polyurethane guia técnico de espumas flexíveis
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polyurethane guia técnico de espumas flexíveis
GUIA TÉCNICO DE ESPUMAS FLEXÍVEIS POLYURETHANE ÍNDICE 1.Introdução...........................................................................5 1.1. História das Espumas Flexíveis............................................... 5 1.2.Aplicações...................................................................................... 6 7.Resolução de Problemas............................................. 26 7.1. Problemas de Processo........................................................... 14 7.2. Problemas de Propriedades Físicas................................... 29 2.Formação das Espumas Flexíveis................................7 2.1. Reações Químicas....................................................................... 7 2.2. O Processo de Espumação...................................................... 7 2.3. Fórmula Genérica........................................................................ 8 8. Formulações Iniciais..................................................... 30 8.1. Espumas Convencionais........................................................ 30 8.2. Espumas com Carga Inorgânica........................................... 33 8.3. Espumas Macias........................................................................ 34 8.4. Espumas de Alta Resiliência..................................................35 3. Matérias-Primas ..............................................................9 3.1.Polióis............................................................................................. 10 3.2.Isocianatos..................................................................................... 11 3.3. Agentes de Expansão...............................................................12 3.4.Silicones.........................................................................................12 3.5.Catalisadores................................................................................ 13 3.6.Cargas............................................................................................. 14 3.7. Retardantes de Chama ...........................................................15 3.8.Colorantes.................................................................................... 16 4.Cálculos............................................................................... 17 4.1. Cálculo do TDI.............................................................................17 4.2. Fator de Caixa............................................................................. 18 4.3. Cálculo da Densidade.............................................................. 19 5.Produção das Espumas Flexíveis.............................. 20 5.1. Requisitos Básicos.................................................................... 20 5.2. Máquinas de Espumação Contínua.................................. 20 5.3. Processo de Espumação Contínuo.....................................21 5.4. Máquinas de Produção Descontínua.................................21 5.5. Processo de Produção Descontínuo................................ 22 5.6. Máquinas de Espumação Híbridas.................................... 22 6. Propriedades Físicas......................................................23 6.1.Densidade.....................................................................................23 6.2. Deformação Permanente......................................................23 6.3. Força de Indentação................................................................23 6.4. Passagem de Ar......................................................................... 24 6.5.Resiliência ................................................................................... 24 6.6.Resistência ao Rasgamento.................................................. 24 6.7. Tração e Alongamento.......................................................... 24 6.8.Fadiga Dinâmica........................................................................ 25 9. Propriedades Toxicológicas e Procedimentos de Manuseio......................................................................... 36 9.1.Polióis............................................................................................ 36 9.2.Isocianatos.................................................................................. 36 9.3. Outros Componentes.............................................................37 Apêndice 1............................................................................. 39 Glossário............................................................................................... 39 Apêndice 2............................................................................ 45 Tabela de Conversão de Unidades ........................................... 45 Apêndice 2............................................................................ 46 Bibliografia........................................................................................... 46 1.INTRODUÇÃO 1.1. História das Espumas Flexíveis A química dos poliuretanos teve seu início em 1849 quando Wurtz e Hofmann reportaram pela primeira vez a reação entre um isocianato e um composto hidroxílico. Em 1937, a descoberta da reação de poliadição dos diisocianatos com glicóis, feita pelo Dr. Otto Bayer e colaboradores, lançou as sementes da indústria dos poliuretanos. A partir de 1950, a Du Pont e a Monsanto iniciaram a produção comercial de diisocianatos. Em 1953, a Du Pont anunciou a comercialização de um poliuretano espumado baseado em pré-polímero. Ainda no início dos anos 50, o desenvolvimento de poliuretanos espumados (celulares) fez com que maior ênfase fosse colocada na produção de diisocianatos aromáticos (TDI e MDI). Em 1952, foi anunciada a instalação da primeira fábrica de espuma flexível na Alemanha. O sucesso comercial de várias aplicações de poliuretanos na Alemanha despertou um grande interesse nos Estados Unidos da América. Em 1957, Du Pont, Mobay e National Aniline produziam diisocianatos nos Estados Unidos com uma capacidade anual conjunta de aproximadamente 35.000 toneladas. No entanto, o interesse pelo desenvolvimento de produtos baseados na nova tecnologia ainda era relativamente pequeno devido aos altos custos e limitações técnicas. Entre 1957 e 1958, as empresas Dow Chemical Company, Union Carbide Corporation e Wyandotte Chemical Company viabilizaram o desenvolvimento da indústria de poliuretanos através da introdução dos polióis poliéter. O uso destes novos produtos possibilitou a fabricação de espumas com melhores propriedades, e menor custo, do que aquelas feitas anteriormente (baseadas em polióis poliéster). Os novos isocianatos, introduzidos pela Monsanto e Du Pont, também desempenharam um papel importante no desenvolvimento das espumas de poliuretano. Os sistemas a base de poliéster usavam a técnica “One Shot” (uma etapa) onde o poliéster, diisocianato, água, catalisadores e estabilizantes eram misturados em uma só etapa ocorrendo, então, a reação de espumação. Os primeiros sistemas a base de poliéter empregavam o processo de prepolímero, onde o poliéter e o diisocianato reagiam, numa primeira etapa, para formar o prepolímero. Numa etapa posterior, este era misturado com água, catalisadores e estabilizantes para produzir as espumas. A maior parte das espumas flexíveis feitas até 1960 usavam a técnica dos prepolímeros. A técnica de espumação “One Shot” com polióis poliéter, que dispensa o uso de pré-polímeros formados pela reação prévia de isocianato e poliol, foi introduzida, em 1959, viabilizando o desenvolvimento de espumas flexíveis para aplicações de grande volume. As formulações usadas com a técnica “One Shot” eram baseadas em polióis poliéter, TDI 80/20, catalisadores amínicos e organo-metálicos e silicones à base de copolímero de polidimetilsiloxano - glicol. Espumas flexíveis de poliuretano são fabricadas, atualmente, usando os mesmos compostos descritos acima. Na metade dos anos 60 a Dow foi a pioneira na introdução dos polióis poliéter contendo óxido de etileno e óxido de propileno (heteropolímeros) que permitiram uma melhoria no processo de fabricação das espumas flexíveis de poliuretano. No início da década de 70, a Union Carbide fez a introdução pioneira dos polióis copoliméricos, contendo estireno e acrilonitrila, que permitiram a fabricação de espumas flexíveis de bloco e moldadas com uma faixa ainda maior de propriedades físicas e melhor processabilidade. A partir dos meados da década de 80, a preocupação crescente com o meio ambiente, particularmente a reciclagem dos produtos a base de poliuretano, e a destruição da camada de Ozônio, provocada pelos clorofluorocarbonos, marcou o início de uma nova fase de desenvolvimento de produtos e processos para os vários segmentos da indústria de poliuretano. Espumas flexíveis isentas de clorofluorocarbonos, novos polióis, silicones, catalisadores e agentes alternativos de expansão, bem como novos processos de espumação têm sido, desde o início da década de 90, implementados com sucesso. 1.2. APLICAÇÕES DAS ESPUMAS FLEXÍVEIS As principais características das espumas flexíveis de poliuretano são: • Baixo Peso • Alto Conforto • Excelente Acolchoamento • Boa Elasticidade • Boa Resistência ao Rasgamento • Ótima Resistência à Fadiga • Facilidade de Corte • Excelente Conformação • Bom Isolamento Térmico As espumas flexíveis podem ser produzidas numa ampla faixa de densidades, com os mais variados graus de dureza, o que as tornam o material preferido para o estofamento nas indústrias de móveis e colchões. Estas espumas apresentam ainda resistência à degradação consideravelmente maior do que as espumas baseadas em látex natural. Entre as inúmeras áreas de aplicações das espumas flexíveis destacam-se: • Colchões • Móveis • Travesseiros • Almofadas • Componentes Automotivos • Componentes para Calçados • Brinquedos • Vestuário • Artigos de Limpeza • Artigos de Higiene Pessoal • Artigos para Construção Civil • Embalagens 6 2. FORMAÇÃO DAS ESPUMAS FLEXÍVEIS 2.1. Reações Químicas 2.1.1. Reação de Polimerização A reação de polimerização, também conhecida como reação de gelificação, ocorre em duas etapas sendo que a segunda etapa é favorecida pelas altas temperaturas desenvolvidas durante o processo de cura do polímero. Reação Primária POLIOL + ISOCIANATO => URETANA Reação Secundária URETANA + ISOCIANATO => ALOFANATO 2.1.2. Reação de Expansão A reação de expansão, ou reação de sopro, também ocorre em duas etapas sendo que na etapa inicial é produzido o dióxido de carbono que é o gás responsável pela expansão do polímero. Como na reação de polimerização vista acima, a segunda etapa também é favorecida pelas altas temperaturas desenvolvidas durante o processo de cura do polímero. Reação Primária ÁGUA + ISOCIANATO => CO2 + URÉIA DISUBSTITUÍDA Reação Secundária URÉIA DISUBSTITUÍDA + ISOCIANATO => BIURETO 2.2. O Processo de Espumação O processo de formação de uma espuma flexível de poliuretano envolve as seguintes etapas: Dosagem e Mistura dos Componentes As quantidades determinadas dos componentes da formulação são pesadas e misturadas em um equipamento apropriado e dispensadas em um molde. No total são utilizados entre 6 e 12 componentes. Creme A mistura de líquidos fica saturada com o dióxido de carbono, que se forma na reação da água com o isocianato, dando ao líquido uma aparência cremosa. Este fenômeno ocorre entre 6 e 20 segundos após a mistura dos componentes. Crescimento O calor gerado pela reação e a formação contínua de dióxido de carbono faz com que a massa em polimerização se expanda até atingir o seu crescimento total, que depende da quantidade total de água e agentes físicos de expansão presentes na formulação. Este processo se completa entre 60 a 120 segundos após a mistura dos componentes. Cura Os blocos de espuma são retirados do molde e transferidos para uma área de cura onde devem permanecer a uma distância de 40 cm do outro bloco, por um período mínimo de 24 horas antes de serem manuseados. 