Visualizar
Transcrição
Visualizar
Transferência de Inovação Tecnológica na Autoconstrução de Moradias Doris C.C.K.Kowaltowski, Ph.D. Arq. (Coordenadora) Edison Fávero, M.Sc.Arq. Francisco Borges Filho, M.Sc. Arq. Lucila C. Labaki, D. Sc. Física Regina C. Ruschel, D. Sc. Eng. Silvia A. Mikami G. Pina, M.Sc. Arq. Stelamaris Rolla Bertoli, D. Sc. Física Faculdade de Engenharia Civil UNICAMP Caixa Postal 6021 13083-970 Campinas, SP [email protected] Dezembro 2001 Introdução Este trabalho descreve resultados de uma linha de pesquisa em metodologia de projeto arquitetônica. A linha de projeto visa principalmente o apoio técnico á autoconstrução de moradias. São relatados os resultados de dois projetos projeto de pesquisa: o projeto “Elementos sociais e culturais da casa popular em Campinas, SP” (FAPESP, processo 92/4525-2 e o projeto de pesquisa que usa a sigla TITAM - Transferência de Inovação Tecnológica na Autoconstrução de Moradias (Processo: 7 898 0351 00 FINEP) A relevância deste tipo de trabalho é atuar junto ao setor da Autoconstrução, onde a produção habitacional necessita da atenção e do envolvimento da comunidade científica e suas pesquisas tecnológicas, propiciando um incremento na qualidade construtiva e urbana do ambiente construído. Pelas características e dimensão desta modalidade habitacional justifica-se o desenvolvimento de procedimentos inovadores na área de projeto de arquitetura e mudança de forma de atuação de profissionais de projeto e construção. Assim, a inovação está na forma de uma metodologia automatizada de projeto arquitetônico com recursos computacionais e gráficos, considerando dados de uma pesquisa de campo anteriormente realizada para garantir a afinidade necessária com as características da Autoconstrução. A transferência de inovação tecnológica permite a ampliação de horizontes de pesquisa na área de moradia de interesse social. A avaliação dessa transferência de tecnologia na Autoconstrução está sendo divulgada em vários setores nacionais e internacionais como conferencias e publicações. A disseminação destas informações utilizar-se também dos recursos de multimídia e novos meios de comunicação das redes mundiais (World Wide Web), visando agilidade e enriquecimento da discussão entre os grupos afins. O trabalho da equipe concentra-se na região de Campinas onde foram detectadas falhas na Autoconstrução que tornam evidente a necessidade de apoio técnico ao autoconstrutor e de pesquisas de avaliação pós-ocupação das construções após o apoio realizado. O objetivo do primeiro projeto de pesquisa “Elementos sociais e culturais da casa popular em Campinas, SP” foi a investigação das características da autoconastrução na região de Campinas, principalmente a investigação de hábitos sociais e culturais da população de baixa renda, as suas preferências em relação ao projeto de casa bem como a analise das tipologias arquitet\õnicas construídas. Após esta investigação criou-se uma metodologia de projeto automatizada, denominada “AUTOMET” para o apoio técnico na autoconstrução de moradias na região. O objetivo geral do projeto de pesquisa TITAM, de outro lado, é a aplicação de novos métodos de desenvolvimento de projetos arquitetônicos que representem sensível avanço na qualidade da construção de casas no alcance da população de autoconstrutores da região de Campinas. A estratégia do projeto estabeleceu outros objetivos específicos: O primeiro objetivo é a transferência de tecnologia implementada na ferramenta computacional “AUTOMET" criada para auxiliar o projeto arquitetónico de casas populares na cidade de Campinas (Kowaltowski et al. (b), 1995). O desenvolvimento do projeto de casas com esta metodologia utiliza os recursos de CADD (Computer Aided Design and Drafting) (AutoCad, 2000 e Head, 1989) e é baseada em manipulação controlada sobre projetos encontrados na pesquisa de campo do projeto: “Elementos sociais e culturais da casa popular na metodologia de projeto" que levam em conta parâmetros de influência evidenciados na análise dos dados desta mesma pesquisa (Kowaltowski et al. (a), 1995) . O segundo objetivo consiste em pesquisar os resultados da transferência de tecnologia em termos do impacto no fenômeno atual da Autoconstrução na região e da aceitação por parte da população dos projetos elaborados através da metodologia. São levantados dados sobre intervenções desejadas para uma individualização maior dos projetos, quantificação de obras iniciadas com os novos projetos e avaliação do andamento da obra com uma base de projeto fundamentada. São ainda levantados níveis de conforto e a satisfação dos autoconstrutores com as suas moradias bem como os principais problemas técnicos construtivos enfrentados pela população. O terceiro objetivo é pesquisar a adequação da linguagem projetual à população de autoconstrutores. Nesta pesquisa específica foi dada maior ênfase ao entendimento dos projetos e ao desenvolvimento de uma Cartilha do Autoconstrutor. O enfoque foi em relação à apresentação dessa Cartilha, a visualização e interpretação dos projetos propostos gerados pela metodologia. Na interpretação foi dada maior ênfase à facilidade de leitura dos desenhos tridimensionais. Durante o período deste relatório foram também efetuadas testes de correções no programa da ferramenta “AUTOMET”. Estes testes são importantes para uma aplicação segura da ferramenta automatizada de produção de plantas. Este relatório apresenta uma descrição resumida das atividades de testes do programa. Finalmente, como objetivo há a identificação e quantificação do acréscimo na qualidade construtiva e no conforto alcançado nas casas realizadas no período deste experimento. As obras iniciadas foram acompanhadas para avaliação dos aspectos de fidelidade ao projeto, com atenção à extensão de modificações introduzidas, sua caracterização, bem como o dimensionamento de desperdícios resultantes dessas modificações. Em relação à avaliação do conforto foi dada ênfase ao conforto térmico através de observações da utilização de elementos presentes no projeto, como a implantação correta, varandas, dimensão e localização de aberturas, beirais, ventilação do ático e recomendações na escolha dos materiais de construção e opção de cores para o revestimento externo. Nas casas construídas e ocupadas foram realizadas medições dos parâmetros ambientais como a temperatura interna e externa, temperatura de globo, umidade relativa e velocidade do ar. Os demais itens relativos ao conforto ambiental foram avaliados através de levantamento do nível de satisfação do morador e medições de níveis de ruído e iluminação em alguns cômodos da casa. Características da Autoconstrução de moradias Bla Bla Bla açfdjasfçaçjasfd Akçsfdkjsfdjsfdjsfd Fig. 1: Preferred house design used in technical support system “AUTOMET”. Título: Aplicativo de criação: D ata de criação: Figura 3. Sugestão de projeto de casa para a autoconstrução na regiaõ de Campinas Fig. 1: Figure 3. Impression of a self-built settlement in Campinas Fig. 1: Caixa de dialogo do programa “AUTOMET” Atuação de Transferência No período deste relatório final o projeto de assistência à Autoconstrução de moradias concentrou-se principalmente em Souzas, região de Campinas. A experiência relatada ocorreu no Jardim Conceição. Tratava-se de uma ocupação irregular em uma área de proteção ambiental. A maioria das moradias existentes era de madeira, improvisada, com total precariedade. Existiam umas poucas moradias em alvenaria de tijolo cerâmico. Apenas a moradia da liderança do movimento daquela população era de bloco de concreto. A Cohab Campinas (Companhia de Habitação do Município de Campinas), após negociação com os moradores, acertou uma área próxima ao local da ocupação para re-alocar os moradores da área de preservação ambiental. A Cohab foi responsável pela definição do projeto de parcelamento do solo e implantação do novo loteamento. A Cohab também ofereceu na ocasião a opção aos moradores a aquisição de um kit para a construção de uma casa embrião de programa de uma sala, cozinha e banheiro. Assim que as obras de terraplanagem foram concluídas, foi solicitada à equipe do projeto TITAM que entrasse em contato