Para os Textos 14 e 15

Transcrição

Para os Textos 14 e 15
3.° BIMESTRE - 2016
As mascotes Vinicius e Tom estão torcendo para que
você ganhe medalha de ouro na luta contra o
Aedes aegypti!
Agora ele não transmite só a Dengue, mas Zika e
Chikungunya também.
EDUARDO PAES
PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
REGINA HELENA DINIZ BOMENY
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
Behance.com
JUREMA HOLPERIN
SUBSECRETARIA DE ENSINO
MARIA DE NAZARETH MACHADO DE BARROS VASCONCELLOS
COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO
GINA PAULA BERNARDINO CAPITÃO MOR
ORGANIZAÇÃO
Rio2016.com
MARIA DE FÁTIMA CUNHA
COORDENADORIA TÉCNICA
CRISTIANE GÜNTENSPERGER SOUSA
ELABORAÇÃO
ADRIANA KINGSBURY SAMPAIO CORRÊA
LEILA CUNHA DE OLIVEIRA
REVISÃO
EDIGRÁFICA
IMPRESSÃO
Contatos CED:
[email protected] - [email protected] - [email protected]
Telefones: 2976-2301 / 2976-2302
Elimine os focos do
Aedes aegypti.
Adaptado de Caderno Pedagógico – Ciências 6.° Ano (2.° Bimestre/2016)
Prof.ª Simone Fadel e Prof.ª Simone Medeiros
Dengue.gob.br
FÁBIO DA SILVA
JULIA LYS DE LISBOA
MARCELO ALVES COELHO JÚNIOR
DESIGN GRÁFICO
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Prezado Aluno, Prezada Aluna,
Neste bimestre, vamos continuar nossa viagem pela leitura. Logo vamos para a Grécia, berço de deuses, heróis, mitos e lendas! De lá,
embarcaremos para a África, com suas histórias não menos emocionantes e cheias de aventuras. Por fim, vamos voltar às terras brasileiras e
conhecer um pouco das histórias contadas pelos povos índígenas brasileiros.
Tenho certeza de que vocês irão gostar!!! Já estão de malas prontas?
Texto 1
Vem, chega mais perto, sente o meu calor
Bem-vindo à Ilha do Governador
Braços abertos, vou te ver chegar
Os deuses vêm abençoados
Pra terra onde o sol é mais dourado
É lindo o meu amanhecer
Águas... que vão me banhar, serenas...
Descendo o caminho do mar,
Vem nas minhas ondas mergulhar
Trilhar caminhos de rara beleza
Correr pros braços da Mãe Natureza
Poder voar no azul do infinito
Do alto, sou ainda mais bonito
http://liesa.globo.com/2016/por/03-carnaval/sambasenredo/ilha/ilha.html
Ser carioca é tipo assim
Paixão, prazer, amor sem fim
Se misturar pela cidade
Compartilhar felicidade
Firma a batida na palma da mão
Os Jogos vão começar
Já somos todos irmãos
Os deuses querem ficar
E todo mundo cai no samba
Na ginga, no batuque e no compasso
Alô, meu Rio, aquele abraço!
Medalha de ouro, a nossa União
Bordada nos louros do meu pavilhão
A minha alegria encanta você
Meu maior desejo é vencer ou vencer
Ilha... Razão do meu viver
Autores: Marquinhos do Banjo, Cap.
Barreto, Miguel, Roger Linhares, Paulo
Guimarães, Dr. Robson, Jamiro Faria e
Gugu das Candongas.
Intérprete: Ito Melodia.
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3.° BIMESTRE - 2016
1- O título já nos dá uma pista sobre qual será o tema, ou seja, o assunto principal do texto. Releia a 2ª parte do título e indique qual é o tema do
texto.
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2-
“Vem, chega mais perto, sente o meu calor
Bem-vindo à Ilha do Governador
Braços abertos vou te ver chegar”
Você percebeu que o início da música é um convite?
a) Quem está convidando ? _____________________________________________
b) Quem são os convidados? _________________________________________
c) Que palavras ou expressões demonstram que o anfitrião, ou seja, quem está convidando, tem prazer em receber seu convidado?
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3-
“Vem, chega mais perto, sente o meu calor”
“É lindo o meu amanhecer”
“Vem nas minhas ondas mergulhar”
A quem se referem as palavras destacadas nos versos acima? _____________________________________________________________
4- Copie, da 3ª estrofe, uma gíria, ou seja, uma expressão típica da linguagem informal do carioca.
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5- Essa gíria introduz uma descrição: “Paixão, prazer, amor sem fim / Se misturar pela cidade / Compartilhar felicidade”.
Esses versos descrevem que comportamento ou atitude?
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6- Copie os versos da 3ª estrofe que comprovam que os deuses olímpicos querem participar do Carnaval.
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7- Circule, na 3ª estrofe, palavras características da linguagem do samba.
8- “Meu maior desejo é vencer ou vencer”
a) Que relação é estabelecida pelo conectivo “ou” no verso? ___________________________________________________________________
b) Que sentido a expressão em destaque tem no texto?
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Conheça os logotipos criados para a Escola de Samba União da Ilha, representando seu samba-enredo do Carnaval de 2016.
Veja como eles foram inspirados nos deuses do Olimpo e na Olimpíadas que serão realizadas em nossa cidade.
Observando a imagem ao lado, podemos perceber que há uma mistura de
elementos da cultura grega, com itens que representam o dia a dia do carioca e
o símbolo das Olimpíadas.
www.carnavalcarioca.net.br
a) Que elementos visuais representam a cultura grega?
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b) Que símbolos se relacionam ao dia a dia do carioca?
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c) O que esta mistura pretende representar?
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Você percebeu, não é mesmo?
Olimpo – Olimpíadas
Nesta outra imagem, que também representa o samba da União da Ilha,
podemos notar que há outros elementos representativos.
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b) E que elementos da linguagem não verbal estão relacionados às Olimpíadas?
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c) Que imagem representa o Rio de Janeiro?
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www.gresuniaodailha.com.br
a) O que representa, na linguagem não verbal, o Carnaval?
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O texto 1 deixou você curioso sobre MITOLOGIA? Siga lendo e aprendendo cada vez mais!
Na “Coleção Almanaque Sítio”, o livro “Mitologia” apresenta o fascinante mundo da Mitologia, por meio de diálogos entre
os personagens do Sítio do Picapau Amarelo.
No trecho transcrito abaixo, retirado do capítulo “Os Deuses”, Dona Benta, ao perceber que Emília estava associando
perfeição e justiça aos deuses da Mitologia Grega, apressou-se em desfazer esta ideia. Vamos acompanhar este diálogo?
Texto 2
Dona Benta explicou, então, que, como qualquer mortal, os deuses gregos sentiam raiva e inveja, podendo ser vingativos.
Por isso mesmo, entre eles aconteciam brigas tremendas e muitas traições.
– Eles tinham todos os nossos defeitos e podiam se apaixonar, inclusive pelos seres humanos. É dessa união que
nasciam os heróis – ressaltou Dona Benta.
– Quer dizer que eles podiam descer do céu e viver no meio da gente? – perguntou Narizinho.
A avó explicou, porém, que os deuses gregos não viviam propriamente no céu, mas no topo de uma montanha muito alta,
que recebeu o nome de Olimpo. Daí serem conhecidos como deuses olímpicos.
– Eles raramente desciam à Terra. Ficavam observando a vida dos homens lá de cima. Quando resolviam dar uma
voltinha por aqui, disfarçavam-se de seres humanos ou tomavam a forma de animais – disse Dona Benta.
– Mas qual a vantagem de ser um deus se a vida deles era assim tão parecida com a dos seres humanos? – quis saber
Emília, sem esconder a irritação.
– Uma das vantagens era que, ao contrário de nós, que envelhecemos e morremos, os deuses gregos eram imortais e
preservavam a juventude eterna. Eles passavam a maior parte do tempo em meio a jogos e festas, nos quais bebiam néctar e
saboreavam ambrosia, alimentos que lhes garantiam essa imortalidade – explicou Dona Benta.
José Renato Monteiro Lobato nasceu em Taubaté (São Paulo), em 18 de abril de
1882. Mais tarde mudou o nome para José Bento, o mesmo de seu pai. Autor
importante da literatura brasileira, é na literatura infantil que encontra a unânime
admiração de leitores críticos. Lobato é considerado o pai de nossa literatura para
crianças. Pouquíssimos países têm um autor a sua altura. Tanto que o dia do seu
nascimento, 18 de abril, tornou-se o Dia Nacional do Livro Infantil.
Adaptado de ALBERGARIA, Lino. A boneca e o saci. Belo Horizonte: Dimensão,
2010.
http://www.sescrio.org.br/noticia/31/03/15/monteiro-lobato-ehomenageado-em-abril
Glossário:
ambrosia: na mitologia clássica, manjar dos deuses;
néctar: na mitologia grega, a bebida dos deuses.
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Outra vantagem era que os deuses tinham o poder de influenciar no destino dos seres humanos. Dependendo do comportamento dos
homens e da obediência destes à lei divina, eles se reuniam para premiar ou punir os mortais. Essas assembleias podiam ser bem
tumultuadas, com alguns deuses assumindo a defesa dos mortais e outros estimulando castigos. Nessas horas, Zeus, o deus dos deuses,
tinha que usar o seu poder para por um pouco de ordem na bagunça, porque essa turminha dos olímpicos era de lascar.
Além de Zeus, que vivia sentado num trono de ouro, havia outros onze deuses morando no Olimpo. Ao todo, eram seis do sexo
masculino e seis do sexo feminino.
1. Zeus: deus principal.
7. Ares: deus da guerra.
2. Hera: mulher de Zeus.
8. Atena: deusa da sabedoria.
3. Dionísio: deus das festas e da alegria.
9. Apolo: deus do sol.
4. Héstia: deusa do coração e da chama sagrada.
10. Afrodite: deusa do amor e da beleza.
5. Hefesto: deus do fogo e dos artífices.
11. Hermes: mensageiro dos deuses.
6. Deméter: deusa da agricultura.
12. Ártemis: deusa da caça.
