Palestra: Engº Marcos Mansour Chebib Awad
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Palestra: Engº Marcos Mansour Chebib Awad
O Mercado da Engenharia de Avaliações e da Perícia ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES Engº Marcos Mansour Chebib Awad Coordenador da Câmara de Avaliações do IBAPE/SP – Gestão 2016-2017 Cocoordenador técnico do curso de Pós Graduação Lato Sensu em Perícias de Engenharia e Avaliações, parceria Universidade Presbiteriana Mackenzie / IBAPE SP Março de 2016 Comunicados Os conceitos e opiniões apresentados nesta palestra são de responsabilidade exclusiva do professor. O IBAPE/SP não se responsabiliza por opiniões ou pareceres emitidos por terceiros, associados ou não, ou pelo emprego indevido das informações aqui contidas. É proibida a reprodução total ou parcial deste material sem a aprovação prévia e por escrito do IBAPE/SP. Índice SINOPSE/OBJETIVO 1. PRINCÍPIOS GERAIS 2. HISTÓRICO 3. MERCADO E APLICAÇÃO 4. NORMAS 5. CONCEITOS BÁSICOS CORRELACIONADOS A ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES 6. METODOLOGIAS APLICADAS A ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES 7. SUGESTÕES DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 3 SINOPSE/OBJETIVO • SINOPSE Apresentar as atividades básicas envolvidas na Engenharia de Avaliações, fornecendo informações conceituais fundamentais, objetivos, finalidades e noções sobre a amplitude do mercado de trabalho. • OBJETIVO Esclarecer conceitos básicos; Apresentar o mercado de trabalho (áreas de atuação); Fomentar o interesse no desenvolvimento profissional, especificamente na área da Engenharia de Avaliações. 4 1. PRINCÍPIOS GERAIS • Definições - Engenharia de Avaliações • • NBR 14653-1 (2001) - É o conjunto de conhecimentos técnico-científicos especializados, aplicados à avaliação de bens. ABUNAHMAN (2008) - Trabalho técnico-científico que ultrapassa qualquer sentimento pessoal do avaliador, tendo que refletir as tendência do mercado imobiliário. 5 1. PRINCÍPIOS GERAIS • Definições - Perícia • NBR 13.752/Dez1996 – Atividade que envolve apuração causas que motivaram determinado evento ou da asserção de direitos. • NBR 14.653/1-2001 – Atividade técnica realizada por profissional com qualificação específica, para averiguar e esclarecer fatos, verificar o estado de um bem, apurar as causas que motivaram determinado evento, avaliar bens, seus custos, frutos ou direitos. 6 1. PRINCÍPIOS GERAIS Ao perito é defeso presumir. Engº José Carlos Pelegrino • Justificar tecnicamente com: – Informações de mercados; – Estudos; – Normas; – Outros. 7 2. HISTÓRICO • Até o ano de 1850 a propriedade da terra era tratada através do SISTEMA DE CONCESSÕES, instituído pelo estado português desde 1375. • Em 1850, no segundo reinado, foi promulgada a Lei n° 601 – “LEI DE TERRAS”, que criou no Brasil a figura da propriedade particular, extinguindo o Sistema de Concessões, ampliando o caráter capitalista da sociedade daquela época. • A terra passou a ser vista como uma reserva e um patrimônio que trazia a expectativa de ganhos financeiros, seja como resultado de sua valorização, ou proveniente de rendas locatícias. • Com estas características, aos poucos passou também a servir como instrumento de garantia de empréstimos bancários, e na solução de discussões em processos judiciais. • Criou-se então a necessidade de se promover avaliações dentro de critérios técnicos (Engenharia de