7 2.3. Fórmula Genérica 8 COMPONENTE PARTES Poliol 50 - 100 Poliol Copolimérico 0 - 50 Água 1,0 – 7,0 Cloreto de Metileno 0 - 40 Silicone 0,8 – 5,0 Catalisador Amínico 0,10 – 0,50 Carga Inorgânica 0 - 30 Retardante de Chama 0 - 15 Pigmento 0-1 Outros Aditivos 0-2 Catalisador de Estanho 0,10 – 1,0 TDI – Índice 105 - 120 3.MATÉRIAS-PRIMAS 3.1.Polióis Os tipos de polióis mais usados na fabricação de espumas flexíveis são os seguintes: 3.1.1. Polióis Poliéteres São alcoóis polifuncionais contendo uma cadeia polimérica com ligações éter (C-O-C). São representados genericamente, pela fórmula R-OH e suas principais características estão descritas a seguir: Funcionalidade 2,5 - 3,0 Peso Molecular 3000 - 5000 N° de Hidroxilas 34 - 56 Viscosidade (25 °C) 500 - 1000 cps Os polióis poliéteres convencionais podem, ainda, ser subdivididos em duas classes: • Homopolióis – polióis fabricados a partir de um iniciador, geralmente a glicerina, e extendidos com um só óxido, como por exemplo, o óxido de propileno. • Heteropolióis - polióis fabricados a partir de um iniciador, geralmente a glicerina, e extendidos com uma mistura de óxidos, como por exemplo, óxido de propileno e óxido de etileno. 3.1.2. Polióis Copoliméricos Os polióis poliéteres convencionais podem ser modificados com polímeros orgânicos para dar origem a produtos mais viscosos, de coloração branca a amarela, que são muito eficazes para melhorar as propriedades físicas, em particular o suporte de carga, das espumas de poliuretano. Os polióis copoliméricos são compostos contendo dispersões copoliméricas estáveis de estireno e acrilonitrila em polióis poliéteres. São também denominados polióis poliméricos ou polióis grafitizados. As principais características dos polióis copoliméricos estão descritas a seguir: % De Sólidos 6 - 45 Número de Hidroxilas 20 - 46 Viscosidade (25 °C) 1100 - 6000 cps Espumas com densidades acima de 26 Kg/m3, feitas com polióis convencionais e TDI 80/20, tornam-se macias e rasgadiças. Este problema era, antigamente, contornado com misturas de polióis (por exemplo, Voranol® 4730 e Voranol® 4701) junto com misturas de isocianatos (por exemplo, TDI 80/20 e TDI 65/35). Esta alternativa tem sido substituída, com vantagens, por misturas de poliol convencional e poliol copolimérico. 3.1.3. Polióis Poliésteres São alcoóis polifuncionais, contendo uma cadeia polimérica com ligações éster (O=C-O-C), usados em alguns segmentos específicos, tais como no mercado de espumas para laminação à fogo onde proporcionam maior adesividade. 9 3.2.Isocianatos Os isocianatos usados na indústria de poliuretanos têm, pelo menos, dois grupos isocianato (NCO). O isocianato usado na maioria das espumas flexíveis é o diisocianato de tolueno - TDI. O diisocianato de tolueno apresenta as seguintes formas isômeras, ou seja, mesma fórmula molecular com diferentes fórmulas estruturais: CH 3 CH 3 NCO NCO OCN NCO 2,4 Diisocianato de Tolueno 2,6 Diisocianato de Tolueno O diisocianato de tolueno é comercializado nas seguintes formas: TDI 80 / 20 (T80) TDI 65 / 35 (T65) % Isômero Teste com80Corante C 2,4 % Isômero 2,4 D470 65 Teste 20 % Isômero 2,6 35 % Isômero 2,6 F F Normalmente, na indústria, o TDI 80/20 é conhecido, simplesmente, por TDI. Portanto todas as formulações que mencionam TDI como isocianato devem ser entendidas como sendo baseadas no TDI 80/20. Algumas propriedades típicas do diisocianato de tolueno são apresentadas na tabela abaixo: F F % NCO Mede basicamente a resistência à Viscosidade, 25 °C, cps ruptura inicial. Ponto de Congelamento, °C TDI 80/20 TDI 65/35 48 48 Mede 5 basicamente a ruptura propagação. 5 14 ± 1 9±1 Acidez Total, % 0,004 0,004 Densidade a 25/4 °C 1,22 1,22 Ponto de Ebulição, °C 250 250 O TDI 65/35 pode ser usado, em misturas com o TDI 80/20, para aumentar o suporte de carga das espumas flexíveis. Neste caso recomenda-se usar uma mistura de polióis como, por exemplo, 50% Voranol® 4730 e 50% Voranol® 4701. 10 3.3. Agentes de Expansão Os agentes de expansão são os responsáveis pelo crescimento e formação da estrutura celular das espumas de poliuretano. Existem dois tipos de agentes de expansão, a saber: 3.3.1. Agente de Expansão Químico A água é o agente de expansão químico usado na fabricação de espumas flexíveis de poliuretano. É, também, conhecida como agente principal de expansão pois é usada, sempre, nas formulações de espuma flexível. O responsável pela expansão do polímero é, na verdade, o dióxido de carbono (CO2), que se forma pela reação química da água com o TDI. Uma das funções mais importantes da água é controlar a densidade das espumas flexíveis: quanto maior for o nível de água, menor será a densidade. A variação da densidade não é linear, e o efeito da quantidade de água na densidade é mais sentido quando se trabalha com níveis baixos. Todavia, o nível de água deve ser balanceado na formulação, de modo a não apresentar risco de aumento excessivo da temperatura interna da espuma. 3.3.2. Agente de Expansão Físico Os agentes de expansão são líquidos ebulição Testefísicos com Corante C de baixo ponto de D470 Teste que usam o calor liberado durante a formação da espuma para passar ao estado gasoso e, desta maneira, ajudam a diminuir a densidade da espuma. São, também, conhecidos como agentes secundários de expansão, pois nem sempre são usados nas formulações de espuma flexível. Os principais agentes de expansãoFfísicos são o cloreto de metileno e os clorofluorocarbonos (CFCs). É importante ressaltar que os clorofluorocarbonos foram eliminados das formulações de Fespumas flexíveis pelo seu efeito nocivo à camada de Ozônio da atmosfera e, também, pelo seu maior custo. Os níveis aproximados de água e cloreto de metileno comumente usados para fabricar espumas flexíveis com diferentes densidades estão descritos na tabela abaixo: F F 3 DENSIDADE, Kg/m ÁGUA, pphp CLORETO, pphp 90 Mede basicamente 45 a resistência à ruptura inicial. 40 1 Mede1,8 basicamente a ruptura propagação. - 2 - 35 2,3 - 30 2,6 - 25 3,1 - 20 4,3 - 18 4,7 3 16 5 5 14 5,2 8 12 5,5 15 10 6,5 20 8 7 35 Os níveis acima são aproximados e devem se ajustados de acordo com a altitude da região da fábrica, índice de TDI e nível de octoato de estanho. Quando o nível de água for maior do que 4,7 pphp (partes por cem partes de poliol) deve-se usar cloreto de metileno para controlar a exotermia do bloco. 11 3.4. Silicones As exigências para um silicone a ser usado no processo de espumação de uma etapa são maiores do que aquelas necessárias ao processo de espumação envolvendo pré-polímeros. Os silicones, substâncias denominadas copolímeros de siloxano-glicol podem ser subdivididos em dois tipos: 3.4.1.Hidrolizáveis Copolímeros de silicone - poliéter unidos pelo grupamento SiOC têm estabilidade limitada com relação à hidrólise. Estes produtos são estáveis em meio aquoso por períodos de até uma semana quando tamponados adequadamente com aminas, mas degradam, rapidamente, abaixo de pH 7. 3.4.2.Não-hidrolizáveis Copolímeros de silicone - Poliéter unidos pelo grupamento SiC têm estabilidade prolongada (vários meses) em meio aquoso. Os silicones desempenham um papel fundamental nas diferentes etapas envolvidas na fabricação de espumas de poliuretano : Mistura – Os silicones são de um modo geral, solúveis nos compostos utilizados nas reações de poliuretano e, portanto, funcionam como emulsificantes facilitando o contato e mistura dos componentes da formulação. Nucleação - A formação da espuma começa quando o gás se desprende da mistura líquida reagente. Os silicones ajudam a abaixar a tensão superficial e, desta maneira, auxiliam a nucleação e formação de células finas. Estabilização - Após a formação das bolhas de gás, torna-se necessária a sua estabilização até que a estrutura celular tenha se formado pela reação de polimerização. Neste período crítico, os silicones desempenham um papel Teste com da Corante D470 Teste fundamental na estabilização espumaCevitando o seu colapso. Abertura Celular - Os silicones auxiliam a abertura celular, necessária para que não ocorra encolhimento da espuma, trabalhando em conjuntoF com o catalisador de estanho na obtenção de uma estrutura celular forte com paredes flexíveis que possam se romper (fluindo para a estrutura das células) e permitindo a saída dos gases (ou seja, F produzindo espumas com células abertas.) A tabela abaixo mostra o efeito da quantidade de silicone, como porcentagem da quantidade ideal para uma certa formulação, na estrutura celular de uma espuma flexível: F % de Silicone F Estrutura Celular 0 – 0,5 Mede basicamente 0,5 – 0,7 a resistência à ruptura inicial. 0,7 – 0,9 Colapso Mede basicamente a ruptura Rachos, Densificação propagação. Células Grandes (Grossas) 0,9 – 1,2 Células Médias 1,2 – 1,5 Células Pequenas (Finas) acima de 1,5 Encolhimento Dosagem do Silicone A maneira ideal de introduzir o silicone é como um componente separado. Misturas ASA (Água + Silicone + Amina) são usadas na fabricação de espumas flexíveis de bloco por conveniência de pesagem. As células das espumas onde o silicone é pré-misturado com água têm a tendência de serem mais grossas. O contato direto de silicone e catalisadores contendo estanho deve ser evitado pois pode causar a degradação do silicone e provocar o colapso da espuma. 