mente “atenta” observando outras “mentes” (as quais estão, certamente, dentro do seu
próprio contínuo mental). Por esse meio, desenvolve-se a habilidade de olhar para dentro da mente
e acompanhá-la.
Enviado por: Alexandre Cumino
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CONHECIMENTO POPULAR: LIMPE SEUS RINS!
Os anos passam e nossos rins vão filtrando nosso sangue para remover o sal e outros
intoxicantes que entram no organismo.
Com o tempo, o sal se acumula e precisamos de uma limpeza. Como fazer isso?
De um modo simples e barato: Pegue um maço de salsa e lave bem. Corte bem picadinho e
ponha em uma vasilha com água limpa. Ferva por 10 minutos e deixe esfriar. Coe, ponha em uma
jarra com tampa e guarde na geladeira. Beba um copo todos os dias, e você vai perceber que o sal e
outros venenos acumulados nos rins saem na urina.
Você vai notar a diferença!
Há muitos anos a salsa é reconhecida como o melhor tratamento de limpeza dos rins.
E é um remédio natural!
A salsa é uma das ervas com propriedades terapêuticas menos reconhecidas. Ela contém
mais vitamina C do que qualquer outro vegetal da nossa culinária (166 mg por 100g).
Isso é três vezes mais que a laranja.
A salsa contém também ferro (5.5mg /100g), manganésio (2.7mg / 100g), cálcio (245 mg /
100g) e potássio (1 mg / 100g) . Sendo recomendada para pedra nos rins, reumatismo e cólica
menstrual. Sua alta concentração de vitamina C ajuda na absorção de ferro.
O suco de salsa, sendo uma bebida natural, pode ser tomado misturado com outros sucos, 3
vezes ao dia. As folhas podem ser mantidas no congelador, e seu uso é recomendo na culinária
diária, pois além de saudáveis, dão ótimo sabor a qualquer receita.
MUITOBOM PARA PESSOAS HIPERTENSAS!
Por: Andrei Vinicov Kallazans
E-mail: [email protected]
PRECES AOS ORIXÁS
(Prece recomendada para a firmeza da casa, no início dos trabalhos)
A Ogum (Ogum yê)
Sua proteção e sua benção, pedimos para dar início aos trabalhos do dia de hoje.
Defenda-nos de toda e qualquer demanda, abrindo nossos caminhos, guiando-nos na direção da
caridade.
A Oxum (Ora yê yê ô).
Que a doçura de seu amor possa alimentar os corações aflitos.
Permita-nos, na leveza de sua vibração, doutrinar os espíritos carentes do mais sublime sentimento.
Ensina-nos a amar em nossa plenitude, a fim de jamais enrijecer nossos corações perante o
próximo.
A Oxossi (Okê Arô).
Que tua flecha certeira nos traga a caça, luz do conhecimento Divino, revelando-nos, nas
profundezas de suas matas, os mistérios de nossos amados guias espirituais.
A Xangô (Kaô Kabecile).
Fazei com que o espírito da justiça conduza nossos trabalhos.
Dai – me a capacidade de ser justo, não só comigo mesmo, mas principalmente com meu
semelhante, não confundindo justiça com vingança, nem paixão com amor.
Que eu seja juiz de minha consciência e não queira julgar o próximo.
A Yemanjá (Odô Yá).
Querida mãe amorosa.
Proteja e ilumine nossa família espiritual. Pois vós, com seu amor de mãe pode nos ensinar a
perdoar infinitamente.
Assim, um oceano de bondade teremos para navegar nas águas suaves do Supremo Mestre.
A Yansan (Eparrei).
Que o fogo Divino da lei e o raio luminoso da justiça nos sirvam como arma para nos proteger da
mais perigosa maldade; a que existe dentro de nós mesmos.
Ensina-nos a ser amáveis com os espíritos sofredores e pacientes com os espíritos revoltados, a fim
de que o veneno da revolta não assalte nossos corações.
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À Nanã (Saluba Vovó).
