Késia Viviane Almeida Costa - Departamento de Administração de
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Késia Viviane Almeida Costa - Departamento de Administração de
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ADMINISTRAÇÃO CAMPUS DE VILHENA Késia Viviane Almeida Costa ANÁLISE ADMINISTRATIVA DA EMPRESA PORTAL ÓLEOS VEGETAIS VILHENA 2015 KÉSIA VIVIANE ALMEIDA COSTA Análise Administrativa da empresa Portal Óleos Vegetais Relatório de Estágio apresentado ao Departamento de Administração da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR) como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientador: Prof. Me. Ronie Peterson Silvestre. VILHENA 2015 Késia Viviane Almeida Costa Análise Administrativa da empresa Portal Óleos Vegetais Relatório de Estágio apresentado ao Departamento de Administração da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR) como Trabalho de Conclusão de Curso para a obtenção do título de Bacharel em Administração. Vilhena, 26 de novembro de 2015. ______________________________________________________ Professora Esp. Aparecida Magali Gabriel Teixeira Chefe do Departamento de Administração Campus de Vilhena Banca Examinadora: ______________________________________________________ Professor Me. Ronie Peterson Silvestre Orientador – Presidente da Banca _________________________________________________ Prof. Me. José Kennedy Lopes Silva Membro _________________________________________________ Prof.ª Esp. Luana da Mata Membro Dedico este trabalho a Deus, por sempre guiar meus passos. “Siga em frente, faça o teu caminho Tenha fé em Deus, Ele vai contigo Não de abandona jamais.” Banda AP21 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Lista de figuras Figura 1 - Cinco forças de Michael Porter................................................................................19 Figura 2 - Fluxograma esqueleto.............................................................................................23 Figura 3 - Fluxograma de blocos..............................................................................................24 Figura 4 - Fluxograma vertical..................................................................................................25 Figura 5 - Fluxograma vertical e horizontal..............................................................................25 Figura 6 - Funções administrativas ...........................................................................................26 Figura 7 - Estrutura funcional....................................................................................................27 Figura 8 - Estruturação por clientes...........................................................................................28 Figura 9 - Estruturação por processo..........................................................................................28 Figura 10 - Estruturação por produto.........................................................................................29 Figura 11 - Organograma estrutural...........................................................................................30 Figura 12 - Organograma circular ou radial...............................................................................31 Figura 13 - Organograma funcional (a)......................................................................................31 Figura 14 - Organograma funcional (b).....................................................................................32 Figura 15 - Organograma estrutural-funcional..........................................................................32 Figura 16 - Organograma matricial (em matriz)........................................................................33 Figura 17 - Analise SWOT Portal Óleo Vegetal........................................................................40 Figura 18 - Organograma da Portal Óleo Vegetal ...................................................................44 Figura 19 Fluxograma do processo produtivo..........................................................................45 Lista de tabelas Tabela 1 - Conceito e exemplos dos fatores de uma análise SWOT .......................................17 Tabela 2 - As cinco forças de Michael Porter...........................................................................20 Lista de gráficos Gráfico 1 - Mensuração do clima e cultura organizacional escala de 1 a 5 ..............................36 Gráfico 2 - Mensuração do clima e cultura organizacional escala de 1 a 3...............................38 SUMÁRIO 1 2 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 8 REFERENCIAL TEÓRICO-EMPÍRICO .............................................................. 10 2.1 Gestão de Pessoas ........................................................................................... 10 2.1.1 Clima organizacional ................................................................................. 10 2.1.2 Cultura organizacional............................................................................... 11 2.1.3 Recrutamento e seleção de pessoas ........................................................... 11 2.1.4 Recrutamento Interno ................................................................................ 12 2.1.5 Recrutamento Externo ............................................................................... 12 2.1.6 Técnicas mais utilizadas de recrutamento ................................................. 13 2.1.7 Seleção de Pessoas .................................................................................... 13 2.2 Administração Estratégica e Planejamento ..................................................... 14 2.2.1 Análise SWOT........................................................................................... 15 2.2.2 Forças Competitivas de Michael Porter .................................................... 18 2.3 Organização e Métodos .................................................................................. 21 2.3.1 Fluxograma ................................................................................................ 22 2.3.2 Estrutura Organizacional ........................................................................... 26 2.3.3 Tipos de Estruturas Organizacionais Formais ........................................... 27 2.3.4 Organograma ............................................................................................. 29 3 METODOLOGIA .................................................................................................. 34 4 ANÁLISES E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .............................................. 35 4.1 Gestão de pessoas ........................................................................................... 35 4.1.1 Clima e Cultura organizacional ................................................................. 36 4.2 Administração Estratégica e Planejamento ..................................................... 39 4.2.1 Análise SWOT........................................................................................... 40 4.2.2 As 5 forças competitivas de Porter ............................................................ 41 4.2.3 Estabelecimento das diretrizes da empresa ............................................... 42 4.3 Organização e Métodos .................................................................................. 43 4.3.1 Estrutura organizacional ............................................................................ 43 4.3.2 Organograma ............................................................................................. 43 4.3.3 Fluxograma ................................................................................................ 45 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 46 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 48 APÊNDICES ................................................................................................................ 