ficha de unidade curricular - Faculdade de Psicologia

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ficha de unidade curricular - Faculdade de Psicologia
FICHA DE UNIDADE CURRICULAR
2011/2012
Designação
PSICOLOGIA DIFERENCIAL (MIP: 1º Ciclo / 3º Ano / 2º Semestre)
Docente (s) (Indicar também qual o docente responsável pela U.C.)
Profª. Maria João Afonso (Regência/Docência); [Drª. Maria João Santos (Docência) – em Licença de Parto]
Creditação (ECTS)
6 créditos
Funcionamento
Quatro horas de aulas semanais, duas teóricas e duas práticas. Horários:
- Aulas Teóricas (2 turmas): Segunda-Feira 17.00h-19.00h (Sala 11) / Terça-Feira 17.00h-19.00h (Anfiteatro)
- Aulas Práticas (4 turmas): Segunda-Feira: 13.00 h-15.00h (Sala 1) / 15.00 h-17.00h (Sala 1)
Terça-Feira: 13.00h-15.00h (Sala 1) / 15.00 h-17.00h (Sala 11)
Tutoria (Gabinetes A329 / A330):
- Horário Atendimento (Maria João Afonso): Terças-Feiras, 11.00h-13.00 h; 19h-20.00h
Objectivos
Geral: Desenvolvimento de competências e atitudes epistemológicas em investigação fundamental e aplicada,
relativamente a modelos e a metodologias de observação psicológica.
Específicos:
Adquirir e construir conhecimentos científicos no domínio da abordagem diferencial, em termos de níveis de
observação e de explicação do comportamento;
Apreender contrastes, complementaridades e suplementaridades entre a metodologia diferencial e outras
metodologias de observação psicológica;
Adquirir ferramentas de conceptualização das diferenças individuais em dimensões, variedades e factores de
diferenciação;
Adquirir conhecimentos de modelos formais e de tratamento de dados da observação;
Desenvolver competências científicas, técnicas e deontológicas da utilização da metodologia diferencial em
investigação e em intervenção (meios educativo, clínico e laboral);
Desenvolver atitudes de flexibilidade e crítica, relativamente a quadros conceptuais e perspectivas metodológicas, à
integração e articulação de conhecimentos, e ao questionamento das práticas de intervenção.
Competências a desenvolver
- Conhecimento do domínio da Psicologia Diferencial: enquadramento epistemológico como paradigma de
investigação; contornos e natureza do domínio; subdomínios; conhecimento de conceitos, modelos e teorias;
conhecimento sobre investigação empírica e sobre as aplicações da Psicologia Diferencial à avaliação e à intervenção
em Psicologia;
- Conhecimento da metodologia e das técnicas de investigação aplicadas em Psicologia Diferencial: contrastes e
complementaridades com outras metodologias da Psicologia; competências de recolha, organização, registo e
tratamento de dados; competências de construção, investigação metrológica, avaliação crítica e utilização prática de
instrumentos de medição das diferenças individuais;
- Competências de localização, recolha e análise de informação obtida em fontes e documentos de diversificada
natureza e origem;
- Conhecimento dos princípios deontológicos subjacentes à investigação e à medição em Psicologia Diferencial e
desenvolvimento de atitudes favoráveis à sua aplicação;
- Competências de aplicação da estatística à investigação diferencial e à medição das diferenças inter-individuais,
intra-individuais e inter-grupais;
- Conceptualização das diferenças psicológicas e da abordagem diferencial no âmbito da Psicologia: ligação a outros
domínios (Psicometria, Avaliação Psicológica, Psicologia Cognitiva, Psicologia da Personalidade, Psicopatologia);
ligação a contextos de aplicação (clínico, organizacional, educativo, forense, etc.).
Pré-Requisitos (Precedências)
- Não tem.
Conteúdos programáticos
1. O desenvolvimento da Psicologia Diferencial
1.1. Da origem às perspectivas actuais da investigação
1.2. O domínio diferencial na Psicologia
1.3. A metodologia diferencial
2. Dimensões das diferenças psicológicas
2.1. Metodologia
2.2. Domínio cognitivo
2.3. Domínio conativo
3. Variedades das diferenças psicológicas
3.1. Metodologia
3.2. Diferenças entre grupos biológicos
3.3. Diferenças entre grupos sociais
4. A explicação das diferenças psicológicas
4.1. Metodologia
4.2. A hereditariedade e o meio como factores de diferenciação
4.3. A investigação experimental da influência dos factores genéticos e de meio no comportamento
5. Deontologia e técnicas da observação diferencial (Aulas Teórico-práticas e Práticas).
Bibliografia
MANUAIS E OBRAS DE CONSULTA GERAL
(1) AIKEN, L. (1999). Human Differences. London: Lawrence Erlbaum Assoc.
(2) CHAMORRO-PREMUZIC, T., von STUMM, S., & FURNHAM, A. (2011). The Wiley-Blackweell Handbook of Individual
Differences. West Sussex : Blackwell Publishing Ltd.
