89115241 - cobeq-ic 2009 - Universidade Federal de Uberlândia
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EQUILÍBRIO LÍQUIDO-VAPOR ENVOLVENDO ETANOL, ISOPROPANOL, CaCl2 E ÁGUA: ETAPA EXPERIMENTAL E MODELAGEM TERMODINÂMICA 1 1 2 Carlos R. dos Santos, 2 Marisa Fernandes Mendes Bolsista de iniciação Científica PIBIC/CNPq/UFRRJ, discente do curso de Engenharia Química Professor do Departamento de Engenharia Química da UFRRJ Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. BR 465, km 07, Seropédica RJ, CEP 23890-000 - E-mail: [email protected] RESUMO – Dados de equilíbrio líquido-vapor (ELV) foram obtidos para os sistemas etanolágua, isopropanol-água, etanol-água-CaCl2 e isopropanol-água-CaCl2, a pressão atmosférica, usando um ebuliômetro desenvolvido pelo nosso grupo de pesquisa. Este era, inicialmente, do tipo estático, sendo modificado posteriormente para o tipo dinâmico, possibilitando recirculação da fase vapor. Dados foram obtidos para o sistema etanol-água-CaCl2 na concentração de 16,7% m/m de sal. Para o sistema isopropanol-água-CaCl2, dados foram obtidos nas concentrações de 2,2%, 4,3% e 8,6% m/m de sal, não havendo dados disponíveis na literatura, para comparação desta última concentração de sal. Os dados obtidos para o sistema isopropanolágua foram correlacionados pelos modelos de Margules e de van Laar, utilizando parâmetros disponíveis na literatura, apresentando desvios aceitáveis. Os desvios relativos na temperatura de bolha, encontrados entre os dados experimentais do sistema etanol-água e os dos autores, foram 1,91% para o ebuliômetro estático e de 2,24% para o ebuliômetro dinâmico. Para o sistema isopropanol-água, os desvios foram de 0,67% em relação aos dados experimentais disponíveis. Para o sistema etanol-água-CaCl2, o desvio foi de 3,30%. No sistema isopropanolágua-CaCl2, o desvio relativo foi de 0,39% para a concentração de 2,2% de sal e de 0,93% para a concentração de 4,3% de sal. Palavras-Chave: ebuliômetro, etanol, cloreto de cálcio. literatura. INTRODUÇÃO O conhecimento do equilíbrio de fases é essencial para o projeto dos mais diversos processos de separação na engenharia química. Dados de equilíbrio a baixas e altas pressões são importantes para estabelecer as condições corretas de temperatura e pressão para o processo de separação e para fornecer a capacidade do solvente, as composições das fases e a seletividade do solvente. Com essa motivação, dados de equilíbrio líquido-vapor (ELV) foram medidos à pressão atmosférica, em escala laboratorial, para diferentes sistemas, de forma a ajudar no projeto de operações unitárias que necessitem do conhecimento do equilíbrio. A atual demanda de etanol como alternativa energética aos combustíveis fósseis e a demanda por dados com a utilização de sais para otimizar a separação de sistemas álcool-água foram fatores preponderantes para a realização deste trabalho. Assim, dados de ELV foram obtidos para os sistemas etanol-água, isopropanol-água, etanol-água-CaCl2 e isopropanol-água-CaCl2, à pressão atmosférica, usando um ebuliômetro desenvolvido pelo nosso grupo de pesquisa. Os dados obtidos para o sistema isopropanol-água foram correlacionados pelos modelos de Margules e de van Laar, utilizando parâmetros disponíveis na MATERIAIS E MÉTODOS Materiais Os compostos químicos utilizados no estudo do equilíbrio líquido-vapor, juntamente com sua procedência e sua pureza, são apresentados na Tabela 1. Estes foram utilizados sem qualquer purificação adicional. As temperaturas normais de ebulição obtidas neste trabalho são comparadas às disponíveis na literatura e relacionadas na mesma tabela. Tabela 1 – Compostos utilizados na determinação do ELV. Substância Origem Pureza (%) Teb (K) 351,65a Etanol Vetec >99,8 351,65b a 355,30 Isopropanol Vetec >99,5 355,40b CaCl2 Vetec >99,0 a b Medido; Lide & Frederikse, 1991. Equipamentos e Métodos VIII Congresso Brasileiro de Engenharia Química em Iniciação Científica 27 a 30 de julho de 2009 Uberlândia, Minas Gerais, Brasil Os dados de ELV foram medidos em um ebuliômetro, previamente projetado e