PROJETO PEDAGÓGICO CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA
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PROJETO PEDAGÓGICO CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA
PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA PROJETO PEDAGÓGICO C URSO DE G RADUAÇÃO EM F ARMÁCIA ALMENARA - MG 2011 1 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA ÍNDICE APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................. 4 1 - DADOS GERAIS ....................................................................................................................... 5 1.1 - DADOS DO CURSO....................................................................................................................................5 I.2 - DA MANTENEDORA .................................................................................................................................5 1.3 – A FACULDADE DE ALMENARA ...................................................................................................6 1.3.1 - MISSÃO E OBJETIVOS INSTITUCIONAIS ....................................................................................6 2 - CONTEXTO DE INSERÇÃO DA ALFA E JUSTIFICATIVA DO CURSO ................................................ 8 2.1 - CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO DE ALMENARA ..................................................................................8 2.2 - JUSTIFICATIVA DO INTERESSE SOCIAL PELO CURSO ....................................................................... 15 3 - DIRETRIZES PEDAGÓGICAS ............................................................................................ 17 4 - ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E INSTÂNCIAS DE DECISÃO ................................ 18 4.1 - ESTRUTURA ORGANIZACIONAL .......................................................................................................... 18 4.2 - INSTÂNCIAS COLEGIADAS: ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS ........................................................... 19 5 - ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ACADÊMICO-ADMINISTRATIVA.................................... 22 5.1 – CONDIÇÕES DE GESTÃO ..................................................................................................................... 22 5.2 – INSTÂNCIA E MECANISMOS DE CONTROLE ACADÊMICO ............................................................... 22 6 - PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO ............................................................................... 24 6.1 - BREVE REFERÊNCIA SOBRE A SAÚDE DO PAÍS E REGIÃO ............................................................... 24 6.2 - CONCEPÇÃO DO CURSO ....................................................................................................................... 26 6.3 - OBJETIVOS DO CURSO .......................................................................................................................... 28 6.4 - PERFIL, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES PROFISSIONAIS DO EGRESSO....................................... 30 6.5 - A ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ........................................................................................................... 33 6.5.1 - SEGMENTOS DO CURRÍCULO E SUA OPERACIONALIZAÇÃO ............................................... 33 6.5.2 - MATRIZ CURRICULAR, FLUXOGRAMA, EMENTAS E BIBLIOGRAFIAS ................................. 39 6.5.3 - FLUXOGRAMA DO CURSO ........................................................................................................ 41 6.6 - COERÊNCIA DO CURRÍCULO COM OS OBJETIVOS DO CURSO ....................................................... 115 6.7 - COERÊNCIA DO CURRÍCULO COM O PERFIL DE FORMAÇÃO DO EGRESSO ................................ 115 6.8 - ARTICULAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO COM O PDI E PPI ................................. 115 6.9 - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................................................... 117 6.10 - APOIOO AO DISCENTE ..................................................................................................................... 117 6.11 - ACOMPANHAMENTO DOS ALUNOS EGRESSOS ............................................................................. 118 6.12 - AVALIAÇÃO ........................................................................................................................................ 119 6.12.1 - PRESSUPOSTOS BÁSICOS ...................................................................................................... 119 6.12.2 - AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ACADÊMICO ..................................................................... 120 6.12.3 - AVALIAÇÃO DO CURSO ........................................................................................................ 121 6.13 - ARTICULAÇÃO ENTRE ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO E ASSISTÊNCIA .................................... 122 2 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA 6.14 - GESTÃO ACADÊMICA DO CURSO ................................................................................................... 125 7 - CORPO DOCENTE DO CURSO ........................................................................................ 125 7.1 - FORMAÇÃO ACADÊMICA E PROFISSIONAL ...................................................................................... 125 7.2 - CONDIÇÕES DE TRABALHO ............................................................................................................... 126 8 - INFRAESTRUTURA FÍSICA E ACADÊMICA .................................................................. 129 8.1 - DESCRIÇÃO DA ÁREA FÍSICA E SUAS EDIFICAÇÕES ....................................................................... 129 8.2 - INSTALAÇÕES FÍSICAS PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS ................................. 130 8.3 - LABORATÓRIOS MULTIUSO - INFORMÁTICA .................................................................................... 131 8.4 - LABORATÓRIOS DE SUPORTE AO CURSO .......................................................................................... 134 LABORATÓRIOS E CLÍNICAS DO CURSO DE FARMÁCIA................................................................. 138 8.5 - BIBLIOTECA .......................................................................................................................................... 143 3 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA APRESENTAÇÃO O presente documento formaliza o Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Farmácia da Faculdade de Almenara (Alfa), que o Instituto Educacional Almenara, na condição de mantenedor, submete a apreciação dos órgãos competentes do Ministério da Educação para fins de autorização. A formulação da proposta atrela-se aos novos paradigmas da formação graduada do Farmacêutico centrada no compromisso social e em práticas educativas de promoção e atenção à saúde na linha do resgate da cidadania e de relações solidárias na sociedade atual. Sua elaboração traduz as múltiplas preocupações que a instituição mantenedora assumiu optando por oferecer à comunidade, em geral, e aquela da região do Baixo Jequitinhonha, em particular, mais um curso na área da saúde que viesse concretizar uma formação diferenciada, levando à compreensão da função peculiar do profissional Farmacêutico como agente impulsionador da saúde integral e do bem-estar da coletividade. Desde sua fundação, o Instituto Educacional Almenara e a Faculdade de Almenara vêm desenvolvendo projetos e atividades em contínua interação com seu meio social, atuando em estreita parceria e sustentando compromissos recíprocos com a sua comunidade e a dos municípios limítrofes que os apóiam e lhes ratificam a efetividade política e a relevância social, científica e cultural. O Projeto Pedagógico em apreço representa o somatório de idéias e ambições daqueles que, conjuntamente, arrogam-se o compromisso com uma instituição articulada com a sociedade local e que busca incessantemente o resgate da ética, da justiça, da eqüidade social e o respeito ao meio ambiente, valores indispensáveis ao desenvolvimento com sustentabilidade política, cultural e socioeconômica. Em suma, impõe-se como instrumento a nortear o funcionamento do Curso de Farmácia, com base em seus postulados e em sintonia com as transformações nos campos da saúde, da educação, do trabalho e da sociedade como um todo. Ao levar adiante mais uma iniciativa educacional na área das Ciências da Saúde, o Instituto Educacional Almenara o faz convencido de que a experiência consolidada com o ensino superior e técnico-profissionalizante no campo da Enfermagem confere a esta proposta a necessária eficácia pedagógica, para que possa responder aos anseios e às demandas das comunidades interna e externa, razão fundamental de sua existência. 4 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA 1 - DADOS GERAIS 1.1 - DADOS DO CURSO Denominação: Bacharelado em Farmácia Vagas: 100 vagas totais anuais, oferecidas no turno noturno. Regime de Matrícula: Seriado semestral. Duração do Curso: 4.200 horas, a serem integralizadas, no mínimo, em 10 e no máximo em 15 semestres letivos. Endereço: Rua Vereador Virgílio Mendes Limas, 847 – São Pedro. CEP: 39900-000 - Almenara – Minas Gerais. Coordenador do Curso: Prof. Daniel Rodrigues Silva I.2 - DA MANTENEDORA • MANTENEDORA: Instituto Educacional Almenara Ltda. DIRIGENTE: Maurício Almeida Caldeira Mourão ENDEREÇO: Rua Vereador Virgílio Mendes Limas, 847 – São Pedro CEP: 39900-000 - Almenara – Minas Gerais TELEFONE: (33) 3721-1098 E-MAIL: [email protected] O Instituto Educacional Almenara, mantenedor da Faculdade de Almenara, é uma entidade jurídica de direito privado, legalmente constituída na forma de sociedade civil, com fins educacionais e lucrativos, inscrita na Junta Comercial do Estado de Minas Gerais sob o nº 3120665339-1, em 20 de dezembro de 2002, na cidade de Almenara. Tem por objetivo social promover atividade educacional diversificada mediante a oferta de ensino, em seus variados níveis, e investir em pesquisa e extensão. Por esse meio procura incorporar os interesses maiores da sociedade da qual é parte constituinte para efetivamente engajar-se no processo de sustentação do patrimônio cultural e contribuir com o crescimento econômico, social e a melhoria das condições de vida e saúde da população do Baixo Jequitinhonha. 5 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA 1.3 – A FACULDADE DE ALMENARA DIRETOR-GERAL: Maurício Almeida Caldeira Mourão ENDEREÇO: Rua Vereador Virgílio Mendes Lima, 847 – Bairro São Pedro. CEP: 39900-000 - Almenara – Minas Gerais TELEFONE: (033) 3721-1098 E-MAIL: alfa.caldeira @yahoo.com.br A Faculdade de Almenara (Alfa) é uma instituição de ensino superior credenciada para ter sede na cidade de Almenara, município que compõe a região do Baixo Jequitinhonha, situada ao norte do Estado de Minas Gerais. Concebida de modo a permitir a todos o mesmo desenvolvimento sob um novo paradigma de cultura e saber, a Alfa vem se desenvolvendo não obstante os grandes desafios colocados pela educação nacional e pelas condições socioeconômicas, educacionais e políticas de uma região marcadamente singularizada por déficits de toda sorte. Tem procurado firmar-se como uma entidade educacional capaz de universalizar o saber e o trabalho, respaldando-se nas modernas metodologias de ensino-aprendizagem para a preparação de profissionais competentes e comprometidos a construção e a transmissão do saber. Com base nas premissas de integração entre ensino, pesquisa e extensão, os dirigentes da Alfa tem inteira compreensão de que os espaços de sua atuação, no presente e futuro, se definem, necessariamente, na interação com a sociedade em geral e com o mercado de trabalho em particular. Estabelece, por conseguinte, sua política de trabalho em consonância com as demandas e expectativas da comunidade de Almenara e para além dela, em interface permanente com o mundo do trabalho e o sistema educacional do país. Reconhecendo a crescente importância do conhecimento para a formação de sujeitos e para o processo de desenvolvimento do país, a Alfa intenta partilhar essa responsabilidade com os ingressos e egressos de seus cursos e as organizações locais. Nesse sentido e aliada à condição de instituição pioneira na região, objetiva ser referência na oferta de ensino superior, especialmente na área da saúde, assumindo o compromisso de contribuir com a melhoria do quadro epidemiológico da população no contexto social em que serve e atua, e participar da inserção dos seus egressos no mercado ocupacional da região, comprovadamente carente de profissionais Farmacêuticos. 1.3.1 - MISSÃO E OBJETIVOS INSTITUCIONAIS ↠ Missão Na perspectiva de cumprir seu papel social e levando a termo a complexidade das condições socioeconômicas, demográficas, epidemiológicas e educacionais da região, a Alfa elege como missão a oferta de ensino superior pautado no conceito de liberdade, de responsabilidade social e consciência cidadã, de modo a promover e consolidar o conhecimento farmacêutico e gerar valores humanos importantes para minimizar problemas de saúde e outros que empecem o progresso regional. Ao decidir pela oferta de cursos superiores em áreas do conhecimento que apresentam carência significativa, a Instituição traduz os anseios e necessidades de melhoria das condições de vida e saúde da população, sempre na defesa da ação ética de educar, cuidar, pesquisar. 6 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Para tornar factível sua missão, a Alfa tem consciência da necessidade de firmar-se como detentora de uma política pedagógica teoricamente rigorosa, sólida e articulada organicamente a um projeto de sociedade e de educação integral do homem, que o habilite a fazer suas escolhas e criar novos caminhos para si e para o bem da coletividade. ↠ Objetivos gerais: empreender um processo educativo que favoreça o desenvolvimento de seres humanos dotados de capacidade crítica, de autonomia intelectual e comprometidos com a resolução dos problemas sociais da contemporaneidade; atuar no processo de desenvolvimento da sua comunidade regional; promover e difundir a cultura; contribuir para o fortalecimento da solidariedade e da fraternidade entre os homens na sua região de abrangência e em outras com as quais mantenha contato; contribuir com a inserção social promovendo a democratização do conhecimento e fortalecendo o repasse de técnicas e a difusão do saber; desenvolver projetos inovadores que possibilitem a ampliação das fronteiras e a diversidade do conhecimento, combatendo a fragmentação e estendendo o diálogo entre os diferentes saberes; desenvolver ações que conduzam à inovação e ao fortalecimento do intercâmbio com a comunidade acadêmica nacional e internacional; preparar os futuros profissionais para o domínio dos recursos socioculturais, científicos e tecnológicos, para que lhes permita uma atuação consciente e eficiente no seu projeto de vida. ↠ Objetivos específicos: ministrar o ensino mediante cursos superiores, programas e atividades educacionais; formar egressos empreendedores, sintonizados com as transformações científicas, tecnológicas e com os avanços e as tendências da área em que atua; criar condições para a educação continuada para o seu corpo social e seus educandos; promover, pelas atividades de pesquisa, o enriquecimento e a inovação do processo ensino-aprendizagem e a ampliação dos conhecimentos nas várias áreas do saber; favorecer a produção científica e intelectual de seu corpo docente pelo fomento à divulgação e publicação dos seus trabalhos e incentivo à sua busca por melhor titulação. promover, pelas atividades de extensão, a integração da instituição com a comunidade mediante cursos, serviços e estágios para crescimento mútuo; promover a qualificação do corpo social - corpo docente e técnico-administrativo - com vistas a viabilizar a associação da qualificação acadêmica com o compromisso social da instituição; firmar parcerias com empresas, instituições públicas e privadas visando promover o intercâmbio e fortalecer o enriquecimento e a implementação de projetos e programas que contribuam com o desenvolvimento institucional, das organizações e entidades públicas e privadas envolvidas. Para se alcançar tais objetivos, impõe-se a necessidade de um corpo docente qualificado e motivado a manter padrões desejáveis de qualidade educacional, uma comunidade acadêmica 7 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA integrada e uma estreita relação com a Entidade Mantenedora e desta com setores da comunidade local, mediante a representatividade no Conselho Superior da instituição. 2 - CONTEXTO DE INSERÇÃO DA ALFA E JUSTIFICATIVA DO CURSO 2.1 - CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO DE ALMENARA O acelerado processo de desenvolvimento mundial nas últimas décadas tem ocasionado uma acumulação sem precedentes e um incremento gradual do abismo entre incluídos e excluídos, sejam eles cidadãos, municípios, cidades, estados ou nações. Por sua vez e na condição de país em desenvolvimento, o Brasil vem apresentando progresso veloz e desordenado, marcado por sérios problemas de ordem social em que desigualdades e exclusões tornaram-se quase que um traço da cultura nacional manifestas, direta ou indiretamente, em questões que dizem respeito ao maior ou menor acesso aos sistemas de educação e saúde e, bem entendido, às condições mínimas de sobrevivência – alimentação, habitação, trabalho, segurança. Ora, entre todas as regiões dos estados de federação, a bacia hidrográfica do rio Jequitinhonha, que abrange grande parte do nordeste de Minas Gerais e uma pequena parcela do sudeste da Bahia, destaca-se por ser uma área expulsora de população, ocasionando êxodo rural para os grandes centros urbanos e um esvaziamento demográfico persistente, o que é grave para o desempenho socioeconômico local. Com mais de dois terços dos habitantes vivendo na zona rural, ela é caracterizada como “região deprimida” cujos índices de pobreza, desnutrição, mortalidade, analfabetismo, desemprego e carência de infra-estrutura de toda sorte ainda imperam, de forma contundente, em grande parte dos municípios. ↠ Números gerais da Região de Almenara: População: 179.711 habitantes (IBGE 2010) Cidades: 16 Área Total: 15.504,40 km² Densidade Demográfica: 11,6 hab/km² ↠ Números gerais do Município de Almenara: Fundação: 1938 Localização: Macrorregião do Jequitinhonha/Mucuri - MG Altitude: 187 m População: 38.531 habitantes (IBGE 2010) Área total: 2.301 km² Densidade demográfica: 16,74 hab/km² 8 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Municípios da Microrregião do Jequitinhonha/Mucuri Macrorregião Microrregião Jequitinhonha Almenara Araçuaí Capelinha Diamantina Pedra Azul Mucuri Nanuque Teófilo Otoni Municípios Almenara, Bandeira, Divisópolis, Felisburgo, Jacinto, Jequitinhonha, Joaíma, Jordânia, Mata Verde, Monte Formoso, Palmópolis, Rio do Prado, Rubim, Salto da Divisa, Santa Maria do Salto, Santo Antônio do Jacinto. Araçuaí, Caraí, Coronel Murta, Itinga, Novo Cruzeiro, Padre Paraíso, Ponto dos Volantes, Virgem da Lapa. Angelândia, Aricanduva, Berilo, Capelinha, Carbonita, Chapada do Norte, Francisco Badaró, Itamarandiba, Jenipapo de Minas, José Gonçalves de Minas, Leme do Prado, Minas Novas, Turmalina, Veredinha. Couto de Magalhães de Minas, Datas,Diamantina, Felício dos Santos, Gouveia, Presidente Kubitschek, São Gonçalo do Rio Preto, Senador Modestino Gonçalves Cachoeira de Pajeú, Comercinho, Itaobim, Medina, Pedra Azul. Águas Formosas, Bertópolis, Carlos Chagas, Crisólita, Fronteira dos Vales, Maxacalis, Nanuque, Santa Helena de Minas, Serra dos Aimorés, Umburatiba. Ataléia, Catuji, Franciscópolis, Frei Gaspar, Itaipé, Ladainha, Malacacheta, Novo Oriente de Minas, Ouro Verde de Minas, Pavão, Poté, Setubinha, Teófilo Otoni. 9 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Aspectos Sociodemográficos A microrregião de Almenara – parte da macrorregião do Jequitinhonha/Mucuri – tem no município de Almenara sua cidade-pólo de desenvolvimento, congregando no entorno 16 municípios com uma população de 179.711 habitantes, de acordo com estimativa do IBGE. Com promissoras atrações turísticas, um artesanato considerado dos mais belos do país e um potencial mineral inadequadamente explorado resultando, por isso mesmo em depredação significativa do meio ambiente e em desperdício das riquezas naturais. É de se destacar que ainda hoje as regiões Jequitinhonha/Mucuri e o Norte de Minas são detentoras dos menores índices de desenvolvimento humano do estado, associados às baixas taxas de crescimento da população, baixas densidades demográficas e ao menor grau de urbanização, muito embora venha se verificando uma evolução nesses indicadores sociais. Atividades Econômicas No presente, a base econômica da microrregião de Almenara está fortemente atrelada ao setor de serviços, sobretudo, com investimentos que giram em torno da indústria de transformação, da construção civil e outras atividades industriais, constituindo-se sua maior fonte de receita e resultado uma dinamização da economia local (comércio, serviços, agroindústria e serviços). As atividades econômicas de pecuária, agrícola e artesanato de alguma importância figuram na sequência, e aos poucos vêm superando o caráter de sociedade artesanal, que se mantém no seu “tradicionalismo”, com predomínio de técnicas rudimentares e se ancoram no trabalho familiar. No setor de comércio, o município congrega número diversificado de estabelecimentos, agências prestadoras de serviços e várias instituições bancárias – Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal. Trata-se de uma área historicamente marcada pelo fraco dinamismo econômico e pelo baixo grau de integração a mercados, cujas consequências são visíveis na baixa qualidade dos seus indicadores socioeconômicos e que juntas contribuem com apenas 13,2% do PIB mineiro. Diante dessa situação, há pouca atratividade de investimentos, colaborando assim para a perpetuação da situação crônica de pobreza. Há que se destacar que Almenara vem impondo-se como município capaz de possibilitar, na sua microrregião, a absorção produtiva de parte do contingente rural emigrado em razão dos benefícios gerados por políticas públicas de incentivo à industrialização das cidades-pólo do norte e nordeste de Minas Gerais e, mais recentemente, com recursos federais para programas de desenvolvimento social. De fato, observam-se indícios da transformação do perfil econômico, que paulatinamente se encaminha para a potencialização dos setores secundários e terciários, evidenciando uma clara vocação por conduzir o processo de desenvolvimento à autossustentação, sempre tendo em vista as peculiaridades locais: preponderância das indústrias que utilizam a produção agropecuária regional, projetos na área ambiental – envolvendo questões relativas ao assoreamento do Rio Jequitinhonha, sobretudo – e do setor do turismo, estando a cidade localizada numa área geograficamente privilegiada pelo relevo e com as mais bonitas praias do Rio Jequitinhonha. O quadro a seguir apresenta dados do Produto Interno Bruto (PIB) de Almenara por setor de atividade econômica condizente ao período de 2008. 10 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Produto Interno Bruto do Município de Almenara em 2008 Descrição Mil Reais Valor adicionado bruto na agropecuária 23.822 Valor adicionado na indústria 24.490 Valor adicionado no serviço 132.940 Impostos sobre produtos líquidos de subsídios 9.159 PIB per capita a preços correntes 4.975,58 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais Educação Em observância às políticas definidas pelo MEC, a educação no município de Almenara, pelos os seus órgãos gestores, tem como diretrizes atender à escassez de vagas priorizando a educação básica e fundamental, o acesso e permanência na escola, o combate ao analfabetismo, a melhoria da qualidade e produtividade do ensino. Os últimos dados do Inep, resultantes do censo escolar de 2010, espelham as matrículas nas três esferas administrativas (estadual, municipal e particular) da educação infantil, do ensino fundamental e médio, da educação especial e educação de jovens e adultos, como explicitado no quadro a seguir. Resultado do Censo Escolar 2010 - Município de Almenara Ed Infantil Dependên cia Estadual Municipal Privada Total Creche Pré Escola 0 253 48 301 0 833 84 917 Ensino Fundamental Anos Anos Iniciais Finais 770 2714 250 3734 1754 716 152 2622 Ensin o Médio 1642 0 117 1795 Matrícula Inicial EJA EJA (semiEducação Especial(Alunos de Escolas Eduda (presencial) presencial) e Classes Especiais e Incluídos) ção Profiss EJA An ional. Pré Anos Fund Funda Funda os (Nível Médio2 Médio2 Creche Esco Iniciai a mental2 mental2 Fin Técnic la s ment ais o) al 1,2 0 0 40 40 110 461 0 571 75 0 0 75 166 0 0 166 191 0 0 191 0 1 13 14 0 6 14 20 9 60 50 119 4 0 56 60 Fonte: Inep/MEC 1 Não estão incluídos alunos da Educação de Jovens e Adultos Semi-Presencial 2 Inclui os alunos da Educação de Jovens e Adultos Integrada à Educação Profissional Com esses indicadores, o município habilita anualmente um número expressivo de jovens aptos a prosseguir seus estudos. Contudo, em razão da ausência de cursos superiores em algumas áreas de interesse, grande parte desses jovens abandona os estudos e uma outra deixa a cidade para não mais retornar, ocasionando perda importante no nível de competência profissional. Ressalta-se aqui que as taxas de analfabetismo – acima da média do estado – têm relação direta com o baixo nível de escolaridade da mão-de-obra local. 11 0 2 0 2 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Ensino Superior No que diz respeito à educação superior, atualmente Minas Gerais é o estado a deter o maior número de cursos superiores, depois de São Paulo. Contudo, sua distribuição é desigual e concentrada nas regiões Central, Sul, Zona da Mata e Triângulo Mineiro. Atualmente existem em Almenara 4 instituições de ensino superior, sendo 3 delas campi avançados da Universidade Estadual de Montes Claros, Universidade de Itaúna, Universidade Presidente Antônio Carlos, e a Faculdade de Almenara, cujos cursos e respectivas vagas que oferecem estão discriminados no quadro seguinte. Instituições de Ensino Superior de Almenara – Ano de 2011 Vagas Oferecidas Início do Curso Enfermagem 50 Agosto/2007 Nutrição 100 Fevereiro /2011 Pedagogia 70 Julho/2007 Direito 120 Abril/2008 Letras 100 Agosto/2000 Pedagogia 100 Agosto/2000 Administração 100 Agosto /2005 Educação Física 100 Agosto /2006 Serviço Social 100 Fevereiro/2006 Instituição de Ensino Curso Faculdade de Almenara - Alfa Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) Universidade de Itaúna Faculdade Presidente Antônio Carlos de Almenara – FUNEC/Almenara Fonte: MEC/INEP O quadro que se segue retrata a distribuição geográfica da oferta de cursos superiores de Farmácia nos municípios que distam menos de 450 km de Almenara. Cursos de Farmácia oferecidos em cidades vizinhas à Almenara Município Aimorés Diamantina Governador Valadares Montes Claros Vagas Oferecidas Início de Funcionamento Universidade Presidente Antônio Carlos - Unipac 50 01/02/2006 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM 60 18/02/2002 Universidade Vale do Rio Doce -Univale 100 04/08/1997 Universidade Presidente Antônio Carlos - Unipac 50 11/02/2008 Faculdade de Saúde e Desenvolvimento Humano Santo Agostinho - FS 200 01/02/2006 Faculdades Integradas Pitágoras - FIP-MOC 100 01/02/2006 Faculdade de Saúde Ibituruna - FASI 100 01/10/2004 Instituição 12 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Município Nanuque Teófilo Otoni Vagas Oferecidas Início de Funcionamento Faculdades Integradas do Norte de Minas - Funorte 100 01/02/2005 Centro Universitário de Caratinga - Unec 60 05/02/2007 Universidade Presidente Antônio Carlos - Unipac 120 02/08/2005 Centro Universitário de Caratinga - Unec 60 01/08/2005 Centro Universitário do Triângulo - Unitri 170 09/02/1998 Instituição Fonte: MEC/INEP De uma breve análise é possível depreender-se que os números são representativos do ponto de vista de uma demanda potencial de cursos superiores de Farmácia. Eles revelam, outrossim, que o aumento da oferta destes cursos na região norte e nordeste do estado de Minas Gerais é uma necessidade que se impõe cada dia mais, tanto em razão de sua extensão geográfica quanto das condições socioeconômicas e de saúde da população residente. Saúde Pelas características físicas particulares de clima e relevo associadas às condições socioeconômicas, sobretudo de saneamento básico, a região da Bacia do Jequitinhonha representa um desafio para as políticas governamentais. Grande parte de seus municípios está enquadrada na área de atuação da Sudene e, mas recentemente, tem-se pleiteado a inclusão de toda a bacia sob sua jurisdição. As análises efetuadas pelo IBGE para diagnóstico da qualidade ambiental, como subsídio à formulação de políticas públicas direcionadas à melhoria da qualidade de vida da população residente, incluem proposições na área de saneamento básico, controle e monitoramento dos recursos hídricos e aperfeiçoamento da malha viária, além de cuidados com a degradação decorrente das atividades da indústria de mineração, buscando esboçar um quadro amplo de políticas de uso da terra. No campo da saúde, prevalecem na região quadros de endemias, como exemplo: esquistossomose, peste bubônica, malária, doença de chagas, leishmaniose tegumentar, por citar algumas, sendo que as enfermidades mais freqüentes ocorrem nas áreas de neurologia, psiquiatria, cardiologia. Atualmente, Almenara alberga 32 estabelecimentos de saúde: 1 Unidade de Vigilância em Saúde; 9 Postos de Saúde; 2 Unidades de apoio, diagnose e terapia; 1 Centro de atenção psicossocial; 10 Consultórios isolados; 6 Clínicas especializadas/ambulatório de especialidade 2; 1 Centro de Saúde/unidade básica e 2 hospitais, ambos credenciados pelo SUS, com as seguintes características: • Hospital Deraldo Guimarães, de natureza filantrópica, com mantenedor de mesmo nome, que atende a maior parte da demanda pelo SUS, possuindo 148 leitos para internações, dos quais 135 destinados ao Sistema Único de Saúde. Não tem UTI, contudo presta atendimento de média complexidade; • Hospital Benvindo Saúde, de caráter particular, com 102 leitos e também credenciado pelo SUS; • Hospital Regional, em construção. 13 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA • Farmácias existentes em Almenara: Harmonize Farmácia de Manipulação Drogaria Almenara Drogaria Garcez Drogaria Nova Era Drogaria Vitória Indicadores de Saúde - Tipos de Unidade Estabelecimentos Unidade de vigilância em saúde Posto de Saúde Unidade de apoio diagnose e terapia Centro de atenção psicossocial Consultório isolado Clinica especializada/ambulatório de especialidade Hospital geral Centro de saúde/unidade básica Total Total 1 9 2 1 9 6 2 1 31 Fonte: CNES/DATASUS - 2008 A cidade de Almenara dispõe de uma unidade básica central que desenvolve programas ligados à hanseníase, leishmaniose e tuberculose, realizando também exames de citologia, e vários laboratórios de análises clínicas e uma Farmácia da Secretaria Municipal de Saúde. Sem dúvida, é inegável a insuficiência de recursos e serviços de saúde, máximo quando se considera a importância que a cidade vem alcançando como pólo integrador dos setores urbanos e rurais do entorno. E mais, quando se leva em conta que todo processo de desenvolvimento sustentável se ampara, inquestionavelmente, no binômio saúde/educação e repousa em estratégias capazes de conter a evasão da juventude para centros mais avançados. Diante dessas ponderações e estimando que a formação de profissionais farmacêuticos impulsionaria o efetivo desenvolvimento social e econômico do município, aproveitando o seu potencial para absorver os egressos do Curso, esta iniciativa da Alfa resultará, inquestionavelmente, em melhorias na organização e estruturação dos serviços de saúde da região, com impactos importantes na mitigação de riscos de doenças da população, além de abrir caminhos para o mercado de trabalho, a pesquisa e os programas de extensão. 14 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA 2.2 - JUSTIFICATIVA DO INTERESSE SOCIAL PELO CURSO A proposta pedagógica do Curso de Farmácia da Alfa, com ênfase na integração ensino/assistência votada para a saúde da comunidade e em estreita vinculação com as características socioeconômicas e epidemiológicas da região do Baixo Jequitinhonha, encontra suas justificativas nos seguintes indicadores: • necessidade de criação de condições para que os profissionais egressos da instituição voltados para o atendimento à população sejam oferecidos em quantidade e qualidade de modo que o direito à saúde seja exercido com plenitude pelos cidadãos; • premência de preparar profissionais farmacêuticos adequados às necessidades sociais, capazes de prestar serviços de qualidade e assumir postos nos quadros da estrutura administrativa e social, seja no âmbito local, regional ou além destes; • importância de reter na região contingente significativo de jovens com formação superior de modo a deflagrar e manter o desenvolvimento auto-sustentável; • crescente necessidade da população por atendimento na área da saúde; • expansão de programas de atenção à saúde, em especial daqueles dedicados aos bairros carentes e municípios interioranos. De acordo com mapa cadastral dos Conselhos Federal e Regional de Farmácia no ano de 2009, os profissionais inscritos no país totalizavam 133.762. Estes números não alcançam efetivamente o parâmetro necessário para atender adequadamente as demandas sociais de um mercado ocupacional que apresenta um quadro longe da estagnação ou saturação. Atualmente, o Brasil é classificado como o 10º país que mais gasta com medicamento no mundo. Nas duas últimas décadas, o mercado farmacêutico brasileiro teve um aumento substantivo, cuja realidade atual indica a existência de mais de 50 mil farmácias e drogarias, com uma média de um estabelecimento para cada 3,2 mil habitantes. Dados do Conselho Federal de Farmácia (CFF) apontam que do total de 79.010 farmácias e drogarias, 60.585 estão situadas em municípios do interior, estatística nacional que não difere do cenário do estado de Minas Gerais. Por outro lado, o cenário atual da assistência farmacêutica no âmbito do SUS, no país, aponta para a inexistência de pontos de entrega de medicamentos; estrutura precária e em desacordo com normas sanitárias; custos logísticos elevados (pulverização de estoques); perdas, uso irracional e falta de acesso aos medicamentos essenciais; recursos humanos em número insuficiente e desqualificado e baixa eficiência profissional. Ressalta-se, o déficit em assistência por profissionais qualificados na área específica de serviços farmacêuticos fica patenteado quando se atenta para o fato de que, conforme legislação em vigor, todo estabelecimento hospitalar deve possuir Comissão de Controle de Infecção. O Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) caracteriza-se como um conjunto de ações desenvolvidas, deliberada e sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da incidência e gravidade das infecções hospitalares. Dado esse contexto, considera-se o profissional farmacêutico membro consultor desse serviço e partícipe da política de utilização de antimicrobianos, medicamentos, germicidas, materiais médico-hospitalares para a instituição hospitalar. Sem contar que, conforme preconiza a Lei nº 5.991/73, a presença do farmacêutico é obrigatória durante todo o horário de funcionamento do estabelecimento, seja ele farmácia comunitária (comercial), pública, hospitalar, de manipulação, onde o farmacêutico assume seu papel fundamental como profissional do medicamento durante toda a cadeia de assistência farmacêutica. Acresce-se aqui, a lei dos genéricos (9.787/99) veio 15 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA ressaltar a responsabilidade das farmácias e drogarias no atendimento e orientação ao cliente, enfatizando os princípios éticos nessa atuação. Cabe aqui registrar a instituição, pelo Governo de Minas, de um programa de assistência farmacêutica – Farmácia de Minas – vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS), onde a farmácia é reconhecida como estabelecimento de saúde e referência de serviços farmacêuticos para a população. O Programa envolve o fornecimento, aos municípios, de recursos financeiros para a construção da farmácia; projetos de engenharia e equipamentos; incentivo financeiro mensal para contratação do farmacêutico responsável; aquisição e logística de medicamentos essenciais para atenção primária à saúde; medicamentos de alto custo e, medicamentos estratégicos, bem como sistematização das informações. Os investimentos do programa irão propiciar atendimento a mais de 70% das cidades do estado. Com efeito, o governo construirá uma farmácia em cada cidade, e a previsão é que elas sejam 600 até o ano de 2010. A relevância do Farmácia de Minas fica patenteada pela garantia de que haverá medicamentos necessários ao atendimento em atenção básica à comunidade assistida e a exigência de dedicação integral do Farmacêutico à farmácia da rede durante todo o horário de funcionamento. Trata-se, assim, de iniciativa abrangente, de longo alcance social, por que põe em cena a dispensação de produtos farmacêuticos à luz da Ciência Farmacêutica, figurando-os como um bem social a serviço da saúde da população. Ainda dentro no elenco de ações, o governo criou o Sistema Integrado de Gestão da Assistência Farmacêutica (SIGAF), pelo qual os farmacêuticos acompanharão o tratamento da tuberculose, hanseníase, hipertensão, diabetes e saúde mental e farão o acompanhamento fármacoterapêutico dos pacientes, mediante notificação do surgimento de reações adversas a medicamentos e queixas técnicas. Esse cenário revela grande abertura para o campo da Ciência Farmacêutica, reivindicando a adequação dos cursos aos novos paradigmas de formação profissional e às demandas de mercado, sobretudo quando se leva em conta a perspectiva de tornar farmácias e drogarias concessão pública e, portanto, exigindo do proprietário de tais estabelecimentos a titularidade de Farmacêutico. O quadro como aqui apresentado por si só é suficiente para justificar o pleito pela implantação de um curso que viabilizasse a redefinição da profissão, a partir da construção de novas estratégias para lidar com outros contextos de trabalho e, por conseguinte, potenciar a aquisição de novas competências e habilidades ajustadas aos tempos atuais. Em adição, acentua-se que a organização dos serviços de saúde do município de Almenara compreende a rede hospitalar e ambulatorial que tende a expandir-se de modo a acolher melhor a demanda dos municípios vizinhos, cada vez mais ampliada, o que configura um mercado propício à geração de novos postos de trabalho. A proposta do Curso da Alfa pretende, pois, encaminhar-se para a formação integral e cidadã de um profissional preparado para ingressar-se na contingência de um mercado de trabalho dinâmico e competitivo e que dele serão exigidas não apenas habilidades técnicas circunscritas à profissão, mas também uma visão crítica, criativa a investigadora no campo da Ciência Farmacêutica. Por fim, reconhecendo que a saúde do indivíduo e da população guarda estreita vinculação com o mundo onde vivem, sendo a síntese de seus valores, seus recursos e das condições de vida, a Faculdade de Almenara, pela sua Mantenedora, apresenta esta proposta convicta de estar contribuindo com a formação de Farmacêuticos empreendedores e aptos a intervir, afirmativamente, nos caminhos do desenvolvimento da sociedade e do país. 16 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA 3 - DIRETRIZES PEDAGÓGICAS Ao abrigo dos postulados do artigo 43 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), o ensino superior deve pautar-se na formação plural e integral do cidadão para atuar em sua área profissional e no processo de transformação social, com condições efetivas de perceber a realidade, de questioná-la diante do conjunto de conflitos que emergem da conjuntura social contemporânea. A Alfa tem procurado conduzir sua política educacional embasada na projeção do que elegeu por missão e objetivos – o desenvolvimento integral do educando –, prevendo uma formação referendada em valores humanos para a sustentação de uma sociedade mais justa e menos desigual, e organizada para conter núcleos interdisciplinares e transdisciplinares orientados pela flexibilização e pela integração de conteúdos. Ante a complexidade e a dimensão da ação educacional que ora se quer efetivamente implementar, a Alfa convenciona como compromisso priorizar a estruturação de um projeto político-pedagógico global, cujas diretrizes sirvam de referencial para a elaboração dos projetos pedagógicos específicos dos cursos de graduação e dos programas de pós-graduação e extensão que venha oferecer no seu percurso futuro. Desse modo, assume como diretrizes referenciais do projeto político-institucional as que se seguem: favorecer a interação com a comunidade de referência, firmando o compromisso social como instrumento de dinamização das qualificações técnico-profissional e humana, reafirmando assim seus valores e princípios no desenvolvimento de sua missão; propiciar ao discente uma formação sólida dos conhecimentos básicos de sua área de estudo, pautada pelos princípios democráticos, de respeito à pluralidade de idéias, à diversidade política, cultural e científica, facultando meios para a reflexão sobre o processo de construção do conhecimento e dos seus usos de maneira ética no mundo do trabalho; contribuir para o entendimento de que o ensino deve estar centrado na relação estabelecida entre professor e aluno, percebidos como sujeitos fundamentais para a troca de saberes, troca esta responsável pela superação do senso comum na construção do conhecimento; garantir a indissociabilidade entre os objetivos a conhecer e a ação dos sujeitos que procuram compreendê-los, possibilitando a dinâmica entre teoria e prática, interagindo saberes para que se possam construir competências e habilidades profissionais visando a uma intervenção eficaz no contexto ocupacional; estabelecer prioridade na estruturação de currículos contextualizados, a partir do entendimento de que o conhecimento, como prática humana, se constrói processualmente no dia-a-dia, utilizando-se de metodologias baseadas no diálogo e na troca de experiências; promover ações extensionistas como fundamento da cultura institucional, ampliando à comunidade as conquistas e benefícios do ensino, da pesquisa e da produção cultural, e assimilar o conhecimento gerado na comunidade para, após sistematizá-lo em bases científicas, torná-lo acessível a todos; possibilitar a prática do fazer coletivo como expressão do desejo e das ações dos membros da comunidade acadêmica, a partir do desenvolvimento da capacidade e atitudes de interação, comunicação, cooperação, autonomia e responsabilidade; 17 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA conceber a formação como articulação entre as competências técnica e científica, artística, ética e política, e a capacidade de transformar a realidade, visando à igualdade social. É nessa direção que a Alfa conduz seus esforços buscando: priorizar os aspectos qualitativos sobre os quantitativos; promover uma constante avaliação de suas atividades de ensino com vistas ao desenvolvimento de métodos que produzam a efetiva qualidade no ensino ministrado; realizar pesquisas junto à comunidade objetivando captar seus interesses, aspirações e necessidades; atualizar seus projetos pedagógicos de acordo com as necessidades de mercado e aspirações da comunidade, bem como das diretrizes curriculares nacionais; formar um corpo docente de significativa qualificação mediante capacitação e aperfeiçoamento, bem como contratação de profissionais devidamente habilitados. Essas diretrizes requerem a participação de toda comunidade acadêmica no acompanhamento e supervisão dos projetos educacionais encetados, mediante atitudes e procedimentos pedagógicos variados manifestados ao longo da prática educativa e que deverão concretizar-se a partir de: uma estrutura organizacional simétrica; utilização de metodologias inovadoras de ensino-aprendizagem nas quais o saber e o fazer se constituam uma só unidade, podendo realizar-se em espaços extramuros; um processo progressivo de avaliação da aprendizagem, de forma a garantir o resultado projetado para o processo de ensino-aprendizagem e inserção do profissional em formação no seu ambiente social. 4 - ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E INSTÂNCIAS DE DECISÃO 4.1 - ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Conforme demarcada no Regimento, a estrutura organizacional e as instâncias de decisão da Alfa seguem um modelo de gestão colegiada, mediante o qual se busca abrir possibilidades à participação dos vários segmentos que compõem a comunidade acadêmica nas decisões e no gerenciamento da Instituição. Ainda, reserva-se espaço para o diálogo com representantes da comunidade externa e do setor público, com o objetivo de responder adequadamente às demandas dos cidadãos e da sociedade em geral no âmbito dos programas educacionais que oferece. Em termos da concepção gerencial e das interfaces com a missão e os objetivos traçados, trata-se de uma estrutura com poucos níveis hierárquicos e integra-se com simplificação dos processos administrativos, o que facilita sua compreensão e propicia celeridade a seu funcionamento. É sem dúvida, uma estrutura que se caracteriza pela leveza funcional, sem contudo perder o controle gerencial e de forma mais aproximada à sua clientela interna e externa. De fato, a estrutura da Alfa obedece a uma disposição dos órgãos que potencializa a gestão participativa, quando se estabelece presença efetiva de representantes de todos os seus segmentos nas decisões prioritárias como integrantes dos colegiados para isso constituídos. Como 18 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA resultado, obtém-se uma indispensável sinergia dos diversos segmentos institucionais em função da integração de projetos e atividades inter e multidisciplinares de ensino, pesquisa e extensão. Como se observa, a organização estrutural da Alfa é constituída por três níveis hierárquicos de decisão, a saber: ▪ órgãos deliberativos e normativos: responsáveis, em última instância, pela condução e supervisão das ações institucionais em termos de missão e objetivos, à luz das diretrizes da Entidade Mantenedora. ▪ órgãos executivos: que respondem pela administração básica e acadêmica mediante o desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão; ▪ órgãos de apoio acadêmico-administrativo: com a finalidade de dar apoio administrativo e técnico às instâncias superiores e à administração básica. A estrutura organizacional da Alfa é retratada no organograma a seguir, que denota graficamente as inter-relações hierárquicas estruturais dos órgãos que a compõem. 