Cromossomos - Marcas Saúde

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Cromossomos - Marcas Saúde
Cromossomos
1 – Conceito – são filamentos resultantes da espiralização da cromatina que aparecem na fase de
divisão celular e dotados de função especial, isto é, neles estão contidos os genes que são as
unidades de função genética.
2 – Importância – responsáveis pela transmissão dos caracteres hereditários.
3 – Tamanho – varia entre os diversos organismos, sendo também variável dentro de uma
mesma espécie. Assim, no rato é de 2 a 3 µm e no homem vai de 4 a 7 µm.
4 – Número – é variável de espécie para espécie, porém sendo constante dentro de uma mesma
espécie. Exemplos:
No homem
46 cromossomos
No pato
80 cromossomos
Na ervilha
14 cromossomos
Na cebola
16 cromossomos
No macaco
48 cromossomos
No milho
20 cromossomos
No cafeeiro
44 cromossomos
No boi
60 cromossomos
Na mosca da fruta
Na mosca doméstica
08 cromossomos
12 cromossomos
5 – Número Haplóide – é o número total de cromossomos contidos numa célula sexual ou
gameta. No homem este número é 23.
6 – Número Diplóide – é o número total de cromossomos existentes numa célula somática, ou
seja, é o número total de cromossomos contidos numa célula qualquer de uma espécie. No
homem este número corresponde a 46.
Observação – na espécie humana existem 46 cromossomos, sendo 44 somáticos ou autossomos
e 2 cromossomos sexuais ou heterossomos. Os cromossomos sexuais são:
No Homem – XY
Na Mulher – XX
2
7 – Composição Química – quimicamente os cromossomos são constituídos de nucleoproteínas,
isto é ácidos nucléicos ligados a proteínas, na forma de ribonucleoproteínas e
desoxirribonucleoproteínas.
8 – Estrutura:
A – Braços – são segmentos dos cromossomos determinados pelo desvio angular determinado
pelo centrômero. O tamanho dos braços identifica os cromossomos de uma determinada espécie.
B – Cromonema – é um filamento duplamente espiralizado formado principalmente por DNA,
sendo também a sede dos genes, isto é, as unidades de função genética.
C – Cromômeros – são grânulos que aparecem ao longo dos cromossomos quando corados e
corresponde ao enrolamento dos fios do cromonema. O número e a posição dos cromômeros
também identificam os cromossomos de uma espécie.
D – Centrômero – é a estrutura do cromossomo que se liga aos braços do mesmo. É a chamada
zona de constrição primária contendo no seu interior um pequeno grânulo que é fundamental na
divisão dos cromossomos.
E – Constrição Secundária – é uma segunda constrição, ou seja, corresponde a uma constrição
desprovida de centrômero.
F – Satélite – é a porção do cromossomo limitada pela constrição secundária. Seu número
também identifica os cromossomos de uma espécie.
G – Telômeros – são extremidades cromossômicas e eletricamente carregadas com a mesma
carga elétrica, impedindo desta forma que os cromossomos se “enrosquem”.
Observação – o satélite se liga ao braço do cromossomo através de um fio de cromatina.
9 – Morfologia – forma dos cromossomos depende da posição ocupada pelo centrômero e dessa
maneira eles se classificam assim:
9.1 – Cromossomo Metacêntrico – é quando o centrômero está situado bem no meio dos dois
braços cromossômicos. São, portanto, cromossomos com braços aproximadamente iguais, ou
seja, em forma de V.
9.2 – Cromossomo Submetacêntrico – é aquele formado por braços de tamanho diferente, isto
é, desiguais. O seu centrômero está situado mais perto de uma extremidade que da outra, o que
redunda em um braço ser menor que o outro. São os cromossomos em forma de L ou J.
9.3 – Cromossomo Acrocêntrico ou Subterminal – é aquele que apresenta o centrômero junto
de uma extremidade, de modo que um dos braços é muito curto. Este tipo de cromossomo é em
forma de linha.
