ECNAT SCHOOLS PACK_PT.indd - Global Campaign for Education
Transcrição
ECNAT SCHOOLS PACK_PT.indd - Global Campaign for Education
PACOTE ESCOLAR Caro Diretor Campanha cada Criança Precisa de um Professor Obrigado por querer saber mais sobre a Campanha Cada Criança Precisa de um Professor da Campanha Global para Educação . A próxima Semana de Ação Global sobre educação, que se irá realizar de 21 a 27 de abril de 2013, é o maior evento nesta campanha. Vão par!cipar milhares de escolas em 98 países. Este pacote explica um pouco do historial da campanha e explica como é que a sua escolar pode par!cipar. Cada criança do mundo tem o direito a ter educação de qualidade – e nenhuma criança tem a possibilidade de usufruir desse direito sem um professor qualificado e com a formação adequada. No entanto, mesmo quando estamos a progredir (lentamente) para o obje!vo de conseguir que todas as crianças vão à escolar, há uma enorme e persistente lacuna em relação a professores de carreira, com formação adequada, e com o apoio necessário. Esta é uma barreira à educação não só para os 132 milhões de crianças em todo o mundo que não vão à escola – 61 milhões na educação primária e 71 no ensino médio – mas também para os muitos milhões de crianças que estão na escola, mas em turmas com demasiados alunos e com professores sem formação, mal pagos e sobrecarregados. Se valorizamos o direito da criança à educação e o seu direito de aprender, temos que dar passos concretos para que cada criança é ensinada por um professor com formação e apoio. O desafio é enorme: • Para que todas as crianças do mundo vão à escola primária até 2015 precisamos de mais 1,7 milhões de professores, dos quais 1 milhão em África. Sem falar na necessidade de formar milhões de professores sem qualificações. • No Maláui o número de crianças por professor vaira de cerca de 36 em algumas regiões a 120 noutras. • O Níger !nha 1,059 professores qualificados do ensino médio inferior em 2010, mas 1,4 milhões de crianças em idade de frequentar o ensino médio inferior. • Na Índia mais de 670,000 professores não têm as qualificações mínimas exigidas por lei. • No Níger os professores a contrato recebem apenas $125 por mês. No Líbano os professores não têm aumento salarial há 10 anos, período no qual os preço duplicaram. No Nepal os professores fizeram greve em 2012 depois de não terem recebido salário durante vários meses. A Campanha Cada Criança Precisa de um Professor da Campanha Global para Educação tem por obje!vo aumentar a consciencialização pública sobre a questão e chamar a atenção polí!ca sobre este problema: queremos que os líderes mundiais criem os padrões, o planeamento e o financiamento para garan!r que cada criança tenha um professor com a formação e apoio adequados – e a possibilidade de usufruir do seu direito à educação. Como parte destes esforços vamos levar a cabo uma Semana de Ação Global entre 21 e 27 de abril de 2013 durante a qual precisamos que milhões de pessoas ajam em favor dos professores. Este pacote dá-lhe mais informação sobre a Campanha, sobre os planos para a Semana de Ação Global, sobre o que a sua escola pode fazer para par!cipar. Esperamos que se junte aos milhões de pessoas em todo o mundo que par!cipam. Se !ver qualquer dúvida não hesite em contactar-nos através de campaigns@ campaignforeduca!on.org A Campanha Global pela Educacao A CGE é um movimento mundial com membros em 96 países, que trabalha para que o direito a Educação para Todos e Todas, gratuito e de qualidade seja uma realidade. O que contem? Este pacote contém a informação de que precisa para levar a cabo uma a!vidade na sua escola. Vai encontrar o seguinte: 1. Historial a. O que é a CGE? b. O que é a Semana de Ação Global? 2. Sobre a campanha a. Questões relacionadas com a campanha b. O que é que a sua escola pode fazer 3. Recursos para as escolas: Plano de Aulas (5-15 anos) 4. Recursos: mensagens-chave 5. Recursos: Principais factos e números 6. Recursos: Modelo de carta-convite para polí!cos locais 7. Recursos: Materiais da campanha 8. Exigências polí!cas 9. A!vidades da campanha on-line 1. Historial O que e a CGE? O que e a Semana de Acao Global? A Campanha Global para a Educação (CGE) é um movimento da sociedade civil, criado em 1999, que tem como obje!vo acabar com a crise global de educação. A Educação é um direito humano básico e a nossa missão é garan!r que os governos tomem desde já medidas para garan!r a todos uma educação gratuita, pública e de qualidade. A Semana de Ação Global é o maior movimento da Campanha Internacional para o movimento pela educação em todo o mundo. A CGE começou a organizar a Semana de Ação Global em 2001 como um momento anual em que as coligações, campanhas e organizações que trabalham em educação a nível nacional, regional e internacional, atuam ao mesmo tempo para melhorar a consciência de um aspeto da agenda da Educação para Todos e Todas, falando da mesma questão e apresentando pedidos coordenados a nível polí!co. Os nossos membros vão desde uma enorme variedade de organizações da sociedade civil nacional, regional e internacional a sindicatos de professores e defensores dos direitos da criança. Em conjunto responsabilizamos os governos pelas suas promessas, repe!das tantas vezes, de proporcionar Educação para Todos. Nós agimos mobilizando os cidadãos para que se façam ouvir, fazendo lobby junto de polí!cos e funcionários do governo, atraindo a atenção dos media, monitorizando e reportando sobre atos governamentais e quaisquer outras a!vidades que possam melhorar o perfil público e polí!co em relação aos desafios da Educação. Acreditamos que se os cidadãos falarem a uma só voz podem ter um importante impacto na polí!ca e nos atos governamentais. A Semana de Ação Global envolve pessoas de todo o mundo – sobretudo escolas – o que significa que par!cipam milhões de pessoas em cerca de 100 países. Em anos passados o tema da Semana de Ação Global foi literacia e aprendizagem ao longo da vida (2009), financiamento da educação (2010), educação das raparigas (2011) e cuidados e educação na primeira infância (2012). Em 2013 a Semana de Ação Global vai centrar-se na falta global de professores de carreira e com formação, como parte da campanha