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Transcrição

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SUMÁRIO
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Editorial
Capacitação Institucional em prol da
excelência de serviços
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CFPAS no Novo Millénio
Técnicos do CFPAS
capacitados em Irrigação e Drenagem
3
CFPAS comemora dia dos professores
4
Contratado pela AIAS
ÁGUA
CFPAS
Centro de Formação
Profissional de Água
e Saneamento
Revista Água - Edição nº 43 | Dezembro de 2015
CFPAS capacita Canalizadores e
Operadores de PSAA
5
Em Gestão de Perdas
6
A convite da UEM
7
Contratado pela AIAS
8
Gestores e operadores de PSAA
treinados no CFPAS
pela
melhor
ia
qualida da
de
de vida
Capacitados técnicos do FIPAG Região
Norte
CFPAS presente no Balanço de implementação do Currículo de Água e
Saneamento
CFPAS capacita técnicos em Noções de
Contabilidade Financeira
Ficha Técnica
Propriedade:
15
COMUNICANDO
Grupo de Água e Saneamento Nacional
reunido em Lichinga
16
PRONASAR e Desenvolvimento
Sustentável
19
Visitas a Chimbunila e Muembe
Em Nampula
21
Lançada a Terceira fase do Programa de
Governação de Água e Saneamento
24
Conhecidos vencedores do Prémio
Jornalismo para Água, Saneamento e
Higiene, edição 2015
Centro de Formação Profissional de
Água e Saneamento
Editor:
Jorge Manuel da Conceição Júnior
Supervisão:
Eunice Gilda Chirindja Djedje e
Celestino Lucas
Revisão:
Lúcio Augusto Carvalho Muluana e
Sidónio Cumbe
Layout & Impressão: CIEDIMA, LDA.
Financiamento:
Cooperação Suíça para o Desenvolvimento,
Águas da Região de Maputo e CFPAS
Tiragem:
1500 exemplares
Revista água:
Registada sob o número 0883/FBM/91
Avenida do trabalho n° 1441, Maputo
Telefax: 21-405481 • Cell: 82 310 5500 • www.cfpas.co.mz
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Editorial
Editorial
Editorial
Capacitação Institucional em prol da
excelência de serviços
O segundo semestre foi marcado por actividades de capacitação institucional e realização de cursos. Com efeito, para além da
capacitação em Hidrometria, técnicos da nossa organização beneficiaram de formação ministrada por especialistas holandeses e
moçambicanos, respectivamente, nas áreas de Perdas e de Irrigação e Drenagem, dois cursos novos e pertinentes para o Sector de
Águas, que vêm enriquecer o “cardápio” da formação que o CFPAS oferece.
Nesta metade do ano, a nossa instituição ministrou, a técnicos do FIPAG Região Norte, o curso piloto de perdas, capacitou
técnicos da Administração de Infraestruturas de Água e Saneamento (AIAS), em Gestão de Operação e Manutenção de Pequenos Sistemas de Abastecimento de Água (PSAA) , Canalização e Noções de Contabilidade Financeira e ainda treinou Gestores
de PSAA enviados pela Direcção Nacional de Águas.
Outro facto relevante foi a participação do Director Adjunto Pedagógico do CFPAS, no júri do concurso de Jornalismo em
Água, Saneamento e Higiene realizado pela Helvetas Swiss Intercooperation e a Wateraid, em parceria com o Sindicato Nacional
de Jornalistas (SNJ), e com o apoio da Water Integrity Network.
No contexto do seu papel na recolha e disseminação de informação, o CFPAS publicou, com o financiamento da União Europeia, um boletim especial dedicado ao Projecto de capacitação institucional do FIPAG Região Norte, que reporta o impacto das
actividades de formação que beneficiaram os profissionais desta instituição. Relativamente a datas comemorativas, a nossa instituição
comemorou o dia dos professores com um debate e uma exposição, seguidos de um almoço de confraternização.
Um outro evento a destacar foi o lançamento de 80 técnicos médios (gestores operacionais de recursos hídricos), para o
Mercado de trabalho, parte dos quais contratados pelas empresas onde estagiaram. É caso para nos regozijarmos, ao constatarmos
que o fruto do nosso trabalho é visível: Uma boa parte dos nossos graduados encontram emprego e contribuem para a melhoria
do abastecimento de água, no nosso país.
A terminar, agradecemos a colaboração e o apoio dos nossos parceiros e clientes, a quem desejamos um próspero ano novo.
Eunice Gilda Chirindja Djedje
Directora do CFPAS
PROGRAMA DE FORMAÇÃO 2016
Curso Técnico de Nível Médio
Nível de ingresso
Duração
Gestão Operacional de Recursos Hídricos (GORH)
10ª classe
3 anos (curso diurno) e 4 anos (curso nocturno)
Curso Técnico de Nivel Básico
Nível de ingresso
Abastecimento de Água e Saneamento (AAS)
7ª classe
Diplomas Profissionais
+Nivel de ingresso
Gestão Operacional de Recursos Hídricos (GORH)
12ª classe
3 semestres (curso diurno) e 4 semestres
(curso nocturno)
Diploma Profissional de Abastecimento de Água e
Saneamento (DPAAS)
10ª classe
1 ano (curso diurno) e 3 semestres
(curso nocturno)
Diploma Profissional de Participação e Educação
Comunitária (DPPEC)
10ª classe
1 ano (curso diurno) e 3 semestres
(curso nocturno)
Diploma Profissional de Contabilidade e
Administração (DPCA)
10ª classe
1 ano (curso diurno) e 3 semestres
(curso nocturno)
3 anos (curso diurno) e 4 anos (curso nocturno)
Aulas práticas: Para além das aulas teóricas, os estudantes beneficiam de aulas práticas em instituições do sector de Águas.
Estágios: Os nossos finalistas estagiam em instituições do sector de Águas, no país.
Infraestruturas: Biblioteca , Oficina de Bombas de Água, Canalização, Motores e Electricidade, para além de um espaço para a práticas de Bombas.
Para mais informações, dirija-se às instalações do CFPAS, na Avenida do Trabalho n° 1441, ou ligue para os seguintes contactos telefónicos:
Telefax: 21-405481 ou cell: 82 310 5500
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CFPAS NO NOVO MILENIO
Técnicos do CFPAS
capacitados em Irrigação
e Drenagem
da área. A capacitação visava contribuir
para o desenvolvimento das capacidades
dos profissionais, nas diferentes áreas de
concepção, implementação e gestão dos
sistemas de rega e drenagem relacionados
com a produção agrária. Trata-se de uma
nova área que o CFPAS abraça, que não
é tradicional e enquadra-se nas metas de
desenvolvimento sustentável. O pacote
de formação contempla os módulos de
captação de água, distribuição de água,
uso de água e aspectos sócio-económicos
e culturais ligados ao uso e aproveitamento da água e dos sistemas de rega e drenagem, na agricultura, incluindo questões
de género.
Após a formação, os nossos técnicos
já são capazes do seguinte:
• Descrever e distinguir:
Os princípios gerais de rega
e drenagem;
Os diferentes sistemas de
rega e drenagem e o seu dimensionamento.
• Identificar as necessidades de
água para as diferentes culturas e
respectivas técnicas de rega e drenagem;
• Aplicar os diferentes tipos de
rega, conhecendo as respectivas
Aula prática de irrigação e drenagem
vantagens e desvantagens, de
Teve lugar, de 19 a 23 de outubro, Drenagem, com a participação de 5 técacordo com o tipo de solos,
no distrito do Chókwè, o curso de for- nicos do CFPAS e 2 recém-graduados
topografia e cultura.
mação de formadores em Irrigação e da instituição, ministrado por especialistas
CFPAS comemora dia dos professores
A
s comemorações do 12 de
outubro (dia dos professores) decorreram na oficina
de electricidade e foram presididas pelo
director Adjunto Pedagógico, Celestino
Lucas, que realçou a necessidade dos
professores pautarem por uma conduta correcta, com vista a promoverem a
qualidade de ensino, destacando a importância da investigação, do rigor e do
profissionalismo.
Sob o lema unidos pela profissionalização do docente para um ensino de
qualidade e com a moderação do chefe
da secção pedagógica, Lúcio Muluana,
teve lugar um debate onde se reflectiu sobre as qualidades e factores que tornam
o professor verdadeiramente profissional.
Basicamente, realçou-se que o professor
que pauta pelo profissionalismo é aquele
de quem os estudantes se orgulham, pelo
facto de ter uma atitude exemplar dentro e fora da escola. Por sua vez, alguns
estudantes enumeraram, na sua óptica, os
pontos – chave para se elevar a qualidade
de ensino, designadamente a criação de
condições para os professores apostarem
mais forte em aulas práticas, por um lado,
e, por outro, o compromisso na promoção
do saber-estar e do saber- fazer, para que
os graduados dos cursos estejam aptos a
integrarem-se no Mercado de trabalho
sem muitos obstáculos.
Um outro aspecto mencionado, para
que o profissionalismo seja a palavra de
ordem, por parte dos professores, é a necessidade de atribuição de prémios aos
melhores, com o intuito de estimulá-los a
darem o máximo de sí.
