o industrial do ano

Transcrição

o industrial do ano
Publicação mensal do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas
Ano I nº01 maio/2006
Paulonei Avelino:
O INDUSTRIAL DO ANO
O PROGRAMA QUALIDADE AMAZONAS PQA foi estruturado em junho de 1991, inicialmente com a finalidade de
aumentar a qualidade e produtividade das Organizações do Estado do Amazonas.
A Comissão Fundadora foi constituída pelas seguintes Instituições:
Federação das Indústrias do Estado do Amazonas - FIEAM
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Amazonas - SEBRAE/AM
Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica - FUCAPI
Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA
Governo do Estado do Amazonas
Universidade Federal do Amazonas - UFAM
Prefeitura Municipal de Manaus - PMM
Federação do Comércio do Estado do Amazonas - FCEA
Programa Estadual de Proteção e Orientação do Consumidor - PROCON
Contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população do Estado do Amazonas
Fomentar o aumento da competitividade através da produtividade das organizações do Estado do Amazonas
Contribuir para o fortalecimento da Micro e Pequena Empresa no Estado do Amazonas
Incentivar as organizações a participarem do Prêmio Nacional da Qualidade - PNQ
Incentivar as organizações a participarem do Prêmio Qualidade do Governo Federal - PQGF
Apoiar o Prêmio CNI de Incentivo à Qualidade e Produtividade.
Ser um referencial para excelência na gestão e no fortalecimento da competitividade das organizações no Estado do
Amazonas, contribuindo para melhoria da qualidade de vida da sociedade.
Incentivar as Organizações a empreenderem esforços em prol da Qualidade, Produtividade, Competitividade. Promovendo o
uso dos modernos conceitos da qualidade através da sensibilização,capacitação e reconhecendo os melhores desempenhos
do Estado do Amazonas
Ética
Parceria
Inovação
Excelência
INDÚSTRIA
SERVIÇO / COMÉRCIO
EDUCAÇÃO
SAÚDE
GOVERNAMENTAL
COM FINS NÃO LUCRATIVOS
CONSTRUÇÃO CIVIL
PRÊMIAÇÃO
CAPACITAÇÃO
SENSIBILIZAÇÃO
INFORMAÇÕES: Secretaria do Programa Qualidade Amazonas
(sede provisória) - Av. Joaquim Nabuco, 2.074 D, 1º andar - Centro (altos da Sorveteria Glacial)
Fones: 3233-1013 - 3233-5395 - 3233-1619 - 3622-6104 (Erlen Montefusco) E-mail: [email protected]
iI NnD IdC Ei c e
D I R E I T O R I A
Presidente: JOSÉ NASSER
1º Vice-Presidente: ANTÔNIO CARLOS DA SILVA
2º Vice-Presidente: ATHAYDES MARIANO FÉLIX.
Vice-Presidentes: FRANCISCO RITTA BERNARDINO, TEREZA CRISTINA
CALDERARO CORRÊA, AMÉRICO AUGUSTO SOUTO RODRIGUES
ESTEVES., ROBERTO DE LIMA CAMINHA FILHO, ALDIMAR JOSÉ DIGER
PAES, NELSON AZEVEDO DOS SANTOS, NEILSON DA CRUZ CAVALCANTE,
PAUDERLEY TOMAZ AVELINO, RAIMAR DA SILVA AGUIAR, ORLANDO
GUALBERTO CIDADE FILHO.
1º Secretário: AUGUSTO CÉSAR COSTA DA SILVA,
2º Secretário: AGOSTINHO DE OLIVEIRA FREITAS
1º Tesoureiro: ERNANI LEÃO DE FREITAS
2º Tesoureiro: FRANCISCO ORLANDO TRINDADE DA ROCHA
Diretores Suplentes: JOSÉ CARLOS PETRY DA SILVA, MÁRIO JORGE
MEDEIROS DE MORAES, LUIZ CARVALHO CRUZ, FLORO FLORÊNCIO DA
SILVA, EUDES RICARDO MORAES MARTINS, FRANCISCO AUGUSTO
SOUTO RODRIGUES ESTEVES, JOSÉ AUGUSTO PINTO CARDOSO,
RONALDO GALL, ELLEN RITTA HONORATO, GENOIR PIEROSAN, LUÍS
OTÁVIO BASTOS BASTOS, ROBÉRIO LINHARES ARRUDA, ARIOVALDO
FRANCISCHINI DE SOUZA, MARCUS ANTÔNIO MORAES FERREIRA,
RICARDO MOTTA DA ROCHA LOPES, RONALDO DE LIMA MELLO
CONSELHO FISCAL: MOYSÉS BENARRÓS ISRAEL, RENATO DE PAULA
SIMÕES, ALCY HAGGE CAVALCANTE
Suplentes: FERNANDO BRANDÃO DE ALBUQUERQUE, CARLOS ALBERTO
SOUTO MAIOR CONDE, JOSÉ PORFÍRIO CHAGAS SALDANHA
REPRESENTANTES JUNTO A CNI: JOSÉ NASSER, FRANCISCO RITTA
BERNARDINO
Suplentes: ANTÔNIO CARLOS DA SILVA, ATHAYDES MARIANO FÉLIX
EDITORIAL
02
DESTAQUES
03
Samaúma no baixo Amazonas
Philips, a campeã do desfile
dos Jogos SESI 2006
Adail Pinheiro faz festa pelo
Prêmio SEBRAE Prefeito Empreendedor
Censo identifica oportunidades
de negócio em Coari
SESI lança Prêmio Qualidade
no Trabalho 2006
Revista editada pela Coordenadoria
de Marketing do Sistema FIEAM
Av. Joaquim Nabuco, 1919 Centro
CEP: 69020-031 Manaus Amazonas
Fone: (92) 3627-3130 Fax: (92) 3233-5594
[email protected]
Os destaques da Indústria
em 2006
06
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SUPERINTENDÊNCIA CORPORATIVA
Maurício de Andrade Marsiglia
COORDENADORIA DE MARKETING
Rizo da Silva Ribeiro
capa
ENTREVISTA
COORDENADORA DE COMUNICAÇÃO
Idelzuita Araújo - Mtb 049/AM
REDAÇÃO
Idalina Lasmar - Mtb 137/AM
Ademar Medeiros - Mtb 289/AM
Irinéia Coelho - Mtb 343/AM
Denison Silvan (Sebrae-AM) - Mtb 048/AM
COLABORAÇÃO
Etienne Lopes
Evelyn Lima
PROGRAMAÇÃO VISUAL
Industrial do Ano,
Paulonei Tomaz Avelino fala sobre o
mercado imobiliário de Manaus
Mary Martins
Andrea Abitbol
FOTOGRAFIAS
João Luis A. Neto - MTb-052/AM
OPINIÃO
14
16
Impressão:
Grafisa Gráfica e Editora Ltda
Os conteúdos dos artigos e textos são de inteira
responsabilidade de seus autores.
01
editorial
EDITORIAL
ENG.º JOSÉ NASSER
O Informativo FIEAM Notícias alcançou a 174ª
edição e subiu mais um degrau. Agora se renova
como revista, com objetivo de possibilitar ao leitor o
encontro com assuntos apurados de forma leve e
clara e, porque não dizer, com mais beleza na sua
apresentação gráfica.
É mais um resultado do esforço do Sistema FIEAM
para garantir um produto de qualidade, que permita
a análise dos problemas e soluções para o
desenvolvimento da indústria e da sociedade
amazonense, com espaço para os fóruns de
debates e divulgação de temas oportunos.
No Mês da Indústria, em maio, como
tradicionalmente ocorre, são destacadas as
empresas empreendedoras no desempenho das
exportações, que ajudam a equilibrar a balança
comercial do Estado, como as destacadas Nokia
Tecnologia do Brasil e Moto Honda da Amazônia.
O Sistema FIEAM elegeu também como Industrial
do Ano o engenheiro Paulonei Tomaz Avelino. Em
uma entrevista especial, o empresário nos mostra
que a determinação é uma poderosa alavanca das
organizações e da sociedade para alcançar o
desenvolvimento.
Como Microindustrial do Ano foi escolhido Adalberto
de Souza Rosário, outro empreendedor cuja
trajetória igualmente reflete a persistência pelos
ideais que transformam sonhos em realidade.
Nesta edição também estão contempladas as
realizações das entidades SESI, SENAI e IEL,
instituições que integram o Sistema FIEAM. O
lançamento do Prêmio SESI Qualidade no Trabalho é um
dos destaques desta edição.
