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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DA AGÊNCIA DE INOVAÇÃO INOVA UNICAMP 2013 UNICAMP UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS REITOR José Tadeu Jorge Coordenador Geral da Universidade Pró-Reitora de Pesquisa Alvaro Penteado Crósta Gláucia Maria Pastore Pró-Reitora de Desenvolvimento Vice-Reitor Executivo de Universitário Administração Teresa Dib Zambon Atvars Oswaldo da Rocha Grassiotto Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Vice-Reitor Executivo de Relações Comunitários Institucionais e Internacionais João Frederico da Costa Azevedo Meyer Luis Augusto Barbosa Cortez Pró-Reitor de Graduação Chefe de Gabinete Luís Alberto Magna Paulo Cesar Montagner Pró-Reitora de Pós-Graduação Chefe de Gabinete Adjunto Ítala Maria Loffredo D´Ottaviano Osvaldir Pereira Taranto 01 Prof. Milton Mori Diretor de Parcerias e Projetos Colaborativos Prof. João Marcos Travassos Romano Diretora de Propriedade Intelectual Dra. Patrícia Franco Leal Gestic Diretor do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp Dr. Eduardo Gurgel do Amaral RELATÓRIO DE ATIVIDADES DA AGÊNCIA DE INOVAÇÃO INOVA UNICAMP Projeto Gráfico e Diagramação Villea Marketing e Design Fotos Antoninho Perri – Ascom Unicamp Antonio Scarpinetti – Ascom Unicamp Felipe Christ Mayra Cioffi Ayres Redação Adriana Gonçalves Arruda Edilaine Venâncio Camillo Mayra Cioffi Ayres Vanessa Sensato Russano Jornalista Responsável Vanessa Sensato Russano MTB 05046-DRT/PR 02 PALAVRAS Diretor Executivo Em termos de resultado, embora fosse um ano de transição, com oito meses de atividades, podemos dizer que foi um ano memorável, com resultados além da expectativa para a Agência de Inovação Inova Unicamp em suas diversas áreas de atuação. Entre os destaques, vale comentar que o ano de 2013 foi marcado pela negociação, com apoio da reitoria, governo estadual e Prefeitura de Campinas, e estabelecimento do maior contrato já feito com uma única empresa pela Unicamp. Trata-se do contrato com a empresa Lenovo que, estabelecida no Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, investirá US$ 100 milhões em pesquisa, desenvolvimento e inovação (P&D& I) nos próximos cinco anos. DO DIRETOR Este relatório destaca indicadores das atividades desenvolvidas pela Inova ao longo de 2013 nas áreas de parcerias e contratos, transferência de tecnologias, Parque Científico e Tecnológico, Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (Incamp) e programas de inovação e empreendedorismo em parceria com universidades do exterior. Uma das ações importantes realizadas pela atual reitoria foi a criação da “Câmara para análise e aprovação de convênios e contratos” que permitiu a assinatura de convênios e contratos em menos de um mês, a partir da aprovação nas unidades de ensino e pesquisa. Para a Inova, a criação da Câmara teve reflexos positivos nos números de contratos e convênios implementados pela Agência em parceria com empresas privadas e públicas e órgãos de fomento à inovação dos governos estadual e federal. Neste primeiro ano de gestão, à frente da Inova, uma grande preocupação foi assegurar que a Agência não só mantivesse a qualidade no atendimento à comunidade acadêmica, mas também passasse a ter um papel mais proativo junto a nossos parceiros comerciais, por isso alteramos nossa missão para: “Identificar oportunidades e promover atividades de estímulo à inovação e ao empreendedorismo, ampliando o impacto do ensino, da pesquisa e da extensão em favor do desenvolvimento socioeconômico sustentado.” Um dos desafios da Inova para os próximos anos é intensificar ações necessárias para a consolidação e efetiva entrada em operação do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp. Nesse sentido, o apoio inicial dos governos estadual e federal e a ativa participação da Unicamp são fundamentais para alavancar a implantação do parque, uma vez que parques já consolidados no Brasil têm conseguido com maior facilidade captar recursos para expansão da área física, através de empresas inovadoras, tornando -os autossuficientes financeiramente. Os indicadores destacam ainda depósitos de 71 patentes junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), oito contratos de licenciamento assinados, bem como o apoio para o estabelecimento de 15 contratos de pesquisa colaborativa com a indústria. Finalmente, é muito gratificante para mim fazer parte de uma equipe comprometida com trabalho de qualidade e com espírito criativo e aberto. Estamos animados e confiantes para novos projetos inovadores bem-sucedidos. 03 Professor Milton Mori Diretor Executivo Inova Unicamp SUMÁRIO 03 | Casos de licenciamento de tecnologia 2013 12. Sistema informatizado para gestão de tecnologia em saúde beneficia hospitais 16. Tecnologia desenvolvida na Unicamp oferece ambiente virtual de aprendizagem Palavras do diretor 20. Tecnologia da Unicamp produz anticorpos que evitam perdas na lavoura 01 | Inova em Números 24. Tecnologia aumenta segurança em 02 | Indicadores de Desempenho processamentos radiográficos 08. Propriedade Intelectual 28. Posicionador de palitos promove melhorias na área odontológica 10. Transferência de Tecnologias 32. Simulador de fumo diminui tempo de 11. Recursos Humanos 04 testes em pesquisas odontológicas 04 | Estímulo à Inovação na Unicamp 05 | Inova Unicamp no apoio à empresa inovadora 36. Prêmio Inventores Unicamp – Edição 2013 58. Parque Científico e Tecnológico da Unicamp: investimentos em 2013 42. Prêmio Inova Unicamp de Iniciação à Inovação – Edição 2013 64. Incamp: novas incubadas e destaque 60. Parceria Lenovo-Unicamp: maior em captação de fomento público investimento em P&D feito por uma 44. Reuniões de diretoria: fortalecimento empresa na história da Universidade da inovação nas unidades da Unicamp 67. Empresas ingressantes na préincubação e incubação em 2013 60. Investimento de R$ 4,3 milhões da 46. Desafio Unicamp de Inovação Finep Tecnológica – Edição 2013 67. Ingresso na Incamp 61. Parceria Unicamp-Samsung: bons 52. Parceria Inova Unicamp & Cambridge 68. Missão resultados e ampliação Enterprise: as iniciativas de 2013 68. Visão 63. Opções de ocupação/instalação no 56. Programa Líder de Inovação Parque Científico 68. VALORES 05 INOVA EM NÚMEROS PROPRIEDADE INTELECTUAL, PARCERIAS E TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIAS 2009 2010 2011 2012 2013 Pedidos de patentes depositados no INPI 52 51 67 73 71 Pedidos de patentes depositados no exterior 8 16 14 1 4 Pedidos de patente via PCT1 5 11 12 21 16 14 8 9 10 11 664 705 765 821 866 8 4 13 29 15 Expedição de registro de programa de computador 45 9 6 12 35 Comunicações de invenção recebidas 55 61 94 107 122 Contratos de Licenciamento de Tecnologia e Participação nos Resultados Vigentes 36 43 52 65 54 Contratos de Licenciamento de Tecnologia e Participação nos Resultados Assinados 4 7 10 12 8 R$ 195.713,00 R$ 191.681,00 R$ 724.752,00 R$ 384.638,33 R$ 567.737,35 8 5 13 135 15 Patentes de invenção concedidas 2 Patentes vigentes3 Pedidos de registro de programa de computador Royalties recebidos de licenciamentos Convênios de P&D4 06 01 INOVA EM NÚMEROS APOIO A EMPRESAS NASCENTES DE BASE TECNOLÓGICA 2009 2010 2011 2012 2013 Empresas Incubadas na Incamp 10 11 9 10 12 Empresas graduadas na Incamp 3 1 7 1 3 2009 2010 2011 2012 2013 42 18 18 16 17 2009 2010 2011 2012 2013 Número de Colaboradores Contratados 28 18 20 25 23 Número de Colaboradores Temporários6 19 20 19 17 10 RELACIONAMENTO INSTITUCIONAL Eventos e Cursos Promovidos pela Inova EQUIPE LEGENDAS 4 Convênios de Pesquisa e Desenvolvimento, 1 Patent Cooperation Treaty (PCT). indicador alterado em 2012 2 No Brasil e no exterior 5 Número atualizado em maio de 2014 3 Patentes (concedidas ou não) depositadas 6 Número de colaboradores temporários no Brasil e Exterior (PI, MU, CA - Certificado de incluem colaboradores vinculados a projetos e Adição, FN - fases nacionais). estagiários 07 INDICADORES DE DESEMPENHO 2000 29 2001 22 2001 10 2002 60 2002 4 2003 60 2003 4 2004 53 2004 4 2005 67 2005 2 2006 55 2006 2 2007 50 2007 2 2008 52 2008 8 2009 52 2009 14 2010 51 2010 8 2011 67 2011 9 2012 72 2012 10 2013 71 2013 11 PATENTES DE INVENÇÃO CONCEDIDAS PEDIDOS DE PATENTES DEPOSITADOS NO INPI PROPRIEDADE INTELECTUAL 08 02 2001 01 2002 01 2003 01 2004 05 2005 02 2006 04 2007 11 2008 13 2009 05 2010 12 2011 12 2012 21 2013 16 