Ano 08 Ed 90 Nov 2007

Transcrição

Ano 08 Ed 90 Nov 2007
À LUZ DE
EXU
POR CLÁUDIO GIANFARDONI
Centro das forças em equilíbrio.
Fiel da balança.
Uma só vontade.
Justiça manifesta pela verdade
universal, que da luz à escuridão faz
anoitecer os pensamentos vãos;
que uma vez adormecidos, esperam
o despertar da razão.
Justiça que não é cega, não cala; em
alerta aguarda e cumpre o que foi
destinado, no exato momento em
que a mente deve se expandir.
Temor que se finda quando a
verdade se concretiza.
Arco e flecha,
Espada e escudo,
Fonte do alimento do eterno fogo
que purifica.
Assim me revelo e não há mais temor
porque o poder e a força que emano compartilho com aqueles cuja
causa é a justiça.
Sou então teu guardião, teu escudo
empunhado e tua espada de aço.
Sou a envergadura de teu arco e o
caminho que tua flecha percorre.
Sendo teu alvo justo, será meu poder tua vontade, tua vontade minha
missão.
JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - NOVEMBRO/2007
Página -2
EXPEDIENTE:
SÃO PAULO - CAPITAL:
lá leitor, na verdade gostaria de
começar este texto dizendo que
não tenho idéia de quantas
pessoas lêem o Editorial do JUS.
Estes dias, peguei o editorial de uma
revista e ao lê-lo, me espantei com a
falta de comprometimento com texto
em relação ao conteúdo da revista e a
realidade do público que ela se propõe
a levar informação.
O Editorial, ou aqui “A Palavra do
Editor”, tem o propósito de revelar o
ideal do jornal ou as idéias que vão na
cabeça do editor.
Já faz 7 anos que fazemos este
jornal e raramente vemos os
comentários sobre o editorial. Acredito
que faz parte de um amadurecimento,
O
pois não temos muito retorno quando
subvalorizamos nosso próprio trabalho.
Sempre dei muita atenção ao
conteúdo do jornal que inclusive
denominamos de “sua religião em
fascículos”. Quem sabe, agora seja o
momento de expressar mais do que
simplesmente fazer uma referência ao
conteúdo e escrever textos que visam
única exclusivamente divulgar e
desmistificar a religião.
Todos nós erramos e é só assim
que se aprende, procuramos o auxílio
de nossos Guias e Orixás para errar o
mínimo.
Acredito muito no ideal e creio que
só pelo ideal nosso jornal sobrevive.
Hoje rodamos este jornal com a
premissa de distribuí-lo gratuitamente,
não vendemos assinatura, nem
anúncios.
O JUS é formado por uma família
de colaboradores que se juntou há
alguns anos no propósito de divulgar a
religião.
O que peço humildemente a meus
irmãos, pois sou umbandista, médium
incorporante e dirigente espiritual, é
que se permitam olhar este trabalho,
com os olhos do AMOR, pois é realizado
por alguém tem muito amor e fé nos
Orixás e Guias de nossa Umbanda.
Estamos em época de reflexão,
pois a Umbanda, este mês, completa
99 anos de idade. Zélio de Moraes já
fez a sua parte, o que nós podemos
fazer?
Crio que a melhor maneira de
agradecer a Umbanda é através de
nossa postura. Como dizia o Caboclo
Mirim: “Umbanda é coisa séria, para
gente séria.”
O Guardião da
Meia- Noite
Rituais Umbandistas
- Oferendas, Firmezas e
Assentamentos
Nesta obra, Rubens Saraceni discorre a respeito de oferendas, firmezas
e assentamentos realizados na Umbanda. Assentamento é o local onde são
colocados alguns elementos com poderes magísticos, com a finalidade de
criar um ponto de proteção, defesa,
descarrego e irradiação. Pode ser destinado a uma só força ou
poder, ou a várias. A entidade assentada, seja Orixá ou guia
espiritual, utiliza esses elementos ativando-os segundo as
necessidades do terreiro, do trabalho espiritual ou dos médiuns.
Para quem conhece a filosofia
oriental e esotérica, é surpreendente a exatidão com que os
conceitos
espirituais
são
apresentados: “Luz e Trevas são
os dois lados do Criador”; “A maior
pirâmide não prescinde da menor
de suas pedras”.
Diretor Responsável:
Alexandre Cumino
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Parabéns, minha Umbanda
querida! Parabéns Mãe Zilméia de
Moraes. Em seu nome cumprimento
todos os umbandistas.
Parabéns ao anônimo que presta a
caridade com seus Guias em casa, num
quarto, sala ou quintal sem nada
cobrar.
Parabéns aos grandes Dirigentes
e líderes umbandistas que orientam
milhares de pessoas e ainda dão a cara
a tapa.
Aqui, em São Paulo, parabéns aos
mais velhos, Pai Ronaldo Linares e Pai
Jamil Rachid; parabéns ao Sacerdote
mais corajoso e inspirado que já
conheci, Rubens Saraceni.
E como na Umbanda, sem Exu não
se faz nada, Laroyê Exu! Exu Mojubá!
As belas imagens que o JUS vem
reproduzindo em suas capas, são
de autoria de nosso irmão
Cláudio Gianfardoni, que através
de seu trabalho retrata a
profundidade do Humano e o
que o transcende. Para conhecer
a trajetória e a versatilidade dos
trabalhos desse excepcional
artista visite o site:
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JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - NOVEMBRO/2007
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LIÇÕES DE VIDA
UMA
LOUCURA COMUM
OSHO
mente comum sempre quer ser extraordinária; é apenas a mente
extraordinária que relaxa no comum. É somente o excepcional
que está pronto para relaxar e repousar no comum. O comum
sempre se sente inferior; a partir desse complexo de inferioridade, ele
tenta ser especial. O especial não precisa fazer esforço para ser
especial – ele é especial. Não há nenhum complexo de inferioridade
nele. Ele não está sofrendo nenhum vazio. Ele está tão cheio,
transbordante, que ele pode ser seja lá o que for.
A
...
A pessoa que aceita seja o que for que ela seja, com alegria – não
com resignação, no que lhe diz respeito; não em desespero, mas em
profunda compreensão; e que fica grata por isso, grata à existência,
grata ao todo -, esta é a mais elevada.