com os moradores para uma assistência técnica através da realização da transferência de inovação tecnológica. Foram agendadas datas para o início da transferência, que realizou-se predominantemente aos sábados à pedido da população. Nestas ocasiões, foram fornecidos projetos básicos para a construção individual da moradia, envolvendo a equipe de pesquisadores, bolsistas e as famílias interessadas, atividade apresentada na imagens da figura 1. Além da entrega do projeto básico da moradia, foram dadas explicações sobre o projeto e também sobre aspectos importantes da construção que visam a qualidade e o conforto da moradia. Todas as famílias presentes preencheram uma ficha de dados para posterior acompanhamento. Nesta etapa do apoio técnico, foram diretamente atendidas 84 famílias do Jardim Conceição de um total de 120 existentes no novo loteamento. A receptividade por parte dos moradores foi imediata e a aceitação dos projetos propostos foi muito boa. Fig. 1: Cenas do centro móvel de atendimento no Jardim Conceição em Sousas, distrito de Campinas para a Transferência de Inovação Tecnológica na Autoconstrução de Moradias Resultados Obtidos Para a avaliação e análise da transferência de inovação tecnológica, a equipe do projeto iniciou um acompanhamento e levantamento das moradias construídas no local. Este levantamento de resultados, visou avaliar principalmente a aceitação, por parte dos autoconstrutores, da orientação e apoio oferecidos, bem como sobre a elevação da qualidade das moradias, redução de desperdícios e melhoria das condições de vida no bairro. Essa análise permite a elaboração de ajustes no processo de transferência além de orientar novos estudos e propostas para a elevação da qualidade da habitação social. Para o levantamento dos resultados, foram realizadas visitas freqüentes ao local, medições técnicas, croquis das plantas de casas modificadas, registros fotográficos digitais. Foi realizada também a aplicação de um questionário-entrevista com questões relativas ao local de origem dos autoconstrutores; dados sócio-econômicos dos autoconstrutores e família; idéia prévia da planta da futura casa; experiência anterior em construção; consulta a profissional de construção civil; construção da casa em etapas; grau de satisfação quanto ao projeto arquitetônico sugerido. A partir dos croquis executados na pesquisa de campo, foram elaborados registros em CAD que foram organizados em uma tabela de projetos atendidos e modificados, apresentada no Anexo 1. O loteamento do Jardim Conceição ainda apresentava lotes vazios na data deste relatório, o que indica que a pesquisa deve continuar para uma análise no futuro mais completa das características construtivas das obras executadas. Como esperado, a grande maioria da população utiliza os fins de semana na construção de suas casas (54%), pois trabalham durante a semana. Há obras que evoluem em tempo integral (33%), tendo como construtores proprietários desempregados ou pedreiros contratados. Seis meses após o início da ocupação do loteamento, 6% das obras estavam na fase de fundações, 35% da fase de alvenaria, 12% na laje ou cobertura e 47% iniciando a fase de acabamento mas já habitadas, o que demonstra a rapidez com que a população é capaz de executar a obra. O gráfico 1 demonstra que 30% das casas estavam sendo construídas conforme o projeto entregue à população durante a transferência de tecnologia. Existe uma parcela razoável dos lotes (45%) ocupados por embriões da Cohab, cujas famílias possuíam renda compatível apenas para programa de construção mínima totalmente financiada, onde a Companhia fornecia o projeto e o material (bloco de concreto) e a obra era realizada pela família em prazo préespecificado sob pena de perda dos direitos sobre o lote. Para uma população em vias de expulsão das suas moradias em local ilegal, justifica-se a opção de moradia menor, mesmo consciente dos prejuízos de conforto desta opção. 25% 30% Unicamp COHAB Outro 45% Gráfico1: projeto utilizado na construção da moradia O custo das casas não ultrapassava os R$ 5.000,00 até o momento do levantamento. No entanto, não há registros que provam os valores. O pagamento da obra é quase sempre parcelado em vários depósitos de material de construção, com pouco controle sobre o total dos gastos. A compra dos materiais foi realizada predominantemente em depósitos próximos ao bairro (46%), dadas a facilidade de locomoção ao depósito e a rapidez de entrega já que a maioria da população construía nos fins de semana. Os aspectos construtivos adotados são apresentados nos gráficos 2 a 6. Nas imagens da figura 2 verifica-se que a fundação em baldrame, juntamente com broca, foi a mais adotada (70%). Este tipo de fundação é o mais tradicionalmente adotado na região, apesar de não ser a solução mais adequada ao tipo de solo da região. Como as construções são de pequeno porte, esta escolha não trará maiores problemas estruturais. Para as paredes, foram utilizados blocos cerâmicos na maioria das casas pesquisadas (61%), principalmente nos projetos entregues na transferência de tecnologia. Este tipo de material de construção tem muita aceitação e favorece um maior conforto térmico para o clima da região de Campinas. A Cohab utiliza blocos de concreto na construção do projeto embrião, pela rapidez que o material oferece na execução. Não há forro em 70% das moradias. Constatou-se a falta de inclusão de um forro na construção das casa, o que causa diretamente condições de conforto térmico de baixa qualidade. Cerca de 68% das coberturas eram de fibrocimento, ocorrências justificadas pelo estágio inacabado das obras, a sua evolução construtiva rápida bem como pelo baixo custo deste material. Vários moradores relataram que o uso do fibrocimento é provisório e manifestaram desejo de substituir a cobertura por telha cerâmica. O acabamento externo era o chapisco em 46% das obras e 45% ainda não possuíam nenhum acabamento externo. A falta de verba da população local não lhes permitiu fazer um revestimento interno imediato, apesar de todos pretenderem fazê-lo no futuro. No máximo as casas eram chapiscadas, no entanto, nenhuma das casas visitadas estavam pintadas. O chapisco foi a solução de acabamento externo encontrada. Este tipo de acabamento não evita a entrada de umidade na residência como foi verificado diversas vezes durante as visitas. O chapisco seguido de reboco mais pintura deveria ser outra técnica construtiva recomendada no manual de autoconstrução. 4% 26% 39% Madeira Blocos cerâmicos Vigota pré-fabricada Blocos de concreto Não há forro 61% 70% Gráfico 2: Característica dos materiais de construção das paredes Gráfico 3: Característica dos materiais de construção dos forros 28% Fibrocimento Cerâmica 4% 68% Não sabia ainda Gráfico 4: Distribuição do uso de material das coberturas 9% 16% 0% Sem acabamento 45% Com reboco Reboco ou chapisco 22% Chapisco Pintura 62% Sem acabamento 46% Pisos Gráfico 5: Estágio do acabamento interno Gráfico 6: Estágio do acabamento externo Fig. 2: Autoconstrutor realizando sua moradia Em relação à satisfação com o projeto, verificou-se que 72% daqueles que utilizaram o projeto fornecido pela transferência de tecnologia não realizaram alterações (gráfico 2), demonstrando satisfação com o projeto. Já entre aqueles que utilizaram o projeto da Cohab, 58% realizaram alterações, visto que o projeto inicial não atendia suas necessidades funcionais. A pretensão de realizar modificações futuras confirma problemas de satisfação com o tipo de projeto de moradia executada. Pois 49% daqueles que adotaram o modelo da Cohab pretendem fazer modificações futuramente, ao passo que daqueles que utilizaram o projeto proposto na transferência (Projeto TITAM, UNICAMP), somente 22% pretende faze-la. As modificações dos projetos UNICAMP representam, na sua maioria, o término da obra, com a execução das etapas do projeto original. Entretanto, no caso dos embriões da COHAB, há planos não definidos de grandes aumentos de área. O programa de necessidades presente nos projetos UNICAMP, especialmente nas casas de 5 cômodos, demonstrou-se adequado às necessidades das famílias, pois nesses casos, as principais interferências