construído em vidro, baseado em trabalhos do gênero (Laboratórios didáticos de engenharia química, 1990), como é mostrado na Figura 1. Observa-se que este é bastante simples, em relação aos disponíveis na literatura. Nosso grupo de pesquisa já comprovou sua funcionalidade em trabalhos anteriores (Santos et al., 2008 a, b). Este equipamento é classificado como estático por não possuir sistema de recirculação das fases. realizada, à pressão atmosférica, os sistemas em questão foram interpretados pela abordagem “γ-φ”. Nesta metodologia, a fase vapor foi considerada ideal, modelando-se somente a fase líquida. O critério de isofugacidade para o equilíbrio líquido-vapor pode ser expresso na forma da Equação 1 L fi = fi V (1) Logo, a expressão da isofugacidade pode ser escrita como na Equação 2 xi γ i Pi sat = y i P (2) Para o cálculo da pressão de vapor dos componentes foi usada a equação de Antoine (Equação 3, Poling et al., 2000). A Tabela 2 apresenta os parâmetros para cada componente. ln P / bar = A − B T / °C + C (3) Tabela 2 – Parâmetros de Antoine Componente Aa Ba Ca Isopropanol 7,75634 1366,142 197,970 Água 7,96681 1668,210 228,000 a Estimados por Brunjes & Bogart, 1943. Figura 1 – Aparato experimental utilizado: 1câmara de ebulição, 2-amostragem da fase líquida, 3-manta de aquecimento, 4-termômetro, 5-condensador de bola, 6-receptor de condensado, 7-amostragem da fase vapor, 8isolamento térmico. O procedimento experimental consiste inicialmente da alimentação de, aproximadamente, 20mL da carga no compartimento principal (1), de 200mL de capacidade, de onde é retirada amostra da fase líquida por um duto (2). Uma manta (3) (Fisatom, modelo 102) fornece o aquecimento necessário para que se forme a fase vapor. Um termômetro de resistência de platina (Incoterm, 360°C) (4) mede a temperatura. A fase vapor tende a subir pelo compartimento principal, sendo condensada por um condensador de bola (5) e é alocada no compartimento secundário (6), de onde é retirada a amostra da fase vapor por outro duto (7). Um envoltório térmico composto por material plástico e alumínio (8) evita a condensação parcial do vapor. Somente dados de temperatura do ponto de bolha foram obtidos para os sistemas em questão. MODELAGEM TERMODINÂMICA No estudo da modelagem termodinâmica Os dados do sistema isopropanol-água foram correlacionados pelo modelo de Margules (3ª ordem – Poling et al., 2000), representado pelas Equações 4 e 5, e pelo modelo de van Laar (3ª ordem – Poling et al., 2000), mostrado nas Equações 6 e 7. Os parâmetros binários foram estimados por Hála et al. (1968) para os dados de Brunjes & Bogart (1943) e podem ser vistos na Tabela 3. log γ 1 = [ A12 + 2( A21 − A12 )x1 ]x 22 (4) log γ 2 = [A21 + 2( A112 − A21 )x 2 ]x12 (5) log γ 1 = log γ 2 = A12 x 22 [x1 ( A12 / A21 ) + x 2 ]2 A21 x12 [x 2 ( A21 / A12 ) + x1 ]2 (6) (7) O cálculo do equilíbrio líquido-vapor foi feito usando o algoritmo do ponto de bolha na temperatura (Smith et al., 2007), visto que todos os dados são isobáricos. Tabela 3 – Parâmetros de interação binária para o sistema isopropanol(1)-água(2). Modelo A12a A21a van Laar 1,0302 0,4987 Margules 0,8755 0,4425 a Estimados por Hála et al. (1968) para os dados de Brunjes & Bogart (1943). com ambos os ebuliômetros foram apresentados na Figura 2. A temperatura do sistema e a composição da fase vapor calculadas são comparadas aos dados experimentais através dos Desvios Relativos Médios, que são expressos como mostram as Equações 8 e 9. O desvio entre os dados medidos e os dos autores é calculado pela Equação 10. NEXP DRMT = ∑ (T exp Texp i NEXP DRMY = ∑ (y exp NEXP ∑ i (T exp − y calc ) y exp i δT = − Tcalc ) − Tmedida ) Texp NEXP .100% NEXP .100% NEXP .100% (8) (9) (10) Figura 2 – Curvas de ELV para o sistema etanol(1)-água(2). O desvio relativo médio entre os dados medidos e os dados originais dos autores, calculado pela Equação 10, é apresentado na Tabela 4. Observa-se que o desvio na temperatura é maior para baixas concentrações de etanol. Provavelmente, a grande simplicidade do ebuliômetro desenvolvido desfavorece