Permita-nos colher de vosso bosque sagrado as flores do saber.
Que estas flores nos tragam o perfume da harmonia entre os encarnados e desencarnados.
Varre de nosso templo as folhas secas da intolerância, da inveja, da fofoca, regenerando, assim, a
nossa casa espiritual.
À Obaluayê (Atotô).
Que vossa imensa sabedoria nos permita compreender a grandiosidade de suas virtudes. Assim,
entenderemos que além de curar os males do corpo e da alma, sois capaz de nos amparar rumo a
evolução Divina, transformando nosso suor em remédio para a caridade.
À Oxalá (Epa Babá).
Que sua irradiação universal penetre em nosso corpo, fazendo com que possamos sentir, de forma
intensa, o contato com nossos guias espirituais que irão se manifestar neste momento.
Fazei com que eu me entregue por inteiro, exalando, do fundo de meu ser, a tua paz, a tua bondade,
a tua misericórdia.
Permita-nos compreender que dentro deste recinto todo trabalho é importante e que não há
nenhuma pessoa desinteressante.
Agradeço, desde já, por ser, neste momento, um instrumento de vossa paz.
Que tua força benigna se estenda a todos os guias e Orixás firmando tua luz Divina aqui neste chão.
Que assim seja!
ASPECTOS SOCIAIS DA RELIGIOSIDADE BRASILEIRA
Em meio a uma dupla religiosidade,
fenômeno este, muito comum no Brasil, nosso
povo tenta preencher as lacunas de sua vida
com a devoção nas crenças multifacetadas de
nossas tradições: Europeia, Africana e
Ameríndia.
Podemos classificar dois fatores que são
hoje os principais geradores das aflições
individuais mais comuns: - a falta de dinheiro e
as paixões.
A população carente, bem como a classe
média baixa, convive diariamente com um
cenário de fé que transcende a tradicional igreja
católica.
Atualmente, as igrejas neopentecostais
dividem o mesmo espaço com os terreiros nas
periferias de São Paulo. Muitas vezes até na
mesma rua.
As pessoas em geral, buscam o alívio
para suas dores. O que diverge das finalidades
eclesiais da igreja romana.
No início dos anos 60, a capital de São
Paulo, empolgada com os ritmos da MPB
através de seus cantores baianos, em meio à
migração que ocorria nesta época, proporcionou
o cenário adequado para receber os sacerdotes
candomblecistas que migravam para São Paulo.
As décadas seguintes se dedicaram a
recepcionar o fenômeno que ficou conhecido
como neo pentescotalismo, isto é, uma igreja
luterana com mais carisma, mais aberta aos
costumes contemporâneos.
Considerando, desde os anos 60, o
déficit de educação, saúde, emprego, habitação,
bem como a alta taxa de gravidez precoce,
aumento da violência dentre outros fatores, a
sociedade cosmopolita tenta buscar no milagre
da fé uma forma de suprir a ausência de
políticas públicas necessárias para sanar estas
necessidades sociais.
O discurso religioso que, até então,
tentava consolar as pessoas com máximas
como “a felicidade não é deste mundo”, deixou
de surtir efeito sobre os fiéis que buscam hoje
um “deus” mais pragmático.
A fé torna-se então, utilitarista, baseada
no inacreditável e tem por fim sanar as
dificuldades financeiras e trazer a solução das
paixões de toda natureza.
Esperamos pelo limiar de um novo
tempo, fazendo com que a luz da razão toque
nos corações perdidos. Assim, teremos uma fé
pautada na lógica. Teremos como caminho, o
conhecimento,
isto
é,
a
“busca”
do
conhecimento. Pois isto irá, de fato, tornar
nossa sociedade religiosamente mais racional.
Por: Ronaldo Figueira
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São Paulo, 10 de Agosto de 2011.
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AGENDA DE EVENTOS UMBANDISTAS
FESTA EM HOMENAGEM A NANÃ BURUQUÊ.
