Thaís Gulin, ôÔÔôôÔôÔ

Transcrição

Thaís Gulin, ôÔÔôôÔôÔ
Thaís Gulin, ôÔÔôôÔôÔ
O trombone que leva a introdução de ôÔÔôôÔôÔ, o violão que conduz
a harmonia, a marcação precisa do surdo e até um apito que se ouve
ao fundo nos faz pensar que estamos, sim, em pleno Rio de Janeiro e
entrando no universo do samba. Na mesma introdução, uma sutil guitarra
distorcida, os silêncios e as poucas notas de um piano Rhodes nos fazem
lembrar que sim, estamos no Rio, mas de certa forma vendo as coisas,
senão de fora, com o frescor de quem chegou de fora, cheio de ideias
nov as. ôÔÔôôÔôÔ não é um disco de samba!! Apesar de abrir com um
surpreendente antissamba-enredo ou um samba-samba que afirma sua
força ao negar-se. Conforme observou o jornalista Hugo Sukman no texto
de lançamento do CD, “ôÔÔôôÔôÔ é o encontro de Thaís Gulin com o
Rio de Janeiro, cidade que adotou há 10 anos. Um disco que reflete
exclusivamente vivências cariocas. E o que emerge é um Rio encantador
e misterioso, um Rio que se palmilha a pé, das caminhadas na Lagoa aos
bares da Lapa. A visão ao mesmo tempo onírica e real, misteriosa e
íntima são espírito do disco, esse realismo suspenso a dois centímetros do
chão, o misto de prazer, medo e desconhecido que o Rio exerce sobre a
artista. Thaís, nascida em Curitiba, se mudou para o Rio depois de morar
entre França, Bélgica e Inglaterra.
Saudada pelo jornal O Globo como “a cantora-síntese de sua geração,
assim como foram Gal Costa e Marisa Monte em seus respectivos hoje”,
Thaís reafirma neste novo trabalho seu pulso autoral, já delineado no
disco anterior em que punha lado a lado compositores aparentemente
inconciliáveis, como a dupla Evaldo Gouvêia e Jair Amorim, Nelson
Sargento, Otto, Jards Macalé, Chico Buarque e Tom Zé.
Na ocasião, Thais foi considerada uma das grandes revelações musicais
do ano por críticos das publicações “Rolling Stone Brasil” e “Folha de São
Paulo”. Seu álbum de estréia rendeu também uma indicação como
artista revelação no premio Rival BR 2008. Chico Buarque e Tom Zé se
impressionaram com o resultado e lhe ofereceram canções inéditas para
o novo CD. Chico escreveu Se eu soubesse e Tom Zé compareceu com
Ali sim, Alice. Adriana Calcanhotto deu para ela a balada Encantada.
A crítica especializada destacou a firmeza com que Thaís avançou como
compositora. Além da canção que batiza o CD, o antissamba-enredo
que abre com bumbo no um, invertendo o tempo do samba, ela assina
a valsa Horas Cariocas e as faixas Frevinho (com Moreno Veloso),
Quantas Bocas (com Ana Carolina e Kassin) e The Glory Hole (com Kassin
e Alê Siqueira).
Biografia Thaís Gulin:
Thaís Gulin nasceu em Curitiba, onde em 1996 começou seus estudos de
música e teatro até ir para o Rio de Janeiro, onde já mora há mais de 10
anos. Thaís cursou bacharelado em MPB na Universidade do Rio de
Janeiro (UNI-RIO), tem formação musical de canto popular, violão
popular e erudito e teatro, além de ter sido aluna do renomado
percussionista Marcos Suzano. Como atriz, Thaís ganhou o prêmio do
Festival Lala Schineider, em 2000, e trabalhou em montagens como a
sambópera “A Traviata”, com direção de Augusto Boal e direção musical
de Jayme Vignoli; “Havana Café”, com direção de Luís Fernando Lobo”;
e “Missa dos Quilombos”, de Milton Nascimento. Cursou interpretação no
Manchester City College na Inglaterra e no Brasil estudou com diversos
