crescimento do risco político dos próximos anos: mapa de

Transcrição

crescimento do risco político dos próximos anos: mapa de
PESQUISA DE GERENCIAMENTO
DE RISCOS DA MARSH
CRESCIMENTO DO RISCO POLÍTICO
DOS PRÓXIMOS ANOS: MAPA DE
RISCO POLÍTICO DE 2015 DA MARSH
DEZEMBRO DE 2014
PESQUISA DE GERENCIAMENTO
DE RISCOS DA MARSH
As tensões geopolíticas, queda dos preços das mercadorias,
movimentos separatistas e muito mais estão moldando o
cenário de risco político de hoje. Há uma diferença clara entre
mercados emergentes saudáveis e aqueles que representam
os maus investimentos para os investimentos estrangeiros, de
acordo com o MAPA DE RISCO POLÍTICO DE 2015 DA MARSH.
Baseando-se em dados da Business Monitor International (BMI),
uma das principais fontes independentes de análise de risco
político e de crédito, o mapa inclui as pontuações gerais de risco
de 185 países com base em três categorias: risco político, risco
macroeconômico e risco operacional.
A seguir estão as principais descobertas da BMI e da Marsh
sobre os principais riscos políticos que os investidores e negócios
multinacionais enfrentarão de 2015 em diante.
QUEDA NOS PREÇOS
DO PETRÓLEO
Na segunda metade de 2014, os preços do petróleo bruto da
Brent caíram significativamente, de US$ 110,00 por barril em
junho para menos de US$ 70,00 por barril em dezembro. A
queda dos preços provavelmente beneficiará várias nações
que importam petróleo, reduzindo pressões inflacionárias e,
consequentemente, riscos políticos. No entanto, um período
prolongado de preços baixos de petróleo provavelmente terá um
impacto negativo para exportadores de petróleo refinado. Esses
países podem ser divididos em três grupos, segundo a BMI:
► Risco severo: Angola, Chade, Guiné Equatorial, Irã e Venezuela.
► Risco alto: Congo-Brazzaville, Gabão, Iraque, Nigéria e Sudão.
► Risco moderado: Colômbia, Equador, México e Rússia.
A Venezuela, onde o petróleo contabiliza para mais de 95%
das exportações e mais de metade da renda do governo, é
particularmente vulnerável.
"Após anos de desvalorização da moeda, o perfil de risco político
iminente da Venezuela já é preocupante", disse Yoel Sano,
diretor de Política global e Riscos de segurança. "Com as eleições
parlamentares prestes a acontecer, a queda nos preços do
petróleo poderá ser a gota d'água para o governo de Maduro".
2
Os dados da BMI sugerem que o Irã está vulnerável e a economia
em deterioração do país pode culminar no fim do apoio do
governo moderado e acelerar a desvalorização da moeda,
resultando na alta inflação. Uma ameaça à estabilidade política do
Irã pode ter efeito negativo nas negociações em andamento sobre
o futuro do programa nuclear do país e as sanções econômicas
relacionadas atualmente impostas.
DIVERGÊNCIA DE
ECONOMIAS EMERGENTES
Nos últimos anos, ficou claro que o termo "mercados emergentes"
não pode mais ser usado como um único rótulo para todas as
economias em desenvolvimento. Agora há uma nítida divergência
entre os países que representam fortes oportunidades de
investimento e aqueles que não representam. Três países com
boas perspectivas de reformas econômicas são a China, a Índia e a
Indonésia, de acordo com a BMI.
"Na China, o presidente Xi Jinping tomou medidas contra a
corrupção e está consolidando rigorosamente sua posição política",
disse o Sr. Sano. "Há motivos para estar moderadamente otimista
em relação à capacidade dele de implementar algumas reformas
necessárias, como o reequilíbrio da economia para que ela seja
mais motivada pelo consumo do que por investimentos fixos e
exportações, liberalizando o sistema financeiro e reduzindo o papel
do estado."
Tanto a Índia quanto a Indonésia têm novos líderes que são
apoiados por fortes mandatos eleitorais e estão mais propensos
a implementar reformas que seus antecessores. De acordo com a
BMI, a Índia aparece um pouco mais a frente a este respeito; o novo
Primeiro Ministro Narendra Modi parece estar mais
ideologicamente comprometido com a reforma e possui um forte
apoio no parlamento indiano. A BMI acredita que o México também
está mostrando alguns sinais positivos de reforma, especialmente a
respeito da liberalização da indústria de energia, embora as eleições
em 2015 possam interromper o progresso. E a Argentina tem uma
chance de se afastar de algumas das suas políticas econômicas
intervencionistas dos últimos anos, dependendo do resultado das
eleições programadas para outubro de 2015.