COMUNICAÇÕES DE INVENÇÃO (2004-2013) PEDIDOS DE PCT INDICADORES DE DESEMPENHO 09 2004 48 2005 66 2006 80 2007 90 2008 72 2009 55 2010 61 2011 94 2012 107 2013 122 2002 03 2003 04 2004 17 2005 26 2006 26 2007 33 2008 34 2009 36 2010 43 2011 52 2012 63 2013 54 NOVOS LICENCIAMENTOS DE TECNOLOGIAS LICENCIAMENTOS VIGENTES DE TECNOLOGIAS TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIAS 10 2002 01 2003 01 2004 13 2005 11 2006 02 2007 10 2008 04 2009 04 2010 07 2011 10 2012 12 2013 08 02 INDICADORES DE DESEMPENHO 2005 R$ 65.150,00 2006 R$ 213.705,00 2007 R$ 306.410,00 2008 R$ 286.195,00 2009 R$ 195.713,00 2010 R$ 191.681,00 2011 R$ 724.752,00 2012 R$ 384.638,49 2013 R$ 567.737,04 1° temporários 2° contratados 3° total GANHOS ECONÔMICOS (INCLUINDO ROYALTIES) RECURSOS HUMANOS 11 2007 21 30 52 2008 21 30 51 2009 19 28 2010 20 18 38 2011 19 20 2012 17 2013 10 23 25 47 39 42 33 SISTEMA INFORMATIZADO PARA GESTÃO DE TECNOLOGIA EM SAÚDE BENEFICIA HOSPITAIS 12 03 Professor José Wilson Magalhães Bassani CASOS DE LICENCIAMENTO DE TECNOLOGIA 2013 U lada nos estabelecimentos assistenciais de saúde da rede pública. “Não é possível, nas condições atuais, responder exatamente e de forma rápida onde estão, quantos são e quais as condições de funcionamento dos equipamentos instalados nos hospitais da rede pública. Nossa solução, portanto, foi criar um sistema que inclua a padronização de nomenclatura e de ações executadas pelas equipes que cuidam da tecnologia”, explica. m sistema informatizado para gestão de tecnologia em saúde foi desenvolvido pelos pesquisadores do Centro de Engenharia Biomédica (CEB) da Unicamp: professor José Wilson Magalhães Bassani; Ana Cristina Bottura Éboli, aluna de doutorado e funcionária da CEB; e Eder Trevisoli da Silva, analista de sistemas e também funcionário do CEB. O programa de computador foi registrado em 2013 com o auxílio da Agência de Inovação Inova Unicamp e licenciado para o Hospital Municipal Doutor Mário Gatti no mesmo ano. De acordo com o professor Bassani, o papel da Inova foi importante na definição do tipo de convênio e licença de software que deveriam ser feitos. Segundo o engenheiro clínico do Mário Gatti, Luís Roberto Rodrigues Leite, o núcleo de Engenharia Clínica do Hospital Municipal não dispunha de um sistema com as características apresentadas pelo GETS. “As ferramentas especificamente desenvolvidas para a gestão da tecnologia na área da saúde englobam o grande diferencial do sistema. Considero o GETS o melhor sistema para gestão de tecnologia na área da saúde que já tive oportunidade de conhecer e utilizar. A maior parte dos sistemas que usei anteriormente derivava de aplicações industriais e não levava em consideração as especificidades inerentes aos equipamentos médicos e aos núcleos de engenharia clínica presentes nos hospitais e unidades de saúde”, ressalta. O sistema intitulado GETS (Gerenciamento de Tecnologia para Saúde) engloba um inventário padronizado de equipamentos odontomédico-hospitalares – como fluxos de manutenções e ciclo de vida dos equipamentos, processos de aquisição de equipamentos, peças, serviços, contratos e outros fluxos afins, como histórico e acompanhamento em tempo real e indicadores clássicos e novos de engenharia clínica. Segundo Bassani, atualmente o Brasil não apresenta condições de gerenciar adequadamente a tecnologia insta13 “A PRINCÍPIO ESSA TECNOLOGIA INTERESSA AOS MAIS DE 10 MIL ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE NA REDE PÚBLICA DO PAÍS.” O GETS é baseado em uma estrutura matemática que possibilita a criação de novos indicadores de produção, de custo e de acompanhamento, bem como o levantamento de alertas sobre comportamento inadequado de equipamentos individuais, grupos de equipamentos e setores do estabelecimento. O engenheiro Luís acredita que, com a utilização do GETS, o núcleo de Engenharia Clínica do Hospital Municipal Doutor Mário Gatti colabora para a formação de uma base de dados única, padronizada e de abrangência nacional sobre tecnologia em saúde. “As ferramentas disponibilizadas pelo sistema permitem melhor controle do parque de equipamentos médico-hospitalares da instituição, das ocorrências de manutenção corretiva e preventiva envolvendo estes equipamentos e, principalmente, o desenvolvimento de indicadores ligados 14 03 CASOS DE LICENCIAMENTO DE TECNOLOGIA 2013 à área de Engenharia Clínica, visando com isso a racionalização dos investimentos para a aparelhagem desta Unidade de Saúde e consequentemente o aprimoramento da assistência aos usuários de nossos serviços”. De acordo com Bassani, o sistema foi e vem sendo financiado pelo Ministério da Saúde. “A princípio essa tecnologia interessa aos mais de 10 mil estabelecimentos de saúde na rede pública do país. Atualmente já existe uma versão em funcionamento nos hospitais da Unicamp e, além do Hospital Municipal Doutor Mário Gatti, o Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), da Universidade Federal Fluminense, e o Centro de Hemoterapia e Hematologia do Estado do Pará (HEMOPA) já fazem uso do sistema”. A ideia é que o GETS seja instalado como licença gratuita nos estabelecimentos públicos de saúde mediante o convênio com a Unicamp que estabeleça as condições de implantação, definição de estrutura operacional, procedimentos e capacitação de pessoal para efetiva utilização da tecnologia e termo de licença do programa de computador. Para o professor, há alguns obstáculos a serem superados para que outros hospitais possam aderir ao GETS e também implantar a tecnologia. “É preciso contratar recursos humanos para realizar a manutenção dos equipamentos e alimentar o sistema – não há restrições quanto à terceirização destas atividades. No entanto, isto pode ser um empecilho para alguns hospitais que não possuem a quantidade suficiente de profissionais e precisam contar com recursos financeiros limitados de origem governamental”, finaliza. SOBRE O HOSPITAL MUNICIPAL DOUTOR MÁRIO GATTI O Hospital Municipal Dr. Mario Gatti é uma Autarquia Municipal inaugurada em 1974. Atualmente constitui um complexo hospitalar com oito edificações e aproximadamente 17.000 m2 e é mantido exclusivamente com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Prefeitura Municipal de Campinas. É referência para atendimentos de urgência e emergência no Sistema Único de Saúde em Campinas e retaguarda para serviços de apoio ao diagnóstico, terapêutico e oncologia para a Região Metropolitana de Campinas. Reconhecido em 2004 como Hospital de Ensino e Pesquisa, oferece residência médica, residência odontológica, residência multiprofissional (enfermagem, fisioterapia e nutrição). Possui aproximadamente 220 leitos e sete salas cirúrgicas. TECNOLOGIA DESENVOLVIDA NA UNICAMP OFERECE AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 16 03 Professor Eduardo Galembeck CASOS DE LICENCIAMENTO DE TECNOLOGIA 2013 P o apoio da Inova foi importante. “Por sermos uma startup criada em 2013, ainda não possuímos estrutura para tratar de questões burocráticas e contratuais deste porte. O auxílio legal da Inova foi fundamental para estabelecermos essa parceria”. esquisadores do Instituto de Biologia da Unicamp (IB) – o professor Eduardo Galembeck e o aluno Rodrigo Dias Takase – desenvolveram um software educacional para dispositivos móveis e computadores. Desenvolvido na Unicamp e testado na Purdue University, nos Estados Unidos, o 3D Class é um ambiente virtual de aprendizagem que pode ser aplicado em ensino à distância em cursos formais ou informais em qualquer nível acadêmico e também em atividades complementares dentro da sala de aula. De acordo com Galembeck, o programa de computador tem como diferencial uma interface otimizada para dispositivos móveis e elementos de jogos chamados gamificação. “A tecnologia oferece aos usuários um ambiente que agrega recursos aos componentes educacionais que contribuem para aumentar o envolvimento dos usuários com as atividades curriculares e com o ambiente propriamente dito”, explica. O 3D Class foi inicialmente desenvolvido para uso interno, mas os pesquisadores já previam que uma tecnologia com tais características poderia ser atraente ao mercado. O professor ressalta que, em 2013, o 3D Class foi utilizado em três disciplinas da Purdue, duas do Departamento de Química e uma do Departamento de Biologia. “Essa utilização envolveu dois docentes e cerca de 850 alunos de graduação