HAROLD COHEN "AARON`S World" Exposição de 20 de Junho a

Transcrição

HAROLD COHEN "AARON`S World" Exposição de 20 de Junho a
HAROLD COHEN
"AARON'S World"
Exposição de 20 de Junho a 28 de Julho de 2007
A Galeria António Prates inaugura no próximo mês de Junho, na Quarta-feira dia 20, pelas 22h,
uma exposição do artista inglês Harold Cohen. Trata-se da primeira exposição individual em
Portugal deste artista, pioneiro na investigação da inteligência e autonomia das máquinas, através da
pintura, e apresenta nesta exposição cerca de 30 trabalhos e um vídeo, criados através do seu
célebre programa AARON. O AARON trata-se de um programa criado por Harold Cohen e que
nasce no final dos anos 60, quando o artista se depara com o seu primeiro computador e decide
investigar o seu potencial.
Antes desta época, o artista era já um pintor renomado, tendo exposto na Tate Gallery de Londres, e
na Bienal de Veneza. Actualmente, Harold Cohen vive e trabalha nos Estados Unidos, e as sua
obras encontram-se representadas em várias colecções importantes, entre elas a da Tate Gallery, do
Victoria and Albert Museum, da Fundação Calouste Gulbenkian e do Stedelijk Museum de
Amsterdão. As obras de Harold Cohen hoje integram-se numa nova tendência artística
internacional que se define por uma íntima ligação com a biologia e a ciência, denominada Bioarte.
Por ocasião desta exposição será lançado um catálogo bilingue com reproduções dos trabalhos
expostos e textos do próprio artista, do curador Norte-Americano, Mark Lugo, e do artista plástico e
arquitecto português Leonel Moura. O artista estará presente na inauguração.
A propósito desta mostra, citamos o artista, Harold Cohen:
"Tinha eu trinta e tal anos quando me comecei a preocupar com as perspectivas a longo prazo da
minha pintura.(…) Não deveria ser possível , perguntava eu, formular um conjunto de regras
através das quais as pinturas se poderiam virtualmente "pintar-se a elas próprias"?
(…)
Dois anos depois deixei o Reino Unido para cumprir um ano como professor visitante na
Universidade da California, San Diego, (…) e foi aí, durante os primórdios de uma revolução que
iria mudar toda a sociedade, que conheci o meu primeiro computador. (…)
A programação revelou-se ser uma disciplina intensamente absorvente; o que foi bom, já que eu não
era de todo esperto o suficiente para ver de imediato a ligação entre este dispositivo alienígena
curioso e o meu objectivo de conseguir que uma pintura se "pintasse a ela própria". (…) não é de
todo surpreendente que eu pensasse nela [a programação] como um conjunto de regras para
conseguir que um computador fizesse algo.
(…)
Após um tempo os computadores começaram a espalhar-se (…) e as opiniões sobre os
computadores começaram a fazer o mesmo. Durante essa fase eu ouvia as pessoas dizer
frequentemente (…) "eles só podem fazer aquilo que nós lhes dizemos para fazer." Devem
compreender como isto me desafiava (…) as implicações subentendidas deste mantra da
superioridade humana eram claras e inequívocas: os papéis do IRS, concerteza; xadrez,
possivelmente. Mas pintura? Claro que não!(..) As máquinas não têm alma e portanto não podem
fazer arte.
Estou disposto a concordar, (…) que os computadores não têm alma.(…)Mas(…) nunca encontrei
nada na arte feita por humanos que necessitasse de uma alma para ter sido feita.
(…)
Deve ter sido no final dos anos setenta que eu fiz um comentário sobre ser o primeiro artista na
história a ter uma exposição póstuma de novas obras. Pretendia ser apenas uma piada. Mas agora
olhando para trás vejo que serviu como manifesto, uma definição de propósito(…).
Onde está [o meu programa] AARON agora? O que é que pode fazer por si próprio?
Posso pôr o meu programa a trabalhar antes de me deitar à noite e terei cem imagens originais para
observar na manhã seguinte. São todas boas, algumas delas muito melhores que boas. A cor é
melhor - mais excitante, mais eficaz - do que eu próprio alguma vez consegui fazer.
Isso já é muito mais autonomia do que alguém teria considerado possível há dez anos.(…)"
A exposição estará patente ao público até ao dia 28 de Julho e a entrada é gratuita.
Com os meus melhores cumprimentos,
A Direcção
ANTÓNIO PRATES
Galeria António Prates
Rua Alexandre Herculano 39A
1250-009 LISBOA
PORTUGAL
Tel: (+351) 213571167
Fax: (+351) 213571168
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www.galeriaantonioprates.com
Localização da Galeria:
situada entre o Marquês de Pombal e o Largo do Rato, perto da Rua Castilho e junto ao Edifício
Cimpor.
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Carris - 6 e 9 ( na Rua Alexandre Herculano )
20, 27, 38 e 49 ( na Rua Braancamp )