Tipos de Erupções

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Tipos de Erupções
Tipos de Erup�es
Escrito por Gerson Caravaca
Sáb, 12 de Setembro de 2009 17:22 - Última atualização Ter, 15 de Setembro de 2009 02:33
<p> </p> <p style="text-align: justify"><br /> As erup�es vulc�icas variam desde extrus�s de
fluxos de lavas at�explos�s extremamente violentas de fragmentos de rochas vulc�icas e
gases. Esta variabilidade eruptiva �amplamente relacionada com a composi�o do magma que
est�sendo erupcionado, aliado a viscosidade, a temperatura e a quantidade de �ua presente.
Os tipos de erup�es determinam os tipos de fluxos de lava e material vulcanocl�tico
erupcionados e os seus volumes relativos, consequentemente influindo na forma e tamanho
dos vulc�s.</p> <p style="text-align: justify">Utiliza-se o termo pulso eruptivo tanto para uma
explos� com pluma eruptiva como tamb� para extrus� de um fluxo de lava. Um pulso eruptivo
pode durar uns poucos segundos at�alguns minutos. Uma fase eruptiva pode durar algumas
horas at�dias, consistindo de numerosos pulsos eruptivos que podem alternarem-se entre
explos�s e fluxos de lava. Uma erup�o vulc�ica ou epis�io eruptivo �composta de muitas
fases eruptivas, que podem persistir alguns dias, meses ou anos. Durante uma erup�o os
estilos de atividades e tipos de produtos vulc�icos podem variar em minutos ou horas,
dependendo das varia�es na composi�o do magma, vol�eis ou em outras condi�es na c�ara
magm�ica ou no conduto.</p> <h3><span style="color: #ffcc00">Tipos de Erup�es
Vulc�icas: Efusivas ou Explosivas</span></h3> <p style="text-align: justify">Erup�es
vulc�icas podem ser efusivas ou explosivas (pirocl�ticas). H�um espectro de varia�o entre
erup�es efusivas e erup�es explosivas ou pirocl�ticas. A natureza da erup�o como o tipo de
explosividade depende das propriedades do magma e como ele �armazenado, a raz� de
ascens� do magma e condi�es ambientais, tais como a press� confinante sobre o corpo
magm�ico e se houve um aporte externo de �ua ao magma.</p> <p style="text-align:
justify"><strong><u>Erup�es efusivas</u></strong> produzem fluxos de lavas e ocorrem se o
conte�do de elementos vol�eis do magma que est�erupcionando �baixo em rela�o a press�
do ambiente. O conte�do de elementos vol�eis do magma pode ser baixo originalmente ou
pode estar baixo devido a uma lenta perda dos gases da c�ara magm�ica ou se os vol�eis
tenham sido usados em alguma erup�o explosiva inicial. Magmas de baixa viscosidade podem
facilmente perder os elementos gasosos e comumente alcan�m a superf�ie com fluxos de
lavas. Magmas de mais alta viscosidade podem perder os elementos vol�eis atrav� de
fraturas nas paredes do conduto ou quando a atividade explosiva remove o conte�do de
vol�eis do topo de uma c�ara magm�ica. Os fluxos de lavas originados em erup�es efusivas
de magmas silicosos n� conseguem se movimentar por longas dist�cias, devido a elevada
viscosidade, e tipicamente formam domos de lavas.</p> <p style="text-align:
justify"><strong><u>Erup�es explosivas ou pirocl�ticas</u></strong> s� produzidas pela
gera�o e expans� r�ida da fase gasosa que se separa do magma. Para a fragmenta�o
explosiva ocorrer a fase gasosa deve ser capaz de expandir instantaneamente. As explos�s
governadas pela fase gasosa pode ser originada em dois caminhos: (i) r�ida separa�o e
descompress� da fase gasosa; (ii) atrav� da intera�o entre magma e �ua externa.</p> <p
style="text-align: justify">Erup�es vulc�icas explosivas comumente envolvem tr� est�ios: (1)
fragmenta�o do magma e/ou junto com as rochas encaixantes; (2) erup�o da massa
fragmentada atrav� de um conduto na atmosfera ou hidrosfera (dentro d´�ua); e (3) transporte
e deposi�o das part�ulas vulc�icas.</p> <h4><span style="color: #ffff99">Dura�o e Auge
das Erup�es Vulc�icas</span></h4> <p style="text-align: justify">Algumas erup�es
claramente persistem por um longo per�do de tempo, como a espetacular exibi�o pirot�nica
do vulc� italiano Stromboli que dura aproximadamente 2.500 anos. Aproximadamente 16
vulc�s tem erupcionado mais ou menos constantemente durante os �ltimos 30 anos:
Stromboli e Etna (It�ia); Erta Ale (Eti�ia); Manam, Langila e Bagana (Papua Nova Guin�;
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Yasur (Vanuatu); Semeru e Dukono (Indon�ia); Suwanose-jima e Sakura-jima (Jap�); Santa
Maria e Pacaya (Guatemala); Arenal (Costa Rica); Sangay (Equador) e Erebus (Ant�tica).