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Contratado pela AIAS
CFPAS capacita Canalizadores e
Operadores de PSAA
Um total de 27 profissionais, designadamente Canalizadores e Operadores de PSAA1, foram
capacitados pelo CFPAS, nas suas instalações, em setembro do corrente ano. A formação foi
encomendada pela AIAS, na perspectiva de promoção da melhoria da gestão do abastecimento
de água.
Formandos numa aula teórica sobre PSAA
O curso de canalizadores decorreu
de 8 a 12 de setembro e reuniu 13 participantes (canalizadores) provenientes
dos distritos das províncias de Maputo
(Moamba e Namaacha), Gaza ( Bilene
e Mabalane), Inhambane (Vilanculos),
Manica (Manica), Sofala (Nhamatanda,
Caia), Zambézia (Mopeia), Nampula
(Malema e Nametil), Cabo Delgado
(Mocímboa da Praia) e Tete (Ulongue).
Foram abordados conteúdos tais como:
• Selecção de materiais;
• Acessórios de materiais modernos;
• Uso correcto de ferramentas e
equipamentos modernos de canalização;
1
• Instalação de um ramal de ligação,
• Montagem e manutenção de
contadores de água;
• Controlo do estado dos contadores de ligas;
• Manutenção de sistemas de canalização;
• Válvulas e ventosas e ainda a reparação de condutas.
Depois do treinamento, os formandos estão agora capacitados a reduzir
as perdas de água, em virtude de já dominarem o uso de materiais e saberem
seleccioná-los e aplicá-los, para além de
terem aprendido a fazer a manutenção de
válvulas, torneiras e ventosas.
Já a Capacitação em Gestão de
Operação e Manutenção de Pequenos
Sistemas de Abastecimento de Água
(PSAA) efectuou-se de 14 a 24 de
setembro e contou com 14 participantes, oriundos das seguintes instituições:
CORRESS (1), distrito de Caia (1), ECDGEP(1) , Manjacaze (1), Empresa Moçambicana de Águas de Vilanculo (1),
Associação Flor (1), Collins (2), Kutenda
(1), PSAA do distrito de Namuno (1),
Município da Manhiça (1), Bilene (1) e
ENGEPESQUISA (1). O treinamento
consistiu na aprendizagem, por parte dos
formandos, dos conteúdos seguintes:
• Operação dum PSAA;
Pequenos Siistemas de Abastecimento de Água
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• Arranque e paragem de grupos
de bombagem;
• Manutenção de equipamentos
electromecânicos;
• Qualidade e tratamento da água;
• Maneio de válvulas e sua manutenção;
• Planificação da manutenção preventiva;
• Execução da manutenção regular
dos equipamentos;
• Operação de uma ETA2;
• Quadro de diagnóstico de avarias e sua solução;
• Preenchimento de mapas de exploração;
• Produção de um PSAA.
Ecos do curso:
No encerramento do curso, três formandos exteriorizaram a sua satisfação nos
seguintes termos:
“Aprendi fundamentos importantes
de electricidade, que vão ajudar-me na
gestão da componente eléctrica do sistema de bombas, canalização e tratamento de água. Passarei a trabalhar de forma
sistematizada e contribuir para a melhoria do abastecimento de água.” (Jorge
Tomé- representante da empresa privada COLLINS e Gestor do Pequeno
Sistema de Abastecimento de Água da
Moamba)
“ Já sei como accionar a bomba e
observar, antes de ligar, porque é preci-
so ver o nível da corrente eléctrica, para
a prevenção de avarias. Percebi que o
controlo parte do contador, pois permite
controlar o caudal de água, isto é , a água
que entra e a que sai. Este conhecimento
é importante, pois, muitas vezes, gastamos
muita corrente eléctrica e o seu aproveitamento é reduzido. Adquiri bases que
ajudam a identificar fugas”. (Carlos Jorge
Manusse)
Vi conteúdos novos como electricidade, manutenção de bombas e tratamento de água. Vou trabalhar de forma
sistematizada e mostrar aos colegas como
se faz a protecção de quadros eléctricos.
(Gaspar Baptista Gaspar)
Em Gestão de Perdas
Capacitados técnicos do FIPAG Região Norte
Cerca de 50 técnicos, provenientes
das províncias de Nampula (Nacala e
Ilha de Moçambique), Niassa (Cuamba
e Lichinga) e Cabo Delgado (Pemba),
foram formados, de 21 de Setembro a
2 de Outubro, na província de Nampula, em matéria de Gestão de Perdas,
no quadro do Projecto de Capacitação
Institucional do FIPAG Região Norte
financiado pela União Europeia.
A formação é parte de um pacote
de várias capacitações planificadas no
âmbito da redução de perdas que vêm
ocorrendo em todas as áreas operacionais
da região norte e não só.
A capacitação foi ministrada pelo
CFPAS, em parceria com a Vitens, e
visou, especificamente, dotar os participantes de conhecimentos sobre a criação da Zona de Medição e Controlo,
Importância da reparação de fugas , do
zelador, dos instrumentos de recolha de
dados dos clientes e de planos de acção
realísticos.
O curso, dividido em duas partes,
teve a primeira parte destinada ao grupo
de operadores da secção de produção
2
e adução, hidromecânicos, canalizadores,
técnicos de infraestruturas, responsáveis
do piquete e analistas de consumo e a
segunda parte direccionada a coordenadores das áreas de Recursos Humanos,
Finanças, Técnica e Comercial, Chefes de
departamento de Administração e Finanças, secção de apoio e aprovisionamento,
procurement, departamento técnico, distribuição, produção e adução, estudos e
projectos, gestores de zona, gabinete de
apoio e gestores de ligações.
Impacto da formação
O treinamento habilitou os participantes a criar e gerir uma Zona de Medição e Controlo, a identificar e reparar
fugas, diferenciar perdas físicas e comerciais, quantificar a água não contabilizada,
criar uma base de dados com recurso a
ferramentas como Sistema de Informação
Geográfica e produzir um plano de acção exequível.
Sessão teórica sobre perdas
Estação de tratamento de Água
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A convite da UEM
CFPAS presente no Balanço de implementação
do Currículo de Água e Saneamento
A Universidade Eduardo Mondlane (UEM), através da Escola Superior
de Desenvolvimento Rural (ESUDER),
no âmbito da implementação do Projecto NICHE/MOZ/024, financiado
pela Netherlands initiative for Capacity
Development Higher Education (NUFFIC), perspectiva introduzir um currículo
de água e saneamento, em parceria com
a Technical University (TU Delft). Assim,
numa parceria UEM-ESUDER, realizouse, na vila de Vilanculos, nos dias 10 e
11 de Dezembro, um workshop, no qual
se fez o balanço do projecto NICHE/
MOZ/024, avaliou-se a implementação do currículo de água e saneamento,
no âmbito do projecto, apresentou-se e
discutiu-se a implementação do Massive
Open Online Course (MOOC), debateu-se sobre a problemática de água
e saneamento, em Moçambique, e foram
propostos mecanismos de superação dos
desafios desta área. De referir que participaram no evento representantes do
CFPAS, ARA3 Sul, IIA4 , AIAS de
Inhambane e estudantes graduados da
ESUDER.
No âmbito da capacitação institucional
CFPAS treina seus técnicos
em Hidrometria
Aula teórica de hidrometria
O CFPAS, no âmbito da capacitação institucional, realizou, de 19 a 24 de
Outubro, nas suas instalações, um curso
de Hidrometria, no qual participaram 5
técnicos da instituição e 2 recém-graduados do curso de GORH5 .
O treinamento possibilitou aos participantes aprenderam os processos de
instalação e manutenção de estações
3
4
5
hidroclimatológicas, reposição de equipamentos hidroclimatológicos (escalas hidrométricas e pluviométricas) e tratamento de
dados hidroclimatológicos. Paralelamente,
foram ministradas aulas práticas, na estação
hidrométrica da Moamba, instalada no rio
Incomáti, onde simulou-se o nivelamento
de escalas hidrométricas e medições de
caudal e de precipitação.
Como resultado da capacitação, os
participantes já estão em condições de
escolher o local para a montagem de
uma estação hidrométrica, orientar a sua
montagem e efectuar a leitura de dados
hidroclimatológicos, para além do prétratamento de dados, nomeadamente o
cálculo do caudal e a elaboração de uma
curva de vazão.
CFPAS patrocina graduados
É de realçar que a participação de
dois graduados do curso anteriormente
mencionados enquadra-se no patrocínio
que o Centro procura dar aos graduados,
para desenvolverem, num futuro próximo,
as suas actividades profissionais com bases reforçadas, intenção confirmada pelo
recém-graduado do curso do GORH,
Delcídio José Changule, participante na
formação acima, que nos disse o seguinte:
“Consolidei o que sabia sobre a disciplina de hidrometria. Sou capaz de replicar
matérias ligadas à hidrometria e hidrologia
aplicada. Estou apto a construir uma estação hidrométrica, fazendo todos estudos
necessários para o local da sua construção,
medir caudais dos rios, fazer instalações
de medidores de precipitação e efectuar
o balanço hídrico de uma albufeira”.