a medida de dados em regiões pobres em solvente. onde Texp é a temperatura obtida pelos autores originais e Tmedida é a temperatura de bolha medida neste trabalho. RESULTADOS E DISCUSSÃO Sistema Etanol-Água Os dados obtidos para o sistema etanolágua são mostrados na Figura 2, em comparação aos dados de Arce et al. (1996). Observa-se que as temperaturas dos pontos de bolha não coincidiram com as disponíveis na literatura, provavelmente devido à condensação de vapor não saturado. O ebuliômetro desenvolvido funcionou bem para os sistemas estudados anteriormente pelo nosso grupo de pesquisa, hexano-benzeno (SANa, b TOS et al., 2008 ). Porém, o sistema etanolágua não se comportou de maneira esperada com a configuração original do equipamento, como se pode observar na Figura 2. O sistema apresentava temperaturas de bolha menores que as relatadas na literatura, o que indica que estava havendo condensação de vapor não saturado ou que o etanol estava evaporando preferencialmente. Desta forma, foi proposta uma modificação no ebuliômetro de maneira que ele se tornasse dinâmico. Fezse uma ligação (9) entre o receptor de condensado (6) e a câmara de ebulição (1). Com isso, o sistema entraria num estado estacionário depois de certo tempo, onde as taxas de evaporação, condensação e refluxo se igualariam e o sistema entraria em equilíbrio. Na Figura 3 é apresentado o equipamento modificado. Os resultados obtidos Figura 3 - Ebuliômetro modificado: 1-câmara de ebulição, 2-amostragem da fase líquida, 3manta de aquecimento, 4-termômetro, 5condensador de bola, 6-receptor de condensado, 7-amostragem da fase vapor, 8-isolamento térmico, 9-vaso comunicante. Tabela 4 – Desvios relativos médios entre os dados obtidos neste trabalho e os de Arce et al. (1996). Ebuliômetro DRM T (%) Estático 1,91 Dinâmico 2,24 Sistema Isopropanol-Água O ebuliômetro estático foi utilizado para a obtenção das temperaturas de bolha deste sistema, devido ao fato de o ebuliômetro dinâmico não ter fornecido resultados melhores. Os dados medidos são mostrados na Figura 4, juntamente com dados de Brunjes & Bogart (1943) e com as curvas calculadas pelos modelos de van Laar e de Margules. Também se observa um aumento no desvio para baixas concentrações de álcool, seguindo a mesma tendência do sistema etanol-água, mostrando que o comportamento da mistura muda quando existem poucas moléculas de álcool. O desvio relativo médio, entre os dados medidos neste trabalho e os dados originais dos autores, calculado pela Equação 10, foi de 0,67%. Os desvios relativos médios entre os dados dos autores e os calculados pelos modelos termodinâmicos, calculados pelas Equações 8 e 9, são mostrados na Tabela 5. Nota-se que o modelo de van Laar foi o que forneceu os menores desvios. os dados do autor original. Os dados são feitos em base livre de sal, o que é evidenciado pelo x1’. O desvio relativo médio entre os dados do autor e os deste trabalho, calculado pela Equação 10, foi de 3,30%. Tabela 6 - Dados de ELV do sistema etanol(1)água(2)-CaCl2(3). Tb (°C) x1’ 0,000 99,50 0,300 78,70 0,375 78,90 0,454 78,40 0,487 78,20 0,600 78,30 Figura 5 - ELV do sistema etanol(1)-água(2)CaCl2(3), na concentração de 16,7% m/m de sal. Observa-se que os dados obtidos não foram satisfatórios, provavelmente pela grande simplicidade do aparato utilizado, aliado à grande complexidade do sistema etanol-água. Isso comprova que o ebuliômetro estático só consegue representar os dados de ELV de sistemas mais simples, com menor complexidade no que diz respeito à polaridade. Sistema Isopropanol-Água-CaCl2 Figura 4 – Curvas de ELV para o sistema isopropanol(1)-água(2). Tabela 5 – Desvios Relativos Médios para o sistema isopropanol-água. Modelo DRM T (%) DRM y (%) van Laar 0,60 3,06 Margules 1,26 6,96 Sistema Etanol-Água-CaCl2 Assim como no sistema etanol-água, os dados obtidos para o sistema etanol-água-CaCl2 apresentaram desvios consideráveis. A concentração de CaCl2 utilizada foi igual à de Nishi (1975), de 16,7% em massa. Os dados obtidos são mostrados na Tabela 6 e na Figura 5, juntamente com Dados