Sexta-feira, 29 de abril de 2016 Comunicado de Imprensa

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Sexta-feira, 29 de abril de 2016 Comunicado de Imprensa
Sexta-feira, 29 de abril de 2016
Comunicado de Imprensa – Internacional
Coalizão internacional pede a nomeação de um “defensor dos jornalistas”
Diversas organizações e jornalistas lançam um apelo para a criação de um
Representante Especial do Secretário Geral das Nações Unidas para a
Segurança dos Jornalistas, proposta inicialmente apresentada pela
Repórteres sem Fronteiras (RSF)
Diversos meios de comunicação, jornalistas, ONGs e personalidades de todos os
continentes fazem um apelo para a criação de um “defensor dos jornalistas”,
conforme a proposta apresentada pela RSF de se nomear um Representante
Especial do Secretário Geral das Nações Unidas para a Segurança dos Jornalistas.
A coalização pede às Nações Unidas e aos seus Estados membros que atribuam ao
titular desse cargo o peso político, a capacidade de agir de forma rápida e a
legitimidade necessária para que possa coordenar os esforços da ONU em favor da
segurança dos jornalistas.
O objetivo é definir um mecanismo concreto de aplicação do direito internacional
que possibilite a redução do número de jornalistas assassinados todos os anos por
motivos diretamente ligados à sua atuação profissional. Ao se considerar as
estatísticas, a adoção das diversas resoluções das Nações Unidas relativas à
proteção dos jornalistas e ao combate da impunidade não foram suficientes para
obter resultados concretos nessa frente. De acordo com os dados da RSF, 787
jornalistas e profissionais de mídia em geral foram mortos por razões ligadas ao seu
trabalho ao longo da última década, dos quais 67 apenas no ano passado.
“A RSF se alegra com a quantidade de importantes organizações e personalidades
que apoiam a medida da criação de um Representante Especial da ONU para a
Segurança dos Jornalistas, afirmou Christophe Deloire, Secretário Geral da RSF. As
demonstrações de apoio à campanha crescem a cada dia. Se as Nações Unidas e
os Estados criarem esse posto de Representante Especial, os jornalistas poderão
alimentar novamente a esperança de trabalhar em melhores condições de
segurança. Sem a proteção eficaz dos jornalistas, o direito à informação não pode
ser garantido, assim como não podem ser combatidos a propaganda e o
extremismo”.
Entre as diversas organizações que se juntaram à campanha estão a World
Association of Newspaper and News Publishers (WAN-IFRA), a International
Freedom of Expression Exchange (IFEX), a Human Rights Watch (HRW), a
Fédération Internationale des Droits de l’Homme (FIDH), o Committee to Protect
Journalists (CPJ), a James W. Foley Legacy Foundation, a International Women’s
Media Foundation (IWMF) e o Rory Peck Trust.
Um grande número de meios de comunicação também aderiu a campanha, dos
quais muitos membros da WAN-IFRA, como o The Hindu, o Bangkok Post, o Grupo
RBS, o The New York Times, o Manoramaonline, o USA Today, o VK Media, a ABP,
o JP Politikens Hus, o Jagran, o Mediahuis, o NewsBrands Ireland, o The Irish
Times, o Helsingin Sanomat e o Kristelight Dagblad.
Muitas personalidades também expressaram seu apoio à campanha. No dia 5 de
fevereiro de 2016, a Diretora Geral da UNESCO, Irina Bokova declarou: “estou de
acordo com a importância da proposta apresentada pela Repórteres sem Fronteiras
de nomear um Representante Especial para a Segurança dos Jornalistas junto ao
escritório do Secretário Geral das Nações Unidas”.
No dia 11 de março de 2016, Cilla Benkö, Diretora Geral da Rádio Sueca afirmou
em coluna publicada no Guardian: “eu apoio a iniciativa da Repórteres sem
Fronteiras em favor da criação de um Representante Especial dedicado às questões
relativas à segurança dos jornalistas junto às Nações Unidas. Os repórteres devem
estar protegidos contra os ataques e eu estou segura de que um Representante
Especial poderia realizar importantes avanços, se tiver um mandato claro e forte”.