Além dos deuses, havia Hades e Posêidon que, apesar de serem irmãos de Zeus, não habitavam o monte Olimpo. Hades era o deus
dos Infernos e, por isso, vivia sob a Terra, envolto numa escuridão de dar medo. E Posêidon era o deus dos mares, local onde ele vivia.
A Grécia fica na Europa, no sul dos Balcãs. Dela
também fazem parte numerosas ilhas, como as
famosas Creta, Milos, Rodes e Mikonos. Cerca de
80% de seu território é montanhoso.
http://www.turismogrecia.info/guias/grecia
Adaptado de MITOLOGIA. São Paulo: Globo, 2005. – (Coleção Almanaque Sítio)
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1- Segundo a explicação de Dona Benta, que fatos ocorriam devido aos deuses gregos sentirem raiva e inveja e serem muito vingativos?
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2- “É dessa união que nasciam os heróis”.
Na Grécia Antiga, havia muitos heróis, como, por exemplo, Hércules. Como nasciam esses heróis?
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3- Por que os deuses gregos eram conhecidos como olímpicos?
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4- Quais eram as vantagens de ser um deus grego se eles eram tão parecidos com os seres humanos?
O álcool é prejudicial à saúde.
Você sabe por quê?
Converse com seus colegas e
com o seu Professor.
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5- Como os deuses influenciavam no destino dos seres humanos?
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6 – Leia, atentamente, o trecho : “Nessas horas, Zeus, o deus dos deuses, tinha que usar o seu poder para por um pouco de ordem na bagunça,
porque essa turminha dos olímpicos era de lascar.”
a) Que termo é utilizado para se referir aos deuses do Olimpo, evitando a repetição? ______________________________________________
b) O que significa a expressão “de lascar”?
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Mais um pouquinho sobre o enredo da União da Ilha...
A Ilha pegou carona nos Jogos Olímpicos para fazer uma crônica sobre o espírito
esportivo do carioca. Os deuses saíram do Olimpo para conhecer o Rio e encontraram
figuras típicas daqui. Com direito a humor e loucura, claro: camarões guiando jet skis
integram o setor dos esportes aquáticos, uma profusão de bolas quicando são destaque
no setor dos terrestres e um revoada de araras faz as vezes de asa-delta. A irreverência
característica da agremiação vai do início ao fim do desfile, que termina com Afrodite
pegando sol na laje, Dionísio tomando chope e Zeus curtindo a vista de óculos escuros.
Adaptado de Revista O GLOBO, 7 de fevereiro de 2016.
www.revistapublicitta.com.br
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Os deuses gostavam muito de se intrometer na vida dos humanos. Você já imaginou isso nos dias de hoje? Vamos
aproveitar a dica dada pelo enredo da União da Ilha e imaginemos que os deuses, aproveitando os Jogos Olímpicos,
vieram tirar umas férias no Rio de Janeiro.
Crie uma história contando como eles aproveitaram esses deliciosos momentos que podem ser de alegria ou até
mesmo de bastante confusão.
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Situação inicial
Diga
quem
são
os
personagens da história,
como e onde eles viviam.
Conflito
Conte onde, como e o que
aconteceu para dar início às
aventuras dos
personagens. Lembre-se de
dizer como eles(as) se
sentiram naquele momento.
Clímax
Conte como aconteceu o
momento de maior emoção,
suspense ou perigo da
história.
Desfecho
Como tudo se resolveu?
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Após a escrita da primeira versão do seu texto, releia e faça a revisão. Peça ajuda ao seu Professor. Não se esqueça de
compartilhar sua história com os colegas.
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Texto 3
Eco era uma ninfa da floresta, bonita e gentil. Ártemis, deusa da lua, a estimava muito e, quando ia caçar na floresta,
sempre a chamava para lhe fazer companhia.
Eco, no entanto, tinha um defeito. Gostava muito de falar. Não lhe importava que as pessoas não ouvissem o que dizia.
Quando começava a tagarelar, era difícil fazê-la parar.
Certa vez, Hera, rainha dos deuses, foi visitar Ártemis. As duas mal conseguiam conversar, pois Eco as interrompia a todo
instante. Ártemis a advertiu, pedindo que se calasse, mas a ninfa não lhe deu atenção. Ela falava tanto que Hera acabou
perdendo a paciência.
– Já que gosta de falar, então fale. Só que nunca mais poderá começar uma conversa. Já que gosta de ter a última
palavra, você a terá sempre. Mas nunca mais dirá palavras suas. Eu a condeno a sempre repetir as palavras de outras pessoas.
– Palavras de outras pessoas – disse Eco – ... pessoas.
De fato, a partir de então a ninfa Eco já não conseguia dizer suas próprias palavras.
Você sabe o que é uma ninfa?
As ninfas eram espécies de deusas-espíritos da
natureza.
Os gregos acreditavam que elas habitavam os
campos, lagos, montanhas e bosques, sendo
responsáveis por levar alegria e felicidade às
pessoas.
Muitas ninfas eram aladas (possuíam asas).
De acordo com o local onde habitavam, as
ninfas recebiam diversas classificações:
- Efidríades: ninfas das águas
- Epigeias: ninfas da terra
- Náiades: ninfas das águas- doces
- Oreádes: ninfas das montanhas
- Dríades: ninfas das florestas
-Alseídes: ninfas das flores
Adaptado de
http://www.suapesquisa.com/mitologiagrega/ninfas.htm
KIMMEL, Eric A., Mitos gregos; Tradução Monica Stahel. 3. ed. – São Paulo: WMF Martins Fontes, 2013.
APRENDA UM POUCO DE GREGO
Yasou (pronuncia-se “yássu”) é uma palavra
ótima de se conhecer. Serve para cumprimentar
as pessoas (como “oi”, “olá”, “como vai?”) e para
se despedir como “até logo”, “tchau”). Além de
ser usada para desejar saúde quando uma
pessoa espirra.
Adaptado de KOSTOLLAS, Alexandre. Meu avô grego. São Paulo:
Panda Books, 2010.
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1- A frase afirma que o sentimento que Ártemis tinha por Eco era de
Ártemis, deusa da lua, a estimava muito e, quando ia
caçar na floresta, sempre a chamava para lhe fazer
companhia.
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2- Qual era o defeito de Eco que irritava Ártemis? ________________________________________________________________________
3- “Quando começava a tagarelar , era difícil fazê-la parar.”
A quem se refere a palavra em destaque? _____________________________
4- “Certa vez, Hera, rainha dos deuses, foi visitar Ártemis. “
Observe que a expressão destacada aparece entre vírgulas.
As vírgulas, nesse trecho, servem para introduzir, no meio da frase,
________________________________________________________________________________________________________________
5- Complete os retângulos com as ações de Eco que ocasionaram os fatos narrados:
Causas
Consequências
Hera e Ártemis mal conseguiam conversar.
Hera acabou perdendo a paciência.
6- Qual foi o castigo recebido por Eco por não ter atendido aos pedidos de Ártemis?
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7- “ ─ Palavras de outras pessoas – disse Eco. - ...pessoas.“
Qual o efeito de sentido do uso das reticências, nesse trecho?
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Texto 4
Os morcegos destacam-se claramente no mundo dos animais. São os
únicos mamíferos capazes de voar e dormem numa posição peculiar, de
cabeça para baixo.
Os morcegos conseguem "ver" as suas presas bem como tudo à sua
volta em ambiente de absoluta escuridão, devido à capacidade da
ecolocalização: emitem ondas ultrassônicas pelas narinas ou pela boca
(dependendo da espécie) e quando essas ondas atingem obstáculos no
caminho, regressam ao morcego na forma de eco. Consoante o tempo que
o eco demora a regressar, a direção de onde vem e as direções de onde
não regressou, os morcegos conseguem criar uma espécie de mapa visual
de tudo o que os rodeia. Esta capacidade é tão apurada que, através dos
ecos, eles conseguem perceber as distâncias, as formas e até as
velocidades relativas entre eles, o que lhes permite apanhar insetos em
pleno voo sem utilizar a visão.
http://www.mundodosanimais.pt/mamiferos/morcegos/
1- Além de os morcegos serem os únicos mamíferos capazes de voar e de dormir de cabeça para baixo, que outra habilidade faz com que
eles se destaquem no mundo animal?
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2- “Os morcegos conseguem “ver” as sua presas (...)” A palavra ver é escrita entre aspas porque não está significando exatamente ver, no
sentido comum. Que palavra poderia substituí-la, de modo a tornar mais claro o que está sendo dito?
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3 – Qual a finalidade desse texto?
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galeria.colorir.com
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Você sabia que existem frases que soam como um eco? São os palíndromos!!! Essas frases, que
tiveram sua origem na Grécia, podem ser lidas tanto da esquerda para a direita como da direita para a
esquerda, que terão o mesmo significado. Não é bem legal?
Professor, qual o caminho? Leitura individual ou coletiva?
Texto 5
O TRECO CERTO
PALÍNDROMOS, FRASES IGUAIS NOS DOIS SENTIDOS DE LEITURA (COMO O TÍTULO ACIMA),
BOMBAM NA WEB, GERAM LIVROS E INSPIRAM FÃS FAMOSOS
Desde criança, Andrés era vidrado em frases que são iguais quando lidas ao contrário, como “Socorram-me, subi no ônibus
em Marrocos”, “a mãe te ama” e “após a sopa”. São os chamados palíndromos – em grego, “correr de volta”.(...) Era preciso fazer
algo. Um livro.
Em “Socorram-me em Marrocos” (2014), Andrés selecionou e ilustrou 12 obras da mais recente safra de palindromistas
brasileiros.
(...)
Após o lançamento do livro de Andrés, o gênero entrou em evidência com mais dois títulos. Além disso, o fragmento “subi
num ônibus” viralizou nas redes sociais, fazendo com que, pelo menos durante uma semana, bebês, pets e selfies cedessem
espaços a frases ambidestras.
