O terceiro templo

Transcrição

O terceiro templo
da Meia-Noite
Mateus 25.6
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O terceiro
templo
Pág. 15
O Instituto do Templo já preparou
muitos utensílios para o santuário.
ABRIL DE 2007 • Ano 38 • Nº 4 • R$ 3,50
Chamada
da Meia-Noite
Índice
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Cordeiro de Deus
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Davi e Sua Forma
de Resolver Problemas
10
Do Nosso Campo Visual
15
Diagramação & Arte: Émerson Hoffmann
INPI nº 040614
Registro nº 50 do Cartório Especial
Edições Internacionais
A revista “Chamada da Meia-Noite” é publicada também em espanhol, inglês, alemão, italiano, holandês, francês, coreano,
húngaro e cingalês.
As opiniões expressas nos artigos
assinados são de responsabilidade
dos autores.
“Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito:
Eis o noivo! saí ao seu encontro” (Mt 25.6).
A “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite”
é uma missão sem fins lucrativos, com o objetivo de anunciar a Bíblia inteira como infalível
e eterna Palavra de Deus escrita, inspirada
pelo Espírito Santo, sendo o guia seguro para
a fé e conduta do cristão. A finalidade da
“Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” é:
• O terceiro templo - 15
• A língua ferina de Ahmadinejad - 17
• Todos contra todos! - 20
1. chamar pessoas a Cristo
em todos os lugares;
2. proclamar a segunda vinda do
Senhor Jesus Cristo;
3. preparar cristãos para Sua segunda vinda;
4. manter a fé e advertir a respeito de falsas
doutrinas
Todas as atividades da “Obra Missionária
Chamada da Meia-Noite” são mantidas através de ofertas voluntárias dos que desejam
ter parte neste ministério.
Aconselhamento Bíblico
• Podemos ter certeza
da nossa salvação?
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22
Logo depois de Jesus ter sido preso, os
corações dos onze discípulos estavam cheios de
tristeza porque seu Mestre, com quem haviam
convivido por três anos, iria deixá-los (Jo 16.6).
Não precisamos fantasiar muito para entendê-los.
Quantas vezes senti lágrimas em meus olhos ao
me despedir de algum de nossos filhos que
deixava o lar por um longo tempo. Foi em meio a
um clima assim, de despedida, que o Senhor
disse: “Mas eu vos digo a verdade: convém-vos
que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador
não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu
vo-lo enviarei” (Jo 16.7). Ouvimos aqui a
consoladora mensagem da Páscoa: “...é para o
bem de vocês que eu vou...” (NVI). O tempo da
execução do Cordeiro de Deus havia chegado.
Judeus e gentios não haviam encontrado
qualquer defeito no Cordeiro Pascal escolhido por
Deus. E esse Cordeiro imaculado deu Sua vida
pela salvação de muitos!
Em conseqüência disso, o Consolador, o
Espírito Santo, podia vir para habitar nos
discípulos e em todos os verdadeiramente salvos.
Até então os discípulos tinham estado com o
Mestre 24 horas por dia, compartilhando tudo
com Ele. Porém, em breve eles iniciariam um
relacionamento completamente novo com Jesus,
um relacionamento desconhecido até então:
“Naquele dia, vós conhecereis que eu estou em
meu Pai, e vós, em mim, e eu, em vós” (Jo
14.20). O “siga-me” de Jesus passou a ser “eu
em vocês e vocês em mim”. Essa existência
completamente nova transformou os medrosos
discípulos em heróis da fé, dispostos a deixar
suas vidas pelo Senhor, como podemos ler em
Atos dos Apóstolos. Sim, esse homens que
haviam sido pescadores e cobradores de
impostos na Galiléia encheram o mundo daquela
época com o Evangelho!
Hoje não podemos simplesmente esperar os
mesmos milagres e sinais de então, como muitos
afirmam: você precisa apenas crer, e o que lemos
nos Atos dos Apóstolos acontecerá hoje! Não
temos, atualmente, apóstolos pessoalmente
chamados pelo Senhor e, portanto, também não
temos os seus sinais! Mas o relacionamento
íntimo entre nós e o Deus Triúno é o mesmo do
início: “...eu estou em meu Pai, e vós, em mim,
e eu, em vós” (Jo 14.20). Meditemos mais um
pouco nesse assunto para podermos
compreender melhor as conseqüências
maravilhosas da Páscoa.
4
Chamada da Meia-Noite, abril de 2007
O relacionamento íntimo
entre Jesus e os Seus não é
misticismo cristão, fruto de
emoções exacerbadas ou de êxtase arrebatador,
muito menos é desencadeado pela música ou
outros meios de culto. Para esse tipo de
manifestação os discípulos eram sóbrios demais.
Para eles, tudo partia da Palavra e conduzia à
Palavra! Uma prova dessa realidade são as cartas
apostólicas. Por isso, jejuns demorados demais,
encenações da Paixão, peregrinações, procissões
(“via dolorosa”) ou penitências para
“compartilhar” a Paixão de Cristo até o ponto da
autoflagelação não passam de desvios religiosos
e caminhos errados, pois o que importa é
unicamente a “palavra da cruz” (1 Co 1.18).
Sem pai ou mãe, um órfão daqueles tempos
era uma pessoa digna de misericórdia,
desprotegida e desamparada, pois ainda não
havia orfanatos. O Senhor Jesus usa justamente
essa figura do órfão para falar aos Seus
discípulos: “Não vos deixarei órfãos, voltarei
para vós outros” (Jo 14.18). Mas como seu
Senhor e Mestre poderia voltar para eles?
Certamente Ele não se referia às Suas aparições
como ressurreto, mas da vinda do Consolador, do
Espírito Santo. Hoje podemos nos alegrar e
agradecer por esse maravilhoso fruto da Páscoa,
como o apóstolo Paulo já reconheceu: “logo, já
não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim;
e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela
fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo
se entregou por mim” (Gl 2.20).
Desejamos a todos uma feliz
e abençoada Páscoa!
Dieter Steiger
A Bíblia proclama ser a Palavra
do único Deus verdadeiro. Somando-se às provas históricas, arqueológicas e científicas, há muitas provas nela mesma. Não existem tais
evidências para outros “escritos sagrados”. A Bíblia foi escrita durante
1600 anos por quarenta profetas, a
maior parte dos quais vivia em culturas diversas e em diferentes tempos da História. No entanto, nunca
se contradizem, mas se complementam.
Quanto ao Corão, os islamitas
têm de aceitar a palavra de Maomé,
da mesma maneira que o Livro de
Mórmon se apóia somente na palavra de Joseph Smith. Enquanto isso, cada profeta bíblico é confirmado por 39 outros profetas, e todos
condenam as “escrituras” de outras
religiões!
Seria difícil para um autor isolado evitar contradições ao lidar com
um período da História tão longo e
detalhado, envolvendo tantos indivíduos e nações, e cobrindo tal variedade de assuntos como a Bíblia
faz. Quanto mais isso é verdade para quarenta profetas diferentes es-
crevendo a uma só
voz, durante um período de muitos séculos!
Portanto, só há uma explicação: inspiração divina.
Centenas de profecias declaradas séculos e até mesmo milhares de anos antes do seu cumprimento são a prova irrefutável que
Deus oferece de Sua existência, e
essas profecias identificam, sem
deixar nenhuma dúvida, a Sua Palavra para a humanidade – uma
prova que é absolutamente única da
Bíblia. Ao mesmo tempo que confirmam que a Bíblia é a Palavra de
Deus, as profecias bíblicas desenvolvem temas que são como fios de
ouro tecidos através de todo o panorama bíblico.
Um dos maiores temas é a Redenção: o único meio pelo qual um
Deus santo pode perdoar de forma
justa à Sua criatura, o homem, e reconciliá-lo consigo mesmo. A Bíblia
denuncia todas as religiões deste
mundo como inspiradas pelo “deus
deste mundo” (Satanás) (1 Co
10.20; 2 Co 4.4). Todas elas ensinam que seu deus ou deuses podem
ser satisfeitos por obras ou rituais
religiosos. A Bíblia é única em declarar claramente que a salvação “é
dom de Deus [um dom não pode ser
merecido ou ganho com esforços]...
“não por obras de justiça praticadas
por nós mas segundo a Sua misericórdia Ele nos salvou” (Ef 2.8; Tt 3.5).
A Palavra de Deus não nos dá
espaço para acomodação, diálogo
ou compromisso. A verdade não
concede nada ao erro e não tem nada a discutir com a mentira. No entanto, por vários anos a Igreja Católica Romana tem “dialogado” com
hindus, budistas e islamitas, religiões que se opõem categoricamente à Bíblia (uma conferência católico-budista num monastério no
Kentucky/EUA alegou ter achado
paralelos entre o sofrimento de
Cristo na cruz, as “Quatro Verdades Nobres de Buda” e a meditação
Chamada da Meia-Noite, abril de 2007
5
lário do pecado é a
morte...”
(Ez
18.20; Rm 6.23).
