Artigo - Medicina
Transcrição
Artigo - Medicina
Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma 1. Revisão Sistemática da Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma Mariana Sacramento ([email protected]), Inês Simões, Gracinda Macedo, Francisca Teixeira Lopes, Marta Andrade, Nuno Gomes, Pedro Coutinho, Maria Inês Sanchez, Pedro Rosa, Maria João Martins, Nídia Silva, Daniela Magalhães, Maria Elizabeth de Jesus, Pedro Neto, Pedro Bastos, Dr. João Fonseca Palavras-chave: asma, revisão sistemática, melhoria da prestação de cuidados de saúde, ambulatório, RCT, guidelines, programas comunitários, programas de autocontrolo 2. Resumo Introdução: As intervenções de melhoria da qualidade têm sido usadas na monitorização da asma, no entanto ainda há dúvidas sobre o tema. Objectivo: Reunir e sumariar os resultados de estudos ou trabalhos de investigação que avaliem intervenções de melhoria na prestação de cuidados de saúde a doentes de ambulatório com asma. Métodos: Revisão sistemática. Pesquisa e análise de artigos indexados na Medline de 1980 a 2004. Extracção de conclusões sobre a efectividade de programas de autocontrolo... papel dos enfermeiros, utilização de guidelines, papel dos farmacêuticos, programas comunitários, papel dos médicos e outros. Resultados: Foram incluídos 88 artigos dos quais 52 foram analisados. 19 estudos mencionaram programas de auto-controlo dos quais 13 melhoraram significativamente a prestação de cuidados; 8 estudos analisaram o papel dos enfermeiros sendo que 5 concluíram que estes profissionais são eficazes no tratamento na doença, 5 de 7 artigos que estudaram o efeito das guidelines chegaram à mesma conclusão relativamente a Pág. 1/28 Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma este tipo de intervenção; 5 analisaram o papel dos farmacêuticos e 3 o dos médicos, os quais se revelaram importantes; 4 avaliaram programas comunitários 2 com resultados positivos; 6 artigos focaram outras intervenções (yoga, computadores, acompanhamento psicológico...), das quais apenas três surtiram efeitos desejáveis. Conclusões: Apesar de termos constatado a existência de intervenções que têm efeito na melhoria da qualidade dos cuidados de saúde em doentes asmáticos de ambulatório, mais estudos deveriam ser feitos sobre este tema a fim de esclarecer algumas dúvidas que ainda persistem, como sejam: que profissionais devem conduzir as intervenções?, quais as intervenções mais efectivas? 3. Texto principal PEF - Peak Expiratory Flow QOL - Quality of Life NHLBI – National Heart, Lung and Blood Institute SU – Serviço de Urgência N – Número de Artigos RCT – Randomized Controlled Trial Introdução A asma é uma doença crónica inflamatória caracterizada por crises repetidas de falta de ar e que afecta tanto crianças como adultos. Necessita, para ser controlada, das intervenções de vários profissionais de saúde e da prestação de cuidados quer primários, quer secundários56. É de realçar que a asma é uma doença com um elevado impacto social, dada a grande prevalência desta patologia54,58. Acredita-se que a prestação continuada de cuidados, a doentes de ambulatório com asma, pode prevenir resultados adversos (exacerbações, hospitalizações ou mesmo morte) e melhorar a qualidade de vida. Contudo, a maioria dos asmáticos não realiza um tratamento sequencial, procurando ajuda médica apenas em casos de emergência57. Pág. 2/28 Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma Investigadores dos últimos 25 anos tentaram identificar as necessidades dos asmáticos, desenvolvendo e avaliando programas que poderão melhorar os serviços prestados aos doentes e reduzir a morbilidade. Estes programas teriam como objectivo, entre outros reduzir as visitas ao SU, hospitalizações e os custos de saúde. Em 1996 foi feita uma Revisão Sistemática53 que abordava exclusivamente a organização dos cuidados prestados a indivíduos com asma. Contudo algumas questões continuam em aberto e será útil sumariar outras intervenções de melhoria na qualidade de cuidados. Ainda não está provado que as guidelines que foram desenvolvidas por organizações profissionais54 tenham melhorado os cuidados prestados aos doentes. Pouca atenção foi dada à melhor maneira como os cuidados devem ser prestados e estruturados. Poderá o doente ter um papel decisivo na aplicação de medidas de auto-controlo da sua doença? Quais as intervenções que surtem melhores efeitos? As prestadas por médicos generalistas ou por especialistas? Podem os enfermeiros ter um papel equiparável ao dos médicos? Que intervenções de melhoria da prestação de cuidados introduzem reduções nos custos de saúde? O objectivo do nosso estudo é sumariar resultados de estudos ou trabalhos de investigação que avaliem intervenções de melhoria na prestação de cuidados de saúde a doentes de ambulatório com asma. Métodos Efectuamos a pesquisa na Medline, tendo sido estabelecidas onze questões de pesquisa (queries) diferentes como base de procura. Estas são o resultado de ajustes às queries iniciais: Pág. 3/28 Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma "Program Evaluation"[MeSH] AND Asthma Field: All Fields, Limits: Publication Date from 1980 to 2004, Clinical Trial, Humans "Program Evaluation"[MeSH] OR "Process Assessment (Health Care)"[MeSH]) AND Asthma Limits: Publication Date from 1980 to 2004, Clinical Trial, Humans "Health Services Research"[MeSH] AND Asthma Limits: Publication Date from 1980 to 2004, Clinical Trial, Humans "Quality Assurance, Health Care"[MeSH] AND Asthma Limits: Publication Date from 1980 to 2004, Clinical Trial, Humans "Delivery of Health Care" [MeSH] AND Asthma Limits: Publication Date from 1980 to 2004, Clinical Trial, Humans "Clinical Competence"[MeSH] AND Asthma Limits: Publication Date from 1980 to 2004, Clinical Trial, Humans "Guideline Adherence"[MeSH] AND Asthma Limits: Publication Date from 1980 to 2004, Clinical Trial, Humans "Medical Audit"[MeSH] AND Asthma Limits: Publication Date from 1980 to 2004, Clinical Trial, Humans "Program Evaluation"[MeSH] OR "Quality