Cada Criança Precisa de um Professor da CGE. A CGE tem coligações de membros em cerca de 100 países em todo o mundo. Cada uma tem par!cipantes de organizações não governamentais, sindicatos de professores, associações de pais, grupo de jovens, organizações comunitárias e outras organizações da sociedade civil, comprome!das com a educação. Estes monitorizam a nível nacional os compromissos assumidos pelos seus governos e visam torná-los responsáveis. As Semanas de Ação Global da CGE decorrem há mais de 10 anos e, desde a primeira semana em 2001, nela par!ciparam dezenas de milhões de pessoas. Esperamos que em 2013 haja o maior número de escolas de sempre a par!cipar, chamando a atenção para esta causa tão importante. MAIS: consulte www.campaignforeduca!on.org MAIS: consulte www.campaignforeduca!on.org/en/campaigns/ global-ac!on-week Onde e que vamos trabalhar? Canada Ireland Norway Sweden United Denmark Kingdom EĞƚŚĞƌůĂŶĚƐ Belgium Germany ƵƐƚƌŝĂ France Switzerland Italy Portugal hŶŝƚĞĚ^ƚĂƚĞƐ Mongolia Romania Albania Armenia Spain Japan Lebanon WĂůĞƐƟŶĞ Iraq /ƐƌĂĞů Jordan Morocco ĨŐŚĂŶŝƐƚĂŶ Algeria WĂŬŝƐƚĂŶ Nepal Egypt ĂŶŐůĂĚĞƐŚ Dominican Republic Mexico DĂƵƌŝƟƵƐ Guatemala El Salvador Senegal The Gambia 'ƵŝŶĞĂͲŝƐƐĂƵ Nicaragua ŽƐƚĂZŝĐĂ Sierra Leone Liberia Colombia India Mali Niger Yemen ƵƌŬŝŶĂ&ĂƐŽ Ghana Vietnam WŚŝůŝƉƉŝŶĞƐ Cambodia ũŝďŽƵƟ Sudan Benin Nigeria Togo Ethiopia Somaliland Cameroon Uganda Gabon Ecuador Kenya ĞŵŽĐƌĂƟĐ Republic of Congo /ŶĚŽŶĞƐŝĂ Tanzania Peru Brazil Angola Zambia Malawi Bolivia Mozambique Zimbabwe DĂƵƌŝƟƵƐ ƵƐƚƌĂůŝĂ Chile >ĞƐŽƚŚŽ ƌŐĞŶƟŶĂ Uruguay 2. Sobre a campanha A Campanha Global pela Educação (CGE) acredita que uma das razões principais deste défice na educação de qualidade é a grave lacuna de professores qualificados e devidamente apoiados. É a presença de professores de qualidade que determina se e quanto as crianças aprendem. Os dados demonstram amplamente que um dos factores que mais influenciam a aprendizagem dos alunos é assegurar o número suficiente de professores para evitar turmas grandes. Um meta-estudo de inves!gação publicado entre 1990 e 2010 demonstrou que a presença e conhecimento dos professores !nham, de longe, um impacto determinante sobre os resultados dos testes dos alunos; avaliações aprofundadas sobre sistemas de ensino de alta qualidade do Relatório de Monitorização da Educação para Todos descobriu que “nos sistemas de ensino com melhor desempenho… não há concessões sobre a qualidade dos professores”, e o Programa Internacional de Avaliação de Alunos da OCDE relata que “os sistemas de ensino de sucesso... dão prioridade à qualidade dos professores”. Estes resultados não são surpreendentes: os alunos e os pais sabem que os professores determinam a qualidade da educação. Inves!r nos professores é importante para a aprendizagem de todos os alunos e para o seu bem-estar: professores bem formados podem gerir melhor a diversidade de uma sala de aula, conseguem lidar por exemplo - com a enorme variedade de idades comummente encontrada em escolas de países pós-conflito, podem reduzir a violência e administrar a disciplina de forma posi!va e, através da formação de género, podem apoiar melhor a par!cipação das meninas na sala de aula de forma a aumentar significa!vamente as suas hipóteses de sucesso. Assim, a dimensão da escala do défice global de professores qualificados torna-se ainda mais chocante. Ao nível do ensino pré-escolar, o défice de professores é muitas vezes acompanhado por um défice na taxa de escolarização: apesar do rácio professor/ aluno do ensino pré-escolar não ser sempre alto, o rácio de crianças deste grupo etário para professor chega a a!ngir um para milhares numa série de países africanos. A Educação e os Cuidados na Primeira Infância são direitos, e têm um impacto enorme e duradouro, mas não podem ser assegurados sem um aumento massivo do número de professores. Ao nível do ensino primário, o Ins!tuto de Esta%s!ca da UNESCO calcula que são necessários mais 1,7 milhões de professores para assegurar a educação primária universal até 2015. No total, 114 países têm défices de professores do ensino primário sendo que só em África este défice é de quase 1 milhão. As baixas taxas de transição do ensino primário para o secundário inferior também significam um baixo número de alunos e de professores a este nível. Há uma enorme lacuna no número de professores necessário para cada criança para completar o ensino secundário inferior: sete países africanos têm apenas um professor do ensino secundário inferior para mais de 100 crianças em idade do ensino secundário inferior. Se !vermos em conta a formação e qualificação, o quadro torna-se menos claro mas mais preocupante. Os dados sobre os níveis de qualificação são extremamente desiguais e baseiam-se em definições nacionais cujos indicadores são muito variados. Alguns países contabilizam como qualificados os professores que concluíram o ensino primário e um curso de formação de um mês, enquanto outros exigem uma licenciatura de três anos. Mesmo com padrões tão flexíveis e baixos, um terço dos países afirmam que não mais de metade dos seus professores do ensino pré-escolar são qualificados. Ao nível do ensino primário, as taxas são um pouco superiores, mas um terço dos países reportam que menos de três quartos dos professores são qualificados (dentro de qualquer padrão de exigência nacional) e alguns reportam uma queda nos níveis de qualificação. No Mali, onde metade dos professores do ensino primário é qualificada, apenas um quarto !veram formação com uma duração igual ou superior a seis meses. Quase metade dos países que apresentaram níveis de qualificação " ...sistemas educativos bem-sucedidos...dao prioridade a qualidade dos professores Programa Internacional de Avaliação de Alunos da OCDE no ensino secundário inferior afirma que menos de três quartos dos professores são qualificados. Em 2010, o Níger !nha apenas 1.059 professores do ensino secundário inferior qualificados em comparação com 1,4 milhões de crianças com idade escolar rela!va ao ensino secundário inferior. Além disso, os dados globais sobre professores frequentemente mascaram as extremas disparidades entre regiões – em que as regiões mais