3100B Ventilator

Transcrição

3100B Ventilator
Ventilador oscilatório de alta
frequência 3100B
®
Manual de operação
ii
HFOV 3100B
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(49) (931) 4972-423
Número da literatura: 767164–106 Revisão R
767164-106 Rev. R
HFOV 3100B
iii
Histórico de revisões
Data
Revisão
Janeiro de 1993
A
Versão inicial
Janeiro de 1996
B
Revisões de acordo com os requisitos do FDA e as alterações de especificação do
dispositivo 3100B
Abril de 1998
C
Atualização dos gráficos de desempenho. Atualização do procedimento de verificação de
desempenho. Remoção das instruções sobre centralização de pistão. Inclusão da
ADVERTÊNCIA sobre o uso em temperaturas superiores a 28ºC.
Outubro de 1998
D
Atualização dos endereços e números de telefone. Atualização das indicações sobre uso
e efeitos adversos. Atualização dos indicadores de Atenção. Inclusão das informações de
marca CE. Válvula de controle da Pva alterada para válvula de controle da Pa.
Atualização das estratégias de tratamento. Atualização do fluxo de polarização,
frequência, porcentagem do tempo inspiratório e estratégias de amplitude da pressão
oscilatória. Foram feitas inclusões nas recomendações sobre monitoração de gás não
invasivo. Atualização das variações específicas de doença nas estratégias clínicas
gerais. Atualização das diretrizes de sucção.
Setembro de
1999
E
Alteração do sistema de numeração de páginas. Modificação no ajuste dos níveis de
alarme. Modificação do rótulo e instruções sobre calibração do circuito do paciente.
Modificação do rótulo e instruções sobre verificações de desempenho do ventilador.
Correção das especificações sobre limite de pressão média. Remoção do diagrama de
bloco. Remoção das instruções sobre limite de pressão média. Modificação das
especificações sobre fluxo de ar dos subsistemas do oscilador. Modificação das
instruções sobre os alarmes de ADVERTÊNCIA. Atualização das instruções sobre “Pa
Máx. Definida”. Inclusão das instruções sobre lubrificação do diafragma do controlador.
Janeiro de 2001
F
Correção dos números de telefone. Modificação das indicações sobre uso (a última frase
foi removida). Modificação da advertência do circuito do paciente. Substituição do rótulo
da calibração do circuito do paciente. Atualização do rótulo do registro de substituição do
controlador. Alteração do limite de pressão média para “automático”. Alteração das horas
de substituição do controlador para 1.500. Atualização das figuras. Inclusão da figura 2.5.
Modificação da figura 3,2. Alteração da vida operacional do sistema do oscilador de modo
que ele possa fazer a leitura por mais de 1 hora. Alteração dos valores de lpm nos
capítulos 3 e 4. Alteração da descrição do alarme de Advertência. Inclusão da
observação sobre fluxo de polarização baixo. Modificação da descrição dos alarmes de
segurança. Modificação da figura 4,1. Remoção das palavras “centralização do pistão” da
seção Ajuste da pressão média. Modificação da declaração da porcentagem do controle
inspiratório. Modificação da figura 4.2. Atualização das descrições da “válvula de
drenagem do coletor de água” e da “cinta de retenção”. Atualização da figura 5.3.
Atualização do procedimento de “inicialização”. Alteração do período de manutenção para
1.500 horas. Atualização da tabela de alarme visual/sonoro. Atualização dos números de
peça. Atualização dos procedimentos de manutenção do coletor de água, do circuito do
paciente e da calibração do circuito. Modificação das recomendações sobre desmame.
Junho de 2001
G
No capítulo Diretrizes clínicas: as seções “Estratégias de tratamento”, “Frequência” e
“Tempo inspiratório” foram alteradas; a seção “Média e faixa das configurações do
3100B” foi movida. Modificação da seção “Aspectos gerais da estratégia clínica”,
inclusão da seção “Oxigenação” e modificação da seção “Desmame” e Ventilação.
Inclusão do “Resumo das estratégias de gerenciamento clínico MOAT II” e do “Resumo
da estratégia de desmame” proveniente do estudo clínico MOAT II. Remoção do
“Resumo da intervenção terapêutica e fundamentos do HFOV”. Modificação dos “Efeitos
adversos”.
Setembro de
2001
H
Alteração da substituição do controlador de 2000 horas para 1500 horas. Inclusão do
indicador de atenção sobre COPD e asma e da advertência sobre aerossol. Inclusão do
indicador de atenção sobre inspeção do diafragma para verificação de cortes e rasgos.
Modificação das indicações sobre uso. Inclusão do capítulo 2, Estudo clínico adicionado;
os outros capítulos foram renumerados. O formato do manual foi simplificado para
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Alterações
iv
HFOV 3100B
Data
Revisão
Março de 2002
J
Alteração do rótulo e das instruções de substituição do controlador de 1500 horas pelos
de 4000 horas. Modificação da lista de suprimentos/itens de substituição. Alteração do
fluxo de gás de refrigeração de 25 lpm para 28 lpm.
Junho de 2002
K
Atualização das tabelas de Média e DeltaP. Remoção de referências à substituição da
tampa do diafragma a cada 3 dias.
Agosto de 2002
L
Inclusão de linha sobre o procedimento de verificação de desempenho, para maior
clareza.
Fevereiro de
2010
M
Este manual foi revisado para ficar em conformidade com as Diretrizes de Dispositivos
Médicos 2007/42/EC.
Abril de 2010
N
Adicionado o seguinte à seção Requisitos de alimentação: 220 VCA, 4,0 A, 60 Hz.
Junho de 2010
P
Manual revisado para o estilo CareFusion.
Julho de 2011
R
Substituída a ilustração com a etiqueta de classificação de nome por uma ilustração com
a marca da CareFusion.
facilitar o processo de tradução.
Alterações
A seção Manutenção periódica programada foi revisada.
A seção Suprimentos e peças de reposição foi revisada.
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HFOV 3100B
v
Avisos e notificações
Atenção: De acordo com as leis federais dos Estados Unidos, a venda deste aparelho é
restrita a médicos.
Atenção: Este equipamento não deve ser utilizado na presença de anestésicos inflamáveis.
Somente técnicos treinados na fábrica estão autorizados a fazer manutenção neste instrumento.
Os benefícios do tratamento médico com aparelhos de suporte respiratório superam os aspectos
negativos da possibilidade remota de exposição a ftalatos.
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vi
HFOV 3100B
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HFOV 3100B
vii
Sumário
Histórico de revisões ...................................................................................................iii
Avisos e notificações ....................................................................................................v
Sumário ........................................................................................................................vii
Capítulo 1 Introdução ...................................................................................................1
Descrição do dispositivo.............................................................................................................. 1
Indicações de uso ......................................................................................................................... 1
Contraindicações .......................................................................................................................... 1
Advertências ................................................................................................................................. 1
Atenção .......................................................................................................................................... 3
Efeitos adversos ........................................................................................................................... 5
Eventos adversos observados .................................................................................................................... 5
Possíveis eventos adversos ........................................................................................................................ 6
Símbolos ........................................................................................................................................ 7
Rótulos externos ........................................................................................................................... 8
Calibração do circuito do paciente .............................................................................................................. 8
Testes de desempenho do ventilador ......................................................................................................... 9
Rótulo para registro de substituição do filtro de gás de resfriamento do misturador ................................. 10
Registro de substituição do controlador .................................................................................................... 10
Advertência sobre interferência de radiofrequência (IRF) ......................................................................... 11
Rótulo de identificação de nomes ............................................................................................................. 11
Colocação da bateria................................................................................................................................. 11
Especificações da bateria.......................................................................................................................... 11
Capítulo 2 Estudo clínico ............................................................................................ 13
Critérios de inclusão e exclusão ................................................................................................................ 13
Métodos..................................................................................................................................................... 13
Hipótese .................................................................................................................................................... 14
População do estudo ................................................................................................................................. 14
Resultados ................................................................................................................................................ 16
Falhas observadas no tratamento ............................................................................................................. 17
Causas de morte ....................................................................................................................................... 17
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viii
HFOV 3100B
Capítulo 3 Especificações..........................................................................................19
Controles ...................................................................................................................................... 19
Fluxo de polarização ................................................................................................................................. 19
Ajuste da pressão média ........................................................................................................................... 19
Limite da pressão média............................................................................................................................ 19
Alimentação ............................................................................................................................................... 19
Frequência................................................................................................................................................. 20
Tempo inspiratório ..................................................................................................................................... 20
Iniciar/Parar ............................................................................................................................................... 20
Botão de alarme Pa Máx. Definida ......................................................................................................... 20
Botão de alarme Pa Mín. Definida .......................................................................................................... 20
Silêncio de 45 s ......................................................................................................................................... 20
Reconfigurar .............................................................................................................................................. 20
Calibração do circuito do paciente............................................................................................................. 21
Alimentação CA ......................................................................................................................................... 21
Indicadores................................................................................................................................... 21
Medição de pressão..................................................................................................................... 22
Alarmes......................................................................................................................................... 22
Alarmes de segurança ............................................................................................................................... 22
Alarmes de advertência ............................................................................................................................. 22
Alarmes de precaução ............................................................................................................................... 23
Elétricas ........................................................................................................................................ 24
Requisitos de alimentação......................................................................................................................... 24
Corrente de fuga........................................................................................................................................ 24
Proteção de sobrecarga ............................................................................................................................ 24
Conexão da linha de alimentação ............................................................................................................. 24
Aprovações regulamentares na Europa .................................................................................... 25
Conexões pneumáticas ............................................................................................................... 25
Entrada no misturador (Ar/O2) .................................................................................................................. 25
Entrada do resfriamento de ar ................................................................................................................... 25
Saída no umidificador ................................................................................................................................ 25
Válvula de controle da pressão nas vias aéreas ....................................................................................... 25
Válvula de limite da pressão nas vias aéreas ............................................................................................ 25
Válvula de descarga .................................................................................................................................. 25
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Manual do operador
ix
Sensor de pressão nas vias aéreas .......................................................................................................... 25
Especificações físicas ................................................................................................................ 26
Materiais .................................................................................................................................................... 26
Dimensões da coluna e pacote de controle .............................................................................................. 26
Pedestal .................................................................................................................................................... 26
Condições operacionais e ambientais necessárias ................................................................................... 26
Gráficos de desempenho do modelo 3100B ............................................................................. 27
Capítulo 4 Descrição do sistema e dos recursos de segurança ............................. 33
Subsistemas providenciados pelo usuário ................................................................................................ 33
Subsistemas incluídos com o ventilador ................................................................................................... 34
Capítulo 5 Controles, indicadores e conexões ......................................................... 45
Painéis frontal e lateral – unidade de controle ......................................................................... 45
Painel traseiro – unidade de controle ....................................................................................... 49
Coluna do sistema e circuito do paciente................................................................................. 51
Capítulo 6 Montagem e instalação ............................................................................ 53
Desembalagem do aparelho....................................................................................................... 53
Montagem .................................................................................................................................... 53
Limpeza e desinfecção anteriores ao uso ................................................................................ 57
Capítulo 7 Verificação operacional e acionamento.................................................. 59
Procedimentos de acionamento ................................................................................................ 59
Verificação de desempenho ....................................................................................................... 63
Capítulo 8 Manutenção e solução de problemas ..................................................... 65
Limpeza externa .......................................................................................................................... 65
Procedimentos de manutenção efetuados pelo operador ...................................................... 65
Esvaziamento do coletor de umidade ....................................................................................................... 65
Substituição do cartucho de filtro de entrada de gás comprimido ............................................................. 66
Substituição da bateria do alarme Falha de Energia ................................................................................. 67
Limpeza do filtro de algodão da coluna ..................................................................................................... 67
Substituição do circuito do paciente .......................................................................................................... 67
Calibração do circuito do paciente............................................................................................ 68
Outra calibração periódica programada ................................................................................... 68
Calibração da fonte de alimentação CC .................................................................................................... 69
Calibração do transdutor do monitor de pressão das vias aéreas ........................................................... 70
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x
HFOV 3100B
Manutenção periódica programada ........................................................................................... 71
Solução de problemas................................................................................................................. 71
Considerações especiais relativas ao ambiente........................................................................................ 71
Descargas eletrostáticas ........................................................................................................................... 71
Interferência eletromagnética .................................................................................................................... 71
Gráfico de solução de problemas .............................................................................................................. 73
Suprimentos e peças de reposição ............................................................................................ 78
Capítulo 9 Diretrizes clínicas .....................................................................................81
Estratégias de tratamento ........................................................................................................... 81
Ajuste dos controles para executar as estratégias de tratamento ............................................................. 81
Objetivos terapêuticos ............................................................................................................................... 84
Aspectos gerais da estratégia clínica ........................................................................................................ 84
Considerações especiais ........................................................................................................................... 84
Variações das estratégias clínicas gerais de acordo com doenças específicas ................... 86
Doença pulmonar homogênea .................................................................................................................. 86
Doença pulmonar não homogênea ........................................................................................................... 86
Efeitos adversos .......................................................................................................................... 87
Frequência de monitorização recomendada ............................................................................. 88
Gases sanguíneos arteriais ....................................................................................................................... 88
Monitorização de gases sanguíneos não invasiva (tcO2, tcCO2, SpO2) .................................................. 88
Radiografia torácica................................................................................................................................... 88
Diretrizes de sucção .................................................................................................................... 89
Desconexão e reconexão .......................................................................................................................... 89
Índice remissivo...........................................................................................................91
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HFOV 3100B
1
Capítulo 1 Introdução
Descrição do dispositivo
Este dispositivo é um ventilador com oscilador de alta frequência. Existe uma versão anterior deste
dispositivo (HFOV 3100A) com capacidade para tratar insuficiência respiratória em bebês e crianças.
A versão atual do dispositivo, HFOV 3100B, possui maior capacidade de alimentação, bem como
outras modificações para permitir o tratamento de pacientes adultos. Em suma, o circuito do paciente
corresponde a um sistema PCPVA (pressão contínua nas vias aéreas) de alto fluxo. O gás no circuito
do paciente é submetido a oscilações por meio de um diafragma elétrico, semelhante a um cone de altofalante. A frequência e magnitude da oscilação podem variar. A frequência pode ser definida entre 3 e
15 ciclos por segundo. A pressão média das vias aéreas pode ser definida, aproximadamente, entre
5 e 55 cmH2O e o fluxo de polarização (fluxo de arraste contínuo no circuito) pode ser definido entre
0 e 60 litros por minuto. A curva de pressão máxima é de, aproximadamente, 140 cmH2O medido no
circuito do paciente. As curvas de pressão correspondentes na traquéia estariam na faixa de 10% desse
valor, devido à atenuação no tubo traqueal. O volume corrente máximo será de, aproximadamente,
250 ml, dependendo das configurações do ventilador, do tamanho do tubo traqueal e da complacência
pulmonar do paciente. A configuração normal é consideravelmente inferior a esses valores máximos.
Os volumes correntes geralmente utilizados são semelhantes ao volume do espaço morto anatômico.
Vários mecanismos foram descritos para explicar como esses pequenos volumes provocam troca
efetiva de gases (resumido em Krishnan e Brower, 2000).
O CareFusion 3100 B inclui alarmes indicadores de hipertensão e pressões baixas que detectam
determinados problemas, como desconexão do circuito e algumas obstruções parciais. O misturador de
ar/oxigênio, monitor de oxigênio e umidificador são conectados ao circuito do paciente antes da entrada
de gás nesse circuito. Estes elementos são convencionais e devem ser providenciados pelo usuário.
Indicações de uso
O CareFusion 3100B é indicado para o suporte e tratamento ventilatório de pacientes de pelo menos
35 Kg que apresentem insuficiência respiratória aguda.
Contraindicações
O ventilador oscilatório CareFusion 3100B não possui Contraindicações específicas.
Advertências
Antes de qualquer tentativa de operação do HFOV 3100B, é necessária a leitura e compreensão das
seguintes advertências:
O modelo 3100B não foi avaliado para utilização em crianças. Existem dispositivos similares, como
o CareFusion 3100 e 3100A, que são indicados para uso em bebês e crianças.
Não tente romper a conexão apropriada do fio de aterramento, pois isso pode causar danos ao
dispositivo ou aos equipamentos a ele conectados e ser prejudicial ao paciente ou às pessoas
envolvidas no seu uso. Este dispositivo é fornecido pelo fabricante com uma tomada de
alimentação CA própria para uso hospitalar. A confiabilidade do aterramento só pode ser
assegurada quando conectado a um receptáculo testado e rotulado com “Para uso hospitalar”.
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2
HFOV 3100B
Não opere radiotransmissores a menos de 6 metros de distância deste equipamento. Esse
procedimento pode resultar em erro nas leituras de pressão, gerando alarmes falsos e
desligamento automático.
Não encurte o tubo do fluxo de polarização de 75 cm fornecido com o circuito do paciente, pois isto
poderá reduzir a ∆P máxima, permitindo que as pressões oscilatórias sejam atenuadas pela
maior proximidade ao volume do canister do umidificador.
Não tente substituir a configuração do circuito a partir de outro instrumento. O uso de um circuito
que não o 3100B pode ser prejudicial ao paciente ou operador e causar danos ao
equipamento. O circuito do paciente descrito neste manual foi especialmente projetado para
uso com o ventilador modelo 3100B.
Não há dados que sugiram a eficácia da administração de aerossóis durante a ventilação oscilatória
de alta frequência. Provavelmente, o uso de uma terapia de aerossol convencional com o
modelo 3100B será ineficaz. Portanto, devem ser considerados veículos alternativos para
administração de medicamentos para pacientes que requeiram esse tipo de terapia.
Antes de iniciar a ventilação em um paciente, é necessário executar uma verificação operacional e
o acionamento do dispositivo (Capítulo 7). Se, em algum momento durante a verificação
operacional e o acionamento, for observada qualquer função anormal do modelo HFOV 3100B,
não inicie a ventilação, pois isso poderia ser prejudicial ao paciente ou levá-lo à morte. Entre
imediatamente em contato com o suporte técnico da CareFusion antes de continuar a
operação.
Alarmes sonoros indicam uma condição potencialmente prejudicial ao paciente, não devendo ser
ignorados. Caso o alarme não seja prontamente atendido, o paciente poderá ser gravemente
afetado, ou ser até mesmo levado à morte, além de ocorrerem danos no equipamento.
Certifique-se de que a ventoinha localizada na parte traseira do invólucro do controlador esteja
funcionando.
Em nenhuma hipótese o ventilador deverá ser usado na presença de anestésicos inflamáveis,
devido ao risco de explosões.
A temperatura do gás das vias aéreas proximais não deve ultrapassar 41°C em nenhuma hipótese.
Isso pode ser prejudicial às membranas das vias aéreas do paciente.
Não use o ventilador 3100B em ambientes com temperatura igual ou superior a 28°C (84ºF).
O uso do ventilador em tais ambientes reduzirá drasticamente a umidade relativa nas vias
aéreas do paciente, podendo resultar em ressecamento.
Se os procedimentos de manutenção recomendados no Capítulo 8 não forem cumpridos, poderá
haver riscos para o paciente ou operador, ou ainda para a operação do equipamento.
Durante estudos clínicos aleatórios controlados no 3100B, casos graves de asma e doença
pulmonar obstrutiva crônica foram considerados como critérios de exclusão. Os benefícios e/ou
riscos associados ao uso do modelo 3100B em tais pacientes são desconhecidos. Sabe-se que
a ventilação oscilatória de alta frequência é menos eficaz em doenças que apresentem maior
resistência das vias aéreas e seu uso poderá resultar em hiperinflação e retenção de ar. Estes
fatores devem ser levados em consideração quando o aparelho for utilizado em tais pacientes.
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Manual do operador
3
Atenção
As seguintes precauções devem ser lidas e compreendidas antes que o ventilador oscilatório de alta
frequência, modelo 3100B, seja operado:
Siga rigorosamente as recomendações contidas no Capítulo 9, Diretrizes clínicas, sobre o emprego
de radiografias torácicas na monitorização da condição do paciente. Durante a operação do
ventilador oscilatório, assim como ocorre com todos os demais ventiladores, a relação entre a
melhoria na complacência pulmonar, os aumentos inadvertidos no volume pulmonar, o
aumento da pressão pleural e a redução do retorno venoso é uma questão preocupante, já que
isso pode resultar na diminuição do débito cardíaco.
A idade do paciente é um indicador importante no que diz respeito ao volume pulmonar e ao
espaço morto anatômico, bem como à demanda metabólica colocada na ventilação. Embora
o volume de deslocamento máximo do modelo 3100B seja de, aproximadamente, 365 ml,
o volume real fornecido ao paciente depende dos ajustes de alimentação e frequência, do
tamanho do tubo endotraqueal e da complacência do sistema respiratório do paciente.
É aconselhável a releitura do Capítulo 9 deste manual, “Diretrizes clínicas”.
Os níveis de tcPCO2 e tcPO2 ou SpO2 do paciente devem ser monitorados continuamente para
assegurar que os gases sanguíneos mantenham-se nos níveis apropriados. É importante que
uma das vias aéreas do paciente seja mantida irrestrita e desobstruída durante a operação do
ventilador oscilatório. Para proteger as vias aéreas de um paciente, adote sempre os
procedimentos adequados de sucção, conforme descrito na seção “Diretrizes de sucção”
(Capítulo 9, Diretrizes clínicas). Em caso de obstrução ou restrição, não ocorrerão alarmes, já
que somente a pressão das vias aéreas proximais é medida.
Antes de realizar a calibração do circuito do paciente, verifique se o registro está fechado. Se o
registro do coletor de umidade permanecer aberto, o circuito do paciente poderá não ficar
calibrado (39 - 43 cmH2O) e, conseqüentemente, a Pa administrada será reduzida.
Se os métodos de montagem descritos no Capítulo 6, Montagem e instalação, não forem seguidos,
o modelo 3100B poderá apresentar avarias, instabilidade mecânica e mau funcionamento. Em
caso de dúvidas sobre o procedimento de montagem, entre imediatamente em contato com o
suporte técnico da CareFusion antes de prosseguir.
Tome cuidado para não vincar ou perfurar as linhas de controle ou sensoras (que entram e saem
do circuito do paciente) durante a montagem, operação ou limpeza do ventilador, pois isso
prejudicará o funcionamento dos alarmes de segurança, de advertência, de atenção e/ou dos
controles de limite de pressão.
Antes de conectar o circuito do paciente ao ventilador 3100B, certifique-se da integridade do
diafragma do controlador, inspecionando-o quanto à presença de rachaduras ou rompimentos.
Se forem observados quaisquer danos, não prossiga com a ventilação do paciente, pois isso
poderá causar um defeito no ventilador. Para obter assistência, entre em contato com o
suporte técnico da CareFusion imediatamente.
O diafragma do controlador do 3100B foi revestido com um lubrificante especial durante a
montagem. Não use solventes na limpeza do diafragma pois eles podem afetar o material,
causando o desgaste prematuro do equipamento.
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4
HFOV 3100B
Ao conectar o circuito do paciente, certifique-se de que ele esteja devidamente apoiado por
um braço de sustentação, conforme descrito no Capítulo 6, Montagem e instalação.
O descumprimento a esta recomendação resultará na desconexão do circuito do paciente
(devido às forças oscilatórias) ou no acúmulo da condensação do umidificador nas vias aéreas
do paciente.
Se a limpeza da sonda de temperatura for feita com álcool, deixe-o evaporar completamente antes
de inserir a sonda no circuito. Um alto nível residual de álcool pode enfraquecer o adaptador
acrílico e provocar sua ruptura.
Antes de cada utilização, certifique-se de que o ventilador esteja funcionando corretamente.
Consulte o Capítulo 7, Verificação operacional e acionamento. As funções de alarme testadas
neste procedimento verificam a capacidade do dispositivo para detectar e indicar condições
que possam ter efeito prejudicial no paciente.
Encoste as mãos no gabinete metálico externo do instrumento antes de tocar em qualquer outro
componente do mesmo, a fim de evitar possíveis danos por descargas eletrostáticas.
O paciente submetido a tratamento com o ventilador deverá ser permanentemente assistido por um
profissional da área de saúde treinado, que possa agir rapidamente em casos de alarme ou
outra indicação de problema.
