validação do modelo de uma suspensão de barra utilizada
Transcrição
validação do modelo de uma suspensão de barra utilizada
VALIDAÇÃO DO MODELO DE UMA SUSPENSÃO DE BARRA UTILIZADA EM PULVERIZADORES... 189 VALIDAÇÃO DO MODELO DE UMA SUSPENSÃO DE BARRA UTILIZADA EM PULVERIZADORES TRACIONADOS Cristiano Okada Pontelli Máquinas Agrícolas Jacto S/A, R. Dr. Luis Miranda, 1650, CEP 17580-000, Pompéia, SP, e-mail: [email protected] Mário Francisco Mucheroni Depto. Eng. Mecânica, EESC-USP, Av. Trabalhador São-carlense, 400, CEP 13566-590, e-mail: [email protected] Resumo Modelos dinâmicos complexos de pulverizadores agrícolas têm sido elaborados com softwares comerciais. Com o objetivo de maximizar o tempo de simulação e de desenvolvimento do produto são adotadas hipóteses simplificadoras. Assim, este trabalho apresenta o desenvolvimento de um modelo do pulverizador comercial da empresa Jacto, denominado Advance 3000-24, através do software ADAMS, e a sua validação experimental em duas etapas: a primeira trata da calibração do atrito de Coulomb e a segunda, da comparação do modelo virtual com os resultados experimentais obtidos em uma pista de prova padronizada. O modelo apresentou grande dependência dos resultados em relação ao atrito de Coulomb. Após a calibração do modelo, obtiveram-se bons resultados na comparação com os dados obtidos na pista de prova padronizada ,chegando a uma correlação de 0,95 para frequências de excitação abaixo de 20 Hz. Palavras-chave: pulverizadores tracionados, suspensão passiva de barras, validação experimental. Introdução Os pulverizadores tracionados são equipamentos responsáveis pela aplicação de produtos químicos sobre a cultura com o objetivo de maximizar a produção agrícola. A pulverização é o fracionamento do líquido em pequenas gotas com o intuito de distribuí-lo de forma homogênea sobre o alvo. Quanto menor o volume de líquido a distribuir por área, menor é o diâmetro requerido das gotas. Os pulverizadores se destinam a fazer exatamente isso: gerar gotas e lançá-las sobre o alvo com boa uniformidade. A uniformidade de distribuição da calda pela barra é dada pelas condições de montagem e de operação: espaçamento entre bicos, altura da barra, ângulo de abertura dos bicos, pressão de trabalho e estabilidade dinâmica da barra. O volume de produtos químicos aplicado ao longo da barra, segundo Sinfort & Herbst (1996), deve ser o mais constante possível. As oscilações verticais da barra, causadas por irregularidades no terreno, alteram a distância entre cada bico e o alvo e distorcem a distribuição. Além disso, quando são excessivas, fazem com que as pontas da barra toquem o solo, causando eventuais danos. Segundo Musillami (1977), essas oscilações aumentam com a velocidade de caminhamento do trator. As oscilações horizontais da barra também alteram a uniformidade de aplicação dos produtos numa proporção bem menor. Outro problema bastante comum que altera a uniformidade de aplicação é o erro na justaposição das faixas tratadas. Espaçamentos insuficientes ou superposição entre as passadas causam variações no volume da aplicação que podem alcançar até 100%. Há vários métodos para estimar a qualidade da distribuição dinâmica de pulverização. Esses métodos se diferenciam pela forma de excitar o pulverizador ou a barra do pulverizador. Uma das possibilidades é utilizar uma pista de grama preparada para o deslocamento (Pochi & Vannucci, 1998; Miller et al., 1989) ou uma pista ajustada com obstáculos artificiais (Chaplin & Wu, 1989). Outra forma corresponde à utilização de um excitador para reproduzir uma pista de obstáculos (Sinfort et al.,1998). Herbst & Wolf (2001) desenvolveram um servomecanismo para excitações em pulverizadores e analisaram equipamentos de diferentes fabricantes, entre pulverizadores tracionados e pulverizadores montados. Nesses experimentos encontraram coeficientes de variação de 5% a 22%, dependendo do comprimento de barra, da velocidade de caminhamento e da excitação utilizada. Segundo esses pesquisadores, um coeficiente de variação de 15% seria um valor aceitável em virtude das condições encontradas em campo. Uma das maneiras de minimizar os coeficientes de variação de distribuição da pulverização é a