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POTENCIAL ENERGÉTICO DO HIDROGÊNIO NOS RESÍDUOS CANA DE AÇÚCAR *ALEXANDRE SORDI, JOÃO CARLOS CAMARGO* *DE – DEPARTAMENTO DE ENERGIA, FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA – UNICAMP. 1. RESUMO O hidrogênio poderá constituir no futuro uma fase avançada para a utilização dos combustíveis gasosos pela humanidade. No entanto, como vetor energético, o hidrogênio precisa ser retirado de alguma substância onde ele se encontra. Os hidrocarbonetos fósseis, atualmente, são essas principais fontes. Também pode ser obtido de fontes renováveis de energia, como por exemplo, a biomassa. Com a tecnologia da gaseificação da biomassa obtém-se esse combustível, menos poluente que os combustíveis fósseis, o qual pode ser direcionado para geração de energia elétrica distribuída em células a combustível de alta temperatura como as do tipo SOFC. A célula a combustível é uma tecnologia mais eficiente e que emite quantidades bem inferiores de poluentes quando comparada com as máquinas térmicas tradicionais. O direcionamento dos resíduos da cana de açúcar, como o bagaço e a palha, para sistemas de gaseificação integrados a células a combustível é uma alternativa de aproveitamento mais eficiente da biomassa. O potencial energético desses resíduos no Brasil, utilizando-se essa tecnologia é de aproximadamente 79000 GWh de eletricidade. Palavras chave: Hidrogênio, biomassa, gaseificação, célula a combustível. 2. ABSTRACT The hydrogen can constitute in the future an advanced phase for the use of the gaseous fuels for the humanity. However, as energy vector, the hydrogen needs to be retired of some substance where he meets. The fossil hydrocarbons, currently, are those main sources. It can also be obtained of renewable energy sources, as the biomass. With the technology of the biomass gasification it is obtained that fuel, less pollutant than the fossil fuels, which can be addressed for electric power distributed generation in high temperature fuel cells as the type SOFC. The fuel cell is a more efficient technology and that emits very inferior amounts of pollutant when compared with the traditional thermal machines. The use of the sugar cane residues, as the trash and bagasse, for integrated gasification systems into fuel cells it is an alternative of more efficient use of the biomass. The energy potential of those residues in Brazil, being used that technology is of approximately 73100 GWh of electricity. Key words: Hydrogen, biomass, gasification, fuel cell. 3. INTRODUÇÃO A energia é um insumo essencial para a humanidade, e sua busca sempre mobilizou a sociedade. A princípio e por um longo período para satisfazer suas necessidades básicas como cocção de alimentos, aquecimento e defesa. No entanto, a partir da era industrial, há três séculos apenas, é que se intensificou a exploração dos recursos naturais para obtenção de combustíveis de maior densidade energética. Primeiramente sólidos como o carvão, depois com os líquidos derivados do petróleo, e atualmente estamos presenciando a ascensão do consumo de combustíveis gasosos como o gás natural. Num futuro poderemos vislumbrar a era da economia do hidrogênio, que está sendo considerado o novo “combustível” do futuro. Alicerçada principalmente no avanço tecnológico das células a combustível – dispositivo eletroquímico que converte a energia química do hidrogênio diretamente em eletricidade. A economia do hidrogênio tem ainda um longo caminho para se desenvolver e fazer frente à consolidada economia do petróleo. A obtenção do hidrogênio é um dos grandes desafios dessa nova economia já que é um gás não disponível na natureza em sua forma gasosa. Ele pode ser produzido a partir de várias fontes, renováveis ou não renováveis. Dentre as fontes renováveis destaca-se aqui a biomassa, pois com a tecnologia da gaseificação da biomassa obtém-se o hidrogênio que poderá ser utilizado para geração de energia elétrica e térmica em células a combustível. O Brasil como o grande produtor mundial de cana de açúcar, possui um grande potencial para uma futura economia do hidrogênio. Pois, além da reforma do etanol, a gaseificação do bagaço de cana é uma fonte de hidrogênio para ser convertida em eletricidade em células a combustível. 