pobres e áreas rurais geralmente apresentam piores resultados - e não revelam os perfis dos professores em termos de iden!dade linguís!ca, étnica, regional ou deficiência. Está provado que as professoras têm um impacto posi!vo nas meninas, mas em países de rendimento baixo as mulheres consistem em apenas 39 por cento (em média) dos professores ao nível do ensino primário e 25 por cento ao nível do ensino secundário inferior. Assim, as polí!cas públicas devem ser direccionadas para colmatar o enorme défice de professores qualificados, e esta campanha apresenta recomendações específicas para governos e doadores (ver secção 3). A lição esmagadora que re!ramos desta situação é que a educação de qualidade exige o recrutamento de um número suficiente de professores com formação de qualidade, devidamente apoiados, remunerados e tratados como profissionais. A polí!ca de recrutamento de professores com baixas qualificações levada a cabo durante as úl!mas décadas tem-se revelado desastrosa para a qualidade da educação e, até mesmo onde os professores têm acesso a formação, esta precisa frequentemente de ser melhorada. Os professores também recebem salários irrisórios. " É inegável que tem havido desde 2000 um avanço no reconhecimento do direito à educação a nível mundial – mas é algo que não está acabado. O número total de crianças fora do ensino primário e secundário caiu de mais de 200 milhões em 2000 para 132 milhões em 2010, mas este número con!nua a ser alto e tem vindo a estagnar desde 2008. Mesmo no caso das crianças escolarizadas, o direito à educação só é uma realidade se a escola lhes proporcionar uma educação de qualidade que, como descrito pelo Fórum Mundial de Educação em 2000, “inclui aprender a conhecer, a fazer, a viver em conjunto e a ser “. No entanto, esta descrição está longe de ser realidade em grande parte do mundo: pelo contrário, até três quartos das crianças que vivem nos países de rendimento mais baixo não sabem ler e escrever mesmo depois de dois ou três anos de escolaridade, muito menos começado a desenvolver capacidades e conhecimentos mais complexos. O défice na educação de qualidade é enorme e colmatar esta falha é essencial para cumprir o direito universal à educação. Por exemplo, no Níger, o salário é de apenas $ 125 dólares por mês, sendo que muitos professores têm de viajar longas distâncias para o receber, além de que frequentemente o recebem dias, semanas ou até meses atrasado. Um corpo docente mo!vado e altamente qualificado produz a melhor educação. No entanto, frequentemente os professores são tratados como funcionários de baixo estatuto e grau de prestação de serviços, que deverão leccionar e avaliar testes de acordo com um guião, e recompensados ou punidos apenas com base nos resultados dos testes. A falta de profissionalização dos professores nega aos alunos a possibilidade de um alto nível de ensino. Polí!cas públicas adequadas precisam de um financiamento suficiente para as por em prá!ca. Os países de baixo rendimento alocam, em média, 17 por cento dos seus orçamentos para a educação, e 12 por cento para a educação básica (pré-escolar, primária e secundário inferior); as alocações são um pouco mais baixas mas semelhantes nos países de rendimento médio. No entanto, para os países mais pobres que têm orçamentos mais baixos, isso não é suficiente. Todos os países precisam de ampliar as receitas através da tributação progressiva, e muitos precisam de apoio adicional dos doadores. O financiamento dos doadores está longe de suprir as necessidades ou as prioridades para a educação estabelecidas pelos governos receptores. Os 23 maiores doadores bilaterais alocaram menos de três por cento da sua Ajuda Publica ao Desenvolvimento para a educação básica entre 2005-2010 (mesmo incluindo uma parte do apoio orçamental). A forma como estes países fornecem a Ajuda também é importante: um apoio orçamental de longo prazo e previsível é capaz de apoiar melhor os custos correntes como a formação de professores e salários. Os quadros macroeconómicos apoiados por doadores também não devem restringir o recrutamento de professores. Se es!vermos verdadeiramente emprenhados em assegurar o direito à educação para todos, em garan!r que cada aluno, jovem ou adulto desenvolve as capacidades que um bom ensino permite –desde a literacia e numeracia ao pensamento cria!vo e crí!co – então a única solução é assegurar que cada aluno tem um professor qualificado. Isto significa estabelecer polí!cas públicas e financiamento adequado capaz de produzir uma classe docente profissional, qualificada, suficientemente apoiada, distribuída equita!vamente e em número suficiente. Se damos valor à educação, não há alterna!va. MAIS: veja ‘Cada Criança Precisa de um Professor: Colmatar a lacuna de professores formados’. Este relatório conjunto foi publicado pela Campanha Global pela Educação e Internacional de Educação e foi apresentado em Setembro de 2012 com os úl!mos dados do Ins!tuto de Esta%s!ca da UNESCO. Está disponível em Inglês, Francês, Português e Árabe no site da CGE em www. campaignforeduca!on.org/teachers O que a sua escola pode fazer? As escolas podem, em qualquer altura, levar a cabo ações que apoiem a campanha. Mas o momento chave para se envolverem é durante a Semana de Ação Global, que decorre entre o dia 21 e 28 de abril de 2013. Esta semana cria, a nível mundial, a oportunidade para que os a!vistas possam chamar a atenção sobre a campanha - e exijam que os polí!cos ajam – num grande e único momento coordenado. Assim pedimos que as coligações de membros da CGE e escolas par!cipantes para levarem os polí!cos à escola durante a Semana de Ação Global, como parte de uma aula. Isto poderia envolver: • • • Convidar os polí!cos a dirigir-se à turma, falar sobre o que eles ou o governo fará para resolver a crise de falta de professores formados na sua região, no seu país ou no mundo, e/ou falar sobre a razão pela qual os professores !veram um papel tão importante nas suas vidas. Os estudantes e professores terem a oportunidade de ques!onar os polí!cos sobre polí!cas relevantes, incluindo No sul: o número de crianças por professor em vilas/cidades em zonas rurais, como são formados os professores, o que fará o governo