instalação Minerva, 6(2): 189-196 190 PONTELLI & MUCHERONI de mecanismos para estabilizar a barra dentro de parâmetros aceitáveis. Esses mecanismos são conhecidos como suspensões de barras para pulverizadores. Muitos pulverizadores controlam a altura média e atuam no movimento da barra através de suspensões passivas. O controle ativo ainda é pouco usado. Entretanto, os possíveis movimentos instáveis têm sido apontados como limitações nas aplicações de produtos com precisão (Ramon & De Baerdemaeker, 1997; Pochi & Vannucci, 2001). Womac et al. (2001) investigaram o efeito da altura dos bicos e da velocidade de caminhamento do equipamento na uniformidade da aplicação dos produtos em condições de campo. O coeficiente de variação encontrado se situou entre 5% e 17% para condições da barra estática e entre 6% e 37% para barra em movimento, com velocidades de 6 a 26 km/h. Sinfort & Herbst (1996) estudaram o movimento da barra e o padrão de pulverização em condições de uso prático. Os movimentos da barra foram obtidos através de excitação com cilindros hidráulicos, e o padrão de pulverização foi avaliado por um software. Ramon & De Baerdemaeker (1997) desenvolveram um modelo polinomial para prever a distribuição da pulverização através de um único bico que se movimenta sobre uma mesa de canaletas de 15 m de comprimento. As variações encontradas entre os valores reais e os simulados ficaram abaixo de 7%. Concluíram também que os movimentos descendentes da barra afetam mais a distribuição que os movimentos ascendentes. Speelman & Jansen (1974) determinaram que a amplitude de vibração na barra do pulverizador é influenciada pela estrutura da barra, pelas irregularidades do solo e pela velocidade de caminhamento. Determinaram também que o aumento da amplitude do movimento da barra diminui a uniformidade da distribuição de pulverização com uma condição inicial de altura de barra de 0,5 m. Nation (1980) determinou que a variação do depósito de pulverização é proporcional ao movimento do final da barra de pulverização em condições de pulverização em cereais. Concluiu ainda que movimentos verticais randômicos da barra são influenciados mais pelo movimento de rolagem do que pelo próprio movimento vertical da barra. Iyer & Wills (1978) identificaram que a maior fonte de variação na distribuição da pulverização vem do movimento das barras. As barras de pulverização foram consideradas como corpos rígidos e submetidas a entradas senoidais. Langenakens et al. (1999) determinaram que, com o aumento da velocidade de translado do equipamento, aumenta o movimento da barra de pulverização. Encontraram coeficientes de variação na faixa de 2% a 173%, em virtude principalmente do movimento de rolagem. Minerva, 6(2): 189-196 As suspensões das barras de pulverização são responsáveis por várias melhorias. As mais importantes são: l l l l l l A barra trabalha mais próxima da cultura e, assim, aumenta a capacidade de penetração das gotas. Isso também reduz significantemente o efeito do vento ambiente. As gotas são expostas ao vento por uma menor distância vertical. Sua velocidade decai rapidamente com a distância em virtude da resistência do ar e a distribuição ocorre de forma mais eficiente (Andrews & Byass, 1977). Em virtude da curta distância da barra até a cultura ocorre redução no processo de deriva – que é o movimento não desejado de um produto no ar – durante ou depois da aplicação para um local diferente do planejado. Essa redução significa uma diminuição na poluição do meio ambiente (Frost & Andrews, 1975). Espuma ou outras técnicas visuais de marcação da faixa de aplicação podem ser usadas mais facilmente (Lawrence, 1977). Reduzindo os movimentos de oscilação das barras dos pulverizadores pode-se reduzir a variabilidade de deposição (Mahalinga & Wills, 1978; Speelman & Jasen, 1974; Ganzelmeir & Moser, 1979; SchimidtOtt, 1975). Cargas dinâmicas na barra, causadas pelo translado sobre superfícies irregulares, são reduzidas, possibilitando a construção de barras mais esbeltas (Nation &Holden, 1976). Podem ser desenvolvidos pulverizadores mais rápidos com barras maiores. Materiais e Métodos Neste trabalho realizou-se o modelamento completo de um equipamento agrícola especificado