50 8 1 JUSTIFICATIVA A Portal Óleos Vegetais teve início com a industrialização da soja, pois levava em consideração o potencial do cerrado. Com uma visão no futuro viram uma grande oportunidade em construir uma indústria de óleo de soja na entrada da Amazônia. No meio do caminho surge também a ideia de se trabalhar com o girassol. O plantio foi incentivado pela própria Portal Óleos Vegetais, que absorveu a produção de Rondônia e buscou o produto em outros Estados. Primeiro foi o óleo bruto degomado e o farelo de girassol e, em um novo salto, a Portal Óleos Vegetais partiu para uma etapa que se mostra determinante para a consolidação da empresa. Este novo passo é o lançamento do óleo extra virgem de girassol essencial. A escolha da organização leva em consideração a importância do seu trabalho dentro do município e para a sociedade em geral, pois além de oferecer muitas oportunidades de trabalho, traz também uma alternativa de produtos saldáveis que proporcionam ao consumidor uma melhor qualidade de vida. Foi analisado na empresa as seguintes áreas: Administração estratégica: pôde-se ser compreender um pouco mais da empresa como quantidade de funcionários, segmento dos produtos ou serviços comercializados; Principais políticas e diretrizes existentes, missão, visão e valores. Também foi feita a Análise SWOT e apresentado as 5 Forças competitivas de Michael Porter operando em seu ambiente competitivo. Na Administração Geral e OSM (Estrutura Organizacional): foi apresentado um organograma completo da empresa com descrição das principais funções e principais vínculos entre as unidades de negócio e um fluxograma do principal processo da Organização. Na área de Gestão de Pessoas levou-se em consideração o perfil dos colaboradores (quantidade, escolaridade, cargos e funções), o clima e cultura organizacional e o processo de Seleção e Recrutamento. A metodologia utilizada para a elaboração do relatório foi baseado em pesquisa qualitativa por meio das técnicas de coleta de dados: entrevistas, observações e análise de documentos. Os resultados serão mostrados através de tabelas, gráficos, fluxogramas e organogramas. O relatório tem como finalidade apresentar por meio de análises os pontos fortes e fracos da organização de acordo com as áreas escolhidas, com isso poder contribuir para que se possa propor melhorias de acordo com as necessidades. Após o término do relatório esperasse obter resultados que venham ser úteis não só à organização em questão, mas que também venha 9 ajudar outras empresas que enfrentam os mesmos problemas e poder auxiliar melhor seus planejamentos, suas estruturas organizacionais e setores de gestão de pessoas. 10 2 REFERENCIAL TEÓRICO-EMPÍRICO Para embasar o trabalho de pesquisa, levou-se em conta 3 (três) eixos temáticos a serem analisados na empresa pesquisada. Primeiramente a gestão de pessoas em que França (2013) ajuda a compreender como é organizado os recursos humanos da empresa, além da política de recrutamento de funcionários, treinamento dos mesmos. Bem como todo o organograma funcional da empresa. Será também abordado administração estratégica, onde será possível entender como se cria as principais políticas e diretrizes da organização e como aplicar a análise SWOT e as 5 forças de Michael Poter. Por fim em Organização e Métodos será tratada formas de como é feita a estrutura organizacional tanto por meio de organogramas quanto de fluxogramas. 2.1 Gestão de Pessoas O processo de gerir pessoas tem se tornado a mola mestra do sucesso de uma empresa, pois é neste que a organização pode demonstrar sua excelência mantendo e angariando capital intelectual. Pois são as pessoas que geram e fortalecem as relações necessárias para a condução de qualquer negócio e que podem suprir a empresa de vantagem competitiva sustentável, difíceis de se imitar (BARNEY, 2010). Para se compreender melhor o processo de gestão de pessoas será detalhado a seguir em seus subtópicos principais. 2.1.1 Clima organizacional Conforme explica Fidelis e Banov (2007), às relações humanas dentro do trabalho configuram o clima organizacional refletindo na satisfação ou insatisfação do trabalho. Os mais diversos fatores podem alterar o clima organizacional como a temperatura, umidade, quanto a pressão por resultados, se é um ambiente acolhedor, se possui prestígio da sociedade. São exemplos de fatores que podem favorecer ou não a eficácia do trabalho e ao mesmo tempo em que, podem motivar os funcionários em prol de um resultado ou objetivo. Fidelis e Banov (2007) ainda afirma que a medida do clima organizacional pode ser medida por meio de alguns instrumentos como: índices de falta no trabalho, demissão e rotatividade podem indicar 11 problemas no clima organizacional da empresa, avaliações de desempenho e de satisfação com a empresa, em entrevistas e questionários com os empregados, canais de reclamação e ouvidoria e o ombudsman também pode ser contratado como especialista nesta área o qual através de consultoria pode ajudar. Porto e Sobrinho (2012) afirmam que o clima organizacional não é uma característica estática, mas sim dinâmica que depende inúmeros fatores o que torna seu estudo complexo. 2.1.2 Cultura organizacional Cultura organizacional é um conjunto de ações, valores e crenças que são desenvolvidas no decorrer do tempo e transmitida a todos os membros da organização (Shermerhorn JR, Hun, Osborn, 2005). Sendo que Edgard Schein apud Maximiniano (2012), diz que a cultura é a experiência que se adquire a medida com que se resolve os problemas de forma eficiente para que se possa ser considerada válida, podendo ser passada aos novos integrantes da organização. Para haver uma gestão eficaz a comunicação deve ocorrer de forma eficiente entre todos na empresa e os gestores devem estar atentos a ritos, crenças e valores os quais vão formar a cultura organizacional (BRUM, 1998). Outro aspecto que gestor empresarial deve estar atento são as informações repassadas ao funcionário ao ingressar na empresa, pois quanto mais informações referentes a sua função forem repassadas maior será a chance deste ter sucesso em suas tarefas e atuação (FIDELIS e BANOV, 2007). Como podemos ver a cultura organizacional influência no resultado de uma empresa conforme ela está alinhada e organizada. 2.1.3 Recrutamento e seleção de pessoas Os processos de seleção de pessoas para participar de uma empresa é um processo extremamente importante, se mal realizado pode resultar em fracasso e falência. O recrutamento e a seleção devem estar integrados à estratégias de negócios da empresa e conforme nos diz França (2013), estamos vivendo um momento histórico em que a competição e sustentabilidade são fatores que norteiam todos os processos empresariais. Percebe-se que este processo depende muito do mercado de trabalho e da situação socioeconômica do local ou país. Se a sociedade na qual a empresa está inserida está 12 economicamente bem, a mão de obra fica escassa e difícil de contratar, porém quando a economia vai mal, estando as empresas demitindo funcionários em larga escala, a mão de obra sobra e possibilita uma quantidade maior de candidatos para escolha. Há basicamente dois tipos de recrutamento: o recrutamento interno e o externo, sendo que cada um apresenta vantagens e desvantagens que demonstraremos a seguir. Também pode ser usado o recrutamento misto, sendo a junção do recrutamento externo e interno. 2.1.4 Recrutamento interno Segundo Chiavenato (2004), o recrutamento interno atua sobre os candidatos que estão trabalhando dentro da organização, para promovê-los ou transferi-los para atividades mais complexas ou mais motivadoras e suas vantagens e desvantagens são: As vantagens são: aproveita melhor o potencial humano da organização, motiva e encoraja o desenvolvimento profissional dos atuais funcionários, incentiva a permanência e a fidelidade dos funcionários na organização, ideal para situações de estabilidade e pouca mudança ambiental, não requer socialização organizacional de novos membros e probabilidade de melhor seleção, pois os candidatos são bem conhecidos. As desvantagens são: pode bloquear a entrada de novas ideias, experiências e expectativas, facilita o conservativismo e favorece a rotina atual, mantém quase inalterado o atual patrimônio humano da organização, ideal para empresas burocráticas e mecanicistas, mantém e Conserva a Cultua organizacional existente. 2.1.5 Recrutamento externo Este recrutamento atua sobre os candidatos que estão no mercado de recursos humanos, ou seja, fora da organização tendo também suas vantagens e desvantagens. (CHIAVENATO, 2004) As vantagens são: introduz sangue novo na organização: talentos, habilidades e expectativas, enriquece o patrimônio humano, pelo aporte de novos talentos e habilidades, aumenta o capital intelectual ao incluir novos conhecimentos e destrezas, renova a cultura organizacional e a enriquece com novas aspirações e indicado para enriquecer mais intensa e rapidamente o capital intelectual. 13 As desvantagens são: afeta negativamente a motivação dos atuais funcionários da organização, reduz a fidelidade dos funcionários ao oferecer oportunidade a estranhos, requer aplicação de técnicas seletivas para escolha dos candidatos externos, exige esquemas de socialização organizacional para os novos funcionários e é mais custoso, oneroso, demorado e inseguro que o recrutamento interno. Sobre o recrutamento interno Chiavenato (2009) explica que para promover um determinado funcionário suas avaliações funcionais devem ser boas e o banco de dados da empresa deve possuir informações relevantes sobre os mais diferentes aspectos da vida funcional do funcionário como avaliações funcionais, resultado de testes de programas de treinamentos, etc. A contratação de headhunters vem sendo utilizada para recrutar os melhores profissionais do mercado (ARAÚJO, 2006). Estes caçadores de talentos são especialistas em recrutamento sendo muito utilizados em empresas de tecnologias, mas podem ser contratados por qualquer empresa que precise de mão de obra altamente especializada. Já no recrutamento misto Araújo, (2006) diz ter suas vantagens e desvantagens sendo elas: renovação de recursos humanos, motivação das pessoas da organização, possível manutenção da racionalidade no processo, dificuldade de se exercer o protecionismo nepotismo e possível segurança em relação ás pessoas a serem contratadas 2.1.6 Técnicas mais utilizadas de recrutamento Segundo Chiavenato (2004) o recrutamento externo