Essa penalidade
não pode ser colocada de lado
nem pelo próprio
Deus, que deu
Sua palavra eterna. Mas Deus enviou o Seu Filho,
que se tornou homem através do
nascimento virgiNas Nações Unidas e na liderança de muitas “religiões”
ouve-se o insistente clamor por uma religião mundial. Na
nal, para sofrer
foto: grupo inter-religioso - ortodoxo russo, católico, copta,
em nosso lugar o
e budista no Cairo.
castigo que Ele
pronunciou sobre
a humanidade.
budista (Los Angeles Times, 27 de
O fato de que o pagamento pelo
julho de 1996). Como é possível pecado só pode ser feito por uma
existir tal confusão? A resposta é vítima sem pecado é parte integral
porque o catolicismo, como todas a do tema da Redenção através de toreligiões não-cristãs, desenvolveu da a Bíblia. Está claro que nenhum
há séculos atrás um sistema “cris- pecador pode pagar pelos seus prótão” de obras e sacramentos para a prios pecados: “O sacrifício dos persalvação. E por muitos anos, batis- versos já é abominação” (Pv 21.27).
tas e evangélicos (cujos antepassa- A salvação só pode vir da graça de
dos saíram do catolicismo durante a Deus em aplicar a morte de Cristo
Reforma) têm dialogado com a como pagamento pelos pecados da
Igreja Católica Romana. Enquanto humanidade, àqueles que aceitam a
isso, nas Nações Unidas e na lide- salvação nos termos de Deus. Isso é
rança de muitas “religiões” ouve-se visto nos sacrifícios de animais que
o insistente clamor por uma religião os judeus tinham que oferecer. O
mundial.
fato de que esses sacrifícios tinham
O cristianismo bíblico encontra- que ser repetidos muitas e muitas
se sozinho na oposição ao ecume- vezes provam que eles eram somennismo que, finalmente, todas as re- te antecipações temporárias de um
ligiões irão abraçar sob o Anticristo. sacrifício verdadeiro, o qual Deus
O Evangelho está separado de todas iria providenciar: “Ora, visto que a
as religiões pela declaração aberta lei... nunca jamais pode tornar perfeide todos os profetas bíblicos de tos os ofertantes, com os mesmos sacrique, para que Deus perdoe pecados fícios que, ano após ano, perpetuamene reconcilie a humanidade consigo te eles oferecem. Doutra sorte, não temesmo, a penalidade do pecado de- riam cessado de ser oferecidos...?” (Hb
ve ser paga em sua totalidade. Essa 10.1-2).
penalidade é a morte (separação
Além do mais, desde o ano 70
eterna de Deus, o doador e susten- d.C. até agora os judeus não têm titador da vida) e foi pronunciada so- do a possibilidade de oferecer os sabre toda a raça humana: “A alma crifícios que foram estabelecidos
que pecar, essa morrerá... porque o sa- pelas instruções específicas da Torá
6
Chamada da Meia-Noite, abril de 2007
(os cinco livros de Moisés). Esse fato implica conseqüências seríssimas, especialmente desde que a
destruição do templo e o fim dos
sacrifícios não aconteceu por acaso,
mas pelo julgamento de Deus sobre
a rebelião de Israel, como Seus profetas predisseram: “Porque os filhos
de Israel ficarão por muitos dias sem
rei, sem príncipe, sem sacrifício...”
(Os 3.4). Jesus declarou que o controle gentio sobre Jerusalém continuaria até o Armagedom: “...até que
os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles” (Lc
21.24). Essa é uma profecia notável, ainda sendo cumprida.
Então, como podem os judeus
(ou gentios) receber o perdão de
Deus, sendo que os sacrifícios levíticos que Ele ordenou especificamente terminaram há quase 2000
anos, e ainda é impossível realizálos hoje em dia? A resposta a essa
questão é dada no tema que se estende por toda a Escritura.
O centro desse tema são as inúmeras referências a um cordeiro como sacrifício redentor pelo pecado.
O primeiro sacrifício que Deus
aceitou foi um cordeiro oferecido
por Abel (Gn 4.2-4; Hb 11.4).
Contudo, está claro desde o início
que sacrifícios de animais eram somente uma figura de um sacrifício
ainda por vir, o qual seria o único
que realmente poderia fazer o pagamento completo pelos pecados, e
isso por duas razões óbvias: (1) A
vida animal nunca se igualou à vida
humana. (2) Como já vimos, sacrifícios de animais tinham de ser repetidos provando que eles não podiam remover a culpa do pecado.
No entanto, as figuras proféticas
do Velho Testamento apresentam
pistas impressionantes. O oferecimento de Isaque por Abraão sobre
um altar é um exemplo clássico. Os
islamitas dizem que foi Ismael, não
Isaque, o filho oferecido – uma ób-
via mentira porque não combina
com o Islã. Alá não é um pai, não
tem filho; o Islã não tem sacrifício
redentor e nega a morte de Cristo
pelos pecados.
Entretanto, a ordem de Deus a
Abraão de oferecer seu “único filho,
Isaque” (Gn 22.2) tem um significado profético inegável em relação ao
sacrifício bíblico do “Filho unigênito de Deus” (Jo 3.16). A oferta do
filho Isaque pelo pai Abraão num
altar só tem significado no contexto
da narrativa bíblica do Pai (Deus)
oferecendo a Cristo na cruz pelos
pecados da humanidade. Também
não poderia ser uma coincidência
que o exato lugar onde Deus pediu
que Abraão oferecesse seu filho tornou-se o local do templo judeu e
seus sacrifícios. O Islã tenta roubar
também isso, dizendo que foi do lugar onde “Ismael foi oferecido como sacrifício” que Maomé subiu ao
céu.
O mistério parece se aprofundar
na enigmática resposta de Abraão,
“Deus proverá para si o cordeiro” (Gn
22.8), à pergunta feita por Isaque:
“Onde está o cordeiro para a oferta?”
(Gn 22.7). Deus mesmo seria o
cordeiro sacrificial para a redenção
humana? Será que Cristo se referiu
a essa afirmação quando declarou:
“Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver
Isaías profetizou que o Messias seria o Cordeiro prometido, sacrificado pelos
pecados do mundo: “o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos...
como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante
os seus tosquiadores, ele não abriu a boca” (Is 53.6,7).
o meu dia, viu-o e regozijou-se” (Jo
8.56)? Isaías revelou que o Messias
vindouro seria o filho de Deus: “um
Filho se nos deu” (Is 9.6) e também
que Ele seria YAHWEH, chamado
o “Deus de Israel” 203 vezes na Bíblia: “seu nome será: Maravilhoso
Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade” (Is 9.6). Uma criança nascida de uma virgem seria o Filho de
Deus e ao mesmo tempo seria
Deus? Sim. Como Jesus declarou:
“Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30).
Isaías também profetizou
que o Messias seria o CordeiA oferta do filho Isaque pelo pai Abraão num
ro prometido, sacrificado pealtar só tem significado no contexto da
los pecados do mundo: “o Senarrativa bíblica do Pai (Deus) oferecendo a Cristo (Filho) na cruz pelos pecados da humanidade.
nhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos... como
cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não
abriu a boca” (Is 53.6,7). Não
é de se admirar que João Batista, quando “viu... a Jesus,
que vinha para ele, ...disse: Eis
o Cordeiro de Deus, que tira o
pecado do mundo!” (Jo
1.29,36). O intrincado rela-
cionamento entre os escritos de
tantos profetas é impressionante!
A figura profética mais completa
do Cordeiro por vir se encontra na
Páscoa. As detalhadas instruções já
resolveram a controvérsia que é o
“x” do problema no Oriente Médio, a respeito da terra que Deus
prometeu a Abraão: “Dar-te-ei e à
tua descendência... toda a terra de
Canaã, [não existia um lugar chamado “Palestina”!] em possessão perpétua” (Gn 17.8). Ismael, porém,
embora ilegítimo, era o primeiro filho de Abraão. Por isso os árabes
clamam ser descendentes de Ismael, e dizem ser a “descendência”
de Abraão a quem foi concedida a
Terra Prometida. A Bíblia, ao contrário, diz claramente que os descendentes de Abraão através de Isaque e Jacó são a “descendência” e
os verdadeiros herdeiros (Gn 17.19;
26.3,4; 28.13; 1 Cr 16.15-18, etc).
De acordo com a Bíblia, o direito
de posse que os árabes e muçulmanos dizem ter sobre essa terra tão
disputada é uma fraude – no entanto, as Nações Unidas, a União Eu-
Chamada da Meia-Noite, abril de 2007
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ropéia e os EUA, etc., aceitam-no
como base para uma “paz” que desafia o Deus de Israel!
Os islâmicos dizem que a Bíblia
foi mudada pelos judeus e cristãos.
Isso não é verdade. O Deus da Bíblia define a descendência que herdará a terra tão claramente que
qualquer “mudança” seria impossível: “...a tua posteridade [a qual herdará a terra] será peregrina em terra
alheia, e será reduzida à escravidão, e
será afligida por quatrocentos anos...
Na quarta geração, tornarão para
aqui... (Gn 15.13-16).