Os cartuchos de filtro de entrada de gás misturado e as entradas de ar do ventilador devem ser
substituídos, no mínimo, a cada 500 horas de operação, conforme descrito no Capítulo 8,
Manutenção e solução de problemas. O equipamento poderá ser danificado e/ou o paciente
ser lesionado se os cartuchos de filtro não forem substituídos ou se forem utilizados cartuchos
não autorizados. Use somente os cartuchos de filtro da CareFusion.
O corpo do cartucho deve estar firmemente aparafusado na parte traseira. Instalações frouxas ou
mal feitas podem causar o escape de gás ou até mesmo a expulsão do corpo do cartucho.
Se o corpo do cartucho for expelido, o ventilador deixará de funcionar.
As tampas da unidade de controle, da coluna ou de qualquer outra parte do ventilador não devem
ser removidas pelo usuário. Para evitar riscos de choque elétrico, deixe todo e qualquer serviço
que requeira a remoção da tampa sob a responsabilidade de um técnico qualificado para
reparo de equipamentos biomédicos.
Após a alteração de qualquer parâmetro, verifique e ajuste novamente os níveis de alarme.
A solução de problemas no modelo 3100B deve ser feita “FORA DO PACIENTE”, a fim de evitar
situações potencialmente perigosas, como alterações bruscas de Pa.
Não use acessórios externos ao ventilador (como uma porta de sucção, por exemplo) sem a
presença de um alarme externo secundário capaz de detectar a sua desconexão do ventilador.
Devido às características de pressão em linha, tais acessórios podem impedir que o alarme de
Pa detecte uma interrupção acidental no circuito do ventilador.
A concentração fracionada de oxigênio inspirado deve ser acompanhada por um monitor de
oxigênio. A administração de oxigênio em excesso pode ser prejudicial ao paciente.
É essencial que o sistema forneça a mistura de gases prescrita.
A água do coletor de umidade deve ser drenada periodicamente, conforme descrito no Capítulo 8.
Se o ventilador estiver em funcionamento, deixe uma pequena quantidade de água no fundo do
coletor para vedar o fluxo e a pressão entre o ventilador e a saída do dreno.
Para evitar lesões ao paciente causadas pelo mau funcionamento do umidificador, é altamente
recomendado o uso de um umidificador com as seguintes características:
Aquecedor protegido termicamente.
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Manual do operador
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Alarmes que indiquem excesso de água no reservatório.
Alarmes que indicam escassez de água no reservatório.
Alarmes que indiquem a sonda de temperatura eletricamente aberta ou em curto.
Alarmes que indiquem temperaturas da sonda superiores a 41°C.
Alarmes que indiquem a desconexão da sonda de temperatura.
Não coloque sobre o pacote de controle nenhum tipo de acessório contendo fluidos, com peso
superior a 4 Kg, ou que ultrapasse a largura/altura do equipamento em mais de quinze
centímetros. Isto poderá danificar o ventilador ou até mesmo derrubá-lo, resultando em danos
ao paciente ou usuário, ou ainda ao equipamento.
Não aperte demais o parafuso de calibração do circuito do paciente, pois isto poderá danificar o
dispositivo. Ele pára automaticamente ao aproximar-se do limite de ajuste.
Não deixe que nenhum tipo de líquido penetre nas saídas de ar do ventilador, já que isto pode
provocar defeitos ou problemas no funcionamento da máquina.
Não use agentes líquidos de esterilização na parte externa do ventilador, pois isto poderá danificálo.
Efeitos adversos
Eventos adversos observados
Um estudo clínico prospectivo do modelo 3100B em pacientes com síndrome de esgotamento
respiratório agudo (SERA) foi administrado em dez locais. Os 148 pacientes envolvidos no estudo foram
aleatoriamente designados a um dos dois grupos: o grupo de tratamento (ou seja, “de alta frequência”),
em que pacientes foram tratados com o modelo 3100B; e o grupo de controle (ou seja, “convencional”),
em que pacientes foram tratados com um ventilador convencional. Os resultados do tratamento e os
eventos adversos foram determinados nos intervalos de um e seis meses. A Tabela 1 resume os
eventos adversos observados durante o estudo.
767164-106 Rev. R
6
HFOV 3100B
Tabela 1: Eventos adversos observados
Evento adverso
Número (%) de pacientes
que apresentaram este
evento no grupo de
tratamento, N=75
Tubo endotraqueal obstruído
por muco
2 (3%)
Oxigenação inadequada
4 (5%)
Acidose respiratória
4 (5%)
Surgimento ou piora da
síndrome de escape de ar
Hipotensão refratária
7 (9%)
0 (0%)
Possíveis eventos adversos
Os eventos adversos associados ao uso da ventilação de alta frequência incluem: atelectasia,
oxigenação inadequada, hipotensão refratária, tubo traqueal obstruído por muco, traqueobronquite
necrosante, surgimento ou piora da síndrome de escape de ar, umidificação excessiva, umidificação
escassa, hiperventilação, hipoventilação, pneumotórax, pneumopericárdio, pneumomediastino,
pneumoperitónio, enfisema intersticial pulmonar e acidose respiratória.
767164-106 Rev. R
Manual do operador
7
Símbolos
Os seguintes símbolos são usados neste equipamento:
Símbolo
Complacência
Símbolo #03-02 IEC 60878
Símbolo 5333 IEC 60417
Símbolo #02-03 IEC 60878
Símbolo 5032 IEC 60417
Símbolo 01-14 IEC 30878
Significado
Indica ATENÇÃO; consulte DOCUMENTOS ANEXOS
Este símbolo indica um equipamento do TIPO B, que oferece um
determinado grau de proteção contra choques elétricos, especialmente
com relação à corrente de fuga e à confiabilidade do aterramento.
Este símbolo indica que o equipamento é adequado para uso em
corrente alternada.
Símbolo #5007 IEC 60417
Símbolo #01-01 IEC 60878
Indica que o disjuntor do circuito está ligado.
Símbolo #5008 IEC 60417
Símbolo #01-02 IEC 60878
Indica que o disjuntor do circuito está desligado.
Símbolo da CareFusion
Trava de posicionamento. O sentido horário trava a parte superior do
instrumento. O sentido anti-horário destrava a parte superior do
instrumento, permitindo que ela seja girada a fim de se ter uma melhor
visão dos controles e indicadores frontais.
Símbolo da CareFusion
Este símbolo indica que o produto contém ftalatos.
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8
HFOV 3100B
Rótulos externos
Esta seção identifica os rótulos da parte externa do modelo 3100B. Todos os rótulos são mostrados
aproximadamente em seu tamanho real. Talvez o sistema não apresente todos os rótulos relacionados.
Calibração do circuito do paciente
PROCEDIMENTO DE CALIBRAÇÃO DO CIRCUITO DE PACIENTE
FORA DO PACIENTE
IMPORTANTE: Antes de utilizar o circuito em um paciente, deve-se calibrar cada circuito do
modelo 3100B por meio do seguinte procedimento:
1. Feche o conector em Y do circuito do pacientes e ligue o gás do fluxo de polarização.
2. Ajuste o alarme Pa Máx para 59 cmH2O.
3. Gire o controle Ajuste da Pressão Média para “Máx.”.
4. Ajuste o fluxo de polarização para 20 LPM.
5. Pressione o segure o botão RECONFIGURAR (oscilador desligado).
6. Observe a tela Pressão Média e ajuste o parafuso de calibração do circuito do paciente
até obter um valor entre 39 e 43 cmH2O.
P/N 772754A
Figura 1.1. Rótulo do procedimento de calibração do circuito do paciente.
Este rótulo descreve as etapas necessárias para calibrar o circuito do paciente no modelo 3100B. Estes
procedimentos também são explicados na seção “Calibração do circuito do paciente”, no Capítulo 8,
Manutenção e solução de problemas.
767164-106 Rev. R
Manual do operador
9
Testes de desempenho do ventilador
Figura 1.2. Rótulo das testes de desempenho do ventilador.
Este rótulo auxilia na configuração dos controles Alimentação, Ajuste da pressão média e Fluxo de
polarização, a fim de atingir faixas específicas de ∆P e Pa. Tais procedimentos são explicados na
seção “Verificação de desempenho” (Capítulo 7, Verificação operacional e acionamento).
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HFOV 3100B
Rótulo para registro de substituição do filtro de gás de resfriamento do misturador
Figura 1.3. Rótulo para registro de substituição do filtro de gás de resfriamento do misturador.
Este rótulo fornece um local para documentar as alterações de filtro de gás de 500 horas. Para obter
mais informações, consulte a seção “Procedimentos de manutenção efetuados pelo operador” (Capítulo
8, Manutenção e solução de problemas).
Registro de substituição do controlador
Figura 1.4. Rótulo para registro de substituição do controlador.
Este rótulo fornece um local para documentar a substituição do subconjunto do oscilador a cada 4,000
horas de uso. Para obter mais informações, consulte a seção “Manutenção periódica agendada”
(Capítulo 8, Manutenção e solução de problemas).
767164-106 Rev. R
Manual do operador
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Advertência sobre interferência de radiofrequência (IRF)
Este rótulo menciona os possíveis
problemas causados pela interferência
dos radiotransmissores portáteis. A
advertência sobre IRF também é
abordada na seção “Solução de
problemas” (Capítulo 8, Manutenção e
solução de problemas).
Figura 1.5. Rótulo de advertência sobre interferência de radiofrequência.
Rótulo de identificação de nomes
.
Este rótulo relaciona informações específicas a cada
instrumento: modelo e número, tensão e valor nominal
da corrente, número de série e número de peça no
catálogo. (O exemplo mostrado aplica-se ao modelo
115V; 7,5 A; 60 Hz - o seu equipamento poderá ter uma
identificação diferente.)
Figura 1.6. Rótulo de identificação de nomes
Colocação da bateria
Este rótulo indica a posição correta da bateria do alarme indicador de
falha de energia. Para obter instruções sobre como trocar a bateria,
consulte a seção “Substituição da bateria do alarme de falha de energia”
(Capítulo 8, Manutenção e solução de problemas).
Figura 1.7. Rótulo para colocação da bateria
Especificações da bateria
Este rótulo indica o tipo de bateria do alarme indicador de falha de energia
(alcalina de 9 V) que deve ser usado. Para obter instruções sobre como
trocar a bateria, consulte a seção “Substituição da bateria do alarme de
falha de energia” (Capítulo 8, Manutenção e solução de problemas).
Figura 1.8. Rótulo de especificações da bateria.
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HFOV 3100B
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HFOV 3100B
13
Capítulo 2 Estudo clínico
Um estudo clínico prospectivo do modelo 3100B em pacientes com síndrome de esgotamento
respiratório agudo (SERA) foi administrado em dez locais. Os 148 pacientes envolvidos no estudo foram
aleatoriamente designados a um dos dois grupos: o grupo de tratamento (ou seja, “de alta frequência”),
em que pacientes foram tratados com o modelo 3100B; e o grupo de controle (ou seja, “convencional”),
em que pacientes foram tratados com um ventilador convencional.
Critérios de inclusão e exclusão
Os pacientes foram considerados qualificados para inclusão no estudo atenderam aos seguintes
critérios :
Idade mínima de 16 anos
Peso mínimo de 35 kg
PaO2/FiO2 < 200
Infiltrados bilaterais pulmonares não resultantes de hipertensão atrial esquerda e
Pressão positiva expiratória final (PPEF) de, no mínimo, 10 cmH2O
Os pacientes foram excluídos do estudo quando apresentaram um dos seguintes fatores:
Não foi preenchido um formulário de consentimento para inclusão do paciente no estudo
Tratamento com FiO2 superior a 80% por 48 horas ou mais
Escape de ar agudo persistente
Prognóstico de paciente terminal não-pulmonar
Doença pulmonar obstrutiva crônica grave
Asma ou
Episódio recente de SERA ou investigação de choque séptico
Métodos
Os objetivos gerais do tratamento do grupo de alta frequência e do grupo convencional foram idênticos:
manter saturação de O2 de, no mínimo, 88% e um pH superior a 7,15 e, concomitantemente, minimizar
as pressões de pico e tratar a acidose metabólica. A pressão média das vias aéreas foi mantida até que
FiO2 fosse reduzida a menos de 60% (ponto a partir do qual a pressão média das vias aéreas e FiO2
receberiam igual prioridade de redução).
No grupo de alta frequência, o modelo 3100B foi inicialmente utilizado para fornecer oscilações de
pressão à frequência de 5 Hz, com a pressão média das vias aéreas definida 5 cmH2O acima da
configuração do ventilador usada antes do envolvimento do paciente no estudo - e também com a
amplitude de oscilação (∆P) definida para se obter a vibração adequada da parede torácica. Se a
ventilação não se apresentasse, ∆P era aumentada. Se a ventilação continuasse inadequada mesmo
com uma ∆P máxima, a frequência das oscilações de pressão era reduzida em etapas de 1 Hz. Com a
pressão média das vias aéreas reduzida para menos de 30 cmH2O ou quando não houve progresso no
desmame com o modelo 3100B, o desmame do ventilador continuou sendo feito com um ventilador
convencional. Um paciente designado ao grupo de alta frequência foi tratado com o protocolo do modelo
3100B até que: o consentimento fosse retirado; o paciente morresse ou fosse desmamado da ventilação
767164-106 Rev. R
14
HFOV 3100B
mecânica; o paciente fosse ventilado por 30 dias; ou o paciente atendesse aos critérios de falha de
tratamento definidos e, na opinião do clínico, pudesse se beneficiar da ventilação convencional.
No grupo convencional, os pacientes foram tratados com a ventilação convencional limitada por volume
e controlada por pressão com uma relação inspiração/expiração (I:E) de aproximadamente 1:2. Foram
usados os volumes correntes nominais entre 6 e 10 ml/kg . (A média de volume corrente foi 10,2 ml/kg
de peso corpóreo ideal.) Em caso de oxigenação inadequada, PPEF foi aumentada em etapas de até
5 cmH2O, a fim de melhorar a oxigenação. Se a oxigenação continuasse inadequada com uma PPEF
maior ou igual a 18 cmH2O, a relação I:E era aumentada em etapas. Um paciente indicado para
ventilação convencional era tratado com o ventilador convencional até que: o consentimento fosse
retirado; o paciente morresse ou fosse desmamado da ventilação mecânica; ou o paciente fosse
ventilado por 30 dias.
Os resultados dos pacientes foram determinados após os períodos de um e seis meses. Os resultados
possíveis foram:
Morte
Sobrevivência com assistência respiratória ou
Sobrevivência sem assistência respiratória
Neste estudo, “assistência respiratória” foi definida como incluindo ventilação mecânica, PCPVA ou
oxigênio suplementar. Somente a sobrevivência sem assistência respiratória foi considerada um
resultado bem-sucedido. Os dados resultantes foram examinados através de uma análise baseada no
princípio da intenção de tratar.
Hipótese
A hipótese principal era de que seria equivalente a proporção de pacientes nos grupos de alta
frequência e convencional que apresentaria resultados malsucedidos no período de um mês.
Em termos estatísticos, a hipótese era de que a proporção de pacientes que apresentasse um resultado
malsucedido no período de um mês (ou seja, a proporção de pacientes que morreriam ou que ainda
receberiam assistência respiratória após um mês) seria no máximo 10% maior no grupo de alta
frequência que no grupo convencional, com 95% de confiança nesta suposição.
População do estudo
Neste estudo, 75 pacientes foram designados ao grupo de alta frequência e 73 pacientes foram
designados ao grupo convencional. A demografia dos pacientes e os diagnósticos, as configurações do
ventilador e os indicadores clínicos vigentes antes do envolvimento dos pacientes no estudo foram
similares nos dois grupos (Tabela 3).
767164-106 Rev. R
Manual do operador
15
Tabela 2.1 Demografia, configurações de ventilador e indicadores
clínicos antes do estudo.
Desvio médio padrão +/Categoria
Demografia
dos pacientes
Configurações
de ventilador
antes do
estudo
Indicadores
clínicos antes
do estudo
Parâmetro
Grupo de
tratamento
Grupo de
controle
Unidades
Idade
48 +/- 17
51 +/- 18*
Anos
Peso
78 +/- 25
81 +/- 26*
Kg
Sexo (% homens)
52
64
%
Pressão de pico
inspiratória
39 +/- 7
38 +/- 8
cmH2O
Pressão positiva
expiratória final
13 +/- 3
14 +/- 3
cmH2O
Pressão média das vias
aéreas
22 +/- 5*
24 +/- 7*
cmH2O
Volume corrente por
quilograma de peso
corpóreo real
8.2 +/- 3*
7.8 +/- 3*
ml/Kg
FiO2
71 +/- 19
72 +/- 19
%
PaO2
76 +/- 20
73 +/- 18
mmHg
PaCO2
44 +/- 12
45 +/- 12
mmHg
pH
7.37 +/- 0.09*
7.34 +/- 0.11
PaO2/FiO2
114 +/- 37
111 +/- 42
Índice de oxigenação 1
24 +/- 15*
27 +/- 19*
Pressão sangüínea média
80 +/- 14*
76 +/- 12*
mmHg
Débito cardíaco
7 +/- 2*
7 +/- 3*
L/min
Pontuação 2 no sistema
APACHE II
22 +/- 6*
22 +/- 9*
*
Indica que os valores deste parâmetro não estavam disponíveis para todos os pacientes.
1
Índice de oxigenação = 100 × pressão média das vias aéreas / (PaO2/FiO2)
2
APACHE II é um sistema indicador de doenças graves.
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HFOV 3100B
Resultados
Os resultados obtidos no período de um mês estão resumidos na Tabela 4 abaixo. Os pacientes do
grupo de alta frequência apresentaram resultados malsucedidos com maior frequência do que os
pacientes do grupo convencional. Com base no intervalo de confiança de 95%, calculado a partir dos
resultados obtidos no período de um mês, o fracasso no tratamento do grupo de alta frequência poderia
ter um índice de aumento de ocorrências de até 20%. Portanto, a hipótese projetada não foi atendida.
No entanto, a taxa de mortalidade do grupo de alta frequência foi menor do que a do grupo
convencional. Os resultados observados no período de seis meses estão resumidos na Tabela 5. A taxa
de fracasso no tratamento e a taxa de mortalidade foram menores no grupo de alta frequência que no
grupo convencional. As taxas de mortalidade menores nos períodos de um mês e seis meses e a taxa
de fracasso no tratamento menor no período de seis meses observadas no grupo de alta frequência
fornecem uma garantia razoável de que o modelo 3100B é seguro e eficaz.
Tabela 2.2 Resultados no período de um mês
One-month
outcome
Unsuccessful
Death
Treatment
group,
N =75
78%
37%
Control
group,
N =73
73%
52%
Difference
Absolute
95% CI
+5% -10% to +20%
-15%
Tabela 2.3 Resultados no período de seis meses
Six-month
outcome
Unsuccessful
Death
Treatment
group,
N =75
47%
47%
Control
group,
N =73
62%
59%
767164-106 Rev. R
Manual do operador
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Falhas observadas no tratamento
Foram pressupostos os tipos mais prováveis de falha no tratamento. A frequência de cada tipo de falha
foi similar nos dois grupos, conforme mostrado na Tabela 6 abaixo.
Tabela 2.4 Falhas observadas no tratamento
Treatment Control
group,
group,
Treatment failure
N =75
N =73
Mucus-plugged ET
tube
Inadequate
oxygenation
Respiratory acidosis
New or worsening air
leak syndrome
Intractable
hypotension
3%
1%
5%
5%
8%
8%
9%
12%
0%
2%
Causas de morte
As causas foram identificadas nos pacientes que morreram enquanto estavam sendo tratados com
ventilador. Óbitos ocorridos devido à retirada da ventilação mecânica também foram identificados. Em
vários pacientes, foi identificada mais de uma causa de morte. Dentre as causas de morte, foram
relatadas arritmia cardíaca, falência múltipla dos órgãos, sepse e hipoxemia profunda. As causas de
morte apresentadas em cada grupo ocorreram com frequência semelhante (Tabela 7).
Tabela 2.5
Causas de morte observadas em pacientes
que morreram enquanto estavam sendo tratados com ventilador
Causes of death
Total
Cardiac arrhythmia
Multiple organ failure
Sepsis
Profound hypoxemia
Other
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# (%) of patients who
died while being treated
with a ventilator
Treatment
Control
group,
group,
N =75
N =73
8 (11%)
3 (4%)
3 (4%)
6 (8%)
3 (4%)
1 (1%)
15 (21%)
6 (8%)
5 (7%)
8 (11%)
6 (8%)
2 (3%)
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HFOV 3100B
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HFOV 3100B
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Capítulo 3 Especificações
Controles
Fluxo de polarização
0 – 60 litros por minuto (LPM) contínuo, controle de 15 rotações.
Resolução
2,5 LPM.
Precisão
±10% da escala completa nas seguintes condições: ar ou oxigênio a 21,1°C (70°F) e 760 Torr.
Ajuste da pressão média
Taxa mínima de aproximadamente 3 – 55 cmH2O; dependente do fluxo de polarização. (Consulte a
seção “Testes de desempenho do ventilador” no Capítulo 6.)
Resolução
0,1 cmH2O na metragem digital da pressão das vias aéreas, controle de 1 rotação.
Precisão
Botão de controle não calibrado.
Limite da pressão média
Automático
Alimentação
Resolução
Com 100% de alimentação, amplitude máxima de ∆P >90 cmH20 da pressão das vias aéreas proximais.
Precisão
Dial graduado de 10 rotações com bloqueio, não calibrado em % de alimentação.
767164-106 Rev. R
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HFOV 3100B
Frequência
Frequência do oscilador de 3 – 15 Hz.
Resolução
Medidor digital de 0,1 Hz, com controle de 10 rotações.
Precisão
±5% da escala completa.
Tempo inspiratório
30 – 50% do ciclo oscilatório.
Resolução
±1% da leitura do medidor digital.
Precisão
±5% da escala completa.
Iniciar/Parar
Ativação/desativação do oscilador.
Botão de alarme Pa Máx. Definida
Pressão média das vias aéreas de 0 – 59 cmH2O.
Resolução
1 cmH2O.
Precisão
±2 cmH20.
Botão de alarme Pa Mín. Definida
Pressão média das vias aéreas de 0 – 59 cmH2O.
Resolução
1 cmH2O.
Precisão
±2 cmH20.
Silêncio de 45 s
Inibe a função de alarme sonoro por 45 segundos (±5 segundos).
Reconfigurar
Reconfigura os alarmes de Pa > 60 cmH2O e < 5 cmH2O caso a condição tenha sido corrigida; zera
sempre o alarme indicador de falha de energia. Reconfigura o alarme visual de Pa Máx.
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Manual do operador
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Calibração do circuito do paciente
Ajusta a pressão média máxima que pode ser obtida com um circuito do paciente específico (consulte o
Capítulo 7 para obter o procedimento de configuração).
Alimentação CA
Desl./Lig.
Indicadores
Oscilador Ativado
Oscilador Parado
Silêncio de 45 s
LED verde no botão Iniciar/Parar.
Pa > 60 cmH2O
LED vermelho
Pa < 5 cmH2O
LED vermelho
Pa Máx. Definida
Excedida
LED vermelho
Pa Mín. Definida
Excedida
Falha de Energia
Oscilador Superaquecido
Bateria Fraca
Gás de Origem Fraco
∆P
% Tempo Inspiratório
Frequência
Monitor de Pressão Média
LED vermelho
Tempo Decorrido
Pa Máx. Definida
Pa Mín. Definida
Alarme (sonoro)
Alimentação CA
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LED vermelho
LED amarelo no botão
LED vermelho (botão Falha de energia/Reconfigurar).
LED amarelo
LED amarelo
LED amarelo
Leitura do medidor digital de ∆P em unidades de cmH2O.
Leitura do medidor digital de tempo inspiratório (%) definido.
Leitura do medidor digital da frequência oscilatória definida (em Hertz).
Leitura da medição digital da pressão média das vias aéreas em cmH2O até a primeira
casa decimal.
Leitura digital das horas de alimentação aplicadas ao ventilador oscilatório 3100B em horas
até a primeira casa decimal.
Botão graduado em cmH2O.
Botão graduado em cmH2O.
Tom modulado de 3 KHz.
Indicação visual da alimentação CA aplicada (E/S).
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HFOV 3100B
Medição de pressão
Faixa
Resolução
Precisão
Pressão das vias aéreas entre -130 e +130 cmH2O.
0,1 cmH2O.
±2% da leitura ou ±2 cmH2O, prevalecendo o maior e considerando calibração periódica,
conforme descrito no Capítulo 7.