Jesus diz: “Abençoados são aqueles que são os últimos no mundo,
porque eles serão os primeiros no reino de meu Deus.”. Ele está falando
uma linguagem diferente porque ele está se dirigindo a uma espécie
diferente de pessoas. Aqueles são os últimos... Mas se você estiver
tentando ser o último, você não é o último – lembre-se.
...
A menos que sua consciência passe por uma radical transformação,
nada muda. Você permanecerá mecânico, sua vida continuará a ser
mecânica.
...
As perguntas que podem ser respondidas pertencem à ciência e as
perguntas que não podem ser respondidas pertencem à religião. As
perguntas irrespondíveis são as perguntas reais, porque elas estão
enraizadas no próprio mistério da existência – por isso são irrespondíveis.
...
-Você pensa que pode ficar louco neste mundo? Você pertence a
este mundo, você é parte dele! Você já é louco! Desse modo, todo
esse medo é infundado. Abandone o medo.
Agora tente compreender o mecanismo da sua loucura. Uma vez
que você já aceite que é louco, há uma possibilidade de ir além disso,
mas, se você simplesmente permanece com medo de ficar louco, então,
não há nenhuma possibilidade. Esse medo não vai ajudá-lo – esse
medo vai conduzi-lo cada vez mais a uma loucura maior. O próprio
medo faz parte da loucura, caso contrário, não há nada a temer. A
morte é absolutamente certa; se há algo certo na vida, esse algo é a
morte. Tudo o mais é incerto, somente a morte é certa, assim, nada de
ficar preocupado quanto à morte.
...
O medo não lhe permite viver totalmente: ele sempre refreia. Ele
jamais lhe permite a intensidade, a paixão, a totalidade, a inteireza –
ele o mantém dividido. Você ama uma mulher e seu amor é sem entusiasmo, porque você tem medo. Quem sabe onde o amor vai parar,
aonde ele o conduzirá?
Trechos extraídos do livro do autor
“ZEN - A Transmissão Especial” - Editora Madras
Ser Espiritual ou Material
ostaria de dar uma
abordagem diferente neste texto
ALEXANDRE sobre a busca pela espiCUMINO
ritualidade. Creio que estamos vivendo uma época, período, de
grande busca e interesse pelas questões e
informações acerca da espiritualidade.
Podemos observar este
fato pela grande quantidade
de livros publicados sobre o
assunto. Hoje em dia, falase abertamente sobre o tema em novelas e filmes. Tivemos a oportunidade de ver
filmes de expressão com temas espiritualistas como: “A
Casa dos Espíritos”, “Ghost”,
“Os Outros”, “O Sexto
Sentido”, “A Chave Mestra”,
“Stigmata”, “A Espera de um
Milagre”, “Coração Satânico”,
“Encontro Marcado”, “Amor
Além da Vida”, “O Advogado
do Diabo”, “Cafundó” e outros.
Agora vemos uma nova abordagem de
filmes que vão direto a um conteúdo
espiritualista e de auto-ajuda, como: “Quem
Somos Nós?”, “The Secret” e “Somos Todos
Um”. Nestes filmes vemos a preocupação
direta com o crescimento do Ser Humano
como um Ser Espiritual e Espiritualista.
Também está chegando uma linha de
filmes Kardecistas como a História da vida
de Kardec (FEB) e também as gravações
do “Pinga Fogo” de 1971 e 1972 de Chico
Xavier.
Na TV, muitas séries vem abordando
os dons naturais, mediúnicos ou especiais
que um ser humano pode ter.
A questão que quero abordar é que
assim que o Ser Humano se descobre como
um Ser Espiritualista, começa uma procura
desenfreada por informações. Este ser não
quer mais o mundo materialista, ele quer
um mundo espiritualista que lhe dê novos
horizontes. Tudo que é voltado à sutileza
do mundo astral passa a interessá-lo.
Aqui costuma acontecer um fato
interessante que pode ser comparado ao
fanatismo religioso: o ser passa a dar valor
apenas aos assuntos ligados a sua linha
filosófica ou doutrinária. Outros valores,
mesmo que espirituais, não interessam.
Muitos passam a ser críticos ácidos de quem
G
não pensa como eles, no entanto, este
mesmo ser acredita que assim já é um “ser
espiritualista”, só por ter alguns valores ou
ter lido alguns livros.
Como diz meu amigo Jorge Scritori,
usam a espiritualidade como uma escova
de dentes, para manter a boca limpa, mas
não vão além do que está na
boca.
Muitos fazem cursos para
terem assunto, outros freqüentam centros espiritualistas simplesmente por desencargo de consciência, para
continuarem sendo como são
e agindo como agem, apenas
acreditam que são melhores
por freqüentar algum lugar.
Mas ainda existe um mérito: Mesmo que por curiosidade, assunto ou desencargo de consciência, “mais
dia, menos dia”, encontrarão
alguém que lhes dirá:
ESPIRITUALIDADE é para o coração
e não para a boca.
ESPIRITUALIDADE é transformação
e não estagnação.
ESPIRITUALIDADE é desapego
e não barganhas e contratos.
Espiritualidade é
para ser vivida
O Ser Material, que anseia uma vida
melhor é um buscador pela, e por tudo que
for da espiritualidade. Não tem outro
assunto, faz desdém de outras questões e
muitos apenas por ter a proposta, se
acham melhores que os outros.
O Ser Espiritual e Espiritualista, já não
procura mais nada, já não anseia por
encontrar algo, se interessa por questões
espirituais de todas as linhas doutrinárias
e filosóficas, no entanto, aprende o tempo
todo com todas as situações da vida. O
Ser Espiritual já não luta para ser alguém
melhor; o que o torna especial é sua condição de alma, é aceitar-se como é e aceitar
os outros como são.
O Ser Espiritual, antes de ser um iluminado, ou ter todas as respostas desta e
de outra vida, simplesmente é alguém que
encontrou a bem aventurança. O Ser Espiritual é aquele que se sente pleno.
O fato de não querer mais ser especial
já o faz especial: Somos todos especiais,
o que é fácil de entender, mas muito pouco
aplicado.
Todos sabem repetir palavras como
“Ame ao próximo como a si mesmo”, e no
entanto, são muito poucos que conseguem
amar a si mesmos ou aos próximos mais
próximos.