Entretanto, outras erup�es terminam rapidamente: 10% duram menos que um �nico dia,
muitas terminam em menos de 3 meses e algumas poucas persistem por mais de 3 anos. A
dura�o m�ia de uma erup�o �de aproximadamente 7 semanas.</p> <p style="text-align:
justify">De particular import�cia para propostas de mitiga�o de perigos vulc�icos �o intervalo
de tempo entre o come� de uma erup�o e sua fase culminante. Algumas erup�es famosas
(por exemplo, Krakatoa, 1883; Sant Helens, 1980; e Pinatubo, 1991) atingiram seu auge alguns
meses ap� o come� da atividade eruptiva, sugerindo que os vulc�s prov� seus pr�rios
alertas e que o monitoramento cont�uo de vulc�s perigosos �desnecess�io. Essa sugest�
�completamente errada, pois muitas explos�s catastr�icas proporcionam muito poucos sinais
de alerta. Muitas erup�es observadas alcan�ram seu cl�ax dentro do primeiro dia e grande
parte na primeira semana. Onde os dados s� dispon�eis, em erup�es que atingiram o auge
da atividade no primeiro dia, em aproximadamente 50% dos casos a fase culminante ocorreu
somente uma hora depois do come� da erup�o.</p> <p style="text-align: justify">A erup�o
do vulc� Tambora (Indon�ia), em 1815, proporcionou soberbas li�es sobre a dura�o das
erup�es. Uma atividade eruptiva moderada que persistiu por aproximadamente 3 anos foi
seguida por uma erup�o dram�ica, com a nuvem de cinzas atingindo uma altura estimada de
33 km, mas ainda isso n� foi o cl�ax da erup�o. Ap� uma calmaria de 5 dias, a nuvem
eruptiva culminante alcan�u uma altura estimada de 44 km e provocou 3 dias de escurid� total
a 500 km de dist�cia do vulc� e mais de 60.000 pessoas morreram como resultado dessa
erup�o. �compreensivelmente dif�il de manter a aten�o do p�blico para os perigos
decorrentes de uma erup�o vulc�ica durante uma longa atividade de baixo n�el, mas
�perigoso assumir que o pior passou ap� uma fase inicial explosiva. Portanto, predizer
quando uma erup�o termina �muito mais dif�il do que predizer seu come�.</p> <h4><span
style="color: #ffff99">Padr� das Erup�es Vulc�icas</span></h4> <p style="text-align:
justify">O aumento do n�mero de vulc�s ativos nos �ltimos 500 anos provavelmente
�relacionado com a expans� da popula�o terrestre e das comunica�es. Esta expans�
representa um acr�cimo nas informa�es sobre erup�es vulc�icas, ao inv� de um aumento
na freq��cia do vulcanismo global.</p> <h4><span style="color: #ffff99">Magnitude e
Freq��cia das Erup�es Vulc�icas</span></h4> <p style="text-align: justify">Como os
terremotos, a freq��cia das erup�es decresce com o aumento na magnitude das erup�es.