Indicators" [MeSH] AND Asthma Limits: Publication Date from 1980 to 2004, Clinical Trial, Humans "Clinical Competence"[MeSH] OR "Guideline Adherence"[MeSH] AND Asthma Limits: Publication Date from 1980 to 2004, Clinical Trial, Humans Esta pesquisa incidiu sobre os últimos 25 anos. Formaram-se cinco grupos de três pessoas cada, tendo sido atribuído a cada grupo a pesquisa de artigos no intervalo de 5 anos. Os abstracts foram lidos por cada membro Pág. 4/28 Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma que, de acordo com os critérios de inclusão e exclusão previamente estabelecidos os seleccionou. Incluíram-se artigos que avaliavam intervenções para a melhoria da prestação de cuidados de saúde a doentes de ambulatório com asma. Os artigos exclusivamente farmacológicos ou educacionais não foram incluídos por terem sido já alvo de revisões sistemáticas55-59. Foram incluídos os artigos que tinham como desenho de estudo, ensaios clínicos randomizados controlados (RCT). Foram excluídas intervenções aplicadas unicamente a doentes hospitalizados ou no departamento de urgência. A nossa pesquisa centrou-se em doentes de ambulatório, já que serão estes, aqueles em que o acompanhamento da asma poderá prevenir as crises. Durante a primeira triagem de artigos, através da análise dos abstracts, estabelecemos um grau de concordância entre os três membros do grupo sendo a razão mínima de concordância para inclusão ou exclusão, de 2/3. Na figura 1 apresentamos um diagrama com o fluxo de artigos, neste estudo. Após a primeira leitura dos artigos incluídos identificámos os resultados mais vezes apresentados. Elaborámos um protocolo de extracção de dados. Procedemos à distribuição aleatória dos artigos por analisador, sendo que cada artigo foi lido por dois elementos, que fizeram uma leitura independente. Em caso de discordância no preenchimento da lista, foi solicitada a opinião de uma terceira pessoa. As três pessoas familiarizaram-se com a mecânica do processo de avaliação assim como o tipo de resultados que deveriam sumariar. 12 artigos foram excluídos após a leitura completa. Os resultados são apresentados como frequências. Na análise de dados foi feita a distribuição das frequências por: ano de publicação, resultados e subtemas avaliados. Procedemos à caracterização dos artigos relacionados com: programas de auto-controlo, Pág. 5/28 Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma papel dos enfermeiros, utilização de guidelines, programas comunitários, médicos, farmacêuticos e outros subtemas. Resultados Foram identificados 552 artigos dos quais incluímos 88 na primeira triagem. Por não ter sido possível aceder a 24 artigos, apenas 64 foram analisados e após segunda triagem, 12 artigos foram excluídos e os restantes 52 foram incluídos no nosso estudo. A tabela 1 mostra a evolução do número de artigos encontrados e incluídos no estudo por quinquénio. Ao longo dos últimos 25 anos, tendo sido estes distribuídos pelos diferentes subtemas. Procedemos à contagem do número de artigos por resultados avaliados e subtema analisado como ilustrado na tabela 2. Os resultados mais frequentemente apresentados foram: número de visitas ao SU, número de hospitalizações, visitas médicas não programadas, PEF, QOL e prescrição de anti-inflamatórios. As intervenções mais vezes estudadas foram: programas de auto-controlo, papel dos enfermeiros especializados em asma, utilização de guidelines, papel dos farmacêuticos, programas comunitários e papel dos médicos. Procedeu-se à caracterização (tipo de estudo e de população, resultados e mensagem principal) dos artigos que estudaram cada um dos 7 subtemas escolhidos. Estes dados estão sumariados na tabela 3. Discussão Ao longo dos últimos 25 anos temos assistido a um aumento do estudo de intervenções que visam melhoria nos cuidados prestados em doentes de ambulatório com asma, no entanto nenhuma revisão sistemática sobre intervenções de qualidade foi publicada até então. Pág. 6/28 Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma Constatámos que é frequente o estudo e implementação de programas de auto-controlo. Não obstante, observámos que nos últimos 5 anos houve uma especial atenção no papel dos enfermeiros no acompanhamento de asmáticos bem como, a utilização de guidelines (ver tabela 3). A generalidade dos programas de auto-controlo (mencionados em treze dos dezanove artigos que estudavam este tipo de intervenção) revelou melhorias ao nível da prestação de cuidados, conduzindo assim a uma melhor adesão aos regimes de tratamento e desta forma, a um significativo decréscimo na morbilidade da asma. Com base em seis artigos20-23, 25, 26 , concluímos que os enfermeiros especializados poderão desempenhar um papel de grande relevo na prestação de cuidados a asmáticos, embora não possamos admitir que as intervenções levadas a cabo por estes sejam mais eficazes que as conduzidas por médicos, como está patente em dois artigos24, 27, em que os resultados obtidos eram similares. Esta será uma questão que continuará em aberto. Para responder à questão da importância das guidelines recolhemos informação (em cinco dos sete que abordavam as guidelines) que nos permite afirmar que a sua implementação resulta não só na melhoria do comportamento médico em relação à prescrição de medicamentos, mas também na diminuição da frequência de exacerbações de asma, e consequentemente no uso de serviços de saúde. Em relação aos programas comunitários, fica por esclarecer a sua importância já que em metade das intervenções estes não surtiram melhoria na prestação de cuidados, sendo que na restante metade estes programas resultaram na diminuição dos custos dos cuidados de saúde promovendo não só a qualidade de cuidados, mas também a satisfação quer dos pacientes quer dos familiares. Pág. 7/28 Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma Concluímos também que os pacientes devem ser seguidos de perto periodicamente por um médico especialista. Finalmente, constatamos que as intervenções conduzidas por farmacêuticos promovem melhoria