Falar de espiritualidade é fácil, e há
até os que se tornam eruditos nas
questões intelectuais da espiritualidade,
no entanto, os corações estão vazios, não
há nada de valor a se passar, apenas
questões intelectuais. E isso não é mérito
de uma religião ou filosofia, é algo que se
generaliza em todos os meios onde nos
movimentamos.
Ser Espiritualista de verdade não é
fácil, dói demais, pois temos que encarar
todos os nossos medos e fobias; temos
que nos olhar de frente, e ter a coragem
de nos expormos a nós mesmos para uma
transformação real. Precisamos curar nossas chagas, precisamos nos amar verdadeiramente, precisamos de verdade e
sinceridade para conosco mesmos. Não
podemos continuar nos enganando que
somos espiritualistas por freqüentar algum
centro, ter lido alguns livros e feito cursos
que nos credenciam a isto.
Não só incentivo todo este movimento
como faço parte dele. Precisamos acordar,
pois vivemos esta vida como um sonho.
Como em “Matrix”, nossa consciência
real dorme em algum lugar enquanto vamos
vivendo esta experiência material como
autômatos, embriagados e mergulhados
neste sonho que é estar encarnado.
Vislumbramos o que é o despertar, mas
poucos de nós despertamos, pois exige o
desprendimento real e aplicação dos valores espirituais no coração.
Mais do que Ser Material somos os verdadeiros “Mortos”, pois os mortos estão
bem vivos e despertos em outras realidades, no entanto, aquele que despertar
nesta realidade “não conhecerá a morte.”
Aquele que encarar suas dores e as dores
do mundo com o olhar espiritual aplicado
irá transcender as dores da matéria, que
não passam de pura ilusão. Mas como até
a ilusão é uma realidade no mundo dos
sentimentos, podemos continuar assim, vivendo por ela... É como diz o “ponto”:
“Quem não conhece o Pai vai enrolando,
bate a cabeça no chão e vai enrolando”...
JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - NOVEMBRO/2007
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ZÉLIO FERNANDINO DE MORAES E O ADVENTO
DO CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS
fixar bases de um culto, no qual todos
os espíritos afins plasmados de caboclos
e pretos-velhos poderiam executar as
determinações do plano espiritual.
Mas voltemos a séculos passados,
muitos povos já praticavam cultos
rituais com espíritos e doutrinas
parecidas com a nossa.
Os índios já faziam no início do século XV, os cultos à natureza, os rituais
ao fogo, às águas, aos trovões, etc. já
usavam de benzeduras, remédios à base de ervas, e rituais aos mortos.
Os pajés eram considerados
feiticeiros da época, pois trabalhavam
com pura magia.
MÔNICA
BEREZUTCHI
o final de 1908, uma família
tradicional de Neves, perto de
Niterói, foi apanhada de surpresa pôr fatos considerados sobrenaturais: o jovem Zélio Fernandino de
Moraes, na época com 17 anos (nasceu
em abril de 1891), se preparava para
ingressar na Marinha como aluno oficial,
quando começou a sofrer estranhos
“ataques”. Esse mal estar físico e
psíquico era caracterizado pôr posturas de um velho, falando coisas desconexas, como se fosse outra pessoa que
havia vivido em outra época, ou ainda
assumindo uma forma física que lembrava um felino lépido e desembaraçado
que parecia conhecer todos os segredos da natureza. Como este estado de
coisas foi se agravando, a família
recorreu ao Sr. Epaminondas de Moraes,
médico da família e tio de Zélio que era
diretor do hospício de Vargem Grande.
Após encaminhá-lo e observá-lo durante vários dias, o reencaminhou a família, dizendo que a loucura não se enquadrava em nada do que ele havia
conhecido, ponderando ainda, que melhor seria encaminhá-lo a um padre, pois
o garoto mais parecia estar endemoniado. Como acontecia com quase todas
as famílias importantes da época, também havia na família Moraes um sacerdote católico. Através desse padre, tio
de Zélio, foi realizado um exorcismo,
sem o sucesso esperado, pois os chamados ataques prosseguiam, apesar de
tudo. Depois de algum tempo, Zélio passou alguns dias com uma espécie de
paralisia, quando de repente, levantouse e sentiu-se completamente curado.
Alguém sugeriu que isto era coisa
do espiritismo e que era melhor levá-lo
à Federação espírita de Niterói, município vizinho àquele.
Zélio foi convidado a participar da
sessão e José de Souza determinou que
ele tomasse lugar à mesa. Tomado por
uma força estranha à sua vontade, Zélio
levantou-se e disse: Aqui está faltando
uma flor. Saiu da sala indo ao jardim e
voltando logo após com uma flor, que
colocou no centro da mesa.
Esta atitude causou um enorme tumulto entre os presentes principalmente
porque, ao mesmo tempo em que isso
acontecia, ocorreram surpreendentes
N
manifestações de caboclos e pretosvelhos.
O diretor da sessão achou aquilo
tudo um absurdo e advertiu-os com
aspereza, citando-o “seu atraso
espiritual” e convidando-os a se retirarem.
Estava caracterizado o racismo
espiritual desde aquele instante até
hoje.
Novamente uma força estranha
tomou o jovem Zélio e através dele
um espírito falou - “porque repeliam
a presença dos citados espíritos, se
nem sequer se dignavam a ouvir suas
mensagens, seria pôr causa de suas
origens sociais e da cor?”.
Nisso, um vidente pediu que a
entidade se identificasse, já que fora
notado que ela irradiava uma luz positiva. A entidade respondeu: “Se querem um nome que seja este: sou o Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque
para eu não haverá caminhos fechados”
O vidente interpelou a entidade dizendo que ele se identificava como um
caboclo, mas que via nele restos de trajes sacerdotais. A entidade respondeu:
“O que você vê em mim, são restos
de uma existência anterior. Fui Padre e
meu nome era Gabriel. Acusado de bruxaria fui sacrificado na fogueira da inquisição em Lisboa em 1761. Mas em
uma de minhas existências, Deus concedeu-me o privilégio de nascer como
um caboclo brasileiro”.
E ainda, usando o médium anunciou
o tipo de missão que trazia do Astral:
Os índios davam e dão até hoje muito valor a tudo que vem do Deus Tupã,
ao Sol, a Lua, ao Céu, as estrelas aos
rios, trovões, enfim são verdadeiros
louvadores dos tronos divinos, mas
como outra espécie de religião.