H�muitas erup�es pequenas, algumas de magnitude moderada e poucas grandes. A melhor
maneira de visualizarmos essas caracter�ticas �atrav� de uma escala de magnitude e
freq��cia, denominada de �dice de Explosividade Vulc�ica (VEI), baseada no volume de
tefra vulc�ica emitida. Desse modo, uma erup�o suave do tipo Havaiana e/ou Estromboliana,
classificada como VEI 1, ocorre em escala di�ia; erup�o explosiva do tipo Estromboliana e/ou
Vulcaniana (VEI 2) ocorre semanalmente; uma erup�o severa do tipo Vulcaniana (VEI 3)
acontece anualmente; erup�o catacl�mica do tipo Vulcaniana e/ou Pliniana (VEI 4) ocorre em
uma escala de uma em d�adas; erup�o Pliniana paroxismal (VEI 5) e Pliniana e/ou
Ultrapliniana colossal (VEI 6) acontece em uma escala de uma em centenas de anos; erup�o
Ultrapliniana super colossal (VEI 7) ocorre uma em milhares de anos; e, por fim, uma erup�o
Ultrapliniana megacolossal classificada como VEI 8 acontece uma em dezenas de milhares de
anos.</p> <h4><span style="color: #ffff99">Intervalo e Magnitude (Individual) das Erup�es
Vulc�icas</span></h4> <p style="text-align: justify">As pessoas que vivem em regi�s
vulc�icas normalmente est� interessadas em quanto tempo um determinado vulc�
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poder�permanecer inativo e que tipo de erup�o poder�ocorrer quando ele come�r a mostrar
sinais de atividade. Tais informa�es podem somente ser obtidas a partir de estudos
detalhados e monitoramento, mas o registro vulcanol�ico prov� algumas orienta�es que s�
�teis e sensatas. Um dos contribuintes principais para grandes perdas humanas devido a
erup�es vulc�icas �o fato que o intervalo de repouso entre erup�es �muito mais longo do
que os registros hist�icos em muitas partes do mundo. Muitas erup�es de pequena
explosividade acontecem ap� intervalos de repouso de somente 1 a 10 anos, mas com o
aumento do intervalo de tempo a explosividade aumenta significativamente. Longos per�dos
de repouso precedem grandes erup�es, e em regi�s onde os registros hist�icos s� curtos a
popula�o �comumente pega de surpresa. Os resultados s� muitas vezes tr�icos.</p> <p
style="text-align: justify">Nos �ltimos dois s�ulos h�uma m�ia de uma ou duas erup�es por
ano de vulc�s com nenhuma atividade hist�ica anterior. Outros vulc�s t� erupcionado ap�
centenas de anos de inatividade. Devido ao fato que o potencial de destrui�o desses vulc�s
muitas vezes n� foi reconhecido, e por que erup�es violentas seguem longos per�dos de
inatividade, estes eventos incluem alguns dos maiores desastres naturais.</p> <p
style="text-align: justify">O estudo da vulcanologia tende a ser concentrado em vulc�s
famosos por sua atividade eruptiva ou pela sua topografia fotog�ica, mas n� devemos
negligenciar os vulc�s n� famosos, espessamente vegetados e que n� possuem nenhuma
atividade hist�ica. Como o vulc� Lamigton em Papua Nova Guin�e o vulc� Pinatubo nas
Filipinas, eles provavelmente s� os mais perigosos de todos.</p> <h4><span style="color:
#ffff99">Nomeando as Erup�es Vulc�icas</span></h4> <p style="text-align: justify">As
erup�es vulc�icas s� tradicionalmente descritas por um certo n�mero de termos de acordo
com alguns estilos de atividades vulc�icas, nomeadas geralmente ap� uma atividade ter sido
observada pela primeira vez, em um vulc� individual ou em �eas vulc�icas, ou do qual o
estilo eruptivo �pensado ser caracter�tico. Exemplos desse tipo incluem as erup�es
Havaianas (observadas normalmente em vulc�s havaianos), Estrombolianas (vulc� Stromboli,
It�ia), Vesuvianas (vulc� Ves�vio, It�ia), Vulcanianas (vulc� Vulcano, It�ia), Peleanas (vulc�
Pel�, Martinica) e Surtseinianas (Ilha de Surtsey, Isl�dia). Uma exce�o a isto �a erup�o do