utiliza várias e diferentes técnicas para influenciar e atrair candidatos, as principais técnicas de recrutamento são as seguintes: anúncios em jornais e revistas especializadas, agencias de recrutamento, contatos com escolas, universidades e agremiações, cartazes ou anúncios em locais visíveis, apresentação de candidatos por indicação de funcionários, consulta aos arquivos de candidatos e banco de dados de candidatos 2.1.7 Seleção de pessoas Segundo Vilas Boas (2009) a seleção é o processo de escolher o melhor candidato para um determinado cargo ou função ou, mais modernamente, para uma determinada empresa. Esse 14 novo foco diz respeito ao caráter estratégico da gestão de pessoas, pois muitas organizações ter percebido a importância e o valor de se investir em uma gestão em que pessoas são vistas como o capital mais valioso da empresa, com esta definição entende-se que a seleção de pessoas é importante ser estudada pelos administradores pois a mesma será um ponto importante no sucesso da empresa. A importância da seleção de pessoas pode ser interpretada da seguinte forma: se todas as pessoas fossem iguais e sem características individuais e todas aprendessem e trabalhassem em mesmas condições a seleção seria inútil, mas como no diz Chiavenato (2004), acontece que a variabilidade humana é enorme, tanto no plano físico como no psicológico, levam as pessoas a se comportarem diferentemente, com maior ou menor sucesso nas organizações. As técnicas mais usadas nas seleções de pessoas citadas por Chiavenato (2004) são: Entrevista de seleção: é um processo de comunicação entre duas ou mais pessoas que interagem entre si e no qual uma das partes está interessada em conhecer melhor a outra. Provas de conhecimentos ou de capacidades: são instrumentos para avaliar o nível de conhecimentos gerais e específicos dos candidatos exigidos pelo cargo a ser preenchido. Testes psicológicos: constituem uma medida objetiva e estandardizada de uma amostra do comportamento no que se refere a aptidões da pessoa. Os testes psicológicos são utilizados como uma medida de desempenho e se baseiam em amostras estatísticas de comparação, sendo aplicados sob condição. Teste de personalidade: é mais do que o conjunto de certos aspectos mensuráveis. Constitui uma integração de traços pessoais. Técnicas de simulação: deixam o tratamento individual e isolado para centrar-se no tratamento em grupos e substituem o método verbal ou de execução pela ação social. 2.2 Administração Estratégica e Planejamento Planejamento Estratégico é definido por Chiavenato (2003), como sendo um processo de formulação de estratégias organizacionais a qual tem por objetivo a inserção da organização e 15 sua missão no ambiente em que está atuando. Está relacionado também com objetivos estratégicos de médio e longo prazo que alteram a direção ou a viabilidade da empresa. Segundo Bateman (2009), administração estratégica envolve tomadas de decisões objetivando estratégias a longo prazo, que envolvem as partes principais da organização (executivos), os quais são responsáveis pela elaboração e pela execução do plano estratégico. Para Drucker (2000) a forma como é utilizado o termo estratégia no meio empresarial, está claramente relacionada aos interesses de sua administração, que almejam resultados direcionados em função de sua missão e objetivos gerais da empresa. A estratégia pode ser desenvolvida através de 3 (três) etapas: formulação, implementação e controle. De acordo com Tavares (2007, pag. 70), “o planejamento estratégico corresponde ao processo de formulação e implementação de estratégias para aproveitar as oportunidades e neutralizar as ameaças ambientais”. A seguir será abordado como o planejamento estratégico envolve o uso de vários métodos e modelos como: análise SWOT, as 5 forças de Porter. Assim como a missão, visão e objetivos. 2.2.1 Análise SWOT Desenvolvida por Albert Humphrey, a análise SWOT (dos termos em inglês strengths, weaknesses, opportunities, threats) é uma ferramenta de planejamento estratégico utilizada para avaliar as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças de uma organização (Kotler 2000). Essa análise reflete por parte da organização e de forma unificada os pontos fundamentais que caracterizam sua colocação estratégica em um determinado momento, tanto interna como externamente (SILVEIRA, 2001). Segundo Kotler (2000), a análise SWOT subdivide-se em análise do ambiente interno (forças e fraquezas) e externo (oportunidades e ameaças). A análise do ambiente externo composta pelo monitoramento de forças macro ambientais (econômico-demográficas, tecnológicas, político-legais e socioculturais) e significativos agentes micro ambientais (clientes, concorrentes, distribuidores e fornecedores). A análise do ambiente interno refere-se ao resultado de fatores controláveis pela organização, relativamente aos seus competidores diretos, como produtividade da mão de obra, inovação tecnológica, capacidade de autofinanciamento das operações, imagem, amplitude da distribuição, localização, entre outros. Segue descrição mais detalhada de acordo com Kotler (2000) sobre os componentes dessa ferramenta: 16 Pontos fortes estão diretamente ligados a análise do ambiente interno referente a vantagens, capacidades, ativos, pessoas, marketing, conforme citado no parágrafo anterior. Uma coisa é perceber oportunidades atraentes e outra é ter competência para ser bem sucedido nestas oportunidades, Pontos fracos falta de força competitiva e falhas nos processos são algumas das análises feitas no ambiente interno para identificar as necessidades de desenvolvimento dentro da organização tanto para a exploração de novas oportunidades, como para as ações defensivas frente às ameaças ambientais detectadas. Oportunidades podem ser classificadas de acordo com a sua atratividade e com sua probabilidade de sucesso. O sucesso de uma organização depende não só de as características de seus negócios atenderem aos requisitos-chaves de êxito na operação em mercados-alvo, mas também de superarem os pontos fortes dos concorrentes. Ameaças é um desafio imposto por uma tendência ou desenvolvimento desfavorável que levaria, na ausência de uma ação de marketing defensiva, a deterioração das vendas ou dos lucros. 17 Tabela 1 - Conceito e exemplos dos fatores de uma análise SWOT. Fatores análise para Conceito Exemplos Pontos fortes (Strengths) Fatos, recursos, reputação ou outros fatores, identificados com o ambiente interno, que podem significar uma vantagem da organização em relação aos concorrentes/ ou um diferencial no cumprimento de sua missão; recursos ou capacidades que a organização pode usar efetivamente para alcançar seus objetivos; competências distintivas. Recursos financeiros, liderança aberta a mudança, tamanho e lealdade de base clientes, itens de diferenciação de produtos e serviços, margem de retorno, economia de escala. Pontos fracos (weakness) São deficiências ou limitações que podem restringir o desempenho da organização, identificados com o ambiente interno Inabilidade técnicas ou gerenciais, inadequado controle de custos, obsolescência de métodos de métodos e/ ou equipamentos, endividamento incompatível com o fluxo de caixa, alto indicie de turnover, falta de definições estratégicas, vulnerabilidade á competição. Oportunidades (opoortunities) São fatos ou situações do ambiente externo que a organização pode vir a explorar com sucesso. Ameaças (threats) Antíteses das oportunidades são situações do ambiente externo com potencial de impedir o sucesso das organização. Novas tecnologias, tendências de mercado, novos mercados, novos produtos, créditos, facilidades, alianças estratégicas, produtos complementares. Novas tecnologias, tendências de mercado, legislação restritiva, novas competidores, taxa de juros, abertura de mercado Fonte: Silveira, 2001, p. 214. Segundo Drucker (2000) ao analisar o SWOT, pode-se aduzir que a empresa se posicionará de forma a tirar determinados proveitos, tais como oportunizar o ambiente e ainda evitar ou ao menos tentar minimizar as ameaças ambientais, que estão sujeitas a ocorrerem. Para Pereira (2010) os pontos fortes são as características e os recursos da organização que favorecem os resultados. São as situações que possibilitam vantagens competitivas no ambiente organizacional De acordo com Maximiano (2012), os pontos fracos e fortes de uma organização andam juntos com a análise do ambiente, esse estudo pode ser feito por meio de análises das áreas funcionais e benchmarking: - Análises das áreas funcionais – focaliza especificamente os pontos fracos com as áreas funcionais da organização. 18 - Benchmarking – é uma técnica que a organização utiliza para comparar seu desempenho com o de outra, com o intuito de busca melhores práticas de administração, para que com isso possa conseguir vantagens competitivas. Segundo Baterman (2009, pág. 48) “todas as empresas operam em um macro-ambiente, sendo definidos por elementos mais gerais no ambiente externo que potencialmente possam influenciar decisões estratégicas”. Portanto devem ser considerados fatores externos antes de agir, tais como: Leis e regulamentações; A economia; Tecnologia; Demografia e; Questões sociais e ambiente natural. 