4.2 - INSTÂNCIAS COLEGIADAS: ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS Os órgãos colegiados assumem seus encargos de natureza consultiva, deliberativa e normativa na definição das diretrizes didático-científicas, administrativas e disciplinares, cuja composição e atribuições exprimem as inter-relações estruturais no âmbito geral da Instituição. São eles: o Conselho Superior e os Colegiados de Curso. ▪ O Conselho Superior – instância soberana de natureza deliberativa, normativa, consultiva e recursal da Faculdade, com competências básicas para propor ações voltadas à melhoria das atividades de ensino, pesquisa, extensão e prestação de serviços; supervisão e aperfeiçoamento do projeto político-pedagógico; qualificação dos recursos humanos e daquelas atividades que objetivam resguardar os interesses da Instituição e qualificá-la no âmbito da comunidade externa. ▪ O Colegiado de Curso – definido como fórum pedagógico em razão da natureza de suas competências responde pela fixação das diretrizes didático-pedagógicas do curso a que pertence, bem assim pelo desenvolvimento do perfil profissiográfico de seus formandos, observadas as normas pertinentes. Firma-se como espaço destinado à coordenação pedagógica envolvendo estudo, planejamento, socialização de experiências metodológicas; elaboração e organização de projetos, eventos, seminários e outras iniciativas demandadas no cotidiano do curso. Na sua composição se contempla a totalidade dos docentes que ministram aulas no curso e representação expressiva do corpo discente. A composição, atribuições e competências dos órgãos colegiados, de acordo com dispositivo regimental, são transcritos na seqüência. “Art. 6º. O Conselho Superior (Consup), instância máxima de natureza deliberativa, normativa, consultiva e recursal, é assim constituído: I - pelo diretor-geral, seu presidente nato; II - pelo diretor acadêmico; III - pelo coordenador-geral do Instituto Superior de Educação; IV - pelo coordenador de assuntos especiais; V - pelos coordenadores de curso e de órgãos de natureza acadêmica formalmente criados; 19 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA VI - por 2 (dois) representantes do corpo docente, indicados por seus pares, para mandato de um ano, podendo ser renovado; VII - por 1 (um) representante do pessoal não docente, indicado por seus pares para mandato de 1(um ano), podendo ser renovado; VIII - por 1 (um) representante da Mantenedora, por ela indicado para mandato de 1(um ano); IX - por 1 (um) representante da comunidade, escolhido pelo diretor-geral, mediante indicação das entidades de classe do município, em lista tríplice, para mandato de um ano, admitida uma recondução por igual período; X - por 1 (um) representante do corpo discente, indicado pelo órgão de representação estudantil, para mandato de 1 (um) ano, permitida uma recondução; Parágrafo único. A escolha do representante estudantil deve recair em aluno regularmente matriculado, com desempenho acadêmico satisfatório e freqüência mínima de setenta e cinco por cento (75%) nas aulas das disciplinas que esteja cursando e que venha a cursar durante o exercício do mandato. Art. 7º. O Conselho Superior reúne-se, ordinariamente, no início e final de cada período letivo e, extraordinariamente, quando convocado por seu presidente por iniciativa própria ou a requerimento de 2/3 (dois terços) dos membros que o constituem. Art. 8º. Compete ao Conselho Superior: I - deliberar sobre: a) o planejamento, supervisão e avaliação das funções de ensino, pesquisa e extensão e das atividades de gestão e apoio acadêmico-administrativo; b) a instituição e extinção de cursos de graduação, pós-graduação, cursos seqüenciais e de extensão, mediante prévia autorização dos órgãos competentes do Sistema Federal de Ensino; c) as atividades de pesquisa, extensão, monografia e programa de iniciação científica; d) os estágios supervisionados, atividades científico-culturais, estudos independentes e trabalhos monográficos, dissertações ou teses; e) disciplinar a realização do processo seletivo para ingresso nos cursos e nos programas de educação superior; f) a efetivação de matrículas, transferências, trancamento de matrículas, avaliação de aprendizagem, aproveitamento de estudos, regime especial e diplomação de alunos regulares e nãoregulares; II - a proposta de orçamento anual, para posterior encaminhamento à Mantenedora; III - as normas e instruções que norteiam o processo de avaliação institucional; IV - a política de recursos humanos da Alfa, submetendo-a a aprovação da Mantenedora; V - coordenar a elaboração, implantação e revisão do Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI, em consonância com os projetos pedagógicos dos cursos, à luz das normas legais em vigor; VI - fixar o calendário acadêmico semestral; VII - decidir sobre os recursos interpostos de decisões dos demais órgãos da Alfa em matéria didático-científica e disciplinar; VIII - deliberar sobre o relatório anual das atividades institucionais; IX - deliberar sobre a concessão de distinções acadêmicas e sobre a instituição de símbolos e marcas para o uso de suas comunidades acadêmica e administrativa; X - autorizar acordos e convênios propostos pela Mantenedora, com entidades nacionais ou estrangeiras, que envolvam o interesse institucional; XI - aprovar, na sua instância, o Regimento da Alfa, suas alterações e emendas, submetendo-os à aprovação do órgão competente do Ministério da Educação; XII - exercer as demais atribuições que lhe sejam previstas em lei e neste Regimento.” 20 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA “Art. 20. A coordenação didático-pedagógica de cada curso está a cargo do Colegiado de Curso, órgão deliberativo e consultivo, e são integrados pelos seguintes membros: I - o Coordenador do curso, seu presidente; II - os docentes que ministram aulas no curso; III - dois alunos do curso, indicados por seus pares, com mandato de um ano, permitida a recondução; IV - um representante do corpo técnico e administrativo, entre os responsáveis por atividades técnicas diretamente vinculadas aos programas/atividades de ensino, pesquisa e extensão do curso, com mandato de um ano, permitida a recondução. Art. 21. Ao Colegiado de Curso compete: I - propor, para posterior aprovação do Conselho Superior, o projeto pedagógico, os programas e planos de ensino das disciplinas do curso; II - apreciar projetos de ensino, pesquisa e extensão, ouvida a Diretoria Geral, e acompanhá-los, direta ou indiretamente, depois de aprovados pelo Conselho Superior, e quando implicarem novas despesas não previstas no orçamento anual, mediante aprovação da Mantenedora; III - emitir parecer sobre o plano anual de trabalho, elaborado pelo coordenador de curso em ação compartilhada com os docentes vinculados ao curso, do qual constem a proposta orçamentária e o calendário previsto referente às atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão atinentes ao curso; IV - elaborar estudos e planos de modificações curriculares, objetivando o aperfeiçoamento do curso, ouvido o corpo docente a ele vinculado; V - apreciar programas de produção acadêmica e de pesquisa inerentes às áreas do saber abrigadas pelo curso, elaborados pelos docentes vinculados ao curso e pelo seu coordenador; VI - propor medidas para desenvolvimento e aperfeiçoamento de metodologias próprias ao processo de ensino-aprendizagem; VII - propor a admissão de monitor e de bolsistas de iniciação científica e indicar as carências nesta área, obedecidas as normas estatutárias e regimentais; VIII - promover, em articulação com a Diretoria Acadêmica, a avaliação institucional das atividades de ensino, pesquisa e extensão, bem como a avaliação do desempenho docente e propor medidas que visem à melhoria do processo ensino-aprendizagem; IX - desenvolver ação integrada com os órgãos técnicos e de apoio da Faculdade, para melhor desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão; X - opinar sobre admissão, promoção e afastamento de docentes do curso; XI - deliberar sobre a organização e administração dos laboratórios e de outros recursos didáticos, quando estes integrarem as atividades de ensino e de pesquisa no âmbito da Coordenação do Curso; XII - propor normas de funcionamento dos estágios curriculares; XIII - pronunciar-se, em grau de recurso, sobre aproveitamento de estudos e adaptações curriculares de alunos transferidos e diplomados; XIV - na esfera de sua competência, exercer as demais atividades previstas no arcabouço jurídicoinstitucional da Faculdade, ou que lhe sejam determinadas por decisão dos órgãos superiores. Art. 22. O Colegiado de Curso reúne-se, ordinariamente, em datas fixadas no Calendário Anual da Faculdade e, extraordinariamente, quando convocado pelo coordenador de curso, por iniciativa própria, por solicitação superior, ou a requerimento de 1/3 (um terço) de seus membros.” 21 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA 5 - ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ACADÊMICO-ADMINISTRATIVA 5.1 – CONDIÇÕES DE GESTÃO O processo de gestão acadêmica da Alfa, como já mencionado, orienta-se por princípios que favorecem o trabalho participativo envolvendo decisões colegiadas. Para tanto, em dispositivo regimental estabelece-se o Colegiado de Curso como órgão deliberativo e consultivo, ocupando-se das questões técnico-pedagógicas pertinentes ao ensino, pesquisa e atividades de extensão. Integrado pelo Coordenador do Curso, pelos docentes que dele fazem parte e representação discente, tem como principais atribuições: • avaliar e deliberar sobre o projeto pedagógico do curso; • emitir parecer sobre todo o material técnico, pedagógico e científico relacionado ao curso; • propor medidas para a melhoria da qualidade do ensino; • deliberar sobre os programas do curso, observadas as diretrizes do projeto acadêmico; • estabelecer planos, programas e projetos que contribuam com o enriquecimento do curso; • disciplinar o desenvolvimento das práticas profissionais supervisionados, monografias e atividades complementares. e dos estágios O gerenciamento do Curso de Farmácia é da competência da respectiva Coordenação de Curso, que mediante a atuação do seu coordenador incumbe-se da gestão, do acompanhamento e supervisão das atividades acadêmicas, sendo apoiado por outros setores da instituição: Núcleo de Projetos Especiais, Secretaria Acadêmica, Laboratórios, Biblioteca e demais setores que, de uma forma ou de outra, dão suporte ao processo de ensino-aprendizagem. Estão previstas, desde o início do Curso, reuniões mensais com o seu coordenador, os professores e representantes do corpo discente. Nessa ocasião, serão discutidos assuntos da competência dos docentes e de interesse dos discentes, serão avaliados procedimentos de ensinoaprendizagem e examinada a necessidade de ajustes e atualização dos conteúdos curriculares, entre outros assuntos que possam resultar em indicadores de acompanhamento e avaliação do Curso e da própria Instituição. Quanto à participação docente na gestão acadêmica, no momento de sua contratação cada professor assume o compromisso de dedicar-se à ministração de aulas e à Instituição, seguindo um plano de trabalho acadêmico que inclui, conforme cada caso, atendimento a alunos, atividades de pesquisa, extensão e outras gestões de natureza acadêmico-administrativa. 5.2 – INSTÂNCIA E MECANISMOS DE CONTROLE ACADÊMICO A organização interna de apoio à administração superior da Alfa orienta-se nos conceitos de eficiência econômica e eficácia técnica, com o propósito de se atingir resultados de produtividade desejáveis, como garantia de efetivo cumprimento das funções institucionais. Nesse sentido, os órgãos de apoio com atribuições de dar sustentação às atividades acadêmicas atuam, essencialmente, dando suporte às atividades de ensino, pesquisa e extensão. O controle acadêmico segue normas regimentais e abrange aspectos quanto ao ano letivo, à matrícula, ao aproveitamento de estudos, trancamentos, freqüências, notas, aprovação e reprovação, entre outros. 22 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Pela importância singular que deve assumir numa instituição de ensino superior, merece ressaltar o papel da Secretaria Acadêmica como instância responsável pela organização, centralização e supervisão dos registros atinentes à rotina acadêmica, incumbindo-se para que eles sejam feitos de forma rápida, confiável e eficiente tanto no atendimento ao público interno quanto externo. Entre as atribuições da Secretaria Acadêmica mencionam-se as principais: ▪ processos de admissão e matrícula e transferência dos alunos; ▪ análise de solicitações de reabertura e trancamento de matricula, isenção de disciplinas e emissão de pareceres ou encaminhamentos dos mesmos aos órgãos competentes; ▪ preparação dos procedimentos relativos à colação de grau e à documentação necessária à emissão do diploma e demais documentos escolares, atestados, certificados; ▪ controle de eventos acadêmicos; ▪ organização dos arquivos de documentação dos alunos e do controle acadêmicoadministrativo (diários, atas etc.), gerenciando sua atualização; ▪ manutenção atualizada de todos os lançamentos e alterações de graus e freqüência no histórico escolar; ▪ verificação da autenticidade dos documentos escolares apresentados pelos alunos. O horário de funcionamento da Secretaria Acadêmica da Alfa é compatível com o horário dos turnos dos cursos e, por estar informatizada, faz com que esse atendimento seja rápido e eficaz. Os dados e as informações disponíveis são constantemente atualizados adequando-se ao planejamento acadêmico. Para obtenção de dados e informações acadêmicas e financeiras, o discente tem acesso aos componentes curriculares em que estão matriculados, ao histórico escolar, às datas e notas das provas, ao quadro de horário, aos cursos oferecidos pela Instituição, além da oferta de estágio. Para maior comodidade, o aluno terá possibilidade de fazer, via on-line, a renovação de matrícula e obter, na coordenação do curso, outras informações de seu interesse, inclusive a definição dos mecanismos de nivelamento individualizado. 23 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA 6 - PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO 6.1 - BREVE REFERÊNCIA SOBRE A SAÚDE DO PAÍS E REGIÃO O Brasil é um país de dimensões continentais e sua população guarda características profundamente desiguais do ponto de vista econômico-financeiro, social e cultural. O modelo econômico praticado há vários anos, além de outros fatores, tem se mostrado incipiente para solucionar problemas de distribuição de renda, o que resulta no agravamento das desigualdades sociais, desemprego, violência e pobreza da população, sobretudo nos bolsões de miséria, tais como se verifica na região de influência da instituição – o Baixo Jequitinhonha. Ressente-se de um modelo de desenvolvimento capaz de assegurar a utilização de todo seu potencial e da autodeterminação de seu povo. Por outro lado, a população brasileira apresenta quadros nosológicos distintos como reflexo das condições desiguais de desenvolvimento socioeconômico. Ao mesmo tempo em que ainda se registra índice significativo de morbi-mortalidade infantil, tendo como causa básica a desnutrição e o aumento das doenças parasitárias, ocorre também o crescimento de doenças crônico-degenerativas. Acresça-se a isto o fato de que grande parte dessa população não tem sido atendida em seus problemas de saúde mais simples, que correspondem a cerca de 80% da demanda global de atendimento. As doenças crônico-degenerativas presentes nas sociedades industrializadas formam, junto com aquelas produzidas por condições sanitárias precárias, um quadro que exige intervenção na esfera da macroestrutura. Ressurgem doenças tidas como controladas – cólera, dengue, tuberculose – e verifica-se a urbanização de doenças oriundas do meio rural. Na verdade, o perfil epidemiológico do país ressente-se a presença de doenças controláveis, até doenças como diabetes, as cardiovasculares, os AVC e a própria Aids com presença significativa, sobretudo entre as mulheres. Fatores como as condições ambientais e o perfil de renda da população contribuem para o agravamento dessa realidade. Os aspectos demográficos, também de influência capital nesse contexto, mostram que as mudanças na estrutura populacional (envelhecimento) e na distribuição espacial (urbanização) repercutem fortemente na área da saúde. Quanto às condições ambientais, a precariedade ou mesmo a inexistência de saneamento básico aliada às más condições habitacionais, principalmente na periferia das cidades e no meio rural, são determinantes da má qualidade de vida. Acresça-se a esse cenário o problema da chamada população flutuante, constituída de famílias inteiras que deixam o meio rural buscando melhores condições de vida nas cidades e, sem teto e sem trabalho, aumentam o contingente dos que vivem nas ruas. Por fim, o uso indiscriminado de defensivos agrícolas, a poluição industrial, os grandes períodos de estiagem constituem agravos ao meio ambiente de imediata repercussão nas condições de saúde. De um modo geral, a população brasileira possui um perfil de renda baixo e as implicações no que diz respeito ao risco de adoecer e morrer se aliam ao fato de que a imensa maioria das famílias não tem condições de assumir quaisquer ônus financeiros pelos cuidados com sua saúde. O reconhecimento da saúde, portanto, como direito inalienável do cidadão e dever do Estado tem de traduzir-se por meio da universalização e equidade de acesso aos serviços de saúde. A situação destes, porém, persistem em apontar um quadro de baixa cobertura, além de disparidades regionais, urbano/rural e entre grupos sociais de acordo com a renda que apresentam. 24 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA A Constituição de 88, no que diz respeito às diretrizes políticas na área de Saúde, traz como pressupostos básicos os princípios de universalidade (saúde para todos), eqüidade (assistência igualitária), integralidade das ações (eliminação de dicotomias: hospital/ambulatório, individual/coletivo, curativo/preventivo) e resolutividade (ações de caráter efetivo e resolvente) na assistência à saúde, assim como a participação popular no controle dos serviços prestados. Tais diretrizes propõem, além da descentralização, a hierarquização e a integração institucional nas diferentes esferas governamentais. Nesse sentido, os programas de educação superior em Farmácia precisam estar harmonizados com esse cenário, sob pena dos profissionais que formam não se engajarem na resolução dos grandes problemas nacionais, entre os quais se inscrevem os da saúde, não se comprometendo com o estudo e o investimento em estratégias resolutivas inteligentes para os mesmos, realizando assim um trabalho aquém das expectativas da população assistida. Diante de tal conjuntura, a competência do Farmacêutico é posta à prova, cabendo-lhe atuar no sentido de contribuir para a transformação dessa realidade. Mesmo porque a crescente conscientização dos usuários de serviços de saúde quanto a seus direitos traz uma nova dimensão no sentido do aprimoramento da qualidade da assistência farmacêutica. Direcionando a análise para a área que ora nos ocupa – Farmácia –, o Brasil enfrenta problemas de saúde pública que poderiam ser efetivamente minimizados com a atuação do profissional farmacêutico. A automedicação, a polifarmácia, o uso irracional de medicamentos exemplificam tais questões, pois além de exporem riscos à saúde do cidadão, imputam os mesmos riscos à saúde coletiva. Igualmente importante é o monitoramento de reações adversas, interações medicamentosas, interações entre fármacos e nutrientes decorrentes do uso de medicamentos, as quais devem ser notificadas e devidamente investigadas. Ademais, o aviamento da prescrição e a própria atenção farmacêutica precisam ser estendidos à população, evitando-se a dispensação imprópria de produtos farmacêuticos. Por este raciocínio, deduz-se que os Serviços de Saúde de um país não podem responder às necessidades da população, a não ser que se permita às pessoas o acesso a medicamentos com qualidade, segurança e eficácia asseguradas. A pertinência da real necessidade de intervenção do Farmacêutico e a conseqüente inclusão deste nas equipes de saúde de forma incisiva, em todo o fluxo que vai do medicamento ao paciente, tem sido oficialmente reconhecida e fomentada pela Organização Mundial de Saúde. Por sua vez, as organizações farmacêuticas das Américas têm exortado os governos dos seus países a garantirem às sociedades a participação do Farmacêutico em setores de maior impacto para a saúde, a exemplo das farmácias comunitária e hospitalar. A estratégia faz parte do documento titulado "Declaração das Américas sobre a Profissão Farmacêutica e seu impacto nos Sistemas de Saúde", produzido pela Federação Farmacêutica das Américas (Fepafar) e que tem como signatárias as mais representativas organizações farmacêuticas das Américas do Sul, Central e do Norte. No interior de suas considerações, o documento pontua que o aumento da expectativa e da melhora da qualidade de vida da população em geral, face aos avanços das Ciências da Saúde, em particular a médica e a farmacêutica, incrementaram a demanda por serviços de saúde e o consumo de medicamentos, cujos custos resultam um significativo aumento de gastos. Com efeito, o fato requer prioritária e oportunamente a adoção de estratégias farmacoeconômicas institucionais e nacionais, levando-se em conta os critérios profissionais farmacêuticos. Tomando-se em conta a diversidade de possibilidades de atuação do Farmacêutico associada à função social que lhe é conferida, evidencia-se a importância de sua qualificação 25 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA profissional, devendo corresponder às expectativas postas dentro de sua especificidade, de forma objetiva e concreta, na assistência, na administração da assistência, no ensino e na investigação, seja no campo da saúde ou no domínio da Ciência Farmacêutica, particularmente. 6.2 - CONCEPÇÃO DO CURSO Concebido em conformidade com o Projeto Pedagógico Institucional (PPI), a presente proposta do Curso de Farmácia da Alfa tem como premissa básica a orientar suas ações a assertiva de que educar é um ato político, por empenhar-se na formação do cidadão para uma sociedade mais justa e solidária. Com ela, atribui-se a responsabilidade com uma formação integral, com o resgate ético como traço de conduta pessoal e profissional e as mudanças nas relações interpessoais em contextos ajustados às contingências da contemporaneidade. Associa a estes pressupostos um sentido ampliado de educação que considera a saúde condição de cidadania e de melhor padrão de vida para a população. E na concepção da educação farmacêutica, especificamente, preconiza-se como eixo básico da formação os seguintes aspectos: ▪ dispensação de produtos farmacêuticos, incluindo o atendimento ao cidadão, a orientação e a venda; ▪ assistência farmacêutica como direito de todos os clientes, a ser dispensada de acordo com suas necessidades, por meio da detecção, da prevenção e resolução dos problemas e demandas apresentados; ▪ estado da arte da produção de medicamentos e cosméticos em escala artesanal e industrial; ▪ lei dos medicamentos genéricos, que ressalta a responsabilidade no atendimento e a orientação ao cliente enfatizando os princípios éticos nessa atuação. Consentaneamente, o curso deve garantir ao egresso atitudes consentâneas com os paradigmas e as diretrizes da política de saúde vigentes, sendo preparado para atuar no SUS de forma multiprofissional na integralidade da assistência à saúde de indivíduos e grupos, tendo por referenciais os perfis epidemiológicos populacionais da região do Baixo Jequitinhonha e daqueles mais significativos no âmbito nacional. São convicções que procedem da compreensão de que o processo educativo em Farmácia deve certificar a função do Farmacêutico como componente chave do sistema de saúde, privilegiando-se a capacitação permanente ratificada sempre pela reflexão sobre o conhecimento científico sistematizado e validado pela tecnologia e competência técnica neste domínio do saber. Em linha com esse entendimento, cogita-se um profissional de perfil generalista, dotado de visão global, ética, crítica, humanística, articulado com as dimensões socioeconômica, política, ecológica, psicológica, biológica, entre outras. Um Farmacêutico preparado para um desempenho em âmbito assistencial e gerencial; em atividades de auditoria, assessoria e consultoria; no planejamento, na organização, coordenação, execução e avaliação de estratégias de prevenção de doenças e promoção da saúde; na recuperação e reabilitação de enfermidades que afetam, com maior freqüência, indivíduos e coletividade. Com o propósito de responder às demandas e aspirações da comunidade local e regional, o curso de Farmácia da Alfa prima por uma formação contextualizada, que possibilite também debelar questões que repercutem sobre: o agravamento das situações de pobreza e exclusão social; a elevada incidência e as ameaças recorrentes de surtos epidêmicos; a periodicidade das endemias e, ainda, sobre o perfil demográfico regional caracterizado pelo aumento da população idosa. 26 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA A orientação pedagógica do curso busca fomentar o entendimento de que o aprendizado e a praxe em Farmácia, além das ações farmacológicas, reações adversas, interações medicamentosas, a orientação ao paciente sobre o cumprimento da prescrição, o uso racional dos fármacos e o tratamento farmacológico da sua patologia, inclui o desenvolvimento de competências de ordem social, ou seja, o aprender a conviver com o outro de maneira solidária, preservando o sentido ético das relações na coletividade. Vale neste ponto ratificar que as ações fundamentais para averiguar as condições de saúde da população, no seu sentido mais amplo e num país de exclusões tão gritantes, impõem desafios relacionados a questões relativas a saneamento básico e, de modo particular, ao uso irracional de medicamentos, à dispensação imprópria de produtos farmacêuticos, às reações adversas por interações medicamentosas, à disponibilidade e qualidade de fármacos e produtos alimentícios, à dependência de insumos importados. São questões que se atrelam ao desenvolvimento de procedimentos e produtos tecnológicos e à implementação de programas educativos, entre outros, centrados em mecanismos que possam corroborar sua validade pelo cuidado com a conservação do meio ambiente e poder efetivamente contribuir na formação integral do educando. A capacitação do Farmacêutico da Alfa há de resultar, portanto, da integração de várias competências – cientifica, técnica, relacional, humanística – conformando-se com base em um ensino de natureza tridimensional que envolva conhecimentos, habilidades e atitudes. Isto implica a articulação permanente entre ensino, pesquisa e extensão, tendo como premissa um percurso de educação continuada ao longo da vida profissional. Nesse sentido, os conteúdos objeto de estudo encontram fundamento nas Ciências Exatas, Ciências Biológicas e da Saúde, Ciências Humanas e Sociais, além da Ciência Farmacêutica, obviamente. A integração destas dar-se-á de forma a alcançar o perfil profissional projetado no escopo dos temas definidos para cada componente curricular, mediante um exercício dinâmico de ensino-aprendizagem que se iniciará desde o primeiro semestre do Curso. Do mesmo modo, o avanço tecnológico instrumental e a busca por um sistema de qualidade cada vez mais eficiente, tanto em diagnósticos em análises clínicas, bem como em controle de qualidade físico-químico de matéria prima ou produtos acabados ou na indústria alimentícia, obriga o farmacêutico a ter contato direto com novas formas e metodologias de análise nas quais o conhecimento científico faz-se cada vez mais necessário. Um perfil assim conformado requer um modelo curricular integrado e um processo de ensino-aprendizagem interativo, interdisciplinar e contextualizado visando à construção dos conhecimentos e assimilação pelo aluno. Significa dizer, um currículo em que as áreas de medicamento, de análises clínicas e de alimento imponham-se como base à efetivação da assistência farmacêutica nas suas diversas áreas, e onde a compreensão de procedimentos que considerem sinais e sintomas, anamnese farmacêutica, eficácia, segurança e relação custo/benefício conduzam à sistematização e caracterização da intervenção no campo da farmacologia. Por esse embasamento, o aluno pode iniciar desde logo experiências de campo nos segmentos da parasitologia, microbiologia, higiene e saúde pública associadas a levantamentos epidemiológicos, à padronização de medicamentos, à atenção farmacêutica e ao estudo de questões nutricionais. Os conteúdos programáticos encontram-se distribuídos na matriz curricular na perspectiva de conferir maior agilidade, flexibilidade e articulação dos conhecimentos criando 27 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA canais de integração horizontal, que leva à interdisciplinaridade dos conteúdos, e vertical reduzindo, por esse viés, os limites entre o universo acadêmico e o mundo do trabalho. As atividades de cunho prático têm sua organização definida de maneira coadunada com a comunidade na atenção primária à saúde, devendo envolver unidades básicas e outros espaços institucionais, tais como: escolas, postos de saúde, laboratórios, entidades assistenciais; na assistência secundária e terciária: ambulatórios, hospitais, farmácias, laboratórios, além dos programas e projetos de extensão, pesquisa, prestação de serviço à população. O elenco de atividades destina-se a favorecer o “aprender fazendo”, sendo implementadas sob diferentes modos: aulas envolvendo práticas farmacêuticas, estágios supervisionados, atividades complementares, trabalho de conclusão de curso entre outros. Na operacionalização do currículo optar-se-á por estratégias metodológicas que explorem a construção do conhecimento farmacêutico, estimulando o professor a combater a aceitação silenciosa de suas opiniões, rejeitando uma postura de inibição de saudáveis inquietações pelo simples argumento da autoridade. Dessarte, o professor é transformado num interlocutor e mediador, que por sua maior experiência com a tradição farmacêutica apontará ao aluno os melhores rumos a seguir. Ademais, serão estimuladas metodologias didáticas diversificadas que privilegiem atividades demonstrativas, a pesquisa e a extensão e conduzam o aluno à aquisição da capacidade de análise e articulação de conceitos e argumentos, a desenvolver habilidades para trabalhar em grupo e individualmente. Trata-se de uma atitude didático-pedagógica que gestará, quando menos, um profissional diferenciado, capaz de manipular o que está pronto e também de repensar e reconhecer os próprios preconceitos e aqueles atribuídos “a priori” ao saber farmacêutico. Em resumo, pretende-se que o currículo certifique os princípios de contextualidade, de densidade científica, de articulação do processo pedagógico e uma postura ética como indicadores de uma formação qualificada em Farmácia que, centrada numa visão do ser humano em sua integralidade e complexidade, reconhece a saúde como direito e condição digna de vida. Assim, o processo saúde/doença passa a ser percebido como componente de um todo, e por isso determinante sobre cada uma das partes, considerando que fatores de ordem local, social, econômica, cultural têm importância inequívoca nesse devir. A Alfa espera, com base nos pressupostos delineados neste documento, contribuir efetivamente com a formação qualificada do Farmacêutico, atendendo ao modelo de flexibilização curricular preconizado pelas diretrizes curriculares do Ministério da Educação e em consonância com as demandas que emergem do contexto social, onde tal proposta será por certo implementada exitosamente. 6.3 - OBJETIVOS DO CURSO A Alfa estima ser seu dever organizar-se como espaço de vida, de produção de significados para compreender e intervir no contexto em que atua e serve, singularizado por sérios problemas sociais, especialmente no que tange à saúde pública. Assim, toma como ponto de partida a investigação e reflexão constantes sobre essa mesma realidade, na perspectiva de dar maior sentido a suas ações como instância educacional possibilitadora das mudanças que a sociedade espera. Com efeito, a efetivação da proposta do curso de Farmácia da Alfa, tal como concebida neste documento, deverá ser ratificada pelo alcance do seguinte objetivo geral: 28 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Promover formação de Farmacêuticos com perfil generalista, humanista, crítico e reflexivo que os tornem aptos a atuar na assistência integral à saúde com base no rigor científico e intelectual, capacitado ao exercício de atividades referentes aos fármacos e medicamentos, às análises clínicas e toxicológicas e ao controle, produção e análise de alimentos, e cuja atuação seja pautada em princípios éticos e na compreensão da realidade do seu meio, direcionando sua atuação para transformar essa realidade em benefício da sociedade. Adicionalmente, profissionais dotados de capacidade de comunicação e liderança junto a equipes multiprofissionais, com competências de administração e gerenciamento de serviços de saúde, voltado ao desenvolvimento científico, capaz de adquirir, por iniciativa própria, conhecimentos que garantam uma educação continuada e permanente. Para a efetivação do objetivo geral, o curso encaminha-se para promover prioritariamente a consecução dos seguintes objetivos específicos: ▪ envidar esforços para a formação de profissionais capacitados para atuar em diversas instâncias de sua competência nos sistemas público e privado de saúde, com ênfase no SUS e em todos os níveis de atenção; ▪ formar valores humanos que atuem efetivamente nos processos de promoção da saúde, prevenção e diagnóstico de doenças, assim como na terapêutica, enfocando a resolução e prevenção de problemas individuais e coletivos; ▪ preparar farmacêuticos para prestar assistência integral e de excelência, embasada em evidências técnicas e científicas no que se refere à seleção, aquisição, dispensação e monitoração da terapêutica medicamentosa à população, favorecendo seu uso racional e dirimindo as interações e reações adversas; ▪ preparar o futuro farmacêutico para atuar de forma solidária e cidadã, prezando pela saúde em um contexto de equipe, envolvendo múltiplos profissionais os quais deverão trabalhar de forma integrada; ▪ propiciar condições necessárias ao profissional para que o mesmo possa exercer atividades de controle da qualidade relacionado a processos e produtos farmacêuticos e correlatos, bem como alimentícios visando à obtenção de produtos seguros e eficazes; ▪ proporcionar formação técnica adequada para que se possa realizar a produção de fármacos, medicamentos e correlatos, cosméticos e alimentos para os quais já existam tecnologias de produção definidas, assim como aplicar-se ao desenvolvimento de novos produtos e processos de produção, ampliando tanto o acesso da população a estes produtos quanto a capacidade inventiva no cenário nacional; ▪ assegurar os meios para que o egresso se torne habilitado a cumprir todas as incumbências referentes às análises laboratoriais, clínicas e toxicológicas, conforme os padrões de qualidade e segurança; ▪ garantir os necessários recursos para que o egresso se capacite a realizar análises de alimentos, de nutracêuticos, de alimentos de uso enteral e parenteral, suplementos alimentares, desde a obtenção das matérias primas até o consumo, considerando inclusive produtos obtidos por biotecnologia. 29 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA 6.4 - PERFIL, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES PROFISSIONAIS DO EGRESSO Cada vez mais a sociedade contemporânea vem impondo uma valoração da qualidade em saúde que inclui ações voltadas para a humanização da assistência; o respeito à autonomia do paciente/cliente e a seus direitos, como consumidor dos serviços; à satisfação de suas necessidades e expectativas individuais; à tecnologia em seu sentido mais amplo e à observância da faculdade das pessoas na condução das questões envolventes à própria saúde. Em observância ao que dispõe a legislação do ensino farmacêutico e apoiado nas condicionantes antes enunciadas neste projeto pedagógico, o curso da Alfa propiciará ao futuro farmacêutico conhecimentos especializados para fazer jus a competências, habilidades e atitudes que permitam caracterizá-lo como um profissional generalista e empreendedor, que valoriza a interdisciplinaridade, com autonomia no pensar e decidir e que seja capaz de intervir em situações-problema relacionadas à promoção, proteção e recuperação da saúde humana no universo com que vier a defrontar-se. Dar-se-á ênfase àquelas situações que afetam a região do Baixo Jequitinhonha, identificando-se as dimensões biopsicossociais que as determinam, com respaldo nos conhecimentos específicos no domínio do medicamento, das análises clínicas, toxicológicas e do alimento. Considera-se, nesse caminho, a observância a um conjunto de competências que concorram para a qualificação de um profissional de perfil flexível, suscetível de acompanhar sistemática e criticamente os desafios tecnológicos, as mudanças que ocorrem no mundo do trabalho e de a elas antepor-se fixando e ampliando espaços, incorporando princípios éticos, humanísticos e compromisso social e responsabilidade ambiental em benefício da sociedade. Não se pode ignorar o fato de que o avanço tecnológico instrumental e a busca por um sistema de qualidade cada vez mais eficiente, tanto em diagnósticos em análises clínicas quanto em controle de qualidade físico-químico de matéria-prima ou de produtos acabados, ou ainda na indústria alimentícia, incorporam novas áreas de atuação e obrigam o Farmacêutico a ter contato direto com formas e metodologias mais avançadas de análise, nas quais o conhecimento científico faz-se cada vez mais necessário. Desse embasamento resultará, por certo, um Farmacêutico preparado para trabalhar em equipes multiprofissionais ou individualmente, na iniciativa privada ou no setor público, como autônomo ou prestador de serviços, em centros urbanos ou em pequenos municípios, amparado numa visão global crítico-reflexiva, criativa, transformadora e sintonizada com os princípios que regem o Sistema Único de Saúde. Assim, lançando um olhar mais detido sobre os campos de atuação profissional encontram-se nichos de mercado ocupacional em áreas/funções diversificadas, como as que a seguir se relacionam: ▪ prática da dispensação farmacêutica em drogarias; ▪ exercício de funções administrativas em farmácia magistral, drogarias ou distribuidoras de medicamentos; ▪ prestação de serviços de atenção farmacêutica em estabelecimentos públicos ou privados; ▪ desenvolvimento de atividades em diferentes ramos da vigilância sanitária, tais como: farmacovigilância, controle epidemiológico etc; ▪ exercício de atividades de manipulação de fármacos e cosméticos; 30 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA ▪ organização, gerenciamento e administração de farmácia hospitalar, bem como manipulação e dispensação de medicamentos e nutracêuticos; ▪ organização, gerenciamento e administração de laboratório de análises clínicas, realizando ensaios clínicos e emitindo laudos e responsabilizando-se pelos mesmos, de acordo com a legislação específica; ▪ análise de toxicologia ambiental, ocupacional, forense e outras afins, identificando e quantificando o agente toxicante; ▪ controle de qualidade da produção e desenvolvimento nas indústrias de medicamentos, de cosméticos e domissaneantes; ▪ desenvolvimento de tecnologia para processamento de alimentos, controle de qualidade e conservação; ▪ atuação no magistério superior, observadas as reservas da legislação vigente. Para dar concreção à formação pretendida, tomam-se como referência, sem pretender ser exaustivo, as competências e habilidades definidas na supracitada Resolução CNE/CES nº 2/2002, dispostas em competências gerais, agrupadas segundo sua função ou natureza, e se destinam no que se relaciona a: Atenção à saúde: empreender ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde tanto em nível individual quanto coletivo, de forma integrada e contínua com as demais instâncias do sistema de saúde, dentro dos mais altos padrões de qualidade e dos princípios da ética e bioética; orientar sua prática para a resolução dos problemas de saúde individuais e coletivos, reconhecendo para isso que os atos técnicos e tecnológicos são importantes, mas uma atenção integral à saúde não se limita a eles; Tomada de decisões: fundamentar em evidências científicas e em variáveis administrativas a capacidade de tomar decisões, visando o uso apropriado, a eficácia e o custo-efetividade da força de trabalho, de medicamentos, de procedimentos e de práticas. Comunicação, informação e interação: desenvolver a comunicabilidade em todas as suas manifestações verbal, não-verbal, escrita, virtual na interação com outros profissionais e a comunidade, mantendo a confidencialidade das informações; valorizar e realizar o registro adequado de informações como um instrumento importante para conferir qualidade aos serviços; relacionar-se com as pessoas estabelecendo atitudes de respeito e cordialidade como mecanismo importante para o crescimento interpessoal. Liderança: desenvolver atitudes empreendedoras e posições de liderança, tendo em vista a qualidade da atenção à saúde e da atenção farmacêutica em benefício da comunidade; exercer liderança adotando como principais instrumentos o compromisso, a responsabilidade social, a empatia, a tomada de decisão, a iniciativa e o gerenciamento efetivo de situações e problemas. Gestão: favorecer ações para gerenciamento e administração dos valores humanos e dos recursos físicos e materiais, reconhecendo o papel social do farmacêutico para atuar em atividades de política e planejamento em saúde, dentro dos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. Educação permanente: incentivar a aprendizagem continuada, estimulando e desenvolvendo a mobilidade acadêmico-profissional tanto no que diz respeito à própria formação, quanto às das futuras gerações, inclusive fomentado a cooperação 31 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA por redes nacionais e internacionais; promover o compartilhamento dos saberes e práticas, visando o benefício da aprendizagem profissional contínua. ● Competências e habilidades específicas: conhecer os problemas de saúde pública em nível local, regional e nacional; dominar a legislação farmacêutica e o código de ética profissional; desempenhar funções de dispensação ou manipulação de fórmulas magistrais e farmacopeicas, quando a serviço público em geral ou mesmo de natureza privada; respeitar os princípios éticos inerentes ao exercício profissional; atuar em todos os níveis de atenção à saúde, integrando-se em programas de promoção, manutenção, prevenção, proteção e recuperação da saúde, sensibilizados e comprometidos com o ser humano, respeitando-o e valorizando-o; atuar multiprofissionalmente e interdisciplinarmente com extrema produtividade na promoção da saúde, baseado na convicção científica, de cidadania, ética e bioética; reconhecer a saúde como direito e condições dignas de vida e atuar de forma a garantir a integralidade da assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; exercer sua profissão de forma articulada ao contexto social, entendendo-a como uma forma de participação e contribuição social; conhecer métodos e técnicas de investigação e elaboração de trabalhos acadêmicos e científicos; desenvolver assistência farmacêutica individual e coletiva; atuar na pesquisa, desenvolvimento, seleção, manipulação, produção, armazenamento e controle de qualidade de insumos, fármacos, sintéticos, recombinantes e naturais, medicamentos, cosméticos, saneantes e domissaneantes e correlatos; atuar em órgãos de regulamentação e fiscalização do exercício profissional e de aprovação, registro e controle de medicamentos, cosméticos, saneantes, domissaneantes e correlatos; atuar na avaliação toxicológica de domissaneantes, correlatos e alimentos; medicamentos, cosméticos, saneantes, realizar, interpretar, emitir laudos e pareceres e responsabilizar-se tecnicamente por análises clínico-laboratoriais, incluindo os exames hematológicos, citológicos, citopatológicos e histoquímicos, biologia molecular,bem como análises toxicológicas, dentro dos padrões de qualidade e normas de segurança; realizar procedimentos relacionados à coleta de material para fins de análises laboratoriais e toxicológicas; avaliar a interferência de medicamentos, alimentos e outros interferentes em exames laboratoriais; avaliar as interações medicamento/medicamento e alimento/medicamento; exercer a farmacoepidemiologia; exercer a dispensação e administração de nutracêuticos e de alimentos de usoenteral e parentreral; 32 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA atuar no planejamento, administração e gestão de serviços farmacêuticos,incluindo registro, autorização de produção, distribuição e comercialização de medicamentos, cosméticos, saneantes, domissaneantes e correlatos; atuar no desenvolvimento e operação de sistemas de informação farmacológica e toxicológica para pacientes, equipes de saúde, instituições e comunidades; interpretar e avaliar prescrições; atuar na dispensação de medicamentos e correlatos; participar na formulação das políticas de medicamentos e de assistência farmacêutica; atuar na promoção e no gerenciamento do uso correto e racional de medicamentos, em todos os níveis do sistema de saúde, tanto no âmbito do setor público quanto do privado; desenvolver atividades de garantia da qualidade de medicamentos, cosméticos, processos e serviços onde atue o farmacêutico; realizar, interpretar, avaliar, emitir laudos e pareceres e responsabilizar-se tecnicamente por análises de alimentos, de nutracêuticos, de alimentos de uso enteral e parenteral, suplementos alimentares, desde a obtenção das matérias primas até o consumo; atuar na pesquisa e desenvolvimento, seleção, produção e controle de qualidade de produtos obtidos por biotecnologia; realizar análises físico-químicas e microbiológicas de interesse para o saneamento do meio ambiente, incluídas as análises de água, ar e esgoto; atuar na pesquisa e desenvolvimento, seleção, produção e controle de qualidade de hemocomponentes e hemoderivados, incluindo realização, interpretação de exames e responsabilidade técnica de serviços de hemoterapia; exercer atenção farmacêutica individual e coletiva na área das análises clínicas e toxicológicas; gerenciar laboratórios de análises clínicas e toxicológicas; atuar na seleção, desenvolvimento e controle de qualidade de metodologias, de reativos, reagentes e equipamentos. exercer atenção integral à saúde com ênfase no Sistema Único de Saúde. 