do autoconstrutor neste tipo de projeto referem-se à troca de posição de aberturas - portas e janelas- e dimensionamento do banheiro, sem prejudicar os princípios fundamentais propostos no projeto original. A percepção da adequação espacial dos cômodos acontece logo na definição das vigas de fundação e as primeiras etapas de erguer as paredes dos ambientes. Neste caso, o banheiro, o menor cômodo de uma casa, recebe uma avaliação errônea da sua adequação de espaço para as suas funções, já que o projeto apresenta um espaço funcional bastante adequado. Unicamp COHAB 28% 42% Com modificações Sem modificações Com modificações 58% Sem modificações 72% Gráfico 7: alterações introduzidas nos projetos fornecidos á população do Jardim Conceição Resultados de Medições Técnicas das Condições de Conforto Ambiental Para as medições técnicas dos aspectos de conforto ambiental foram escolhidos com características específicas: A metodologia empregada para a escolha das casas levou em conta os seguintes aspectos: Representação de casas de cada tipo de projeto: COHAB e TITAM/UNICAMP; Localização das casas numa mesma rua, buscando-se, assim, a mesma orientação solar; Tipologia da rua em relação aos parâmetros de incidência de ruído e ventilação; Assim selecionaram-se as um total de nove casas localizadas nas seguintes vias (ver mapa do Bairro Jardim conceição da figura 3): Rua João Maria Batista, acesso principal ao bairro, onde constatou-se que o movimento de veículos e de pedestres é mais intenso; Avenida 2 via onde as casas localizam-se somente em um dos lados da via e o trânsito é bem menor; e a Via Particular 2, onde suponha-se que o problema de ventilação é maior do que nas duas vias escolhidas. Devido às diferenças nas dimensões das casas com projeto da COHAB ou da UNICAMP, os cômodos onde as medições ocorreram são: Projeto/COHAB = quarto e cozinha e projeto TITAM/UNICAMP = quarto, sala e cozinha. Croqui do Jardim Conceição Av en id a 2 el li am ltr Be o ci rru Fe R ua sé r1 Rua Salin Jo 2 rticular Via Pa V ia P a rtic u la R ua J oão M a ria B a tis ta Fig. 3: Mapa do Bairro Jardim Conceição Os parâmetros ambientais coletados nas casas do Jardim Conceição durante os períodos de verão e de inverno estão organizados nas tabelas 1 a 3. Os parâmetros térmicos coletados foram a temperatura de globo, a temperatura de bulbo seco, a temperatura de bulbo úmido e a velocidade do ar. Para as medidas nesta etapa foram utilizados o termômetro de globo digital, modelo TGD-200 da Instrutherm e o anemômetro fio quente, modelo AM-4204 da Lutron. Como os projetos da COHAB e UNICAMP prevêem um número diferente de cômodos, adotouse para efeito de medição, o centro dos cômodos quarto e cozinha de ambos os projetos e mais a sala no projeto da UNICAMP. Para as medições de conforto acústico, foram medidos os níveis de pressão sonora ( NPS ) e para tal foi utilizado o medidor integrador de nível de pressão sonora, modelo 00026 da Robotron, na escala de compensação A e com resposta de leitura rápida. Para a execução desta etapa, seguiram-se as prescrições da norma NBR 10151 - Avaliação do ruído em áreas habitadas visando o conforto da comunidade, que no caso dos ambientes internos, recomenda fazer as medições a distâncias de, no mínimo, 1 m das paredes; 1,20 m acima do piso e 1,5 m de janelas. Obedecendo-se ainda à norma, as medidas foram coletadas de 3 posições a 0,50 m uma da outra e cm as janelas dos cômodos abertas. Para as medições de conforto visual, foi utilizado o luxímetro, modelo LX-102 da Lutron para medir o iluminamento ( I ) que corresponde à quantidade de lux nos ambientes. As medições foram feitas no centro dos cômodos e em mais 4 pontos distantes a aproximadamente 0,50 m do centro. Tabela 1:Parâmetros ambientais, verão. Parâmetros Casa do Morador: Adelson B. dos Santos Cômodo Térmicos Acústicos Túmido ( Tglobo ( oC ) Tseco ( oC ) o C ) Var ( m/s ) Decibéis Iluminação Lux Quarto 30,8 30,3 24,6 0,0 42,2 141 Sala 30,8 30,4 24,5 0,1 45,9 79 Quarto 30,7 30,3 24,4 0,2 45,2 251 Maria Lázara Cozinha 31,3 30,8 24,2 0,2 49,1 577 Regina Maria de Souza Vicente Sala 29,3 29,0 23,6 0,0 47,5 103 Quarto 29,5 29,0 23,0 0,2 38,4 217 Cozinha 29,2 28,8 23,9 0,0 45,0 166 Edvaldo F. dos Santos Quarto 30,6 29,7 25,3 0,0 62,9 436 Sala 30,6 30,1 24,9 0,0 62,9 161 Ricardo A. Máximo Sala 34,3 33,0 25,7 0,0 43,9 133 Cozinha 33,4 33,0 25,7 0,0 50,0 306 Sala 32,7 31,5 24,8 0,1 50,8 58 Cozinha 31,9 31,3 25,0 0,0 43,7 81 Sala 31,5 30,9 25,5 0,0 54,7 345 Cozinha 30,2 30,3 25,0 0,0 51,5 156 Sala 27,2 27,4 24,0 0,0 65,7 158 Quarto 27,4 27,7 24,1 0,0 44,0 51 Cozinha 27,6 28,1 24,2 0,0 65,6 682 Sala 33,2 32,6 24,7 0,0 42,4 156 Quarto 33,6 32,6 25,1 0,0 40,8 55 Cozinha 33,6 33,3 24,5 0,0 41,4 326 Antonio Raimundo Gatti Nazareno L. de França Geraldo Godoy Adailton C. B. da Conceição Tabela 2: Medições ambientais (inverno) Parâmetros Casa do Morador Adelson B. dos Santos Cômodo Térmicos Túmido ( o o Tglobo ( C ) Tseco ( C ) o C ) Var ( m/s ) Acústico Iluminação Decibéis Lux Quarto 17,0 16,0 13,8 0,0 60,4 28 Sala 19,2 19,4 16,1 0,2 57,9 114 Quarto 20,5 18,9 15,2 0,0 40,6 132 Cozinha 21,0 18,8 14,9 0,0 43,0 442 Edvaldo F. dos Santos Quarto 17,5 17,6 17,1 0,0 73,8 166 Sala 17,6 17,8 17,1 0,0 43,1 160 Ricardo A. Máximo Sala 18,4 16,3 12,8 0,0 43,9 72 Cozinha 17,2 16,1 12,6 0,0 43,5 204 Sala 29,3 29,0 23,6 0,0 47,5 26 Quarto 29,5 29,0 23,0 0,2 38,4 243 Cozinha 29,2 28,8 23,9 0,0 45 86 Sala 18,7 17,6 13,9 0,0 40,4 126 Cozinha 18,1 16,9 12,2 0,0 40,3 33 Sala 25,5 25,4 20,1 0,0 42,8 170 Cozinha 24,2 24,5 18,4 0,0 44,1 78 Sala 18,7 19,1 15,5 0,0 53,5 162 Quarto 19,0 19,2 15,9 0,0 46,1 62 Cozinha 20,8 21,9 16,2 0,2 61,2 303 Sala 21,5 21,9 16,3 0,1 64,6 128 Quarto 22,2 21,1 16,6 0,0 49,8 319 Cozinha 22,3 23,1 16,2 0,2 54,3 235 Maria Lázara Regina Maria Antonio Raimundo Gatti Nazareno Luís de França Geraldo Godoy Adailton C. B. da Conceição O conforto térmico foi avaliado segundo o método de Fanger (), que determina que o grau de conforto ou desconforto através de sua escala de sensação térmica que varia de –3 a +3 (muito frio a muito calor). Os parâmetros considerados nesse método são a temperatura do ar, a umidade relativa, a velocidade do ar, a temperatura radiante média, o tipo de vestimenta e o metabolismo do indivíduo. Utilizou-se o software de autoria de J. M. Evans, do Centro de Investigação de Habitação e de Energia, FADU, UBA., que se baseia no método de Fanger e segue a norma internacional ISO 7730 – 1984. Como resultados, o software apresenta a sensação térmica e a porcentagem de pessoas insatisfeitas para dado ambiente térmico. Admitiu-se que as roupas usadas pelas pessoas são leves e que elas estão paradas, sem desenvolver atividades. Na tabela 3 são apresentados os resultados obtidos através da simulação efetivada no software utilizado para a avaliação de sensação térmica. Tabela 3: Avaliação da sensação do conforto térmico. Projeto da casa do Morador COHAB – Maria Lázara da Silva COHAB – Adelson B. dos Santos COHAB – Edvaldo F. dos Santos COHAB – Ricardo A. Máximo UNICAMP – Antonio R. Gatti UNICAMP – Nazareno L. França UNICAMP – Geraldo Godoy UNICAMP – Adailton C. B. da Conceição UNICAMP – Regina M. S. Vicente Projeto da casa do Morador COHAB – Maria Lázara da Silva COHAB – Adelson B. dos Santos COHAB – Edvaldo F. dos Santos COHAB – Ricardo A. Máximo UNICAMP – Antonio R. Gatti UNICAMP – Nazareno L. França UNICAMP – Geraldo Godoy Cômodo Quarto Cozinha Quarto Cozinha Quarto Sala Sala Cozinha Sala Cozinha Sala Cozinha Sala Quarto Cozinha Sala Quarto Cozinha Quarto Sala Cozinha Verão % de insatisfeitos Sensação térmica 1,6 ( quente ) 1,4 ( leve sensação de calor ) 1,7 ( quente ) 1,9 ( quente ) 1,7 (quente ) 1,8 (quente ) 2,4 ( quente ) 2,2 ( quente ) 2,2 ( quente ) 2,0 ( quente ) 1,9 ( quente ) 1,7 ( quente ) 1,2 ( leve sensação de calor ) 1,2 ( leve sensação de calor ) 1,2 ( leve sensação de calor ) 2,1 ( quente ) 2,2 ( quente ) 2,2 ( quente ) 1,1 ( leve sensação de calor ) 1,2 ( leve sensação de calor ) 1,2 ( leve sensação de calor ) Cômodo 54,6 47,1 64,0 71,0 64,2 64,8 90,8 85,1 83,3 74,4 73,3 59,9 35,2 36,6 36,8 81,8 85,7 83,7 29,4 35,9 36,4 Inverno % de insatisfeitos Quarto Cozinha