12 3.5. Catalisadores Os catalisadores desempenham um papel fundamental nas reações de espumas de poliuretano através do controle das reações de polimerização e expansão. Além de alterar a velocidade destas reações, os catalisadores exercem influência considerável nas propriedades físicas finais do polímero. Os catalisadores mais usados em processos industriais de produção de espumas de poliuretano pertencem a duas classes distintas de compostos, a saber: 3.5.1. Aminas Terciárias As aminas terciárias, na sua grande maioria, atuam diretamente na reação de expansão ao passo que os derivados orgânicos do estanho influenciam fortemente a reação de polimerização. Deste modo a escolha criteriosa destas duas classes de compostos proporciona um controle efetivo das reações já mencionadas. As aminas terciárias também atuam na polimerização do mesmo modo que os derivados orgânicos do estanho também auxiliam a reação de expansão. Teste com Corante C D470 Testede espuma que se deseja produzir e também O tipo de catalisador, bem como sua concentração, depende do tipo das características específicas do processo de produção, tais como: temperatura ambiente, temperatura do molde, complexidade do molde, formação de pele, tempo de desmoldagem, máquina de injeção, etc. F Alguns dos catalisadores amínicos mais usados em formulações de espumas de poliuretano são: Trietileno diamina, Bis (dimetilaminoetil) éter, Dimetiletanolamina, Dimetilciclohexilamina, N-etilFmorfolina e Pentametildietileno triamina. A tabela abaixo mostra o efeito da quantidade de catalisador amínico na formação de uma espuma flexível de poliuretano como porcentagem da quantidade ideal para uma certa formulação. F % de Amina F Efeito 0 – 0,03 Mede basicamente 0,03 – 0,08a resistência à ruptura inicial. 0,08 – 0,12 Espuma Pegajosa, Sem Cura Mede basicamente a rupturaLongos Tempos propagação. Espuma Boa 0,12 – 0,15 Tempos Curtos, Cura Rápida acima de 0,15 Risco de Racho 13 Teste com Corante C D470 Teste F 3.5.2. Compostos Organometálicos F Vários compostos organometálicos podem ser usados na fabricação de espumas flexíveis, porém, o octoato de estanho e, em alguns casos o dibutildilaurato de estanho, são os mais comumente empregados. A tabela abaixo mostra o efeito da quantidade de estanho na formação de uma espuma flexível de poliuretano como porcentagem da quantidade ideal para uma certa formulação. F % de Estanho F Efeito 0 – 0,09 Mede basicamente 0,10 – 0,19a resistência à ruptura inicial. 0,20 – 0,30 Colapso Mede basicamente a ruptura Rachos propagação. Espuma Boa 0,31 – 0,40 Espuma Fechada, Morta acima de 0,41 Encolhimento As espumas com excesso de estanho apresentam células muito fechadas que irão diminuir a elasticidade da espuma, ou seja, os valores de tensão de ruptura, alongamento e resistência ao rasgamento. Além disto, as células fechadas causam um aumento “artificial” da dureza das espumas que é rapidamente perdido durante o uso e prejudicam, ainda, o valor de deformação permanente da espuma. 3.6. Cargas Inorgânicas Cargas inorgânicas são frequentemente, usadas em formulações de espuma flexível para aumentar, artificialmente, a densidade e a dureza. Por este motivo deve-se fazer uma distinção entre densidade real e densidade aparente. Densidade Real - É a densidade de uma espuma flexível de poliuretano isenta de cargas inorgânicas. Densidade Aparente - É a densidade de uma espuma flexível contendo cargas inorgânicas. As cargas inorgânicas mais usadas em formulações de espumas flexíveis são o Carbonato de Cálcio (calcita) e o Sulfato de Bário (barita). As quantidades de carga mais comumente usadas variam entre 10 e 20 partes por 100 partes de poliol. Idealmente a carga deve ser empastada em poliol numa proporção 1:1 para facilitar sua dispersão com os demais produtos da fórmula. Entretanto, na maioria dos casos, a carga é adicionada diretamente no poliol durante a produção do bloco. Recomenda-se, então, adicionar o silicone ao poliol antes da adição da carga com o objetivo de facilitar a sua dispersão. Ao introduzir carga em uma formulação de espuma flexível deve-se aumentar o estanho e o silicone. Os melhores resultados são obtidos com a barita (BaSO4) devido ao seu maior peso específico e menor abrasão. No entanto, a calcita (CaCO3) tem sido usada na maioria dos casos por motivos econômicos. Espumas com densidade real entre 23 e 35 Kg/m3 “aceitam” carga melhor do que espumas com densidade entre 10 e 20 Kg/m3. Não se recomenda o uso de carga em formulações de espumas flexíveis com densidades críticas, ou seja, entre 7 e 12 Kg/m3 porque a probabilidade de rachos, ou até colapso, é muito grande. 14 3.7. Retardantes de Chama Os éster fosfatos halogenados são os compostos mais usados como retardantes de chama em formulações de espumas flexíveis de poliuretano. O nível necessário para se obter comportamento de retardância à chama depende da densidade, normalmente sempre acima de 20 kg/m3, e situa-se entre 5 e 15 partes para cem partes de poliolde. 3.7.1.Combustibilidade Todas as espumas flexíveis de poliuretano devem ser consideradas combustíveis sob certas circunstâncias, embora as características de combustibilidade possam ser modificadas, através de mudanças na formulação e/ou pelo uso de retardantes de chama. A temperatura de ignição das espumas flexíveis de poliuretano situa-se entre 375 e 475°C. Pesquisas efetuadas pela BRMA ( Associação dos Fabricantes Britânicos de Borracha ) mostraram que as espumas flexíveis de poliuretano podem ser expostas, indefinidamente, a temperaturas até 105°C sem sofrer degradação térmica que possa levar a auto-ignição. No entanto, estas mesmas espumas, se mantidas em temperaturas superiores a 140°C, por período prolongado, podem sofrer degradação térmica e, eventualmente, auto-ignição. Por exemplo, a 140°C, uma exposição contínua de um mês (mais de 700 horas) seria necessária para causar degradação térmica e, eventualmente, auto-ignição. Deve-se ter em mente que as espumas flexíveis de poliuretano, na maioria de suas aplicações, são usadas junto com outros materiais (por exemplo, tecidos) que podem aumentar, ou diminuir, as suas características de combustão. 3.7.2. Produtos de Combustão A queima de espumas flexíveis de poliuretano, além de produzir fumaça, normalmente gera um líquido marrom escuro que pode continuar a queimar, mesmo após a fonte de ignição ter sido retirada, e vários Gases - Monóxido de Carbono e Dióxido de Carbono são os mais significativos entre eles, a exemplo do que acontece na combustão de todos os compostos orgânicos. 3.7.3. Testes de Inflamabilidade Os testes de inflamabilidade mais utilizados para determinar as características de queima das espumas flexíveis de poliuretano são os seguintes: • ASTM 1692 • MVSS 302 • CALIFORNIA 117 É importante ressaltar que os resultados obtidos nestes testes de laboratório, de pequena escala, são comparativos e não refletem a performance da espuma nas condições reais de um incêndio. 15 3.8.Colorantes Os compostos que modificam a aparência de cor dos objetos, ou que conferem cor a objetos transparentes, são chamados colorantes. Eles produzem cor pela absorção seletiva e reflexão em áreas bem definidas do espectro que constituem a cor branca. Os colorantes são tradicionalmente divididos em duas grandes classes: 3.8.1.Corantes São substâncias que conferem cor a um substrato e que são solúveis no mesmo. Os corantes possibilitam a obtenção de tons mais fortes quando comparados com o processo de coloração por meio de pigmentos. Observa-se melhor consistência de cores e nenhum efeito nas propriedades físicas das espumas. Por serem reativos os corantes não migram para a superfície e não é possível a extração. A ausência de metais pesados na composição química dos corantes minimiza possíveis alterações na catálise ou na formação da espuma. A concentração preferida de corantes é de 0,05 a 0,1 pphp. 3.8.2.Pigmentos Teste com Corante C D470 Teste São substâncias que conferem cor a um substrato e que são insolúveis no mesmo, estando distribuídas de maneira homogênea no substrato, formando o que chamamos de dispersão. Os pigmentos pastosos são geralmente obtidos pela dispersão de 12 a 18% de pigmentoF em poliol. O tamanho das partículas sólidas deve estar entre 2 e 4 microns para a obtenção de uma boa dispersão. F A concentração preferida de pigmento é de 0,2 a 1,0 pphp. Propriedades: Corantes x Pigmentos F Propriedade F Estado Físico Mede basicamente a resistência à Aparência ruptura inicial. Pigmento Líquido Pastoso Mede basicamente a ruptura Uniforme propagação. Dispersão < 5000 3000 - 10000 Facilidade de Limpeza Fácil Difícil Solubilidade em Água Sim Não Solubilidade em Poliol Sim Não Estabilidade Grande Pequena Presença de Metais Pesados Não Sim Viscosidade, 25° C, cps 16 Corante 4.CÁLCULOS 4.1. Cálculo do TDI O cálculo mais importante para a fabricação de espumas flexíveis de PU é a determinação da quantidade de isocianato para uma certa formulação. É obtido de acordo com a seguinte fórmula: Onde: OH = Nº de hidroxilas do poliol Teste com Corante C OH A I x 87 + TDI = 100 561 9 D470 Teste A = Partes de água I = Índice de TDI F F Exemplo 1 Calcular a quantidade de isocianato necessária para fabricar espuma flexível com a fórmula abaixo: F F = 56) Voranol ® 3010 N (OH 100 Água 4,2 Mede basicamente a resistência à Niax ® L-540 ruptura inicial. Mede basicamente a ruptura 1,0 propagação. Kyarat AA 2200 0,10 Niax D-19 0,15 TDI 80/20 ? Teste com Corante C Índice TDI = 115 D470 Teste 115 56 4,2 x 87 + F 100 561 9 = 56,68 F Exemplo 2 Calcular a quantidade de isocianato necessária para fabricar espuma flexível com a fórmula abaixo: F F = 56) Voranol ® 4730 (OH 100 Água 5,5 Mede basicamente a resistência à Cloreto de Metileno ruptura inicial. Mede basicamente a ruptura 10 propagação. Niax ® L-540 1,4 Kyarat AA2200 0,12 Niax D-19 0,21 TDI 80/20 ? Índice 118 TDI = 118 100 x 87 56 561 + 5,5 9 = 72,98 17 4.2. Fator de Caixa A formulação padrão de uma espuma é calculada sempre para 100 partes de poliol. Para calcular o Fator de Caixa (FC), requerido para preencher a caixa de espumação, deve-se conhecer a densidade da espuma, o volume da caixa e usar a seguinte fórmula: Onde : D: Densidade do bloco, em Kg /m3 V: Volume do caixote, em m3 D470 Teste S: Soma dos componentes A: Partes de água C: Partes de cloreto de metileno D x V x 1000 FC =Teste com Corante C S - (2,44 x A + C) F F Exemplo 1 Calcular a quantidade de isocianato necessária para fabricar espuma flexível com densidade 26 Kg/m³ usando um caixote de 10 m³ e a formulação abaixo: F Voranol® 3010 F Voranol® 3943A Mede Águabasicamente a resistência à ruptura inicial. 