Presidente do Sistema FIEAM
destaques
DESTAQUES
ALUNA DO SESI É PENTA NO JIU-JITSU
A atleta amazonense Rafaela de Araújo Barbosa, 13 anos, faixa
amarela de Jiu-Jitsu, conquistou o pentacampeonato brasileiro de
Jiu-Jitsu, categoria infanto-juvenil, nas competições realizadas
nos dias 6 e 7 de maio no Tijuca Tênis Clube, Rio de Janeiro (RJ).
Aluna da Unidade de Educação 3 e filha de Antônio José Tavares
Barbosa e da professora da mesma unidade escolar do SESI,
Alcinéia Araújo Costa, Rafaela foi patrocinada pelo Sistema
FIEAM, por meio do SESI, com as passagens aéreas e o kimono.
Rafaela vence mais um
campeonato brasileiro,
categoria infanto-juvenil
SESI VENCE 5ª COPA NORTE DE
KARATÊ INTERESTILOS
A equipe da Associação Shotokan de Karatê do SESI sagrou-se campeã da 5ª Copa
Norte de Karatê Interestilos, realizada no Ginásio do Clube do Trabalhador, com 24
medalhas, sendo três de ouro, oito de prata e treze de bronze. Trinta atletas
representaram o SESI nas competições promovidas no dia 22 de abril. Roraima
conquistou o vice-campeonato e o Pará alcançou o 3º lugar.
A 5ª Copa Norte é uma realização da Associação de Karatê do SESI, em parceria com
a Federação Amazonense de Karatê Interestilos. Juliana Freitas treina no SESI
desde os cinco anos de idade. Hoje, aos 17, é tetracampeã brasileira da modalidade.
A jovem explicou que a disputa serve como preparação dos competidores locais que
vão participar do Campeonato Brasileiro a ser realizado em julho em Recife (PE).
Trinta atletas da Associação Shotokan de
Karatê do SESI na Copa
A FORÇA AÉREA NA AMAZÔNIA OCIDENTAL
Com a missão de coordenar, controlar e executar as atividades
administrativas e logísticas de apoio às organizações
governamentais, o 7º Comando Aéreo Regional (7º Comar)
desde março de 1983 encarrega-se de 26% do estado
brasileiro, envolvendo o Amazonas, Roraima, Acre e
Rondônia, com o comando partindo da cidade de Manaus,
tendo à frente o major brigadeiro do Ar, José Eduardo Xavier
O comandante esteve no dia 27 de abril em reunião de diretoria
da FIEAM, onde falou sobre a presença da Força Aérea
Brasileira na Amazônia Ocidental. O 7º Comar responde ao
Comando Geral de Operações Aéreas, que é diretamente
subordinado ao Comando da Aeronáutica.
Sob o Comando Geral de Operações Aéreas estão sete
Comares, cinco Forças Aéreas e o Comando de Defesa
Aeroespacial Brasileiro. O 7º Comar comanda a Prefeitura de
Aeronáutica de Manaus, a Base Aérea de Manaus e, dentro da
Base Aérea, o 7º Esquadrão de Transporte Aéreo e um
Batalhão de Infantaria Especial.
Também são subordinados ao 7º Comar os Destacamentos de
Aeronáutica de Eirunepé, São Gabriel da Cachoeira e de
Vilhena e as Bases Aéreas de Boa Vista e de Porto Velho.
Na FIEAM: Comandante do 7º Comar, Major Brigadeiro do Ar, José Eduardo Xavier
03
destaques
DESTAQUES
SENAI INAUGURA OFICINA DE
COSTURA INDUSTRIAL
O setor de confecção do vestuário recebeu oficialmente no
dia 17 de maio a Oficina de Costura Industrial na unidade
operacional Centro de Ações Móveis e Comunitárias (CAMC)
do SENAI. A oficina está composta de dois laboratórios, um
deles com 30 máquinas industriais e outra, para os cursos de
modelagem e corte, com cinco computadores e um ploter máquina que imprime diretamente no tecido.
O presidente do Sistema FIEAM, José Nasser, ao inaugurar a
oficina disse que as empresas do setor têxtil passam a dispor
de escola moderna de costura e modelagem industrial e que
também jovens de baixa renda poderão, gratuitamente, fazer
o Curso de Costura Industrial de Confecção em Série.
Segundo a presidente do Sindicato das Indústrias de
Confecções de Roupas e Chapéus, Material de Segurança e
Proteção do Estado do Amazonas (Sindconf), Raimunda da
Costa, a oficina vem atender antigo anseio do setor que
possui pouca mão-de-obra qualificada. “Selecionar
candidatos habilitados para utilizar máquinas que comportam
tecnologia de ponta é tarefa difícil para as empresas”, revela.
Durante 2006, o SENAI dispõe dos cursos de Modelista
Industrial, Costureiro Industrial, Cortador Industrial e
Modelagem Assistida por Computador.
Máquinas de alta tecnologia nos cursos de Confecção do Vestuário do CAMC
IEL DEFINE PRIORIDADES
PARA 2006/2007
Representantes do IEL, reunidos em Brasília nos dias 17 e
18 de abril, definiram como programas estratégicos para o
biênio 2006/2007. O Encontro da Comissão Nacional de
Planejamento Estratégico definiu como prioridade em 2006
Estágios e Bolsas e Educação Executiva e Corporativa.
Para o ano seguinte, a comissão definiu como linhas de
negócios Promoção da Inovação e Empreendedorismo e
Desenvolvimento Empresarial. A informação é do
superintendente do IEL-AM, Wilson Colares, também
coordenador de Planejamento da Região Norte.
04
SENAI QUALIFICA MÃO-DE-OBRA
DA PETROBRAS
Gerentes da Reman e do SENAI na aula inaugural
O SENAI realizou aula inaugural do Curso Preparatório para
Certificação da Associação Brasileira de Manutenção
(Abraman) em 2 de maio no auditório Arivaldo Fontes, da
instituição localizada no Distrito Industrial. Os cursos
ministrados são de Caldeireiro, Mecânico de Manutenção
Industrial, Instrumentista e Eletricista de Manutenção, a
serem concluídos em outubro e novembro.
O SENAI atende a demanda de profissionais que atuam no
setor industrial da Refinaria de Manaus/Petrobras
estabelecidos no Amazonas, desenvolvendo cursos de
qualificação da mão-de-obra local. Os cursos fazem parte
do Programa Nacional de Qualificação e Certificação,
convênio entre Petrobras, SENAI e Abraman assinado no
dia 12 de abril.
DAMPI OFERECE CURSOS
PARA DEFICIENTES
Parceria firmada entre FIEAM, por meio DAMPI, Moto
Honda da Amazônia e Sistema Nacional de Emprego
(Sine-AM), possibilita cursos de qualificação aos
portadores de deficiência para ingresso no mercado de
trabalho.
As primeiras turmas, de 100 alunos, começaram no dia 22
de maio aulas de português, matemática, relacionamento
inter-pessoal e aulas básicas de qualidade nas
dependências do Departamento, na Avenida Joaquim
Nabuco, 2074-D, altos da sorveteria Glacial, Centro.
Segundo a coordenadora geral do DAMPI, Salete Braga
da Costa Amoedo, o curso é patrocinado pela Moto Honda
e cabe ao Sine selecionar e encaminhar os alunos e ao
DAMPI viabilizar a aplicação dos cursos.
destaques
DESTAQUES
ESTAGIÁRIOS TÊM ENCONTRO
ESTADUAL
Mais de 2,5 mil estagiários compartilharam no dia 18 de maio as
experiências e atividades para integração no mercado e lotaram
o 1º Encontro Amazonense de Estagiários no Studio 5. O evento
foi promovido pelo Sistema FIEAM, por meio do IEL, que no
primeiro quadrimestre do ano já encaminhou 3,4 mil candidatos,
sendo 1,9 mil admitidos nos locais de trabalho.
Segundo a coordenadora técnica de estágio, Diva Bueno, o
encontro ofereceu oportunidade aos alunos do ensino médio e
superior compreenderem o subsídio que o estágio oferece aos
acadêmicos, com a discussão de temas sobre comportamento
profissional e planejamento. A Prefeitura de Manaus é um dos
principais parceiros institucionais do IEL com o Programa
Primeiro Emprego.
Encontro: inserção de jovens no mercado de trabalho
FÓRUM DISCUTE RISCOS AMBIENTAIS NAS EMPRESAS
Sílvia Yano apresentou novo modelo de Segurança
e Saúde no Trabalho
Com objetivo de sensibilizar empresas e trabalhadores sobre a
importância sobre a Saúde e Segurança no Trabalho (SST), o
SESI realizou em 9 de maio o 1º Fórum de Gerenciamento de
Riscos Ambientas nas Empresas.