A Homenagem à Orixá Nanã Buruquê foi realizada no sábado dia 23/07/2011 na sede da
Tenda de Umbanda Pai Joaquim D´Angola e Exú Tiriri (TUPJAET) na cidade de Limeira/SP.
O Ritual foi realizado por Pai Joaquim D´Angola incorporado em Pai Evandro de Ogum, Mãe
Preta incorporada em Mãe Zilda e demais Pretos Velhos incorporados em médiuns da casa.
O ritual consiste na lavagem de cabeça com água de rio e consagração com o barro.
Na manifestação de Mãe Nanã Buruquê, a mesma nos cobriu com seu Axé e recebeu seu
presente simbólico de flores roxas , lilases e pipoca (flor de Obaluayê).
SEMINÁRIO CONSCIÊNCIA UMBANDISTA
21 de agosto 2011 - São Leopoldo - RS / Brasil
PROGRAMAÇÃO
8:30 Credenciamento
9:00 Inicio
Hinos: Nacional
Umbanda
Pronunciamentos das Autoridades
Palestras:
Águida Guiomar Pires –
Consciência Umbandista
Alessandro Orofino –
Espiritualidade e Ufologia
Alexandre Cumino –
História da Umbanda
Marcos Boeing – Ética na Umbanda
Saul Medeiros –Umbanda um encontro da Diversidade Racial
(Ordem Alfabética)
12:00 Intervalo / Almoço
13:30 Reinicio
Pronunciamentos: Federações,
Entrega de Certificados
Associações e Sacerdotes
Das 8h30min às 18h30min
Apresentações de Corais de Umbanda
Local: Auditório da Escola de Umbanda Zimba /
Apresentação Artística Baseada na Tradição
EUZ
Cigana
Rua: João Carlos Groth, 75, Pinheiros São
Leopoldo RS
Informações: (51) 96022708 / 91719203
E-mail: [email protected] ou [email protected]
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4ª CAMINHADA EM DEFESA
DA
LIBERDADE RELIGIOSA
CAMINHANDO A GENTE SE
ENTENDE. EU TENHO FÉ.
18 DE SETEMBRO - A PARTIR DAS
11:00 HORAS –
COPACABANA - RIO DE JANEIRO
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CADERNO DO LEITOR
DEFEITOS ALHEIOS
É notável como conseguimos ver, todos os dias, a todo instante, os defeitos
alheios. Dificilmente encontraremos alguém que não se mostre propenso a apontar erros e absurdos
dos outros.
Muitos casamentos acabam porque marido e mulher passam a ver tanto os defeitos um do
outro, que se esquecem de que se uniram porque acreditavam se amar. Amigos de infância, certo
dia, se surpreendem a descobrir falhas de caráter um no outro. Desencantados, se afastam,
perdendo o tesouro precioso da amizade.
Colegas de trabalho culpam o outro por falhas que, na verdade, em muitos casos é da equipe
como um todo. Foi observando esse quadro que alguém escreveu que os homens caminham pela
face da Terra em fila indiana, cada um carregando uma sacola na frente e outra atrás. Na sacola
da frente, estão colocadas as qualidades positivas, as virtudes de cada um. Na sacola de trás são
guardados todos os defeitos e as más qualidades do Espírito. Por isso, durante a jornada pela vida,
mantemos os olhos fixos nas virtudes que possuímos presas em nosso peito. Ao mesmo tempo,
reparamos de forma impiedosa, nas costas do companheiro que está à frente, todos os defeitos que
ele possui. Assim nos julgamos melhores que ele, sem perceber que a pessoa andando atrás de
nós, está pensando a mesma coisa a nosso respeito.
A imagem é significativa e nos remete à reflexão. Talvez seja muito importante sairmos da fila
indiana e passarmos a andar ao lado do outro.
E, no relacionamento familiar, profissional, social em geral, que nos coloquemos de frente um
para o outro. Aí veremos as nossas virtudes, que devem ser trabalhadas para crescerem mais e
também as virtudes do outro e com certeza nos surpreenderemos com as descobertas que
faremos.