20 psig.
Limite de Pressão do
Transformador
ADVERTÊNCIA
Se os procedimentos de manutenção recomendados para o monitor de pressão das vias aéreas não for seguido
conforme descrito no Capítulo 8 pode ser prejudicial ao paciente ou operador, podendo ainda causar defeitos no
equipamento.
Alarmes
Alarmes de segurança
Indicadores visuais e sonoros, intervenção da máquina.
Pa > 60 cmH2O
Indicadores ativados, oscilador parado e válvula de descarga aberta quando o limite é ultrapassado.
Resolução
Precisão
Predefinido.
±2% of
pressure monitor reading or ±2 cmH2O, whichever is greater.
Pa < 5 cmH2O
Indicadores ativados, oscilador parado e válvula de descarga aberta quando o limite é ultrapassado.
Resolução
Predefinido como 5 cmH2O.
Precisão
±2% da leitura do monitor de pressão ou ±2 cmH2O, prevalecendo o maior.
Alarmes de advertência
Indicadores visuais e sonoros, intervenção do operador.
Pa Máx. Definida Excedida
Indicadores ativados quando o limite definido é ultrapassado.
Faixa
Resolução
Precisão
0 – 59 cmH2O.
1 cmH2O.
±2% da leitura do monitor de pressão ou ±2 cmH2O, prevalecendo o maior.
767164-106 Rev. R
Manual do operador
23
Pa Mín. Definida Excedida
Indicadores ativados quando o limite definido é ultrapassado.
Faixa
Resolução
Precisão
0 – 59 cmH2O.
1 cmH2O.
±2% da leitura do monitor de pressão ou ±2 cmH2O, prevalecendo o maior.
Alarmes de precaução
Alarme visual, intervenção do operador.
Oscilador superaquecido
Indicador ativado quando a temperatura da bobina do oscilador atinge 150°C.
Precisão ±5%.
Bateria fraca
Indicador ativado quando a bateria que gera o alarme indicador de falha de energia está fraca e precisa
ser substituída.
Bateria fraca
Indicador ativado quando o gás misturado ou a pressão da fonte de ar de resfriamento do oscilador cai
abaixo do limite de 30 psig.
Precisão ±5% no modo de gás de origem.
Silêncio de 45 s
Indicador ativado por 45 segundos quando o botão é pressionado.
Precisão ±5 segundos.
Falha de energia
Indicadores visuais e sonoros ativados quando a chave de alimentação está desligada, a tomada de
alimentação está desconectada ou a voltagem da alimentação não é suficiente.
Oscilador Parado
Indicadores visuais e sonoros ativados quando a ∆P das vias aéreas do paciente cai abaixo de 5 a
7 cmH2O.
ADVERTÊNCIA
Alarmes sonoros indicam uma condição potencialmente prejudicial ao paciente, não devendo ser ignorados. Caso
o alarme não seja prontamente atendido, o paciente poderá ser gravemente afetado, ou ser até mesmo levado à
morte, além de ocorrerem danos no equipamento.
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HFOV 3100B
Elétricas
Requisitos de alimentação
115 VAC, 7,5A, 60 Hz
100 VAC, 7,5A, 50 Hz
220 VAC, 4,0A, 50 Hz
220 VAC, 4,0A, 60 Hz
240 VAC, 4,0A, 50 Hz.
Corrente de fuga
< 100 microampères.
Proteção de sobrecarga
Disjuntor dual de circuito eletromagnético.
Conexão da linha de alimentação
Tomada aterrada de 3 fios para uso hospitalar.
ADVERTÊNCIA
Não tente romper a conexão do fio de aterramento. Aterramento inadequado pode ser a causa de defeitos no
dispositivo ou equipamento interconectado, além de ser potencialmente lesivo ao paciente ou às pessoas
envolvidas no uso do dispositivo. Este dispositivo é fornecido pelo fabricante com uma tomada de alimentação CA
própria para uso hospitalar. A confiabilidade do aterramento só pode ser assegurada quando conectado a um
receptáculo testado e rotulado com “Para uso hospitalar”.
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Manual do operador
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Aprovações regulamentares na Europa
Certificação CSA C22.2 No.125 e UL-544. Certificação IEC 601-1.
O ventilador oscilatório 3100B está em conformidade com a diretiva do Conselho das Comunidades
Européia, MDD 93/42/EEC, relativa a dispositivos médicos, estando por isso rotulado com a marca CE
exibida.
Conexões pneumáticas
Entrada no misturador (Ar/O2)
Tipo
Faixa de pressão
Fluxo máximo
Conector DISS para passagem de oxigênio.
Proteção contra hiperpressão
75 psig ±15% válvula de alívio
40 – 60 psig.
60 LPM ±10%.
Entrada do resfriamento de ar
Tipo
Faixa de pressão
Fluxo máximo
Proteção contra hiperpressão
Conector DISS para passagem de ar.
40 – 60 psig.
28 LPM ± 10%
75 psig ±15% válvula de alívio
Saída no umidificador
Tipo
Faixa de pressão
Conector farpado de 3/8 pol.
5 psig ±15% válvula de alívio
Válvula de controle da pressão nas vias aéreas
Cor verde, conector fêmea Luer do tipo bulkhead.
Válvula de limite da pressão nas vias aéreas
Cor azul, conector fêmea Luer do tipo bulkhead.
Válvula de descarga
Cor vermelha, conector fêmea Luer do tipo bulkhead.
Sensor de pressão nas vias aéreas
Cor branca, conector fêmea Luer do tipo bulkhead.
767164-106 Rev. R
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HFOV 3100B
Especificações físicas
Materiais
Todo o material usado na fabricação do equipamento 3100B e de seu circuito respiratório é atóxico e
não expõe o paciente ou operador a riscos de segurança.
Dimensões da coluna e pacote de controle
Altura: 137 cm
Largura: 47,2 cm
Profundidade: 28,9 cm
Peso: 143 lbs.
Pedestal
5 pernas com rodízios travantes de 10 cm de diâmetro - 70 cm de largura na parte inferior do pedestal.
ATENÇÃO
Não coloque sobre o pacote de controle nenhum tipo de acessório contendo fluidos, com peso superior a 4 Kg, ou
que ultrapasse a largura/altura do equipamento em mais de quinze centímetros. Isto poderá danificar o ventilador
ou até mesmo derrubá-lo, resultando em danos ao paciente ou usuário, ou ainda ao equipamento.
Condições operacionais e ambientais necessárias
Temperatura:
5 – 28°C
Umidade:
15% – 95% (sem condensação)
Determinados fatores ambientais específicos, como descargas eletrostáticas e interferência
eletromagnética (IEM) requerem atenção especial por parte do operador. Para uma abordagem mais
aprofundada sobre estes fatores, consulte a seção “Solução de problemas” (Capítulo 8, Manutenção e
solução de problemas).
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Manual do operador
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Gráficos de desempenho do modelo 3100B
Volume corrente distal do
controlador de 3 Ohm X frequência em alimentação máxima
• Duas configurações de % de tempo-I
• Tamanho único do tubo ET (7 mm)
• Complacência exclusiva
(19 ml/cmH2O)
Figura 3.1
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HFOV 3100B
Volume corrente distal do controlador de 3 ohm X configuração de alimentação em
33% de tempo-I
• Três tamanhos de tubo ET
• Complacência exclusiva
(19 ml/cmH2O)
Figura 3.2
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Manual do operador
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Volume
corrente distal do controlador de 3 ohm X frequência em alimentação máxima e
33% de tempo-I
• Três tamanhos de tubo ET
• Complacência exclusiva
(19 ml/cmH2O)
Figura 3.3
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HFOV 3100B
Volume
corrente distal do controlador de 3 ohm X frequência em alimentação máxima e
50% de tempo-I
• Três tamanhos de tubo ET
• Complacência exclusiva
(19 ml/cmH2O)
Figura 3.4
767164-106 Rev. R
Manual do operador
31
Volume corrente distal do
controlador de 3 ohm X configuração de alimentação em 50% de tempo-I
• Três tamanhos de tubo ET
• Complacência exclusiva
(19 ml/cmH2O)
Figura 3.5
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HFOV 3100B
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HFOV 3100B
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Capítulo 4 Descrição do sistema e dos recursos
de segurança
O sistema é composto por oito subsistemas, seis incluídos no modelo 3100B e dois que devem ser
providenciados pelo usuário:
Subsistemas providenciados pelo usuário
Monitor de oxigênio e misturador de ar/O2 externo
Umidificador externo
Monitor de oxigênio e misturador de ar/O2 externo
As fontes de pressão de oxigênio e de ar são exigidas conforme detalhado no Capítulo 2. Essas fontes
alimentam um misturador de ar/oxigênio fornecido pelo usuário. A fonte de ar também fornece
resfriamento ao subsistema do oscilador, por meio de um sistema especial de controle pneumático. Os
requisitos de fluxo do misturador e do resfriamento de ar no subsistema do oscilador são descritos no
Capítulo 3, Especificações.
ATENÇÃO
A concentração fracionada de oxigênio inspirado deve ser acompanhada por um monitor de oxigênio. A
administração de oxigênio em excesso pode ser prejudicial ao paciente. É essencial que o sistema forneça a
mistura de gases prescrita.
O usuário é responsável por providenciar um misturador de oxigênio/ar e um monitor da concentração
de oxigênio. O misturador deverá ter capacidade de fluxo de 60 L/min. Quando usados em conjunto, o
ajuste será de precisão de ± 3%. A monitorização deve ser realizada em uma saída do misturador, em
estado despressurizado.
Umidificador externo
Embora funcione com o subsistema de circuito do paciente, o umidificador externo é tratado como um
subsistema à parte, pelo fato de ser fornecido pelo usuário. O umidificador usado deve ser do tipo
aquecido e fabricado especificamente para uso em pacientes adultos/pediátricos. Ele deve abranger
uma faixa de fluxo de até 60 LPM. O controle de temperatura pode ser em gráfico fechado ou aberto. No
entanto, a temperatura do gás das vias aéreas proximais deve ser monitorizada. As duas portas da
sonda de temperatura são fornecidas no circuito do paciente. Elas serão abordadas na próxima seção.
ADVERTÊNCIA
A temperatura do gás das vias aéreas proximais não deve ultrapassar 41°C em nenhuma hipótese. Isso pode ser
prejudicial às membranas das vias aéreas do paciente.
ADVERTÊNCIA
Não use o ventilador 3100B em ambientes com temperatura igual ou superior a 28°C. O uso do ventilador em tais
ambientes reduzirá drasticamente a umidade relativa nas vias aéreas do paciente, podendo resultar em
ressecamento.
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HFOV 3100B
ATENÇÃO
Para evitar lesões ao paciente causadas pelo mau funcionamento do umidificador, é altamente recomendado o
uso de um umidificador com as seguintes características:
a. Aquecedor protegido termicamente.
b. Alarmes que indiquem excesso de água no reservatório.
c. Alarmes que indiquem escassez de água no reservatório.
d. Alarmes que indiquem a sonda de temperatura eletricamente aberta ou em curto.
°
e. Alarmes que indiquem temperaturas de sonda > 41 C.
f. Alarmes que indiquem a desconexão da sonda de temperatura.
A conexão do umidificador no sistema do ventilador oscilatório 3100B será descrita posteriormente no
Capítulo 6, Montagem e instalação. É obrigatório o uso dos adaptadores padrão do umidificador; dois
deles são fornecidos para conexão do tubo com diâmetro interno de 3/8", para entrada e saída do
umidificador.
Subsistemas incluídos com o ventilador
Lógica e controle pneumáticos
Circuito do paciente
Subsistema do oscilador
Monitor de pressão das vias aéreas
Subsistema de alarme e controle eletrônico
Fonte de alimentação elétrica
Lógica e controle pneumáticos
O misturador alimenta o gás misturado pressurizado no subsistema de lógica e controle pneumáticos do
modelo 3100B, por meio de um conector DISS. Quatro controles pneumáticos fazem parte deste
subsistema:
Fluxo de polarização
Ajuste da pressão
média
Parafuso de
calibração do circuito
do paciente
Este controle define o fluxo do gás misturado que se desloca continuamente pelas vias aéreas
do paciente.
Ele ajusta o nível da pressão média em que a forma de onda oscilatória é aplicada. Esta pressão
média, juntamente com as características da forma de onda oscilatória, determina a Pa
resultante. Tal controle determina o nível de restrição na válvula de controle do ramal expiratório
do circuito do paciente, na forma descrita na seção “Circuito do paciente” a seguir.
Este controle representa um ajuste de chave de fenda usado para definir a pressão média máxima
que pode ser atingida com um determinado circuito do paciente em condições específicas (consulte
o Capítulo 8, Manutenção e solução de problemas). Este controle é usado somente quando o
circuito do paciente é substituído ou quando é alterado o diafragma da válvula de controle de Pa
do circuito do paciente existente. O controle é necessário porque as características elásticas e
dimensionais do diafragma da válvula de controle de Pa interagem com a pressão de controle da
válvula, a fim de determinar a configuração máxima do dial de controle.
ATENÇÃO
Não aperte demais o parafuso de calibração do circuito do paciente, pois isto poderá danificar o dispositivo. Ele
pára automaticamente ao aproximar-se do limite de ajuste.
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Manual do operador
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A faixa, a resolução e o ajuste dos controles pneumáticos — bem como as características das várias
conexões pneumáticas — são descritos no Capítulo 3, Especificações. O Capítulo 5 apresenta uma
descrição detalhada das funções e do uso de cada controle.
Circuito do paciente
ADVERTÊNCIA
Não tente utilizar outra configuração de circuito, já que isto pode ser prejudicial ao paciente, ao operador ou ainda
causar defeitos no equipamento. O circuito do paciente descrito neste manual foi especialmente projetado para
uso com o ventilador modelo 3100B.
O circuito do paciente combina os três elementos necessários para a ventilação do paciente usando as
técnicas do ventilação oscilatória de alta frequência: fluxo de polarização/pressão média, oscilações de
pressão e limitação de pressão. O circuito do paciente está ilustrado na Figura 4.1.
Figura 4.1. Detalhes do circuito do paciente.
Durante a operação normal, o gás de polarização misturado e umidificado flui pela linha contínua, a
partir do umidificador externo. Este gás flui pelo ramal inspiratório do circuito do paciente, pelo
acoplador em Y e, depois, pelo ramal expiratório do circuito do paciente. Embora passe pelo acoplador
em Y, o gás fresco troca oxigênio e dióxido de carbono no tubo ET/conexão do paciente.
Um sensor de pressão das vias aéreas proximais, feito com tubo de Tygon de 1/8", sai do acoplador em
Y e vai até o monitor de pressão das vias aéreas através de um conector fêmea Luer do tipo bulkhead
branco, próximo à conexão do circuito do paciente. O sinal da pressão é processado para determinar as
diversas medições de pressão e condições de alarme. O monitor de pressão das vias aéreas e os tubos
serão abordados em uma seção adiante.
O ramal expiratório transporta o gás trocado para a válvula de controle de Pa. Esta válvula permite
dois percursos de fluxo expiratório. Um deles é a restrição variável exercida pela linha de controle da
válvula de controle de Pa que se estende pelo subsistema de lógica e controle pneumáticos através
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36
HFOV 3100B
de um conector fêmea Luer do tipo bulkhead de cor verde, próximo à conexão do circuito do paciente. O
outro percurso de fluxo se dá por um orifício fixo que necessita de um fluxo de polarização mínimo no
circuito do paciente para assegurar um fluxo de gás de polarização renovado, independente da
configuração da válvula de controle da Pa.
Quando a válvula de controle de Pa é alterada, ela ajusta a pressão média das vias aéreas no tubo
ET/conexão do paciente depois de decorridas aproximadamente cinco unidades de tempo do sistema,
mas somente se o fluxo de polarização definido e as características do oscilador permanecerem
inalteradas durante o mesmo período de tempo. Cinco unidades de tempo variam de um segundo a, no
máximo, 30 segundos. Esta unidade de tempo é diretamente proporcional à Pa e inversamente ao
fluxo de polarização.
As características elásticas e dimensionais do diafragma da válvula de controle de Pa interagem com
a pressão de controle da válvula para determinar a configuração máxima do dial de controle. O controle
de calibração do circuito do paciente representa um ajuste de chave de fenda usado para definir a
pressão média máxima que pode ser atingida com um circuito do paciente em determinadas condições.
Este controle é usado somente quando o circuito do paciente é substituído ou quando é alterado o
diafragma da válvula de controle de Pa do circuito do paciente existente. Consulte o Capítulo 7,
Manutenção e solução de problemas, para obter o procedimento completo de configuração.
A válvula de limite de pressão atua sobre a Pa. Quando existe alguma condição anormal ou a quando
pressão média do sistema aumenta devido a mudanças inadvertidas ou deliberadas na configuração de
controle, esta válvula atua a fim de limitar a pressão média das vias aéreas proximais.
A válvula de controle de Pa e a válvula de limite de pressão são componentes unidirecionais que
devem ser periodicamente substituídos, de acordo com os procedimentos do Capítulo 7, Manutenção e
solução de problemas.
A válvula de descarga somente é ativada pelos subsistemas de controle eletrônico e pneumático
quando os alarmes de segurança também o são. Os alarmes de segurança ocorrem nas seguintes
condições:
Pa > 60 cmH2O
Pa < 5 cmH2O
A válvula de descarga, quando ativada, abrirá todo o circuito do paciente para o ar ambiente. Ele
oferece ao paciente a oportunidade de respirar espontaneamente em pressão atmosférica normal
quando os alarmes de segurança estão ativados. Em situações de emergência, a válvula de descarga
ajuda a impedir a queda do débito cardíaco, devido à pressão elevada constante do circuito do paciente,
ou a atelectasia, devido à pressão negativa do circuito do paciente.
A válvula de descarga é um componente unidirecional que deve ser substituído periodicamente,
conforme descrito no Capítulo 7.
Existem duas portas para a inserção da sonda de temperatura do umidificador externo. Uma fica
próxima ao conector em Y do paciente e a outra, à válvula de limite de pressão.
O ramal inspiratório atua como meio de propagação das oscilações de pressão geradas pelo
subsistema do oscilador. Uma forma de onda oscilatória comum para a pressão das vias aéreas é
ilustrada na Figura 3.2.
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Manual do operador
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Figura 4.2. Formas de onda oscilatórias comuns para a pressão das vias
aéreas proximais, com ativação da válvula de descarga.
Esta figura também ilustra a ativação da válvula de descarga por uma Pa inferior ao limite de <5
cmH2O ou superior ao limite de 60 cmH2O.
Para impedir que o acúmulo de condensação de água no circuito do paciente e nos subsistemas do
oscilador, um coletor de umidade faz a drenagem através do compartimento do oscilador. Consulte o
Capítulo 8, Manutenção e solução de problemas, para obter informações detalhadas sobre o uso do
coletor de água.
ATENÇÃO
A água do coletor de umidade deve ser drenada periodicamente, conforme descrito no Capítulo 8.
A função dos controles abordados nos parágrafos acima, bem como a função dos alarmes de
segurança, será tratada mais adiante no Capítulo 5, Controles, indicadores e conexões. A montagem do
circuito do paciente no suporte de montagem e sua conexão com o restante do sistema do ventilador
serão abordadas no Capítulo 6, Montagem e instalação.
Subsistema do oscilador
Os componentes do subsistema do oscilador são ilustrados na Figura 4.3. O design incorpora um
circuito de controle eletrônico (controlador de onda quadrada) que conduz um motor linear que, por sua
vez, controla um pistão. Este esquema é bastante semelhante ao de um alto-falante com ímã
permanente.
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HFOV 3100B
Figura 4.3. Detalhes dos subsistemas do oscilador.
Um dos principais vantagens do seu design é a ausência de contato físico entre o ímã permanente e a
bobina elétrica, que fica suspensa dentro do ímã permanente. Isso resulta em um sistema de oscilador
sem atrito muito eficaz.
Quando o controlador de onda quadrada é de polaridade positiva, ele impulsiona a bobina elétrica e o
pistão conectado na direção do paciente (inspiração). Quando a polaridade é negativa, ele leva a bobina
elétrica e o pistão na direção oposta (expiração).
A distância que o pistão percorre em cada direção é determinada por: tensão de polaridade alternada
aplicada à bobina elétrica; pressão do circuito do paciente encontrada pela placa do pistão; corrente de
força contrária da bobina do pistão; e frequência da onda quadrada. O controle da tensão de saída do
controlador de onda quadrada é exercido pela alimentação do subsistema de alarme e controle
eletrônico.
Existem duas paradas mecânicas que determinam o deslocamento máximo do pistão nas direções de
inspiração completa e expiração completa. O período máximo do pistão definido por essas paradas é de
aproximadamente 365 mililitros.
A porcentagem do tempo inspiratório é determinada por outro controle no subsistema de alarme e
controle eletrônico. Este controle define a duração relativa das tensões de polaridade positiva e negativa
sucessivas no controlador de onda quadrada, que está impulsionando a bobina elétrica e o pistão. Ele
também estabelece a corrente de força contrária que deverá superar a tendência que a pressão média
das vias aéreas tem para deslocar o pistão para fora da posição central.
Conforme já mencionado, o deslocamento da bobina elétrica e do pistão é determinado pela tensão
aplicada à bobina elétrica. O tempo de transição total necessário para esse deslocamento ocorrer é da
ordem de milissegundos. Portanto, nas frequências de oscilação menores, o pistão permanecerá imóvel
na maior parte desta fase de respiração (inspiratória ou expiratória).
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À medida que a frequência da oscilação aumenta, o tempo de transição da bobina elétrica e do pistão
até seu deslocamento completo representará uma porcentagem maior na duração total da fase
respiratória. Embora seja uma situação determinada especificamente pelas condições no circuito do
paciente, à medida que a frequência aumenta, a bobina elétrica e o pistão só podem concluir o
deslocamento depois que o controlador de onda quadrada alterna a polaridade, exigindo que a direção
do percurso seja revertida. Assim, a amplitude de deslocamento do pistão do oscilador diminuirá à
medida que a frequência da oscilação aumentar.
Consulte o Capítulo 3, Especificações, para obter informações detalhadas sobre faixa, resolução e
ajuste das várias funções de controle que afetam o subsistema do oscilador. Consulte o Capítulo 5,
Alarmes, indicadores e conexões, para obter uma descrição completa do uso desses controles.
Como a maior parte do subsistema do oscilador corresponde a um motor linear, será necessário
fornecer um tipo de mecanismo de resfriamento para a bobina elétrica. A fonte de resfriamento usada
no modelo 3100B é o fluxo de ar obtido em uma tomada de parede de gás padrão de 50 psig. Um
regulador no subsistema do oscilador controla o fluxo de ar que entra no resfriador de ar tipo Venturi a
28 LPM, que é depois transferido para o ar ambiente a aproximadamente 75 LPM, fornecendo assim
100 LPM de ar resfriado ao redor da bobina elétrica.
Um circuito térmico de proteção foi incorporado ao oscilador para desligá-lo caso ocorra um
superaquecimento causado por falhas no sistema de resfriamento. Tais falhas, se permitidas sem o
desligamento do oscilador, podem resultar na destruição da armação de suporte da bobina. O sistema
de proteção térmica utiliza um termistor na bobina do oscilador para detectar a elevação da
temperatura. O desligamento térmico ocorrerá se a temperatura da bobina ultrapassar 175°C.
Antes do desligamento térmico do oscilador, o operador receberá um aviso informando que a bobina
está superaquecida. Um LED de amarelo de precaução, localizado no painel frontal do pacote de
controle, acenderá quando a temperatura da bobina atingir aproximadamente 150°C.
Monitor de pressão das vias aéreas
O monitor de pressão das vias aéreas é o subsistema-chave do sistema do ventilador oscilatório 3100B.
A maioria dos alarmes de segurança e de advertência se baseia nas determinações de pressão média
das vias aéreas deste monitor.
O monitor de pressão das vias aéreas reconhece a pressão no circuito do paciente através do tubo de
1/8" que vai do acoplador em Y do circuito do paciente até o transformador do monitor de pressão das
vias aéreas. Um fluxo gotejante de gás seco proveniente do misturador flui constantemente do 3100B
para o conector em Y do paciente, a fim de impedir que o vapor d’água obstrua parcialmente esse
percurso do sensor de pressão.
ADVERTÊNCIA
Se os procedimentos de manutenção recomendados para o monitor de pressão das vias aéreas não for seguido
conforme descrito no Capítulo 8 pode ser prejudicial ao paciente ou operador, podendo ainda causar defeitos no
equipamento.