CRESCIMENTO DO RISCO POLÍTICO DOS PRÓXIMOS ANOS: MAPA DE RISCO POLÍTICO DE 2015 DA MARSH
marsh.com
Por outro lado, a BMI é pessimista quanto às possíveis reformas
econômicas na Rússia. Em parte, isso se deve às sanções
econômicas impostas pelos EUA e por outros governos ocidentais
após a anexação da Crimeia à Rússia e a intervenção na Ucrânia
Oriental. É evidente que o governo Putin está priorizando o
estreitamento geopolítico em vez de a liberação e a abertura
política. Há motivos também para ser cético quanto às possíveis
reformas no Brasil e na África do Sul, onde candidatos à reeleição
parecem menos comprometidos com as reformas econômicas.
A BMI acredita que o fortalecimento monetário dos EUA e o fim da
antiga política de "quantitative easing" do Banco Central podem
realçar ainda mais lacunas entre os mercados emergentes mais
fortes e mais fracos.
VIOLÊNCIA POLÍTICA
SE ESTENDE PARA
ALÉM DO MENA
Embora a violência política tenha sido um problema no Oriente
Médio e norte da África nos últimos anos, a BMI também destacou
essa violência como um risco em outros países, incluindo:
► Ucrânia, conforme o movimento separatista pró-Rússia
continua.
► Tailândia, que viu um golpe militar, a última mudança em uma
tendência de longo prazo de protestos e governos derrubados.
► Hong Kong, onde os recentes protestos foram inesperados,
já que a região tem a reputação de estabilidade durante
muitos anos. Embora os protestos tenham sido pacíficos até
o momento, seus propulsores fundamentais - primeiramente,
o envolvimento de Pequim na verificação de candidatos para
a eleição de um novo diretor executivo em 2017 - ainda não
foram abordados. Isso pode indicar a continuação de
agitações antes da eleição.
Outros países podem ficar suscetíveis a agitações e violência
em massa em 2015, de acordo com a BMI, principalmente onde
as pessoas ficam cada vez mais frustradas com a má gestão
econômica e/ou com décadas de um único líder no poder.
Não é comum antigos governos africanos serem derrubados
por protestos em massa, mas é exatamente o que aconteceu
em Burkina Faso quando o presidente Compaore tentou
estender seu governo além dos 27 anos. Esses eventos podem
dar uma pausa para líderes africanos igualmente situados,
inclusive no Benim, em Camarões e na República Democrática
do Congo.
A BMI acredita que dinâmicas similares podem estar em
execução na Ásia Central, onde processos de sucessão
presidencial opacos podem levar a lutas pelo poder e a queda
dos preços do petróleo podem contribuir para uma agitação
na Venezuela se sua economia desestabilizar. Há também uma
preocupação sobre as próximas eleições no Sri Lanka que estão
provocando a violência no país.
MOVIMENTOS
INDEPENDENTES E
SEPARATISTAS
Em todo o mundo, os movimentos são motivados por grupos
políticos, regionais e/ou étnicos buscando independência, mais
poder ou autonomia dos governos existentes. Na maioria dos
casos, é improvável que esses movimentos levem a novos estados
em prazos iminentes. Mas a mera existência de tais grupos e a
incerteza política associada, incluindo o potencial para violência
em alguns casos, podem ter um efeito significativo no investimento
estrangeiro. Este não é um problema exclusivo das economias em
desenvolvimento, conforme evidenciado pelo referendo sobre a
independência da Escócia em setembro de 2014.
O referendo da Escócia poderia servir como uma fonte de inspiração
para ativistas em outros países, de acordo com a BMI. A votação
foi observada de perto por líderes de movimentos separatistas
na Espanha (Catalunha), na Bósnia e Herzegovina e em muitos
outros países europeus, africanos e asiáticos. Esses grupos podem
estar pensando: se a Escócia pode ter um referendo sobre a
independência, por que nós não podemos?
PESQUISA DE GERENCIAMENTO
DE RISCOS DA MARSH
RISCO POLÍTICO EM 2015
Países mais suscetíveis a queda
dos preços do petróleo
Dados fornecidos por: BUSINESS MONITOR INTERNATIONAL LTD.
