GUITARRA PORTUGUESA

Transcrição

GUITARRA PORTUGUESA
GUITARRA PORTUGUESA
25 CANÇÕES PELOS MESTRES DA GUITARRA PORTUGUESA (LISBOA E COIMBRA)
RESTAURO E MASTERIZAÇÃO EM FULL HD * BOOKLET EM PORTUGUÊS E INGLÊS
Artista: Vários
Título: GUITARRA PORTUGUESA
Formato: CD (Booklet português/inglês)
Género: World Music/Guitarra Portuguesa
Duração total: 01:15:18
PPD: EUR 7,50
Nº de Catálogo: SM013-CD
Código de barras: 5606562620288
Data de lançamento: 05.11.12
Alinhamento:
1. Carlos Paredes – Serenata
2. Conjunto de Guitarra de Raúl Nery –
Lisboa ao entardecer
3. Domingos Camarinha – Nocturno
4. Jorge Fontes – Melodia triste
5. Casimiro Ramos – Variações em Mi menor
6. José Nunes – Variações em Lá menor Nº2
7. Francisco Carvalhinho – Fado canção
8. Carlos Paredes – Danças portuguesas Nº1
9. Eduardo Melo e António Portugal Morena
10. Jaime Santos – Fado velho
11. Francisco Carvalhinho – Recordações Rapsódia
12. Artur Paredes e Carlos Paredes –
Passatempo
13. Casimiro Ferreira, António Portugal e
Eduardo Melo – Variações em Ré menor
14. Jorge Fontes – Lamentos da minha
guitarra
15. Quarteto de Guitarras de Martinho
D’Assunção – Tudo isto é fado
16. Jaime Santos – Marcha fadista
17. Carlos Paredes – Variações em Si menor
18. José Nunes – Variações no Fado Lopes
19. Domingos Camarinha – Variações sobre
fado corrido
20. Guitarristas Privativos da Estoril –
Variações em Ré
21. Quarteto de Guitarras de Martinho
D’Assunção – Fado Faia
22. Conjunto de Guitarra de Raúl Nery –
Motivos regionais
23. António Portugal e Jorge Godinho –
Variações em Lá maior
24. Artur Paredes e Carlos Paredes –
Rapsódia Nº2
25. Carlos Paredes – Variações em Lá menor
A ARTE DA INSPIRAÇÃO | THE ART OF INSPIRATION
No disco Guitarra Portuguesa podemos escutar 25
interpretações à guitarra e viola por alguns dos grandes
mestres que fazem parte da cultura e do imaginário de
Portugal.
Este trabalho exemplifica bem o vasto repertório que pode
ser interpretado por estes instrumentos de cordas como
variações, rapsódias, baladas, fados e outros temas
populares.
Apesar de não existir nenhuma obra que congregue todos
os grandes executantes destes instrumentos, este trabalho
consegue ser bastante representativo, evidenciando as
diferentes linguagens de Lisboa e Coimbra. Uma boa
personificação da linguagem lisboeta são as guitarras de
Jaime Santos, José Nunes, Raúl Nery ou Francisco
Carvalhinho e as violas de Martinho D’Assunção, Santos
Moreira, Alfredo Mendes ou Miguel Ramos, enquanto a
grande escola coimbrã fica aqui representada com a
mestria de Carlos Paredes e do seu pai Artur Paredes ou de
António Portugal nas guitarras e Fernando Alvim,
Arménio Silva, Manuel Pepe ou de Levi Baptista nas
violas.
É fundamental salientar a mestria com que são
acompanhados em alguns dos temas nas violas baixo pelos
seus pares como o Professor Joel Pina, entre outros.
Alguns destes magos tiveram carreiras brilhantes a solo,
enquanto outros se tornaram nomes de referência no
acompanhamento dos maiores artistas do fado, mas todos
se revelaram inspiradores para todas as gerações
sucessoras.
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Um pouco de história: GUITARRA PORTUGUESA
De acordo com estudos efetuados por alguns estudiosos e instrumentistas como Pedro
Caldeira Cabral ou António Portugal e outros, a origem da guitarra portuguesa remonta aos
fins do século XVIII, resultado da fusão entre o cistro europeu ou cítara - cordofone
comum em toda a Europa Ocidental e a guitarra inglesa que terá chegado a Portugal pela
cidade do Porto via intercâmbios comerciais com os ingleses.
Por sua vez, Carlos Paredes em estudos que realizou refere que a guitarra portuguesa tem
origens na cítola, instrumento da idade média inventado anteriormente ao cistro, tendo
afirmado "Instrumento musical a que chamamos hoje guitarra portuguesa … foi inventado
em Inglaterra na segunda metade do século XVIII".
Como esta matéria não reúne consenso comum, existe ainda outra corrente que sugere uma
origem árabe na idade média na guitarra mourisca.
Facto é que a guitarra portuguesa é um instrumento de cordas tradicional português,
identificável em qualquer parte do mundo pela sua sonoridade inconfundível. Desde os
primórdios que é um belíssimo instrumento de concerto com repertório próprio, apesar de
ser o instrumento de eleição no acompanhamento do fado, ao qual se juntou
definitivamente a partir da segunda metade do século XIX.
É um instrumento de fabrico artesanal construído com madeiras e materiais nobres, as suas
principais características são: as 12 cordas de aço dispostas em 6 pares ou ordens, o
cavalete móvel em osso, a caixa-de-ressonância redonda, o pequeno braço com a voluta
ornamentada e a cravelha em forma de leque, os embutidos de madrepérola ou os
ornamentos na própria madeira.
A sua sonoridade é única e de difícil descrição com um timbre brilhante com grande
profundidade de agudos, próprio de instrumento solista. Muitas vezes no seio fadista para
descrever a sonoridade utilizam-se verbos mais relacionados com emoções como "chorar",
"gemer", "trinar", "entoar", "rimar", "vibrar", "cantar" ou "enternecer".
No que respeita a construção as duas variantes mais utilizadas são a guitarra de Lisboa e a
guitarra de Coimbra. Visualmente são de fácil distinção pelas diferentes volutas, a de
Lisboa tem forma de caracol enquanto a de Coimbra tem forma de lágrima. O corpo e o
braço da guitarra de Coimbra têm dimensões ligeiramente superiores, conferindo-lhe um
som mais encorpado com maior volume e menos agudo. As afinações também são
diferentes, a afinação da guitarra de Lisboa é (Si, Lá, Mi, Si, Lá, Ré) da nota aguda para a
mais grave, enquanto a sua congénere de Coimbra afina um tom abaixo (Lá, Sol, Ré, Lá,
Sol, Dó).
Todas estas singularidades fazem deste instrumento um ícone da cultura portuguesa.
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