O monitor de pressão das vias aéreas processa as medições de pressão das vias aéreas de seu
transformador de pressão para derivar o seguinte:
1. Pressão média das vias aéreas (Pa)
2. Pico oscilatório menos a pressão oscilatória mínima (∆P)
A pressão média das vias aéreas é essencialmente uma média aritmética da medição da pressão das
vias aéreas. Ela é obtida filtrando-se o sinal de pressão instantânea através de um filtro passa-baixa de
CC a 0,5 Hz.
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HFOV 3100B
A leitura da ∆P é obtida subtraindo-se a pressão oscilatória de mínima do valor da pressão de pico.
O Capítulo 3, Especificações, apresenta uma lista detalhada das especificações para o monitor de
pressão das vias aéreas. O Capítulo 5, Localização e função dos controles, oferece uma descrição
detalhada do uso dos controles e indicadores.
Subsistema de controles e alarmes eletrônicos
Este subsistema contém os controles e funções de alarme do subsistema do oscilador. Ele é composto
por vários circuitos eletrônicos e elementos lógicos. Ele processa as informações recebidas do monitor
de pressão das vias aéreas para atuar da forma mais segura para o paciente. Tais informações são
utilizadas para orquestrar a atividade do subsistema do oscilador e do subsistema de lógica e controle
pneumáticos.
A seguir, são apresentados os controles do subsistema do oscilador que compõem o subsistema de
controle e alarme eletrônico:
Alimentação
% de tempo inspiratório
Frequência – Hz
Iniciar/Parar
A função desses controles é descrita em detalhes no Capítulo 5, Controles.
O subsistema também contém os seguintes indicadores para informar o status do oscilador:
LED Iniciar/Parar
Medidor digital de ∆P
Medidor digital da % do tempo inspiratório
Medidor digital de frequência
A associação desses indicadores aos controles do subsistema do oscilador é descrita em detalhes no
Capítulo 5.
Os seguintes controles e indicadores de alarme fazem parte desta seção:
Botão Pa Máx Excedida e LED
Botão Pa Mín. Excedida e LED
LED Pa > 60 cmH2O
Pa < 5 cmH2O
Botão Silêncio de 45 s e LED
Botão Reconfigurar
LED Bateria Fraca
LED Gás de Origem Fraco
LED Oscilador Superaquecido
LED Oscilador Parado
LED Falha de Energia
A faixa, a resolução e a precisão dessas funções de alarme são descritas no Capítulo 3, Especificações.
O capítulo 5, Controles, indicadores e conexões, apresenta uma descrição detalhada do uso desses
alarmes, controles e indicadores.
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Manual do operador
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A função dos alarmes é influenciada pelos dados de entrada no monitor de pressão das vias aéreas, no
subsistema do oscilador e no subsistema de lógica e controle pneumáticos.
Fonte de alimentação elétrica
A fonte de alimentação elétrica converte a tensão de linha CA em tensão CC necessária para alimentar
o subsistema de controle e alarme eletrônico, o monitor de pressão das vias aéreas e o subsistema do
oscilador.
Especificações mais detalhadas são apresentadas no capítulo 3, Especificações. Os procedimentos de
manutenção são abordados no Capítulo 8, Manutenção e solução de problemas.
Recursos de segurança
O sistema de ventilação oscilatória 3100B foi projetado com vários recursos de segurança para que seu
uso não seja prejudicial ao paciente, nem represente riscos para o equipamento. Estes recursos de
segurança estão incorporados no design dos diversos subsistemas:
Alarmes de advertência
Alarmes de segurança
Alarme de falha de energia
Alarme de oscilador parado
Alarmes de precaução
Proteção térmica do oscilador
Coletor de umidade para impedir a condensação
Válvulas de escape de pressão para proteger o equipamento contra hiperpressão
Lógica de acionamento do oscilador para impedir a aplicação de pressões oscilatórias
excessivamente altas ou baixas no paciente
Os alarmes de advertência são compostos pelas configurações e indicadores de Pa Máx. Excedida e
Pa Mín. Excedida. Caso essa pressão proximal atenda ou ultrapasse a configuração de alarme de
Pa Máx. definida, ocorrerá um alarme visual e sonoro, e o ventilador interromperá a pressão da
válvula de limitação fechada. Quando a pressão média das vias aéreas cair para um nível de 12 (±3)
CmH2O abaixo da configuração de Pa Máx. Definida, a válvula de limite será pressurizada novamente
ao seu estado operacional normal. Se a condição média das vias aéreas se mantiver alta, o alarme será
repetido até que o problema seja resolvido. Feito isto, o indicador visual da Pa máxima permanecerá
aceso a fim de notificar o clínico sobre a violação do alarme. Libere o botão Reconfigurar/Falha de
Energia para zerar o indicador visual. Se a pressão proximal for igual ou menor que a configuração de
Pa Mín., será emitido um alarme visual e sonoro. Este alarme será automaticamente redefinido após a
correção da condição de causa. A máquina não executará nenhuma ação.
Observação
A operação do ventilador com taxas baixas de fluxo de polarização (<15 Ipm), pressões médias das vias aéreas baixas (<15
cmH20) e potência máxima (amplitude máxima) pode resultar em uma descarga de pressão baixa após a ativação do alarme
de Pa Máx.
Os alarmes de segurança são compostos por alarmes de Pa > 60 cmH20 e < 5 cmH2O. Eles são
indicados da mesma forma que os alarmes de advertência descritos acima. Se um desses alarmes de
Pa for ativado, o oscilador será interrompido (o fluxo de polarização continuará) e a válvula de
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HFOV 3100B
descarga abrirá o circuito do paciente para a pressão atmosférica. Depois que a causa da condição de
alarme for corrigida, estes alarmes podem ser zerados por meio do botão Reconfigurar.
Quando o alarme de falha de energia for ativado, a máquina não executará nenhuma ação, a não ser
pelo acendimento de um LED vermelho e a emissão de tom modulado de 3 KHz. O alarme de falha de
energia é zerado por intermédio do botão Reconfigurar, independentemente de ter cessado ou não a
causa do alarme (fonte de alimentação do subsistema de controle e alarme eletrônico inadequada ou
remoção dessa fonte de alimentação). Para reiniciar o oscilador, será necessário pressionar a chave
Iniciar/Parar. É normal que o LED indicador de bateria fraca se acenda quando o botão de
reconfiguração é pressionado.
Os alarmes de precaução ativam apenas um LED amarelo; nenhum alarme sonoro ocorre. Os alarmes
de precaução são: Bateria Fraca, Gás de Origem Fraco, Oscilador Superaquecido e Silêncio de 45 s.
Os alarmes de precaução que indicam condição de bateria fraca, nível baixo do gás de origem ou de
oscilador superaquecido são zerados somente depois que causa do alarme for corrigida pelo usuário. O
indicador de silêncio de 45 segundos ficará aceso durante todo o período de silêncio. Durante esse
período de 45 segundos, o alarme sonoro será silenciado, independente da permanência de sua causa.
Todos os indicadores de alarme visuais irão operar normalmente.
O alarme de oscilador parado ocorrerá se ∆P for inferior à faixa de 5 a 7 cmH2O. Um LED vermelho
se acende e ocorre uma indicação sonora de 3 KHz. A máquina não executará nenhuma ação e o
alarme será reconfigurado automaticamente após a eliminação de sua causa. Observe que o oscilador
pode, na verdade, estar em operação, mas a ∆P resultante ficará abaixo da faixa de 5 a 7 cmH20. Se o
oscilador tiver sido desativado através do botão Iniciar/Parar, o alarme que está indicando a que
condição de interrupção do oscilador será desativada.
ADVERTÊNCIA
Alarmes sonoros indicam uma condição potencialmente prejudicial ao paciente, não devendo ser ignorados. Caso
o alarme não seja prontamente atendido, o paciente poderá ser gravemente afetado, ou ser até mesmo levado à
morte, além de ocorrerem danos no equipamento.
ATENÇÃO
O paciente submetido a tratamento com o ventilador deverá ser permanentemente assistido por um profissional da
área de saúde treinado, que possa agir rapidamente em casos de alarme ou outra indicação de problema.
Um recurso de proteção térmica foi incorporado ao subsistema do oscilador. Esse recurso desligará o
oscilador em caso de superaquecimento. Se este recurso não existisse, o superaquecimento poderia
destruir a armação de suporte da bobina do oscilador. O sistema de proteção térmica utiliza um
termistor na bobina do oscilador para detectar a elevação da temperatura. O desligamento térmico
ocorrerá se a temperatura da bobina ultrapassar 175°C.
Antes do desligamento térmico do oscilador, o operador receberá um aviso informando que a bobina
está superaquecida. Um LED de amarelo de precaução, localizado no painel frontal do pacote de
controle, acenderá quando a temperatura da bobina atingir aproximadamente 150°C.
Um coletor de umidade é incorporado no subsistema do oscilador, conforme descrito em uma seção
anterior, a fim de ajudar a eliminar a condensação do circuito do paciente. Este é um recurso de
segurança não encontrado em muitos ventiladores convencionais com capacidade semelhante para
acúmulo de água. O coletor de água é facilmente esvaziado, conforme os procedimentos descritos no
Capítulo 8, Manutenção e solução de problemas.
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Manual do operador
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ATENÇÃO
A água do coletor de umidade deve ser drenada periodicamente, conforme descrito no Capítulo 7. Se o ventilador
estiver em funcionamento, deixe uma pequena quantidade de água no fundo do coletor para vedar o fluxo e a
pressão entre o ventilador e a saída do dreno.
Existem também dispositivos de alívio de pressão para proteger o equipamento. Uma válvula
mecânica de alívio de 75 psig protege as conexões da “entrada do misturador” e da “entrada de
resfriamento de ar”. A conexão da “saída do umidificador” é protegida por uma válvula mecânica de
alívio de 5 psig. Esses dispositivos funcionam independentemente de o ventilador oscilatório 3100B
estar eletricamente energizado ou não.
O oscilador iniciará somente se os controles forem usados na seqüência apropriada e/ou ajustados para
a faixa apropriada. O procedimento de acionamento é descrito no Capítulo 7, Verificação operacional
e acionamento.
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Capítulo 5 Controles, indicadores e conexões
Este capítulo descreve a localização, função e utilização de cada um dos controles, indicadores e
conexões do ventilador oscilatório modelo 3100B. Além disso, são apresentadas ilustrações, juntamente
com números de referência. O Capítulo 3, Especificações, contém informações detalhadas sobre a
resolução e a precisão dos controles e indicadores. A teoria do funcionamento geral do modelo 3100B,
bem como de cada um dos subitens é explicada no Capítulo 4, Descrição do sistema e dos recursos de
segurança.
ATENÇÃO
Antes de cada utilização, certifique-se de que o ventilador esteja funcionando corretamente. Consulte o Capítulo 7,
Verificação operacional e acionamento. As funções de alarme testadas neste procedimento verificam a capacidade
do dispositivo para detectar e indicar condições que possam ter efeito prejudicial no paciente.
Painéis frontal e lateral – unidade de controle
Figura 5.1. Controles e indicadores do painel frontal.
Os números exibidos na Figura 5.1 correspondem aos números empregados nas descrições que se
seguem.
1.
Fluxo de
polarização
Controla e indica a taxa de fluxo continuo do gás combinado umidificado que transita pelo circuito
do pacientes. O botão do controle corresponde a uma válvula pneumática de 15 rotações que
aumenta o fluxo à medida que é girado em sentido anti-horário.
A taxa de fluxo é indicada por um flutuador cilíndrico contido em um rotâmetro de tubo de vidro com
graduações de 0 a 60 LPM, em variações de 5 LPM. Lê-se o fluxo alinhando o centro do flutuador
cilíndrico com a marca de escala do rotâmetro correspondente ao fluxo ajustado. A taxa máxima
atingida é internamente limitada a 60 LPM.
2.
Ajuste da pressão
média
Ajusta a pressão média das vias aéreas (Pa), controlando a resistência da válvula de controle da
Pa. Este controle corresponde a uma válvula pneumática crescente de 1 rotação em sentido
horário.
Obtém-se o ajuste afetado por este controle no monitor de pressão média (8).
767164-106 Rev. R
46
HFOV 3100B
Por não se tratar de um controle de gráfico fechado, a Pa sofrerá alterações caso se modifique o
ajuste do fluxo de polarização. O aumento deste fluxo intensificará a Pa. Além disso, sendo
assimétrica a forma de onda de pressão oscilatória introduzida pelo oscilador, o ajuste dos
controles do oscilador também irá alterar a Pa.
Quando ajustado, esse controle determina a pressão média na conexão entre o tubo endotraqueal
e o paciente, depois de transcorridos cerca de cinco unidades de tempo do sistema. No entanto,
isto ocorrerá apenas se as características do oscilador e do fluxo de polarização definido
permanecerem inalteradas durante o mesmo período. Cinco unidades de tempo variam de um
segundo a, no máximo, 30 segundos. Essa constante de tempo é inversamente proporcional à
definição do fluxo de polarização e à resistência da válvula de controle da Pa .
Poderão necessitar de reajuste da pressão média, com o objetivo de manter a Pa constante, as
alterações efetuadas nos seguintes controles do oscilador: Frequência, % de tempo inspiratório,
Energia (e alteração de ∆P resultante).
A frequência afeta levemente o ajuste da Pa, mas a frequências mais altas, a amplitude de
movimento do pistão do oscilador poderá sofrer atenuações devido à limitação da taxa. (O tempo
de trânsito do pistão é superior ao tempo de ciclo do ajuste da frequência.)
O ajuste da % de tempo inspiratório afeta a simetria da forma de onda oscilatória, e portanto
também irá alterar diretamente a Pa, quando reajustado.
Alterações efetuadas em ∆P irão causar mudanças na porcentagem da Pa com contribuição de
por qualquer forma de onda oscilatória assimétrica. Assim sendo, a Pa será alterada, sendo
necessário reajustá-la caso a mudança na Pa não seja desejável.
Com o oscilador desligado, o controle Ajuste da Pressão Média é capaz de obter 41 cmH2O de
Pa em um fluxo de polarização de 20 LPM, com o circuito do paciente calibrado no sistema. Em
geral, a Pa irá elevar-se moderadamente durante o funcionamento do oscilador.
Consulte o Capítulo 7, Verificação operacional e acionamento, para obter uma explicação completa
de como configurar a pressão média.
3.
4.
Não utilizado
Alimentação
Determina a quantidade de energia que impulsiona o pistão do oscilador de um lado para outro. O
controle Energia corresponde a um potenciômetro elétrico de 10 rotações que abrange a variação
de energia de 0 a 100%. A escala do botão corresponde a um dial de 10 rotações com bloqueio,
não calibrado mas marcado em % de energia, para que se possa estabelecer pontos de referência.
O efeito desse controle é alterar o deslocamento do pistão do oscilador e, portanto, a ∆P de
pressão oscilatória.
5.
% tempo
inspiratório
6.
Frequência
O controle Energia interage com as condições da Pa existentes no circuito do paciente, a fim de
produzir a ∆P resultante. A ∆P é expressa em números no medidor digital adjacente ao controle
Energia. Em amplitudes extremamente altas, ou seja, para ajustes de energia superiores a 6, a
pressão do oscilador poderá contribuir para a pressão média de forma significativa. Alterações
efetuadas na amplitude resultarão em modificações na pressão média das vias aéreas e, portanto,
devem ser compensadas a fim de se manter estável a pressão média das vias aéreas.
Consulte o Capítulo 7, Verificação operacional e acionamento, para obter uma descrição da técnica
para ajuste do controle Energia.
Determina a porcentagem de tempo do ciclo do oscilador em que o pistão se desloca para a
posição inspiratória final ou nela permanece. O controle corresponde a um potenciômetro elétrico
de 10 rotações e abrange a faixa de 30 a 50%. O ajuste é expresso em números no medidor digital
adjacente ao controle.
Alterações efetuadas na % do tempo inspiratório poderão afetar a posição do pistão do oscilador.
Em frequências mais altas, alterar a % do tempo inspiratório de 50% (ou próximo a esse valor) para
30% poderá diminuir o deslocamento. Isto se deve ao fato de que uma menor fase inspiratória da
oscilação poderá não proporcionar tempo suficiente para que o pistão se desloque totalmente.
Esse controle afeta a simetria da forma de onda oscilatória, portanto, poderá alterar a Pa ou ∆P.
Ajusta a frequência do oscilador em Hertz. O botão de controle corresponde a um potenciômetro
elétrico crescente em sentido horário, de 10 rotações, que abrange o intervalo de 3 a 15 Hertz. A
frequência ajustada aparecerá no medidor digital.
767164-106 Rev. R
Manual do operador
47
7.
Iniciar/Parar
Alterna manualmente o oscilador entre ativado e desativado. Se o LED verde desse botão estiver
aceso, o oscilador estará ativado. Para desativá-lo, pressione o botão. Quando o LED verde está
apagado, o oscilador se encontra desativado. Ao pressionar o botão, o oscilador se ativará e
iniciará o funcionamento, desde que o acionamento tenha sido executado de forma adequada.
Esse procedimento de acionamento é apresentado no Capítulo 6. Caso não seja corretamente
executado, o sistema não permitirá que se ative o oscilador, evitando que o paciente experimente
uma Pa muito alta ou baixa.
8.
Pressão média das
vias aéreas
Exibe a Pa em um medidor digital, em cmH2O.
9.
Pa Máx. Definida
Determina o nível em cmH2O no qual ocorrerá o disparo do alarme de advertência da
ultrapassagem do valor máximo de Pa. O nível de Pa máxima é definido por meio de um
marcador que abrange a faixa de 0 a 59 cmH2O. O interruptor possui uma trava mecânica na
coluna das dezenas, a fim de evitar a seleção de um numeral maior que 5.
Caso essa pressão proximal atenda ou ultrapasse a configuração de alarme de Pa Máx. definida,
ocorrerá um alarme visual e sonoro, e o ventilador interromperá a pressão da válvula de limitação
fechada. Quando a pressão média das vias aéreas cair para um nível de 12 (±3) CmH2O abaixo da
configuração de Pa Máx. Definida, a válvula de limite será pressurizada novamente ao seu estado
operacional normal. Se a condição média das vias aéreas se mantiver alta, o alarme será repetido
até que o problema seja resolvido. Feito isto, o indicador visual da Pa máxima permanecerá
aceso a fim de notificar o clínico sobre a violação do alarme. Libere o botão Reconfigurar/Falha de
Energia para zerar o indicador visual.
Observação
A operação do ventilador com taxas baixas de fluxo de polarização (<15 Ipm), pressões médias das vias aéreas baixas
(<15 cmH20) e potência máxima (amplitude máxima) pode resultar em uma descarga de pressão baixa após a ativação do
alarme de Pa Máx.
10.
Pa Mín. Definida
11.
Pa > 60 cmH2O
12.
Pa < 5 cmH2O
767164-106 Rev. R
Determina o nível (em cmH2O) em que ocorrerá o disparo do alarme de advertência de
ultrapassagem do valor mínimo de Pa. O nível de Pa mínima é definido por meio de um
marcador que abrange a faixa de 0 a 59 cmH2O. O interruptor possui uma trava mecânica na
coluna das dezenas, a fim de evitar a seleção de um numeral maior que 5.
A ativação do alarme é indicada por um tom modulado de 3 KHz e um LED vermelho adjacente ao
marcador.
O alarme será zerado de forma automática após a eliminação da causa do problema. É possível
silenciar o indicador sonoro por 45 segundos, pressionando-se o botão Silêncio de 45 s.
Este alarme não gera nenhuma resposta da máquina além da ativação dos indicadores visual e
sonoro.
O LED vermelho indica a ativação desse alarme de segurança predefinido. Também é indicado por
um tom modulado de 3 KHz. Após a correção da causa do alarme, ele pode ser zerado por meio do
botão Reconfigurar. É possível pressionar o botão Silenciar por 45 s para interromper o indicador
sonoro, no entanto, o indicador LED vermelho continuará ativo e a válvula de descarga
permanecerá aberta.
Ocorrido o disparo desse alarme, o modelo 3100B irá automaticamente desativar o oscilador, no
entanto, o fluxo de polarização permanecerá ativo. The Dump Valve will be open and will hold the
airway pressure to near atmospheric. This protects the patient from the elevated pressure and
allows the patient to breathe spontaneously. (Consulte a seção “Circuito do paciente”, no Capítulo
3, para obter uma explicação mais detalhada desse recurso.)
Devido à ativação da válvula de descarga, o sistema também ativará o alarme de segurança de
Pa < 5 cmH2O.
Após a resolução do problema que disparou o alarme de segurança, deve-se executar o
acionamento do oscilador para reconfigurá-lo. Esse assunto é discutido no Capítulo 7, Verificação
operacional e acionamento.
O LED vermelho indica a ativação desse alarme de segurança. Também é indicado por um tom
modulado de 3 KHz. Esse alarme soará quando a Pa for inferior a 5 cmH2O e será zerado depois
de corrigido o problema.
48
13.
HFOV 3100B
Falha de energia
É possível pressionar o botão Silenciar por 45 s para interromper o indicador sonoro, no entanto, o
indicador LED vermelho continuará ativo.
Ocorrido o disparo desse alarme, o modelo 3100B irá automaticamente desativar o oscilador, no
entanto, o fluxo de polarização permanecerá ativo. A válvula de descarga se ativará e irá manter o
valor da pressão das vias aéreas próximo ao valor da pressão atmosférica, permitindo que o
paciente respire espontaneamente. (Consulte a seção “Circuito do paciente”, no Capítulo 4, para
obter uma explicação mais detalhada desse recurso.)
Após a resolução do problema que disparou o alarme de segurança, deve-se executar o
acionamento do oscilador para reconfigurá-lo. Este procedimento é apresentado no Capítulo 7.
O LED vermelho indica perda de energia elétrica, alimentação insuficiente ou inadequada. É
acompanhado por um tom sonoro modulado de 3 KHz. As seguintes condições poderão causar o
disparo desse alarme:
a. Desconexão do interruptor do sistema do modelo 3100B.
b. Desligamento da chave de força (29).
c. Plugue desconectado da tomada.
d. Perda de energia proveniente da linha do estabelecimento hospitalar, à qual o
sistema está conectado.
e. Falha na fonte de alimentação interna do sistema do modelo 3100B.
14.
Botão Reconfigurar
15a.
Bateria fraca
15b
Gás de origem
fraco
Para zerar os indicadores de alarme (LED vermelho e tom modulado de 3 KHz) depois que eles
tiverem sido interrompidos, basta pressionar o botão Reconfigurar (14), ainda que a falha já tenha
sido corrigida. Em seguida, deve-se pressionar a chave Iniciar/Parar para reiniciar o oscilador.
O circuito do alarme de falha de energia é alimentado por uma bateria (25). Este assunto será
apresentado na próxima seção, que abordará o funcionamento dos controles, indicadores e
conexões contidos no painel traseiro da unidade de controle.
Esse botão temporário zera todos os alarmes de segurança, incluindo o alarme de falha de
energia.
As causas que dispararam os alarmes de segurança > 60 cmH2O e < 5 cmH2O (11 e 12) devem
ser corrigidas antes de zerar os alarmes. Estes alarmes provocam a abertura da válvula de
descarga, portanto, é necessário pressionar o botão Reconfigurar com a chave Iniciar/Parar ativada
até que a válvula descarga se feche e a pressão das vias aéreas atinja um nível 5 cmH2O acima
da Pa.
O alarme de falha de energia (13) será reajustado estando ou não solucionada a causa da
condição de alarme.
É normal que o LED indicador de bateria fraca se acenda quando o botão de reconfiguração é
pressionado.
Indica que bateria do alarme de falha de energia (25) , localizada no painel traseiro da unidade de
controle, deve ser substituída assim que possível a fim de assegurar o funcionamento contínuo e
adequado do alarme em questão.
Indica que a pressão do gás na conexão “Entrada do Misturador” ou “Resfriamento de Ar” atingiu
um nível inferior a 30 psig.
Como os alarmes Bateria Fraca e Gás de Origem Fraco são alarmes de precaução, não há
indicadores sonoros e somente os LEDs amarelos se acendem. Esses alarmes serão zerados
somente após a substituição da bateria ou depois que pressão do gás atingir níveis acima de 30
psig, respectivamente.