Angola / Chade / Guiné Equatorial / Irã / Venezuela
Os seus investimentos estrangeiros e ativos estão
expostos? Após um ano de uma instabilidade política
nunca vista antes, 2015, provavelmente, trará a
continuação do risco político acentuado em muitas
partes do mundo. Organizações multinacionais
precisam competir com um número de desafios
políticos e econômicos, incluindo preços voláteis
de commodities, crescimento macroeconômico
inconsistente, tensões geopolíticas e ciberterrorismo.
Hong Kong / Líbia / Síria / Tailândia / Ucrânia
1
República
Centro-Africana
2
Sudão
Pontuação de
2014
22.6
24.0
3
Síria
25.5
4
Afeganistão
25.8
Guiné-Bissau
28.1
RÚSSIA
ESTÔNIA
IRLANDA
LITUÂNIA
KALININGRADO
BIELORÚSSIA
POLÔNIA
HOLANDA
ALEMANHA
BÉLGICA
REPÚBLICA
UCRÂNIA
TCHECA
ESLOVÁQUIA
ÁUSTRIA
LIECHTENSTEIN
MOLDÁVIA
HUNGRIA
SUÍÇA
ESLOVÊNIA
ROMÊNIA
CROÁCIA
FRANÇA
BÓSNIA E
SÉRVIA
HERZEGOVINA
MONTENEGRO
BULGÁRIA
KOSOVO
MACEDÔNIA
ITÁLIA ALBÂNIA
GRÉCIATURQUIA
PORTUGAL
ESPANHA
0.4
MADEIRA
PORTUGAL
COREIA DO NORTE
QUIRGUISTÃO
ARMÊNIA AZERBAIJÃO
TURCOMENISTÃO
CHINA
TADJIQUISTÃO
CUBA
GUATEMALA
JAMAICA
BELIZE
HONDURAS
1.5
8
Líbia
31.0
-8.6
NICARÁGUA
COSTA RICA PANAMÁ
MAURITÂNIA
CABO VERDE
SUDÃO
LIBÉRIA
BENIN
COSTA
DO MARFIM
TOGO
NIGÉRIA
GUAM EUA
VIETNÃ
FILIPINAS
ILHAS ANDAMÃO
E NICOBAR (ÍNDIA)
SRI LANKA
SUDÃO DO SUL
BRUNEI
CAMARÕES
MALÁSIA
SOMÁLIA
UGANDA
QUÊNIA
GABÃO
REPÚBLICA
DEMOCRÁTICA
DO CONGO
CONGO
CINGAPURA
INDONÉSIA
RUANDA
BURUNDI
CABINDA ANGOLA
SEICHELES
ILHAS SALOMÃO
CAMARÕES
MAYOTTE (FRANÇA)
ANGOLA
0.7
TIMOR LESTE
MALAUI
ZÂMBIA
SAMOA
MOÇAMBIQUE
BOLÍVIA
11
Chade
32.9
PAPUA NOVA GUINÉ
TANZÂNIA
BRASIL
-0.4
LAOS
TAILÂNDIA
ETIÓPIA
REPÚBLICA CENTROAFRICANA
GANA
SÃO TOMÉ E
PRÍNCIPE
EQUADOR
HONG KONG
CAMBOJA
BIOLO GUINÉ EQUATORIAL
ILHAS GALÁPAGOS
(EQUADOR)
TAIWAN
MACAU
MYANMAR
BURMA
DJIBUTI
GUINÉ EQUATORIAL
PERU
ÍNDIA
IÊMEN
ERITRÉIA BURKINA FASO
GUINÉ
SERRA
LEOA
GUIANA FRANCESA
SURINAME
CHADE
SENEGAL
GÂMBIA
GUINÉ-BISSAU
BUTÃO
BANGLADESH
MALI
NÍGER
GUIANA
COLÔMBIA
CATAR
EMIRADOS
ÁRABES UNIDOS
OMÃ
VENEZUELA
QUIRIBATI
NEPAL
PAQUISTÃO
BAHREIN
ARÁBIA SAUDITA
REPÚBLICA
DOMINICANA
PORTO RICO (EUA)
HAITI
ANTÍGUA E BARBUDA
SÃO CRISTÓVÃO E NEVES
GUADALUPE
MONTSERRAT
DOMINICA
SANTA LÚCIA MARTINICA
ARUBA
SÃO VICENTE
BARBADOS
GRANADA
TRINIDAD E TOBAGO
JAPÃO
KUWAIT
EGITO
SAARA
OCIDENTAL
BAHAMAS
COREIA DO SUL
AFEGANISTÃO
IRÃ
JORDÂNIA
LÍBIA
MÉXICO
-1.9
-5.7
TUNÍSIA
MARROCOS
ARGÉLIA
HAVAÍ (EUA)
N/D
28.9
32.9
UZBEQUISTÃO
GEÓRGIA
CHIPRE
LÍBANO
IRAQUE
ISRAEL
GAZA CISJORDÂNIA
ILHAS CANÁRIAS
ESPANHA
-4.6
28.8
Mauritânia
CAZAQUISTÃO
SÍRIA
MALTA
-2.1
Congo (RDC)
10
MONGÓLIA