Administração Regional de Águas
Instituto de Invetigação de Água
Gestão Operacional de Recursos Hídricos
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Contratado pela AIAS
CFPAS capacita técnicos em Noções de
Contabilidade Financeira
Formandos atentos ao tema inventário
A sala de projecções do CFPAS foi
palco de uma capacitação em Noções
de Contabilidade Financeira, encomendada pela AIAS , que decorreu de 23 a
27 de Novembro, com a participação de
doze técnicos provenientes do sector de
Águas, onde foram abordados os seguintes conteúdos:
• Conceito e Objectivos da Contabilidade;
• Divisões da Contabilidade;
• O Património;
• Composição e Valor do Património;
• Factos patrimoniais;
• Inventário;
• Balanço e Conta;
• Vantagens da Normalização
Contabilística e Plano de Contas;
• Contabilização dos Factos Patrimoniais;
• Regras de Movimentação de
Contas;
• Análise de Factos Patrimoniais e
Lançamentos;
• O Diário e o Razão;
• Compras;
• Vendas;
• Pagamento de Salários;
• Recebimentos;
• Pagamentos;
• Caixa e Bancos.
Para consolidar a teoria, foram realizados exercícios práticos que consistiram
no seguinte: preenchimento de facturas,
análise de factos patrimoniais, inventário,
balanço, lançamentos (diário e o Razão) e
elaboração do relatório mensal de dados
financeiros.
Terminada a capacitação, o técnico
da delegação do CRA, em Cabo Delgado, Vanésio Álvaro Valentim, em nome
de todos os seus colegas, considerou a
capacitação muito boa, realçando que
todas as dúvidas foram devidamente esclarecidas. Elucidando a eficácia do treinamento, a nossa fonte enfatizou a aptidão dos formandos para a elaboração de
inventários (inventariação, por exemplo,
do material de escritório), o que facilita
a localização imediata do próprio bem e
a organização do património da empresa.
Na sua alocução, Vanésio explicou que,
antes da capacitação, havia dificuldades
na organização de arquivos, da sua parte
e dos colegas, pois não conheciam a diferença de codificação, na gestão dos arquivos, entre o sector público e privado.
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Gestores e operadores de PSAA
treinados no CFPAS
Aula prática, na oficina de bombas do CFPAS
O CFPAS capacitou, nas suas instalações, de 7 a 11 de Dezembro corrente,
22 técnicos provenientes dos Serviços
Distritais de Planeamento e Infraestruturas
(SDPI), Pequenos Sistemas de Abastecimento de Água (PSAA) e Direcção
Provincial de Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos (DPOPHRH)
das províncias de Maputo e Inhambane.
Com efeito, da província de Maputo
vieram um total de 12 formandos, 11 dos
quais trabalhando nos PSAA’s Eduardo
Mondlane (2), de Changalane (2), Mapulanguene (2), Mahubo (2) e Motaze
(3) e um do Departamento de Água e
Saneamento (DAS) da DPOPHRH. Por
sua vez, da província de Inhambane, participaram no curso 10 técnicos provenientes dos SDPI’s de Jangamo (2), Inharrime
(2), Panda (2) e Morrumbene (2) e dois
provenientes do PSAA de Quissico.
Basicamente, os formandos aprenderam
conteúdos relacionados com estações de
bombagem (composição e funcionamento), operação e manutenção de Sistemas
de Abastecimento de Água (SAA), designadamente as actividades de previsão,
execução e controlo. De realçar que os
participantes na formação beneficiaram de
uma aula prática no PSAA de Albasine,
nos arredores da cidade de Maputo.
Depoimentos
Terminado o treinamento, a nossa
reportagem ouviu três participantes, cujo
sentimento de satisfação é comprovado
pelos depoimentos seguintes:
“Elevei os meus conhecimentos na
área de Operação e Manutenção e sobre a funcionamento e composição de
um Sistema de Abastecimento de Água
(SAA). Vi novas Tecnologias de Canalização, nomeadamente o uso do tubo
PPR e a respectiva máquina de junção.
Vou ajudar o SDPI de Jangamo a fiscalizar a rede de abastecimento de água,
para efeitos de identificação de fugas. Fiquei impressionado com o equipamento
instalado nas Oficinas de Bombas e de
Canalização do CFPAS, bem como com
a Biblioteca, que tem uma vasta gama de
livros sobre Água e Saneamento”.(Artur
Pascoal Nhanombe -SDPI de Jangamo)
“Aprendi sobre o tratamento de
água, ferramentas para a canalização da
água e instalação de redes de abastecimento de água. Na visita que fizemos ao
PSAA de Albasine, passei a conhecer as
componentes de gestão (como o sistema
está organizado, começando pelo gestor,
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passando pelo canalizador até aos guardas). Já sei qual o melhor material para
uso, na canalização, assim como tratar a
água e monitorar a qualidade da mesma.
Aprendi que, no caso de uma avaria,
no quadro eléctrico, devemos substituir a
peça estragada por uma nova, para evitar
pejuízos maiores”. (Carla Filipe Henrique
- SDPI de Panda)
“Estou preparado para medir a cloração da água, efectuar ligações, fiscalizar
a rede (ver se tem fugas ou ligações clandestinas) e fazer a leitura nos contadores,
isto é, quantificar a água consumida e/ou
perdida. Obtive conhecimentos sobre o
uso das válvulas na distribuição da água.
Com efeito, quando chegar a Changalane, vou reunir com a estrutura do bairro
e falar com a população para que a distribuição de água passe a acontecer por
periodos do dia e por grupos da comunidade, uma vez que a distribuição de
água para todos , de uma única vez, não
responde às necessidades, pois há casas
onde a água não chega, por incapacidade
de bombagem. (Mário João Mula -Em-
presa JAGOFIL – operador do PSAA
de Changalane)
“Um outro conhecimento que retive,
na visita efectuada ao PSAA de Albasine, propriedade do FIPAG e gerido por um operador privado, foi que
o fornecedor de água deve fornecer a
tubagem, o contador e outros acessórios
, prevenindo problemas de fugas na rede
provocadas pelo uso de material sem
qualidade”. (idem)
Alunos em exames finais
Decorreram de 16 a 23 de novembro
do corrente ano, no CFPAS, exames dos
cursos ministrados na instituição, nomeadamente o médio de Gestão Operacional de Recursos Hídricos (GORH),
o básico de Abastecimento de Água
e Saneamento (AAS), bem como os
Diplomas Profissionais de Abastecimento de Água e Saneamento (DPAAS)
e de Contabilidade e Administração
(DPCA). Nas disciplinas examinadas no
curso e no diploma de GORH, desta-
cam-se as de Português, Construção Civil
Aplicada, Inglês, Conservação Ambiental
Hidrometria, Matemática, Qualidade da
Água, Gestão de Recursos Hídricos,Topografia, Hidrometeorologia, Irrigação e
Drenagem, Química Geral, Hidrologia
Aplicada, Física, Hidrologia, Geohidrologia, Medições e Orçamentos, Legislação
do sector de Águas, Geologia, Organização e Planificação do Trabalho, Geografia Fisica e Hidráulica. Quanto ao curso de AAS e ao DPAAS, as disciplinas
em destaque foram as de Poços e Furos,
Desenho Técnico, Saneamento, Biologia,
Educação Comunitária, Física, Topografia,
Química Geral, Hidráulica, Abastecimento de Água e Organização e Planificação
do Trabalho. Relativamente ao DPCA,
as provas realizados foram referentes às
cadeiras de Contabilidade Geral, Técnicas de Secretariado, Economia Política,
Contabilidade de Custos e Economia de
Empresas.
Alunos em pleno exame na oficina de Electricidade
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Bolseiros das ARA’s e dos SDPI
formam-se em GORH
Quando o CFPAS foi criado, em
1980, a sua missão era formar técnicos
para o sector de Águas, de modo a suprir
a carência de profissionais especializados
na área de Água e Saneamento. Neste
contexto, muitos técnicos básicos e médios, por via de bolsas de estudo financiadas, na altura, em especial, pela Cooperação Suíça para o desenvolvimento
(SDC), foram formados no CFPAS, ao
longo dos anos. Passado este periodo,
o movimento de bolseiros reduziu drasticamente, no que tange aos cursos de
longa duração, até 2010, altura em que
as ARA’s e SDPI’s ficaram mais e melhor informadas sobre a importância dos
seus técnicos serem formados no curso de
GORH, o que resultou no aumento gradual do número de bolseiros a estudarem
na nossa instituição.
Neste ano, o CFPAS acolheu, no
seu lar estudantil, bolseiros provenientes
das ARA’s Centro Norte (7) e Sul (1),
DPOPH de Gaza (1), SDPI’s de Namuno (1), Palma (1), Ibo (1) e Meluco
(1), na Província de Cabo Delgado, e
de Boane, na Província de Maputo, que
se encontram a frequentar o curso de
GORH e que se mostram satisfeitos pela
oportunidade de estudarem no centro,
conforme os depoimentos adiante.
Começamos por ouvir Brito Assis
Alfredo, da ARA Centro Norte, frequentando o segundo semestre, que apelou as ARA’s a apostarem mais em enviar
os seus técnicos para fazerem o curso
de GORH, porque o seu foco é a gestão de recursos hídricos. Paralelamente, o
nosso interlocutor explicou que o curso
é amplo e direccionado para áreas como
hidrometria, barragens, base de dados e
poços e furos, incluindo a componente
de construção civil.