A especialista em Saúde no Trabalho do Departamento
Nacional do SESI, Sílvia Yano, abordou o novo modelo de
Segurança e Saúde no Trabalho que visa integrar ações de
segurança e saúde no negócio das empresas para
transformação no ambiente de trabalho seguro, saudável e
contribuir para competitividade e produtividade.
O engenheiro especialista em Segurança no Trabalho,
Dermerval Bastos, mostrou como funciona o gerenciamento de
riscos ambientais e o engenheiro Marcelo Macedo apresentou
as vantagens de investimentos em SST na empresa como fator
competitivo. O encontro reuniu 120 empresas do Pólo
Industrial de Manaus e do comércio clientes do SESI na área de
saúde, educação e lazer.
PQA REALIZA TREINAMENTO PARA INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS
O Programa Qualidade Amazônia realizou treinamento dos
modelos de participação no Prêmio Qualidade Amazônia
2006 para as organizações privadas e públicas. Segundo a
consultora do Programa Qualidade Amazonas, Leila Moura,
o objetivo do treinamento é orientar as organizações
interessadas em participar do Ciclo 2006 do Prêmio
Qualidade Amazônia quanto à elaboração do relatório de
participação.
No dia 19 de abril o Departamento de Assistência à Média e
Pequena Indústria (DAMPI) fez o primeiro treinamento com
as organizações privadas no auditório do Sebrae Dr.
Eurípedes Ferreira Lins, com presença de 21 organizações.
No dia 27 de abril, o segundo treinamento foi promovido no
DAMPI (Avenida Joaquim Nabuco, 2074 D, Altos da
Sorveteria Glacial, Centro) para 17 instituições públicas.
No ano passado 15 empresas foram premiadas no PQA nas
modalidades Gestão e Processos.
As empresas podem se inscrever no PQA por meio do site
www.pqa.org.br
ou na secretaria
do PQA no
DAMPI.
Mais informações
pelo telefone
3622-6140.
Leila Moura:
orientação aos
candidatos do Ciclo
2006 do Prêmio
05
Samaúma
no baixo Amazonas
SENAI certifica 632 alunos em Terra Santa - Pará
Com grande festa no dia 4 de maio o Barco Escola Samaúma
encerrou atividades em Terra Santa, a oeste do Pará. A
certificação dos 632 alunos ocorreu no Atlético Clube de
Jamary e nem a chuva que caía atrapalhou os moradores
que estavam transbordando de alegria com a passagem do
barco-escola na cidade.
Foram 17 cursos oferecidos nas seguintes ocupações:
Informática Básica, Mecânica de Motores a Diesel, Mecânica
de Motores de Popa, Instalador Hidráulico Residencial,
Eletricista Instalador Residencial, Marceneiro, HigieneConservação de Pesca, Higiene-Manipulação de Alimentos,
Modista Costureiro, Mecânico de Motocicleta, Mecânica de
Motores a Gasolina, Marceneiro de Pequenos Objetos em
Madeira, Qualidade no atendimento ao cliente, Pedreiro,
Preparador de café regional, Padeiro e Confeiteiro.
Segundo o gerente do Centro de Ações Comunitária
(CAMC), do SENAI, Teodório Ferreira Filho, os cursos mais
procurados foram de Informática Básica, com 90 alunos;
Qualidade no atendimento ao cliente, 82 alunos e eletricista
instalador residencial, com 59 alunos.
06
O Barco-escola tem uma importância tão grande para as
comunidades ribeirinhas por onde passa, que em Terra Santa
a Prefeitura decretou ponto facultativo. O prefeito Adalberto
Cavalcante Anequino disse que a vinda do SENAI na cidade é
uma conquista na área social. “Os cursos oferecidos pelo
SENAI abrem as portas para muitas pessoas que estão
desempregas e aos jovens que estão em busca do primeiro
emprego”, acrescentou o prefeito.
A passagem do Barco-escola por Terra Santa foi concretizada
por meio de parceria entre a SENAI Amazonas, SENAI Pará,
Petrobras e Prefeitura Municipal.
As amigas Patrícia Braga da Costa (30) e Elisandra Santos
Souza (26) não sabiam como preparar um café regional.
Quando o barco Samaúma chegou na cidade as amigas não
perderam a oportunidade de fazer o curso, que proporcionou a
dupla participar do arraial promovido na comunidade. As
iguarias preparadas pela dupla fizeram sucesso. Vendo todo o
retorno, as amigas decidiram investir e abrir um negócio em
sociedade.
Nunca é tarde para aprender
Raimundo Gato, 52 anos, em todos os finais de semana tem
o costume de pescar e preparar o almoço para família. Para
ele, o curso de Higiene, Conservação e Manipulação do
Pescado foi de extrema importância em sua vida. “Agora sei
como manusear o pescado e preparar o alimento com as
condições de higiene adequada, disse Gato”.
A estudante Ana Jerse, 15 anos, tinha grande curiosidade
em aprender informática, mas não tinha condições de pagar
A solenidade ocorreu no Atlético Clube de Jamary
um curso. “Graças
ao Samaúma, aprendi e
posso me considerar preparada para
concorrer ao mercado de trabalho. No
começo tive um pouco de medo, mas
agora já domino a máquina”, disse a aluna.
Diretor do SENAI, Adercy Maruoka, certifica aluno
Samaúma a caminho de Juriti
De 8 de maio a 2 de julho, a pequena cidade de Juriti será
contemplada pela segunda vez com o Barco-escola. Serão
oferecidos também 17 cursos.
Segundo o diretor regional do SENAI Amazonas, Adercy Itiú
Maruoka, cerca de 580 alunos deverão ser beneficiados
“O Samaúma tem missão de
levar educação profissional para os
lugares mais distantes da Amazônia,
todos devem ter acesso à educação, nós
valorizamos o povo de nossa região”,
com os cursos.
destacou.
Este ano o SENAI-AM e SENAI-PA estão trabalhando
juntos em quatro municípios do Pará, que receberam os
cursos do Samaúma. Após concluir suas atividades em
Juriti, o barco-escola segue para Óbidos e Alenquer, no
Pará, finalizando em Barreirinha e Autazes, no Amazonas.
Estudante Ana Jerse: oportunidade de aprender informática
07
Philips, a campeã do desfile dos
Jogos SESI 2006
Oito mil atletas de 94 empresas promoveram no dia 28 de abril
a festa da abertura dos Jogos SESI no Clube do Trabalhador
cuja principal atração foi o desfile das delegações que vão
competir nos meses de maio, junho e julho em 18
modalidades.
A homenagem ao Brasil na Copa do Mundo levou a delegação
da Philips da Amazônia Indústria Eletrônica Ltda a evoluir no
gramado do Estádio “Roberto Simonsen” desfile com
coreografias ao ritmo de samba e muito verde e amarelo nos
equipamentos e bandeiras. Nas arquibancadas a torcida
organizada da empresa deu um toque a mais na
apresentação que conquistou o troféu de campeã no desfile
dos Jogos SESI 2006.
A empresa desfilou com cerca de 100 atletas inspirada no
tema “O Brasil na Copa” e obteve a maior pontuação: 68. O
segundo lugar, com 66,5 pontos, ficou com a Jabil do Brasil
Indústria Eletrônica Ltda, e a terceira colocação, com 63
pontos, coube a Brastemp da Amazônia S. A
Considerada a maior festa desportiva do trabalhador, os
Jogos SESI são realizados há 42 anos e marcam o início da
programação de eventos comemorativos do Mês da Indústria.
Brasil rumo ao hexa
A Copa do Mundo da Alemanha em junho próximo, onde a
seleção brasileira vai em busca do hexa campeonato, foi o
tema escolhido para o desfile dos Jogos SESI 2006. Com o
tema “Brasil Rumo ao Hexa”, as empresas tiveram a liberdade
de mostrar criatividade, com apresentação de coreografias,
teatro e até o coral infantil apresentado pela empresa MASA
da Amazônia Ltda (antiga Multibrás), formado por filhos de
colaboradores da empresa para o grande público que tomou
conta das arquibancadas do Estádio “Roberto Simonsen”.
Ao abrir as competições, o presidente do Sistema FIEAM,
engenheiro José Nasser, disse que o momento era de muita
felicidade por abrir o espaço para convivência no esporte e
lazer, com segurança e responsabilidade, para a grande
massa de trabalhadores que fazem do Pólo Industrial de
Manaus (PIM) um exemplo de projeto vitorioso para todo o
Brasil.
