relato de caso. . mammary carcinoma in mare – case report.

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relato de caso. . mammary carcinoma in mare – case report.
CARCINOMA MAMÁRIO EM ÉGUA – RELATO DE CASO. MAMMARY
CARCINOMA IN MARE – CASE REPORT.
SILVA, E. S. M., ULIANI, R. C., ROCHA, A. S., LEÃO, J. R. V. P., MONTEIRO, L. N.,
PRESTES, N. C. Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária –
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia. [email protected]
Os hormônios possuem importante papel na hiperplasia e processo neoplásico da
glândula mamária, mas o exato mecanismo que desencadeia sua formação é
desconhecido. Receptores de estrógeno e pregesterona já foram relatados nas
células tumorais do tecido mamário nos animais, o que pode influenciar na
patogenia das neoplasias mamárias hormônio-responsivas. Neoplasia mamária na
espécie eqüina é extremamente rara com relatos de incidência em animais de
matadouro variando entre 0,11% e 1,99%. Poucos são os relatos de carcinomas
mamários nesta espécie, os quais descrevem glândulas mámarias firmes (uni ou
bilateral), geralmente dolorosas e normalmente ulceradas, com drenagem de
conteúdo serosanguinolento ou purulento e características de malignidade. Uma
égua da raça Quarto-de-Milha, tordilha, vinte e três anos de idade em bom estado
geral foi atendida no Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária
da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – UNESP – Botucatu,
apresentando massa ulcerada, firme e irregular de aproximadamente 15 cm x 15 cm
x 15 cm no úbere direito com secreção sero-sanguinolenta fétida. Devido ao intenso
processo inflamatório na região o exame citopatológico não foi esclarecedor para
diagnosticar o tipo de tumor presente. Foi então realizada mastectomia unilateral por
descolamento manual da glândula mamária no sentido caudo-cranial, sendo os
vasos de grosso calibre ligados com fio Vicryl 2 e a pele suturada com Braunamid®
USP 3 O procedimento foi realizado no centro cirúrgico do Departamento de Cirurgia
e Anestesiologia Veterinária, sob o protocolo de anestesia geral inalatória com
isofluorano após medicação pré-anestésica e EGG. Devido à grande extensão do
tumor e à rica neovascularização encontrada ocorreu intensa hemorragia durante o
procedimento que foi imediatamente tratado com transfusão de 6 litros de sangue.
Após a excisão cirúrgica da glândula mamária, a massa foi encaminhada ao serviço
de Patologia Veterinária para exame histopatológico que revelou tratar-se de um
carcinoma mamário. O animal foi tratado com Ampicilina 15 mg/kg a cada 12 horas
durante 7 dias e flunixim meglumine 1,1 mg/kg a cada 12 horas durante 3 dias. Foi
realizada radiografia toráxica não sendo encontrados sinais de metástase pulmonar.
Uma semana após a cirurgia foram retirados os pontos da pele e realizada
drenagem de seroma acumulado. A ferida cirúrgica foi então tratada por segunda
intenção com limpeza com água sob leve pressão e aplicação de glicerina iodada e
repelente de parasitas atingindo total recuperação 30 dias após a excisão da massa.

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