da qualidade de cuidados, obtendo reduções ao nível dos custos dos tratamentos o que se traduz numa elevada satisfação das populações acompanhadas por farmacêuticos. No entanto são necessários mais estudos sobre que profissionais devem conduzir as intervenções, embora seja notória a importância de uma estreita colaboração entre médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde. Ficará ainda em aberto a comparação do papel dos clínicos gerais versus especialistas ou farmacêuticos. Devido à escassez de estudos anteriores ao ano de 1980 a nossa pesquisa incidiu nos últimos 25 anos. Para o enriquecimento da nossa pesquisa poderíamos ter recorrido a outras bases de dados, tendo sido a escassez de tempo factor limitante. A maior limitação do nosso trabalho deve-se ao facto de não terem sido disponibilizados todos os artigos por nós seleccionados (41% não conseguidos). Assim, e tratando-se de uma Revisão Sistemática, os resultados obtidos terão um carácter redutor. Por outro lado com mais tempo disponível, poderíamos ter conseguido mais artigos. Por fim, a escassez de recursos humanos e logísticos também poderão ter limitado o nosso trabalho. 4. Referências 1: Kotses, H.; Bernstein, L.; Bernstein, D.; Reynolds, Russ V. C.; Korbee, L.; Wigal, J. K.; Ganson, E.; Stout, C.; Creer, T. L.; A self-management program for adult asthma. Part I: development and evaluation; The Journal of Allergy and Clinical Immunology 1995; 95:529-540 Pág. 8/28 Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma 2: Jean-Luc Malo, MD, J. L´Archevêque, RT, C. Trudeau, RT, Carlos d´Aquino, MD, and André Cartier, MD Montreal, Quebec, Canada; Should we monitor peak expiratory flow rates or record symptoms with a simple diary in the management of asthma?; J. Allergy Clin Immunol Vol 91,n3 1992 3: Douma, W.R.; Kerstjens, H. A. M.; Rooyackers, J.M.; Koeter, G.H.;Postma, D. S.; Risk of over treatment with current peak flow criteria in self-management plans; European Respiratory Journal 1998; 12:848-852 4: Côté, J.; Cartier, A.; Malo, J.L.; Rouleau, M.; Boulet, L.P.; Compliance with peak expiratory flow monitoring in home management of asthma; Chest 1998; 113:968-972 5: Turner, M.O.; Taylor, T.; Bennett; R.R.; Fitzgerald, M.; A randomized trial comparing peak expiratory flow and symptom self-management plans for patients with asthma attending a primary care clinic; American Journal of Respiratory Critical Care Medicine 1998; 157:540-546 6: Lahdensuo, A.; Haahtela, T.; Herrala, J.; Kava, T.; Kiviranta, K.; Kuusisto, P.; Poussa, T.; Saarelainen, S.; Svahn, T.; Randomised comparison of guided self-management and traditional treatment of asthma over one year; The British Medical Journal 1996; 312: 748-752 7: Van der Palen, J.; Klein, J.J.; Zielhuis, G.A.; Van Herwaarden, C.L.A.; Seydel, E.R.; Behavioural effect of self-treatment guidelines in a self-management program for adults with asthma; Patient Education and Counseling 2001; 43:161-169 8: Schermer, T.R.; Thoonen, B.T.; Van den Boom, G.; Akkermans, R.P.; Grol, R.P.; Folgering, H.T.; Van Weel, C.;Van Schayck, C.P.; Randomised controlled economic evaluation of asthma self-management in primary health care; American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine 2002; 166:1062-1072 9: Bosley,C.M.; Fosbury, J.A.; Cochrane, G.M.; The Psychological factors associated with poor compliance with treatment in asthma; European Respiratory Journal 1995; 8:899-904 10: Bailey, W. B.; Richards, J. M..; Brooks, C. M.; Soong, S.; Windsor, R. A.; Manzella, B. A.; A randomized trial to improve self-management practices of adults with asthma; Archive Internal Medicine 1990; 150:1664-1668 11: Vasquez, M.I.; Buceta, J.M.; Psychological treatment of asthma: effectiveness of a self-management program with and without relaxation training; Journal of Asthma 1993; 30:171-183 Pág. 9/28 Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma 12: Redline, S.; Wright, E. C.; Kattan, M.; Kercsmar, C.; Weiss, K.; Short-term compliance with peak flow monotoring: results from a study of inner city children with asthma; Pediatric Pulmonology 1996; 21:203-210 13: D’Souza, W.; Burgess, C.; Ayson, M.; Crane, J.; Pearce, N.; Beasley, R.; Trial of a “credit card” asthma self-management plan in a high-risk group of patients with asthma; Journal of Allergy and Clinical Immunology 1996; 97:1085-1092 14: Kelso, T. M.; Abou-Shala, N.; Heilker, G. M.; Arheart, K. L.; Portner, T. S.; Self, T. H.; Comprehensive long-term management program for asthma: effect on outcomes in adult AfricanAmericans; The American Journal of the Medical Sciences 1996; 311:272-280 15: Berg, J.; Dunbar-Jacob, J.; Sereika, S. M.; An evaluation of a self-management program for adults with asthma; Clinical Nursing Research 1997; 6:225-238 16: Côté, J.; Cartier, A.;Robichaud, P.; Boutin, H.; Malo, J.L.; Rouleau, M.; Fillion, A.; Lavallée, M.; Krusky, M.; Bouley, L.P.; Influence of asthma morbidity of asthma education Programs based on selfmanagement plans following treatment optimization; American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine 1997; 155:1509-1514 17: Gebert, N.; Hummelink, R.; Konning, J.; Staab, D.; Schmidt, S.; Szczepanski, R.; Runde, B.; Wahn, U.; Efficacy of a self-management program for childhood asthma: a prospective controlled study; Patient Education and Counseling 1998; 35:213-220 18: Kauppinen, R.; Sintonen, H.; Vilkka, V.; Tukiainen, H.; Long-term (3-year) economic evaluation of intensive patient education for self-management during the first year in new asthmatics; Respiratory Medicine 1999; 93:283-289 19: Couturaud, F.; Proust, A.; Frachon, I.; Dewitte, J. D.; Oger, E.; Quiot, J. J.; Leroyer, C.; Education and self-management: a one-year randomized trial in stable adult asthmatic patients; Journal of Asthma 2002; 39:493-500 20: Ringsberg, K. C.; Wiklund I.; Wilhelmsen L.; Education of adult patients at an “asthma school”: effects on quality of life, knowledge and need for nursing; European Respiratory Journal 1990; 3:33-37 21: Griffiths, C.; Foster, G.; Barnes, N.; Eldridge, S.; Tate, H.; Begum, S.; Wiggins, M.; Dawson, C.; Livingstone, A.E.; Chambers, M.; Coats, T.; Harris, R.; Feder, G.S.; Specialist nurse intervention to Pág. 10/28 Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma reduce unscheduled asthma care in deprived multiethnic area: the east London randomised controlled trial for high risk asthma (ELECTRA); British Medical Journal 2004; 328: 144-150 22: Bryce, F. P.; Neville, R. G.; Crompie, I. K.; Clark, R. A.; McKenzie, P.; Controlled trial of an audit facilitator in diagnostic and treatment of childhood asthma in general practice; British Medical Journal 1995; 310: 838-844 23: Kelly, C.S.; Morrow, A.L.; Shults, J.; Nakas, N.; Srope, G.L.; Adelman, R.D.; Outcomes evaluation of a comprehensive intervention program for asthmatic children enrolled in Medicaid; Pediatrics 2005; 105:1029-1035 24: Van Es, S.M.; Nagelkerke, A.F.; Colland, V.T.; Scholten, R.J.P.M.; Bouter, L.M.; An intervention programme using the ASE-model aimed at enhancing adherence in adolescents with asthma; Elsevier 2001; 44:193-203 25: Tinkelman, D.; Wilson, S.; Asthma disease management: regression to the mean or better?; The American Journal of Managed Care 2004; 10:948-954 26: Jonhson, K. B.; Blaisdell, C. J.; Walker, A.; Eggleston, P.; Effectiveness of clinical pathway for inpatient asthma management; Pediatrics 2000;106:1006-1012 27: Salisbury, S.; Francis, C.; Rogers, C.; Parry, K.; Thomas, H.; Chadwick, S.; Turton, P.; A randomised controlled trial of clinics in secondary schools for adolescents with asthma; British Journal of General Practice, 2002 , 52,988-996 28: Feder, G.; Griffiths, C.; Highton, C.; Eldrige, S.; Spence, M.; Southgate, L.; Do clinical guidelines introduced with practice based education improve care of asthmatic and diabetic patients? A randomised controlled trial in general practices in East London; British Medical Journal 1995; 311: 1473-1478 29: Evans III, R.; Gergen, P. J.; Mitchell, H.; Kattan, M.; Kercsmar, C.; Crain, E.; Anderson, J.; Eggleston, P.; Malveaux, F. J.; Wedner, H. J.; A randomized clinical trial to reduce asthma morbidity among inner-city children: results of the national cooperative inner-city asthma study; The Journal of Pediatrics 1999; 135:332-338 30: Lagerlov, P.; Loeb, M.; Andrew, M.; Hjortdahl, P.; Improving doctor’s prescribing behaviour through deflection on guidelines and prescription feed-back: a randomized controlled study; Quality in Health Care 2000:9:159-165 Pág. 11/28 Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma 31: Aiolfi, S.; Confalonieri, M.; Scartabellati, A. ; Patrini, G.; Ghio, L.; Mauri, F.; Parigi, P.; Trogu, M.; Gandola, L.; International guidelines and educational experiences in an out-patient clinic for asthma; Monaldi Archives of Chest Disease 1995; 50:477-481 32: Smeele, I.; Grol, R.; Schayck, C.; Bosch, W.; Hoogen, H.; Muris, J.; Can small group education and peer review improve care for patients with asthma/chronic obstructive pulmonary disease? 1999; 8:92-98 33: Picken, H. A.; Greenfield, S.; Teres, D.; Hirway, P.S.; Landis, J.N.; Effect of local standards on the implementation of national guidelines for asthma: primary care agreement with national asthma guidelines; Journal of General Internal Medicine 1998; 13:659-663 34: Sont, J. K.; Willems, L. N. A.; Bel, E. H.; Krieken, J. J. M.; Vandenbroucket, J. P.; Sterk, P. J.; Clinical control and Histopathologic outcomes of asthma when using airway hyperresponsiveness as an additional guide to long-term treatment; American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine 1999; 159:1043-1051 35: Dirk K. Greineder, MD, PhD; Kathleen C. Loane, RN; Paula Parks, RN, NP Reduction in Resource Utilization by an Asthma Outreach Program; Arch Pediatric Adolescent Med/Vol. 149, Apr 1995 36: Hill, R.; Williams, J.; Britton, J.; Tattersfield, A.; Can morbidity associated with untreated asthma in primary school children be reduced?: a controlled intervention study; British Medical Journal, vol 303 Nov 1991 37: Harish, Z.; Bregante, A. C.; Morgan, C.; Fann, C. S. J.; Callaghan, C. M.; Witt, M. A.; Levinson, K. A.; Caspe, W. B.; A comprehensive inner-city asthma program reduces hospital and emergency room utilization; Ann Allergy Asthma Immunology 2001; 86:185-189 38: Eccles, M.; McColl, E.; Steen, N.; Rousseau, N.; Grimshaw, J.; Parkin, D.; Purves, I.; Effects of computerised evidence based guidelines on management of asthma and angina in adults in primary care: cluster randomised controlled trial; British Medical Journal 2002; 325:941-948 39: Sin, D.D.; Bell, N.R.; Man, S.F.T.; Effects of increased primary care access on process of care and health outcomes among patients with asthma who frequent emergency departments; The American Journal of Medicine 2004; 117:479-483 40: Lozano, P.; Finkelstein, J.A.; Carey, V.J.; Wagner, E.H.; Inui, T.S.; Fuhlbrigge, A.L.; Soumerai, S.B.; Sullivan, S.D.; Weiss, S.T.; Weiss, K.B.; A multisite randomised trial of the effects of physian education Pág. 12/28 Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma and organisational change in chronic-asthma care; Archives of Pediatric and Adolescence Medicine 2004; 158:875-883 41: Godding, V.; Kruth, M.; Jamart, J.; Joint consultation for High-Risk asthmatic children and their families, with paediatrician and child psychiatrist as co-therapists: model and evaluation; Familiar Process 1997; 36:265-280 42: Munroe, W.P.; Kunz, K.; Dalmady-Israel, C.; Potter, L.; Schonfeld, W.H.; Economic evaluation of pharmacist involvement in disease management in a community pharmacy setting; Clinical Therapeutics 1997; 19:113-123 43: Weinberg, E.G.; Naya, I.; Treatment preferences of adolescent patients with asthma; Pediatric Allergy and Immunology 2000; 11:49-55 44:Kradjan, W. A.; Schulz, R.; Christensen, D. B.; Stergachis, A.; Sullivan, S.; Fullerton, D. S. P.; Sturm, L.; Schneider, G.; Patients’ perceived benefit from and satisfaction with asthma-related pharmacy services; Journal of the American Pharmaceutical