O usuário deverá investigar a causa do alarme. Caso o problema seja perda de pressão na saída
no misturador, os alarmes de segurança ou advertência serão logo ativados. Se o problema for
perda do ar de refrigeração do oscilador, o sistema rapidamente acionará o alarme Oscilador
Superaquecido. Este alarme poderá ocorrer como conseqüência da obstrução por sujeira de um
cartucho do filtro de entrada. Consulte a seção “Procedimentos de manutenção efetuados pelo
operador”, no Capítulo 7, para obter instruções sobre a substituição de cartuchos.
A próxima seção abordará com mais detalhes a bateria, incluindo também a operação e localização
dos controles, indicadores e conexões do painel traseiro.
767164-106 Rev. R
Manual do operador
16.
Oscilador
superaquecido
17.
Oscilador Parado
18.
Silêncio de 45 s
19.
Calibração do
circuito do paciente
49
Indica que a bobina do oscilador está superaquecida (atingiu cerca de 150°C). Este é um alarme de
precaução e, portanto, aciona um LED amarelo, sem indicadores sonoros. Esse alarme será zerado
somente depois de corrigida a causa da condição de alarme. O operador deverá determinar se o
problema foi perda ou diminuição da pressão do gás de refrigeração. A causa poderá ser baixa
pressão na fonte de gás, uma oclusão como, por exemplo, um tubo dobrado ou cartucho de filtro de
entrada obstruído, ou ainda uma conexão de tubo solta, interna ou externamente. Consulte o
Capítulo 8, Manutenção e solução de problemas, para obter instruções sobre a substituição dos
cartuchos de filtro de entrada.
Indica que o oscilador está ativo, ou seja, o LED verde do botão Iniciar/Parar está aceso, mas com
∆P < 5 a 7 cmH2O. Além do indicador LED vermelho, o sistema também emite um tom modulado
de 3 KHz. Não há execução de nenhuma ação da máquina além dos indicadores, que se reajustam
automaticamente após a solução do problema.
Ativa e indica a interrupção do alarme sonoro por um período de 45 segundos. Este controle
corresponde a um botão aceso que, quando acionado, indica um alerta de LED amarelo. Uma vez
ativado, não pode ser zerado antes de decorrido o tempo de 45 s.
Ajusta a pressão média máxima que se pode obter com determinado circuito do paciente. Este
ajuste, realizado com uma chave de fenda, é utilizado para calibrar a pressão média máxima após
a alteração do circuito do paciente ou do diafragma de controle da Pa. O Capítulo 8, Manutenção
e solução de problemas, fornece detalhes sobre o procedimento completo de configuração.
Painel traseiro – unidade de controle
Figura 5.2. Controles, indicadores e conexões do painel traseiro.
Os números contidos na Figura 5.2 correspondem aos números empregados nas descrições que se
seguem. Características específicas a cada modelo serão discutidas no Capítulo 3, Especificações.
767164-106 Rev. R
50
HFOV 3100B
20
Entrada do Misturador
21
Saída no Umidificador
22.
Ajuste em zero do
transdutor de pressão
Ajuste do intervalo de
calibração do transdutor
de pressão
23.
24.
25
Medidor de tempo
transcorrido
Bateria do alarme de falha
de energia e
compartimento da bateria
26.
Trava de posicionamento
27.
Entrada do resfriamento
de ar
28.
Rótulo para registro de
substituição do filtro de
gás de resfriamento do
misturador
Registro de substituição
do controlador
29.
Conector DISS para oxigênio, utilizado para conexão em um cartucho de filtro de entrada
colocado em linha e,em seguida, na saída do misturador de ar externo/O2. A pressão nominal do
gás de saída do misturador deve corresponder a 50 psig. O LED amarelo que indica gás de
origem fraco ficará aceso se a pressão na entrada atingir níveis inferiores a 30 psig ±5%.
Essa conexão de entrada é protegida contra pressão excessiva por uma válvula mecânica de
alívio de 75 psig. O Capítulo 3, Especificações, apresenta mais detalhes sobre esta proteção.
Conector que fornece fluxo de polarização na entrada do umidificador externo. Trata-se de um
adaptador farpado de 3/8", protegido contra pressão excessiva por uma válvula mecânica de
alívio de 5 psig. Os procedimentos de montagem do circuito do paciente associados a este
conector são abordados no Capítulo 6, Montagem e instalação.
Consulte o Capítulo 8.
Consulte o Capítulo 8.
Indica o tempo total acumulado (em horas) de energização do modelo 3100B. O Capítulo 3
apresenta especificações detalhadas para este medidor.
Tampa de metal, presa por 2 parafusos, que protege a bateria alcalina de 9 volts. O LED Bateria
Fraca (15), localizado no painel frontal, indica a necessidade de substituição da bateria. Para
substituição, pode ser usada qualquer bateria alcalina de 9 volts de alta qualidade. Observação:
Remova a bateria caso não pretenda utilizar o aparelho por um longo período de tempo.
Trava a rotação da unidade de controle na posição selecionada pelo usuário. Quando essa trava
é girada em sentido anti-horário, é possível efetuar uma rotação de quase 360º na unidade de
controle. Isto permite a visualização o painel frontal do modelo 3100B de um ângulo que não
dependa da posição do circuito do paciente.
Após selecionar a posição desejada, gire o botão em sentido horário para travar a caixa protetora
nessa posição.
Girar ligeiramente o botão em sentido anti-horário a partir da posição totalmente travada criará um
atrito, evitando a livre rotação da caixa protetora sem, contudo, restringir totalmente sua
movimentação.
O Capítulo 6, Montagem e instalação, aborda mais detalhadamente o posicionamento dos
controles.
Adaptador DISS de ar para conexão (por meio de um cartucho de filtro de entrada colocado em
linha) à alimentação de ar proveniente do estabelecimento de saúde. Este ar fornecido é o gás de
resfriamento usado no oscilador. A pressão nominal do ar do hospital deve corresponder a 50
psig, à taxa requerida de 25 LPM. O LED amarelo que indica gás de origem fraco ficará aceso se
a pressão na entrada atingir níveis inferiores a 30 psig ±5%.
Durante o procedimento de manutenção normal descrito no Capítulo 8, registre a leitura indicada
no medidor de tempo transcorrido, a fim de agilizar a consulta.
Durante o procedimento de manutenção normal descrito no Capítulo 8, registre a leitura indicada
no medidor de tempo transcorrido, a fim de agilizar a consulta.
767164-106 Rev. R
Manual do operador
51
Coluna do sistema e circuito do paciente
Figura 5.3. Controles e conexões do circuito do paciente e coluna do sistema.
Os números indicados na Figura 5.3 correspondem aos números empregados nas descrições que se
seguem.
ATENÇÃO
Tome cuidado para não ondular ou perfurar as linhas de controle ou sensoras (que entram e saem do circuito do
paciente) durante a montagem ou operação do ventilador, pois isso prejudicará o funcionamento dos alarmes de
segurança, de advertência, de precaução e/ou dos controles de limite de pressão.
30.
Chave de força
31.
Compartimento do
oscilador (foles)
Válvula de controle da
pressão nas vias aéreas
32.
33.
Controle da válvula de
descarga
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Liga ou desliga o sistema do modelo 3100B. Esta chave de força também funciona como um
disjuntor, em caso de sobrecargas elétricas. Se o disjuntor desarmar, procure identificar a causa
de sobrecarga elétrica antes de rearmá-lo. Este interruptor é uma chave de embutir padrão que
interrompe o circuito em ambos os lados da linha de alimentação, da mesma forma que um
disjuntor embutido.
Presa ao ramal inspiratório do circuito do paciente, com diâmetro interno de 1/4", fixa-se no local
com quatro prendedores de 1/4 de rotação.
Conector Luer fêmea do tipo bulkhead, de cor verde, para conexão de tubulação verde (diâmetro
interno de 1/16") que se direciona à entrada de controle da válvula de controle de Pa no
circuito do paciente. Consulte o procedimento de montagem descrito no Capítulo 6 para obter
detalhes sobre a inserção desta linha de controle na válvula. Esta linha deve ser regularmente
substituída durante a manutenção preventiva periódica do ventilador oscilatório.
Conector Luer fêmea do tipo bulkhead, de cor vermelha, para conexão da tubulação vermelha
(diâmetro interno de 1/16") que se direciona à entrada de controle da válvula de descarga do
52
HFOV 3100B
34.
Sensor de pressão nas
vias aéreas
35.
Controle da válvula de
limite de Pa
36.
Coletor de umidade
37.
Válvula de drenagem do
coletor de umidade
circuito do paciente. Consulte o procedimento de montagem descrito no Capítulo 6 para obter
detalhes sobre a inserção desta linha de controle na válvula. Esta linha deve ser regularmente
substituída durante a manutenção preventiva periódica do ventilador oscilatório.
Conector Luer fêmea do tipo bulkhead, de cor branca, para conexão da tubulação transparente
(diâmetro interno de 1/8") que se direciona à porta de pressão das vias aéreas do circuito do
paciente com a finalidade de transmitir o sinal de Pa ao transdutor de pressão dentro da
unidade de controle. Consulte o procedimento de montagem descrito no Capítulo 6 para obter
detalhes sobre a inserção.
Conector Luer fêmea do tipo bulkhead, de cor azul, para conexão da tubulação azul (diâmetro
interno de 1/16") que se direciona à entrada de controle da válvula de limite de Pa do circuito
do paciente. Consulte o procedimento de montagem descrito no Capítulo 6 para obter detalhes
sobre a inserção desta linha de controle na válvula. Esta linha deve ser regularmente substituída
durante a manutenção preventiva periódica do ventilador oscilatório.
O coletor de umidade deverá drenar a água condensada se o circuito do paciente estiver na
posição correta. Há um pequeno orifício (0,63 mm de diâmetro) na parte superior do coletor por
onde o ar escapa à medida que sua capacidade é preenchida.
Permite a drenagem da água condensada. A água do fundo é drenada quando se abre o
registro. É possível drenar o conteúdo do coletor de umidade durante o funcionamento do
modelo 3100B contanto que a vedação hidráulica entre o ventilador e o dreno inferior não esteja
danificada. Isto pode ser feito deixando-se sempre uma pequena quantidade de água no fundo
do coletor após a drenagem. Siga as instruções contidas no Capítulo 8 referentes à limpeza e
desinfecção dos mecanismos da válvula e do coletor de umidade.
ATENÇÃO
Antes de realizar a calibração do circuito do paciente, verifique se o registro está fechado. Se o registro do coletor
de umidade permanecer aberto, o circuito do paciente poderá não ficar calibrado (39 -43 cmH2O) e,
conseqüentemente, a Pa administrada será reduzida.
Quatro prendedores de 1/4 de rotação que fixam o fole (compartimento do oscilador) no lugar,
na frente do pistão do oscilador.
Destinado à inserção do circuito do paciente. Consulte o Capítulo 6 para obter instruções
sobre montagem e ajuste.
38.
Prendedores do fole
39.
Suporte do circuito do
paciente
40.
Tubulação do umidificador
Conecta o umidificador externo entre a indicação “Outlet To Humidifier” (saída para o
umidificador), situada no painel traseiro da unidade de controle, e a entrada do fluxo de
polarização, localizada no circuito do paciente. Na Figura 4.3, a tubulação do umidificador
aparece conectada ao circuito do paciente sem o umidificador em linha.
Utilize somente o tubo de 3/8" fornecido com o circuito do paciente.
41.
Conectores fêmea Luer do
tipo bulkhead
Há quatro conectores Luer na parte frontal do compartimento do oscilador. Destinam-se à
conexão das três tampas de válvula e da porta sensora de pressão do circuito do paciente.
42.
Tira de fixação
Prende o circuito do paciente em seu suporte, mantendo-o em uma posição estável.
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HFOV 3100B
53
Capítulo 6 Montagem e instalação
Este capítulo aborda a montagem e a instalação do ventilador oscilatório modelo 3100B, bem como sua
desembalagem, antes da verificação operacional. A unidade de controle é fornecida já instalada na
coluna. As Figuras 6.1 e 6.2 ilustram a montagem do circuito do paciente e sua colocação no restante
do ventilador.
Desembalagem do aparelho
O ventilador oscilatório modelo 3100B é fornecido em um container com o aparelho (unidade de controle
previamente montado, coluna e pedestal) e algumas caixas de papelão contendo os seguintes
componentes:
Base e braço de suporte do circuito do pacientes.
Dois circuitos completos de paciente, embalado em caixas separadas.
Adaptadores/mangueiras de entrada e saída do umidificador.
Uma caixa contendo 10 cartuchos de filtro de entrada sobressalentes para as entradas de ar e da
mistura de gases.
Manual do operador
Adaptadores do suporte de montagem do umidificador.
Montagem
ATENÇÃO
Se os métodos de montagem descritos aqui não forem seguidos, o modelo 3100B poderá apresentar avarias,
instabilidade mecânica e mau funcionamento. Em caso de dúvidas sobre o procedimento de montagem, entre
imediatamente em contato com o suporte técnico da CareFusion antes de prosseguir.
Coloque a unidade de controle previamente montada, a coluna e o pedestal em uma superfície plana e
trave os rodízios.
Com uma chave de fenda de ponta chata, monte o braço de suporte do circuito do paciente antes de
instalá-lo no circuito.
ATENÇÃO
Ao conectar o circuito do paciente, certifique-se de que o braço de suporte esteja corretamente montado. O
descumprimento a esta recomendação resultará na desconexão do circuito do paciente (devido às forças
oscilatórias) ou no acúmulo da condensação do umidificador nas vias aéreas do paciente.
Prenda a haste de ajuste vertical na extremidade do braço de suporte de forma que o tubo principal do
circuito do paciente se encaixe no braço de suporte. Aperte o parafuso para fixar o tubo na altura
desejada.
Soltando o parafuso da haste do suporte e deslizando-a para cima ou para baixo, é possível controlar o
ângulo do circuito do paciente. Verifique sempre se o parafuso está bem apertado.
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54
HFOV 3100B
Figura 6.1. Desmontagem do circuito do paciente.
Figura 6.2. Detalhes do circuito do paciente.
Monte o circuito do paciente orientando-se pelas Figuras 6.1 e 6.2. Conecte o corpo do circuito ao
conjunto formado por fole/coletor de umidade e aos três conjuntos de diafragma/tampa idênticos, nas
três válvulas localizadas no circuito do paciente.
767164-106 Rev. R
Manual do operador
55
ATENÇÃO
Antes de conectar o circuito do paciente ao ventilador 3100B, certifique-se da integridade do diafragma do
controlador, inspecionando-o quanto à presença de rachaduras ou rompimentos. Se forem observados quaisquer
danos, não prossiga com a ventilação do paciente, pois isso poderá causar um defeito no ventilador. Para obter
assistência, entre em contato com o suporte técnico da CareFusion imediatamente.
Em seguida, conecte o circuito à superfície do compartimento do oscilador, utilizando os quatro
prendedores fixos em T com 1/4 de rotação.
Conecte os três tubos codificados por cor em suas respectivas tampas de válvula, utilizando o seguinte
esquema de códigos de cor:
Cor da linha
Ponto de inserção no circuito do paciente
Azul
Válvula de limite
Verde
Válvula de controle da pressão nas vias aéreas
Vermelho
Válvula de descarga
Transparente
Sensor de pressão nas vias aéreas
Os diferentes comprimentos e códigos de cor dos tubos, bem como a disposição física das válvulas no
interior do circuito do paciente, destinam-se a reduzir as possibilidades de conexão cruzada.
ATENÇÃO
Tome cuidado para não ondular ou perfurar as linhas de controle ou sensoras (que entram e saem do circuito do
paciente) durante a montagem ou operação do ventilador, pois isso prejudicará o funcionamento dos alarmes de
segurança, de advertência, de precaução e/ou dos controles de limite de pressão.
Em seguida, conecte a linha sensor de pressão (tubo de Tygon de 1/8") (presa ao conector em “Y” do
circuito do paciente) ao conector fêmea Luer do tipo bulkhead, identificado com a indicação “Airway
Pressure” (pressão das vias aéreas). Por fim, insira a sonda de temperatura do umidificador na abertura
cônica próxima ao conector em Y do circuito. Note que existe uma porta idêntica com plugue removível
localizada na extremidade oposta do circuito. Insira o plugue na porta que não está sendo utilizada.
ATENÇÃO
Se a limpeza da sonda de temperatura for feita com álcool, deixe-o evaporar completamente antes de inserir a
sonda no circuito. Um alto nível residual de álcool pode enfraquecer o adaptador acrílico e provocar sua ruptura.
Insira o plugue fornecido na porta da sonda de temperatura que não esteja sendo utilizada. Se este
procedimento for ignorado, poderá haver um escape suficiente para impedir que se atinja a pressão
mínima nas vias aéreas necessária ao funcionamento do oscilador.
Utilize o ajuste da base, anteriormente descrito, a fim de manter a altura e o ângulo corretos no circuito
do paciente. O ângulo adequado permite que a água condensada se direcione para o coletor de
umidade instalado na coluna.
Feito isso, o ventilador oscilatório de alta frequência 3100B estará pronto para o acionamento e para a
verificação operacional (consulte o Capítulo 7).
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ADVERTÊNCIA
Não tente substituir a configuração do circuito a partir de outro instrumento. A utilização de circuitos que não sejam
dos modelos 3100A ou 3100B poderá ser prejudicial ao paciente e ao operador, além de causar danos ao
equipamento. O circuito do paciente descrito neste manual foi especialmente projetado para uso com o ventilador
modelo 3100B.
Adquira um misturador de ar/O2 externo e um umidificador externo para inclusão no sistema conforme o
descrito no Capítulo 3. Conecte esses dispositivos ao circuito do paciente utilizando os acessórios de
inserção fornecidos, bem como as Figuras 5.1 e 5.2 como guia. Efetue as seguintes conexões:
Dispositivo
Conexões de entrada de
Conexão de saída para
Misturador de ar/O2
(a) Ar do hospital
Conector DISS
(b) Oxigênio do hospital
Conector DISS
Conectores DISS da
Parte traseira da unidade de controle
“INLET FROM BLENDER”
Umidificador
Painel traseiro da unid. controle
“OUTLET TO HUMIDIFIER”
Encaixe farpado de 3/8"
Circuito do paciente
Conexão do fluxo de polarização
Encaixe de bico de 3/8"
Há uma ligação adicional entre a conexão AIR DISS do hospital e o conector DISS para ar da coluna
marcado “AIR COOLING”.
Simpson
Blender/Cooling Gas
Filter Replacement Record
doodle
00879
Elapsed Time
Filters should be replaced every
500 hours of operation
BREATING GAS
OUTLET TO
HUMIDIFIER 40-60 PSI
MAXIMU 60 LPM
POSITION LOCK
3100B OSCILLATORY VENTILATOR
*
Sensor
COOLING AIR
" Outlet to Humidifier"
3/8" Barbed Fitting
" Inlet From Blender"
DISS Fitting
Driver Replacement Record
" Cooling Air"
DISS Fitting
Drivers should be replaced every
2000 hours of operation
Figura 6.3. Conexões do painel traseiro.
ADVERTÊNCIA
Não encurte o tubo do fluxo de polarização de 75 cm fornecido com o circuito do paciente, pois esse procedimento
poderá reduzir a ∆P máxima, permitindo que as pressões oscilatórias sejam atenuadas pela maior proximidade ao
volume do canister do umidificador.
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Manual do operador
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ATENÇÃO
Os cartuchos de filtro de entrada da mistura de gases e do ar do ventilador devem ser substituídos, no mínimo, a
cada 500 horas de operação, conforme descrito no Capítulo 8, Manutenção e solução de problemas. O
equipamento poderá ser danificado e/ou o paciente ser lesionado se os cartuchos de filtro não forem substituídos
ou se forem utilizados cartuchos não autorizados. Utilize apenas cartuchos CareFusion, número de peça 463110
(caixa com 10, N.º de peça 767163).
Para conexão do ventilador 3100B, localize uma tomada apropriada, de classificação mínima compatível
com as especificações elétricas do ventilador descritas no Capítulo 3, Especificações.
Agora, o sistema do modelo 3100B está pronto para a verificação operacional.
ADVERTÊNCIA
Não tente romper a conexão do fio de aterramento. Aterramento inadequado pode ser a causa de defeitos no
dispositivo ou equipamento interconectado, além de ser potencialmente lesivo ao paciente ou às pessoas
envolvidas no uso do dispositivo. Este dispositivo é fornecido pelo fabricante com uma tomada de alimentação CA
própria para uso hospitalar. A confiabilidade do aterramento só pode ser assegurada quando conectado a um
receptáculo testado e rotulado com “Para uso hospitalar”.
ATENÇÃO
Antes de cada utilização, certifique-se de que o ventilador esteja funcionando corretamente. Consulte o Capítulo 7,
Verificação operacional e acionamento.
ADVERTÊNCIA
Não opere radiotransmissores a menos de 6 metros de distância deste equipamento. Esse procedimento pode
resultar em erro nas leituras de pressão, gerando alarmes falsos e desligamento automático.
Limpeza e desinfecção anteriores ao uso
O ventilador 3100B não requer limpeza preliminar anterior ao primeiro uso. Os componentes do circuito
de respiração do paciente, embora limpos, não estão esterilizados. Se desejar, é possível desinfetar o
corpo do circuito antes do uso, de acordo com as instruções contidas na seção “Alteração do circuito do
paciente” do Capítulo 8, Manutenção e solução de problemas.
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Capítulo 7 Verificação operacional e
acionamento
Este capítulo aborda os métodos adequados de acionamento e verificação operacional do ventilador
modelo 3100B.
Observação
Consulte o Capítulo 6 para obter instruções sobre a montagem e a instalação do ventilador modelo 3100B, bem como
informações sobre como desembalar o produto antes do acionamento e da verificação operacional.
ADVERTÊNCIA
Deve-se efetuar o procedimento de acionamento e verificação operacional antes de iniciar a ventilação do
paciente. Se, em algum momento durante a verificação operacional e o acionamento, for observada qualquer
função anormal do ventilador modelo 3100B, não inicie a ventilação, pois isso poderia ser prejudicial ao paciente
ou levá-lo à morte. Entre imediatamente em contato com o suporte técnico da CareFusion antes de continuar a
operação.
ATENÇÃO
Antes de cada utilização, certifique-se de que o ventilador esteja funcionando corretamente. As funções de alarme
testadas neste procedimento verificam a capacidade do dispositivo para detectar e indicar condições que possam
ter efeito prejudicial no paciente.
ATENÇÃO
Encoste as mãos no gabinete metálico externo do instrumento antes de tocar em qualquer outro componente do
mesmo, a fim de evitar possíveis danos por descargas eletrostáticas.
ADVERTÊNCIA
Não opere radiotransmissores a menos de 6 metros de distância deste equipamento. Esse procedimento pode
resultar em erro nas leituras de pressão, gerando alarmes falsos e desligamento automático.
Procedimentos de acionamento
1.
Conecte as fontes de gás ao sistema do ventilador modelo 3100B:
a. Linha de oxigênio no conector de entrada do misturador de ar externo /O2.
b. Linha de ar no conector de entrada do misturador de ar externo/O2 e no conector de
entrada “Air Cooling” (resfriamento de ar) do oscilador.
c. Saída do misturador de ar externo/O2 no conector de oxigênio DISS do painel traseiro da
unidade de controle com a identificação “Inlet from Blender” (entrada do misturador).
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2.
Inspecione o diafragma do controlador em busca de cortes e rasgos. Caso observe
qualquer dano, não continue este procedimento. Entre em contato com o suporte técnico
da CareFusion.
3.
Conecte o circuito do paciente e o umidificador externo ao modelo 3100B utilizando os
procedimentos de montagem descritos no Capítulo 6.
ADVERTÊNCIA
Não tente substituir a configuração do circuito a partir de outro instrumento. A utilização de circuitos que não sejam
dos modelos 3100A ou 3100B poderá ser prejudicial ao paciente e ao operador, além de causar danos ao
equipamento. O circuito do paciente descrito neste manual foi especialmente projetado para uso com o ventilador
modelo 3100B.
ATENÇÃO
Ao conectar o circuito do paciente, certifique-se de que ele esteja devidamente apoiado por um braço de
sustentação, conforme descrito no Capítulo 6, Montagem e instalação. O descumprimento a esta recomendação
resultará na desconexão do circuito do paciente (devido às forças oscilatórias) ou no acúmulo da condensação do
umidificador nas vias aéreas do paciente.