Depois vieram os negros, com seus
cultos aos Orixás, com suas mandingas
e costumes, que também já louvavam
a Deus Olorum a mais ou menos uns
dois séculos atrás.
Então de um modo de vista, a
Umbanda, já vem sendo praticada há
muitos séculos atrás com outros nomes,
de acordo com o povo e sua aceitação.
O advento do caboclo das sete
encruzilhadas foi apenas um marco
oficial da Umbanda ou um marco oficioso.
Contatos: [email protected]
alve turminha
das ervas! Salve
irmãozinhos em
Mamãe Natureza. Que a força viva da
Jurema nos abençoe.
Quando falamos em Jurema, somos
automaticamente remetidos ao universo religioso e lembramos de imediato
dessa fantástica linha
de trabalhos espirituais
das Caboclas Juremas.
Sabemos que Jurema além dessa fantástica falange, é também
o nome de uma árvore,
a “Jurema Preta” - Mimosa hostilis é seu nome
científico.
Há várias confusões em relação a essa
árvore sagrada. Acredito que a principal seja a
confusão com outros tipos de jurema,
ou acácias.
É uma árvore bastante característica da região Norte – Nordeste do
Brasil. Gosta de calor intenso, e por
isso sua propagação em São Paulo
(região Sul – Sudeste) é muito difícil, e
mesmo que essa árvore cresça por
aqui, perde parte das características
de cor, aroma, etc.
A vibração da árvore jurema, é
associada aos Orixás Oxóssi, Obá e
Oxalá. Sua casca é considerada “quente”, com alto poder de limpeza, principalmente para o chacra coronário de
médiuns, ou seja a “coroa mediúnica”.
Dentro dos ritos do Catimbó, essa
sagrada religião da natureza, pautada
no culto tanto à árvore da Jurema, (sua
essência energética e ao que ela
representa para o juremeiro), quanto
aos Mestres da Jurema, espíritos de
grau iniciático no seu culto e manipulação ritualística de elementos ligados
a ela; seu uso é bastante amplo, passando das beberagens, fumos sagrados e ritualísticos, banhos e defumações.
A própria presença da erva já é
uma benção para o juremeiro, ou o
praticante do culto à Jurema.
Jurema também é o nome dado ao
espírito vegetal, à força viva da erva,
à sua energia elemental básica.
Podemos dentro dos terreiros usar
a jurema preta de forma bastante simADRIANO
CAMARGO
S
ples e direta, seja nos banhos de defesa
e limpeza; nas defumações de desenvolvimento, ou mesmo em dias de festa
de caboclos, colocando algumas cascas
de jurema em vinho tinto, deixando
descansar por uma semana pelo menos
em local escuro, e servindo aos caboclos.
Vale lembrar que
aqui não podemos, e não
temos a pretensão de
ensinar ninguém a ser
um juremeiro, mesmo
porque isso não se ensina, se vivencia.
Essas receitinhas
são extremamente básicas, fato que se
alguém tiver interesse
em aprender mais sobre
ervas, jurema, etc,
procure os locais e
pessoas habilitados a falar sobre o
assunto.
Essa beberagem de Jurema é
apenas um vinho misturado com cascas
e não uma bebida inicática, ok. E apenas
um agrado que se faz à linha de caboclos na Umbanda, que por definição,
são os juremeiros por excelência.
Aquele que acha que sabe tudo,
perde uma grande oportunidade de
aprender o que não sabe.
Pra não perder o costume, no começo de Dezembro temos as
homenagens às Mamães Iansã e
Iemanjá, então destacamos algumas
ervas dessas amadas Orixás:
IANSÃ:
Pitanga, losna, peregun rajado
(dracena), espada de S. Bárbara,
folhas de bambu
IEMANJÁ:
Alfazema, anis estrelado, erva de
bicho, manjericão, picão branco,
levante.
É isso turminha, bênçãos de Mamãe
Jurema em nossas vidas! Bençãos de
Papais e Mamães Orixás também!
Sucesso, saúde e muita magia a todos.
Adriano Camargo / Erveiro da Jurema
[email protected]
(11) 4177-1178
JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - NOVEMBRO/2007
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DERRAMAR BEBIDA NO CHÃO
LUÍS DA CÂMARA CASCUDO
elo interior do Brasil ainda resiste o
costume do bebedor derramar um
pouco de bebida no chão. Antes
ou depois de servir-se, joga aguardente
no solo. É um gesto maquinal mas
alcançando todo o território nacional.
Outrora era mais comum o líquido
ser atirado antes de beber-se. Presentemente o uso é lança-lo ao final,
esgotando o copo. Este deve ficar limpo. Sem bebida. Identicamente em
Portugal, Espanha, França, Itália etc.
Já tenho, desde 1941, publicado observações a respeito do rito da cachaça e
seus respeitos no âmbito popular.
Quando comecei a estudar o
catimbó (Meleagro. Rio de Janeiro,
Editora Agir, 1951) encontrei o mesmo
complexo no mundo da magia branca e
negra, entre os “mestres” do catimbó
e os babalorixás do Xangô.
Quantas vezes nas minhas pesquisas em Natal ouvi o diálogo clássico
entre os veteranos cachaceiros.
Enchido o copo, o que paga diz a
frase ritual: Vamos dar-lhe! O homenageado deverá responder: Venha de
lá, valendo exigir que o outro beba em
primeiro lugar. Este retruca: Venha de
lá que eu vou de cá!
Tradução: “Beberei depois de você”; O homenageado sacode uma porção de “branquinha” no chão, e ingere.
Passa o copo ao outro que sorve sua
parte. Atualmente é o ofertante que
joga no solo o que sobrou da bebida.
É o comum, diariamente verificável,
cerimonial antiqüíssimo porque é cumprido sem que mais se conheça sua significação. Desapareceu qualquer elemento compulsivo mas continua obrigatório, indispensável no costume, fazendo parte integrante da etiqueta normal,
da boa educação no plano da camaradagem.
No catimbó todo o cauim (aguardente) bebido foi preliminarmente defumado com a “marca” (cachimbo do mestre) e deve uma parte ser atirada no
chão em homenagem aos mestres, os
soberanos dos reinos invisíveis, doadores dos “bons saberes”.