2.2.2 Forças Competitivas de Michael Porter As 5 forças da competitividade desenvolvida por Michael Porter, vêm para auxiliar as análises do ambiente externo, com o objetivo de mensurar o quanto cada um dos envolvidos venha influenciar, seja positivamente ou negativamente em seu negócio. Essas forças são: Ameaça de novos entrantes, poder de barganha dos clientes, poder de barganha dos fornecedores, ameaça de substitutos e rivalidade entre empresas existentes. (Kotler, 2000). 19 Figura 1 - Cinco forças de Michael Porter. Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Cinco_for%C3%A7as_de_Porter>. Acesso em 04 nov. 2015. Ao estudar diversas organizações de negócios, Michael Porter propôs que as estratégias utilizadas no nível de negócios sejam o resultado da análise das cinco forças competitivas que existem no ambiente da empresa, conforme mostra a Figura 3. O ambiente externo inclui os concorrentes atuais, a ameaça de novos entrantes, a ameaça de substitutos e o poder de fornecedores e clientes. Estas forças auxiliam a empresa a determinar sua posição em relação ao mercado e a concorrência. A seguir a descrição das cinco forças de Porter segundo Kotler (2000): 20 Tabela 2 - As cinco forças de Michael Porter. FORÇA COMPETITIVA DESCRIÇÃO Poder de barganha dos compradores A influência dos clientes sobre a empresa aumenta à medida que estes se informam a respeito das promoções, preços e opções de produtos disponíveis no mercado. Poder de barganha dos fornecedores O mesmo está diretamente ligado à concentração de fornecedores e a disponibilidade de fornecedores substitutos. Existe também a ameaça de a empresa vir a fabricar o produto de que necessita. Ameaça de novos entrantes Um segmento é atraente para novos entrantes de mercado quando possui muitas barreiras para entrada e poucas barreiras para a saída de empresas, pois este cenário configura possibilidades de retornos altos e estáveis. Ameaça de produtos substitutos Um segmento de mercado não é atraente quando existem produtos substitutos reais ou potenciais, pois os substitutos limitam os preços e lucros de um segmento. Concorrência Um segmento não é atraente se possui grande número de concorrentes ou concorrência agressiva. As concorrências são influenciadas pelas quatro forças acima citadas assim como custos e diferenciação dos produtos. A partir da análise destes dados é realizado um trabalho árduo junto ao marketing para lançar algo que se sobreponha a concorrência. Fonte: Elaborado pela autora. Para Bateman e Anell (2009), se os administradores não entenderem como o ambiente afeta as suas organizações, ou não conseguirem identificar oportunidades e ameaças, a capacidade que eles terão de tomar decisões e executar planos será extremamente limitada. As organizações além de se adaptarem ou reagirem ao ambiente, devem desenvolver propostas positivas com o objetivo de mudar o ambiente. Dentro destas propostas existem a ação independente e a ação cooperativa: Ação independente – quando a organização age por conta própria para tentar adaptar ou mudar o aspecto da situação atual. Ação cooperativa – quando duas ou mais empresas se unem para usar estratégias cooperativas para influenciar o ambiente. 21 Segundo Barney (2007), tanto as análises do ambiente interno, quanto do ambiente externo podem ser usadas para entender quais dos seus recursos e capacidades serão fontes de vantagens competitivas, e podem ser usadas também para identificar as áreas de sua organização que requerem melhorias e mudanças. 2.2.3 Estabelecimento das diretrizes organizacionais Segundo Bateman e Snell (2009) e Barney (2007), o primeiro passo no planejamento estratégico é determinar a missão e a visão da organização: Barney (2007), nos alude que a missão de uma organização define tanto o que se espera ser a longo prazo, quanto o que se deve evitar em sua trajetória. Para Wright (2000), a missão é a razão de ser da empresa, é nela que se determina o porquê dela existir e em que tipos de atividades ela deverá concentrar-se no futuro. De acordo com Chiavenato (2004), visão é a imagem que a organização tem a respeito de si mesma e do seu futuro. O termo visão é utilizado para descrever um sentido claro do futuro e a compreensão das ações necessárias para torna-lo rapidamente um sucesso. Bateman (2009) diz que a visão vai além da declaração da missão para prover uma perspectiva em relação ao direcionamento da empresa e em que a organização pode transformar-se. Os Valores, segundo Oliveira (2010), correspondem ao conjunto dos princípios e crenças fundamentais, os quais são a base de sustentação para tomada de suas decisões. Os Valores são as crenças e as atitudes básicas, que permitem determinar o comportamento pessoal, cujas pessoas e organizações, são definidas pelos construtores da integridade e responsabilidade, devendo para tanto, serem abertos, expressados publicamente, repetidos e reafirmados (CHIAVENATO, 2005). 2.3 Organização e Métodos A gestão de processos conforme nos diz Araújo (2011) é a sequência de atividades que segue um cronograma preestabelecido, em que os recursos envolvidos e o ponto almejado se apresentam de forma simples e nítida. E o conceito de processos é mais do que atividades sequências o processo contempla etapas bem delimitadas sendo que elas são as seguintes: Entrada (input), transformação e saída (output). Para uma melhor análise dos processos é de 22 grande valia o uso do fluxograma, tendo em vista que o mesmo apresenta o processo passo-apasso. Araújo (2011) define fluxograma qualquer gráfico que demonstre algum fluxo. 2.3.1 Fluxograma A definição de fluxograma nos mostra que é uma representação gráfica de um determinado processo ou organização. Seu uso vem sendo muito utilizado para compatibilizar o gráfico com determinado tipo de processo. Entre os tipos de fluxogramas pode-se citar o fluxograma sintético: que é a representação de uma sequência de passos relativos a determinado processo. Fluxograma esqueleto que é utilizado quando há consultas em documentos não estritamente ligados ao processo. Fluxograma de blocos com suas representações geométricas, fluxogramas verticais e horizontais (ARAÚJO, 2011). Cada um tem uma aplicação que deve ser estudado para que sua utilização seja eficaz. Além de que para sua confecção devem ser tomados certos cuidados como não omitir registro de um passo do processo, tomar as informações necessárias para sua confecção, entre outros. 23 Figura 2 - Fluxograma esqueleto. Fonte: <http://slideplayer.com.br/slide/1786716/>. Acesso em 04 nov. 2015. 24 Figura 3 - Fluxograma de blocos. Fonte: <http://slideplayer.com.br/slide/1786716/>. Acesso em 04 nov. 2015. 25 Figura 4 - Fluxograma vertical. Fonte: <http://images.slideplayer.com.br/7/1786716/slides/slide_27.jpg>. Acesso em 04 nov. 2015. Figura 5 - Fluxograma vertical e horizontal. Fonte: <http://images.slideplayer.com.br/7/1786716/slides/slide_25.jpg>. Acesso em 04 nov. 2015. 26 O fluxograma é uma ferramenta muito importante para analisar processos e atividades e também para conhecer como o processo funciona. 2.3.2 Estrutura Organizacional Segundo Oliveira (2006), estrutura organizacional é uma ferramenta administrativa construída sobre embasamentos em análises, ordenação e agrupamento de atividades e dos recursos da empresas, incluindo níveis hierárquicos e processos decisórios, contendo objetivos estabelecidos pelos planejamentos das empresas. Para Oliveira (2011, pag 63), “a estrutura deve ser delineada de acordo com os objetivos e as estratégias estabelecidas, ou seja, a estrutura organizacional é uma ferramenta básica para alcançar as situações almejadas pela empresa”. Para se definir a estrutura organizacional é preciso entender a função organização, deixando bem claro que a estrutura organizacional é um instrumento básico para a concretização do processo organizacional. Para tanto, deve-se lembrar que o executivo tem três funções básicas, além da organização da empresa, sendo elas: planejamento da empresa, direção da empresa, controle da empresa e também deve-se considerar uma outra função que seria a gestão de pessoas. Todas essas funções interligadas entre si e são necessárias para o desenvolvimento das atividades empresariais. (OLIVEIRA, 2011). Figura 6: Funções administrativas. Planejamento Controle Gestão de pessoas Direção Fonte: Oliveira, 2011, p. 64. Organização 27 Oliveira (2011) diz que a estrutura organizacional pode ser de dois tipos: formal e informal. Estrutura informal é uma forma de relacionamento entre as partes de fora uma estrutura formal, ela se desenvolve a partir da interação social das pessoas espontaneamente quando se reúnem, ou seja, as relações não estão previstas. Ela pode ajudar a empresa, facilitando o trabalho, mas pode, também, atrapalhar, realizando procedimentos errados. Por exemplo, um funcionário recebeu um documento sem carimbo. Se ele seguir a estrutura formal, o papel deve retornar pelo mesmo caminho que veio. Caso resolva ir buscar o carimbo diretamente, ele está criando uma relação informal. Mintzberg (2012), criou o termo “ajuste mútuo” para caracterizar esse tipo de situação. Estrutura formal é aquela representada pelo organograma da empresa. Todas as relações são formais. Não se pode descartá-la e deixar funcionários se relacionarem quando eles não devem ter relações