para garan!r que existam mais professores com formação. No norte: ajuda à educação básica em todo o mundo e apoio específico para ajudar os governos de países em desenvolvimento a superar a lacuna de professores com formação. As aulas podem também explorar o importante papel desempenhado pelos professores na vida das crianças. Abaixo apresentamos um plano de aula com ideias sobre como fazê-lo. Os polí!cos podem ser do governo local, regional ou nacional. O obje!vo é que tantas escolas quanto possível se dirijam aos decisores polí!cos e os ques!onem sobre o seu compromisso para com a educação para todos e todas – se eles es!verem verdadeiramente comprome!dos em consegui-lo, então têm que estar comprome!dos em ter todo o pessoal docente de carreira e com formação. Não se esqueça de entrar em contato com a coligação-membro da CGE do seu país para a manter informada sobre a a!vidade que levar a cabo e para relatar sobre a par!cipação dos polí!cos. Os dados de contacto estão no site da CGE: h&p://www.campaignforeduca!on.org/en/members A Semana de Ação Global é diferente em cada país, dependendo das prioridades e oportunidades polí!cas para mudar através da mobilização pública e/ou defesa de causas. Mas em cada país haverá eventos nacionais, cobertura dos media e, espera-se, muitos eventos organizados pela comunidade e pela escola. Esperamos que a sua escola par!cipe! 3. Cada crianca precisa de um professor: Plano de Aula (5-15 anos) Esta é uma sugestão de plano de aula para ajudar os seus alunos a descobrir mais sobre a falta de professores qualificados e para os envolver na campanha. Objetivos 1. 2. 3. Discu!r a falta de professores qualificados que existe em todo o mundo Chamar os polí!cos à ação para que esta lacuna de professores seja colmatada Compreender por que é que os professores são fundamentais para a aprendizagem No final da aula, os alunos devem: • • • Ter uma ideia da importância dos professores Entender que, em alguns países, os alunos não têm educação porque não há professores suficientes Par!cipar numa ação para pedir que haja mais professores qualificados para suprir a atual falta de professores. Informações úteis: • • • “Cada criança precisa de um professor” é uma campanha mundial gerida pela Campanha Global pela Educação, que tem membros em 96 países Desde 2003 dezenas de milhões de crianças e professores par!ciparam em a!vidades de campanha durante a Semana de Ação Global As campanhas incluíram a educação na primeira infância e os cuidados para crianças do pré-escolar, educação das raparigas e acesso ao ensino primário. SECAO B1 : Atividade para idades entre 5-11 O que fazem os professores? PRIMEIRA PARTE (15 minutos): O professor coloca as seguintes perguntas: Materiais • • • • Flip chart ou papéis em branco Lápis Opcional: materiais para desenho Opcional: Postais para escrever mensagens da campanha aos polí!cos SECAO A: INTRODUCAO (5 minutos) SE ESTIVER PRESENTE UM POLÍTICO O Professor apresenta o convidado / polí!co e informa os alunos de que o polí!co fará parte da lição e irá falar durante a aula. O professor explica a importância da presença do polí!co: • • • O polí!co pode ouvir o que as crianças !verem para dizer sobre os professores e a escassez de professores O polí!co pode levar as mensagens das crianças ao governo Ao par!cipar na aula hoje o polí!co pode trabalhar para garan!r que o governo leve a sério esta questão e forneça dinheiro suficiente de modo a que todas as crianças possam ter professores qualificados. O professor informa que crianças de todo o mundo estão a par!cipar numa lição semelhante para compreender o quanto é importante ter professores qualificados suficientes para todas as crianças do mundo. • • Que aulas e a!vidades gostam mais na escola? O que é que o professor faz durante essas aulas e a!vidades? Se houver tempo, as crianças podem responder da seguinte forma: • • • Fazer um desenho das suas a!vidades favoritas e mostrando o que o professor está a fazer, e a alterna!va se não houvesse professor Trabalhar em grupos para chegar a uma ideia conjunta sobre todas as coisas diver!das que fazem na escola e mostrando o que o professor está a fazer, e a alterna!va se não houvesse professor Escrever e representar uma pequena peça. Após a a!vidade, o professor explica a questão da falta de professores (7 minutos). Informações úteis: • • • • • 132 milhões de crianças não vão à escola. 61 milhões destas crianças estão em idade de frequentar o ensino primário. Para que cada criança do mundo possa ir à escola, são precisos mais 1,7 milhões de professores. Só em África são necessários mais 1 milhão de professores. Este número NÃO inclui o número de professores necessários apenas para subs!tuir os professores. existentes (que se aposentam, por exemplo) - o número total, incluindo neste grupo, é de 6,8 milhões. PARTE DOIS (10 minutos): Peça às crianças para imaginar o que aconteceria se não houvesse professores. Pode mo!var as crianças com perguntas como: • • • • O que aconteceria se precisasse de ajuda? Onde é que arranjaria o equipamento e material? Como saberia se o trabalho estava correto? O que teria aprendido no fim da aula? Mais uma vez, as crianças podem responder desenhando as suas ideias sobre como seriam as suas a!vidades favoritas sem um professor, ou escrevendo as suas respostas em grupos, ou representando um teatro. SECAO B2: Atividade para idades entre 11-15 Por que é que os professores são importantes? (5 minutos para explicar, 5 minutos para a a!vidade) • • Peça aos alunos para escrever individualmente uma ou duas razões pelas quais os professores são importantes Peça aos alunos para par!lhar as suas respostas com o resto da turma O professor explica a questão ad falta de professores, e a importância de professores com boa formação (15 minutos) Informações úteis: • • • • • • • 132 milhões de crianças não vão à escola. 