Comportamento de Compra
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Comportamento de Compra
1. INTRODUÇÃO Roupas, conta de celular/internet e calçados lideram ranking de produtos e serviços de maiores gastos pelos brasileiros 87% dos que consomem celular e internet, consideram esta despesa ‘necessária para a vida’ O mais recente estudo do SPC Brasil e Meu Bolso Feliz traz um amplo panorama sobre o comportamento de compra das famílias brasileiras: quais produtos ou serviços são considerados supérfluos, sonhos de consumo ou necessários para o dia a dia, quais são as atividades de lazer preferidas, e quais são os serviços mais procurados. A pesquisa também aponta diferenças importantes relativas ao perfil socioeconômico de cada consumidor, e sobre como isso afeta suas experiências de compra. Roupas, conta de celular/internet e calçados figuram entre os produtos e serviços com maiores gastos pelos brasileiros. Apesar disso, os dados mostram que o volume de gastos mensais com lazer, são maiores. Entre muitas constatações relevantes do estudo, observa-se que as despesas com celular/internet já são classificados como necessárias para 80% dos entrevistados dentre os que tiveram algum gasto com este item em 2014. Finalmente, o estudo do SPC Brasil e Meu Bolso Feliz revela que os brasileiros já estão habituados a comprar alguns produtos e serviços pela internet, principalmente viagens nacionais e eletroeletrônicos. 2. COMPARATIVO ENTRE AS CATEGORIAS DE COMPRA: NECESSIDADE, SUPÉRFLUO E SONHO DE CONSUMO Maioria dos consumidores (63%) associa produtos a compras necessárias. Para 44%, gastos com lazer são supérfluos Entre os produtos e serviços considerados necessários, os maiores gastos, em 2014, correspondem às roupas (50%), à conta de celular/Internet (30%) e aos calçados (30%). Já as compras classificadas como supérfluas incluem acessórios (20%), restaurantes chiques/conhecidos (17%) e restaurantes aos quais os entrevistados vão com amigos e familiares (17%). Quanto aos sonhos de consumo, os mais citados são as viagens turísticas nacionais (30%), as viagens de fim de semana (19%) e os eletroeletrônicos (15%). Maiores gastos em 2014 Por um lado, quase não há diferença de consumo entre classes sociais, no que diz respeito aos gastos com a conta de celular/internet (36% na Classe A/B, 33% na Classe C/D/E). Por outro, as despesas com lazer reafirmam o potencial de consumo de cada uma delas: 42% da Classe A/B citam os gastos com viagens nacionais, contra apenas 17% da Classe C/D/E; e enquanto 29% dos entrevistados da Classe A/B citam as despesas com automóveis, o porcentual é de apenas 10% entre os pertencentes à Classe C/D/E. O ranking de maiores gastos mensais das famílias brasileiras traz os produtos em primeiro lugar (47%), seguidos dos gastos com lazer (34%) e serviços (19%). De maneira geral, a pesquisa indica que os dentre os itens considerados necessários, destacam-se os produtos necessárias (63%), enquanto as despesas com lazer são mais lembradas dentre as compras supérfluas (44%). Ainda levando em conta o perfil socioeconômico, observase que os consumidores da Classe C/D/E gastam mais com produtos (52%, contra 37% da Classe A/B). Em contrapartida, os pertencentes à Classe A/B afirmam gastar mais com lazer (43%, contra 30% da Classe C/D/E) e serviços (20%, contra 18% da Classe C/D/E). Com relação ao gênero, é possível notar que os homens (38%) gastam mais com experiências de lazer do que as mulheres (31%). 3. HÁBITOS DE COMPRA Roupas, conta de celular/internet e calçados são os produtos e serviços de maiores gastos O estudo do SPC Brasil e Meu Bolso Feliz sobre comportamento de compra mapeou 23 produtos e serviços, classificados pelos entrevistados em três categorias: necessários, supérfluos e sonhos de consumo. A partir desta divisão, foi possível elaborar o ranking de itens mais consumidos em 2014, dentro de cada categoria. A pesquisa indica que os produtos e serviços com maiores gastos pelas famílias brasileiras, considerando menções de 1º e 2º lugar, são as roupas (51%), serviços de celular/internet (34%) e os calçados (31%). Também são significativas as despesas com eletroeletrônicos (27%), viagens turísticas nacionais (26%) e eletrodomésticos (25%). Levando em conta o perfil socioeconômico, a pesquisa mostra que as prioridades são diferentes, para cada consumidor. Os pertencentes à Classe A/B gastam mais com experiências de lazer e produtos mais caros, como viagens turísticas nacionais (42%, contra 17% na Classe C/D/E) e carros (29%, contra 10% na Classe C/D/E). Por sua vez, os entrevistados da Classe C/D/E concentram seus gastos em itens de menor valor calçados (42%, contra 14% na Classe A/B), e brinquedos (17%, contra 4% na Classe A/B). JUDDIE CITAR OS ITENS EM COLUNA POR CLASSE SOCIAL Enquanto 54% dos consumidores da Classe A/B