diretores, entre eles, Thierry Tremouroux (clown), Gerald Thomas, Moacir
Chaves e Juliana Carneiro da Cunha.
Paralelamente à carreira de atriz, Thaís começou a cantar em casas
noturnas e teatros, com ajuda dos diretores com os quais trabalhava.
Após seus primeiros shows no Rio, produziu uma demo e gravou seu
primeiro disco pela Rob Digital. O álbum foi muito elogiado pela crítica e
abriu muitas portas para Thaís na música brasileira. Se antes ela ainda
tinha dúvida entre o teatro e a música, foi jogada para o lado da música
assim que lançou esse primeiro trabalho, acolhida pelos compositores
que gravou. Tom Zé, Zeca Baleiro, Nelson Sargento, Chico Buarque, Otto,
Capinam, Jards Macalé, Carlos Careqa, além de ter feito bela parceria
com Arrigo Barnabé.
O show circulou por Rio de Janeiro e São Paulo, além de Curitiba, Porto
Alegre e uma apresentação na FLIP - Feira Literária de Paraty. Nesse
mesmo ano, Thaís foi indicada na categoria Artista Revelação no Prêmio
Rival da Música Brasileira; participou do Som Brasil dedicado à obra do
compositor Edu Lobo e uma homenagem à cantora Cássia Eller, na TV
Cultura; e gravou uma das músicas-tema da novela Passione.
Na sequência e ainda colhendo os frutos do primeiro trabalho, Thaís
gravou e lançou seu segundo disco, de forma independente e produzido
pelo seu selo "furgulixx" em parceria com a gravadora Som Livre. Batizado
de “ôÔÔôôÔôÔ”, o cd ganhou inéditas de Tom Zé (“Ali Sim, Alice”) e
Chico Buarque “Se Eu Soubesse”), que participam do álbum, além de
uma música da cantora Adriana Calcanhotto. Thaís também assina
composições próprias, como a faixa-título e “Horas Cariocas”, e outras
parcerias com Ana Carolina, Kassin, Alê Siqueira e MorenoVeloso.
Em 2011 e 2012, a cantora fez participações nos discos de Jards Macalé
e Chico Buarque; participou de um tributo aos 100 anos de Gonzagão;
gravou a canção-tema do filme Anita e Garibaldi, que tem trilha
assinada por Arrigo Barnabé e direção do italiano Alberto Rondalli;
participou de um DVD dos 80 anos do Cristo Redentor com o músico Davi
Moraes; gravou a canção tema da telenovela “Passione” transmitida
pela Rede Globo de Televisão e teve seu disco “ôÔÔôôÔôÔ” lançado
em Portugal.
Sua gravação de “Água”, música de Kassin, foi lançada no Japão dentro
da compilação “Rendez-Vous”, que tem faixas de outros artistas
brasileiros, como Elza Soares, Cesar Camargo Mariano, e nomes
internacionais como o africano Fela Kuti.
No ano de 2013, Thaís Gulin lançou um novo single. “Cinema Big Butts” é
uma música feita a partir da junção de outras duas canções: “Cinema
Americano”, composição de Rodrigo Bittencourt incluída no
“ôÔÔôôÔôÔ”, e “Baby Got Back”, hit das rádios norte-americanas nos
anos 90. Também no mesmo ano, Thaís gravou uma nova interpretação
para a música “Até Pensei”, de Chico Buarque, canção que integra a
trilha sonora da telenovela “Sangue Bom” (Rede Globo).
Vídeos
http://www.youtube.com/watch?v=HYNpyaXmt60
("Cinema Big Butts")
http://www.youtube.com/watch?v=M7Ej1bSIMzs
(dueto com Chico Buarque, "Se Eu Soubesse", na gravação do último
disco deste)
http://www.youtube.com/watch?v=kDQtPadi56w&list=PL902951BEF86AB4
C5
(entrevista com Jô Soares)
https://www.youtube.com/watch?v=CBOGppliuWA
(dueto com Tom Zé, “Ali sim, Alice”)
http://www.youtube.com/thaisgulin
(canal próprio do YouTube)

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