(3) GILLES, P.-Y. (2008) (Coord.). Psychologie Différentielle. Paris : Bréal.
(4) HUTEAU, M. (1995). Manuel de Psychologie Différentielle. Paris: Dunod.
(5) HUTEAU, M. (2002). Psychologie Différentielle. Cours et Exercices. Paris: Dunod.
(6) LAUTREY, J. (Dir.) (1995). Universel et différentiel en psychologie. Paris: PUF.
(7) REUCHLIN, M. (2001). La Psychologie Différentielle (8e éd.). Paris: PUF. (Trad. Port. : Lisboa, Cor; Trad. Esp:
Madrid, Studium)
(8) REUCHLIN, M. (1999/2002). Evolução da Psicologia Diferencial. Lisboa: F. C. Gulbenkian.
(9) TYLER, L.E. (1965). The Psychology of Human Differences (3rd ed.). New York: Appleton. (Trad. Esp.: Madrid,
Marova).
OBRAS DE CONSULTA ESPECÍFICA
(10) AFONSO, M.J. (2002). Inteligência Funcional: aspectos heurísticos e hermenêuticos. Revista Portuguesa de
Psicologia, 36, 9-24.
(11) AFONSO, M.J. (2005). Inteligência, educação e sucesso: as abordagens diferencial e sistémica da inteligência
humana e suas implicações para a educação. Psicologia Educação e Cultura, vol. IX, 2, 337-358.
(12) AFONSO, M.J. (2007). Paradigmas diferencial e sistémico de investigação da inteligência humana: perspectivas
sobre o lugar e o sentido do construto. Dissertação de doutoramento não publicada. Universidade de Lisboa.
(13) AFONSO, M.J. (2008). Das dicotomias aos binómios: o despertar da “ciência nova”. Corda Bamba, Revista sobre
Criatividade, (1), 28-35.
(14) American Psychological Association (1997, sp. issue). Intelligence and Lifelong Learning. American Psychologist,
52, 10.
(15) CECI, S. (1996). On Intelligence. A bioecological treatise on intellectual development. Cambridge: Harvard
University Press.
(16) FLIELLER, A., BOCÉRÉAN, C., KOP, J.-L., THIÉBAUT, E., TONIOLO, A.-M. & TOURNOIS, J. (dir.) (2001).
Questions de Psychologie Différentielle. Rennes: Presses Universitaires de Rennes.
(17) GARDNER, H. (1999). Intelligence Reframed. Multiple Intelligences for the 21st Century. New York: Basic Books.
(18) HOUSSEMAND, C., MARTIN, R. & DICKES, P. (dir.) (2006). Perspectives de Psychologie Différentielle. Rennes:
Presses Universitaires de Rennes..
(19) MIRANDA, M.J. (1983). A amostragem de Indivíduos. Revista Portuguesa de Pedagogia, XVII, 241-257.
(20) MIRANDA, M.J. (1986). Perspectivas da investigação e avaliação da inteligência. Revista Portuguesa de Psicologia,
23, 27-54.
(21) MIRANDA, M.J. (1999). L’intelligence comme auto-gouvernement mental: du modèle à la mesure des styles
cognitifs. In Huteau, M. & Lautrey J. (Eds.) Psychologie et Différences Individuelles (pp. 197-200). Rennes:
Presses Universitaires de Rennes.
(22) MIRANDA, M.J. (2000). La investigación psicológica de la inteligencia humana: balance del siglo en la transición del
milenio. Persona-Revista de la Faculdad de Psicologia de la Universidad de Lima, 3, 27-45.
(23) MIRANDA, M.J. (2002) A Inteligência Humana: Contornos da Pesquisa. Paidéia (nº esp., Inteligência Humana:
contribuições Luso-Brasileiras), 12, 19-30.
(24) MIRANDA, M.J. (2003) A Psicologia da Inteligência Humana em Perspectiva: de onde vimos e para onde vamos?.
Arquipélago .Ciências da Educação, 4, 39-56
(25) NUTTIN, J. (1985). La Structure de la Personnalité (6ème éd.). Paris: PUF.
(26) NYBORG, H. (2003) (Ed.). The Scientific Study of General Intelligence. Oxford: Pergamon.
(27) REUCHLIN, M. & BACHER, F. (1989). Les Différences Individuelles dans le Développement Cognitif de l`Enfant.
Paris: PUF.
(28) REUCHLIN, M. (1990). Les Différences Individuelles dans le Développement Conatif de l`Enfant. Paris: PUF.
(29) STERNBERG, R.J. (2000). (Ed.) Handbook of Intelligence. Cambridge University Press.
(30) STERNBERG, R.J., GRIGORENKO, E.L. (Eds.) (1997). Intelligence, Heredity and Environment. New York:
Cambridge University Press.
(31) STERNBERG, R.J., LAUTREY, J. & LUBART, T.I. (Eds.) (2003). Models of Intelligence: International Perspectives.
Washington: American Psychological Association.
(Bibliografia complementar será indicada ao longo das aulas.)