e 40 alunos de pós-graduação que atuaram como monitores. Na Unicamp, a tecnologia foi utilizada com cerca O programa de computador foi registrado em 2012 com o auxílio da Agência de Inovação Inova Unicamp e em 2013 foi licenciado para a empresa Opusphere, startup atualmente incubada no Softex, dentro da Unicamp. “Ao sermos procurados pela empresa, o processo de licenciamento do 3D Class foi complexo. A empresa que fez o licenciamento da tecnologia também submeteu uma solicitação de financiamento na linha PIPE, da FAPESP, e os contratos tiveram que contemplar o projeto da empresa com a FAPESP. Nesse sentido a Inova foi essencial para a elaboração desses contratos e auxílio em todo o processo”, explica Galembeck. Para Marcel Leal, diretor de marketing e sócio da empresa, 17 de 90 alunos do IB em 2013 em uma disciplina”. O cenário em 2014 deverá ser ainda mais positivo. “Para o primeiro semestre de 2014, o 3D Class deverá será utilizado em uma disciplina na Purdue e cinco disciplinas da Unicamp, do IB, IQ e Faculdade de Educação (FE). O sistema está bastante estável e novas funcionalidades tem sido implementadas constantemente”. Marcel acredita que uma das áreas de enorme potencial para a gamificação é a educação. “Os exemplos de gamificação estão cada vez mais frequentes e com resultados significativos no mundo todo. O 3DClass é a oportunidade que vimos para implantar todos esses conceitos e tornar o processo de aprendizado no Brasil mais divertido e lúdico”. “OS EXEMPLOS DE GAMIFICAÇÃO ESTÃO CADA VEZ MAIS FREQUENTES E COM RESULTADOS SIGNIFICATIVOS NO MUNDO TODO.” 03 CASOS DE LICENCIAMENTO DE TECNOLOGIA 2013 Para ele, o grande benefício para a empresa no licenciamento foi a economia de tempo e recursos no desenvolvimento de uma solução tecnológica. “O 3D Class já é um produto finalizado e testado, pronto para começarmos uma estratégia de gamificação no ensino”, explica. O sócio acredita que o potencial de mercado da tecnológica é grande, mas é preciso vencer alguns obstáculos. “O sistema de ensino no Brasil é bastante arcaico. Dessa maneira, qualquer tentativa de modernizar a educação esbarra neste sistema de ensino já defasado. No entanto, com a tecnologia já desenvolvida pela Unicamp e uma ampla pesquisa de campo envolvendo uma equipe multidisciplinar, acredito que o3D Class aumentará o crescente interesse da própria sociedade em mudar e melhorar a educação no país”. Atualmente a tecnologia está disponível para sistemas operacionais iOS, Android e MacOS, além de uma interface web exclusiva para alunos que usam o 3D Class para atividades obrigatórias e não possuem dispositivos com iOS, Android ou MacOS. Galembeck também explica que a tecnologia possui uma parte pública acessada por usuários que baixem protótipo gratuitamente nas lojas da Apple e Google, porém os conteúdos das disciplinas são restritos para os alunos nelas matriculadas. Mais informações sobre o 3D Class podem ser encontradas em www.3dclass-app.com. SOBRE A OPUSPHERE A Opusphere é uma startup fundada em 2013 e atualmente está incubada dentro da Unicamp, no núcleo Softex, prédio do Inovasoft. Atua principalmente no ambiente corporativo, gamificando a gestão de pessoas e processos nas empresas. Além do 3D Class, possui mais dois produtos: o Wannadoo, ferramenta gamificada para o auxílio na gestão de pessoas, e a Platamine, plataforma de gamificação completa para qualquer sistema. Para mais informações, acesse http:// www.opusphere.com. TECNOLOGIA DA UNICAMP PRODUZ ANTICORPOS QUE EVITAM PERDAS NA LAVOURA 20 03 Professora Dagmar Ruth Stach-Machado CASOS DE LICENCIAMENTO DE TECNOLOGIA 2013 O aluno de mestrado Marcel Salmeron Lorenzi, sob orientação da professora doutora Dagmar Ruth StachMachado do Laboratório de Imunologia Aplicada do Departamento de Biologia Celular Estrutural e Funcional do Instituto de Biologia da Unicamp, desenvolveu os materiais biológicos “soro policlonal PVX” e “soro policlonal PVY”, que foram licenciados para a empresa Rheabiotech em 2013. Estes anticorpos permitem a detecção dos Potato Vírus X e Potato Vírus Y respectivamente, patógenos que costumam atingir culturas de batatas brasileiras. De acordo com Luís Antonio Peroni, sócio diretor da Rheabiotech e também participante na pesquisa da tecnologia licenciada, a intermediação da Agência de Inovação Inova Unicamp no processo de licenciamento foi importante. “A Inova possibilitou a aproximação dos pesquisadores com os sócios da empresa e auxiliou na negociação e no entendimento dos benefícios envolvidos. Também ajudou na sugestão e redação dos contratos”, completa. Para Marcel, a Inova foi responsável por fazer a interação entre os dois segmentos e deu todo o amparo para a realização do licenciamento e do termo de partilha. 21 “A INOVA POSSIBILITOU A APROXIMAÇÃO DOS PESQUISADORES COM OS SÓCIOS DA EMPRESA E AUXILIOU NA NEGOCIAÇÃO E NO ENTENDIMENTO DOS BENEFÍCIOS ENVOLVIDOS” Segundo a professora Dagmar, a tecnologia desenvolvida “consiste na obtenção de soro imune para partículas virais purificadas ou peptídeos antigênicos que infectam plantas como a batata”. No Brasil, a batata é considerada uma das principais hortaliças produzidas, tanto em área plantada quanto em consumo. A produção anual é em torno de dois milhões de toneladas, ocupando uma área superior a 130 mil hectares. Nos últimos anos, a bataticultura brasileira vem sofrendo perdas significativas devido ao aumento da incidência de viroses principalmente provocadas pelo vírus Y da batata (Potato virus Y – PVY). Além disso, o vírus PVX pode representar um grande problema quando em associação com o PVY. “É um vírus cosmopolita, sendo transmitido mecanicamente e caracterizado por mosaico leve nas folhas, mais visíveis na metade inferior da planta”, explica Marcel. Cientes deste problema, os pesquisadores encontraram a solução para evitar perdas na lavoura. “Os objetivos foram otimizar o controle fitossanitário com antissoros policlonais nacionais de alta qualidade para o PVX e PVY, reduzir custos e tornar o material mais competitivo frente ao importado já existente utilizado para os testes”, coloca Marcel. O aluno explica que o intuito foi estabelecer técnicas com maior poder de detecção e de maior segurança e confiabilidade. De acordo com Marcel, a equipe já vislumbrava uma oportunidade de mercado na pesquisa acadêmica. “O laboratório da professora Dagmar conduz pesquisas aplicadas cujo intuito é aliar o desenvolvimento acadêmico com resultados e retorno na prática. Isso, por consequência, agrega valor e oportunidade de mercado para as tecnologias desenvolvidas nos trabalhos acadêmicos”. Segundo Peroni, “os anticorpos individualmente possuem potencial de mercado e uma estratégia de marketing será implementada para a comercialização do produto em breve”, conclui. 03 CASOS DE LICENCIAMENTO DE TECNOLOGIA 2013 SOBRE A RHEABIOTECH LTDA A Rheabiotech D.P.C. de Produtos de Biotecnologia Ltda foi fundada em 2008 e está localizada na cidade de Campinas com seu laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento. Atua na produção de anticorpos monoclonais, soros policlonais e anticorpos secundários conjugados. Iniciou em 2013 o desenvolvimento de proteínas recombinantes e a prestação de serviços nas áreas de imunohistoquímica, western blot e ELISA Quantitativo. Tem como missão estabelecer a ponte entre a pesquisa realizada nas universidades e o mercado potencial, desenvolvendo e aprimorando as tecnologias para atender as necessidades do cliente final. TECNOLOGIA AUMENTA SEGURANÇA EM PROCESSAMENTOS RADIOGRÁFICOS 24 03 Professor Li Li Min CASOS DE LICENCIAMENTO DE TECNOLOGIA 2013 “A INOVA CONCEDEU O SUPORTE NECESSÁRIO DURANTE TODO O PROCESSO DE PEDIDO E DEPÓSITO DE PATENTE JUNTO AO INPI, ESCLARECENDO DÚVIDAS E NOS DANDO MAIS SEGURANÇA” P esquisadores da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp – professor doutor Li Li Min e doutora Nayene Leocádia Manzutti Eid – desenvolveram uma tecnologia na área médica para a realização de procedimentos radiográficos manuais em câmara escura portátil. A patente da tecnologia foi depositada em 2009 com o auxílio da Agência de Inovação Inova Unicamp. “A Inova concedeu o suporte necessário durante todo o processo de pedido e depósito de patente junto ao INPI, esclarecendo dúvidas e nos dando mais segurança”, afirma Nayene. O diferencial da tecnologia culminou, em 2013, em um processo de licenciamento para a