Poucas delas inéditas, é verdade. Afinal, há um estoque limitado de palavras em português que, combinadas, podem ser
lidas nos dois sentidos. No final de 2014, o “Jornal Plástico Bolha” fez um desafio poético, convocando seus leitores a mandarem
palíndromos. O editor Lucas Viriato resume:
– Mandou quem já tinha um. Muitos tentaram e não conseguiram.
Criar um palíndromo é algo difícil, demorado e raro. Mas possível. Com alguma dedicação.
(...)
Nomes notórios das nossas letras também fizeram incursões na arte das frases reversíveis. São do frasista Millôr Fernandes
“A mala nada na lama” e “A grama é amarga”. (...) Um dos maiores poetas brasileiros, Paulo Henriques Britto também não resistiu:
– É muito diferente de criar um soneto, porque envolve apenas a forma, não o sentido. A frase em si pode ser uma bobagem
completa. Para citar um dos meus palíndromos: “Ótimo, só eu, que os omito.” Este foi fruto de um desafio que me impus, criar um
palíndromo contendo a palavra “que”, coisa que eu nunca tinha visto antes.
Por Emiliano Urbim in: Revista O Globo, 3 de maio de 2015.
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http://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/viral
1- Qual é o tema, ou seja, o assunto principal do texto?
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Você sabe o que é um
viral?
O Dicionário Infopédia,
da Porto Editora, apresenta
os seguintes significados:
1.relativo a vírus
2.causado por vírus
3.diz-se de algo que se
espalha como se fosse um
vírus.
Portanto, um viral, na
internet,
é
alguma
postagem que se espalha
rapidamente (como um
vírus), devido aos muitos
acessos, o que a torna
famosa.
2- “Além disso, o fragmento “subi num ônibus” viralizou nas redes sociais, fazendo com que, pelo menos
durante uma semana, bebês, pets e selfies cedessem espaços a frases ambidestras.” (3º. parágrafo)
a) Leia a definição de “viral” no quadro ao lado e explique o que aconteceu com a frase “subi num ônibus”.
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b) Copie do 4.º parágrafo uma expressão que explique o que são “frases ambidestras”.
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3- “No final de 2014, o “Jornal Plástico Bolha” fez um desafio poético, convocando seus leitores a mandarem
palíndromos. O editor Lucas Viriato resume:
─ Mandou quem já tinha um. Muitos tentaram e não conseguiram.”
a) Por que é tão difícil criar um palíndromo?
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b) “─ Mandou quem já tinha um.” Que palavra foi ocultada (escondida) no final desse trecho, a fim de evitar a sua repetição?
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c) “(...) Muitos tentaram e não conseguiram.” A que fato se refere esse trecho?
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4- O texto O treco certo foi publicado em uma revista de grande circulação em nossa cidade e tem como finalidade
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ESPAÇO PES
UISA
ELES ESTÃO ENTRE NÓS...
A mitologia nos acompanha por toda a parte. Não precisa procurar muito para esbarrar com deuses, heróis e outros seres fantásticos – e milenares –
nos livros, no cinema, no calendário, no futebol, na natureza... Você pode até não acreditar, mas que eles existem, existem!
Sabe de onde Rick Riordan tirou inspiração para escrever as histórias de Percy Jackson? Ou por que o planeta vermelho se chama Marte?
Desde quando falamos em “vitória” quando nosso time ganha um jogo? De onde vem o nome Pandora, o planeta do filme Avatar? As respostas
estão à sua volta, e não é de hoje.
Desde que o ser humano existe, ele conta histórias. Algumas passaram de geração em geração, ao longo dos milênios, até chegar aos dias
de hoje. Ao ligar o videogame para jogar Super Mario Bros., por exemplo, você está conectado, sem perceber, a parte dessas histórias sem fim,
chamadas de mitologia. “Toda civilização tem seus mitos, deuses, monstros e heróis. Eles também influenciaram a maioria das religiões, que
surgiram depois, inspiradas nesses relatos”, diz James Mackillop, escritor britânico especializado em mitologia celta.
Alguns desses personagens ficaram populares como Hércules, Cupido, Zeus, Thor ou Tupã. Existem outros, porém, que estão por aí, quase
desconhecidos e bem disfarçados, no seu dia a dia e ao longo das próximas páginas...
Adaptado de Revista Mundo Estranho, novembro de 2010.
Percy Jackson
A saga do garoto que descobre
ser um semideus, filho de
Posêidon, já vendeu 9 milhões de
livros. Em inglês, Percy significa
Perseu, personagem da mitologia
grega.
Hebe Camargo
Hebe é o nome da deusa
grega da juventude, filha de
Zeus e Hera.
Gracinha!
Muitas expressões da língua portuguesa também têm sua origem
na Grécia. Vamos pesquisar seu significado e enriquecer nosso
vocabulário?
 caixa de Pandora
 voto de Minerva
canto da sereia
 calcanhar de Aquiles
 fio de Ariadne
 néctar dos deuses
 pomo/semente da discórdia
 esforço hercúleo
 odisseia
 pânico
 entregar-se aos braços de Morfeu  presente de grego
Calypso
A banda Calypso surgiu no
Pará e está na estrada há 11
anos.
Na Grécia antiga, Calipso era
uma ninfa do mar.
Nike
Na mitologia grega, Nike foi
gerada por Zeus e Atenas e
personificava a vitória.
Olympikus
A marca esportiva Olympikus
refere-se aos deuses gregos
do monte Olimpo.
Helena
O autor de novelas Manoel
Carlos não confirma nem
disfarça, mas suas heroínas na
TV Globo são bonitas e
independentes como a Helena
de Troia, mito dos gregos.
Lírio
Segundo os gregos, quando
Hera amamentava Hércules,
gotas do leite vazaram e
formaram a Via Láctea no
céu. As que caíram na Terra
originaram os lírios.
3.° BIMESTRE - 2016
PÁGINA 15
A história de Eco ainda não terminou. Ela conhece um belíssimo jovem chamado Narciso e...
O que será que acontece?
Texto 6:
Então Eco deixou as outras ninfas e foi viver numa região da floresta onde raramente chegava alguém. Ela passou muito
tempo sem falar nada. Um dia, um jovem caçador vagava por aquele lugar. Era um rapaz lindíssimo, chamado Narciso. Escondida
atrás das árvores, Eco o observava. Ficou morrendo de vontade de falar com Narciso, mas seria incapaz de dizer uma só palavra
antes que ele falasse.
E Eco o seguiu através da floresta. Depois de um tempo, Narciso a notou e, com um sorriso, chamou.
– Olá? Quem é você? Como é seu nome?
– Como é seu nome... seu nome... seu nome... – disse Eco.
– Meu nome é Narciso – ele respondeu. – Vim à floresta para caçar. Agora é sua vez, diga seu nome.
– Diga seu nome... nome ... nome ... – disse Eco.
– Eu já disse meu nome. Eu me chamo Narciso. Você não ouviu?
– Não ouviu... ouviu... ouviu... – Eco respondeu.
Narciso começou a se irritar.
– Está querendo brincar? Não gosto que zombem de mim. Se quiser conversar, responda direito. Senão vá embora.
– Vá embora... embora... embora... – disse Eco.
A pobre ninfa não sabia o que fazer. Como poderia explicar a Narciso que só conseguia repetir as palavras dele? Eco saiu
de trás da árvore e, de braços abertos, correu ao encontro do rapaz. Queria que ele compreendesse que desejava ser sua amiga.
3.° BIMESTRE - 2016
PÁGINA 16
Mas Narciso continuou achando que Eco estava zombando dele.
– Não me mande embora. Vá embora você! – ele disse.
Narciso derrubou a ninfa com um empurrão. Caída no chão, ela começou a chorar. Lágrimas rolavam por seu rosto, mas nenhuma
palavra saía de seus lábios.
– Pode chorar à vontade – disse Narciso –, suas lágrimas não me comovem. Cada um tem o que merece.
E Narciso foi embora, carregando nos ombros o arco e as flechas. Eco tentou chamá-lo de volta, mas só conseguia dizer:
– Tem o que merece... o que merece...
Com o coração dilacerado, Eco foi murchando. Foi sumindo devagarzinho, até se tornar apenas uma sombra no meio das folhas da
floresta. Por fim, a sombra desapareceu. De Eco só restou a voz, sempre repetindo o que dizemos.
KIMMEL, Eric A., Mitos gregos; tradução Monica Stahel. 3 ed. – São Paulo:WMF Martins Fontes, 2013.
1- Sublinhe, no início do primeiro parágrafo, a palavra que indica que esse trecho é uma continuação do texto 3.
2- “Ficou morrendo de vontade de falar com Narciso, mas seria incapaz de dizer uma só palavra antes que ele falasse.”
Relembre a história de Eco, contada anteriormente, e explique por que Eco não podia dizer uma só palavra antes que Narciso falasse.
_________________________________________________________________________________________________________________
3- As palavras destacadas foram empregadas para evitar a repetição. Escreva o nome dos personagens a quem elas se referem.
a)
“E Eco o seguiu através da floresta. Depois de um tempo, Narciso a notou e, com um sorriso, chamou.”
o- __________________________________
b)
a- __________________________________
“Meu nome é Narciso – ele respondeu. – Vim à floresta para caçar. Agora é sua vez, diga seu nome.”
meu - ________________________________
seu- ________________________________
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4- “Narciso começou a se irritar.”
Qual era o motivo da irritação de Narciso?
_________________________________________________________________________________________________________________
5-
Reescreva a frase, trocando a expressão destacada por uma só palavra.
“Por fim, a sombra desapareceu.”
_________________________________________________________________________________________________________________
6-
“Narciso derrubou a ninfa com um empurrão. Caída no chão, ela começou a chorar. Lágrimas rolavam por seu rosto, mas
nenhuma palavra saía de seus lábios.
─ Pode chorar à vontade ─ disse Narciso ─, suas lágrimas não me comovem. Cada um tem o que merece.”