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9.4 – Cromossomo Telocêntrico – é o cromossomo que possui o centrômero em sua
extremidade, de modo que pela sua posição, confere ao cromossomo somente um braço.
10 – Coloração – quando corados, os cromossomos podem apresentar:
10.1 – Heteropicnose – é a diferença de coloração do cromossomo ao longo de seu
comprimento. Os tipos de heteropicnose são:
10.2 – Heteropicnose Positiva ou Heterocromatina – a porção mais corada do cromossomo e
portanto, mais visível, pois se cora pelos chamados corantes básicos. Esta região corresponde a
uma região onde existem DNA, proteínas básicas (que se coram pelos corantes básicos ) e não
básicas.
10.2 – Heteropicnose Negativa ou Eucromatina – são zonas intermediárias menos coradas do
cromossomo e portanto, menos visível, pois não se coram pelos corantes básicos devido a
ausência de histonas, uma vez que as proteínas existentes aí são não básicas.
11 – Cromossomos Gigantes:
11.1 – Conceito – são cromossomos de considerável tamanho em relação aos demais
cromossomos mitóticos comuns.
11.2 – Tipos de Cromossomos Gigantes:
11.2.1 – Cromossomos Politênicos – são aqueles produzidos por uma série de divisões
longitudinais dos cromonemas, ficando com aspecto de filamentos espessos e maciços. São
comumente encontrados em insetos dípteros (moscas e mosquitos), com comprimento que varia
de 150 a 250 µm. A maioria dos cromossomos politênicos apresenta este tamanho, porém os
cromossomos da Drosophila melanogaster (mosca da fruta), têm cromossomos politênicos
superior a 440 µm, ou seja, é aproximadamente 250 vezes maior que o cromossomo somático
desta mosca. Ao longo dos cromossomos politênicos encontram–se regiões que se coram pelo
corante Feulgen, daí se diz que estes discos são Feulgen positivos, tomando uma coloração
escura. Estas faixas escuras chamam–se bandas. Entre duas bandas pode–se encontrar uma região
mais clara, ou seja, não se coram pelo Feulgen, daí diz que é Feulgen negativa. Os cromossomos
politênicos resultam da duplicação sucessiva do DNA. Quando existem dilatações ou
engrossamento de certas bandas, chama–se “Puffs Cromossômicos”. Este engrossamento ou Puff
é devido a uma acentuada produção protéica e provavelmente DNA.
11.2.2 – Cromossomos Plumulosos – são maiores, embora de diâmetro menor que os
cromossomos politênicos. O seu crescimento resulta principalmente pelo aumento de tamanho do
cromonema. Ao microscópio eletrônico esses cromossomos aparecem como aglomerados de
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fibrilas, sem membrana limitante. São encontrados em ovócitos de anfíbios, peixes e
invertebrados em geral, no período diplotênico da meiose. Eles se apresentam bastante largos
apresentando o conjunto cromossômico com 5.900 µm. Encontram–se nesses cromossomos
projeções laterais que se assemelham a asas, resultante do tamanho aumentado do cromonema.
Os cromossomos plumulosos possuem tamanho superior a 880 µm.
Observação – os cromossomos politênicos são também chamados de cromossomos salivares e
localizam–se em células das glândulas salivares, intestino médio, esôfago e nos tubos de
Malpighi de determinados dípteros.
Nota – este texto é, na realidade, uma breve introdução, por isso queremos esclarecer aos
interessados no assunto, que para obter o texto na íntegra (total), basta solicitá-lo, que
atenderemos todos os pedidos e enviaremos os mesmos pelos Correios e Telégrafos; portanto,
entre em contato conosco através dos nossos telefones ou e-mail.
À Direção.
Maceió, Janeiro de 2.012
Autor: Mário Jorge Martins.
Prof. Adjunto de Saúde Coletiva da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
(UNCISAL).
Mestre em Parasitologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Médico da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).

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