Angelus, empresa desenvolvedora de produtos odontológicos de alta tecnologia para endodontia, dentística, prótese e laboratório. “A Inova foi a intermediadora eficaz entre nós, inventores, e a empresa, já que foi responsável pela articulação de acordos entre as partes no intuito de viabilizar o licenciamento e a transferência desta tecnologia para a indústria a fim de que este produto seja lançado no mercado”, esclarece o professor Li Li Min. 25 Segundo o pesquisador, a ideia do desenvolvimento da tecnologia surgiu da percepção de que os recipientes utilizados atualmente para processamento manual de películas ra-diográficas em consultório odontológico utilizam quantidade excessiva de soluções químicas. Após essa constatação, os pesquisadores desenvolveram um recipiente cujo diferencial é o seu formato geométrico. “A partir dessas pesquisas, alguns protótipos foram arquitetados e testados até chegarmos ao modelo definitivo, que garantiu o êxito desta inovação”, ressalta Nayene. O recipiente em formato geométrico possibilita o processamento de películas radiográficas intra-orais utilizando menor quantidade de soluções químicas, além de propiciar maior comodidade e segurança no processo de trabalho. Os pesquisadores explicam que, atualmente, ao realizar o processamento radiográfico manual de filmes intra-orais, os cirurgiões dentistas necessitam utilizar, em média, 250 ml de cada solução processadora. Durante a execução do processamento, os profissionais comumente são expostos a um contato direto com estas soluções, que contêm em sua composição substâncias químicas tóxicas. “O novo modelo de recipiente permite o processamento radiográfico utilizando-se volumes significantemente menores de soluções – dependendo da medida do recipiente – e é igualmente eficaz aos recipientes 26 03 CASOS DE LICENCIAMENTO DE TECNOLOGIA 2013 “ESTAMOS BASTANTE OTIMISTAS E ACREDITAMOS QUE ESTE PRODUTO PODE SER LANÇADO NO MERCADO EM UM FUTURO BEM PRÓXIMO” atualmente utilizados, mantendo os padrões de qualidade da imagem radiográfica”, explica Li Li Min. Somamse a estas vantagens a segurança no processo, a significativa redução de custos, a economia de soluções de processamento e a diminuição do impacto ambiental, dada a menor geração e descarte de resíduos oriundos do processamento. Atualmente a tecnologia se encontra em fase de testes. “Estamos bastante otimistas e acreditamos que este produto pode ser lançado no mercado em um futuro bem próximo”, afirma Nayene. SOBRE A ANGELUS F undada em 1994 em Londrina, no Paraná, a Angelus é uma empresa que tem como foco de negócios a busca por soluções em odontologia com base científica e tecnológica. Assim, ela desenvolve seus produtos num estreito relacionamento com o setor acadêmico, técnico e científico, buscando sempre produtos inovadores. Hoje, a empresa comercializa seus produtos para todo o Brasil e para mais de 50 países no mundo. POSICIONADOR DE PALITOS PROMOVE MELHORIAS NA ÁREA ODONTOLÓGICA 28 03 CASOS DE LICENCIAMENTO DE TECNOLOGIA 2013 U m novo dispositivo odontológico desenvolvido por pesquisadores da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Unicamp (FOP) foi licenciado para a empresa ERIOS Equipamentos Técnicos e Científico em 2013. A tecnologia consiste em um dispositivo que proporciona melhor posicionamento de amostras de restaurações e dentes provenientes do ensaio de micro-tração em microscópios eletrônicos de varredura, possibilitando mais eficiência no uso de aparelho e melhores resultados. A pesquisa foi realizada pelo aluno de doutorado Paulo Moreira Vermelho, do Programa de Pós-Graduação em Clinica Odontológica (Dentística) da FOP, sob a orientação do professor Marcelo Giannini. O pedido de patente para a tecnologia ocorreu em 2012. No ano seguinte, o posicionador foi licenciado com o auxílio direto da Agência de Inovação Inova Unicamp, como explica o professor Giannini: “O processo de licenciamento foi simples e rápido. Tivemos uma reunião inicial para mostrar o dispositivo e explicar seu funcionamento e em seguida providenciamos os documentos, que foram avaliados e aprovados. Todas as etapas do processo foram devidamente comunicadas pela Inova, que agilizou e foi fundamental em todo o processo”, ressalta. De acordo com Ernani Rios, da ERIOS Equipamentos, a Inova apresentou a tecnologia para a empresa. “O auxílio da Agência de Inovação é fundamental no processo de licenciamento das tecnologias e na interação universidade-empresa. A proximidade da Inova com as unidades facilita o entendimento por contatar diretamente o desenvolvedor da tecnologia e simultaneamente a empresa”, explica. Os principais diferenciais desta tecnologia são a redução no tempo de análise em microscópios e a simplicidade em seu processo de fabricação. Os pesquisadores explicam que a tecnologia é útil para analisar o padrão de fratura dos especimes testados em microtração, uma das metodologias mais utilizadas na odontologia para mensurar a resistência da união dentina-adesivo. Nesse teste, espécimes dos dentes reparados são seccionados com formato de paralelepípedos ou ‘palitos’ com cerca de 1 mm² de área na 29 “O PROCESSO DE LICENCIAMENTO FOI SIMPLES E RÁPIDO. TIVEMOS UMA REUNIÃO INICIAL PARA MOSTRAR O DISPOSITIVO E EXPLICAR SEU FUNCIONAMENTO E EM SEGUIDA PROVIDENCIAMOS OS DOCUMENTOS, QUE FORAM AVALIADOS E APROVADOS.” secção transversal. Os palitos são tracionados até a ruptura e em seguida são analisados em um microscópio eletrônico de varredura para se averiguar os padrões de fratura. “Nessa etapa, o posicionamento e o parelelismo entre os palitos e a padronização da altura são fatores extremamente importantes, pois minimizam o ajuste do foco e evitam o movimento de rotação do stub no microscópio, o que frequentemente ocasiona a perda do mapeamento dos palitos e gera a necessidade de refazer todos os ajustes para focar as diferentes amostras”, ressalta o professor. Nesse sentido, a tecnologia desenvolvida facilita regulagens e proporciona redução no tempo de análise nos equipamentos, prologando, assim, sua vida útil. De acordo com Giannini, sua equipe inicialmente não vislumbrava uma oportunidade real de mercado na pesquisa acadêmica. “Este foi nosso primeiro processo de licenciamento. Depois desse, nos sentimos ainda mais estimulados em produzir cientificamente novos materiais ou técnicas com possibilidades de patente”. Segundo Ernani, o posicionador de palitos está em fase de finalização do projeto comercial. “Contamos para isso com a parceria da empresa catarinense Odeme Dental Research, especializada no desenvolvimento de produtos para a saúde. Estimamos que a tecnologia poderá ser apresentada comercialmente entre abril e maio de 2014”, finaliza. 30 31 DIMINUI TEMPO DE TESTES EM PESQUISAS ODONTOLÓGICAS SIMULADOR DE FUMO 32 03 CASOS DE LICENCIAMENTO DE TECNOLOGIA 2013 O s professores José Roberto Lovadino e Flávio Henrique Baggio Aguiar e os alunos Diogo de Azevedo Miranda e Carlos Eduardo dos Santos Bertoldo, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Unicamp, desenvolveram um equipamento que permite a simulação de fumo para testes odontológicos. Pode ser aplicado em pesquisas odontológicas – como testes de envelhecimento e alterações da cor causadas pelo efeito da fumaça – e pesquisas de propriedades físicas de materiais e substratos odontológicos em contato com produtos do cigarro. O pedido de patente junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) foi realizado em 2011 e a tecnologia foi licenciada para a ERIOS Equipamentos em 2013. “A Inova teve papel fundamental tanto no registro da patente como no licenciamento, uma vez que nos colocou em contato com a empresa interessada e realizou todos os trâmites ne33 cessários para o licenciamento”, afirma o professor Flávio. Para a empresa, o licenciamento da tecnologia proveniente da Unicamp foi benéfico. “Temos interesse comercial em produtos da área odontológica desenvolvida com o conhecimento dos pesquisadores dessa universidade. Estamos investindo em novas tecnologias para entregar um bom produto aos usuários. Nesse sentido a Inova foi de fundamental importância para realizar essa interação universidade-empresa”, afirma Ernani Rios, da ERIOS. Para este licenciamento, a ERIOS firmou parceria com a empresa Odeme, que auxilia no desenvolvimento de produtos, industrialização e vendas. De acordo com Flávio, o dispositivo permite testar produtos odontológicos para que se tenha uma estimativa do comportamento dos mesmos anteriormente à sua análise na cavidade bucal. Este equipamento apresenta dimensões reduzidas e é de fácil manuseio, por isso não precisa de treinamento complexo para ser alterado. “Com esta tecnologia, é possível colocar amostras dentais ou de outros tipos (vivas ou não) para receber ciclos de fumaça provenientes do cigarro. Cada ciclo pode ser ajustado con- siderando o tempo de aspiração da fumaça do cigarro e o tempo de expiração, como acontece em indivíduos fumantes. Este é justamente o diferencial para outros dispositivos já existentes, que colocam amostras ou animais dentro de caixas com fumaça”, explica. O equipamento é controlado 34 “COM ESTA TECNOLOGIA, É POSSÍVEL COLOCAR AMOSTRAS DENTAIS OU DE OUTROS TIPOS (VIVAS OU NÃO) PARA RECEBER CICLOS DE FUMAÇA PROVENIENTES DO CIGARRO.” 