6.5 - A ORGANIZAÇÃO CURRICULAR 6.5.1 - SEGMENTOS DO CURRÍCULO E SUA OPERACIONALIZAÇÃO Compreendida a concepção da formação, apontados seus objetivos, explicitados os pressupostos que conformam o perfil profissiográfico do egresso, delimitam-se aqui as características e os segmentos estruturais em organização curricular coerente, capaz de tornar exeqüível a proposta de Curso. A dinâmica do Curso prevê o regime semestral no desenvolvimento dos componentes curriculares, alocados no desenho curricular dentro de uma seqüência de complexidade crescente na busca pela instrumentação progressiva do aluno, a ser validada na construção e ressignificação dos conhecimentos. A integralização dá-se a partir do cumprimento de 4.200 horas de atividades acadêmicas diversificadas, com tempo definido em um mínimo de 10 e máximo de 15 períodos letivos. A oferta anual de vagas está estipulada em 100 e se destina ao período noturno. 33 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Figura-se como uma proposta passível de mudanças em busca de adaptações e inovações de modo a conformar-se às necessidades emergentes de realidade social no seu contexto de inserção. O desafio de inovar sem desestruturar e desestabilizar o processo constitui-se um compromisso assumido pela Alfa, na medida mesma em que são possibilitadas estratégias de flexibilização e otimização do currículo, exercitadas mediante o desenvolvimento de componentes de natureza interdisciplinar e complementares aos saberes intrínsecos aos estudos da área de Farmácia. O eixo epistemológico de formação toma corpo na matriz curricular organizando-se, didática e pedagogicamente, desde uma composição que interliga atividades de natureza teórica e prática ao longo dos semestres, com lastro nos conhecimentos das ciências exatas, biológicas e ciências farmacêuticas. Em sua disposição, as atividades curriculares cuidam de atender ao enfoque central atribuído a cada semestre letivo, agrupando-se em quatro grandes dimensões de estudo que não obstante seus fins peculiares concorrem no seu conjunto para a qualificação projetada do futuro Farmacêutico, a saber: 1) Ciências Exatas - incluem conhecimentos relacionados a processos, métodos e abordagens que exploram os princípios físicos, químicos, matemáticos e estatísticos de interesse para a Ciência Farmacêutica e saberes conexos. 2) Ciências Humanas e Sociais - reúnem matérias necessárias à compreensão dos determinantes sociais, culturais, ecológicos, éticos e legais para a educação do profissional no exercício da cidadania, e demarcam as necessárias conexões da Ciência Farmacêutica com outras áreas do saber. Objetivam firmar as bases conceituais e espistemológicas das ciências humanas e sociais passíveis de ampliar e sustentar a visão humanística do farmacêutico-aprendiz e da sua praxe profissional, orientada por aportes sociohistóricos, organizacionais e de políticas que ratificam o estudo no âmbito do Curso. Estabelece-se como eixo articulador e transversal dos conhecimentos, por facultar a compreensão da proximidade entre a realidade social e o processo saúde/doença, permitir o domínio dos fundamentos econômicos, o desenvolvimento de competências de gestão aliado a uma visão sistêmica das questões empresariais relevantes à atividade farmacêutica, bem como aptidão para a investigação científica, suportes indispensáveis à formação e prática em Farmácia. 3) Ciências Biológicas e da Saúde – trabalham conteúdos teórico-práticos e a fundamentação científica que incluem: as bases celulares e moleculares dos processos fisiológicos e patológicos; a estrutura e função dos tecidos, órgãos, sistemas e aparelhos; os processos bioquímicos, microbiológicos, imunológicos, genéticos, biotecnológicos, e, mais, os conteúdos que permeiam a relação saúde/doença (saúde coletiva, farmacoepidemiologia, farmacovigilância) que conferem maior aplicabilidade às atividades da área farmacêutica. 4) Ciências Farmacêuticas – englobam além do enfoque dogmático, o aprofundamento analítico, os conhecimentos farmacêuticos teóricos e práticos e sua aplicação, estudados e sistematicamente contextualizados segundo sua evolução e adequação às mudanças que se processam seja no campo social, econômico e de políticas públicas com reflexos diretos na Ciência Farmacêutica. Ao privilegiar a interdisciplinaridade, o núcleo estabelece uma conexão com os demais, com predominância na composição do perfil profissional do farmacêutico. Por conseguinte, integra conteúdos de cunho profissionalizante relacionados com a investigação farmacêutica, o desenvolvimento, a produção e o controle de qualidade de matérias-primas e de insumos de produtos farmacêuticos; conhecimentos sobre medicamentos, cosméticos e alimentos; a atenção farmacêutica individual e coletiva; os diagnósticos clínico, laboratorial e terapêutico; a 34 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA bromatologia, biossegurança, toxicologia, legislação profissional, entre outros, como suporte à assistência farmacêutica. 5) Núcleo Complementar Comporta espaços pedagógicos definidos como atividades curriculares: optativa, seminários integrados e atividades complementares. Por ele, outorga-se ao processo formativo caráter dinâmico e flexível, na medida em que se permite atender a interesses acadêmicos e profissionais do aluno e facultar-lhe constantes atualizações dos saberes determinadas pela especificidade da educação em Farmácia, amoldando o perfil próprio do egresso da Alfa às demandas sociais, visando contribuir com o desenvolvimento das condições de saúde em nível nacional e, sobretudo local e regional. ↬ Seminários Integrados Os Seminários Integrados são considerados espaços interdisciplinares e de troca entre docentes e discentes na busca de levar a debate temas da atualidade, visando aprofundar aspectos específicos da formação do Farmacêutico, em acordo com necessidades ou interesses detectados em um dado momento do curso. Com um quadro nosológico que se modifica de forma acentuada, os Seminários têm como propósito dotar o currículo da flexibilidade que os tempos atuais impõem de modo a permitir correções de rumo em questões emergentes. Metodologicamente, far-se-á uso de palestras, debates, grupos de reflexão, análise de projetos de pesquisa e de recursos tecnológicos diversos. ↬ Atividades Complementares As Atividades Complementares do curso, totalizando 120 horas, são consideradas requisito obrigatório para a integralização curricular. Firmam-se como perspectiva de ampliação dos conhecimentos curriculares, sob a forma de estudos e práticas presenciais relacionados à formação em Farmácia, ou ainda, a possibilidade de escolhas diferenciadas de estudos complementares em áreas conexas, sem a pretensão de confinar sua práxis a um espaço-tempo previamente referenciado. Ademais, tais atividades permitem, de forma mais efetiva, a interdisciplinaridade e multidisciplinaridade necessárias ao profissional farmacêutico do novo milênio. E por abordar conteúdos complementares, libera o aluno para opções que julgar importantes à sua formação integral, atendendo à crescente demanda do conhecimento no tempo de conclusão do curso. Programadas por livre escolha do discente, com a prévia aprovação da Coordenação do Curso, as Atividades Complementares estão sujeitas, contudo, à análise e regulamentação definida pelo órgão competente da instituição. Devem pautar-se, fundamentalmente, em programas de monitoria didático-pedagógica, grupos especiais de estudo, experimentos em laboratórios, atuação em ambulatórios, oficinas, pesquisas de iniciação científica ou em área de interesse do Curso, podendo abranger atividades de extensão, participação em eventos técnico-científicos, trabalhos comunitários, cursos, jornadas acadêmicas. Podem também direcionar-se para estudo de matérias não incorporadas ao currículo, desde que se revelem necessariamente significativas para a formação do nutricionista. Com efeito, a diversidade de escolhas do aluno vai depender, essencialmente, do potencial e da disponibilidade do corpo docente, podendo estender-se a campos de interesse que não se limitam à área de Farmácia. O desenvolvimento das Atividades Complementares ocorrerá ao 35 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA longo do processo formativo do aluno e em consonância com os dispositivos do Regulamento próprio. ↬ Componente Curricular Optativo É entendido como atividade de aprofundamento e complementação do conhecimento profissional e se impõe como mecanismo valioso de flexibilização e atualização curricular. Pode ser escolhido dentro do elenco de atividades curriculares de outros cursos da Alfa, cujos saberes encontram eco em aspectos particulares almejados na preparação do Farmacêutico. Deve ser realizado em condições de perfeita articulação com os demais componentes curriculares do curso de Farmácia e harmonizar-se, além disso, com as atuais demandas individuais e do mercado ocupacional. Os cursos da Alfa foram definidos no sentido de conformá-la em centro de referência no âmbito das Ciências da Saúde e campos conexos, o que por certo representa um leque de opções para o aluno, observadas as orientações teórico-metodológicas do projeto pedagógico em tela. Além disso, o aluno poderá fazer opção por cursar o componente curricular Língua Brasileira de Sinais – Libras. 6) Núcleo de Formação Prática As Práticas Farmacêuticas caracterizam-se como núcleo integrador da totalidade do currículo. Afirmam-se, pois, como estratégia teórico-metodológica para assegurar a unidade conteúdo/forma, pois que possibilita espaços de investigação e vivência de situações concretas da praxe profissional, consubstanciadas no dia-a-dia das instituições onde tais práticas se realizam. Dada sua especificidade e em consonância com o perfil profissional projetado, as Práticas Farmacêuticas cuidam de desenvolver ações que garantam ao futuro farmacêutico adquirir referência pré-profissional, com compreensão dialética da realidade em que irá atuar e consciência do papel político que lhe cabe desempenhar no contexto social contemporâneo. Formalmente, figuram na matriz curricular assim designadas: Práticas Farmacêuticas I a IV e Estágio Supervisionado I a V, atribuindo-se 1000 horas para aquisição e aprofundamento de competências e habilidades, sob a lógica de formação estabelecida nos instrumentos legais pertinentes. Como estratégia metodológica, o núcleo de formação prática deve revelar-se dinâmico, abrangente e retratar a multiplicidade de aspectos que envolvem a práxis farmacêutica, desde a esfera acadêmica até a atuação profissional, conduzindo o aluno precocemente à reflexão acerca do exercício prático-farmacêutico indispensável à formulação do objeto de estudo e desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso. O desenvolvimento das práticas ocorrerá já a partir do 2º semestre letivo mediante atividades diversas, devidamente monitoradas por docentes do Curso, podendo se realizar nas dependências da Alfa e fora dela. As Práticas Farmacêuticas I, II, III e IV totalizam 160 horas/aula dedicadas à pesquisa, observação e acompanhamento de ações interativas de assistência à saúde na comunidade, à compreensão sobre organização e funcionamento de farmácias comerciais e comunitárias, desenvolvimento de noções de biossegurança nas ações de saúde, de boas práticas no preparo dos materiais utilizados em análises laboratoriais. Os alunos e professores poderão participar de projetos em andamento no domínio da atenção farmacêutica aos diabéticos, à terceira idade e às gestantes; à saúde da família; em situações de anemias carenciais e infecções urinárias, micoses superficiais, hipertensão arterial, 36 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA doenças ocupacionais e aos dependentes químicos, entre outras que possam ser incorporadas às atividades extensionistas. Os Estágios Supervisionados I a V se distribuem entre os quatro últimos semestres do curso de modo que, atendendo às especificidades da formação farmacêutica, possam levar o acadêmico a desenvolver competências e habilidades, analisar criticamente questões acerca dos processos de industrialização, comércio, atenção farmacêutica, controle de qualidade físicoquímico e microbiológico de medicamentos, cosméticos e insumos farmacêuticos, dentro dos critérios éticos profissionais. De uma perspectiva ampliada, os Estágios Supervisionados devem permitir ao aluno desenvolver, sob supervisão docente, atividades técnicas e instrumentais para as quais se capacita, totalizando 840 horas, representando 20% do total da carga horária do Curso, assim distribuídas: Estágio Supervisionado em Saúde Coletiva – 120 horas; Estágio Supervisionado em Farmácia de Manipulação e Comercial – 140 horas; Estágio Supervisionado em Farmácia Hospitalar – 200 horas; Estágio Supervisionado em Análises Clínicas e Toxicológicas – 200 horas; Estágio Supervisionado em Alimentos - 180 horas. No desenvolvimento dos estágios, pretende-se propiciar ao aluno condições de intervenção que assegurem acesso, conhecimento e manejo de situações-problema diversificadas em cada nível do estágio, com destaque para as seguintes atividades: a) Área de análises clínicas e toxicológicas: realização de exames laboratoriais e toxicológicos; atividades de pesquisa e extensão na área de análises clínicas e toxicológicas; gerenciamento de laboratórios de análises clínicas; planejamento e gestão em serviços farmacêuticos na área de análises clínicas; atuação como docente em farmácia bioquímica clínica; magistério superior; assessoria e consultoria em análises clínicas. b) Área de medicamentos: atendimento farmacêutico clínico individual e coletivo; dispensação de medicamentos; pesquisa e desenvolvimento de novos fármacos, medicamentos e cosméticos; gerenciamento da produção, distribuição e comercialização de fármacos, medicamentos e equipamentos; planejamento e gestão de serviços farmacêuticos; fiscalização da produção, armazenagem e comércio de fármacos e medicamentos; ação como docente em farmácia clínica e industrial; assessoria e consultoria em indústria farmacêutica. c) Área de alimentos: atuação em contextos que permitam o acompanhamento e controle da transformação da matéria-prima alimentícia em produtos nutritivos de alta qualidade; garantia de qualidade do alimento e da saúde do consumidor; análise de insumos e alimentos sob o ponto de vista químico, microbiológico e bromatológico; interpretação das transformações que ocorrem com o alimento no organismo humano quando ingerido; participação efetiva na obtenção da matéria prima, transporte, recepção, conservação, processamento, elaboração de novos produtos alimentícios; cuidado na saúde do consumidor, zelando pela sua qualidade de vida; atuação como docente, magistério superior, pesquisa, assessoria e consultoria em indústria alimentícia. Consciente da necessidade de oferecer educação de qualidade, a Alfa vem desde algum tempo desenvolvendo parcerias com instituições diversas, públicas e privadas, visando assegurar oportunidades de estágio aos seus alunos, considerando-se o número de estagiários a atender e a necessidade de diversificação dos contextos de trabalho, face o elenco de competências que deverão ser assumidas pelo estagiário. 37 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Dentre as instituições e entidades já conveniadas cabe mencionar: a) a Prefeitura Municipal de Almenara, que oferece toda rede de serviços de saúde constituída de 8 Unidades de Saúde da Família, 1 Pronto-Atendimento, 1 Serviço de Saúde Mental (CAPS) e 1 Centro de Especialidades Médicas. b) Hospitais do município credenciados pelo SUS: Hospital Deraldo Guimarães e Hospital Benvindo Saúde. Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) Para obtenção do diploma de Bacharel em Farmácia, o aluno da Alfa deverá cumprir a exigência de realização de trabalho monográfico (TCC), como oportunidade de desenvolver-lhe as habilidades de pesquisa e investigação científica, bem como de sistematização dos conhecimentos resultantes das indagações geradas no seu cotidiano acadêmico. O objetivo principal do TCC é, portanto, possibilitar ao farmacêutico-aprendiz a sistematização de saberes da sua área de formação, com o aporte dos fundamentos teórico-metodológicos e instrumentais da Ciência, com vistas a contribuir para formação do espírito crítico, reflexivo e construtivo perante o saber e sua incorporação no cotidiano da praxe profissional. O TCC deve ser concebido em conformidade com as normas e exigências científicas (teóricas e metodológicas), as diretrizes e princípios bioéticos que regulamentam a pesquisa, quando se tratar do envolvimento de seres humanos. Sua elaboração deve seguir as modalidades de projeto de pesquisa, artigo científico, resenha, estudo de caso, formulação farmacêutica, desenvolvimento de produtos ou técnicas, roteiros, sistemas para vigilância sanitária, fluxogramas de processo, parecer técnico, desempenho prático de inter-relacionamento pessoal ou em laboratório, pesquisa bibliográfica ou levantamento de dados. A orientação do aluno em processo de elaboração do TCC é de responsabilidade de professor e da Coordenação do Curso de Farmácia, a quem caberá estabelecer os mecanismos de orientação, acompanhamento e avaliação das atividades relacionadas à sua produção. Para elaboração do relatório conclusivo do TCC, o aluno disporá de 120 horas nos dois últimos semestres letivos. A Alfa intenta implantar no futuro uma política de pesquisa para orientar a criação de linhas de pesquisa que possam abrigar os TCC, de forma a ir consolidando uma cultura de produção científica no interior da instituição. O regulamento do TCC integra este PPC sob a forma de anexo. Em continuidade, apresentam-se a matriz curricular do Curso de Farmácia, os componentes curriculares, seus conteúdos e bibliografias correspondentes. 38 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA 6.5.2 - MATRIZ CURRICULAR, FLUXOGRAMA, EMENTAS E BIBLIOGRAFIAS ATIVIDADE CURRICULAR CARGA HORÁRIA Teórica Prática Total 1º Semestre Fundamentos da Ciência Farmacêutica Anatomia Humana Biologia Celular e Molecular Química Geral e Inorgânica Matemática para Farmácia Oficina de Comunicação e Expressão Subtotal 40 40 60 40 60 40 280 40 20 40 100 40 80 80 80 60 40 380 2º Semestre Química Orgânica I Fisiologia e Biofísica Histologia e Embriologia Farmacobotânica Métodos Físicos em Farmácia Fundamentos Socioantropológicos da Saúde e da Doença Prática Farmacêutica I: Biossegurança em ações de saúde Subtotal 40 60 40 40 40 40 20 280 20 20 20 20 20 100 60 80 60 60 40 40 40 380 Química Orgânica II Bioquímica Básica Parasitologia e Micologia Microbiologia e Imunologia Físico-Química Farmacêutica Prática Farmacêutica II: Métodos de Pesquisa em Farmácia Subtotal 40 40 40 60 40 20 240 20 40 40 20 20 20 160 60 80 80 80 60 40 400 4º Semestre Química Analítica Genética Humana e Evolução Química Farmacêutica Farmacocinética e Farmacodinâmica I Bioestatística Deontologia e Legislação Farmacêutica Prática Farmacêutica III: Meio ambiente e vigilância à saúde Subtotal 20 40 40 40 40 40 20 240 40 20 40 40 20 160 60 60 80 80 40 40 40 400 5º Semestre Processos Patológicos Gerais Farmacotécnica Farmacognosia e Princípios Ativos Fitoterápicos Farmacocinética e Farmacodinâmica II Saúde Pública e Farmacovigilância Prática Farmacêutica IV: Observação em serviços de saúde Subtotal 40 60 60 40 40 20 260 20 20 20 40 20 20 140 60 80 80 80 60 40 400 3º Semestre 39 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA ATIVIDADE CURRICULAR CARGA HORÁRIA Teórica Prática Total 6º Semestre Farmacotécnica Homeopática Gestão em Farmácia Assistência e Atenção Farmacêutica Bromatologia e Saúde Nutricional Biotecnologia em Farmácia Microbiologia e Imunologia Clínica Subtotal 40 80 40 60 40 40 300 20 20 20 40 100 60 80 60 80 40 80 400 40 40 40 40 40 200 20 20 20 20 20 120 220 60 60 60 60 60 120 420 40 20 40 40 40 20 20 40 40 - 60 40 80 80 40 7º Semestre Farmácia Hospitalar Parasitologia Clínica Tecnologia Farmacêutica Cito-Hematologia Clínica Bioquímica Clínica Laboratorial Estágio Supervisionado em Saúde Coletiva Subtotal 8º Semestre Farmacologia Clínica e Farmacoterapia Tecnologia e Produção de Fitomedicamentos Toxicologia Aplicada à Farmácia Cosmetologia Optativo (Libras) Estágio Supervisionado em Farmácia de Manipulação e Comercial Subtotal - 140 140 180 260 440 9º Semestre Enzimologia e Tecnologia das Fermentações Controle de Qualidade em Alimentos e Biossegurança Controle de Qualidade de Medicamentos Cosméticos Seminários Integrados TCC I Estágio Supervisionado em Farmácia Hospitalar Subtotal 40 20 20 40 40 160 20 20 40 200 280 60 40 60 40 40 200 440 40 40 200 180 380 120 1.900 40 200 180 420 10º Semestre TCC II Estágio Supervisionado em Análises Clínicas e Toxicológicas Estágio Supervisionado em Alimentos Subtotal Atividades Complementares TOTAL DO CURSO 2.180 4.200 40 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA 6.5.3 - FLUXOGRAMA DO CURSO 1º Semestre CH: 380 2º Semestre CH: 380 3º Semestre CH: 400 4º Semestre CH: 400 5º Semestre CH: 400 6º Semestre CH: 400 7º Semestre CH: 420 8º Semestre CH: 440 9º Semestre CH: 440 10º Semestre CH: 420 Fundamentos da Ciência Farmacêutica Química Orgânica I Química Orgânica II Química Analítica Processos Patológicos Gerais Farmacotécnica Homeopática Farmácia Hospitalar Farmacologia Clínica e Farmacoterapia Enzimologia e Tecnologia das Fermentações TCC II Anatomia Humana Fisiologia e Biofísica Tecnologia e Bioquímica Básica Genética Humana e Evolução Farmacotécnica Gestão em Farmácia Parasitologia Clínica Produção de Fitomedicamento s Controle de Qualidade em Alimentos e Biossegurança Estágio Supervisionado em Anal. Clínicas e Toxicológicas Biologia Celular e Molecular Histologia e Embriologia Parasitologia e Micologia Química Farmacêutica Farmacognosia e Princípios Ativos Fitoterápicos Assistência e Atenção Farmacêutica Tecnologia Farmacêutica Toxicologia Aplicada à Farmácia Controle de Qualidade de Medicamentos Cosméticos Estágio Supervisionado em Alimentos Química Geral e Inorgânica Farmacobotânica Microbiologia e Imunologia Farmacocinética e Farmacodinâmica I Farmacocinética e Farmacodinâmica II Bromatologia e Saúde Nutricional Cito-Hematologia Clínica Cosmetologia Seminários Integrados Matemática para Farmácia Métodos Físicos em Farmácia Físico-Química Farmacêutica Bioestatística Saúde Pública e Farmacovigilância Biotecnologia em Farmácia Bioquímica Clínica Laboratorial Optativo (Libras) TCC I Oficina de Comunicação e Expressão Fundamentos Socioantropológ. da Saúde e Doença Prática Farmac. II: Métodos de Pesquisa em Farmácia Deontologia e Legislação Farmacêutica Prática Farmacêutica IV: Observação em serviços de saúde Microbiologia e Imunologia Clínica Estágio Supervisionado em Saúde Coletiva Estágio Supervi. em Farmácia de Manipulação e Comercial Estágio Superv. em Farmácia Hospitalar Prática Farmac. I: Biossegurança em ações de saúde Prática Farmac. III: Meio ambiente e vigilância à saúde Atividades Complementares: 120 hs 41 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA EMENTAS E BIBLIOGRAFIAS Fundamentos da Ciência Farmacêutica EMENTA: Ambientação do aluno desde a apresentação da estrutura acadêmica da Alfa e do curso de Farmácia. A constituição histórica da Farmácia como ciência e profissão temporalmente referenciada no mundo e no Brasil; conceitos fundamentais e contatos preliminares com o medicamento. Organização jurídica da profissão e áreas de atuação do farmacêutico, evidenciando sua função social como profissional de saúde; aspectos éticos e legais. Entidades de classe e demais organizações que visam o bem estar do homem e a sua relação com a vida. O farmacêutico e as perspectivas de atuação no mercado de trabalho brasileiro e regional. OBJETIVO, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Oferecer uma visão histórica da Farmácia como ciência da vida e os conceitos fundamentais sobre medicamento, apresentando o campo de atuação do farmacêutico, as características e atribuições profissionais, sua participação atual e as perspectivas futuras. Adicionalmente, explicitar as linhas gerais da política institucional da Alfa e do curso de Farmácia enfatizando as condições para sua implementação. A discussão destes temas facilitará o desenvolvimento de competências e habilidades relacionadas com: o conhecimento histórico-evolutivo e epistemológico da Ciência Farmacêutica e o compromisso social do farmacêutico frente à dinâmica da realidade nacional e as políticas de saúde; a compreensão da evolução das práticas no campo da saúde: das práticas instintivas às práticas no mundo pós-moderno; a utilização de estratégias que estimulem a organização social para resolução de problemas relacionados à área de atuação farmacêutica; o entendimento do significado do ser Farmacêutico, examinando-se os modos de agir socialmente conforme sua consciência valorativa, ética, bioética, estética e política; o domínio dos instrumentos básicos e legais que fundamentam e legitimam a prática profissional e as várias possibilidades de atuação, dando-se destaque para a importância da profissão no contexto social contemporâneo e as tendências para o futuro. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: Unidade I Apresentação da filosofia educacional e pedagógica da Alfa. O Curso de Farmácia da Alfa: diretrizes curriculares, características e organização do currículo; estrutura administrativa, acadêmica e de apoio (biblioteca e laboratórios), e as condições didático-pedagógicas e materiais para sua implementação. A origem e a história da profissão farmacêutica e os requisitos legais para o exercício da profissão. A Farmácia na contemporaneidade: reflexões sobre o profissional farmacêutico, a ciência farmacêutica e o entendimento popular sobre o tema. Características e atribuições do profissional farmacêutico nas diferentes áreas do mercado de trabalho no plano práxico profissional. 42 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Funções e organização do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Farmácia. Organizações da classe farmacêutica e as entidades atuantes: associações e sindicatos. Organização dos estabelecimentos farmacêuticos e laboratórios. As ênfases conferidas à profissão farmacêutica na atualidade. Unidade II O profissional e o desenvolvimento de suas competências e habilidades (documentos da OPAS, OMS, entre outros). Aspectos da política atual de medicamento no Brasil: medicamentos genéricos e patentes. O Farmacêutico nas diversas esferas do trabalho público. Ética profissional: desempenho profissional, código de ética, conflitos. A função social do farmacêutico: atuação na Saúde Pública. O profissional Farmacêutico, sua função social e inserção na área de saúde prestando assistência farmacêutica e promovendo a farmacovigilância. O profissional farmacêutico pleno direcionado ao eixo principal de sua atuação – o medicamento. Unidade III Relações multiprofissionais e multidisciplinares. Atividades do farmacêutico na atenção primária, secundária e terciária à saúde. Os farmacêuticos na educação e na pesquisa científica: a educação farmacêutica; o farmacêutico no ensino superior; o farmacêutico na pesquisa científica, em ciências da vida e ciências exatas. Assistência farmacêutica como fomento à atividade extensionista e de pesquisa. Princípios básicos da dispensação farmacêutica: uso do Dicionário de Especialidades Farmacêuticas, importância das farmacopéias, automedicação. Farmácias: Tipos: Farmácia Interna (Privativa e Hospitalar); Farmácia Externa; Drogarias; Manipulação de Medicamentos, Farmácia Homeopática, Fitoterápica. A Farmácia do Medicamento Natural, Cosmética, Assistência Farmacêutica; as Drogarias e a função do farmacêutico; Atenção Farmacêutica, Farmácia Clínica, Dispensação Farmacêutica. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: GENNARO, A.R. R. A ciência e a prática da farmácia. 20. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. FEBRAFARMA. Origens e trajetórias da indústria farmacêutica no Brasil. São Paulo: Novo Século, 2008. PANDIT, N.K. Introdução às ciências farmacêuticas. 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: BONFIM, J. R. A.; MERCUCCI, V. L. A construção da política de medicamentos. São Paulo: Hucitec/Sobravime, 1997. CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. A organização jurídica da profissão farmacêutica. Brasília, 2000. _______. Revista Pharmacia Brasileira. Brasília: CFF, 2005. 43 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA EDLER, Flávio Coelho. Boticas e Pharmacias: uma história ilustrada da farmácia no Brasil. Rio de Janeiro Casa da Palavra, 2006. HIR, A. L. Noções de farmácia galênica. 6. ed. São Paulo: Andrei, 1997. SANTOS, M. R. da C. Profissão farmacêutica no Brasil: história, ideologia e ensino. Ribeirão Preto: São Paulo: Holos, 1999. SANTOS, J. S. Farmácia brasileira: utopia e realidade. Brasília: Conselho Federal de Farmácia, 2003. VOTTA, R. Breve história da farmácia no Brasil. Rio de Janeiro: Laboratórios Enila S.A, 1965. ZUBIOLI, A. Profissão farmacêutica. E agora? Curitiba: Lovise, 1992. _______. Ética farmacêutica. São Paulo: Sobravime, 2004. Leis, Decretos, Resoluções e Periódicos da área. Anatomia Humana Ementa: Visão integrada do homem visto como um ser biopsicossocial. Estudo dos conceitos básicos integrados de anatomia, morfologia macroscópica e funcional dos órgãos e sistemas do corpo humano e seus mecanismos reguladores, descrevendo os aspectos morfofuncionais dos sistemas esquelético, articular, muscular, nervoso, circulatório, respiratório, digestivo, urinário, reprodutor, endócrino. Para tanto, far-se-á uso de recursos auxiliares como transparências, quadro, slides, Datashow, CD-Roms interativos, banners, modelos e peças anatômicas. OBJETIVO, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Possibilitar ao aluno a compreensão do homem desde uma abordagem biopsicossocial, levando-o a conhecer o corpo humano em seus aspectos estrutural e funcional, fornecendo as bases para o entendimento de outras disciplinas e dos processos de saúde - doença, dando-se ênfase aos aspectos correlacionados e de maior interesse ao Curso. Com este estudo, o aluno terá desenvolvido condições de: entender a morfologia e identificar as relações e disposições dos órgãos com suas funções associadas à saúde e às doenças que acometem o organismo; descrever a nomenclatura anatômica; discernir os detalhes anatômicos mais importantes dos sistemas esquelético, articular, muscular, nervoso, circulatório, respiratório, digestório, urinário, genital, endócrino e sensorial; correlacionar a ação sinérgica das estruturas anatômicas com o funcionamento dos órgãos e sistemas corpóreos; compreender a relação entre arranjo anatômico e função dos sistemas anatômicos; esquematizar cada sistema anatômico e diferenciar as características anatômicas macroscópicas dos diversos órgãos do corpo humano que, funcionando em conjunto, constituem os sistemas. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: • Conteúdo Teórico: Unidade 1: Introdução ao estudo da Anatomia Humana 44 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Orientação em anatomia; Tecidos, órgãos e sistemas. Unidade 2: Anatomia dos ossos e das articulações Esqueleto axial e apendicular; O ser humano como um vertebrado típico; Prática: reconhecimento dos principais ossos e articulações. Unidade 3: Sistema Muscular Principais aspectos morfológicos e funcionais do sistema muscular; Principais grupos musculares; Prática: reconhecimento dos principais grupos musculares. Unidade 4: Sistema Nervoso Principais aspectos anatômicos; sistema nervoso central: medula espinhal e encéfalo; Meninges, sistema ventricular, plexo coróide; Sistema nervoso periférico: nervos espinhais, nervos cranianos e gânglios; Sistema neurovegetativo ou autônomo: aspectos anatômicos e funcionais; Prática: reconhecimento das principais estruturas neurais; olfação e gustação; visão, audição. Unidade 5: Sistema Endócrino Conceitos básicos; Prática: reconhecimento das principais glândulas endócrinas. Unidade 6: Sistema Cardiovascular Principais aspectos anatômicos e funcionais da bomba cardíaca; Práticas: reconhecimento das características anatômicas do coração e principais vasos. Unidade 7: Sistema Respiratório Principais aspectos anatômicos e funcionais; Prática: reconhecimento das principais características das estruturas respiratórias. Unidade 8: Sistema Urogenital Principais aspectos anatômicos e funcionais; prática: reconhecimento das características das estruturas que constituem o sistema urinário. Unidade 9: Sistema Digestivo Principais aspectos anatômicos e funcionais; Prática: reconhecimento das estruturas que formam o sistema digestivo; A absorção e utilidade do trato digestivo. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: FATTINI, Carlo Américo; DANGELO, José Geraldo. Anatomia humana sistêmica e segmentar. 3. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2007. ______. Anatomia humana básica. São Paulo: Atheneu, 2005. SOBOTTA, Johannes. Atlas da anatomia humana. 22.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: 45 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA GEST, Thomas R.; TANK, Patrick W.; WERNECK, Alexandre Lins. Atlas de anatomia humana. Porto Alegre: Artmed, 2009. GRAAF, Kent M. Vander. Anatomia humana. São Paulo: Manole, 2003. GRAY, Henry; GOSS, Charles Mayo; PINHO, Antonio Gomes Correa de (Trad.). Anatomia. 29.ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1998. MARTINI, Frederic H.; TALLITSCH, Robert B.; TIMMONS, Michael J. Anatomia humana + atlas do corpo humano. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. NETTER, Frank H. Atlas de anatomia humana. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. Biologia Celular e Molecular EMENTA: A célula como unidade biológica e sua evolução. O homem como organismo multicelular complexo; características gerais dos seres vivos e formas de vida. Estudo morfofuncional da célula. Conceitos e métodos de estudo em Biologia Celular e Molecular. Biomoléculas. Membranas biológicas. Estruturas celulares. Divisão celular. Moléculas estruturais das células, organização e funcionamento intracelular. Mecanismos moleculares da regulação celular nas doenças. A célula cancerosa. Aspectos gerais da engenharia genética. OBJETIVOS: Propiciar o entendimento sistêmico e holístico do homem como um organismo multicelular complexo com base no estudo da célula humana e seus constituintes quanto aos aspectos moleculares e estruturais, no conhecimento dos mecanismos de transmissão da informação e dos caracteres genéticos, na dinâmica dos genes nas populações e suas funções na explicitação dos processos evolutivos e no aperfeiçoamento dos métodos de análises, com aplicabilidade em várias áreas do conhecimento farmacêutico. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Descrever as estruturas celulares correlacionando seu funcionamento para o entendimento da célula como um todo; Apresentar suposições e hipóteses sobre o processo de diferenciação celular, incluindo as transformações químicas características de neoplasias; Relacionar células animais e vegetais para a compreensão dos fenômenos biológicos e conhecimento dos organismos vivos; Elaborar e executar projetos com aplicação das técnicas de estudo das células, montar e realizar experimentos, com suposição de hipóteses sobre a organização e o funcionamento celular, e estabelecer relações entre o estudo das estruturas celulares e o funcionamento do organismo e montar experimentos laboratoriais com células; Conhecer as novas tecnologias aplicadas em diagnósticos para a identificação de células neoplásicas e não neoplásicas e caracterizar os constituintes celulares e suas interações no meio; Estabelecer relações entre genes e DNA, caracterizar o código genético evidenciando o papel do RNA e o processo de síntese das proteínas; Estabelecer relações entre genes, genomas e agrupamentos gênicos; 46 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Descrever os processos de replicação, recombinação e reparação do DNA; Caracterizar os transposons, retrovirus e retroposons; Descrever os processos de transformação dos oncogêneses em câncer; Integrar os conhecimentos na formação de uma visão global dos processos biológicos que encontram resposta na célula. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO TEÓRICO: CONTEÚDO TEÓRICO: Unidade 1 – Biologia Celular 1.1 - Membrana celular: estrutura e funções. 1.2 - Transporte através da célula. Osmose. Difusão. Transporte ativo. 1.3 - Componentes citoplasmáticos da célula. 1.4 - Mitocôndria e transformação energética celular. Ciclo de Krebs. Fosforilação Oxidativa. ATP. 1.5 - Nutrição celular. Fagocitose. Endocitose. Lisossomas. 1.6 - Retículo endoplasmático. Ribossoma. Aparelho de Golgi e síntese protéica. 1.7 - Matriz extracelular. Citoesqueleto. Comunicação celular. Unidade 2 – Bases Moleculares da Transmissão Genética 2.1 - A genética e o organismo 2.1.1 - O campo de ação da genética. 2.1.2 - Transmissão de genes. 2.1.3 - Genes e organismo. 2.2 - Teoria Cromossômica 2.2.1 - Mitose e Meiose. 2.2.2 - Teoria cromossômica da hereditariedade. 2.2.3 - Cromossomos sexuais e ligação ao sexo. 2.2.4 - Genética mendeliana e os ciclos sexuais. 2.3 - Extensões à Análise Mendeliana 2.3.1 - Variações nas relações de dominância. 2.3.2 - Alelos múltiplos. 2.3.3 - Genes letais. 2.3.4 - Vários genes afetando o mesmo caráter 2.4 - A estrutura do DNA 2.4.1 - Material genético 2.4.2 - Estrutura do DNA 2.4.3 - Replicação 2.4.4 - DNA e o gene 2.5 - Funcionamento do DNA 2.5.1 - Transcrição 2.5.2 - Tradução 2.5.3 - Código genético 47 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA 2.5.4 - Decifrando o código genético 2.6 - Estrutura e Função dos Cromossomos em Eucariontes 2.6.1 - Estrutura cromossômica 2.6.2 - Organização seqüencial 2.6.3 - Estrutura e atividade dos cromossomas 2.7 - Mecanismos de Alterações Genéticas 2.7.1 - Mutação somática versus germinativa 2.7.2 - Fenótipos mutantes 2.7.3 - A utilidade das mutações 2.7.4 - A topografia dos cromossomos 2.7.5 - Mutação gênica 2.7.6 - Recombinação 2.7.7 - Mutagênese versus carcinogênese 2.7.8 - Mecanismos moleculares das doenças; mecanismos celulares e moleculares dos tumores. CONTEÚDO PRÁTICO: Microscópio Óptico e Microscópio Eletrônico. Microscopia óptica de Células: Animais (tecidos secreções e sangue); Vegetais (estruturas de caule, tronco, folha e raiz). Isolamento Celular por Técnicas Fracionadas de Centrifugação. Técnicas de Montagem de Laminas com Material Celular para Microscopia. Técnicas de colaboração de células. Estudos de cortes histológicos. Extração de DNA de Células Vegetais. Observação de mitose celular. Desenvolvimento e cultura celular. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: ALBERTS, Bruce et al. Fundamentos da biologia celular: uma introdução à biologia molecular da célula. Porto Alegre: Artmed, 2005. BERK, Arnold; LODISH, Harveu et al. Biologia celular e molecular. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, José. Biologia celular e molecular. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: COLS, H.L. E. Biologia celular e molecular. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. DE ROBERTIS, E. M. F.; HIB, José. Bases da biologia celular e molecular. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. FERREIRA, Tales Alexandre Averst. Biologia celular e molecular. Campinas: Átomo, 2008. KARP, Gerald. Biologia celular e molecular. 3. ed. São Paulo: Manole, 2005. 48 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA VIEIRA, E.C.; GAZZINELLI, G.; MARES-GUIA, M. Bioquímica celular e biologia molecular. 2. ed. Belo Horizonte: Atheneu, 2002. Química Geral e Inorgânica EMENTA: Conceitos fundamentais introdutórios de Química. Elemento químico e seus compostos. Leis ponderais e suas conseqüências. Estequiometria. Visão micro e macroscópica da matéria; estados da matéria. Reações químicas. Estrutura atômica e tabela periódica dos elementos. Ligações químicas. Funções inorgânicas. Química de complexos e compostos bioinorgânicos. OBJETIVO: Fornecer ao aluno conhecimentos teórico-práticos dos fenômenos e sistemas químicos que norteiam as diferentes disciplinas da área farmacêutica, especialmente aquelas aplicadas como: Farmacotécnica, Farmacognosia, Química Farmacêutica, fundamentais para a formação de um profissional capaz de atuar na preparação de produtos farmacêuticos e de identificar, extrair e quantificar princípios ativos com ação farmacológica. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Ao final do curso, o discente deverá ter assimilado um aprendizado geral sobre funções inorgânicas, sob os aspectos de estados de agregação e propriedades, cinética, equilíbrio, preparação de soluções, purificação e solubilização de substâncias e cálculo estequiométrico, estando apto a: reconhecer a razão das propriedades e o comportamento das substâncias inorgânicas, organométricas e bioinorgânicas e diferenciar as funções inorgânicas; esquematizar as configurações dos diferentes elementos segundo o modelo atual; utilizar as configurações eletrônicas para explicar a distribuição dos diferentes elementos no quadro periódico e as variações de propriedades dos mesmos; explicar, diferenciar e prever os diversos tipos de ligações; identificar as evidências de ocorrências de uma reação química; balancear equações químicas; identificar os fatores que afetam a velocidade das reações químicas e analisar a sua influência com base na teoria das colisões; resolver problemas utilizando diferentes unidades de concentração e suas relações; resolver problemas envolvendo cálculos estequiométricos; compreender as reações reversíveis e os fatores que influem em um equilíbrio químico; reconhecer os avanços científicos e tecnológicos no domínio da química geral e inorgânica. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO TEÓRICO: Conteúdo Teórico: Química Geral: 1 - Conceitos Fundamentais 1.1 - Matéria: estado físico, classificação, transformação e mudança de estado. 49 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA 1.2 – Átomo. 1.3 - Tabela Periódica e Ligações Químicas. 1.4 - Funções Inorgânicas, noções inorgânicas e determinação de massas anatômicas. 1.5 – Estequiometria. Química Inorgânica: 1 - Elementos químicos e seus compostos: histórico, ocorrência, propriedades químicas e físicas, identificação. 1.1 - Hidrogênio 1.2 - Oxigênio, Ozônio, Peróxido de Hidrogênio 2 - Grupo VII A: Halogênios: 2.1 - Propriedades gerais do grupo; 2.2 - Estudo comparativo para o flúor, cloro, bromo e iodo 2.3 - Haletos de hidrogênio 3 - Grupo VI A: Calcogênios: 3.1 - Propriedades gerais do grupo 3.2 - Estudo do enxofre e suas formas alotrópicas 3.3 - Principais compostos: gás sulfídrico, ácido sulfúrico, sulfatos e alúmens 4 - Grupo V A: 4.1 - Propriedades gerais do grupo 4.2 - Nitrogênio e seus compostos: amônia, ácido nítrico 5 - Grupo III A e Grupo IV A: 5.1 - Propriedades gerais 5.2 - Estudo do alumínio 5.3 - Estudo do silício e carbono 6 - Grupo I A e Grupo II A: 6.1 - Propriedades gerais: compostos orgnometálicos e compostos bioinorgânicos. Conteúdo Prático: Química Geral: 1 - Introdução às práticas de laboratório: 1.1 - Normas básicas de laboratório 1.2 – Noções de primeiros socorros 1.3 - Material de laboratório 2 - Combustão de uma vela 3 - Combustores 4 - Manipulação com tubos de vidro 5 - Balanças 6 - Medição de volumes líquidos 7 - Operações gerais de análises: 7.1 - Divisão 7.2 - Homogeinização 7.3 - Tomada da amostra média 50 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA 7.4 - Separação – técnica de filtração 7.5 - Dessecação 7.6 - Calcinação 8 - Preparo de soluções 9 - Cristalização 10 - Principais funções da química inorgânica: 10.1 - Estudo dos indicadores ácido-base 10.2 - Óxido, ácidos, bases e sais Química Inorgânica: 1 - Preparação, caracterização e propriedades: 1.1 - Hidrogênio 1.2 - Oxigênio 1.3 - Cloro 1.4 - Bromo 1.5 - Iodo 1.6 - Haletos de hidrogênio 1.7 - Enxofre 1.8 - Sulfeto de hidrogênio 1.9 - Amônia 1.10 - Ácido nítrico BIBLIOGRAFIA BÁSICA: ATKINS, P.W; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. Porto Alegre: Bookman, 2006. ATKINS, P. W; SHRIVER, D. F. Química inorgânica. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2008. SACKHEIM, G.F.; LEHMAN, D.D. Química e bioquímica para ciências biomédicas. 8. ed. São Paulo: Manole, 2001. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: CHANG, Raymond. Química geral. São Paulo: Mc-Graw Hill Brasil, 2007. FELTRE, R. Química geral. 5. ed. São Paulo: Moderna, 2000. KOTZ, John C; TREICHEL, Paul M. Química e reações químicas. São Paulo: Thomson Pioneira, 2005. LEE, John David. Química inorgânica não tão concisa. 5. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2003. MAHAN, B. H.; MYERS, R. J. Química - um curso universitário. 4. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2003. MAIRA, Daltamir Justino. Química geral – fundamentos. Rio de Janeiro: Prentice-Hall Brasil, 2007. ROSENBERG, Jerome L; EPSTEIN, L.M. Química geral. 8. ed. Porto Alegre: Bookman Companhia, 2003. RUSSEL, J. B. Química geral. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 2004. UCKO, David A. Química para as ciências da saúde. 2. ed. São Paulo: Manole, 1992. 51 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Matemática para Farmácia EMENTA: Noções básicas de matemática envolvendo: Conjuntos Numéricos; Sistemas de medidas e grandezas proporcionais; Cálculos Farmacêuticos; Funções; Gráficos; Derivadas; Integral. OBJETIVO: Proceder, inicialmente, a uma revisão dos conceitos matemáticos básicos, e aprofundar o estudo apresentando ao aluno algumas ferramentas e métodos matemáticos aplicados na investigação e resolução de problemas que se colocam no campo de interesse da ciência farmacêutica. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: Unidade 1 - Conjuntos Numéricos Números Naturais, Números Inteiros, Números Racionais, Números Reais. Unidade 2 - Sistemas de Medidas e Grandezas Proporcionais Sistemas de Medidas. Porcentagem, Razões e Proporções. Cálculos envolvendo diluições. Unidade 3 - Funções e Gráficos Equação da Reta, Funções e Gráficos, Função Linear, Função Exponencial, Função Logarítmica, Funções Quadrática. Unidade 4 - Limites: Limites de uma função real de variável real; Regras de derivação; Limites das funções racionais e irracionais; Limites fundamentais; Continuidade das funções. Unidade 5 – Derivadas Derivadas: Regras de derivação; Derivadas das funções elementares; Máximos e Mínimos. Aplicação das derivadas. Unidade 6 – Integrais 5.1 - Integrais e aplicações. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: ANSEL, H. C., PRINCE, S. J. Manual de cálculos farmacêuticos. Porto Alegre: Artmed, 2005. IEZZI, Nelson; MURAKAMI, Carlos. Fundamentos de matemática elementar. 8. ed. São Paulo: Atual, 2004. STEWART, James. (Trad.) MORETTI, Antônio Carlos. Cálculo. 6. ed. São Paulo: Cengage, 2009. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: BARROS, D.M. Raciocínio lógico, matemático e quantitativo. São Paulo: Novas Conquistas, 2001. CAMPBELL, J. M., CAMPBELL, J. B. Matemática de laboratório: aplicações médicas e biológicas. 3. ed. São Paulo: Livraria Roca, 1986. RODRIGUES, Luis Roberto Franco. Matemática e raciocínio lógico matemático. Campinas: Servanda, 2009. SWOKOWSKI, Earl Will, Cálculo com geometria analítica. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 1994. SILVA, E. M. et al. Cálculo básico para cursos superiores. São Paulo: Atlas, 2004. 52 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Oficina de Comunicação e Expressão EMENTA: Linguagem, língua e fala: conceitos e relações. Comunicação humana: processo, elementos, registros, funções da linguagem, vícios de linguagem, denotação e conotação. Processo de leitura e interpretação. Produção e recepção de texto: síntese, ampliação, avaliação e reescritura. Relações de sentido: elementos de coesão e coerência. Diferenças e semelhanças pragmáticas e gramaticais – texto, morfossintaxe, léxico e ortografia. Esta abordagem tem como propósito central integrar ao currículo atividades que visam potencializar o aluno nas habilidades de leitura, redação e comunicação, como substrato aos demais componentes curriculares do Curso e instrumento básico de atuação profissional. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Levar o aluno a perceber a língua como um conjunto de práticas de interação social e como sistema sociohistórico de signos que possibilita ao homem significar o mundo e interpretar a realidade, capacitando-o a se expressar com clareza, correção e coerência e a familiarizar-se com a linguagem técnica usual em contextos determinados. Esta abordagem acrescenta instrumentos e metodologias que valorizam o desenvolvimento das seguintes competências e habilidades: conhecer os paradigmas da língua materna e desenvolver a competência lingüística, aprofundando-se o estudo de certas estruturas dicotômicas como: discurso oral e discurso escrito; diferenças e semelhanças pragmáticas; diferenças e semelhanças gramaticais – o texto, a morfossintaxe; o léxico, a ortografia; compreender as relações entre oralidade, escrita, conhecimento lingüístico, leitura e produção de textos; conhecer a gramática inserida na leitura, interpretação e produção do texto; desenvolver técnicas de construção de textos claros, coesos e coerentes em nível formal e técnico; estimular o exercício de relações interpessoais, desenvolvendo-lhe a capacidade de saber se posicionar argumentativamente, dominar situações, defender pontos de vista e fazer leituras críticas do mundo e das instituições. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: Unidade 1 – Revisão Gramatical 1.1 - Exposição e orientação sobre dificuldades gramaticais trazidas pelo aluno: sistema ortográfico, acentuação gráfica, crase, pontuação, sintaxe de concordância, regência. Unidade 2 – Fundamentação Lingüística 2.1 - Linguagem, língua e fala: conceitos e relações 2.2 - Signo lingüístico, fatores do processo lingüístico de comunicação, funções da linguagem 2.3 - Variação lingüística Unidade 3 – Recepção de Textos 3.1 - Leitura inspecional, ativa, analítica e crítica 3.2 - Condições de produção de texto: o sujeito (autor/leitor); o contexto (imediato/histórico); o sentido (interação/explicação). 53 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA 3.3 - Discurso, texto e enunciado: textualidade e coesão; coerência textual; polifonia; intertextualidade. Unidade 4 – Produção de textos em suas diferentes dimensões: alternativas metodológicas 4.1 - Estruturação do texto 4.2 - Organização do período e do parágrafo 4.3 - Formas de desenvolvimento e tipos de parágrafos 4.4 - Planejamento e produção de esquemas, resumos, resenhas e textos dissertativoargumentativos. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: BECHARA, Evanildo. A nova ortografia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009. CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa: novo acordo ortográfico. 48. ed. São Paulo: IBEP Nacional, 2009. FARACO, Carlos Alberto e TEZZA, Cristóvão. Prática de texto. Petrópolis: Vozes, 2008. Bibliografia Complementar: CIPRO NETO, Pasquale; INFANTE, Ulisses. Gramática da língua portuguesa. 3. ed. São Paulo: Scipione, 2008. CUNHA, Celso; CINTRA, Lindesley. A nova gramática do português contemporâneo. 4. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2009. FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristóvão. Prática de texto: para estudantes universitários. Petrópolis: Vozes, 2008. FAVERO, Leonor Lopes. Coesão e coerência textuais. São Paulo: Ática, 2006. GARCIA, O. M. Comunicação em prosa moderna: aprenda a escrever aprendendo a pensar. 25. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006. MARTINS, Dileta Silveira; ZILBERKNOP, Lubia Scliar. Português instrumental: de acordo com as atuais normas da ABNT. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2008. SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa: teoria e prática. 29. ed. São Paulo: Atual, 2008. Química Orgânica I EMENTA: Química Orgânica - história evolutiva, importância e princípios essenciais. Ligações em moléculas. Compostos orgânicos: classes e nomenclatura, estrutura e reatividade. Transformações orgânicas. Estereoquímica: lipídios, carboidratos, proteínas. Reações de substituição aromática. Reações de eliminação e adição. Exemplos de reações químicas características dos grupos funcionais abordados e seus mecanismos gerais. Introdução aos compostos orgânicos de interesse farmacêutico. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Propiciar ao aluno conhecimentos teórico-práticos da Química Orgânica como ciência experimental na área farmacêutica, destacando a composição das moléculas fundamentais à vida, e relacionar a estrutura química das substâncias com a atividade farmacológica. Com esta abordagem o aluno terá condições de: 54 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA distinguir o papel do átomo de carbono nas estruturas orgânicas; classificar os compostos orgânicos segundo suas funções; aplicar as regras de nomenclatura; justificar as propriedades físicas e químicas à luz da estrutura molecular; conhecer o mecanismo proposto para as reações orgânicas mais comuns; estudar compostos orgânicos de interesse dos fármacos; aplicar os conhecimentos de química orgânica às análises da química aplicada à Farmácia; utilizar práticas de laboratório usadas na Química Orgânica para facilitar a assimilação do aprendizado teórico. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: Conteúdo Teórico: Introdução e desenvolvimento da Química Orgânica. Revisão da Hibridação Sp3, Sp2, e Sp nos composto de carbono. Polaridade das Moléculas Orgânicas. Estudo Estrutural do Metano, Etano e Butano. Estudo dos Alcanos - Propriedades físicas e químicas; Halogenação; Substituição via radical livre; Controle da cloração; Mecanismos da cloração e bromação; Inibidores; calor de reação; Estado de transição; Energia de ativação; Velocidade de reação; Combustão e calor de combustão; Isomeria conformacional; obtenção industrial e obtenção laboratorial. Alcenos - Estrutura; Nomenclatura; Insaturação e importância nas propriedades químicas; Adição eletrófila e adição via radical livre; Eliminação; Ligação sigma e pi – Condições para isomeria geométrica; Propriedades físicas; Obtenção industrial e laboratorial; Teoria do íon carbônio; Dispersão de cargas; Hiperconjugação. Estereoquímica; Isomeria plana e espacial; Carbono quiral; Atividade óptica; Rotação específica; Enantiomeria; Racemização Configuração R e S; Diásteros isômeros; Mesocompostos; Isomeria geométrica, síntese e atividade óptica. Alquinos e Dienos; Fórmula geral, Representação em orbital; Nomenclatura, Propriedades físicas; Obtenção industrial do acetileno e emprego; Acidez dos alcinos; Preparação laboratorial de alquinos e dienos. Reações de alquinos e dienos; Tautomeria; Classificação dos dienos; Estabilidade; Ressonância; Reatividade dos dienos conjugados. Cicloalifáticos, Classificação; Nomenclatura; Propriedades físicas; Usos; Obtenção industrial e laboratorial; Ciclização, reações de pequenos anéis saturados. Tensão de Bayer; Conformação bote e cadeira do ciclohexano; Ligações axiais e equatoriais; Estereoisomeria Cis-trans. Benzeno; Aromaticidade; Fórmula estrutural; Orbitais do Benzeno; estabilidade, ressonância, resistência à reação de adição; Caráter aromático e aromaticidade; Regra de Hückel; Nomenclatura; Substituição eletrófila; Efeito de grupos substituídos; Orientação e síntese; Reações do Benzeno com mecanismo. Arenos e seus derivados – Estrutura e Nomenclatura – Obtenção Industrial – Preparação Laboratorial – reações – Efeitos do benzeno com mecanismo. Compostos aromáticos polianelares; Naftalenos e derivados: Estrutura; Nomenclatura; Reações; Orientação de substituição e eletrófila nos derivados dos naftalenos. 55 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Fenóis – estrutura; nomenclatura propriedades físicas; sais dos fenóis; obtenção industrial; preparação laboratorial, acidades, reações e testes químicos para fenóis. Conteúdo Prático: Iniciação nas técnicas básicas de laboratório em Química Orgânica e Biossegurança. Uso de tubos de borrachas, varas de vidro recurvadas, rolhas, perfuração de rolhas e uso normal do manual de química. Aquecimento – tipos de condensadores; banhos de aquecimentos; placas, mantas, refrigeração; refluxo. Destilação simples e fracionada - curvas de destilação; diagrama de equilíbrio; razão de refluxo e aquecimento. Purificação – lavagens, filtração, secagem; cristalização. Obtenção do metano, Eteno, Acetileno e do Ciclo Hexeno. Obtenção do Acetato de Butila para aplicação da técnica de lavagem. Diferenciação de extração e lavagem. Determinação do ponto de fusão e ebulição. Obtenção do Acetato de n-Butila. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: FELTRE, Ricardo. Química: química orgânica 6. ed. São Paulo: Moderna, 2004. MCMURRY, John. Química orgânica. São Paulo: Thomson Pioneira, 2005. SOLOMONS, T.W. Graham; FRYHLE, C. B. Química orgânica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. Porto Alegre: Bookman, 2006. COSTA, Marco Antonio da; GUIMARAES, Pedro Ivo Canesso; DIAS, Ayres Guimarães. Guia prático de química orgânica. Rio de Janeiro: Interciência, 2008. FERREIRA, Maira; MORAIS, Lavínia; PINO, José Cláudio Del. Química orgânica. Porto Alegre: Artmed, 2007. LAMPMAN, Gary M.; ALENCASTRO, Ricardo Bicca de; PAVIA, Donald L. Química orgânica experimental. Porto Alegre : Bookman Companhia, 2009. MARQUES, Jacqueline; BORGES, Christiane Philippini. Práticas de química orgânica. Campinas: Átomo, 2007. MORRISON, R.; BOYD, R. Química orgânica. 14. ed. Lisboa: Fundação Caloustre Gulbenkian, 2005. ZUBRICK, James W. Manual de sobrevivência no laboratório de química orgânica. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2005. Fisiologia e Biofísica EMENTA: Fundamentos fisiológicos e biofísicos do funcionamento normal e da regulação dos órgãos e sistemas humanos e suas inter-relações. Fisiologia dos sistemas humanos, destacando o comportamento energético da matéria no funcionamento conjunto e harmônico dos compartimentos corporais. Trocas metabólicas. Reprodução. Desenvolvimento e ritmos biológicos. 56 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Teoria de campo. Bioeletrogênese, excitação e resposta celular. Biomecânica. Termodinâmica de sistemas biológicos. Radioatividade e radiações em biologia. Biofísica das macromoléculas. Biofísica das membranas. Transporte através da membrana. Resistência a múltiplas drogas. Potenciais bioelétricos. Fatores modificadores da sensibilidade celular. Técnicas biofísicas de análise. Radiofármacos. Fotoproteção e radioproteção. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Proporcionar o conhecimento acerca do funcionamento integrado normal dos órgãos e sistemas do organismo humano dentro do conceito de homeostase corporal como suporte teórico aos estudos mais específicos do Curso, capacitando profissionalmente o educando para: entender o funcionamento dos diversos sistemas que compõem o organismo humano, compreender as funções desempenhadas por cada um deles e reconhecer a importância da interação entre os mesmos na manutenção da vida; compreender os princípios dos fenômenos físicos e os fundamentos termodinâmicos que explicam e determinam os fenômenos naturais, com ênfase naqueles envolvidos nos processos biológicos e de aplicabilidades em ciências farmacêuticas. descrever os mecanismos homeostáticos dos espaços líquidos do corpo humano; conhecer como funciona e é regulado o metabolismo da água e dos eletrólitos; entender a fisiologia do sistema cardiovascular, linfático, renal, respiratório, nervoso central e autonômico, endócrino, digestivo e dos órgãos dos sentidos. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: AIRES, M. M. Fisiologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. GUYTON, A. C. Fisiologia humana e mecanismos das doenças. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. HENEINE, Ibrahim Felippe. Biofísica básica. São Paulo: Atheneu, 2005. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: ALBERTS, Bruce; et al. Fisiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. BERNE, Robert M.; LEVY, Matthew N. Fisiologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. CONSTANZO, Linda S. Fisiologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. DOUGLAS. Tratado de fisiologia aplicada às ciências da saúde. 6. ed. São Paulo: Robe Editorial, 2006. DÚRAN, J. E. R. Biofísica: fundamentos e aplicações. Rio de Janeiro: Prentice-Hall, 2005. FOX, Stuart Ira. Fisiologia humana. São Paulo: Manole, 2007. GANONG, Willian F. Fisiologia médica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. GARCIA, Eduardo A. C. Biofísica. São Paulo: Sarvier, 2004. GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de fisiologia médica. 11. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. OLIVEIRA, Jarbas. Biofísica: para ciências médicas. 2. ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008. Histologia e Embriologia EMENTA: 57 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Conhecimentos básicos de agrupamento celular mediante o estudo da organização estrutural das células e dos tecidos do corpo humano, tendo como base os caracteres morfofuncionais. A célula e seus componentes. Métodos de estudo em microscopia óptica e eletrônica das células e tecidos. Embriologia: gametogênese, primeiras fases do desenvolvimento, gastrulação e estabelecimento da forma externa do embrião, dos anexos embrionários e da ação dos medicamentos no desenvolvimento embrionário e na barreira placentária. Esta abordagem propicia a compreensão do homem na sua dimensão biológica, bem como subsidia o estudo de disciplinas como: Processos Patológicos Gerais, Fisiologia e Biofísica, Farmacologia, que fundamentam a adoção de condutas em Farmácia. OBJETIVO, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Fornecer as bases da micromorfologia e morfofisiologia dos tecidos fundamentais, dos órgãos integrados na formação dos sistemas do corpo humano e sua aplicação no conhecimento da biologia humana, promovendo contato com os avanços no campo experimental da embriologia. Ao final dos estudos, o aluno terá adquirido competências e desenvolvido habilidades para: distinguir os vários tipos de células que compõem o organismo humano; identificar, sob o ponto de vista fisiológico e morfológico, as estruturas celulares; reconhecer os componentes estruturais celulares e os principais tipos de tecidos e órgãos, de modo a compreender os processos biológicos a eles relacionados, fundamentais para a manutenção do processo vital; conhecer a estrutura histológica dos diversos tecidos orgânicos, suas características e funções, desenvolvendo noções de microscopia e técnica laboratorial histológica; conhecer e entender os mecanismos biológicos relacionados a todas as fases do processo de desenvolvimento humano; caracterizar as fases do desenvolvimento embrionário e seus principais aspectos descrevendo a formação, estrutura e função dos anexos embrionários; relacionar os folhetos embrionários que dão origem aos diferentes órgãos; identificar as malformações embrionárias e suas possíveis causas; discutir a ação dos medicamentos no desenvolvimento embrionário e na barreira placentária; descrever as principais técnicas de reprodução assistida. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO TEÓRICO: Unidade 1 – Fundamentos da Histologia e Embriologia 1.1 - Introdução à Histologia. Os grupos de tecidos. 1.2 - Métodos gerais para estudo dos tecidos. Unidade 2 – Estudo dos Grupos de Tecidos 2.1 - Tecido epitelial de revestimento e tecido epitelial glandular: origens, classificação e histofisiologia. 2.2 - Tecido conjuntivo propriamente dito: morfologia, histofisiologia e histogênese. 2.3 - Tecido conjuntivo e propriedades especiais: Adiposo, reticular, elástico e mucoso. 2.4 - Tecido cartilaginoso: origem, características morfológicas e histofisiologia. 2.5 - Tecido ósseo: origem, características morfológicas, variedades e histofisiologia. 2.6 - Tecido muscular: origem, características morfológicas, classificação e histofisiologia. 58 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA 2.7 - Tecido nervoso: neurônios, sinapses, neuroglia e funções. Fibras nervosas e nervos. Unidade 3 – Estudo do Sistema Circulatório 3.1 - Sistema circulatório: estrutura geral do coração, artérias, capilares, veias e linfáticos. Histofisiologia. 3.2 - Tecido sangüíneo: células, características morfológicas e funções. 3.3 - Hemocitopose: medula óssea vermelha e amarela. Histofisiologia. 3.4 - Órgãos linfáticos: amídalas, linfonodos, nódulos linfáticos, baço e timo. Histofisiologia. Unidade 4 – Estudo morfológico e histológico dos Sistemas 4.1 - Sistema digestivo: características morfológicas, histofisiologia e glândulas anexas do tubo digestivo – morfologia e histofisiologia. 4.2 - Aparelho respiratório: morfologia e histofisiologia. 4.3 - Pele e seus anexos: morfologia e histofisiologia. 4.4 - Glândulas endócrinas: morfologia e histofisiologia. 4.5 - Sistema urinário: morfologia e histofisiologia. 4.6 - Sistema genital masculino: morfologia e histofisiologia. 4.7 - Sistema genital feminino: morfologia e histofisiologia. Unidade 5 – Embriologia e gametogênese 5.1 - 1ª e 2ª semanas do desenvolvimento da fecundação à implantação e formação do disco germinativo bilaminar. 5.2 - 3ª semana do desenvolvimento: formação do disco germinativo trilaminar (gastrulação). Folhetos germinativos e seus derivados. 5.3 - Anexos embrionários. CONTEÚDO PRÁTICO: Estudo de lâminas histológicas com utilização de recursos do laboratório. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: CARNEIRO, José; JUNQUEIRA, Luiz Carlos Uchoa. Histologia básica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. MOORE, Keith L.; PERSAUD, T. V. N. Embriologia básica. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. SOBOTTA, Johannes. Atlas de histologia: citologia, histologia e anatomia microscópica. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: ALBERTS, Bruce et al. Fundamentos da biologia celular: uma introdução à biologia molecular da célula. São Paulo: Artmed, 2005. COCHARD, L. R. Atlas de embriologia humana de Netter. Porto Alegre: Artmed, 2003. DI FIORE, Mariano S.H.; LOBO, Bruno Alípio (Trad.). Atlas de histologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. GARTNER, Leslie P.; HIATT, James L. Tratado de histologia em cores. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. 59 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA ROBERTIS, Eduardo M. F. de. Bases da biologia celular e molecular. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. ROSS, Michael H.; PAWLINA, Wojciech; ALMEIDA, Jorge Mamede de. Histologia: texto e atlas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. MAIA, George Doyle. Embriologia humana: texto básico para os cursos de ciências de saúde. São Paulo: Atheneu, 2005. Farmacobotânica EMENTA: O reino vegetal. Conceitos de taxonomia vegetal e sistemas de classificação: estudos de famílias, gêneros e espécies. Organografia e anatomia vegetal: raiz, caule, folhas, inflorescência, flores, frutos e sementes de plantas medicinais. Taxonomia e morfologia dos principais grupos de plantas medicinais e tóxicas. Tipos e adaptações e interesse farmacêutico. Técnicas de herborização e catalogação de amostras vegetais; morfodiagnose e reconhecimento de plantas de interesse farmacêutico. Ação farmacológica e princípios ativos das plantas dos principais gêneros e das famílias estudadas. Falsificações e substituições de drogas oficinais. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Proporcionar o aprendizado teórico e prático acerca de vegetais nas áreas de citohistologia, morfologia, sistemática e fisiologia como subsídio ao aprendizado sobre plantas medicinais, tóxicas e drogas vegetais empregadas na indústria farmacêutica e substrato relevante aos componentes curriculares de cunho profissional como a Farmacognosia e Toxicologia. Ao final do semestre, o estudante deverá demonstrar as seguintes competências e habilidades: conhecer os aspectos fundamentais da anatomia, morfologia e desenvolvimento de plantas medicinais, alimentícias, tóxicas e cosméticas vegetais por meio de análises morfológicas; identificar os principais tipos de órgãos vegetais, com ênfase na morfologia interna dos tecidos de reserva que acumulam metabólicos secundários úteis na confecção de fármacos; identificar estruturas e tecidos de relevância para a compreensão da taxonomia e da fisiologia do organismo vegetal, em especial daqueles de relevância para a área farmacêutica; discernir plantas tóxicas visando à prevenção de acidentes; dominar o instrumental necessário à coleta e preparação de material botânico para uso na fabricação e identificação de drogas; deter informações sobre cultivo, colheita e armazenamento de plantas medicinais para o processo de seleção de drogas de qualidade padronizadas; dominar ferramenta adequada para organizar herbários sistemáticos. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: TEÓRICO E PRÁTICO: 1. Fundamentos de Farmacobotânica e a relação do uso de plantas pelos farmacêuticos. Generalidades sobre sistemática vegetal: organização taxonômica, nomenclatura botânica, classificação dos grandes grupos vegetais e identificação de espécies vegetais. 60 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Conceitos preliminares em Farmacobotânica: planta medicinal, princípio ativo, droga vegetal. 2. Cito-Histologia Vegetal Célula Vegetal: - Parede celular: organização; estrutura e natureza química; identificação nas plantas de paredes cerificadas, cutinizadas, silificadas e mucilaginosas. - Plastos: estrutura; classificação e identificação. - Vacúolos e substâncias regásticas: conceito; classificação das inclusões celulares (amido e féculas, grãos de aleuroma, inulina, óleos, taninos, cristais de oxalato de cálcio e carbonato de cálcio). - Ocorrência das inclusões nas espécies vegetais; tratamentos de cortes histológicos por soluções específicas. Sistemas de tecidos vegetais: origem dos tecidos vegetais: - Meristemas: conceito; classificação; identificação e ocorrência nas plantas. - Sistema dermal: epiderme e periderme; formações epidérmicas e secreções importantes na farmacêutica. - Sistemas de preenchimento e sustentação: parênquima, colênquima e esclerênquima; importância na farmacobotânica. Sistema vascular: xilema e floema: classificação; tipos celulares e ocorrência nas plantas; disposições nos órgãos vegetais. - Tecidos secretores; - Laticíferos: organização e classificação; constituição química do late, importância do látex n economia; - Estruturas secretoras: células secretoras, glândulas e canais secretores; ocorrência nas plantas; importância na farmacobotânica; 3. Morfologia e sistemática vegetal Características morfológicas importantes na identificação das plantas: análises macro e microscópicas de raízes, rizomas, bulbos, caules, cascas, folhas, flores, sementes e frutos de espécies vegetais com destaque das espécies medicinais de importância farmacêutica. Microtécnicas Vegetais: coleta, fixação, desidratação; inclusão em parafina; corte montagem; Remoção da parafina e hidratação; coloração e hidratação; montagem em glicerol lutagem. Produtos de metabolismo secundário vegetal. 4. Cultivo Fatores extrínsecos e abordagens do cultivo sem agroquímicos; a colheita e a sua relação com a porcentagem de princípios ativos; a secagem com meio de conservação do material colhido; a armazenamento livre de contaminantes. Técnicas de coleta, herborização e catalogação de amostras vegetais. Herbário de plantas medicinais (tipos de coleção, preparo de exsicatas; identificação; conservação). Plantas tóxicas: conceito, acidentes com intoxicação, prevenção e conhecimento das principais plantas tóxicas. 61 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Principais ecossistemas brasileiro e regional e distribuição da sua flora. Principais vegetais brasileiros e regionais utilizados em terapêutica e os constituintes químicos. Taxonomia de famílias vegetais da flora mineira de interesse farmacológico, tóxico e comercial; propriedades terapêuticas e tóxicas de espécies vegetais. 5. Tópicos em Fisiologia Vegetal: A água nas plantas: absorção, translocação e perda de água; Transporte de solutos orgânicos e inorgânicos; Aspectos da fotossíntese; Principais vias biossintéticas de fitofármacos; Crescimento, desenvolvimento e fotomorfogênese; Tropismos, natismos, hormônios vegetais e aspectos fisiológicos da reprodução. CONTEÚDOS PRÁTICOS: Apresentação audiovisual do bioma regional, fitofisionomias e de suas principais plantas medicinais. Coleta de plantas; prensagem, secagem, montagem de exsicatas e conservação de plantas de interesse farmacêutico em laboratório. Identificação de plantas medicinais mediante o uso de chaves taxonômicas e realização de exercícios com o uso de nomes científicos das plantas medicinais. Exercícios experimentais em laboratório, com auxílio de microscópio, lupa e preparação de lâminas de cada parte vegetal, enfocando suas variações adaptativas. Exercícios experimentais, em laboratório, com auxílio de microscópio, lupa e preparação de lâminas de plantas tóxicas. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: AKISUE, Gokithi; OLIVEIRA, Fernando de. Fundamentos de farmacobotânica e de morfologia vegetal. São Paulo: Atheneu, 2008. _______. Práticas de morfologia vegetal. São Paulo: Atheneu, 2006. ESAU, K. Anatomia das plantas com sementes. 17. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2005. RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia vegetal. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: CUTLER, E.G. Anatomia vegetal - segunda parte: células e tecidos. São Paulo: Rocca, 2002. FERRI, Mário Guimarães. Botânica - morfologia externa das plantas (organografia). 15. ed. São Paulo: Nobel, 2004. _______. Botânica interna das plantas. São Paulo: Nobel, 1999. JOLY, Aylton Brandão. Botânica: introdução à taxonomia vegetal. São Paulo: IBEP Nacional, 2005. LORENZI, Harri. Plantas medicinais no Brasil nativas e exóticas. São Paulo: Plantarum, 2002. SOUZA, V.C. Chave de identificação para as principais famílias de angiospermas nativas e cultivadas do Brasil. São Paulo: Instituto Plantarum, 2007. 62 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Métodos Físicos em Farmácia EMENTA: Conhecimentos teóricos e aplicações práticas de métodos físicos em Farmácia. Operações e conversões físicas. Algarismos significativos, teoria dos erros. Gráficos. Densimetria: conceitos e métodos. Mecânica dos fluidos: pressão, tensão superficial, capilaridade, viscosidade e fluxo. Óptica geométrica: sistemas ópticos refletores e refratores, lentes, formação de imagens, aplicação ao microscópio simples, microscópio composto e óptica da visão. Polarização. Óptica física: espectro eletromagnético e espectrometria. Aplicação, em laboratório, de técnicas experimentais para tomada de medidas físicas, tratamento e análise de dados fundamentais à atuação do farmacêutico. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Fornecer uma visão geral dos conceitos físicos aplicados às ciências farmacêuticas e as bases dos procedimentos em física experimental relacionados à atuação do farmacêutico, desenvolvendo no aluno competências e habilidades para: dominar e utilizar, eticamente, os conceitos, instrumentos e o raciocínio da Física para compreender e resolver problemas da área farmacêutica em que eles sejam aplicáveis, valorizando o trabalho em equipe. identificar as principais grandezas físicas e realizar transformações trabalhando com o sistema internacional de unidades. reconhecer a importância da realização correta das medidas físicas e tratamento de erros em laboratório. conhecer e utilizar as técnicas de construção de gráficos, a partir de dados experimentais. compreender a importância dos conceitos e do raciocínio da mecânica para solucionar problemas, especialmente aqueles aplicados na área de Farmácia. conhecer as leis que governam os líquidos em repouso e em movimento; as principais leis da Termodinâmica e aquelas que governam o transporte do calor. utilizar os fundamentos dos fenômenos ondulatórios e óticos na área farmacêutica e compreender a importância das ondas eletromagnéticas. reconhecer as grandezas básicas da eletricidade e do magnetismo como conceitos importantes para o farmacêutico. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: 1 - Sistemas de Unidades 1.1 – Representação de uma medida física 1.2 – Grandezas fundamentais e grandezas derivadas 1.3 – Principais sistemas de unidades 2 - Introdução à teoria de erros 2.1 – Tipos de erros 2.2 – Algarismos significativos 2.3 – Incertezas 2.4 - Representação de um conjunto de medidas: valor médio, desvio padrão e desvio padrão da média. 63 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA 3 - Gráficos 3.1 – Anamorfose 3.2 – Gráficos em escala logarítmica 4 - Densimetria 4.1 – Conceito de densidade 4.2 – Determinação da densidade de sólidos e líquidos por meio do picnômetro 4.3 - Determinação da densidade de sólidos por meio da balança hidrostática 5 - Mecânica dos fluidos 5.1 – Pressão. Pressão arterial e pressão intra-ocular 5.2 – Tensão superficial e capilaridade. Tensão superficial nos pulmões 5.3 - Fluxo (vazão): conceito e aplicações no sistema circulatório 5.4 – Viscosidade: conceito e métodos de determinação. Viscosímetro de rotação 6 - Óptica geométrica 6.1 – Reflexão e refração 6.2 – Lentes e formação de imagens. Microscópio simples e microscópio composto. Óptica da visão e defeitos da visão 7 - Polarização 7.1 – Conceito. Luz polarizada e polariscópio 8 - Óptica física 8.1 – Espectro eletromagnético. Dispersão da luz branca 8.2 – Espectrometria: espectrômetro de prisma 9 - Física dos radioisótopos 9.1 – Decaimentos radioativos 9.2 – Meia-vida física, meia-vida biológica e meia-vida efetiva 9.3 – Atividade de uma amostra radioativa 9.4 – Exemplo de detector de radiação: contador Geiger-Müller Bibliografia Básica: HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física: óptica e física moderna. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. OKUNO, E.; CALDAS, I. L. e CHOW, C. Física para ciências biológicas e biomédicas. São Paulo: Harbra, 1986. SERWAY, R. A. e JEWETT JÚNIOR, J. W. Princípios de física. São Paulo: Thomson Learning, 2004. Bibliografia Complementar: GARCIA, Eduardo Alfonso Cadavid. Biofísica. São Paulo: Sarvier, 2005. HENEINE, Ibrahim Felippe. Biofísica básica. São Paulo, Atheneu, 2004. POMBEIRO, Armando J Latourrette O. Técnicas em operações unitárias em química laboratorial. 2. ed. Lisboa: Fundação Kaloustre Gulbekian, 2003. SEARS, F.W.; ZEMANSKY, M.W. Física II. 10. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2003. 64 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Fundamentos Socioantropológicos da Saúde e da Doença EMENTA: Determinantes evolutivos do pensamento sociológico. Concepção de homem ao longo da história: do entendimento clássico ao humanismo moderno até as dicotomias atuais sobre “homemmáquina”, “homem-holístico”. Abordagem antropológica do fenômeno saúde-doença em sua dimensão coletiva. Conceito de enfermidade como decorrência do tripé etiológico: biofísico, social e cultural. Patologias sociais e a representação social da doença. Dimensão simbólica do adoecimento e cura e os itinerários terapêuticos: medicinas populares e científicas. Construção da identidade social do farmacêutico. Análise e discussão de questões emergentes da sociologia contemporânea em sua multidimensionalidade: condições de existência (bairro, família, escola), pobreza, violência urbana, inclusão e exclusão, biotecnologia, ecodestruição, globalização. Discussão sobre as relações sociais e os processos de saúde coletiva no Brasil sob o ponto de vista sociológico. OBJETIVOS: Proporcionar uma visão da Sociologia e Antropologia como ciências da sociedade, partindo do conhecimento da história destes saberes e das contribuições teóricas de diferentes pensadores para a compreensão de fatos sociais determinantes das situações saúde-doença e como referência ao desenvolvimento de programas de estudo em saúde coletiva. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Situar, criticamente, o homem no tempo e no espaço em vista da identificação e desenvolvimento de propostas alternativas de relacionamento social. Abordar a Sociologia não apenas como mais uma ciência, mas, sobretudo como instrumento que pode contribuir na construção da cidadania. Relacionar elementos conceituais que possam ser utilizados no desenvolvimento de programas de Saúde Coletiva para uma análise sociopolítica e antropológica dos problemas referentes à sociedade como um todo, compreendendo os fatores sociais como determinantes de situações saúde/doença. Fundamentar a análise das relações sociais e os processos de saúde coletiva no Brasil, dando oportunidade de desenvolver o senso crítico a partir da análise e compreensão da realidade social e temporalmente estabelecida; Compreender as relações entre as Ciências Sociais e a saúde no Brasil; entre o farmacêutico/usuário/paciente, situando a atuação da Farmácia na comunidade e o papel social do farmacêutico na intervenção e prevenção da saúde individual e coletiva. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: 1. A Sociologia como ciência da sociedade. Surgimento, formação e desenvolvimento. Grandes mestres das Ciências Sociais: Durkheim, Weber, Talcott, Parson. 2. A Sociologia crítica brasileira: Florestan Fernandes e a contribuição dos sociólogos contemporâneos para a área da saúde. 3. Instituições Sociais: família, igreja, estado, escola, partidos políticos, comércio e indústrias, sindicatos. As diferenças sociais. 65 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA 4. Hierarquias sociais: estratos sociais, castas sociais, estamentos e classes sociais, setores de classes e categorias profissionais. 5. Sistema social: definição e complexidade; Globalização; Interconectividade; Infinitarização; Comunicação de massa; Afetação comportamental da humanidade; Influência positiva dos cuidados com a saúde; Farmácia e os grupos comunitários. O impacto dos estilos de vida sobre a saúde dos indivíduos. 6. Questões atuais desintegradoras da sociedade hodierna: pobreza, fome e desnutrição, marginalidade, inclusão/exclusão, violência, racismo e suas vinculações com as condições de vida e saúde da população. 7. Evolução histórica do conceito de saúde e doença no contexto da sociedade; as diversas concepções de enfermidade; as formas elementares da doença e da cura; representações sociais presentes no processo saúde/doença. 8. Sociologia da Saúde e sua importância para a formação do Farmacêutico; o pensamento parsoniano em saúde; as Ciências Sociais e a saúde no Brasil; relação farmacêutico/usuário/paciente; atuação da Farmácia na comunidade; o compartilhamento do farmacêutico na intervenção e prevenção da saúde; o papel social do farmacêutico. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: ALVES, Paulo César; MINAYO, Maria Cecília de Souza (Orgs.). Saúde e doença: um olhar antropológico. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2008. LAPLANTINE, F. Antropologia da doença. São Paulo: Martins Fontes, 2004. ZANCHI, Marco Túlio e ZUGNO, Paulo Luiz. Sociologia da saúde. Caxias do Sul: Educs, 2008. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: CANESQUI, A. M. Ciências sociais e saúde no Brasil. São Paulo: Aderaldo e Rothschild, 2007. COSTA, Cristina. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2005. HELMAN, C. G. Cultura, saúde e doença. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. NOVA, Sebastião Vila. Introdução à sociologia. São Paulo: Atlas, 2004. OLIVEIRA, Pérsio Santos. Introdução à sociologia. 24. ed. São Paulo: Ática. 2001. Prática Farmacêutica I: Biossegurança em Ações de Saúde EMENTA: Princípios e normas gerais de biossegurança, higiene e profilaxia. Conceitos de assepsia, antissepsia, desinfecção, descontaminação e esterilização. Equipamentos, vidrarias e materiais de laboratórios e seu manuseio. Noções básicas sobre BPL. Segurança de laboratório químico (EPI e EPC). Agentes causadores de acidentes (químicos, físicos e biológicos). Equipamentos de proteção individual e coletiva. Manuseio, controle e descarte de produtos químicos e biológicos. Manuseio e descarte de organismos geneticamente modificados. Normas e protocolo de atendimento do acidentado. Acidentes e noções sobre aplicação de manobras de primeiros socorros. Legislação aplicada a laboratórios de ensino e pesquisa. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: 66 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Desenvolver noções básicas de biossegurança em laboratório, caracterizando os agentes e riscos de contaminação química, física e biológica e os elementos essenciais quanto à indumentária, ao comportamento e atitudes de proteção. Adicionalmente, habilitar o profissional em formação nas técnicas de atendimento a vítimas de acidentes com aplicação das técnicas de primeiros socorros mais indicadas. Ao final do período, o estudante deverá conhecer o ambiente de laboratório, as regras e procedimentos relacionados à biossegurança, realizando corretamente procedimentos básicos em acidentes e situações de emergência, com suporte na legislação de referência. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: MASTROENI, Marco Fábio. Biossegurança aplicada a laboratórios. São Paulo: Atheneu, 2005. HIRATA, Mário Hiroyuki; MANCINI FILHO, Jorge. Manual de biossegurança. São Paulo: Manole, 2001. BIZJAK, Glória; BERGERON, J. David. Primeiros socorros. Paulo: Atheneu, 2008. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: BRASIL. Ministério da Saúde. Biossegurança em laboratórios biomédicos e de microbiologia. 3. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. CARVALHO, Paulo Roberto de. Boas práticas químicas em biossegurança. Rio de Janeiro: Interciência, 1999. SILVA, Décio Teixeira da; GONÇALVES, Roberto Reder. Glossário de boas práticas de laboratórios clínicos. Rio de Janeiro: Interciência, 2003. SILVEIRA J. M. S; BARTMAN M.; BRUNO, P. Primeiros socorros: como agir em situações de emergência. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2002. TEIXEIRA, P; VALLE, S. Biossegurança: uma abordagem multidisciplinar. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2002. Química Orgânica II EMENTA: Química dos carboidratos, aminoácidos, proteínas, lipídeos, ácidos nucléicos, nucleoproteínas, pigmentos biliares, vitaminas e coenzimas. Tipos e mecanismos de reações orgânicas: reações de substituição nucleofílica em carbono saturado e reações de eliminação; reações de adição; reações de substituição nucleofílica em carbono insaturado. Exercícios práticos para ilustração dos conteúdos abordados. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Propiciar o aprendizado teórico e prático da Química Orgânica como ciência experimental na área farmacêutica e na composição das moléculas fundamentais à vida, estabelecendo a relação entre a estrutura química da substância e a atividade farmacológica. Ao final dos estudos, o aluno estará apto a: dominar as técnicas de refluxo e purificação de produtos químicos; identificar as reações, métodos de preparação e caracterização de haletos de alquila, compostos oxigenados e nitrogenados, compostos aromáticos e compostos de interesse farmacêutico e formular mecanismos para essas reações; 67 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA aplicar os conhecimentos de reações de química orgânica às análises da química aplicada à ciência farmacêutica; desenvolver práticas de laboratório de Química Orgânica para assimilação dos conhecimentos programáticos teóricos. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: COSTA, Marco Antônio da; GUIMARÃES, Pedro Ivo Canesso; DIAS, Ayres Guimarães. Guia prático de química orgânica. Rio de Janeiro: Interciência, 2008. FELTRE, Ricardo. Química: química orgânica 6. ed. São Paulo: Moderna, 2004. SOLOMONS, T.W. Graham; FRYHLE, C. B. Química orgânica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. Porto Alegre: Bookman, 2006. FERREIRA, Maira; MORAIS, Lavínia; PINO, José Cláudio Del. Química orgânica. Porto Alegre: Artmed, 2007. LAMPMAN, Gary M.; ALENCASTRO, Ricardo Bicca de; PAVIA, Donald L. Química orgânica experimental. Porto Alegre: Bookman Companhia, 2009. MANO, Eloísa Biasotto; SEABRA, A. P. Práticas de química orgânica. 3. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2002. MCMURRY, John. Química orgânica. São Paulo: Thomson Pioneira, 2005. MARQUES, Jacqueline; BORGES, Christiane Philippini. Práticas de química orgânica. Campinas: Átomo, 2007. MORRISON, R.; BOYD, R. Química orgânica. 14. ed. Lisboa: Fundação Caloustre Gulbenkian, 2005. ZUBRICK, James W. Manual de sobrevivência no laboratório de química orgânica. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2005. Bioquímica Básica EMENTA: A ciência bioquímica e sua evolução. Metodologia bioquímica; estrutura, função e biotransformação dos componentes macromoleculares das células. Carboidratos, lipídios, proteínas, ácidos nucléicos, nucleoproteínas e vitaminas. Enzimas. Sentido das reações. Regulação alostérica. Princípio de bioenergética. Metabolismo de carboidratos – ciclo de Krebs, fosforização oxidativa. Metabolismo de lipídios. Metabolismo de aminoácidos. Aspectos bioquímicos da nutrição. Regulação alostérica e hormonal do metabolismo. Aspectos da integração metabólica. Desenvolvimento em laboratório de práticas funcionais ilustrativas dos conteúdos abordados. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Desenvolver o aprendizado das estruturas químicas, classificação e nomenclatura dos compostos biológicos, suas propriedades, os métodos para identificação e dosamento, como substrato à compreensão do metabolismo destes compostos no organismo e de como este obtém, armazena e utiliza a energia necessária às suas atividades, procedendo-se à relação com a Biologia Celular e Molecular, Farmacologia, Fisiologia, Genética e outras áreas conexas. Ao final do semestre, o estudante deverá demonstrar as competências e habilidades seguintes: 68 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Reconhecer e classificar os compostos que entram na constituição das células; Relacionar as formas estruturais com as propriedades físico-químicas; Isolar e identificar os compostos estruturais, energéticos, metabólicos e nutrientes; Identificar, particularmente, os compostos farmacologicamente ativos; Conhecer os fundamentos da natureza química da bioquímica por meio da caracterização estrutural e funcional das biomoléculas numa abordagem relevante ao Curso de Farmácia. Entender as vias metabólicas dos seres vivos; Compreender as reações químicas envolvidas na síntese da matéria viva e no catabolismo e produção de energia; Demonstrar como regem a função celular normal e algumas alterações patológicas; Compreender a importância e o papel do metabolismo biológico das principais biomoléculas (carboidratos, lipídeos, proteínas e ácidos nucléicos); Conhecer o controle metabólico e sua integração no organismo dos seres vivos; Relacionar estudos bioquímicos com as áreas da Biologia Molecular e Celular, Farmacologia, Fisiologia, Genética e sua aplicabilidade na área farmacêutica; Conhecer e executar os métodos físico-químicos de análise de alimentos; Desenvolver habilidades básicas na prática laboratorial de bioquímica pela vivência de experimentos visando à aprendizagem das principais vidrarias e o seu manuseio, o preparo de soluções, os cálculos de diluições e concentrações, pH e tampão. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: CHAMPE, Pamela C.; HARVEY, Richard A.; FERRIER, Denise R. Bioquímica ilustrada. Porto Alegre: Artmed, 2009. LEHNINGER, Albert L.; NELSON, Kay Yarborough; COX. Princípios de bioquímica. 4. ed. São Paulo: Sarvier, 2006. STRYER, Lubert; TYMOCZKO, John L.; BERG, Jeremy M. Bioquímica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: CAMPBELL, M. K. Bioquímica. Porto Alegre: Artmed, 2001. CISTERNAS, J. R; VARGA, J; MONTE, A. Fundamentos de bioquímica experimental. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2005. CORNELY, Kathleen; PRATT, Charlotte W. Bioquímica essencial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. FERREIRA, Carlos Parada. Bioquímica básica. 7. ed. São Paulo: Edição do Autor, 2007. MARIA, Carlos Alberto Bastos de. Bioquímica básica. Rio de Janeiro: Interciência, 2008. MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. MOTTA, Valter T. Bioquímica clinica para o laboratório. Rio de Janeiro: Medbook, 2009. MURRAY, R. K. et al. Bioquímica. 9. ed. São Paulo: Atheneu, 2004. SACKHEIM, George I et al. Química e bioquímica para ciências biomédicas. São Paulo: Manole, 2004. 69 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Parasitologia e Micologia EMENTA: Considerações sobre vida associada. Parasitismo. Sistemática, morfologia e ciclo biológico dos parasitos (helmintos e protozoários) e seus vetores. Adaptação parasita hospedeiro e influência ambiental. Distribuição geográfica de parasitas do homem. Parasitismo e doença parasitária. Resistência e imunidade. Aspectos quanto à patogenia, manifestações clínicas, diagnóstico laboratorial, epidemiologia e profilaxia das enfermidades de origem parasitária humana de interesse à prática profissional do farmacêutico. As doenças parasitárias e a relação com alimentação, saneamento básico e os mecanismos de prevenção. Importância do estudo de parasitas sob o enfoque científico e biotecnológico. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Desenvolver conhecimentos básicos sobre a morfologia e taxonomia parasitária, para compreensão da sintomatologia e diagnóstico laboratorial das doenças parasitárias e seu tratamento, bem como as implicações da relação parasito/hospedeiro sobre cada um dos componentes dessa associação, fazendo a devida correlação do saneamento básico na produção de saúde e doença nas populações. Ao final do semestre, o discente deverá mostrar-se capaz de: entender a morfologia, fisiologia, ciclos de vida e mecanismos de transmissão dos protozoários, helmintos e artrópodes de interesse médico; compreender aspectos determinantes da relação entre cada parasita e seus respectivos hospedeiros; reconhecer as principais doenças causadas por helmintos e protozoários parasitas, com enfoque nos aspectos epidemiológicos, profiláticos e de tratamento, e as vias de intervenção farmacológica, para o exercício da atenção farmacêutica e preparação para as disciplinas da área clínica; treinar práticas de microscopia e preparação de amostras biológicas para investigação de infecções parasitárias; desenvolver a capacidade de observação e interpretação do material biológico examinado; propor medidas profiláticas necessárias ao controle das infecções dentro de um contexto ecológico e social, atuando como um profissional comprometido com a promoção da saúde da comunidade de referência; identificar, mediante exemplos da prática diária, princípios básicos de higiene e assepsia pessoal e seu papel na transmissão de parasitoses. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: CIMERMAN, Benjamin; CIMERMAN, S. Parasitologia humana e seus fundamentos gerais. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2005. MORES, R. G. Parasitologia e micologia humana. 5. ed. São Paulo: Cultura Médica, 2008. NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 11. ed. São Paulo: Atheneu, 2005. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. 12ª Conferência Nacional de Saúde: Conferência Sérgio Arouca. Relatório Final. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. 70 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA CIMERMAN, Benjamin; FRANCO, Marco Antonio. Atlas de parasitologia: artrópodes, protozoários e helmintos. São Paulo: Atheneu, 2002. FERREIRA, M. U.; FORONDA, A. S.; SCHUMAKER, T. T. S. Fundamentos biológicos da parasitologia humana. São Paulo: Manole, 2003. LUZ NETO, Leonardo Severo da; ROSELI, Volpi; REIS, P. A. dos. Microbiologia e parasitologia. Goiânia: AB, 2003. MINAMI, P. S. Micologia: métodos laboratoriais de diagnóstico das micoses. São Paulo: Manole, 2002. NEVES, David Pereira; BITTENCOURT NETO, João Batista. Atlas didático de parasitologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2008. REY, Luis. Parasitologia - parasitos e doenças parasitarias do homem nos trópicos ocidentais. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. SIDRIM. Micologia médica à luz de autores contemporaneos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. ZAITZ, Clarisee; RUIZ, Lígia Rangel; SOUZA, Valéria Maria de. Atlas de micologia médica. Rio de Janeiro: Medsi, 2004. Microbiologia e Imunologia EMENTA: Posição dos microrganismos na classificação dos seres vivos, sua interação com o meio ambiente e outros seres vivos; as implicações de seu desenvolvimento nas áreas de saúde; grupos de interesse na indústria farmacêutica e de alimentos. Morfologia, estrutura e fisiologia dos microrganismos; noções técnicas de observação e isolamento; controle das populações microbianas por agentes químicos, físicos e antibióticos. Bactérias: morfologia, nutrição, cultivo, genética e reprodução. Fungos: morfologia, fisiologia e reprodução. Tipos de micoses. Vírus: estrutura, replicação. Imunidade natural e específica. Mecanismos inatos e adaptativos da resposta imune. Células e órgãos do sistema imune. Imunidade e diagnóstico das principais doenças virais, bacterianas, fúngicas, parasitárias e auto-imunes. Influências fisiológicas e ambientais sobre o sistema imune. Autoimunidade. Vacinas. Métodos laboratoriais. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Proporcionar ao aluno oportunidade para aquisição de conhecimento básico sobre os grupos de microrganismos que afetam a saúde e a vida humana, abordando sua estrutura, ciclo de vida, nutrição, métodos disponíveis para controle de sua proliferação, seus mecanismos de patogenicidade, assim como as defesas imunológicas desencadeadas pela sua presença no organismo humano. Ao final dos estudos, o aluno estará apto para: identificar as características do mundo microbiano, destacando especialmente as particularidades constitutivas das bactérias, vírus e fungos dentro da sistemática dos seres vivos; mostrar familiaridade com as técnicas microbiológicas básicas, estimulando o treinamento em atividades que exijam o conhecimento dos princípios de biossegurança; detalhar o metabolismo microbiano e suas conseqüentes implicações no relacionamento com o hospedeiro humano; 71 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA diferenciar os conceitos de flora normal e oportunista, microorganismos patogênicos estritos e suas formas de ação; relacionar as principais infecções humanas de etiologia bacteriana, viral e micótica, destacando sua relevância, as medidas cabíveis de profilaxia e combate; compreender a biologia dos fungos patogênicos para o homem, transmissão e patogenicidade, destacando as características macro e microscópicas; conhecer os mecanismos de reconhecimento e eliminação dos constituintes celulares e moleculares que interagem com os organismos humanos, alterando sua integridade; realizar procedimentos básicos para identificação de fungos e bactérias e compreender as relações benéficas e maléficas destes com outros seres, associando conhecimentos básicos da Microbiologia e Imunologia e com sua aplicabilidade na melhoria da condição humana nas áreas de saúde e meio ambiente; entender os processos dependentes de ação do sistema imunológico. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: ABBAS, Abul K.; LICHTMAN, Andrew H. Imunologia básica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. JAWETZ, Ernest; LEVINSON, Warren. Microbiologia médica e imunologia. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. TRABULSI, Luiz Rachid; ALTERTHUM, Flávio. Microbiologia. 5. ed. São Paulo: Atheneu, 2008. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: ABBAS, Abul K. LICHTMAN, Andrew H. PILLAI, S. Imunologia celular e molecular. 6. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2008. ANTUNES, Lucyr J. Imunologia básica. São Paulo: Atheneu, 2003. BIER, Otto G.; SILVA, Wilmar Dias da; MOTA, Ivan. Imunologia: básica e aplicada. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. JANEWAY-Jr, C. A.; TRAVERS, P.; WALPORT M. & SHLOMCHIK, M. Imunobiologia: o sistema imunológico na saúde e na doença. 6. ed. São Paulo: Artmed, 2006. LUIZ NETO, Leonardo Severo. Microbiologia e parasitologia. São Paulo: AB, 2003. MURPHY, K.; TRAVERS, P.; WALPORT, A. Imunobiologia de Janeway. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. PELCZAR JR.; MICHAEL J. et al. Microbiologia: conceitos e aplicações. 2. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2005. 2v. Físico-Química Farmacêutica EMENTA: Unidades e grandezas físico-químicas. Estados de agregação da matéria. Forças intermoleculares. Princípios de termodinâmica química; Termoquímica, equilíbrio e espontaneidade de reações químicas. Propriedades coligativas (diagrama de fases). Cinética química. Sistemas dispersos; colóides, emulsões e suspensões. Polímeros. Preparo de soluções e diluição a partir de medicamentos. Realização de experimentos, em laboratório, que demonstrem a importância do estudo da Físico-Química, tendo em conta as relações de troca presentes nos sistemas biológicos e sua aplicabilidade na área farmacêutica. Aulas práticas associadas aos fundamentos teóricos. 72 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA OBJETIVO, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Analisar sistemática e quantitativamente fenômenos físico-químicos, empregando conceitos básicos como energia, equilíbrio, transformações, espontaneidade e velocidade de reações químicas, e relacioná-los com aspectos teóricos e procedimentos técnicos da área farmacêutica. Ao final do curso, o aluno terá capacidade de: dominar os princípios físicos e físico-químicos que envolvem o funcionamento dos equipamentos empregados nas análises laboratoriais de produtos farmacêuticos e correlatos; preparar soluções e concentrações diferentes e compreender suas propriedades físicoquímicas; distinguir os fatores que influenciam uma reação química na velocidade e no seu equilíbrio; analisar a variação do pH de uma solução; determinar a curva de calibração de uma solução colorida; adquirir as bases teóricas e práticas de termoquímica, eletroquímica, estabelecendo sua aplicabilidade no campo farmacêutico; realizar em laboratório, experimentos que demonstrem os princípios e fenômenos estudados no semestre. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: ATKINS, Peter; PAULA, Júlio de. Físico-Química. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008. FLORENCE, A. T. Princípios físico-químicos em farmácia. 3. ed. São Paulo: Edusp, 2003. NETZ, P.; GONZALEZ, Ortega. G. Fundamentos de físico-químicos para ciências farmacêuticas. Porto Alegre: Artmed, 2002. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: CHANG, R. Físico-Química para as ciências químicas e biológicas. 3.ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2009. V. 1 e 2. CASTELLAN, Gilbert. Fundamentos de físico-química. Rio de Janeiro: LTC, 2003. KOTZ, John C; TREICHEL, Paul M. Química geral e reações químicas. São Paulo: Thomson Pioneira, 2005. LUIZ PILLA, José Schifino. Físico-química: termodinâmica química e equilíbrio químico. Porto Alegre: UFRGS, 2006. RANGEL, R. N. Práticas de físico-química. 3. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2006. Prática Farmacêutica II: Métodos de Pesquisa em Farmácia EMENTA: Natureza da ciência e da pesquisa científica. Procedimentos técnicos e metodológicos de preparação, execução e apresentação da pesquisa científica; avaliação crítica dos resultados. Formas de divulgação da produção científica, critérios oficiais de referenciação bibliográfica definidos pela ABNT; normas técnicas e padrões de linguagem utilizados. Abordagem científica de normas e padrões farmacêuticos. Direcionamentos e desenhos da pesquisa em Farmácia; coleta de dados, análise e interpretação de resultados; o projeto de pesquisa em uma das áreas da Farmácia. Pelo caráter multidisciplinar, este componente curricular tem articulação assegurada 73 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA com os demais do Curso e um enfoque prático direcionado para a produção do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). OBJETIVO, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Iniciar o aluno no processo do pensamento científico e dotá-lo de um instrumental teórico-prático que o habilite, sob as regras da metodologia científica, à prática da pesquisa científica, seus modos, seu planejamento, sua execução e avaliação, à luz dos referenciais da Ciência Farmacêutica, como substrato ao desempenho de suas atividades acadêmicas durante o Curso e, posteriormente, no exercício profissional. Ao final do semestre, os alunos deverão ter desenvolvido uma nova relação com o aprendizado e com as formas de conhecimento e de investigação científicos, tornando-se capaz de: conhecer as perspectivas históricas e as bases teórico-epistemológicas do pensamento científico; compreender o discurso teórico e dialogar com a teoria; distinguir as etapas e características do processo de investigação científica em ciências da vida, desenvolvendo habilidades de condução de uma investigação científica neste domínio da ciência; avaliar e analisar criticamente situações, sistematizando e decidindo sobre condutas adequadas baseadas em evidencias cientificas; dominar os conceitos básicos de metodologia de trabalhos acadêmico-científicos; adotar um comportamento crítico, de investigação e pesquisa; desenvolver a leitura e escrita, identificar e utilizar os procedimentos técnico-metodológicos de organização e produção do trabalho de pesquisa; assumir uma postura de investigação sobre a ação e atuação profissional, produzindo conhecimentos farmacêuticos mediante o processo de investigação, reflexão, seleção, planejamento, organização, avaliação e articulação. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: ANDRADE, Maria Margarida de; MEDEIROS, João Bosco. Introdução à metodologia do trabalho cientifico com uso da internet. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2007. LAKATOS, E. Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007. VIEIRA, Sônia; HOSSNE, W. S. Metodologia científica para a área de saúde. Rio de Janeiro: Elsevier, 2002. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: ABNT. Associação Brasileira de Normas e Técnicas. Normas bibliográficas. Rio de Janeiro: ABNT. DYNIEWICZ, Ana Maria. Metodologia da pesquisa em saúde para iniciantes. São Caetano do Sul: Difusão, 2007. FONTINELE JR, Klinger. Pesquisa em saúde: ética, bioética e legislação. Goiânia: AB Editora, 2003. JUCA, Mário. Metodologia da pesquisa em saúde. Maceió: Edufal, 2006. SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2007. TURATO, E. R. Tratado da metodologia da pesquisa clínico-qualitativa: construção teóricoepistemológica, discussão comparada e aplicação nas áreas da saúde e humanas. Petrópolis: Vozes, 2003. 74 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005. VIEIRA, Sônia; HOSSNE, W. S. Como escrever uma tese. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008. Química Analítica EMENTA: Iniciação aos métodos analíticos. Avaliação de dados analíticos. Amostragem, preparo da amostra e análise. Equilíbrios homogêneos e heterogêneos aplicados à química analítica. Equilíbrios quantitativos de neutralização, de precipitação, de complexação e oxi-redução. Análises por via úmida e por via seca. Análise de cátions e ânions. Noções de separação. Práticas laboratoriais envolvendo os principais métodos instrumentais de análise química. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Subsidiar o aluno com a fundamentação teórico-prática sobre métodos de separação de misturas, execução e interpretação das etapas do processo de avaliação de compostos químicos importantes para a Ciência Farmacêutica, visando desenvolver-lhe o raciocínio químico, o método de trabalho e a capacidade de observação crítica. Ao final do período, o discente deverá ter adquirido, prioritariamente, as competências e desenvolvido as competências e habilidades seguintes: aplicar os fundamentos teóricos que justificam os métodos e técnicas de análise quantitativa inorgânica com base nas propriedades químicas das espécies estudadas; utilizar metodologias de investigação qualitativa e quantitativa em análises químicas na interpretação dos constituintes e componentes dos produtos farmacêuticos, higiênicos, cirúrgicos, cosméticos, sanitários, entre outros; quantificar elementos e compostos químicos, avaliar a precisão e exatidão de dados experimentais mediante aplicação de métodos estatísticos. aplicar os princípios de análise qualitativa na verificação da sensibilidade e seletividade das reações analíticas, na separação e classificação de cátions e ânions; interpretar os fundamentos teóricos da análise química e das reações químicas em solução; conhecer e interagir com conceito de equilíbrio químico em testes para identificação dos íons mais comuns; separar e identificar componentes aniônicos e catiônicos em amostras desconhecidas; desenvolver o raciocínio crítico acerca dos métodos de análise estudados, comparando-os com os praticados nos diversos campos de estudo que envolvem fármacos e medicamentos. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: HARRIS, D. C. Análise química quantitativa. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. LEITE, Flávio. Práticas de química analítica. 2. ed. São Paulo: Átomo, 2008. VOGEL, Arthur Israel. Química analítica qualitativa. 5. ed. São Paulo: Mestre Jou, 2000. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: BACCAN, N.; et al. Química analítica quantitativa elementar. 3. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2004. CROUCH; WEST, D. M.; HOLLER, F. J.; SKOOG, D. A. Fundamentos de química analítica. São Paulo: Pioneira Thomson, 2005. 75 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA KOTZ, John C; TREICHEL, Paul M. Química e reações químicas. São Paulo: Thomson Pioneira, 2005. LEITE, Flávio. Validação em análise química. 4. ed. Campinas: Alínea, 2006. MENDHAM, J.; et al. Química analítica quantitativa. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002. Genética Humana e Evolução EMENTA: História da hereditariedade. Leis de Mendel e análise de herdabilidade. Estrutura e funcionamento do gene. Mutação e mecanismos de mutagênese. Meiose e erros de meiose. Genética clássica. Padrões de herança. Herança poligênica e multifatorial. Genética de populações. Consangüinidade. Citogenética. Inativação do cromossomo X. Mecanismo de compensação de dose. Aberrações cromossômicas estruturais. Aberrações cromossômicas numéricas. Engenharia genética e suas aplicações. Noções de genética bioquímica e de farmacogenética. A influência das novas pesquisas e descobertas genéticas e as questões éticas envolvidas. OBJETIVO, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Possibilitar o aprendizado dos princípios que determinam a herança e expressão de características em um organismo, mediante o entendimento da estrutura e função dos genes e cromossomos, culminando na compreensão de que doenças genéticas podem decorrer de suas alterações. A partir destes estudos dos princípios de genética e evolução, os estudantes saberão identificar, diferenciar e compreender os diferentes padrões de herança genética, de conhecer o material genético, os processos celulares básicos em nível molecular e a tecnologia envolvida, estando ainda aptos a: relacionar informações sobre a natureza molecular do material genético aos mecanismos de herança dos caracteres normais e patológicos, à dinâmica populacional e familiar; reconhecer o alcance da Genética na análise, diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças; conhecer a origem dos órgãos, tecidos e malformação associada; compreender as estruturas físicas e químicas dos ácidos nucléicos, da cromatina e dos cromossomos eucarióticos; identificar métodos de estudo e de classificação dos cromossomos eucarióticos; compreender as ações dos genes e do ambiente na determinação das características dos indivíduos; identificar os tipos de alterações no material genético e agentes causadores; relacionar doenças bioquímicas às causas genéticas; identificar métodos de detecção e de tratamento de doenças genéticas; dominar os mecanismos de transmissão de características de uma geração para outra; compreender os modos de formação de elementos relacionados aos sistemas imunológicos, dos antígenos do Sistema ABO de grupos sangüíneos e do fator Rh; reconhecer a importância dos avanços no domínio da genética visando melhor interpretação dos fenômenos biológicos para o aprimoramento do ser vivo; integrar todos os conhecimentos acerca da formação do ser vivo para aplicabilidade na ciência farmacêutica; 76 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA reconhecer a importância do profissional de Farmácia no estudo da biologia molecular e genética, direcionando sua aplicabilidade aos problemas cotidianos de saúde; conhecer as descobertas da engenharia genética e bioética e relacioná-las com o cotidiano, de modo a entender o impacto na vida dos indivíduos no futuro. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: BURNS, G.W. & BOTTINO, P.J. Genética. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. GARDNER, E. Genética. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. GRIFFITHS, Anthony F. et al. Introdução à genética. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: BEIGUELMAN, B. Citogenética humana. São Paulo: Edusp, 2004. BORGES OSÓRIO, Maria Regina; ROBINSON, Wanyce Miriam. Genética humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2002. LIMA, C. P. Genética humana. 3. ed. São Paulo: Harbra, 2004. PASTERNAK, Jack J. Uma introdução à genética molecular humana: mecanismos das doenças hereditárias. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. PESSINI, L. Problemas atuais de bioética. 6. ed. São Paulo: Loyola, 2003. SNUSTAD, D. Peter; SIMMONS, Michael J. Fundamentos de genética. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. THOMPSON & THOMPSON. Genética médica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. Química Farmacêutica EMENTA: Princípios gerais, campos de pesquisa e atuação da Química Farmacêutica. Princípios naturais de constituição química dos compostos utilizados em Farmácia: fontes, métodos de preparação ou extração, características físico-químicas e farmacológicas. Análise farmacêutica: identificação, análise de impurezas, avaliação da atividade, análises de associações medicamentosas, relações entre estrutura e propriedades organolépticas, físicas, químicas e farmacológicas das substâncias. Aspectos teóricos da ação dos fármacos. Relação entre a estrutura química e a atividade farmacológica, tendo como base os mecanismos de ação de classes terapêuticas selecionadas. Noções de química computacional no desenho de fármacos. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Propiciar estudos, sob um enfoque químico-farmacêutico, das substâncias utilizadas na preparação de medicamentos, destacando a relação estrutura química/atividade farmacológica e os principais alvos moleculares de ação dos fármacos, de modo que se possa identificar e caracterizar os princípios ativos empregados, assim como realizar doseamento em matérias-prima e análises quantitativas e qualitativas de fármacos. Ao final desses estudos, os alunos terão assimilado os fundamentos da Química Farmacêutica, estando aptos a: descrever os aspectos teóricos da ação de agentes quimioterápicos e farmacodinâmicos diversos; relacionar a estrutura química dos agentes farmacodinâmicos com a atividade farmacológica; 77 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA entender os métodos de modificações moleculares e aplicar tais métodos na relação estrutura/atividade nas diversas classes de fármacos; inter-relacionar os aspectos estruturais estudados em Química Orgânica com os aspectos farmacológicos das moléculas; executar rotas sintéticas; classificar a síntese de fármacos de acordo com a ação terapêutica; planejar e conceber o desenho estrutural de novas substâncias com propriedades farmacoterapêuticas úteis, capazes de representar novos fármacos; aplicar os princípios da análise instrumental ou farmacopéia no controle de qualidade de fármacos sintetizados e outros. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: BARREIRO, E. J. & FRAGA, C. A. M. Química medicinal: as bases moleculares da ação dos fármacos. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. KOROLKOVAS, A.; BURCKALTER, J. H. Química farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. OLIVEIRA, A. J. B. Química farmacêutica prática. Maringá: Eduem, 2000. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: ANDREI, César Cornélio. Da química medicinal à química combinatória e modelagem molecular. São Paulo: Manole, 2002. GRAHAM, L. P. An introduction to medicinal chemistry. University Press, Oxford University Press 2002. LIMA, Ana Beatriz Destruti de. Interações medicamentosas. 5. ed. São Paulo: Senac, 2007. MINGÓIA, Q. Química farmacêutica. São Paulo: Melhoramentos, 1975. ZANINI, Antonio Carlos; OGA, Seizi. Medicamentos e suas interações. São Paulo: Atheneu, 2001. Farmacocinética e Farmacodinâmica I EMENTA: Introdução aos conhecimentos teórico-práticos de Farmacocinética – vias de administração e mecanismos básicos de absorção, distribuição, biotransformação, efeitos colaterais e excreção de fármacos. A influência das propriedades físico-químicas e da forma farmacêutica da droga sobre a biodisponibilidade e bioequivalência. Interações farmacológicas. Monitoração de fármacos. Aspectos moleculares da ação dos fármacos, mecanismos transdução de sinais intracelulares e a relação entre concentração e efeito. Seletividade e segurança. Relação farmacocinética e farmacodinâmica. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Dar a conhecer os princípios da Farmacocinética e Farmacodinâmica, fundamentando as reações adversas, interações medicamentosas e toxicidade dos fármacos, fornecendo subsídios ao estudo aplicado de Química Farmacêutica. Com estes conhecimentos o aluno estará apto a: quantificar a cinética de absorção, distribuição, biotransformação, excreção e eliminação de fármacos; 78 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA conhecer as bases moleculares para as ações farmacológicas, os mecanismos de ação, os efeitos bioquímicos, fisiológicos e farmacológicos dos fármacos, assim como as indicações clínicas e contra-indicações; exercer suas atividades na farmácia de dispensação, manipulação, comunitária, ambulatorial, hospitalar e clínica, assim como na indústria farmacêutica de cosméticos e de alimentos; despertar o interesse para a pesquisa científica em fisiologia, farmacologia e áreas afins. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: BRUNTON, L.L.; LAZO, J.S.; PARKER, K.L. Goodman & Gilman: as bases farmacológicas da terapêutica. 11. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2007. KATZUNG, B.G. Farmacologia básica e clínica. 10. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2008. ROWLAND, Malcolm; TOZER, Thomas N.; COSTA, Teresa Dalla. Introdução à farmacocinética e à farmacodinâmica. Porto Alegre: Artmed, 2009. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: BACHMANN, Kenneth A.; LEWIS, Jeffrey D.; FULLER, Matthew A. Interações medicamentosas. São Paulo: Manole, 2006. DEF - Dicionário de Especialidades Farmacêuticas. 2008/2009. Editora de Publicações Biomédicas. KOROLKOVAS, A. Dicionário terapêutico guanabara. 15. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. LIMA, Ana Beatriz Destruti de. Interações medicamentosas. 5. ed. São Paulo: Senac, 2007. OLSON, James M.; LANGELOH, Augusto. Farmacologia clínica. Porto Alegre: Artmed, 2009. RANG, H. P.; DALE, M. M.; RITTER, J. M. Farmacologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. SILVA, Penildon. Farmacologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. ZANINI, Antonio Carlos; OGA, Seizi. Medicamentos e suas interações. São Paulo: Atheneu, 2001. Bioestatística EMENTA: Conceitos fundamentais da Bioestatística. Organização de dados. Representações gráficas. Medidas de tendência central. Medidas de dispersão. Distribuição normal. Amostras e populações. Testes de diferenças entre médias. Análise de variância. Qui-quadrado. Correlação e regressão linear. Noções de probabilidades e suas distribuições. Coeficientes e índices mais utilizados na área de saúde. Utilização de programas estatísticos com aplicações em campos da Farmácia e de análises clínicas e toxicológicas. OBJETIVO, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Proporcionar uma compreensão intuitiva da Estatística e do raciocínio estatístico pelo estudo prático dos métodos mais representativos, habilitando o aluno ao uso de cálculos estatísticos, tratamento e apresentação tabular e gráfica de dados coletados experimentalmente, nas diversas áreas do Curso, para responder a problemas concretos que se colocam na investigação farmacêutica. Ao final dos estudos e aluno estará apto a: 79 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA avaliar e aplicar métodos estatísticos na área das ciências da vida, mais especificamente na área farmacêutica; organizar, descrever, sintetizar e analisar dados experimentais; comparar grupos experimentais e elaborar conclusões; desenvolver espírito crítico na análise de trabalhos de pesquisa, tanto na fase de planejamento quanto ao tratamento estatístico empregado; desenvolver o raciocínio estatístico que facilite a leitura especializada e apresentação de resultados de pesquisa nas diversas áreas do curso; fornecer diagnósticos de pesquisas na área de Farmácia. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: BUSSAB, Wilton de O; MORETTIN, Pedro Alberto. Estatística básica. São Paulo: Saraiva, 2006. VIEIRA, Sonia. Introdução à bioestatística. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. GONZALEZ, Norton. Estatística básica. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2009. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: BERQUÓ, Elza Salvatori; SOUZA, José Maria Pacheco de; GOTLIEB, Sabina Léa Davidson. Bioestatística. 2. ed. São Paulo: EPU, 2005. CALLEGARI-JACQUES, S. M. Bioestatística: princípios e aplicações. Porto Alegre: Artmed, 2004. DORIA FILHO, Ulysses. Introdução à bioestatística: para simples mortais. São Paulo: Elsevier, 2003. DOWNING, D; CLARK, J.; FARIAS, A. A. de. (Trad.) Estatística aplicada. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2005. LAURENTI, Ruy et al. Estatística em saúde. 2. ed. São Paulo: EPU, 2005. LOPEZ, Francisco Javier Baron; DIAZ, Francisca Rius. Bioestatística. São Paulo: Thomson Pioneira, 2006. TRAPP, Beth; DAWSON, Robert G. Bioestatística básica e clínica. São Paulo: McGraw-Hill, 2005. Deontologia e Legislação Farmacêutica EMENTA: Estatuto epistemológico sobre ética e moral. A ética como doutrina da conduta humana: gênese, formação e evolução. Ética profissional. Instrumentos éticos e legais que respaldam o exercício profissional do Farmacêutico. Entidades de classe e órgãos governamentais de saúde. Conselho Federal de Farmácia e Conselhos Regionais de Farmácia. Código de Ética Farmacêutica. Legislação profissional que inclua: medicamentos genéricos, de venda livre e daqueles sujeitos a controle especial; tóxicos entorpecentes e psicotrópicos. Legalidade que regula a instalação e o funcionamento de farmácias e correlatos. Responsabilidade profissional do Farmacêutico. Legislação sanitária vigente. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Registro de produtos relacionados à saúde e à lei de patentes. Análise e discussão de temas relacionados com o desenvolvimento científico e tecnológico e a escolha ocupacional dos profissionais farmacêuticos do ponto de vista bioético. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: 80 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Possibilitar o estudo da ética do ponto de vista do indivíduo e da sociedade, à luz das virtudes da moral individual e social; dar a conhecer a legislação profissional, interpretando as normas e os princípios éticos que legitimam a ação dos profissionais farmacêuticos, ademais de analisar criticamente as pesquisas envolvendo seres humanos e as leis sanitárias de interesse farmacêutico. Com esses embasamentos, o farmacêutico-aprendiz estará apto para: dominar os conceitos ético-legais da profissão farmacêutica e legislação vigente nas diversas áreas de atuação profissional (análises clínicas, alimentos, cosméticos, saneantes, medicamentos e outros); discutir a legislação sanitária pertinente à indústria farmacêutica, produtos como medicamento, cosméticos, saneantes, alimentos e médico-hospitalares; entender as exigências relacionadas ao licenciamento e funcionamento de farmácia industrial, medicamentos, alimentos e laboratórios de análises clínicas nos órgãos de fiscalização; conscientizar-se quanto à responsabilidade civil, penal e administrativa do profissional farmacêutico; analisar e discutir os paradigmas éticos, da moral individual e social, ultrapassando o âmbito da ética codificada, buscando compreender as relações que se estabelecem entre o profissional farmacêutico e os demais sujeitos dessa relação; promover análise crítica do processo histórico-contemporâneo que fundamenta os valores que norteiam a práxis humana, focalizando a ética como reflexão para a ação responsável na dimensão da pessoalidade e do exercício profissional na construção de uma sociedade justa e solidária. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: CÓDIGO DE ÉTICA DA PROFISSÃO FARMACÊUTICA. Brasília: CFF. CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA. Minas Gerais. Legislação. MARCONDES, D. Textos básicos de ética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007. ZUBIOLI, Arnaldo. Ética farmacêutica. São Paulo: Sobravime, 2004. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: BERLINGUER, Giovanni. Bioética cotidiana. Brasília: UnB, 2004. COSTA, Sérgio; FONTES, Malu; SQUINCA, Flávia. Tópicos em bioética. Brasília: Letras Livres, 2006. HOLLAND, S. Bioética: enfoque filosófico. Tradução de Luciana Moreira Pudenzi. Rio de Janeiro: Loyola, 2008. PALÁCIOS, Marisa. Ética, ciências e saúde – desafios da bioética. São Paulo: Vozes, 2002. PESSINI, L; BARCHI, Fontaine C. P. Problemas atuais de bioética. São Paulo: Loyola, 2003. SEGRE, Marco. A questão ética e a saúde humana. São Paulo: Atheneu, 2006. Revista Bioética. Prática Farmacêutica III: Meio ambiente e vigilância à saúde EMENTA: 81 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Saúde ambiental: abordagem conceitual. Os fatores ambientais e o homem. Principais fatores capazes de alterar o equilíbrio ambiental e os efeitos decorrentes de modificações sobre o homem. As condições do meio ambiente, a transmissão de doenças e suas conseqüências sociais. Ar, água, solo, resíduos sólidos, saneamento ambiental e qualidade de vida humana. Educação ambiental e saúde ambiental. Desenvolvimento de práticas interdisciplinares na comunidade e entorno envolvendo a descrição e análise das condições de higiene e saúde social, as condições sanitárias e ambientais da região, bem como ações socioeducativas junto à população. OBJETIVO, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Iniciar o aluno no desenvolvimento de estudos que promovam a aprendizagem de condutas minimizadoras dos impactos negativos no meio biótico e na saúde do próprio homem. Os estudos orientam-se para atividades de campo e na comunidade local, momento em que os alunos serão induzidos a observar fenômenos naturais em suas condições de equilíbrio ecológico e sua interferência no processo saúde/doença; a formular abordagens socioeducativas apropriadas; a coletar e analisar dados e apresentar resultados visando à promoção da saúde humana e a sustentabilidade do meio ambiente. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: FOCESI, Maria Cecília. Educação ambiental em diferentes espaços. São Paulo: Signus, 2007. PHILIPPI JÚNIOR, A. Saneamento, saúde e meio ambiente: fundamentos para um desenvolvimento sustentável. São Paulo: Manole, 2004. SISINNO, C. L. S.; OLIVEIRA, R. M. Resíduos sólidos, ambiente e saúde: uma visão multidisciplinar. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2006. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: ALMEIDA, Fernando. Desafios da sustentabilidade: uma ruptura urgente. São Paulo: Campus, 2008. ASHLEY, Patrícia. Responsabilidade social e meio ambiente: São Paulo: Saraiva, 2007. BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde ambiental e gestão de resíduos de serviços de saúde. Capacitação à distância. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. DAJOZ, Roger. Princípios de ecologia. Porto Alegre: Artmed, 2005. FORATTTINI, Osvaldo. Ecologia, epidemiologia e sociedade. Porto Alegre: Artmed, 2004. MINAYO, M. C. de M. & Miranda A.C. Saúde em ambiente sustentável: estreitando nós. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2002. MORAES, Luiz Alberto Rodrigues de. Direito à saúde e segurança no meio ambiente. São Paulo: LTR, 2002. ODUM, Eugene P; BARRET, Gary W. Fundamentos de ecologia. São Paulo: Thomson Pioneira, 2007. PAPINI, Solange. Vigilância em saúde ambiental. São Paulo: Atheneu, 2008. TORRES, Heloisa. População e meio ambiente. São Paulo: Senac, 2000. Processos Patológicos Gerais EMENTA: História natural da doença. Delimitação do campo teórico da Patologia Geral envolvendo conceitos de saúde e doença, normal e patológico. A doença em termos evolutivos e culturais. 82 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Patogênese das doenças, centrando-se o estudo nos aspectos moleculares, celulares e teciduais envolvidos na inflamação aguda e crônica, no reparo tecidual, nas desordens hemodinâmicas (incluindo coagulação), nas doenças genéticas, nos fenômenos imunopatológicos, nas neoplasias, nas doenças infecciosas, nos desarranjos do metabolismo e da nutrição. Principais doenças imunológicas e sistêmicas de natureza nutricional e do meio ambiente. Processos de reparação tecidual. Discussão de questões que contextualizem a evolução do processo de adoecimento e cura na contemporaneidade. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Dar a conhecer a patogênese das doenças, os principais agravos e mecanismos de defesa do organismo, analisados do ponto de vista da ação dos agentes agressores físicos, químicos ou biológicos e das alterações produzidas nas células; indicar as situações relevantes nas quais a investigação laboratorial pode estabelecer a verdadeira natureza da doença e monitorar sua evolução em resposta à terapia adotada. Com esses estudos, o estudante estará apto a: compreender os processos patológicos que envolvem os sistemas humanos; diferenciar saúde e doença; reconhecer as manifestações que ocorrem nas células e tecidos e as lesões que caracterizam os distúrbios orgânicos; inter-relacionar as características clínicas, radiológicas e histopatológicas diferenciais das lesões dos sistemas, analisando o desenvolvimento e prognóstico dessas lesões em função do diagnóstico e do tratamento indicado; identificar as patologias relevantes de cada sistema, enfocando a etiologia, patogênese, anatomia patológica, fisiopatologia e evolução, estabelecendo correlações anatomoclínicas. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: ABBAS, Abul K.; et al. Robbins patologia básica. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Bogliolo - Patologia geral. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. COTRAN, R.S.; KUMAR, V.; COLLINS, T. Patologia - bases patológicas da doença. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: CAMARGO, João Lauro Viana de; OLIVEIRA, Deilson Elgui de. Patologia geral: abordagem multidisciplinar. Rio de Janeiro: Guanabara, 2007. CIRIADES, Pierre G. J. Manual da patologia clínica. São Paulo: Atheneu, 2008. COTRAN, R. S; et al. Patologia estrutural e funcional. ?6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. MENDES, Malker Righi; CAPARICA FILHO, Nevio Urioste; BRANDÃO, Jaime Peralta de Lima. Manual da patologia clínica. Rio de Janeiro: Imperial, 2008. MONTENEGRO, Mário R. Patologia de processos gerais. São Paulo: Atheneu, 2004. STEVENS, Alan; LOWE, James N. Patologia. 2. ed. São Paulo: Manole, 2002. Farmacotécnica EMENTA: 83 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Breve história da farmácia galênica. Remédios e medicamentos, posologia, receita médica e seus constituintes. Boas práticas de manipulação e controle de qualidade em Farmácia. Metodologias aplicadas à manipulação: operações básicas e abreviaturas; relações entre composição, biodisponibilidade, acondicionamento, embalagem, conservação, estabilização, incompatibilidades, vias de administração e dispensação de medicamentos. Formas farmacêuticas sólidas, semi-sólidas e líquidas sob o ponto de vista conceitual, de constituição, planejamento, formulação e preparação. Adjuvantes farmacotécnicos na elaboração das diferentes formas farmacêuticas. Estabilidade e embalagem de medicamentos manipulados. Cálculos relacionados às preparações magistrais e oficinais de estabilidade e tonicidade de preparações estéreis. Dispensação. Formas cosméticas: higiênicas, preventivas e estéticas; aspectos técnicos e práticos para o seu desenvolvimento. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Apresentar as bases teórico-práticas da composição geral do medicamento e a concepção das principais formas farmacêuticas, como subsídio ao exercício da atenção farmacêutica no plano da interpretação e avaliação de prescrições, preparo, conservação, dispensação e desenvolvimento de medicamentos, controle e garantia da qualidade de insumos farmacêuticos, de tal modo que o aluno possa: compreender os aspectos fundamentais relacionados à farmacotécnica, os procedimentos e expressões usuais na área; diferenciar as formas farmacêuticas e relacioná-las com os fenômenos farmacocinéticos (absorção, distribuição e eliminação); identificar e caracterizar as diferentes formas farmacêuticas dispersas, estéreis e de ação modificada; identificar e caracterizar as diferentes formas farmacêuticas líquidas não-estéreis e sólidas; formular e reconhecer a ação de cada insumo em uma determinada forma farmacêutica; dominar os conhecimentos básicos sobre a composição e manipulação de produtos cosméticos; analisar as formas farmacêuticas quanto a aspectos de estabilidade, atividade farmacológica e compatibilidade entre fármacos, veículos e adjuvantes; executar com responsabilidade o desenvolvimento, produção e dispensação dos medicamentos magistrais e oficinais; conhecer a composição, produção e controle de qualidade em fármacos, bem assim as normas e leis que regulam tais atividades; exercitar práticas de manipulação de medicamentos pela transformação de substâncias puras em formas farmacêuticas por intermédio de técnicas apropriadas baseadas em Boas Práticas de Manipulação e em Procedimentos Operacionais Padrão de acordo com a legislação vigente. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: AULTON, M. E. Delineamento de formas farmacêuticas. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. GENNARO, A. R. Remington. A ciência e a prática da farmácia. 20. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. HANSEL, H. C.; POPOVICH, N. G.; ALLEN JR, L.V. Farmacotécnica: formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 6. ed. São Paulo: Premier, 2001. 84 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: ALVES, A Correa; PRISTA, Luis Vasco Nogueira; MORGADO, R. M. Ramos. Técnica farmacêutica e farmácia galênica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1991. CRESPO, M.; CRESPO, J. Formularium: compêndio de fórmulas magistrais. São Paulo: Pharmabooks, 2002. CONRADO, M.F.L., CORDEIRO, P. P. M. Gestão farmacotécnica magistral. 2. ed. São Paulo: Base, 2008. DEF - Dicionário de Especialidades Farmacêuticas. 2008/2009. Editora de Publicações Biomédicas. FERREIRA, Anderson de Oliveira. O. Guia prático da farmácia magistral. 3. ed. São Paulo: LMC Pharmabooks, 2008. STORPIRTIS, S.; GONÇALVEZ, J. E.; CHIANN, C; GAI, M. N. Biofarmacotécnica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. THOMPSON, J.E. A prática Farmacêutica na manipulação de medicamentos. Porto Alegre: Artmed, 2006. Farmacognosia e Princípios Ativos Fitoterápicos EMENTA: Aspectos gerais de Farmacognosia. Caracterização físico-química dos fármacos de origem vegetal e principais rotas biossintéticas que participam da produção biológica. Métodos gerais e especiais de coleta, secagem, estabilização e conservação de espécies vegetais para pesquisa fitoquímica. Controle fitoterápico. Os grandes grupos de fármacos de origem vegetal: composição química, atividade farmacológica dos diferentes componentes, efeito farmacológico resultante da interação das substâncias, diferentes formas de apresentação como material botânico e seus extratos. Fatores que influenciam a produção e deterioração das drogas vegetais. Importância da biodiversidade e etnofarmacologia na prospecção de novos fármacos. Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS – aspectos relevantes da legislação e produção de fitoterápicos. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Apresentar os princípios ativos de fármacos de origem natural, especialmente os de natureza vegetal, desde a conceituação, localização nos produtores e ocorrência; as estruturas histoquímicas básicas; as principais propriedades químicas e farmacológicas; os efeitos colaterais e a importância do uso de drogas vegetais, habilitando o aluno para práticas específicas em química de produtos naturais e, mais especificamente: conhecer as técnicas de identificação, caracterização de plantas medicinais e substâncias bioativas presentes nas drogas vegetais, e de produção de formas farmacêuticas utilizadas em fitoterapia; dominar os processos fitoquímicos básicos para extração, identificação e fracionamento de princípios ativos de origem biológica, de modo a fomentar o desenvolvimento e o interesse em biotecnologia de fitoterápicos e fitofármacos; fundamentar os métodos fitoquímicos de análises presuntiva, qualitativa e quantitativa aplicadas ao estudo químico-farmacêutico de plantas com princípios farmacologicamente ativos; 85 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA desenhar e interpretar fluxogramas de marchas analíticas e extrações; ordenar e preparar reagentes e procedimentos experimentais relacionados a fitoquímicos; consolidar o conhecimento dos processos de biossíntese de produtos naturais; executar técnicas de análise fiscal das drogas de origem vegetal, bem como o doseamento biológico de matérias-primas vegetais; compreender a importância da fauna e especialmente da flora como fonte de conhecimento e de matéria prima para o farmacêutico; analisar criticamente produtos fitoterápicos e plantas medicinais quanto aos aspectos de eficácia, segurança e qualidade; respeitar o conhecimento popular sobre uso e aplicações de plantas medicinais, valorizar o seu uso pelas comunidades e serviços públicos de saúde; desenvolver uma visão crítica quanto à utilização de nossa flora medicinal e a importância das plantas medicinais no acesso aos medicamentos. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: OLIVEIRA, F.; AKISUE, Gokithi; AKISUE, Maria Kubota. Farmacognosia. São Paulo: Atheneu, 1998. PROENÇA DA CUNHA, A. Farmacognosia e fitoquímica. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2006. SIMÕES, Cláudia Maria Oliveira. (Org.) Farmacognosia da planta ao medicamento. Porto Alegre: UFRGS, 2007. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: CÔRREA, A. D.; BATISTA, R. S.; QUINTAS, L. E. M. Plantas medicinais: do cultivo à terapêutica. Petrópolis: Vozes, 1998. COSTA, Aloísio Fernandes. Farmacognosia. 6. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2002. CUNHA, Fernando Ayres da. Farmacopéia brasileira. São Paulo: Andrei, 2004. IBURG, Anne. Plantas medicinais: ingredientes, efeitos medicinais, aplicações. São Paulo: Lisma, 2006. LORENZI, Harri; MATOS, Francisco José de Abreu. Plantas medicinais no Brasil. 2. ed. Nova Odessa: Plantarum, 2008. YUNES, R.A.; FILHO, V.C. ITAGAI. Química de produtos naturais, novos fármacos e a moderna farmacognosia. Editora Univali, 2007. SOARES, Carlos Alves. Plantas medicinais como alternativa terapêutica. Petrópolis: Vozes, 2007. STASI, Luiz Cláudio. Plantas medicinais: verdades e mentiras. São Paulo: Unesp, 2007. Legislação aplicada a medicamentos fitoterápicos. Farmacocinética e Farmacodinâmica II EMENTA: Estudo dos mecanismos de ação das principais classes terapêuticas. A terapêutica medicamentosa nas diferentes patologias, enfatizando os princípios farmacocinéticos, farmacodinâmicos e fisiológicos das classes de medicamentos. Farmacologia do sistema nervoso autônomo, dos antiinflamatórios esteroidais e não esteroidais, dos cardiovasculares, dos contraceptivos, dos medicamentos usados em diabetes, DPOC, Hansen e contracepção. Farmacologia de grupos 86 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA especiais de pacientes (crianças, idosos, gestantes). Farmacologia clínica (reações adversas, uso racional de medicamentos, interações entre drogas). OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Fornecer as bases dos mecanismos de ação dos principais grupos de fármacos nos sistemas do organismo humano, fundamentando as reações adversas, interações medicamentosas e a toxicidade dos fármacos, para que se possa promover o uso racional de medicamentos e evitar ou minimizar as reações adversas e prestar assistência farmacêutica no monitoramento de terapias medicamentosas. Estes conhecimentos são fundamentais à formação profissional do aluno, tornando-o capaz de: entender os principais mecanismos de ação dos diferentes grupos de fármacos estudados, assim como algumas interações em nível farmacodinâmico e farmacocinético; conhecer as bases moleculares para as ações farmacológicas, os principais mecanismos de ação, os efeitos bioquímicos, fisiológicos e farmacológicos dos fármacos, assim como as indicações clínicas e contra-indicações; quantificar a cinética de absorção, distribuição, biotransformação, excreção e eliminação de fármacos; distinguir os processos biofarmacêuticos de absorção, distribuição, metabolismo e eliminação e compreender como eles interferem na ação de fármacos no organismo; aplicar os modelos farmacocinéticos abertos de um e dois compartimentos e alguns outros modelos; avaliar se duas formulações são bioequivalentes e aplicar os conceitos de biodisponibilidade absoluta e relativa; estabelecer os parâmetros importantes entre os mecanismos de ação dos diferentes fármacos e os efeitos modificados por alimentos. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: BRUNTON, L.L.; LAZO, J.S.; PARKER, K.L. Goodman & Gilman: as bases farmacológicas da terapêutica. 11. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2007. KATZUNG, B.G. Farmacologia básica e clínica. 10. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2008. ROWLAND, Malcolm; TOZER, Thomas N.; COSTA, Teresa Dalla. Introdução à farmacocinética e à farmacodinâmica. Porto Alegre: Artmed, 2009. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: BACHMANN, Kenneth A.; LEWIS, Jeffrey D.; FULLER, Matthew A. Interações medicamentosas. São Paulo: Manole, 2006. DEF - Dicionário de Especialidades Farmacêuticas. 2008/2009. Editora de Publicações Biomédicas. KOROLKOVAS, A. Dicionário terapêutico guanabara. 15. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. LIMA, Ana Beatriz Destruti de. Interações medicamentosas. 5. ed. São Paulo: Senac, 2007. OLSON, James M.; LANGELOH, Augusto. Farmacologia clínica. Porto Alegre: Artmed, 2009. RANG, H. P.; DALE, M. M.; RITTER, J. M. Farmacologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. SILVA, Penildon. Farmacologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. ZANINI, Antonio Carlos; OGA, Seizi. Medicamentos e suas interações. São Paulo: Atheneu, 2001. 87 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Saúde Pública e Farmacovigilância EMENTA: Conceitos de Saúde de uma perspectiva holística e oficial. Os determinantes do processo saúde/doença: unicausal, multicausal e social. Medidas de freqüência de doenças. Resgate sociohistórico sobre a evolução da Saúde Pública e das políticas sociais no Brasil. Princípios doutrinários e organizativos do Sistema Único de Saúde – SUS. O Farmacêutico no SUS. Indicadores de saúde e o perfil epidemiológico da população brasileira, do estado e região do Baixo Jequitinhonha. Delineamentos de estudos epidemiológicos. A vigilância epidemiológica e o programa nacional de imunização como instrumentos de ruptura da cadeia de transmissão de doenças. Vigilância sanitária e epidemiológica dos medicamentos: noções básicas, métodos epidemiológicos e sua aplicação nos diferentes níveis de atuação profissional. Política de Medicamentos e o Programa de Assistência Farmacêutica. Estudos sobre Utilização de Medicamentos (EUM). Indicadores de consumo. Avaliação da qualidade da informação em medicamentos. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Analisar a problemática da saúde pública no país, os fatores que a condicionam (saneamento, planejamento, organização do sistema de atenção à saúde) e as principais questões prevalentes, com ênfase na utilização racional do medicamento pela atuação do profissional farmacêutico na assistência à saúde pública. Ademais, levar à discussão o papel da Ciência Farmacêutica e a atuação do farmacêutico na saúde coletiva, levando-se em conta sua abrangência e as condições de acesso de populações específicas às requisitos mínimos de vida saudável. Ao final do curso, o aluno deverá demonstrar-se capaz de: dominar os conceitos e mecanismos de risco epidemiológico e de experimento; identificar a estrutura da vigilância epidemiológica e sanitária; conhecer indicadores epidemiológicos de saúde coletiva e proceder a uma análise crítica dos desenhos de pesquisa em estudos epidemiológicos; definir casos de vigilância sanitária e epidemiológica, inscrever, analisar e propor medidas profiláticas para o controle ou indicação das doenças sob vigilância epidemiológica; identificar os principais aspectos epidemiológicos das doenças transmissíveis e nãotransmissíveis e os diferentes tipos de fontes de evidências e os elementos das análises dessas evidências; comparar as variáveis circunstanciais na epidemiologia de diversas condições de saúde/doença; definir as formas de determinação de probabilidades em epidemiologia; identificar os indicadores dos estudos de utilização de medicamentos; interpretar as informações em saúde, bem como articulá-las sobre medicamentos; compreender o papel e o nível de responsabilidade do profissional farmacêutico na investigação dos determinantes sociais da saúde e doença; assumir atitudes críticas sobre os principais problemas epidemiológicos na saúde pública brasileira e regional, relacionar-se e comportar-se eticamente com o seu grupo de trabalho e com a comunidade assistida. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: 88 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA ALMEIDA FILHO, Naomar de; ROUQUAYROL, Maria Zélia. Introdução à epidemiologia: revisada e ampliada. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. GIOVANELLA, L.; ESCOREL, S., LOBATO, L. V. C.; NORONHA, J. C.; CARVAL, A. I. Políticas e sistema de saúde no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2008. MEDRONHO, Roberto de Andrade; BLOCH, Kátia Vergetti; WERNECK, Guilherme Loureiro. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2008. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: ANVISA. Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. Disponível no URL: www.anvisa.gov.br/snvs. ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE MEDICINA. SUS o que você precisa saber sobre o sistema único de saúde. São Paulo: Actínia, 2004. BELLUSCI, Sílvia Meirelles. Epidemiologia. 7. ed. São Paulo: Senac, 2008. BENICHOU, Christian. Guia prático de farmacovigilância. São Paulo: Andrei, 1999. COHN, A.; ELIAS, P. E. Saúde no Brasil: políticas e organização de serviços. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2005. INDICADORES BÁSICOS PARA A SAÚDE NO BRASIL: conceitos e aplicações. 2. ed. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2008. MIRANDA, A. C.; BARCELLOS, C. (Orgs.). Território, ambiente e saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2008. PINHEIRO, R.; MATTOS, R. A. (Orgs). Ensinar Saúde: a integralidade e o SUS nos cursos de graduação na área da saúde. Rio de Janeiro: CEPESC/UERJ, IMS: ABRASCO, 2006. ROCHA, Aristides Almeida; CÉSAR, Chester Luiz Galvão. Saúde pública - bases conceituais. São Paulo: Atheneu, 2008. Prática Farmacêutica IV: Observação em Serviços de Saúde EMENTA: Atividades programadas de observação em visitas orientadas a serviços de saúde e a outros ambientes inerentes à atuação do farmacêutico: farmácias de tipologias diversas, indústrias farmacêuticas, laboratórios de análises clínicas, indústrias de alimentos, estação de tratamento de água e esgoto, vigilância epidemiológica. Identificação do papel do profissional farmacêutico na comunidade, observação dos aspectos éticos da profissão. Acompanhamento de práticas multiprofissionais nos serviços de atenção básica à saúde. Integração ao Programa de Saúde Coletiva e em outras atividades interativas na comunidade de referência. Elaboração de relatório relacionado às atividades exercidas nos locais visitados e observados. OBJETIVOS: Fornecer ao farmacêutico em formação, obedecendo ao nível de complexidade compatível, condições de conhecer os diferentes campos de atuação e poder aplicar, em situações práticas, os conhecimentos adquiridos até então, buscando o desenvolvimento, a capacitação e aprimoramento das competências inerentes ao exercício do profissional farmacêutico. BIBLIOGRAFIA: Os títulos utilizados nos componentes curriculares já cursados do curso e especialmente nos do semestre em questão. 89 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Farmacotécnica Homeopática EMENTA: Filosofia homeopática, abordagem histórica e evolução. Conceitos básicos e fundamentais de Homeopatia. Farmacotécnica homeopática abrangendo a manipulação de formas farmacêuticas básicas e derivadas, de uso interno e externo, conservação e dispensação dos medicamentos homeopáticos, bem como acondicionamento e controle de qualidade em farmácias homeopáticas. Estrutura da farmácia homeopática. Ação de medicamentos homeopáticos. Receituário homeopático e legislação aplicável à homeopatia. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Dar a conhecer os mecanismos de obtenção de medicamentos homeopáticos, considerando a farmacotécnica específica e particular de cada tipo deste medicamento, bem como o controle de qualidade, acondicionamento, validade e dispensação, dotando o aluno das competências e habilidades seguintes: identificar e relacionar os princípios básicos da homeopatia na produção de medicamentos homeopáticos; conhecer os medicamentos homeopáticos em suas diferentes origens, desde a transformação da matéria prima em medicamento, obedecida a farmacotécnica própria da homeopatia; identificar a importância da estabilidade dos fármacos, os fatores intrínsecos e extrínsecos que alteram a conservação dos mesmos e ainda alguns métodos de conservação. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: DIAS Aldo de Farias. Fundamentos de homeopatia: princípios de prática homeopática. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2003. FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA. Partes I e II. São Paulo: Atheneu, 2004. FONTES, Olney Leite. Farmácia homeopática: teoria e prática. 3. ed. São Paulo: Manole, 2009. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: AMARAL, Maria da Penha Henriques do; VILELA, Miriam Aparecida Pinto. Controle de qualidade na farmácia de manipulação. São Paulo: Omega, 2008. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS. Manual de normas técnicas para farmácia homeopática. Editora da ABFH, 2003. CARVALHO, José C. Tavares. Formulário médico-farmacêutico de fitoterapia. 2. ed. São Paulo: Pharmabooks, 2005. CRESPO, Marcelo; CRESPO, Juliana. Formularium: compêndio de fórmulas magistrais. São Paulo: Pharmabooks, 2002. LACERDA, Paulo. Manual prático de farmacotécnica contemporânea em homeopatia. São Paulo: Andrei. POZETTI, G. L. Controle de qualidade em homeopatia. Ribeirão Preto: IHFL, 1998. SOARES, Antonius A. Dorta. Dicionário de medicamentos homeopáticos. São Paulo: Livraria Santos, 2002. 90 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Gestão em Farmácia EMENTA: Teorias da Administração aplicadas à Farmácia. Estrutura organizacional. Ferramentas da administração. Planejamento, organização, direção e controle. Meios e instrumentos do processo de trabalho gerencial: recursos humanos, recursos materiais, recursos físicos, sistema de informação, planejamento, processo decisório e processo de mudança. Estrutura do mercado farmacêutico. Funcionamento dos segmentos administrativos das empresas farmacêuticas do ponto de vista operacional, financeiro e de recursos humanos. Noções sobre gestão de sistemas públicos de abastecimento de medicamentos. A indústria farmacêutica e o contexto empresarial do setor no Brasil. Noções de empreendedorismo sob uma visão empresarial farmacêutica. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Apresentar ao aluno noções básicas de Administração, desenvolvendo-lhe habilidades e competências de gerenciamento de atividades no domínio da Farmácia, à luz das modernas ferramentas de gestão empresarial, tendo sempre presente a preocupação com a otimização dos recursos organizacionais, a melhoria das relações interpessoais e, sobretudo, a melhoria da gestão de processos, a competitividade e lucratividade. Ao final do semestre, os alunos terão assimilado os conteúdos estando habilitados a: distinguir e dar aplicabilidade às modernas teorias de administração com aplicação nas empresas farmacêuticas; gerir os recursos materiais, financeiros e estoques de uma empresa farmacêutica e gerenciar a sua força de trabalho; conhecer a legislação sobre abertura e funcionamento de empresas farmacêuticas; desenvolver atitudes empreendedoras na área de gestão farmacêutica. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: KWASNICKA, E.L. Introdução à administração. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2004. MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à administração. São Paulo: Atlas, 2007. NETO, Gonzalo V.; REINHARDT FILHO, Wilson. Gestão de recursos materiais e medicamentos. São Paulo: USP/FSP, 2002. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: edição compacta. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. GRIFFIN, Ricky W. Introdução à administração. São Paulo: Ática, 2008. KOTLER, Philip, ARMSTRONG, Gary. Princípios de marketing. Rio de Janeiro: Prentice-Hall, 2003. SANTOS, Gustavo Alves Andrade dos. Gestão de farmácia hospitalar. São Paulo: Senac, 2006. Legislação da Anvisa sobre o assunto. Assistência e Atenção Farmacêutica EMENTA: 91 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA A Atenção Farmacêutica e sua evolução no Brasil e no mundo; objetivos, organização e estratégias. Componentes da prática da atenção farmacêutica (filosofia, processo do cuidar, sistema de gestão). Relacionamento terapêutico farmacêutico/paciente. Atenção Farmacêutica no contexto da Assistência Farmacêutica. Planejamento da Atenção Farmacêutica. Raciocínio clínico para identificar, prevenir e solucionar os problemas relacionados com medicamentos (PRM). Processo de seguimento do tratamento farmacológico. Atenção Farmacêutica na atenção básica à saúde. Readaptação da farmácia para atender as demandas sociais; transferência do foco de atuação do medicamento para o paciente. Discussão de casos clínicos com elaboração de relatório. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Proporcionar ao aluno uma visão integrada e concisa dos fundamentos e ciclos que regem a Assistência Farmacêutica, pautada em princípios éticos e na compreensão da realidade social, cultural e econômica da população, assim como compreender o ambiente de atuação profissional, dirigindo suas ações de modo a contribuir para a transformação da realidade em benefício da sociedade. Espera-se que ao final dos estudos, o profissional em formação possa: dominar a prática da Farmácia mediante orientação de preceptores médicos e farmacêuticos, entender e tabular dados de acompanhamentos farmacoterapêuticos; selecionar estratégias para o uso racional de medicamentos; proceder à avaliação dos resultados de uso de medicamentos e das intervenções farmacêuticas e comprometer-se com os resultados dos tratamentos farmacológicos e não farmacológicos; estabelecer a interação e a construção de uma relação de confiança com os pacientes; discutir os elementos básicos envolvidos no uso racional de medicamentos; atuar de forma integrada em equipes interdisciplinares, exercendo a profissão farmacêutica com uma visão humanística, critica e reflexiva; desenvolver uma visão e análise crítica da saúde em seu processo evolutivo, permitindo a compreensão da inter-relação Farmácia e Atenção Farmacêutica; buscar e compreender novos padrões culturais e econômicos no contexto de atuação; realizar estudo de casos no plano da atenção farmacêutica. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: BERMUDEZ, Jorge Antônio Zepeda; CASTRO, Cláudia Garcia Serpa Osório de; OLIVEIRA, Maria Auxiliadora. Assistência farmacêutica e acesso a medicamentos. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2007. BISSON, Marcelo Polacow. Farmácia clínica e atenção farmacêutica. 2. ed. São Paulo: Manole, 2007. DADER, Maria José Faus; MUNOS, Pedro Amarites; MARTINEZ-MARTINEZ, Fernando. Atenção farmacêutica: conceitos, processos e casos práticos. São Paulo: RCN, 2008. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: ACURCIO, Francisco de Assis. Medicamentos e assistência farmacêutica. Belo Horizonte: Coopmed, 2003. CUNHA, José Carlos de Almeida; BARTOLO, Alice Teixeira. Assistência farmacêutica - Lei 5.991/73. São Paulo: Atheneu, 2008. GRAHAME SMITH, D. G; ARONSON, J. K; VOEUX, Patrícia Lydie. Tratado de farmacologia clinica e farmacoterapia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. 92 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA MARIN, Nelly; et al (org.). Assistência farmacêutica para gerentes municipais. Disponível em: www.opas.org.br/medicamentos/site/UploadArq/0080.pdf. MARQUES, Luciene Alves Moreira. Atenção farmacêutica em distúrbios menores. São Paulo: Medfarma, 2008. MARQUES, Luciene Alves Moreira; & Cols. Atenção farmacêutica em distúrbios maiores. São Paulo: Medfarma, 2009. OLIVEIRA, Maria. Auxiliadora. Assistência farmacêutica e acesso a medicamentos. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2007. STORPIRTIS, Sílvia. Farmácia clínica e atenção farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. Dicionário de Especialidades Farmacêuticas. Dicionário de Medicamentos Genéricos e Similares. Legislação do Conselho Federal de Farmácia. Legislação do Ministério da Saúde Revista Pharmacia Brasileira. Brasília: CFF, 2005. Bromatologia e Saúde Nutricional EMENTA: Ciência dos alimentos e seus desdobramentos. Química bromatológica: composição básica dos produtos alimentícios e suas propriedades físico-químicas e nutricionais. Métodos instrumentais de análises e composição centesimal de alimentos. Constituintes que afetam o sabor (ácidos orgânicos, substâncias tânicas) e o aroma (óleos essenciais, terpenóides). Conservantes e aditivos químicos – classificação e uso em alimentos. Alterações provenientes dos processos de manipulação e processamento e possíveis perdas nutricionais e sensoriais. Toxicologia em alimentos. Conceitos de alimentos especiais, enriquecidos, funcionais. Alimentos obtidos por via biotecnológica. Principais problemas associados à alimentação e nutrição no país. Normas sanitárias para o controle de alimentos. Legislação bromatológica. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Possibilitar o aprendizado dos constituintes básicos dos alimentos, destacando aqueles que fornecem nutrientes essenciais, bem como dos principais contaminantes, procedendo-se a uma análise das modificações físico-químicas na manipulação e processamento desses alimentos de modo a oferecer alternativas para minimizar perdas nutricionais e sensoriais. Com esta abordagem o aluno deverá demonstrar-se capaz de: descrever a composição química de alimentos e as reações dos respectivos componentes; caracterizar os principais sistemas alimentares e sua funcionalidade; descrever os princípios fundamentais de processamento, conservação e inocuidade de alimentos e também os diferentes tipos atualmente em desenvolvimento; conhecer o conjunto de normas sanitárias dedicadas ao controle de alimentos; explicar a importância dos macro e micronutrientes básicos dos alimentos (água, carboidratos, proteínas, lipídeos, vitaminas, minerais, pigmentos e aditivos), suas interações e a influência do processamento e armazenamento de alimentos nestes componentes; discutir a importância dos macro e micronutrientes nos alimentos para o equilíbrio físico e mental. 93 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA BIBLIOGRAFIA BÁSICA: EVANGELISTA, José. Alimentos - um estudo abrangente. Rio de Janeiro: Atheneu, 2004. OLIVEIRA, José e Dutra de; MARCHINI, Júlio Sérgio. Ciências nutricionais. São Paulo: Sarvier, 2008. SALINAS, Rolando D. Alimentos e nutrição: introdução à bromatologia. Porto Alegre: Artmed, 2002. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: ANGELIS, Rebeca Carlota de; TIRAPEGUI, Júlio. Fisiologia da nutrição humana. São Paulo: Atheneu, 2007. BENDER, A. E. Dicionário de nutrição e tecnologia de alimentos. São Paulo: Roca, 2004. GIBNEY, M. Introdução à nutrição humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. MORETTO, E.; FETT, R., GONZAGA,L.V; KUKOSKI, E. M. Introdução à ciência de alimentos. Florianópolis: UFSC, 2008. OETTERER, Marília et al. Fundamentos de ciência e tecnologia de alimentos. São Paulo: Manole, 2006. SERRAVALLI, Elisena A. G. Química de alimentos. São Paulo: Edgard Blucher, 2007. PALERMO, Jane Rizzo. Bioquímica da nutrição. São Paulo: Atheneu, 2008. Biotecnologia em Farmácia EMENTA: Conceitos amplo e restrito da Biotecnologia. Fundamentação e aplicação das técnicas de biotecnologia nas diferentes áreas do conhecimento biológico. As novas tecnologias: transposons, tecnologia do DNA recombinante, fusão de protoplastos, cultura de tecidos vegetais e animais. Aplicação dos princípios da genética e citogenética na biotecnologia. Biotecnoloiga na saúde - nos diagnósticos clínicos, na terapia gênica, no monitoramento de tratamentos. Biotecnologia no Brasil e no cenário mundial. Situação atual e perspectivas. Biotecnologia e bioética. OBJETIVOS, COMPETÊNCIA E HABILIDADES: Conduzir os alunos à aquisição de conhecimentos sobre os fundamentos básicos das biotecnologias e suas aplicações na saúde, ciência, tecnologia e inovação. Na parte prática, os alunos deverão realizar métodos de isolamento e classificação de novos microrganismos, caracterização e melhoramento genético de microrganismos, entre outras atividades. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: ALBERTS, B.; JOHNSON, A; WALTER, P. et al. Biologia molecular da célula. 4. ed. Rio de Janeiro, Artmed, 2004. ZAHA, A. et al. Biologia molecular básica. 3. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2003. MOSER, A. Biotecnologia e bioética: para onde vamos. São Paulo: Vozes, 2004. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: ANSEL, H. G.; POPOVICH, N.G.; ALLEN JR, L. V. Farmacotécnica. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 6. ed. São Paulo: Premier, 2001. 94 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA BORZANI, W. et al. Engenharia bioquímica. São Paulo: Edgar Blucher, 2001 (Série Biotecnologia, v.3). GINGOLD, E.B, WALKER, J. M. Biologia molecular y biotecnologia. 2. ed. Saragoza: Acribia, 1997. LIMA, V. A. et al. Tecnologia das fermentações. São Paulo: Edgar Blucher, 2001 (Série Biotecnologia, v.1). ROBBERS, J. E.; SPEEDIE, M.K.; TYLER, V. E. Farmacognosia e farmacobiotecnologia. São Paulo: Premier, 1997. ULRICH, Henning; et al. (Org.). Bases moleculares da biotecnologia. São Paulo: Roca, 2008. Sites científicos. Microbiologia e Imunologia Clínica EMENTA: Identificação dos gêneros e espécies bacterianas de importância clínica. Métodos e reações em Imunologia Clínica. Provas imunológicas para microrganismos. Normas de coleta de amostras microbiológicas provenientes de diferentes partes do corpo. Preparo e meio de cultura e antibiograma. Isolamento e identificação de bactérias em amostras clínicas. Suscetibilidade frente a agentes microbianos. Normas de biossegurança em laboratórios de análises clínicas; padronização e controle de qualidade de reagentes e provas imunológicas utilizadas em laboratório de análises clínicas. Provas e laboratórios de referência. Automação em microbiologia. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Preparar o aluno para reconhecer aspectos morfobiológicos dos microorganismos, sua interação com os diferentes habitats e caracterização dos diferentes grupos de interesse médico e de contaminação de ambientes e produtos farmacêuticos, levando-o a compreender, pela investigação laboratorial, as relações epidemiológicas e profilaxia relacionada a esses microorganismos. Ao final do semestre e em associação ao aprendizado de Microbiologia e Imunologia e outras matérias conexas, os discentes terão adquirido competências e habilidades para: reconhecer os microorganismos responsáveis por doenças humanas e os processos de isolamento, identificação, fisiopatologia, resposta imune na epidemiologia e ecologia desses agentes; distinguir as infecções de maior interesse no quadro sanitário brasileiro; aprimorar a capacidade de observação e interpretação do material biológico examinado; realizar a identificação morfológica dos helmintos e protozoários humanos; efetuar experimentos de microbiologia clínica envolvendo técnicas laboratoriais diretas e indiretas de diagnóstico das infecções bacterianas, fúngicas e virais; compreender a resposta imunológica inata e adaptativa frente aos imunógenos, anticorpos mono e policlonais de interesse farmacêutico; desenvolver técnicas de obtenção e purificação de antígenos para utilização farmacêutica e imunização para produção de soro imune; desenvolver mecanismos do controle de qualidade em laboratório de análises clínicas, tornando o profissional em formação apto a atuar nas diferentes áreas da profissão farmacêutica. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: 95 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA JAWETZ, Ernest; LEVINSON, Warren. Microbiologia médica e imunologia. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. KONEMAN, Elmer W.; WINN, Washington C et al. Diagnóstico microbiológico: texto e atlas colorido. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. VOLTARELLI, J.C.; DONADI, E.A. Imunologia clínica na prática médica. São Paulo: Atheneu, 2008. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: ABBAS, Abul K. LICHTMAN, Andrew H. PILLAI, Shiv. Imunologia celular e molecular. 6. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2008. BIER, Otto G.; SILVA, Wilmar Dias da; MOTA, Ivan. Imunologia: básica e aplicada. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. DOAN, Thao; MELVOLD, Roger; WALTENBAUGH, Carl. Imunologia médica essencial. Rio de Janeiro: LTC, 2006. FERREIRA, A.Walter; ÁVILA, Sandra L. M. Diagnóstico laboratorial das principais doenças infecciosas e auto-imunes. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. GORCZYNSKI, Reginald; STANLEY, Jacqueline. Imunologia clínica. Rio de Janeiro: Reichmann, 2001. MURRAY, P.R.; ROSENTHAL, K.S.; PFALLER, M.A. Microbiologia médica. 6. ed. Rio de Janeiro: São Paulo: Elsevier, 2010. OPLUSTIL, Carmem Paz Procedimentos básicos em microbiologia clínica. 2. ed. São Paulo: Savier, 2004. Farmácia Hospitalar EMENTA: O Hospital, suas especialidades e a Farmácia Hospitalar. Funções da Farmácia Hospitalar e as responsabilidades do Farmacêutico. Acompanhamento terapêutico ao paciente. Gerenciamento, seleção, sistemas de aquisição e distribuição de medicamentos e correlatos. Técnicas de controle de qualidade, preparo de medicamentos enterais e parenterais e técnicas de estocagem. Controle de infecção hospitalar. Interações medicamentosas. Farmácia Clínica. Farmacotécnica hospitalar (produtos estéreis e não estéreis); fármacoepidemiologia e farmacovigilância hospitalar. Centro de informação sobre medicamentos. Atuação do Farmacêutico em equipes multidisciplinares. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Capacitar o aluno para o exercício da Farmácia Hospitalar, integrando conteúdos, fornecendo conhecimentos e desenvolvendo habilidades técnicas e administrativas específicas, ademais de evidenciar o papel do profissional farmacêutico em equipes multiprofissionais. Com estas abordagens, o aluno estará preparado para: identificar as diferentes áreas que caracterizam a Farmácia Hospitalar; atuar em equipes interdisciplinares e em comissões internas nas áreas de Farmácia e afins; promover a atenção farmacêutica aos pacientes internos ambulatoriais; gerenciar recursos humanos e materiais; 96 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA integrar-se em atividades específicas de Farmácia no âmbito hospitalar, visando à administração, gestão de estoques, distribuição e manipulação de medicamentos de maneira racional; planejar e estruturar um Serviço de Farmácia Hospitalar. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Manual básico de farmácia hospitalar. Brasília: Conselho Federal de Farmácia. GOMES, M. J. V. M.; REIS A. M. M. Ciências farmacêuticas: uma abordagem em farmácia hospitalar. São Paulo: Atheneu, 2006. SANTOS, Gustavo Alves Andrade dos. Gestão de farmácia hospitalar. São Paulo: Senac, 2006. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: BISSON, M. P. Farmácia clínica e atenção farmacêutica. 2. ed. São Paulo: Manole, 2006. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Guia básico para farmácia hospitalar. Brasília: Ministério da Saúde. CIPRIANO, Sonia Lucena; PINTO, Vanusa Barbosa; CHAVES, Cleuber Esteves. Gestão estratégica em farmácia hospitalar. São Paulo: Atheneu, 2009. FERRACINI. Fábio Teixeira. Prática farmacêutica no ambiente hospitalar. São Paulo: Atheneu, 2005. FUCHS, F. D.; WANNMACHER, L.; FERREIRA, M. B. C. Farmacologia clínica: fundamentos da terapêutica racional. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. GOODMAN & GILMAN. As bases farmacológicas da terapêutica. 10. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2006. MAIA NETO, Júlio Fernandes. F. Farmácia hospitalar e suas interfaces com a saúde. São Paulo: RX, 2005. OSME, Simone Franco; et al (Organizadores). Manual de padronização de medicamentos: Uberlândia: Hospital de Clínicas, 2007. Revista da Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar. Parasitologia Clínica EMENTA: O ambiente antrópico. Parasitologia Clínica, centrando o estudo nos parasitas responsáveis por ecto e endoparasitoses humanas, nas suas ações patológicas, patogênicas, sintomatologia, epidemiologia e profilaxia. Métodos de coleta, transporte e processamento de espécimes biológicos para realização de exames parasitológicos. Realização e interpretação de exames utilizados para diagnóstico. Culturas e antibiograma. Epidemiologia e profilaxia de protozooses, helmintoses, bacterioses e infecções patogênicos para o homem. Metodologia e aplicação de técnicas para o diagnóstico laboratorial das principais micoses. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Preparar o aluno para distinguir as principais parasitoses encontradas em nosso país, a caracterização dos diferentes grupos de interesse em saúde pública, sua interação com os diferentes habitats, além de compreender os mecanismos patogênicos e a profilaxia relacionados, 97 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA mediante a investigação laboratorial. Ao final do semestre e em associação ao aprendizado de Parasitologia e Micologia e outras matérias conexas, os discentes estarão aptos a: identificar os principais protozoários e helmintos agentes etiológicos de parasitoses humanas, reconhecendo suas características morfológicas, ciclo biológico, patogenia, tratamento, epidemiologia e profilaxia; compreender as relações parasito-hospedeiro e reconhecer os microrganismos em vida parasitária, relacionando-os ao processo patológico; conhecer as principais técnicas laboratoriais e materiais biológicos utilizados para identificação e diagnóstico de cada parasitose, envolvendo coleta, armazenamento e técnicas de identificação; aprimorar a capacidade de observação e interpretação do material biológico examinado; realizar, interpretar e emitir laudos referentes aos exames de rotina laboratorial na área de parasitologia e micologia; distinguir as infecções de maior interesse no quadro sanitário brasileiro; reconhecer a importância dos princípios básicos de higiene e assepsia pessoal e seu papel no desenvolvimento e transmissão das parasitoses e micoses; desenvolver mecanismos do controle de qualidade em laboratório de análises clínicas, tornando o profissional em formação apto a atuar nas diferentes áreas da profissão farmacêutica. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: NEVES, D. P. Parasitologia humana. 11. ed. São Paulo: Atheneu, 2005. REY, Luis. Bases da parasitologia médica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. ZAITZ C.; RUIZ L. R. B.; SOUZA, V. M. Atlas de micologia médica: diagnóstico laboratorial. Rio de Janeiro: Medsi, 2004. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: LEVENTHAL, R.; CHEADLE, R. Parasitologia médica. Texto e atlas. 4. ed. São Paulo: Premier, 2000. MARKELL & VOGE. Parasitologia médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. MINAMI, P. S. Micologia: métodos laboratoriais de diagnóstico das micoses. São Paulo: Manole, 2002. MORES, R. G. Parasitologia e micologia humana. 5. ed. São Paulo: Cultura Médica, 2008. NEVES, David Pereira; BITTENCOURT NETO, João Batista. Atlas didático de parasitologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2008. REY, Luis. Parasitologia - parasitos e doenças parasitarias do homem nos trópicos ocidentais. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. SIDRIM. Micologia médica à luz de autores contemporaneos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. Tecnologia Farmacêutica EMENTA: Aspectos gerais da Tecnologia Farmacêutica. Procedimentos técnicos utilizados na indústria farmacêutica. Produção industrial e semi-industrial de medicamentos. Insumos farmacêuticos. Tecnologia das formas farmacêuticas sólidas: granulados, cápsulas, comprimidos e comprimidos revestidos. Tecnologia das formas farmacêuticas líquidas não estéreis, suspensões, formas semi- 98 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA sólidas e formas de liberação modificada. Águas para fins farmacêuticos. Esterilização e área limpa. Tecnologia de produtos estéreis. Legislação, garantia de qualidade e validação de processos. Novas formas farmacêuticas e novos sistemas de liberação de fármacos. Tecnologia farmacêutica de última geração. Estudo experimental dos processos de síntese de medicamentos orgânicos (sulfas, anestésico, antisépticos e outros medicamentos), analisando a estequiometria dos processos. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Apresentar ao aluno definições e conceitos que orientam o desenvolvimento e a produção industrial de medicamentos, sob várias formas, do ponto de vista teórico-prático; Permitir um conhecimento amplo de matérias-primas e técnicas de produção industrial, com a finalidade de capacitar o aluno a desenvolver formulações farmacêuticas, considerando: características físico-químicas dos componentes da fórmula, tecnologia envolvida, controle de qualidade e de estabilidade dos produtos desenvolvidos, bem como eficácia e segurança dos mesmos. Capacitar o profissional em formação para a pesquisa em livros específicos da área, bem como em periódicos que tratam de recentes avanços da Tecnologia Farmacêutica, visando novas formas de liberação de fármacos. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: ALVES, A Correa; PRISTA, Luis Vasco Nogueira; MORGADO, R. M. Ramos. Tecnologia farmacêutica. 7. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gubenkian, 2008. AULTON, M. E. Delineamento de formas farmacêuticas. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. LACHMAN, L.; LIEBERMAN, H. A.; KANIG, J. L. Teoria e prática na indústria farmacêutica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. 1, 2v. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: ABIFARMA. Indústria farmacêutica e cidadania. São Paulo: Abifarma. ALVES, A Correa; PRISTA, Luis Vasco Nogueira; MORGADO, R. M. Ramos. Técnica farmacêutica e farmácia galênica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1991. CASADIO, S. Tecnologia farmacêutica. 2. ed. Milão: Cisalpino Goiliardica, 1972. GENNARO, A. R. R. Remington - a ciência e a prática da farmácia. 20. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Farmacopéia brasileira. São Paulo: Atheneu, 2004. VOIGT, R. Tratado de tecnologia farmacêutica. Zaragoza: Acribia, 1982. Cito-Hematologia Clínica EMENTA: Estrutura, morfologia e organização de células normais. Morfologia da lesão celular. Punção e "imprintings". Análise de tumores. Estudo de punções de órgãos, massas e coleção líquida. "Imprintigs" de diversos órgãos do corpo. Origem, desenvolvimento e funções dos elementos morfológicos do sangue. Identificação morfológica dos elementos figurados no sangue. Hematologia geral e citologia do sangue e da medula óssea. 99 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Aspectos fisiológicos que levam a alterações morfológicas e quantitativas das células sanguíneas e da medula óssea. Imunohematologia, hemostasia e coagulação. Classificação e métodos clínico-laboratoriais para investigação de anemias, leucemias e demais processos patológicos do sangue. Realização e interpretação dos exames hematológicos. Condutas terapêuticas e aspectos bioéticos envolvidos nas transfusões de sangue. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Possibilitar o estudo de patologias hematológicas do ponto de vista teórico, visualizando alterações em estados patológicos, e o embasamento teórico-prático das principais técnicas de rotina em hematologia e interpretação de exames hematológicos e imuno-hematológicos para diagnóstico clínico, capacitando o aluno para fundamentar: reconhecer as células dos diferentes tecidos e alterações citopatológicas; realizar exames citopatológicos, emitir e interpretar laudos, responsabilizando-se tecnicamente por análises laboratoriais; descrever um laudo citológico normal, bem como de lesões pré-neoplásicas e neoplásicas; identificar situações de infecções, estabelecer a presença de neoplasia maligna primária ou metastática, a partir de critérios citológicos de malignidade; atuar na preparação e revisão de lâminas em análise citológica; assimilar e executar as principais técnicas na rotina laboratorial em hematologia clínica, reforçando o aprendizado semiológico das condições patológicas do sistema hematopoético e da hemostasia; realizar hemograma, diagnóstico das principais patologias hematológicas com base nos valores do hemograma e da hematoscopia; interpretar resultados de exames hematológicos e correlacioná-los com as manifestações clínicas; traçar plano de investigação laboratorial a partir das hipóteses levantadas, solicitando os exames na busca da confirmação ou eliminação das mesmas; identificar as urgências hematológicas e realizar o primeiro atendimento. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: LORENZI, Therezinha Ferreira. Manual de hematologia: propedêutica e clínica. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. GIGLIO, Auro Del. Princípios de hematologia clínica. São Paulo: Manole, 2006. MCKEE, Grace T. Atlas de citopatologia. Porto Alegre: Artmed, 2001. HOFFBRAND, A. Victor; MOSS, P. A. H.; PETTIT, J. E. Fundamentos em hematologia. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: BAIN, BARBARA J. Células sanguíneas: um guia prático. Porto Alegre: Artmed, 2007. CARR, Jaqueline H. Atlas de hematologia clínica. São Paulo: Santos, 2000. CARVALHO, William de Freitas. Técnicas médicas de hematologia e imunohematologia. 8. ed. Belo Horizonte: Coopmed, 2008. HECKNER, F. Hematologia microscópica prática: manual para laboratório e prática clínica. São Paulo: Santos, 2001. 100 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA HENRY, John Bernard. Diagnósticos clínicos e tratamento por métodos laboratoriais. 20. ed. São Paulo: Manole, 2008. LORENZI, Therezinha Ferreira. Atlas de hematologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. TEIXEIRA, José Eduardo C. Diagnóstico laboratorial em hematologia. São Paulo: Roca, 2006. VALLADA, E. P. Manual de técnicas hematológicas. São Paulo: Atheneu, 2002. ZAGO, M. A., FALCÃO, R. P. & PASQUINI, R. Hematologia: fundamentos e prática. São Paulo: Ateneu, 2001. Bioquímica Clínica Laboratorial EMENTA: Metodologia de laboratório clínico. Materiais e métodos gerais de análises bioquímicas. Princípios e cuidados na coleta, conservação e triagem de amostras biológicas envolvendo análises bioquímicas. Controle de qualidade e unidades de medida. Determinação qualitativa e quantitativa dos componentes bioquímicos e químicos dos fluidos biológicos, tais como sangue, urina e outros mediante técnicas analíticas específicas. Correlacionamento de resultados bioquímicos com fisiopatologia. Dosagens bioquímicas de interesse clínico-laboratorial e interpretação de resultados laboratoriais. Estudo de casos centrados na ação dos medicamentos nos exames bioquímicos de interesse clínico-laboratorial. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Fomentar a aprendizagem dos princípios gerais e da dinâmica do controle químico e biológico da qualidade de produtos farmacêuticos e capacitar o aluno para realizar exames laboratoriais na área de Bioquímica, correlacionando-os com o diagnóstico clínico identificado. Ao concluir estes estudos, o discente deverá estar habilitado para: diferenciar as etapas e os procedimentos básicos realizados em laboratório clínico; entender os aspectos clínico-laboratoriais das funções hepática, cardíaca, pancreática e renal; identificar as etapas pré e pós-analíticas da função renal e conhecer as diferentes litíases; reconhecer as hemoglobinopatias e suas técnicas; dominar técnicas de obtenção e conservação de amostras e controle de qualidade envolvendo métodos de análise em bioquímica clínica; fundamentar, executar e interpretar a dosagem química de biomoléculas para permitir o diagnóstico de patologias mais comuns ao ser humano; determinar qualitativa e quantitativamente os componentes bioquímicos e químicos dos fluidos biológicos, como sangue, urina e outros, e interpretar resultados laboratoriais; planejar, executar, interpretar os exames bioquímicos de forma a contribuir para o diagnóstico clínico como ferramenta de intervenção no processo saúde/doença; BIBLIOGRAFIA BÁSICA: ASHWOOD, Edward R.; BURTIS, Carl A. BRUNS, David e. Fundamentos de química clínica: Tietz. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. DEVLIN, Thomas M. Manual de bioquímica com correlações clínicas. 6. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2007. 101 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA MOTTA, Valter T. Bioquímica clínica para laboratório: princípios e interpretações. Rio de Janeiro: Medbook, 2009. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: CHAMPE, Pamela C; HARVEY, Richard A.; FERRIER, Denise R. Bioquímica ilustrada. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. CISTERNAS, J. R; VARGA, J; MONTE, A. Fundamentos de bioquímica experimental. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2005. GARCIA, Mat; KANAAN, S. Bioquímica clínica. São Paulo: Atheneu, 2008. HENRY, J. B. Diagnósticos clínicos e tratamentos por métodos laboratoriais. 20. ed. São Paulo: Manole, 2008. NEPOMUCENO, M. F. Bioquímica experimental. Piracicaba: Unimep, 2000. STRYER, Lubert; TYMOCZKO, John L.; BERG, Jeremy M. Bioquímica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. Estágio Supervisionado em Saúde Coletiva EMENTA: Realização de atividades acadêmico-profissionais em um campo de trabalho determinado: farmácias comunitárias e unidades públicas de saúde, incluindo atividades no Programa de Saúde da Família. Seleção, aquisição, distribuição e uso do medicamento em farmácias públicas. Viabilização do contato com outros profissionais de saúde e comunidade de referência. Aplicação dos conhecimentos teóricos e práticos, habilitando, adequadamente, o estagiário ao exercício de análise e implementação do ciclo de Assistência Farmacêutica à situação atual do mercado de trabalho. OBJETIVO: Consolidar os conhecimentos adquiridos no percurso de formação, ao final do qual o discente terá oportunidade de demonstrar as competências e habilidades necessárias ao exercício profissional em Serviços Públicos de Saúde, condizentes com as políticas públicas no que se refere à vigilância epidemiológica e sanitária e à assistência farmacêutica, com o propósito de contribuir para a promoção da saúde da comunidade. BIBLIOGRAFIA: De acordo com as experiências do estágio. Farmacologia Clínica e Farmacoterapia Ementa: Interação dos princípios de farmacologia e terapêutica. Princípios de farmacoterapêutica clínica nas diversas doenças. Ensaios clínicos. Interações medicamentosas. Aplicação prática dos diferentes tipos de fármacos. Terapia anti-inflamatória esteroidal e não esteroidal. Medicamentos utilizados no tratamento das doenças ósteoarticulares. Fármacos anti-histamínicos. Profilaxia e terapia das alergias. Anticoagulantes. Tratamento e prevenção das doenças tromboembólicas. Hormônios. Distúrbios neuroendócrinos e suas terapias. Farmacologia do sistema respiratório. 102 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Tratamento e profilaxia da asma brônquica. Tratamento da doença pulmonar obstrutiva crônica. Farmacologia cardiovascular. Tratamento da hipertensão arterial sistêmica, insuficiência cardíaca congestiva, arritmias cardíacas. Diuréticos. Tratamento da úlcera péptica, gastrites, esofagite de refluxo. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Desenvolver estudo particularizado das formas de administração dos fármacos, suas interações medicamentosas, efeitos colaterais e respectivos mecanismos de ação, promovendo assim a conexão da prática médica ao uso correto dos fármacos. Com esses estudos, o aluno deverá demonstrar-se capaz de: identificar os princípios gerais que regem a escolha de fármacos utilizados no tratamento de alterações dos sistemas cardiovascular, renal, hematopoiético, respiratório, digestivo, endócrino e nervoso central, correlacionando o mecanismo de ação e os efeitos dos fármacos com suas indicações clínicas; descrever o esquema de administração a ser utilizado, com base na farmacocinética de cada agente e nos fatores capazes de influenciá-la; reconhecer os efeitos terapêuticos e adversos induzidos pelos fármacos em estudo; descrever as medidas indicadas na área de Farmácia, para prevenção e tratamento dos principais efeitos indesejáveis observados com os fármacos estudados; reconhecer as interações farmacológicas relevantes; propor novos esquemas terapêuticos que minimizem os efeitos deletérios ao tratamento dos pacientes. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: GOODMAN & GILMAN. As bases farmacológicas da terapêutica. 11. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2007. GRAHAME SMITH, D. G; ARONSON, J. K; VOEUX, Patrícia Lydie. Tratado de farmacologia clinica e farmacoterapia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. KATZUNG, B. G. Farmacologia básica e clínica. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2007. OLSON, James M.; LANGELOH, Augusto. Farmacologia clínica. Porto Alegre: Artmed, 2009. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: CUNHA, Fernando Ayres da. Farmacopéia brasileira. São Paulo: Andrei, 2004. DEF - Dicionário de Especialidades Farmacêuticas. 2008/2009. Editora de Publicações Biomédicas. FUCHS, F. D; WANNMACHER, L.; FERREIRA, M. B. C. Farmacologia clínica: fundamentos da terapêutica racional. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. KOROLKOVAS, A. Dicionário terapêutico guanabara. 15. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. OLSON, James M.; LANGELOH, Augusto. Farmacologia clínica. Porto Alegre: Artmed, 2009. PAGE, C. et al. Farmacologia integrada. São Paulo: Manole, 2004. RANG, H. P.; DALE, M. M.; RITTER, J. M. Farmacologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. TRIPATHI, K. D. Farmacologia médica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. VOEUX, P. L. Farmacologia clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. 103 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Tecnologia e Produção de Fitomedicamentos EMENTA: Aprofundamento dos estudos fitoquímicos, envolvendo biossíntese de metabólitos secundários de origem vegetal, de cromatografia e outras técnicas de separação. Quimiotaxonomia. Etapas e métodos de estudo químico de plantas. Pesquisa fitoquímica (“Screeningfitoquímico” de plantas e extratos vegetais). Constituintes químicos do extrato hidroalcoólico. Fitoquímica de terpenóides (óleos essenciais e drogas aromáticas). Fitoquímica de esteróides e triterpenos. Fitoquímica de alcalóides, de plantas medicinais e fármacos de origem vegetal. Controle de qualidade de produtos fitoterápicos. Legislação específica. OBJETIVOS: Propiciar conhecimento de processos e técnicas utilizados na indústria de fitoterápicos, incluindo o controle de qualidade na produção de formas farmacêuticas utilizadas em fitoterapia. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: ALVES, A Correa; PRISTA, Luis Vasco Nogueira; MORGADO, R. M. Ramos. Tecnologia farmacêutica. 7. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gubenkian, 2008. PROENÇA DA CUNHA, A. Farmacognosia e fitoquímica. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2006. SIMÕES, Cláudia Maria Oliveira. (Org.) Farmacognosia da planta ao medicamento. Porto Alegre: UFRGS, 2007. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: BARREIRO, E. J. e FRAGA, C. A. M. Química medicinal: as bases moleculares da ação dos fármacos. Porto Alegre: Artmed, 2008. CUNHA, Fernando Ayres da. Farmacopéia brasileira. São Paulo: Andrei, 2004. DEF - Dicionário de Especialidades Farmacêuticas. 2008/2009. Editora de Publicações Biomédicas. IBURG, Anne. Plantas medicinais: ingredientes, efeitos medicinais, aplicações. São Paulo: Lisma, 2006. YUNES, R. A.; CALIXTO, J. B. Plantas medicinais sob a ótica da química medicinal moderna. Chapecó: Argos, 2002. KOROLKOVAS, A.; BURCKALTER, J. H. Química farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. SCHULZ, V.; HÄNSEL, R.; TYLER, V. E. Fitoterapia racional. São Paulo: Manole, 2002. SOARES, Carlos Alves. Plantas medicinais como alternativa terapêutica. Petrópolis: Vozes, 2007. Legislação aplicada a medicamentos fitoterápicos. Toxicologia Aplicada à Farmácia EMENTA: Bases conceituais de Toxicologia, agente tóxico, toxicidade. Classificação da toxicologia: ambiental, alimentar, ocupacional, social, toxicologia forense. Estudo dos fármacos, medicamentos e drogas nos aspectos de toxicocinéticos e toxicodinâmicos. Toxicologia básica da interação de medicamentos; causas e efeitos do uso de associações. Vias de penetração, biotranformação de tóxicos, distribuição e vias de eliminação. Ação dos tóxicos sobre o sistema biológico, sintonias 104 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA terapêuticas. Avaliação de toxicidade. Noções de fitotoxicologia, farmacotoxicologia e toxicologia dos alimentos, com foco na prevenção, no diagnóstico e tratamento. Métodos analíticos, físicoquímico e biológico utilizados em análises toxicológicas. Métodos gerais para pesquisa de agente tóxico desconhecido. Marcha analítica geral nas investigações toxicológicas. Casos clínicos toxicológicos. Antídotos. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Conhecer as substâncias que desenvolvem efeitos tóxicos no organismo e avaliá-las de acordo com a sua capacidade de assimilação e eliminação, relevando a importância dos conceitos e princípios básicos de toxicologia fundamentais para entendimento de questões relacionadas às soluções para os fatores que condicionam as intoxicações e situações de risco. Com estes estudos, o estudante estará apto a: identificar e quantificar os principais grupos de agentes tóxicos envolvidos nas áreas de toxicologia ocupacional e social e compreender os parâmetros toxicocinéticos de preparações farmacêuticas e alimentares; identificar as fases das intoxicações provocadas por substâncias químicas no organismo humano, a partir de diferentes fontes de exposição: microambientais, no contexto de trabalho, em alimentos, no uso e abuso de medicamentos e no meio social; realizar procedimentos de análise toxicológica; reconhecer os efeitos da poluição antropogênica e conscientizar-se de que a proteção e a preservação do meio ambiente são medidas de prevenção das doenças e de promoção de saúde da coletividade; compreender a essencialidade da atuação do profissional farmacêutico como sujeito ambientalista; aplicar os conhecimentos e procedimentos necessários para prevenir o aparecimento de intoxicações. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: LIMA, Darcy Roberto. Manual de farmacologia clínica, terapêutica e toxicologia. Porto Alegre: Medsi, 2004. MOREAU, Regina Lúcia Moraes; SIQUEIRA, Maria Elisa Pereira Bastos de. Ciências farmacêuticas: toxicologia analítica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. OGA, Seizi; BATISTUZZO, José Antonio; CAMARGO, Márcia Maria de Almeida. Fundamentos de toxicologia. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2008. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: AZEVEDO F. A. de; CHASIN, A. A. M. As bases toxicológicas da ecotoxicologia. São Paulo: Rima, 2003. ANDRADE FILHO, Adebal; CAMPOLINA, Délio; DIAS, Mariana Borges. Toxicologia na prática clínica. Belo Horizonte: Folium, 2001. LOPES, Antonio C. Fundamentos de toxicologia clínica. São Paulo: Atheneu, 2006. MICHEL, Oswaldo da Rocha. Toxicologia ocupacional. São Paulo: Revinter, 2000. MIDIO, Antonio Flávio; MARTINS, Deolinda Izumida. Toxicologia de alimentos. São Paulo: Varela, 2000. PASSAGLI, Marcos. Toxicologia forense: teoria e prática. Campinas: Millennium, 2007. 105 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Cosmetologia EMENTA: Características morfológicas, microestrutura e biologia molecular da pele normal. Absorção cutânea. Principais problemas dermatológicos (diagnóstico e tratamento). Bases conceituais da Cosmetologia. Processo de criação e desenvolvimento de produtos cosméticos, cosmecêuticos e fitocosméticos. Aspectos anatômicos e fisiológicos relacionados e a tecnologia envolvida. Conservantes e antioxidantes. Bioativos. Cosméticos masculinos, infantis e para gestantes. Máscaras faciais. Produtos capilares (xampus e condicionadores). Produtos de higiene pessoal (sabonetes, produtos para banho e desodorantes). Cosméticos anidróticos e desodorantes. Perfumes. Espectro da radiação solar. Fotoprotetores (filtros solares e bronzeadores). Batons. Controle da produção de cosméticos. Legislação. Estudo experimental dos processos de síntese, analisando a estequiometria dos processos. Práticas de laboratório em dermocosmetologia, dermopatocosmetologia preventiva, medicamentos; acidentes causados pelas preparações cosméticas. Boas práticas de fabricação na indústria cosmética. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Possibilitar a compreensão do processo envolvido na tecnologia da produção de cosméticos e produtos cosmecêuticos e fitocosméticos, bem como a indicação e os mecanismos de interação e compatibilidade com o órgão cutâneo, evidenciando as características das matérias primas que compõem esses produtos e as boas práticas de fabricação na indústria cosmética. Ao final, o discente deverá ter assimilado conhecimentos que o torne capaz de: atuar como profissional especializado em planejamento, preparação e conservação de produtos cosméticos, com conhecimento das características das matérias-primas que compõem esses produtos; envolver-se na produção e manipulação de cosméticos, tendo como orientação as Boas Práticas de Manipulação, e em Procedimentos Operacionais Padrão; conhecer a composição, produção e controle de qualidade, as normas e leis que regem as atividades na área; formular e reconhecer a ação e eficácia de cada insumo em uma determinada forma farmacêutica; dominar as técnicas de composição e manipulação de produtos cosméticos, incluindo o desenvolvimento de novos produtos e novas formas de apresentação. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: BARATA, E. A. F. Cosmetologia: princípios básicos. São Paulo: Tecnopress, 2003. FONSECA, Aureliano da. Manual de terapêutica dermatológica e cosmetologia. São Paulo: Roca, 2000. LEONARDI, Gislaine Ricci. Cosmetologia aplicada. 2. ed. São Paulo: Sants Isabel, 2009. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: ANVISA - RDC 210/2003. DEF - Dicionário de Especialidades Farmacêuticas. 2008/2009. Editora de Publicações Biomédicas. GOMES, Rosaline Kelly; GABRIEL, Marlene. Cosmetologia descomplicando os princípios ativos. 3. ed. Porto Alegre: LMP Editora, 2009. 106 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA LACHMAN, L.; LIEBERMAN, H. A.; KANIG J. L. Teoria e prática na indústria farmacêutica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. 1 e 2v. MAGALHAES, João. Cosmetologia. Rio de Janeiro: Rubio, 2000. SAMPAIO, S. A. P.; CASTRO R. M.; RIVITTI, E. A. Dermatologia básica. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2001. SANTI, Erika de. Dicionário de princípios ativos em cosmetologia. São Paulo: Andrei, 2003. SCHUELLER, Randy; ROMANOVSKI, P. Iniciação à química cosmética. São Paulo: Tecnopress, 2001. (Optativa) Língua Brasileira de Sinais - Libras EMENTA: Conceitos de deficiência em audiocomunicação: identidade, cultura e educação. Caracterização da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como forma de comunicação e expressão do surdo e recurso para a prática docente e utilização na comunicação entre o formador e o aluno surdo. Pressupostos históricos, filosóficos, sociológicos, pedagógicos e técnicos de Libras. Forma e estruturação da gramática em Libras e o conjunto do seu vocabulário. Noções da percepção de leitura labial e desenvolvimento da expressão gestual-visual. Noção de diagnose: como perceber se uma criança é portadora de necessidade auditiva. Ambiente computacional e procedimentos educacionais para aprendizagem de Libras. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: CASTRO, Alberto Rainha de; CARVALHO, Ilza Silva de. Comunicação por língua brasileira de sinais. Brasília: Senac, 2005. SOUZA, Regina Maria de; ARANTES, Valéria Amorim (Org.); SILVESTRE, Núria. Educação de surdos. São Paulo: Summus, 2007. VERGAMINE, Sabine Antonialli Arena; MOURA, Maria Cecília; CAMPOS, Sandra Regina Leite de. Educação para surdos: práticas e perspectivas. São Paulo: Santos, 2008. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: ALMEIDA, Elizabeth Crepaldi de. DUARTE, Patrícia Moreira. Atividades ilustradas em sinais da Libras. São Paulo: Revinter, 2004. BOTELHO, Paula. Linguagem e letramento na educação dos surdos. São Paulo: Autêntica, 2002. ROCHA, Solange. O Ines e a educação de surdos no Brasil. Rio de Janeiro: Ines, 2007. SACKS, Oliver. Vendo vozes: uma viagem ao mundo dos surdos. São Paulo: Cia. das Letras, 2000. TANYA A.; MONTEIRO, Myrna S. Libras em contexto. 8. ed. Brasília: MEC/SEEP, 2007. Estágio Supervisionado em Farmácia de Manipulação e Comercial EMENTA: Práticas específicas em farmácia comercial. Conceitos na aplicabilidade da rotina em farmácia, ressaltando-se aqueles referentes aos aspectos administrativos: critérios para armazenamento dos produtos, relação dos mais vendidos por classe terapêutica; critérios organizacionais: distribuição da área física, limpeza, destino do lixo; critérios legais: registros de psicotrópicos e substâncias capazes de determinar dependências físicas e psíquicas. Averiguação do conhecimento sobre as 107 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA exigências legais do exercício profissional e funcionamento de estabelecimentos farmacêuticos e outros fatores relevantes da área farmacêutica que sejam detectados durante o estágio. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Oferecer condições de aprimoramento, complementação e aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos durante o Curso, sob orientação supervisionada de docente e profissional da área na empresa, envolvendo tarefas inerentes a aspectos administrativos, organizacionais e legais no âmbito da farmácia comercial, incluindo farmácias magistrais, facultando ao farmacêuticoaprendiz vivenciar procedimentos operacionais de aquisição, armazenamento, manipulação e dispensação, ressaltando-se neste último quesito a Atenção Farmacêutica. BIBLIOGRAFIA: De acordo com as experiências do estágio. Enzimologia e Tecnologia das Fermentações EMENTA: Conceituações de proteínas e enzimas. Cinética das reações enzimáticas. Microbiologia das fermentações. Métodos de ensaios enzimáticos. Processos de fermentação enzimáticos de interesse farmacêutico e industrial. Fermentação láctica, acética e alcoólica. Principais aplicações da tecnologia das fermentações para processamento de alimentos e medicamentos. Métodos de separação e purificação de biomoléculas. Segurança na manipulação enzimática. Biotecnologias e transformações químicas atuais e perspectivas futuras. Utilização de enzimas em processos industriais. Aspectos legais e econômicos. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Entender os processos enzimáticos e fermentativos que ocorrem no homem, no medicamento e a influência na natureza e nos animais, destacando a aplicabilidade destes insumos como alvos para o desenvolvimento de fármacos e uso na indústria alimentícia. Ao final dos estudos, o aluno deverá demonstrar ser capaz de: conhecer a microbiologia das fermentações; utilizar os processos que permitem o uso das enzimas em escala industrial; explicar as propriedades e as aplicações de enzimas na indústria farmacêutica e alimentícia; dominar o mecanismo de obtenção de enzimas e moduladores enzimáticos e a aplicabilidade destes insumos na indústria farmacêutica; desenvolver produtos por intermédio de processos fermentativos; identificar agentes enzimáticos como alvos para o desenvolvimento de fármacos; utilizar princípios essenciais às aplicações da tecnologia das fermentações no processamento de medicamentos. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: BON, Elba P. S.; FERRARA, Maria Antonieta; CORVO, Maria Luisa. Enzimas em biotecnologia. Rio de Janeiro: Interciência, 2008. BORZANI, W.; LIMA, U. A.; AQUARONE, Eugenio. Biotecnologia industrial - processos fermentativos e enzimáticos. São Paulo: Edgar Blücker, 2002. 108 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA ORDONEZ, J. A. Tecnologia de alimentos: componentes dos alimentos e processos. Porto Alegre: Artmed, 2005. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: BORZANI, W.; LIMA, U. A.; AQUARONE, E. Biotecnologia industrial: biotecnologia da produção de alimentos. São Paulo: Edgard Blucher, 2001. BOBBIO, F. O.; BOBBIO, P. A. Introdução à química de alimentos. 3. ed. São Paulo: Varela, 2003. EVANGELISTA, J. Tecnologia de alimentos. São Paulo: Atheneu, 2005. NUNEZ DE CASTRO, Ignácio. Enzimologia. São Paulo: Pirâmide, 2001. OETTERER, Marília et al. Fundamentos de ciência e tecnologia de alimentos. São Paulo: Manole, 2006. SCHMIDELL, W. et al. Biotecnologia industrial: engenharia bioquímica. São Paulo: Edgard Blücher, 2001. SHREVE, R. N. & BRINK Jr., J. A. Indústrias de processos químicos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997. Controle de Qualidade em Alimentos e Biossegurança EMENTA: Princípios básicos em controle de qualidade. Padrões de qualidade. Sistemas de controle de qualidade. Padronização e normatização. Princípios e importância do controle de qualidade de alimentos. Boas Práticas de Laboratórios. Filosofia e programas de qualidade dentro da indústria de alimentos. Implantação e segmento de sistema de controle de qualidade (qualidade/produtividade); análises físico-químicas de processos, instrumental, sensorial e análise microscópica de alimentos. Desenvolvimento de padrões: especificação, regulamentação e principais orientações quanto ao padrão de qualidade e identidade dos alimentos. Avaliação da qualidade. Alimentos transgênicos. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Introduzir o aluno à compreensão dos métodos, processos e tecnologias envolvidas na produção, transformação e conservação dos alimentos, orientados por procedimentos técnicos, científicos, éticos, e o controle de qualidade, abrangendo, ainda, a organização e legislação pertinente, permitindo-lhe avaliar as alterações de natureza físico-química desses produtos e criar alternativas para o desenvolvimento de alimentos especiais. Ao concluir estes estudos, o discente terá assimilado o aprendizado que o habilite a: aplicar as técnicas de análise de alimentos no que se refere ao valor nutricional e caracterização química e microbiológica (sanitária); interpretar os resultados analíticos e enquadrá-los de acordo com os padrões exigidos pela legislação vigente sobre controle de qualidade; planejar e realizar ensaios sobre o controle de qualidade, estudos de estabilidade e estimativa do prazo de validade em alimentos; exercitar técnicas microscópicas aplicadas à matéria-prima de modo a permitir a construção de conhecimentos essenciais em tecnologia de alimentos; conhecer e interpretar os princípios físicos e físico-químicos que envolvem o funcionamento dos equipamentos empregados nas análises laboratoriais de produtos alimentícios; 109 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA avaliar os métodos analíticos aplicados para determinar a composição dos alimentos e controlar a qualidade físico-química e microbiológica; envolver-se em programas de controle de qualidade que visem aumentar a eficiência das operações de processamento, melhorar o produto final e/ou serviços; avaliar o significado higiênico e toxicológico das alterações e das contaminações dos alimentos; realizar ensaios para verificar as condições higiênico-sanitárias dos alimentos de acordo com a legislação vigente; validar metodologias analíticas, identificando os componentes básicos e observando a importância da utilização correta de equipamentos envolvidos na análise química quantitativa de produtos alimentícios. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: Brasil. Ministério da Saúde. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Métodos físicoquímicos para análise de alimentos. Brasília: Ministério da Saúde, 4 ed. Instituto Adolfo Lutz. São Paulo, 2005. ORDONEZ, Juan A. Tecnologia de alimentos: componentes dos alimentos e processos. Porto Alegre: Artmed, 2005. SILVA JR., E. A. da. Manual de controle de qualidade higiênico-sanitário em alimentos. 4. ed. São Paulo: Varela, 2004. SILVA, N.; JUNQUEIRA, V. C. A.; SILVEIRA, N. F. A. Manual de métodos de análise microbiológica de alimentos. São Paulo: Varela, 2004. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Diretrizes para rotulagem de alimentos. Disponível na URL: www.anvisa.gov.br. BOBBIO, F. O.; BOBBIO, P. A. Manual de laboratório de química de alimentos. São Paulo: Varela, 2003. BORZANI, W.; LIMA, U. A.; AQUARONE, E. Biotecnologia industrial: biotecnologia da produção de alimentos. São Paulo: Edgard Blucher, 2001. FELLOWS, P. J. Tecnologia do processamento de alimentos. 2. ed.Rio de Janeiro: Artemed, 2006. FERREIRA, S. M. R. Controle da qualidade em sistemas de alimentação coletiva I. São Paulo: Varela, 2002. FRANCO, Guilherme. Tabela de composição química dos alimentos. 9. ed. São Paulo: Atheneu, 2007. GERMANO, Pedro Manuel Leal; GERMANO, Maria Izabel Simões. Higiene e vigilância sanitária dos alimentos. 3. ed. São Paulo: Manole, 2008. OETTERER, Marília et al. Fundamentos de ciência e tecnologia de alimentos. São Paulo: Manole, 2006. RIEDEL, Guenther. Controle sanitário dos alimentos. Rio de Janeiro: Atheneu, 2005. ROSENBERG, Gerson. A ISO 9001 na indústria farmacêutica: uma abordagem das boas práticas de fabricação. Rio de Janeiro: Papers, 2000. Controle de Qualidade de Medicamentos e Cosméticos EMENTA: 110 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Estabilidade de medicamentos; validação de metodologia analítica. Parâmetros gerais de controle da qualidade dos princípios ativos de medicamentos e cosméticos manipulados. Tecnologia, gestão e controle de qualidade de formulações de grande produtividade. Características físicas e químicas da matéria-prima; formulações farmacêuticas líquidas, sólidas e semi-sólidas. Pilotos e escala industrial; infra-estrutura e processos envolvidos. Análise das características físico-químicas e avaliações microbiológicas das matérias-primas e produtos acabados; controle em processo. Validação de metodologias e BPF aplicáveis à realidade das indústrias farmacêuticas e de cosméticos. Novos sistemas terapêuticos (lipossomas, nanocápsulas, microcápsulas). Legislação aplicada. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Subsidiar a formação do aluno nos aspectos relacionados com o conceito de Qualidade Total e desenvolver-lhe a capacidade de realização de estudos sobre princípios gerais e mecanismos do controle químico e biológico da produção e qualidade de medicamentos, cosméticos e fitoterápicos, orientados por parâmetros farmacopéicos ou resultantes de novos processos tecnológicos, assegurando qualidade e condições de utilização desses produtos para o consumidor. Com este embasamento, o aluno estará habilitado a: desenvolver uma visão abrangente do funcionamento da indústria farmacêutica em toda sua complexidade; aprimorar aptidões técnicas nos processos de fabricação de medicamentos e cosméticos; identificar os principais processos industriais e equipamentos de interesse na indústria de medicamentos e cosméticos; desempenhar atividades relacionadas às diversas fases de produção industrial de medicamentos e correlatos manipulados; dominar e aplicar as diversas metodologias relacionadas ao controle de qualidade de produtos farmacêuticos e cosméticos garantindo a qualidade ao usuário/paciente; executar a validação de metodologias analíticas, identificando os componentes básicos, observando a importância da utilização correta de equipamentos envolvidos na análise química quantitativa de produtos; interpretar os princípios físico-químicos que envolvem o funcionamento dos equipamentos empregados nas análises laboratoriais de produtos farmacêuticos e correlatos; analisar os resultados obtidos das análises laboratoriais e interpretar os resultados analíticos referentes às análises de controle de qualidade dos produtos farmacêuticos. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: ALVES, A Correa; PRISTA, Luis Vasco Nogueira; MORGADO, R. M. Ramos. Tecnologia farmacêutica. 7. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gubenkian, 2008. GIL, E. S. Controle físico-químico de qualidade de medicamentos. São Paulo: Pharmabooks, 2007. ROSENBERG, Gerson. A ISSO 9001 na indústria farmacêutica: uma abordagem das boas práticas de fabricação. Rio de Janeiro: E-papers, 2000. PINTO, Terezinha de Jesus Andreoli. Controle biológico de qualidade de produtos: farmacêuticos, correlatos e cosméticos. São Paulo: Atheneu, 2003. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: AMARAL, M. P. H. Controle de qualidade na farmácia de manipulação. 2. ed. Juiz de Fora: UFJF, 2003. 111 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA ANSEL, H. G.; POPOVICH, N.G.; ALLEN JR, L. V. Farmacotécnica. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação de fármacos. 6. ed. São Paulo: Premier, 2001. ANVISA - www.anvisa.gov.br - RDC 210/2003; RDC 249/2005. GRUPO DE MICROBIOLOGIA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE COSMETOLOGIA. Controle microbiológico na indústria de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. São Paulo: Digigraphis, 1998. HARRIS, D. C. Análise química quantitativa. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. MORETTO, L. L. Gerenciamento da produção para farmacêuticos. São Paulo: RCN, 2004. Periódicos: COSMETICS & TOILETRIES - edição em português. International Journal Pharmaceutical Compounding Seminários Integrados EMENTA: Abordagem e discussão de temas relevantes em rotina, inovações e pesquisa em campos de interesse à formação do Farmacêutico. BIBLIOGRAFIA: A ser definida oportunamente em função dos temas abordados. Estágio Supervisionado em Farmácia Hospitalar EMENTA: Atividades supervisionadas abrangendo elementos da prática de gestão, suprimento de materiais e medicamentos, padronização, aquisição, armazenamento, controle de qualidade, controle de estoque e dispensação de medicamentos e material em Farmácia Hospitalar. Participação do Farmacêutico nas comissões de controle de infecção hospitalar, farmacovigilância, farmacoterapêutica e nutrição parenteral; integração em equipes multiprofissionais da área de saúde mediante assistência voltada ao uso correto de medicamentos e correlatos visando à prevenção, recuperação e promoção da saúde. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Possibilitar orientação supervisionada em procedimentos operacionais na Farmácia Hospitalar, estimulando o estagiário a compreendê-la como um órgão de abrangência assistencial, técnicocientífico e administrativo. Visa, ainda, a complementação e aplicação dos conhecimentos assimilados na manipulação de quimioterápicos, antiretrovirais e nutrição enteral/parenteral, bem como desenvolver competências nas diferentes áreas de atuação do Farmacêutico no âmbito clínico hospitalar. BIBLIOGRAFIA: De acordo com as experiências do estágio. 112 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Estágio Supervisionado em Análises Clínicas e Toxicológicas EMENTA: Fundamentos e validação da formação profissional do analista clínico. Atuação nas diversas modalidades e setores que compõem um Laboratório de Análises Clínicas relacionado à área farmacêutica. Em adição, o estágio inclui atividades supervisionadas de coleta e preparação de material biológico utilizado nas análises, lavagem e esterilização dos materiais, preparo de meios e reagentes; diagnósticos laboratoriais; correlação clínico-laboratorial; controle de qualidade no laboratório de análises clínicas. Noções de gerenciamento de laboratório de análises clínicas. OBJETIVOS, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Proporcionar o exercício de funções especializadas em laboratórios de análises clínicas e toxicológicas, na execução e interpretação de exames de rotina laboratorial, de modo a garantir a qualidade das análises, observados os padrões de qualidade pertinentes e as normas de segurança vigentes. BIBLIOGRAFIA: De acordo com as experiências do estágio. Estágio Supervisionado em Alimentos EMENTA: Atividades supervisionadas em indústria de alimentos ou laboratório de análise de alimentos, centro de pesquisas, da produção e controle bromatológico, toxicológico e microbiológico. Visão geral da planta industrial e demais setores correlatos da empresa. Conhecimento do fluxograma da empresa. Identificação dos diferentes estágios de processamento e respectivos riscos para a qualidade final do produto e para a saúde do consumidor. Atuação laboratorial envolvendo a participação nas principais análises sobre a identidade, a qualidade e o desenvolvimento de produtos. OBJETIVO: Propiciar um ambiente onde a teoria se materializa nas áreas de produção e controle de qualidade da indústria de produtos alimentícios, visando integrar o aluno numa perspectiva de aprimoramento de seu conhecimento na área de produção, controle e biossegurança alimentar. BIBLIOGRAFIA: De acordo com as experiências do estágio. Trabalho de Conclusão do Curso I e II EMENTA: Desenvolvimento de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) a partir da problematização de um tema de interesse e aplicação na vida profissional, que pode ser apresentado sob formas variadas: 113 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA relatório, formulação farmacêutica, desenvolvimento de produtos ou técnicas, roteiros, sistemas para vigilância sanitária, fluxogramas de processo, parecer técnico, desempenho prático de interrelacionamento pessoal ou em laboratório, pesquisa bibliográfica ou levantamento de dados. A elaboração do TCC tem como base de sustentação conceitual os conteúdos trabalhados em Metodologia da Pesquisa Científica, conformando-se com as normas da ABNT e o regulamento próprio, representando assim a culminância da produção intelectual do farmacêutico-aprendiz. OBJETIVO: Propiciar ao aluno a oportunidade de demonstrar o nível de conhecimento assimilado e de aprofundamento temático, o estímulo à produção científica e à pesquisa bibliográfica especializada na área farmacêutica e o grau de aprimoramento da capacidade crítico-reflexiva. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2007. MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 10. ed. São Paulo: Hucitec, 2007. SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2007. Além destes, outros títulos que se relacionem especialmente com o tema escolhido pelo discente serão utilizados para elaboração do TCC. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Trabalhos NBR 14.724: informação e documentação. Trabalhos acadêmicos. Apresentação. Rio de Janeiro, 2002. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007. OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de metodologia científica: projetos de pesquisas, TGI, TCC, monografias, dissertações e teses. São Paulo: Thomson, 2002. PARRA FILHO, D.; SANTOS, J. A. Apresentação de trabalhos científicos: monografia, TCC, teses e dissertações. São Paulo: Futura, 2001. Além destes, outros títulos que se relacionem especialmente com o tema escolhido pelo discente serão utilizados para elaboração do TCC. 114 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA 6.6 - COERÊNCIA DO CURRÍCULO COM OS OBJETIVOS DO CURSO Como antes explicitado, a Alfa coloca-se no caminho para formar farmacêuticos com uma visão sistêmica do corpo social circundante. Assim, o eixo curricular traçado guarda coerência com tal expectativa de modo a tornar os egressos do seu Curso de Farmácia cidadãos, acima de tudo, e instrumentos do desenvolvimento regional. Portanto, a visão humanística e crítica da realidade social será trabalhada ao longo dos períodos letivos, inserindo no aluno uma perspectiva pluralista da atuação do profissional contemporâneo por meio da conjugação teoria e práxis. Seguindo esta lógica, a matriz curricular contempla conteúdos gerais e específicos, de fundamentação pragmática, que se distribuem entre os semestres consoante uma elaboração humanística sugerida pela interdisciplinaridade entre as Ciências Farmacêutica e da Saúde e as Ciências Humanas e Sociais. Por sua vez, o inter-relacionamento entre os componentes curriculares conduzirá o egresso ao efetivo cumprimento dos objetivos do Curso, ou seja, à formação de um Farmacêutico capacitado para atuar nos diversos campos funcionais do sistema da saúde, em observância aos aspectos legais preconizados pelo SUS, utilizando adequadamente e de forma otimizada os recursos humanos e técnico-científicos disponíveis. Concomitante a este traçado e respeitando os procedimentos didático-pedagógicos, o currículo do Curso encontra-se intensamente subsidiado por atividades complementares e projetos integradores, aproximando as áreas de conhecimento, as habilidades, atitudes e valores éticos fundamentais à habilitação profissional. Importa destacar o conjunto de práticas farmacêuticas a serem experienciadas seja nos laboratórios ou em contextos externos à instituição, nas atividades extensionistas, que reforçarão sobremaneira a construção do conhecimento farmacêutico nos moldes objetivados no projeto pedagógico. 6.7 - COERÊNCIA DO CURRÍCULO COM O PERFIL DE FORMAÇÃO DO EGRESSO A coerência do currículo com o perfil de conclusão se consolida sob a premissa de que o profissional de Farmácia tem como requisitos essenciais o domínio do conhecimento especializado nas funções de proteção, prevenção, recuperação e reabilitação na área de fármacos e medicamentos; de análises clínicas e toxicológicas e de controle, produção e análise de alimentos. Além destas, deve demonstrar flexibilidade intelectual, capacidade analítica para interpretar informações, motivação para a autoatualização, capacidade de gestão, competência gráfica e oral, estando apto a acompanhar as transformações sociais, as tendências mercadológicas e perspectivas do exercício profissional, com habilidades para compor equipes multiprofissionais, bem assim atuar no ensino, na pesquisa aplicada e extensão em nível acadêmico. Com esse propósito, o currículo contempla uma proposta multi e transdisciplinar que faculta uma conjugação de saberes, o aperfeiçoamento e a atualização técnico-científica, primando por uma formação sociohumanística, com espírito empreendedor, consciência ética e responsabilidade social perante o meio natural. A capacitação profissional está assim alicerçada no desenvolvimento de competências para o exercício do pensamento crítico e juízo profissional. 6.8 - ARTICULAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO COM O PDI E PPI O projeto pedagógico formalizado neste documento harmoniza-se com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e o Projeto Pedagógico Institucional (PPI) da Alfa, notadamente no que diz respeito ao referencial teórico-metodológico, aos princípios, diretrizes, abordagens, estratégias e ações. 115 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Na medida destes referenciais, o curso de Farmácia será implementado com base nas seguintes diretrizes gerais: ⊸ metodologias de ensino que promovam o desenvolvimento de competências e habilidades requeridas na formação integral do educando e na formação para o trabalho; ⊸ planos de ensino que favoreçam a integração simultânea entre o saber e sua prática; ⊸ avaliação formativa e continuada da aprendizagem, minimizando as avaliações quantitativas centradas meramente na acumulação de informações de cunho teóricodoutrinário; ⊸ concepção do educando como centro do processo pedagógico, mediante a assistência e atendimento em todos os momentos de sua vida acadêmica, aliada à oferta de ensino de qualidade, apoiado em um corpo social (professores e técnicos) qualificado e em recursos metodológicos, bibliográficos e tecnológicos adequados; ⊸ estrutura organizacional que respeite as individualidades e harmonize a convivência acadêmica em todos os níveis e categorias; ⊸ integração do educando à comunidade social por meio de programas e ações de iniciação científica e extensão, em parceria com serviços de saúde, empresas e instituições governamentais ou particulares de Almenara e vizinhança; e ⊸ convênios interinstitucionais para viabilizar trocas de experiências e informações entre a comunidade acadêmica, a Alfa, a comunidade local e regional e organizações em todo o país. O projeto pedagógico guarda congruência com a política de responsabilidade social da instituição, especialmente quanto à sua contribuição em relação à inclusão social; ao desenvolvimento econômico e social; à defesa do meio ambiente, da produção artística, da memória e do patrimônio cultural da região que lhe dá sede e adjacências. Ademais, cumpre as diretrizes políticas e ações institucionais, contemplando de um modo geral: ⊸ orientações pedagógicas específicas para o desenvolvimento de competências e habilidades que atendam ao perfil desejado dos egressos, ⊸ concepção do currículo do curso em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais (conteúdo e duração) fixadas pelo MEC e às peculiaridades regionais, ⊸ princípios metodológicos teoria/prática; inovadores e criativos, priorizando a integração ⊸ processos de avaliação formativa e continuada da aprendizagem, ⊸ diretrizes para estágio, prática profissional e atividades complementares articuladas com o ensino teórico-prático e os projetos e programas de extensão e de iniciação científica, atendimento ao educando, ao egresso e ao ambiente organizacional, que proporcionem condições ideais de aprendizagem e de convivência comunitária. 116 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA 6.9 - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Na perspectiva de assegurar efetiva aplicabilidade dos conteúdos ministrados e obtenção dos objetivos planejados, os princípios que norteiam a proposta de formação do Farmacêutico da Alfa defendem a didática do diálogo e preconizam uma metodologia de ensino que pressupõe, necessariamente, a interação professor/aluno no fazer pedagógico. Neste sentido, a dinâmica curricular adotada utilizar-se-á de metodologias de ensinoaprendizagem diversificadas, que se desenvolverão mediante aulas teóricas e práticas, estágios curriculares e atividades acadêmicas complementares, estruturadas com permanente acompanhamento de docentes. No conjunto de aulas teóricas e práticas, em laboratórios e nos diversos espaços de aprendizagem, o farmacêutico-aprendiz poderá aplicar seus conhecimentos e exercitar as habilidades de assistência farmacêutica adquiridas em atividades de ensino, pesquisa e extensão com o devido suporte do corpo docente. Na dimensão do ensino prático, serão formados grupos e o professor assumirá papel de facilitador da aprendizagem. Os temas serão desenvolvidos com base em situações reais, simuladas ou virtuais. O processo de ensino-aprendizagem será construído em sala de aula, em laboratórios, utilizando-se recursos adequados, assim como nos espaços dos serviços de saúde, segmentos da comunidade, com vistas a uma interação com as necessidades da população e o desenvolvimento do processo de assistir pessoas, desde a promoção à recuperação e reabilitação no processo saúde/doença. Procedimentos pedagógicos variados, tais como: seminários, palestras, conferências, estudos de caso, visitas a instituições, atividades laboratoriais, estágios estarão presentes no cotidiano do processo de formação do educando, utilizados para imprimir motivação e integração no preparo necessário ao exercício profissional. Desde o início do curso serão oferecidas condições reais de acesso e uso de tecnologias diversas, pela disponibilidade de acervo bibliográfico (livros, periódicos) e, particularmente, de recursos informatizados e laboratoriais específicos que possibilitem a utilização de softwares e aplicativos específicos da área de Farmácia, incluindo o acesso às principais redes de informação e comunicação virtual. Demais disso, especial empenho será dado à contratação e manutenção de corpo docente qualificado, num esforço de dotar o curso das qualidades didático-pedagógicas requeridas e com conteúdo técnico-científico condizente com os objetivos a serem colimados e aqui preconizados em razão dos apelos e atuais exigências da sociedade do conhecimento. 6.10 - APOIOO AO DISCENTE Os alunos do curso contarão com acompanhamento, orientação e apoio institucional durante a graduação e após sua conclusão, e com o suporte acadêmico prestado pela Coordenação e professores do curso. Esta preocupação revela-se já pela opção por um sistema de comunicação entre a instituição e o aluno que garanta que este esteja sendo sistematicamente munido de todas as informações necessárias, quer do ponto de vista administrativo-institucional, quer do ponto de vista acadêmico e social-recreativo, de modo a assegurar a efetiva interlocução e veiculação da palavra do corpo discente. Estratégias como circulares, comunicados, folders e panfletos, cartazes, posters e publicação bimensal de simplicidade gráfica, elaborada com base nas informações prestadas pelas coordenações de curso, compõem os suportes a serem utilizados na divulgação dos atos acadêmicos e administrativos. Neste mesmo sentido, os alunos serão incentivados a se 117 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA organizarem de forma que também eles, pelo órgão institucional de representação discente, possam veicular uma publicação a seu encargo. O conjunto de atividades de apoio discente, sistematizadas em programa de orientação ao discente, constitui-se de ações interdisciplinares desenvolvidas sob diversas formas para que reconheçam em cada aluno os diferentes estilos de aprender e favoreçam o processo de assimilação da realidade circundante. As principais ações previstas, em estreita articulação com a Coordenação do Curso de Farmácia, compreendem: orientação pedagógica na definição do melhor caminho de seu curso, na escolha e explicitação do seqüenciamento das atividades curriculares, nas atividades extraclasse e de pesquisa, extensão, acompanhamento, orientação e supervisão nos estágios; orientação na escolha, elaboração e apresentação dos trabalhos de conclusão de curso; monitoramento do desempenho acadêmico e orientação para recuperação de estudos; orientação para requerer aproveitamento de estudos de componentes curriculares já cursados; mecanismos de nivelamento, sempre no início do semestre letivo, aos alunos que eventualmente apresentem dificuldades no desempenho da língua portuguesa, nos componentes curriculares que envolvem conceitos e cálculos matemáticos e também nas dificuldades da área de ciências da saúde (Biologia, Bioquímica, Anatomia). orientação profissional sobre processos de seleção e postura profissional, incluindo: elaboração de currículo, desenvolvimento de competências, habilidades e comportamentos necessários a uma atuação consistente e diferenciada no mercado; dicas de postura e etiqueta profissionais; acompanhamento e orientação no desenvolvimento das atividades de práticas profissionais e no desenvolvimento de atividades complementares; recepção e encaminhamento de queixas, reclamações e sugestões da comunidade acadêmica, para apuração da qualidade dos serviços prestados; incentivo à participação e apresentação de trabalhos de alunos em eventos de interesse do curso: jornadas acadêmicas, feiras e encontros acadêmicos e de iniciação científica da própria instituição e de outras instituições congêneres; adoção ao Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES) e ProUni. Para dar operacionalidade a essas ações, será dispensada carga horária específica a um docente, desde o início do curso, para que o mesmo possa atender os alunos com orientações pertinentes à rotina de estudos. À medida que o Curso for evoluindo, serão designadas docentes para prestarem orientação a projetos de iniciação científica, monitorias, atividades de pesquisa e extensão, trabalho de conclusão de curso, entre outros. 6.11 - ACOMPANHAMENTO DOS ALUNOS EGRESSOS A Alfa implantará sistema de acompanhamento de desempenho dos seus egressos como instrumento complementar ao programa de avaliação institucional, em sintonia com o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - Sinaes. Não apenas isso, cuidará também de 118 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA estabelecer uma conexão permanente com os ex-alunos e a sociedade local de forma a determinar a medida de sua intervenção profissional. O programa de acompanhamento do egresso reveste-se de múltiplos objetivos e de significado comum, qual seja o de reforçar as atividades acadêmicas da instituição para melhor cumprir o seu compromisso social. Parte-se do pressuposto de que ao se pesquisar a vivência acadêmica do aluno, no tempo de sua formação, e sua experiência na vida profissional, torna-o fonte de informação e possibilidade de crítica mais categorizada e objetiva em relação à qualidade do curso e, portanto, da pertinência e utilidade prática dos conhecimentos ministrados. Como instrumento do programa, prevê-se a criação de um Banco de Dados dos egressos, com atualização periódica de suas atividades ocupacionais. Adicionalmente, um Portal/Link do Egresso, com informações atualizadas sobre o mundo do trabalho; um banco de currículos para conhecimento dos empregadores; informes sobre cursos, pesquisas e eventos científico-culturais e outras atividades de interesse dos alunos. Espera-se com isso que todas as iniciativas se estabeleçam em espaço de interlocução dos egressos e professores, e possam dispor de um meio de orientação e visibilidade profissional, ou de recolocação no mercado de trabalho e, em outros casos, de promover a continuidade dos laços acadêmicos e de interação entre os alunos e a Instituição. 