Desfile empolgante Ao receber de José Nasser o troféu de
campeã do desfile dos Jogos SESI 2006, o diretor da Philips
08
da Amazônia, Djalma Alves da Silva, disse que o troféu é
resultado do investimento nas áreas de esporte e lazer pela
empresa, garantindo que os resultados em medalhas serão
conseqüências do trabalho. “Este ano muitas virão para a
empresa que participa dos Jogos em todas as modalidades”,
disse o executivo e torcedor.
Para Noélia Marques, uma das coordenadoras do clube de
esportes da empresa, a Philips, como toda empresa, entra
no desfile e nas competições para ganhar, e o resultado de
2005, quando a empresa não conseguiu ficar entre as cinco
melhores classificadas, motivou a direção em investir para o
desfile de 2006. Para vencer, Noélia disse que foram
preparados 100 atletas para desenvolver o tema “O Brasil na
Copa”.
A apresentação contou com apoio de 100 atletas
uniformizados nas arquibancadas para orientar a participação
da torcida.
Pira olímpica - Um momento especial dos Jogos SESI 2006
foi vivido pelo atleta da empresa Mundial Manufacturing Ltda,
Alfredo Farias da Rocha Filho, escolhido para o acendimento
da Pira Olímpica e o juramento do atleta Alfredo que foi um dos
representantes do Amazonas na modalidade de natação nos
Jogos Nacionais do SESI 2006. O atleta ganhou medalha de
prata nos 50 metros borboleta, com 28 seg 27.
José Nasser (E) e o diretor da Philips da Amazônia, Djalma Alves da Silva,
nas comemorações
Wemerson vence Corrida do Trabalhador
Sessenta e seis trabalhadores atletas
participaram da 21ª Corrida Pedestre do
Trabalhador, realizada pelo SESI, em
parceria com a Federação Amazonense
de Atletismo, no dia 1º de maio. O
percurso iniciou-se em frente ao Jornal A
Crítica, na Avenida André Araújo e
encerrou-se no Clube do Trabalhador.
O atleta Wemerson Guimarães, da
empresa Sole, conquistou o 1º lugar na
categoria geral com tempo de 13min06,
enquanto a atleta da Greif, Marlene
Rodrigues venceu a aprova na mesma
categoria com 17min07. A Corrida
premiou também os atletas nas
categorias A (18 a 30 anos), B (31 a 39
anos) e C, com atletas acima de 40 anos.
No masculino até 30 anos, Jackson
Mendes, da empresa PST, conquistou o
1º lugar com o tempo de 13min32.
No masculino até 39 anos, Leonardo da
Silva (Keihin), com 15min20, chegou em
primeiro lugar. No feminino, Iracema
Reis (Jabil), com 16min50, foi a
vencedora.
Na categoria acima de 40 anos, José
Encarnação (CCE) conquistou o 1º lugar
de 14min06. No feminino apenas a atleta
Francisca Reis (Correios) participou da
prova conseguindo o tempo de 23min15.
Campeões da Sole - Wemerson
Guimarães, da Sole, bicampeão na
categoria geral, disse que para vencer a
prova usou como estratégia sair forte
abrindo grande distância dos adversários
para administrar a competição.
Especialista em 3000, 5000 e 10000
metros, pratica atletismo desde os 16
anos. Nos Jogos Nacionais do SESI de
9 a 15 de maio em Uberlândia (MG), na
prova de 3000m rasos, ficou em 7º
lugar.
O atleta divide-se entre a função de
auxiliar de produção na Sole e os
treinos, duas horas diárias, na Vila
Olímpica de Manaus. Está entre os 20
melhores atletas do Brasil na prova de
5000 metros rasos.
Marlene Rodrigues, 46 anos, da Greif
da Amazônia, conquistou o 1º lugar na
categoria geral, no naipe feminino.
Marlene disse que foi difícil conquistar a
prova, pois é especialista nas provas de
longa distância, mas, que o treinamento
realizado durante seis meses, além da
experiência, foram importantes para
superar os obstáculos. Dedicou a
vitória a Deus, à família e a todos os
trabalhadores do Pólo Industrial de
Manaus. Ela disse que participa da
Corrida do Trabalhador há 19 anos e
que é preciso muita força de vontade
para conciliar, trabalho, atividades
esportivas e cuidar da casa. É
operadora de máquinas na Sole e treina
uma hora por dia.
Atleta Wemerson Guimarães, da empresa Sole:
o primeiro a chegar
Atletas da Philips fazem coreografia em homenagem à Copa
Inovações para 2007
O diretor da FIEAM, Augusto
Silva, prevê mudanças para a
Corrida do Trabalhador em 2007,
como a definição exata do
percurso e o desjejum de frutas
Copas anteriores foram lembradas pela Jabil: 2º lugar
para os atletas que se
concentrarem no Clube do
Trabalhador, antes da corrida.
Inserção de jingle motivador
durante a corrida e uma
caminhada ecológica, com a
participação de diretores da
FIEAM e das empresas, são
outras novidades propostas pelo
diretor.
Atleta da Mundial Manufacturing Ltda, Alfredo
Farias da Rocha Filho, acendeu a pira olímpica
Brastemp fez desfile que garantiu o 3º lugar
09
Adail Pinheiro em festa
Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor
Em solenidade com mais de 700 pessoas, o prefeito Adail
Pinheiro recebeu das mãos do diretor administrativo e
financeiro do Sebrae Amazonas, Nelson Rocha, a placa
comemorativa e o troféu do Prêmio Sebrae Prefeito
Empreendedor.
O evento foi realizado no auditório Silvério Nery no dia 12 de
maio, em Coari, município a 363 quilômetros em linha reta de
Manaus. No dia 25 de abril, em Brasília, Pinheiro foi revelado
vencedor do Prêmio, na categoria Destaque Temático,
recebido na ocasião pelo diretor superintendente do Sebrae
Amazonas, José Carlos Reston. Na ocasião foram dez
prefeitos brasileiros premiados: cinco como Prefeito
Empreendedor, categoria regional, o caso de Gilvan Seixas,
também do Amazonas, e cinco como Destaque Temático,
sendo que o de Utilização de Royalties e Compensações
Financeiras na Promoção do Desenvolvimento Local foi
vencido por Adail Pinheiro.
Como premiação, os vencedores receberam certificados e
troféus e, em breve, vão participar de uma viagem para
conhecer outras experiências de sucesso em gestão
municipal no Brasil ou no exterior.
Para vencer o Prêmio Sebrae Prefeito Empreeendedor na
categoria Destaque Temático, o prefeito Adail Pinheiro
elaborou o Fundo de Desenvolvimento de Coari (Fundec),
que tomou forma na Lei número 454, de novembro de 2005.
O Fundec visa fomentar o desenvolvimento das micro e
pequenas empresas dos setores agrícola, industrial,
comercial e de serviços, por meio de financiamento das
atividades empreendedoras ligadas a esses setores. O
dinheiro para estes financiamentos vem dos royalties da
exploração de gás e petróleo pagos pela Petrobras. O
dinheiro será utilizado para compra de máquinas e
equipamentos e de matéria-prima; como investimento fixo e
capital de giro, além de custear as atividades do setor
primário.
O público alvo das ações do Fundec são todos os
empreendedores de Coari, tanto pessoas físicas e jurídicas,
como associações e cooperativas. O Fundec faz parte das
ações do Plano Estratégico de Desenvolvimento de Coari,
lançado em maio de 2005, que cria um ambiente favorável
aos pequenos negócios. O Plano Estratégico abrange obras
Diretor Nelson Rocha (E) entrega o
troféu e placa ao prefeito Adail Pinheiro
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de infra-estrutura, como pavimentação de estradas vicinais e
construção de pontes; programas sociais; e ações de
capacitação e qualificação da mão-de-obra local. O Plano
inclui, também, iniciativas como a criação da Associação das
Costureiras de Coari, que fornece uniformes para a
prefeitura e para a Petrobras. Criou, também, o Núcleo de
Apoio a Micro e Pequenas Empresas de Coari (Nampe), que
está simplificando a formalização de empresas, reduzindo
custos e estimulando o ingresso de novos empreendimentos
na economia formal. O Nampe concentra em um único local
parceiros como o Sebrae, a Jucea e a Secretaria de
Fazenda, facilitando, assim, a vida do empreendedor.
Para estimular a criação de pequenos negócios, o prefeito
Adail Pinheiro elaborou leis de incentivo fiscal que reduzem
impostos e isentam as empresas de algumas taxas
municipais, dando, assim, um tratamento diferenciado às
micro e pequenas empresas. A Lei número 437, de 2005,
isenta do alvará de funcionamento as micro e pequenas
empresas sociais, objetivando tirar da informalidade mais de
200 estabelecimentos comerciais existentes em Coari.