De acordo com as atitudes de Narciso em relação à Eco, que características você atribuiria a ele para descrever seu comportamento?
_________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________
Vamos relembrar?
Um dos elementos que compõe as narrativas é o tempo. É ele que expressa quando cada episódio da história acontece.
Outro elemento que compõe as narrativas é o espaço onde a história acontece.
7- Volte ao texto e circule, no 1.º e 2.º parágrafos, as palavras ou expressões que indicam quando os fatos ocorreram.
8- Copie do texto um trecho em que apareça o lugar onde acontece a história.
_________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________
9- Os povos antigos criavam essas histórias, muitas vezes, para tentar explicar alguns fenômenos que acontecem na
natureza e para os quais eles ainda não tinham conhecimento científico para entender. Baseado em que fenômeno
da natureza foi criada a história de Eco e Narciso?
_________________________________________________________________________________________________________________
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Você conhece uma flor chamada “Narciso”? Ela tem o mesmo nome do protagonista da nossa história. O que será que eles têm
em comum? Vamos descobrir?
Texto 7
E o que foi feito de Narciso? Ártemis resolveu castigá-lo por ele ter sido tão cruel com Eco. A deusa fez aparecer na floresta
uma linda fonte, de águas prateadas e brilhantes. Mergulhou nela uma de suas flechas e conferiu ao espelho de suas águas o poder
mágico de tornar mais belas as imagens que refletia.
Uma tarde, depois de caçar durante horas, Narciso ajoelhou-se ao lado da fonte, cansado e sedento. Então ele viu seu rosto
refletido na água. Era a imagem de um rapaz lindo e cheio de vida. Narciso não se reconheceu, e se apaixonou por aquela pessoa
encantadora.
– Fala comigo – ele disse. Como é teu nome?
A imagem refletida na água moveu os lábios, mas não disse nada. Narciso tentou beijá-la, mas a imagem desapareceu no
momento em que seus lábios tocaram a fonte.
– Bela criatura, mesmo que eu não possa te tocar, jamais deixarei de te admirar – Narciso suspirou.
A partir de então, Narciso passava os dias sentado ao lado da fonte, admirando sua própria imagem. O rapaz não comia, não
dormia, foi se tornando fraco e pálido. Seu corpo definhava. Ele se sentia desvanecer, mas não conseguia se afastar daquele lugar.
– Ai de mim! – ele dizia à sua imagem refletida. – Se pelo menos eu pudesse dizer quanto te amo!
Então Narciso morreu. E Eco repetiu suas últimas palavras por muito tempo:
– ... quanto te amo... quanto te amo...
As ninfas saíram em busca de Narciso para enterrá-lo. Mas, no lugar onde ele morrera, encontraram apenas uma bela flor, que
parecia uma trombeta dourada cercada por pétalas amarelas.
Essa flor se chama narciso, em memória do pobre rapaz que morreu de amor por si mesmo.
KIMMEL, Eric A., Mitos gregos; tradução Monica Stahel. 3.ed. São Paulo:WMF Martins Fontes, 2013.
1- A segunda parte da história de Eco e Narciso começa com uma pergunta. Essa pergunta tem a finalidade de
provocar que tipo de sentimento no leitor?
____________________________________________________________________________________________
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2- A quem se refere cada uma das palavras destacadas em “(...) A deusa fez aparecer na floresta uma linda fonte, de águas prateadas e
brilhantes. Mergulhou nela uma de suas flechas e conferiu ao espelho de suas águas o poder mágico de tornar mais belas as imagens que
refletia.” (1º. parágrafo)
suas -
suas -
3- Preencha o quadro:
Ártemis resolveu castigar Narciso
porque
4 - Para castigar Narciso, a deusa Ártemis fez aparecer uma linda fonte, de águas prateadas e brilhantes. Qual era o poder mágico que essa
fonte possuía?
________________________________________________________________________________________________________________
4- Numa tarde, quando Narciso foi beber água da fonte, viu sua imagem refletida na água. O que aconteceu então?
_________________________________________________________________________________________________________________
5-
“A imagem refletida na água moveu os lábios, mas não disse nada.”
A palavra destacada pode ser substituída, sem alterar o sentido, por ____________________________
6- Depois que Narciso se apaixonou pela sua própria imagem, o que ocorreu com o rapaz para que ele acabasse morrendo?
________________________________________________________________________________________________________________
7- O que as ninfas encontraram no lugar onde o rapaz morreu?
_________________________________________________________________________________________________________________
Você sabia que existe um quadro de um pintor muito famoso intitulado “Narciso”? Isso mesmo: as obras de arte dialogam entre
si, uma podendo fazer referência a outras. O mito de Narciso inspirou o pintor Caravaggio (Milão, Itália ,1571 – 1610) a criar o seu
quadro... que inspirou o artista Vik Muniz (São Paulo, 1961) a fazer mais arte!
Para saber cada vez mais, leia os próximos textos!
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3.° BIMESTRE - 2016
Texto 8
Releitura da Obra de Caravaggio
Releitura é uma recriação de algo. Isso pode se dar na música, na literatura, nas artes plásticas, nas artes cênicas e no cinema.
Devemos levar em conta qual conceito foi mantido e qual foi modificado, o que o novo artista deixou de sua característica estética na nova
obra. A releitura não significa uma cópia, mas uma nova interpretação do existente.
Vik Muniz, um dos artistas brasileiros mais badalados da atualidade, fez uma releitura do quadro“Narciso”,do pintor barroco italiano
Caravaggio, utilizando sucatas e, depois de montado, fez uma fotografia.
Quem gostou da obra de Vik Muniz pode visitar um pouco mais do seu trabalho no site http://www.vikmuniz.net/
Adaptado de http://fmanha.com.br/blogs/imaginar/2010/10/13/releitura-de-obra-de-caravaggio/
Texto 9
Vik Muniz (São Paulo, SP - 1961)
Fotógrafo, desenhista, pintor e gravador.
Vicente José de Oliveira Muniz
cursou publicidade na Fundação Armando
Álvares Penteado – Faap, São Paulo. Em
1983, passa a viver e trabalhar em Nova York.
Realiza, desde 1988, séries de trabalhos nas
quais
investiga,
principalmente,
temas
relativos à memória, à percepção e à
representação de imagens do mundo das
artes e dos meios de comunicação. Faz uso
de técnicas diversas e emprega, nas obras,
com frequência, materiais inusitados como
açúcar, chocolate líquido, doce de leite,
catchup, gel para cabelo, lixo e poeira.
Vik Muniz – 2006
"Narciso"
Vik Muniz - Obra
óleo sobre tela, 110x92 cm
Galleria Nazional dell'Arte Antica, Roma.
Veja mais: http://www.auladearte.com.br/historia_da_arte/caravaggio.htm#ixzz3bLdbRWJn
Completa,Capivara.
Adaptado de https://www.escritoriodearte.com/artista/vik-muniz/
3.° BIMESTRE - 2016
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1- O texto 8 é uma notícia que foi publicada no site da Folha da Manhã On Line. A finalidade desse texto é
_________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________
2- Tanto a pintura de Caravaggio, quanto a releitura de Vick Muniz, representam o mito grego de Narciso. A que parte da história se
relacionam as obras?
_________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________
3-
A BIOGRAFIA é um texto que conta a vida de uma pessoa. Ela é escrita pelo biógrafo, que entrevista o próprio biografado ou
pesquisa em documentos, cartas e depoimentos.
Depois de ler a definição acima, você pode apontar qual dos dois textos é uma biografia? O texto 8 ou o 9?
_________________________________________________________________________________________________________________
4- Observe as duas obras. A cena retratada é a mesma. O que diferencia a pintura da releitura feita por Vick Muniz?
_________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________
5- Que trecho da biografia de Vick Muniz confirma sua resposta à questão anterior?
_________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________
Você já viu alguém fazer uma declaração de
amor para si mesmo? Não?
Leia o próximo texto!
3.° BIMESTRE - 2016
Texto 10
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Foi tão difícil pra eu me encontrar
É muito fácil um grande amor acabar, mas
Eu vou lutar por esse amor até o fim
Não vou mais deixar eu fugir de mim
Agora eu tenho uma razão pra viver
Agora eu posso até gostar de você
Completamente eu vou poder me entregar
É bem melhor você sabendo se amar
Há quanto tempo eu vinha me procurando
Quanto tempo faz, já nem lembro mais
Sempre correndo atrás de mim feito um louco
Tentando sair desse meu sufoco
Eu era tudo que eu podia querer
Era tão simples e eu custei pra aprender
Daqui pra frente nova vida eu terei
Sempre a meu lado bem feliz eu serei
Ultraje a rigor
1- Copie da 1.ª estrofe um verso que indica que o eu poético é
a pessoa perfeita que ele estava procurando.
Eu me amo, eu me amo
Não posso mais viver sem mim
__________________________________________________
Como foi bom eu ter aparecido
Nessa minha vida já um tanto sofrida
Já não sabia mais o que fazer
Pra eu gostar de mim, me aceitar assim
Eu que queria tanto ter alguém
Agora eu sei sem mim eu não sou ninguém
Longe de mim nada mais faz sentido
Pra toda vida eu quero estar comigo
__________________________________________________
2- Que versos da 2.ª estrofe indicam que o eu lírico, até então,
não gostava muito de si mesmo?
__________________________________________________
Para ver e ouvir o clip da música com a letra, acesse
https://www.youtube.com/watch?v=slPCJBfkhVs&list=PLqMDSjvK_zcPDfwlwBWqPNXldbF6Rfndh
__________________________________________________
3- Que característica o eu poético do texto e o personagem
Narciso têm em comum?
__________________________________________________
__________________________________________________
Você já se olhou no espelho e analisou o quanto você é
maravilhoso??
É isso mesmo, M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O !!!
Pense em todas as suas qualidades, suas virtudes, o valor
que você tem. Reflita também sobre as boas atitudes que você
já praticou.
Agora, a partir do refrão da canção, crie uma declaração de
amor a você!! Vamos lá, não é difícil... Vamos dar uma
ajudazinha! Siga os passos...