diretas. Oliveira (2011) 2.3.3 Tipos de Estruturas Organizacionais Formais As estruturas organizacionais podem ser classificas de várias formas, dentre elas podemos citar as funcionais, por clientes, produtos e processos. A estrutura funcional é estruturada por função da empresa. Ex: Departamento de Produção, Departamento Financeiro, Departamento de Marketing etc. É o tipo de estruturação mais simples e deve ser utilizada quando a organização tem poucas linhas de produtos ou serviços, a partir do momento que ela vai diversificando seus produtos ou serviços ela poderá migrar para outro tipo de estrutura. (OLIVEIRA, 2011). Figura 7 - Estrutura funcional. Diretoria geral Gerência de produção Gerencia financeira Fonte: Oliveira, 2011, p. 105. Gerencia de marketing Gerencia de recursos humanos 28 As Estruturas por clientes deve ser agrupada de acordo com a necessidade dos clientes da empresa. Este tipo de estrutura é muito usada em lojas de departamento. As principais vantagens desse tipo de estrutura é poder tirar maior proveito de cada grupo de cliente e assegurar um melhor atendimento com agilidade e qualidade para cada classe de cliente. Suas desvantagens é haver conflitos entre outros departamentos, pois na maioria das vezes os clientes exigem tratamento especial e acabar tendo utilização inadequada de recursos humanos e de equipamentos (OLIVEIRA, 2011). Figura 8 - Estruturação por clientes. Diretoria Comercial Departamento infantil Departamento feminino Perfumaria lingerie Modas Brinquedos roupas infantis Departamento masculino Roupas mascolinas calçados Fonte: Oliveira, 2011. As estruturas por processo é a quebra dos produtos em partes sequenciais. Esse tipo de estruturação é mais usada em indústria (ARAÚJO, 2011). Figura 9 - Estruturação por processo. Biblioteca Aquisição Catalogação Classificação Acervo Fonte: Araújo, 2011, p. 156. A estruturação por processo possibilita um melhor conhecimento sobre o produto ou serviço oferecido, tem como vantagem a fácil análise do resultado final. Esse tipo de 29 estruturação é muito utilizada em montadoras automobilísticas e eletrodomésticos (Araújo, 2011). Figura 10 - Estruturação por produto. Gerencia de eletrodomésticos Geladeiras Maquinas de lavar Rádios Torradeiras Ventiladores Fonte: Araújo, 2011, p. 157. 2.3.4 Organograma Na definição de organização Araújo (2011) organograma é um gráfico que representa a estrutura formal de organização em dado momento. Sendo seus objetivos demonstrados por meio de gráfico: A divisão do trabalho mediante o fracionamento da organização em seus mais diferentes aspectos. As relações de superior x subordinado; O trabalho desenvolvido pelas frações organizacionais; Permitir a análise organizacional; Mas para que esses objetivos sejam alcançados o gestor deve estar à frente em sua confecção e observe que o mesmo deve ser entendido de forma fácil e clara. Os tipos mais típicos de organograma são: estrutural (clássica, comitê, em linha, em linha e estado-maior, hierárquico, hierárquico-consultivo, hierárquico-funcional, horizontal, linear, militar, misto, tradicional e vertical), circular ou radial, funcional (a), funcional (b), estruturalfuncional e matricial (Araújo, 2011). 30 Estrutural É uma técnica que se utiliza para demonstrar a maiorias das organizações conhecidas: Figura 11 - Organograma estrutural. Organização X Conselho de administração Presidente Núcleo Assessor Economia Gerência Jurídica Núcleo Assessor de Organização Núcleo Assessor de Planejamento Estratégico Gerencia de Recursos Humanos Gerencia Recrutamento Gerencia Seleção Legenda Autoridade Funcional Unidade Provisória Nome: Unidade Data: __/__/__ Fonte: Araújo, 2011, p. 167. Circular ou radial Essa técnica tende a sobrepor as demais as demais formas de elaboração gráfica. Suas linhas de autoridade não são identificadas facilmente, evitando assim conflitos entre superiores e subordinados. (ARAÚJO, 2011). 31 Figura 12 - Organograma circular ou radial. Fonte: <http://images.slideplayer.com.br/7/1786716/slides/slide_33.jpg>. Acesso em 04 nov. 2015. Funcional (a) Essa técnica demonstra uma forma diferenciada das unidades se ajustarem no dia-a-dia da organização. (ARAÚJO, 2011) Figura 13 - Organograma funcional (a). Fonte: <http://images.slideplayer.com.br/3/1431974/slides/slide_20.jpg>. Acesso em 04 nov. 2015. 32 Funcional (b) Essa técnica é utilizada em organizações de pequeno porte, onde existem poucos chefes para determinadas funções (ARAÚJO, 2011). Figura 14: Organograma funcional (b). Presidente Administração Suprimentos Compras Contabilidade Pessoal Fonte: Araújo, 2011, p. 171. Estrutural-funcional Este tipo de técnica é muito recomendada, pois unifica as funções básicas ou principais das unidades dentro das organizações. (ARAÚJO, 2011). Figura 15 - Organograma estrutural-funcional. Presidente 1. Presidir as reuniões de diretoria 2. Aprovar compras de equipamentos 3. ........................................................ Núcleo Assessor de Organização 1. Estudar estruturas organizacionais do grupo de empresas 2. Atuar, em conjunto, na implantação de novas rotinas 3. ............................................................... Fonte: Araújo, 2011, p. 172. 33 Matricial (em matriz) Esse tipo de estrutura deriva-se da estrutura tradicional, porem com a formulação estrutural baseada no planejamento e execução de projetos, sendo ela elaborada de forma dinâmica, tanto estrutural tradicional quanto por projeto. (Araújo, 2011). Figura 16 - Organograma matricial (em matriz). Fonte: <http://images.slideplayer.com.br/7/1786716/slides/slide_35.jpg>. Acesso em 04 nov. 2015. O uso de organogramas nas empresas é amplo sendo utilizados nos mais variados processos, deve-se sempre observar as vantagens e desvantagens de cada um. 34 3 METODOLOGIA A metodologia utilizada para a elaboração da pesquisa foi baseado em pesquisa qualitativa por meio das técnicas de coleta de dados, sobrepondo os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Visando compreender como a empresa vem obtendo sucesso. (CRESWELL, 2007) A entrevista semiestruturada foi utilizada para coleta de informações importantes com o diretor da Empresa Portal Óleos. O objetivo da entrevista aplicada com os diretores é identificar como eles veem a empresa em se tratando as forças competitivas desenvolvidas por Michael Porter. A coleta de tais informações seria difícil por outro instrumento sendo que o aspecto político-social da empresa é melhor explorado através desta ferramenta. Sendo que a entrevista será gravada através de smartphone. Roteiros de entrevistas e formulários disponíveis no apêndice. A observação da empresa foi realizada para compreender o espaço físico e a infraestrutura da empresa além de que através da observação é possível compreender quais são os aspectos visivelmente positivos e negativos. A análise de documentos se dará para compreender aspectos organizacionais importantes que expostos através de organogramas, tabelas e gráficos tornam a compreensão fácil e didática. Tais documentos serão fornecidos pelo diretor da empresa Portal óleos de forma livre e gratuita. O que se espera com essa análise é compreender o funcionamento da empresa analisar os dados referentes a gestão de pessoas, entender os sistemas e métodos que a empresa utiliza em sua administração e produção. E finalmente espera-se poder contribuir com sugestões e/ou conclusões ao gerente da empresa se após a análise houver alguma. A realização da pesquisa ocorrerá em etapas sendo aplicadas e avaliadas continuamente: 1.ª Etapa – A escolha da empresa a ser pesquisada para pesquisa será realizada por empatia ao sistema de produção e ramo empresarial. 2.ª Etapa – Busca de dados organizacionais de recursos humanos buscando compreender como a empresa é organizada e como seus funcionários são recrutados, treinados e quais são as políticas de valorização dos funcionários. 3.ª Etapa – Pesquisa na empresa de dados que informe a produção da empresa e qual o planejamento que a empresa possui para crescimento. 4.ª Etapa – Análise dos dados pesquisados buscando relacionar as ideias de autores que tratam do assunto com os dados obtidos. 