Quarto Sala Quarto Sala Sala Cozinha Sala Cozinha Sala Cozinha Sala Quarto 40,1 38,3 85,7 43,5 65,3 63,2 79,0 86,2 65,8 77,9 10,2 5,3 49,9 46,2 -1,3 ( leve sensação de frio ) -1,3 ( leve sensação de frio ) -2,2 -1,4 ( leve sensação de frio ) -1,8 ( frio ) -1,7 ( frio ) -2,1 ( frio ) -2,2 ( frio ) -1,8 ( frio ) -2,0 ( frio ) 0,5 ( neutralidade térmica ) 0,1 ( neutralidade térmica ) -1,5 ( leve sensação de frio ) -1,4 ( leve sensação de frio ) Sensação térmica Cozinha Sala Quarto Cozinha UNICAMP – Adailton C. B. da Conceição 36,7 17,6 15,4 9,0 -1,2 ( leve sensação de frio ) -0,8 ( neutralidade térmica ) -0,7 ( neutralidade térmica ) -0,4 ( neutralidade térmica ) O conforto acústico foi avaliado conforme recomendações de nível de ruído para conforto térmico que constam na tabela 1 da norma brasileira NBR 10152 [6]. Os resultados obtidos na pesquisa de campo e os valores recomendados pela norma foram organizados na tabela 4 para facilitar a comparação: Tabela 4: Avaliação do conforto acústico. Projeto da casa do Morador COHAB – Maria Lázara da Silva COHAB – Adelson B. dos Santos UNICAMP – Regina M. S. Vicente COHAB – Edvaldo F. dos Santos COHAB – Ricardo A. Máximo UNICAMP – Antonio R. Gatti UNICAMP – Nazareno L. de França UNICAMP – Geraldo Godoy UNICAMP – Adailton C. B. da Conceição Projeto da casa / Morador COHAB – Maria Lázara da Silva COHAB – Adelson B. dos Santos COHAB – Edvaldo F. dos Santos COHAB – Ricardo A. Máximo UNICAMP – Antonio R. Gatti Verão Cômodo Quarto Cozinha Quarto Sala Quarto Sala Cozinha Quarto Sala Sala Cozinha Sala Cozinha Sala Cozinha Sala Quarto Cozinha Sala Quarto Cozinha Inverno Cômodo Quarto Cozinha Quarto Sala Quarto Sala Sala Cozinha Sala Cozinha NPS obtido ( dB(A) ) 45,2 49,1 42,2 45,9 38,4 47,5 45,0 62,9 53,4 43,9 50,0 50,8 43,7 54,7 51,5 65,7 44,0 65,6 42,4 40,8 41,4 NPS recomendado ( dB(A) ) 35 a 45 40 a 50 35 a 45 40 a 50 35 a 45 40 a 50 40 a 50 35 a 45 40 a 50 40 a 50 40 a 50 40 a 50 40 a 50 40 a 50 40 a 50 40 a 50 35 a 45 40 a 50 40 a 50 35 a 45 40 a 50 NPS obtido ( dB(A) ) 40,6 43,0 60,4 57,9 73,8 43,1 43,9 43,5 40,4 40,3 NPS recomendado ( dB(A) ) 35 a 45 40 a 50 35 a 45 40 a 50 35 a 45 40 a 50 40 a 50 40 a 50 40 a 50 40 a 50 UNICAMP – Nazareno L. de França UNICAMP – Geraldo Godoy UNICAMP – Adailton C. B. da Conceição Sala Cozinha Sala Quarto Cozinha Sala Quarto Cozinha 42,8 44,1 53,5 46,1 61,2 64,6 49,8 54,3 40 a 50 40 a 50 40 a 50 35 a 45 40 a 50 40 a 50 35 a 45 40 a 50 O conforto luminoso foi avaliado segundo a NB–57/1969 que contém recomendações da quantidade de lux adequada para diferentes ambientes e atividades. Tabela 5: Avaliação do conforto luminoso. Projeto da casa do Morador COHAB – Maria Lázara da Silva COHAB – Adelson B. dos Santos UNICAMP – Regina M. S. Vicente COHAB – Edvaldo F. dos Santos COHAB – Ricardo A. Máximo UNICAMP – Antonio R. Gatti UNICAMP – Nazareno L. de França UNICAMP – Geraldo Godoy UNICAMP – Adailton C. B. da Conceição Verão Cômodo Quarto Cozinha Quarto Sala Quarto Sala Cozinha Quarto Sala Sala Cozinha Sala Cozinha Sala Cozinha Sala Quarto Cozinha Sala Quarto Cozinha Iluminamento obtido ( lux ) 251 577 141 79 103 217 166 436 161 133 306 58 81 345 156 158 51 682 156 55 326 Iluminamento recomendado ( lux ) 150 250 a 500 150 150 150 150 250 a 500 150 150 150 250 a 500 150 250 a 500 150 250 a 500 150 150 250 a 500 150 150 250 a 500 Projeto da casa / Morador COHAB – Maria Lázara da Silva COHAB – Adelson B. dos Santos COHAB – Edvaldo F. dos Santos COHAB – Ricardo A. Máximo UNICAMP – Antonio R. Gatti UNICAMP – Nazareno L. de França UNICAMP – Geraldo Godoy UNICAMP – Adailton C. B. da Conceição Inverno Cômodo Quarto Cozinha Quarto Sala Quarto Sala Sala Cozinha Sala Cozinha Sala Cozinha Sala Quarto Cozinha Sala Quarto Cozinha Iluminamento obtido ( lux ) 132 442 28 114 166 160 72 204 126 33 170 78 162 62 303 128 319 235 Iluminamento recomendado ( lux ) 150 250 a 500 150 150 150 150 150 250 a 500 150 250 a 500 150 250 a 500 150 150 250 a 500 150 150 250 a 500 E a análise dos resultados são apresentados nas tabelas 6 e 7, onde o conforto térmico foi avaliado pela porcentagem de indivíduos insatisfeitos com o ambiente e o conforto acústico e luminoso de acordo com a exigência ou não aos valores recomendados pela norma. Sala Cozin ou ha quarto Parâmetro Térmico Acústico Iluminação Térmico Acústico Iluminação Sala Cozin ou ha quarto Parâmetro Térmico Acústico Iluminação Térmico Acústico Iluminação Sala Cozin ou ha quarto Parâmetro Térmico Acústico Iluminação Térmico Acústico Iluminação Sala Cozin ou ha quarto Parâmetro Cômodo Cômodo Cômodo Cômodo Tabela 6: Nível de satisfação em relação ao conforto ambiental (inverno) Térmico Acústico Iluminação Térmico Acústico Iluminação Casa do morador Maria Lázara da Silva Nazareno L. de França 54,6% de insatisfeitos 73,3% de insatisfeitos Sim Não Sim Sim 47,1% de insatisfeitos 59,9% de insatisfeitos Sim Não Sim Não Casa do morador Adelson B. dos Santos Antonio R. Gatti 64,0% de insatisfeitos 83,3% de insatisfeitos Sim Não Não Não 71,0% de insatisfeitos 74,4% de insatisfeitos Sim Sim Não Não Casa do morador Edvaldo F. dos Santos Geraldo Godoy 64,2% de insatisfeitos 35,2% de insatisfeitos Não Sim Sim Sim 64,8% de insatisfeitos 36,8% de insatisfeitos Não Não Sim Sim Casa do morador Ricardo A. Máximo Adailton C. B. da Conceição 90,8% de insatisfeitos 81,8% de insatisfeitos Sim Sim Não Sim 85,1% de insatisfeitos 83,7% de insatisfeitos Sim Sim Sim Sim Sala Cozin ou ha quarto Parâmetro Térmico Acústico Iluminação Térmico Acústico Iluminação Sala Cozin ou ha quarto Parâmetro Térmico Acústico Iluminação Térmico Acústico Iluminação Sala Cozin ou ha quarto Parâmetro Térmico Acústico Iluminação Térmico Acústico Iluminação Sala Cozin ou ha quarto Parâmetro Cômodo Cômodo Cômodo Cômodo Tabela 7: Nível de satisfação em relação ao conforto ambiental (inverno) Térmico Acústico Iluminação Térmico Acústico Iluminação Casa do morador Maria Lázara da Silva Nazareno L. de França 40,1% de insatisfeitos 10,2% de insatisfeitos Sim Sim Não Sim 38,3% de insatisfeitos 5,3% de insatisfeitos Sim Sim Sim Não Casa do morador Adelson B. dos Santos Antonio R. Gatti 85,7% de insatisfeitos 65,8% de insatisfeitos Não Sim Não Não 43,5% de insatisfeitos 77,9% de insatisfeitos Não Sim Não Não Casa do morador Edvaldo F. dos Santos Geraldo Godoy 65,3% de insatisfeitos 46,2% de insatisfeitos Não Não Sim Sim 63,2% de insatisfeitos 36,7% de insatisfeitos Sim Não Sim Sim Casa do morador Ricardo A. Máximo Adailton C. B. da Conceição 79,0% de insatisfeitos 15,4% de insatisfeitos Sim Não Não Sim 86,2% de insatisfeitos 9,0% de insatisfeitos Sim Não Não Não Constata-se que: com relação ao conforto térmico, o projeto da UNICAMP apresentou um desempenho melhor em comparação aos da COHAB; Com relação ao conforto acústico, os projetos da UNICAMP e da COHAB apresentaram desempenhos semelhantes na cozinha, porém, no quarto, o projeto da UNICAMP, obteve um resultado melhor; Com relação ao conforto luminoso, os dois projetos apresentaram resultados insatisfatórios de acordo com a recomendação da norma NB- 57/1969. Neste caso, vale ressaltar que o acabamento interno (reboco seguido de pintura ) das casas ainda não está concluído, portanto falta pintura nas paredes internas, importante elemento para refletir a luz natural das aberturas. Verificação e Correção da Ferramenta “AUTOMET” O objetivo principal da correção e do aperfeiçoamento da ferramenta AUTOMET foi proporcionar um uso seguro desta, pois prefeituras e companhias habitacionais nacionais têm se mostrado interessadas na utilização deste recurso independentemente da equipe de criação da ferramenta. as atividades desenvolvidas para o aperfeiçoamento e teste da ferramenta “AUTOMET” foram: Aprendizado da bolsista envolvida da linguagem de programação AutoLisp e do ambiente de programação Visual Lisp; Desenvolvimento de programa que implemente o processo de execução exaustiva da ferramenta “AUTOMET” para gerar uma variação representativa de projetos e possibilitar a verificação destes; Execução exaustiva (uso) da ferramenta “AUTOMET”; Impressão de projetos; Classificação dos erros encontrados; Ajustes a ferramenta; Implementação de melhorias; Testes; Desenvolvimento