A Lei 446, de 2005, reduz a alíquota do Imposto Sobre
Serviços para empresas juniores e as instaladas em
incubadoras. Essa Lei irá beneficiar os empreendedores que
irão se instalar no futuro Centro de Incubação Empresarial de
Coari. Estas iniciativas da prefeitura já estão proporcionando
um novo fôlego às micro e pequenas empresas e alento para
a economia local.
Censo identifica
oportunidades de
negócio em Coari
Empresas de Coari: beneficiadas pelo censo empresarial
A falta de informações precisas sobre a situação social e
econômica dos municípios amazonenses começa a ser
contornada com iniciativa inédita, colocada em prática pelo
Sebrae Amazonas. No dia 12 de maio técnicos dessa instituição
apresentaram ao prefeito de Coari, Adail Pinheiro, o Censo
Empresarial e Estudo das Necessidades da População do
Município, diagnóstico completo da situação empresarial da
sede municipal, envolvendo todos os 1.048 empreendimentos,
formais e informais, e 382 domicílios que serviram de amostra
para se saber o que o coariense necessita.
A idéia é que o banco de dados do Censo possa contribuir para
que a prefeitura, governo do Estado e empresários locais e da
Capital possam estabelecer critérios técnicos para o
planejamento de atividades econômicas privadas e de políticas
públicas governamentais, principalmente no que se refere às
micro e pequenas empresas.
Coari conta com 84 mil habitantes, segundo a projeção do IBGE
para 2005, ou 100 mil habitantes, conforme a estimativa da
Prefeitura para este ano. Fica na calha do rio Solimões, a 363
quilômetros de Manaus e é o segundo município que mais
arrecada ICMS, depois da Capital, devido, principalmente, ao
fomento das atividades econômicas provenientes dos royalties
pagos pela Petrobras pela extração de óleo e gás de seu
subsolo.
O Censo de Coari é o terceiro estudo econômico municipal que
o Sebrae disponibiliza, sendo os dois primeiros de Maués e de
Presidente Figueiredo. Em 2008 ou 2009, novo levantamento
vai medir o crescimento econômico da cidade, tendo-se como
referência o ano de 2006. “O Sebrae pretende com a iniciativa
fomentar atividades econômicas geradoras de emprego e
renda a partir de uma base sólida, o conhecimento profundo da
economia municipal”, avalia o economista José Carlos Reston,
diretor superintendente do Sebrae Amazonas e idealizador dos
Censos Empresariais.
Com 150 páginas, o Censo Empresarial de Coari foi elaborado
pela empresa Ambiental Amazônia Consultoria e Assessoria, no
minucioso trabalho de campo executado no período de outubro
a novembro de 2005. A consultoria faz uma radiografia da sede
municipal, rua por rua, estabelecimento por estabelecimento,
incluindo as instituições religiosas. Com o Censo, é possível
identificar quantos e quais são os estabelecimentos comerciais
existentes em cada um dos onze bairros de Coari e quais os
produtos e serviços disponibilizados. É possível, também
identificar nichos de mercado a partir do estudo das atividades
existentes em determinado bairro. Como existe um mapa
completo de todas as ruas da sede municipal que identifica
todos os estabelecimentos existentes na área, é possível ao
empreendedor saber de antemão se existe ou não demanda
para o produto ou serviço que pretende oferecer em
determinado bairro.
Segundo o diretor da Ambiental Amazônia, Antonio Mesquita,
a partir da avaliação das atividades potenciais para
implantação de novos negócios, nota-se que as carências da
população por produtos e serviços, estão pulverizadas em
diversas áreas de consumo. O Censo apontou que a maior
necessidade do município (16,49%) é por drogarias, fato que
merece uma atenção especial numa tomada de decisão por
parte dos empresários que queiram investir em Coari. Também
existe demanda reprimida por lanchonetes, praças de
alimentação, livrarias, locadoras de DVD e academias de
ginásticas. O Censo revelou que 15% dos estabelecimentos
do município, aí incluídos os formais e informais, fizeram
algum tipo de empréstimo bancário. Também, apontou que 6%
dos empreendimentos de Coari utilizaram os serviços de
capacitação gerencial e técnica oferecidos pelo Sebrae. Dos
que utilizaram esses serviços, 72% disseram ter suas
expectativas plenamente atendidas; 22% parcialmente
atendidas; e 6% não-atendidas.
Outra constatação do Censo é que 94% dos produtos e
serviços disponibilizados na sede municipal não são
consumidos pelas empresas que atuam no Pólo Petrolífero de
Urucu. Os 4% restantes se referem à hospedagem, pois Coari
é rota de passagem de operários rumo ao Pólo. “A partir da
constatação desse fato, é necessária uma tomada de decisão
por parte da Prefeitura e do empresariado local para que esta
situação seja modificada, com novas oportunidades de
negócios na sede municipal”, avalia Mesquita.
O Censo Empresarial já está à disposição da prefeitura e dos
empresários amazonenses em CD-room. O interessado pode
solicitar o diagnóstico ao Programa Cadeia do Petróleo e Gás
do Sebrae Amazonas, na rua Leonardo Malcher, 924, Centro.
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SESI lança
Prêmio Qualidade
no Trabalho 2006
O SESI realizou no dia 26 de abril o lançamento do Prêmio SESI
Qualidade no Trabalho 2006, com solenidade de abertura do
PSQT Nacional transmitida do auditório da CNI em Brasília (DF)
por videoconferência para os 27 Departamentos Regionais do
SESI.
No evento estiveram presentes o presidente da Confederação
Nacional da Indústria (CNI) e diretor nacional do SESI, Armando
Monteiro, o secretario executivo do Ministério do Trabalho, Marco
Antônio de Oliveira, o superintendente geral da Fundação
Nacional de Qualidade (FNQ), Antônio Tadeu Pagliuso.
No Amazonas, a solenidade foi promovida na FIEAM, no Auditório
Auton Furtado Júnior, com a presença do 1º vice-presidente da
FIEAM, Antônio Silva, do presidente da Comissão de Cidadania
Empresarial FIEAM/CIEAM, Wilson Périco, do chefe de gabinete
coorporativo do Sistema FIEAM, Sérgio Melo, da superintendente
do SESI Amazonas, Dorinha Mourão, do diretor regional do
SENAI, Adercy Maruoka e do superintendente regional do IEL,
Wilson Colares.
Em sua 11ª edição, o PSQT é reconhecido pelo empresariado
brasileiro nacional como um processo educativo e um
reconhecimento público a instituições de melhorias de gestão,
que beneficiam os colaboradores da empresa e promovem, com
responsabilidade social, a melhoria da qualidade de vida no
ambiente de trabalho.
Segundo a coordenadora do PSQT, no Amazonas, Nelsi Lunière,
o Prêmio traz como novidade para esse ano o lançamento do Selo
Prêmio SESI Qualidade no Trabalho, a parceria com a Fundação
Nacional de Qualidade (FNQ), a inclusão de um conjunto de
indicadores de responsabilidade social empresarial e a alteração
na metodologia de aplicação da pesquisa junto aos
colaboradores (colocação de urnas e identificação do perfil dos
participantes).
Como parte da programação, o SESI homenageou e entregou a
empresa Nokia do Brasil Tecnologia Ltda. com o Certificado de
Honra ao Mérito do Trabalho, concedido pelo Ministério do
Trabalho e Emprego, por sua participação e vitória em 2005, na
etapa regional, categoria Grande Empresa.
“Nos sentimos muitos orgulhosos em ver que a empresa é
reconhecida pelos colaboradores e comunidade como
socialmente responsável, que cuida da qualidade de vida
dentro e fora da empresa, com ações de responsabilidade
social”, disse o gerente de manufatura da Nokia do Brasil,
Franklin Magalhães.
No processo do PSQT, as empresas são avaliadas nas áreas de
gestão, educação e desenvolvimento, saúde, segurança e meio
ambiente, lazer e cultura e ações sociais.
Para a superintendente do SESI Amazonas, através do PSQT as
empresas do PIM que desenvolvem políticas de melhoria da
qualidade de vida no trabalho focadas na responsabilidade social
empresarial, têm a oportunidade de divulgar esses trabalhos para
a sociedade civil.
Em 2005, 15 empresas do Amazonas participaram do prêmio.