80 x 1803 = 144240 20 x 1803 = 36060 Mede3,4 basicamente a ruptura propagação. x 1803 = 6130 0,9 x 1803 = 1623 Niax® A – 1 0.06 x 1803 = 108 Niax D-19 0,18 x 1803 = 325 TDI 80/20 (Índice 118) 48 x 1803 = 86544 Soma dos Componentes 152,54 Niax® L-540 Teste com Corante C FC = F D470 Teste 26 x 10 x 1000 = 1803 152,54 - (2,44 x 3,4 + 0 ) F Exemplo 2 Calcular o fator de caixa para fabricar uma espuma com densidade 14 Kg/m3 usando um caixote de 6,5 m3 e a formulação padrão descrita abaixo: F Voranol ® 4730 N F Água basicamente a resistência à CloretoMede de metileno ruptura inicial. x 562 = 56200 5 x 562 = 2810 Mede10 basicamente a ruptura propagação. x 562 = 5620 1,6 x 562 = 899 Kyarat AA 2200 0.12 x 562 = 67 Niax D-19 0,24 x 562 = 135 TDI 80/20 ( Índice 118) 67,3 x 562 = 37823 Soma dos Componentes 184,26 Niax® L-540 FC = 18 100 14 x 6,5 x 1000 = 562 184,26 - (2,44 x 5 + 10 ) Observações 1. Se a densidade ficar conforme e a altura do bloco ficar abaixo do esperado deve-se aumentar o fator de caixa usando os dados obtidos, ou seja, fazendo uma regra de três. Exemplo: usando o fator de caixa 562 obteve-se uma altura de bloco igual a 1, 15 metros, mas se deseja obter um bloco com 1,25 m de altura. Para achar o fator de caixa correto basta fazer a seguinte regra de três: 562 -------------------------------------- 1,15 Teste com Corantex C -------------------------------------D470 Teste 1,25 x = 611 F Na formulação de produção, basta dividir a quantia de poliol porF 100 para se achar o fator de caixa. Dividindo-se as quantias dos outros componentes por esse fator obtem-se a formulação padrão. 2. Exemplo F F FÓRMULA Voranol ® 4730 N PRODUÇÃO FATOR PADRÃO 130.000 ÷ 1.300 100 Mede basicamente a resistência à5.590 Água Niax ® L-540 ruptura inicial. 1.703 Mede basicamente ÷ a ruptura 1.300 propagação. 4,3 ÷ 1.300 1,31 Kyarat AA 2200 0.143 ÷ 1.300 0,11 Carga 16.900 ÷ 1.300 13 Niax D-19 0.338 ÷ 1.300 0,26 TDI 80/20 75.400 ÷ 1.300 58 Na fórmula acima dividindo-se a quantidade de poliol (130.000) por 100 encontra-se o fator de caixa 1.300. 4.3. Cálculo da Densidade A formulação padrão de uma espuma é calculada sempre para 100 partes de poliol. Para calcular o Fator de Caixa (FC), requerido para preencher a caixa de espumação, deve-se conhecer a densidade da espuma, o volume da caixa e usar a seguinte fórmula: Densidade = ( 90 ) + partes de CaCO3 7 partes água + partes cloreto = Kg/m3 8 Obs. Valores considerados ao nível do mar Para altitude de até 1000 mts, considerar um decrécimo de 10% Para altitude de 1800 a 2500 mts, considerar um decrécimo de 20% 19 5. PRODUÇÃO DE ESPUMAS FLEXÍVEIS 5.1. Requisitos Básicos As espumas flexíveis de poliuretano podem ser fabricadas em diferentes escalas e com diversos tipos de equipamentos. Em todos os casos, porém, alguns requisitos básicos devem ser observados como por exemplo: Temperatura dos Componentes - A densidade, viscosidade e reatividade química dos polióis e isocianatos variam de acordo com a temperatura. Portanto, o controle da temperatura destes componentes é fundamental para a produção de espumas de modo eficiente e sem problemas, tais como: rachos, colapsos e variações de propriedades. É aconselhável manter a temperatura destes produtos entre 23 + - 2°C. Deve-se ter em mente que ao redor de 16°C o diisocianato de tolueno (TDI) cristaliza. Este processo causa um desbalanceamento de seus isômeros que, por sua vez, irá causar um desequilíbrio das reações de polimerização e expansão, resultando em rachos ou colapso da espuma. Dosagem Precisa - Para se obter uma espuma de boa qualidade, ou seja, com propriedades físicas uniformes e isenta de rachos, os componentes devem ser dosados nas proporções recomendadas pela fórmula de produção. Esta dosagem pode ser feita manualmente, com o auxílio de balanças ou por meio de bombas dosadoras. Mistura Eficiente - A mistura eficiente de todos os componentes da fórmula é um dos fatores mais críticos para a obtenção de uma boa espuma. A mistura ineficiente pode causar a formação de células grossas, deficiências nas propriedades físicas e rachos na espuma. O excesso de mistura, por outro lado, irá causar o aparecimento de furos na estrutura celular da espuma. Cura - As espumas flexíveis devem ser curadas na temperatura ambiente por um período de 24 horas, no mínimo, para permitir o término das reações secundárias que só ocorrem nas altas temperaturas que se desenvolvem no período de cura. O manuseio e corte de espumas sem cura adequada podem acarretar encolhimento e perda de propriedades físicas. 5.2. Máquinas de Espumação Contínua As máquinas de espumação contínua são classificadas de acordo com a pressão, ou seja, máquinas de alta pressão, onde os componentes são dosados em contra fluxo no cabeçote de mistura, com uma pressão entre 300 e 3000 psi e máquinas de baixa pressão onde um agitador, trabalhando entre 2000 e 6000 rpm, assegura a mistura apropriada dos componentes. Os principais componentes destas máquinas são: Tanques de Componentes - Geralmente entre 6 e 12 tanques dotados de sistema de recirculação sendo bastante comum o uso de 8 tanques para: poliol base, poliol copolimérico, TDI, silicone, mistura de água com amina, agente de expansão físico, retardante à chama e estanho. Trocadores de Calor - Os trocadores de calor são usados para manter a temperatura dos produtos dentro de uma faixa pré-estabelecida e ficam situados, normalmente, no caminho que leva ao cabeçote misturador. Bombas Dosadoras - Bombas dosadoras de precisão que permitem dosar os componentes da fórmula com variação inferior a 1%. Painel de Controle - O painel de controle comanda toda a operação através do controle e registro do fluxo dos componentes, suas temperaturas e pressões, etc. Túnel de Espumação - Dotado de uma esteira rolante forrada com papel no fundo e laterais, sistema de exaustão e serra para corte dos blocos no fim do túnel. 20 5.3. Processo de Espumação Contínuo Os tanques de trabalho são carregados e os produtos são recirculados até que se atinja a faixa de temperatura de trabalho. Após a calibração individual de todas as vias, a máquina começa a funcionar primeiro com o fluxo de poliol, seguido pelo agente de expansão, silicone, catalisadores e, por último, o isocianato. Os componentes são levados continuamente ao cabeçote misturador e, após a mistura, dispensados na esteira transportadora onde ocorrem a expansão, polimerização e estabilização da espuma que é cortada em blocos no fim do túnel e transportada para a área de cura. 5.4. Máquinas de Produção Descontínua As máquinas de espumação descontínua, também conhecida como espumação em caixote, representam uma alternativa bem menos sofisticada e mais econômica em relação ao processo contínuo. Os principais componentes destas máquinas são: Caixa - Caixa metálica retangular ou cilíndrica, com articulações que permitem a entrada e saída do equipamento de espumação. Normalmente um fundo móvel é usado para facilitar a desmoldagem do bloco. As caixas retangulares podem ser feitas com vários tamanhos sendo que o comprimento e largura mais utilizados são 5 metros e 2 metros respectivamente. O volume da caixa retangular, em m3, é determinado pela fórmula abaixo: Volume = Comprimento x Largura x Altura As caixas cilíndricas, usadas para a produção de espumas torneadas, têm um diâmetro entre 1,5 e 2 metros e altura entre 1,80 e 2,20 metros. O volume da caixa cilíndrica, em m3, é determinado pela fórmula abaixo onde D é o diâmetro do cilindro e h a altura: Volume = 3,1416 x ( D2/4 ) x h Caçamba - A caçamba, recipiente de formato cilíndrico onde os componentes da fórmula são misturados, deve ter um fundo móvel que permita a saída da mistura reacional para a caixa de espumação. Geralmente se usa uma caçamba para caixas com volume até 6 m3 e uma ou duas caçambas para caixas com volume de 12 m3. O volume da caçamba, em m3, é determinado pela fórmula abaixo onde D é o diâmetro do cilindro e h a altura: Volume = 3,1416 x ( D2/4 ) x h Agitador - O agitador mecânico, também conhecido por batedor, é um dos componentes mais importantes do equipamento descontínuo de espumação, pois o seu formato, e velocidade, é que determinam a perfeita mistura de todos os produtos da fórmula. Os agitadores com formato de hélice ou disco dentado são os mais usados. Tampa – A tampa metálica deve ter um sistema de contra peso que permita variar a pressão que a mesma exerce sobre a espuma na fase final de seu crescimento. Deve possuir, ainda, furos regularmente espaçados por toda a sua área e cantos chanfrados para facilitar a saída de gases. Painel de Controle - O processo de espumação é comandado a partir de um painel onde se encontram os temporizadores, os controles de acionamento pneumático e o controle da velocidade do batedor. Sistemas de Acionamento Automático - Um sistema elétrico é usado para o motor que move o batedor e um sistema pneumático para adição do isocianato, deslocamento e abertura do fundo da caçamba e movimentação das paredes da caixa de espumação. Sistema de Exaustão - A área da espumação deverá estar dotada de um sistema de exaustão eficiente para remover os gases que são liberados no final do processo de espumação. Sistema de Lavagem - Após a derrama da mistura reacional na caixa de espumação, a caçamba deve ser lavada com água sob pressão e seca com ar comprimido. Pode-se, alternativamente, alimentar imediatamente o poliol para o próximo bloco para evitar esta lavagem. No entanto, a cada ciclo de 6 a 8 blocos a lavagem deve ser feita para evitar o acúmulo de resíduos nas paredes da caçamba. 21 5.5. Processo de Produção Descontínuo O poliol é dosado e carregado na caçamba. O isocianato é dosado e transferido para o vaso que, geralmente, se encontra conectado à caçamba. A água, o silicone e a amina, previamente pesados e misturados, são adicionados ao poliol e inicia-se, então, um ciclo de pré-mistura (30 a 60 segundos com velocidade entre 600 - 1700 rpm). O estanho é adicionado agora e faz-se, imediatamente, um novo ciclo de pré-mistura (30 a 45 segundos com velocidade entre 600 e 1700 rpm). O isocianato é adicionado e inicia-se o ciclo de mistura final (3 a 8 segundos com velocidade entre 600 - 1700 rpm). A mistura reacional é, então, despejada na caixa de espumação onde irão ocorrer os processos de expansão e polimerização. 