Avaliações), como já se praticava nos EUA, desde a metade do século XIX. 8 2. HISTÓRICO • O trabalho mais antigo que se tem notícia no país foi a monografia do Prof. eng° Vitor da Silva Freire, intitulada “Códigos Sanitários e Posturas Municipais sobre Habitações”, publicada em 1918 no Boletim do Instituto de Engenharia. • Na década seguinte, a Prefeitura do Município de São Paulo passou a empregar novos métodos de avaliação introduzidos pelo Prof. eng° Vitor da Silva Freire, levando em conta a testada e a profundidade dos terrenos. Estes critérios passaram a ser sistematicamente utilizados em 1929. • O eng° Luiz Carlos Berrini publicou diversos artigos a esse respeito entre 1929 e 1939. Em 1941 publicou o livro “AVALIAÇÕES DE TERRENOS”, e em 1949 publicou o “AVALIAÇÕES DE IMÓVEIS”, no qual desenvolveu teses e conceitos, e que era (como é até hoje) considerada uma “Bíblia” nesta matéria. • Em 10/03/1953 foi fundado no Rio de Janeiro o IEL – Instituto de Engenharia Legal. Em 14/11/1954 foi fundado em São Paulo o IBAPE – Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia, desenvolvendo intensa atividade pela promoção de conferências, cursos, simpósios, etc. Estas 2 entidades (IBAPE e IEL) se uniram em 1995, dando origem ao atual IBAPE NACIONAL, que hoje congrega entidades estaduais filiadas. 9 2. HISTÓRICO • Em 1974, por iniciativa de seu presidente José Carlos Pellegrino promoveu o I Congresso Brasileiro de Engenharia de Avaliações, com o lançamento conjunto do livro “ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES”, que passou a ser a moderna “Bíblia II” da avaliação. FONTE: INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA DE SÃO PAULO. Engenharia de Avaliações Volume 1. São Paulo: Liv. e Ed. Universitária de Direito, 2014. ALGUNS FATOS QUE IMPULSIONARAM O MERCADO DE AVALIAÇÕES: – ELEVADO NÚMERO DE DESAPROPRIAÇÕES NECESSÁRIAS OBRAS DO - 1967 PREF. BRIG. FARIA LIMA – APROVAÇÃO DA LEI FEDERAL 9.514 DE 20 DE NOVEMBRO QUE - 1997 DISPÕE SOBRE O SISTEMA DE FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO, INSTITUI A ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE COISA IMÓVEL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.(BEM IMÓVEL PASSA A SER GARANTIA REAL) - DIMINUIÇÃO DAS TAXAS DE JUROS DA ECONOMIA 10 3. MERCADO E APLICAÇÃO • JUDICIAL Direito Engenharia e Arquitetura ENGENHARIA LEGAL: Parte da engenharia que atua na interface técnico-legal envolvendo avaliações e toda espécie de perícias relativas a procedimentos judiciais. FONTE: NBR 14.653-1:2001 11 3. MERCADO E APLICAÇÃO • JUDICIAL • Tribunal de Justiça de São Paulo: • Maior Tribunal do Mundo: • 25 milhões de processos • • • • • • • • FONTE: APRESENTAÇÃO DAS AULAS DO CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM PERÍCIAS DE ENGENHARIA E AVALIAÇÕES, MATÉRIA: PERÍCIAS DE ENGENHARIA: JUDICIAIS, EXTRAJUDICIAIS, CAUTELARES E ARBITRAGENS OCTAVIO GALVÃO NETO E FLÁVIO F. DE FIGUEIREDO (ANO 2016). ALGUMAS FINALIDADES AÇÕES DE DESAPROPRIAÇÃO, REVISIONAIS, RENOVATÓRIAS, EXECUÇÕES, FALÊNCIAS, SEPARAÇÕES SOCIETÁRIAS, INVENTÁRIOS, ASSISTÊNCIAS TÉCNICAS DIVÓRCIOS, ETC. 12 3. MERCADO E APLICAÇÃO • EXTRA JUDICIAL CREDITÍCIO • GARANTIAS PARA EMPRÉSTIMOS COMERCIAIS • HIPOTECAS OU ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA (CRÉDITO IMOBILIÁRIO) 13 3. MERCADO E APLICAÇÃO • EXTRA JUDICIAL CREDITÍCIO • ALGUNS DOS PRINCIPAIS CLIENTES: • Bancos Públicos e Privados • Banco do Brasil • Caixa Econômica Federal • Banco Itaú • Banco Bradesco • Banco Santander • Outros • Factoring • Outros 14 3. MERCADO E APLICAÇÃO • EXTRA JUDICIAL ADMINISTRATIVO • APLICAÇÕES SECURITÁRIAS: INTERESSE DA SEGURADORA E DO CLIENTE, A DEFINIÇÃO PRÊMIO CORRESPONDENTE. 