4. TRANSIÇÃO ENERGÉTICA Nota-se claramente a evolução dos combustíveis na história humana. Um grande período, da aurora das civilizações até a era industrial, predominou a fase sólida com a madeira e posteriormente o carvão mineral. Há pouco mais de um século, o aproveitamento do petróleo inaugurou a fase líquida. Atualmente notase um empenho pela utilização do gás natural e futuramente o hidrogênio. Com isso, delineia-se no horizonte energético a “fase gasosa”. Essa evolução na utilização dos combustíveis é citada por muitos autores como a descarbonização da economia, pois os combustíveis utilizados têm cadeias carbônicas cada vez menores. Este é um importante fato que tem sido percebido nos últimos duzentos anos através de pesquisas, que o mundo tem perseguido uma progressiva descarbonização da matriz energética. Seguindo essa tendência, a economia baseada no hidrogênio para geração de energia representaria o fim da era do carbono. Essa tendência histórica tem sido demonstrada a exemplo, por HEFNER (2002) (Figura 1). Há um consenso na comunidade mundial que a era do petróleo barato está terminando. Os poços de petróleo que estão sendo descobertos fazem parte de bacias off-shore com custos crescentes de extração. As grandes bacias petrolíferas se encontram em países do Oriente Médio onde a instabilidade política não garante a tranqüilidade almejada para o Ocidente. Além disso, as questões ambientais associadas com a utilização dos combustíveis fósseis são motivos de preocupação da comunidade internacional. Esses fatores implicarão inevitavelmente em custos crescentes para a sociedade cuja economia está baseada no petróleo. Figura 1 – Transição do sistema energético global: 1850-2150. Fonte: Adaptado de HEFNER (2002) 5. HIDROGÊNIO Atualmente, aproximadamente 96% do hidrogênio produzido no mundo provém de hidrocarbonetos de origem fóssil. Através da reforma do gás natural são produzidos cerca de 48% do hidrogênio, o petróleo e o carvão são responsáveis por 30% e 18% da produção, respectivamente. A eletrólise é responsável por 4% dessa produção (DOE, 2002). A maioria do hidrogênio produzido é utilizado no próprio local de produção como a indústria petroquímica, e apenas uma fração é destinada para fins energéticos. Entretanto, existe uma grande expectativa no aumento da utilização energética desse combustível devido à possibilidade da disseminação das células a combustível, bem como da necessidade mundial por menores emissões de CO2. 5.1 GASEIFICAÇÃO DA BIOMASSA E CÉLULA A COMBUSTÍVEL Como já destacado, é possível obter o hidrogênio das fontes renováveis como, por exemplo, a gaseificação da biomassa. A gaseificação é um processo de conversão termoquímica realizada a altas temperaturas em torno de 850ºC, envolvendo oxidação parcial dos elementos combustíveis de constituição da biomassa. O gás produzido ou gás de síntese (syngas) é composto de CO, CO2, H2, CH4, traços de hidrocarbonetos pesados, água, nitrogênio e várias outras substâncias - pequenas partículas de coque, cinza, alcatrão e óleos, que são consideradas contaminantes. A eficiência da gaseificação térmica geralmente é de 80 a 85%, medida pela energia da mistura de gás combustível em relação ao conteúdo energético da biomassa (BAIN et. al., 2002). A composição do gás e o seu poder calorífico varia de acordo com o tipo de gaseificador e o processo. A gaseificação utilizando o ar atmosférico tem a desvantagem da produção de um gás de baixo poder calorífico devido à alta porcentagem de nitrogênio. Utilizando-se oxigênio puro pode-se obter um gás de médio poder calorífico, mas aumenta-se o custo operacional do gaseificador. Uma alternativa que vem sendo estudada é a gaseificação vapor. Franco et. al., (2003), por exemplo, analisaram um gaseificador do tipo leito fluidizado a pressão atmosférica para temperaturas entre 750 a 900ºC trabalhando com madeira de pinnus e eucalyptus, obtiveram um gás de médio poder calorífico variando de 16 a 19 MJ/Nm3. Para o pinnus obteve-se um syngas com uma porcentagem de 34% de H2, 38% de CO, 15% de CO2, 12% de CH4 e 3% de CnHn. O syngas pode ser queimado em motores e turbinas a gás e também em uma forma mais avançada e eficiente, pode ser convertido eletroquimicamente em eletricidade e calor em uma célula a combustível. Esta tecnologia apresenta eficiência superior às máquinas térmicas, pois ela não é limitada pela eficiência do ciclo de Carnot. A Tabela 1 apresenta uma comparação de eficiências entre tecnologias