de versão “demo” para distribuição e divulgação do trabalho; À medida que a ferramenta foi sendo usada e testada para a criação da versão “demo”, erros mais evidentes foram detectados e ajustados. Por exemplo, erros no desenho em 3D (projetos com os recuos laterais incorretos), erros no desenho da planta (esquinas que não eram mostradas, janelas que estavam fora do lugar, projetos sem cota, etc). Outro ajuste foi a adaptação da AUTOMET da versão Release 14 para a versão AUTOCAD 2000. A implementação do processo de execução exaustiva da ferramenta foi concluída para a realização da impressão dos projetos e classificação dos erros. Foram produzidos 1792 projetos durante os testes. Estes projetos foram analisados, ordenados e após a primeira visualização, os projetos que apresentavam falhas foram separados de acordo com o tipo de erro que apresentava. A implementação de melhorias concentrou-se principalmente na introdução correta da opção de construção das casas em etapas e a impressão nos projetos da área equivalente desse embrião do projeto. Com a implementação da função teste no código da AUTOMET, foram feitos muitos projetos variando-se a largura do lote; o tipo de terreno (aclive ou plano); tipo de terreno (central, esquina esquerda ou esquina direita); opção de 2 ou 3 quartos; rua ou avenida lateral e a opção de abrigo. Com isso, a AUTOMET rodava automaticamente concluindo 8 projetos para cada entrada de dados ou parâmetros (com frente voltada para o Norte, Sul, Leste, Oeste, Noroeste, Nordeste, Sudoeste e Sudeste). Ao todo foram gerados e impressos 1792 projetos. Para a impressão dos projetos foi criada uma folha-teste que organizava os oito projetos de cada entrada de dados. Essas folhas-teste foram ordenadas, analisadas e os erros encontrados foram classificados. Cada erro encontrado foi resolvido separadamente, porém tendo o cuidado para que a solução de um não afetasse a de outro erro já solucionado. Os testes resultaram na verificação dos seguintes erros: • desenho da escada em lote de esquina era feito na própria esquina, portanto fora do terreno; • cotas não espelhadas; • projetos gerados sem abrigo; • casos em que a varanda se sobrepunha ao abrigo; • casas espelhadas quando o bloco da casa já era inserido espelhado, portanto impressão com dupla imagem. Como a escada era desenhada depois e não havia nenhum comando que espelhava a escada, ela era desenhada em qualquer lado do terreno. A solução, neste caso, foi fazer a “AUTOMET” diferenciar projetos espelhados ou não quando for desenhar a escada em esquina. • problemas de cotas não espelhadas corretamente em função do arquivo ct*.dwg já como bloco e a dificuldade na leitura de cotas como texto no AUTOCAD. • projeto com varanda apresentavam vários problemas: pois ela varia de acordo com o tipo de projeto, largura e a frente do terreno. O mesmo ocorreu para o abrigo. Para solucionar grande parte dos problemas com o abrigo, quando o terreno é de esquina, o abrigo é colocado no fundo da casa. Para isso foi criada uma função “abrigofun” que calcula o espaço disponível atrás da casa e se este for suficiente, o abrigo é desenhado no fundo do terreno. Além disso, foi necessário criar variáveis globais e alterar outras já existentes para utilizá-las na função “abrigofreins”. Essas variáveis globais também servem para determinar o ponto de inserção da escada em terrenos em aclive. • implementação adequada da opção de construção do projeto em etapas que já era previsto deste a criação da AUTOMET. Para realizar essa atividade, a casa foi dividida em embrião (partes mais importantes, como a cozinha, banheiro, sala e área de serviço) e mais uma ou duas etapas que foram numeradas em ordem de construção. Além disso, foram alterados as cores das layers; definidas a espessura das linhas para facilitar a impressão dos projetos pelo usuário e os cômodos da casa foram nomeados. • criação de um carimbo com as áreas do terreno, do térreo, do pavimento superior, total, área livre, etc. para a opção de “Anteprojeto e Visualização em 3d”. Este carimbo é inserido no desenho da planta do projeto. • adequação do AUTOMET para o uso em convênios com prefeituras e COHABs, Nesta etapa algumas melhorias foram feitas nas casas, como por exemplo, algumas áreas de serviços foram aumentadas. Essas alterações de área e paredes, trouxeram incompatibilidades com a programação antiga da AUTOMET. Para isso foram feitas novas correções no código da AUTOMET. Ao final da verificação e introdução foram efetuadas testes que guiavam a solução dos problemas encontrados. Além desses testes foram feitos testes automáticos da ferramenta para uma avaliação global da segurança do sistema. Desenvolvimento de Material Informativo Os resultados da avaliação do conforto ambiental e da satisfação dos autocontrutores, acima apresentados, reforçaram a necessidade de complementação do apoio através de informações através de manuais especiais e atendimento técnico específico. Conforme objetivo inicial, três instrumentos de apoio complementar estão sendo desenvolvidos, o manual do autoconstrutor, uma página informativa na WEB e um apoio mais específico na área das técnicas construtivas que deve ser um apoio específico que funcionará com uma clinica de atendimento ao autoconstrutor. Primeiramente, houve uma análise dos relatórios mais recentes do projeto de pesquisa "Transferência Tecnológica na Auto-construção de Moradias" (TITAM), onde foram analisadas as principais questões levantadas pelos auto-construtores, as alterações efetuadas no projeto e as reformas realizadas nas residências após sua construção. Posteriormente, foram organizados e avaliados os erros e acertos em tais modificações e, em conjunto às dúvidas, foram analisadas as relações entre estas e as modificações executadas. Além disso, foram agrupados os desejos e crenças mais comuns entre os auto-construtores em relação às suas residências. Com esse material, juntamente com a realização de uma pesquisa bibliográfica, foram desenvolvidos os conteúdos das mídias a serem produzidas. Tal conteúdo foi produzido em sua totalidade. Foram enfocados aspectos de conforto térmico, acústico, funcional, e visual, em textos que foram utilizados em todas as mídias produzidas. Para cada uma delas foi realizado um estudo sobre a forma mais adequada pela qual os textos deveriam ser representados, levando em conta as características próprias das mesmas, tais como facilidade de leitura, existência de conteúdo não-textual, auxílios à leitura, etc. Dessa forma, criamos uma linguagem e conteúdo uniforme a todo o projeto, sem esquecer da existência de diferenças de linguagem em cada uma das partes. Manual Para o manual de orientação, realizado em papel, as orientações com enfoque no projeto de arquitetura foi o fio condutor do seu desenvolvimento. As confecção de prévias do impresso para detectar as falhas e carências do material restringiu-se à análise dos docentes arquitetos e engenheiros civis do Departamento de Arquitetura e Construção da FEC, apesar da previsão inicial de envolvimento de profissionais externos. Dessa forma, foi produzido um manual completo e correto de orientação ao auto-construtor. Para a construção do manual do autoconstrutor foram utilizados os utilitários gráficos Corel Draw e Adobe Page Maker - após leitura de material explicativo para sua utilização -, juntamente com impressoras jato-de-tinta para as prévias, scanner para as figuras, o programa AutoCAD para a inserção de plantas. O resultado final deverá ainda ser impresso em gráfica e distribuído ao público alvo, atividade ainda por ser realizada na continuidade do projeto. O manual seguiu um formato pequeno, padrão, com apenas três cores, a fim de facilitar e baratear sua impressão e distribuição junto à comunidade. Suas ilustrações, ainda em elaboração por outro membro do projeto e, portanto, não inseridas na versão preliminar encaminhada junto com o relatório final, auxiliam no entendimento dos conceitos, assim como sua linguagem é dirigida especialmente ao leitor mais simples, dando preferência a termos mais usuais ao invés dos termos técnicos. A distribuição do manual será feita em parceria com