julgam o item carro como um gasto necessário, a maior parte dos pertencentes da Classe C/D/E (39%) afirmam que se trata de um sonho de consumo. De modo semelhante, despesas com eletroeletrônicos são necessárias para 46% Classe A/B, contra 36% da Classe C/D/E. Gastos com a compra de produtos lideram ranking de itens consumidos, mas volume de gastos com lazer é maior Os itens responsáveis pelos maiores gastos da população, em geral, são produtos (47%), classificados como necessários no dia a dia para 63% da amostra. Logo depois aparecem as despesas com lazer (34%) e serviços (19%). Apesar da liderança dos itens classificados como produtos entre as despesas dos consumidores ouvidos, a pesquisa mostra que o maior volume de gastos corresponde a lazer: o ticket médio mensal por item consumido é de R$389, contra R$223 dos produtos e R$137 dos serviços. Conta de celular/internet são os serviços com maiores gastos A pesquisa do SPC Brasil e Meu Bolso Feliz aponta que os gastos com celular/internet estão em primeiro lugar, entre os serviços mais consumidos pelos brasileiros, concentrando 34% das respostas. Levando em conta a classe social, não há diferença significativa neste quesito: 36% entre os pertencentes à Classe A/B, contra 33% entre aqueles da Classe C/D/E. Logo depois, entre os serviços com maiores gastos, estão o salão de beleza (16%) e as academias/outras atividades esportivas (11%). Uma das constatações mais importantes do estudo é que, para 87% daqueles que mais gastam com celular/internet, esse tipo de gasto é classificado como necessário para a vida. Deve-se ressaltar, aqui, a utilização da tecnologia como mecanismo de socialização: nos últimos anos o celular deixou de ser apenas aparelho telefônico, para converter-se em ferramenta de comunicação online, interação, busca de informação e conexão às redes sociais e à internet, de maneira geral, possibilitando que os usuários mantenham-se conectados 24 horas por dia, por meio de aplicativos, correio eletrônico etc. Considerando o ticket médio mensal da categoria serviços (R$137), observa-se que a maior parte deste valor é gasta com a conta de celular/internet (R$104), reforçando a importância que este item ocupa no orçamento do brasileiro. O item serviços de celular/internet é o que apresenta maior frequência mensal de compra entre os consumidores:79% dos que o consomem, o fazem frequentemente. Logo depois, entre os itens de consumo mensal com maior citação de consumo frequente estão as atividades físicas (41%), as roupas (33%) e os restaurantes (27%). Vale ressaltar que as atividades físicas já são consideradas necessárias por 54% daqueles que mais gastam com este serviço. Viagens e eletroeletrônicos já são mais consumidos pela internet. A pesquisa do SPC Brasil e Meu Bolso Feliz revela que o brasileiro já se sente bastante confortável em consumir certos produtos e serviços pela internet: 60% das compras do item viagens turísticas nacionais, por exemplo, já são adquiridos virtualmente, contra 13% nas lojas de rua. Entre os eletroeletrônicos, 44% são comprados pela web, contra 34% em lojas de shopping. Por outro lado, considerando o item roupas, a preferência do consumidor ainda é pelas lojas físicas: 38% para lojas de shopping e 38% para lojas de rua, contra 13% da internet. A forma de pagamento mais utilizada pelos entrevistados, em geral, depende do item a ser comprado. Produtos de menor valor agregado são pagos com dinheiro, ao invés do cartão de crédito. Entre esses estão os acessórios (55% em dinheiro, 30% com o cartão), maquiagem/produtos de beleza (53% em dinheiro, 23% com o cartão), ingressos para shows/teatro/cinema (60% em dinheiro, 23% com o cartão), conta de celular/internet (57% em dinheiro, 15% no cartão) e salão de beleza (68% em dinheiro, 18% no cartão). À medida que aumenta o valor agregado do produto a ser adquirido, cresce a preferência pelo uso do cartão de crédito. É o caso das roupas (51%, contra 33% em dinheiro), eletroeletrônicos (50%, contra 29% em dinheiro), eletrodomésticos (65%, contra 20% em dinheiro) e viagens turísticas nacionais (58%, contra 33% em dinheiro). 4. PLANEJAMENTO FINANCEIRO PARA AS COMPRAS Maioria das compras tende a ser planejada, mas gastos sem planejamento estão presentes em todas as categorias. Na maioria das vezes, os entrevistados afirmam que suas compras são planejadas, principalmente quando os itens em questão possuem maior valor agregado, como roupas (53%), viagens internacionais (81%), eletrodomésticos 75%) e carros (69%), entre outros. O mesmo ocorre quando se trata de despesas fixas mensais: conta de celular/internet (92%), por exemplo. Em contrapartida, boa parte dos gastos realizados sem planejamento deve-se a produtos e serviços como calçados (50%), eletroeletrônicos (49%), restaurantes chiques (55%), bares (60%) e maquiagem/produtos de beleza (53%), entre outros. A pesquisa revela ainda que algumas compras não planejadas resultaram em endividamento, entre elas os restaurantes chiques (26%), brinquedos (28%), bares chiques (28%) e acessórios para automóveis/motos (41%). De forma geral, os itens que mais causam impacto nas finanças dos entrevistados são os carros (60%), as viagens nacionais 49%) e as cirurgias plásticas (69%). 