Os judeus, não os árabes, foram
escravos no Egito por quatrocentos
anos, daí trazidos na quarta geração
para a terra de Canaã. Os árabes
não entraram na “Palestina” até a
invasão brutal no século VII, depois
que os judeus já haviam se estabelecido ali por mais de 2000 anos. Isso
é História irrefutável, provada pela
Páscoa. A libertação de Israel aconteceu através do juízo de Deus na
forma das dez pragas sobre o Egito.
Na última foi requerido o sacrifício
de um cordeiro por aqueles que
quisessem escapar daquela terra
amaldiçoada. Esse evento deveria
ser comemorado para sempre com
a refeição da Páscoa, introduzida
naquela noite histórica: “Este dia
vos será por memorial... Quando vossos filhos vos perguntarem: Que rito é
este? Respondereis: É o sacrifício da
Páscoa ao Senhor... quando feriu os
egípcios e livrou as nossas casas” (Êx
12.14,26-27).
Quem guarda a Páscoa? Não são
os árabes! Só os judeus a guardam
pelo mundo todo até o presente.
Quando um evento testemunhado
por muitas pessoas é comemorado
imediatamente, de um modo especial e guardado para sempre, temos
aí a prova de que aconteceu como
foi instituído. A Páscoa comemorada anualmente prova a escravidão
de Israel no Egito e a sua libertação, como a Bíblia declara, e também que os judeus são os herdeiros
de Abraão, com direito de posse sobre aquela terra, com uma escritura
que Deus assinou há 4000 anos.
Não-judeus não tem direito nem
propósito em guardar a Páscoa ju-
A libertação de Israel aconteceu através do juízo de Deus na forma das dez pragas
sobre o Egito. Na última foi requerido o sacrifício de um cordeiro por aqueles que
quisessem escapar daquela terra amaldiçoada.
8
Chamada da Meia-Noite, abril de 2007
daica. No entanto, tem se tornado
popular que cristãos gentios celebram o seder judeu. É verdade que
o cordeiro pascal simboliza Cristo,
o Cordeiro que Abraão disse a Isaque que Deus proveria – mas o
mesmo acontece com cada oferta
levítica. No entanto, os cristãos não
as oferecem mais hoje em dia. Então, por que celebram a Páscoa? Ela
comemora o livramento ancestral
do Egito, do qual os gentios não
têm parte.
Mas a “Última Ceia” não era a
Páscoa, e Cristo não deu a ela um
significado novo, dizendo que deveria ser celebrada continuamente até
a Sua volta? Um significado novo?
Impossível! A refeição da Páscoa, o
cordeiro, tem um significado histórico envolvendo uma aliança eterna
(Gn 17.7; 1 Cr 16.15-18, etc.) a
respeito da Terra Prometida. Esse
significado não pode ser mudado.
Aos judeus (não aos gentios) é ordenado guardar a Páscoa para sempre (Êx 12.14). O próprio Cristo
não poderia ter dado um “novo significado” para a Páscoa.
Além do mais, a Última Ceia
não era a Páscoa. Ela ocorreu na
noite “antes da Festa da Páscoa” (Jo
13.1) e sem um cordeiro. Na manhã seguinte os judeus ainda estavam se guardando purificados para
que pudessem “comer a Páscoa” (Jo
18.28). Aquela tarde, quando Cristo estava sobre a cruz, era ainda a
“parasceve pascal [preparação da
Páscoa]” (Jo 19.14) – Os cordeiros
ainda estavam sendo sacrificados
para serem comidos na refeição da
Páscoa naquela noite.
Mas Jesus não disse: “Tenho desejado ansiosamente comer convosco
esta Páscoa, antes do meu sofrimento”
(Lc 22.15)? Sim, mas “esta Páscoa”
não é a mesma com o cordeiro assado guardada somente pelos judeus em memória da libertação do
Egito. “Esta Páscoa” foi algo novo
“Esta Páscoa” foi algo novo inaugurado por Cristo a ser comemorado com pão e
vinho (em memória do Seu corpo partido e de Seu sangue derramado) por todos
que crêem nEle (judeus e gentios). “Porque, todas as vezes que comerdes este pão
e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha” (1 Co 11.26).
inaugurado por Cristo a ser comemorado com pão e vinho (em memória do Seu corpo partido e de
Seu sangue derramado) por todos
que crêem nEle (judeus e gentios).
Por que, então, Jesus chamou essa
nova instituição de Páscoa? Porque
como Israel foi libertado do Egito
pela morte de um cordeiro, assim
ela comemora a libertação, dos que
crêem, do pecado, do mundo pecaminoso e do julgamento por vir,
através do verdadeiro “Cordeiro de
Deus”: “Porque, todas as vezes que
comerdes este pão e beberdes o cálice,
anunciais a morte do Senhor, até que
ele venha” (1 Co 11.26). Paulo disse: “Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado” (1 Co 5.7).
Se os sacrifícios de animais não
poderiam pagar pelo pecado, qual
era o seu propósito? Eles eram ilustrações físicas da verdade espiritual,
além da nossa presente compreensão. Cristo continuamente usou
ilustrações físicas para explicar verdades espirituais: (“beber a água que
Eu lhe der... Eu sou a videira verda-
rando-se para ver o “Leão” ele viu
“um Cordeiro como tendo sido morto”
(Ap 5.5-6). Como pode um leão
poderoso aparecer como um cordeiro que acaba de ser morto? E de
que maneira poderia Cristo ser visto como tal no céu? Da cidade celestial sabemos que “o Cordeiro é a
sua lâmpada” (Ap 21.23). A Bíblia
termina referindo-se ao trono eterno de Deus e do Cordeiro (Ap
22.1,3).
Somente podemos nos prostar
maravilhados e gratos, regozijandonos porque um dia iremos nos juntar aos redimidos em volta do trono, entoando o coro eterno: “Digno
é o Cordeiro que foi morto” (Ap
5.12). Finalmente O veremos como
Ele é (1 Jo 3.2) e compreenderemos
totalmente, tendo sido transformados em Sua imagem por toda a
eternidade! (TBC)
deira... a porta... o pão da vida... a
não ser que coma a minha carne e beba o meu sangue...” etc.). Nós fazemos o mesmo hoje. Por exemplo,
cantamos hinos a respeito de sermos “lavados no sangue do Cordeiro”, mas não estamos falando literalmente.
Erros profundos ocorrem quando símbolos são tomados como
Dave Hunt é autor e conferencista mundialsubstância, tais como a hóstia que é mente conhecido. Ele escreveu mais de 25 liaceita como o verdadeiro corpo de vros com tiragem total acima de 4.000.000 de
exemplares. Dave Hunt faz muitas palestras
Cristo. Seria como se precisássemos nos EUA e em outros países, sendo também
comer páginas da própria Bíblia de freqüentemente entrevistado no rádio e na televisão por causa das suas profundas pesquimaneira que pudéssemos nos “ali- sas em áreas como misticismo oriental, fenômentar da Palavra de Deus” (Dt menos psíquicos, seitas e ocultismo.
8.3; Jr 15.16; 1 Pe
5.2, etc.). O significado por trás do
Recomendamos:
cordeiro do sacrifício vai muito além
dos nossos mais altos pensamentos.
Na visão de João
foi dito a ele que “o
Leão da tribo de Judá... prevaleceu paPedidos: 0300 789.5152 • www.Chamada.com.br
ra abrir o livro”. Vi-
Chamada da Meia-Noite, abril de 2007
9
avi era uma pessoa como eu e você, com traços de caráter positivos
e negativos. Ele sabia o que era
simpatia e antipatia, era uma
pessoa com pontos fortes e outros menos fortes. Mas, apesar de
seus erros e fraquezas, Davi era
uma pessoa que buscava a Deus de
todo o coração. Ele tinha consciência profunda de sua pecaminosidade. E justamente por isso ele vivia
na dependência do perdão de Deus.
Além disso, Davi era um homem ligado à Bíblia, que amava a Palavra
de Deus e se orientava por ela. Davi
se destacou acima de tudo por uma
coisa: seu profundo anseio pela salvação de Deus, seu anseio pelo Salvador: “Suspiro, Senhor, pela tua salvação...” (Sl 119.174).
D
Dois enganos
Antes de mais nada, quero corrigir dois enganos. São enganos que
10
Chamada da Meia-Noite, abril de 2007
Todos nós
lutamos co
m diversos
vida profis
problemas
sional ou
e dificuld
em nossas
pessoas nã
ades – seja
famílias e
o consegue
na
casamentos
m
ma
a Bíblia no
is dar cont
. Inúmeras
s convida
a dos seus
a lançar no
problemas.
teus cuidad
ssas cargas
Por isso
os ao Senh
sobre Jesu
or, e ele
justo seja
s: “Confia
te susterá;
abalado” (S
os
jamais perm
l 55.22).
itirá que
o
freqüentemente nos atrapalham e
nos impossibilitam de lidar corretamente com nossos problemas:
1. É um engano pensar que cristãos devotados a Deus não
adoecem, não têm problemas e
permanecem protegidos do perigo e da doença. Ouvimos
com freqüência: “Você só precisa ter a fé certa, dedique-se
totalmente a Deus, viva de
acordo com a Sua Palavra – e
Vamos nos precaver contra o erro de
pensar que os cristãos não ficam
doentes, não enfrentam problemas,
são imunes à depressão e estão
sempre felizes!
tudo vai ficar bem! Você terá saúde,
não terá problemas, suas dificuldades financeiras vão se dissipar no
ar, e também na sua família só ha-
verá felicidade”. Esse ponto de vista
não é biblicamente sustentável e está baseado em um engano! É isto
que analisaremos agora com ajuda
da Bíblia, ou seja, pela vida de Davi: o próprio Deus deu o seguinte
testemunho a respeito dele e de sua
vida de fé: “Achei Davi... homem segundo o meu coração...” (At 13.22).