o projeto TITAM, entregando-o juntamente com as plantas das casas, além de outras formas de distribuição previstas na transferência pelo projeto TITAM. Dessa forma, o auto-construtor poderá ter em mãos orientações e solução de dúvidas mais freqüentes que possam vir a ter no que diz respeito ao projeto da moradia que estão recebendo ou planejando em construir. O manual traz informações para a construção da moradia no formato passo-a-passo, iniciando pelo terreno, implantação da casa no lote, os aspectos funcionais (fluxos, dimensões, aberturas) de cada ambiente, aspectos de conforto térmico, lumínico e acústico, tratamento de áreas livres, acessos e dicas gerais para a construção. Web Site No caso do web site, uma pesquisa bibliográfica mais profunda foi realizada, tendo em vista o conteúdo mais abrangente e interativo do mesmo, que compreende não apenas a importância do projeto, como também a construção em si. Além disso, foram realizadas leituras de materiais referentes à criação e desenvolvimento do site, enfocando aspectos que vão desde a usabilidade até a utilização de determinados softwares. O web site deverá ainda ser testado e analisado por profissionais da área e com os auto-construtores, com o intuito de aperfeiçoar o material. Ele foi elaborado utilizando o programa de editoração visual em HTML Macromedia Dreamweaver. Foram utilizados aplicativos de multimídia para web a fim de atrair visitantes com uma página mais atraente e informativa, fácil de navegar, como o Macromedia Flash e a linguagem JavaScript, que também permitirá uma troca de informações para fins de pesquisa através do web site. O site se divide em duas seções principais: “Sua Casa” e “Ferramentas Interativas”. Na primeira, o usuário encontrará basicamente o mesmo conteúdo da cartilha, mas poderá contar com animações e testes para a fixação dos conceitos repassados. Na segunda seção, foram colocadas ferramentas interativas para auxiliar o usuário de uma maneira mais prática a tomar decisões na construção de sua moradia. Na ferramenta de disposição de móveis, o usuário pode dar o tamanho, em metros, do cômodo a ser estudado. A partir daí, ele arrasta e solta sobre a planta gerada automaticamente, figuras de móveis contidos numa “biblioteca” de símbolos à sua disposição. Cada uma dessas figuras pode girar em torno de seu eixo de 45º em 45º, de modo a serem colocados de diversas maneiras sobre a planta. Ao terminarem, o usuário tem a opção de imprimir o resultado para utilizá-lo na arrumação do cômodo original. Todo esse processo é conduzido através de tipologias usuais e fáceis de utilizar, de forma a tornar o mais fácil possível a sua utilização por uma usuário leigo. A ferramenta “Perguntas e respostas” tem como objetivo a criação de um espaço onde poderão ser postadas perguntas dos próprios auto-construtores, que serão posteriormente respondidas pelo aluno bolsista na continuidade do projeto. Dessa forma, estabelece-se uma conexão direta com o alvo do projeto, através de uma ferramenta útil e fácil de usar. O auto-construtor pode, ainda, pesquisar as respostas das perguntas mais freqüentes. A ferramenta “Tipologia de uma planta” mostra um projeto como é apresentado ao autoconstrutor. Nele estão incluídas todas as tipologias possíveis de se incluir num projeto; o usuário pode passar o mouse por cima de cada uma delas para obter a explicação de seu significado, de uma maneira rápida e direta. Isso visa tirar qualquer dúvida que o autoconstrutor venha a ter quanto à representação gráfica de sua casa, o projeto. Por último, a ferramenta “Dicas” contém, como o próprio nome diz, algumas dicas no que diz respeito à construção e projeto de uma residência. Essas dicas poderão ser postadas pelo bolsista, mas também pelo próprio auto-construtor ávido em dividir experiências e ajudar seus companheiros. A utilização do web site faz necessário um trabalho junto à comunidade em relação à um treinamento na utilização do computador e da Internet. Houve uma preocupação muito intensa em relação ao público que estará utilizando esta ferramenta. Os ícones e símbolos utilizados foram os mais simples e diretos possíveis, sempre remontando à relações com o mundo real. A linguagem é simples e o modelo do site é de fácil entendimento. Ou seja, o site é de fácil uso, mas requer um pré-conhecimento do mundo “virtual” por parte dos usuários. CD-ROM O CD-ROM envolveu outro tipo de pesquisa, além dos já citados. Para isso, verificamos a tipologia de ferramenta mais adequada para o auto-construtor no que diz respeito às reformas de projeto e de construção. De acordo com as informações coletadas, foi desenvolvido um software de ajuda ao auto-construtor, de utilização simples e útil. O software emprega recursos de multimídia com a utilização do programa Macromedia Director. Fatores como usabilidade e utilidade foram avaliados com versões prévias testadas por membros da comunidade acadêmica. A versão final deverá ainda ser gravada em CD-ROM que poderá ser copiada e distribuída ao público alvo, numa etapa futura do projeto. Em fase final de desenvolvimento: o manual de orientação ao auto-construtor, têm como enfoque no projeto demostrando os “porquês” e o conceito existente em cada configuração, com exemplos de projetos acompanhados de comentários em relação aos aspectos positivos ou não, com explicações sobre conforto de forma clara e elucidativa, demonstrando o quanto o projeto é importante no processo da construção. O material apresentado neste relatório encontra-se ainda sem as ilustrações finais que dependem da criação artística, hora em andamento. A figura 3 mostra o material na sua essência Fig. 3: Ilustração do Manual do AutoConstrutor. O web site, está sendo desenvolvido para auxiliar o auto-construtor e sua comunidade, com informações tanto na parte da construção, com dicas, métodos, técnicas, como na de projeto nos mesmos moldes do manual e um programa em multimídia interativo, criado para auxiliar o futuro morador quanto à reformulações de projeto e à reformas de construções. Tal tipo de instrumento possui um caráter mais abrangente observadas as tendências mundiais do uso da informática em prol das comunidades mais carentes e a abrangência cada vez maior da Internet. A linguagem e formato desses instrumentos têm como premissa que os futuros habitantes de uma casa podem perfeitamente participar de seu projeto, em qualquer circunstância em que ele seja desenvolvido. Para isso é necessário que eles sejam informados das conseqüências de sua decisão, sejam elas relativas ao conforto, ao dimensionamento dos ambientes, ao custo e tempo de realização. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao término do período deste relatório o atendimento à autoconstução desenvolveu um total de 390 projetos. Destes, 234 projetos, foram elaborados para a Cohab Bandeirantes para os Municípios de Piracicapa e Pirassununga. Os Projetos de Piracicaba não tiveram a participação direta da população. Os projetos foram elaborados em função de parametros dos lotes. Em Pirassunga no entanto a população participou ativamente no desenvolvimento dos seus projetos, inclusive através da indicação de desejos indiviuais que foram incorporados nos projetos pela equipe do projeto TITAM. Em Pirassununga a população também participou de palestras e exposição de maquetes dos projetos que demonstraram a base técnico-qualitativo dos projetos. A Faculdade mantem um centro de atendimento permanentemente para a população dentro do Departamento de Arquitetura e Construção. Neste centro foram atendidos espontâneamente 30 famílias de autoconstrutores, que muitas vezes voltaram para solicitar modificações individuais que foram incorporadas pela equipe do projeto TITAM. Para a Cohab de Campinas foram desenvolvidos 136 projetos de casa, a maioria para as famílias do Jardim Conceição no distrito de Sousas em Campinas. Os dados de avaliação final evidenciam que os modelos de projetos propostos pelo TITAM tais como da Figura 4 correspondem às expectativas dos usuários. O nível de satisfação do autoconstrutor está relacionado principalmente à área útil da moradia e seu conforto funcional, dentre outros aspectos. Isto se deve