macro jogo humano cooperativo - Labrinjo
Transcrição
macro jogo humano cooperativo - Labrinjo
MACRO JOGO HUMANO COOPERATIVO Marcos Teodorico Pinheiro de Almeida Universidade Federal do Ceará – UFC Faculdade de Educação - FACED E-mail: [email protected] ou [email protected] Justificativa: o Macro Jogo Humano Cooperativo tem como proposta compartilhar referenciais teóricos e metodológicos sobre jogos cooperativos, além de vivenciar as várias possibilidades que a cooperação traz em situações do dia a dia, e principalmente analisar o jogo dentro de diversos contextos, seja ele na escola, na família, ou em qualquer outro espaço que permita à criança, ao adolescente, ao adulto e ao idoso desenvolver sua expressão lúdica e vivenciar a prática dos valores cooperativos. Acreditamos que a inclusão do jogo cooperativo na educação formal e informal tem como meta promover a paz e buscar a participação de todos sem excluir ninguém, independente de sua raça, classe social, religião, competências motrizes, habilidades pessoais etc., sempre dentro de um clima prazeroso, cordial, amigo e feliz onde as metas do professor e dos alunos estarão centradas na soma das suas competências individuais na busca de resultados que tragam benefícios para o coletivo. Nesta proposta visamos à participação de todos para alcançar um objetivo comum, onde a motivação não é o ganhar ou o perder, a motivação está centrada na participação. Neste sentido, a proposta educativa tem como interesse principal o processo e não o resultado. Quando a proposta é centrada no processo, permite ao professor e aos alunos perceberem os aspectos individuais e coletivos utilizados para se alcançar as metas que são realizadas com a contribuição de todos. Macro Jogo Humano Cooperativo é uma experiência na qual jogamos cooperativamente, descobrimos como estamos no mundo, percebemos o presente e alcançamos vôos para o futuro. Começamos a trilhar um caminho alternativo de jogar, ensinar, trabalhar e viver em paz. Nosso propósito é de sensibilizar os participantes para o resgate e desenvolvimento de valores e atitudes cooperativas consigo mesmo, com os outros e com o ambiente. Acreditamos nos Jogos Cooperativos como uma alternativa educativa aos modelos pedagógicos apoiados na competição, no individualismo e no egocentrismo. Objetivo: aplicar o macro jogo humano cooperativo nas mais diferentes situações educacionais, organizacionais, sociais ou terapêuticas como um meio para estimular, analisar e avaliar aprendizagens específicas, competências e potencialidades dos jogadores envolvidos. Metodologia: nosso trabalho buscou obter informações através da análise do jogo espontâneo e do jogo orientado permitindo definir critérios para subsidiar de forma mais eficiente e científica os resultados das ações. Para o jogo espontâneo usamos: a observação, o registro e a análise, criando para cada ação lúdica um BANCO DE DADOS sobre o mesmo. Foi possível também fazer o mapeamento de cada jogador na sua trajetória lúdica durante sua vivência dentro de um jogo cooperativo, buscando dessa forma compreender melhor suas ações, realizando intervenções e diagnósticos mais seguros, ajudando assim o indivíduo ou o coletivo. As informações obtidas pelo jogar espontâneo permitiram diagnosticar: Satisfação dos participantes; Autoconceito positivo; Valores individuais e coletivos; Comunicação; Criatividade; Competência motriz; Aceitação dos companheiros; Convivência intercultural; Convivência interpessoal; Convivência intergerações; Resoluções de conflitos, obstáculos e problemas; Estágio de desenvolvimento; Conduta de comportamento dos envolvidos nos diferentes ambientes lúdicos; Pró-ativo; Com isso foi possível definir, a partir de uma escolha criteriosa, as ações lúdicas cooperativas mais adequadas para cada pessoa envolvida ou grupo. Já no jogo dirigido propomos