LUXEMBURGO
AÇORES (PORTUGAL)
Iêmen
31.6
LETÔNIA
DINAMARCA
Tendência
de Risco
7
Haiti
SUÉCIA
REINO
UNIDO
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
6
9
NORUEGA
ILHAS FAROÉ
(DINAMARCA)
EL SALVADOR
5
FINLÂNDIA
ISLÂNDIA
CANADÁ
Índice de risco do país: 20 países principais
com risco mais alto
País
Permanência de pontos
de instabilidade política
ALASCA (EUA)
Produzido em conjunto pela Marsh e pela Business
Monitor International (BMI), o MAPA DE RISCO
POLÍTICO DE 2015 DA MARSH proporciona uma
pontuação geral de risco do país para 185 nações,
que é baseada nas três categorias de riscos políticos,
macroeconômicos e operacionais em um horizonte de
curto ou longo prazo. Visite www.marsh.com ou
www.businessmonitor.com para obter mais informações.
Classificação
SVALBARD
(NORUEGA)
GROELÂNDIA
(DINAMARCA)
VANUATU
-0.1
ZIMBÁBUE
FIJI
MADAGASCAR
MAURÍCIO
12
Mali
33.6
-1.9
13
Madagascar
34.3
-0.3
14
Guiné
34.6
-1.4
15
Zimbábue
35.2
2.6
16
Burundi
35.7
-1.4
17
Quirguistão
35.9
-0.6
18
Níger
36.5
-1.4
NAMÍBIA
PARAGUAI
BOTSWANA
REUNIÃO (FRANÇA)
AUSTRÁLIA
SUAZILÂNDIA
ÁFRICA DO SUL
URUGUAI
ARGENTINA
CHILE
19
São Tomé e Príncipe
38.3
3.0
20
Etiópia
38.6
2.3
4
NOVA CALEDÔNIA FRANÇA
LESOTO
Pontuação do Índice
ILHAS KERGUELEN (FRANÇA)
80-100
Estável
70-79
60–69
50–59
ILHAS FALKLAND (MALVINAS) (REINO UNIDO)
<49
Instável
Nenhum
Dado
CRESCIMENTO DO RISCO POLÍTICO DOS PRÓXIMOS ANOS: MAPA DE RISCO POLÍTICO DE 2015 DA MARSH
marsh.com
GEÓRGIA DO SUL (Reino Unido)
ILHAS HEARD (AUSTRÁLIA)
NOVA ZELÂNDIA
PESQUISA DE GERENCIAMENTO
DE RISCOS DA MARSH
MAIOR CONFLITO
GLOBAL
A percepção de que os Estados Unidos estão relutantes em entrar
em um grande conflito armado ou assumir um posição forte a
respeito das crises internacionais foi um fator para anexação
da Crimeia por parte da Rússia e para a afirmação chinesa das
reivindicações territoriais na Mar da China Oriental e no mar do
Sul da China, de acordo com o BMI.
Embora esta percepção tenha sido atenuada por fortes sanções
econômicas contra a Rússia por parte dos EUA e da UE, ela ainda
contribui para a instabilidade mundial e para maiores tensões
geopolíticas. Isso ocorre em um momento em que muitos países
emergentes estão buscando ganhar mais influência política e militar.
"Agora há muito mais países poderosos agindo no cenário
mundial se compararmos com o que havia há 25 anos", afirma Sr.
Sano. "À medida que ampliam suas esferas de influência, é mais
provável que seus interesses causem tensões. E se esses países
estiverem fortalecidos pela visível debilidade dos Estados Unidos,
poderiam causar mais conflitos".