à metodologia de projeto adotada, o “AUTOMET”, baseada em projetos elaborados sob aspectos técnicos funcionais apropriados e dados de pesquisa de campo das áreas já existentes. Esses resultados indicam que o objetivo principal do projeto de ação social, o de fornecer condições melhores de vida para a população carente e evitar desperdícios construtivos, foi atingido através da disponibilidade de projetos arquitetônicos de casas adequadamente elaborados do ponto de vista técnico e com base em conhecimento social, cultural e econômico da região. A análise dos resultados de Transferência de Tecnologia demonstrou a eficácia da utilização de uma metodologia automatizada de projeto arquitetônico para atender em um curto espaço de tempo um volume grande de projetos. A experiência de apoio ao autoconstrutor no próprio bairro de moradia, através de um centro de atendimento móvel, foi importante pois permitiu uma maior interação entre este, pesquisadores e bolsistas da comunidade científica, tornando possível uma re-alimentação da própria metodologia. Ficou evidente a importância de material de apoio ao projeto como o Manual de Orientação ao Autoconstrutor, com informações adicionais sobre o projeto, principalmente em relação à funcionalidade e conforto ambiental. Fig. 4: Projeto Titam em Souzas, distrito de Campinas: moradias auto-construídas Quanto ao projeto, percebeu-se que o sonho da casa própria cria expectativas, muitas vezes impossíveis de serem realizadas, pela população. A impossibilidade de realização está vinculada principalmente com as características geométricas dos lotes residenciais e a restrições impostas pelo código de obras em vigor nos loteamentos. Do outro lado, a experiência da Transferência de Tecnologia demonstrou a possibilidade de transmitir informações técnicas a esta população, com explicações que orientaram tecnicamente melhor a realização do projeto da casa dentro de uma legalidade e qualidade de vida desejável. É importante notar que através do contato direto dos pesquisadores e bolsistas com a população foi possível, em alguns casos, atender desejos individuais dentro de um ambiente automatizado. O envolvimento dos bolsistas1 proporcionou o maior contato dos alunos universitários com a realidade habitacional, permitindo também a 1 Participaram do projeto TITAM acadêmicos dos cursos de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo da UNICAMP. aplicação prática e real dos conhecimentos adquiridos em tecnologia construtiva. Tal oportunidade auxilia na conscientização da responsabilidade social desses futuros profissionais. O desenvolvimento da metodologia automatizada de projeto arquitetônico “Automet” e a ação de cooperação, através da transferência de inovação tecnológica, são iniciativas singelas na busca de melhoria da qualidade das moradias autoconstruídas nas regiões carentes. A precariedade das condições das habitações requer um projeto mais amplo, que proporcione ao autoconstrutor orientação e acompanhamento técnico da construção e uma política de atuação de fato eficiente, atuação esta que transcende a própria casa e atinge também as condições do bairro. Para efetivar a melhoria das condições habitacionais da população carente se faz necessário, principalmente a adoção de projetos urbanísticos apropriadamente desenvolvidos que propicie aos seus moradores condições ambientais, sanitárias, de lazer e cultura e de acessibilidade. Bibliografia American National Standards Institute – ASHRAE ( ANSI/ASHRAE 55 – 1992 ), “Thermal Enviromental Conditions for Human Occupancy”. Andreoli, M.M. e Guelpa, D.F.V., “Aplicação de Projeto Assistido por Computador ao Projeto de Arquitetura: Um Sistema de Apoio a Alocação de Espaço", Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP, Dept. de Engenharia de Construção Civil, São Paulo, 1993. Andres, C. “Great web architecture”. IDG Books, EUA: 1999 Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 10151 – Avaliação de ruídos em áreas habitadas visando o conforto da comunidade, 1987. Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 10152 – Níveis de ruído para conforto acústico, 1987. Augusto, C. and Bastos, R., (1997), “Moradia Informal Vive Boom em São Paulo”, in O Estado de São Paulo, Caderno Cidades, 03.08.97, São Paulo, pp. C1. AutoCad R. 14, e AutoCad 2000, “Reference Manual," Autodesk Inc.. Bertoli, S.R., Kowaltowski, D.C.C.K. and Barros, L.A.F., (1999) “Avaliação de Desempenho Acústico em Creches de Conjuntos Habitacional de Interesse Social: O Caso de Projeto Padrão”, anais do V Encontro Nacional de Conforto no Ambiente Construído e II Encontro Latino-Americano de Conforto no Ambiente Construído, Fortaleza, nov.. Boudon, P. “Lived- In Architecture”. MIT Press, Cambridge, Mass.,1969. Chvatal, K.M., Labaki, L.C. e Kowaltowski, D.C.C.K., “Casas Populares de Campinas: Estudo de sua Adequação ao Conforto Térmico" anais do III Encontro Nacional e I Encontro Latino-Americano de Conforto no Ambiente Construído, Gramado, RS, Julho 1995. Cooper, C.C. “The houses as a Symbol of the Self.” Institute of Urban and Regional Development, U.C. Berkeley, Reprint no 22, 1974. Cross, N. (ed.), “Developments in Design Methodology", Wiley, New York, 1984. Cruz, A.O., “Métodos e Técnicas d Avaliação Pós-Ocupação em Habitações Autoconstruídas" anais do Seminário International NUTAU' 96, FAU USP, SP Novembro, s.p., 1996. Duarte, D.H.S., “Recomendações de Projeto Visando Condicionamento Térmico Natural em Climas Compostos - O Caso de Cuiabá" anais do III Encontro Nacional de Tecnologia no Ambiente Construído, Rio de Janeiro, Novembro, 1995. Fanger, O., “Thermal Confort – Analysis and Application in Environmental Engineering”, Copenhagen, 1970. Flanagan, D. “Javascript: the definitive guide”. O’Reillly, EUA: 1998 Flemming, U., “More than the sum of parts: the grammar of Queen Anne houses", Environment and Planning B: Planning and Design, 1987, vol. 14, pp. 323-350. Friedlander, D. e Ferreira, R., “A vez do Cimento", Revista Veja, Editora Abril, Edição 1512, Ano 30, No. 36, 10/09/1997 pp. 118-119. Friedman, Y. Uma utopia realizada: o ABC do construtor. Revista “O Correio da Unesco”. Ano 4 n.8 p.21-23, Rio de Janeiro: ago 1976 Frota, A. B. e Schiffer S. R., “Manual de Conforto Térmico”, Ed. Nobel, SP, 1995. Grant, D.P., “Architectural Floor Plan Development, Parts I - III: Satisfying Complex Objectives for Environmental Relationships using the Methods of Planar Graphs and their duals", Design Methods, Vol 26, Num. 4, pp 1672-1712, Oct-Dec 1992; Vol 27, Num. 1, pp. 1724-1764, Jan-Mar 1993; Vo. 27, Num.2, pp. 1792-1812, Apr-Jun, 1993. Gross, P. E Roberts, J., “Director 7 demystified: the official guide to Director 7 Shockwave Internet Studio”. Peachpit Press, EUA: 1999 Guimaraens, D.e Cavalcanti, L., “Arquitetura Kitsch: Suburbana e Rural", Editora Paz e Terra, Rio de Janeiro, 1979. Hall, J. N., “Effective Perl programming: writing better programs with Perl”. Addison-Wesley Publishers, EUA: 1998 Hamdi, N., “Housing without Houses, Participation, Flexibility, Enablemento", Van Nostrand Reinhold, New York, 1991. Head, G.O., “AutoLisp in Plain English: A Practical Guide for Non-Programmers," Ventana Press, Chapel Hill, 1989. Head, J. O., “AutoCAD 3D companion”. Ventana Press, EUA, 1995 International Organization for Standardization – ISO 7730, “Moderate thermal enviroments – Determination of the PMV and PPD indices and specification of the conditions for thermal comfort”, Second edition, 1994. IPT - INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS. “Manual de tipologias de projeto e de racionalização das intervenções por ajuda-mútua”. Divisão de Edificações. Secretaria da Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, São Paulo, 1987. IPT, INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS. Divisão da edificação, “Manual de Orientação para Construção por Ajuda Mútua", São Paulo, 1985. IPT. INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS., “Experiências de Auto-ajuda e Ajuda Mútua: Projeto Mutirão de Vila Nova Cachoerinha da COHAB - S.P." em Seminário Latino-Americano sobre Autoconstrução, Curitiba, 1986. Kellett, P. and Napier, M., (1994), “Squatter