Mas apesar desse testemunho positivo de Deus, a vida de Davi era tudo, menos livre de problemas e
preocupações. Pelo contrário: havia
um sem-fim de diferentes sofrimentos e provações. Por exemplo: ainda
menino, Davi foi obrigado a se considerar como alguém cuja única serventia era cuidar das ovelhas da família. Ele era sempre hostilizado.
Seu irmão mais velho só o tratava
com desprezo. Seu protetor (Saul)
o decepcionou e queria matá-lo.
Sua esposa o ridicularizou publicamente. Seu amigo o traiu e seu próprio filho o expulsou de casa, roubou seu trono e queria liquidá-lo
por meio de um golpe de Estado.
Disso concluímos que é possível alguém ser descrito como “um homem (ou uma mulher) segundo o
coração de Deus” e, ao mesmo
tempo, levar uma vida cheia de provações.
O apóstolo Paulo também nos
adverte contra uma conclusão errônea: “Tu, porém, tens seguido, de perto, o meu ensino, procedimento, propósito, fé, longanimidade, amor, perseverança, as minhas perseguições e os
meus sofrimentos, quais me aconteceram em Antioquia, Icônio e Listra, –
que variadas perseguições tenho suportado! De todas, entretanto, me livrou o
Senhor. Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão
perseguidos” (2 Tm 3.10-12). Para
Paulo estava claro que a vida como
cristão pode acarretar dificuldades.
É isso que os 2000 anos de história
da Igreja de Cristo também mostram. Lemos, por exemplo, numa
publicação da Aliança Evangélica perdoar. Mas as conseqüências perAlemã do dia 11 de novembro de manecerão comigo. Se eu ignorar
2005: “Ninguém pode determinar todos os conselhos e casar com uma
com precisão o número dos márti- pessoa não-cristã, mesmo sabendo
res – as estimativas ficam entre o que é correto, Deus terá prazer
90.000 e 175.000. E a quantidade em perdoar – se eu reconhecer o
de cristãos torturados, ridiculariza- pecado. Mas as conseqüências da
dos e expulsos em todo o mundo desobediência não podem ser desnem sequer pode ser estimada”. feitas.
Vamos nos precaver contra o erro
A vida de Davi nos ensina com
de pensar que os cristãos não ficam toda a clareza que o comportamendoentes, não enfrentam problemas, to pecaminoso sempre tem as suas
são imunes à depressão e estão conseqüências: Davi adulterou com
sempre felizes!
Bate-Seba. Além disso, mandou
2. É um erro pensar que o peca- matar o marido dela. Davi agiu de
do não tem conseqüências. É fre- forma conscientemente contrária à
qüente que justamente pessoas com Palavra de Deus. Ele achou que poeducação cristã pensem: “Que na- dia brincar com o pecado. Davi se
da, não importa como eu vivo, o arrependeu do pecado (Sl 32, 38 e
que eu faço e como brinco com o 51) e também tinha certeza de ter
pecado: isso não é tão trágico. A recebido o perdão de Deus (2 Sm
qualquer momento posso chegar 12.13). Mas não havia como desfaaté Jesus, Ele sempre está disposto zer o assassinato. O adultério de
a perdoar”. Bem, é totalmente cor- Davi veio à tona, pois Bate-Seba fireto e bíblico que Deus sempre per- cou grávida. E assim Deus disse a
doa, e faz isso com prazer: “Se con- Davi: “Por que, pois, desprezaste a
fessarmos os nossos pecados, ele é fiel e palavra do SENHOR, fazendo o que
justo para nos perdoar os pecados e nos era mal perante ele? A Urias, o heteu,
purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.9). feriste à espada; e a sua mulher tomasMas, atenção: essa medalha tam- te por mulher, depois de o matar com a
bém tem o seu reverso: “Não vos espada dos filhos de Amom. Agora,
enganeis: de Deus não se zomba; pois pois, não se apartará a espada jamais
aquilo que o homem semear, isso tam- da tua casa, porquanto me desprezaste
bém ceifará” (Gl 6.7).
Esse versículo se dirige
explicitamente a pessoas
que se dizem cristãs – e
Se eu ignorar todos os conselhos e casar com uma
pessoa não-cristã, mesmo sabendo o que é correto,
mesmo assim brincam
Deus terá prazer em perdoar – se eu reconhecer o
com o pecado. Deus inpecado. Mas as conseqüências da desobediência não
podem ser desfeitas.
cumbiu Paulo de nos
advertir, e o sentido de
suas palavras é o seguinte: “Elimine o engano a
respeito do seu comportamento pecaminoso e
errado, pois o seu pecado não ficará sem conseqüências”. Se estou
infectado com o vírus da
AIDS e me arrependo,
Deus tem prazer em
Chamada da Meia-Noite, abril de 2007
11
e tomaste a mulher de Urias, o heteu,
para ser tua mulher. Assim diz o SENHOR: Eis que da tua própria casa
suscitarei o mal sobre ti, e tomarei tuas
mulheres à tua própria vista, e as darei a teu próximo, o qual se deitará
com elas, em plena luz deste sol” (2
Sm 12.9-11). Portanto, as conseqüências eram gravíssimas! De repente, os acontecimentos trágicos
começaram a se suceder na casa de
Davi: primeiro, um de seus filhos
estuprou sua própria meia-irmã.
Esse ato horrível acarretou um fratricídio. Em seguida, Absalão se rebelou contra o pai; ele organizou
um golpe de Estado, desrespeitou
publicamente as esposas de seu pai
e, no fim, acabou assassinado.
O pecado pode ser comparado a
uma pedra jogada em um espelho
d’água. Muito depois que a pedra
(o pecado) desapareceu, os círculos
(as conseqüências) ainda se espalham pela superfície. O trágico é
que não apenas Davi foi atingido,
mas também todos aqueles que o
cercavam. Por isso, não permaneça
na ilusão de que o pecado não tem
conseqüências. Ele é perdoado,
sim, quando há arrependimento,
mas não é desfeito, e as conseqüências ficam.
Problemas
provocados
e não provocados
Na nossa vida há dois tipos de
problemas: aqueles que nós mesmos causamos e aqueles dos quais
não temos culpa. São problemas
com origens diferentes, mas ambos
estão presentes em nossas vidas.
Porém, podemos e devemos aprender a lidar com eles:
Os problemas não provocados
Durante sua vida, Davi foi confrontado com problemas, provações e
sofrimentos, como qualquer pessoa.
12
Chamada da Meia-Noite, abril de 2007
Infelizmente, a vida é assim, uma
conseqüência desagradável do pecado. Não foi à toa que Moisés disse
com relação à vida humana: “Os
dias da nossa vida sobem a setenta
anos ou, em havendo vigor, a oitenta;
neste caso, o melhor deles é canseira e
enfado...” (Sl 90.10). Isso significa
que canseira e enfado são as conseqüências lógicas e inevitáveis do pecado.
Os problemas provocados
Deus, acima dos céus; e em toda a terra esplenda a tua glória” (vv. 7-11).
– Quando Davi ficou sabendo
que muitos de seus amigos sacerdotes tinham sido mortos, ele escreveu o seguinte no Salmo 52: “...esperarei no teu nome, porque é bom”
(v. 9).
Como Davi lidava
com as dificuldades
Davi solucionava seus probleEsses problemas são resultado da mas, independentemente dele mesdesobediência consciente em rela- mo tê-los causado ou não, confianção à Palavra de Deus. Apesar de a do-os a Deus. O Salmo 55 também
culpa em si ser removida quando demonstra esse tipo de atitude. O
aceitamos o perdão, é possível que pano de fundo histórico relativo a
tenhamos de arcar com algumas esse salmo pode ser encontrado nos
conseqüências.
capítulos 15 a 18 do segundo livro
Em sua vida, Davi enfrentou os de Samuel: Absalão, o filho de Dadois tipos de dificuldades. A forma vi, tinha assumido o poder por meio
com que ele lidou com elas é notável: de um golpe de Estado. Davi estava
– Certo dia Davi se escondeu em fugindo dele. Seu próprio filho queuma caverna úmida e escura. Saul ria não apenas a coroa, mas também
queria matá-lo. Não havia mais ne- desejava matá-lo. Além disso, um
nhuma forma de escapar. Então dos amigos de Davi tinha se banDavi escreveu o Salmo 57: “Firme deado para o lado do revoltoso. Em
está o meu coração, ó Deus, o meu co- sua fuga, Davi sofreu humilhação
ração está firme; cantarei e entoarei pública, foi apedrejado e amaldiçoalouvores. Desperta, ó minha alma! do. Como ele lidou com isso?