de ELV foram obtidos para o sistema isopropanol(1)-água(2)-CaCl2(3) à pressão atmosférica, utilizando o ebuliômetro estático. As soluções foram preparadas nas mesmas frações mássicas que Kato et al. (1971), que são de 2,2% e 4,3% em sal. Adicionalmente, arbitrou-se a concentração de 8,6% de sal e mediram-se dados de ELV. As temperaturas dos pontos de bolha obtidas são mostradas na Tabela 7 e apresentados, juntamente, com os dados dos autores, na Figura 6. Os dados são feitos em base livre de sal.Os desvios entre os dados medidos e os dos autores, também calculados pela Equação 10, são mostrados na Tabela 8. O mesmo comportamento observado no sistema sem o sal se repete nos experimentos com o sal. Os desvios aumentam com a diminuição da concentração do álcool. Porém, para a concentra- Tabela 7 – Dados de ELV do sistema isopropanol(1)-água(2)-CaCl2(3). CaCl2 2,2% m/m CaCl2 4,3% m/m CaCl2 8,6% m/m x1’ Tb (ºC) x1’ Tb (ºC) x1’ Tb (ºC) 0,201 81,60 0,201 80,40 0,200 80,40 0,400 80,40 0,401 80,20 0,400 80,20 0,601 80,00 0,600 79,90 0,601 80,30 0,800 80,80 0,800 80,80 0,800 81,00 0,900 81,50 0,900 81,40 0,900 81,50 ção de sal de 2,2%, os dados obtidos na região pobre em álcool ficaram bem próximos dos dados originais, apresentando desvio aceitável. Já na região rica em álcool, os desvios ficaram dentro do esperado, para as concentrações de 2,2% e de 4,3%. Nada se pode afirmar sobre os dados obtidos na concentração de 8,6%, já que foi essa uma concentração escolhida, não havendo dados dos autores para comparação. Contudo, os autores originais observaram que a região do azeótropo pode ser eliminada com o aumento da concentração do sal, fato que não pode ser observado na concentração de 8,6%. ram obtidos dados em toda a extensão de composições, visto que os ebuliômetros projetados não funcionaram bem na região pobre em álcool. Nesta etapa, somente o sistema isopropanol-água foi correlacionado por modelos termodinâmicos. Utilizaram-se os modelos de Margules e de van Laar, com parâmetros estimados por Hála et al. (1968). Os desvios entre os dados calculados e os dados medidos foram aceitáveis. Estes mesmos sistemas foram estudados acrescentando-se um sal, o CaCl2. Os dados obtidos para ambos os sistemas foram comparados aos disponíveis na literatura, com exceção dos dados obtidos para o sistema isopropanol-águaCaCl2 na concentração de 8,6% m/m de sal, visto que foi essa uma concentração escolhida e sem dados disponíveis. Os dados de ambos os sistemas apresentaram desvios consideráveis em relação aos da literatura. As temperaturas de bolha observadas eram, em geral, abaixo das dos autores. Isso pode estar relacionado à grande simplicidade do aparato utilizado. No entanto, ponderando-se a qualidade dos dados e a simplicidade do aparelho, pode-se dizer que os resultados foram satisfatórios. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Figura 6 – ELV do sistema isopropanol(1)água(2)-CaCl2(3). Tabela 8 – Desvios relativos médios entre os dados obtidos neste trabalho e os de Kato et al. (1971). Concentração de DRM T (%) CaCl2 2,2% m/m 0,39 4,3% m/m 0,93 CONCLUSÕES Dados de ELV foram obtidos para os sistemas etanol-água, isopropanol-água, etanol-águaCaCl2 e isopropanol-água-CaCl2 em condições atmosféricas. Os dados obtidos para os dois primeiros sistemas foram comparados aos disponíveis na literatura. Observou-se que, em ambos os casos, o desvio entre os dados medidos e os dados dos autores aumenta à medida que se aproxima da região pobre em álcool. Isso mostra que o comportamento da mistura muda quando existem poucas moléculas de álcool no sistema. Numericamente, os desvios para ambos os sistemas não foram altos, mas deve-se considerar que não fo- Apostila de Laboratórios Didáticos de Engenharia Química, 1990, volume II, Universidade Federal de Uberlândia. ARCE, A., AGEITOS, J. M., SOTO, A., 1996. VLE for water + ethanol + 1-octano mixtures. Experimental measurements and correlations, Fluid Phase Equilibria, 122, 117 – 129. BRUNJES, A. S., BOGART, M. J. P., 1943. 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