Architecture as Vernacular: Examples from South America and South Africa”, in Traditional Dwellings and Settlements Working Papers Series,Vol. LX, 1-48, pp. 1-34. Kowaltowski, D. C. C. K., “Metodologia e CAD em Projeto Arquitetônico", em Anais do Seminário Internacional: Computação, Arquitetura em Urbanismo, FAUUSP, Abril 1992. Kowaltowski, D.C.C.K. and Labaki, L.C., (1996), “The Missing Attributes of the New Vernacular: A Brazilian Example”, in Traditional Dwellings and Settlements Working Paper Series, Vol. 99, pp. 2-33. Kowaltowski, D.C.C.K. e Pina, S.A.M.G., “Transformações de Casas Populares: Uma avaliação" anais do III Encontro Nacional e I Encontro Latino-Americano de Conforto no Ambiente Construído, Gramado, RS, Julho 1995. Kowaltowski, D.C.C.K., (1998), “Aesthetics and Self-Built Houses: an Analysis of a Brazilian Setting”, in Habitat International, Vol. 22, No. 3, pp. 299-312. Kowaltowski, D.C.C.K., Labaki, L.C. e Rolla, E., “O projeto de Edícula como Casa Popular e seus Problemas de Conforto" anais do III Encontro Nacional e I Encontro Latino-Americano de Conforto no Ambiente Construído, Gramado, RS, Julho 1995. Kowaltowski, D.C.C.K., Pina, S.A.M.G. e Ruschel, R.C., “Relatório Científico: Elementos Sociais e Culturais da Casa Popular, Campinas-SP," (a), Faculdade de Engenharia Civil, UNICAMP, Campinas, SP, Agosto 1995. Kowaltowski, D.C.C.K., Pina, S.A.M.G., Ruschel, R.C., e de Oliveira, P.V.H., “Relatório Científico: Uma Metodologia de Projeto Para a Casa Popular na Cidade de CAMPINAS-SP," (b), Faculdade de Engenharia Civil, UNICAMP, Campinas, SP, Agosto de 1995. Kowaltowski, D.C.C.K., Ruschel, R.C., Pina, S.G.M., Granja, D.ª and Oliveira, P.H., (1998), “Examples of User Representation in Brazilian Housing and the Need for Professional Support in the Self-Building Process”, in Shifting Balances, Changing Roles in Policy, Research and Design, ed. Tecklenburg et al., IAPS 15, Eirass European Institute of Retailing and Services Studies. Kowaltowski, DCCK, Borges, FF, Ruschel, R, Pina, SGM, Betoli, SR, Labaki, LC, Faccin, R. and Bernardes, N., (1999), “Melhoria do Conforto Ambiental em Edificações Escolares na Região de Campinas”, anais do V Encontro Nacional de Conforto no Ambiente Construído e II Encontro Latino-Americano de Conforto no Ambiente Construído, Fortaleza, nov.. Labaki, L.C. e Kowaltowski, D.C.C.K., “Projetos Padrão de Conjuntos Habitacionais de Campinas e seu conforto Térmico: análise de possíveis melhorias" anais do III Encontro Nacional de Tecnologia no Ambiente Construído, Rio de Janeiro, Novembro, 1995. Labaki, L.C., and Kowaltowski, DCCK, (1998), “Bioclimatic and Vernacular Design in Urban Settlements of Brazil”, in Building and Environment, Vol 33., No. 1, pp. 63-77. Liou, S.R. e Vakaló, E.G., “Capturing the Form-Making Process: A Study of the Plans of Seven Ando Houses", Proceedings, 4th International Symposium on Systems Research, Informatics and Cybernetics, Aug. 1993, Baden-Baden, Germany, pp. 53-62. Maricato, E. “A produção Capitalista da casa e da cidade”. Alfa-Ômega, S. Paulo: 1979. Mascaró, L. R., “Luz, Clima e Arquitetura”, Ed. Nobel, SP, 1989. Mitchell W.J., “The Logic of Architecture: Design Computation and Cognition," The MIT Press, Cambridge, 1990. Mitchell, W.J. e McCullough, M., “Digital Design Media,"Van Nostrand Reinhold, New York, 1995. Mohler, J. L., “Graphics, animation & interactivity with Flash 4.0”. Delmar, EUA: 2000 Moles, A., “Psychologie du Kitsch, L'Art du Bonheur," Maison Mame, Paris, 1971. Motta, C. F. A., “Nível de Satisfação em Conjuntos Habitacionais da Grande São Paulo", IPT, FAPESP, SP., 1975. Niederst, J., “Web design in a nutshell”. O'Reilly, EUA: 1999 Nobre, A.L., “Materiais Didáticos para Formação de Autoconstrutores em Países em Vias de Desenvolvimento - Proposta de um Sistema Multimídia", anais do Seminário Nacional sobre Desenvolvimento Tecnológico dos Pré-Moldados e Autoconstrução, USP, São Paulo, Maio, 1995. Nolasco, A. M., “Caracterização do processo de autoconstrução no município de Piracicaba, S.P.", anais do Seminário Nacional sobre Desenvolvimento Tecnológico dos Pré-Moldados e Autoconstrução, USP, São Paulo, Maio, 1995. Ornstein, S. W., Roméro, M. A. e Cruz, A. de O., “Avaliação funcional e do conforto ambiental de habitações autoconstruídas: o caso do município de São Paulo", anais do Seminário Nacional sobre Desenvolvimento Tecnológico dos Pré-Moldados e Autoconstrução, USP, São Paulo, Maio, 1995. Pappatarra, N. et. al., (1994), “Migrações, Condições de Vida e Dinâmica Urbana”, IE, UNICAMP, Campinas. Pasternak Taschner, S. E Mautner, Y. “Habitação da Pobreza”. FAU USP, São Paulo, 1982. Pina, S. A. M. G., “As áreas Habitacionais Populares nas Cidades Médias Paulistas: o Caso de Limeira", Diss. (Mestrado), EPUSP, S.P., 1991. Pina, S.A.M.G. “Diretrizes para projetos habitacionais populares em Campinas/SP”. Tese (Doutorado) Escola Politécnica, USP, São Paulo:1999. Prefeitura Municipal de Campinas, (1993), “População: Região de Campinas”, Sumário de Dados, No. 1, Campinas. Preiser, W.F.E.; Rabinowitz, H.Z. E White, E.T. “Post Occupancy Evaluation”. Van Nostrand Reainhold Comp., N.Y., 1987. Rapoport, A., “On the Attributes of Tradition", in edited by Bourdier, J-P.and Alsayyad, N., Dwellings, Settlements and Tradition: Cross-Cultural Perspectives, Lanham, New York, 1989, pp.77-106. Rapoport, A., “Spontaneous Settlements as Vernacular Design", in Patton, C.V., Spontaneous Shelter: International Perspectives and Prospects, Temple University Press, 1988. Roméro, M. A., Ornstein, S. W., e Cruz, A. de O., “Avaliação dos aspectos construtivos de habitações autoconstruídas: o caso do município de São Paulo", anais do Seminário Nacional sobre Desenvolvimento Tecnológico dos Pré-Moldados e Autoconstrução, USP, São Paulo, Maio, pp. 41-44 1995. Rosenfeld, L. & Morville, P., “Information architecture for the World Wide Web”. O’Reilly, EUA: 1998 Rowe,P., “Modernity and Housing", MIT Press, Cambridge, Mass., 1993. Sampaio, M.R. e Lemos, C.A.C. “Habitação Popular Paulistana Auto-Construída”. FAU USP, São Paulo , 2a.ed.,1984. São Paulo (Estado) Secretaria de Economia e Planejamento. “Construção de Moradias na Periferia de São Paulo: aspectos sócio-econômicos e institucionais”. SP, 1979. Schmitt, G.N., “Architectura e Machina" Hochschule, Zuerich, 1997. publicação da Eidgenoessische Technische Schulz, C., (1996), “Pequeno Comprador Domina Mercado de Cimento” in O Estado de São Paulo, Caderno de Cconomia, 05.05.1996, São Paulo, pp. B9. Schütz, E.J., (1987), “Städte in Lateinamerika. Barrio-Entwicklung und Wohnbau”, Aachen, Misereor. Serra, G.G., “Self-Help Housing Builders and the Urban Environment" anais do IAPS 14, Stockholm , Suécia, 1996. Stallen, M., Chabannes, Y. e Steinberg, F., “Potentials of Prefabrication for Self-Help and Mutual-aid Housing in Developing Countries" em Habitat International, Pergamon Press, London, pp. 13-39, 1994. Stiny, G. e Gips, J., “Shape Grammars and the Generative Specification of Painting and Sculpture" em Information Processing 71, Ed. C. V. Freiman, Amsterdam, North Holland, pp. 1460-65, 1972. Stiny, G. e Mitchell, W. J., “The Palladian Grammar" em Environment and Planning B5, No. 1, pp 5-18, 1978. Szuecs, C. P., “Autoconstrução: Desafio Profissional" anais do Seminário Nacional sobre Desenvolvimento Tecnológico dos Pré-Moldados e Autoconstrução, NUTAU, FAU-USP, SP, 1995. Turner, J.F.C., (1976), “Housing by People: Towards Autonomy in Building Environments”, Marion Boyars Publishers Ltd., London. Viviescas, F., “Myth of Self-Build as Popular Architecture: the Case of Low-Income Housing in Colombian Cities", in Open House International, NO.4 1985, pp.44-48. Ward, P., “Self-help Housing: a Critique", Mansell Press, 1982. Whitehead, B. e Eldars, M.Z., “An Approach to the optimum layout of single-stored buildings", Architects'Journal, no. 17, pp. 1373-1379, 1964. Winograd, T., “Bringing design to software”. ACM Press, New York, EUA: 1996 Wyke, R. A., Ting, C. E Gilliam, J., “Pure JavaScript”. Sams, EUA: 1999 ANEXO 1 TABELA DE PROJETOS ENTREGUES AOS MORADORES COM MODIFICAÇÕES INTRODUZIDAS DO JARDIM CONCEIÇÃO, DISTRITO DE SOUSAS, CAMPINAS, SP.