como Advance 3000-24, mostrado na Figura 1. Em virtude da complexidade desse modelo foi utilizado o software ADAMS® de modelagem de corpos rígidos. O modelo construído no ADAMS® foi simplificado, tendo os principais componentes mecânicos modelados conforme mostra a Figura 2. Como o objeto central do trabalho é a suspensão da barra do pulverizador, foi feito um detalhamento maior dessa parte do equipamento, conforme mostra a Figura 3. Para a modelagem do sistema foi necessário levantamento das características das molas e dos amortecedores, conforme mostrado a seguir. Os amortecedores utilizados são da marca COFAP, modelo 6560, cujas características são descritas na Figura 4. O modelo completo utiliza dois amortecedores na ligação do quadro móvel com o quadro oscilante. A mola vertical possui uma constante de rigidez de 52 N/mm e um comprimento inicial de 450 mm. O conjunto suspenso por essa mola pesa 7020 N, provocando deslocamento de 135 mm. VALIDAÇÃO DO MODELO DE UMA SUSPENSÃO DE BARRA UTILIZADA EM PULVERIZADORES... 191 Figura 1 Equipamento utilizado para simulação e validação experimental. z y x Figura 2 Vista em perspectiva do modelo simplificado no software ADAMS®. 2 6 1 5 3 4 7 1 – Chassi 2 – Quadro fixo 3 – Quadro móvel 4 – Mola vertical 5 – Amortecedores 6 – Quadro oscilante 7 – Suporte da barra de pulverização Figura 3 Componentes da suspensão de barra. Minerva, 6(2): 189-196 192 PONTELLI & MUCHERONI Tabela 1 Características físicas dos principais componentes. Referência Engate da máquina Centro da máquina Solo X [mm] Y [mm] Z [mm] Barras –5000 4300 1000 Reservatório + eixo + pneus –3850 0 225 Chassi + quadro fixo –3250 0 715 Quadro móvel –5015 0 1180 Quadro oscilante –5250 0 1200 Suporte da barra –5000 1050 1080 Ixx [kg.m²] Iyy [kg.m²] Izz [kg.m²] Barra esqueda 1700 1800 1800 Barra direita 1700 1800 1800 Reservatório + eixo + pneus 915 850 800 Chassi + quadro fixo 4000 4000 650 Quadro móvel 70 50 20 Quadro oscilante 22 16 6 Suporte da barra 3 3 0,5 a) Distâncias b) Momentos de inércia* M [kg] c) Massas Barra esquerda 212 Barra direita 212 Reservatório + eixo + pneus 450 Chassi + quadro fixo 1530 Quadro móvel 70 Quadro oscilante 126 Suporte da barra 23 * Em relação a eixos x, y e z no centro de massa. Curva do amortecedor 6000 5000 4000 3000 Força (N) 2000 1000 0 –1250 –1000 –750 –500 –250 –1000 0 250 500 750 1000 –2000 –3000 –4000 –5000 –6000 Velocidade (mm/s) Figura 4 Curva característica do amortecedor utilizado na simulação. Minerva, 6(2): 189-196 1250 VALIDAÇÃO DO MODELO DE UMA SUSPENSÃO DE BARRA UTILIZADA EM PULVERIZADORES... Validação experimental Para validação do modelo proposto realizou-se uma instrumentação na posição do amortecedor do pulverizador. Foi utilizado um potenciômetro linear (GEFRAN PCF-0150) para medir o comprimento. A partir de determinada posição geométrica foi obtido o ângulo da barra em relação ao quadro do pulverizador. Para calibrar esse ângulo utilizouse um medidor de ângulo digital. Com um ângulo medido através desse instrumento registrou-se o deslocamento no potenciômetro, obtendo-se a curva de calibração. A partir dessa calibração foram medidos e obtidos os ângulos durante o experimento. A Figura 5 mostra um esquema da montagem do experimento. Esse experimento foi feito em duas etapas. A primeira consiste na identificação do atrito de Coulomb via experimentação de vibração livre. A barra foi posicionada em um ângulo conhecido (6º) e liberada até que se estabilizasse. Em seguida ajustou-se o modelo virtual para que tivesse o mesmo desempenho. Na segunda etapa, já com o modelo virtual calibrado, utilizou-se uma entrada aleatória (pista de prova) na qual foi possível verificar a correlação entre o modelo virtual e o equipamento real. Utilizou-se para esse experimento a pista de prova da empresa de máquinas agrícolas Jacto S/A. Nessa pista, o equipamento transladou com velocidade de 5 km/h. 193 Foi registrado o sinal de deslocamento linear do potenciômetro. Conforme o esquema de calibração apresentado, esse sinal foi então transformado em deslocamento angular. Resultados Na primeira etapa do experimento constatou-se que o atrito de Coulomb tem grande influência no resultado. Tomando o modelo após a calibração, o