A crítica só é válida quando serve para demonstrar erros graves que possam causar prejuízo
para os outros ou quando sirva para auxiliar aquele a quem criticamos.
Portanto, resistir ao impulso de ressaltar as falhas dos outros, exercitando-nos em perceber
o que eles tenham de positivo é a meta que devemos alcançar. Não esqueçamos de que, se
desejamos que o bem cresça e apareça, devemos divulgá-lo sempre. Falar bem é fazer o bem.
Apontar o belo é auxiliar outros a verem a beleza.
Capacidade de trabalhar em equipe, de lidar com frustração, de motivar, enfim, as
competências que farão de nós um profissional não insubstituível, mas único.
Pensem nisso!
Por: Dinalva Domingues de Faria
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POTE DE OURO
Hoje, ao acordar, fui até a janela e me deparei com algo lindo!
Sabem aquela história do Arco-Íris e do pote de ouro no final/início dele?
Então, lindo e magicamente lá estava ele na minha janela.
O início do Arco-Íris bem na minha janela, cores lindas e bem definidas pulsantes no tempo e
exatamente na minha frente! Meu coração ficou extasiado e eu estava maravilhado com a visão e,
como que por mágica, ele desvaneceu logo em seguida e assim começou meu dia.
Não tentei interpretar ou explicar, apenas agradeci o que vi e senti porque, para mim foi um
presente lindo. Ao comentar com minha irmã, ela me disse: “A interpretação que tive disso foi que
tudo começa e vem da gente...”.
Foi aí que parei para pensar na história do pote de ouro no “pé” do Arco-Íris e refletir sobre
aquele momento. Realmente, tudo começa e vem da gente, experiências boas e ruins.
Tudo realmente vem da gente e naquele momento eu encontrei meu pote de ouro, meu e de
mais ninguém! Que vibra, brilha, enriquece e me ensina, mesmo que com dores, às vezes: meu
coração! Cada um tem seu pote de ouro e ele está, sim, no pé do Arco-Íris. Hoje acredito nisso mais
do que nunca, e esse Arco-Íris não está além da montanha como sempre vimos e falamos quando
crianças, mas sim dentro de cada um de nós e é lá que precisamos encontrar seu “pé” e, lá,
certamente, encontraremos o tão desejado pote de ouro.
Naquele momento mágico, onde menos esperamos e nos deparamos com a verdade
essencial que sempre possuímos, mas que pelas dificuldades interiores de cada um, muitas vezes
deixamos de ver e sentir. Toda a verdade que buscamos, muitas vezes fora de nós, acredito estar
dentro de nosso íntimo.
Até mesmo Deus, que muitos procuram em templos, igrejas e terreiros, onde Ele está
mesmo? Em nós! Dentro de cada um de nós, pois somos Suas centelhas Divinas, possuidores da
essência d´Ele e a partir d`Ele, existimos.
Quando não encontramos Deus dentro de nosso íntimo primeiro, não encontramos a Fé
verdadeira que deve existir em nosso coração sem uma explicação exata ou coerente, pois o ato de
ter Fé é nada mais nada menos que acreditar naquilo que muitas vezes não se pode explicar nas
condições humanas que nos encontramos e consequentemente, não encontramos Deus em nenhum
outro lugar. Nossas melhorias, nossa evolução e nosso aprendizado perante as vicissitudes da vida
também só dependem de nós mesmos e por isso desejo que cada um de meus irmãos de Fé
busque seus Arco-Íris e encontrem seu Pote de Ouro dentro de si.
Espero de coração que um dia acordem e vejam, assim como eu, suas cores vivas e
vibrantes em suas janelas e entendam que tudo parte de cada um de nós.
Que Pai Oxalá nos abençoe cada dia mais e nós fortaleça na Fé verdadeira em nosso íntimo
e Pai Oxumarê nos dê o conhecimento para conseguirmos renovar o que precisamos em nossas
vidas para sermos cada dia melhor!