4.
Conecte todas as linhas de controle do circuito do paciente, codificadas por cores, bem
como a linha sensora de pressão (transparente) às respectivas localizações no circuito,
conforme descrito no Capítulo 6.
ATENÇÃO
Tome cuidado para não ondular ou perfurar as linhas de controle ou sensoras (que entram e saem do circuito do
paciente) durante a montagem ou operação do ventilador, pois isso prejudicará o funcionamento dos alarmes de
segurança, de advertência, de precaução e/ou dos controles de limite de pressão.
5.
Utilizando a tampa de borracha fornecida com produto, tampe a porta de conexão do tubo
endotraqueal do circuito do paciente.
6.
Ligue a chave de força principal (o LED verde do botão Iniciar/Parar deverá estar
apagado). Alguns LEDs de alarme ficarão acesos quando o aparelho for ligado pela
primeira vez.
ADVERTÊNCIA
Alarmes sonoros indicam uma condição potencialmente prejudicial ao paciente, não devendo ser ignorados. Caso
o alarme não seja prontamente atendido, o paciente poderá ser gravemente afetado, ou ser até mesmo levado à
morte, além de ocorrerem danos no equipamento.
ATENÇÃO
Antes de realizar a calibração do circuito do paciente, verifique se o registro está fechado. Se o registro do coletor
de umidade permanecer aberto, o circuito do paciente poderá não ficar calibrado (39 -43 cmH2O) e,
conseqüentemente, a Pa administrada será reduzida.
ADVERTÊNCIA
Certifique-se de que a ventoinha localizada na parte traseira do invólucro do controlador esteja funcionando.
7.
Efetue a calibração do circuito do paciente em relação ao sistema. (Essas instruções
também podem ser encontradas na etiqueta localizada na lateral da unidade de controle.)
a. Ative a pressão da fonte de gás e defina o fluxo de polarização em 20 LPM. Faça a
leitura de fluxo no centro da esfera, olhando na altura do medidor de fluxo.
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Manual do operador
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b.
c.
Ajuste o alarme de Pa máxima em 59 cmH2O.
Coloque o Ajuste da Pressão Média em Máx (gire totalmente no sentido horário).
d.
Pressione e segure o botão RECONFIGURAR enquanto observa a leitura digital da
pressão média. É normal que o LED indicador de bateria fraca se acenda quando o
botão de reconfiguração é pressionado.
e.
Ajuste a calibração do circuito do paciente no lado direito da unidade de controle, a
fim de atingir uma Pa de 39 a 43 cmH2O. Não aperte demais; caso não consiga
obter a pressão especificada, procure identificar o ponto de vazamento.
f.
Solte o botão RECONFIGURAR; o LED Bateria Fraca deverá estar apagado.
ATENÇÃO
Não aperte demais o parafuso de calibração do circuito do paciente, pois isto poderá danificar o dispositivo.
Ele pára automaticamente ao aproximar-se do limite de ajuste.
8.
9.
Execute o teste de desempenho do ventilador descrito na seção “Somente com o circuito
do pacientes desligado”. (Essas instruções também podem ser encontradas na etiqueta
localizada na parte superior da unidade de controle.)
a. Tampe o conector em Y do circuito do paciente e ligue as duas fontes de gás.
b.
c.
Ajuste o FLUXO DE POLARIZAÇÃO em 30 LPM.
Coloque o botão de pressão média “ADJUST” na posição 12 horas.
d.
Defina o alarme de Pa máxima para 35 cmH2O.
e.
Pressurize o sistema, pressionando e segurando os botões RECONFIGURAR e
AJUSTE para obter uma pressão média de 29 a 31 cmH2O.
f.
Ajuste a FREQUÊNCIA para 6, % de Tempo-I em 33 e pressione INICIAR/PARAR
para ligar o oscilador.
g.
Ajuste a ENERGIA para 6,0.
h.
Ao obter uma leitura de ∆P estável, verifique se as leituras de ∆P e Pa estão na
faixa especificada para a sua altitude (observe a Figura 7.1).
Pressione o botão INICIAR/PARAR para interromper o funcionamento do oscilador.
10. Com o ajuste de pressão média ou de fluxo de polarização, obtenha um valor de pressão
média das vias áreas com uma diferença de até 2 cmH2O em relação ao nível desejado.
Certifique-se de que o fluxo de polarização seja suficiente (consulte o Capítulo 9,
Diretrizes clínicas).
11. Verifique o funcionamento dos marcadores dos alarmes “Definir Pa Máx” e “Definir Pa
Mín”, ajustando o marcador correspondente à pressão máxima abaixo do valor da
pressão média estabelecida e o marcador de pressão mínima acima do valor da pressão
média estabelecida.
12. Estes marcadores de alarme devem ser configurados nos valores desejados, que, em
geral, correspondem à faixa entre 2 e 5 cmH20 acima (marcador de pressão máxima) e
abaixo (marcador de pressão mínima) da pressão média estabelecida.
13. Com os dedos, comprima o tubo sensor de pressão (transparente de 1/8") do circuito do
paciente, a fim de verificar o funcionamento do alarme “Pa > 60 cmH2O”.
14. Pressione o botão RECONFIGURAR até apagar o LED “Pa < 5 cmH2O”, para
restabelecer a pressão média das vias aéreas.
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HFOV 3100B
15. Aperte novamente o tubo sensor de pressão do circuito do paciente e observe o nível de
limitação da pressão média.
16. Posicione o ventilador para estabelecer a conexão com o paciente. Solte o controle Trava
de Posição e ajuste o ângulo da unidade de controle a fim de melhorar o acesso ao
paciente, bem como a visualização do mesmo. Aperte novamente a trava de
posicionamento.
17. Defina a % de oxigênio, a pressão média e ∆P desejadas para o paciente. ∆P afetará a
Pa dependendo da razão entre taxa de fluxo e Pa. Quanto menor ela for, mais intenso
será o efeito.
ATENÇÃO
A concentração fracionada de oxigênio inspirado deve ser acompanhada por um monitor de oxigênio. A
administração de oxigênio em excesso pode ser prejudicial ao paciente. É essencial que o sistema forneça a
mistura de gases prescrita.
18. Retire a tampa do circuito do paciente. Ajuste o umidificador externo a fim de estabelecer
a temperatura desejada para o gás na porta de temperatura das vias aéreas do paciente.
Conecte o circuito ao tubo endotraqueal do paciente.
ADVERTÊNCIA
°
A temperatura do gás das vias aéreas proximais não deve ultrapassar 41 C em nenhuma hipótese. Excesso de
temperatura poderá ser prejudicial às membranas das vias aéreas superiores do paciente.
ADVERTÊNCIA
Do Not use the 3100B ventilator in environments where the ambient temperature is at or above 84°F (28°C). O
uso do ventilador em tais ambientes reduzirá drasticamente a umidade relativa nas vias aéreas do paciente,
podendo resultar em ressecamento.
ATENÇÃO
O paciente submetido a tratamento com o ventilador deverá ser permanentemente assistido por um profissional da
área de saúde treinado, que possa agir rapidamente em casos de alarme ou outra indicação de problema.
19. Pressione o botão Reconfigurar até o LED “Pa < 5 cmH2O” se apagar e a pressão
média ser restabelecida.
20. Ajuste o controle Energia na ∆P desejada (consulte o Capítulo 8).
21. Durante a ventilação do paciente, reajuste a frequência, a % de tempo inspiratório, a
energia (de alimentação elétrica), a pressão média e o fluxo de polarização, conforme for
necessário.
ADVERTÊNCIA
Em nenhuma hipótese o ventilador deverá ser usado na presença de anestésicos inflamáveis, devido ao risco de
explosões.
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Manual do operador
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ATENÇÃO
Não coloque sobre o pacote de controle nenhum tipo de acessório contendo fluidos, com peso superior a 4 Kg, ou
que ultrapasse a largura/altura do equipamento em mais de quinze centímetros. Isto poderá causar o tombamento
do ventilador, resultando em efeitos prejudiciais para o paciente ou operador, bem como em avarias no
equipamento.
Verificação de desempenho
Figura 7.1. Testes de desempenho do ventilador.
Os dois gráficos exibidos na Figura 7.1 destinam-se a orientar o operador no ajuste dos controles de
energia, pressão média e fluxo de polarização, bem como garantir que o 3100B esteja funcionando
normalmente, sem problemas.
O gráfico esquerdo indica o ajuste aproximado do controle de energia necessário para se atingir um
determinado valor de ∆P. O gráfico direito ilustra o fluxo de polarização requerido para se atingir uma
faixa de pressões médias com controle de rotação simples Ajuste da Pressão Média.
Ao estabelecer um determinado valor de pressão média, determine o fluxo de polarização que permitirá
ajustar os valores superior e inferior relativos ao intervalo da pressão média. Ajuste o controle Ajuste da
Pressão Média na posição “12h” e defina o fluxo de polarização conforme o indicado no gráfico, em um
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valor que coloque o valor de Pa em nível intermediário. Durante o funcionamento do sistema, estando
ou não ativo o circuito do paciente, a relação entre os controles e os valores de pressão em
desenvolvimento e em exibição fornecerão uma rápida indicação sobre o desempenho do sistema.
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Capítulo 8 Manutenção e solução de problemas
Este capítulo aborda os procedimentos de manutenção e solução de problemas do modelo 3100B com
os quais o operador e o técnico de manutenção deverão estar familiarizados.
Observação
A CareFusion ou seus representantes oficiais tornarão disponíveis, mediante solicitação, diagramas de circuito, listas de peças
de componentes, descrições, instruções de calibração ou outras informações que auxiliem o pessoal técnico qualificado em
fábrica a reparar as peças do equipamento classificadas como passíveis de conserto. Para participar do programa de
treinamento, entre em contato com o CareFusion Service Department (departamento de manutenção e serviços) a fim de obter
a programação e os valores de nossas aulas de treinamento biomédico.
ADVERTÊNCIA
A execução de procedimentos de manutenção em desacordo com as recomendações deste capítulo poderá
resultar em efeitos prejudiciais ao paciente ou operador, além de danos ao equipamento.
Limpeza externa
Quando é necessária a limpeza da superfície do 3100B, recomenda-se utilizar um desinfetante líquido
suave na parte externa do equipamento. Não borrife líquidos de limpeza diretamente na superfície
externa; umedeça o pano de limpeza e torça-o até que fique quase seco, antes de utilizá-lo. Não deixe
que gotas do líquido caiam no equipamento.
Observação
Não utilize álcool ou líquidos para esterilização na superfície externa do 3100B.
Evite também o uso de solventes ou produtos abrasivos.
Procedimentos de manutenção efetuados pelo operador
Os procedimentos de manutenção efetuados pelo operador são os seguintes:
Esvaziar o coletor de água.
Trocar os elementos do cartucho de filtro de entrada de gás comprimido.
Substituir a bateria do alarme de falha de energia.
Limpar o filtro de algodão da coluna.
Substituir o circuito do paciente.
Esvaziamento do coletor de umidade
O coletor de umidade deve ser esvaziado conforme descrito adiante.
ATENÇÃO
O coletor de água deve ser drenado periodicamente. Se o ventilador estiver em funcionamento, deixe uma
pequena quantidade de água no fundo do coletor para vedar o fluxo e a pressão entre o ventilador e a saída do
dreno.
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HFOV 3100B
A abertura do registro situado no fundo do coletor abrirá o dreno. Deve-se evacuar o conteúdo do
coletor em um recipiente descartável ou que permita a desinfecção posterior.
O coletor poderá ser completamente esvaziado quando o ventilador 3100B não estiver em
funcionamento.
ATENÇÃO
Antes de realizar a calibração do circuito do paciente, verifique se o registro está fechado. Se o registro do coletor
de umidade permanecer aberto, o circuito do paciente poderá não ficar calibrado (39 - 43 cmH2O) e,
conseqüentemente, a Pa administrada será reduzida.
Substituição do cartucho de filtro de entrada de gás comprimido
Os cartuchos de 0,1 mícron são posicionados nos conectores DISS da entrada do misturador (oxigênio)
e da entrada de resfriamento de ar. O objetivo dos filtros é reter a umidade bem como toda e qualquer
partícula de sujeira, para impedir sua penetração no ventilador modelo 3100B.
ATENÇÃO
Os cartuchos de filtro de entrada para as entradas de ar e gases misturados do ventilador devem ser substituídos
no mínimo a cada 500 horas de funcionamento, conforme descrição contida neste capítulo. O equipamento poderá
ser danificado e/ou o paciente ser lesionado se os cartuchos de filtro não forem substituídos ou se forem utilizados
cartuchos não autorizados. Utilize apenas cartuchos CareFusion (caixa com 10, N.º de peça 767163).
O intervalo mínimo de troca recomendado é de 500 horas de operação. No entanto, o nível de agentes
contaminantes nas linhas de gás dos hospitais poderá ser superior ao normal. Caso esteja utilizando o
ventilador modelo 3100B pela primeira vez em um novo local do estabelecimento hospitalar, verifique,
após 100 horas de operação, a existência de contaminantes que limitem o fluxo nos cartuchos de filtro.
Efetuada essa primeira verificação, repita-a após 300 horas para determinar se o intervalo de troca com
500 horas de funcionamento é apropriado.
Um cartucho de filtro com acúmulo de agentes contaminantes que restrinjam o fluxo fará com que o
conector DISS se solte. Por fim, o sistema irá disparar o alarme Gás de Origem Fraco. Consulte o
Capítulo 5 para obter uma descrição dessa indicação de alarme.
O procedimento de substituição de cartuchos é o seguinte:
1. Desligue e desconecte as linhas de fonte de oxigênio e de ar.
2. Desparafuse o corpo do filtro de entrada.
3. Remova o cartucho antigo.
4. Instale um novo cartucho. (Junto com o modelo 3100B, é enviada uma caixa de 10
cartuchos de reposição, número de peça 767163, como acessório.)
5. Aparafuse novamente o filtro.
6. Registre a leitura do medidor de tempo transcorrido, localizado na parte traseira do 3100B.
ATENÇÃO
O corpo do cartucho deve estar firmemente aparafusado na parte traseira. Instalações frouxas ou mal feitas
podem causar o escape de gás ou até mesmo a expulsão do corpo do cartucho. Se o corpo do cartucho for
expelido, o ventilador deixará de funcionar.
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Manual do operador
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Substituição da bateria do alarme Falha de Energia
Quando estiver aceso o LED indicador de bateria fraca (alarme de precaução), situado no painel frontal
da unidade de controles, existe uma indicação de problema na bateria do alarme Falha de Energia.
Deve-se substituí-la assim que possível. Obtém-se acesso a essa bateria através da porta no painel
traseiro. Utilize uma bateria de 9 volts de boa qualidade.
Limpeza do filtro de algodão da coluna
Após cada paciente, inspecione e limpe o filtro de algodão da coluna do ventilador oscilatório modelo
3100B. Remova o elemento do filtro de seu suporte situado na parte traseira da coluna. Sacuda-o para
tirar a poeira, lave com água morna e sabão, seque e coloque novamente no suporte. Do contrário, o
fluxo de resfriamento de ar para o controlador de onda quadrada do oscilador terminará por sofrer
restrições significativas. Essas restrições podem causar o superaquecimento do controlador, bem como
problemas no funcionamento do oscilador.
Substituição do circuito do paciente
Substitua o circuito do paciente com a frequência determinada segundo as orientações de sua
instituição para pacientes ventilados de forma convencional. Descarte os três diafragmas/capas de
pressão, bem como o conjunto formado por fole/coletor de umidade - não reutilize esse itens em
hipótese alguma. O corpo do circuito do paciente destina-se à utilização em um único paciente.
ATENÇÃO
Não use solventes na limpeza do diafragma pois eles podem afetar o material, causando o desgaste prematuro do
equipamento.
ATENÇÃO
Antes de conectar o circuito do paciente ao ventilador 3100B, certifique-se da integridade do diafragma do
controlador, inspecionando-o quanto à presença de rachaduras ou rompimentos. Se forem observados quaisquer
danos, não prossiga com a ventilação do paciente, pois isso poderá causar um defeito no ventilador. Para obter
assistência, entre em contato com o suporte técnico da CareFusion imediatamente.
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HFOV 3100B
Calibração do circuito do paciente
Antes de utilizar o circuito em um paciente, deve-se calibrar cada circuito do modelo 3100B por meio do
seguinte procedimento:
1. Feche o conector em Y do circuito do pacientes e ligue o gás do fluxo de polarização.
2. Ajuste o alarme Pa Máx para 59 cmH2O.
3. Gire o controle Ajuste da Pressão Média para “Máx.”.
4. Ajuste o fluxo de polarização para 20 LPM.
5. Pressione o segure o botão RECONFIGURAR (oscilador desligado).
6. Observe a tela Pressão Média e ajuste o parafuso de calibração do circuito do paciente até
obter um valor entre 39 e 43 cmH2O.
ATENÇÃO
Não aperte demais esse parafuso, pois isso poderá causar danificar o dispositivo. O parafuso irá parar
automaticamente ao atingir o limite de ajuste. NÃO FORCE-O ALÉM DESTE LIMITE!
Outra calibração periódica programada
Há duas outras funções do ventilador modelo 3100B que requerem calibração periódica:
1. Alimentação CC da unidade de controle
2. Calibração do transdutor do monitor de pressão das vias aéreas
A manutenção da perfeita calibração dessas funções é extremamente importante para o funcionamento
adequado do ventilador modelo 3100B. Se, a qualquer momento, ocorrerem divergências de calibração
que não possam ser resolvidas com os procedimentos normais descritos a seguir, não tente tratar
pacientes com o ventilador. Entre em contato com a CareFusion imediatamente para obter assistência.
O acompanhamento do intervalo de calibração para essas funções é feito pelo medidor de tempo
transcorrido (24), situado no painel traseiro da unidade de controle. Deve-se efetuar a calibração ao
menos a cada 2.000 horas, ou quando houver divergência de valores. São necessários um voltímetro
digital inspecionado pelo National Bureau of Standards (Departamento Nacional de Normas dos Estados
Unidos) e um transdutor de medidas de pressão inspecionado pelo National Institute of Standards and
Technology (Instituto Nacional de Normas e Tecnologia dos Estados Unidos) para efetuar a calibração
correta da fonte de alimentação e do monitor de pressão nas vias aéreas.
Para assegurar uma instalação precisa, todas as calibrações periódicas devem ser realizadas com o
ventilador modelo 3100B à temperatura ambiente e antes do funcionamento do oscilador por longos
períodos de tempo. Se o oscilador estiver quente pelo funcionamento, deixe-o sem funcionar por ao
menos uma hora antes de começar a calibração.
ATENÇÃO
As tampas da unidade de controle, da coluna ou de qualquer outra parte do ventilador não devem ser removidas
pelo usuário. Para evitar riscos de choque elétrico, deixe todo e qualquer serviço que requeira a remoção da
tampa sob a responsabilidade de um técnico qualificado para reparo de equipamentos biomédicos.
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Manual do operador
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Calibração da fonte de alimentação CC
Para executar o procedimento de calibração da fonte de alimentação CC, na unidade de controle, faça o
seguinte:
1.
Desligue o ventilador 3100B e desconecte o aparelho da tomada CA.
2.
Remova a tampa da coluna traseira.
3.
Reconecte o ventilador 3100B na tomada e ligue-o.
4.
Observe a Figura 8.2, a fim de localizar os pontos de ajuste do potenciômetro (encaixes
para chave de fenda) R9, R57 e, por fim, R82 para a fonte de alimentação CC. Podem ser
encontrados logo abaixo dos componentes eletrônicos de controle do oscilador.
Figura 8.2. Potenciômetros de ajuste da fonte de alimentação.
5.
6.
Conecte o fio negativo de um voltímetro digital ao terminal +5V Com da fonte de
alimentação CC.
Conecte o fio positivo do voltímetro digital ao terminal de +5V da fonte de alimentação CC.
Observação
Caso ajustes se façam necessários, remova a tampa da coluna frontal.
7.
Se necessário, faça o ajuste de R9 para obter uma leitura de +5 volts ± 0,25 no voltímetro
digital.
8.
9.
Conecte o fio negativo do voltímetro ao terminal Com de ±15V.
Conecte o fio positivo do voltímetro ao terminal de -15V.
10. Se necessário, faça o ajuste de R57 para obter uma leitura de -15 volts ± 0,75 volts.
11. Conecte o fio positivo do voltímetro ao terminal de +15V.
12. Se necessário, faça o ajuste de R82 para obter uma leitura de +15 volts ± 0,75 volts.
13. Concluída a calibração, recoloque as tampas da coluna.
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70
HFOV 3100B
Calibração do transdutor do monitor
de pressão das vias aéreas
Para executar o procedimento de calibração do transdutor do monitor de pressão das vias aéreas, faça
o seguinte:
1.
Localize os controles de ajuste por chave de fenda identificados como ZERO e
CALIBRAÇÃO do transdutor de pressão, localizados no painel traseiro do da unidade de
controle, abaixo do compartimento da bateria (Figura 4.2). Tenha à mão uma chave de
fenda pequena para efetuar qualquer ajuste necessário.
2.
Conecte um medidor de leitura digital ao transdutor de pressão na "perna" inferior de um
conector em "T" de 1/8". Prenda um dos “braços” do conector em T diretamente no encaixe
do sensor de pressão do conector em Y do circuito do pacientes. Conecte o tubo sensor de
pressão Tygon de 1/8" do 3100B diretamente no outro “braço” do conector em T.
3.
Feche a extremidade do conector em T do circuito do paciente com uma tampa de
borracha nº 1. Ative a pressão do gás de fluxo de polarização, pressione o botão
Reconfigurar até a Pa subir e crie uma pressão média de 39 a 43 cmH2O (conforme a
leitura no medidor do transdutor) utilizando os controles Pressão Média e Fluxo de
Polarização, conforme a explicação contida na seção “Acionamento” do Capítulo 6.
4.
Remova a tampa nº 1 e ajuste o controle ZERO situado no painel traseiro até que a leitura
digital do monitor de pressão média corresponda à leitura do medidor do transdutor de
pressão, com variação de ±0,2 cmH2O. Em geral, essa leitura corresponde a valores
entre 0,2 e 0,3 cmH2O.
5.
Recoloque a tampa, pressione o botão Reconfigurar até a Pa subir e restabeleça a
leitura da pressão média de 39 a 43 cmH2O no medidor do transdutor, conforme
explicado na etapa 3 acima.
Ajuste o controle CONFIGURAÇÃO, localizado no painel traseiro, até que a leitura do
monitor de pressão média corresponda à do medidor do transdutor de pressão, com
variação de ±0,2 cmH2O.
Se o controle CALIBRAÇÃO não precisar de ajustes, a calibração estará concluída.
Caso contrário, repita as etapas 4, 5 e 6 (normalmente, até duas vezes), até que o nível
próximo de zero e os níveis de 39 a 43 cmH2O estejam na faixa de ±0,2cmH2O.
Feito isso, o procedimento de calibração do transdutor de pressão estará concluído.
A calibração realizada foi mais fino do que a especificação de “±2% de leitura ou ±2,0
cmH2O”, a fim de permitir pequenos ajustes antes da próxima calibração necessária, ou
seja, após 2.000 horas de funcionamento.
6.
7.
8.
767164-106 Rev. R
Manual do operador
71
Manutenção periódica programada
Existem três outros intervalos de manutenção programada sugeridos pela CareFusion, com base nos
dados dos testes de durabilidade acelerada e histórico de utilização clínica. São eles:
1.
A cada 3 (três) anos ou 4.000 horas de operação, o que acontecer primeiro, substitua o
subconjunto do oscilador (“controlador”) por uma unidade nova ou reformada que possua
diafragmas e adaptadores de suporte novos (as peças sujeitas à fadiga por flexão). Um
técnico treinado pela fábrica deve fazer esta substituição.
2.
A cada 8.000 horas de operação ou 6 (seis) anos, o que acontecer primeiro, substitua
todas as partes sujeitas ao desgaste pelo uso e envelhecimento (por exemplo, válvulas
solenoides, reguladores, tubulação plástica e ventoinhas de resfriamento) e o subconjunto
do oscilador. Um técnico treinado pela fábrica deve fazer a substituição.
3.
A cada 7 (sete) anos, substitua o módulo de alimentação elétrica do controlador.
Um técnico treinado pela fábrica deve fazer a substituição.