Outro bolseiro que conversou com
a nossa reportagem foi Tualibo Adelino
(recém - graduado do curso de GORH),
proveniente do SDPI de Meluco, na província de Cabo Delgado, que nos disse
o seguinte:
“Como gestor de recursos hídricos,
sou capaz de gerir um PSAA, reabilitá-lo
e iniciar a construção de furos de água,
quando for necessário. Posso montar uma
escala hidrométrica e fazer as suas leituras,
Tualibo Adelino, bolseiro e recém-graduado
do curso de GORH
de modo a facilitar e visualização do nível
de água em que se encontra o rio. Aprendi canalização, o que me permite estar em
condições de fiscalizar um canalizador ou
a rede de distribuição de água e fazer
medições e orçamentos de um projecto
de construção civil”.
O terceiro bolseiro contactado pela
revista Água foi Abaxa António Joaquim, que declarou: “Venho da ARA
Centro Norte e frequento o 1° ano do
curso de GORH. Após concluir o curso,
vou trabalhar na reabilitação de estações
hidrométricas e efectuar a medição de
caudal pluviométrico . Posso montar a
bomba afridev e agora estou a aprender
canalização. Está a valer a pena a formação, porque vai ajudar a melhorar o meu
desempenho”.
O último deponente foi Faustino
Hermínio Jaime, que nos falou nos seguintes termos: “ Frequento o 2° semestre. Na Ara Centro Norte, media caudais
e recolhia dados hidrométricos, às vezes
inspeccionava as estações pluviométricas e
hidrométricas. O que aprendi, até agora,
vai ajudar-me a atender um utente que
quiser cadastrar-se e a melhorar o preenchimento de boletins hidrométricos, pois
sei calcular o volume da água do rio. Pretendo ajudar as comunidades, na época
das cheias, porque já tenho conhecimento
sobre como alertar a população, através
da altura da escala, e gerir melhor os recursos hídricos”.
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Consultoria e Assessoria em Água e Saneamento
Áreas de Intervenção:
Endereço:
Áreas
de Intervenção:
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Desenvolvimento
comunitário e Social;
Av. Karl Marx, Nº 1831, 1º Andar – Direito, Maputo
• • Desenvolvimento
de Estratégias;
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comunitário e Social;
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Desenvolvimento de Estratégias;
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Fiscalização de Obras de Construção/Reabilitação de Infra-estrutu- E-mail: [email protected]
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Abastecimento
• Capacitação institucional; e
• Gestão de projectos.
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Endereço: Av. Karl Marx, Nº 1831, 1º Andar – Direito, Maputo
Contacto: Telefax: +258 21 320505 – Cel: +258 84 6242251
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2/11/16 9:36 AM
CFPAS encerra o ano em festa
Momento de dança, na festa de encerramento do ano
A nossa instituição encerrou o ano no
dia 18 de Dezembro, com um convívio
presidido pela directora da Instituição, arquitecta Eunice Gilda Chirindja Djedje,
que fez o balanço das actividades realizadas, durante o ano, agradecendo o esforço empreendido pelos profissionais que
lidera, desejando-lhes festas felizes. Outra
intervenção foi a do chefe das oficinas,
Pedro Chissico, que, em nome de todos
colegas, realçou o papel desempenhado
por todos os antigos colegas, finados e
reformados, no crescimento do CFPAS.
Após os discursos, seguiu-se a troca de
presentes. A última parte do evento,
que teve lugar nas nossas instalações, nomeadamente na oficina de electricidade,
consistiu num almoço de confraternização
que culminou com muita dança e alegria.
ENTREVISTA
O CFPAS é muito importante para o PROSUAS
No intuito de dar a conhecer, ao estimado leitor, o valioso trabalho que está
a ser levado a cabo pelo Projecto de
Promoção de Sustentabilidade no Abastecimento de Água, Higiene e Saneamento Rural (PROSUAS), na província
do Niassa, a revista Água entrevistou o
seu chefe, Sr. Shoichi Yokogi, que fez a
radiografia dos três anos do projecto. Eis,
na íntegra, a entrevista:
1. Como surge o PROSUAS e
qual é o papel da JICA?
Com o intuito de melhorar a taxa de
acesso à água segura e ao saneamento e
promover a sustentabilidade das fontes,
na Província do Niassa, o Governo da
República de Moçambique solicitou
ao Governo do Japão um Projecto de
Cooperação Técnica denominado “Projecto de Promoção de Sustentabilidade
no Abastecimento de Água, Higiene e
Saneamento Rural, na Província do Niassa (PROSUAS) ”.
Com base nos antecedentes, o governo do Japão, representado pela
Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA), realizou um Estudo
para Formulação do Plano Detalhado do
11
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Componente de Monitoria e
Avaliação:
• Apoio na capacitação e reactivação do SINAS , na Província;
• Aula prática sobre o uso dos
equipamentos, assim como na
introdução de dados do SINAS para 9 distritos (além
dos 4 distritos-alvo do PROSUAS, mais 5 distritos estão
recebendo apoio para a reactivação do SINAS).
3. Fale do papel do CFPAS na
implementação do PROSUAS?
o entrevistado inspeccionando uma fonte de água
Projecto, em Agosto de 2012, quando
foi acordado entre o Governo de Moçambique e o Japão que os distritos-alvo
da cooperação técnica seriam Mavago,
Muembe, Majune e Mandimba. No dia
15 de Outubro de 2012, foi assinado o
Registo das Discussões, indicando como
uma das metas o apoio ao fortalecimento
da estrutura e capacidade de implementação de projectos da Direcção Nacional
de Águas (DNA), Direcção Provincial
das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos do Niassa (DPOPHRH-N)
e os Serviços Distritais de Planeamento e
Infra-estruturas (SDPI) dos distritos -alvo.
O Projecto está sendo implementado,
basicamente, em harmonia com os princípios do Programa Nacional de Abastecimento de Água e Saneamento Rural
(PRONASAR).
2. Que actividades o PROSUAS
realizou até agora?
O PROSUAS encontra-se actualmente no seu terceiro ano de execução
e podem ser destacadas as actividades
seguintes: te de capacitação/fortalec
Capacitações realizadas com o apoio
do CFPAS:
• Dois cursos sobre PEC Zonal,
com a participação de técni-
•
•
•
•
•
cos da província e dos distritos, assim como de ONGs,
associações e empresas privadas
que actuam no sector da água
e saneamento, na Província do
Niassa;
Formação de Mecânicos Locais para bombas Afridev, nos
quatro distritos-alvo do PROSUAS;
Formação de Artesãos para a
construção de latrinas;
Curso de informática aos técnicos da Província e dos distritos;
Curso sobre águas subterrâneas e furos mecânicos;
Troca de experiências dentro e
fora do País.
Componente de construção de
infra-estruturas:
• Construção de 45 fontes de
água, de um total de 50 planeados;
• Concluída a construção de 4
latrinas escolares com sistema
de lavagem das mãos. Mais
16 latrinas estão em obras, com
prazo de conclusão até o final
do ano. Todas as escolas-alvo
foram dotadas de fontes de
água segura.
Várias capacitações realizadas pelo
PROSUAS foram ministradas pelo
CFPAS, devido à capacidade que o
Centro possui, tanto do ponto de vista
técnico quanto da capacidade organizacional. O papel do CFPAS foi muito importante para o PROSUAS implementar
as suas actividades de uma forma positiva. Por exemplo, algumas das organizações capacitadas foram contratadas pelo
PROSUAS, para executar o trabalho
no campo, tais como as actividades do
PEC1. Os Mecânicos Locais capacitados
serão aproveitados para realizarem o trabalho de reparação das fontes avariadas.
Por sua vez, os artesãos capacitados estão
a ajudar as famílias das comunidades na
construção das latrinas, apoiando várias
comunidades, no sentido de alcançarem
o estatuto LIFECA , que é um dos objectivos do PROSUAS.
4. Que resultados trouxe a parceria
do PROSUAS com o CFPAS?
O PROSUAS sempre apostou e
confiou nos serviços do CFPAS, pelo
que, ao longo da implementação do projecto, solicitamos, várias vezes, os serviços
da vossa instituição, na componente de
capacitação institucional dos técnicos da
província e dos distritos. Com efeito, os
resultados desta parceria são visíveis, na
1
Participação e Educação Comunitária
12
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2/11/16 9:36 AM
medida em que os técnicos treinados em espera visualizar o impacto de uma forma
várias matérias já possuem mais capacida- mais exacta.
de, de modo ajudar alcançar os objectivos e resultados do projecto.
6. O abastecimento de água e o
saneamento melhoraram, então?
5. Comparando a situação inicial
das comunidades dos distritos
É evidente que o abastecimento
de água e o saneamento melhoraram de
onde o PROSUAS opera e o
cenário actual do abastecimento forma significativa e esse é um dos resultados a alcançar no projecto. No caso
de água, saneamento e higiene,
do saneamento, antes da intervenção do
que leitura faz?
projecto, ao nível das escolas, os alunos e
De um modo geral, o impacto do os professores usavam latrinas tradicionais
PROSUAS, ao nível dos distritos-alvo, (em alguns casos, não havia latrinas nas
é bastante visível, na medida em que, escolas) e em outras aldeias praticava-se
antes da implementação do projecto, as o fecalismo a céu aberto. Com a construpopulações consumiam água imprópria, o ção de latrinas melhoradas, que oferecem
que propiciava a transmissão de doenças maior segurança e privacidade, houve uma
e, para além disso, as pessoas percorriam diminuição da prática do fecalismo a céu
longas distâncias em busca do precioso aberto e esperamos que as latrinas melholíquido. Quanto ao saneamento, as ac- radas construídas, no âmbito do projecto,
tividades de PEC têm dado resultados sirvam de exemplo e despertem maior
positivos, uma vez que, até o mês de Ou- vontade e interesse de replicar em outros
tubro de 2015, mais de 30 comunidades distritos.
estavam em condições de se candidatar
ao estatuto de Livres de Fecalismo a Céu 7. A sustentabilidade do abastecimento de água e saneamento
Aberto (LIFECA).
está acautelada? De que forma?