15 3. MERCADO E APLICAÇÃO • EXTRA JUDICIAL ADMINISTRATIVO • BALANÇOS PATRIMONIAIS • AJUSTES CONTRATUAIS (REVISÕES EXTRAJUDICIAIS) 16 3. MERCADO E APLICAÇÃO • EXTRA JUDICIAL ADMINISTRATIVO • TRANSFERÊNCIA DE PROPRIEDADE: AUXILIAR COMPRADOR/ VENDEDOR / BASES DE PERMUTA DE PROPRIEDADES. • BASE PARA (IMPOSTOS) TAXAÇÕES 17 3. MERCADO E APLICAÇÃO • EXTRA JUDICIAL ADMINISTRATIVO • ALGUNS DOS PRINCIPAIS CLIENTES: • Bancos Públicos e Privados (atualização patrimonial, renovação de contratos locatícios); • Empresas de Telefonia (Oi, Vivo, Tim, etc..); • Prefeituras; • Fundos de Previdência (PREVI, PETROS, etc.) • Usinas de Álcool e Açúcar ; • Construtoras, Loteadoras; • Hospitais, hotéis; • Pessoas Jurídicas e Físicas em geral • Outros 18 3. MERCADO E APLICAÇÃO MARKET SHARE – ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES (MERCADO BRASILEIRO – ESTIMATIVA ANUAL) Avaliações GRANDES BANCOS - ITAÚ, SANTANDER, BRADESCO, BANCOS PEQUENOS E MÉDIOS Total Avaliações GRANDES BANCOS - ITAÚ, SANTANDER, BRADESCO, CAIXA E BANCO DO BRASIL (CONTRATAÇÃO PELO BANCOS PEQUENOS E MÉDIOS Total Credito Imobiliário (Volume Mensal) BANCOS - CRÉDITO IMOBILIÁRIO Valor Unitário por Avaliação (R$) 39.500,00 1.450,00 400,00 40.950,00 351,77 BANCOS - GARANTIA E DEMAIS OPERAÇÕES Credito Imobiliário Valor Unitário por Avaliação (Volume Mensal) (R$) 4.900,00 180,00 5.080,00 Avaliações GRANDES FUNDOS DE PENSÃO - PETROS PREVI E EQUENOS FUNDOS DE PENSÃO Total Volume Mensal PROPÓSITO nvestimentos - Tomada de Decisão Contabilização - CPC/Auditoria Legal - Perícias Internacionais (com uso normas internacionais) Outros (Seguros, etc) Total Volume Mensal 300,00 500,00 2.500,00 Total GERAL 350,00 400,00 150,00 550,00 30,00 1.000,00 4.330,00 50.910,00 3.000,00 3.000,00 3.000,00 FUNDOS DE PENSÃO Valor Unitário por Avaliação 2.000,00 Valor Mensal (R$) Valor Anual (R$) Participação no mercado 13.825.000,00 165.900.000,00 27% 580.000,00 14.405.000,00 6.960.000,00 172.860.000,00 1% 28% Valor Mensal (R$) Valor Anual (R$) % 14.700.000,00 176.400.000,00 29% 540.000,00 15.240.000,00 6.480.000,00 182.880.000,00 1% 30% Valor Mensal (R$) Valor Anual (R$) % 800.000,00 9.600.000,00 2% 450.000,00 1.250.000,00 5.400.000,00 15.000.000,00 1% 2% Valor Mensal (R$) 3.000.000,00 1.250.000,00 15.000.000,00 Valor Anual (R$) 36.000.000,00 15.000.000,00 180.000.000,00 % 6% 2% 29% 12.000,00 360.000,00 4.320.000,00 1% 500,00 4.644,34 500.000,00 20.110.000,00 6.000.000,00 241.320.000,00 1% 39% 51.005.000,00 612.060.000,00 100% 3.000,00 2.272,73 PARTICULARES Valor Unitário por Avaliação 10.000,00 2.500,00 6.000,00 1.001,87 OBS. : VALORES MERAMENTE ILUSTRATIVOS - ESTIMADOS COM BASE NA EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL DO PALESTRANTE E CONSULTAS REALIZADAS COM ALGUMAS EMPRESAS DO SETOR 19 3. MERCADO E APLICAÇÃO MARKET SHARE – ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES (MERCADO BRASILEIRO - ESTIMATIVA) BANCOS - CRÉDITO IMOBILIÁRIO 10% BANCOS - GARANTIA E DEMAIS OPERAÇÕES 28% FUNDOS DE PENSÃO 29% PARTICULARES - LEGAL PERÍCIAS PARTICULARES - OUTROS 30% 2% OBS. : VALORES MERAMENTE ILUSTRATIVOS - ESTIMADOS COM BASE NA EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL DO PALESTRANTE E CONSULTAS REALIZADAS COM ALGUMAS EMPRESAS DO SETOR 20 4. NORMAS • NORMAS BRASILEIRAS PARA AVALIAÇÃO O Código de Defesa do Consumidor, instituído pela Lei Federal n° 8.078/90, tornou obrigatória a obediência às Normas Técnicas, conforme dispõe o inciso VIII de seu artigo 39: “Art.39 – É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços: VIII – colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas oficiais expedidas pelos órgãos oficiais competentes, ou, se as normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – CONMETRO.” ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas: 21 4. NORMAS • NORMAS BRASILEIRAS PARA AVALIAÇÃO NBR 14653: AVALIAÇÃO DE BENS Parte 1: Procedimentos Gerais (2001) – Guia aplicado a todas as modalidades e áreas da engenharia de avaliações). Parte 2: Imóveis Urbanos (2011) - Diretrizes para avaliação de imóveis urbanos tendo como objetivos: Classificação da sua natureza Instituição de terminologia, definições, símbolos e abreviaturas; Descrição das atividades básicas; Definição da metodologia básica; Especificação das avaliações; Requisitos básicos de laudos e pareceres técnicos de avaliação. Parte 3: Imóveis Rurais (2004) Parte 4: Empreendimentos (2002) Parte 5: Máquinas, equipamentos, instalações, bens industriais Parte 6: Recursos Naturais e Ambientais Parte 7: Patrimônios Históricos 22 5. CONCEITOS BÁSICOS • DEFINIÇÕES DE CONCEITOS (SEGUNDO NBR 14.653-1:2001) Item 3.38 - PREÇO: Quantia pela qual se efetua, ou se propõe efetuar, uma transação envolvendo um bem, um fruto ou um direito sobre ele. 23 5. CONCEITOS BÁSICOS • DEFINIÇÕES DE CONCEITOS (SEGUNDO NBR 14.653-1:2001) Item 3.9 - CUSTO: Total dos gastos diretos e indiretos necessários à produção, manutenção ou aquisição de um bem, numa determinada data e situação. Taxa de lucro da construtora Taxa de administração Taxa financeira 24 5. CONCEITOS BÁSICOS • DEFINIÇÕES DE CONCEITOS (SEGUNDO NBR 14.653-1:2001) Item 3.9.4 - Custo de Reprodução: Item 3.9.3 - Custo de Reedição: Gasto necessário para reproduzir um bem, sem considerar eventual depreciação. Custo de reprodução, descontada a depreciação do bem, tendo em vista o estado em que se encontra. 25 5. CONCEITOS BÁSICOS • DEFINIÇÕES DE CONCEITOS VALOR (Segundo Berrini): UTILIDADE RARIDADE DESEJO Fonte: BERRINI JÚNIOR, Luiz Carlos, Avaliações de Imóveis. 3. ed. Rio de Janeiro: Livraria Freitas Bastos, 1949 (pág. 27). 26 5. CONCEITOS BÁSICOS • DEFINIÇÕES DE CONCEITOS VALOR DE MERCADO (segundo a Norma Para Avaliação de Imóveis Urbanos IBAPE/SP – 2011): • • • Quantia mais provável pela qual se negociaria com conhecimento, prudência e sem compulsão um bem, numa data de referência, dentro das condições do mercado vigentes. Tal valor deve ser entendido como o valor estimado de um bem, sem considerar os custos adicionais relativos ao comprador, aplicáveis aos valores finais de compra e venda, tais como, ITBI, despesas de escritura e registro, e já embutidas as despesas inerentes do vendedor, tais como comissões. Tal definição presume que o bem esteja livre e sem ônus. VM = (VT +VCC)xFC 27 5. CONCEITOS BÁSICOS • DEFINIÇÕES DE CONCEITOS VALOR DE MERCADO (segundo a Norma Para Avaliação de Imóveis Urbanos IBAPE/SP – 2011): Para definir o valor de mercado desse imóvel, você somaria ou subtrairia o custo do aquário? 