Em certos catimbós a obrigação
deve ser feita antes e depois de beber.
Antes de tocar com os lábios e depois
de haver sorvido a porção protocolar.
Nos mais rústicos e antigos catimbós, o
de mestre Dudu da Serrana, na margem esquerda do rio Potengi, diante
da cidade do Natal, derramava-se um
copo inteiro de cachaça antes de qualquer “trabalho”, logo depois de aberta
a sessão e cantada a “Linha de abertura”.
P
Nos mais adiantados onde os “mestres” tinham lido e viajado (Pará, Bahia,
Recife ou Rio de Janeiro) a oferta cingia-se às gotas jogadas ao solo, antes
ou depois de beber-se.
Era fatal, com os
“mestres” fiéis à tradição
catimbozeira na legitimidade da expressão, o
gesto para que o bebedor deixasse o copo inteiramente vazio.
O copo com algum
líquido, depois da bebida,
era uma falta manifesta
de respeito aos “mestres”, invisíveis e poderosos.
Só existe uma explicação para este costume
arraigado e natural no
nosso povo. É a Libatio dos romanos e
gregos, desaparecida há quase dois
mil anos no uso religioso e mantida no
costume inconsciente, pelos herdeiros
da cultura que se dissolveu, no tempo,
em Portugal e, decorrentemente, no
Brasil colonial. E ficou resistindo até
nossos dias.
O ato de Libaro era justamente
derramar água, vinho ou óleo perfumado, no chão, no lume ou no altar,
oferenda aos deuses.
Não se começava uma refeição
grega ou romana sem a libação. Provava-se o líquido e despejava-se o restante no solo. Sem esta pequena cerimônia os deuses teriam inveja da
alegria do banquete e vingar-se-iam.
Para contentá-los ofereciam, antecipadamente, parte do simpósio, expresso no Libatio ritual. Era a participação sagrada no alimento terrestre. Comumente faziam a Libatio como
súplica. Homero (Ilíada, XVI, 221-233)
descreve a libação de Aquiles, na tenda
diante de Tróia, a Zeus, senhor do raio,
oferecendo-lhe vinho em taça virgem.
Devia ser o primeiro ato diário dos homens virtuosos aconselhava Hesíodo,
no Trabalhos e os dias. O apóstolo Paulo, I Filipenses 11, 17, fala em “derramar meu sangue à maneira de libação”,
mostrando a contemporaneidade da
cerimônia.
O Velho testamento abunda em citações comprovadoras, Números,
XXVIII, 7-8, Reis, VII, 1-6 etc.
Em Burna o tamarineiro (Tamarindus Indica, L) é venerado e ofertam
vinho e água às suas raízes.
Entre os jeje-nagô, o Irôco, gameleira (Ficus religiosa), lôco dos bantu,
recebe culto idêntico na África, e na
Bahia, estudado por Nina Rodrigues,
Artur Ramos, Edison Carneiro. Sea-
brook registrou semelhantemente no
Haiti. Na Índia os “ficus”, Banian (F.
indica) e Pipal (F. religiosa, a nossa
gameleira), têm direitos idênticos, despejando-se ghee, manteiga clarificada,
no tronco. Igualmente o
Tulusi, outro ficus, é sagrado, com manifestações da libação. Diga-se,
de passagem, que o deus
Crisna se casou com a
árvore Tulusi.
Petrônio (Satiricon,
LXXIV) conta no banquete de Trimalxião o arrepio
de susto quando um galo
inopinadamente cantou.
Anunciava incêndio próximo ou a morte de alguém. O dono da casa
passou o anel da mão
esquerda para direita. Aspergiram o
azeite das lâmpadas. Todo o vinho foi
derramado sob a mesa. “Vinum sub
mensa jussit effundi”. Era uma libação,
evitando o presságio para os alegres
convivas.
Nos antigos povos caçadores o
costume da libação aos troféus era elemento decisivo para felicidade e seqüência da fartura. Os crânios de certos
animais eram molhados de vinho, como
ainda hoje fazem os Ainos com as cabeças de ursos.
Lembro um episódio que presenciei
no Recife durante o Carnaval de 1939,
creio. Um popular mandou abrir uma garrafa de cerveja e derramou-a no chão,
junto ao porta-bandeira de um clube
barulhento e querido que vinha sendo
acompanhado por uma multidão entusiástica. O porta-bandeira, sorridente
e orgulhoso, molhou a extremidade da
haste do estandarte, perfeitamente
certo da alta significação simbólica que
sua agremiação merecera. Era,
irretorquivelmente, uma libação clássica.
Num romance recente de Nevil
Shute (A Hora Final, Rio de Janeiro,
1958, p.1000) a libatio aparece como
uma normalidade inglesa, norte-americana, australiana. Fala um general
reformado, Sir Douglas Froude: “Ergueu
o seu cálice de xerez: Bem. Agradeçamos à Providência por você ter
voltado são e salvo. Creio que devíamos
derramar um pouco no chão em sinal
de júbilo”.
No monitórios do Santo Ofício nos
séculos XVI e XVII perguntava-se cuidadosamente se na residência suspeita
de judaísmo, em caso de falecimento,
esvaziavam toda água existente, despejando-a fora, como fizeram com o
vinho no banquete de Trimalxião.
A explicação do monitorio era bem
diversa mas com a libação com água
pura existiu entre os israelitas (Reis I,
VII, 1-6), bem podia tratar-se de uma
representação típica aos manes funerários. Esta superstição ainda existe,
usual e viva, no Brasil.O tempo vai
passando mas não leva todas as coisas.
Muitas vão ficando dentro do cotidiano,
vividas numa vitalidade surpreendente,
manifestações sem conteúdo místico
mas reais no gesto notário que lhes
denuncia a existência milenar.
(Cascudo, Luís da Câmara. “Derramar
bebida no chão”. O Estado de São Paulo.
16 de novembro de 1958)
Krishna: O Cristo do Oriente
PARAMAHANSA YOGANANDA
uitas são as histórias maravilhosas contadas sobre Jadava
Krishna, o grande avatar e
divino rei, que governou sobre Gujarat
na antiga Índia.