O PROSUAS vai realizar, até o final
Que estratégia foi usada?
do corrente ano, o estudo de impacto
intermediário, com vista a comparar justaConforme sabe, a sustentabilidade
mente a situação inicial e a situação no
estágio intermediário do Projecto, onde se das infra-estruturas, a longo prazo, é o
fim mais desejado de qualquer projecto.
Neste caso, o PROSUAS tem envidado
esforços para garantir esta sustentabilidade, por um lado, ao nível das comunidades, onde, em cada fonte, foram criados
comités de água e saneamento, que asseguram as contribuições mensais, e formados e treinados os mecânicos locais, para
garantir a operação e manutenção das infra-estruturas. Por outro lado, sabendo da
necessidade de aproximar, cada vez mais,
as peças sobressalentes, às comunidades,
o PROSUAS, juntamente com o Governo e outros parceiros de cooperação, ao
nível da Província do Niassa, desenhou a
Estrutura Unificada de Peças Sobressalentes, que está num estado avançado para a
sua implementação.
Em suma, olhando para os esforços
que o PROSUAS tem vindo a desenvolver, na componente de capacitação
humana e disponibilização dos equipamentos necessários, podemos afirmar
categoricamente que existem condições
mínimas para que haja sustentabilidade, a
longo prazo. É verdade que os desafios
do país ainda são enormes, mas com os
esforços demonstrados pelas autoridades,
a nível da Província e dos Distritos, estamos confiantes de que os objectivos
serão alcançados.
8. Que lições tira do PROSUAS?
O PROSUAS é um projecto que
responde, de forma clara, às preocupações das comunidades dentro das suas
limitações financeiras. Paralelamente, a metodologia participativa que é usada pelo
projecto cria condições para o envolvimento de todos os intervenientes. O Projecto tem sido desenvolvido sempre em
harmonia com a política do PRONASAR, com as devidas adaptações às condições do terreno, criando oportunidade
de novas sugestões e melhoria. Além do
mais, estamos cientes que este modelo de
projecto pode servir como referência para
os futuros projectos que estejam ligados
ao abastecimento de água, saneamento e
higiene.
Shoichi Yokogi defronte de uma das latrinas construidas pelo PROSUAS
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9. Na sua opinião, tendo em conta
o que já foi feito, quais os desafios do abastecimento de água e
saneamento, nos distritos onde
o PROSUAS opera?
O sector de águas ainda regista vários
desafios, do ponto de vista prático. As
comunidades tendem a crescer e a expandirem-se, a cada dia que passa, sendo assim, haverá sempre necessidade do distrito
monitorar as condições, nas comunidades,
e fazer o devido planeamento, de modo
a garantir a expansão e sustentabilidade
dos assuntos ligados à água e saneamento.
Todavia, estamos cientes que os desafios,
ao nível dos distritos do PROSUAS, foram reduzidos de forma significativa, mas
conforme mencionado anteriormente, há
necessidade do governo local continuar
a dar o seguimento das actividades, de
forma a garantir que não haja redução dos
resultados e impactos atingidos até agora,
pelo projecto.
10. O PROSUAS termina em Fevereiro de 2017. Tendo em conta
as suas expectativas iniciais, que
avaliação faz do trabalho realizado pelo programa?
O Projecto encontra-se no seu terceiro ano de execução e temos prevista
a realização de um estudo de impacto
intermediário para Novembro de 2015,
justamente para medir o impacto do Projecto até o momento. Mas, de uma forma
geral, creio que estamos avançando num
bom ritmo para o alcance dos resultados
inicialmente desenhados, pois teremos 50
novas fontes, até o final do ano; 20 escolas com latrinas com sistema de lavagem
das mãos, incluindo fontes de água segura;
mais de 30 comunidades com possibilidade de se candidatar ao estatuto LIFECA; 9 distritos capacitados para enviar
periodicamente os dados do SINAS, via
online, e 7 distritos com estrutura para circulação de peças sobressalentes de bombas manuais.
11. Quando fala em dados do SINAS, a que se refere?
O SINAS é um sistema de gestão
de informações desenhado para cobrir
o sector de água inteiro (água e saneamento rural e urbano, bem como gestão
e desenvolvimento de recursos hídricos),
porém, quando nos referimos a dados
do SINAS trata-se de dados sobre infra-estruturas de abastecimento de água
(Sistema de Abastecimento de Água,
Poços e Furos) e saneamento (Latrina Tradicional, Latrina Tradicional Melhorada,
Latrina Melhorada e Fossa Séptica), pois
o sector pretende organizar e armazenar
melhor as informações relevantes sobre a
localização das infraestruturas, o grau de
operacionalidade das mesmas, o sistema
de gestão da informação e seu fluxo, bem
como a coordenação entre os intervenientes do sector.
É importante frisar que o PROSUAS/
JICA já criou condições necessárias para
que haja a recolha de informação e com
dados fiáveis, mas estamos cientes que
ainda existe o desafio da codificação das
fontes, ao nível da Província.
12. Fale da estrutura unificada de
peças sobressalentes. Em que
consiste?
Como a grande preocupação do
Governo, em geral, e dos parceiros, em
particular, é garantir que haja a sustentabilidade das infra-estruturas de abastecimento de água construídas, a longo prazo, neste caso foi desenhada e concebida
a Estrutura Unificada de Peças Sobressalentes, onde estão envolvidos todos os
parceiros de cooperação, governo local,
ONGs e associações que actuam no
sector de água e saneamento, na província do Niassa.
A Estrutura Unificada de Peças Sobressalentes consiste em criar um modelo
único da rede de circulação de peças
sobressalentes para bombas manuais, na
Província do Niassa, com uma tabela de
preços bem definida, de acordo com a
realidade de cada distrito, envolvimento
das capacidades locais, na venda das
peças, criação de um modelo simples e
prático de relatórios mensais que vai ajudar na reposição do stock e na prestação
de contas.
Como, ao nível da Província, tínhamos alguns distritos sem parceiros, houve
a necessidade do PROSUAS integrá-los
no projecto, na perspectiva de garantir a
unificação pretendida.
Em grandes linhas, ao nível dos distritos, foram identificados e seleccionados
potenciais Mecânicos e Comerciantes
Locais, que vão comercializar as peças sobressalentes. Por um lado, como forma de
responsabilização, será firmado um Acordo entre o Comerciante Local, Mecânico
Local e o SDPI de cada distrito sobre a
gestão desta Rede de Circulação de Peças Sobressalentes de Bombas Manuais.
Mas, por outro lado, existem também papéis e responsabilidades bem definidos,
para cada interveniente, desde a DNA,
DPOPHRH/DAS, Governo Distrital/
SDPI, Comerciante/Associação Local,
Mecânico Local e Comunidade.
A característica desta estrutura, que
não é muito diferente de ideias anteriores,
pois, como mencionado anteriormente,
todos os intervenientes do sector, na província, estão comprometidos em adoptar
esta estrutura, que foi concebida por iniciativa do GAS Provincial e do DAS/
DPOPHRH-N.
13. A terminar, quer acrescentar
alguma coisa?
Apenas desejar que o CFPAS continue a apoiar cada vez mais o sector de
água e saneamento, no país, principalmente com os conhecimentos e experiências
acumulados pelos seus técnicos.
Publicite na revista
ÁGUA
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2/11/16 9:37 AM
COMUNICANDO
Grupo de Água e Saneamento Nacional reunido em Lichinga
O Grupo de Água e Saneamento (GAS) Nacional esteve
reunido, no dia 29 de Agosto,
na cidade de Lichinga, num encontro moderado pelo chefe do
GPC6 da DNA, Messias Macie, que contou com a honrosa
presença do Secretário Permanente do Governo do Niassa,
que efectuou a abertura oficial da
reunião, de representantes da Direcção Nacional de Águas, das
DPOPHRH do Niassa, Nampula, Tete, Zambézia, Manica e
Maputo, para além dos SDPI de
distritos da província anfitriã e do
CFPAS. Participaram igualmente no evento os representantes
dos parceiros de cooperação,
designadamente da SDC, embaixada da Irlanda, NK Consultores, WSP7 , UNICEF8 , JICA ,
Concern Universal, PROSUAS
e CCM9.
Secretário Peramente do Governo do Niassa, procedendo à abertura oficial do evento
No âmbito da cerimónia de abertura
do evento, a chefe do Departamento de
Água e Saneamento (DAS) da DNA,
Julieta Felicidade, agradeceu a todos os
envolvidos na organização da reunião e
enalteceu a participação dos parceiros no
encontro. Por sua vez, o Director Provincial de Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos do Niassa, Artur Graciano, agradeceu a presença dos parceiros e
dos representantes do sector de Águas e
considerou o encontro de grande dimensão, o que mostra, segundo este dirigente,
a primazia que o sector dá aos projectos do sector de Água e Saneamento,
os quais visam essencialmente, elevar os
níveis de cobertura em água, saneamen-
to e higiene, para além de promoverem a
prevenção de doenças hídricas.