03 CASOS DE LICENCIAMENTO DE TECNOLOGIA 2013 por ar comprimido e vácuo e é capaz de simular o ciclo de fumaça em tempo programado através de um temporizador. “O temporizador controla o tempo de inspiração e expiração da fumaça, possibilitando a simulação precisa do efeito do cigarro em produtos odontológicos sem a necessidade de expor os pacientes a um material tóxico”, ressalta. Segundo o professor Flávio, o processo está nos trâmites finais para a empresa poder comercializar o equipamento. Ernani acredita que o licenciamento de tecnologias universitárias que estão dentro do escopo de atuação da empresa gera benefícios mútuos. “O licenciamento em tecnologias inovadoras vai de encontro com nossa missão, que é justamente atender as necessidades dos pesquisadores e fornecer equipamentos de qualidade, valorizando a pesquisa universitária e beneficiando a empresa e a sociedade”. SOBRE A ERIOS A ERIOS Equipamentos Técnicos e Científico é uma empresa nacional focada no fornecimento de materiais e equipamentos para preparação de amostras nas pesquisas científicas em laboratórios universitários. É distribuidora de materiais importados e fabricante de equipamentos desenvolvidos em parceria com universidades. Para mais informações, acesse http://www. erios.com.br/. EDIÇÃO 2013 PRÊMIO INVENTORES UNICAMP 36 04 ESTÍMULO À INOVAÇÃO NA UNICAMP A sexta edição do Prêmio Inventores Unicamp foi realizada no dia 18 de novembro de 2013 e homenageou pesquisadores e docentes envolvidos em atividades de proteção e transferência de tecnologia na Unicamp. Em 2013, houve duas novidades na premiação. Foram homenageados professores com patentes concedi37 das, por meio da criação desta nova categoria. Além disso, a categoria “Destaque na proteção à propriedade intelectual” passou a premiar a unidade da Unicamp com melhor performance, que equivale ao número de pedidos de patentes da unidade dividido pelo número de docentes e pesquisadores. Neste sentido, foi premiado o Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA) como unidade destaque em 2012. O evento também realizou uma homenagem ao professor Jorge Humberto Nicola, in memoriam, pelo pioneirismo na articulação de iniciativas voltadas à inovação na Unicamp. A professora Ester Nicola, esposa de Nicola, recebeu a homenagem. O Prêmio Inventores Unicamp contemplou 30 docentes da Unicamp e englobou três categorias, que são detalhadas a seguir: CATEGORIA “TECNOLOGIA LICENCIADA” F oram premiados nessa categoria inventores da Unicamp responsáveis por tecnologias licenciadas para uma empresa ou outra instituição pública ou privada. No ano de 2013, foram premiados os professores com licenciamentos realizados em 2012. PREMIADOS EM 2013 Celio Pasquini, do Instituto de Química, pelas tecnologias “Dispositivo, método de determinação de rotações ópticas e uso” e “Dispositivo espectrofotométrico, seu sistema de celas e método para monitorar a qualidade de combustíveis automotivos”. 38 Cristiano de Mello Gallep, da Faculdade de Tecnologia, pela tecnologia “Método de apagamento de portadora óptica, dispositivo apagador, dispositivo fotônico remodulador e uso dos dispositivos e Método de chaveamento eletro-óptico empregando multiimpulsos e degrau de corrente via amplificadores ópticos a semicondutor, dispositivos para chaveamento eletroóptico de portadoras ópticas, e uso dos dispositivos”. 04 Dalton Soares Arantes, da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação, pela tecnologia “Processo de Retropropagação Concorrente Suave para Equalização Temporal em Sistemas OFDM”. Daniel Barrera Arellano, da Faculdade de Engenharia de Alimentos, pela tecnologia “Software Mix”. Eduardo Galembeck, do Instituto de Biologia, pela tecnologia “Biotest”. Evandro Conforti, da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação, pela tecnologia “Método de apagamento de portadora óptica, dispositivo apagador, dispositivo fotônico remodulador e uso dos dispositivos e Método de chaveamento eletro-óptico empregando multi-impulsos e degrau de corrente via amplificadores ópticos a semicondutor, dispositivos para chaveamento eletro-óptico de portadoras ópticas, e uso dos dispositivos”. Fernando Antonio Campos Gomide, da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação, pela tecnologia “Software Mix”. Fernando Aparecido Sigoli, do Instituto de Química, pela tecnologia “Processo de Obtenção de Nanoprodutos a Base De Sílica”. ESTÍMULO À INOVAÇÃO NA UNICAMP Ítalo Odone Mazali, do Instituto de Química, pela tecnologia “Processo de Obtenção de Nanoprodutos a Base De Sílica”. Ivo Milton Raimundo Jr, do Instituto de Química, pela tecnologia “Dispositivo espectrofotométrico, seu sistema de celas e método para monitorar a qualidade de combustíveis automotivos”. Renato Grimaldi, da Faculdade de Engenharia de Alimentos, pela tecnologia “Software Mix”. Ricardo Dahab, do Instituto de Computação, pela tecnologia “Métodos seguros de identificação de dispositivos baseados no problema do escoamento de dados”. Suzanne Rath, do Instituto de Química, pela tecnologia “Dispositivo para extração em fase sólida tipo manifold com camara de vácuo, válvulas para controle por vácuo e válvulas adaptadas para controle por bomba peristáltica”. Jarbas José Rodrigues Rohwedder, do Instituto de Química, pelas tecnologias “Dispositivo, método de determinação de rotações ópticas e uso”, “Dispositivo para extração em fase sólida tipo manifold com câmara de vácuo, válvulas para controle por vácuo e válvulas adaptadas para controle por bomba peristáltica” e “Dispositivo espectrofotométrico, seu sistema de celas e método para monitorar a qualidade de combustíveis automotivos”. Yoshitaka Gushiken, do Instituto de Química, pela tecnologia “Sensor eletroquímico baseado em material carbono cerâmico para determinação de oxigênio dissolvido e o processo para obtenção do mesmo”. Marcos Nopper Alves e Ilio Montanari Junior, do Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas, pela tecnologia “CPQBA T6_Cultivar”. Yuzo Iano, da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação, pela tecnologia “Remultiplexação de sinais ISDB-T para distribuição de sinais de televisão usando padrão DVB”. 39 PREMIADOS EM 2013 Antonio Ludovido Beraldo, da Faculdade de Engenharia Agrícola, pela tecnologia “Dispositivo para tratamento de colmos de bambu sob pressão”. Carlos Kenichi Suzuki, da Faculdade de Engenharia Mecânica, pela tecnologia “Optical sensing systems for liquid fuels e Maçarico para dopagem de preformas para fibra óptica”. Carol Hollingworth Collins, do Instituto de Química, pela tecnologia “Processo para obtenção de fases estacionárias para cromatografia líquida de alta eficiência, baseadas em polissiloxanos adsorvidos e imobilizados na superfície de sílica porosa”. Fábio Augusto, do Instituto de Química, pela tecnologia “Dispositivo para micro-extração em fase sólida combinada á análise dinâmica de headspace (dhs-spme)”. CATEGORIA “PATENTES CONCEDIDAS” F oram contemplados inventores da Unicamp que tiveram a concessão de patentes no Brasil ou no exterior. A categoria foi criada a partir de 2013 e são premiados os pesquisadores com patentes concedidas no ano anterior da premiação – nesse caso, patentes concedidas em 2012. 