5.6. Máquinas de Espumação Híbridas Nos últimos anos têm surgido equipamentos de espumação híbridos, ou seja, que combinam as vantagens dos processos contínuo (precisão na dosagem e automação) e descontínuo (flexibilidade, produção limitada). As principais características de tais equipamento estão descritas abaixo: • • • • • • • • • Cabeçote de mistura com capacidade para até 12 componentes 6 vias para sistema de coloração dos blocos Câmara para pressão positiva até +350 g/cm2 e pressão negativa de até –300 g/cm2 Painel de comando computadorizado Espumação de blocos retangulares e cilíndricos Sistema Planiblock incorporado Espumação em câmara fechada Controle dos dados estatísticos da produção Sofisticado sistema de segurança A utilização da pressão positiva durante o processo de espumação permite a fabricação de espumas flexíveis com suporte de carga (dureza) muito acima do obtido com equipamentos convencionais mesmo com a utilização de polióis copoliméricos. Por outro lado, o uso de pressão negativa (vácuo) permite a fabricação de espumas de baixa densidade, e espumas macias e supermacias, sem a adição de clorofuorcarbonos, cloreto de metileno ou qualquer outro agente físico de expansão. A dosagem automática da fórmula elimina os erros de pesagem manual. A mistura dos componentes, feita em um cabeçote a 4200 rpm, garante uma homogeinização perfeita. As principais vantagens oferecidas pelas máquinas de espumação híbrida são: • • • • 22 Espumas com dureza acima da média Espumas macias sem cloreto de metileno Eliminação dos resíduos de lavagem Redução da mão de obra 6. PROPRIEDADES FÍSICAS 6.1.Densidade A densidade de uma espuma é obtida pela relação massa/volume do corpo de prova. Onde: DENSIDADE = (( M V 1000 M = massa do corpo de prova em gramas V = volume do corpo de prova em cm3 6.2. Deformação Permanente Este método de teste consiste em defletir o corpo de prova de espuma, sob condições específicas de tempo e temperatura, e observar seu efeito na espessura do corpo de prova. A deformação permanente é calculada pela fórmula abaixo: Onde: Ct = ( To Tf ) To 100 Ct = compressão expressa como uma porcentagem da espessura original To = espessura original do corpo de prova Tf = espessura final do corpo de prova 30 min. após a retirada do dispositivo de compressão 6.3. Força de Indentação O teste consiste em medir a força necessária para produzir indentações de 25, 40 e 65% na espuma com o auxílio de um dinamômetro. Esses números são conhecidos como valores de IFD a 25, 40 e 65%, respectivamente. O fator de conforto é calculado segundo a fórmula abaixo: FATOR DE CONFORTO = IFD 65% IFD 25% 23 6.4. Passagem de Ar O teste de passagem de ar mede a facilidade com que o ar passa através de uma estrutura celular. O teste consiste em colocar uma amostra de espuma flexível sem peles em uma cavidade sobre uma câmara e criar um diferencial específico de pressão de ar constante. A taxa de passagem de ar necessária para manter esse diferencial de pressão é o valor de passagem de ar. 6.5.Resiliência Esse método de teste consiste em deixar uma esfera de aço cair no corpo de prova e registrar a altura do retorno. Calcula-se então a média dos três valores de retorno. 6.6. Resistência ao Rasgamento A resistência ao rasgamento deve ser medida em um equipamento de acionamento mecânico (dinamômetro) que indicará a carga total no ponto em que ocorre a ruptura do corpo de prova. A resistência ao rasgamento é calculada de acordo com a fórmula abaixo: Onde: RR = Resistência ao Rasgamento F = força, N E = espessura, m F RR = E 6.7. Tração e Alongamento Este método de teste determina o efeito da aplicação de uma força de tração na espuma. Medem-se a tensão de ruptura e o alongamento de ruptura. Calcula-se a tensão de ruptura, TR ,dividindo a força de ruptura pela área de seção transversal original do corpo de prova. Onde: TR = F E L TR = Tensão de Ruptura F = Força registrada pelo equipamento E = Espessura do corpo de prova L = Largura do corpo de prova Calcula-se o alongamento, A , como uma porcentagem da distância original, usando a fórmula abaixo Onde: A= 24 (Df Do ) Do 100 Do = distância original entre os marcos de referência Df = distância entre os marcos de referência na ruptura 6.8. Fadiga dinâmica Os objetivos do teste de fadiga dinâmica são determinar: (1) a perda do suporte de carga a 40% de deflexão (IFD, 40%); (2) a perda de espessura; e (3) ruptura estrutural avaliada por inspeção visual. No teste de fadiga o corpo de prova é defletido por 80000 ciclos sob uma força vertical de 750 + - 20 N. O cálculo percentual da perda de espessura é feita com a fórmula a seguir: Onde: Ep = perda de espessura, % Eo = espessura original do corpo de prova Ef = espessura final do corpo de prova O cálculo percentual da perda de força por deflexão é feita com a fórmula abaixo: Fp = (Fo Ff ) Fo 100 Onde: Fp = perda de força de indentação a 40% de deflexão, % Fo = valor original do suporte de carga (IFD a 40%) Ff = valor final do suporte de carga (IFD a 40%) 25 7. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS 7.1. Problemas de Processo Amarelecimento da Espuma Descrição A espuma tem uma coloração amarela, de intensidade variada, geralmente na região central do bloco. Solução • • • • • • • Verificar a dosagem do poliol Verificar a dosagem do TDI Diminuir o índice de TDI Diminuir o nível de água Mudar o catalisador amínico Verificar presença de metais (água e cloreto de metileno) Diminuir o tamanho do bloco Baixa Processabilidade Descrição A formulação exibe uma faixa de trabalho do octoato de estanho muito estreita, ou seja, ora a espuma apresenta rachos (estrutura celular aberta) ou, então, encolhimento (estrutura celular fechada). Solução • • • • Diminuir o nível de silicone Usar silicone de menor atividade Eliminar reticulante Usar combinação de catalisadores amínicos Células Grossas Descrição A espuma apresenta uma estrutura com células grandes e ásperas. Solução • Verificar a dosagem do silicone • Aumentar o nível de silicone • Aumentar a velocidade do misturador e/ou o tempo de mistura 26 Cavitação Inferior Descrição A espuma apresenta estrutura celular fechada com cavidades na parte inferior do bloco. Solução • Diminuir o nível de octoato de estanho Colapso Descrição A espuma cresce total, ou parcialmente, e depois cai. Solução • Aumentar o nível do octoato de estanho • Verificar a dosagem dos componentes Crateras de Superfície Descrição Pequenas crateras ou rachos espalhados pela superfície do bloco. Solução • Diminuir incorporação de ar na mistura • Diminuir agitação • Alterar nível de catalisador amínico Descanso ou Relaxamento Descrição O bloco cresce, normalmente, até sua altura máxima e, então, cede por mais de 6 centímetros. Solução • Aumentar o nível de silicone • Aumentar o nível de octoato de estanho Efervescência Descrição A espuma não cresce e aparecem bolhas que estouram na superfície da massa líquida. Solução • Verificar dosagem do silicone 27 Encolhimento Racho de Estanho Descrição Descrição O bloco cresce normalmente mas não libera gases ao atingir sua altura máxima e contrai durante a cura. Racho esfarelado, em formato de zig-zag, no interior ou lateral do bloco. Solução • Diminuir o nível de octoato de estanho • Diminuir o nível de silicone • Usar silicone de menor atividade • Diminuir o índice de TDI Solução • Aumentar nível de octoato de estanho Racho de Amina Descrição Fumos Racho liso horizontal que aparece, geralmente, na metade superior do bloco. Descrição Liberação excessiva de vapores no final do crescimento da espuma. Solução • Diminuir catálise amínica • Diminuir nível de silicone Solução • Verificar dosagem dos componentes poliol, água e TDI • Diminuir índice de TDI Racho de Reatividade Furos ou Bolhas Grande fissura lisa, horizontal ou vertical no interior do bloco. Descrição Furos de formato esférico espalhados por toda a estrutura celular da espuma. Solução • Diminuir a temperatura dos componentes • Diminuir a velocidade do misturador • Aumentar o nível de silicone • Eliminar carga Descrição Solução • Diminuir dosagem de silicone • Verificar dosagem de TDI • Esfriar fundo da caixa Tempos Longos de Reação Descrição A espuma apresenta tempos longos de creme e crescimento e a superfície fica brilhante e pegajosa. Solução • Aumentar catalisador amínico • Aumentar octoato de estanho • Verificar eficiência do misturador 28 7.2. Problemas de Propriedades Físicas Deformação Alta Descrição Densidade Descrição Espuma com densidade acima ou abaixo do valor esperado. Solução • Verificar pesagem dos componentes • Aumentar água e/ou cloreto para diminuir densidade • Diminuir água e/ou cloreto para aumentar densidade Espuma com alto valor de deformação permanente. Solução • Diminuir octoato de estanho • Diminuir índice de TDI • Diminuir silicone • Eliminar carga • Usar combinação de catalisadores amínicos Elasticidade Descrição Espuma com baixos valores de tensão de ruptura, alongamento e resistência ao rasgamento. Solução • Diminuir octoato de estanho • Eliminar carga inorgânica • Aumentar poliol copolimérico Espuma Macia Descrição Espuma com baixo valor de suporte de carga. Solução • Aumentar nível de poliol copolimérico • Aumentar índice de TDI • Aumentar água e diminuir cloreto (respeitando os valores seguros) Espuma Morta Descrição Espuma “cansada”, com retorno lento. Solução • Diminuir octoato de estanho • Diminuir silicone 29 Teste com Corante C 8. FORMULAÇÕES INICIAIS D470 Teste F F 8.1. Espumas Convencionais Baixa Densidade F F Densidade Voranol® 4010 7 10 10 13 16 100 100 100 100 100 - - Mede3943 basicamente a resistência àVoranol® ruptura inicial. Água Mede- basicamente a ruptura propagação. 7,3 6,0 6,0 5,4 4,9 Cloreto 43 22 22 11 6 Silicone Niax® L-540 5,0 3,3 3,3 2,2 1,7 Teste com Corante C0,50 0,30 0,30 0,22 0,18 - - - - - 0,90 0,50 0,40 0,33 120 120 0,50 F 120 120 120 Aricat® AA 805 Aricat® AA 303 Octoato de Estanho F Índice TDI D470 Teste Propriedades Físicas Densidade, Kg/m3 F F Tensão, Kpa 7 10 13 16 60 60 70 80 Mede basicamente 110 a ruptura propagação. 125 140 Mede basicamente a resistência à 100 Alongamento, % ruptura inicial. 30 Rasgamento, N/m 300 300 360 420 Resiliência, % 30 30 32 35 DPC, 90%, % > 50 20 15 10 IFD, 25%, N 60 65 75 90 IFD, 65%, N 130 140 160 190 Teste com Corante C D470 Teste F F Média Densidade F F Densidade Voranol® 4010 18 20 23 26 100 100 100 100 - - 4,3 3,70 3,2 Mede3943 basicamente a resistência à Voranol® Água ruptura inicial. 4,7 Mede basicamente a ruptura propagação. Cloreto 2 - - - Silicone NiaxTM L-540 1,5 1,2 1 0,9 D4700,16 Teste 0,18 - - - - 0,18 0,27 0,25 0,23 0,25 118 118 118 118 Kyarat AA Teste 2200 com Corante C 0,16 Aricat® AA 303 Octoato de Estanho F Índice TDI Propriedades Físicas Densidade, Kg/m3 F F F Tensão, Kpa 18 20 23 26 105 100 110 105 Mede basicamente 150 a ruptura propagação. 160 175 Mede basicamente a resistência à 160 Alongamento, % ruptura inicial. Rasgamento, N/m 480 510 550 590 Resiliência, % 37 39 41 42 DPC, 90%, % 8 8 7 6 IFD, 25%, N 100 115 125 135 IFD, 65%, N 210 230 260 280 31 F F Média Densidade F F Densidade Voranol® 4010 28 30 35 42 90 85 80 80 20 20 2,75 2,35 1,90 Mede3943 basicamente a resistência à 10 Voranol® Água ruptura inicial. 3,0 Mede basicamente a ruptura 15 propagação. Cloreto - - - - Silicone NiaxTM L-595 0,9 0,8 0,7 0,6 D470 -Teste - - 0,18 0,22 0,25 0,28 0,25 0,23 0,20 0,16 118 118 118 118 Kyarat AA Teste 2200 com Corante C Aricat® AA 303 Octoato de Estanho F Índice TDI Propriedades Físicas Densidade, Kg/m3 F F Tensão, Kpa 28 30 35 42 120 125 110 125 Mede basicamente 170 a ruptura propagação. 160 140 Mede basicamente a resistência à 180 Alongamento, % ruptura inicial. 