Na abertura oficial do evento, o
Exmo. Sr. Secretário Permanente do governo do Niassa, Rodrigues Artur Ussene, agradeceu, em nome do governo e da
população da sua província, a realização
do evento em Lichinga e deu boas vindas
aos presentes, destacando que o encontro serviria para se desenhar as melhores
estratégias para o aumento da cobertura
de abastecimento de água e saneamento
e referiu que há problemas de água que
urge resolver. Prosseguindo com a sua explanação, aquele alto dirigente agradeceu
a ajuda dos parceiros e encorajou-os a
continuarem a apoiar o sector de água e
6
7
8
9
saneamento. A terminar, salientou que o
encontro iria trazer conclusões e recomendações que vão contribuir para a tomada
de grandes decisões, com vista à melhoria
do desempenho do sector.
Voltando a intervir, a chefe do DAS
da DNA informou os presentes que estava em marcha a reestruturação da DNA,
que resultará na separação desta em duas:
Direcção Nacional de Gestão de Recursos Hídricos e Direcção Nacional de
Abastecimento de Água e Saneamento.
Mais adiante, a oradora destacou que
esta alteração do organigrama vai possibilitar uma melhor negociação de recursos,
para que o país seja menos vulnerável às
situações de crise.
Gabinete de Planificação e Controlo
Programa de Água e Seseamento do Banco Mundial
Fundo das Nações Unidas para a Infância
Conselho Cristão de Moçambique
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2/11/16 9:37 AM
PRONASAR e Desenvolvimento
Sustentável
Chefe do DAS/DNA dissertando sobre o PRONASAR
Relativamente ao PRONASAR,
Julieta Felicidade informou os presentes
que o Programa está na fase de revisão,
de modo a ser adequado ao novo contexto da DNA, no âmbito dos objectivos do quinquénio e das metas de desenvolvimento sustentável e acrescentou: “A
ideia é desenhar-se um programa nacional
auscultando todo o país e espera-se um
programa que consiga captar todos os investimentos possíveis”.
Outra intervenção foi a do Chefe
do GPC da DNA, Messias Macie, que
mencionou os objectivos de desenvolvimento do milénio, que preconizam o
acesso universal à água e saneamento, até
2030, e explicou que a nova abordagem
vai para além da comunidade, pois alarga-se às escolas e unidades sanitárias. O
desafio, segundo o orador, é duplo: qualidade e quantidade. Num outro momento, Messias referiu que a DNA e o WSP
estão a preparar um documento de visão
para Moçambique, face aos objectivos
do desenvolvimento sustentável, e o mesmo deve preconizar o desenvolvimento
dos recursos hídricos. Ainda na sua alocução, Macie chamou atenção para o facto
de Moçambique ter que atingir 100%
de cobertura de água e saneamento, até
2030. Ainda relativamente ao documento de visão do país, Messias afirmou:
“A visão tem que ser elaborada tendo em conta que há várias mãos que
vão operacionalizar o programa e, por
isso, deve-se alinhar a visão com os vários
planos de desenvolvimento do país”. A
terminar, o orador referiu que, no plano
económico Social (PES) 2016, está-se
a exigir fontes de água para as escolas e
unidades sanitárias e, em função disso, já
se pediu o levantamento do número de
Centros de Saúde sem água.
SINAS e Saneamento
Na sua intervenção, o Sr. Zeca Carlos, técnico da DPOPH Niassa , referiu
que os distritos já têm equipamento para
a operacionalização do SINAS, embora
alguns técnicos tenham dificuldades de
operar com o mesmo e mencionou, como
desafio, a dificuldade na elaboração de
relatórios de progresso.
Uma outra interveniente, a Sra. Rostina Massinga, da DNA, informou aos
presentes sobre a realização da avaliação
das latrinas, prevista para decorrer de 2 a
6 de novembro e realçou que, para este
ano, uma (1) comunidade só é classificada LIFECA se, simultaneamente, a escola
local tiver o mesmo estatuto, para além
desta ter um sistema de lavagem das
mãos e constatar-se a ausência de fezes
nas proximidades das famílias.
16
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Apresentações
Terminadas as intervenções e discursos iniciais, seguiram-se as apresentações do Programa GoTAS e
do PROSUAS, efectuadas pelos respectivos representantes, nomeadamente Virginia Mariezcurrena e
Cassimo Abacar, que se resumem na informação seguinte:
Programa de Governação Transparente para Água,
Saneamento e Saúde - Niassa
O Programa GoTAS opera nos distritos de Chimbunila,
Lago e Sanga, na província do
Niassa, e visa melhorar as condições de vida da população
rural alvo, através da promoção
da saúde, graças a uma efectiva
descentralização e participação
activa dos cidadãos organizados
em processos de tomada de decisão.
O GoTAS recolhe a informação
com recurso a Smartphones, uma abordagem a partir da qual foi efectuado um
estudo de linha de base que consistiu no
mapeamento da funcionalidade das fontes, identificação dos hábitos de saúde e
higiene e observação do funcionamento
dos Conselhos Consultivos. Outra actividade a destacar é o facto do Programa
ter efectuado o estudo de capacidades
dos distritos e treinamentos com os chefes de posto e localidades e técnicos dos
SDPI/Saúde, para actualizarem o SINAS,
regularmente. Brevemente, o Gotas prevê realizar um estudo aprofundado dos
hábitos de higiene, de conhecimentos e
atitudes dos sitios onde regularmente há
surtos de cólera, no distrito do Lago, em
parceria com a Direcção Provincial da
Saúde.
Sobre a metodologia usada para o
estudo de base
A metodologia usada no estudo de
base efectuado pelo Gotas consistiu na
definição da amostra, desenvolvimento
do método a ser usado e do questionário, introdução do questionário nos
smartphones, treinamento dos inquiridores
(3 dias), pré-testagem, trabalho de campo
(colheita de informação), tratamento (uso
do excel) e Mapas (GIS, Cartão DB,
Google Maps).
Vantagens e Limitações da metodologia do uso de Smartphones
O uso de smartphones proporciona a
disponilização de informação, em tempo
real; simplifica o processo, pois evita a
introdução de informação manual, na base
de dados, evitando erros; associa aos inquéritos a informação geo-referenciada
(GPS) e as fotos só com um dispositivo
(Smartphone), para além de poupar recursos e riscos - papel e caneta, pastas,
transporte, chuva, etc.
As limitações do uso dos Smartphones têm a ver com o facto da informação
ser exportada para Excel (como qualquer
inquérito), exigir que a análise seja feita
por técnicos e só facilitar a recolha e o
tratamento da informação.
Virginia Mariezcurrena apresentando o trabalho do GoTAS
17
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2/11/16 9:37 AM
Projecto de Promoção de Sustentabilidade no Abastecimento de Água, Higiene e Saneamento Rural-Niassa
A apresentação do PROSUAS
iniciou com a exibição e explicação de
desenhos típicos de latrinas escolares com
sistemas de lavagem de mãos usados pelo
Programa. A seguir, foi dado a conhecer
aos participantes, que o programa está
a preparar fichas para os mecânicos e
comerciantes, para a gestão dos stocks
(gestão de custos, custo de operação e
manutenção), para além de um draft do
guião distribuido pelos participantes e
que carece de comentários para o seu
melhoramento.
Relativamente ao saneamento, foi
mencionado que o Programa introduziu
três tipos de latrinas: para professores,
meninos e meninas. Em todas as escolas
onde há latrinas, existe uma fonte de água,
para facilitar a lavagem das mãos. Paralelamente, cada latrina comporta um lavató-
Cassimo Abacar debruçando-se sobre o PROSUAS
rio para a lavagem das mãos e existe um estrutura unificada para circulação de peguião, feito com o apoio do PROSUAS, ças sobressalentes para a bomba Afridev
para o saneamento escolar e sobre as pe- é inclusiva e para todos, na província.
ças sobressalentes. Foi esclarecido que a
Guião de saneamento escolar
Em que consiste o guião e quem
o usa?
Um dos factos que chamou a atenção
dos presentes, durante a apresentação
do PROSUAS, foi a existência de um
guião de Operação e Manutenção de
Latrinas Escolares, o qual visa auxiliar os
utentes (professores e alunos), no sentido
de manterem as latrinas limpas e operacionais. Na verdade, o referido guião
representa um instrumento básico para o
seguimento dos procedimentos de higiene
e saneamento escolar, usado no acto da
sensibilização e/ou para o conhecimento
quotidiano. Assim, o material visual de
ensino destina-se a ajudar alunos e professores a usar correctamente as latrinas e
a fazer a sua manutenção.
De referir que o guião é usado pelos
membros do Núcleo de Higiene e Saneamento Escolar e o professor é o ponto
focal (responsável), durante as actividades
de sensibilização de higiene e saneamento
da escola.
Sensibilização sobre Higiene e
Saneamento, na Escola
Após a construção e antes do início
do uso da latrina, os alunos, sob orientação dos professores, precisam saber usar
correctamente as latrinas, concretamente
no referente ao uso do urinol e sua manutenção, processo do uso do lavatório
para a lavagem das mãos, preparação da
água para o depósito elevado (tanque) e
como efectuar a limpeza do reservatório.
