O `coração` dos recifes de coral do Brasil
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O `coração` dos recifes de coral do Brasil
27 ero m Nú oa ulh J - Setembro de 2014 O ‘coração’ dos recifes de coral do Brasil Pesquisa do Coral Vivo descobre formação inédita em Santa Cruz Cabrália (BA) Existe uma formação recifal no Sul da Bahia semelhante a um coração e voltada para o mar aberto. Por anos, ela passou despercebida, mas acaba de ser descoberta nos estudos preliminares para o mapeamento físico do Parque Municipal Marinho da Coroa Alta, em Santa Cruz Cabrália, pelos pesquisadores do Coral Vivo. O biólogo marinho e coordenador executivo do Projeto, Gustavo Duarte, avaliava imagens de satélite de alta precisão quando a percebeu. E ele brinca: “É o ‘coração’ dos recifes de coral do Brasil”. (continua nas páginas 4 e 5) Imagem de satélite de alta precisão com a formação recifal semelhante a um coração Copatrocínio 1 Patrocínio Oficial Sr. Milton: o líder da criação da Resex do Corumbau Milton Deocleciano do Carmo mora no Corumbau, que significa na língua Pataxó: “longe de tudo e perto do paraíso”. Trata-se de distrito de Prado, no Sul da Bahia. De ascendência Pataxó e com 65 anos de idade, ele começou a pescar aos 10. Ele é o líder da criação da Reserva Extrativista do Corumbau (Resex), e nos conta na entrevista a seguir sobre as ações iniciais: Arquivo de família Sr. Milton Deocleciano Vila de pescadores Como o senhor tomou conhecimento sobre a possibilidade de criar a Resex? O conhecimento veio do que a gente vive, porque o pessoal de fora estava chegando e tirando tudo. Não tinha mais a fartura de antigamente. - Quais são as suas principais lembranças sobre as ações iniciais para a criação da Resex? FICHA TÉCNICA Associação Amigos do Museu Nacional (SAMN) Projeto Coral Vivo, uma parceria Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Núcleo de Educação Ambiental/Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro/Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Departamento de Geologia/UFRJ. Editoras Responsáveis: Débora Pires e Mercia Ribeiro. - Quais foram as maiores dificuldades que enfrentaram? Enrico Marone Recife Itacolomis coisa. Aí, conseguimos o apoio do Dr. Júlio (César Freire Brandão), que era juiz aqui em Prado e um grande ambientalista, que já faleceu. Ele nos ajudou a enviar a documentação para Brasília. Demorou 3 anos nessa luta para criar a Resex. “Não é bem assim. Pescar tudo bem, agora destruir é outra coisa” A primeira providência foi reunir a comunidade e, na época, eu fui o ‘cabeça’ do trabalho. Toda a comunidade tomou as providências para criar a Resex e conseguir segurar mais esse pescado que estava acabando. Entendi que não poderia deixar a situação como estava, e pensei que poderia dar certo a gente procurar os órgãos. Primeiramente, procurei a FUNAI porque eu sou pataxó. Fomos também à Marinha, mas eles falaram que a gente não poderia fazer nada porque é mar aberto e o pessoal de fora podia pescar em qualquer lugar. Eu disse: “Não é bem assim. Pescar tudo bem, agora destruir é outra Coordenação Geral: Clovis Castro. Enrico Marone deixar de lutar, não. - Estão preparando algo para comemorar os 14 anos da Resex, em setembro? A festa é natural, a gente tem sempre. Eu vou lá e ajudo no que for possível, porque tem que ter essas lembranças. Tenho “Antes, prazer de ir. Tem muitas típicas como o chegavam comidas peixe assado na patioba, que é do índio mesmo, da uns 25 cultura da gente. E tem barcos e música. Esse pessoal aqui da região gosta muito de depois forró, e também as danças indígenas. uns 50, A dificuldade era muito gran- de porque o povo de fora não e s t a v a - Como é para o senhor r e s p e i t a n d o , 60 e a participação do seu porque eles não filho Bit (Ednilson acreditavam que ameaçaConceição do Carmo) ia ser criada a vam o no Projeto Coral Vivo? Resex. Antes, chegavam uns pessoal” A participação