32 F Rasgamento, N/m 550 530 500 470 Resiliência, % 43 44 46 49 DPC, 90%, % 6 6 5 4 IFD, 25%, N 130 140 150 170 IFD, 65%, N 310 330 350 400 Teste com Corante C D470 Teste F F 8.2. Espumas com Carga Inorgânica F Densidade F Voranol® 4010 19 22 24 26 28 33 100 100 100 90 80 70 10 20 30 Mede basicamente a resistência- à Voranol® 3943 ruptura inicial. Mede basicamente - a ruptura propagação. 4,5 4,1 3,8 3,5 3,3 2,80 Cloreto 2,0 - - - - - Niax® L 540 1,5 1,2 1,1 1,05 1,05 - Niax® L-625 - - - - - 1,0 Aricat® AA 805 0,20 - - - - - Aricat® AA 303 - 0,17 0,20 0,22 0,22 0,24 CACO3 10 10 10 11 13 15 Octoato de Estanho 0,28 0,33 0,31 0,29 0,29 0,26 118 118 118 118 118 118 Água Teste com Corante C F Índice TDI D470 Teste F Propriedades Físicas F Densidade (kg/m3) F Tensão (kPa) 19 22 24 26 28 33 80 83 95 95 94 100 Mede basicamente 410 440a ruptura 470 450 430 110 120 120 115 Mede basicamente a resistência 390à Rasgamento, (N/m) ruptura inicial. propagação. Alongamento, (%) 120 115 IFD 25% (N) 104 138 131 148 157 173 IFD 65% (N) 250 322 320 360 367 397 Resiliência, (%) 35 37 39 41 43 44 Def. Permanente, 90%, (%) 9 8 8 6 6 5 33 Teste com Corante C D470 Teste F F 8.3. Espumas Macias F F Densidade Voranol® 4010 15 17 19 23 27 100 100 90 90 100 10 - Mede 1421 basicamente a resistência àVoranol® Água ruptura inicial. 4,4 Mede- basicamente a ruptura 10 propagação. 4,0 3,6 2,9 2,6 Cloreto 10 7 6 6 4 Niax® L 625 1,8 1,5 1,4 1,0 1,0 Aricat® AA 805 - - - - - D470 Teste 0,15 0,18 0,18 0,20 0,44 0,37 0,34 0,31 0,29 112 116 110 F 110 115 0,20 Aricat® AATeste 303 com Corante C Octoato de Estanho F Índice TDI Propriedades Físicas F Densidade (kg/m3) F Tensão (kPa) 15 17 19 23 27 60 70 75 70 80 450 410 Mede basicamente a resistência450 à Rasgamento, (N/m) ruptura inicial. 34 Alongamento, (%) 200 IFD 25% (N) Mede 410basicamente a ruptura 500 propagação. 150 230 210 160 58 80 56 55 90 IFD 65% (N) 135 185 130 130 200 Resiliência, (%) 40 38 46 48 50 Def. Permanente, 90%, (%) 5 4 3 4 3 Teste com Corante C D470 Teste F F 8.4. Espumas de Alta Resiliência F F Densidade Specflex® NC 630 45 39 32 28 60 55 50 70 50 30 2,15 2,5 3,0 Mede basicamente a resistência à 40 Specflex® NC 700 Água ruptura inicial. 1,8 Mede basicamente a ruptura 45 propagação. Dietanolamina 0,75 1,0 1,3 1,.5 Niax® L 2100 1,0 1,2 1,5 1,8 Aricat® AA 303 0,12 0,12 0,12 0,12 Niax® A-1 0,06 0,06 0,06 0,06 Octoato de Estanho 0,08 0,10 0,12 0,13 0,05 0,03 - - 113 113 113 120 Teste com Corante C Dibutildilaurato de Estanho Índice TDI F D470 Teste F Propriedades Físicas F Densidade (kg/m3) F Tensão (kPa) 45 39 32 28 135 145 145 110 650 550 150 155 150 Mede basicamente a resistência à620 Rasgamento, (N/m) ruptura inicial. Mede basicamente 645 a ruptura propagação. Alongamento, (%) 130 IFD 25% (N) 140 112 100 80 IFD 65% (N) 380 330 300 240 Resiliência, (%) 68 67 62 59 Def. Permanente, 90%, (%) 3 5 6 8 Observações 1. As formulações aqui apresentadas devem ser encaradas apenas como sugestões e portanto devem ser criteriosamente analisadas e modificadas segundo as necessidades de cada fabricante de espumas. 2. As fórmulas sugeridas são apresentadas em sua composição percentual baseada em cem partes de poliol. A fórmula de produção correspondente pode ser obtida calculando-se o fator de caixa. 3. As quantidades apresentadas nas tabelas de fórmulas acima podem variar de acordo com: • Altitude • Temperatura ambiente • Temperatura dos componentes 4. Os valores apresentados na tabelas de propriedades físicas acima podem variar de acordo com: • Passagem de ar • Estrutura celular • Topo, meio ou fundo do bloco 5. Todas as informações contidas neste boletim, dadas de boa fé, são de caráter orientativo e representam o melhor do nosso conhecimento. A Univar Brasil não se responsabiliza pelo uso destas informações e recomenda que as mesmas sejam criteriosamente analisadas. 35 9. PROPRIEDADES TOXICOLÓGICAS E PROCEDIMENTOS DE MANUSEIO 9.1.Polióis Contato com os Olhos Os polióis, em geral, não oferecem sério perigo aos olhos. Alguns tipos podem causar uma irritação leve e passageira, mas muito provavelmente não devem causar ferimento na córnea. Óculos de segurança comuns oferecem boa proteção durante o manuseio. Em caso dos olhos serem atingidos, lave-os imediatamente com água corrente por um mínimo de 15 minutos. Se a irritação persistir após a lavagem, procurar cuidados médicos. Contato com a Pele A ocorrência de irritação da pele é pouco provável. Em caso de contato, lavar a pele em água corrente abundante durante 15 minutos. Remover as roupas e sapatos atingidos pelo produto e lavá-los bem antes de reutilizá-los. explosividade conhecido, mas como uma substância orgânica, se aquecida pode se decompor e, se isto ocorrer em um ambiente fechado, pode gerar voláteis suficientes para formar uma mistura explosiva. Vazamento e Descarte Pequenos vazamentos podem ser absorvidos com o uso de serragem ou outro material absorvente, e recolhidos em sacos plásticos. Vazamentos maiores devem ser contidos para que não atinjam riachos, esgotos, etc., e recolhidos em recipientes (balde, tambor) para posterior eliminação. Para o descarte de poliol, deve-se considerar que, sendo o mesmo relativamente solúvel em água, seu despejo em rios, riachos, lagos, etc., ou seu enterramento, pode contaminar mananciais de água. Assim, o poliol deverá ser preferencialmente eliminado através da queima em incineradores de alta temperatura e baixa produção de fumos, e de acordo com as legislações municipal, estadual e federal vigentes. 9.2.Isocianatos Ingestão A ingestão de pequena quantidade de poliol não deve causar problema algum, pois o produto é pouco tóxico. Se grande quantidade for ingerida, provocar o vômito e procurar assistência médica. Perigo de Incêndio e Explosão Contato com os Olhos Exposição breve a vapores de isocianato pode causar lacrimejação e ardência ao passo que exposição prolongada pode causar irritação dolorosa. O contato direto com isocianato líquido pode ser extremamente doloroso e causar irritação severa ou dano permanente aos olhos caso não seja imediatamente removido. Os polióis da marca Univar têm baixa toxicidade e têm ponto de fulgor (em vaso fechado) na faixa de 148º 260º C, dependendo do tipo em questão. Como são produtos orgânicos, os polióis queimam na presença do fogo, ou de calor e oxigênio suficientes, produzindo dióxido de carbono e água. O incêndio poderá ser extinguido com neblina de água, dióxido de carbono ou pó químico seco. Óculos de segurança com proteção da área ocular (monogoggle) devem ser usados. Em caso dos olhos serem atingidos, lave-os imediatamente com água corrente por um mínimo de 15 minutos. Procurar cuidados médicos imediatamente. As pessoas que estiverem combatendo o incêndio deverão usar sistema de respiração autônoma (se possível), ou evitar a inalação da fumaça gerada. Os polióis da marca Univar não têm limite de Contatos repetidos ou prolongados com isocianato podem causar vermelhidão, bolhas ou queimadura na pele. O contato direto pode ainda causar sensibilização da pele e manifestações alérgicas. Aventais e luvas devem 36 Contato com a Pele Teste com Corante C ser usados sempre que houver a possibilidade de contato com isocianatos. Em caso de contato, lavar a pele em água corrente, com o auxílio de um sabonete, durante 15 minutos. Remover as roupas e sapatos atingidos pelo produto e lavá-los bem antes de reutilizá-los. D470 Teste sobre as áreas afetadas e recolhido após duas horas com envase em embalagem apropriada para F descarte posterior de acordo com as legislações municipal, estadual e federal vigentes. Neutralizador de Isocianato Ingestão Embora improvável de acontecer, a ingestão de isocianatos pode causar a irritação das mucosas da boca, esôfago e estômago. Em caso de ingestão uma grande quantidade de água deve ser ingerida e solicitado pronto atendimento médico. Inalação Inalação de vapores de isocianatos irritam as mucosas das vias respiratórias. Até mesmo breves exposições podem causar irritação e dificuldades de respirar com acesso de tosse. Sensibilização ao isocianato pode ocorrer após breve exposição ou após períodos prolongados que provocam sintomas parecidos com o ataque asmático. A concentração atmosférica de isocianatos não deve exceder 0,02 ppm (partes por milhão). Máscaras apropriadas devem ser usadas sempre que houver a possibilidade de exposição a concentrações de vapor de isocianato acima do valor acima mencionado. Em caso de inalação procurar área com boa ventilação, remover qualquer roupa contaminada e providenciar atendimento médico. Componente F Serragem Mede basicamente Terra de Fuller a resistência à ruptura inicial. Kilogramas 10 17 Mede basicamente a ru Água 5,8 Etanol 8,5 Trietanolamina 1,8 Hidróxido de Amônia 1,8 propagação. 9.3. Outros Componentes Os silicones devem ser tratados de modo similar aos polióis ao passo que as aminas devem ser tratadas de modo similar aos isocianatos. O cloreto de metileno, agente físico de expansão utilizado regularmente na produção de espuma flexíveis, apresenta baixa toxicidade mas podem causar efeito anestésico ou inconsciência. Para qualquer outro aditivo recomenda-se obter informação mais detalhada do fabricante. Perigo de Incêndio e Explosão A maioria dos isocianatos têm ponto de fulgor elevado e não são normalmente considerados inflamáveis. Como são produtos orgânicos, os isocianatos queimam na presença do fogo, ou de calor e oxigênio. O incêndio poderá ser extinguido com dióxido de carbono ou pó químico seco. As pessoas que estiverem combatendo o incêndio deverão usar sistema de respiração autônoma ou evitar a inalação da fumaça gerada. Vazamento e Descarte Pequenos vazamentos podem ser absorvidos com o uso de material neutralizador que deve ser aplicado 37 38 APÊNDICE 1 - GLOSSÁRIO Os termos mais comumente usados pelos profissionais da indústria de poliuretano estão listados neste glossário. Algumas palavras têm fundamento científico enquanto outras têm origem mais popular. Alguns conceitos químicos básicos são, também, descritos. Aditivo Um produto usado para modificar as propriedades ou o processamento da espuma, mas que não é essencial para a sua produção. Exemplos típicos são os plastificantes, corantes, antioxidantes, aromatizantes, cargas, etc. Agente de Expansão Físico Um líquido de baixo ponto de ebulição usado nas formulações de espuma para gerar gás, além do dióxido de carbono gerado pela reação da água com o isocianato. Também conhecido como agente auxiliar de expansão. Usado junto com a água para abaixar a densidade da espuma, em densidades inferiores a 20 kg/m3 ou em substituição a uma parte da quantidade total de água da formulação para produzir espumas macias. Exemplo: cloreto de metileno, dióxido de carbono. Agente de Expansão Químico Produto que, a partir de uma reação química, gera um gás que é, então, usado