Association 1999; 39:658-66 45: Charrois, T.; Newman, S.; Sin, D.; Senthilselvan, A.; Tsuyuki, R.T.; Improving asthma sympton control in rural communities: the design of the better respiratory education and asthma treatment in Hinton and Edson study; Controlled Clinical Trials 2004; 25:502-514 46: Balzano, G.; Battiloro, R.; Biraghi, M.; Stefanelli, F.; Fuschillo, S.; Gaudiosi, C.; Angelis, E; Effectiveness and acceptability of a domiciliary multidrug inhalation treatment in elderly patients with chronic airflow obstruction: metered dose inhaler versus jet nebulizer; Journal of Aerosol Medicine 2000; 13:25-33 47: Wensley, D.C.; Silverman, M.; The quality of home spirometry in school children with asthma; Thorax 2001; 56:183-185 48:Szilagyi, P. G.; Rodewald, L. E.; Savageau, J.; Yoos, L.; Doane, C.; Improving influenza vaccination rates in children with asthma: a test of a computerized reminder system and an analysis of factors predicting vaccination compliance; Pediatrics 1992; 90:871-875 49: Boom, G.; Mölken, M. P. M. H.; Folgering, H.; Weel, C.; Schayck, C. P.; The economic effects of screening for obstructive airway disease: an economic analysis of the DIMCA program; Preventive Medicine 2000; 30-302-308 Pág. 13/28 Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma 50: Mundinger, M. O.; Kane, R. L.; Lenz, E. R.; Totten, A. M.; Tsi, W. Y.; Cleary, P. D.; Friedewald, W. T.; Siu, A. L.; Shelanski, M. L.; Primary care outcomes in patients treated by nurse practitioners or physicians; Journal of the American Medical Association 2000; 283:59-68 51: Sommaruga, M.; Spanevello, A.; Migliori, G.B.; Neri, M.; Callegari, S.; Majani, G.; The effects of a cognitive behavioural intervention in asthmatics patients; Monaldi Archives of Chest Disease 1995; 50:398-402 52: Manocha, R.; Marks, G.B.; Kenchington, P.; Peters, D.; Salome, C.M.; Sahaja yoga in the management of moderate to severe asthma: a randomised controlled trial; Thorax 2002; 57:110-115 53: Eastwood, A. J.; Sheldon, T.; Organisation of asthma care: what difference does it make? A systematic review of the literature; Quality in Health Care 1996; 5: 134-143 54: The Global Initiative for Asthma – Guidelines – Guia de bolso para o manejo e a prevenção da asma. (http://ginasthma.org/) 55: Malo J.L.; Occupational asthma: what have we learned in the past 10 years ... and what should we learn next? Monaldi Arch Chest Dis. 2002 Apr; 57 (2):123-6 56: Ockene JK, Zapka JG.; Provider education to promote implementation of clinical practice guidelines. Chest. 2000 Aug; 118(2 Suppl):33S-39S 57: Chapman KR, Walker L, Cluley S, Fabbri L. Improving patient compliance with asthma therapy. Respir Med. 2000 Jan; 94(1):2-9 58: Costa, I.G.; Rapoff, M.A.; Lemanek, K.; Goldstein, G.L.; Improving adherence to medication regimens for children with asthma and its effect on clinical outcome; Journal of Applied Behaviour Analysis 1997; 30:687-691 59: Lahdensuo, A.; Haatela, T.; Herrala, J.; Kava, T.; Kiviranta, K.; Kuusisto, P.; Peramaki, E.; Poussa, T.; Saarelainen, S.; Svahn, T.; Randomized comparison of guided self management and traditional treatment of asthma over one year; British Medical Journal 1996; 312:748-752 60: Salisbury, C.; Francis, C.; Rogers, C.; Parry, K.; Thomas, H.; Chadwick, S.; Turton, P.; A randomized controlled trial of clinics in secondary schools for adolescents with asthma; British Journal of General Practice 2002; 52:988-996 Pág. 14/28 Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma 5. Tabelas e figuras 552 art. triados 464 art. excluídos 88 art. seleccionados após 1ª triagem 24 art. não conseguidos 64 art. conseguidos 12 art. excluídos após 2ª triagem 52 art. analisados no estudo Fig.1. Diagrama do fluxo de artigos. Tabela 1. Distribuição do número de artigos encontrados e incluídos por quinquénio e subtema analisado. Intervalo de Ano de Publicação N.º art. encontrados N.º art. incluídos N.º art. analisados 1980-1984 1985-1989 1990-1994 1995-1999 2000-2004 14 30 95 215 198 10 30 36 Total 552 76 N.º de artigos por Subtema Autocontrolo Programas comunitários Guidelines Enfermeiros Farmacêuticos Médicos Outros 7 24 21 4 12 3 1 1 2 6 1 1 1 6 2 3 1 2 1 1 4 52 19 4 7 8 5 3 6 Pág. 15/28 Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma Tabela 2. Número de artigos analisados por subtema estudado. Relação entre a Frequência das Variáveis de Resultados avaliados em cada Subtema. Variáveis de Resultados Subtema N (%) Visitas ao SU Nº de hospitalizações Visitas médicas não programadas PEF QOL Programas de auto-controlo Enfermeiros Guidelines Farmacêuticos Programas comunitários Médicos Outros 18 (36) 8 (15) 7 (14) 5 (10) 4 (8) 3 (6) 6 (11) 8 5 1 2 2 1 3 8 5 1 2 2 2 3 6 3 4 1 1 2 12 4 3 1 1 1 1 6 5 2 1 Prescrição de antiinflamatórios 5 1 2 1 - Total 52 (100) 22 23 17 23 14 9 Pág. 16/28 Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma Tabela 3. Análise dos artigos incluídos no estudo: características metodológicas, variáveis de resultado avaliadas, resultados obtidos e conclusões principais. Subtema Auto-controlo Autor do artigo, ano publicação Desenho de estudo, população Variáveis de Resultados Resultados Mensagem Principal Kotses, H et al 1 1995 Estudo randomizado e controlado, adultos com asma Número de hospitalizações, visitas médicas não programadas, PEF e QOL. Diminuição dos sintomas da asma, aumento de comportamentos de autocontrolo, diminuição do número de visitas médicas, aumento do conhecimento sobre asma. Mudanças positivas são obtidas pela aplicação de um programa de auto-controlo de asma. Malo, J.L et al 2 1993 Estudo randomizado, pacientes com asma PEF. O número de exacerbações detectadas foi semelhante no grupo de pacientes que fizeram um diário e mediram o PEFs Um simples diário de sintomas pode ser tão eficaz quanto os PEFs, para detectar exacerbações asmáticas. Douma, W.R. et al 3 1998 Estudo randomizado e controlado, adultos com asma PEF e QOL Variação do PEF diminui em doentes a que foram administrados corticóides em vez de broncodilatadores. Quando são