Por: Nondas Okiama
E-mail: [email protected]
GRATIDÃO SEM FIM
Agradeço pela vida, apesar da morte, que hoje sei é apenas uma transformação.
Agradeço pela alegria, apesar da tristeza, que tanto me fez chorar... e também pensar.
Agradeço pelo riso, apesar das lágrimas, mas sei que elas vieram para lavar minha alma.
Agradeço pela realidade, apesar das ilusões, que hoje sei, só me mantinham preso na dor.
Agradeço pelas mentiras, que hoje sei, me levaram a encontrar a verdade.
Agradeço por tantas conquistas, apesar dos erros, que agora sei, foram para me fazer valorizar mais
o caminho.
Agradeço pela harmonia, apesar das brigas que me trouxeram sofrimento, mas também
crescimento.
Agradeço pela saúde, apesar de tantas doenças que poderiam ter me acometido.
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Agradeço pela minha profissão, apesar das dificuldades que passei, pois esse foi o caminho que
devo ter escolhido para me resgatar, ao ajudar aos outros, e da qual recebi muito mais.
Agradeço pelo respeito que aprendi a ter pelas outras pessoas e por seus mais sagrados
sentimentos, apesar de muitas vezes não ter sido respeitado.
Agradeço por ter perdoado a todos que me machucaram, e peço perdão a quem eu possa ter
machucado.
Agradeço por tantos caminhos que percorri, me machuquei, mas consegui sair, com ajuda de
algumas poucas pessoas, que agradeço eternamente e, exatamente por isso, hoje estou no caminho
da luz!
Agradeço pelos meus pais, que me trouxeram à vida. E a Deus por ter me mantido no caminho do
bem.
Agradeço pelos meus amados avôs, verdadeiramente meus pais, que me deixaram a melhor
herança: amor!
Agradeço também às pessoas que tanto me machucaram, pois elas me tornaram muito mais forte e
me fizeram buscar outros caminhos.
Agradeço a tantas pessoas, das quais esperei amor e carinho e não recebi, mas aprendi que não se
pode dar aquilo que não se tem. Mas também agradeço por cada pessoa que passou na minha vida,
e outras que ainda estão presentes e me doaram amor.
Como foi difícil aprender tudo isso!
Agora me encontro livre! Livre das ilusões, dores, lágrimas, mentiras, tristeza, erros, culpas. Hoje,
enfim, estou liberto!
E por tudo hoje eu só agradeço, por ter me tornado quem eu sou.
Eu, assim como você, somos seres de luz, que queremos nos tornar pessoas melhores, para
quando formos embora, que consigamos ir apenas em paz! E por tudo isso hoje eu agradeço, e
espero me tornar cada vez mais quem eu simplesmente sou: um ser de luz!
Essa é a minha carta de agradecimento ao pouco que tenho aprendido. Agora, o que você acha de
escrever a sua?
E se quiser dividir comigo, me envie, vou gostar de ler!
Por: Alexandre Yamazaki
E-mail: [email protected]
MAGIA DIVINA – WWW.COLEGIODEUMAGIA.COM.BR
Magia Divina dos 7 Raios Sagrados -
Venha fazer esse curso e convide seus amigos,
familiares e conhecidos para faze-lo também, aprendendo a trabalhar facilmente com problemas de fundo
espiritual ou provenientes de magias negativas. Inicia-se e evolua no campo da magia divina.
Magia Divina das 7 Chamas Sagradas -
Primeiro e fundamental grau de Magia é o grau
de Magia do Fogo ou Magia Divina das Sete Chamas Sagradas. Sua simplicidade e facilidade de apreensão
são as responsáveis pela sua receptividade entre os adeptos da Magia, e a sua praticidade abre as portas para
seus praticantes trabalharem com ela onde quer que estejam, já que dispensa paramentos e rituais que dificultariam
sua aplicação.