28 5. CONCEITOS BÁSICOS • DEFINIÇÕES DE CONCEITOS (SEGUNDO NBR 14.653-1:2001) Item 3.2 - VALOR PATRIMONIAL: Somatório do valor do terreno, benfeitorias e eventuais equipamentos de um imóvel. Para que o mesmo represente o valor de mercado deve ser apurado e aplicado o fator de comercialização com base em informações de mercado levantadas pelo avaliador ou em pesquisa de caráter regional, previamente publicada. + VP = VT +VCC 29 5. CONCEITOS BÁSICOS • DEFINIÇÕES DE CONCEITOS (SEGUNDO NBR 14.653-1:2001) Item 3.3 - VALOR EM RISCO: Valor para fins de seguros de um determinado imóvel, representado pelo valor das benfeitorias, equipamentos e instalações, conforme objeto da apólice ou da contratação, observada a máxima depreciação. 30 5. CONCEITOS BÁSICOS • DEFINIÇÕES DE CONCEITOS (SEGUNDO NBR 14.653-1:2001) Item 3.4 - VALOR ECONÔMICO: Valor resultante do Fluxo de Caixa Descontado. Os indicadores econômicos da qualidade de um empreendimento imobiliário mais: • Exposição máxima; • Payback; • Valor presente líquido (VPL); • Índice de rentabilidade (IR); • Taxa interna de retorno (TIR); 31 5. CONCEITOS BÁSICOS • DEFINIÇÕES DE CONCEITOS (SEGUNDO NBR 14.653-1:2001) Item 3.5 - VALOR DE LIQUIDAÇÃO FORÇADA: Valor para uma situação de venda compulsória, típico de leilões e também muito utilizado para garantias bancárias. Quando utilizado, deve ser também apresentado o valor de mercado. 32 5. CONCEITOS BÁSICOS • DEFINIÇÕES DE CONCEITOS (SEGUNDO NBR 14.653-1:2001) Item 3.7 - VALOR DE INDENIZAÇÃO: Valor de bens, não obrigatoriamente de mercado, destinado a ressarcimento de débitos, desapropriações ou congêneres. 33 5. CONCEITOS BÁSICOS • DEFINIÇÕES DE CONCEITOS (SEGUNDO PROJETO DE ATUALIZAÇÃO DA NBR 14.653-1) • 3.45 valor de desmonte: Valor de um bem ou conjunto de bens, na condição de sua desativação ou desmobilização 3.46 valor de liquidação forçada: Valor de um bem, na hipótese de uma venda compulsória ou em espaço de tempo menor do que o normalmente observado no mercado 3.47 valor de mercado: Quantia mais provável pela qual se negociaria voluntariamente e conscientemente um bem, numa data de referência, dentro das condições do mercado vigente 3.48 valor econômico: Valor presente da renda líquida auferível pelo empreendimento, durante sua vida econômica, a uma taxa de desconto correspondente ao custo de oportunidade, considerados cenários previsíveis sob condições de risco 3.49 valor depreciável: Diferença entre o valor do bem na condição de novo e o seu valor residual 3.50 valor de indenização: Valor atribuído a danos, perdas ou prejuízos provocados, referido a uma determinada data • • • • • 34 5. CONCEITOS BÁSICOS • DEFINIÇÕES DE CONCEITOS (SEGUNDO PROJETO DE ATUALIZAÇÃO DA NBR 14.653-1) • 3.51 valor em risco: Valor representativo da parcela do bem que se deseja segurar e que pode corresponder ao valor máximo segurável 3.52 valor em uso: Valor de um bem em condições de operação no estado observado na data de referência, incluídas, quando pertinentes, as despesas de projeto, embalagem, impostos, fretes e montagem 3.53 valor especial: Valor que considera atributos particulares de um bem ou direito, que teriam valor somente para um comprador especial ou sob as condições de uma premissa especial. 