dele é 25 barcos e muito bem apoiada porque ele depois uns 50, 60 e ameaçavam o aprendeu muito mesmo. Ele faz pessoal. Eu mesmo fui ameaçado palestra com a comunidade daqui, várias vezes. Eles queriam a minha com os jovens, explica como é que cabeça de qualquer maneira, só podem tratar a natureza, o meio que não tenho medo mesmo. Não ambiente, essas coisas todas. Ele deixei de lutar pelos meus direitos também leva o pessoal daqui para porque eu estava certo. Vinha trabalhar lá. A juventude precisa barco com as pessoas armadas. de orientação e o povo está Três anos nessa luta não foi fácil. gostando. Não gosto de ver destruição, e enquanto eu estiver aqui não vou Projeto Coral Vivo – Ano VI, número 27, Julho a Setembro de 2014 Colaboraram nesta edição: Ana Gabriela D’El Rei, Clovis Castro, Edinilson Conceição, Enrico Marone, Gustavo Duarte, Iracema Deocleciano, José Carlos Seoane, Maria Teresa Gouveia, Matheus Deocleciano, Michelle Luz, Milton Deocleciano, Rita Kelly dos Santos, Sandra Ratzlaff. Design gráfico/Diagramação: Walter Moreira. Rio de Janeiro: Associação Amigos do Museu Nacional, Quinta da Boa Vista, s/n, São Cristóvão, Rio de Janeiro, CEP 20940-040, telefone (21) 2254-1228. E-mail: [email protected]. Bahia: Estrada da Balsa km 4,5, Praia de Araçaípe, Arraial d’Ajuda, Porto Seguro, CEP 45816-000, telefone (73) 3575-2353, [email protected]. Se desejar receber este jornal em versão pdf e outras notícias, cadastre-se no site www.coralvivo.org.br. Números anteriores disponíveis para download no site. Equipe Coral Vivo no Rio de Janeiro: Cláudio Almeida, Emiliano Calderon, Genivaldo Teixeira, Gustavo Duarte, Mercia Ribeiro, Ruth Saldanha e Sandra Vargens. Equipe Coral Vivo na Bahia: Adejane Silva, Bruniele Gondim, Bruno Tapagiba, Cleisiane Gonçalves, Cristiane Brito, Cristiano Pereira, Edinilson Conceição, Gabriele Lopes, Márcio da Silva, Matheus Deocleciano, Romário Guedes, Tárcio Mangelli. Ponto para a Conservação Gincana Ambiental gera aprendizado pela emoção com passeio ao Recife de Fora Fotos: Projeto Coral Vivo ‘Recifes de coral’ foi o tema deste ano S ete equipes, mais de 300 estudantes, mais de 200 kg de alimentos arrecadados e doados. Esses números, assim soltos, poderiam ser o resultado de mais uma gincana escolar. Entretanto, este ano foi realizada a Gincana Ambiental, no Colégio Estadual Antônio Carlos Magalhães (CEACM), com o tema recifes de coral e a equipe vencedora irá passear no Parque Municipal Marinho do Recife de Fora. O lugar é muito conhecido pelos turistas que visitam o Sul da Bahia, mas desconhecido pela maioria dos moradores – o que torna a iniciativa ainda mais especial. Com o apoio de educadores, ela foi organizada por alunos do 4º ano do Curso Técnico em Lazer, que mobilizaram um número maior de participantes do que nas três edições anteriores. avaliar conhecimento, além de outras atividades. Com o patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, o passeio será oferecido pelo Projeto e especialistas irão acompanhar o grupo para transmitir informações que irão enriquecer a experiência: a primeira para alguns deles. É o caso de Rita Kelly Pires dos Santos, de 16 anos: “Será uma ótima oportunidade. Além de sair com meus colegas, vou poder nadar e admirar o Recife de Fora com seus peixes coloridos, lindos e raros”, diz. Ela conta que o grupo estava muito unido, com reuniões diárias, para conquistar o primeiro lugar. De acordo com a coordenadora de Educação Ambiental do Projeto Coral Vivo, Teresa Gouveia, a concepção de ambiente deve ser considerada na sua totalidade, na qual está também presente a interdependência entre o físico e o espiritual. “Atividades como essa gincana permitem o aprendizado com emoção, especialmente por propiciar para os estudantes a visitação pela primeira vez ao Recife de Fora. Um aprendizado que O Coral Vivo participou, por exemplo, com palestras preparatórias sobre conservação dos ambientes