40 Isabel Cristina Sales Fontes Jardim, do Instituto de Química, pela tecnologia “Processo para obtenção de fases estacionárias para cromatografia líquida de alta eficiência, baseadas em polissiloxanos adsorvidos e imobilizados na superfície de sílica porosa”. Kenneth Elmer Collins, do Instituto de Química, pela tecnologia “Processo para obtenção de fases estacionárias para cromatografia líquida de alta eficiência, baseadas em polissiloxanos adsorvidos e imobilizados na superfície de sílica porosa”. Luiz Otávio Saraiva Ferreira, da Faculdade de Engenharia Mecânica, pela tecnologia “Aplicação de resinas flexográficas em tecnologia de microssistemas”. Marco Aurélio De Paoli, do Instituto de Química, pela tecnologia “Incorporação de negro de fumo condutor na formulação de autopeças plásticas pretas injetadas”. Marcos Nogueira Eberlin, do Instituto de Química, pela tecnologia “Hs-mims: sistema de análise direta de compostos orgânicos voláteis (vocs) sem extração prévia em matriz sólida”. Maria Clara Filippini Ierardi, da Faculdade de Engenharia Mecânica, pela tecnologia “Desenvolvimento de eletrodos de óxidos térmicos utilizando o laser como fonte de calor”. Regina Sparrapan, do Instituto de Química, pela tecnologia “Hs-mims: sistema de análise direta de compostos orgânicos voláteis (vocs) sem extração prévia em matriz sólida”. Rodnei Bertazolli, da Faculdade de Engenharia Mecânica, pelas tecnologias “Processos eletroquímicos para o tratamento de efluentes aquosos contendo cianetos livres e/ou complexados com metais pesados” e “Desenvolvimento de eletrodos de óxidos térmicos utilizando o laser como fonte de calor”. CATEGORIA “DESTAQUE NA PROTEÇÃO À PROPRIEDADE INTELECTUAL” PREMIADOS EM 2013 “ESSA CONQUISTA É FRUTO DO ESFORÇO DE TODOS OS PESQUISADORES DO CPQBA, QUE ESTÃO BASTANTE FOCADOS EM CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO. A INOVA É UM PARCEIRO IMPORTANTE E NOS AJUDA A MUDAR A MENTALIDADE E PROTEGER NOSSAS PESQUISAS.” Unidade com melhor performance em 2012: Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas. Ivo Milton Raimundo Junior, diretor do CPQBA C ategoria voltada para as unidades da Unicamp com o intuito de celebrar as unidades com maior envolvimento na cultura da propriedade intelectual e de inovação. PRÊMIO INOVA UNICAMP DE INICIAÇÃO À INOVAÇÃO EDIÇÃO 2013 42 04 ESTÍMULO À INOVAÇÃO NA UNICAMP Confira a seguir os premiados de 2013: Área Biológicas Acadêmica: Fernanda Maria Mazoni dos Reis Orientador: Pedro Luiz Rosalen Acadêmica: Juliana Biar Pereira Orientadora: Selma Giorgio N o dia 9 de dezembro de 2013, a Agência de Inovação promoveu a sexta edição do Prêmio Inova Unicamp de Iniciação à Inovação, evento que tem por objetivo valorizar alunos e docentes que desenvolveram pesquisas com maior potencial de geração de produtos para a sociedade. O Prêmio Inova homenageou seis alunos e seis docentes das áreas Biológicas, Exatas e Tecnológicas. A escolha dos vencedores é feita por meio de uma pré-seleção realizada pela Inova e a seleção que incluiu, em 2013, além de um dos Diretores da Inova, Patricia Leal Gestic, dois parceiros externos: Área Exatas Acadêmica: Jéssica Mirela Gallafrio Orientadora: Ana Valéria Colnaghi Simionato Cantu Acadêmica: Flávia Mesquita Cabrini Orientadora: Ljubica Tasic Welbe Oliveira Bragança, Geneticista do “Laboratório Exactgene - Análises em DNA e Gerente do Laboratório de Genômica e Extressão, do Departamento de Genética, Evolução e Bioagentes do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp. Área Tecnológicas Carlos Alberto Fróes Lima, CEO na KNBS Knowledge Networks & Business Solutions. Acadêmico: Giorgio Augusto Andreotti Orientador: Wislei Riuper Ramos Osorio Os alunos bolsistas dos projetos selecionados receberam a bonificação de R$ 3 mil cada e os orientadores também foram homenageados no evento. Acadêmico: José Carlos Garcia Andrade Orientador: Leandro Tiago Manera 43 Reuniões de diretoria: fortalecimento da inovação nas unidades da Unicamp 44 04 ESTÍMULO À INOVAÇÃO NA UNICAMP E m 2013, a nova diretoria da Inova Unicamp promoveu reuniões com docentes e pesquisadores para estimular seu envolvimento em atividades voltadas ao estímulo à inovação na Unicamp. Foram realizadas três reuniões em 2013 para docentes de quatro institutos: Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA), Faculdade de Tecnologia (FT), Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW) e Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA). As visitas foram realizadas pela diretora de propriedade intelectual da Agência de Inovação Inova Unicamp, Patrícia Leal Gestic, e objetivam criar um ambiente de aproximação entre a Inova e diversas unidades da Unicamp, bem como estimular a cultura de inovação na Universidade. A iniciativa de se promover encontros entre a diretoria da Inova com os professores nas unidades da Unicamp irá se estender durante 2014. Os professores e pesquisadores que tiverem interesse em entrar em contato para agendar um encontro em sua unidade podem enviar e-mail para [email protected]. 45 Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica edição 2013 46 04 ESTÍMULO À INOVAÇÃO NA UNICAMP tuto de Inovação e Empreendedorismo (Enterprise Innovation Institute) da Georgia Tech, que aconteceu em maio. Participaram da terceira edição do Desafio Unicamp 46 equipes que totalizaram 200 pessoas de São Paulo, Minas Gerais, Paraíba, Recife, Santa Catarina e Paraná. Ao longo da competição, foram analisadas 19 tecnologias da Unicamp, entre patentes e programas de computador. Além disso, da rede de mentores da Inova participaram 46, sendo 24 mentores acadêmicos e 22 empresariais. A terceira edição do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica aconteceu no primeiro semestre de 2013. A competição de modelos de negócios visa estimular a criação de negócios de base tecnológica a partir da propriedade intelectual da Unicamp (patentes e programas de computador). Um dos grandes diferenciais é a oferta de treinamento e mentoria – empresarial e acadêmica – para as equipes inscritas. Ao final da competição, a equipe vencedora foi premiada com R$ 3 mil para cada aluno; bolsa no exterior a um integrante da equipe vencedora para o programa “RedEmprendia novos empreendedores: aprendendo a empreender”; curso de Black Belt pela EDTI, troféus e certificados. O Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica é uma iniciativa da Agência de Inovação Inova Unicamp e em 2013 contou com o financiamento do CNPq e CAPES e apoio de diversas instituições, como as patrocinadoras Cielo, EDTI, LD Soft, Banco do Brasil, Clarke, Modet & Cº, Cristália e RedEmprendia e os apoiadores Anjos do Brasil, Associação Campinas Startups, Núcleo das Empresas Juniores, Fundo Pitanga, EPM Jr. Unifesp, Ciesp, Prefeitura Municipal de Campinas, Liga Empreendedora, Endeavor, Eureca, Sebrae e DikaJob. De março a julho de 2013 foram realizados workshops, palestras e mentorias para as equipes esclarecerem suas dúvidas e elaborarem seu modelo de negócios. Em abril aconteceu o principal evento de capacitação, o Workshop de Geração de Modelo de Negócios e Metodologia Lean Startup. Outro evento de destaque em 2013 foi o Workshop Internacional de Empreendedorismo, ministrado por Stephen Fleming, vice-presidente e diretor executivo do Insti47 Stephen Fleming, vice-presidente e diretor executivo do Instituto de Inovação e Empreendedorismo (Enterprise Innovation Institute) da Georgia Tech ministra palestra na edição 2013 do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica. Abaixo, alunas fazem a montagem de Canvas para seu projeto. À direita, equipe vencedora do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica 2013, HESTEQ, recebe a premiação. 48 EQUIPES FINALISTAS DO DESAFIO UNICAMP 2013 Equipe vencedora: HESTEQ O s alunos da Engenharia Química da Unicamp Arthur Maia Mendes, Antenor Teixeira Neto, Pedro Luiz Galante Iannini e Reginaldo José Gomes Neto, além de Iago de Almeida Neves da Engenharia Elétrica, trabalharam com a tecnologia “Sistema e Método de detecção de vazamento de gás em tubulações”, desenvolvido pela professora doutora em Engenharia Química, Ana Maria Frattini Filetti, que atuou como mentora acadêmica da equipe. O mentor empresarial foi o empreendedor Alexandre Neves, fundador da Kaizen. 