Despertai,
lira e harpa! Quero
O pecado pode ser comparado a uma pedra jogada
acordar a
em um espelho d’água. Muito depois que a pedra
alva. Ren(o pecado) desapareceu, os círculos (as conseqüências)
ainda se espalham pela superfície.
der-te-ei
graças entre
os
povos;
cantar-te-ei
louvores entre as nações. Pois a
tua misericórdia
se
eleva
até
aos céus, e a
tua fidelidade, até às
nuvens. Sê
exaltado, ó
Primeiro, Davi simplesmente
ficou quieto
Esses acontecimentos absurdos deixavam-no sem palavras, mas ele sabia de uma coisa: “Eu mesmo tenho culpa da situação ter chegado a
este ponto. Ela é conseqüência do
meu pecado”. E assim Davi ordenou aos seus servos que queriam
dar uma lição no apedrejador: “Deixai-o; que amaldiçoe, pois o SENHOR
lhe ordenou” (2 Sm 16.11). Davi estava consciente do fato de que
Deus permitia esse sofrimento. Por
isso, ele não se rebelou. Será que
nós também conseguimos, por
princípio, aceitar as provações? Era
o que Davi fazia!
o suor frio do medo corria pelas
suas costas.
Davi queria fugir e
simplesmente esquecer tudo
Seria tão bom: pegar um avião, curtir o sol e o mar, simplesmente desligar. E assim escreveu Davi: “Então, disse eu: quem me dera asas como
de pomba! Voaria e acharia pouso. Eis
que fugiria para longe e ficaria no deserto. Dar-me-ia pressa em abrigar-me
do vendaval e da procela” (Sl 55.68). Mas quando os problemas são
reais, uma ilha deserta não ajuda
em nada. Comprimidos e álcool
também não são a solução correta.
O que fazer?
Davi transformou suas
preocupações em orações!
Frustração, raiva e ódio
precisam sair!
Como ele fazia isso? “Dá ouvidos, ó
Deus, à minha oração; não te escondas da minha súplica. Atende-me e
responde-me” (Sl 55.1-2). Davi contava que Deus ouviria, veria, conheceria a situação e estaria ao seu lado
para ajudá-lo. Como você lida com
essas situações difíceis? Você logo
pega o telefone para contar a outra
pessoa, ou primeiro derrama seu
coração diante de Deus? No Salmo
62.8 Davi convida: “Confiai nele, ó
povo, em todo tempo; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso
refúgio”.
Davi sabia que precisava enfrentar a
situação. As desculpas esfarrapadas
não adiantavam nada, pois só levariam a novos becos sem saída. Por
isso, ele continuou escrevendo:
“Destrói, Senhor, e confunde os seus
conselhos, porque vejo violência e contenda na cidade. Dia e noite giram
nas suas muralhas, e, muros a dentro,
campeia a perversidade e a malícia;
há destruição no meio dela; das suas
praças não se apartam a opressão e o
engano. Com efeito, não é inimigo que
me afronta; se o fosse, eu o suportaria;
nem é o que me odeia quem se exalta
contra mim, pois dele eu me esconderia; mas és tu, homem meu igual, meu
companheiro e meu íntimo amigo.
Juntos andávamos, juntos nos entretínhamos e íamos com a multidão à Casa de Deus. A morte os assalte, e vivos
desçam à cova! Porque há maldade
nas suas moradas e no seu íntimo” (Sl
55.9-15). Davi precisava desabafar.
Por isso, ele se pôs de joelhos e colocou tudo para fora, expondo toda
a sua raiva diante de Deus. Você
também sabe o que é fermentar, cozinhar e ferver por dentro? Como
você lida com isso?
Davi lidava de forma
honesta com a sua situação
Ele não tinha vergonha de reconhecer que estava mal: “Atende-me
e responde-me; sinto-me perplexo em
minha queixa e ando perturbado, por
causa do clamor do inimigo e da opressão do ímpio; pois sobre mim lançam
calamidade e furiosamente me hostilizam. Estremece-me no peito o coração, terrores de morte me salteiam; temor e tremor me sobrevêm, e o horror se apodera de mim” (Sl 55.2-5).
Davi estava perto de um colapso,
Davi obteve alivío clamando a
Deus: “Eu, porém, invocarei a Deus,
e o SENHOR me salvará. À tarde, pela
manhã e ao meio-dia, farei as minhas
queixas e lamentarei; e ele ouvirá a minha voz” (vv. 16-17). Mas por que
também à noite? Porque a pressão e
o coração sobrecarregado não nos
deixam dormir bem. Se não conseguimos fechar os nossos olhos por
causa dos problemas, precisamos de
uma válvula de escape. Existe apenas uma única coisa que realmente
ajuda e é totalmente saudável: a
oração. Por isso: faça de suas preocupações e provações uma oração!
Apesar das circunstâncias
difíceis, Davi não ficou
desconcertado
Ele estava mais velho. A fuga foi cansativa e incômoda, ele estava acostumado ao conforto da vida na corte.
No caminho, pessoas jogaram pedras
nele e o cobriram de xingamentos. A
morte o perseguia de perto. Desertos
quentes, noites geladas e a fome esperavam por ele. Até mesmo o amigo
o traíra. Tudo era contra ele.
Mas Davi já tinha experimentado
o socorro de Deus em tantas ocasiões
durante a sua vida que mesmo agora,
apesar de todas as circunstâncias
contrárias, ele mais uma vez escreveu: “Confia os teus cuidados ao SENHOR, e ele te susterá; jamais permitirá
que o justo seja abalado. Tu, porém, ó
Deus, os precipitarás à cova profunda;
homens sanguinários e fraudulentos não
chegarão à metade dos seus dias; eu, todavia, confiarei em ti” (Sl 55.22-23).
Davi estava dizendo o seguinte: “Senhor, posso descansar; Senhor, posso
confiar em Ti; Senhor, posso ter certeza de que Tu saberás lidar com a
minha situação. Independentemente
do que enfrento, posso ter essa certeza: Tu, Senhor, alcançarás Teu objetivo comigo”. Você também pode
orar ao Senhor nesse sentido: “eu, todavia, confiarei em ti”!
Chamada da Meia-Noite, abril de 2007
13
O terceiro templo
Aparentemente, os esforços para edificar um templo em Israel
estão ficando mais intensos. Cada
vez mais israelenses parecem
abertos para essa possibilidade,
como mostra o artigo citado a seguir. A questão é se o clamor mais
forte por um templo faz parte do
programa de Deus com Israel e se
ele deve estar pronto para que os
acontecimentos finais antes da
volta de Cristo possam se cumprir.
A respeito, Rainer Schmidt,
correspondente do boletim Topic,
escreve de Israel:
Mais da metade dos
israelenses é favorável à
construção do templo.
Desde a unificação de Jerusalém
em 7 de junho de 1967, uma questão passou a ter nova importância: o
templo deve ser reconstruído? Pois,
pela primeira vez em 2000 anos, o
monte do templo voltou a ficar sob
controle judeu (a área está localizada dentro do território de Israel, mas
a administração do local é feita por
uma instituição islâmica – a “waqf”.
N.R.). O templo foi destruído duas
vezes. Entretanto, textos bíblicos (por
exemplo, Dn 9.27 ou Is 24.2,23) indicam que, nos tempos finais, o Anticristo vai profanar um templo existente (2 Ts 2.4). Portanto, o templo
terá de ser reconstruído. Apenas após
a existência do terceiro templo cumprir-se-ão certos eventos dos tempos
finais. Mas será que os judeus se interessam pela questão, ou esse é apenas um tema tratado por certos grupos de cristãos?
Para o rabino Haim Richman, está ocorrendo uma revolução espiritual
em Israel, pois muitos religiosos acreditam que está na hora de tratar da
reconstrução do templo. Conforme
uma pesquisa feita em 1989, 18% da
população era favorável à construção
do templo. Há três anos esse número
já subiu para 53%, conta Richman.
“Cada vez mais israelenses, quer sejam seculares ou religiosos, entendem
que o segredo da paz, buscado tão
ansiosamente por todos os homens, é
a presença divina entre os seres humanos, que se realizará através da
edificação do templo. Creio que isso
é irrelevante apenas para uma minoria de israelenses seculares”, diz o rabino responsável pelo Instituto do Templo, localizado na Cidade Antiga de
Jerusalém. Lá já foram reproduzidos
e preparados com os materiais adequados, segundo as especificações bíblicas, todos os utensílios necessários
para o templo. Os utensílios destinamse ao uso em um
futuro templo. Entre
eles há instrumentos
musicais para os levitas, a coroa dourada do sumo sacerdote, além de
vasilhames de ouro
e de prata para o
serviço dos sacrifícios. Também já foi
possível fazer o
candelabro de sete
braços, o altar do
incenso e a mesa
dos pães da proposição. Todos esses
materiais são de
ouro.
Haim Richman não confirma os
boatos de que todas as pedras e materiais para a construção do templo já
estejam prontas em Israel ou nos EUA.
Ele confirma, entretanto, que outras
condições necessárias para o serviço
do templo já foram satisfeitas. Por
exemplo, descendentes de famílias sacerdotais estariam sendo preparados
“para o serviço sagrado”. Já haveria
também uma novilha vermelha à disposição (conforme Números 19, a cinza de uma novilha vermelha sem defeito, para fins de purificação, é uma
condição imprescindível para a realização do serviço sacerdotal no templo). Richman, porém, não quis dar
detalhes sobre ambos os projetos.