resultado obtido está apresentado na Figura 6. Nota-se pelo resultado que o erro do modelo virtual em relação ao equipamento real ficou em torno de 6%. Na segunda etapa, tomando o modelo virtual calibrado, foi utilizada uma entrada aleatória com dados correspondentes à pista de prova. Pode-se, então, verificar a correlação entre o modelo virtual e o equipamento real. Para esse experimento foi utilizada a pista de prova da empresa máquinas agrícolas Jacto S/A. Nesse percurso o equipamento transladou com velocidade de 5 km/h. Conforme esquema de calibração anteriormente mostrado, foram registrados os sinais de deslocamento linear do potenciômetro. Em seguida esses sinais foram transformados nos equivalentes deslocamentos angulares. A resposta temporal do registro do equipamento, obtida na pista de prova, é mostrada na Figura 7. Para a aquisição desses dados foi utilizada uma frequência de amostragem de 200 Hz. Módulo Conversor A/D LYNX AI-2160 Potenciômetro Linear GEFRAN PC-F-0150 Condicionador Sinais LYNX AI-2160 Figura 5 Esquema de montagem da instrumentação para medida do ângulo de rolagem. Angulo da Barra x Tempo 7 Experimental Adams Angulo da barra (graus) 5 3 1 –1 0 3 6 9 12 15 –3 –5 –7 Tempo (s) Figura 6 Ângulo da barra versus tempo: dados experimentais e do modelo virtual. Minerva, 6(2): 189-196 194 PONTELLI & MUCHERONI com essa análise não é possível concluir quanto um sinal está próximo do outro. Por esse motivo foi utilizada a função coerência para avaliar a proximidade entre esses sinais, experimental e do modelo. A Figura 10 mostra uma função de coerência entre o sinal temporal do experimento e o sinal temporal do modelo virtual (ADAMS), com razão da frequência w como w/200. A resposta temporal do modelo em corpos rígidos gerado pelo software ADAMS é mostrada na Figura 8. Para manipulação desses dados foi utilizada também a frequência de amostragem de 200 Hz. Os sinais temporais mostrados nas Figuras 7 e 8 representam uma aquisição parcial do sinal da pista de prova completa. Foi utilizada apenas a parte da pista que excitava mais a barra. Dessa maneira buscou-se evidenciar o sinal do ângulo da barra ao longo do tempo. É possível notar que em ambos os casos a variação do ângulo da barra permaneceu na faixa limitada por –6 e +6 graus. Para melhor análise do sinal foi feito um estudo utilizando-se a FFT (Fast Fourier Transform), com frequência de amostragem de 200 Hz. A Figura 9 mostra a comparação entre as FFTs dos sinais apresentados nas Figuras 7 e 8, obtidos nas condições de excitação da pista de prova. Nota-se que em toda faixa de frequência analisada existe boa equivalência entre ambas as FFts. Entretanto, O atrito de Coulomb tem grande interferência no resultado do modelo virtual para o sistema mecânico analisado. Pode-se constatar que para frequência abaixo de 20 Hz, ou seja, para razão de frequências abaixo de 0,1, foi encontrada excelente correlação entre os dados reais e os simulados, com valores acima de 0,95. Na faixa de frequências restante pode-se constatar também boa correlação entre esses dados, uma vez que nessa faixa o sinal tem correlação com valores entre 0,75 e 0,85. Ângulo da Barra x Tempo 6 Ângulo da barra (graus) Conclusões 4 2 0 0 20 40 60 80 100 –2 –4 –6 Ângulo da barra –8 Tempo [s] Figura 7 Ângulo da barra de pulverização do equipamento em condições da pista de prova. Ângulo da Barra x Tempo 6 Ângulo da barra (graus) 4 2 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 –2 –4 Ângulo da barra –6 –8 Tempo (s) Figura 8 Ângulo da barra de pulverização do modelo virtual em condições da pista de prova. Minerva, 6(2): 189-196 VALIDAÇÃO DO MODELO DE UMA SUSPENSÃO DE BARRA UTILIZADA EM PULVERIZADORES... Comparativo sinal experimental x sinal Adams 0 Amplitude 10 195 10 –1 Adams Experimental 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 Frequência (Hz) Figura 9 FFTs do sinal experimental e dos dados do modelo virtual. Coerência x razão de frequência 1 0,95 Coerência 0,9 0,85 0,8 0,75 0,7 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 Razão de frequência Figura 10 Correlação entre o sinal experimental e o sinal do modelo virtual. Referências Bibliográficas ANDREWS, R.; BYASS, J. B. Choice and use of nozzle for cereal spraying at conventional application rates. National Institute Agricultural Engineering, report n. 25, Proc. subjet day, Spraying on Large Cereal Farms, Silsoe, 1977. CHAPLIN, J.; WU, C. Dynamic modeling of field sprayers. Transacions of the ASAE 1989, v. 32, n. 6, p. 1857-1863, 1989. FROST, A. R.; ANDREWS, R. The effect of wind and boom height on spray drift. National Institute Agricultural Engineering, Dept. Note DN/S/569/1915, Silsoe, 1975. GANZELMEIR, H.; MOSER, E. Effect of boom movements of field sprayers on the evenness of distribution of spray fluid. Transl. 