tipo Pliniana, que foi chamada assim ap� &quot;Pl�io, o jovem&quot; ter descrito a famosa
erup�o do vulc� italiano Ves�vio no ano de 79 D.C., que soterrou as cidades de Pomp�a e
Herculano com v�ios metros de materiais pirocl�ticos. Como pode se notar, este tipo de
erup�o poderia tamb� ser chamada de Vesuviana.</p> <p style="text-align: justify">Essa
metodologia para a nomenclatura de erup�es vulc�icas tem produzido muitos problemas. Em
primeiro lugar, o estilo eruptivo pode variar durante o curso de uma erup�o, e certamente
durante a longa hist�ia eruptiva de um vulc�. Em segundo lugar, estilos de erup�o podem
ocorrer em outros locais do que naqueles lugares usados para nomear o estilo da erup�o em
particular. Al� disso, os nomes s� usados para definir fases individuais de uma erup�o, como
tamb� usados para a seq��cia inteira de eventos que comp� uma erup�o polif�ica por
exemplo.</p> <p style="text-align: justify">Entretanto, esses termos s� de uso corrente na
literatura geol�ica e n� �f�il que eles sejam abandonados. Para fugir das complica�es acima
descritas, VULCANOt�ias prefere aplicar estes termos somente para aquelas erup�es nas
quais a fase dominante representa claramente um desses estilos. Nesse texto, as erup�es
vulc�icas s� classificadas em: Havaianas, Estrombolianas, Vulcanianas, Plinianas, e
Hidrovulc�icas (Fre�icas e Freatomagm�icas).</p> <p style="text-align:
justify"><u><strong>Erup�es Havaianas e Estrombolianas </strong></u>- Esses dois tipos de
erup�es, s� as menos violentas, e talvez as mais majestosas, formas de vulcanismo. Suas
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intensidade, magnitude e poder dispersivo s� conseq��cias da baixa viscosidade do magma
erupcionado, tipicamente bas�tico (em erup�es Havaianas) ou andesito-bas�tico (em
erup�es Estrombolianas), que permite ao g� contido no seu interior segregar-se do l�uido
magm�ico e escapar com relativa facilidade. Atualmente, acredita-se que h�um cont�uo entre
as erup�es Havaianas e Estrombolianas, e n� �incomum um evento vulc�ico come�r com o
primeiro tipo e evoluir para o segundo.</p> <p style="text-align: justify">As
<strong><u>Erup�es Havaianas</u></strong> come�m com um enxame de terremotos e
soerguimento no terreno, devido �presen� de magma pr�imo �superf�ie, o que provoca a
forma�o de fissuras no solo. Quando o magma atinge essas fissuras, os condutos
espalham-se ao longo destas criando uma parede lava (curtain of fire), que pode estender-se
por quil�etros. O g� �liberado em explos�s r�micas e discretas que podem evoluir para a
forma�o de fontes de lava. Gradualmente, em um per�do de horas at�dias, devido ao
resfriamento diferencial, partes da fissura s� seladas, e a fonte linear original de lava que se
espalhava por toda a fissura colapsa e torna-se uma fonte �nica que ascende acima do agora
conduto central. Durante epis�ios de forma�o de fontes de lavas, o conduto expele
aproximadamente 50-1.000 m3/s de lava, que atingem normalmente alturas entre 100-500
metros e ocasionalmente alturas mais elevadas. Na erup�o do vulc� japon� Izu-Oshima de
1986-1987, fontes de lava incomumente altas alcan�ram mais de 1.600 metros de altura.</p>
<p style="text-align: justify">A estrutura da fonte de lava �constitu�a por uma jato cont�uo de
g� que carrega no seu interior co�ulos fundidos de lava que variam em tamanho desde
cent�etros at�metros. As temperaturas de erup�o no interior das fontes de lava alcan�m
entre 1.100oC e 1.200oC. A maior parte da lava extrudida por estas fontes caem no terreno em
uma condi�o ainda fluida, coalescem e movem-se como fluxos de lava. Se as fontes possuem
pequena quantidade de gases, a maior parte da lava extrude quietamente desde o conduto