35 4 ANÁLISES E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 4.1 Gestão de pessoas A Portal Óleo Vegetal é uma empresa pioneira em seu ramo de atuação, consolidada e com grandes projeções de crescimento, com isso cresce também a oferta de emprego, tendo em vista que o capital humano é de suma importância para o crescimento de uma organização. Uma contratação tem o poder de alavancar ou levar ao fracasso uma empresa. Dentro dessa perspectiva foi feito alguns questionamentos ao Assistente de Departamento Pessoal (ADP) no que se refere recrutamento e seleção de pessoas, ao qual respondeu da seguinte forma: De acordo com ADP, o recrutamento da Portal Óleo Vegetal e feito da seguinte forma: “Quando surge uma nova vaga, primeiramente observamos se algum outro funcionário tem o perfil pretendido, após este processo verificamos com os próprios funcionários se conhecem alguém que queiram indicar para esta vaga. Se mesmo assim a vaga ainda não for preenchida, recorremos a meios externos como o SINE (Sistema Nacional de Emprego), anúncio em rádio local, etc.” Conforme Chiavenato (2004) o recrutamento interno sem suas vantagens e desvantagens. A vantagem é poder aproveitar melhor o potencial dos funcionários atuais, trazendo assim motivação e encorajando ao aperfeiçoamento profissional, com isso acaba por fidelizar a permanência dos mesmos. Com tudo deve-se manter um perfil sempre atualizado dos funcionários. A desvantagem é correr o risco de bloquear a entrada de novas ideias, experiências e expectativas. Já com o recrutamento externo há a possibilidade de introduzir sangue novo dentro da organização, trazendo junto habilidades, talentos e novas expectativas. No que diz respeito as técnicas de recrutamento, buscar recursos humanos em agências especializadas, anuncio em rádio ou jornal de circulação locas é uma ótima forma de recrutamento segundo nos alude Chiavenato (2004). A seleção de pessoas é uma etapa muito importante no que antecede a contratação do futuro funcionário porém, segundo o ADP: “Hoje não possuímos critérios pré-definidos. Analisamos o histórico profissional do candidato (experiência na função), tempo de permanência nos empregos anteriores, perfil físico (se atende às necessidades do setor solicitante, geralmente o serviço é pesado).” Para Vilas Boas (2009), a seleção é o processo de escolher o melhor candidato para o cargo ou função, o ideal é ser criado critérios e um perfil que melhor se encaixe para o cargo 36 ou função pretendido, pois uma contratação errada pode significar o fracasso de um determinado setor. Segundo Chiavenato (2004) algumas técnicas podem ser aplicas, como a entrevista, aplicação de testes psicológicos, testes de conhecimentos e personalidade, técnicas essas que podem auxiliar em um maior sucesso na contratação. 4.1.1 Clima e Cultura organizacional A forma como as pessoas se relacionam dentro da organização, seja entre funcionários ou com a chefia, caracteriza o clima organizacional, o que acaba refletindo na satisfação ou insatisfação do trabalho. Para poder compreender melhor foi aplicado um questionário junto a 20% dos 70 funcionários da Portal, onde foi possível mensurar um pouco do clima e da cultura da empresa. Foi adotado escalas de 1 a 5, onde 1 significa nunca e 5 sempre e escala de 1 a 3, sendo 1 para não e 3 para sim. Dois extremos onde será possível analisar suas satisfações, insatisfações, contradições e onde pode ser melhorado. Segue abaixo gráficos com mensurações. Gráfico 1 - Mensuração do clima e cultura organizacional escala de 1 a 5. Mensuração do clima e cultura organizacional 14 Título do Eixo 12 10 8 6 4 2 0 Autonomia Responsábilida de Realização profissional Comunicação Trabalho em equipe Relacionament o com a chefia 1 0 0 1 2 0 0 2 2 0 2 3 2 0 3 0 0 1 1 1 0 4 7 2 6 2 7 3 5 5 12 4 6 4 11 Nunca Raramente Não tenho opinião Fonte: Dados da pesquisa, 2015. Quase sempre Sempre 37 Ao serem questionados sobre autonomia dentro da organização pode ser observado que a grande maioria sente-se confortável a fazer seu trabalho da forma que considera melhor. No que diz respeito ser ou não vantajoso esse tipo de atitude, vai depender do trabalho que está sendo desempenhado, pois dentro da área de produção um erro pode trazer graves consequências. Sobre responsabilidade pode-se observar que há motivação para que eles possam desempenhar seu trabalho da melhor forma, buscando assim obter melhores resultados. Esse ponto mostra que quanto mais motivados estão os funcionários, melhor será o resultado alcançado no trabalho desempenhado. No que se refere em realização profissional a maioria se sente realizado ou quase realizado, o que pode estar ligado com a remuneração e ao plano de carreira, sendo que os mesmos serão mostrados mais abaixo. É muito importante que os funcionários se sintam realizados profissionalmente dentro da organização, pois junto com a realização vem a motivação para que se possa desempenhar um bom trabalho dentro da organização. A comunicação dentro da empresa é muito importante, pois demonstra que organização está ou não em sintonia, de acordo com o questionário aplicado, embora a maioria tenha dito que sempre ou quase sempre a comunicação é boa. Outra parte, aproximadamente 36% dos funcionários, acham que a comunicação não é tão boa e isso pode ser um problema e deve-se investigar o porquê dessa insatisfação, o que pode estar ligado ao relacionamento com a chefia. 38 Gráfico 2 - Mensuração do clima e cultura organizacional escala de 1 a 3. Mensuração do clima e cultura organizacional 14 12 Título do Eixo 10 8 6 4 2 0 Remuneração Carreira Valorização proficional Treinamento/Desen volvimento Imagem da empresa 1 6 3 2 2 0 2 4 3 6 5 1 3 4 8 6 7 13 Não Mais ou Sim menos Fonte: Dados da pesquisa, 2015. A remuneração contrapõe a realização profissional, pois embora eles tenham dito que a maioria se sentem realizados profissionalmente, no que se refere a remuneração a proporção já muda, pois a maioria diz que não está satisfeito ou está mais ou menos o que entra em contradição com a realização profissional. Esse tipo de insatisfação pode acarretar em desmotivação e falta de interesse em desempenhar seu trabalho com qualidade, apesar de não ser isso que mostra na questão 2, onde a maioria diz realizar suas tarefas da melhor forma possível. Plano de carreira é outro ponto importante dentro de uma organização, pois demonstra o quanto a empresa valoriza seus funcionários. Quando questionados se acreditam na oportunidade de crescimento dentro empresa, a maioria diz que sim, o que pode ser justificado pelo fato de a maior parte ter respondido na questão 2, que procuram sempre desempenhar seu trabalho da melhor forma buscando melhores resultados. A comunicação e o relacionamento com chefia andam lado a lado, pois a quando a problemas com a chefia, dificilmente a comunicação é boa. No caso dos funcionários que 39 participaram do questionário, a grande maioria diz ter uma boa relação com a chefia o que justifica o fato da questão 4 onde se trata da comunicação a maior parte achar que comunicação entre chefia e funcionário é boa. Porem deve-se investigar o porquê dos outros funcionários não estar satisfeito com a comunicação. A valorização profissional está relacionada com o fato da empresa ter ou não um plano de carreira para seus funcionários, o fato de a maioria se sentir valorizado pode ser justificado na questão 6 onde a maior parte diz acreditar na oportunidade de crescimento em sua carreira dentro da empresa. Outra questão que está ligada a valorização profissional é o fato da empresa oferecer ou não treinamento para seus funcionários, seja eles novos contratados ou que já tenha certo tempo de trabalho. Assim como na valorização, a maioria se diz ter recebido treinamento para a atividade em que foi designado. Uma forma de saber se o funcionário está ou não satisfeito com organização que trabalha é lhe perguntar se ele indicaria ou não outra pessoa para trabalhar na empresa onde está contratado, no caso da Portal o resultado foi muito satisfatório, pois mais de 90% dos funcionários responderam que sim indicarias um amigo para trabalhar na sua empresa. Segundo Fidelis (2007), muitos fatores podem alterar o clima dentro de uma organização, seja por pressão por resultados, se o ambiente é acolhedor, se possui prestigio ou não, e tudo isso pode ou não motivar os funcionários em prol de resultado ou objetivo. O objetivo do questionário foi justamente por mensurar onde há falhas e acertos no que se refere ao clima que dentro da organização. Sendo que para Brum (1998), para haver uma gestão eficaz a comunicação deve ocorrer de forma eficiente entre todos na empresa e os gestores devem estar atentos a ritos, crenças e valores os quais vão formar a cultura organizacional. Embora o questionário tenha sido aplica em apenas 20% dos funcionários da organização, acredita-se que o clima da empresa está bom, apesar que deve-se sempre buscar melhores formas de comunicação, fazendo com que chefia e funcionários possam andar sempre juntos, para que com isso os resultados alcançados sejam cada vez melhores. 4.2 Administração Estratégica e Planejamento A Portal Óleo Vegetal foi fundada em 1997 e tem se consolidado a cada dia, atendendo toda a região norte. É uma empresa que trabalha no seguimento de indústria, onde seus 40 principais produtos são: farelo de soja e girassol, óleo em bruto de soja e óleo em bruto e extra virgem de girassol. A Portal Óleo Vegetal conta hoje com 70 funcionários divididos entre administrativo e setor de produção. Durante a entrevista com um dos diretores foi possível entender um pouco sobre como a empresa utiliza a ferramenta de análise SWOT e as 5 forças de Michael Poter para se manter no mercado. 