Richman é apoiado por um grupo
que se denomina “Os Fiéis do Monte
do Templo”, fundado e dirigido por
Gershon Salomon. A cada ano, durante as festas de peregrinação, os
“Fiéis” tentam lançar a pedra fundamental de um futuro templo, o que é
sempre proibido pelas autoridades.
Segundo Salomon, a edificação do
templo seria uma tarefa nacional de
Israel, o cumprimento de um manda-
O Instituto do Templo já preparou
o candelabro de sete braços.
Chamada da Meia-Noite, abril de 2007
15
Do Nosso Campo Visual
Na minha opinião, essa referência não é à Igreja como templo
espiritual, pois sempre que a Escritura fala dela como santuário,
há uma explicação a respeito. Por
exemplo, lemos em 1 Coríntios
3.16: “Não sabeis que sois santuário (templo) de Deus e que o
Espírito de Deus habita em
vós?”, ou em 2 Coríntios 6.16:
“Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos?
O altar do incenso e a
coroa de ouro do
sumo sacerdote já
estão prontos.
mento divino, que levaria a uma revolução espiritual no mundo, mas principalmente em Israel. Seu grupo também fez alguns utensílios do templo,
seguindo as instruções bíblicas. Eles
fabricaram trombetas de prata e fazem maquetes do templo, desenvolvem
projetos e prepararam pedras para o
templo vindouro. “Não apenas para
estarmos preparados, mas para mostrar a todos, principalmente em Israel,
que não se trata apenas de uma idéia
mística, mas de algo muito concreto”,
explica o ativista do templo...
A construção de um terceiro
templo é necessária por diversas
razões:
1. Conforme a Segunda Epístola aos Tessalonicenses, o Anticristo se assentará num templo
existente. Paulo escreve sobre esse
personagem: “...o qual se opõe
e se levanta contra tudo que se
chama Deus ou é objeto de
culto, a ponto de assentar-se
no santuário (templo) de Deus,
ostentando-se como se fosse o
próprio Deus” (2 Tessalonicenses 2.4).
16
Chamada da Meia-Noite, abril de 2007
Porque nós somos santuário
do Deus vivente, como ele
próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu
Deus, e eles serão o meu povo”.
Como falta essa referência à
Igreja em 2 Tessalonicenses 2.4,
devemos pressupor que o apóstolo
falava do templo físico em Jerusalém, que ainda existia no tempo
em que foi escrita a Segunda
Epístola aos Tessalonicenses.
Além disso, é impossível o Anticristo assentar-se na Igreja, pois
nela habita o Espírito Santo.
2. O profeta Daniel, quando
escreve sobre a septuagésima semana de anos de Israel, diz que o
vindouro governante mundial estabelecerá um pacto de sete anos
com Israel: “Depois das sessenta e duas semanas, será morto
o Ungido e já não estará; e o
povo de um príncipe que há de
vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num
dilúvio, e até ao fim haverá
guerra; desolações são determinadas. Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana,
fará cessar o sacrifício e a
oferta de manjares; sobre a
asa das abominações virá o assolador, até que a destruição,
que está determinada, se derrame sobre ele” (Daniel 9.2627). O versículo 26 fala da morte
de Cristo, do Ungido, na cruz:
“...será morto o Ungido e já
não estará”. Despido, traído,
abandonado e negado pelos discípulos, rejeitado pelo povo e até
mesmo abandonado pelo Pai, Ele
morreu na solidão.
Em torno de trinta anos mais
tarde, os romanos vieram como
um dilúvio (v. 26) e destruíram
Jerusalém e o santuário (templo).
O “príncipe que há de vir” (v.
26) é o futuro governante mundial anticristão, que virá dentre as
nações. Conforme o versículo 27,
ele estabelecerá um pacto de sete
anos com Israel. É muito provável
que nesse período seja edificado o
terceiro templo em Jerusalém,
pois há referência a “sacrifício”
e “oferta de manjares”. Isso
poderia significar que o templo
será construído na primeira metade dos últimos sete anos (Grande
Tribulação). O primeiro santuário
(v. 26) foi destruído e então será
erguido um novo templo (v. 27).
Depois da conclusão da construção e do início do uso desse santuário, o Anticristo se assentará
nele e se apresentará como o
Deus de Israel (Messias).
As “abominações” consistirão,
entre outras coisas, no fato do
“falso profeta” mandar erguer
uma imagem do governante mundial anticristão no templo (veja
Ap 13.14-15). Em Seu sermão
profético, o Senhor Jesus referiu-
Do Nosso Campo Visual
se a essa passagem do livro de Daniel: “E será pregado este
evangelho do reino por todo o
mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o
fim. Quando, pois, virdes o
abominável da desolação de
que falou o profeta Daniel, no
lugar santo (quem lê entenda)...” (Mateus 24.14-15).
As explicações de Daniel
12.1,9-13 mostram que o “abominável da desolação” não pode referir-se à destruição do templo em
70 d.C., pois essa passagem trata
do “tempo de angústia (Tribulação), qual nunca houve” (v.
1) e da “abominação” (v. 11)
no tempo do fim.
3. No Apocalipse é citado um
templo, com seu altar e os adoradores reunidos, como também a
cidade santa (Jerusalém). Tudo
isso deve ser entendido literalmente: “Foi-me dado um caniço semelhante a uma vara, e
também me foi dito: Dispõe-te
e mede o santuário de Deus, o
seu altar e os que naquele adoram; mas deixa de parte o
átrio exterior do santuário e atenção. É muito interessante o fanão o meças, porque foi ele to de se poder identificar a linhadado aos gentios; estes, por gem sacerdotal dos judeus da tribo
quarenta e dois meses, calca- de Levi (o que não acontece com a
rão aos pés a cidade santa. maioria das outras tribos). Por que
Darei às minhas duas teste- o Senhor dirigiu isso dessa maneimunhas que profetizem por ra? Porque no vindouro templo semil duzentos e sessenta dias, rá necessário haver sacerdotes.
Da mesma forma literal como
vestidas de pano de saco”
(Apocalipse 11.1-3, veja tam- os judeus retornaram à sua pátria
e Jerusalém voltou às mãos deles,
bém Lucas 2.25-37).
O templo e o altar são reais, acontecerá também a edificação
como também os adoradores. do templo na época da Grande
Trata-se dos judeus que se volta- Tribulação. Isso, por sua vez, nos
rão novamente para o Deus de Is- mostra que o Senhor está se prerael durante a Grande Tribulação. parando para voltar. Maranata!
Nesse período, porém, Israel será (Norbert Lieth)
muito atormentado pelos povos gentios.
Recomendamos:
Também a
afirmação
de
Haim Richman
de que descendentes de famílias sacerdotais
estão sendo preparados para “o
serviço sagraPedidos: 0300 789.5152 • www.Chamada.com.br
do” chama a
A língua ferina de
Ahmadinejad
Desde sua posse, o presidente
iraniano Mahmoud Ahmadinejad
ataca Israel com língua ferina. Ele
nega o Holocausto, convoca conferências a respeito excluindo participantes israelenses, e ameaça
aniquilar o Estado judeu.
Por ocasião de uma conferência sobre o Holocausto em Teerã,
Ahmadinejad ameaçou: “Os dias
de Israel estão contados... Um dia
Israel
será
aniquilado,
do
mesmo
modo como
aconteceu
com a União
Soviética”.
Depois de Hitler e Goebbels,
nenhum político manifestou-se de
forma tão aberta contra Israel e os
judeus quanto o presidente iraniano. Não deveríamos levar a sério
essas ameaças, tanto ou ainda
mais quanto as dos nazistas do
Terceiro Reich?
Mahmoud Ahmadinejad, outros membros do governo e altos
funcionários iranianos tentaram
obter reconhecimento dos seus
adeptos através da negação do
Holocausto. Num discurso divulgado pela IRNA, a agência oficial
de notícias do Irã, o presidente
disse: “Alguns países europeus insistem que Hitler queimou milhões de judeus inocentes em fornos crematórios. Eles insistem
tanto nessa questão, que chegam
a condenar e prender a todos que
provam o contrário. Nós não aceitamos essas afirmações. Entretanto, se considerarmos que elas são
verdadeiras, temos a seguinte pergunta para os europeus: a matança de judeus inocentes por parte
de Hitler é a razão do apoio de
Chamada da Meia-Noite, abril de 2007
17
Do Nosso Campo Visual
Mahmoud Ahmadinejad fala
com arrogância.
vocês aos que ocupam Jerusalém?”
Em suas afirmações, o presidente iraniano repete constantemente, de forma arrogante e descarada, que o regime sionista de
Israel é um “tumor” que deve ser
apagado do mapa.
Há algum tempo ele especulou
sobre os seguintes dados maca-
bros: “Se durante uma guerra nuclear cair uma bomba atômica sobre Israel, finalmente todos os 5
milhões de judeus serão mortos
de uma só vez. Caso Israel ainda
consiga revidar antes disso, lançando mísseis nucleares, talvez serão mortos em torno de 15 milhões de árabes – o que importa?