MÍDIAS SOCIAIS
Começando com as revoluções de 2011 da Primavera Árabe,
a mídia social foi uma ferramenta vital para dissidentes em
muitas partes do mundo para acelerar a mudança facilitando
a organização de protestos e conscientização de movimentos
políticos. Mais recentemente, as mídias sociais desempenharam
um papel fundamental no conflito entre Ucrânia e Rússia,
contribuindo para ampliar a discussão sobre a guerra em que
diversas partes, como os governos russo e ucraniano, buscam
ditar a narrativa pública sobre quem é o responsável para a crise.
Em 2014, as mídias sociais também foram usadas de maneira
poderosa e explícita para aumentar a conscientização sobre
organizações anteriormente ocultas, como o grupo terrorista do
Estado Islâmico.
China, Irã, Turquia e outros países já tomaram medidas para
restringir o acesso a algumas mídias sociais - ou à Internet como
6
um todo - e é possível que surjam outras tentativas de censura
em 2015. Governos autoritários também podem utilizar
mídias sociais em seu próprio benefício, como outro meio de
comunicação além dos estatais.
ATAQUES CIBERNÉTICOS
FINANCIADOS PELO ESTADO
As empresas e os governos se tornaram vítimas de diversas
interrupções e ataques cibernéticos nos últimos anos. Suspeitase que alguns governos sejam os responsáveis por tais ataques,
mas é difícil atribuir definitivamente um ataque cibernético a um
governo.
Em linhas gerais, as maiores ameaças cibernéticas a empresas e
governos continuam a ser organizadas por criminosos e outros
operadores privados. Resta saber se a guerra cibernética surge
como uma tática preferida por governos envolvidos em conflitos
com outros países. No entanto, até o momento, não há grandes
interrupções na infraestrutura de um país - por exemplo, em um
quadro elétrico de uma grande área urbana ou em redes financeiras como resultado de uma ataque confirmado por outro governo.
GERENCIAMENTO
DE RISCO POLÍTICO
de apólices para apenas um país. Estas apólices podem ser
personalizada para fornecer cobertura a diversos riscos, incluindo
expropriação, violência política, inconvertibilidade de moeda, não
pagamento e frustrações contratuais.
Os eventos dos últimos 12 meses são exemplo da velocidade
com que preocupações políticas e econômicas podem culminar
em crises de grande escala, inclusive em países historicamente
estáveis, e como a dinâmica política de longo prazo pode mudar
quase que de um dia para o outro. Além disso, com a queda dos
preços do petróleo, o crescimento de agitações políticas e da
violência e as crescentes tensões, mesmo os mais confiáveis
investidores e relacionamentos comerciais podem ser colocados
à prova a partir de 2015.
Além de adquirir seguros, as empresas devem rever os riscos de
crédito e as políticas e procedimentos de controle de crédito, além
de avaliar, em curto e longo prazo, os impactos de possíveis eventos
de risco político em vários países em suas operações e nas de seus
clientes e fornecedores. As organizações devem rever a resiliência da
cadeia de fornecimento e os planos e procedimentos de interrupção
nos negócios antes que uma crise se desenvolva para ajudar a
garantir que tenham procedimentos eficazes para se comunicarem
com clientes e fornecedores quando necessário.
"Para gestores de risco, a mensagem é simples: esteja preparado
para qualquer coisa, inclusive em países anteriormente
considerados acima de qualquer suspeita", comenta Evan Freely,
Líder de Prática de Crédito e Risco Político Global da Marsh. "Uma
abordagem ampla, em diversos países e com diversos riscos para
gerenciar riscos políticos ainda é a estratégia de riscos políticos e
de créditos mais prática e eficiente para as multinacionais".
Por fim, as empresas devem avaliar o possível impacto dos riscos
políticos a seu pessoal. Em uma crise, empresas multinacionais
dispõem de procedimentos testados e bem elaborados para comunicar
e garantir a segurança de seus funcionários. E como as apólices
de seguro de riscos políticos e de créditos cobrem somente ativos
e contratos, as empresas devem trabalhar com seus consultores
de riscos para garantir que tenham outras formas relevantes
de cobertura de seguro para proteger suas equipes, incluindo
remunerações de voluntários estrangeiros e outras políticas de
acidente.