como fluxos de lava. Ainda que o jato de g� e magma seja cont�uo, a explos� de bolhas de
gases provoca a ascens� de pulsos incandescentes atrav� do n�cleo da fonte em intervalos
de 1 a 5 segundos. As fontes de lava s� sustentadas devido ao fato da ascens� das bolhas de
gases se dar na mesma velocidade que o magma move-se para cima atrav� do conduto
central.</p> <p style="text-align: justify">Normalmente, as fontes terminam sua atividade
quando o magma �drenado para n�eis profundos no conduto (o final de cada epis�io �muitas
vezes abrupto quando comparado ao per�do do come� da atividade), e ent� gradualmente,
em um per�do de algumas horas at�dias, o material magm�ico ascende novamente para
n�eis superficiais, enchendo o conduto, como prepara�o para um novo evento. Quando
pr�imo da superf�ie, o n�el de magma no conduto pode come�r a aumentar e decrescer
ritmicamente devido �ascens�, segrega�o e libera�o de grandes bolhas de gases. Com isso,
o topo da coluna come� a fazer uma grande espuma e as fontes espalham-se atrav� das
fissuras e um novo epis�io come�.</p> <p style="text-align: justify">N� �incomum que
sucessivos epis�ios de fontes de lavas evoluam para uma fase cont�ua de efus� de lava
antes da erup�o finalmente terminar. A atual erup�o do vulc� Kilauea, que come�u em 1983
nos condutos Pu´u´O´o e Kupaianaha e que se estende at�os dias de hoje, �o melhor
exemplo da transi�o entre vulcanismo explosivo e efusivo comum em erup�es bas�ticas. A
fissura inicial aberta no flanco do vulc� Kilauea foi seguida por tr� anos de elevadas fontes de
lava erupcionadas em uma m�ia de 25 dias. Estes eventos transicionaram em 1986 para uma
quase cont�ua efus� de lava, que persiste por mais de uma d�ada e meia at�os dias de
hoje.</p> <p style="text-align: justify">As <strong><u>Erup�es Estrombolianas</u></strong>
tem seu come� marcado por uma erup�o fissural do tipo Havaiana ou, alternativamente, uma
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explos� Vulcaniana de rochas e cinzas (que normalmente desentope e limpa o conduto). O
magma envolvido �muitas vezes de viscosidade mais elevada do que em erup�es havaianas,
por causa da temperatura mais baixa (em m�ia 1.000oC) e o envolvimento de magmas
levemente mais silicosos. A libera�o dos gases �epis�ica, levando a grandes press�s,
erup�es mais intensas e um grau maior de quebramento do magma (o que leva a um tamanho
de fragmentos menores) com rela�o � erup�es havaianas. Antes de cada erup�o, os gases
acumulam-se no conduto em uma grande bolha que ascende para � por�es superiores da
coluna magm�ica. A bolha aumenta e eventualmente explode, acompanhada por um forte
barulho, expelindo uma &quot;chuva&quot; de fragmentos vulc�icos (que variam desde
cent�etros at�mais de metro) e gases.</p> <p style="text-align: justify">Geralmente, o fluxo
de g� em rela�o ao conte�do de lava em erup�es Estrombolianas �consideravelmente maior
do que em erup�es Havaianas, principalmente porque a coluna de lava envolvida na atividade
Estromboliana �confinada apenas a um conduto vulc�ico. An�ises das trajet�ias bal�ticas
dos fragmentos em alguns vulc�s mostram que esses saem do conduto em �gulos de 45o
at�mais de 75o com rela�o �horizontal, atingindo velocidades entre 40-100 m/s e alcan�ndo
alturas maiores do que 100 metros.</p> <p style="text-align: justify">Ocorrem
caracteristicamente em intervalos quase regulares. Atividade pr�ima do cont�uo no vulc�
italiano Stromboli, por exemplo, produz uma m�ia de 3-5 explos�s por hora. Raros epis�ios
violentos nesse vulc� exibem ciclos de 100 at�1.000 explos�s por hora.</p> <p
style="text-align: justify">As <strong><u>Erup�es Vulcanianas</u></strong> s� pequenas a
moderadas explos�s vulc�icas que lan�m materiais a menos de 20 km de altura e dist�cias