1.º passo
Inicie,
descrevendo
suas
características positivas, seu
temperamento, seu jeito de
ser. Diga também o que as
pessoas gostam em você.
2.º passo
Conte as boas ações que
você já teve ou costuma ter
com as pessoas próximas
ou
até
mesmo
com
pessoas estranhas.
3.º passo
Finalize com
uma
frase
bem positiva
de elogio a
você.
3.° BIMESTRE - 2016
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Cadê o sorriso para a foto? Será que esse ângulo está bom? “Selfies” proliferam a cada dia, é a nossa imagem em evidência.
Texto 11
'Selfie' é escolhida palavra do ano
A palavra "selfie" é definida no dicionário Oxford como "uma fotografia que a pessoa tira dela
mesma, tipicamente com um smartphone ou webcam, carregada em um site de mídia social".
O aumento no uso da palavra foi calculado pelos editores do dicionário usando um programa que
coleta mensalmente cerca de 150 milhões de palavras em inglês atualmente em uso na web.
O software é usado para captar o surgimento de novas palavras e monitorar mudanças na geografia,
registro e frequência de seu uso.
(...) Segundo o dicionário, o "selfie" pode ser rastreado até o ano de 2002, quando a palavra foi
usada em um fórum online australiano.
Um homem postou uma foto de ferimentos em seu rosto, depois de ter tropeçado em um degrau. Ele
pediu desculpas pela foto estar fora de foco, dizendo que não era por ele estar bêbado, mas porque se
A ilustradora italiana Simona
Bonafini achou justo trazer ao mundo dos
selfies os personagens mais marcantes
das produções da Disney. Esse é Hércules.
Adaptado de http://metropolitanafm.uol.com.br/
tratava de um "selfie".
Em 2013, a palavra já vinha sendo usada inclusive por falantes de outras línguas, graças à
notoriedade de "selfies" de pessoas famosas — como a foto do papa Francisco feita com um grupo de
adolescentes, que se tornou viral.
"Os sites de mídias sociais ajudaram a popularizar o termo, com a hashtag #selfie aparecendo no
site de compartilhamento de fotos Flickr já em 2004, mas o uso não se espalhou até 2012, quando o selfie
estava sendo usado de forma geral em fontes de mídia mais tradicionais", disse Judy Pearsall, diretora
editorial do dicionário Oxford.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/11/131119_selfie_oxford_fn
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1- A palavra “selfie” aparece sempre entre aspas com o objetivo de
_________________________________________________________________________________________________________________
2- Segundo o software empregado para captar o registro de novas palavras, quando foi detectado o primeiro registro da palavra “selfie”?
__________________________________________________________________________________________________________________
3- Que exemplo de “selfie” de pessoas famosas aparece no texto?
__________________________________________________________________________________________________________________
4- A finalidade desse texto é
_________________________________________________________________________________________________________________
O estrangeirismo é o uso de palavras, expressões ou construções sintáticas estrangeiras, ou seja, que vêm de
Saraiva Jovem- Dicionário Ilustrado.
outro país.
Nossa língua, que ainda usa fraldas, com apenas 800 anos de idade, desde sempre sofre a interferência de
estrangeirismos.
É possível que a informática seja, atualmente, o mais importante fator de importação de palavras estrangeiras, sem
nomes correspondentes em nossa língua: tablet, lap-top, notebook.
Adaptado de Língua Portuguesa – Conhecimento Prático- Edição 33. Dezembro/2011.
5- Retorne ao texto e pinte as palavras de origem estrangeira.
6- Em que área, as palavras que você destacou, geralmente são empregadas? __________________________________________________
7- Logo, a que tipo de público é dirigido esse texto? ________________________________________________________________________
ESPAÇO PES
UISA
_______________________________________________________________________
Você já reparou quantas palavras estrangeiras estão presentes em nosso dia a dia?
Recorte de jornais e revistas palavras ou expressões originárias de outros idiomas e separe-as em grupos conforme a área em que
são empregadas: tecnologia, moda, culinária, economia etc. Cole-as em cartazes, escreva ao lado o significado e se há alguma palavra
ou expressão correspondente em português. Sinalize também de que idioma elas são provenientes. Por fim, exponha o trabalho da turma
no mural. Peça auxílio ao seu Professor.
3.° BIMESTRE - 2016
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Você sabia que ainda hoje, há muitos “Narcisos” em nossa sociedade?
nar·ci·sis·mo - (narciso + -ismo) substantivo masculino
Qualidade de quem gosta de ou admira exageradamente a sua própria imagem. "in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
[em linha], 2008- 2013, http://www.priberam.pt/dlpo/narcisismo [consultado em 01-06-2016].
Texto 12
http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/feira-livre/quando-a-imagem-dispensa-palavras/
O termo “narcisista” é empregado para nomear as pessoas que gostam muito de si mesmas ou que gostam de ver
a própria imagem. Temos que tomar cuidado para, além de narcisistas, não nos tornarmos egoístas...
1- No texto acima, o que significa a mão levantada dentro da água?
_________________________________________________________________________________________________________________
2- O que as pessoas estão fazendo diante do acontecimento?
__________________________________________________________________________________________________________________
3- Observe a fisionomia das pessoas que estão com o celular na mão. Que tipo de sentimento elas estão demonstrando?
__________________________________________________________________________________________________________________
4- A ilustração acima é uma charge, ou seja, “um desenho humorístico, com ou sem legenda e balões, geralmente veiculado pela imprensa e
tendo, por tema, algum acontecimento atual que critica uma ou mais personagens envolvidas. (Dicionário eletrônico de Português – Gueno, 2008)”.
Que atitude das pessoas está sendo criticada nesta charge?
__________________________________________________________________________________________________________________
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Vamos transformar essa imagem em palavras? Crie uma história a partir da charge. Para ajudar, seguem algumas perguntas. Fazer
perguntas é uma boa estratégia para ter ideias! Se você desejar, acrescente outras perguntas.
Quem é o personagem
que está se afogando?
De onde ele veio?
O que ele estava fazendo
na praia? Estava
sozinho?
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
Quando ele decidiu entrar
na água? Por quê?
Como ele afundou?
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
Quais são as pessoas
que o estão
fotografando?
De onde elas surgiram?
Por que ninguém
ajudou?
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
Como terminou a
história?
Lembre-se de dar um
título bem interessante!!!
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________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
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Não foram apenas os gregos que nos trouxeram seus heróis e deuses. Os povos africanos que vieram para o Brasil também contribuíram para o
enriquecimento da nossa cultura.
A história que vamos ler é uma lenda africana, recontada por Júlio Emílio Braz, que tenta explicar, de maneira fictícia, como o sol e a lua foram
parar no céu.
Texto 13
POR QUE O SOL E A LUA FORAM MORAR NO CÉU
Há muito tempo, o sol e a água eram grandes amigos e viviam juntos na Terra. Habitualmente, o sol visitava a água, mas esta
jamais lhe retribuía a gentileza. Por fim, o sol quis saber qual o motivo de seu desinteresse e a água respondeu que a casa do sol não era
grande o bastante para que nela coubessem todos com quem vivia e, se aparecesse por lá, acabaria por despejá-lo de sua própria casa.
─ Caso você queira realmente que o visite, terá que construir uma casa bem maior do que a que tem no momento, mas desde já
fique avisado de que terá que ser algo realmente muito grande, pois o meu povo é bem numeroso e ocupa bastante espaço.
O sol garantiu-lhe que poderia visitá-lo sem susto, pois trataria de tomar todas as providências necessárias para tornar o encontro
agradável para ela e para todos que a acompanhassem. Chegando em casa, o sol contou à lua, sua esposa, tudo o que a água lhe pedira
e ambos se dedicaram com muito esforço à construção de uma casa enorme que comportasse sua visita.
─ Vocês têm certeza de que realmente podemos entrar?
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Chegando, a água foi amável e perguntou:
─ Claro, amiga água – respondeu o sol.
A água foi entrando, entrando e entrando, acompanhada de todos os peixes e mais uma quantidade absurda e indescritivelmente
grande, incalculável mesmo, de criaturas aquáticas. Em pouco tempo a água já se encontrava na altura dos joelhos.
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Quando tudo estava pronto, convidaram a água para visitá-los.
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─ Vocês estão certos de que todos podem entrar? – insistiu, preocupada.
─ Por favor, amiga água – insistiu a lua.
Diante da insistência de seus anfitriões, a água continuou a despejar sua gente para dentro da casa do sol. A preocupação voltou
quando ela atingiu a altura de um homem.
─ Ainda posso entrar? – insistiu. – Olha que está ficando cheio demais...
─ Vai entrando, minha amiga, vai entrando – o sol estava realmente muito feliz com sua visita.
A água continuou entrando e jorrando em todas as direções e, quando deram pela coisa, o sol e a lua viram-se forçados a subir
para o alto do telhado.
─ Acho que devo parar... – disse a água, receosa.
─ O que é isso, minha água? – espantou-se o sol, mais do que educado, sem esconder uma certa preocupação.
A água continuou jorrando, empurrando seu povo para dentro, ocupando todos os cômodos da ampla casa, inundando tudo e, por
fim, fazendo com que o sol e a lua, sem ter mais para onde ir ou se refugiar, subissem para o céu, onde estão até hoje.
BRAZ, Julio Emílio. Sikulume e outros contos africanos. Rio de Janeiro: Pallas,2005.
1- No 1º parágrafo, o narrador descreve como era o relacionamento entre o sol, a lua e a água.
“Há muito tempo, o sol e a água eram grandes amigos e viviam juntos na Terra. Habitualmente, o sol visitava a
água, mas esta jamais lhe retribuía a gentileza.”
Que palavra indica que a visita do sol à água era frequente? __________________________________________
 Que palavra indica que a água não fazia o mesmo? _________________________________________________
 “O sol visitava a água, mas esta jamais lhe retribuía a gentileza”. A palavra destacada indica que, logo a seguir,
virá uma atitude oposta ou semelhante a do sol? _____________________________________________________
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2- Qual era o motivo ou a causa de a água não ir visitar o sol ?