3.54 valor patrimonial: Valor de um bem, partes de um bem ou conjunto de bens de pessoa física ou jurídica, determinado conforme o objetivo, a finalidade e a abrangência da avaliação 3.55 valor residual: Valor do bem ao final de sua vida útil ou de seu horizonte projetivo 3.56 valor sinérgico: Valor resultante da interação de dois ou mais bens ou direitos, quando o valor global for maior do que a soma dos valores individuais Esta definição geral é particularizada em algumas partes desta Norma, de acordo com suas especificidades. • • • • • • 35 6. METODOLOGIAS APLICADAS • METODOLOGIA APLICADA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS A metodologia escolhida deve ser compatível com a natureza do bem avaliando, a finalidade da avaliação e os dados de mercado disponíveis. Para a identificação do valor de mercado, sempre que POSSÍVEL preferir o método comparativo direto de dados de mercado. (NBR 14.653-1). 36 6. METODOLOGIAS APLICADAS • METODOLOGIA APLICADA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS (SEGUNDO NBR 14.653-1:2001 e NBR 14.653-2:2011 ) MÉTODOS PARA IDENTIFICAR O VALOR DE UM BEM, DE SEUS FRUTOS E DIREITOS • • • • Método Comparativo Direto de Dados de Mercado (tratamento por fatores e científico) Método Involutivo Método da Renda Método Evolutivo MÉTODOS PARA IDENTIFICAR O CUSTO DE UM IMÓVEL • • Método da Quantificação do Custo Método Comparativo Direto de Custo 37 6. METODOLOGIAS APLICADAS • METODOLOGIA APLICADA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS (SEGUNDO NBR 14.653-1:2001 e NBR 14.653-2:2011 ) MÉTODOS PARA IDENTIFICAR O VALOR DE UM BEM, DE SEUS FRUTOS E DIREITOS • Método Comparativo Direto de Dados de Mercado Identifica o valor de mercado do bem por meio de tratamento técnico dos atributos dos elementos comparáveis, constituintes da amostra (NBR 14.653-1). Preferencialmente, deve ser utilizado na busca do valor de mercado de terrenos, casas padronizadas, lojas, apartamentos, escritórios, galpões em condomínio, entre outros, sempre que houver dados semelhantes ao avaliando. Nesse casso é admitido que existem relações fixas entre as características físicas de um imóvel com seu preço (Exemplo: Quanto melhor o padrão construtivo de um imóvel mais caro será seu preço). COMO OS DADOS DE MERCADO SÃO ANALISADOS E TRATADOS? 38 6. METODOLOGIAS APLICADAS METODOLOGIA APLICADA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS • (SEGUNDO NBR 14.653-1:2001 e NBR 14.653-2:2011 ) MÉTODOS PARA IDENTIFICAR O VALOR DE UM BEM, DE SEUS FRUTOS E DIREITOS • Método Comparativo Direto de Dados de Mercado TRATAMENTO POR FATORES Semelhança com o imóvel objeto da avaliação, no que diz respeito à sua situação, à destinação, ao grau de aproveitamento e às características físicas. Número de dados de mercado efetivamente utilizados, de acordo com o grau de fundamentação; TRATAMENTO CIENTÍFICO: Tratamento de evidências empíricas pelo uso de metodologia científica (DENTRE ELAS A INFERÊNCIA ESTATÍSTICA) que leve à indução de modelo validado para o comportamento do mercado. Deve-se levar em conta que qualquer modelo é uma representação simplificada do mercado, uma vez que não considera todas as suas informações. Por isso, precisam ser tomados cuidados científicos na sua elaboração, desde a preparação da pesquisa e o trabalho de campo, até o exame final dos resultados. 