61 milhões destas crianças estão em idade de frequentar o ensino primário. Para que cada criança do mundo possa ir à escola, são precisos mais 1,7 milhões de professores. Só em África são necessários mais 1 milhão de professores. Este número NÃO inclui o número de professores necessários apenas para subs!tuir os professores existentes (que se aposentam, por exemplo) - o número total, incluindo neste grupo, é de 6,8 milhões. O Níger tem apenas um professor qualificado para cada 1.318 crianças em idade de ensino secundário inferior. No Mali, apenas metade de todos os professores do ensino primário têm formação - e destes apenas um quarto teve formação com uma duração de seis meses ou mais. • Alguns países contam como professores qualificados aqueles que concluíram o ensino primário e um curso de formação de um mês. Os alunos devem ter a possibilidade de colocar perguntas e discu!r a questão da falta de professores. SECAO C: O que pode ser feito Nesta fase, se es!ver presente um polí!co, ele deve falar sobre o envolvimento/avanços do seu governo para reduzir a questão da falta de professores qualificados. (Claro que também pode falar das suas próprias experiências! Os polí!cos devem ser informados com antecedência de que os alunos vão discu!r as ideias que apresentar sobre como resolver a lacuna de professores qualificados, após a sua intervenção.) Se não par!cipar nenhum polí!co, o professor deve apresentar algumas ideias sobre as formas de resolver a lacuna de professores qualificados. (Qualquer destas intervenções: 5-7 minutos) Informações úteis: • • • Os países doadores poderiam aumentar sua ajuda à educação e especificar que os professores devem ser formados com parte desse dinheiro. Os governos poderiam desenvolver polí!cas e padrões para o recrutamento, formação, desenvolvimento, salários e condições dos professores. Os governos locais poderiam iden!ficar qual é o problema na sua região, para que os governos nacionais façam planos realistas para resolver a crise. Par!cipação dos alunos (7 minutos) Peça aos alunos que escrevam uma coisa que achem que pode ser feita para garan!r que cada criança tenha um professor bem formado. O polí!co (se es!ver presente) pode juntar-se a grupos diferentes e comentar. Depois, peça a alguns voluntários para ler algumas respostas. No final da aula faça uma compilação de todas as respostas e entregueas ou envie-as ao polí!co local. SECAO D: Conclusao (5 minutos) O professor pede ao polí!co convidado para fazer algumas observações finais. As observações devem incluir experiências do polí!co como aluno bem como qual era o seu professor/a favorito e o que aprendeu com esse professor/a. O polí!co também deve falar sobre o que vai fazer para apoiar os professores. O professor pergunta aos alunos se têm alguma questão / mensagem para o polí!co (estas podem ter sido preparadas com antecedência). Os alunos apresentam ao polí!co a lista de exigências polí!cas para os governos nacionais. Nota: O professor deve ter um conjunto das exigências polí!cas pronto, tal como incluído neste pacote. 4. Mensagens da campanha Elaborámos uma série de breves declarações que expressam os principais elementos da campanha – esperamos que sejam úteis! 1. 2. 3. 4. Os professores fazem a diferença entre uma criança apenas frequentar a escola e realmente aprender; se queremos resolver o défice de aprendizagem, devemos preencher urgentemente a lacuna global de professores qualificados. Se valorizamos a aprendizagem, devemos valorizar os professores. Cada criança tem direito a um professor profissional e qualificado. O défice global de professores qualificados no ensino primário e secundário representa a maior crise da educação: a fim de realizar a educação primária universal até 2015, o mundo precisa de recrutar mais 1.7milhões de professores, fornecer formação para muitos milhões de professores que não têm formação ou qualificações, e assegurar que os professores estão distribuídos equita!vamente. Assegurar a provisão de professores de alta qualidade para todos requer que os professores sejam recrutados, formados, devidamente remunerados, desenvolvidos e coordenados como profissionais: tratar os professores como uma profissão de baixo estatuto tem como resultado um ensino de baixa qualidade e priva as crianças do seu direito à educação. 5. A actual resposta de “emergência” que consiste no recrutamento de professores desqualificados tem falhado, e apenas tem contribuído para agravar a crise na qualidade e equidade. 6. Os governos devem comprometer-se a resolver a crise dos professores e da aprendizagem através do recrutamento e formação de forma a suprir o défice nacional de professores profissionais, e reportar sobre o progresso alcançado e alocação de recursos para este fim. 7. Os governos doadores devem deixar claro como planeiam ajudar a resolver a crise dos professores e da aprendizagem, incluindo através de uma maior Ajuda para a educação básica. 8. As Ins!tuições Financeiras Internacionais devem deixar claro como planeiam resolver a crise de professores e da aprendizagem, incluindo através do apoio a um maior inves!mento nos professores. 5. Factos e numeros Valorizacao dos professores: Remuneracao dos professores: • Um meta-estudo baseado em 9,000 documentos de inves!gação revelou que os factores com maior impacto nos resultados das avaliações dos alunos consis!am no nível de conhecimentos dos professores e a presença destes nas aulas. • Defice de professores: • • • • • • • São necessários mais 1.7 milhões de professores para que todas as crianças frequentem o ensino primário até 2015 – e isto sem ter em conta a formação e distribuição de professores. Se contarmos apenas com África, é necessário mais 1 milhão de professores a fim de escolarizar todas as crianças até 2015. Outros dados apontam que 114 países não têm professores suficientes para alcançar o ensino primário universal até 2015. O Chade tem apenas um professor do ensino pré-escolar para cada 1,815 crianças em idade do ensino pré-escolar. Sete países africanos - Burkina Faso, Chade, E!