_________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________
3- Que consequência a àgua acreditava que ocorreria, caso ela resolvesse visitar o sol?
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4- Por que o sol teria que construir uma casa bem maior do que a que ele tinha, para a água poder visitá-lo?
_________________________________________________________________________________________________________________
5-
“Chegando em casa, o sol contou à lua, sua esposa, tudo o que a água lhe pedira [...]” (3º.parágrafo)
A palavra destacada, geralmente, se refere a um fato já apresentado anteriormente no texto, resumindo-o. Retorne ao texto e descubra o
fato a que esta palavra se refere.
_________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________
6- “A água foi entrando, entrando e entrando [...]”
Que efeito de sentido provoca a repetição do verbo “entrando”?
_________________________________________________________________________________________________________________
7- Copie do 8º. parágrafo, as palavras e expressões que o autor empregou para destacar a enorme quantidade de seres que vivem na água.
_________________________________________________________________________________________________________________
8- Por que o sol não pediu para que a água parasse de entrar em sua casa?
_________________________________________________________________________________________________________________
9- Qual foi o desfecho desta história?
_________________________________________________________________________________________________________________
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Que tal um pouquinho de poesia? Além das histórias, a África também recheou nossa cultura com muitos
sabores: pratos para nossa culinária e palavras para o nosso vocabulário.
Professor, qual o caminho? Leitura individual ou coletiva?
Texto 14
A FESTA AFRO
A zoeira estava pronta: gente na casa que ninguém dava conta.
Por sobre a toalha a enfeitar a mesa posta, o abará em porção, num grande tacho, para saciar quem
quisesse.
E ainda mais abaixo, recém-chegado da fervura numa travessa que dava gosto, o acarajé da fartura.
Do lado oposto, para acompanhar, reluzia quase dourada uma jarra carregada de aluá.
Mas não se dê por saciado. Veja só o que vinha por lá:
Num abadá todo florido, espalhando axé com sua presença, Dona Florença, a dona da festa, carregava o
seu tesouro; o melhor angu que já veio de Angola.
Antes da ceia, num ritual, o afoxé se antecipou.
Feito um som que lembrou um sino, o agogô deu um aviso: a festa afro começou.
COSTTA, Silvio. Abecedário afro de poesia. São Paulo: Paulus, 2012. Coleção Mistura Brasileira.
1- Leia o texto e circule as palavras de origem africana. Procure os significados delas no dicionário e registre no
seu caderno. Você percebeu quantas palavras herdamos da cultura africana?
Faça uma segunda leitura do texto, pois, assim, você terá um melhor entendimento, já que conhece o significado
de cada uma dessas palavras.
2- No texto, há muitas palavras que rimam, ou seja, terminam com som igual ou parecido. Copie, do texto, pares
de rimas.
www.bondfaro.com.br
3.° BIMESTRE - 2016
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Para irmos à festa, temos que nos arrumar. Que tal uma trança nagô? Elas também são herança dos povos
africanos e são bem fáceis de fazer. Você gostaria de experimentar?
Texto 15
Trança nagô: como fazer
Trançar os cabelos é uma técnica muito antiga que foi trazida pelos
povos africanos para o Brasil. Aprenda como fazer tranças nagô.
Trançar os cabelos é uma técnica muito antiga que foi trazida pelos povos africanos para o Brasil. As tranças nunca
saem de moda e vira e mexe aparecem em grande estilo. Elas são denominadas conforme o modo como são feitas.
Ultimamente as que têm influenciado a juventude são rastafári, nagô e dreadloks.
A tendência mostra que, cada vez, mais os jovens estão ligados na moda. Qualquer pessoa pode fazer as tranças nagô,
independentemente de o cabelo ser crespo ou liso, comprido ou curto. As tranças ajudam a corrigir os cabelos que têm muito
volume, visto que elas são feitas na raiz.
Primeiro, é preciso ter em mãos um material pontiagudo para separar as mexas de
cabelo e trançá-las na mesma hora. Para prender as pontas é necessário ter borrachinhas de
silicone. Os cabelos soltos devem ser presos com uma presilha de plástico e devem ser
soltos gradativamente, conforme a necessidade de cada trança.
Faça o traçado e comece a trançar os cabelos. Normalmente, a trança nagô começa a
ser trançada pela parte superior da cabeça. A espessura da trança vai ser definida pela
quantidade de cabelo que vai ser separada. A separação dos fios pode ser feita com pauzinho
de laranjeira ou com agulha de crochê.
A trança deve ser bem apertada e pequenas mechas de cabelo devem ser adicionadas, de acordo com
o desenho desejado. Ao terminar a trança, com os fios restantes, deve ser colocada uma borrachinha de
silicone para não desmanchá-la, e assim sucessivamente, até que todo o cabelo esteja trançado.
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3.° BIMESTRE - 2016
Para lavar os cabelos com trança nagô é indicado colocar uma touca de meia ou uma telinha na cabeça e lavar normalmente,
Depois, secar com o secador de cabelos. A telinha evita que os cabelos se desprendam da trança. A nagô dura, em média, 15 dias. Depois,
é indicado desmanchar e deixar os cabelos soltos por um tempo para evitar que fiquem danificados.
Adaptado de http://www.mundodastribos.com/tranca-nago-como-fazer.html
1- Com que objetivo foi escrito o texto “Trança nagô: como fazer”?
________________________________________________________________________________________________________________
2- As tranças nagô podem ser feitas em que tipo de cabelo? Responda e indique em que parágrafo você encontrou essa informação.
________________________________________________________________________________________________________________
3- Que materiais são necessários para fazermos as trancinhas?
________________________________________________________________________________________________________________
5- “A espessura da trança vai ser definida pela quantidade de cabelo que vai ser separado. “
A palavra destacada pode ser substituída, sem alterar o sentido da frase, por
______________________________________________
6- “Ao terminar a trança, com os fios restantes, deve ser colocada uma borrachinha de silicone para não desmanchá-la, e assim sucessivamente até que todo
o cabelo esteja trançado.”
O que a expressão destacada significa que devemos fazer?
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Gíria é um tipo de linguagem empregada em um determinado grupo social, mas que pode se estender à sociedade, em razão do
grau de aceitação.
http://www.mundoeducacao.com/
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7- O texto, por apresentar uma linguagem informal, apresenta algumas expressões que são gírias. Transcreva uma gíria do segundo
parágrafo:
2.º parágrafo:
8- A presença de gírias, no texto, reforça a utilização de uma linguagem voltada para que tipo de público: infantil, jovem ou adulto?
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ESPAÇO PES
UISA
A quituteira do quilombo
A quitanda de Dona Zica fica no meio do quilombo.
Tem quitute de todo tipo: quiabo, quindim e quenga, feita do mais puro quiabo.
Um quererê danado faz o galo no telhado quando um freguês se aproxima.
Se tem moleque bagunceiro por perto, a quituteira dá o recado num quimbundo bem falado:
– Sai daqui, diacho miúdo, se não eu mando o quibungo vir da mata te pegar!
Depois ela dá risada e chama toda a molecada pra fazer uma quizomba.
Como boa quilombola, dona Zica sabe a hora de falar sério e de brincar.
Com seu jeito sorrateiro, agrada o quilombo inteiro, pois tem o quengo no lugar.
Costta, Silvio. Abecedário afro de poesia. São Paulo: Paulus, 2012.
Coleção Mistura brasileira.
Observe as palavras destacadas no texto. Elas são de origem africana e fazem parte do nosso vocabulário. Você percebeu com que
letra a maioria delas se inicia?
Vamos observar o verbete da palavra “quitanda”, ou seja, como ela aparece no dicionário:
Pronúncia da palavra,
com a sílaba tônica
marcada.
Quitanda (qui.tan.da) sf
Pequeno estabelecimento onde
se vendem verduras, legumes,
frutas, ovos etc.
Saraiva Jovem: dicionário da língua portuguesa ilustrado – SP - Saraiva, 2010.
Substantivo feminino
Definição da
palavra
Vamos fazer uma lista de palavras de
origem africana e dividir pelos alunos da
turma. Cada um deve criar um verbete para
a(s) palavra(s) recebida(s) e ilustrá-la(s).
A seguir, iremos reuni-las em ordem
alfabética e criar o Dicionário Ilustrado da
turma.
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Compare os textos 14 e 15 e identifique as semelhanças e diferenças entre eles.
Preste atenção aos símbolos da legenda e use-os após comparar os textos.

Somente para o Texto 14

Somente para o Texto 15

Para os Textos 14 e 15
Apresenta rimas.
Possui fatos fictícios, ou seja, inventados.
Dá instruções de como se fazer algo.
Exemplifica a influência da cultura africana no
Brasil.
A linguagem é informal, com expressões que
são gírias.
Apresenta palavras de origem africana.
Dirige-se ao leitor.
Conta uma cena.
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Escreva um
título bem
criativo!
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Vamos a contar como foi a festa afro de Dona Florença? Nós vamos lhe dar as dicas para que você
produza um texto bem divertido. Você pode empregar palavras de origem africana para enriquecer seu texto.
Situação inicial
Conte onde e quando será a festa,
quais foram as pessoas convidadas,
como estão sendo realizados os
preparativos. Diga, também, como
ocorreu a chegada dos convidados.
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Conflito
Conte onde , como e o que
aconteceu para dar início às
aventuras dos personagens.
Lembre-se de dizer como eles(as)
se sentiram naquele momento.
Procure contar um fato engraçado.
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Clímax
Conte como aconteceu o momento
de maior emoção, suspense ou
perigo da história.
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Desfecho
Termine, contando como tudo se
resolveu. Procure criar um final bem
diferente, bem original.
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Ao terminar seu texto, faça uma revisão: verifique a
ortografia e a pontuação. Reescreva o que você achar
que não ficou bom e leia mais uma vez.
Agora, troque com um colega para que vocês possam
se divertir com as histórias um do outro.