Solução de problemas
Esta seção destina-se a auxiliar o operador na identificação e correção de problemas relacionados ao
funcionamento do sistema 3100B. Para obter assistência, é possível entrar em contato com o
departamento de suporte técnico da CareFusion 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Considerações especiais relativas ao ambiente
Quantidades excessivas de poeira e fiapos nas áreas próximas ao 3100B poderão causar problemas no
funcionamento, pelo bloqueio da ventoinha situada na base do aparelho. Recomenda-se manter o
ambiente do aparelho o mais limpo e ventilado possível, além de efetuar a manutenção normal do filtro
da ventoinha conforme a descrição fornecida anteriormente neste capítulo.
Descargas eletrostáticas
O 3100B foi desenvolvido e testado para ter uma resistência normal a alta no que diz respeito a
ocorrências de descargas eletrostáticas. No entanto, em certas circunstâncias, ainda é possível que as
descargas causem danos a componentes do 3100B. A descargas ocorrem quando um indivíduo que
tenha acumulado eletricidade estática suficiente em seu corpo e roupas provoca um “choque”, ao tocar
um material condutor como metal ou o corpo de outra pessoa. Isto pode danificar os componentes do
aparelho caso a carga apresente intensidade suficiente. Para evitar o problema, especialmente em
situações em que o nível de umidade é extremamente baixo (quando os níveis de descargas
eletrostáticas costumam ser altos), toque o gabinete de metal externo do equipamento antes de entrar
em contato com qualquer outro componente.
Interferência eletromagnética
O 3100B também foi desenvolvido e testado para suportar uma quantidade normal a alta de ocorrências
de interferência eletromagnética . No entanto, em certas circunstâncias, é possível que a IEM afete os
componentes do sistema. A IEM consiste em ondas eletromagnéticas provenientes de um dispositivo
eletrônico que esteja interferindo no funcionamento de outro dispositivo. Estas ondas podem se
propagar através do ar ou de fios elétricos. As causas prováveis de IEM em hospitais incluem, entre
767164-106 Rev. R
72
HFOV 3100B
outros, sistemas de ressonância magnética, lasers, equipamento de diatermia, cauterizadores,
computadores de transmissão e radiotransmissores portáteis.
A operação de equipamentos radiotransmissores, por exemplo,, walkie-talkies e telefones celulares, até
6 metros de distância do equipamento poderá causar leituras de pressão incorretas, o que poderia gerar
alarmes falsos e o desligamento automático do aparelho. Tais problemas de leitura não se devem a
flutuações da pressão real mas sim ao efeito da IEM nos componentes dos circuitos de medição.
Cessado o problema, a leitura retorna ao normal. Se a condição de interferência for forte o suficiente e
durar o tempo necessário, o alarme >60cmH2O ou <5 cmH2O poderá soar, o que resultará na abertura
da válvula de descarga e na interrupção do oscilador. Resolvido o problema de IEM, pressione o botão
Reconfigurar, para reiniciar o oscilador. Em geral, é possível corrigir o problema localizando o
dispositivo em questão e deslocando-o para cerca de 20 metros de distância.
Além da IEM irradiada descrita acima, a IEM conduzida também poderá causar os mesmos
problemas, resultando em distúrbios na linha de alimentação CA. Normalmente, os dispositivos que
poderão causar esse fenômeno são os computadores pessoais e outros aparelhos com componentes
eletrônicos por comutação de alta velocidade. Este tipo de interferência poderá ser difícil de detectar, se
houver muitos aparelhos com essas características nas proximidades do equipamento. Além dos
equipamentos caros de detecção eletrônica, o único método de se localizar o dispositivo causador do
distúrbio é desligar um aparelho de cada vez até que desapareça a interferência.
É importante observar que a interferência irradiada proveniente de radiotransmissores portáteis é a
mais comum, portanto, aparelhos desse tipo deverão ser isolados em primeiro lugar. A maior parte dos
dispositivos utilizados em um hospital é testada quanto a emissões. Portanto, somente um problema no
funcionamento do aparelho é que poderá causar um provável distúrbio causado por interferência.
767164-106 Rev. R
Manual do operador
73
Gráfico de solução de problemas
Utilize o gráfico a seguir como guia na correção de problemas que possam surgir durante a utilização do
3100B. Para obter informações sobre problemas que não constam nesta lista, ou caso haja dúvidas ou
questionamentos, entre em contato com o departamento de suporte técnico da SensorMedic .
ATENÇÃO
A solução de problemas no modelo 3100B deve ser feita “FORA DO PACIENTE”, a fim de evitar situações
potencialmente perigosas, como alterações bruscas de Pa.
Ocorrência de alarmes visuais/sonoros
Condição
Alarme Pa > 60
cmH2O exibido
Possível causa
1. Paciente com Pa alta e respirando
espontaneamente.
2. Obstrução do ramal expiratório.
3. Obstrução da linha sensora de pressão.
4. Interferência de um equipamento
radiotransmissor.
Alarme do marcador
Pa > Pa Máx Def
exibido
1. Paciente respirando espontaneamente.
1. Taxa de fluxo de polarização insuficiente.
Reajuste a pressão das vias aéreas
utilizando um fluxo mais alto. Além disso,
considere o estado clínico do paciente.
2. Substitua o circuito do paciente.
3. Substitua o circuito do paciente.
4. Elimine a fonte de interferência.
3. Obstrução do ramal expiratório.
1. Taxa de fluxo de polarização insuficiente.
Reajuste a pressão das vias aéreas
utilizando um fluxo mais alto. Além disso,
considere o estado clínico do paciente.
4. Obstrução da linha sensora de pressão.
2. Altere a configuração.
5. Elevação da temperatura do circuito do
paciente.
3. Substitua o circuito do paciente.
2. Configuração incorreta no marcador.
6. Interferência de um equipamento
radiotransmissor.
Alarme do marcador
Pa < Pa Min Def
Possível solução
1. Paciente respirando espontaneamente.
2. Configuração incorreta no marcador.
3. Configuração incorreta do ajuste de Pa
ou do medidor de fluxo.
4. Queda da temperatura do circuito do
paciente.
5. Escape no circuito do paciente ou no
umidificador.
6. Escape na capa do diafragma.
7. Interferência de um equipamento
radiotransmissor.
767164-106 Rev. R
4. Substitua o circuito do paciente.
5. Verifique e corrija a temperatura do circuito.
6. Elimine a fonte de interferência.
1. Taxa de fluxo de polarização insuficiente.
Reajuste a pressão das vias aéreas
utilizando um fluxo mais alto. Além disso,
considere o estado clínico do paciente.
2. Altere a configuração.
3. Altere a configuração.
4. Verifique e corrija a temperatura do circuito.
5. Elimine o escape ou substitua o circuito.
6. Substitua a capa do diafragma.
7. Elimine a fonte de interferência.
74
HFOV 3100B
Condição
Alarme Pa < 5
cmH2O exibido
Possível causa
1. Configuração incorreta do ajuste de Pa
ou do medidor de fluxo.
2. Escape no umidificador ou no circuito do
pacientes, incluindo desconexão do
paciente.
3. Escape na capa do diafragma.
Possível solução
1. Altere a configuração.
2. Elimine o escape ou substitua o circuito.
3. Substitua a capa do diafragma.
4. Elimine a fonte de interferência.
5. Feche o registro do coletor de umidade.
4. Interferência de um equipamento
radiotransmissor.
5. Registro do coletor de umidade aberto
O oscilador parou de
funcionar sem a
ocorrência de nenhum
outro alarme
1. O nível de energia está muito baixo e ∆P
está em um nível inferior ou igual a 7
cmH2O.
Alarme Gás de Origem
Fraco
1. Pressão de entrada inferior a 30 psi misturador ou ar de refrigeração.
2. Falha do oscilador.
2. O filtro de entrada precisa ser substituído.
3. Restrição do fluxo nas linhas de
alimentação de gás.
4. Escape interno.
Alarme Bateria Fraca
Alarme Oscilador
Superaquecido
1. Ajuste a configuração na ∆P desejada.
2. Ligue para a assistência técnica da
CareFusion.
1. Verifique as linhas de entrada de gás.
2. Substitua os filtros.
3. Substitua as linhas de alimentação.
4. Ligue para a assistência técnica da
CareFusion.
1. Tensão da bateria inferior ao nível ideal.
1. Substitua a bateria.
2. Bateria desconectada.
2. Reconecte a bateria adequadamente.
1. Não há fluxo de gás de refrigeração.
1. Certifique-se de que esteja conectada a
alimentação de gás de refrigeração.
2. Oscilador superaquecido devido ao fluxo
insuficiente de gás de refrigeração.
3. Oscilador superaquecido devido a falhas
mecânicas de seu subsistema.
2. Examine o fluxo do gás de refrigeração,
verificando se há obstruções no filtro ou na
mangueira de alimentação - substitua-os, se
necessário.
3. Ligue para a assistência técnica da
CareFusion.
767164-106 Rev. R
Manual do operador
75
Falhas ocorridas durante a verificação
Condição
Falha de
energia/Reconfiguração
Possível causa
1. A alimentação CA foi removida do
sistema ou houve uma interrupção da
alimentação principal.
2. Falha na fonte de alimentação interna.
Possível solução
1. Verifique o cabo. Se estiver tudo bem,
verifique outro equipamento que estiver
compartilhando a mesma tomada. Se
estiver tudo bem, é possível que seja uma
falha interna. Entre em contato com o
departamento de serviço da CareFusion.
Para ligar o oscilador após corrigir o
problema, ligue o sistema, pressione e
segure o botão “RECONFIGURAR” para
estabelecer a Pa e, em seguida, pressione
a chave Parar/Iniciar.
2. Ligue para a assistência técnica da
CareFusion.
Calibração do circuito
do paciente não obtida
Reprovação no teste de
desempenho do
ventilador - Pa fora do
intervalo (BAIXA)
1. Escape no circuito do paciente ou nas
conexões do umidificador.
1. Elimine o escape ou substitua o circuito do
paciente.
2. Configuração incorreta do medidor de
fluxo.
2. Ajuste o medidor de fluxo para LPM,
olhando bem no centro da esfera.
3. Registro do coletor de umidade aberto
3. Feche o registro do coletor de umidade.
4. Escape interno ou ajuste mal feito.
4. Ligue para a assistência técnica da
CareFusion.
1. Calibração incorreta do circuito do
paciente.
1. Efetue a calibração do circuito do paciente.
2. O centro da esfera do medidor de fluxo
não foi utilizada para se efetuar o ajuste
de 20 LPM.
3. A faixa de altitude utilizada está
incorreta.
4. Falha interna.
Reprovação no teste de
desempenho do
ventilador - Pa fora do
intervalo (ALTA)
1. Calibração incorreta do circuito do
paciente.
2. O centro da esfera do medidor de fluxo
não foi utilizada para se efetuar o ajuste
de 20 LPM.
3. A faixa de altitude utilizada está
incorreta.
4. Falha interna.
767164-106 Rev. R
2. Ajuste o fluxo de acordo com o centro da
esfera.
3. Utilize a faixa de altitude adequada às suas
instalações.
4. Ligue para a assistência técnica da
CareFusion.
1. Efetue a calibração do circuito do paciente.
2. Ajuste o fluxo de acordo com o centro da
esfera.
3. Utilize a faixa de altitude adequada às suas
instalações.
4. Ligue para a assistência técnica da
CareFusion.
76
HFOV 3100B
Condição
Reprovação no teste de
desempenho do
ventilador - ∆P fora do
intervalo (BAIXA)
Possível causa
1. O tubo entre o fluxo de polarização e o
umidificador foi encurtado para menos
de 76 cm ou um tubo diferente do
fornecido com o circuito está sendo
utilizado.
2. A alimentação não foi ajustada para 6.
3. Características da compressão do
umidificador estão permitindo queda
da ∆P.
Possível solução
1. Utilize os tubos de fluxo de polarização
fornecidos com o circuito e não os encurte.
2. Ajuste a alimentação para 6.
3. Efetue a derivação do umidificador para
realizar o teste de desempenho e, em
seguida, reconecte-o.
4. Ligue para a assistência técnica da
CareFusion.
4. Falha interna.
Reprovação no teste de
desempenho do
ventilador - ∆P fora do
intervalo (ALTA)
1. O oscilador não está aquecido.
2. A faixa de altitude utilizada está
incorreta.
3. Falha interna.
1. Deixe que o oscilador se aqueça por 5
minutos.
2. Utilize a faixa de altitude adequada às suas
instalações.
3. Ligue para a assistência técnica da
CareFusion.
767164-106 Rev. R
Manual do operador
77
Operação imprevista
Condição
O oscilador se desliga
e a válvula de
descarga se abre
durante a operação
Possível causa
1. Alterações drásticas na Pa devido a
alguma mudança crítica no controle
envolvendo o ajuste de Pa.
2. O tubo endotraqueal desconectou-se.
3. Interferência de um aparelho
radiotransmissor.
Possível solução
1. Restabeleça a Pa e efetue todos os
ajustes menores utilizando o ajuste do
medidor de fluxo. Observação: consulte o
Capítulo Diretrizes clínicas para obter
informações sobre os requisitos mínimos
de fluxo.
2. Reconecte o tubo endotraqueal.
3. Identifique e afaste o dispositivo causador
do problema.
Não é possível ligar
o oscilador após
uma desconexão
temporária como, por
exemplo, sucção
de rotina.
1. Para reiniciar o oscilador, primeiramente,
a Pa deverá ser >5 cmH2O, mas para
se alcançar uma Pa >5 cmH2O, o
oscilador deverá estar ligado.
1. Reduza a energia e aumente a Pa para
atingir o nível. Para tal, utilize o medidor de
fluxo e o controle Ajuste de Pa. Em
seguida, aumente a alimentação enquanto
mantém a Pa no alvo ajustando para
baixo o medidor de fluxo ou a válvula de
controle da Pa.
Pa instável - saltos
de 2 a 3 cmH2O
1. Acúmulo de água na válvula de controle
da Pa.
1. Ajuste a altura do circuito para melhorar a
drenagem.
2. Paciente respirando espontaneamente.
2. Taxa de fluxo de polarização insuficiente.
Reajuste a pressão das vias aéreas
utilizando um fluxo mais alto. Além disso,
considere o estado clínico do paciente.
3. Desgaste ou defeito da capa do
diafragma.
4. Falha interna.
3. Substitua a capa dos diafragmas.
4. Ligue para a assistência técnica da
CareFusion.
O umidificador não
está funcionando de
forma adequada
1. Calor excessivo do controlador
2. Temperatura ambiente > 28°C
1. Certifique-se de que o gás de resfriamento
esteja conectado. Tente uma conexão de
origem diferente para o gás de
resfriamento.
2. Diminua a temperatura ambiente.
A Pa avança em > 5
cmH2O quando se
tenta ajustá-la com a
válvula de ajuste da
Pa.
1. Desgaste ou capa do diafragma
assentada de forma incorreta.
2. Falha interna.
2. Ligue para a assistência técnica da
CareFusion.
O oscilador produz um
ruído agudo
1. Defeito na capa do diafragma.
1. Substitua a capa do diafragma.
767164-106 Rev. R
1. Substitua a capa dos diafragmas.
78
HFOV 3100B
Suprimentos e peças de reposição
É possível solicitar peças e suprimentos telefonando para o CareFusion Customer Service Department
(departamento de atendimento ao cliente da CareFusion). O representante de atendimento ao cliente
poderá responder a perguntas sobre peças corretas, configurações e preços.
11744-730K
Circuitos não equipados com filtro para o umidificador F+P 730
11744-850K
Circuitos não equipados com filtro para o umidificador F+P 850
11744-HRCK
Circuitos não equipados com filtro para o umidificador Hudson RCI
766896
Conjunto de diafragma/capa (caixa com 4)
766897
Fole/coletor de umidade (caixa com 4)
767163
Cartucho de filtro de gás (pacote com 10)
766595
Tubulação do umidificador
766798
Elemento de filtro de algodão da coluna
765742
Tira de fixação, circuito do paciente
770566
Suporte ajustável com anel, circuito do paciente
768965
Suporte de montagem, umidificador, 77mm (RCI ConchaTherm)
768968
Suporte de montagem, umidificador, 30 mm (Fisher e Paykel)
11437
Tubulação de conexão (uma tubulação de cada nas cores vermelha,
azul e verde) para circuitos não filtrados
11438
Tubulação de conexão (uma tubulação de cada nas cores vermelha,
azul e verde) para circuitos filtrados.
Figura 8.3. Peças do circuito do paciente.
767164-106 Rev. R
Manual do operador
79
Nota
Os circuitos equipados incluem:
• Circuito flexível do paciente
• Tampões/diafragmas
• Foles/coletores de água
• Tubulação de conexão
16390-101
Circuito equipado com filtro para o umidificador F+P 730
16390-102
Circuito equipado com filtro para o umidificador F+P 850
16390-103
Circuito equipado com filtro para o umidificador Hudson RCI (21v)
12151
Filtro inspiratório (12 por estojo)
12152
Com filtragem expiratória (25 por estojo)
767164-106 Rev. R
80
HFOV 3100B
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HFOV 3100B
81
Capítulo 9 Diretrizes clínicas
Estratégias de tratamento
O 3100B não é indicado para uso em bebês ou crianças pequenas. As diretrizes clínicas descritas a
seguir refletem as estratégias e aplicações desenvolvidas durante o estudo de controle aleatório
prospectivo MOAT II (Multicenter Oscillatory ARDS Trial).
Um teste publicado recentemente pela rede National Institutes of Health ARDS (Institutos Nacionais de
Saúde ARDS nos Estados Unidos), comparando uma estratégia “protetora dos pulmões” que utiliza
volumes correntes inferiores (< 6 ml/kg) e pressões de platô (< 30 cmH2O) com uma estratégia que
emprega volumes correntes mais altos, relatou uma redução total de 9% na mortalidade. A ventilação
oscilatória de alta frequência é um método alternativo que, teoricamente, atinge os objetivos de uma
ventilação que protege os pulmões. A ventilação oscilatória de alta frequência consegue efetuar a troca
de gases aplicando uma pressão média constante nas vias aéreas, superior à geralmente aplicada
durante a ventilação convencional. Dessa forma, este tipo de ventilação permite a manutenção do
recrutamento alveolar ao mesmo tempo que evita potencialmente o fechamento e abertura cíclicos das
unidades alveolares, bem como as pressões de pico máximo nas vias aéreas que ocorrem com técnicas
de ventilação convencionais.
Ajuste dos controles para
executar as estratégias de tratamento
As estratégias são fáceis de se implementar porque, na maioria das situações clínicas, empregam-se
somente dois dos cinco controles do 3100B: A pressão média nas vias aéreas e a amplitude da pressão
oscilatória (∆P). Os outros três, ou seja, Fluxo de Polarização, Frequência e % de Tempo Inspiratório,
raramente sofrem alterações durante o tratamento, conforme a explicação a seguir.
Fluxo de polarização
A existência de um fluxo contínuo de gás fresco umidificado partindo de um umidificador padrão e de
um misturador de ar/oxigênio é requisito fundamental para preencher o circuito com oxigênio e remover
o dióxido de carbono. Na maioria das aplicações, deve-se ajustar a taxa de fluxo em no mínimo
20 L/min. No entanto, o efeito do aumento deste controle é relativamente benéfico, a menos que sejam
necessárias amplitudes excepcionalmente altas. Nesses casos, o fluxo de polarização deverá ser maior,
para garantir que o fluxo de depuração do circuito seja maior do que o fluxo oscilatório do paciente.
Caso o fluxo de polarização não esteja adequado, o espaço morto efetivo do circuito do paciente sofrerá
um aumento e diminuirá o efeito esperado da ventilação, aumentando-se a amplitude oscilatória (∆P).
Além disso, ao operar o ventilador com amplitudes oscilatórias altas, talvez seja necessário aumentar o
fluxo para se manter a pressão média nas vias aéreas. Embora as alterações no fluxo de polarização
provoquem mudanças na Pa, na prática, é normal uma taxa de fluxo de 20 a 40 L/min.
Caso os sinais de retenção de dióxido de carbono persistam, aumente o fluxo de polarização em etapas
de 5 L/min a cada 15 minutos. Lembre-se que deverá girar o controle Ajuste da Pa em sentido antihorário para compensar o aumento do fluxo e manter a Pa desejada.
Frequência
Em adultos, a frequência inicial normal equivale a 5 Hz. Em pacientes que apresentem hipercapnia
refratária com amplitude oscilatória maximal, aumenta-se a frequência em etapas, a fim de se melhorar
a ventilação.
767164-106 Rev. R
82
HFOV 3100B
% de tempo inspiratório
Em quase todas as situações terapêuticas, um valor de 33% mostrou-se eficaz para a maioria dos
pacientes. Em geral, não se altera esse controle durante o tratamento.
FiO2
Para efetuar o ajuste da concentração de oxigênio inspirado (FIO2), a estratégia básica empregada com
o 3100B é a mesma aplicada na estratégia de ventilação convencional, ou seja, tornar a concentração
mais baixa, conforme tolerado.
Pressão média nas vias aéreas e amplitude oscilatória
Esses dois controles, ou seja, a pressão média das vias aéreas e a amplitude da pressão oscilatória
(∆P), são os principais pontos da estratégia de gerenciamento do paciente com o 3100B:
A tabela a seguir resume as variações das configurações dos controles empregadas durante o estudo
clínico MOAT II.
Desvio médio padrão das configurações do 3100B utilizadas no estudo clínico MOAT II
Média (desvio padrão)
Peso do paciente (kg)
78 (25)
24 horas
48 horas
72 horas
FiO2
0.51 (0.15)
0.52
(0.17)
0.51 (0.15)
Pa média (cmH2O)
29 (6)
28 (6)
28 (6)
Frequência (Hz)
4.7 (0.7)
4.7 (0.7)
4.5 (0.9)
Amplitude (cmH2O)
66 (14)
65 (13)
66 (17)
Efetuam-se alterações na pressão média das vias aéreas através de um controle de rotação única que
altera a inflação de uma válvula unidirecional cônica que, por sua vez, aumenta a resistência à saída do
fluxo de polarização do ramal expiratório do circuito do paciente. O gerenciamento da pressão média
nas vias aéreas é fundamental para o controle da oxigenação. Os aumentos efetuados na pressão
média das vias aéreas aumentam o volume dos pulmões e, conseqüentemente, da superfície alveolar.
Em qualquer nível determinado de amplitude da pressão oscilatória (∆P), em geral, melhora-se a
oxigenação aumentando-se a pressão média nas vias aéreas e vice-versa. A seguir, encontram-se
estratégias definidas de acordo com determinadas doenças para se efetuar a manipulação da pressão
média das vias aéreas.
A Pa irá exibir pequenas flutuações de acordo com as variações de temperatura e umidade. O
operador deverá estar preparado para efetuar pequenos ajustes à Pa à medida que a temperatura do
circuito se eleva ou cai quando se preenche com água fresca o recipiente do umidificador, por exemplo.
Efetuam-se alterações na amplitude da pressão oscilatória (∆P)com o controle “Energia” de 10
rotações. Esse controle ajusta o nível da corrente elétrica aplicada à bobina de transmissão do motor
linear que desloca o pistão lacrado do diafragma. À medida que a corrente de onda quadrada desloca o
pistão rapidamente para frente e para trás na bobina de transmissão, em um padrão aproximado de
onda quadrada, as flutuações da pressão de amplitude alta sobrepõem-se simetricamente ao nível da
767164-106 Rev. R
Manual do operador
83
pressão média das vias aéreas previamente estabelecido no circuito do paciente, conforme o descrito
acima (a uma % de tempo inspiratório de 50%).
Embora o 3100B possa gerar uma pressão oscilatória superior a 90 cmH20 entre picos no ponto de
fixação do tubo endotraqueal da estrela entre o circuito e o paciente, não há o desenvolvimento dessas
pressões na traquéia. Isso acontece porque a impedância do sistema respiratório (do qual o tubo
endotraqueal é o elemento dominante) atenua, de forma significativa, essas ondas de pressão de alta
frequência, ao mesmo tempo que distorce a sua forma de onda e a transforma em um padrão quase
triangular. Por exemplo, a 3 Hz e um ajuste de 19 ml/cmH2O, as perdas são as seguintes:
95%
Tubo endotraqueal de 5,0 mm
91%
Tubo endotraqueal de 7,0 mm
84%
Tubo endotraqueal de 9,0 mm
Assim sendo, na definição clínica, um tubo endotraqueal maior irá resultar em formas de onda de
pressão distal e redução maiores em PCO2 arterial.