Métodos de ensino
- Aulas de carácter teórico/expositivo, sem prejuízo das intervenções dos alunos: apresentação teórica, tendo em
vista enquadrar, equacionar e perspectivar a resolução de problemas colocados pelas diferenças individuais;
- Aulas teórico-práticas, para articulação entre questões de natureza conceptual e componentes práticos da matéria;
- Aulas práticas, para contacto e confronto directo com contextos, situações e problemas da prática da medição das
diferenças individuais;
- Trabalho (obrigatório), tendo em vista o desenvolvimento de competências teóricas e práticas e de atitudes éticas e
deontológicas no domínio de investigação diferencial;
- Tutoria, para acompanhamento da formação dos alunos e do Trabalho Prático, em atendimentos semanais.
- E-learning, com recurso à plataforma Moodle, para divulgação de documentação, esclarecimento de dúvidas e
realização de tarefas online. (Apoio à inscrição e uso da Plataforma )
Modalidades de Avaliação (Regime Geral de Avaliação e/ou Regime Final Alternativo)
- Regime Geral de Avaliação: inclui Exame Escrito, Trabalho Prático obrigatório (grupo); assiduidade e participação
como informações qualitativas.
- Nesta unidade curricular não vigora qualquer Regime Final Alternativo.
Elementos de Avaliação
- Exame Escrito: avaliação de conhecimentos adquiridos quer nas aulas teóricas, quer nas aulas práticas.
Estrutura do exame: 10 perguntas de Escolha Múltipla, teóricas, teórico-práticas e práticas, com justificação breve
(10 valores) e 1 pergunta de Desenvolvimento, teórica, prática ou teórico-prática (10 valores).
Ponderação: 0,80 (16 / 20) – ponderação aplicada à soma das duas partes de exame (classificada para 20),
quando esta soma seja igual ou superior a 9,5.
- Trabalho Prático (obrigatório / em grupo): tarefas de investigação diferencial (construção, avaliação metrológica e
utilização de técnicas diferenciais de avaliação cognitiva / conativa): 3 temáticas para escolha de uma.
Ponderação: 0,20 (4 / 20) – ponderação aplicada quando a classificação do trabalho seja igual ou superior a 9,5.
Data Limite para Entrega: datas limite a definir em função das inscrições e da distribuição dos temas.
- Assiduidade e Participação: elementos de avaliação qualitativa.
- CLASSIFICAÇÃO FINAL: No caso de ambos os elementos de avaliação cumprirem o respectivo critério mínimo
de aproveitamento estabelecido nesta UC, são aplicados os coeficientes de ponderação indicados e o/a estudante será
“Aprovado/a” e terá em pauta a respectiva classificação final. No caso de pelo menos um dos elementos de avaliação
não atingir o critério mínimo de aproveitamento, o/a estudante terá em pauta a menção “Reprovado/a” acrescida da
classificação do (ou de um) elemento de avaliação que não cumpriu o critério mínimo de aproveitamento.
Regras relativas à melhoria de nota
- Qualquer das notas – exame e/ou trabalho prático – pode ser melhorada em segunda época;
- A classificação obtida num dos elementos de avaliação, Exame ou Trabalho Prático, quando no mesmo ano não
tenha sido obtida aprovação (nota mínima positiva) no outro elemento de avaliação, é guardada por um ano lectivo, sem
prejuízo da sua eventual melhoria, em primeira ou em segunda época do ano seguinte.
Exigências relativas à assiduidade
- Regime presencial: a presença nas aulas é francamente aconselhável, pelo que o/a estudante deverá procurar
cumprir pelo menos o número mínimo de 9 presenças, ou seja, 2/3 das aulas leccionadas em cada parte (Teórica e
Prática) (Artigo 8º do Regulamento de Avaliação das Aprendizagens).
- Não é estabelecido limite máximo de faltas. O controlo de faltas é da responsabilidade do/a estudante.
- O controlo das presenças será efectuado para efeito de registo no sumário do número de presenças em aula e
para consideração da assiduidade como elemento qualitativo de avaliação.
Regras específicas relativas aos estudantes considerados em situação de excepção (estudantes-trabalhadores,
atletas de alta competição, alunos dirigentes associativos, alunos militares, pais e mães estudantes, alunos com
necessidades educativas especiais)
- De acordo com o Artigo 155º da Lei nº 35/2004, de 29 de Julho, os trabalhadores-estudantes que tenham
formalizado o seu estatuto junto dos Serviços Académicos não estão sujeitos à obrigação de frequência das aulas da
unidade curricular, pelo que podem utilizar os períodos de tutoria para acompanhamento individualizado da sua
formação.
- O mesmo princípio de acompanhamento individualizado do estudo é aplicado aos restantes grupos de estudantes
considerados em situação de excepção (atletas de alta competição, alunos dirigentes associativos, alunos militares, pais
e mães estudantes, alunos com necessidades educativas especiais) que tenham formalizado, junto dos Serviços
Académicos, o seu estatuto.
Línguas de Ensino
- Português.
- Leituras: português, francês e inglês.

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