para expandir a espuma. Exemplo: água. Agente Desmoldante Produto, na forma de dispersão, solução ou emulsão, aplicado na superfície do molde para evitar que a espuma grude no mesmo na hora da desmoldagem. Agitadores Peças com diferentes formatos e tamanhos usadas para misturar e recircular os componentes líquidos dentro dos tanques. Aromatizante Produto com odor agradável usado em uma formulação para mascarar o odor desagradável de algum componente. Balanço Catalítico A proporção entre o catalisador de expansão (amínico) e o catalisador de polimerização (organometálico). Batelada Pré-mistura contendo poliol com todos os demais componentes (exceto o isocianato) nas proporções de uma dada fórmula. Biureto Composto formado pela reação de um grupo isocianato com um grupo uréia. Bloco Espuma produzida em caixote pelo processo descontínuo ou segmento cortado a partir de bloco produzido em máquina contínua de espumação. Bloco Contínuo Bloco de espuma produzido em máquina de espumação contínua. Cabeçote de Mistura Dispositivo que mistura dois ou mais componentes de uma formulação antes da derrama dos mesmos em um molde. No caso de espumas flexíveis feitas em caixote este dispositivo é conhecido como caçamba ou batedor. Caixote Termo usado para descrever um equipamento descontínuo para a produção de blocos de espuma composto por caçamba de fundo falso, misturador com velocidade e tempo de agitação variáveis e caixa de espumação Carga Composto formado pela reação de um grupo uretana com isocianato em temperaturas elevadas. Substância adicionada a uma formulação para alterar a densidade ou as propriedades da espuma. As cargas mais usadas em espumas incluem o carbonato de cálcio e o sulfato de bário. Amina Terciária Catalisador Amina caracterizada por apresentar átomo de Nitrogênio ligado a três radicais orgânicos. Classe de compostos amplamente utilizada na catalisação de espumas de poliuretano. Substância que apresenta a propriedade de alterar a velocidade de uma reação química. Os catalisadores mais usados em espumas de poliuretano são as aminas terciárias e os catalisadores organometálicos contendo estanho. Antioxidantes Células Alofanato Produtos adicionados aos polióis ou formulações para aumentar a resistência às reações de oxidação. Aromático Termo usado para descrever compostos cujas moléculas possuem pelo menos um anel benzênico. Diisocianato de tolueno (TDI) e difenil metano diisocianato (MDI), os principais isocianatos para a fabricação de espumas, são compostos aromáticos. Cavidades individuais na estrutura da espuma formadas pela nucleação e crescimento de bolhas dentro de um meio líquido reativo. Células Fechadas Células que apresentam membranas intactas que não permitem o fluxo de ar entre células vizinhas. Um alto teor de células fechadas prejudica a performance das espumas flexíveis de bloco. 39 Células Finas Termo usado para descrever espumas com cerca de 70 80 células por polegada linear. Células Grossas Células grandes e irregulares (“grossas”) que são formadas por mistura ineficiente. Espumas com estrutura celular grossa (20 a 30 células por polegada linear) são usadas na fabricação de esponjas de limpeza. Células Irregulares correlação com a realidade. Estes testes são frequentemente utilizados para comparar a performance relativa de várias espumas. Efeito de Massa Efeito da quantidade total de produtos na reatividade, tempo de cura e exotermia da espuma. A relação entre a superfície e o volume do molde ou caixa onde a espuma é produzida também afetam o processo de espumação. Equivalente Amínico Células com tamanhos diferentes, não uniformes, presentes na estrutura celular de uma espuma. Aparecem por excesso de ar na mistura ou por mistura não homogênea. Espumas de alta resiliência apresentam estrutura com células irregulares. Valor analítico usado para expressar a reatividade de compostos contendo grupos isocianato. O valor é inversamente proporcional à reatividade do produto. Por exemplo, o equivalente amínico do TDI é 87 ao passo que o equivalente amínico do MDI polimérico, menos reativo, é maior do que 130. Clorofluorocarbonos Espuma Compostos formados por Carbono, Flúor, Cloro e Hidrogênio usados, no passado, como agentes físicos de expansão na produção de espumas de poliuretano. Material celular, de baixo peso, resultante da introdução de bolhas de um gás em uma massa polimerizante. Composto Orgânico Espuma resultante do processo de unir pequenos flocos de espuma com o auxílio de adesivo e pressão. Substância química contendo átomos de carbono. As substância binárias simples como monóxido ou dióxido de carbono, cianetos e carbonatos metálicos não se enquadram nesta categoria. Corte por Compressão Variável Processo para o corte de uma lâmina de espuma submetida a uma força de compressão variável de modo que resultem duas lâminas que se encaixam perfeitamente contendo padrões alternados de saliências e depressões. As vantagens deste processo são a obtenção de espumas mais macias e resilientes bem como o fato de que as duas lâminas possuem uma espessura próxima à espessura da lâmina original. Crescimento Livre A expansão de uma espuma em um recipiente sem tampa. A menor densidade possível de uma formulação é obtida nestas condições. Descoloração Espuma Aglomerada Espuma de Alta Resiliência Espuma flexível de bloco ou moldada baseada na reação de polióis reativos, de alto peso molecular, com TDI ou misturas de TDI/MDI com valor de resiliência maior ou igual a 55. Estas espumas são usadas em móveis e colchões de alto conforto bem como em assentos automotivos. Espuma de Bloco Contínuo Espuma flexível de bloco fabricada em um máquina contínua de espumação. Estas espumas apresentam propriedades físicas superiores, e mais uniformes, quando comparadas às espumas flexíveis de caixote. Espuma de Caixote Espuma flexível de bloco fabricada por processo descontínuo com o auxílio de um caixote. As dimensões dos caixotes mais usados são 3, 5 e 10 metros cúbicos. Espuma de Copo O amarelecimento gradual de uma espuma causado por uma reação fotoquímica. Ocorre mais rapidamente na luz solar do que na artificial. É um fenômeno superficial e não acarreta perda das propriedades físicas da espuma. Espuma feita manualmente, em copo, com 100 - 300 gramas de reagentes e usando um misturador elétrico ou pneumático. Estas espumas são feitas para determinar a reatividade da formulação, controlar a qualidade das matérias-primas ou no estágio inicial de desenvolvimento de novas formulações. Diisocianato Espuma de Poliuretano Composto contendo dois grupos isocianato (NCO) por molécula. Durabilidade Este termo, quando aplicado a espumas flexíveis, se refere à capacidade de uma espuma reter o suporte de carga e espessura durante sua vida útil. Existem vários testes de laboratório que são usados para prever a durabilidade das espumas que, no entanto, podem não apresentar boa 40 Plástico celular termofixo formado pela reação de compostos contendo hidrogênio ativo (poliol) com agente de expansão (água) e isocianato (TDI, MDI). Podem ser classificadas em flexíveis, semi-flexíveis, semi-rígidas e rígidas. Estabilizadores Aditivos que ajudam a manutenção ou melhoria das propriedades das espumas tais como : antioxidantes, absorvedores de ultravioleta, etc. Exotermia O calor liberado durante as reações que ocorrem no processo de espumação. A exotermia das reações é diretamente proporcional à reatividade dos componentes bem como ao nível de água da formulação. Estequiometria A relação entre os equivalentes reativos de uma formulação. Fator de Conforto A relação entre o valor de IFD a 65% de deflexão e o valor de IFD a 25% de deflexão. Quanto maior o módulo maior o conforto da espuma. Espumas flexíveis apresentam valores de módulo entre 1.8 e 2.4. Espumas de alta resiliência apresentam, geralmente, valores de módulo acima de 2.6. Flamabilidade Queima relativa de um material em condições especificadas. A denominação pode variar de acordo com o método utilizado. Floculador Equipamento usado para picar retalhos ou sobras de espuma para utilização posterior (flocos, espuma aglomerada, etc.). Fluidez A capacidade de uma formulação de preencher uma cavidade definida (molde) com a densidade mais baixa possível. Hidroxila Secundária Hidroxilas obtidas na fabricação de polióis com óxido de propileno. São menos reativas do que as hidroxilas primárias. Índice de Isocianato A medida do balanço estequiométrico entre o número de equivalentes de isocianato usado para reagir com o número de equivalentes dos compostos reativos da fórmula (poliol, água, reticulantes, etc.). Índice de isocianato 100 indica que existe isocianato suficiente para reagir com todos os compostos contendo hidrogênio ativo. Normalmente um certo excesso de isocianato (102 - 115) é usado para melhorar as propriedades das espumas. Injeção de Ar A prática de injetar pequenas quantidades de ar comprimido no cabeçote de mistura com o objetivo de diminuir o tamanho das células da espuma. Isocianato Grupo químico contendo átomos de Carbono, Nitrogênio e Oxigênio unidos por duplas ligações (N=C=O); um composto orgânico contendo um ou mais grupos isocianato. Isocianurato Fluorocarbono A família de hidrocarbonetos fluorados que é usada como agente de expansão físico na produção de espumas. Composto trímero cíclico formado pela reação entre grupos isocianato em índices de isocianato superior a 100 e na presença de certos catalisadores que favorecem a trimerização. Estes grupos conferem características especiais às espumas rígidas. Formulação Isômero Os produtos, expressos em partes por cem partes de poliol, usados para a fabricação de uma espuma. Friável Espuma que esfarela quando submetida a atrito. Funcionalidade O número de grupos reativos por molécula. Exemplos: A funcionalidade da glicerina é 3 (3 grupos OH). Gradiente de Densidade É a variação de densidade que ocorre em um bloco de espuma devido a problemas físicos inerentes ao processo. A densidade média de um bloco é obtida de uma amostra do centro geométrico do mesmo. Amostras do fundo do bloco apresentam densidades maiores e amostras do topo do bloco densidades menores. Grupo Hidroxílico O radical formado pela combinação dos átomos de Hidrogênio e Oxigênio (OH) que forma o grupo reativo das moléculas dos polióis. Hidroxila Primária Hidroxilas obtidas pelo acabamento de polióis com óxido de etileno. São mais reativas do que as hidroxilas secundárias (obtidas em polióis feitos apenas com óxido de propileno). Uma de duas ou mais estruturas moleculares que contém o mesmo número e tipo de átomos porém arranjados de uma forma diferente na molécula (fórmulas estruturais diferentes). O TDI, por exemplo, é fornecido com duas relações diferentes de isômeros, 80/20 ou 65/35, que apresentam comportamentos distintos na fabricação de espumas. Laminação a Chama Processo de união de espuma flexível com tecido pela fusão da superfície da espuma por chama e prensagem posterior. Linha de Creme O ponto da esteira de uma máquina contínua de espumação onde a mistura reagente se torna esbranquiçada e começa a expandir. Quando o processo de espumação está estabilizado a linha de creme permanece a uma distância fixa do cabeçote de mistura. Linhas de Fluxo Veios que se propagam para o topo do bloco de espuma flexível geralmente causados por derrama de material do cabeçote em cima de espuma em fase de expansão. Linhas de Mistura Linhas visíveis em espumas com problema de mistura que se espalham da base para o topo do bloco. 