de geração distribuída de energia elétrica. A faixa de eficiência da célula a combustível, de 40% a 65%, depende do tipo de célula a combustível: as células que trabalham a temperatura mais elevada como a MCFC (Célula a combustível de carbonato fundido) e a SOFC (célula a combustível de óxido sólido), em torno de 600ºC e 800ºC respectivamente, são as mais eficientes. Sendo, também, que a sua elevada temperatura de operação permite que o calor rejeitado seja aproveitado para cogeração (CHP). Tabela 2 – Comparação das diferentes tecnologias para CHP. Eficiência Motor Motor Turbina a Turbina a Micro- Célula a Diesel G. natural vapor gás turb. a gás combustível 30 – 50% 25 – 45% 30 – 42% 25 – 40% 20 – 30% 40 – 70% 0,025 – 0,2 – 2 elétrica 40 – 55% (LHV) Escala 0,05 – 5 0,05 – 5 - 3 – 200 MW 0,25 Custo 800 - 800 - US$/kW 1500 1500 Temp. 82 – 480 150 – 260 800 - 1000 700 - 900 500 - >3000 1300 - 260 – 590 204 – 340 60 – 370 para CHP (ºC) Fonte: California Energy Commission & U.S. Department of Energy, Office of Energy Efficiency and Renewable Energy, 1999. O CH4 e o CO presentes no syngas também podem ser aproveitados para obtenção de H2. O metano CH4 pode ser reformado para obter-se mais hidrogênio de acordo com a equação abaixo (BISCHOFF & HUPPMANN, 2002): CH4 + 2H2O Æ CO2 + 4H2 O monóxido de carbono CO presente no syngas pode ser direcionado para a reação de shift de acordo com a equação abaixo (LOBACHYOV & RICHTER 1998): CO + H2O Æ CO2 + H2 No caso da célula a combustível tipo MCFC o processo de reforma corre internamente. Para a SOFC os gases combustíveis H2, CH4 e CO são oxidados diretamente no stack sem a necessidade de catalisador (Fuel Cell Handbook, 2002). 5.2 POTENCIAL DOS RESÍDUOS DA CANA SISTEMA DE CÉLULA A COMBUSTÍVEL PARA PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM Em 2003 plantou-se 5,2 milhões de hectares de cana. Cada tonelada tem um potencial energético equivalente ao de 1,2 barril de petróleo. O Brasil é o maior produtor do mundo, seguido por Índia e Austrália. Na média, 55% da cana brasileira vira álcool e 45%, açúcar. Planta-se cana, no Brasil, no Centro-Sul e no Norte-Nordeste, o que permite dois períodos de safra. Cerca de 75% do álcool produzido é proveniente do caldo de cana (rendimento próximo de 84 l/t de cana). Os restantes 25% têm origem no melaço resultante da produção de açúcar (rendimento próximo de 330 l/t de melaço). Em 2002 a produção total de bagaço ficou próxima de 94,4 milhões de toneladas, gerando uma sobra de 7,2 milhões de toneladas para usos não energéticos. Os produtos energéticos resultantes da cana representam 12,8% da Matriz Energética Brasileira de acordo com o BEN (2003). Desde a colheita da cana-de-açúcar até o processo de obtenção de açúcar e álcool, quantidades significantes de resíduos são produzidas. O principal resíduo da colheita da cana é a palha, constituída por pontas e folhas. Cerca de 30 t/ha da biomassa da cana é formada por esses resíduos com um teor de umidade médio de aproximadamente 50%. Deve-se considerar que apenas 50% das plantações sejam apropriados para os sistemas de colheita mecanizada (que faria com que a recuperação dos resíduos fosse possível) (BRAUNBECK & CORTEZ, 2002). Dessa quantidade de palha disponível, testes tem demonstrado que na prática 40-60% pode ser efetivamente aproveitada para fins energéticos (WALDHEIM & MORRIS 2002). O bagaço é o resíduo do processo industrial da cana, sendo queimado nas caldeiras da usina para produção de vapor e potência: esse resíduo apresenta uma produção da ordem de 30 t/h com 50% de umidade. Podem ser obtidos de 240 a 280 quilos de bagaço por tonelada de cana processada; em base seca esse número cai para 140 quilos (MACEDO & CORTEZ, 2002). O poder calorífico superior do bagaço de cana tem um valor aproximado de 17,5 MJ/kg (GÓMES et. al., 1999). A gaseificação do bagaço de cana foi estudada por Gabra et. al., (2001). O bagaço foi gaseificado em um reator de leito fluidizado a 900 ºC e com ar atmosférico. A porcentagem do syngas foi de 7,95% de H2, 59,83% de N2, 11,9% de CO, 1,97% de CH4, 17,21% de CO2, 0,65% de C2H4 e 0,40% de C2H2 e um poder calorífico que variou de 3,5 a 4,5 MJ/Nm3. Um resultado semelhante foi encontrado por Gomes et. al., 1999 com um protótipo de um gaseificador de leito fluidizado. Para um consumo de 104,46 kg/h de bagaço foram produzidos 252 Nm3/h de um