ópia, Mauritânia, Moçambique, Níger e Somália – têm mais de 100 crianças em idade do ensino secundário inferior por professor do ensino secundário inferior. E estes dados não têm em conta a forma como os professores estão distribuídos e se têm qualificações para leccionar. Os professores estão distribuídos desigualmente: no Malawi, o número de crianças por professor varia entre 36 em alguns distritos para mais de 120 noutros. Em países de baixo rendimento, as mulheres representam apenas 39 por cento dos professores do ensino primário e 25 por cento dos professores do ensino secundário inferior. • Financiamento da Educacao: • • • • Formacao de professores: • • • • • Nos úl!mos três anos, apenas 8 países têm reportado regularmente para o Ins!tuto de Esta%s!ca da UNESCO sobre a forma como muitos dos seus professores são formados. No Mali, apenas sete por cento dos professores que leccionam em escolas primárias públicas concluíram o ensino secundário; quase nem um quarto teve formação com duração superior a 6 meses. Trinta e um países reportam que menos de três quartos dos seus professores primários têm formação adequada de acordo com qualquer padrão de exigência nacional (cuja formação pode ser de apenas algumas semanas). Em 2010, o Níger !nha apenas 1.059 professores com formação para leccionar o ensino secundário inferior, comparado com 1.4 milhões de crianças em idade do ensino secundário inferior. Na Índia, mais de 670 mil professores não têm as qualificações mínimas exigidas pela Lei do Direito à Educação. Em muitos países, a remuneração dos professores é extremamente baixa e requer deslocações para ser recolhida, chegando mesmo a ser paga com atrasos. No Níger, os professores contratados recebem apenas $ 125 dólares por mês. No Líbano, em meados de 2012, a remuneração dos professores con!nuava igual há 10 anos atrás, apesar de ter havido uma inflação de 100 por cento durante esse período – o que significa que, em termos reais, os salários dos professores reduziram para metade. No Nepal, os professores entraram em greve em 2012 depois de ficarem sem receber salários durante meses. • • • Em 2012, o Congresso Nacional do Brasil decidiu que 10 por cento do PIB deveriam ser inves!dos na educação pública em comparação com os 5.1 por cento actuais. O Luxemburgo gasta 17.490 dólares por aluno do ensino primário por ano; A Republica Democrá!ca do Congo gasta 10 de dólares. Se a Libéria !vesse gasto todo o seu orçamento na educação primária em 2008 (úl!mos dados disponíveis) esta teria resultado numa despesa de 714 dólares por aluno. No Paquistão, o enquadramento de polí!cas públicas des!nadas aos professores é sólido, mas apenas 2.4 por cento do PIB é des!nado à educação (ou seja, todos os níveis de ensino), além de que o défice de professores para alcançar a educação primária universal até 2015 é de mais de 525 mil professores. O Uganda poderia angariar mais 270 milhões de dólares por ano com o fim das isenções temporárias sobre o rendimento das empresas. As contribuições dos países doadores para a educação básica entre 2005 e 2010 representaram, em média, menos de 3 por cento do total da sua Ajuda Pública ao Desenvolvimento - enquanto os países mais pobres, no mesmo período, alocaram 12 por cento dos orçamentos para a educação básica. Se os 23 doadores do CAD !vessem des!nado 10 por cento dos seus orçamentos para a Ajuda Publica ao Desenvolvimento para a educação básica entre 2005-2010, isto teria resultado em 35 mil milhões de dólares adicionais. 6. Modelo de carta-convite para politicos Esta carta será enviada pelas escolas aos polí!cos locais. Inserir logó!po Inserir os seus contactos Inserir data Exmo./a Senhor/a [inserir nome] Cada Criança Precisa de um Professor: 2X Abril 2013, Semana de Ação Global Gostava de o convidar para vir à escola [nome da escola] par!cipar nas a!vidades que se vão realizar em apoio à campanha global Cada Criança Precisa de um professor. A a!vidade faz parte da Semana de Ação Global pela educação, entre 21 e 28 de abril, que em 2013 se vai centrar na necessidade de professores de carreira, mais bem formados e apoiados se queremos garan!r que cada criança no mundo possa ir à escola. Durante a semana polí!cos de cerca de 100 países – ministros de educação, desenvolvimento e finanças, deputados, representantes locais e regionais – par!ciparão em eventos semelhantes. Globalmente precisamos de mais 1,7 milhões de professores para garan!r que em 2015 cada criança tenha educação primária. Milhões de professores tentam ensinar crianças tendo recebido apenas algumas semanas de formação e recebendo apenas alguns dólares por dia. [SE DISPONÍVEL / RELEVANTE, INCLUA DETALHES DO SEU PAÍS]. A nossa escola acredita que é importante par!cipar nos esforços para lidar com esta situação e garan!r que o direito à educação seja uma realidade para cada criança. Esperamos que venha à nossa escola par!cipar nestas a!vidades. Os alunos do [ano x] vão par!cipar numa aula que explica a crise de professores a nível mundial [e no país x] e que os ajuda a perceber melhor os desafios que muitas crianças enfrentam devido à falta de professores com formação nos seus países. Convidamo-lo a par!cipar nesta aula explicando sucintamente qual a situação dos professores a nível [local/regional/nacional (APAGUE O QUE NÃO NECESSITAR)] [OU] [as ações governamentais em relação à crise de professores], para falar do seu professor favorito, da razão pela qual os professores !veram um papel importante na sua vida e responder a perguntas feitas pelas crianças. [Insira informação sobre o evento e a escola, incluindo calendário, horário, contatos e morada] Pudermos contar com a sua presença seria um sinal muito importante tanto para as crianças da nossa escola como para a comunidade, mostrando que esta questão é muito importante e que o senhor, como nosso representante eleito, a leva a sério. Esperamos que seja possível contar com a sua presença e par!cipação neste evento global. Atentamente, Diretor 7. Materiais e recursos da campanha As escolas são convidadas a descarregar e usar os materiais conforme necessitem para os seus próprios eventos. Abaixo estão os recursos que preparámos para vossa u!lização. Todos os materiais podem ser descarregados em www.everychildneedsateacher.org Cada Crianca Precisa de um Professor: Colmatar a lacuna de professores formados Este relatório foi publicado pela CGE em conjunto com a Educação Internacional (Educa!on Interna!onal) e iden!fica o défice de professores necessários para alcançar a educação para todos. O relatório foi lançado durante a Assembleia Geral da ONU, em Setembro de 2012, e está disponível para ser descarregado em todas as línguas da CGE. Logotipo, fontes e imagem da campanha O logó!po da campanha está disponível em formato para impressão e para a web nas três cores da CGE (roxo, verde e cor-de-laranja), e em todas as línguas oficiais da CGE. Internacionalmente, a CGE irá u!lizar o logó!po roxo mas os membros podem escolher o que preferirem. A campanha também u!liza uma variedade de gráficos desenhados à mão em todos os seus meios de comunicação. O logó!po u!liza o !po de letra Rudiment, que está disponível gratuitamente nas Fontes True Type (FTT). No entanto, recomendamos que apenas u!lizem esta fonte para %tulos principais e não nos sub%tulos ou corpo de texto. Poster da Campanha Criámos um modelo de poster para os membros da CGE descarregarem, adaptarem e imprimirem. Os posters têm tamanho A3 (420mm x 297mm) mas podem ser aumentados para A2 ou A1 e reduzidos para A4. 