Então teríamos simplesmente
mais 15 milhões de mártires no
céu, mas na terra continuarão vivos mais de um bilhão de muçulmanos para conquistar o mundo”1
Deus, que é onisciente, cuja visão cobre todos os tempos, apresenta-nos no Salmo 140, entre
outras coisas, a atual situação de
Israel. Trata-se de um salmo de
Davi, que descreve o que ele estava enfrentando pessoalmente naquele tempo. Davi, entretanto,
também era profeta, e suas afirmações lançam luz sobre a situação durante os tempos finais. Os
inimigos de Davi são inimigos de
Deus e inimigos do povo de Israel. Isso não mudou até hoje. A
Bíblia é extremamente atual, no
presente e até mesmo no futuro.
1. No Salmo citado, Davi pede
ao Senhor libertação dos planos
malignos dos inimigos. Ele descreve, o homem violento, o mal
que domina o coração dele, as
contendas que esse homem semeia, e sua língua ferina, que cospe veneno e mentiras: “Livrame, SENHOR, do homem perverso, guarda-me do homem
violento, cujo coração maquina iniqüidades e vive forjando
contendas. Aguçam a língua
como a serpente; sob os lábios
Os discursos iniciais de Hitler e as
incitações de Goebbels (ministro da
Propaganda nazista) contra os judeus
conduziram à violência do Holocausto.
18
Chamada da Meia-Noite, abril de 2007
têm veneno de áspide” (Salmo
140.1-3).
Em todos os tempos houve homens violentos, que provocaram
contendas e guerras, e que fizeram
discursos venenosos. Mas em nossos dias estamos assistindo a uma
ferocidade crescente. Os discursos
ameaçadores de Ahmadinejad são
uma amostra clara dessa tendência
e mostram que esse homem talvez
seja um dos últimos precursores
do Anticristo. Este se destacará
como o último homem violento,
de língua ferina, dominado pelo
pai da mentira (Satanás) e tentará
destruir tanto Israel quanto todos
os justos vivos naquela época.
2. Davi pede ao Senhor que o
guarde daquele que deseja derrubá-lo: “Guarda-me, SENHOR,
da mão dos ímpios, preservame do homem violento, os
quais se empenham por me
desviar os passos” (Salmo
140.4). – Os discursos do presidente iraniano são muito claros e
não podem ser mal interpretados.
Constantemente ele declara querer destruir Israel, fazendo especulações a respeito da capacidade
nuclear do Irã.
3. Davi pede proteção contra o
terrorismo, isto é, contra os ataques planejados pelo inimigo,
com os quais eles ameçam: “Não
concedas, SENHOR, ao ímpio os
seus desejos; não permitas que
vingue o seu mau propósito”
(Salmo 140.8).
Israel já está exposto ao terrorismo e aos ataques há décadas,
mas nos últimos anos eles aumentaram e se tornaram cada vez mais
perigosos. – Quando não se muda
a má inclinação do coração, ela
acaba produzindo os atos de violência. Os discursos iniciais de Hitler e as incitações de Goebbels
contra os judeus conduziram à
Do Nosso Campo Visual
Deus fará cair sobre os inimigos
de Israel: “Se exaltam a cabeça
os que me cercam, cubra-os a
maldade dos seus lábios.
Caiam sobre eles brasas vivas,
sejam atirados ao fogo, lançados em abismos para que não
mais se levantem. O caluniador não se estabelecerá na terra; ao homem violento, o mal
o perseguirá com golpe sobre
golpe” (Salmo 140.9-11).
A Alemanha nazista teve de experimentar literalmente como o
fogo caiu do céu através das inúmeras bombas lançadas pelos
Aliados. As cidades alemãs foram
devoradas pelas chamas causadas
pelas bombas incendiárias e os
Instalações nucleares
violentos líderes do povo sucumiranianas em Arak.
biram. Onde terminará a arrogância da liderança iraniana? (veja o
artigo “Cada vez mais provável:
violência do Holocausto. Em que outra guerra no Oriente Médio”,
resultarão as palavras de Ahmadi- na edição de fevereiro/07).
5. Davi vê e anuncia a fidelidanejad?
4. Davi anunciou profetica- de de Deus a Israel, que Ele tem a
mente aquilo que, finalmente, palavra final sobre a História e
que fará tudo
terminar bem.
Davi expressa
A Alemanha nazista teve de experimentar
sua confiança
literalmente como o fogo caiu do céu através
inabalável,
das inúmeras bombas lançadas pelos Aliados.
que ele baseia
exclusivamente em Deus,
da
seguinte
maneira: “Sei
que o SENHOR manterá a causa do
oprimido e o
direito
do
necessitado.
Assim,
os
justos renderão
graças
ao teu nome;
os retos habitarão
na
tua presença” (Salmo 140.1213).
Israel não pode sucumbir, por
mais que os inimigos o desejem.
O plano de Deus já está estabelecido há muito tempo. Ele acabará
com os planos dos inimigos! As
promessas da aliança de Deus para Seu povo são a melhor garantia
disso! No tempo da Grande Tribulação, o remanescente judeu
voltará a ter essa confiança. A garantia do futuro de Israel é o próprio Senhor Jesus Cristo, de quem
lemos: “Porque quantas são as
promessas de Deus, tantas
têm nele o sim; porquanto
também por ele é o amém para glória de Deus, por nosso
intermédio” (2 Coríntios 1.20).
Todas as promessas que Deus fez
com relação ao futuro de Israel
serão cumpridas em e através de
Jesus Cristo. Todas as promessas
que o Senhor fez com relação à
Sua Igreja, serão realizadas em Jesus. Todas as promessas destinadas às nações serão igualmente
cumpridas em Cristo. (Norbert
Lieth)
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Chamada da Meia-Noite, abril de 2007
19
Do Nosso Campo Visual
Todos contra todos!
No mundo árabe a espada de
cada um se volta contra os outros.
Está em andamento uma verdadeira “guerra entre irmãos”. A razão é o ódio contra Israel. Lemos
recentemente;
O rei saudita Abdullah II advertiu:
o mundo árabe se aproxima do abismo por causa dos conflitos internos.
Na realidade, os povos árabes têm
pago um alto preço porque os políticos pragmáticos têm entregado o controle aos radicais – ou, ainda pior,
tentam usá-los para alcançar seus objetivos. O resultado: no Iraque, os muçulmanos massacram outros muçulmanos. Os palestinos vivem se digladiando, porque o Hamas persegue seus
sonhos irreais sobre a destruição de Israel. O Líbano está à beira do caos,
porque o Hezb’allah (Partido de Alá)
prefere lançar mísseis sobre Israel a
cuidar do bem-estar do seu próprio
povo. O Irã tenta fazer uma bomba
atômica, arriscando-se a provocar
conflitos que preferimos não imaginar.
O alerta do rei saudita aponta para uma triste ironia: nos países árabes,
a retórica é sempre contra Israel e o
“grande Satã” (os EUA), mas na prática os muçulmanos lutam cada vez
mais entre si. O preço é pago principalmente pelas famílias árabes comuns, a gigantesca camada social de
pessoas humildes, que continuarão
sendo o que eram: pobres.
É de se esperar que essa análise
chegue ao entendimento das elites
árabes”. (P.-D.)
As palavras do rei Abdullah II
acertaram o cerne do problema.
Apesar dele rejeitar a Bíblia, suas
palavras correspondem à ação de
Deus contra os inimigos de Israel. No tempo de Saddam Hussein, o Iraque lançou mísseis Scud
contra Israel. Agora se espalha ali
uma sangrenta guerra civil em que
correntes muçulmanas se odeiam
até a morte e se combatem ferozmente.
O Irã não pára de fazer ameaças a Israel. O resultado têm sido
o aumento de distúrbios e protestos no próprio país e a crescente
perspectiva de guerra em seu território.
O Líbano oferece aos terroristas uma base
contra o odiado
povo judeu, enOs palestinos vivem se digladiando, porque
quanto
os
o Hamas persegue seus sonhos irreais sobre
a destruição de Israel.
membros
do
próprio governo
sofrem ameaças
de assassinato e
atentados.
Nos territórios palestinos,
os grupos terroristas não têm
descanso: rivalidades, insegurança, lutas e
desorientação
nas próprias fi-
20
Chamada da Meia-Noite, abril de 2007
leiras dominam o dia-a-dia e o povo sofre mais do que nunca.
Com profunda reverência lemos as palavras do Eterno através
do profeta Zacarias: “Pois assim
diz o SENHOR dos Exércitos:
Para obter ele a glória, enviou-me às nações que vos
despojaram; porque aquele
que tocar em vós toca na menina do seu olho” (Zacarias
2.8).
Apesar de vivermos na era da
graça, no tempo da Igreja, a próxima dispensação se aproxima.