administrados corticóides em detrimento de broncodilatadores, há uma tendência à diminuição do PEF. Côté, J. et al 4 1998 Estudo randomizado, pacientes com asma Visitas ao SU, número de hospitalizações, PEF e QOL. Apenas pacientes que demonstram interesse em usar o PEF, o utilizam de acordo com as indicações médicas. O PEF não deve ser o único tratamento utilizado, mas deve ser acompanhado por um programa educacional. Pág. 17/28 Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma Turner, M.O. et al 5 1998 Estudo randomizado, adultos com asma Visitas ao SU, número de hospitalizações, visitas médicas não programadas, PEF , QOL e prescrição de anti inflamatórios. Adesão dos pacientes ao plano de auto-tratamento foi baixa, reflectindo-se numa dificuldade de alteração comportamental. O estudo demonstra que uma vigilância contínua e inalação de esteróides leva a um controlo bem sucedido da asma. Lahdensuo, A. et al 6 1996 Estudo randomizado, adultos com asma Visitas ao SU, visitas médicas não programadas e prescrição de anti - inflamatórios. Diminuição nas visitas ao hospital, dias de não comparecimento no emprego, utilização de antibióticos e melhoria na qualidade de vida. O auto-tratamento pelos pacientes conduz a uma redução dos incidentes causados pela asma e melhora a qualidade de vida. Van der Palen, J. et al 7 2000 Estudo randomizado e controlado, adultos com asma PEF, prescrição de anti – inflamatórios. Grupos de intervenção e controlo mostraram avanços no tratamento de asma.0 A intervenção com uso de planos de acção demonstrou ser bastante eficaz na mudança de variáveis comportamentais e benéfica na melhoria de sintomas. Schermer, T.R. et al 8 2002 Estudo randomizado e controlado, adolescentes e adultos com asma Visitas ao SU, número de hospitalizações, PEF e prescrição de anti – inflamatórios. Houve uma diminuição dos custos. O auto-tratamento mostrou-se mais eficaz do que a maioria dos tratamentos usuais. Bosley, C.M. et al 9 1995 Estudo randomizado e controlado, adultos com asma QOL O não cumprimento desta medicação leva alguns problemas psicológicos. È necessário perceber as causas da não adesão à medicação, pois estas podem estar por detrás de graves problemas psicológicos. Pág. 18/28 Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma Bailey, W.B. et al 10 1990 Estudo randomizado e controlado, adultos com asma. Visitas ao SU e número de hospitalizações. Um programa de auto tratamento melhora os outcomes avaliados. Um programa de autotratamento melhora a adesão a regimes de tratamento. Vasquez, M.I. et al 11 1993 Estudo randomizado e controlado, crianças com asma. Visitas ao SU, visitas médicas não programadas e PEF. Observarem-se diferenças significativas no comportamento de prevenção e durante as exacerbações. Os programas de controlo ajudam a reduzir as consequências da asma nas crianças (duração de exacerbações, resposta a fármacos). De acordo com os estudos, o programa de auto-controlo é eficaz na aquisição de comportamentos no cuidado de asma. Redline, S. et al 12 1996 Estudo randomizado e controlado, crianças com asma. PEF, visitas ao SU e outros. Não se encontraram diferenças estatisticamente significativas nas idas ao hospital, no uso de corticóides e nas faltas à escola. É difícil manter os picos expiratórios nas crianças quando isto requer auto-controlo. D`Souza, W. et al 13 1996 Estudo randomizado e controlado, adultos com asma. Visitas ao SU e PEF Houve diminuição significativa nos sintomas, no número de visitas à urgência e ao médico. O uso deste programa pode ser bastante eficaz no cuidado de adultos com asma. Kelso, T.M. et al 14 1996 Estudo não randomizado e controlado, adultos com asma. Visitas ao SU e número de hospitalizações Dois anos após a intervenção, no grupo de intervenção houve uma redução significativa nas visitas ao departamento de urgência ao contrário do que aconteceu no grupo de controlo. Este programa pode melhorar os comportamentos de adultos com asma. Pág. 19/28 Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma Berg, J. et al 15 1997 Estudo randomizado e controlado, adultos com asma. PEF No grupo de intervenção, houve uma diminuição na frequência de sintomas de asma e um aumento da autoeficácia e auto-controlo. Os pacientes que fizeram este tratamento têm uma melhoria significativa, ou seja este programa é eficaz na melhoria da prestação de cuidados de saúde. Côté, J. et al 16 1997 Estudo randomizado e controlado, adultos com asma. Número de hospitalizações e visitas médicas não programadas O conhecimento sobre asma aumentou em ambos os grupos educacionais quando comparado com o grupo de controlo. Todo o tipo de outcomes analisados sofre diminuição. Este tipo de estudo veio provar que o tratamento bem conduzido, acoplado com elevada qualidade de vida em doentes motivados pode conduzir a um significante decréscimo na morbilidade da asma. Gebert, N. et al 17 1998 Estudo randomizado e controlado, crianças com asma Número de hospitalizações O grupo de intervenção teve melhoras bastante significativas. As diferenças após um ano entre os três grupos a respeito dos parâmetros físicos tais como pulmão-função e dias que faltaram à escola, não foram significativos. A eficácia deste programa é realçada a longo prazo por sessões regulares de actualização do mesmo. Kauppinen, R. et al 18 1999 Estudo randomizado e controlado, adultos com asma PEF e QOL As diferenças obtidas no FEV e no PEF foram significativamente melhores no grupo de intervenção. O risco de exacerbações também é menor neste grupo. Não se obtiveram resultados significativos a nível dos custos. O programa intensivo melhorou bastante o PEF e o FEV, mas não traz benefícios a nível de custos. Pág. 20/28 Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma Enfermeiros Couturaud, F. et al 19 2002 Estudo randomizado e controlado, adultos com asma Outros Os resultados do grupo de controlo e de intervenção são semelhantes. A resposta aos planos de autocontrolo são um factor determinante nos programas educacionais Ringsberg, K.C. et al 20 1990 