recifais e o conteúdo serviu de base para os estudantes elaborarem um quiz – jogo de perguntas e respostas para Gincana mobiliza colégio em Arraial d’Ajuda Estudantes empenhados para ganhar agrega a interação e a contextualização do aprendizado sobre os ambientes encontrados lá e a relação com a conservação ambiental”, avalia. Para a pedagoga e professora do colégio ACM, Sandra Jaqueline Machado Ratzlaff, foi uma construção complexa, um exercício que possivelmente ficará registrado nesses jovens para sempre, tendo influenciado inclusive o autoconhecimento, a crítica e ampliado habilidades de trabalho em equipe: “São aspectos que considero essenciais para formação de bons cidadãos”. E ressalta que esses jovens são multiplicadores naturais na comunidade e que o aprendizado devidamente estimulado e associado à realidade cotidiana tende a se solidificar como prática permanente. A professora Michelle Luz completa que, quando o reconhecimento do próprio território é aliado à ecologia e a educação ambiental, alcança-se um patamar muito maior na luta da educação pública brasileira. Continuação da matéria de capa O ‘coração’dos recifes de coral do Brasil Instituto de Geociências da UFRJ AL SE BA Salvador MG ES SP 2km RJ Distrito de Santo André Recife Araripe À esquerda, o geólogo José Carlos Seoane Instituto de Geociências da UFRJ Parque Municipal Marinho da Coroa Alta Paisagem vista da lancha Iamany Projeto Coral Vivo A formação recifal semelhante a um coração fica localizada ao Sul do complexo de recifes, na região conhecida como Alagados. Duarte mergulhou na piscina e ficou impressionado com os paredões verticais com grandes colônias do coral casca-de-jaca (Montastraea cavernosa). “Os paredões são recobertos por algas calcárias, que têm a coloração rosada”, relata. O estudo faz parte da Rede de Pesquisas Coral Vivo, que conta com o patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental. “A curvatura desses paredões é praticamente vertical, muito Montastraea cavernosa Reprodução diferente das encontradas nos demais recifes de coral da região”, diz o geólogo José Carlos Seoane, coordenador do mapeamento, professor do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisador associado do Projeto Coral Vivo. Nesta fase atual, os pesquisadores estão fazendo o levantamento batimétrico e avaliaram que a parte mais profunda da piscina tem mais de dez metros e a mais rasa tem no máximo três metros. De acordo com Seoane, o Parque Municipal Marinho da Coroa Alta possui três grupos de recifes e cada um deles tem o tamanho do Recife de Fora, então serão mapeados aproximadamente 75 km². “Andamos com a lancha por cima do recife na maré alta a 6 km/hora, para conseguirmos melhor definição das profundidades devido ao menor ruído gerado pelo motor da embarcação. Os equipamentos medem e registram a profundidade e a morfologia – as formas dos recifes da região”, explica. Como eles são mais modernos do que os usados no mapeamento do Recife de Fora, permitem maior agilidade para finalizá-lo do que na ocasião daquele mapeamento. A lancha Iamany - que significa Senhora das Águas na língua Pataxó - foi construída pelo estaleiro Mastro D'Ascia, de Santa Catarina, com adaptações para facilitar as pesquisas no mar e, ao mesmo tempo, primando por proporcionar mais conforto, incluindo cobertura para proteção da chuva e do sol, além de cabine para descanso. Como a estrutura da lancha fica pouco dentro d’água, é possível passar mais perto dos recifes para maior precisão do levantamento batimétrico e garantir segurança para todos. “A lancha é mais estável para conduzir, o que facilita o trabalho dos pilotos Márcio Silva e Leones Lopes, o Léo, que precisam navegar em linha reta para os equipamentos fazerem os registros”, avalia o geólogo. Estão sendo usados ecossonda, que é um equipamento de sonar, e o Strata Scan, que registra o fundo como se fosse um scanner diferenciando onde fica