8. Exigencias politicas Os membros da CGE iden!ficaram uma lista de exigências polí!cas (descritas abaixo) que devem ser postas em prá!ca a fim de colmatar o défice de professores qualificados. A prioridade dada a cada exigência varia de acordo com o contexto de cada país: alguns países têm um grande número de professores, mas não estão a formá-los ou a remunerá-los como profissionais, tendo como resultado uma qualidade de ensino fraca. Alguns países têm um óp!mo enquadramento de polí!cas públicas mas não estão a alocar os recursos suficientes para implementá-las. No âmbito das exigências gerais acordadas para a campanha, cada coligação irá seleccionar e centrar-se sobre as exigências específicas mais relevantes para o seu contexto. O factor comum para todos os países é que os governos devem ter a vontade polí!ca para agir de forma a colmatar o défice de professores qualificados, e devem estabelecer padrões, desenvolver planos e fornecer financiamento em conformidade • • • • Exigencias da Campanha • Exigências globais: • • • Normas: os governos e os seus parceiros internacionais devem reconhecer a necessidade de professores formados, qualificados e apoiados profissionalmente e desenvolver polí!cas e normas para a contratação, formação, desenvolvimento, salários e condições para os professores que reflectem este reconhecimento. Planeamento e elaboração de relatórios: os governos devem desenvolver planos orçamentados para preencher a lacuna de professores qualificados e garan!r que o plano aborda as disparidades entre regiões, em áreas rurais e remotas; e devem publicar relatórios sobre o progresso desses planos e sobre o Rácio aluno por professor qualificado; os doadores devem publicar e informar sobre os seus planos para contribuir para preencher a lacuna professores qualificados. Finanças: os governos devem elaborar e executar orçamentos que irão garan!r que a lacuna de professores qualificados é preenchida - incluindo a necessidade de recrutamento, formação e remuneração profissional padrão; os doadores devem des!nar pelo menos 10% da sua APD para a educação básica e fornecer mais Ajuda através do apoio orçamental previsível e de longo prazo. • • • • • • • Exigencias Especificas: Deveres dos governos nacionais: • • Desenvolver planos custeados de força de trabalho, acordados com os parlamentos e a sociedade civil, para enfrentar as lacunas existentes em relação a professores formados e distribui-los equita!vamente. (Em situações de emergência ou pós-conflito, desenvolver planos de transição que se orientem para essas metas, em concordância com as en!dades nacionais interessadas e par!cipantes.) Em 2014, avaliar e publicar o rácio aluno/professor formado, em geral e no sector público, (de acordo com padrões de formação indicados acima), incluindo variações regionais. Isto deveria ser incluído em relatórios dirigidos ao Pacto Internacional das Nações Unidas sobre os direitos económicos, sociais e culturais (ICESCR). Rever, por género, os planos sectoriais de educação nacional e desenvolver estratégias de longo prazo para recrutar, formar apoiar e compensar os professores do sexo feminino. Desenvolver e aplicar elevados padrões de formação a nível nacional, desenvolvidos com os profissionais do ensino e com referência a padrões internacionais. Assegurar uma formação inicial antes da entrada em serviço a todos os novos candidatos a professor que cubra o conhecimento da matéria, a pedagogia e a formação em diagnós!co de necessidades de aprendizagem dos alunos, com tempo suficiente para desenvolver tais competências; aumentar o nível da formação de professores do ISCED em pelo menos um nível ao longo dos próximos três anos. Fornecer a todos os professores formação con%nua antes de entrar ao serviço bem como desenvolvimento profissional, recorrendo a prá!cas comuns e seguimento da formação dada. Assegurar que todos os professores recebem salários decentes e profissionais; negociar e acordar escalas de pagamentos com os sindicatos dos professores; não usar o pagamento como sistema de punição ou compensação individualizado baseado em obtenção de notas altas ou outros pagamentos por «mérito». Fortalecer a liderança escolar e promover o estabelecimento de comités de gestão escolar que incluam alunos, professores, pais e membros da comunidade local. Promover programas de literacia para adultos que também capacite os pais recém-letrados para tomarem parte na gestão da escola e apoio aos professores. Apoiar o estabelecimento de Conselhos de Ensino para desenvolver e pôr em prá!ca padrões profissionais e é!ca. Alocar pelo menos 20% dos orçamentos nacionais ou 6% do PIB à educação, e assegurar que pelo menos 50% deste montante é atribuído ao ensino básico, com uma percentagem maior onde for necessário. Des!nar uma proporção considerável dos financiamentos ao ensino pós-secundário para o desenvolvimento de programas de elevada qualidade de formação de professores. Expandir progressivamente a base tributária interna, aplicando por exemplo uma taxa justa de imposto sobre as empresas e não oferecendo reduções fiscais desnecessárias. Procurar obter polí!cas macroeconómicas de expansão que permitam um maior inves!mento em serviços públicos de qualidade, resis!ndo à imposição de polí!cas de austeridade por parte do FMI ou outros conselheiros. • • Abrir processos de planeamento e orçamentação a organizações da sociedade civil, incluindo