Krishna veio à terra
muito mais cedo que Jesus
Cristo -mais ou menos três
mil anos antes, conforme
afirmam alguns eruditos mas eles eram uno em espírito, ambos tendo atingido
a Consciência Crística, ou
unidade com a onipresença
de Deus imanente de cada
átomo da criação. Deste
modo, eles podiam projetar
suas consciências em cada
ponto do cosmos, estando
conscientes para ajudarem
todos que estavam fisicamente longe deles. Mas
além da grande concomitância espiritual demonstrada em suas vidas, havia entre eles
também muitas similaridades pessoais.
Ambos nasceram de pais fervorosos à Deus. A mãe de Krishna e seu
pai foram perseguidos por seu perverso tio, o rei Kansa, assim como o rei
Herodes atormentou os pais de Jesus.
Jesus foi comparado a um bom
pastor de Deus; Krishna durante sua
infância, escondendo-se de Kansa,
cuidou de novilhas.
Jesus venceu Satanás; Krishna
venceu o demônio Kaliya. Satanás e
Kaliya representam o mal, ou a igno-
M
rância de Deus.
Jesus parou uma tempestade no
oceano e salvou o barco de seus discípulos; Krishna impediu seus devotos e
seus respectivos rebanhos de afogarem-se numa terrível inundação, levantando o monte Gowardhan sobre eles,
como um guarda-chuva.
Jesus era chamado “Rei dos
Judeus”, embora seu reino não fosse
deste mundo; Krishna era tanto rei
terreno como divino. O destino de
ambos foi profetizado nas escrituras,
e ambos foram mortos por grupos
desorientados: Krishna foi ferido
mortalmente por uma flecha de um
caçador, e Jesus foi crucificado por
aqueles que ignoravam sua divindade.
Estes dois avatares - ambos orientais
- são comumente reconhecidos no
oriente e ocidente como supremas
encarnações de Deus.
GRANDE LANÇAMENTO DO CD
“CASA DE LEI – PONTOS DE EXU E POMBAGIRA”
PELA ESCOLA DE CURIMBA ALDEIA DE CABOCLOS
com o coração transbordando de
alegria que no último final de
semana vimos a Umbanda e o
Culto Afro Brasileiro em geral mais
fortalecidos, pois foi com grande
sucesso, satisfação e extrema vibração
positiva que no dia 10/11/2007 às
20h00 na Câmara Municipal de AtibaiaSP, ocorreu o lançamento do “CD Casa
de Lei – Pontos de Exu e Pombagira”
pela Escola de Curimba e Arte
Umbandista Aldeia de Caboclos.
Dando seqüência a esse motivante
lançamento convidamos a todos para
participar mais de uma excelente etapa
É
do mesmo, etapa esta que se realizará
no dia 25/11/2007, às 19:00hs no
Templo Umbandista Caminhos de
Evolução, situado na Avenida Roland
Garros, 1415 A – Jardim Brasil-SP.
Destacamos que aqueles
que quiserem receber a “Aldeia de
Caboclos” com o lançamento deste
vibrante CD ou para eventos, entrar
em contato com Engels ou Fernanda
no cel.: 11-9736-2970 ou nos e-mails:
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Página -6
JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - NOVEMBRO/2007
JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - NOVEMBRO/2007
Página -7
LINHA E ARQUÉTIPO
DOS PRETOS VELHOS
JORGE
SCRITORI
ma árvore cresce na natureza,
fica sujeita a todas as variações
climáticas, noites frias, dias
quentes, mas como uma boa arvore
segue com perseverança o seu
crescimento.
Aparecem os primeiros galhos que
com o passar dos anos vão tomando
uma forma cada vez mais forte, cumprindo o seu papel na estrutura da árvore e oferecendo sombra a quem caminha na paisagem quente, ou, protegendo do sereno aquele que caminha
na noite.
Com o seu amadurecimento, na
época certa, começam a aparecer os
seus primeiros frutos que servem de
alimento a natureza viva e também
fazem parte do processo de fertilização
do solo na região.
Alguns frutos se perdem com a pretensão de chegar ao chão como árvore, já outros vão dar início a um processo
de uma nova árvore, obedecendo a seqüência natural do sistema, ou seja, o
fruto que amadureceu e deixou a árvore cumprindo o seu papel, vai dar vida
e forma a uma nova grande árvore.
Durante dezessete anos trabalhei,
e ainda trabalho, junto com minha Mãe
carnal, Adelaide Scritori, Médium reconhecida Internacionalmente pelos seus
feitos na lida com o tempo e as suas variações climáticas. Mulher aguerrida de personalidade forte que fez com
que o nome Fundação Cacique Cobra
Coral (www.fccc.org.br) ganhasse
prestígio e respeito a frente de cenários
políticos, nacionais e internacionais.
Sua mediunidade sempre foi uma
ferramenta de ajuda ao próximo mas
também foi a ferramenta forte, que me
forjou e lapidou, puxando as rédeas nos
momentos certos, me fazendo desenvolver um senso de limite e respeito a
espiritualidade.
Me mostrou que espiritualidade não
é feita somente de incorporação, mas
se trata de uma mecanismo onde a honra, o caráter e a ética devem prevalecer
junto ao sentimento fraterno perante o
invisível.
U
Cumprindo o meu papel de galho e
fruto, me tornei uma semente com disposição a dar continuidade ao sistema
natural, sendo assim, é com muita alegria que venho apresentar o surgimento
de uma nova árvore, que começa a crescer para poder se perpetuar junto a
Criação Divina.
O Instituto Cultural Sete Porteiras
do Brasil nasce com a intenção de disseminar o trabalho Umbandista, buscando combater toda e qualquer forma
de intolerância, perseguição e preconceito religioso.
Dentro da sua estrutura de trabalho, abraça a idéia de Templo Escola, a
muitos anos difundida com força e coragem pelo Irmão Rubens Saraceni, a
quem tomo a liberdade de chamar de
Pai, pois se por um lado tive uma Mãe
Espiritual ativa e dinâmica foi nos ensinamentos de Rubens Saraceni que me
tornei um multiplicador e desmistificador
do conhecimento Umbandista.
O Instituto Cultural Sete Porteiras
do Brasil tem como missão, buscar o desenvolvimento no setor social e ambiental fazendo com que a comunidade
local, ou a comunidade Umbandista venha fortalecer o seu nome e a sua posição perante a sociedade.