areia, lama, corais e rochas, por exemplo. Previsão de divulgação do mapeamento da Coroa Alta Está prevista para 2015 a publicação do mapeamento físico do complexo de recifes da Coroa Alta. Ele será distribuído nas prefeituras próximas à região, a pessoas que trabalham na área e disponibilizado no site do Coral Vivo (www.coralvivo.org.br), assim como está o Atlas do Parque Municipal Marinho do Recife de Fora. Atlas do Recife de fora Instituto de Geociências da UFRJ Alunos de Geociências da UFRJ Instituto de Geociências da UFRJ Bela paisagem como recompensa Estão envolvidos na pesquisa de campo um aluno de mestrado e três alunos de graduação que irão fazer o Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) a partir desse mapeamento físico. “Os bolsistas irão apresentá-lo na Jornada de Iniciação Científica e em setembro irei apresentá-lo no Congresso Brasileiro de Geologia”, conta Seoane. Como se trata de uma área ainda desconhecida, essa é a primeira etapa do trabalho e servirá de base para outros estudos, já que ela irá trazer um panorama sobre como é o recife e o que está exatamente em cada ponto. “A partir dos resultados preliminares, iremos definir as programações para as amostragens detalhadas por meio de mergulho, por exemplo”. Com os resultados, outros pesquisadores poderão usá-lo como parâmetro para a realização de experimentos específicos, até porque terão disponíveis a localização exata das áreas mais fechadas e as mais abertas no mar. Além do mapeamento físico da Coroa Alta, os integrantes da Rede de Pesquisas Coral Vivo irão ampliar os estudos já realizados no Recife de Fora. Apesar das dificuldades tais como: enfrentar o mau tempo, ter de esperar a maré alta e se adaptar aos equipamentos novos, o geólogo José Carlos Seoane garante que é recompensador o visual do lugar: “Toda a equipe está encantada e feliz porque a região é lindíssima”. Um ponto que ainda será mapeado é o recife Araripe, que as pessoas da região têm informado como o local mais bonito de todos e os pesquisadores estão motivados a conhecer o quanto antes os detalhes sobre ele. Serão mapeados 75km², incluindo arredores dos recifes de coral CAPES Ciências do Mar contempla série de estudos sobre recifes de coral Foto: Projeto Coral Vivo A Rede de Pesquisas Coral Vivo foi beneficiada com projeto aprovado no Edital Ciências do Mar 2013 da CAPES, fundação do Ministério da Educação (MEC). Com o título “Capacitação Transdisciplinar para Estudos do Efeito de Estresses Ambientais em Recifes de Coral”, conta com cinco subprojetos que servirão de núcleo para as ações de pesquisadores e estudantes em nível de pós-graduação. O intuito é aprofundar o conhecimento sobre os ambientes recifais do Brasil e os impactos humanos diretos e indiretos, e, consequentemente, gerar dados relevantes para sua conservação e uso sustentável. Até 2017, serão gerados conhecimentos mediante o desenvolvimento de teses, dissertações e trabalhos científicos em pesquisas conjuntas realizadas no Parque Municipal Marinho do Recife de Fora, em Porto Seguro (BA). Com a liderança da Universidade Federal do Rio de Janeiro, participam também a Universidade Federal do Rio Grande (RS), a Universidade Estadual de Santa Cruz (BA), com seus diferentes institutos e programas, além de pesquisadores colaboradores de outras instituições. Esse conjunto de estudos também poderá servir de base para o acompanhamento de possíveis alterações futuras no lugar. De acordo com os coordenadores do Projeto Coral Vivo, a iniciativa será uma oportunidade para trocas de experiências, discussão de pesquisas sobre temas correlatos na mesma área geográfica, assim como avaliação conjunta de resultados e discussão sobre o uso das informações junto à sociedade local. E mais: haverá um fortalecimento da Rede de Pesquisas Coral Vivo. É uma tendência nas principais universidades do mundo o uso de estudos transdisciplinares, visto ser um modelo de grande potencial para responder a demandas da sociedade e ajudar na compreensão e solução de problemas. Conhecimento sobre ambientes recifais do Brasil será aprofundado QUIZ CORAL VIVO Assinale a opção correta: 1 - Qual é o animal marinho mais rápido? 