Biografia - Festival Terras Sem Sombra

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Biografia - Festival Terras Sem Sombra
Jürgen Ruck
Jürgen Ruck nasceu em Friburgo, na Alemanha, onde estudou guitarra com Sonja Prunnbauer, prosseguido a formação,
em Basileia, com Oscar Ghiglia. Em 1986, ganhou o 1.º prémio do Deutscher Musikwettbewerb e, em 1990, o International
Kranichstein para a interpretação da New Music.
O seu repertório estende-se do século XVI à actualidade. Colaborou com inúmeros agrupamentos de música de câmara
e realizou concertos em muitos festivais internacionais. Tocou a solo com a Orquestra Filarmónica de Berlim, a London
Sinfonietta, o Ensemble InterContemporain de Paris, a Musik Fabrik, as orquestras de rádio de Frankfurt, Colónia,
Hamburgo e Saarbrücken, a Orquestra RAI de Mainland e a Orquestra ORF de Viena.
Jürgen Ruck interessa-se especialmente pela música contemporânea: é membro do Ensemble Modern, dirigiu o German
Ensemble da New Music e colaborou com importantes compositores, como György Kurtág, Hans Werner Henze, Helmut
Lachenmann e John Adams. Estreou Grab ste in f ür Ste p han, de Kurtág, em 1991, com a Orquestra Filarmónica de
Berlim.
O tributo de Hans Werner Henze para o repertório para guitarra é o ponto central do seu trabalho. Realizou, de início,
espectáculos com diversas obras de Henze, incluindo M ine tte , um duo para duas guitarras, com arranjo de Ruck, a
pedido do autor. A gravação das peças de Henze para duas guitarras (juntamente com Elena Càsoli) ganhou o prestigiado
prémio Echo Klassic 2000.
Iniciou em 2003 o seu notável projecto Cap richo s Go ye sco s, um ciclo de composições a solo, especialmente escritas
para ele e todas associadas à famosa série de gravuras de Francisco de Goya.
Ensina guitarra na Universidade de Música, em Würzburg.
SANTIAGO DO CACÉM . IGREJA DE SANTIAGO MAIOR
António Chainho
Iniciou a sua carreira em 1965, na Severa, em Lisboa, onde deu nas vistas, chamando a atenção de grandes nomes do
Fado; permaneceu aí apenas seis meses, sendo depois convidado a integrar o conjunto de Raul Fontes. A partir daí, foi
granjeando maior notoriedade, com numerosas aparições em programas de televisão e de rádio, sendo cada vez mais
solicitado para acompanhar grandes nomes do fado, como Hermínia Silva, Lucília do Carmo e Maria Teresa de Noronha,
entre muitas outras vozes que se notabilizaram no panorama artístico nacional e que manifestavam vontade de o ter
como acompanhante, tanto pelo brilhantismo da sua técnica, como pela alma que punha nas suas interpretações.
Não é de estranhar, pois, que viesse a formar o seu próprio conjunto, em que contou com outros músicos de excelência,
como Raul Silva, José Maria Nóbrega, José Luís Nobre e Costa, Fernando Alvim, Pedro Nóbrega, Martinho Assunção ou
Carlos Silva; com esse, actuou durante vinte e cinco anos, apoiando em permanência Carlos do Carmo, Frei Hermano
da Câmara e Rão Kyao – sem, contudo, deixar de acompanhar outros fadistas de renome, sempre que para tal era
requisitado. Percorreu grandes palcos de Portugal e do Mundo, o que lhe valeu ser, muito justamente, reconhecido como
um dos grandes expoentes da Guitarra Portuguesa.
A corroboração do decréscimo de músicos dedicados à prática da guitarra levou-o a lutar pela criação de escolas onde
os jovens pudessem aprender a tocar o instrumento. Em articulação de esforços com o então presidente da Câmara
Municipal de Lisboa, Nuno Krus Abecasis, conseguiu criar a primeira escola de Guitarra Portuguesa na capital e, mais
tarde, criou a sua própria escola em Santiago do Cacém e, depois, em Grândola, onde ainda lecciona.
Conhecedor profundo das potencialidades da nossa Guitarra, Mestre António Chainho tentou e conseguiu libertá-la
das amarras do Fado, dando-lhe uma nova dimensão, casando-a com outros instrumentos, outras vozes, outras culturas
e formas de viver a música, como muito bem atesta o sucesso da sua discografia: Cump licid ad e s (2015); Entre A mig o s
(2012); Lisb o a (2010); A ntó nio Chainho e M arta Dias ao V iv o no CCB (2003); Lisb o a-Rio (2000); A Guitarra e
O utras M ulhe re s (1998); Guitarra Po rtug ue sa (1980).
SANTIAGO DO CACÉM . IGREJA DE SANTIAGO MAIOR