A Sala de Leitura está cheinha de histórias sobre a África.
Faça uma visita e pegue livros para ler e compartilhar com seus
colegas. Você vai gostar!
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Você conhece Pindorama? Sabe onde fica?
É a terra das Palmeiras! Repleta de papagaios e muitos outros bichos...
Texto 16
Pindorama. Palavra de origem tupi que significa terra das palmeiras. Palmeiras como inajá, pupunha, buriti, tucum,
tucumã, pindoba, tucumaí. Em Pindorama, todos os dias eram dos índios, e também dos papagaios, dos tamanduás, dos
gaviões. E do urubu-rei, da jaguatirica, da ariranha, do jacaré-de-papo-amarelo, do peixe-boi, do lobo-guará, do macacoprego, do mutum.
Pindorama era também como os povos ando-peruanos nomeavam esta terra que hoje chamamos de Brasil, e que
era habitada por milhares de diferentes povos. A estes povos, de línguas bem diferentes entre si, foram atribuídos nomes
que, muitas vezes, não eram adotados por eles mesmos. Hoje, descendentes dos antigos povos como os Krenak, os
Pataxó, os Mura, os Maxacali, os Xavante, os Krahó, os Xacriabá, os Karajá ou os Ticuna vivem nas aldeias lutando para
preservar sua língua, seus hábitos, suas tradições e sua própria terra. Dos milhões de índios que viviam no extenso
território brasileiro estão apenas alguns mil. Matemática estranha, que, em quinhentos anos, não multiplicou o número de
índios: subtraiu.
Com os mitos, os índios explicavam a origem do mundo e da vida, a formação dos povos, buscando respostas para
tudo o que existia ao redor.
Para a memória não se perder, contavam essas histórias revelando sua maneira de pensar, hábitos e costumes.
Mitos antigos dos índios Mura, que hoje vivem próximo ao rio Madeira, no Amazonas, contam que o arco-íris era a boca
aberta da cobra-grande, por onde os espíritos entravam no céu. Para os Xavante, que vivem em Mato Grosso, no Parque
Nacional do Xingu, o arco-íris é bafo de serpente depois da chuva, e a Via Láctea, um rastro de orvalho...
Para explicar a sua própria origem, os índios também têm suas histórias. O segredo da existência de cada povo
pode ser uma árvore, fendas numa montanha ou gotas da chuva. Para os Pataxó, que vivem em Minas Gerais e no sul da
Bahia, à beira-mar, os primeiros habitantes vieram de gotas da chuva. Pataxó é água da chuva, que caminha para o rio,
que caminha para o mar...
CASTANHA, Marilda. Pindorama: terra das palmeiras. 2. ed São Paulo: Cosac Naif, 2008.
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1- “Pindorama. Palavra de origem tupi que significa terra das palmeiras.”
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Onde fica Pindorama?
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2- Hoje, qual é a preocupação dos descendentes dos antigos povos indígenas?
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3- Indique se a afirmativa do texto é FATO ou OPINIÃO:
“Matemática estranha, que, em quinhentos anos, não multiplicou o número de índios: subtraiu.”
“Dos milhões de índios que viviam no extenso território brasileiro estão apenas alguns mil.”
4- Os índios criaram muitas histórias para a memória não se perder: eram os mitos. O que esses mitos explicavam?
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Fotografia.folha.uol.com.br/galerias/27431tiras-de-armandinho
Texto 17
1- Que sinal de pontuação do 1º. quadrinho indica que aquele trecho
é continuação de algo que foi dito anteriormente?
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2- “... E assim foi o descobrimento do Brasil!”
A que fatos, não ditos no texto, se refere a palavra destacada?
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3- Que sentimento de Armandinho a expressão “Como assim?!” indica?
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Vimos que os indígenas contavam suas histórias e mitos a fim de não permitir que sua memória se perdesse, ao
mesmo tempo em que buscavam explicação para tudo o que havia ao redor.
Vamos ler mais uma história.
Texto 17
Os índios não tinham fogo. Kanassa, velho pajé, resolveu viajar para conseguir fogo para seu povo, fosse lá como
fosse. Não podiam mais viver assim: passar frio e comer tudo cru...
Como as noites estavam frias, Kanassa levou, na mão fechada, um vaga-lume. Era com a luzinha fraca do vagalume que ele se aquecia. Depois de caminhar uma porção de dias, Kanassa contornou uma grande lagoa, onde vivia
seu parente, a Saracura.
– Olá, compadre, como vai? – falou o velho.
– Tudo bem, compadre. Só que esta lagoa está ficando muito perigosa – disse a Saracura.
– Como é que eu vou atravessá-la, compadre?
– Só fazendo uma boa canoa, Kanassa – respondeu a Saracura.
– Então eu vou fazer uma de barro mesmo – retrucou Kanassa.
Feita a canoa, embarcaram os dois compadres: Kanassa e Saracura.
(...)
– Quem é o dono do fogo? – perguntou Kanassa.
– É o Urubu-Rei – respondeu Saracura.
– Como ele é? – perguntou o velho.
– Ele se parece com esses que andam por aí, só que tem duas cabeças e só fica em lugares muito altos.
– Ele não desce?
– Ele só desce para comer carniça muito boa – esclareceu a Saracura.
– Como é que a gente faz para segurá-lo? – insistiu Kanassa.
– O único jeito é matar um veado grande e ficar escondido embaixo da unha dele até o Urubu-Rei descer.
– E aí?
– Aí, quando ele chegar, a melhor maneira é segurar-lhe a perna e só soltar quando ele der o fogo – explicou a
Saracura.
Kanassa aceitou o conselho da Saracura. Só que não precisou matar o veado, bastou desenhar um bem grande no
chão e se esconder embaixo da unha da perna dianteira.
Depois de três dias, quando a carniça já estava cheirando bastante, começaram a chegar os urubus comuns. O Rei
ficou longe, empoleirado numa árvore alta.
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Lá embaixo, a algazarra era enorme. A todo momento gritavam:
– Pode vir. Está tudo bem. Estamos com fome. Venha logo! – gritavam os urubus comuns.
O Urubu-Rei, desconfiado, lá de cima examinava a carniça, torcendo o pescoço para enxergar melhor. Lá debaixo, o chamado
insistente continuava:
– Pode vir. Aqui está tudo bem. Venha que estamos com fome – gritavam os urubus.
– Arrastem a carniça bem para perto desse tronco – disse o Urubu-Rei, quase convencido.
Os urubus obedeceram à ordem do chefe e arrastaram a carniça, mas, nesse momento, avistaram Kanassa escondido. Antes que
eles fugissem, Kanassa cochichou, fazendo promessas para os urubus.
– Psiu... Fiquem quietos! Façam-no vir até aqui. Depois eu crio outra carniça para vocês.
Então, o Urubu-Rei resolveu descer até a carniça. Antes de começar a comer, examinou-a cuidadosamente. Achando tudo em ordem,
determinou que todos começassem a comer juntos, iniciando pela perna traseira. Tudo foi indo muito bem, mas, quando chegou na parte
dianteira, Kanassa, que estava escondido ali, segurou a perna do Urubu-Rei e disse:
– Oh, Anêto, estou segurando você porque a minha gente está precisando do fogo e só você sabe onde tem. Eu não vou fazer nada
de mal para você.
O Urubu-Rei zangou-se um pouquinho, mas, na mesma hora, chamou o pássaro preto e falou:
– Meu filho, vá buscar fogo lá em cima no céu. Eu estou aqui preso pelo Kanassa. Ponha fogo numa embira de pindaíba e venha
devagar. Se vier depressa, o fogo apaga.
O pássaro foi e voltou direitinho, mas trouxe só brasa. O Urubu-Rei mandou que soprasse a brasa para acender o fogo. Feito isso, ele
entregou ao Kanassa um fogo bonito. O velho índio, contente, imediatamente largou a perna do Urubu-Rei.
– Muito bem, Anêto, minha gente vai ficar contente – falou o velho.
(...)
– Kanassa, se o fogo apagar, quebre uma flecha de cana-braba em pedacinhos e amarre todos eles, um colado ao outro, bem firme.
Depois, prenda bem no chão e, com uma varinha de urucum, apoie uma das pontas nos pedaços da flecha e gire com força. Logo
depois da fumaça vem o fogo.
Kanassa (...) chegou à aldeia levando o fogo e falando:
– Pronto, pessoal, olha o fogo! Agora não precisamos mais de sol para assar peixe na pedra.
Adaptado de VILLAS BÔAS. Claudio e Orlando. Histórias do Xingu . Ilustrações Rosinha – 1 ed. – São Paulo: Companhia das
Letrinhas, 2013.
emojipedia.org/fire
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1- O texto “A conquista do fogo” é uma narrativa que conta como os indígenasconseguiram trazer o fogo para a aldeia. Qual o fato que dá
origem aos acontecimentos da história?
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2-
“Os índios não tinham fogo. Kanassa, velho pajé, resolveu viajar para conseguir fogo para seu povo, fosse lá como fosse.”
O que significa a expressão destacada?
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3- Por que Kanassa decidiu levar um vaga-lume na mão?
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4- As narrativas se localizam no tempo. Portanto, circule as expressões que indicam passagem de tempo nos parágrafos indicados:
2.º parágrafo
20.º parágrafo
5- Qual foi o conselho dado por Saracura para Kanassa para que ele conseguisse segurar o Urubu-Rei?
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6-
“Lá embaixo, a algazarra era enorme.”
A que lugar se refere a palavra destacada?
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7-
“Então, o Urubu-Rei resolveu descer até a carniça. Antes de começar a comer, examinou-a cuidadosamente. “
A que se refere a palavra em destaque?
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8- O que o Urubu-Rei ensinou a Kanassa, caso o fogo se apagasse?
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O Curupira, assim como a Iara, o Saci, a Cuca, o Caipora, a Matintaperera, a Pisadeira são personagens da
nossa cultura.
Você já os conhece ou ouviu falar sobre algum deles?