de at�5 km, cujas dura�es variam entre segundos e minutos. Estas erup�es s�
caracterizadas por discretas e violentas explos�s, por eje�es bal�ticas de blocos e bombas,
por ondas de choque atmosf�icas, pela emiss� de tefra (materiais de todos os tipos e
tamanhos que s� erupcionados a partir de uma cratera ou conduto vulc�ico e depositados
pela gravidade) e por dep�itos que variam grandemente na percentagem entre componentes
juvenis (material pirocl�tico derivado diretamente de um magma que alcan� a superf�ie) e n�
juvenis (materiais pirocl�ticos n� diretamente ligados ao magma em erup�o). Os
componentes juvenis s� compostos de magma fragmentado que varia em composi�o entre
andesitos e dacitos.</p> <p style="text-align: justify">S� muitas vezes associadas com
magmas andes�icos e dac�icos. A elevada viscosidade desses magmas faz com que seja
dif�il para os gases exsolvidos escaparem, levando ao aumento da press� gasosa e erup�es
explosivas violentas.</p> <p style="text-align: justify">As erup�es descritas como vulcanianas
geralmente ocorrem nas crateras de cume de Vulc�s Compostos, e em alguns casos, em
crateras constitu�as por lagos ou domos de lava. Essas explos�s, s� identificadas em
algumas ocasi�s como precursoras de erup�es Plinianas, durante os est�ios iniciais de tais
erup�es. Entretanto, uma erup�o Vulcaniana pode ser um �nico evento explosivo ou ocorrer
como uma s�ie de epis�ios eruptivos. Muitas vezes as erup�es Vulcanianas s� associadas
com o crescimento de domos de lava, como no vulc� Soufriere Hills (Ilha de Montserrat,
Caribe), e com a gera�o de fluxos pirocl�ticos originados a partir do colapso do domo
vulc�ico.</p> <p style="text-align: justify">A natureza explosiva dos eventos vulcanianos tem
sido atribu�a a tr� mecanismos principais. O primeiro �a ruptura fr�il de uma capa de rocha
forte e imperme�el abaixo da qual os gases magm�icos acumularam-se. Outra hip�ese
envolve a exsolu�o de gases magm�icos em um sistema magm�ico fechado em
profundidade. Um terceiro mecanismo envolve a intera�o do magma em ascens� com �ua
externa, tais como erup�o em lagos de cratera.</p> <p style="text-align: justify">Exemplos de
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erup�es Vulcanianas t� ocorrido nos vulc�s Vulcano (It�ia), Ngauruhoe (Nova Zel�dia),
Sakura-jima (Jap�), Galeras (Col�bia), Soufriere Hills (Ilha de Montserrat, Caribe) e Tavurvur
(Papua Nova Guin�.</p> <p style="text-align: justify">As <u><strong>Erup�es
Plinianas</strong></u> s� caracterizadas essencialmente por eventos de alta energia,
relativamente est�eis, no qual um fluxo, turbulento e cont�uo, de magma fragmentado e gases
�liberado atrav� de um conduto vulc�ico para a atmosfera. As erup�es Plinianas s�
geralmente iniciadas pelo fraturamento das rochas que cobrem um reservat�io magm�ico
crustal com a subseq�ente ascens� do magma. Um dos fatores que provoca o fraturamento
das rochas acima de um conduto vulc�ico pode ser relacionado com o aumento da press�
interna devido ao deslocamento do magma desde regi�s mais profundas para locais mais
superficiais da crosta terrestre. O deslocamento para por�es com menores press�s litost�icas
provoca a forma�o e crescimento de bolhas de gases (por decr�cimo na press� e exsolu�o
gasosa) no l�uido magm�ico. Quando a quantidade de bolhas atinge um limite cr�ico (75%),
a fase gasosa separa-se completamente da por�o magm�ica aumentando grandemente a
press� interna. A press� gasosa pode ser aumentada tamb� pela cristaliza�o de fases
anidras no magma. Outros fatores relacionados com o fraturamento s� a mistura de diferentes
magmas, assimila�o de por�es da crosta ou fatores externos, tais como terremotos tect�icos.