4.2.1 Análise SWOT A empresa não possuía uma análise SWOT, foi necessário a construção da mesma pela autora. Segundo o diretor de produção, a empresa vem passando por uma reestruturação administrativa, que embora seja uma S/A, é administrada em forma de estrutura familiar. Com essa transição, setores como financeiro, pessoal e jurídico foram separados e designados profissionais capacitados para cada função. Dentro da ferramenta SWOT onde se analisa os pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades da organização em um cenário externo e interno o DP pode nos dar as seguintes respostas: Analises externas Pontos fortes Estar sozinho no estado Localização da empresa Oportunidades Tecnologia (automação) Pontos fracos Mão de obra especializada Capital de giro Ameaças Analises internas Figura 17 - Análise SWOT Portal Óleo Vegetal. Falta de matéria prima Entrada de uma grande empresa Fonte: Adaptado pela autora. Segundo Drucker (2000) ao se analisar a ferramenta SWOT, a emprese poderá se posicionar de forma a tirar determinados proveitos, tais como oportunizar o ambiente de 41 trabalho, e ainda evitar ou ao menos tentar minimizar as ameaças ambientais, que estão sujeitas a ocorrerem. De acordo com o DP de produção a empresa tenta aproveitar ao máximo seus pontos fortes para que as fraquezas e ameaças não venham influenciar no desempenho da organização. Para Bateman e Snell (2009), se os administradores não consegue entender como o ambiente afeta as suas empresas, ou não conseguirem identificar oportunidades e ameaças, a capacidade que eles terão de tomar decisões e executar planos será extremamente limitada. 4.2.2 As cinco forças competitivas de Porter Segundo Kotler (2000), as 5 forças da competitividade desenvolvida por Michael Porter, tem como principal objetivo auxiliar as análises do ambiente externo, mostrando o quanto cada um dos envolvidos venham influenciar, seja positivamente ou negativamente sua organização. Essas forças são: Ameaça de novos entrantes, poder de barganha dos clientes, poder de barganha dos fornecedores, ameaça de substitutos e rivalidade entre empresas existentes. Ao questionar o DP como cada uma dessas forças afetam a Portal, foi obtido as seguintes respostas: Ameaça de novos entrantes: “No momento não temos e nos próximos 5 anos não temos essa preocupação, pois o mercado não comportaria uma empresa de grande porte” Barganha dos fornecedores: “O grande produtor hoje tem um poder de barganha muito grande, ele acompanha o mercado, se tem uma tendência de alta ele espera, se tem de baixa ele tenta vender, e ele quer vender no momento de alta” Barganha com clientes: “é o inverso do fornecedor, o pequeno cliente, o comprador que vem comprar de uma carga, ele não acompanha o mercado, ele vem a procura sempre que necessita do produto, o mercado subindo ele aplica o valor na venda, e o grande comprador não, ele acompanha o mercado, em quanto tem uma tendência de baixa ele não compra, ele aguarda diminuir o preço do mercado. A empresa está no meio de duas pontas, o produtor ele espera a alta da soja pra vender e o grande comprador espera a baixa do farelo.” Ameaça de substitutos: “o único produto substituto seria o caroço de algodão, muito utilizado no confinamento de bovinos, onde nossa maior preocupação é com a qualidade da carne de Rondônia, na época de colheita de algodão entra muito caroço de algodão no estado.” Rivalidade entre empresas existentes: “Apesar da Portal não ter concorrentes no estado, existe a concorrência com empresas no estado do Mato Grosso, que hoje conta com aproximadamente 8 a 10 indústrias do mesmo seguimento, elas acabam por ganhar no diz 42 respeito a valor da soja, o nosso valor é mais elevado que o deles, a nossa matéria prima fica um pouco mais cara, o que acaba influenciando na venda para o grande comprador”. Diante do que foi comentado sobre pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças, as 5 forças de Porter, foi questionado ao DP se eles tem algum plano de estratégia para poder contornar as influências tanto do ambiente externo quando do interno, onde o mesmo respondeu da seguinte forma: “ Na verdade no nosso ramo de atividade temos o seguinte ditado – devemos dançar conforme a música – nós estamos sujeitos a variação cambial, variação da bolsa de Chicago, oferta de produto, pois dentro do estado ainda não temos muita capacidade de armazenagem, falta armazenamento para soja para o ano inteiro. Nós da Portal temos projeto de colocar armazém graneleiro para poder estocar matéria prima.” 4.2.3 Estabelecimento das diretrizes da empresa Segundo o DP a Portal não possui uma missão definida, sendo que a mesma está em construção, devido ao momento de transição que a organização vem passando na administração. Para Wright (2000), a missão é a razão de ser da empresa, é nela que se determina o porquê dela existir e em que tipos de atividades ela deverá concentrar-se no futuro. Dessa forma foi sugerido uma missão a empresa: Missão: “Crescer e abastecer o mercado com produtos de excelente qualidade, buscando liderança nas regiões de atuação, sempre com os olhos fixos na plena satisfação de clientes, colaboradores e acionistas. Apoiar o desenvolvimento social e econômico do município onde estamos instalados.” Já em se tratando de visão, durante a entrevista o DP disse não possuir assim como a missão, no entanto ao ser observado o site da Portal pode-se ver que a empresa tem sim uma visão bem definida do que espera no futura: Visão: “Uma empresa sólida, que busca novos mercados e qualidade nos produtos, com administração séria e uma visão clara e de longo prazo. A empresa se prepara para chegar a outros mercados, tanto na região Norte como a outras regiões do país e, a médio prazo, alcançar outros mercados sul-americanos, de maneira consolidada e mantendo a qualidade dos produtos que oferece.” (Portal S/A). De acordo com Chiavenato (2004), visão é utilizado para descrever um sentido claro do futuro e a compreensão das ações necessárias para torna-lo rapidamente um sucesso e se isso já tem bem definido. 43 4.3 Organização e Métodos 4.3.1 Estrutura organizacional A Portal vem passando por uma transição, onde vários departamentos vem sendo definidos. A partir daí, pode-se dizer que o tipo de estrutura adotado pela empresa é a formal, do tipo representada por organograma. Devido ser uma indústria de pequeno porte, dentro da estrutura formal, ela adota a estrutura funcional, ou seja, por funções operadas pela empresa. 4.3.2 Organograma A Portal não possuía um organograma onde demonstrasse a estrutura da empresa, foi necessário a construção de um junto com o departamento pessoal. Após a construção do organograma chegou-se à conclusão que o tipo de organograma que a Portal utiliza é o estrutural do tipo hierárquico-funcional, onde segundo Araújo (2011), é uma técnica muito utilizada para demonstrar a maioria das organizações. 44 Figura 18 - Organograma da Portal Óleo Vegetal. Fonte: Adaptado pela autora. 45 4.3.2 Fluxograma Conforme pode ser observado na figura 16, a Portal utiliza o fluxograma sintético que é a representação de uma sequência de passos relativos a determinado processo. Segundo Araújo (2011), o fluxograma sintético oferece uma ideia genérica do que será realizado durante o processo. No entanto o fluxograma apresentado pela empresa poderia ser um pouco mais claro em suas informações, como o momento da entrada, da transformação e da saída. Figura 19 - Fluxograma do processo produtivo. Fonte: Arquivo da Portal Óleo Vegetal. 46 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente relatório de estágio foi elaborado durante estágio realizado não empresa Portal Óleo Vegetal, que atua no segmento de indústria, tendo como seus principais produtos: farelo de soja e girassol, óleo bruto de soja e girassol e óleo extra virgem de girassol. Para uma melhor análise e desenvolvimento, foi utilizado os conhecimentos adquiridos durante o curso, assim como entrevistas e observações em campo. Foram abordados os seguintes temas: administração estratégica, gestão de pessoas e organização e métodos. Dentro da administração estratégica foi analisado com base em entrevistas junto ao Diretor de Produção (DP), como a empresa vê seus pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades no mercado de atuação, para assim mostrar como funciona a ferramenta de análise SWOT. Foi também verificado através das 5 forças de Michael Porter como a empresa se posiciona em relação a cada uma das forças. Feita a análise, foi possível mostrar ao gestor que melhorias podem ser feitas e assim fazer com que a Portal se torne mais competitiva, porque embora ela esteja sozinha aqui no estado, existe a concorrência com o estado vizinho (MT). A ampliação na estrutura, será um forma de tornar essa competitividade possível, pois hoje a empresa processa 250 toneladas dia, sendo que com a ampliação ela poderá aumentar para 400 toneladas dia e com isso poder oferecer a seus clientes um valor melhor em seus produtos. Em gestão de pessoas o foco maior foi em clima e cultura organizacional, que por meio de um formulário foi aplicado junto aos funcionários, tanto na área administrativa quanto no setor de produção, pôde-se analisar o posicionamento dos funcionários no que diz respeito a autonomia, responsabilidade, realização profissional, comunicação, remuneração, carreira, relacionamento com a chefia, valorização profissional, treinamento e imagem da empresa. Com isso verificou-se que apesar de algumas falhas e contradições em alguns quesitos, no geral o clima organizacional da Portal é bom e que mais de 90% dos funcionários recomendaria ao seus amigos a empresa como sendo um bom lugar para trabalhar. Foi feito também uma entrevista com o Assistente de Departamento Pessoal (ADP) sobre como é feito o recrutamento e seleção da Portal. Foi constatado que é utilizado tanto o recrutamento interno quanto externo. No que diz respeito ao