Estudo randomizado e controlado, adultos com asma Número de hospitalizações Antes da escola para asmáticos ter iniciado, os conhecimentos sobre asma para ambos os grupos eram idênticos, no entanto, um ano depois o grupo de intervenção aumentou os seus conhecimentos sobre asma. As visitas hospitalares diminuíram no grupo de intervenção. A “escola” de asma foi bastante importante para o melhoramento da qualidade de vida dos pacientes na medida que aumentou os seus conhecimentos e a maneira de lidar com a doença Griffiths, C. et al 21 2004 Estudo randomizado e controlado, pacientes com asma Visitas médicas não programadas, PEF e QOL. Apenas em individuos caucasianos houve melhorias significativas com este tipo de intervenção. Uma enfermeira especializada em educação de pacientes com asma pode diminuir o número de visitas não programadas ao médico. Bryce, F.P. et al 22 1995 Estudo randomizado e controlado, crianças e adolescentes com asma Visitas ao SU, número de hospitalizações visitas médicas não programadas e QOL Os resultados podem levar a uma diminuição nos custos no serviço de saúde. Um auxiliador de auditoria consegue favorecer os diagnósticos e tratamentos às crianças com asma. Pág. 21/28 Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma Kelly, C.S. et al 23 2000 Estudo randomizado e controlado, adolescentes com asma Visitas ao SU, número de hospitalizações e QOL. Houve uma diminuição no número de visitas ao hospital, no número de hospitalizações e no custo dos cuidados. O programa educacional de acordo com NHLBI é eficaz. Van Es, S.M. et al 24 2001 Estudo randomizado e controlado, adolescentes com asma Outros O modelo utilizado não causou alterações significativas. A utilização deste modelo não consegue uma melhoria nos cuidados. Tinkelman, D. et al 25 2004 Estudo randomizado e controlado, adultos com asma. Visitas ao SU, número de hospitalizações e QOL. Os custos dos dois grupos são semelhantes na “baseline”, durante o estudo os custos de ambos os grupos foram diminuindo. Todos os “outcomes” tiveram diminuições estatisticamente significativas. Quando utilizamos o grupo controlo para efeitos estatísticos de regressão, verificam-se reduções dos custos. Jonhson, K.B. et al 26 2000 Estudo randomizado e controlado, crianças e adolescentes com asma Estudo randomizado e controlado, adolescentes com asma Visitas ao SU, número de hospitalizações, visitas médicas não programadas, PEF, QOL e prescrição de anti – inflamatórios. Diminuição do tempo de internamento, no uso de nebulizadores e nos custos associados com a admissão. Os cursos clínicos melhoram a prestação dos cuidados. Visitas ao SU e PEF. Os alunos que tiveram acompanhamento pelas enfermeiras, têm atitudes de pessoas informadas, isto é, têm cuidados com os tratamentos e possuem melhores técnicas de inalação. Embora se observem benefícios para os doentes ao nível da qualidade de melhoramento não se verificam diferenças estatisticamente significativas relativamente aos cuidados habituais. Salisbury, C. et al 27 2002 Pág. 22/28 Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma Guidelines Feder, G. et al 28 1995 Estudo randomizado e controlado, adolescentes e adultos com asma Visitas médicas não programadas. Melhoria nas técnicas de inalação, redução dos hábitos tabágicos e nos sintomas de asma. A intervenção estudada com planos de acção pode melhorar os sintomas diabéticos e diminuir a morbilidade em asma. Evans III, R. et al 29 1999 Estudo randomizado e controlado, crianças com asma Número de hospitalizações e visitas médicas não programadas. O número de dias com sintomas manteve-se constante, assim como o número de visitas médicas não programadas, contudo o número de hospitalizações diminui. A intervenção constitui um programa aplicável e eficaz em ambientes urbanos, podendo diminuir a frequência de exacerbações de asma e como tal também o uso de serviços de saúde. Lagerlov, P. et al 30 2000 Estudo randomizado e controlado, pacientes com asma Prescrição de anti – inflamatórios. Melhoria na prescrição de medicamentos a doentes com asma. Esta intervenção, melhorou o comportamento médico em relação à prescrição de medicamentos. Aiolfi, S. et al 31 1995 Estudo randomizado e controlado, pacientes com asma Visitas ao SU e visitas médicas não programadas. Não foram encontradas diferenças entre o grupo controlo e o grupo de intervenção. A aproximação gradual aos pacientes é fundamental para obtenção de um melhor diagnostico e consequentemente um melhor regime de tratamento optimizado para dar aos asmáticos uma vida normal. Smeele, I. et al 32 1999 Estudo randomizado e controlado, adultos com asma. Visitas médicas não programadas, PEF e QOL Comparando com o grupo de controlo só se verificaram resultados significativos na capacidade de autocontrole e na presença do PEF. Excepto em dois aspectos a educação num pequeno grupo não promove melhoria nos cuidados de saúde. Pág. 23/28 Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma Programas comunitários Picken, H.A. et al 33 1998 Estudo randomizado e controlado, pacientes com asma PEF A maioria dos médicos deseja a modificação da guideline em questão. Os médicos em geral desejam a modificação da Guideline em questão para os doentes ambulatórios com asma, pela falta de qualidade da mesma. Sont, J.K. et al 34 1998 Estudo controlado e não randomizado PEF Resultados são desta intervenção não são estatisticamente significativos. O tratamento indicado pelas guidelines internacionais habituais, não é eficaz e suficiente para melhorar a prestação dos cuidados se saúde neste tipo de doentes Dirk, K. et al 35 1995 Estudo com crianças e adolescentes com asma Visitas ao SU, número de hospitalizações e visitas médicas não programadas. Houve uma diminuição na frequência de idas à urgência por parte destes doentes, assim como na admissão hospitalar, e custos. A utilização deste modelo, permitiu a melhoria na prestação cuidados, devido aos resultados que produziu. Hill, R. et al 36 1991 Estudo randomizado e controlado, crianças com asma PEF Os