A acelera�o e o aumento do volume dos fluidos exsolvidos resulta na fragmenta�o do magma,
que �ejetado como uma dispers� de fragmentos s�idos e co�ulos de magma.</p> <p
style="text-align: justify">Estas erup�es explosivas espetaculares s� associadas normalmente
com magma de composi�o andes�ica at�riol�ica (com quantidades de vol�eis mais
elevados do que termos mais b�icos) que tipicamente erupcionam em Vulc�s Compostos
concentrados ao longo de margens convergentes de placas litosf�icas. A elevada viscosidade
desses magmas faz com que seja complicado para o conte�do gasoso separado escapar,
levando ao aumento da press� gasosa e, portanto, a erup�es explosivas muito violentas.
Portanto, a din�ica de uma erup�o Pliniana requer magmas de elevada viscosidade e elevado
conte�do de vol�eis (gases magm�icos). Composi�es mais b�icas s� consequentemente
muito mais raras e incomuns nesses eventos, entretanto, elas podem ocorrer ocasionalmente
em vulc�s fundamentalmente bas�ticos onde a c�ara magm�ica torna-se diferenciada e
zonada, criando um topo silicoso.</p> <p style="text-align: justify">Em vez de produzir
discretas explos�s como as erup�es Estrombolianas e Vulcanianas, as erup�es Plinianas
geram colunas eruptivas est�eis. Ainda que difira marcantemente das erup�es Havaianas, as
erup�es Plinianas s� similares a estas no sentido de ambas erup�es geram plumas eruptivas
est�eis (fontes de lava nas erup�es Havaianas). Nos dois estilos de erup�o, as plumas
eruptivas s� mantidas devido ao fato que a ascens� das bolhas de gases se d�na mesma
velocidade que o magma move-se para cima atrav� do conduto central.</p> <p
style="text-align: justify">Durante fases Plinianas, a mistura de gases e part�ulas (juvenis e da
parede do conduto) �emitida a partir de um conduto a velocidades entre 100 e 400 m/s
enquanto o volume de material ejetado varia entre 0,1 e 10 km3. As erup�es Plinianas geram
grandes colunas eruptivas, algumas alcan�ndo aproximadamente 45 km de altura. Estas
colunas eruptivas produzem uma dispers� generalizada de tefra que cobre grandes �eas com
cinzas e p�mice.</p> <p style="text-align: justify">As regi�s que circundam erup�es Plinianas
s� tamb� sujeitas a fluxos pirocl�ticos e lahares. O ocasional colapso da coluna eruptiva
poder�gerar fluxos pirocl�ticos quentes que descem pelos flancos do vulc� a grandes
velocidades (100-300 km/h). Lahares s� gerados quando grandes quantidades de �ua,
geradas pelo derretimento da neve e gelo, s� misturados com as part�ulas vulc�icas e
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descem os flancos da montanha atrav� de ravinas e canais fluviais.</p> <p style="text-align:
justify">No �ltimo s�ulo, uma dezena de eventos Plinianos ocorreram, destacando-se as
erup�es do Novarupta (Alaska, 1912), Sant Helens (E.U.A, 1980), El Chichon (M�ico, 1982) e
Pinatubo (Filipinas, 1991).</p> <p style="text-align: justify">As <strong><u>Erup�es
Hidrovulc�icas</u></strong> s� eventos vulc�icos gerados pela intera�o de magma quente e
�ua s� coletivamente chamados de erup�es Hidrovulc�icas. A �ua pode ser um reservat�io