39 6. METODOLOGIAS APLICADAS • METODOLOGIA APLICADA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS (SEGUNDO NBR 14.653-1:2001 e NBR 14.653-2:2011 ) MÉTODOS PARA IDENTIFICAR O VALOR DE UM BEM, DE SEUS FRUTOS E DIREITOS • Método Involutivo Identifica o valor de mercado do bem, alicerçado no seu aproveitamento eficiente, baseado em modelo de estudo de viabilidade técnico-econômica, mediante hipotético empreendimento compatível com as características do bem e com as condições do mercado no qual está inserido, considerando-se cenários viáveis para execução e comercialização do produto. (Nesse caso os cálculos podem ser realizados com modelos Estáticos, Dinâmicos com equações pré definidas e Dinâmicos ) Ao lado pode-se observar o fluxo de caixa acumulado de um empreendimento hipotético utilizado como base de MÉTODO INVOLUTIVO DINÂMICO para avaliação de terreno urbano 40 6. METODOLOGIAS APLICADAS METODOLOGIA APLICADA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS • (SEGUNDO NBR 14.653-1:2001 e NBR 14.653-2:2011 ) MÉTODOS PARA IDENTIFICAR O VALOR DE UM BEM, DE SEUS FRUTOS E DIREITOS • Método da Renda Identifica o valor do bem, com base na capitalização presente da sua renda líquida prevista, considerando-se cenários viáveis. Valor de Locação = Valor de mercado para venda x taxa de rentabilidade (%) Tal metodologia pode ser calculada com base na capitalização da renda direta (forma estática) ou com base no Valor Presente Líquido (VPL) da renda líquida analisada em fluxo de caixa (dinâmico) considerando uma perpetuidade deste fluxo em cerca de 10 a 15 anos (VPL). 41 6. METODOLOGIAS APLICADAS • METODOLOGIA APLICADA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS (SEGUNDO NBR 14.653-1:2001 e NBR 14.653-2:2011 ) MÉTODOS PARA IDENTIFICAR O VALOR DE UM BEM, DE SEUS FRUTOS E DIREITOS • Método Evolutivo Identifica o valor do bem pelo somatório dos valores de seus componentes. Caso a finalidade seja a identificação do valor de mercado, deve ser considerado o fator de comercialização. Valor Patrimonial = Valor do terreno + Valor das benfeitorias Valor de mercado = (Valor do terreno + Valor das benfeitorias) x Fator de comercialização O valor do terreno pode ser estudado com base no método comparativo e/ou involutivo e o valor das benfeitorias pode ser estudado pelo método da quantificação de custos e/ou comparativo direto de custos VM = (VT +VCC)xFC 42 6. METODOLOGIAS APLICADAS • METODOLOGIA APLICADA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS (SEGUNDO NBR 14.653-1:2001 e NBR 14.653-2:2011 ) MÉTODOS PARA IDENTIFICAR O CUSTO DE UM IMÓVEL • Método da Quantificação do Custo O valor/ custo da construção pode ser calculado através de estimativas, orçamentos preliminares e orçamentos analíticos (detalhados), de acordo com o rigor que se pretenda atribuir à avaliação. • Estimativas de Custos: •Destaca-se que ao avaliar construções padronizadas é possível a utilização de custos unitários tabelados e consagrados dentro do mercado imobiliário brasileiro. Dentre eles destacam-se os Custos Unitários Básicos de Edificações (Sinduscon) e os Custos Unitários Pini de Edificações. Para avaliação de VALORES (NÃO CUSTO) de benfeitorias padronizadas é utilizado o Estudo de Valores de Venda de Edificações de Imóveis Urbanos do IBAPE/SP. 43 6. METODOLOGIAS APLICADAS METODOLOGIA APLICADA A AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS • (SEGUNDO NBR 14.653-1:2001 e NBR 14.653-2:2011 ) MÉTODOS PARA IDENTIFICAR O CUSTO DE UM IMÓVEL • Método Comparativo Direto de Custo A utilização do método comparativo direto para a avaliação de custos deve considerar uma amostra composta por imóveis de projetos semelhantes, a partir da qual são elaborados modelos que seguem os procedimentos usuais do método comparativo direto de dados de mercado. 