A sensibilização deve ser contínua, de
forma teórica e prática, para os alunos
capitalizarem o que aprenderam no seio
escolar, bem como nas suas casas, e o processo dever ser repetido, até que todos
alunos usem correctamente as latrinas, na
escola e nas suas casas.
Continuidade dos Núcleos de
Higiene e Saneamento Escolar
Os novos ingressos precisam aprender
como usar adequadamente as latrinas, na
escola. Nesta óptica, de forma a assegurar a continuidade da funcionalidade dos
núcleos de higiene e saneamento esco-
18
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2/11/16 9:38 AM
lar, é fundamental prevenir as saídas dos
graduados da 5ª classe, fazendo a sua
substituição imediata pelos alunos da 3ª
classe. Este procedimento permite a cobertura do défice de membros do núcleo
e garante a sensibilização permanente dos
novos ingressos.
Actividades de Operação e Manutenção das Latrinas
A Direcção da Escola e os alunos
são os principais responsáveis pela Operação e Manutenção das latrinas. Neste
contexto, tendo em conta o nível de
responsabilidade, há actividades diárias,
semanais e mensais, distribuidas da seguinte forma:
Actividades diárias
• Varrer e lavar o chão das
latrinas com água (todos alunos);
• Encher os tanques com água
(alunos da 3ª e 5ª classes);
• Manter as portas sempre fechadas (todos alunos e professores);
• Usar apenas uma fossa de
Latrinas escolares construidas pelo PROSUAS, no distrito de Muembe
latrina e não tapar o buraco cleos de higiene e saneamento, designa(todos alunos e professores). damente:
• Verificar se a laje não apreActividades semanais
senta fissuras, sinais de des• Todos alunos limpam as latrigaste ou outros danos;
nas e seus arredores e depo• Verificar a rede, no topo do
sitam todo o lixo no aterro
tubo de ventilação (professanitário;
sores);
• O Núcleo de Higiene e Sa• Pôr um balde de cinza ou
neamento da Escola verifica
areia na fossa;
se a porta fecha-se ou não e
• Inspeccionar e limpar o tubo
se não há sinais de erosão, em
de drenagem;
volta da latrina.
•
Verificar se não há sinais de
Actividades mensais
erosão em volta da latrina e
Com a excepção do segundo ponto
tomar medidas para combaabaixo indicado, as actividades mensais
ter o muchém, em caso de
são realizadas pelos Pontos focais e núnecessidade.
Visitas a Chimbunila e Muembe
No dia 30 de agosto, os participantes no encontro
do GAS Nacional, no âmbito da troca de experiências, visitaram os distritos de Chimbunila e Muembe,
para se inteirarem das actividades desenvolvidas pelo
GoTAS e PROSUAS, respectivamente.
Membros do GAS recebendo informações sobre o abastecimento de água e saneamento, em Chimbunila
Em Chimbunila, os membros do GAS escalaram o posto
administrativo de Chimbunila, mais concretamente a comunidade de Mussa, onde visitaram o Centro de demonstração
de água, saneamento e higiene , uma fonte de água nova
e latrinas familiares. Adicionalmente, os visitantes assistiram à
exibição de produtos de saneamento de baixo custo pelas
cooperativas locais e foram obsequiados com uma peça teatral que ligou Água, Higiene, Saneamento e Cólera. Nesta
região, a equipa do GAS recebeu as boas vindas do Sr.
Genito Botão, Secretário do posto administrativo local.
No distrito de Muembe, a delegação do GAS esteve
na localidade de Nzizi, designadamente na comunidade de
Lussengene, onde visitou 3 latrinas (para professores, alunos
e alunas), numa escola primária completa. Na ocasião, foi
visitada uma fonte de água que abastece a população local
durante 8 horas/dia e cuja contribuição/família/mês é de
5,00MT e onde o Comité de Água é gerido pela escola e
pela comunidade, sendo o tesoureiro proveniente da comunidade. Outro aspecto interessante é que fica sempre alguém,
de plantão, a controlar a captação da água, na fonte.”
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Mensagens – chave
No regresso das visitas de campo, os participantes no evento reuniram-se para analisar o que viram.
Assim, várias foram as intervenções, destacando-se as seguintes mensagens-chave de boas práticas:
“ Na escola, quando construimos sanitários, temos que pensar em colocar uma fonte de água”.
(Daniel Massinga – chefe do DAS da DPOPH de Nampula)
“ Devemos ter preocupação não só com o saneamento e latrinas, mas igualmente com a higiene
pessoal das crianças e a colectiva. Por exemplo, nas comunidades visitadas, a maioria das crianças estava
suja e trajava roupa suja”. (Francisco Sumbane - Helvetas)
“ É preciso responsabilizar a escola, por exemplo, pelo plantio de árvores de fruta, de modo
ajudar a combater a desnutrição. É pertinente trabalhar de forma integrada com outras actividades para
maximizar o investimento. Os desperdícios de água devem ser aproveitados para actividades produtivas”.
(Koeti Serôdio - Representante da embaixada da Irlanda)
“ Ainda se usa as latrinas tradicionais, por isso é imperioso elevar a escada de saneamento. Por
outro lado, é fundamental incentivar-se o uso das latrinas para se poder monitorá-las”. ( Luís Macário –
WSP)
“ O PROSUAS não deve exagerar na profundidade das latrinas, nas próximas intervenções, de
forma a facilitar a remoção das fezes com os equipamentos disponíveis”. (Idem)
“As agências a operar nas províncias devem dar assistência técnica para melhorar a capacidade
das DPOPHRH”. (Idem)
“ Os projectos devem ser mais ousados. Por exemplo, na comunidade de Mussa, vimos uma
fonte nova construída perto de uma fonte velha. O ordenamento, o urbanismo e o tamanho da comunidade exigem que se pense num sistema de abastecimento de água”. ( Idem)
“ As latrinas não devem ser exclusivas só para os alunos e só para professores. É preciso que a
mesma latrina seja usada pelos professores/as, meninos e meninas, para facilitar a limpeza e o controlo da
latrina. Os professores devem assumir, de facto, o papel de promotores da higiene e saúde”. ( Idem)
“ As latrinas escolares são uma boa iniciativa, pois incluem um sistema de lavagem das mãos, no
seu interior, o que ajuda a prevenir o roubo de torneiras. Devemos produzir programas replicáveis como
o do PROSUAS”. (Angelina Xavier - UNICEF)
“ A partilha de lições é crucial. Por exemplo, a fábrica de lajes existente em Kundjijira é uma
boa experiência, mas há iniciativas destas que não foram avante , por isso é preciso ver o contexto e o
tipo de abordagem que devemos implementar porque, caso contrário, não haverá sustentabilidade”.
(Angelina Xavier - UNICEF)
“ O saneamento escolar, acompanhado do respectivo manual, é crucial para a mudança de
comportamento dos alunos”. (idem)
“ As peças de borracha adquiridas no Malawi não têm qualidade e isso põe em causa a sustentabilidade das fontes de água”.(Ibidem)
“ O modelo de latrina desenhado pelo PROSUAS facilita o acesso a pessoas com necessidades especiais e dá privacidade às meninas, facilitando a gestão da higiene menstrual” – (Rostina Massinga
– DNA)
“ Para o GOTAS , é crucial ver quantas pessoas usam as latrinas e as fontes de água para contribuir para as taxas de cobertura. Devemos continuar a documentar o uso de infraestruturas” . (Virgínia
Mariezcurrena - GoTAS)
“No âmbito da gestão das peças sobressalentes, as Empresas da Área Social interagem com as
comunidades locais”. (Yokogi – chefe do PROSUAS)
“A abordagem do Gotas é fácil de implementar, mas carece do domínio do uso de smartphones. A actualização dos dados é automática, todavia, há custos de treinamento e de acesso à base de
dados”. (Zeca Carlos, técnico da DPOPH Niassa)
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Em Nampula
Lançada a Terceira fase do Programa de Governação
de Água e Saneamento
Participantes no lançamento do PROGOAS III
O lançamento oficial da fase
III do Programa de Governação,
Água e Saneamento (PROGOAS), implementado pela
HELVETAS Swiss Intercooperation e financiado pela Cooperação Suíça (SDC) ocorreu, no
dia 27 de Outubro de 2015, na
cidade de Nampula. O evento,
moderado pelo Gestor Provincial
do PROGOAS, em Nampula ,
o Sr. Francisco Sumbane, contou
com 37 participantes, destacando-se os Administradores de
Mecubúri, Nacarôa, Mecúfe e
Chiúre.
Num primeiro momento, o representante da Cooperação Suíça (SDC), Sr.
Fernando Pililão, contextualizou a fase III
do PROGOAS, historiando o programa, desde a sua primeira fase, enumerando
os desafios encontrados na sua implementação e fazendo menção à necessidade
de integração dos Governos Locais, para
além de destacar a contribuição do projecto para o bem-estar das populações ru-
rais. Na sua intervenção, Pililão sublinhou
ainda que a fase III do PROGOAS é a
última e marca o fim de um ciclo de 10
anos de financiamento.