49 2º lugar: Harmônica Alunos da Unicamp dos cursos de Engenharia da Computação e Música • Brunno Rodrigues Arangues • Marcelo Azevedo Gonçalves dos • • Santos Nikolas Jonathan Makiya Vichi Rubens Ozorio Leão 3º lugar: Raiz Universitária Alunos da Unicamp dos cursos de Engenharia da Computação, Economia, Engenharia de Controle e Automação e Engenharia Elétrica e de Computação • • • • • Lucas Pinheiro Correia Marco Antônio Benevides Linhares Marcus Vinicius Laganá Rodrigo Rosa da Silva Vinicius Campanha Sartori 4º lugar: DJANGO Alunos da Unicamp do curso de Engenharia Agrícola da Unicamp • Daniel Garbellini Duft • Daniel Pinto Holzhausen • Marcos Takumi Okuno 5º lugar: Good Values 6º lugar: Astros FT Aluno de MBA Executivo da ESAMC, e alunos da Unicamp dos cursos de Telecomunicações, Engenharia da Computação e Análise e Desenvolvimento de Sistemas • • • • George Heiki Yoshizawa Luis Eduardo dos Santos Roberto Chura Chambi Tadeu Pereira Passos Alunos da Unicamp dos cursos de Tecnologia em Análise e Desenvolvimentos de Sistemas, Tecnologia, Controle Ambiental e Telecomunicações • • • • • Ana Lúcia Stella de Souza Joice Duarte Paiva Matheus Henrique Florencio Silva Matheus Teles de Freitas Priscila Kezia de Paula 51 À esquerda, o cotidiano dos estudantes da Unicamp Acima, equipes discutem sobre os projetos no Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica 2013. Inova Unicamp & Cambridge Enterprise as iniciativas da parceria em 2013 52 04 À esquerda, palestra no curso Doctoral IP Course ESTÍMULO À INOVAÇÃO NA UNICAMP A primeira colaboração entre os escritórios de transferência de tecnologia – Inova Unicamp, no Brasil, e Cambridge Enterprise, no Reino Unido – começou em 2011, quando o Departamento de Ciência e Inovação do Reino Unido (BIS-UK), com apoio do Consulado Britânico no Brasil, veio buscar universidades renomadas do país que estivessem interessadas em estabelecer parcerias em ciência e inovação. O objetivo inicial do projeto foi criar uma parceria de longo prazo entre dois importantes clusters de inovação visando fortalecer a troca de experiências e de conhecimento. A partir deste contato, dois projetos foram executados em parceria pela Inova Unicamp e o Cambridge Enterprise: Global Partnership Project – realizado de novembro de 2011 a março de 2014 – visou promover inovação e criação de novos negócios no Brasil, tendo a Inova como modelo, e explorar oportunidades de colaboração em pesquisa entre as duas universidades. Este projeto foi financiado pelo BIS UK - departamento britânico e gerenciado pelo Consulado Britânico de São Paulo. Intellectual Property Commercialization – realizado de outubro de 2011 a março de 2014 – investigou as barreiras à comercialização de propriedade intelectual no Brasil e os programas para estimular a comercialização e a inovação. Este projeto foi financiado pelo Prosperty Fund, do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido, e gerenciado pela Embaixada Britânica de Brasília. Ambos os projetos promoveram e ampliaram a interação entre a Unicamp e a Universidade de Cambridge. Ao longo dos três anos de parceria, as iniciativas tiveram como foco estimular a comercialização da propriedade intelectual no Brasil. Essas atividades envolveram e impactaram não somente a Agência de Inovação Inova Unicamp, mas também a Unicamp como um todo, além de outras universidades brasileiras. As iniciativas realizadas em 2013 se concentraram em dois eixos principais: (1) na disseminação de novas práticas de comercialização de propriedade intelectual e empreendedorismo e (2) no desenvolvimento de programas para estimular a interação universidade-empresa. 53 Dentro do primeiro eixo, foram realizados, em 2013, dois cursos, ambos ministrados por Shima Barakat – pesquisadora e professora da Universidade Cambridge – e Shirley Jamieson – diretora de Marketing da Cambridge Enterprise e coautora na criação do Centro de Empreendedorismo de Cambridge (CEC); são eles: Faculty Entrepreneuship Course, voltado para os professores que lecionam disciplinas relacionadas a empreendedorismo ou representantes de núcleos de inovação tecnológica que trabalham com empreendedorismo. O curso visou disseminar novas práticas de educação para empreendedorismo. Aproximadamente 25 professores e representantes de NITs de 16 universidades brasileiras participaram do treinamento. Doctoral IP Course, voltado para estudantes de pós-graduação, tendo como objetivo de introduzi-los em ações relacionadas ao empreendedorismo. O curso abordou diferentes trajetórias de empreendedorismo, estimulando a criatividade dos estudantes e auxiliando-os a entender o processo de comercialização e validação da tecnologia. Aproximadamente 30 estudantes da Unicamp e de outras universidades brasileiras participaram do Doctoral IP Course. 04 ESTÍMULO À INOVAÇÃO NA UNICAMP Relacionadas ao segundo eixo – de programas para estimular a interação universidade-empresa – foram implementadas duas iniciativas: O objetivo inicial do projeto foi criar uma parceria de longo prazo entre dois importantes clusters de inovação visando fortalecer a troca de experiências e de conhecimento. À esquerda, grupo participante do curso Doctoral IP Course Programa Líder de Inovação, que visa intensificar a comunicação entre a Inova Unicamp e os institutos da Unicamp, é baseado na experiência bem-sucedida do programa Champions, do Cambridge Enterprise. Por meio do programa Líder de Inovação, a Inova Unicamp envia ao professor, que foi identificado como Líder de Inovação, informações periódicas sobre as iniciativas de inovação da universidade. O professor será responsável por difundir a informação no seu instituto ou departamento, facilitando, assim, o contato entre os professores e a Agência de Inovação. Workshop de Projetos Colaborativos, uma metodologia criada pelo Cambridge Enterprise que visa estimular novos projetos de pesquisas em colaboração universidadeempresa. A metodologia foi aplicada pela primeira vez na Unicamp reunindo o Laboratório Cristália – empresa brasileira da área químico-farmacêutica – e pesquisadores do Instituto de Biologia da Unicamp. A Inova Unicamp pretende replicar o evento envolvendo outras empresas interessadas em projetos de pesquisa colaborativos. 55 programa Líder de Inovação 56 04 ESTÍMULO À INOVAÇÃO NA UNICAMP Atualmente temos sete líderes de inovação ativos na Unicamp. Conheça os líderes de inovação da Unicamp: • Prof. Adilson Sartoratto, Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas • Profa. Ângela Maria Moraes, Faculdade de Engenharia Química O programa Líder de Inovação é uma iniciativa da Inova Unicamp que tem por objetivo intensificar a comunicação entre a Inova e os Institutos e Faculdades da Unicamp. No programa, a facilitação da comunicação se dá por meio do Líder de Inovação, que é um docente, conhecedor das atividades relacionadas à gestão da inovação na Unicamp e com intenso contato com a Agência de Inovação. O intuito é que este professor seja periodicamente informado sobre as novidades da área e atue como difusor dessas informações junto a seu instituto ou faculdade, facilitando o contato entre os docentes e a Agência de Inovação. • Prof. Fernando Aparecido Sigoli, Instituto de Química • Prof. Luiz Geraldo Meloni, Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação • Prof. Marcelo Menossi, Instituto de Biologia • Prof. Siome Goldestein, Instituto de Computação • Prof. Varese S. Timóteo, Faculdade de Tecnologia Para indicação de líderes e outras informações, entre em contato com [email protected] 57 Parque Científico e Tecnológico da Unicamp: investimentos em 2013 58 05 INOVA UNICAMP NO APOIO À EMPRESA INOVADORA E m 2013, resultados expressivos foram alcançados para a consolidação de parcerias em pesquisa e desenvolvimento no âmbito do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp. Os destaques foram: a aprovação de projeto junto à Finep para a construção de um novo prédio no Parque, a estruturação da parceria com a empresa Lenovo e a ampliação da parceria com a empresa Samsumg. Prédio a ser ocupado pela Lenovo e empresas incubadas. 