44 7. SUGESTÕES DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • ABUNAHMAN, Sérgio Antônio. Curso Básico de Engenharia Legal e de Avaliações. São Paulo: PINI, 2008. • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12721: avaliação de custos unitários de construção para incorporação imobiliária e outras disposições para condomínios edilícios - Procedimento. Rio de Janeiro, 2006. • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13752: Perícias de engenharia na construção civil. Rio de Janeiro, 1996. • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14653-1: avaliação de bens Parte 1: procedimentos gerais. Rio de Janeiro, 2001. • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14653-2: avaliação de bens Parte 2: imóveis urbanos. Rio de Janeiro, 2011. • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14653-3: avaliação de bens Parte 3: imóveis rurais. Rio de Janeiro, 2004. • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14653-4: avaliação de Bens Parte 4: empreendimentos. Rio de Janeiro, 2002. • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14653-5: avaliação de Bens Parte 5: máquinas, equipamentos, instalações e bens industriais em geral. Rio de Janeiro, 2008. 45 7. SUGESTÕES DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14653-6 Avaliação de Bens Parte 6: Recursos naturais e ambientais. Rio de Janeiro, 2008. • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14653-7 Avaliação de Bens Parte 7: bens de patrimônios históricos e artísticos. Rio de Janeiro, 2009. • BERRINI JÚNIOR, Luiz Carlos, Avaliações de Imóveis. 3. ed. Rio de Janeiro: Livraria Freitas Bastos, 1949. • BRASIL. Lei 5.194, de 24 de dezembro de 1966. Regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e EngenheiroAgrônomo, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 de abril de 1967. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5194.htm>. Acesso em 06 mar. 2015. • BRASIL. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 de setembro de 1990; 169° da Independência e 102° da República. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078.htm>. Acesso em: 05 de mar. de 2015. • FIKER, José. Manual de Redação de Laudos. São Paulo: PINI, 2009. • GOMIDE, Tito Livio Ferreira. Engenharia Legal 3. São Paulo: Liv. e Ed. Universitária de Direito, 2009. • INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA DE SÃO PAULO. Glossário de terminologia básica aplicável à engenharia de avaliações e perícias do IBAPE/SP. São Paulo, 2002. 46 7. SUGESTÕES DE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA DE SÃO PAULO. Avaliação: o que é e como contratar. São Paulo, 2007. • INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA DE SÃO PAULO. Valores de Edificações de Imóveis Urbanos de São Paulo/SP. São Paulo, 2007. • INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA DE SÃO PAULO. Norma para avaliações de imóveis urbanos do IBAPE/SP. São Paulo, 2011 • INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA DE SÃO PAULO. Engenharia de Avaliações Volume 1. São Paulo: Liv. e Ed. Universitária de Direito, 2014. • INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA DE SÃO PAULO. Engenharia de Avaliações Volume 2. São Paulo: Liv. e Ed. Universitária de Direito, 2014. 47 AGRADECIMENTO/ CONTATO OBRIGADO!!! ENGENHEIRO CIVIL MARCOS MANSOUR CHEBIB AWAD CONTATO: [email protected] 48
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