Por um lado, ainda nos encontramos totalmente na época da graça; por outro lado, Deus está preparando a vindoura dispensação
do governo de Jesus Cristo, da
qual faz parte a restauração de Israel. Isso significa que o tempo da
Igreja está acabando lentamente e
nos aproximamos do período do
governo de Jesus no Milênio, no
qual Israel ocupará um papel muito importante. Desde 1882 os judeus estão retornando oficialmente à sua pátria. Em 1948 eles obtiveram seu Estado independente e
em 1967 reconquistaram Jerusalém como sua capital. Desse modo, aproximamo-nos inevitavelmente dos acontecimentos apocalípticos, descritos no último livro
da Bíblia. O modo de agir de
Deus no Apocalipse assemelha-se
à Sua ação na época do Antigo
Testamento. Em Apocalipse 4.1-2
– após as sete cartas às igrejas – é
descrito simbolicamente o Arrebatamento da Igreja. Depois disso, trata-se novamente de vingança (Ap 6.10); do dia da ira do Senhor, que chegou como havia sido
descrito pelos profetas no Antigo
Testamento (veja Ap 6.16-17).
Anjos voltam a aparecer; os
144.000 judeus são escolhidos
(Ap 7.1ss.); volta-se a jurar, o que
Do Nosso Campo Visual
não é permitido no Novo Testamento (Ap 10.6; Mt 5.34-36; Tg
5.12). Os juízos dos selos, trombetas e taças da ira assemelham-se
aos juízos anteriores ao tempo da
Igreja; o templo judaico e Jerusalém são citados (Ap 11.1-2,8); as
duas testemunhas se parecem
com Elias e Moisés e com as duas
oliveiras de Zacarias 4.1ss. (Ap
11.3ss.). Do mesmo modo, a arca
da aliança é vista no céu (Ap
11.19), o que indica que Deus está cumprindo Sua aliança com Israel. Então reaparece o arcanjo
Miguel, o defensor especial de Israel (Dn 12.1). Também o sinal
da mulher (Ap 12.1) é uma representação de Israel.
O governante mundial anticristão e o falso profeta, através dos
sinais e milagres que realizam, assemelham-se ao profeta Elias e fazem lembrar as predições de Daniel (por exemplo, em Ap 13.13);
o Oriente Médio torna-se cada
vez mais o centro das atenções
(Ap 16.12); e Babilônia, em oposição a Jerusalém – como em tempos antigos – volta a estar presente (Ap 14.8; Ap 17.18).
A partir desse cenário, podemos entender melhor os conflitos
na região do Oriente Médio,
constantemente envolto em crises.
Deus está restabelecendo Seu povo, preparando-o para o futuro
próximo, predito pelos profetas.
Portanto, não é de admirar que os
inimigos de Israel se combatam
mutuamente, pois o mesmo aconteceu repetidas vezes na época do
Antigo Testamento:
Davi já orou contra seus inimigos: “Se exaltam a cabeça os
que me cercam, cubra-os a
maldade dos seus lábios” (Salmo 140.9).
Lemos em Provérbios 26.27:
“Quem abre uma cova nela
cairá; e a
pedra rolará
sobre quem
a revolve”.
No tempo
da rainha Ester, esse princípio divino
tornou-se
uma
dura
realidade para Hamã, o
Delegações do Hamas e da Fatah durante as negociações em Meca.
inimigo dos
judeus, sobre
o qual está
escrito: “Enforcaram, pois, um era contra o outro, e houve
Hamã na forca que ele tinha mui grande tumulto” (1 Sapreparado para Mordecai. En- muel 14.20).
tão, o furor do rei se aplacou”
Através do profeta Zacarias,
(Ester 7.10).
Deus disse sobre o futuro de IsDaniel na cova dos leões, que rael e a guerra das nações contra o
também simboliza Israel, foi guar- povo da Sua aliança: “Esta será
dado, mas seus inimigos, que fize- a praga com que o SENHOR feram com que ele fosse jogado na rirá a todos os povos que guercova, são eliminados: “Ordenou rearem contra Jerusalém: a
o rei, e foram trazidos aqueles sua carne se apodrecerá, eshomens que tinham acusado a tando eles de pé, apodrecerDaniel, e foram lançados na se-lhes-ão os olhos nas suas
cova dos leões, eles, seus filhos órbitas, e lhes apodrecerá a
e suas mulheres; e ainda não língua na boca. Naquele dia,
tinham chegado ao fundo da também haverá da parte do
cova, e já os leões se apodera- SENHOR grande confusão entre
ram deles, e lhes esmigalha- eles; cada um agarrará a mão
ram todos os ossos” (Daniel do seu próximo, cada um le6.24).
vantará a mão contra o seu
Quando Gideão lutou contra próximo” (Zacarias 14.12-13).
os midianitas, aconteceu o seguinO mesmo é profetizado contra
te: “Ao soar das trezentas Gogue, da terra de Magogue, em
trombetas, o SENHOR tornou a seu ataque a Israel: “Chamarei
espada de um contra o outro, e contra Gogue a espada em toisto em todo o arraial, que fu- dos os meus montes, diz o SEgiu rumo de Zererá, até Bete- NHOR Deus; a espada de cada
Sita, até ao limite de Abel- um se voltará contra o seu
Meolá, acima de Tabate” (Juí- próximo” (Ezequiel 38.21).
zes 7.22).
Atualmente já estamos assistinEsse também foi o caso quan- do ao cumprimento dessas verdado Jônatas enfrentou os filisteus: des bíblicas entre os povos inimi“Então, Saul e todo o povo que gos de Israel. Deus e Sua Palavra
estava com ele se ajuntaram e devem ser levados a sério! (Norvieram à peleja; e a espada de bert Lieth)
Chamada da Meia-Noite, abril de 2007
21
Podemos ter certeza da
nossa salvação?
Pergunta: “As dez virgens de Mateus
25 criam firmemente na sua “salvação”,
mas cinco delas reconheceram seu engano apenas quando já era muito tarde.
Os laodicenses de Apocalipse 3.14-19
também tinham “certeza de salvação”,
mas sua convicção era falsa. Estou certo de que todos que atendem as condições têm a salvação em Jesus Cristo,
mas será que alguém pode afirmar com
razão que está certo da sua salvação?
Apenas o próprio Senhor Jesus Cristo
conhece todos os corações e é um Juíz
justo para cada um”.
Resposta: Concordamos com
suas palavras: “Apenas o próprio
Senhor Jesus Cristo conhece todos
os corações e é um Juiz justo para
cada um”. Isso, porém, não invalida
o fato de que filhos de Deus sinceros possam afirmar: “Porque eu sei
que o meu Redentor vive...” (Jó
19.25). A Bíblia diz claramente que
todos devem provar a si mesmos:
“Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós
mesmos...” (2 Coríntios 13.5). Por isso, o contato constante com Deus,
através da leitura da Sua Palavra, é
imprescindível e também não se pode deixar de ouvir a pregação dela
nos cultos (Rm 10.17; Hb 10.25).
Alguém que é realmente renascido
tem a feliz convicção de ser verdadeiramente um filho de Deus. Observe as expressões de garantia nas
citações bíblicas seguintes:
– “O próprio Espírito testifica com
o nosso espírito que somos filhos de
Deus” (Romanos 8.16).
22
Chamada da Meia-Noite, abril de 2007
– “Aquele que crê no Filho de Deus
tem, em si, o testemunho. Aquele que
não dá crédito a Deus o faz mentiroso,
porque não crê no testemunho que
Deus dá acerca do seu Filho” (1 João
5.10).
– “Ora, nós não temos recebido o
espírito do mundo, e sim o Espírito que
vem de Deus, para que conheçamos o
que por Deus nos foi dado gratuitamente” (1 Coríntios 2.12).
– “o Espírito da verdade, que o
mundo não pode receber, porque não
no vê, nem o conhece; vós o conheceis,
porque ele habita convosco e estará em
vós” (João 14.17).
– “sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará
convosco” (2 Coríntios 4.14).
– “Amados, agora, somos filhos de
Deus, e ainda não se manifestou o que
haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo
como ele é” (1 João 3.2).
– “Nós sabemos que já passamos
da morte para a vida, porque amamos
os irmãos; aquele que não ama permanece na morte” (1 João 3.14).
– “Sabemos que somos de Deus e
que o mundo inteiro jaz no Maligno”
(1 João 5.19).
– “Também sabemos que o Filho
de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu
Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro
Deus e a vida eterna” (1 João 5.20).
Portanto, verdadeiros filhos de
Deus podem, baseados na Palavra
de Deus (compare também 1 Jo
5.12), testemunhar com razão que
têm certeza de salvação. Espero sinceramente que você possa fazê-lo a
partir de agora!
Infelizmente, a existência de
muitos cristãos nominais é um triste
fato. Entretanto, o Senhor é capaz
de abrir os olhos não apenas de incrédulos, mas também de pessoas
que se iludem com falsas certezas,
fazendo-as ver a situação real do
seu coração! Estou profundamente
convicta de que o Senhor se deixará
achar por todos que O procuram
sinceramente – de modo que possam participar da Sua glória (veja
Mt 7.7; Pv 2.7). (Elsbeth Vetsch)
“Amados, agora, somos filhos de Deus,
e ainda não se manifestou o que
haveremos de ser. Sabemos que,
quando ele se manifestar, seremos
semelhantes a ele, porque haveremos
de vê-lo como ele é” (1 João 3.2).