59 Parceria Lenovo-Unicamp: maior investimento em P&D feito por uma empresa na história da Universidade E m novembro de 2013, a Lenovo concretizou parceria com a Unicamp para instalar um centro de P&D da empresa em Campinas, dentro da Parque Científico da Unicamp. O Centro de P&D da Lenovo será hospedado inicialmente no prédio do Centro de Inovação. A empresa deverá investir US$ 100 milhões em P&D nos próximos cinco anos, o que constitui o maior aporte feito por uma empresa em projetos de parceria com a Unicamp. A negociação contou com a participação ativa da reitoria e o envolvimento direto da Agência da Inovação Inova Unicamp, responsável pela gestão do Parque Científico e Tecnológico. A Prefeitura de Campinas, a Fapesp e o Governo Estadual, por meio da Investe São Paulo, a Agência Paulista de Investimentos e Competitividade, também tiveram papel fundamental na tomada de decisão da empresa. Além da Inova e da reitoria, docentes do Instituto de Computação (IC) e da Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação (FEEC) da Unicamp foram envolvidos desde o início da negociação com o intuito de demonstrar a capacidade técnica da universidade nas áreas de interesse da empresa. Alinhado ao programa TI Maior do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a parceria também trará recursos complementares para bolsas de pesquisa, de mestrado e doutorado no escopo da colaboração. Investimento de R$ 4,3 milhões da Finep T ambém em novembro de 2013, a Agência Brasileira de Inovação (Finep) divulgou os projetos aprovados na Chamada Pública para Parques Tecnológicos. O projeto do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp foi um dos oito contemplados na linha B no Edital, voltada para Parques em implantação. O projeto é o único do Estado de São Paulo na chamada inicial. Foram aprovados R$ 4,3 milhões, que serão investidos na construção de um novo prédio dentro do Parque Científico. 60 Espaço da Samsung no Parque Científico da Unicamp Parceria Unicamp-Samsung: bons resultados e ampliação A parceria firmada em 2012 entre a Unicamp e a Samsung foi ampliada e fortaleceu-se ainda mais com a expansão dos projetos colaborativos em pesquisa e desenvolvimento. Até dezembro de 2013, a Samsung realizava cinco projetos com o Instituto da Computação (IC) e dois em conjunto com o IC e a Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC). No total, há 12 professores envolvidos na parceria, sendo três deles participantes de mais de um projeto. A parceria conta com um total de 34 alunos desses dois institutos. Dentre os envolvidos, estão os professores Alexandre Falcão, Anderson Rocha, Antenor Pomílio, Edson Borin, Eduardo Valle, Guido Araújo, Paulo Lício, Ricardo Dahab, Ricardo Torres, Rodolfo Jardim, Sandro Rigo e Siome Goldstein. As pesquisas englobam o desenvolvimento de plataformas computacionais móveis e áreas multidisciplinares em que os envolvidos colaboram de maneira conjunta. 61 Espaços que a Samsung ocupa no prédio do Inovasoft A parceria possui um diferencial, já que inclui a provisão de equipe dentro da Universidade para gestão administrativa dos projetos. Além disso, conta com todo o apoio e intermediação da Inova na formatação dos projetos, sendo um exemplo bem-sucedido desse modelo. Em agosto de 2013, a empresa reinaugurou o laboratório – que está alocado no prédio do Inovasoft, dentro da própria Unicamp –, com o objetivo de estimular ainda mais a criatividade dos pesquisadores e estabelecer um ambiente agradável e confortável para a realização das pesquisas. A motivação para reformar o laboratório foi criar um ambiente ainda mais propício à pesquisa e inovação. A novidade visou aguçar a criatividade dos alunos e professores, e viabilizar um convívio em que a troca de experiências e visões vão colaborar para a geração das tecnologias do futuro. Também em razão dessa parceria, houve em 2013 a publicação de artigos e participações em congressos relacionados ao escopo de pesquisa. Devido aos bons resultados obtidos, a parceria Unicamp-Samsung continua em 2014. 62 05 INOVA UNICAMP NO APOIO À EMPRESA INOVADORA Opções de ocupação/instalação no Parque Científico O Parque Científico e Tecnológico da Unicamp corresponde a uma área inicial de 100 mil m2 dentro do campus da Universidade para instalação de laboratórios de P&D de empresas que desenvolvam projetos de pesquisa em colaboração com a universidade. O Parque possui espaço para hospedar as empresas incubadas na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp). Empresas com projetos de pesquisa colaborativos com a Unicamp podem se instalar no Parque Científico de duas maneiras. A instalação pode se dar em uma área já construída ou por meio de construção de prédio próprio. Atualmente, há três prédios já construídos voltados para instalar os projetos de cooperação universidade-empresa no Parque: o Inovasoft, o Centro de Inovação e Incubadora, e o Laboratório de Inovação em Biocombustíveis (LIB). No caso de construção de prédio próprio, a empresa é responsável pelos custos de construção e terá permissão de uso do prédio pelo período em que tiver projetos em parceria com a universidade. Taxas de ocupação e manutenção serão negociadas. 63 Mais informações Os interessados em conhecer o Parque e espaços disponíveis para hospedagem de projetos podem entrar em contato pelo e-mail: [email protected] ou pelo telefone: (19) 3521-2613. Incamp: novas incubadas e destaque em captação de fomento público 64 05 INOVA UNICAMP NO APOIO À EMPRESA INOVADORA E m 2013, a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp) contou com a entrada de cinco novas empresas em seu espaço físico – Sigma Octantis, In Reservoir, Lean Life, Inovafi e MGC Research (saiba mais no box abaixo). Neste último ano houve uma demanda crescente por empresas interessadas em ingressar na Incamp, já que o último edital para captação de empresas, realizado no primeiro semestre de 2013, teve número recorde de propostas – no total, foram 17. Também em 2013, três empresas foram graduadas – Sparky Mobile, Acen e Ekion –, oito ficaram incubadas – In Resevoir, Idbex, Solstício Energia, Tendere, ANS Pharma, Easy Print, Lean Life e Inovafi e quatro pré-incubadas – Kit Diagnóstico, MGC Research, Geocrop e Sigma. 65 Além disso, um indicador de evolução diz respeito ao número de colaboradores nas empresas. Considerando sócios, bolsistas, estagiários e funcionários, o número de contratados passou de 33, em 2012, para 38 pessoas em 2013. Deste total, cerca de 50% é composto pelos sócios. Neste último ano, destacou-se também o número de novos produtos ou serviços em comercialização, que foi de 23, em 2012, para 24, em 2013. Somado a isso, o número total de produtos ou serviços em pesquisa e desenvolvimento (P&D) na Incamp passou de 19, em 2011, para 25, no ano anterior, e para 30 em 2013. Já o faturamento agregado dos últimos dois anos de todas as empresas incubadas foi de aproximadamente R$ 1,8 milhão. As novas empresas pré-incubadas e incubadas ainda estão iniciando suas atividades empresariais. Outro indicador importante é o que diz respeito aos recursos captados junto a fontes de fomento para desenvolvimento de projetos de P&D. No ano de 2013 o volume de recursos aprovados é de mais de R$ 2 milhões. 66 05 Empresas ingressantes na pré-incubação e incubação em 2013 Sigma Octantis – fornece a gestão e apoio ao manejo de culturas irrigadas com ênfase de trabalho em pivôs centrais. In Reservoir – desenvolve ferramentas computacionais e oferece capacitação para empresas do ramo de engenharia de petróleo, universidades e grupos de pesquisa envolvidos com engenharia de reservatórios Ingresso na Incamp INOVA UNICAMP NO APOIO À EMPRESA INOVADORA Lean Life – desenvolve aplicativos móveis para avaliações físicas e programas de treinamento físico personalizado MGC Research – realiza testes pré-clínicos para pesquisa e desenvolvimento (P&D) de novos medicamentos e fármacos Inovafi – desenvolve soluções de tratamento de efluentes por meio da degradação de componentes pela exposição a um feixe de elétrons O Para conferir a lista completa de empresas incubadas e graduadas pela Incamp, acesse www.incamp.unicamp.br. processo de seleção para ingresso na Incamp compreende três etapas: 1) avaliação do projeto por parte da equipe de gestão da Incamp, especialistas de mercado ou professores da Unicamp; 2) entrevista com os candidatos; e 3) divulgação final dos resultados. Empresas interessadas podem acompanhar a abertura dos próximos editais através do site: www.incamp.unicamp.br. 67 “Ser líder na promoção do ecossistema de inovação e empreendedorismo no âmbito regional e nacional, e com reconhecimento internacional.” Respeito às pessoas, Comprometimento, Excelência, Cooperação e Integridade MISSÃO VISÃO VALORES “Identificar oportunidades e promover atividades de estímulo à inovação e ao empreendedorismo, ampliando o impacto do ensino, da pesquisa e da extensão em favor do desenvolvimento socioeconômico sustentado.” 68 Agência de Inovação Inova Unicamp Rua Roxo Moreira, 1831, CEP 13083-592 Campinas - SP Caixa Postal: 6131 [email protected]