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Gerente de manufatura da
Nokia do Brasil, Franklin
Magalhães e a superintendente
regional do SESI Dorinha
Mourão
Neste ano, a superintendente
do SESI, Dorinha Mourão,
prevê a participação de 20
organizações.
O PSQT se divide em nível
regional e nacional. As
empresas interessadas em
participar do Prêmio SESI devem atuar no ramo da indústria nas
seguintes categorias: grandes empresas, com 500 ou mais
empregados; médias empresas, com 100 a 499 empregados;
pequenas empresas, com 20 a 99 empregados e microempresas
até 19 empregados.
As inscrições para edição deste ano podem ser feitas a partir de 16
de maio até 14 de julho pela internet no site www.sesi.org.br-psqt
As empresas podem encaminhar o material para coordenação do
PSQT regional até o dia 28 de julho. A seleção e avaliação estadual
serão feitos até 25 de agosto.
O encaminhamento do material das empresas vencedoras
estaduais ao Departamento Nacional pelo Departamento Regional
do SESI ocorre até 22 de setembro e o processo de avaliação e
seleção nacional está previsto para dia 20 de outubro. A premiação
regional será realizada até 17 de novembro e a nacional no dia 22
de novembro em Brasília DF.
Informações podem ser obtidas com a Coordenadoria do PSQT ou
Relações com Mercado do Sistema FIEAM pelo telefones 36273057/3055. Ou acessando o site www.fieam.org.br
FIEAM homenageia
destaques do ano
Hiroshi Myiazono, representante da Moto Honda (Maior Exportadora para a Europa em 2006;
Ricardo Lopes, representante da Nokia Tecnologia (Exportadora do Ano 2006)
Andrea Patrícia Barreto, representante do Micro Industrial do Ano: Adalberto Rosário
Paulonei Tomaz Avelino, Industrial do Ano de 2006
A FIEAM e o Centro da Indústria do Estado do Amazonas
promoveram no dia 26 de maio no Elegance Festas &
Convenções homenagem aos destaques industriais de 2006. O
presidente da Unipar Construtora S.A., Paulonei Tomaz
Avelino, recebeu o título de Industrial 2006, e o proprietário da
empresa Brasman Indústria e Comércio e Representação
Comercial Ltda, Adalberto de Souza Rosário, o de
Microindustrial 2006.
A empresa exportadora de 2005, Nokia do Brasil Tecnologia
Ltda, indicada pela Associação de Comércio Exterior da
Amazônia (ACEAM) e a empresa destaque de maior
exportadora para a Europa em 2005, Moto Honda da Amazônia
Ltda, também apontada pela ACEAM, foram distinguidas pelos
representantes do segmento.
Adalberto Rosário é proprietário da Brasman Indústria e
Comércio e Representação Comercial. O empresário recebeu
premiação pela qualidade do trabalho de sua equipe no ramo de
material de limpeza.
Segundo Adalberto, a premiação da FIEAM deve aumentar a
divulgação da marca e conquistar novos contatos. “É um
título importante que nos incentiva a continuar
superando os obstáculos e seguir fazendo o melhor
para nossos clientes”, disse.
A empresa atua desde 2000, possui cerca de 30 clientes e
participa de licitações públicas. A Brasman possui 14
funcionários efetivos e 15 prestadores de serviços sazonais.
Segundo o proprietário, os planos de crescimento estão em
ação, mas o capital de giro ainda é pequeno para idealizar
projetos grandes.
Atualmente a Brasman funciona em ponto
alugado no bairro Alvorada II,
mas o prédio próprio está
sendo construído na
Avenida Ayrton Sena,
E s t r a d a
Manaus/Itacoatiara. O
novo espaço físico deve
possibilitar ampliação da
linha de produção, além de
diminuir custos de aluguel.
Outro investimento da empresa para este ano é a importação de
sabão em pó da Venezuela que será embalado e comercializado
em Manaus. Os planos estão em avaliação, mas de acordo com
o empresário, é um ótimo empreendimento de retorno rápido e
satisfatório.
Adalberto Rosário pretende cadastrar-se no Sebrae com
objetivo de obter empréstimo e consultoria sobre como
implantar seus projetos. O empresário ainda espera continuar
com estímulo e apoio da FIEAM e, assim, proporcionar renda
sustentável e mais empregos em Manaus.
Nokia, a maior exportadora
Com volume de exportação de US$ 1,020 bilhão, em 2005, a Nokia do
Brasil credencia-se como maior exportadora da Zona Franca de
Manaus e uma das maiores do país. Hoje, além de atender ao
mercado interno, a fábrica da Nokia em Manaus exporta
principalmente para os Estados Unidos, América Latina (todos os
países, mas principalmente Argentina, Chile e Venezuela) e Europa.
Líder mundial em comunicações móveis, a empresa produz no Brasil
celulares low end (aparelhos com menos recursos e a preços
menores) e mid end (na faixa intermediárias de preços), trabalhando
também com dois modelos: a caixa completa para vendas, já pronta
para ir para a loja ou apenas o equipamento que vai dentro do
aparelho - e a montagem pode ser feito externamente para os países
aos quais exporta.
Honda, destaque na Europa
O volume de exportação, 45.845 unidades, para 19 países da Europa
Espanha, Reino Unido, Alemanha, França, Turquia, Grécia, Itália,
Portugal, Hungria, República Tcheca, Suíça, Suécia, Irlanda,
Finlândia, Israel, Polônia, Noruega, Dinamarca e Croácia -,
credenciou a Moto Honda da Amazônia ao título de maior exportadora
de 2005 para a Europa. A empresa do pólo de duas rodas também
exportou no ano passado 24 mil unidades para os Estados Unidos,
um de seus maiores mercados. A empresa exporta também para
países da América Latina, África, Canadá e Oceania.
O modelo HDA 2005 foi o mais vendido no mercado nacional, com
842.869 unidades, e internacional, com 139.144 unidades.
Empresário Adalberto Rosário
com produtos da Brasman
13
entrevista
ENTREVISTA
A idéia de superação é a força que
dinamiza o progresso dos povos
A declaração foi feita pelo empresário em que recebeu da FIEAM e
CIEAM o título de Industrial 2006, na solenidade no Elegance Festas &
Convenções. Paulonei lidera o Grupo Unipar, formado pela holding
operacional Unipar Participações S.A., controladora das empresas e
prestadora de serviços às empresas controladas; a Unipar Construtora
S.A., incorporadora e construtora; a Manaus Hotéis, administradora do
Pool Hoteleiro compreendendo o Saint Paul Apart Service, o
Adrianópolis Apart Service e do Century Apart Service; a HTS,
proprietária do Millenium Shopping Mall; e a Ima Comércio e
Representações Ltda, prestadora dos serviços alimentos e bebidas dos
três Apart Service Hotéis.
Em entrevista exclusiva à Revista FIEAM Notícias, fala sobre o mercado
da construção civil em Manaus
Por Idelzuita Araújo
PAULONEI TOMAZ AVELINO
O setor da construção civil amplia os investimentos e cria novos
postos de trabalho. Estimativa do Sinduscom aponta que nos
próximos meses devem ser criados 8 mil vagas. A que fatores o Sr.
atribui a expansão?
Paulonei - Temos que observar que havia demanda reprimida e
houve, de fato, uma melhoria nos níveis salariais, de modo geral.
Além disso, os bancos voltaram a disponibilizar mais recursos ao
financiamento para produção e aquisição de imóveis, melhorando o
atendimento. Outro fator muito importante é a trajetória de queda da
taxa básica dos juros (Selic) que afeta diretamente os negócios
imobiliários. Os juros mais baixos incentivam os investidores para
compra de novos ativos e o imóvel é um deles.
Além da ampliação do crédito, o mercado de securitização
imobiliária daria maior impulso ao setor?
Paulonei - Não há muita divulgação dos benefícios da securitização
entre os principais originadores de créditos imobiliários. Haveria
mudança significativa no setor da construção civil se a adoção dessa
solução, como fonte de financiamento, fosse mais freqüente. Mas,
poucos têm esse entendimento. Uma vantagem importante é o
agrupamento de ativos. Vários créditos podem ser agrupados numa
mesma operação e, desta forma, os custos podem ser diluídos. Isso,
certamente, favorece o desenvolvimento do mercado imobiliário.
Os custos cartoriais e demais impostos, como o ITBI, chegam a inibir
a oferta por tornar os empreendimentos mais caros?
Paulonei - De forma geral, a carga tributária em nosso país é
excessiva e isso não é diferente no setor da construção civil.
Evidentemente, em níveis suportáveis, dentro de critérios
equilibrados, os impostos são necessários para o desenvolvimento.