No segundo momento do evento, o
Coordenador do Programa, Sr. Nicolas
Morand, apresentou o Quadro Lógico
e a Implementação da fase III do PROGOAS. Basicamente, Nicolas falou do
objectivo de desenvolvimento, da estratégia de implementação e dos resultados
esperados, para além das importantes
mudanças ocorridas nesta última fase do
PROGOAS. Ainda na sua dissertação,
o orador mencionou que os pontos fortes
da fase III do PROGOAS são a sustentabilidade e a continuidade, através da
transferência das responsabilidades para
os autores legítimos da governação local e
a capitalização dos resultados obtidos e
das boas práticas do programa.
A representante dos Parceiros de Facilitação, Odete Muchanga, enalteceu o
papel do projecto, na melhoria de condições de vida das populações, enquanto
o representante dos governos dos distri-
tos de Chiúre e Mecúfe da província de
Cabo Delgado, Carlos Nampava, agradeceu a confiança que o Programa deposita nos dois distritos, nesta última fase.
Já o representante dos governos distritais
de Mecubúri e Nacarôa, da província de
Nampula, e administrador de Mecubúri,
Hilário Dinis Anapacala, afirmou que os
distritos comprometem-se em dar continuidade às actividades e às boas práticas.
Por seu turno, o representante da
SDC afirmou que é necessário ultrapassar
os problemas relacionados com o saneamento, defendendo que é preciso sair das
latrinas tradicionais para latrinas melhoradas. Por fim, o representante do governo
de Nampula defendeu que é importante
tirar o máximo proveito desta fase III do
PROGOAS.
O último momento do evento foi a
entrega de meios circulantes (motorizadas
e uma viatura), aos Parceiros de Facilitação, acto presidido pelo representante
da Cooperação Suíça, Fernando Pililão,
que, na ocasião, salientou a necessidade
de uso responsável dos veículos.
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Recomendações dos participantes
No acto das discussões em plenária, os participantes recomendaram as seguintes acções:
• Integração dos representantes dos governos distritais, na equipa de supervisão;
• Garantia da sustentabilidade pós-PROGOAS, por parte dos Parceiros de Facilitação;
• Apoio institucional do governo às associações sem fins lucrativos;
• Definição do actual ponto de situação do saneamento e das metas concretas ligadas ao acesso à água e ao saneamento;
• Identificação dos recursos para alcançar metas de saneamento e higiene;
• Existência de um compromisso no sector de água;
• Profissionalização do sector de Águas;
• Redução da burocracia, nos concursos públicos para o provimento de água.
Conhecidos vencedores do Prémio Jornalismo para
Água, Saneamento e Higiene, edição 2015
Chefe do GPC/DNA, Messias Macie, intervindo durante a cerimónia de premiação
O evento, promovido pela HELVETAS Swiss Intercooperation Moçambique e a WaterAid em Moçambique,
em parceria com o SNJ, contou com
o apoio da Water Integrity Network
(WIN), uma rede global de promoção
da Transparência, Responsabilização e
Participação no Sector de Águas.
Foram submetidos ao concurso um
total de 21 trabalhos jornalísticos, designadamente 11 de Imprensa Escrita, sete de
Rádio, dois de televisão e um publicado
num “blog”.
Na categoria de Imprensa Escrita,
Evelina Muchanga venceu o concurso
com a reportagem intitulada “Quando a
Menstruação afasta Alunas da Escola”,
publicada no Jornal Notícias. Em segun-
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Lucinda Alfândega exibindo o seu prémio
do lugar, ficou Victor Muvale, do Diário
de Moçambique, com o trabalho “Acesso e Qualidade de Água continuam a
preocupar Comunidades de Chibuto”.
Já a terceira posição foi ocupada por
Júlio Paulino, do Jornal @Verdade, que
concorreu com um trabalho intitulado
“Água potável, um luxo para poucos em
Nampula”.
Ainda nesta categoria, o júri atribuiu
uma menção honrosa a Isaías Muthimba,
que apresentou uma reportagem, publicada no Jornal Notícias, que aborda o
problema de ocupações desordenadas
no município de Maputo, com impacto
no saneamento do meio.
Na categoria de Rádio, o vencedor
foi Belmiro Timóteo, do Instituto de Comunicação Social (ICS), com uma reportagem que retrata a importância da água
para o desenvolvimento. Na mesma categoria, a segunda e terceira posições foram
ocupadas por Isaura Afonso, da Rádio
Moçambique (RM), com uma reportagem sobre o impacto da época chuvosa
2014/2015, e Boaventura Massango, do
ICS, com um trabalho que versa sobre o
drama de abastecimento de água à Vila
de Massingir, na província de Gaza.
Por seu turno, Lucinda Alfândega
ganhou o prémio de melhor reportagem
televisiva com um trabalho intitulado “Os
reféns do rio”, exibida na Soico Televisão
(STV).
Cada um dos primeiros classificados
das três categorias recebeu um cheque
no valor de 75 mil meticais, enquanto os
segundos e terceiros colocados tiveram
cheques de 50 mil e 30 mil meticais, respectivamente.
Para Júlio Paulino, Jornalista do jornal
@Verdade, o prémio representa um reconhecimento do seu trabalho e um estímulo
para continuar a apostar em reportagens
de interesse público ligadas à higiene e saneamento. “Os assuntos referentes à água,
higiene e saneamento são, muitas vezes,
ignorados pelos editores dos jornais por
não serem um assunto polémico. É de
louvar esta iniciativa, pois encoraja-nos
a trabalhar cada vez mais”, disse, acrescentando que “é importante que prémios
nessa temática sejam promovidos com alguma frequência”.
Durante a gala de atribuição do
prémio, o Secretário-Geral do SNJ,
Eduardo Constantino, sublinhou que o
júri avaliou os trabalhos dos concorrentes
tendo em conta a excelência dos assuntos
abordados. Já a representante nacional
da WaterAid, Rosária Mabica, falou do
papel do jornalista na disseminação de
informação e na promoção da mudança
de comportamento, através de debates e
da transmissão de novos conhecimentos
aos diferentes públicos e exultou pelo
aumento do número de concorrentes que
cresceu de sete, em 2014, para 21 concorrentes. “ Isto é motivo de regozijo e
motiva-nos a continuar a apostar nesta ini-
ciativa. Espero que, no próximo ano, haja
mais concorrentes”, disse Mabica.
Para o Director da HELVETAS em
Moçambique, Pierluigi Agnelli, os jornalistas são os actores - chave para trazer
evidências e têm a responsabilidade de
transmitir a realidade - problemas assim
como as boas práticas - nas zonas urbanas, peri-urbanas e rurais do país.
Por sua vez, o Chefe do GPC da
DNA, Messias Macie, louvou a iniciativa
e considerou que os jornalistas ajudam a
monitorar e a avaliar as acções do sector
de Águas. “Ajudem-nos a melhorar o Saneamento, a Água e a Higiene, pois essa
é também a responsabilidade dos meios
de comunicação”, afirmou Macie, acrescentado que: “Queremos jornalistas mais
activos, que mostram o que não está bem
feito, como as coisas devem ser feitas, e o
que está bem”.
Importa referir que o evento, que
visa reconhecer os trabalhos jornalísticos
na área de Saneamento, Água e Higiene,
em Moçambique, contou com a presença dos representantes dos órgãos de informação para os quais os concorrentes
trabalham, para além dos representantes
da DNA, Cooperação Suiça para o Desenvolvimento (SDC), ProWater, Centro
de Formação Profissional em Água e Saneamento (CFPAS), WaterAid e HELVETAS.
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Para o Mercado de emprego
CFPAS lança mais Gestores Operacionais de
Recursos Hídricos
No presente semestre, o CFPAS
graduou cerca de 80 técnicos médios
formados em GORH. Estes potenciais
profissionais estão aptos a coordenar a
gestão integrada de recursos hídricos.
Paralelamente, os graduados, entre outras
habilidades, sabem efectuar cálculos de
materiais de obras como, por exemplo,
calcular betão e como fazer um mapa de
orçamento (designações, quantidade de
pedra, areia e ferro), para além de estarem
aptos a trabalhar na área de construção
civil, uma vez que não só frequentaram a
cadeira de medições e orçamentos, como
a de desenho. Um outro aspecto a realçar
é que o curso de GORH possibilita aos
estudantes tornarem-se empreendedores,
havendo até casos de antigos estudantes
que trabalham por conta própria.
De referir que o técnico médio formado em Gestão Operacional de Recursos Hídricos pode trabalhar em todas
as empresas do Sector de Águas ou em
qualquer actividade ligada a este ramo.
Essencialmente, o gestor operacional
de Recursos Hídricos pode trabalhar nas
seguintes áreas: serviços de hidrometria;
postos hidroclimatológicos, gestão de
barragens, construção de poços e furos,
sistemas de irrigação e drenagem, pequenos sistemas de abastecimento de água
e serviços de processamento de dados
hidrológicos.
Finalistas estagiam em instituições
do sector de Águas
Os finalistas do curso acima mencionado, após concluirem as disciplinas
curriculares, efectuam, em instituições públicas e privadas do Sector de Águas e
empresas de construção civil espalhadas
pelo país, um estágio profissional, com a
duração de 45 dias, após o qual apresentam um relatório de culminação do curso
e para efeitos de graduação como técnicos médios.
Finalista apresentando o relatório de estágio por sí efectuado
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