Buscaremos um ponto de equilíbrio
entre as atividades espirituais e sócioculturais sempre visando o conceito de
sustentabilidade a todos aqueles que
nos assistem.
Tenho agora um grande trabalho
pela frente mas sei também que conto
com pessoas dedicadas e interessadas
em nossa causa.
Pessoas como Karina Magarian, minha companheira inseparável, que com
garra e determinação mostra que o ideal
está nos olhos e nas mãos de quem trabalha, não na boca de quem condena.
Alexandre Cumino, meu amigo e irmão de espada, que desbrava com o
seu bom senso toda barreira e dificuldade imposta a nossa religião.
Maria de Fátima, irmã de caráter intocável que no seu silêncio fez com que
o Instituto respirasse nos seu primeiros
dias de vida.
E a todos que experimentaram cada
momento de mudança, bagunça e reforma. Também entendo que se tenho um
suporte material, isso se deve ao fato
de ser assistido e amparado por um
grupo espiritual de força e coragem.
Ao Senhor Exú Sete Porteiras, o
meu carinho e respeito pelo amparo e
pela iniciativa, entidade que não abro
mão de chamar de Pai!
Ao Senhor Cacique Cobra Coral,
meu Mentor, meu exemplo!
Não quero me estender aqui, sendo
assim, fica o meu convite para todos
conhecerem o Instituto Cultural Sete
Porteiras do Brasil. Forte Abraço!
INSTITUTO CULTURAL SETE
PORTEIRAS DO BRASIL
Av. Cruzeiro do Sul, 2414
Tel. 2089-0327 / 8197-7381
E-Mail: [email protected]
FESTA DE IEMANJÁ
O Colégio de Umbanda Sagrada e a
AUEESP – Associação Umbandista e
Espiritualista do Estado de SP estarão
louvando Mãe Iemanjá, no dia 08 de
dezembro, a partir das 20:00 horas na
Praia de Agenor de Campos em Monguagá.
Reservas e informações com Sandra
(11) 6954-7014 ou 9784-2668
RODRIGO
QUEIRÓZ
Ditado por Pai João de Angola
balanço do navio ainda enjoava. Não sei o que mais enojava, se era o balanço do navio,
ou a visão mórbida de tantos corpos de
meus confrades empilhados e já sem
vida. Se o mau cheiro e a falta de
espaço, ou ainda os grilhões que nos
prendiam.
Triste sorte, quem são estes animais
hominídeos que
nos amarravam,
batiam
e
subjugavam?
Zâmbi estaria
revoltado conosco? Ou os Orixás
se esqueceram de
seu povo?
Pensando assim, é que muitos
dos nossos não
puderam aproveitar a oportunidade de viver a escravidão. Processo este que, se
por um lado mancha a história da
humanidade, por
outro, “lavou a alma” de milhares de
espíritos que na carne sentiram o gosto
amargo da prestação de contas com o
Criador.
Todos sabem que quando os africanos foram escravizados, a Igreja logo
tratou de justificar isso, tirando nossa
alma, tal como fizeram com nossos irmãos indígenas. Claro, é mais fácil
arrancar-lhe a alma, a ter que conviver
com a consciência.
Não vou aqui me estender sobre os
interesses dos colonizadores ou acusálos. Vou tentar mostrar o lado bom desta
sangrenta moeda.
Acontece, que na Mãe África, as
coisas não iam tão bem quanto parece
nos contos. Nosso povo era bem
desenvolvido, no entanto, totalmente
dirigido pelo mito, este que ditava
nossas diretrizes, ou nele é que
justificávamos nossos atos. Atos estes,
nada bons.
O
É certo que o homem tem necessidade de conquista e expansão.
Diferentemente dos índios, nos
digladiávamos em busca de riquezas e
poderio, o que é pior, justificando como
vontade dos Orixás. Foi assim que a
tribo de Ogum, formado por homens
geneticamente mais avantajados
pontificou este Orixá como o Senhor das
Guerras e da Milícia....
Neste sentido o povo africano estava se distanciando da vida natural ou
da conservação da vida, não foi diferente com nossos irmãos ocidentais que
jogaram a culpa em Jesus e saíram conquistando terras pela lâmina da espada,
bem, mas isso é dívida deles.
Com a escravidão, nós tivemos a
oportunidade de nos reconhecer como
semelhantes, uma vez que a rixa entre
as tribos era feroz.
Subjugados, tivemos tempo para
pensar em nossos atos, fazer brotar a
humildade, simplicidade, resignação e
principalmente o amor à vida.
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JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - NOVEMBRO/2007
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Dias 01 e 15 dezembro – Sábado 10:00 as 12:00
Vagas limitadas
PORTAL DE LUZ DO PAI OBALUAIÊ
Neste curso o aluno conhecerá quem são os espíritos Sofredores,
Eguns e Quiumbas, aprenderá como identificar a aproximação em seu
campo eletromagnético e encaminhá-los. É ensinado a abrir Portais de Luz
do Trono da Evolução para que sejam curados e encaminhados com a
essência do Pai Obaluaiê. Esse trabalho ou encaminhamento será passado
de forma que o aluno poderá realizar em sua própria casa pois, após ser
consagrado ao Mistério do Pai Obaluaiê terá a outorga de amparar e ajudar
também seus semelhantes. Também será consagrado e iniciado como
oferenda viva ao Portal de Luz do Pai Obaluaiê, como um servidor e será
amparado pelo Trono da Evolução. Venha ser um iniciado ao Portal de Luz
do Pai Obaluaiê e conhecerá o fundamento da palavra caridade.