Mas, o excesso de impostos e outros custos elevados, como os
cartoriais, acaba por encarecer os empreendimentos e retrair
maiores investimentos.
A maior oferta de crédito para as fatias de renda mais baixa ajudaria
a segmentar o setor e influenciaria no desenvolvimento de
14
tecnologias construtivas mais baratas para atender essa grande
demanda reprimida?
Paulonei - Uma maior demanda desse segmento estimula o
surgimento de tecnologias que minimizem os custos de
construção, mas não é esse o fato gerador do desenvolvimento
dessas tecnologias. A busca por novas tecnologias menos
onerosas é constante, independentemente da necessidade de
haver a demanda de uma classe social de menor renda.
Qual o grande gargalo para atender as fatias de baixa renda?
Paulonei - De forma simplista, pode-se dizer que o gargalo é a
combinação de dois fatores: maior quantidade de recursos para
construção e mais renda para aquisição de imóveis. Mas, observase uma maior estabilidade dos empregos e melhoria salarial e com
o aumento da oferta de crédito, surgimento de novas garantias e
segurança para os investimentos, esse gargalo tende a ser menos
significativo.
O risco em Manaus é alto? Vamos levar em consideração que os
governos estadual e municipal juntos possuem uma grande massa
de servidores e as empresas do Pólo Industrial pagam salários
acima da média do País.
Paulonei - Os riscos em Manaus não são diferentes do resto do
país. Estamos todos vivendo a mesma conjuntura, sob as mesmas
influências dos fatores econômicos e sociais. De fato, com o
crescimento significativo do nosso PIB municipal, do aumento da
empregabilidade, não temos porque considerar que o nosso setor
sofre risco maior em Manaus. O importante é não abrirmos mão
das garantias inerentes, de praxe, necessárias para desenvolver
as nossas atividades e continuar investindo.
É mais fácil e seguro vender para as classes média-alta e alta?
Paulonei - As classes, de acordo com o seu poder aquisitivo,
demandam produtos diferentes e cada uma, dentro de sua
realidade, busca os meios para alcançar os seus sonhos. A questão
da segurança é inerente aos processos de financiamento e cada
entrevista
ENTREVISTA
comprador obtém um crédito correspondente a sua capacidade de
cumprimento dos seus compromissos. As empresas de construção
civil devem sempre buscar a satisfação das necessidade das
diversas classes sociais, desenvolvendo projetos que atendam
essas necessidades.
Quais as principais mudanças no mercado imobiliário local em
termos de qualidade e preço que o Sr. destacaria?
Paulonei - Pela própria necessidade de buscar novas tecnologias,
acredito que o mercado está oferecendo cada vez mais qualidade
aos clientes. Os profissionais da área de projetos têm buscado
novas alternativas de equipamentos e facilidades que valorizam os
empreendimentos e se traduzem em conforto. Por outro lado, a
relação custo-benefício melhorou já que não adiantaria
simplesmente aumentar os custos de forma proporcional à
qualidade. Isso seria o óbvio e o cliente deseja mais qualidade, sem
ter que pagar excessivamente por isso.
Os novos empreendimentos valorizam mais a qualidade de vida?
Paulonei - Essa vem sendo a marca significativa dos novos
empreendimentos. A preocupação com o bem viver é fundamental e
os novos projetos são desenvolvidos com características que
respeitam essas necessidades e a integração das pessoas com o
meio-ambiente. As moradias são espaços confortáveis e funcionais
que buscam atender todas as necessidades dos moradores,
possibilitando, até mesmo, que ele não tenha que sair
constantemente de seu condomínio.
O setor da construção civil ajudou na elaboração do Plano Diretor de
Manaus. Quais os pontos que o Sr. destaca que são benéficos para
a cidade?
Paulonei - A participação do setor foi significativa em todas as
etapas da elaboração do plano. Marcamos presença nos debates,
fóruns e audiências públicas, inclusive na redação final da
legislação, aprovando mais de 200 emendas. Entre os benefícios
concretos para a cidade, podemos destacar a proposta
apresentada e aprovada da taxa de permeabilidade, definindo e
beneficiando o sistema de macro-drenagem da cidade; também
definimos com mais clareza, os principais corredores e vias da
cidade para verticalização das residências multifamiliares e
unifamiliares, proporcionando, assim,
um melhor desenho para a cidade,
contribuindo para
sua humanização.
A legislação ambiental tem ajudado a melhorar a qualidade dos
empreendimentos?
Paulonei - O problema é que essa questão deveria ser tratada mais
no nível da educação do que da punição. Há um excesso de rigor,
enquanto que os próprios órgãos não estão preparados. Mesmo as
leis são concorrentes, com sobreposições entre as legislações
federais, estaduais e municipais, dificultando o desenvolvimento dos
projetos. Se houvessem mudanças para uma aplicação mais
criteriosa das leis, teríamos uma contribuição mais significativa para
o setor.
Qual a importância das obras públicas para impulsionar a construção
civil?
Paulonei - Não se pode distinguir a obra pública da obra privada. O
setor como um todo contribui para a movimentação da economia. A
contratação de funcionários e a aquisição de materiais incentivam o
crescimento do varejo e as indústrias, por sua vez, precisam produzir
e isso faz com que as riquezas circulem.
E a tendência da construção de condomínio de sobrados que se
verifica em Manaus?
Paulonei - As cidades cresceram e Manaus não foi diferente. Tornouse uma metrópole e também com os problemas da cidade grande,
dentre eles, o da segurança, o que levou as pessoas a procurarem
moradia mais segura, no caso os condomínios verticais que eram
ofertados no período, mas as pessoas gostam também de viver em
casas. Com a antiga legislação havia dificuldades na criação de
projetos de condomínios fechados de casas, de condomínios
unifamiliares. O novo Plano Diretor possibilita projetos de
condomínios fechados de casas e atende aos anseios da população
que gosta de viver em casa, mas no condomínio fechado, com
segurança. Hoje quem gosta de apartamento mora em apartamento,
quem gosta de casa também tem mais esse conforto.
Que medidas podem ser adotadas para tornar Manaus mais
humanizada?
Paulonei - Boa proposta para o poder público é, em vez de
concentrar em único órgão as funções de aprovar projetos de
construção, cuidar da política de desenvolvimento e planejamento da
cidade, transferir a administração para distritos nos bairros, para que
nesses locais haja planejamento, fiscalização de construções
irregulares, um efetivo controle sobre a cidade. Isso seria muito
interessante. Para humanizar mais a cidade é preciso haver controle
efetivo sobre os projetos urbanísticos. O novo Plano Diretor
caracteriza bem os afastamentos, as calçadas, as áreas verdes.
Manaus é uma cidade muito quente, precisa ter sombra. Acho que
esses pequenos cuidados tornariam Manaus uma cidade mais
humana.
PAULONEI TOMAZ AVELINO
Tem 54 anos
Nasceu em Eirunepé/AM
Formado em Engenharia Civil pela UNB - Universidade Nacional de
Brasília e Pós-Graduado em Cálculo Estrutural também pela UNB.
Proprietário da empresa Unipar - responsável por 24
empreendimentos imobiliários no Amazonas.
Ao lado: recebendo o Diploma de Industrial do Ano de 2006 das mãos de
José Nasser, presidente do Sistema FIEAM
15
opinião
OPINIÃO
É viável parceria
empresa-universidade
O documento Agenda Amazônica 21, produzido pelo
Ministério de Meio Ambiente, identifica que as populações
indígenas dominam o conhecimento de pelo menos 1.300
plantas das regiões Amazônica, da Mata Atlântica e dos
Cerrados, com princípios ativos e características de
antibióticos, anticoncepcionais, antidiarréicos,
anticoagulantes, fungicidas, anestésicos, relaxantes
musculares e antiviróticos.
No contexto, registra-se que o Brasil tem a maior
biodiversidade do planeta. Não obstante esse fantástico
manancial, somente cinco produtos desenvolvidos a partir
das plantas nativas amazônicas estão registrados como
produto químico industrializado medicamentoso na Agência
Nacional de Vigilância Sanitária. Será castigo ou descaso
esta situação tão vexatória, colocada pelo próprio Governo,
que reconhece existência de uma riqueza incalculável e que
nada ou quase nada se faz por não merecer de nossas
autoridades a atenção devida?
É bom que se registre que temos excelentes centros de
pesquisas, só para relembrar o INPA com mais de 50 anos de
existência, o mais recente CBA, e mais uma respeitável
legião de pesquisadores nas universidades, institutos com
pós-graduação, doutorado e PhD no exterior.