resultados não foram especificados. Não foi possível demonstrar a eficácia do programa de intervenção. Harish, Z. et al 37 2001 Estudo randomizado e controlado, crianças com asma Visitas ao SU e número de hospitalizações. O número de visitas ao departamento de urgência assim como o número de hospitalizações, diminuíram bastante no grupo de intervenção, diminuindo aos serviços encargos com custos. Este programa pode diminuir significativamente os custos no SU. Pág. 24/28 Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma Médicos Farmacêuticos Eccles, M. et al 38 2002 Estudo randomizado e controlado, adultos com asma Não mediram nenhum outcome. Não se verificaram efeitos significativos. O sistema informático, de apoio à decisão, em causa não produziu qualquer resultado positivo. Sin, D.D. et al 39 2004 Estudo randomizado e controlado, pacientes com asma Visitas ao SU, número de hospitalizações, PEF e QOL. A qualidade de vida dos pacientes diminui quando há negligência médica. Os pacientes devem ser seguidos de perto periodicamente por um especialista (imunoalergologista) de forma a melhorar a qualidade dos cuidados. Lozano, P. et al 40 2004 Estudo randomizado e controlado, crianças e adolescentes com asma QOL Esta intervenção teve uma maior adesão dos pacientes que as intervenções usuais. A educação feita por profissionais de saúde melhora significativamente os cuidados primários prestados. Godding, V. et al 41 1997 Estudo randomizado e controlado, crianças com asma Número de hospitalizações Após dois anos da intervenção houve uma melhoria significativa nos sintomas, como sejam o número de visitas ao hospital apesar dos custos adicionais nos cuidados psiquiátricos. Os autores concluem que é possível haver uma cooperação entre alergologistas e psiquiatras, tendo um impacto positivo na saúde e no custo do tratamento. Munroe, W.P. et al 42 1997 Estudo randomizado e controlado, pacientes com asma Visitas ao SU, número de hospitalizações e visitas médicas não programadas. Houve redução de custos. Esta intervenção farmacêutica permitiu baixar substancialmente os custos da prestação de cuidados. Pág. 25/28 Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma Weinberg, E.G. et al 43 2000 Estudo randomizado e controlado, adolescentes com asma. Outros Ambos os tratamentos foram bem tolerados, embora a maioria dos adolescentes tenha preferido o inalador. A maioria dos adolescentes preferiu o inalador, podendo esta levar a melhorias significativas. Kradjan, W.A. et al 44 1999 Estudo randomizado e controlado, pacientes com asma. Outros Embora os pacientes se sintam satisfeitos com a prestação de cuidados dos farmacêuticos, continuam a consultar os médicos e por isso não há uma diferenças estatisticamente significativas quanto à preferência da prestação de cuidados por parte dos pacientes. A satisfação das populações acompanhadas por farmacêuticos é elevada. Estudo randomizado e controlado, adultos com asma. Visitas ao SU, número de hospitalizações e prescrição de anti -inflamatórios. O acompanhamento das populações rurais de asmáticos acompanhadas por farmacêuticos, tiveram um decréscimo no que diz respeito aos outcomes estudados. O método usado (BREATHE) foi eficiente. Estudo randomizado e controlado, pacientes com asma. PEF Todos os pacientes completaram o estudo. Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre o uso do MDI e o tratamento por Jet Nebulizer Muitos pacientes consideraram o MDI mais aceitável, mas o nebulizador mais eficaz. Por isso concluiu-se que ao prescrever um medicamento deve ter-se em conta as preferencias das técnica de tratamento preferidas pelos pacientes. Charrois, T. et al 45 2004 Balzano, G. et al 46 2000 Pág. 26/28 Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma Outros Wensley, D.C. et al 47 2001 Estudo randomizado e controlado, crianças com asma Visitas ao SU e número de hospitalizações. Houve uma diminuição na resposta, não tendo sido alterada a qualidade técnica. Mesmo em condições ideais, o espirómetro doméstico dá-nos um quadro incompleto sob mudanças a longo prazo na função pulmonar. Szilagyi, P.G. et al 48 1992 Estudo randomizado e controlado, crianças e adolescentes com asma Outros Pais preocupados com asma e pouco preocupados com efeitos secundários da vacina , vacinam mais os seus filhos. Sistemas informáticos de lembrança de vacinação, aumentam a taxa de vacinação. O sistema informático de lembrança de vacinação teve efeitos significativos na vacinação dos pacientes do grupo de intervenção. Boom, G. et al 49 2000 Estudo randomizado e controlado, adolescentes com asma. Visitas médicas não programadas Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os custo que foram despendidos antes e após a intervenção. O exame não levou à diminuição dos custos dos tratamentos. Mundinger, M. et al 50 2000 Estudo randomizado e controlado, adultos com asma. Visitas ao SU, número de hospitalizações, visitas médicas não programadas e PEF. Não foram verificadas diferenças estatisticamente significativas entres os cuidados primários prestados por médicos ou enfermeiros. Enfermeiros têm tanta competência e sucesso nos cuidados primários prestados como os médicos. Sommaruga, M. et al 51 1995 Estudo randomizado e controlado, adultos com asma. Visitas ao SU e número de hospitalizações. O ARG apresenta maiores resultados no que respeita à redução de exacerbações, mas ambos os programas permitiram a diminuição da ansiedade e depressão por parte dos pacientes. São observadas melhoras significativas nos pacientes que participaram neste estudo. Pág. 27/28 Serviço de Bioestatística e Informática Médica Disciplina de Introdução à Medicina – 2004-2005 Rev. Sistemática – Avaliação de Intervenções de melhoria contínua de qualidade dos cuidados ambulatórios a doentes com asma Manocha, R. et al 52 2002 Estudo randomizado e controlado, adultos com asma. QOL Não houve melhorias estatisticamente significativas na melhoria de sintomas de asma. Pág. 28/28 Este tipo de terapia tem um benefício limitado na melhoria dos sintomas de asma.