427, National Institute Agricultural Engineering, Silsoe, v. 27, n. 3, p. 65-72, 1977. HERBST, A.; WOLF, P. Spray deposit distribution from agricultural boom sprayer in dynamic conditions. Paper Number: 01-1054, ASAE, St. Joseph, Mich., 2001. IYER, A. M.; WILLS, B. M. D. Factors determining the design of tractor-mounted sprayer booms – spray nozzle characteristics. Journal of Agricultural Engineering Research, v. 23, n. 1, p. 37-43, 1978. LANGENAKENS, J.; CLIJMANS, L.; RAMON, H.; DE BAERDEMAEKER, J. The effects of vertical sprayer boom movements on the uniformity of spray distribution. Journal of Agricultural Engineering Research, v. 74, n. 3, p. 281-291, 1999. LAWRENCE, D. C. The development and application of foams used with swath marking systems. Dept. Note DN/S/821/09005, Silsoe. Sprayer nozzle characteristics. 1977. Minerva, 6(2): 189-196 196 PONTELLI & MUCHERONI MILLER, P.; MAWER, C. Effect of rool angle and nozzle spray pttern on the uniformity of spray volume distribution below a boom. Crop Protection, n. 8, p. 217-222,1989. MHALIGA, R.; WILLS, B. M. D. Factors determining the design of tractor-mounted booms. Journal of Agricultural Engineering Research, v. 23, n. 1, p. 37-41, 1978. MUSILLAMI, S. Les mouvements des rampes de pulverization pour culture basses, a fixation classique, etudiés a travers les repartitions au banc a gouttieres. CNEEMA, 1977. NATION, H. J.; HOLDEN, M. R. The dynamic behaviour of field sprayer boom: accelerations experienced by sprayer booms in work. Dept. Note DN/S/772/1925, National Institute Agricultural Engineering, Silsoe, 1976. NATION, H. J. The dynamic behaviour of field sprayer boom. Journal of Agricultural Engineering Research, n. 27, v. 1, p. 61-70, 1980. POCHI, D.; VANNUCCI, D. Functionality of boom sprayers: elaboration of a system simulating the variations of pesticides distribution at ground level determined by boom oscillations and experimental validation of the results. Interntional Conference on Agricultural Engineering (AgEng’98), Oslo, 1988. POCHI, D.; VANNUCCI, D. Laboratory evaluation and angular potentiometer for measuring spray boom movement. Journal of Agricultural Engineering Research, v. 80, n. 2, p. 153-161, 2001. RAMON, H.; DE BAERDEMAEKER, J. Spray boom motions and spray distribution: part 1, derivation of a mathematical relation. Journal of Agricultural Engineering Research, v. 66, n. 1, p. 31-39, 1997. Minerva, 6(2): 189-196 RAMON, H.; MISSOTTEN, B.; DE BAERDEMAEKER, J. Spray boom motions and spray distribution: part 2, experimental validation of the mathematical relation and simulation results. Journal of Agricultural Engineering Research, v. 66, n. 1, p. 31-39, 1997. SCHMIDT-OTT, M. Improving the uniformity of distribution of field crop sprayers with long booms. Transl. 389, National Institute Agricultural Engineering, Silsoe, 1975. v. 25, n. 3, p. 71-74. SINFORT, C.; SCHMIDT, K.; RABATEL, G.; LARDOUX, Y.; BONICELLI, B. Test method for field sprayer inspection at the farm level. Paper n. 98-A-024. AgEng98. Oslo, Norway, 1998. SINFORT, C.; HERBST, A. Evaluation of the quality of spray distribution from boom sprayer in practical condition. Bulletin OEPP/EPPO, European and Mediterranean Plant Protection Organization, v. 26, p. 27-36, 1996. SPEELMAN, L.; JANSEN, J. W. The effect of sprayboom movement on the liquid distribution of field crop sprayers. Journal of Agricultural Engineering Research, v. 19, n. 2, p. 117-129, 1974. WOMAC, A. R., R. ETHERIDGE, A. SEIBERT, D. HOGAN, AND S. RAY. Sprayer speed and venturi-nozzle effects on broadcast application uniformity. Transactions of the ASAE 44(6): 1437-1444. 2001.