recrutamento interno, é necessário lembrar a importância de manter um perfil atualizado dos funcionários a fim de poder aproveitar mais a capacidade de cada colaborador. Já na etapa de seleção, o ADP diz que é feita uma entrevista, depois analisa-se o perfil do candidato para ver se o mesmo se enquadra nas exigências da empresa. Essa deveria ser somente 47 a primeira etapa seguida de outras, tais como: provas de conhecimento ou capacidade, testes psicológicos, teste de personalidade e técnicas de simulação. Com isso seria possível formar um perfil mais completo do candidato, amenizando assim futuros erros na contratação. Em Organizações e Métodos, o foco principal foi fluxograma e organograma. Verificouse que a Portal possui um fluxograma do seu processo produtivo, que depois de analisá-lo, chegou-se à conclusão que a mesmo utiliza o tipo de fluxograma sintético, que é a representação da sequência do processo produtivo. A sugestão é que a empresa construa um novo fluxograma, atualizado, demonstrando momento de entrada, transformação e saído do produto final. Já em organogramas, foi necessário a construção de um organograma da empresa, pois a mesma não possuía uma estruturação do quadro funcional para poder demonstrar a estrutura organizacional. Após o término do organograma, podemos constatar que a Portal utiliza uma estrutura do tipo hierárquico-funcional, a qual é muito utilizada na maioria das organizações. Após todo desenvolvimento do relatório, pode-se concluir que os objetivos estabelecidos foram alcançados, pois através do conhecimento adquirido durante todo curso, foi possível comparar teorias com prática, com isso contribuir junto a empresa com sugestões para melhorias, tanto no setor administrativo, quanto no setor de produção. No que se refere a aprendizado acadêmico, não há como mensurar o valor que tal experiência pode proporcionar. As contribuições que a pesquisa traz, são não apenas para a Portal, mais também tem grande importância para acadêmicos de novas turmas, podendo auxiliar em suas pesquisas. Tal experiência contribuirá muito para uma vida profissional pós curso. Com base na pesquisa realizada sugere-se que seja aplicada em empresas do mesmo ramo de atividade, com intuito de verificar a forma com que cada uma aplica as teorias apresentadas. 48 REFERÊNCIAS ARAÚJO, Luís César G. de. Gestão de pessoas. São Paulo: Atlas, 2006. _______________________. Organização sistema e métodos e as tecnologias de gestão organizacional, benchmarking, empowerment, gestão pela qualidade total, reengenharia. 5. ed. São Paulo: Atlas 2011. BALLESTERO–ALVAREZ, Maria Esmeralda. Manual de organização, sistemas e métodos: abordagem teórica e prática da engenharia de informação. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2006. BRUM, Aline Weber; GODOY, Leoni. Gerenciando a cultura organizacional em franquias: o caso da Wizard Idiomas. Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP1998_ART431.pdf em 01 de julho de 2015. Acesso em 25 out. 2015. CRESWELL, John W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos: o capital das organizações. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. ______________________. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. ______________________. Planejamento Estratégico. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. ______________________. Comportamento organizacional: a dinâmica do sucesso das organizações. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. FIDELIS, Gilson José; BANOV, Márcia Regina. Gestão de recursos humanos: Tradicional e estratégica. 2. ed. São Paulo: Érica, 2007. FRANÇA, Ana Cristina Limongi. Práticas de recursos humanos – PRH: conceitos, ferramentas e procedimentos. São Paulo: Atlas, 2013. KOTLER, Philip. Administração de Marketing: A Edição do Novo Milênio. 10.ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2000. 49 MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2012. MINTZBERG, Henry. Criando organizações: estruturas em cinco configurações. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2012. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Estrutura Organizacional: uma abordagem para resultados e competitividade. São Paulo: Atlas, 2006. __________________________________. Sistema, organização e métodos: uma abordagem gerencial. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2011. PEREIRA, Maurício F. Planejamento Estratégico: Teorias, modelos e processos. São Paulo: Atlas, 2010. SCHERMERHORN JR, John R.; HUNT, James G.; OSBORN, Richard N. Fundamentos de comportamento organizacional. São Paulo: Bookman, 2005. VILAS BOAS, Ana Alice. Gestão Estratégica de pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. . 50 APÊNDICES 51 A - ROTEIRO PARA ENTREVISTA COM ASSISTENTE DE DEPARTAMENTO PESSOAL NOME: ____________________________________ CARGO OU FUNÇÃO:_________________________ 1- Como é feita o processo de seleção e recrutamento? 2- Quanto tempo leva o processo de Seleção e/ou recrutamento? 3- Quais os critérios adotados no processo de Seleção e/ou recrutamento? 4- Após contratação como é feita o treinamento? 5- Há alguma política de valorização do funcionário? 6- Há avaliações periódica dos funcionários? 7- É feito algum trabalho de motivação de equipe? 8- Como funciona a hierarquia da organização? 9- Há algum benefício oferecido aos funcionários? 10- Como é organizada, definida e dividida a jornada de trabalho? 52 B- ROTEIRO PARA ENTREVISTA COM DIRETOR Questão 1 A análise SWOT é uma ferramenta muito utilizada para analisar tanto o ambiente externo, quanto interno, podendo identificar os pontos fundamentais que caracterizam sua colocação estratégica em um determinado momento da organização. Diante do exposto gostaria de saber: a) Quais os pontos fortes da empresa? (Vantagens, capacidades, ativos, pessoas, marketing). b) Quais suas fraquezas? (Inabilidade técnicas ou gerenciais, inadequado controle de custos, obsolescência de métodos de métodos e/ ou equipamentos, endividamento incompatível com o fluxo de caixa) c) Quais suas oportunidades? (Novas tecnologias, tendências de mercado, novos mercados, novos produtos, créditos, facilidades, alianças estratégicas, produtos complementares.) d) Quais suas ameaças a empresa enfrenta hoje? Questão 2 As 5 forças da competitividade desenvolvida por Michael Porter, vêm para auxiliar as análises do ambiente externo, com o objetivo de mensurar o quanto cada um dos envolvidos venha influenciar, seja positivamente ou negativamente em seu negócio. Essas forças são: Ameaça de novos entrantes, poder de barganha dos clientes, poder de barganha dos fornecedores, ameaça de substitutos e rivalidade entre empresas existentes. a) b) c) d) e) Como a empresa lida com os concorrentes? Como é a relação da empresa com os fornecedores? Como é a relação da empresa com os clientes Há ameaças de novos entrantes? E produtos substitutos? Questão 3 Definição das diretrizes da empresa. a) b) c) Qual a missão da empresa? Qual a visão da empresa? Quais são seus valores? 53 C - FORMULÁRIO PARA MENSURAÇÃO DO CLIMA E DA CULTURA ORGANIZACIONAL DA EMPRESA PORTAL ÓLEOS VEGETAIS AUTONOMIA____________________________________________________ 1. Você tem liberdade para fazer o seu trabalho da forma como considera melhor? ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião RESPONSABILIDADE_____________________________________________ 2. Você desempenha seu trabalho buscando obter resultados melhores do que aqueles esperados pela empresa? ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião REALIZAÇÃO PROFISSIONAL______________________________________ 3. O seu trabalho lhe dá um sentimento de realização profissional? ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião COMUNICAÇÃO_________________________________________________ 4. A empresa é aberta a receber e reconhecer as críticas, opiniões e contribuições de seus funcionários? ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião REMUNERAÇÃO_________________________________________________ 5. Você considera a sua remuneração adequada ao trabalho que você faz? ( ) Sim ( ) Não ( ) Mais ou menos CARREIRA______________________________________________________ 6. Você acredita na oportunidade de crescimento em sua carreira? ( ) Sim ( ) Não ( ) Mais ou menos RELACIONAMENTOS COM A CHEFIA________________________________ 7. Você se sente respeitado pelo seu chefe/gestor/gerente? ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião 8. Como você considera o relacionamento entre os funcionários da empresa? ( ) Adequado ( ) Razoável ( ) Inadequado VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL____________________________________ 9. Você se sente valorizado pela empresa? ( ) Sim ( ) Não ( ) Mais ou menos TREINAMENTO/DESENVOLVIMENTO_______________________________ 10. Você recebeu o devido treinamento para a execução de seu cargo? ( ) Sim ( ) Não ( ) Mais ou menos 54 IMAGEM DA EMPRESA____________________________________________ 11. Você indicaria um amigo para trabalhar na sua empresa? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não tenho opinião TRABALHO EM EQUIPE___________________________________________ 12. A empresa estimula o trabalho em equipe? ( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho opinião