3 – O que é o cavalo-marinho? (a) Golfinho (a) Um peixe (b) Peixe agulhão-vela ou agulhão-bandeira (b) Um camarão (c) Tubarão (c) Uma lesma marinha 2 - O coral é... 4 – Qual é o maior mamífero do planeta Terra? (a) Uma rocha (b) Uma planta (c) Um animal marinho do grupo dos cnidários (a) A baleia (b) O elefante (c) O hipopótamo 5 – Qual animal marinho nas alternativas abaixo não é mamífero? (a) Foca (b) Golfinho (c) Tubarão 2 (c) - 3 (a) - 4 (a) - 5 (c) Vista da travessia de balsa para Arraial d'Ajuda - O Rio Buranhém tem 148 quilômetros desde a Serra dos Aimorés, em Minas Gerais, até desaguar no Atlântico. Esse trecho com a mistura das propriedades da água do rio com a marinha é um estuário de 12 quilômetros – com manguezais e espécies estuarinas características. Vale destacar que a sua localização é responsável também pela beleza e rica biodiversidade dos recifes de coral da região. O nome vem do tupi por meio da junção “ybyrá” (árvore) e “e’em” (doce) e é o nome popular da árvore Pradosia lactescens. 1 (b) N a maré baixa, percebe-se nitidamente ele invadindo o mar. Quando a maré sobe, o mar alastra-se por ele. Essas idas e vindas diárias podem ser apreciadas na foz do Rio Buranhém, com suas correntes de águas ora mais escuras ora mais claras, ora mais doces ora mais salgadas. Vale ficar de olho na tábua de marés e conhecê-lo além da bela paisagem da travessia de balsa de Porto Seguro para Arraial d’Ajuda. Um ponto privilegiado em Ajuda é a Praia do Apaga-Fogo. Já quem estiver em Porto Seguro, consegue avistar esse encontro a partir do cais na Passarela do Descobrimento – mais conhecida como Passarela do Álcool -, e ainda aproveitar para admirar o casario do século XVII do outro lado. RESPOSTAS: O vai e vem de águas, pessoas e histórias pelo Rio Buranhém Projeto Coral Vivo Apoio do Coral Vivo permite aulas com vivência da biodiversidade de Porto Seguro Fotos: Projeto Coral Vivo C omo trabalhar a educação ambiental de forma dinâmica e integrada? A professora de Biologia Ana Gabriela D’El Rei faz parte da Rede de Educação Coral Vivo e desenvolve com seus alunos do 2º ano do ensino médio do Colégio Estadual Antônio Carlos Magalhães (CEACM), em Porto Seguro, uma série de atividades para aproximar a teoria da prática. Estudantes reunidos na entrada do Espaço Coral Vivo Mucugê Para 2014, o título do projeto é “Educação Ambiental na Praia”. A turma participou, por exemplo, de palestras voltadas para a conservação de recifes de coral e ambientes de praia, visitou o Espaço Coral Vivo Mucugê - que apresenta exposição de esqueletos de colônias centenárias de corais - e a Base de Pesquisas e Centro de Visitantes do Coral Vivo no Arraial d’Ajuda Eco Parque. Após as visitas, fotos e relatos foram compartilhados no ambiente escolar e nas redes sociais. Atividades como essas permitem o contato com a realidade local. “Os alunos sentiram-se satisfeitos com a oportunidade de vivenciar e perceber a importância de estudar e preservar os ambientes coralíneos”, avalia Ana. E ressalta: “Vivemos numa cidade com rico valor histórico e alto grau de biodiversidade e esses jovens são elementos de transformação social”. Ela é uma das professoras da Costa do Descobrimento que tem contrato com o Coral Vivo para aprofundar seus conhecimentos e levar aos alunos a importância da conservação marinha. Todos os professores de escolas públicas da região podem levar seus alunos para visitas monitoradas gratuitas. Marcações: (73) 3575-2353. Alunos do CEACM no Centro de Visitantes e Base de Pesquisas do Coral Vivo no Arraial d’Ajuda Eco Parque Seja amigo do Coral Vivo e receba nossas notícias. 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