Apólices de seguros de risco político em vários países podem
oferecer cobertura global ou regional, em geral com termos
e condições mais favoráveis que as disponíveis através
2017 SERÁ UM ANO
DE MUDANÇAS?
Embora as empresas multinacionais não devam perder o foco
no ano à frente, elas também devem vislumbrar os riscos de
longo prazo. Muitas das tendências discutidas neste documento
podem afetar diversas eleições agendadas para 2017. Além
do novo presidente dos Estados Unidos que assumirá o cargo
em janeiro e um possível referendo sobre a adesão no Reino
Unido, 2017 terá eleições gerais na França e na Alemanha, cujos
resultados serão determinante para o futuro da Zona do Euro.
As eleições para cargos do Executivo em Hong Kong e o
congresso do Partido Comunista da China em 2017 aumentarão
os riscos políticos na Grande China. Já no Irã e na Coreia do Sul,
as eleições presidenciais serão cruciais para definir o cenário
geopolítico final na região do Golfo e no Nordeste da Ásia.
CRESCIMENTO DO RISCO POLÍTICO DOS PRÓXIMOS ANOS: MAPA DE RISCO POLÍTICO DE 2015 DA MARSH
marsh.com
SOBRE O BUSINESS MONITOR
INTERNATIONAL
Especializado em mercados emergentes e de fronteira, o
Monitor International (BMI) abrange macroeconomia, riscos
políticos e 24 verticais em 200 mercados mundiais. Há mais de
30 anos, nossas ideias e abordagens exclusivas são utilizadas
por multinacionais, governos e instituições financeiras para
orientar decisões estratégicas, táticas e de investimentos. Os
clientes do BMI se expandem por mais de 160 países e mais da
metade das empresas da Global Fortune 500. Com escritórios
em Londres, Nova York, Singapura, e África do Sul, o BMI é
parte da Fitch Grupo , uma empresa líder mundial em serviços
de informações financeiras.
SOBRE A MARSH
A Marsh é líder global em corretagem de seguros e
gerenciamento de risco. O papel da Marsh é ajudar os
clientes definindo, desenvolvendo e implantando soluções
inovadoras, específicas do setor, para que eles possam
gerenciar os riscos de maneira eficiente. A Marsh possui,
aproximadamente, 26.000 colegas trabalhando em conjunto
para servir clientes em mais de 130 países. A Marsh é uma
subsidiária de propriedade integral da Marsh & McLennan
Companies (NYSE: MMC).
A MARSH É UMA DAS EMPRESAS DA MARSH & McLENNAN, ALÉM DA
GUY CARPENTER, MERCER, E OLIVER WYMAN.
Esse documento e quaisquer recomendações, análises ou consultoria fornecidos pela Marsh
(coletivamente, "Marsh Analysis") não devem ser interpretados como um aconselhamento referente a
nenhuma situação individual ou ser considerados como tal. As informações contidas neste documento
são baseadas nas fontes que acreditamos ser confiáveis, mas não nos responsabilizamos ou garantimos
sua exatidão. A Marsh não terá nenhuma obrigação de atualizar o Marsh Analysis e não terá nenhuma
responsabilidade por você ou por qualquer outra parte decorrente desta publicação ou de qualquer
assunto aqui contido. Quaisquer declarações relacionadas a questões atuárias, tributárias, contábeis
ou jurídicas estão baseadas exclusivamente em nossa experiência como corretores de seguros e
consultores de risco e não devem ser consideradas como consultoria atuária, tributária, contábil ou
jurídica, orientações essas que você deve obter de seus consultores profissionais. Qualquer modelo,
análise ou projeção está sujeito à incerteza inerente, e a Marsh Analysis poderá ser significativamente
afetada se quaisquer suposições, condições, informações ou fatores subjacentes estiverem imprecisos
ou incompletos ou necessitarem de alteração. A Marsh não se responsabiliza nem faz garantias
relativas à aplicação do conteúdo da apólice ou da condição financeira ou solvência de seguradoras e
resseguradoras. A Marsh não oferece garantias relacionadas à disponibilidade, ao custo ou aos prazos
da cobertura de seguros. Embora Marsh forneça consultoria e recomendações, todas as decisões
quanto a quantidade, tipo ou termos de cobertura são de responsabilidade do segurado, que deve
decidir sobre a cobertura específica apropriada a suas circunstâncias específicas e posição financeira.
Copyright © 2014 Marsh LLC. Todos os direitos reservados. MA14-13148 7385

Documentos relacionados