Texto 18
Seu Curupira, dono da mata,
como é, como é você?
Quem já viu o Curupira
cai sempre em contradição:
uns falam que ele é gigante,
outros que é um curumim
e outros, que é um anão.
Uns falam que ele se mostra,
outros dizem que se esconde
bem dentro do breu da noite.
Mas ninguém duvida, jamais,
que o Curupira protege
as matas e as florestas
e é o senhor dos animais.
E o Curupira, se vê um caçador,
vira mágico e vira a mata.
Dá sinais, engana e pia,
assobia e espanta as aves
e espanta os outros animais.
E assim ele desvia a morte
e desvia dos caminhos o caçador.
Se o caçador não se retira,
vira fera o Curupira.
Os pelos soltam-se do corpo,
monta num porco-espinho
e, com ira, o Curupira se atira
pra cima do caçador.
Na mata, o caçador já não mata:
Chegou seu dia de caça,
vira caça do Curupira!
O lenhador quase pira:
pega o machado, dá no pira,
sem ver que era o Curupira.
E o Curupira, se vê um lenhador,
brinca de esconde-esconde.
Só pra defender a floresta,
Nos troncos ele se esconde.
O corpo se encolhe pra dentro,
a queixada e as imensas orelhas
se balançam com febre pra fora.
Nervosos, os galhos se agitam
e os pelos do Curupira se arrepiam
e soltam mil choques e luzes
Seu Curupira, dono da mata,
como é, como é você?
E o Curupira só ternura inspira
aos habitantes da mata.
Mas quem mata ou destrói a mata
vai ter que enfrentar a ira
do valente Curupira.
JOSÉ, Elias. Cantos de encantamento. São Paulo:
Formato Editorial, 1996.
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A Iara é outro personagem da nossa cultura. Ela é conhecida como a Mãe d’água e, segundo as lendas, pode ser
encontrada nos rios, principalmente da região amazônica.
Texto 19
1- Copie, do texto 18, uma estrofe em que o eu lírico dialoga com o personagem:
_________________________________________________________________________
Dona de uma voz doce,
2- Por que o Curupira é tão importante para a natureza?
é jovem e muito bela.
___________________ _____________________________________________________
3- “Na mata, o caçador já não mata:” Observe que as duas palavras são escritas da
mesma forma, mas têm significados diferentes. Escreva o significado de cada uma.
Iara é o lindo nome
da fascinante donzela
que leva os apaixonados
a seguirem sem cautela.
Linda e enigmática,
cabelos longos ao vento.
O seu canto é hipnótico,
atraindo-os para dentro
_________________________________________________________________________
4- “O lenhador quase pira: / pega o machado, dá no pira, / sem ver que era o Curupira.”
Escreva o significado da expressão destacada.
_________________________________________________________________________
5- No dia da abertura dos Jogos Olímpicos, a pira olímpica será acesa, provavelmente,
por um dos atletas brasileiros. E nesse texto, qual o significado?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
das águas muito profundas,
6- Copie, do texto 19, as palavras e expressões que caracterizam (dizem como é) a Iara.
depois só resta lamento.
_________________________________________________________________________
LONGOBARDI, Nireuda. Mitos e lendas do Brasil em
cordel. São Paulo: Paulus, 2009.
(Coleção Mistura Brasileira)
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7- No trecho “a seguirem sem cautela.”, a expressão em destaque pode ser substituída,
sem alterar o sentido, por
_________________________________________________________________________
8- No trecho “atraindo-os para dentro” (verso 10), a quem se refere a palavra
destacada?_______________________________________________________________
9- “depois só resta lamento”. Por que a consequência de a Iara atrair os apaixonados
para dentro das águas muito profundas é o lamento?
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A vitória-régia é uma planta típica das regiões tropicais da América Latina, como a Amazônia. Tem as folhas redondas
com as bordas levantadas, que bóiam na água e podem chegar a quase dois metros de diâmetro. Suas flores brancas só
abrem durante a noite. Ela recebeu esse nome em homenagem à Rainha Vitória da Inglaterra.
Adaptado de Saraiva Jovem – Dicionário da Língua Portuguesa Ilustrado
Texto 20
Lenda sobre vitória-régia é contada na Coleção Folha
Criada por índios para explicar a origem de uma das plantas mais famosas da Amazônia, "A Lenda da Vitória-Régia" é o assunto e
também o título do nono volume da Coleção Folha Folclore Brasileiro para Crianças, que chega às bancas no próximo domingo (15).
No reconto escrito por Silvia Oberg, Naiá é uma indiazinha apaixonada pela Lua. Tudo o que ela quer é ser transformada em estrela,
da mesma forma que o pajé conta que a Lua faz com moças bonitas de quem gosta.
Certa noite, a menina Naiá vê a imagem do corpo celeste refletida num rio e, acreditando ser esta a oportunidade do tão esperado
encontro, mergulha nas águas e de lá nunca mais volta.
A Lua então a transforma na flor perfumosa da planta redonda, grande e de bordas altas, que fica na superfície dos rios amazônicos.
Oberg, que é especialista em literatura infantil e juvenil e doutora em ciência da informação pela Universidade de São Paulo, criou um
texto leve e compreensível para crianças com idade a partir dos 3 anos, no qual narra as andanças de Naiá em busca da Lua.
O texto brinca com o som produzido por animais que a indiazinha encontra pelo caminho. "É um recurso interessante para quem
conta a história, as crianças adoram", diz Oberg.
No CD que acompanha o volume, a narrativa inclui o som desses animais. Além disso, o disco apresenta as cantigas "Nesta Rua" e
lendasdobrasil.blogspot.com
"Onde Está a Margarida?", que embala um jogo ensinado no volume.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/210806-lenda-sobre-vitoria-regia-e-contada-na-colecao-folha.shtml
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1- Os textos são escritos com um objetivo, ou seja, para algum fim. Qual a finalidade do texto 20?
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2- O texto apresenta um resumo da lenda da vitória-régia. Quem são os personagens que fazem parte dessa história?
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3- Qual é o fato que dá origem à lenda da vitória-régia?
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4“Certa noite, a menina Naiá vê a imagem do corpo celeste refletida num rio (...)”
A expressão destacada foi utilizada para evitar a repetição de uma outra palavra utilizada anteriormente. Escreva que palavra é esta.
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5- “(...) acreditando ser esta a oportunidade do tão esperado encontro, mergulha nas águas e de lá nunca mais volta.”
A que lugar se refere a palavra destacada?
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6- Como acontece o desfecho da lenda, ou seja, como a história termina?
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7- "É um recurso interessante para quem conta a história, as crianças adoram", diz Oberg.
Por que foram empregadas as aspas neste trecho?
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ESPAÇO PES
UISA
Nossa cultura é muito rica em lendas e mitos. Pesquise, no acervo da Sala de Leitura, outras
histórias que, assim como a de Naiá, tentam explicar a origem do que há na natureza. Você e seus
colegas podem apresentá-las através de dramatização ou teatro de fantoches, ou ainda criar histórias
em quadrinhos e expor no mural da sala.
Combine com seu Professor e siga lendo sempre mais!
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Os contos, as lendas e os mitos estão presentes na cultura de diferentes povos. Vamos encerrar nossas leituras com um
conto do Japão que também narra uma história com os deuses Susano e Amaterasu.
Susano, o deus da tempestade, não conseguia parar de chorar depois que a mãe, Izanami, morreu. Por isso, o pai o
exilou na Terra dos Mortos para que ficasse com ela.
Antes de partir, Susano pediu para visitar a irmã, Amaterassu, deusa do Sol, no salão sagrado de tecelagem. Os dois
tiveram uma briga feia. Furioso, Susano pegou o cavalo e o jogou contra o teto do salão.
A gentil Amaterassu ficou tão assustada que correu e se escondeu no fundo de uma caverna escura. Nesse instante, o
Sol sumiu e o mundo mergulhou na escuridão.
Pensando rápido, o deus Omoikane usou uma corda mágica cheia de joias para pendurar um espelho mágico em uma
árvore diante da caverna. A deusa da aurora começou a dançar ali perto.
Curiosa, Amaterasu olhou para fora e foi ofuscada por seu reflexo no espelho. Então,os deuses a puxaram da caverna
e fecharam a entrada com a corda mágica. Assim, o Sol voltou ao mundo.
Adaptado de GANERI, Anita. Mitos: histórias, deuses e heróis e testes divertidos.São Paulo: Publifolhinha, 2015.
1- Qual era a causa de Susano não parar de chorar?
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2- “Furioso, Susano pegou o cavalo e o jogou contra o teto do salão.”
A quem se refere a palavra destacada?
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3- Por que o Sol sumiu e o mundo mergulhou na escuridão quando Amaterassu se escondeu no fundo da caverna?
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4- O que os deuses fizeram para que o Sol voltasse ao mundo?
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Ao terminar este caderno, temos o prazer de ler uma história escrita pelo aluno Matheus Ferreira Soares, da E.M. 05.15.052 Azevedo Júnior, aluno
da Professora Milena Bonito, que estava no sexto ano em 2015.
Todos estavam esperando pela festa. Ninguém queria ficar de fora. E, lá fora, havia uma grande fila. Ao ouvir o agogô,
todos entraram festejando.
Havia fogueira, música, espaço para dançar kuduro e outras danças africanas, mas todo mundo só pensava em uma
coisa, a mais gostosa da festa: o angu de Angola. Ninguém parava de olhar para ele.
Quando Dona Florença botou o angu na mesa, a fila ficou maior que na hora de entrar na festa. Depois de comerem e
festejarem, todos foram embora para casa cheios de alegria.
No final da festa, Dona Florença e seu esposo estavam tão cansados que começaram a discutir sobre quem iria limpar
tudo. Um convidado que ainda estava por lá, disse:
─ Por que estão brigando? Vamos arrumar juntos!
Eles resolveram, então, arrumar todos juntos ao som de uma kizomba.
Matheus Ferreira Soares
KIZOMBA
AGOGÔ
www.institutoiab.org.br
www.gotkizombafestival.com