Magia Divina das 7 Pedras Sagradas -
O foco deste curso iniciático é o uso magístico e
terapêutico das pedras, pois desde tempos imemoriais elas são usadas como amuletos, talismãs, pentáculos,
ornamentos sacerdotais ou como fonte de poderes nem sempre comprováveis ou possível de ser comprovados
Magia Divina das 7 Ervas Sagradas -
A Magia Divina é um das mais fascinantes e nos revela
uma das formas de vida, criadas por Deus para nos auxiliar na nossa sobrevivência aqui no Plano material e
muitas formas!
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São Paulo, 10 de Agosto de 2011.
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ÚLTIMA PAGINA
COMISSÃO DE COMBATE À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
ENCONTRA-SE COM DOM ORANI E ACERTA PONTOS PARA A
QUARTA CAMINHADA
A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) foi recebida, na manhã desta
sexta-feira, 29 de julho, pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, na Arquidiocese.
Candomblecistas, umbandistas, católicos, judeus, muçulmanos, bahá’ís, seguidores do Santo
Daime, ciganos, wiccanos, budistas, hare Krishnas e parceiros da CCIR - como o Tribunal de
Justiça e a Polícia Civil - falaram com a autoridade católica, mais uma vez, sobre a importância da
Quarta Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, que será realizada em 18 de setembro, na
Praia de Copacabana. No encontro, o interlocutor do grupo, babalawo Ivanir dos Santos, mostrou as
peças de Comunicação da marcha e citou a importância da realização de um a ato da Igreja Católica
para a mobilização do segmento.
“É um grande prazer recebê-los de novo. Ser a favor da tolerância faz parte de um caminho.
Rezamos de formas diferentes, e isso é uma beleza sem tamanho. O medo faz com que não
conheçamos um ao outro se permitirmos. A Comissão chama as pessoas para a caminhada usando
a expressão ‘Caminhando a gente se entende’. Acho que, na verdade, sentando e conversando, a
gente se entende e conhece. Isso é essencial para um mundo de todos”, disse o arcebispo, que
parabenizou o trabalho do grupo ao ver a identidade visual da edição de 2011. “Ficou muito bonito”.
“Confiamos na sua ação pastoral e sabemos que é difícil receber religiosos paramentados
aqui, mas, como nossa proposta, que é a da inclusão, é a mesma que a do senhor, pelo segundo
ano, mostramos a confraternização dessa diferença para os que ainda não perceberam a
necessidade de um mundo sem preconceitos”, disse o babalawo Ivanir dos Santos, que ratificou a
importância da presença de Dom Orani na orla com os outros religiosos.
“Desde que fiquei velho, alguém marca compromissos em minha agenda e os cumpro. Mas
farei o possível esforço para estar com vocês”, declarou em tom descontraído Dom Orani.
Entre as pautas da reunião, o arcebispo e o interlocutor da CCIR falaram sobre a necessidade
de hospedagem para pessoas de outros estados nos dias que precedem o evento de Copacabana.
O líder católico explicou que há possibilidades de acolher fiéis, mas que faria novo contato com a
Comissão para confirmar disponibilidades. Para isso, será elaborada, a pedido de Dom Orani, uma
logística.
Show inter-religioso
Em comemoração ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa (21 de janeiro), a
CCIR também prevê um show inter-religioso para o ano que vem. O arcebispo do Rio disse que a
ideia é muito boa, e que o grupo poderá contar com seu apoio para as apresentações.
Ao fim, Dom Orani pediu que um dos religiosos presentes fizesse uma oração pelo encontro.
Mãe Myriam D´Oyá, então, rezou um Pai Nosso e pediu ao Criador que todas as atividades da CCIR
fossem abençoadas, agradecendo, também, pelo encontro na Arquidiocese.
Fonte: http://www.eutenhofe.org.br/sala-de-imprensa/noticias/304-comissao-de-combate-a-intolerancia-religiosaencontra-se-com-dom-orani-e-acerta-pontos-para-a-quarta-caminhada

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