gás com poder calorífico de entre 3,4 e 4,3 MJ/Nm3. Com uma área plantada de 5,2 milhões de hectares no ano de 2003, a produção total de resíduos da cana (palha e bagaço) chegou a aproximadamente 156 milhões de toneladas. De acordo com as considerações de Braunbeck & Cortez, 2002; Waldheim & Morris 2002; Macedo & Cortez, 2002, a quantidade de resíduos da cana que efetivamente podem ser utilizados para fins energéticos é de aproximadamente 39 milhões de toneladas. Para um poder calorífico superior de 17 GJ/t, o potencial energético desse resíduo da cana alcança um valor de 663 PJ. Ou seja, cerca de 79000 GWh de eletricidade para uma eficiência igual a 43% em sistemas de gaseificação integrados a célula a combustível tipo SOFC. Um sistema de gaseificação da biomassa integrado com célula a combustível do tipo SOFC é ilustrado na Figura 2. Eletricidade limpeza do gás Gasif. SOFC CATODO H2, CO, CH4, CnHn ANODO syngas Ar CO2, H2O Biomassa Sólidos enxofre, alcatrão calor cogeração Ar Figura 2 – Sistema simplificado de gaseificação integrado com uma célula a combustível SOFC. Tabela 2 – Potencial energético do resíduo da cana para diferentes tecnologias. ST GT IGCC IGFC [GWh] [GWh] [GWh] [GWh] 39100 51500 68000 79000 A Tabela 2 acima ilustra uma comparação do potencial de produção de eletricidade através do resíduo da cana de açúcar para diferentes tecnologias. A queima direta para acionar um ciclo a vapor ST é a alternativa mais utilizada atualmente, porém menos eficiente devido à simplificação técnica por limitações econômicas. Sistemas de gaseificação integrados com turbinas a gás GT e ciclo combinado IGCC alcançam maiores eficiências do que os ciclos a vapor. Mas é o sistema de gaseificação integrado com célula a combustível IGFC que pode alcançar um potencial maior do que as demais tecnologias porque as células a combustível alcançam maiores eficiências do que as máquinas térmicas. Mas a célula a combustível ainda é uma tecnologia em fase de desenvolvimento, principalmente as de alta temperatura como a óxido sólido SOFC. Para este tipo de célula, a engenharia de materiais de alta temperatura, selagem dos elementos cerâmicos, dificuldades relacionadas à reforma interna dos combustíveis (hidrocarbonetos); novos materiais para eletrodos, catalisadores e eletrólitos sólidos. O alto custo de investimento dessa tecnologia e a baixa vida útil (cerca de cinco anos), fazem com que o custo de geração seja mais elevado do que as turbinas a gás e os motores de combustão interna. Mas quando as limitações técnicas forem solucionadas e a tecnologia entrar no mercado o custo de investimento irá decrescer, o que tornará a célula a combustível competitiva economicamente frente às outras tecnologias. 6. CONCLUSÃO Utilizando uma tecnologia de geração elétrica mais eficiente como a célula a combustível promove-se uma melhor utilização dos recursos energéticos, auxiliando na mitigação dos efeitos ambientais nocivos. Um futuro sistema energético mundial com uma forte participação do hidrogênio é um meio de se obter essas características. O Sistema de gaseificação da biomassa integrado com célula a combustível IGFC é uma forma de utilização mais racional dos resíduos da produção de cana de açúcar. O Brasil possui um potencial interessante para a utilização dessa tecnologia através da biomassa. O futuro planejamento energético brasileiro deve focar essa alternativa já que a tecnologia das células a combustível, ao que parece, será em breve uma alternativa viável de geração de energia elétrica. Obter o hidrogênio para seu funcionamento será uma questão estratégica e o Brasil, mais uma vez, possui amplas condições de fornecê-lo a partir de fontes renováveis de energia. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS California Energy Commission and U.S. Department of Energy, Office of Energy Efficiency and Renewable Energy. Review of Combined Heat and Power Technologies. http://www.distributed-generation.com/ BAIN, Richard L., OVEREND, P. Ralph, CRAIG, R. Kevin. Biomass-fired power generation. Fuel Processing Technology, nº 54 pg 1-16. Elsevier Science B.V.1998. BEN (2003) Balanço Energético Nacional 2003. Ministério das Minas e Energia. Brasília, 2003. 154 p. BISCHOFF, M.; HUPPMANN, G. Operating experience with a 250 kWel molten carbonate fuel cell (MCFC) power plant. 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