desafios a partir da escolha de jogos, brinquedos ou brincadeiras cooperativas determinadas por nós. Estes jogos orientados podem ser feitos com propósitos claros de promover o acesso a aprendizagens de conhecimentos específicos como: matemáticos, lingüísticos, científicos, históricos, motrizes, estéticos, morais etc. E um outro propósito é de ajudar no desenvolvimento cognitivo, afetivo, social, físico-motor, lingüístico e na construção da moralidade (nos valores). Conclusão: nosso desafio neste trabalho era de responder a uma pergunta: como podemos contribuir para a construção de um mundo melhor através macro jogo humano cooperativo? Sim, acreditamos que é possível educar para paz, construir valores positivos, resolver conflitos, aprender etc. mesmo nas piores condições de vida. Basta acreditar que cada um é instrumento de transformação humana e que a cooperação é um direito, uma necessidade básica para a sobrevivência do planeta, ela é uma esperança humana rica e complexa. Todos nós somos atores desta transformação. Bibliografia: ACED, Rosa Guitart. 101 Juegos no competitivos. Barcelona: Editorial GRAÓ, 1997. ALMEIDA, M. T. P. Jogos cooperativos na Educação Física: uma proposta lúdica para a paz. Actas del III CONGRESO ESTATAL Y I IBEROAMERICANO DE ACTIVIDADES FÍSICAS COOPERATIVAS – Ampliando horizontes a la cooperación. Comunicaciones, 1ª edición. Gijón (asturias) – Espanha: La Peonza Publicaciones, Junho 2003. BOMPIANI, E. Yo juego, tu juegas, todos juegan. Barcelona: Juventud, 1976. BROWN, Guillermo. Jogos Cooperativos: teoria e prática. Tradução Rui Bender. São Leopoldo, RS: Ed. Sinodal, 1994. BROTTO, Fábio Otuzi . Jogos cooperativos: se o importante é competir o fundamental é cooperar. São Paulo: CEPEUSP, 1995. CASCÓN, P & BERISTAIN, C. La alternativa del juego. Madrid. Seminário de educación para la paz de la A . P. D . H./ Colectivo de educación para la paz de Málaga, 1986. CILLA, Raúl Omeñaca & OMEÑACA, Jesús Vicente Ruiz. Juegos Cooperativos y Educación Física. Barcelona: Editorial Paidotribo. DEACOVE, J. Co-operative games Manual. Ontário, Family Pastimes, 1974. ___.Co-operative Marble Games. Ontário, Family Pastimes, 1987. ___. Co-perative Parlor Games. Ontário, Family Pastimes, 1987. ___. Co-perative Sports Manual. Ontário, Family Pastimes,1978. FREEDMAN, L. I. et al. Psicologia Social. São Paulo: Ed. Cultrix,1970. JANOT, Jaume Bantulà. Juegos motrices cooperativos. Barcelona: Editorial Paidotribo, JARÉS, X. R. El placer de jugar juntos: nuevas técnicas y juegos cooperativos. Madrid: CCS, 1992. KAMII, Constance. Jogos em grupo na educação infantil: implicações da teoria de Piaget. São Paulo: Ed. Trajetória Cultural, 1991. MULLER, Robert. O nascimento de uma civilização global. Tradução de Merle Scoss. São Paulo: Aquariana, 1993. ORLICK, Terry. Libres para cooperar, libres para crear (nuevos juegos y deportes cooperativos). Barcelona: Paidotribo, 1990. OMEÑACA, Raúl, PUYUELO, Ernesto & RUIZ, Jesús Vicente. Explorar, jugar, cooperar: bases teóricas y unidades didácticas para la educación física escolar abordadas desde las actividades, juegos y métodos de cooperación. Barcelona: Editorial Paidotribo, 2001. SARAYDARIAN, Torkom. A psicologia da cooperação e consciência grupal. Tradução de E. Higa A. São Paulo: Aquariana, 1990.
Documentos relacionados
jogos cooperativos como ferramenta de desenvolvimento de equipes
Através de jogos cooperativos torna-se mais fácil criar um bom espírito de grupo, com elementos ligados por laços solidários e afetivos. Antes de começar uma sessão de jogos cooperativos, convém qu...
Leia maisartigo - macro jogo cooperativo - Labrinjo
áreas afins a compreenção e utilização do jogo cooperativo de maneira que oriente sua prática, oferecendo alguns referenciais teóricos e práticos, possibilitando assim que TODOS possam aplicar o br...
Leia mais