sindicatos de professores, através, por exemplo, da par!cipação em grupos oficiais de parceria com o governo no sector do ensino (ex. Grupos Educa!vos Locais). Elaborar relatórios regulares e transparentes sobre os orçamentos e gastos em educação, tornando claras as alocações por distrito/província e a nível local, para que as despesas possam ser acompanhadas pelas comunidades e pelas organizações da sociedade civil. Deveres dos doadores bilaterais: • • • • • • Cumprir o compromisso de despender pelo menos 0,7% do RNB em ajuda. Reajustar a ajuda pública ao desenvolvimento (APD) de modo a des!nar pelo menos 10% ao ensino básico, incluindo contribuições para a PGE e uma proporção de apoio orçamental. Contemplar uma maior proporção da APD para apoio orçamental geral ou sectorial. Assegurar que toda a ajuda à educação se encontra alinhada com os planos nacionais de educação fornecendo financiamento através de um fundo comum que apoie o plano nacional de educação. Desenvolver e publicar um plano que estabeleça as contribuições des!nadas a deter a crise de professores e a diminuir o rácio aluno/professor formado, e fazer relatórios anuais sobre os progressos face a este plano. Comprometer-se e apoiar a Task Force Internacional de Professores para a EPT. Deveres da PGE: • • Fornecer financiamento coordenado e outros apoios para o aumento de um corpo docente profissional e bem formado, reconhecendo claramente o significado desta acção para os resultados na aprendizagem e para a qualidade do ensino. Assegurar que o grupo profissional dos professores, através das organizações de professores, é envolvido no processo de desenvolvimento e implementação de planos nacionais para o sector da educação subme!dos pelos governos à PGE. Deveres do Banco Mundial: • • • • Cumprir a sua promessa feita em 2010 de um financiamento adicional para o ensino básico, fornecendo pelo menos USD 6,8 mil milhões ao ensino básico em países do IDA entre 2011 e 2015, e um aumento de financiamento para a África Subsariana. Abster-se de prestar conselhos ou condicionamentos que limitem o estatuto profissional, formação, pagamento ou sindicalização dos professores ou que encorajem a obtenção de notas altas. Publicar a contribuição que pretende fazer para resolver a crise dos professores e diminuir o rácio aluno/professor formado, e fazer relatórios anuais sobre os avanços face a este plano. Assegurar que o grupo profissional dos professores, através das organizações de professores, é envolvido no processo de desenvolvimento e implementação dos planos para os quais o Banco Mundial fornece apoio financeiro. Deveres do FMI: • • Trabalhar com os governos e outros elementos chave interessados e par!cipantes no processo da educação, tais como organizações de professores e outros grupos da sociedade civil, a fim de desenvolver quadros macroeconómicos que apoiem a expansão significa!va do inves!mento em professores. Expandir o seu trabalho no que toca a despesas sociais de modo a incluir apoio aos governos para acompanharem o inves!mento em professores. Deveres dos doadores privados: • Apoiar as estratégias nacionais para desenvolver um corpo docente profissionalizado do ensino público através, por exemplo, da contribuição para fundos comuns que apoiem os planos sectoriais da educação nacional. 9. Actividades da Campanha Online Mais de um milhão de pessoas já apoiaram anteriormente campanhas da CGE online, através da assinatura de pe!ções online, ao aderirem através do facebook, ao contactarem figuras polí!cas através do Twi&er ou a escrever sobre as campanhas nos seus sí!os de internet ou blogues. A nível internacional, a CGE irá implementar as seguintes ac!vidades online de forma a encorajar o maior número de par!cipações por parte de professores, escolas e membros do público. Sitio de internet da campanha: www.everychildneedsateacher.org Redes sociais: Facebook e Twitter A CGE terá uma série de ac!vidades de Campanha em ambas as redes sociais a par!r das nossas contas internacionais: www.facebook.com/campaignforeduca!on www.twi&er.com/globaleduca!on Além de postar regularmente sobre o tema dos professores através destes perfis, estarão disponíveis uma série de mensagens no sí!o de internet da Campanha que podem ser par!lhadas rapidamente em ambas as redes através de um link. Neste sí!o de internet poderá: • • • • Registar-se e promover as suas ac!vidades como membro da CGE ou como ins!tuição de ensino (já disponível) Introduzir/Carregar as suas no%cias (disponível em Janeiro) Introduzir/Carregar imagens de eventos da sua campanha ao longo do ano (disponível em Janeiro) Descarregar materiais e outros recursos, incluindo cartazes da campanha, logó!pos e o relatório de campanha (já disponível). Campanha Online Um dos principais desenvolvimentos no site da campanha será a função para enviar mensagens direcionadas aos polí!cos, exortando-os a apoiar a campanha, comprometendo-se a mudanças específicas de polí!ca. Vá verificando o site para saber o que pode fazer para incen!var os seus alunos, apoiantes e pais a par!cipar no seu país! Blogue da CGE: blog.campaignforeducation.org A CGE tem o seu próprio blog, no qual os membros da CGE introduzem os seus próprios ar!gos e tomam parte na discussão online. Em 2012-2013, estamos a centrar-nos fortemente nos professores e gostaríamos que os professores par!cipassem na discussão! Visite o blog e sinta-se à vontade para entrar no debate, comentar e par!lhar novas entradas. Se a sua escola tem um perfil no Facebook e / ou Twi&er, podemos par!lhar as suas histórias e aumentar a nossa força cole!va e influência nestas redes. Em anos passados, temos procurado iden!ficar des!natários polí!cos que possamos contactar directamente através do Twi&er. Por exemplo, muitos Chefes de Estado têm contas de Twi&er oficiais, assim como outras figuras de alto nível que incluem Cris!na Fernandez de Kirchner, Presidente da Argen!na; David Cameron, Primeiro-ministro do Reino Unido, e NoyNoy Aquino, Presidente das Filipinas Ao enviar Tweets directamente para as contas destas figuras, podemos demonstrar a força e o apoio à nossa Campanha. Como tal, quando requisitado por membros nacionais, podemos incluir Tweets des!nados a pessoas concretas.