41 Linhas de União Linhas que aparecem na espuma mostrando onde dois fluxos do material se encontraram no estágio final do preenchimento de um molde. Membrana Celular A fina película que forma a parede das células fechadas das espumas. Molde Qualquer recipiente onde a mistura reativa de poliuretano é derramada para formar um artigo com as formas deste recipiente. Nucleação Plástico Material polimérico sintético. Plástico Celular Material plástico contendo inúmeras células no seu interior. Plastificantes Substâncias usadas para aumentar a flexibilidade da estrutura da espuma. Poliéster Material polimérico contendo grupos éster (-COO-) na cadeia principal ou em ramificações. Os poliésteres são mais susceptíveis à hidrólise do que os poliéteres. O processo de geração de bolhas minúsculas dentro de um líquido. Recurso usado em espumas flexíveis para ajustar o tamanho das células. Pode-se abaixar, significativamente, o peso específico do poliol com o uso da nucleação Poliéter Núcleo Substância contendo mais do que três grupos isocianato ligados na molécula. A porção interna de uma espuma livre de toda e qualquer pele. Número de Hidroxila Número que expressa a quantidade de grupos hidroxila disponíveis para a reação com isocianato. Usado no cálculo estequiométrico da reação. É calculado como o número de miligramas de hidróxido de potássio equivalentes ao conteúdo de hidroxilas de um grama do poliol. Pele Superfície externa da espuma, de densidade mais alta, que se forma pelo resfriamento mais rápido do que o núcleo. No caso de espumas moldadas a pele faz parte do acabamento final do artigo. No caso de espumas flexíveis de bloco, a pele, também conhecida como casca, deve ser removida. Perda Gasosa A perda de massa durante o processo de espumação calculada pela subtração do peso final da espuma do peso total de produtos usado. Esta perda é proveniente da formação de CO2 na reação do isocianato com a água bem como da vaporização de agentes físicos de expansão. Peso Equivalente O peso molecular de um produto dividido pelo número de grupos reativos da molécula. Peso Molecular A soma dos pesos atômicos de todos os átomos de uma molécula. pH A medida da acidez ou basicidade aparente de uma substância. Três padrões são normalmente usados na indústria de poliuretano: 1- Mistura de água/metanol (relação 1:10 em peso). 2- Mistura isopropanol/água (relação 10:6 em volume) 3- 5% em peso de poliol em água 42 Material polimérico contendo grupos éter (-C-O-C-) na cadeia principal ou em ramificações. Poliisocianato Poliisocianurato Substância contendo vários grupos poliisocianurato (trímeros cíclicos do isocianato) ligados na molécula. Polímero Substância orgânica, natural ou sintética, composta de unidades químicas que se repetem para formar moléculas maiores. Poliol Molécula que apresenta vários grupos hidroxila (OH) nas extremidades de cadeias ligadas por grupos éter (poliol poliéter) ou ligadas por grupos éster ( poliol poliéster). Os polióis podem ainda ser modificados com polímeros de estireno/acrilonitrila (polióis copoliméricos), com uréia (polióis PHD) ou com poliuretano (polióis PIPA). Poliol Capeado Poliol cujos grupos terminais diferem dos grupos intermediários que constituem a sua estrutura. Por exemplo, um poliol “iniciado” com glicerina, “extendido” com óxido de propileno (PO) e “capeado” com óxido de etileno (EO). Poliol Copolimérico Uma suspensão de um copolímero de estireno / acrilonitrila, em um poliol poliéter, com conteúdo variável de sólidos (5 a 45%). Normalmente usado junto com polióis poliéteres convencionais para aumentar o suporte de carga da espuma bem como para melhorar a sua processabilidade. Também conhecido como poliol polimérico ou poliol “grafitizado”. Poliuretanos Compostos contendo vários grupos uretano (NHCOO) ao longo de um polímero contendo ligações éter ou éster. Ponto de Fulgor A temperatura onde um líquido forma vapor suficiente para criar uma mistura inflamável perto da superfície do mesmo. Porcentagem de Hidroxila A porcentagem em peso dos grupos OH no peso total do poliol. Tempo de Creme Histórico de tempo e temperatura de uma espuma após se removida do molde. Termo usado também para definir o tempo necessário para que a espuma atinja o máximo de suas propriedades físicas. Em geral este tempo fica entre 1 e 2 dias para a maioria das espumas de poliuretano. O tempo decorrido entre a mistura dos componentes da formulação e o início do crescimento da espuma. Neste ponto a mistura reagente muda de cor, tornando-se esbranquiçada, em função da saturação do líquido pelo gás que é gerado na reação do isocianato com a água. O tempo de creme é uma característica importante de uma formulação e é influenciado por uma série de fatores, tais como: nível de catalisador, temperatura dos componentes, processo de espumação (alta ou baixa pressão), etc. Pré-Cura Tempo de Crescimento Pós-Cura Histórico de tempo e temperatura de uma espuma durante a residência no molde. Pré-Polímero Produto formado pela reação de poliol com isocianato que, normalmente, contém isocianato livre para reação posterior com poliol e aditivos para formar o produto final. Processabilidade O grau de facilidade com o qual um produto pode ser fabricado levando em consideração as variações que normalmente ocorrem nas matérias primas, equipamentos e operadores. Reação de Expansão Reação química da água com isocianato que resulta na formação de dióxido de carbono - CO2 - que propicia a expansão do polímero. Poliuretanos não celulares são baseados em formulações isentas de água para evitar a geração de gás e, consequentemente, a formação de células. Reação de Gelificação Uma das reações que ocorrem durante a formação de uma espuma. A reação entre polióis, reticulantes e isocianatos que formam grandes moléculas, aumentando a viscosidade do meio e, eventualmente, formando macro-moléculas de altíssimo peso molecular. Também conhecida como reação de polimerização. Reatividade O tempo decorrido entre a mistura final dos componentes até o pico de crescimento da espuma. Tempo de Cura O tempo necessário para que a espuma atinja as suas propriedades físicas finais, como resultado do término de todas as reações químicas que ocorrem no processo de fabricação da espuma. Na temperatura ambiente, este tempo varia entre 24 e 72 horas para a maioria das formulações de espumas de poliuretano. Tempo de Desmoldagem O tempo decorrido entre a injeção dos componentes reativos dentro de um molde e a abertura do mesmo para a remoção da peça moldada sem que ocorra rasgamento ou alteração de sua forma original. Tempo de Gel O tempo decorrido desde a mistura dos componentes na câmera de mistura (ou no cabeçote de injeção) até o ponto onde o polímero já está formado. Normalmente é determinado pela introdução de um palito de madeira no bloco até que se perceba a formação de fios. Tempo de Pega Livre O tempo decorrido desde o início da reação e o ponto onde a superfície da espuma pode ser tocada sem provocar adesão. Espumas semi-rígidas e espumas rígidas apresentam tempos de pega livre menores do que espumas flexíveis de bloco ou moldadas. Termo amplamente usado para descrever os resultados empíricos ou analíticos de medidas ou observações da velocidade das reações que ocorrem durante a formação de uma espuma. Toque “SCORCH” Uretano Coloração marrom no centro do bloco causada por excesso de exotermia durante o processo de fabricação da espuma. Pode ocorrer em espumas contendo alto nível de água, alto índice de isocianato ou contaminadas com certos metais. Descrição subjetiva do tato de uma espuma. Espumas com bom toque têm tato aveludado e, espumas com toque ruim, têm um tato áspero. O produto da reação de um isocianato com um composto contendo hidroxila 43 44 Teste com Corante C D470 Teste F APÊNDICE 2 F TABELA DE CONVERSÃO DE UNIDADES F PARA CONVERTER F PARA CONVERTER EM EM cm 130.000 0,3937 Mede basicamente a5.590 ruptura propagação. 0,3048 Mede basicamente a resistência à ft ruptura inicial. Comprimento Volume Peso Densidade Dureza Tensão de Ruptura Rasgamento in 1.703 2,54 m 0.143 3,2808 m 16.900 39,37 gl l 3,785 l m3 0,001 m3 l 1.000 m3 ft3 35,3144 Ton/m3 lb / ft3 62,428 kg lb 2,2046 lb g 453,59 g/cm3 lb / in3 0,03613 g/cm3 lb / ft3 62,43 g/cm3 kg / m3 1.000 g/l lb / ft3 0,0624 lb/ft3 kg / m3 16,018 Kg/m3 lb / ft3 0,0624 lbs/50 in N/0,0323cm2 4,448 N/0,0323cm2 lbs/50 in 0,225 lbs/in2 (psi) kN/m2(kPa) 6,895 kN/m2(kPa) lbs/in2 (psi) 0,145 Kg/cm2 kN/m2 98,07 Kg/cm2 lbs/in2 14,223 lbs/in (pli) N/cm 1,75 N/cm lbs/in (pli) 0,571 KN/m N/cm 10 Kg/cm N/cm 9,798 Kg/cm lbs/in 5,599 45 APÊNDICE 3 - BIBLIOGRAFIA 1. Saunders, J.H. and Frisch, K.C., Polyurethanes: Chemistry and Technology, Part I. Chemistry; Krieger: New York, 1983 2. Saunders, J.H. and Frisch, K.C., Polyurethanes: Chemistry and Technology, Part II. Technology; Krieger: New York, 1983 3. Herrington, R., Hock, K., Eds., Flexible Polyurethane Foams; The Dow Chemical Company, Form No. 109-01061, 1997 4. Dombrow, B.A., Polyurethanes;Reinhold Publishing Corporation: New York, 1965 5. Oertel, G., Polyurethane Handbook;Hanser: Munich, 1985 6. Woods, G., The ICI Polyurethanes Book; Wiley and Sons: Chicester, England, 1987 7. The Flexible Polyurethane Foam Handbook, The Dow Chemical Company, Form No. 109-613-84 8. Stewart, S. A., A Glossary of Urethane Industry Terms, The Martin Sweets Company, Inc: 1971 Observações: 1. Os fabricantes dos produtos químicos aqui mencionados, e suas marcas registradas, são: • Momentive do Brasil NIAX® • Univar Brasil KYAROL • Univar Brasil ARICAT • Univar Brasil CORPOL • Dow S.A. VORANOL • Dow S.A VORANATE • Dow S.A SPECFLEX • MILLIKEN REACTINT 2. As informações sobre os produtos, e suas respectivas aplicações, foram coletadas de várias fontes e devem servir como ponto de partida para a escolha de um determinado produto ou fornecedor. Informações mais detalhadas, ou específicas, deverão ser obtidas junto aos fabricantes e/ou seus representantes. 46 POLYURETHANE Univar www.univar.com/brazil Rua Arinos, 15 - Pq. Indl. Água Vermelha Osasco - SP - Brasil - Cep: 06276-032 Tel.: 55 11 3602 7222 | Fax: 55 11 3602 7233