A necessidade de transformação em produtos
industrializados, ou seja, a criação de empresas industriais
químicas não vem sendo prioridade imprescindível do apoio
governamental. Reconhecemos que a inovação tecnológica
demanda anos de pesquisas, estímulos aos setores
envolvidos e uma perfeita sintonia entre a área industrial e
centros de pesquisas. Temos ciência de que uma forte
inversão de recursos financeiros, normalmente proibitivos
principalmente às micros e pequenas empresas, sem o
alcance dos tais propalados empreendedores e até mesmo
sabendo que o risco de não se obter sucesso no produto
desejado.
Para que alcançar novas moléculas realmente inovadoras, os
grandes laboratórios mundiais chegam a investir fantásticas
somas de recursos financeiros. Ao contrário dos mundiais, os
nacionais, com uma timidez inexplicável, apenas limitou-se
aos pardos recursos para identificar e catalogar novas
espécies, não progredindo nas descobertas de moléculas e,
16
Avelino Pereira Cuvello *
consequentemente, no registro de patentes.
As nossas obrigações de casa ainda ficam muito a desejar. O
desenvolvimento da indústria química no Brasil ainda é
prematuro mesmo em relação às drogas mais antigas.
Lembramos que inovando em novas fórmulas podemos
reduzir eventuais efeitos indesejáveis, ou seja, para o setor
farmacêutico é possível facilitar adesão do paciente ao
tratamento com tecnologia de ponta nos processos
produtivos.
Da nossa maneira urge a necessidade deste segmento
apoiar a industrialização de outro setor produtivo.
Fala-se muito num país exportador, porém o caminho, até
agora, examinando números macros, é representado por
insumos/commodities. Não há preocupação de se fazer uma
análise econômica mais apurada e se vê, neste
comportamento, que nada tem acontecido no crescimento
nacional em relação ao mundial, ao contrário, iniciamos 2006
com crescimento negativo.
A abertura da economia ocorrida no início dos anos 90, com
uma política de descentralização, em diversos setores
produtivos, que veio a facilitar aquisições de ativos industriais
por empresas brasileiras e de capital internacional, o
governo, em mais de uma ocasião, possibilitou créditos em
formas de empréstimos e consócios empresariais e até
individualmente às empresas que participaram de leilões. Isto
tudo aconteceu em setores de telecomunicações, bancários,
empresas de eletricidade, dentre outras.
É claro que não houve negócios envolvendo grandes
investimentos financeiros na aquisição de nossas empresas,
mais o que se lamenta que, idealismo doentio da constatação
no aval politiqueiro ora em implantação não deu oportunidade
que se procedesse uma engenharia financeira, no caso, a
não modernidade do BNDES, tradicionalista por excelência,
caminhássemos inversamente no setor produtivo industrial.
Tudo pode, eu acredito, até porque a duras penas a nossa
região com muita dificuldade, com uma representação
empresarial atenta a esses percalços, não se deixa abater.
* Avelino Pereira Cuvello
Diretor da FIEAM
O trabalho transforma, inova e garante
a construção da sociedade próspera
Minhas Senhoras, Meus Senhores,
Decorridos 60 anos de industrialização no Amazonas, sendo 39 sob o
regime da Zona Franca de Manaus, conseguimos construir um Pólo
Industrial diversificado e próspero.
Perante o cenário nacional, podemos afirmar, com certeza, que
construímos um parque industrial moderno e com grandes projeções de
futuro.
A economia do Amazonas, por seu turno, que tradicionalmente se voltou
para o exterior, desde os tempos áureos da borracha, do extrativismo
vegetal e animal, mantém a tradição até os dias presentes.
Todavia, num determinado período, a nossa produção industrial destinouse ao mercado interno, em razão do modelo induzido pelos incentivos
fiscais da Zona Franca de Manaus. Funcionamos neste período
acompanhando os ditames da política nacional de substituição de
importações.
Hoje, com os novos tempos, sob o clima da competição internacional e da
globalização, as empresas mais do que nunca se constituem como
parceiras do nosso desenvolvimento, aptas a enfrentar as exigências da
economia com as cadeias produtivas globalizadas.
Devemos considerar, ainda, que a nossa localização geográfica pouco
recomendaria um feito dessa natureza.
Ponderando tais circunstâncias, não podemos deixar de reconhecer que,
a construção desse centro de produção em Manaus, cujo volume
aproxima-se de vinte bilhões de dólares anuais, foi um feito impar e
conceituado como um caso exemplar para o mundo, objeto de estudo das
mais conceituadas universidades e centros de estudos estratégicos.
O modelo atual de desenvolvimento praticado no Amazonas, antes de ser
um entrave econômico, como no passado foi rotulado por alguns,
demonstra ser exatamente o contrário.
Constitui-se num sistema, que gera progresso em todos os sentidos, para
regiões próximas, para o restante do País e, até mesmo, para o exterior. A
razão é simples de ser constatada. No Amazonas em 2005 importamos
quatro bilhões de dólares e vendemos 18 bilhões, portanto, geramos valor
agregado pelo emprego de fatores de produções nacionais de catorze
bilhões.
Os cofres públicos estão bem aquinhoados por impostos gerados pelo
setor produtivo em todos os níveis da administração pública, federal,
estadual e municipal, apesar das constantes greves no setor público
federal, como a que nos atinge no presente, as quais dificultam fortemente
as atividades do nosso Pólo Industrial e atuam como fatores limitantes do
nosso crescimento.
O crédito desses serviços, que se constitui em um legado da nossa
geração para as futuras gerações, decorreu de um esforço de toda a
sociedade, incluindo empresários, trabalhadores, políticos, militares e
lideranças em todos os níveis.
Portanto, estou convencido de que o milagre do progresso que acontece
no Amazonas, nas últimas quatro décadas, decorre da concepção de que
vivemos sob o signo do esforço e coragem, e de que optamos pelo
desenvolvimento, apesar das adversidades. Este, por certo, é o segredo
do nosso sucesso.
E é por esta razão que estamos hoje reunidos aqui para homenagear
pessoas e empresas que buscam na produtividade o caminho para o
aumento da renda e da riqueza para nossa região.
A começar pelo exemplo de ADALBERTO DE SOUZA ROSÁRIO, o
Microindustrial do Ano, que desde 1999 é dono de seu próprio negócio, a
Brasman Indústria e Comércio e Representação Comercial Ltda.
Todos sabemos o que representa para o pequeno empreendedor manterse na formalidade neste País. Nosso homenageado não pára de investir
na ampliação do leque de produtos de sua empresa e, ao mesmo tempo,
gera novas oportunidades de trabalho para a sociedade.
A Moto Honda da Amazônia Ltda, maior exportadora para Europa em
2005, e a Nokia do Brasil Tecnologia Ltda, maior exportadora em 2005,
são a confirmação de que os nossos produtos são competitivos no
mercado globalizado.
São empresas de porte mundial que têm o País como um dos pontos de
referência dos seus negócios globais. Manaus sedia a quinta maior planta
da HONDA em volume de produção e primeira em verticalização.
A NOKIA é um exemplo de visão estratégica de mercado que apostou na
alta tecnologia e as suas operações no Brasil estão entre as dez maiores
do mundo.
Na outra ponta, temos o nosso Industrial do Ano, empresário da
construção civil, o engenheiro PAULONEI TOMAZ AVELINO, que fez da
Unipar Construtora S. A uma das empresas referência do setor imobiliário
do Amazonas, ampliando o seu grupo para a incorporação e para a
administração hoteleira.
Mais do que o investidor que deu certo no mercado de imóveis,
PAULONEI AVELINO tem pensado a cidade e foi um dos ativos
colaboradores para a construção do novo Plano Diretor de Manaus.
Inovador, construiu o Millennium Center, empreendimento inédito até para
o País, que combina ampla gama de produtos e serviços, contribuindo
para o embelezamento e valorização de importante área de Manaus, que
há pouco mais de cinco anos era uma área degradada.
Sem alarde, a Unipar, indubitavelmente, imprime sua marca em Manaus,
cidade que não pára de se transformar. Esse é o perfil de um empresário
amazonense de Eirunepé que acredita na construção de qualidade, que
se fez pelo seu próprio esforço, como muitos aqui bem o sabem.
Esta é uma prova de que o trabalho transforma, inova e garante a
construção de uma sociedade próspera.
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS
Muito obrigado!
Presidente da FIEAM, engenheiro José Nasser, em discurso proferido
na homenagem aos destaques da Indústria, em solenidade realizada no
dia 26 de maio no Elegance Festas & Convenções.
Informações:
3627-3017 / 3057

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