5. CONCLUSÃO O presente estudo do SPC Brasil e Meu Bolso Feliz sobre comportamento de compra mostra que, em 2014, os produtos e serviços que representaram maiores gastos pelas famílias brasileiras são roupas, conta de celular/internet e calçados. Porém, o estudo indica que o volume de gastos com lazer é maior: o ticket médio mensal das experiências de lazer é de R$389, contra R$223 dos produtos e R$137 dos serviços. No que diz respeito ao perfil socioeconômico, observamse diferenças nos hábitos de consumo: enquanto os consumidores da Classe A/B permite-se reservar uma parte maior de seu orçamento para despesas de lazer, e também para produtos mais caros, como carros e viagens, os pertencentes à Classe C/D/E concentram seus gastos em itens de menor valor, com calçados e brinquedos. Independente da condição econômica, o estudo deixa claro que, para os brasileiros, manter-se conectado é fundamental, hoje em dia: a conta de celular/internet está em primeiro lugar no ranking de serviços com maiores gastos, com 34% das respostas. E entre os que mais gastam com este serviço, 87% consideram-no necessário para a vida. A pesquisa aponta ainda que os gastos com celular/internet apresentam a maior frequência mensal de consumo (79%). Ao mesmo tempo, e de forma complementar, observa-se que as compras realizadas pela web tornaram-se bastante comuns, em alguns casos: 60% das compras de viagens nacionais e 40% das aquisições de eletroeletrônicos já são feitas virtualmente. A exceção relevante fica por conta das roupas, que, em sua maioria, ainda são compradas em lojas físicas: 38% em lojas de shopping, contra 13% pela internet. Com relação aos meios de pagamento adotados, a pesquisa indica que o dinheiro é mais utilizado para itens de menor valor agregado, como acessórios, maquiagem/produtos de beleza e ingressos para shows/teatro/cinema. Por outro lado, o cartão de crédito é reservado aos itens mais caros, como roupas, eletrodomésticos e viagens turísticas nacionais. Apesar de o relato dos consumidores indicar que a maioria de suas compras é feita de forma planejada (como no caso de roupas, viagens nacionais e eletrodomésticos) alguns itens são adquiridos sem planejamento prévio, o que, por sua vez, pode levar ao endividamento. Como exemplos desta situação a pesquisa mostra os gastos com restaurante chiques, brinquedos, bares chiques e acessórios para automóveis/motos. 8. METODOLOGIA: Pesquisa quantitativa realizada através de questionários auto-aplicáveis via painel em internet. Notas Técnicas Observações para ajudar a leitura: Os segmentos (tipo de compra) serão sinalizados ao longo de todo relatório: Compra necessária: gastos que não são fundamentais (como os de alimentação/aluguel/luz/etc.), embora sejam importantes para a rotina da casa, como vestuário, por exemplo. Compras supérfluas: gastos com produtos/serviços que você poderia ficar sem comprar, mas que acaba consumindo, de vez em quando, por não resistir. Compra ‘sonho de consumo’: gastos com produtos ou serviços que você sonhava comprar / tinha muita vontade de ter/fazer. Em todo relatório consideramos os itens mais consumidos por cada indivíduo (apontados em 1º+2º lugar) cada pessoa esclarece, em detalhes, seu comportamento em relação a dois itens. Estes itens podem ser classificados como compras necessárias, supérfluas e/ou sonhos realizados. Como as diferentes estudadas? experiências de compra foram • Consumo em 2014 (etapa 1): foram mapeados os produtos consumidos em 2014 de acordo com uma lista contendo 23 tipos de produtos e serviços. • Categorização do consumo (etapa 2): os produtos consumidos foram classificados pelos entrevistados em: necessário, supérfluo e sonho de consumo. • Gastos em 2014 (etapa 3): Foi feito um ranking de gastos com produtos em 2014 dentro de cada experiência de consumo (necessária, supérflua e sonho de consumo). • As experiências de consumo (etapa 4): Com o ranking foi possível investigar a experiência de compra do primeiro e do segundo item com maiores gastos em 2014 Público alvo: Pessoas maiores de 18 anos de famílias com rendimento. Amostra (distribuída conforme a população – fonte IBGE) NO NE CO SUL RJ SP MG/ES TOTAL 49 184 73 62 88 106 58 620 A amostra foi ponderada segundo dados da população: sexo, idade, grau de instrução (IBGE) e classe sócio econômica (fonte: Critério Brasil). Período de campo: 6 a 15 de novembro.
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