subterr�eo ou um corpo superficial (um lago interno a uma cratera ou caldeira, lagos em
ambientes n� vulc�icos ou �ua do mar). O efeito imediato �o superaquecimento, ebuli�o,
volatiliza�o, aumento da press� gasosa da �ua externa, e por conseguinte, na press�
confinante, permitindo �expans� explosiva dos gases produzidos. Assim, a energia t�mica do
magma �transferida em energia mec�ica. A intensidade da atividade �controlada pela raz�
�ua/magma e pela quantidade de aquecimento da �ua. As erup�es Hidrovulc�icas s�
subdivididas em Fre�icas e Freatomagm�icas.</p> <p style="text-align: justify"><u>Erup�es
Hidrovulc�icas Fre�icas</u> – Nesse tipo de erup�o Hidrovulc�ica a intera�o entre a �ua
externa e o magma �pequena. S� erup�es dirigidas somente pela explos� de vapores que
resultam do contato entre �ua ou terreno frio com o rocha quente ou magma. A fei�o distintiva
das explos�s fre�icas �que somente fragmentos da rocha pr�existente no conduto vulc�ico
s� envolvidos na erup�o; nenhum magma novo �erupcionado. A atividade fre�ica
�normalmente fraca, mas pode ser muito violenta em alguns casos, como a erup�o de 1965
do vulc� Taal nas Filipinas.</p> <p style="text-align: justify"><u>Erup�es Hidrovulc�icas
Freatomagm�icas</u> – Esse tipo de erup�o ocorre quando a intera�o entre a �ua externa e
o magma �maior, produzindo significantes erup�es explosivas de materiais magm�icos
impelidas por vol�eis magm�icos e externos. A erup�o �provocada pelo aumento no grau de
superaquecimento e transfer�cia de energia. Como resultado, o grau de fragmenta�o do
magma �muito alto e a atividade explosiva poder�ser muito intensa. Grandes volumes de
fragmentos pirocl�ticos podem ser formados, e colunas eruptivas significantes podem ser
produzidas. Esse tipo de erup�o tamb� �conhecida como Surtseiniana ou Freatoplinianas. A
erup�o do vulc� Surtsey (Isl�dia, 1963) �um dos exemplos desse tipo de atividade.</p>
<h4><span style="color: #ffff99">Refer�cias bibliogr�icas utilizadas na confec�o do texto
acima:</span></h4> <p>Cas, R.A.F. & Wright, J.V. 1988. Volcanic Successions: Modern and
Ancient. Unwin Hyman Ltda. 525 p�inas.</p> <p>Cione, R.; Marianelli, P.; Santacroce, R.; e
Sbrana, A. 2000. Plinian and Subplinian Eruptions. In: Sigurdsson, H. (Ed.), Encyclopedia of
Volcanoes, p. 477 - 494.</p> <p>Morrisey, M.M. & Mastin, L.G. 2000. Vulcanian Eruptions. In:
Sigurdsson, H. (Ed.), Encyclopedia of Volcanoes, p. 463 – 475.</p> <p>Orton, G.J. 1996.
Volcanic Environments. In: Sedimentary Environments: Process, Facies and Stratigraphy,
Reading, H.G. (Ed.), Blackwell Science, Cap. 12, p. 485 - 567.</p> <p>Simkin, T. & Siebert, L.
2000. Earth,s Volcanoes and Eruptions: An Overview. In: Sigursson, H. (Ed.), Encyclopedia of
Volcanoes, p. 249 - 261.</p> <p>Vernigniolle, S. & Mangan, M. 2000. Hawaiian and
Strombolian Eruptions. In: Sigurdsson, H. (Ed.), Encyclopedia of Volcanoes, p. 447 – 461.</p>
<p>P�inas da Web consultadas e informa�es utilizadas na confec�o do texto:</p> <p>Camp,
V. How Volcanoes Work</p> <p>Fischer, R. V. The Volcano Information Center</p>
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