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Inf: (051) 3341-7428 ou 9113-3255
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Quartas Feiras das 20h00 às 22h00
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Horário: 9h30 às 13h00
Inf: (27) 3339-7503/ 9989-0159
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Horário: 13h00 às 17h30
Inf: (27) 3339-7503/ 9989-0159
Teologia de Umbanda Sagrada
Data: formando turmas
Horário: 9h30 às 17h00
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Telefone: (11) 9685 1005
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Ouça o programa:
Magia e Espiritualismo
Falando de Umbanda
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Terça-feira das 13h00 às 13h30
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JORNAL DE UMBANDA SAGRADA - NOVEMBRO/2007
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18 DE NOVEMBRO - com Dr. Hédio da Silva Júnior
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Página -9
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21 DE NOVEMBRO – com José Antõnio Soares
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(11) 2089-0327 / 8197-7381
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SÁBADOS ÀS 9h00
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Yabás Obá, Oyá e Egunitá”
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(11) 5072-2112
Teologia de
Umbanda
Ministrado por Alexandre Cumino
3 opções de horário:
Quartas-Feiras - 20h30 às 22h30
Sábados - 10h00 às 12h00
Domingos - 14h00 às 16h00
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(11) 5072-2112
LIGAR DE SEGUNDA À SEXTA DAS 9H00 ÀS 17H00
Colégio Tradição de Magia Divina
Rua Conselheiro Cotegipe, 815 - Belezinho - Tel. 6096-9059
E-Mail: [email protected]
RELAÇÃO DE NÚCLEOS QUE ESTARÃO MINISTRANDO O CURSO MAGIA DO FOGO
Núcleo de Magia 7 Encruzilhadas
Ministrantes: Alexandre Cumino (01)
Rua Paracatu 220 - Metrô Saúde
Tel: (11) 5072-2112
Núc. de Umbanda e Magia Águas de Luz
Ministrante: Maria C. Nascimento (28)
Rua Prof. Aprigio Gonzaga, 725
Metrô São Judas - Tel: 5573-3852
Nucleo de Magia Divina Abracadabra
Ministrante: Elizabeth Bretzel (244)
Rua Vieira de Morais, 103 Campo Belo - Aeroporto
Tels: 5542-1374 5073-5872
Núcleo Caboclo Flecha Certeira e
Pai Manuel de Arruda
Ministrante: Paulo Sergio Ludogero (27)
Rua Dr. Victor Eugenio do Sacramento
260 - Jabaquara - Tel: (11) 5012-0926
Espaço de Transformação Consciente
Ministrante: Pablo Edgar Valles (206)
R. Arquiteto Marcelo Roberto 16 Sala 05 – Chác. Santo Antonio
Tel: 8137-2787
Ministrante:
Eliana Tonini Pinto Stungis (199)
R: Luis Elias Attiê 408 –
Parque São Domingos - Tel: 3906-8104
Sabedoria Mística
Ministrante: André Moura (077)
Av. Zumkeller, 47 - Mandaqui
Tel: 9428-6793
C. Esp. de Umbanda Esperança
Ministrante: Gero Maita (16)
Av. Melchert, 1000 A - Vila Matilde
Tel. (11) 6694-3960
F. E. Umb.Preto Velho Pai João
Ministrante: Iara Fátima Drimel (197)
COLÉGIO TRADIÇÃO DE MAGIA DIVINA
riado por determinação do Mestre Seiman
Hamiser Yê, para congregar e amparar
os Magos iniciados pelo Mestre Rubens
Saraceni, com o objetivo maior de solidificar o
conhecimento e a prática da Magia Divina entre
nós. Em seis anos, e agora com a outorga de
iniciação para a primeira geração de Iniciados, o
Colégio Tradição já conseguiu certificar o Mago
com o diploma n° 10.300.
Finalmente se aproxima a hora de termos
uma sede para nos reunirmos para, além das
aulas, para a prática da Magia Divina, para
estudos conjuntos e para nossa reunião fraterna.
C
Rua Ernesto Boscariol, 60 - Pirituba
Tel: 3906-8677
Templo Ilê Ogum Acauã e Iansã
Min: Roseane S. Nascimento (275)
Rua Madre Joana Zonca, 175
- Quitaúna - Osasco
tel: 3608-0026 e 3447-2713
SUZANO
Nucleo Umbandista e Espiritualista Pai
Ogum e Caboclo 7 Flechas
Ministrante: Antonio C. Gomes (80)
Rua Maria de Lourdes Vieira, 85 - Pq.
Maria Helena - Tel: 4748-6535
DIADEMA
Núcleo Umbandista Cacique Tupi
Ministrante: Oralina Flauzino (264)
Rua da Proclamação,210 Vila Tiradentes - Diadema
Tel: 4044 - 8858
Portanto, chamamos os Magos das Sete
Chamas Sagradas, e de todas as demais Magias
Divinas, para se associarem ao nosso amado
Colégio Tradição de Magia Divina e participar da
realização do sonho de Mestre Seiman Hamiser
Yê e de nosso querido Mestre Rubens Saraceni.
Venham colocar sua pedrinha neste castelo,
venham se associar e nos ajudar a construir um
sonho. Não se esqueça, se você pode sonhar
você pode construir.
Maiores Informações:
Telefone: (11) 6096-9059
e-mail: [email protected]
SÃO BERNARDO DO CAMPO
Templo de Doutrina Umbandista
Pai Oxalá - Pai Ogum
Ministrante: Mercedes Soares (39)
Rua Tietê, 600 - Vila Vivaldi
Tel: (11) 4365-1108
SANTOS
Terreiro Divindades de Olorum
Ministrante: Sidney Rodrigues (58)
Av. Senador Feijó, 504
Vila Matias - Santos - SP
Tel: (13) 3273-4187 (parte da manhã)
SANTO ANDRÉ
Universidade Livre e Holistica Casa de Bruxa
Ministrante: Adriana Pasquinelli (79)
R: Almirante Protógenes - Santo André
Tel: 4994-4327
PRAIA GRANDE
Núcleo de Magia Divina Praia Grande
Ministrante: Laura Costa (225)
Rua Olga Colli, 119 - Aviação
Tel: (13) 3596-6873 (13) 9135-8261
SOMENTE CONSTARÃO NESSA
PUBLICAÇÃO, AQUELES QUE
ENTRAREM EM CONTATO COM O
COLÉGIO TRADIÇÃO DE MAGIA DIVINA,
NA PESSOA DA DRA. MIRIAM SOARES
A programação que fica no ar por 24
horas, conta com muitos comunicadores e
representantes de vários
segmentos religiosos, exotéricos,
ocultistas e muitos outros. - Visite o nosso
portal: www.tvespiritualista.com.br
O JORNAL DE UMBANDA SAGRADA
NÃO VENDE ANÚNCIOS.
Não tem departamento comercial. Este
jornal não tem fins lucrativos e aqueles
que aqui se encontram são colaboradores
para a divulgação da cultura umbandista.
ATENÇÃO LOJISTAS E
DIRIGENTES ESPIRITUAIS:
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