Para esclarecer ainda mais o fenômeno da amplitude da pressão oscilatória, considere o seguinte
exemplo. Um paciente com uma complacência de 19 ml/cmH2O é conectado ao circuito do 3100B com
um tubo endotraqueal de 5,0 mm. O 3100B está funcionando a 3 Hz, 33% de tempo inspiratório, uma
pressão média nas vias áreas de 25 cmH2O e uma ∆P de 90 cmH2O. Assim sendo, a pressão proximal
máxima das vias aéreas apresenta um pico de 70 cmH2O e um mínimo de menos 20 cmH2O, enquanto
que a pressão das vias aéreas traqueais apresenta um pico de aproximadamente 28 cmH2O e um
mínimo de 22 cmH2O devido à atenuação de 95% causada por esse tamanho de tubo endotraqueal a 3
Hz. Com a complacência de 19 ml/cmH2O, essa ∆P distal de 6 cmH2O cria um volume corrente de alta
frequência de 114 ml em um pulmão mantido em um nível bem inflado, quase constante, pela pressão
média das vias aéreas de 25 cmH2O.
Em um determinado nível de pressão média das vias aéreas e de frequência, o mecanismo único pelo
qual se atinge a ventilação (remoção do dióxido de carbono) é o volume corrente de alta frequência
criado pelas amplitudes da pressão oscilatória (∆P). Conseqüentemente, à medida que se aumenta o
ajuste do controle “Energia”, aumentam-se o deslocamento do pistão, a ∆P, o volume corrente e a
ventilação.
Embora seja possível ventilar a maioria dos pacientes com esse método direto de ajuste da ∆P para
cima em oposição a um nível alto de PaCO2, há alguns pacientes que requerem uma ∆P ainda maior
Sendo esse o caso, a estratégia é tirar vantagem da natureza dependente da frequência da atenuação
causada pelo tubo endotraqueal. À medida que se reduz a frequência, a atenuação sofre uma
diminuição, ocorrendo uma ∆P distal maior, o que resulta em um aumento no volume corrente liberado.
Em geral, a redução da frequência em etapas de 1 Hz é suficiente para se controlar de forma
persistente os níveis altos de PaCO2. Em alguns pacientes, é provável que se deva reduzir a frequência
para 3Hz.
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HFOV 3100B
Objetivos terapêuticos
Considerando-se que a pressão alveolar máxima é a causa da ruptura das vias aéreas, a vantagem
principal da ventilação oscilatória de alta frequência com relação à ventilação convencional é sua
habilidade de se manter a ventilação e oxigenação adequadas a pressões alveolares máximas mais
baixas . Por se alcançar a ventilação rapidamente com amplitudes de pressão oscilatória relativamente
baixas, é possível controlar os pacientes a pressões médias nas vias aéreas mais altas ao passo que o
ventilador funciona a pressões alveolares máximas mais baixas do que os equipamentos convencionais.
Esse recurso serve para melhorar a oxigenação, pelo aumento do recrutamento alveolar e nova inflação
dos espaços atelectásicos dos pulmões, melhorando, dessa forma, a combinação ventilação/perfusão.
Portanto, os objetivos terapêuticos do uso do 3100B são o aproveitamento máximo dessas
características exclusivas.
Aspectos gerais da estratégia clínica
A estratégia clínica para que o estudo clínico MOAT II identificou um objetivo de oxigenação de um nível
de SpO2 ≥ 88%, com manutenção da pressão média das vias aéreas até que FiO2 fosse reduzida para
≤ 0,60. O objetivo da PaCO2 esperado correspondia à faixa entre 40 e 70 mm Hg, embora se tolerasse
um nível mais alto de PaCO2, contanto que o pH fosse > 7,15.
Considerações especiais
ATENÇÃO
A idade do paciente é um indicador importante no que diz respeito ao volume pulmonar e ao espaço morto
anatômico, bem como à demanda metabólica colocada na ventilação. Embora o deslocamento máximo do modelo
3100B seja de, aproximadamente, 365 ml, o volume real fornecido ao paciente depende dos ajustes da alimentação e
frequência, do tamanho do tubo endotraqueal e da complacência do sistema respiratório do paciente.
ADVERTÊNCIA
Durante estudos clínicos aleatórios controlados no 3100B, casos graves de asma e doença pulmonar obstrutiva
crônica foram considerados como critérios de exclusão. Os benefícios e/ou riscos associados ao uso do modelo
3100B em tais pacientes são desconhecidos. Sabe-se que a ventilação oscilatória de alta frequência é menos
eficaz em doenças que apresentem maior resistência das vias aéreas e seu uso poderá resultar em hiperinflação e
retenção de ar. Estes fatores devem ser levados em consideração quando o aparelho for utilizado em tais
pacientes.
ADVERTÊNCIA
Não há dados que sugiram a eficácia da administração de aerossóis durante a ventilação oscilatória de alta
frequência. Provavelmente, o uso de uma terapia de aerossol convencional será ineficaz. Portanto, devem ser
considerados veículos alternativos para administração de medicamentos para pacientes que requeiram esse tipo
de terapia.
Os quadros de desempenho da seção 3 deste manual podem ser utilizados como guia para tais
relações, mas poderão apresentar pequenas variações, de acordo com pacientes e instrumentos.
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Manual do operador
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Oxigenação
A pressão média das vias aéreas (Pa) foi ajustada para 5 cmH2O acima do valor da Pa utilizada
durante a ventilação convencional, pouco tempo antes da transição para a ventilação oscilatória de alta
frequência. Os parâmetros de destino da oxigenação foram oximetria de pulso (SpO2) ≥ 88%, com
fração de oxigênio inspirado (FiO2) ≤ 0,60. Estabilizado o paciente na ventilação oscilatória, a FiO2 foi
reduzida para ≤ 0,60 - contanto que SpO2 fosse ≥ 88%.
Foi utilizada uma estratégia de pulmões abertos para otimizar a oxigenação na ventilação oscilatória,
aumentando-se a pressão média nas vias aéreas. Caso fosse necessária uma FiO2 > 0,60 para manter
a SpO2 ≥ 88%, aumentava-se a Pa em etapas de 2 a 3 cm H2O a cada 20 a 30 minutos até o valor
máximo de 45 cm H2O. À medida que a oxigenação melhorava, reduzia-se a FiO2 para manter a SpO2 ≥
88%. Com FiO2 ≤ 0,50, diminuía-se a Pa em etapas de 1 a 2 cm H2O a intervalos de 4 a 6 horas,
contanto que a SpO2 permanecesse dentro do intervalo alvo.
Ventilação
A amplitude oscilatória inicial (∆P) foi titulada à vibração da parede torácica. A ∆P foi, então, titulada
para se atingir uma PaCO2 que estivesse no intervalo alvo de 40 a 70 mmHg e se manter um pH > 7,15.
Caso o pH fosse < 7,15, aumentava-se o ajuste de energia para um máximo de “10” com o fim de
aumentar a ∆P em etapas de 10 cmH2O. Se não fosse possível atingir uma ventilação adequada na
amplitude de pressão máxima, recorriam-se às seguintes intervenções em seqüência:
1.
Reduzir a frequência respiratória em graus de 1 Hz até um mínimo de 3 Hz.
2.
Esvaziar o manguito do tubo endotraqueal e, em seguida, efetuar uma restauração da
Pa ajustando-se os seus controles ou o fluxo de polarização, caso a Pa já estivesse
na sua definição máxima.
Tabela 9.2 Resumo das estratégias de gerenciamento clínico da MOAT II
Estratégia de gerenciamento
Alvo SpO2 ≥88
Alvo PaCO2 40 - 70 mmHg
Ajuste inicial
Gerenciamento continuado
Pa
Ventilação convencional
Pa +5 cm H2O
Aumente a Pa para atingir o objetivo de oxigenação
(máximo de 45 cmH2O.)
Amplitude
Movimento torácico visível
Ajuste a amplitude para atingir o objetivo da PCO2.
Frequência
5 Hz
FiO2
Conforme necessário
Insp.
Tempo %
33%
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Se a amplitude estiver no ponto máximo, diminua a frequência
em etapas de 1Hz até alcançar o objetivo da ventilação.
Se a frequência for = 3 Hz, esvazie o manguito do tubo
endotraqueal
Mantenha a Pa até atingir uma FiO2 < 0,60 (SpO2 > 88%)
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HFOV 3100B
Desmame
O desmame dos pacientes da ventilação oscilatória de alta frequência e a reintrodução da ventilação
convencional ocorreu quando a FiO2 era ≤ 0,50 e a Pa ≤ 24 cm H2O com SpO2 ≥ 88%. No retorno à
ventilação convencional, ajustava-se o ventilador convencional no modo de controle da pressão com a
pressão inspiratória máxima ajustada para atingir um volume corrente liberado de 6 a 10 ml/kg do peso do
corpo real, PPEF 10 cm H2O e razão I:E de 1:1. O objetivo desses ajustes foi atingir uma Pa próxima a
20 cmH2O (aproximando-se da Pa atingida durante a ventilação oscilatória antes do retorno à
convencional).
Tabela 9.3 Resumo da estratégia de desmame de pacientes utilizada no estudo clínico MOAT II
Desmame da ventilação oscilatória
Transição para ventilação convencional quando: FiO2<0,50 e Pa < 24 cmH2O
Definições iniciais da
ventilação convencional
Volume corrente
Razão I:E
PPEF
Modo
6 - 10 cc/Kg
1:1
10 cmH2O
Controle da pressão
Variações das estratégias clínicas gerais de acordo com doenças
específicas
Doença pulmonar homogênea
Os diagnósticos pulmonares primários associados a esse padrão de doença são: Pneumonia e
síndrome do estresse respiratório agudo.
Para realizar esses diagnósticos, siga as estratégias gerais descritas previamente neste capítulo.
Doença pulmonar não homogênea
Os diagnósticos principais deste grupo de enfermidades são: enfisema pulmonar intersticial e
pneumotórax severa recorrente. Os principais processos patofisiológicos são: Escape persistente de
gases das vias aéreas e alvéolos para o interstício do pulmão ou espaço pleural, além de retenção de
gases nos pulmões.
Para realizar esses diagnósticos, siga também as estratégias gerais descritas acima. No entanto, efetue
as seguintes alterações importantes nos níveis da pressão e ênfase:
1. Quando a FIO2 estiver acima de 0,6; enfatize a diminuição da pressão média nas vias
aéreas, mesmo se isso significar a aceitação de níveis mais altos de PaCO2 e mais
baixos de PaO2, com o objetivo de reduzir ainda mais a pressão de inflação máxima e,
dessa forma, o risco de retenção de gases e escape de ar recorrente.
2. Inicie a terapia com uma frequência mais baixa para fornecer um tempo expiratório mais
longo e, desta forma, reduzir ainda mais o risco de aprisionamento de gases.
3. Após a resolução do escape de ar, retorne às estratégias gerais.
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Manual do operador
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Efeitos adversos
Assim como a ventilação de pressão positiva convencional, a ventilação de alta frequência apresenta
riscos inerentes. Entre os possíveis efeitos adversos, incluem-se: hiperventilação/hipoventilação,
umidificação excessiva/insuficiente, doença pulmonar obstrutiva crônica, bronquite traqueal necrosante ,
atelectasia, hipotensão, pneumotórax, pneumopericárdio, pneumomediastino, pneumoperitôneo e
enfisema pulmonar intersticial .
A tabela a seguir resume os eventos adversos relatados durante o estudo clínico MOAT II e demonstra
que, nesse estudo, não houve aumento na ocorrência dos efeitos adversos relacionados à ventilação
oscilatória em comparação com a ventilação mecânica convencional.
Resumo dos eventos adversos relatados durante o estudo clínico MOAT II
Ventilação
oscilatória
Ventilação
convencional
Número de pacientes
75
73
Falha de hipotensão refratária
0%
3%
Oxigenação inadequada
5%
8%
Acidose respiratória
5%
8%
Desenvolvimento ou piora síndrome de
escape de ar
9%
12%
Tubo endotraqueal obstruído por muco
5%
4%
ATENÇÃO
Siga rigorosamente as recomendações contidas neste capítulo sobre o emprego de radiografias torácicas na
monitorização da condição do paciente. Durante a operação do ventilador oscilatório, assim como ocorre com
todos os demais ventiladores, a relação entre a melhoria na complacência pulmonar, os aumentos inadvertidos no
volume pulmonar, o aumento da pressão pleural e a redução do retorno venoso é uma questão preocupante, já
que isso pode resultar na diminuição do débito cardíaco.
ATENÇÃO
Os níveis de tcPCO2 e tcPO2 ou SpO2 do paciente devem ser monitorados continuamente para assegurar que os
gases sanguíneos mantenham-se nos níveis apropriados. É importante que uma das vias aéreas do paciente seja
mantida irrestrita e desobstruída durante a operação do ventilador oscilatório. Para proteger as vias aéreas de um
paciente, adote sempre os procedimentos adequados de sucção, conforme descrito na seção “Diretrizes de
sucção” (Capítulo 8, Diretrizes clínicas). Em caso de obstrução ou restrição, não ocorrerão alarmes, já que
somente a pressão das vias aéreas proximais é monitorizada.
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HFOV 3100B
Frequência de monitorização recomendada
A frequência mínima recomendada para a monitorização dos parâmetros principais do estado pulmonar
é a seguinte:
Gases sanguíneos arteriais
1. De 45 a 60 minutos após o início da terapia de ventilação oscilatória de alta frequência para
estabelecer uma correlação aos valores transcutâneos.
2. A cada 2 horas durante 8 horas.
3. A cada 4 horas durante 16 horas.
4. A cada 8 a 12 horas, dependendo da política da instituição durante o tratamento.
5. Em 1 hora após a alteração principal da definição ou conforme indicação clínica.
Monitorização de gases sanguíneos não invasiva (tcO2, tcCO2, SpO2)
1.
De forma contínua. Este procedimento poderá alertar o médico quanto a mudanças sutis
no estado ventilatório do paciente talvez não detectadas durante a auscultação ou exame
físico.
Radiografia torácica
1.
2.
Em 4 horas a partir do início do uso.
A cada 12 horas nas 24 horas seguintes.
3.
4.
A cada 24 horas nos 5 dias seguintes.
A cada 48 horas nos 8 dias seguintes.
5.
6.
Semanalmente, desse ponto em diante.
Sempre que houver suspeita de hiperinflação dos pulmões.
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Diretrizes de sucção
Assim como na ventilação convencional, a necessidade de sucção durante o uso da ventilação
oscilatória deve ser determinada com base nas normas internas da instituição e nos sinais clínicos. A
realização de estudos multicêntricos não encontrou diferenças na frequência de sucção entre os
pacientes tratados com ventilação oscilatória de alta frequência e ventilação mecânica controlada. No
entanto, alguns observaram que a sucção mais freqüente torna-se indicada durante o tratamento de
pacientes mais doentes, especialmente depois de estabilizados.
ATENÇÃO
Não use acessórios externos ao ventilador (como uma porta de sucção, por exemplo) sem a presença de um
alarme externo secundário capaz de detectar a sua desconexão do ventilador. Devido às características de
pressão em linha, tais acessórios podem impedir que o alarme de Pa detecte uma interrupção acidental no
circuito do ventilador.
Desconexão e reconexão
As etapas corretas de desconexão e reconexão do paciente são:
1. Pressione o botão Alarm Silence (Silenciar alarme). Todos os alarmes sonoros
permanecerão desativados por 45 segudos. Observe os valores de Pa e de energia.
2.
3.
Desconecte o paciente. Este procedimento permitirá que o alarme <5 cmH2O Pa abra a
válvula de descarga e interrompa o funcionamento do oscilador.
Efetue a sucção utilizando a técnica padrão de sua instituição.
4.
Reconecte o paciente.
5.
Pressione e segure o botão RECONFIGURAR. Quando a Pa atingir níveis acima de
5 cmH2O, o oscilador voltará a funcionar. Reajuste a energia e a pressão média até que a
Pa e a ∆P estejam nos níveis observados na etapa 1.
Se o oscilador não retomar o funcionamento ou iniciar e parar, diminua o ajuste de energia para 2 ou
3 e, enquanto segura o botão Reconfiguração, ajuste a Pa ao nível desejado utilizando o medidor de
fluxo. Em seguida, durante a monitorização da Pa, aumente a energia até atingir a amplitude desejada
e ajuste o medidor de fluxo conforme necessário para manter a Pa desejada.
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Índice remissivo
A
B
acoplador em Y · 35
advertências · 1
agentes contaminantes limitativos do fluxo · 66
ajuste de calibração do transdutor de pressão ·
70
ajuste de controles para as estratégias de
tratamento · 81
ajuste zero do transdutor de pressão · 70
alarme
bateria
bateria fraca · 74
gás de origem fraco · 74
marcador Pa < Pa Min Def · 73
marcador Pa > Pa Máx Def · 73
oscilador superaquecido · 74
Pa < 5 cmH2O · 74
Pa > 60 cmH2O · 73
alarme de bateria fraca · 74
alarme de falha de energia · 42
alarme de oscilador parado · 42
alarme do marcador Pa < Pa Set Min Def ·
73
alarme do marcador Pa > Pa Max Def · 73
alarme Gás de Origem Fraco · 74
alarme oscilador superaquecido · 74
alarme Pa < 5 cmH2O · 74
alarme Pa > 60 cmH2O · 73
alarmes
advertência · 22, 41
especificações · 22
falha de energia · 42
oscilador parado · 42
precaução · 23, 42
Reconfigurar · 48
segurança · 22, 41
alarmes de advertência · 22, 41
alarmes de precaução · 23, 42
alarmes de segurança · 22, 41
alarmes de seguranças · 36
ambiente do equipamento · 71
amplitude oscilatória · 85
apresentação da pressão média das vias aéreas ·
47
atelectasia · 87
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alarme de falha da bateria · 50
bateria do alarme de falha de energia · 50
bateria fraca · 48
botão Reconfigurar · 48
braço de suporte
circuito do paciente · 53
bronquite traqueal necrosante · 87
C
calibração do circuito do paciente · 68
calibração do circuito do paciente · 60
calibração periódica · 68
alimentação CC · 68
calibração do monitor de pressão nas vias
aéreas · 68
calibração, circuito do paciente · 60
chave de força · 51
circuito do paciente · 35, 51
circuito do paciente desmontado · 54
circuito térmico de proteção · 39
coletor de umidade · 42, 52
coluna do sistema · 51
compartimento do oscilador · 51
conectores Luer · 52
conexões de tubos · 56
conexões do painel traseiro · 56
conexões, painel traseiro · 56
conexões, tubos · 56
controlador de onda quadrada · 37, 38
controle da pressão média das vias aéreas · 45
controle da válvula de descarga · 51
controle do fluxo de polarização · 45
controles
alimentação · 46
botão Reconfigurar · 48
definir Pa mínima · 47
fluxo de polarização · 45
frequência do oscilador · 46
iniciar e parar · 47
Pa máxima definida · 47
92
painel frontal e lateral · 45
painel traseiro · 49
parafuso de calibração do circuito do paciente ·
49
porcentagem do tempo inspiratório · 46
pressão média das vias aéreas · 45
silêncio de 45 s · 49
controles e alarmes eletrônicos · 40
D
delta P · 40
departamento de suporte técnico · 71
descarga eletrostática (ESD) · 71
desconexão e reconexão do paciente · 89
desligamento térmico do oscilador · 39
deslocamento máximo do pistão · 38
detalhes da coluna e circuito do pacientels · 51
detalhes do circuito do paciente · 54
detalhes dos painéis frontais e laterais · 45
detalhes sobre o painel traseiro · 49
disjuntor · 51
drenagem do coletor de água · 66
drenagem do coletor de umidade · 52
HFOV 3100B
estudos multicêntricos · 89
eventos adversos · 87
eventos adversos possíveis · 6
F
falha do teste de desempenho do ventilador ·
75
falha em atingir a calibração do circuito do
paciente · 75
falha na redefinição / inicialização · 75
filtro do gás de resfriamento do misturador · 50
fonte de alimentação elétrica · 41
frequência da oscilação · 39
frequência do oscilador · 46
G
gás de origem fraco · 48
gráfico de solução de problemas · 73
gráficos de desempenho · 27
gráficos de verificação do desempenho · 63
H
E
efeitos adversos observados · 5
enfisema pulmonar intersticial · 87
entrada
ar de resfriamento · 50
entrada do misturador · 50
ESD (descarga eletrostática) · 71
especificações
alarmes · 22
controles · 19
físicas · 26
gráficos de desempenho · 27
indicadores · 21
medição da pressão · 22
pneumáticas · 25
estratégia de desmame · 86
estratégia de pulmões abertos · 85
estratégias de tratamento · 81
estudo clínico · 13
critérios de inclusão · 13
demografia do paciente · 15
falhas observadas no tratamento · 17
hipótese principal · 14
métodos · 13
população · 14
resultados · 16
hipotensão · 87
I
IEM (interferência eletromagnética) · 71
indicações de uso · 1
interferência eletromagnética · 71
intervalos de manutenção programada · 71
L
limpeza da superfície · 65
limpeza do filtro de algodão · 67
linha do sensor de pressão · 55
linha sensora das vias aéreas proximais · 35
M
medidor de tempo transcorrido · 50
misturador · 56
misturador externo e monitor de O2 · 33
monitor de pressão das vias aéreas · 39
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Manual do operador
93
advertência sobre interferência de
radiofrequência (IRF) · 11
colocação da bateria · 11
especificações da bateria · 11
identificação de nomes · 11
procedimento de calibração do circuito do
paciente · 8
registro de substituição do controlador · 10
registro de substituição do filtro de gás de
resfriamento do misturador · 10
testes de desempenho do ventilador · 9
monitorização dos parâmetros principais do
estado pulmonar · 88
montagem · 53
montagem em pistão · 37
motor linear · 37, 39
resfriamento · 39
O
objetivo de oxigenação · 84
objetivos terapêuticos · 84
operação imprevista · 77
oscilador parado · 49
oscilador superaquecido · 49
oxigenação · 85
P
Pa < 5 cmH2O · 47
Pa > 60 cmH2O · 47
Pa máxima definida · 47
Pa mínima definida · 47
painel traseiro, unidade de controle · 49
peças · 78
pneumomediastino · 87
pneumonia · 86
pneumopericárdio · 87
pneumoperitôneo · 87
pneumotórax · 87
pneumotórax, severa recorrente · 86
potenciômetros, fonte de alimentação · 69
precauções · 3
pressão média das vias aéreas · 39, 45
pressão no circuito do paciente · 39
pressões alveolares máximas · 84
procedimento de inicialização · 43
procedimentos de manutenção · 65
procedimentos de solução de problemas · 65
R
radiotransmissores · 72
recrutamento alveolar · 84
registro · 52
registro de substituição do controlador · 50
registro de substituição do filtro
gás de resfriamento do misturador · 50
retorno à ventilação convencional · 86
rótulo
767164-106 Rev. R
rótulos externos · 8
S
saída no umidificador · 50
sensor de pressão nas vias aéreas · 52
símbolos · 7
síndrome do estresse respiratório agudo · 86
sistema de lógica e controle pneumáticos · 34
sistema de proteção térmica · 42
sistema do oscilador · 37, 38
sistemas de segurança · 41
specifications
Elétricas · 24
subsistema de alarme · 40
subsistemas · 33
incluídos com o ventilador · 34
providenciados pelo usuário · 33
substituição da bateria do alarme de falha de
energia · 67
substituição do cartucho de filtro de entrada de
gás comprimido · 66
substituição do circuito do paciente · 67
sucção · 89
suprimentos · 78
T
tempo inspiratório · 38
teste de desempenho do ventilador · 61
teste de desempenho, ventilador · 61
tira de fixação do circuito do paciente · 52
trava de posição da unidade de controle · 50
tubos codificados por cor · 55
tubos, codificados por cor · 55
tubulação do umidificador · 52
U
umidificador · 56
94
umidificador externo · 33
V
válvula de controle de Pa · 35, 51
válvula de descarga · 36
válvula de limite de Pa · 52
HFOV 3100B
válvula de limite de pressão · 36
válvulas mecânicas de alívio · 43
variações da estratégia clínica geral de acordo
com doenças específicas · 86
verificação do desempenho · 63
verificação operacional e acionamento · 59
767164-106 Rev. R

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