6.12 - AVALIAÇÃO 6.12.1 - PRESSUPOSTOS BÁSICOS Em tempos mais recentes, a avaliação vem assumindo importância crescente em todos os domínios da vida institucional. Com efeito, amplia-se seu universo para além da avaliação da aprendizagem, alcançando de modo cada vez mais consciente, sistemático e cientificamente fundamentado as políticas educacionais, as reformas e inovações do sistema de ensino, os projetos pedagógicos, currículos, aos programas institucionais em sua globalidade. Nessa perspectiva, a concepção de avaliação assume conotações mais ou menos particulares de acordo com o seu contexto, mas, em sua essência, avaliar pressupõe, sem dúvida, uma atitude de julgamento, uma valoração, no sentido em que ela não tem significado fora da relação com um fim, um contexto, em que o avaliador se pronuncia quanto ao sucesso ou insucesso do objeto avaliado. No Projeto Pedagógico Institucional da Alfa, a avaliação é compreendida como instrumento de integração entre a aprendizagem e o ensino. Em consonância, encerra um conjunto de ações cujo objetivo coloca-se na orientação da intervenção pedagógica para garantir um melhor aprendizado, tendo como base o conhecimento dos avanços e dificuldades demonstrados pelos educandos. Simultaneamente apresenta-se ao professor como oportunidade de reflexão sobre sua prática educativa e desafio à formulação de alternativas passíveis de oferecer maior efetividade ao trabalho desenvolvido, conferindo-lhe significado e possibilitando seu contínuo redirecionamento. De fato, o enfoque trabalhado pela Alfa visa deslocar o sentido da avaliação como mero instrumento de mensuração de resultados, que toma o aluno como único implicado na dificuldade de aprendizagem para um eixo de responsabilidade compartilhada. A avaliação é, pois, subsidiária do processo de ensino-aprendizagem no qual educando e professor são simultaneamente objeto e sujeito deste, como conseqüência de uma atitude coletiva reveladora do quanto o professor e a organização acadêmica contribuem com o decurso formativo. 119 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA 6.12.2 - AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ACADÊMICO A avaliação discente fundamenta-se nos critérios procedimentais que embasam a proposta pedagógica do Curso - domínio de conhecimentos, aquisição de competências e desenvolvimento de habilidades – e segue as recomendações e os mecanismos explicitados no Regimento da Alfa. Assegura-se também que o aluno seja avaliado, em cada componente curricular, por critérios de assiduidade, pontualidade, participação e bom desempenho nas atividades presenciais nelas incluídas: aulas, seminários, conferências e trabalhos correlatos ao componente curricular e indicados pelo professor. Concomitante, a Alfa introduz o sistema formativo de avaliação no qual se pondera principalmente a evolução do aluno dentro do conjunto de conteúdos do Curso, a sua capacidade de decidir e agir diante de situações complexas que requerem conhecimento sólido e raciocínio lógico, assim como sua competência para promover o próprio crescimento intelectual e profissional. Levando a efeito tais premissas, estão previstas as seguintes situações para mensuração da aprendizagem do graduando, tendo-se em conta as características e os objetivos de cada componente curricular consoante os planos de ensino respectivos: exposições práticas, em laboratório; realização de seminários, nos quais são discutidos novos temas, descobertas recentes em áreas de interesse do Curso e atualizadas matérias antes abordados pelos professores e outros itens, sempre enriquecidos pelos recursos tecnológicos de comunicação e informação; elaboração e apresentação de trabalhos específicos em classe, individuais e de grupo, cujo número e natureza ficam a critério de cada professor, e obrigatoriamente relacionados aos conteúdos curriculares trabalhados no período; participação em atividades complementares; desenvolvimento de atividades de monitoria, visando o acompanhamento do desempenho dos colegas, esclarecendo dúvidas, prestando orientações específicas e discutindo pontos de vista sobre determinado trabalho solicitado pelo professor; participação em eventos científicos ou culturais; participação em atividades de extensão (cursos, palestras, participação em programas na comunidade em áreas de interesse do curso, seminários, congressos etc.); realização de provas formais. Considera-se como mais relevante não apenas a quantidade de conhecimento adquirido, como também a capacidade de acioná-los, relacioná-los para então formular uma resposta adequada a cada situação-problema proposta ou constatada. Ademais, que o processo de avaliação concorra para revelar, preservar e estimular a pluralidade constitutiva da formação recebida. Desse modo, são igualmente consideradas nos diversos planos de aprendizagem as soluções entendidas como erradas, incompletas ou distorcidas, pois os erros devem ser encarados como hipóteses inteligentes na construção e reconstrução do conhecimento. Os discentes que demonstrem fragilidades no processo de aprendizagem podem contar com o suporte prestado pelo núcleo de apoio ao discente que, após submetê-los a avaliação eles recebem, quando necessário, acompanhamento adequado. A Coordenação do Curso e os professores disponibilizam carga horária para escuta aos acadêmicos. 120 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Estão previstos critérios e tempos específicos de avaliação para as modalidades excepcionais de cumprimento de componente curricular na forma de regime especial de aprendizagem ou regime de exercícios domiciliares, observando os requisitos legais pertinentes e obedecendo a critérios e condições estabelecidos pelo colegiado competente e a normas complementares. O cumprimento e avaliação das atividades curriculares, dos Estágios Supervisionados e do Trabalho de Conclusão de Curso, indispensáveis à integralização do currículo, obedecem a normas específicas definidas em regulamento próprio. Ainda em conformidade com dispositivo regimental, é assegurado ao aluno o direito de recorrer do resultado final de sua avaliação, devendo, para tanto, apresentar requerimento à Secretaria Acadêmica, no prazo definido após a divulgação do teor da avaliação. 6.12.3 - AVALIAÇÃO DO CURSO A autoavaliação institucional na Alfa, incluindo a avaliação dos cursos, está sob a tutela da Comissão Própria de Avaliação – CPA, instituída por nomeação da Diretoria- Geral. Composta por alunos, professores e funcionários, eleitos entre os pares, e de dois representantes da sociedade civil, indicados pela diretoria-executiva, a CTA tem a atribuição de conduzir os processos avaliativos internos da Instituição, sistematizar e atender às solicitações de informações do Inep, em conformidade com a legislação que institui e regula o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - Sinaes. Com fundamento nas normativas vigentes, o Curso de Farmácia será submetido regularmente e de forma cumulativa a uma programação de avaliação institucional, realizada pela CPA, que de maneira específica se propõe a: identificar os pontos fortes, para fortalecê-los e consolidá-los; corrigir os aspectos considerados fracos; manter a estrutura curricular sempre adequada ao contexto socioeducacional em que o egresso irá atuar; oferecer ferramentas de acompanhamento e melhoria da eficiência institucional; proporcionar meios para atendimento à legislação em vigor e, desse modo, integrar-se aos sistemas de avaliação vigentes encetados pelo MEC. O campo de avaliação do Curso engloba as atividades previstas no seu projeto pedagógico e se utiliza dos seguintes procedimentos: sensibilização da comunidade acadêmica para a importância da avaliação como instrumento de qualificação do curso e como mecanismo utilizado para prestar contas aos alunos, a seus responsáveis e à sociedade; efetivação de diagnóstico permanente dos conteúdos e atividades curriculares e extracurriculares de cada período, como modo de subsidiar o planejamento da etapa subseqüente; identificação das condições de infraestrutura para desenvolvimento das atividades do curso: espaço físico, laboratórios específicos e de informática, materiais experimentais, biblioteca e outros; aplicação dos instrumentos de avaliação a acadêmicos e professores do curso; sistematização dos dados, análise, organização do relatório para conhecimento dos dirigentes, da coordenação e dos professores do Curso. 121 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Os resultados das avaliações serão repassados à Coordenação do Curso que, em conjunto com a Diretoria-Geral, definem estratégias e metas para melhorar o desempenho de questões que apresentem índices abaixo daqueles previstos nos documentos oficiais da instituição. A Coordenação do Curso, assessorada pelos núcleos de apoio institucional e apoiada pela direção-geral, tem a incumbência de promover reuniões individuais de acompanhamento e orientação com os professores responsáveis pelos componentes curriculares que obtêm índices insatisfatórios. Também nas reuniões mensais e nos encontros pedagógicos, com os representantes de turmas, pode-se detectar situações propícias à autoavaliação do Curso de forma contínua e somativa. Além desses mecanismos institucionais, outra situação passível de avaliação ocorre com a participação dos discentes no Enade. Previamente à realização do mesmo, os alunos serão levados a conhecer o conteúdo dos documentos que definem as normas e os conteúdos de avaliação. Após a publicação dos resultados do exame, o relatório final é divulgado entre professores e alunos, sendo objeto de reunião com os docentes para analisar o desempenho dos acadêmicos, identificar lacunas em sua formação e definir metas a serem implementadas visando qualificar o processo de ensino e aprendizagem. A atual composição da CTA da Alfa iniciou suas atividades no início de 2007, e desde então vem se estruturando no sentido de empreender processos avaliativos nas dimensões que a seguir se destacam sem, contudo, serem exclusivas: corpo docente, condições de ensino, instalações físicas, perfil do egresso em confronto com as demandas sociais, currículo vigente, corpo técnico-administrativo. 6.13 - ARTICULAÇÃO ENTRE ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO E ASSISTÊNCIA A reafirmação de compromisso social das instituições de ensino superior passa, necessariamente, pela aproximação dos alunos com a realidade social e pelas interações entre grupos envolvidos no processo de desenvolvimento do ser humano, para que essa ação mútua resulte o cumprimento dos propósitos de formação definidos institucionalmente. A articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão com seu universo de inserção surge da necessidade emergente de atender às demandas colocadas por essa realidade, respeitando seus valores e sua cultura, bem como pela capacidade de aprimorar a qualidade e relevância científica de conhecimentos e serviços gerados na e pela instituição. Assim, a pesquisa é percebida pela Alfa como mecanismo valioso de construção e reconstrução do conhecimento, impondo-se como recurso eficaz para a contextualização do processo ensino-aprendizagem. Entendendo como capacidade de elaboração própria, de análise e descoberta da realidade, espera-se que a pesquisa deva ser estimulada e orientada para o uso de metodologias que não qualifiquem o seu exercício apenas como levantamento empírico da realidade e que, portanto, sejam estimuladas as abordagens quantitativas e qualitativas. Pode-se afirmar, por sua vez, que a extensão é uma atividade que se projeta para favorecer a participação efetiva da Alfa no seu meio ambiente, devendo funcionar como elo permanente e comprometido de diálogo, de comunicação e de serviços entre suas unidades acadêmico-pedagógicas e os sujeitos envolvidos. Constitui-se numa vigorosa fonte de retroalimentação capaz de gerar e propor alternativas viáveis e, associada ao ensino e à pesquisa, de levantar e investigar problemas novos da realidade social. Com efeito, tem a extensão a dupla dimensão de levar para a sociedade idéias, fatos, saberes, vivências que se desenvolvem no seu espaço, e trazer para dentro dele o conhecimento 122 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA construído externamente, para que o mesmo seja investigado, apreendido e, de forma ressignificada, devolvido à comunidade. Possibilita também que o acadêmico desenvolva atividades extracurriculares como complementação à sua formação acadêmica. A idéia de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão deve acompanhar o aluno desde o ingresso no curso até a sua conclusão. Ao estudar os conteúdos de Métodos de Pesquisa em Farmácia, em que conhecerá o instrumental básico necessário à ciência, o aluno terá oportunidade de iniciar-se no exercício investigativo, em pequenos projetos de pesquisa, respaldos nos conteúdos trabalhados em componentes curriculares como Fundamentos Socioantropológicos da Saúde e Doença, Fundamentos da Ciência Farmacêutica, sobretudo. Esse exercício de “aprender fazendo”, também por meio da pesquisa, deverá se constituir em meta a ser perseguida e exercitada ao longo de todo o curso. Espera-se que cada programa de aprendizagem se desenvolva com o compromisso de criar estratégias de ensino voltadas para o estímulo à pesquisa e extensão, encaminhando o aluno paulatinamente, capacitando-o para a realização de projetos de maior complexidade e aplicabilidade com o propósito de socialização do saber produzido. Os alunos serão inseridos gradativamente nas modernas técnicas e práticas no campo da Ciência Farmacêutica, especialmente nas Práticas Farmacêuticas, e levados a participar de projetos comunitários, como oportunidade de avaliar, desenvolver e testar propostas assistenciais, gerenciais e educativas com famílias, grupos, comunidades, ao mesmo tempo em que fornece um vasto campo para o exercício da pesquisa em serviço, com foco na atenção farmacêutica à comunidade. Para assegurar tal integração, a Alfa constituirá núcleo interdisciplinar de pesquisa e extensão, como recurso educacional de prática profissional, objetivando potencializar os programas de aprendizagem e congregar outras atividades de investigação, extensão e serviços à comunidade, desenvolvidas no âmbito dos cursos a implantar – Educação Física, Farmácia, Fisioterapia e Ciências Biológicas, além de Enfermagem e Nutrição, já em funcionamento. A institucionalização desse núcleo dar-se-á no momento em que os cursos se encontrarem em plena atividade. Com o propósito de otimizar suas ações, contará com professores titulados, em regimes de 20 e 36 horas de trabalho, com membros do corpo acadêmico da Instituição, além de envolver profissionais e instituições de saúde da comunidade. Várias são as ações de prática profissional e extracurriculares inicialmente pensadas pela Alfa para dar concretude ao propósito de associar-se à comunidade de referência, em consonância com a filosofia e os propósitos dos programas de governo dedicados à saúde pública (PSF, PACS), cabendo menção: Desenvolvimento de plano de assistência a uma dada comunidade considerada menos favorecida em relação às necessidades básicas de saúde do município. Assim, cada aluno deve acompanhar um número definido de famílias durante um período, que funcionará como laboratório em situação de ensino-aprendizagem, com avaliações sistemáticas das condições de saúde do grupo familiar escolhido, dentro de uma ação participativa. Participação em macrocampanhas que tenham por objetivo o diagnóstico precoce de enfermidades controláveis por ações educativas e de saúde. Caracterizam-se estas como situações de ensino-aprendizagem e de geração de benefícios à população concernida, despertando a consciência para o controle e prevenção de enfermidades. 123 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Com base em estudos e dados epidemiológicos que identifiquem problemas de saúde coletiva com incidência significativa na comunidade, propor intervenções socioeducativas aos moradores e portadores do agravo observado, numa ação que integre docentes de Farmácia e dos outros cursos da Alfa. Daí traça-se um plano de ação enfatizando aspectos como: mudança de hábitos de vida (alimentação, higiene), necessidade de exercícios físicos, informação sobre a doença (conceito, sintomatologia, prevenção de complicações provocadas por uso incorreto de medicamentos, entre tantos outros). Oficinas para formação de agentes multiplicadores com alunos de Farmácia, facultando a participação dos demais cursos, para atuarem na comunidade informando, promovendo ações educativas, preventivas e também capacitando agentes multiplicadores naquelas comunidades atendidas. Utilizando-se dos referenciais do campo da saúde coletiva, da educação popular e da inter e transdisciplinaridade, esse trabalho será desenvolvido a partir de processos grupais, especialmente com crianças, adolescentes, mulheres e idosos, assim como de assessoria às organizações comunitárias e sociais. Ainda dentro dos programas curriculares alternativos de integração instituição/comunidade na prevenção e promoção da saúde, o Curso de Farmácia poderá vir a realizar ou viabilizar o envolvimento dos alunos em atividades intra e intercursos, a saber: Semana de Farmácia; Semana de eventos científicos, de resgate e reforço das tradições da arte e cultura regionais; Ações comunitárias diversas, especialmente para levar a debate e reflexão temas sobre preservação ambiental e melhoria das condições de vida; Ações direcionadas especificamente para a assistência ao idoso; Campanhas nacionais de multivacinação, intensificação e bloqueios de vacinas; Programas institucionais de iniciativa de órgãos públicos voltados para atenção à saúde materno-infantil; saúde do adulto e idoso; saúde mental, saúde escolar; Campanhas da saúde abrangendo questões como: reeducação de hábitos de vida; divulgação do potencial terapêutico de plantas da região; o poder curativo de diversas terapias naturais; Participação em ações de treinamento de recursos humanos em DST/AIDS, diabetes, hipertensão etc. O desenvolvimento articulado dessas atividades respalda-se nos princípios da educação de qualidade que se quer efetivada nesta Instituição, numa concepção de conhecimento como entendimento do mundo vivo e continuado, no aperfeiçoamento da visão de organização e articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão. A destinação de um espaço específico, dentro da própria Alfa, para prestação de serviços no campo da atenção farmacêutica e implementação de programas de assistência à saúde como um todo, deve ser discutida e organizada com os órgãos de saúde locais, estaduais e lideranças comunitárias dos setores para os quais esses serviços se destinam. 124 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA 6.14 - GESTÃO ACADÊMICA DO CURSO O Curso de Farmácia tem coordenador o professor Daniel Rodrigues Silva, contratado em regime de tempo integral, cuja formação e titulação acadêmica se enquadram aos requisitos das funções a serem desempenhadas pelos pontos de seu currículo que a seguir se destacam: Inseri a síntese do Currículo do Coordenador do Curso 7 - CORPO DOCENTE DO CURSO O corpo docente selecionado para o curso de Farmácia constitui-se de 14 professores, contratados pelo Instituto Educacional Almenara, sob o regime da legislação trabalhista, para assunção de jornadas de trabalho que variam de 10 a 36 horas. Nos itens subseqüentes são apresentados quadros com o detalhamento da titulação, experiência profissional e adequação da formação para o curso de Farmácia. ↬Formação Acadêmica e Profissional Para o início do Curso, este quadro revela-se suficiente em número, cujos integrantes reúnem as devidas competências e habilidades relacionadas aos conhecimentos curriculares que irão ministrar, adequando-se também à concepção político-pedagógica proposta neste documento e às características e disponibilidades da região onde o Curso será implantado. 7.1 - FORMAÇÃO ACADÊMICA E PROFISSIONAL A formação acadêmica dos docentes do Curso ajusta-se às recomendações do MEC no que diz respeito à titulação, experiência profissional e adequação de formação às atividades que desenvolvem nos componentes curriculares que ministram. Eles foram recrutados tomando-se em conta as características regionais em que está inserido o Curso, bem como a concepção pedagógica proposta. ▪ Titulação, Suficiência e Adequação da Formação No que se refere à titulação acadêmica, o corpo docente do Curso apresenta o seguinte perfil: 04 mestres, correspondendo a 29%; 09 especialistas, o que corresponde a 64% do total do quadro de professores, conforme demonstrado no quadro seguinte. Quanto à adequação da formação acadêmica aos componentes curriculares a ministrar, o corpo docente detém perfil ajustado e com significativa aderência às áreas em que irão atuar: .... docentes são graduados e pós-graduados em Farmácia;...... têm formação pós-graduada em Ciências Biológicas; os demais possuem formação (graduação e/ou pós-graduação) específica na área correspondente ao componente curricular que irá ministrar. ▪ Experiência Profissional no magistério superior e fora dele Dos 14 professores que atuarão no Curso de Farmácia, ?% possuem cinco anos ou mais de experiência no magistério superior. Cabe ressaltar que ?% dos docentes apresentam experiência profissional relevante em diferentes atividades, além do magistério no ensino superior. 125 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA 7.2 - CONDIÇÕES DE TRABALHO Como antes mencionado, o regime de contratação dos docentes, sempre ao abrigo da legislação trabalhista, segue os critérios definidos pela Mantenedora e Mantida, que privilegiam aqueles com melhor qualificação acadêmica na vinculação pelos regimes de Tempo Integral (TI), Tempo Parcial (TP) e Horista (H), de modo a assumirem responsabilidades com o ensino, a pesquisa e extensão. Os procedimentos relativos à seleção, admissão, promoção e dispensa do professor, seus direitos e deveres estão disciplinados no Plano de Carreira Docente, estando sujeito, ainda, às normas regimentais da instituição. Na carga de horas/atividades distribuídas aos docentes para desenvolvimento de projetos e programas de ensino, pesquisa e extensão, quanto maior a qualificação do professor, maior o percentual de horas/atividades. Na jornada de trabalho estão incluídas as tarefas próprias à função docente: preparação e ministração de aulas, aplicação e correção de provas e testes, e também o tempo destinado à orientação discente, participação em projetos de pesquisa, extensão e atividades culturais, orientação de monografia e estágios supervisionados, bem como a participação em programas de capacitação profissional. A política de pessoal docente da Alfa prevê mecanismos de estímulo à atualização, capacitação e aperfeiçoamento docentes, seja mediante “Ajuda de Custo” para participação em eventos de natureza técnico-científica ou cultural, seja pela concessão de bolsas de estudo para realização de cursos de pós-graduação, em instituições reconhecidas e credenciadas, ou em programas específicos de treinamento e reciclagem profissional. No momento o corpo docente do curso de Farmácia apresenta o seguinte regime de trabalho conforme se verifica no quadro a seguir. As informações do quadro seguinte nomeiam os professores, os componentes curriculares que cada um irá ministrar, a titulação acadêmica e o regime de trabalho a cumprir na instituição. Informações do Corpo Docente do Curso Docente Adeilda Lopes Titulação Alves Ana Valéria Sousa Campos Pimenta Ane Maria Brant Alves Rego Licenciatura em Ciências Sociais; Especialização em Ensino de Ciências na Área de Informática Educativa; Especialização em História Contemporânea. Graduação em Letras Especialização em Língua Portuguesa Especialização em Literatura e Lingüística Aplicada. Graduação em Fisioterapia; Especialização em Fisioterapia Traumato-Ortopédica Funcional. Regime Trabalho Tempo de magistério superior (em anos) Tempo de exercício profissional fora do magistério (em anos) Componente Curricular a ministrar Fundamentos Socioantropológicos da Saúde e da Doença Horista 6 anos 25 anos Horista 1 ano 25 Parcial 2 anos 8 anos Oficina Comunicação Expressão de e Anatomia Humana 126 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Bianca Araújo de Oliveira Daniel Rodrigues Silva Licenciatura em Química e Física Especialização em: Docência Superior: Fundamentos Teóricos Metodológicos do Processo de Educação Bacharelado em Enfermagem; Graduação em Farmácia; Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão Pública; Mestrado em Ciências Farmacêuticas; Doutorado em Ciências Farmacêuticas; Horista Integral 1 ano 04 anos 01 mês 9 anos Química Orgânica I e II x Farmacocinética e Farmacodinâmica; Deontologia e Legislação Farmacêutica Fundamentos da Ciência Farmacêutica; Histologia e Embriologia; Prática Farmacêutica I: Biossegurança em Ações de Saúde Parasitologia e Micologia Química Analítica; Físico-Química Farmacêutica; Química Farmacêutica Biologia Celular e Molecular Genética Humana e Evolução Graduação em Farmácia; Especialização em Análises Clínicas e Toxicológicas; Pós-graduanda em Docência do Ensino Superior. Horista 1 ano 1 ano Fidelino Carvalho Filho Graduação em Farmácia Industrial Especialização em Análises Clínicas - Bioquímica Horista - 5 anos Geizecler Tomazetto Graduação em Biomedicina; Mestrado em Biologia Celular e Molecular. Horista 2 anos 2 anos Parcial 3 anos 3 anos Integral 1 ano 8 anos Horista - 10 anos Química Geral e Inorgânica; Bioquímica Básica Métodos Físicos em Farmácia; Prática Farmacêutica III: Meio ambiente e vigilância à saúde Microbiologia e Imunologia; Fisiologia e Biofísica 3 anos 20 anos Matemática Farmácia; Bioestatística Fabrícia Dias Morais Leonardo Augusto Mendes Marcelo Freitas Castro Mirthes Garcez Patente Patrícia Cardoso Rosilmar Santiago Alves Mendes Tânia Maria Mares Figueiredo Graduação em: Agronomia Mestrado em Zootecnia Graduação em Farmácia Bioquímica; Especialização em Química. / Graduação em Farmácia e Bioquímica Especialização em Fisiologia e Fisiopatologia Geral Habilitação em Biologia – Licenciatura Plena Mestrado em Microbiologia Graduação em: Matemática Especialização em: Álgebra Linear I e II, Análise Real, Cálculo Avançado I e II, Equações Diferenciais I e II, Metodologia da Pesquisa Científica, Metodologia do Ensino Superior, Seminário de Monografia e Monografia. Mestrado Horista Horista Parcial Farmacobotânica para Prática Farmacêutica II: Metodologia da 127 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Pesquisa Farmácia em Regime de Trabalho dos Docentes Regime de Trabalho a) Tempo Integral – 36h b) Tempo Parcial (>= 20h e < 36h) c) Horista Total Nº de Professores 02 03 09 14 % 14 22 64 100 Titulação dos Docentes Titulação Doutorado Mestrado Especialização Total Nº de Professores 01 04 09 14 % 07 29 64 100 128 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA 8 - INFRAESTRUTURA FÍSICA E ACADÊMICA 8.1 - DESCRIÇÃO DA ÁREA FÍSICA E SUAS EDIFICAÇÕES A Faculdade de Almenara funciona em imóvel de propriedade da entidade mantenedora, localizado em área valorizada, situada ao lado do Centro Administrativo Municipal e do Aeroporto da cidade. Suas edificações caracterizam-se pela localização estratégica e qualidade das instalações. Como se pode constatar no quadro a seguir, as salas de aula totalizam 12 e contam com sistema de iluminação natural e artificial, cuja dimensão (60 m²) atende perfeitamente às funções a que se destinam. As instalações físicas oferecem condições para utilização de recursos audiovisuais necessários à prática pedagógica e há o cuidado com a qualidade e manutenção dos móveis, carteiras e quadros. Os demais ambientes disponíveis às atividades administrativas e didático-pedagógicas atendem perfeitamente às suas especificidades e têm suas dimensões expressas no quadro seguinte. A Alfa definiu uma política permanente de manutenção e ampliação dos recursos físicos por meio da revisão das instalações existentes, reorganização do ambiente físico e investimento em novos mobiliários e equipamentos, como condição indispensável para o alcance da melhoria qualitativa dos programas educacionais em andamento. Esta política de expansão e readaptação da infra-estrutura física e de apoio observa as seguintes diretrizes gerais: ampliação da infra-estrutura física para atender à ampliação e melhoria contínua do ensino, pesquisa e extensão, em condições adequadas aos padrões de qualidade fixados pelos órgãos competentes do MEC; atendimento aos requisitos de acessibilidade a pessoas portadoras de necessidades especiais; atendimento às normas de biossegurança; melhoria contínua do ambiente físico da biblioteca, dos laboratórios, das salas de aula, sala dos professores e coordenadores e outros espaços de apoio ao ensino; ampliação dos espaços para convivência comunitária, lazer e alimentação. Os espaços externos da Alfa contam com estacionamento para professores, funcionários, alunos e comunidade em geral. No quadro seguinte são especificados, de forma sintetizada, a disposição da infraestrutura física dispensada às atividades da instituição, até que o plano de ampliação previsto se concretize. Distribuição dos Espaços Físicos Qtde. 12 Descrição Salas de Aula Área (m2) 60 - Área Administrativa compreendendo: Tesouraria, Secretaria, Diretoria e Cantina 300 1 Laboratório de Informática 60 1 Laboratório de Anatomia 120 129 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA ▪ 1 Biblioteca (2 ambientes contíguos); Sala para estudo individual com bancadas e mesas e para estudo em grupo; Sala para acervo e administração; 2 banheiros. 471 10 1 1 1 1 1 Banheiros para alunos e funcionários Auditório Anfiteatro (em construção) Recepção com Guarita e Vigilância Quadra esportiva em tamanho oficial Amplo estacionamento externo 18 250 600 12 - Infraestrutura de Segurança O conjunto de edificações físicas da Alfa foi projetado para atender às normas do Código de Segurança e Proteção contra Incêndio, mediante a instalação dos seguintes sistemas: extintores CO2 nos corredores e laboratórios; saída de emergência; luminárias de emergência; ducha d’água nos laboratórios; corrimão na escada e rampa; sinalizações; parte elétrica: subestação e quadros de distribuição compatíveis com as cargas elétricas; sistema de hidrantes; proteção contra descarga atmosférica. 8.2 - INSTALAÇÕES FÍSICAS PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS A Alfa tem sua estrutura física adaptada para receber portadores de limitações de natureza física, sendo amplas as condições de acesso autônomo, de ingresso e permanência em todos os serviços e instalações, destacando-se: Rampas com corrimãos que permitem o acesso aos espaços de uso coletivo; Rampas com corrimãos que permitem o acesso às salas de aula, laboratórios, biblioteca e outras instalações da infra-estrutura física e acadêmica; Banheiros adaptados às condições de uso especial, incluindo barras de apoio nas paredes; Lavabos e bebedouros instalados em altura acessível aos usuários de cadeiras de rodas; Telefones públicos instalados em altura acessível aos usuários de cadeiras de rodas; Estacionamento em local próximo das salas de aula. A disposição dos espaços internos (balcão de atendimento, salas de leitura) facilita o acesso de cadeira de rodas às dependências internas. Além disso, mantêm-se funcionários treinados para auxiliar e receber alunos e outros usuários com necessidades especiais. De um modo geral, as áreas de circulação interna e externa estão projetadas de forma a minimizar os 130 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA esforços de deslocamento e garantir condições de conforto necessário à realização das atividades acadêmicas. Além desses itens, a Instituição se compromete em prover infra-estrutura compatível para alunos com incapacidade visual e auditiva, quando por eles solicitada, sala de apoio especial e recursos próprios, desde o acesso até a conclusão do curso. 8.3 - LABORATÓRIOS MULTIUSO - INFORMÁTICA O complexo de infraestrutura projetado para a Alfa engloba espaços para laboratórios de informática e aqueles específicos dos cursos, ambientes de prática profissional, oficinas, estruturados para dar suporte técnico às funções acadêmicas. Apesar de priorizar as atividades práticas de ensino, eles devem atender também a outras demandas provenientes da prática de pesquisa e extensão. O planejamento de cada laboratório está em consonância com as exigências didáticocientíficas do projeto pedagógico de cada curso quanto a: área física, instalações específicas, condições de biossegurança, equipamentos identificados pelos professores das atividades práticas, dos projetos de pesquisa e programas de extensão. Cada laboratório tem um técnico responsável pelos trabalhos nele realizados, sendo auxiliado por monitor vinculado aos componentes curriculares e atividades que o utilizam. A Alfa pretende terceirizar os serviços de manutenção e conservação das instalações e equipamentos contratando profissionais ou empresas de reconhecida competência na área para a manutenção preventiva. A manutenção contínua e corretiva fica a cargo da do técnico instrutor de cada laboratório. A atualização tecnológica ocorre a partir das necessidades de cada laboratório, levantadas pelos professores e técnicos do setor, com assessoria de especialistas da área. ● Laboratórios de Informática Os Laboratórios de Informática, estruturalmente vinculados ao Núcleo de Multimeios, servem como ambiente de estudo e desenvolvimento de experimentos relacionados às atividades de ensino que demandam a utilização de programas computacionais e aplicativos. Também atuam como campo de apoio a projetos de pesquisa e a programas de extensão, servindo-se de instrumento de veiculação de informações acadêmicas intra e extra-institucionais, viabilizando as iniciativas de redescoberta como um guia de aprendizagem. Aos alunos e docentes é permitido acesso à Internet por meio da rede local e do provedor de acesso à rede mundial, além de possibilitar-lhes acesso a e-mail para uso acadêmico. O Laboratório de Informática encontra-se instalado numa área de 60 m2, com as especificações e equipamentos discriminados abaixo, com previsão de ser ampliada em função de novas demandas surgidas com a implantação dos cursos projetados no PDI. Atualmente, a Instituição conta com os seguintes recursos no Laboratório de Informática: 35 Computadores com Windows XP Home Edition e Office XP; 26 Bancadas; 52 Cadeiras; 2 Aparelhos de ar condicionado; 2 No Breaks; 131 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA 2 HUBS com 16 portas. Recursos Audiovisuais e Multimídia Tipo de Equipamento Televisor de 29’ Retroprojetor Vídeocassete Projetos de Slides Coder (computador com placa de TV) Projetor Multimídia montados em kit portátil podendo ser transportado para qualquer ambiente Data Show Aparelho de som com alta potência Aparelho de som com baixa potência Quantidade 3 5 2 5 2 2 5 2 1 ● POLÍTICA DE ACESSO O acesso aos recursos de informática é garantido a todos os alunos regularmente matriculados, a professores e funcionários da Alfa, observadas as finalidades educacionais gerais e específicas e as normas de utilização que vierem a ser fixadas. O sistema implantado possibilita ao aluno acompanhar, via Internet, sua situação acadêmica, acesso ao relatório de notas e avaliação, emissão de 2ª via de boleto bancário, extrato financeiro, reserva de livros, rematrícula on-line, comprovante de matrícula, minuta de contrato, além de outras possibilidades, inclusive a e-mail para uso acadêmico. Os docentes terão condições de acessar informações de suas turmas, impressão do diário de classe, cadastro de notas e faltas dos alunos, conteúdo programático das disciplinas, podendo desta maneira acompanhar o rendimento acadêmico de cada aluno. As situações de utilização dos recursos e equipamentos disponíveis no laboratório obedecem as respectivas prioridades: horários fixos de aulas práticas para os componentes curriculares que têm sua ministração baseada no uso de laboratório; horário de aulas sob reserva para componentes curriculares que eventualmente necessitam dos recursos de laboratório; horários livres de uso extraclasse para resolução de exercícios e elaboração de trabalhos acadêmicos propostos pelos professores; desenvolvimento de atividades previstas em projetos de pesquisa e extensão. O Laboratório de Informática está aberto e à disposição dos usuários – corpo docente e discente – de segunda a sexta-feira, das 13h às 22h30min,? sendo reservados pequenos intervalos durante o funcionamento para controle e manutenção dos computadores. No momento em que fazem uso do laboratório, os usuários contam com a assistência de um Monitor, com atribuições de auxiliá-los, em caso de dúvidas, de apoiar os professores na ministração de aulas e deliberar sobre o funcionamento regular dos equipamentos e recursos disponíveis. 132 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA O compartilhamento do laboratório é coordenado na confecção dos horários para o semestre letivo, e o sistema de reserva se dá por prévio agendamento, seguindo uma ordem préestabelecida na definição dos horários. O regulamento próprio dispõe sobre a programação de uso e prevê a sistemática de manutenção dos equipamentos e sistemas do laboratório, entre outros aspectos. ● PLANO DE EXPANSÃO, ATUALIZAÇÃO E MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS A manutenção contínua e corretiva fica a cargo do técnico instrutor lotado no laboratório. A cada dezoito meses é feita atualização tecnológica, mediante levantamento das necessidades surgidas feito pelos professores e técnicos ou especialistas de cada área. Contudo, a Alfa pretende terceirizar os serviços de manutenção e conservação das instalações e equipamentos, utilizando profissionais de reconhecida competência na área para a manutenção preventiva. Prevê-se a implementação de um plano de desenvolvimento para a área de informática, com os seguintes objetivos: atualização tecnológica dos equipamentos; padronização do ambiente de desenvolvimento dos sistemas corporativos; integração dos bancos de dados relevantes para os sistemas corporativos; redução de custos de manutenção; autonomia em termos de hardware e software. Os serviços de manutenção, conservação e suporte técnico dos equipamentos objetivam manter os equipamentos limpos e otimizados, com periodicidade semanal, a fim de se evitar problemas causados por interrupções de uso, podendo ser desenvolvidos: por técnicos da própria Instituição e consiste basicamente de verificação diária do funcionamento normal de todas as máquinas, limpeza interna e externa dos terminais e placas, configurações dos arquivos para uma melhor desempenho antes do início de cada turno de utilização dos laboratórios; ou por firma especializada mediante contrato de terceirização, nele prevendo manutenção periódica por empresa especializada na área de informática, e incluirá o suporte técnico envolvendo a verificação completa de hardware (desmontagem, limpeza, verificação de conexões e estado dos componentes internos e externos, montagem) e de software (formatação e instalação do sistema operacional, aplicativos principais e recursos de acesso a rede local). Nesse suporte prevê-se ainda assessoria na especificação dos equipamentos e programas visando sua atualização ou compra. A atualização e ampliação tecnológica dos equipamentos ocorre a partir de solicitações dos docentes ao coordenador do curso, de forma a garantir a compatibilidade do ensino com a evolução das tecnologias da informação. Os equipamentos são adquiridos gradativamente de maneira a atender adequadamente as necessidades dos alunos, antes do início de cada período letivo. A infraestrutura de informática com os laboratórios e equipamentos já especificados, é adequada para os dois primeiros períodos do Curso. Para os seguintes, a quantidade de equipamentos será ampliada e diversificada de acordo com a expansão planejada pela instituição. 133 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA PESSOAL TÉCNICO E DE APOIO O quadro de pessoal técnico e de apoio lotado no Laboratório de Informática é integrado por 1 técnico de nível superior, graduado em Informática, em regime de 40 horas semanais e 2 auxiliares técnicos, além de monitores eventuais. 8.4 - LABORATÓRIOS DE SUPORTE AO CURSO Recursos físicos e funcionalidades Na atualidade, tem sido consenso a necessidade da correta utilização dos equipamentos, material de consumo e objetos experimentais, em atendimento às normas de biossegurança, que visam proteger alunos, professores, corpo técnico, assim como preservar o meio ambiente. Por essa razão, a implementação dos laboratórios será realizada atendendo normas pré-estabelecidas por Comissão de Biossegurança instituída para tal fim e que contemplem: espaço físico com boa circulação de pessoas, ventilação, iluminação e segurança; descarte adequado de material orgânico e inorgânico; evaporação de gases; limpeza: produtos e técnicas utilizados nos laboratórios; treinamento de pessoal adequado dentro da realidade de cada laboratório; proteção individual: jalecos para uso exclusivo nos laboratórios, máscaras faciais, luvas de procedimentos cirúrgicos, óculos, avental, luvas cano longo, (anatomia); determinação de protocolo de utilização de cada laboratório; identificação do lixo; autorização para utilização de produtos entorpecentes, na Polícia Federal, e explosivos em potenciais, no Exército. A Alfa no momento dispõe dos equipamentos e materiais de laboratório listados na seqüência, sendo que durante o processo de implementação do Curso de Farmácia toda infraestrutura indicada neste projeto será disponibilizada aos alunos e professores. 2 Balanças mecânicas 5kg 6 Balões de fundo chato de 500ml 1 Balão volumétrico, médio, com rolha esmerilhada 10 Bastões de vidro, pequeno e médio 5 Copos Becker 400 ml 5 Copos Becker 1000 ml 4 Buretas de vidro graduada de 50 ml e 100 ml 10 Candinhos de porcelana.(5 pequenos e 5 médios) 10 Contagotas 2 Copos de Erlenmeyer 4 Copos graduados 5 Copos lava-olho 4 Escovas pequenas, para limpeza de vidraria 4 Escovas grandes, para limpeza de vidraria 10 Estiletes 2 Funis de vidro 134 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA 1 Garra para bureta 1 Caixa de lâmina de vidro 4 Caixas de lamínula de vidro 4 Pipetas, 10ml 4 Pipetas graduadas, 10ml 12 Placas de Petri 10 Provetas graduadas 10 Bandejas Plásticas 2 lamparinas em vidro 100 ml 30 unidades de tubo de ensaio de vidro 15 x 100 1 kit lâminas de histologia conj. 1 caixa de placa de Petri desc. estéril 1 caixa de alfinetes (grossos, com bolinha na ponta) 4 Pissetas cap. 250 ml 6 Escovas para lavar tubos, pequenas, médias e grandes 5 caixas de seringas (com agulhas) descartáveis de 5ml 2 Microscópios biológicos binoculares mod. TIM 2005 B 2 Microscópios Estéreos (Lupas) mod SQF-F 12 Bancadas em MDF 2 No-Breaks 3 Ventiladores de Teto Laboratórios existentes comuns aos cursos Os laboratórios comuns aos cursos existentes e especificamente ao de Farmácia para os componentes curriculares a serem ofertados nos dois primeiros anos letivos atenderão aos requisitos de acessibilidade para portadores de necessidades especiais, e serão dotados dos equipamentos de biossegurança necessários a cada tipo de laboratório, serviço ou demanda, observando-se as normas da ABNT, especialmente nos seguintes aspectos: almoxarifado com área reservada a líquidos inflamáveis, controle de material e estocagem adequados; espaço físico com dimensões adequadas por aluno; salas com iluminação, ventilação e mobiliário adequados; instalações hidráulicas, elétricas, sanitárias e outras adequadas ao atendimento de alunos, professores e funcionário; microcomputador, ligado em rede e com acesso à Internet, com recursos multimídia para projeções; política de uso dos laboratórios compatível com a carga horária de cada atividade prática; plano de atualização tecnológica, além de serviços de manutenção, reparos e conservação realizados sistematicamente, sob a supervisão dos técnicos responsáveis pelos laboratórios. 135 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA LABORATÓRIO DE QUÍMICA Quant. 04 04 01 05 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 02 Equipamentos Mesa de mármore grande Estante de mármore Geladeira Eletrolux 30 RDE Armário de vidro Dionizador de água Barrilete de 10 litros Estufa de esterilização e secagem Balança analítica Balança de precisão eletrônica PH metro de bancada Centrífuga com time (12 litros) Agitador magnético com aquecimento Capela para exaustão de gases Autoclave vertical 18 litros Espectrofotômetro digital Lupa binocular LABORATÓRIO DE MICROSCOPIA / MICROBIOLOGIA Quant. 20 01 13 01 01 01 02 Equipamentos Microscópio binocular Microscópio trinocular Banca de fórmica TV 29” SAMSUNG DVD Câmara filmadora Prateleira de aço LABORATÓRIO DE ANATOMIA Quant. 06 01 07 01 01 20 33 15 04 02 45 02 02 05 02 02 Equipamentos/peças Mesas inox Maca Baldes para recolhimento de líquidos Tanque Motor tanque Caixas plásticas para acondicionar peças Bancos Pranchetas OSSOS Crânios Jogos de vértebras= 06 colunas vertebrais completas do Atlas ao cóccix Vértebras Pares de clavículas (04 peças) Pares escapulas (04 peças) Uni. de úmero Pares de ulnas (04 peças) Pares de rádios (04 peças) 136 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA 03 3 e 1/2 02 04 02 04 04 04 02 03 02 02 03 01 01 02 02 02 02 01 03 01 Uni. de esternos Pares de fêmures (07 peças) Pares de patela (04 peças) Uni. de tíbias Pares de fíbulas (04 peças) Mãos Pés Mandíbulas Esqueletos completos Uni. de sacro Pares de osso do quadril Articulações Ombros Cotovelos Punho Quadril Esternos costal Discos intervertebrais Pares de membros de superiores Pares de membros inferiores Pé Mãos Par de joelho Peças 05 02 02 07 04 01 01 03 03 02 01 02 02 05 04 01 03 01 02 01 01 Línguas Laringes Bexigas masculinas Úteros encéfalos hemicabeças Cadáver completo com abdômen e tórax dissecado Corações inteiros Corações abertos Esôfagos com estômago Pulmão com traquéia Rins com ureter e pelve renal Rins Fígados com vesícula biliar Estômagos Pâncreas Intestinos Baço Próstata (01 com bexiga) Bexiga feminina Pênis 137 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA LABORATÓRIOS E CLÍNICAS DO CURSO DE FARMÁCIA Para o curso de Farmácia, além dos laboratórios da área da saúde, antes mencionados, serão instalados os laboratórios específicos, descritos na seqüência, a partir do segundo ano e em conformidade com a oferta dos componentes curriculares que requerem atividades práticas. O conjunto de equipamentos, mobiliários, materiais, reagentes serão adquiridos à época de implantação dos laboratórios, para que não fiquem defasados, em função da constante atualização tecnológica nessa área. Equipamentos a serem disponibilizados aos Laboratórios de Farmácia Laboratório de Farmacobotânica, Farmacognosia, Bromatologia e Análise de Alimentos Descrição Quant. Autoclaves 01 Balança de precisão 01 Bancadas 03 Estufas com termostato 02 Estufas sem termostato 02 Fotocolorímetro 01 Geladeira 01 Lupas sem fonte de luz 04 Microscópios binoculares e monoculares 10 Retroprojetor 01 Laboratório de Química e Físico-Química Agitador 01 Agitador de tubos 02 Aparelho de determinação de ponto de fusão 01 Balança analítica 02 Balança granatária 02 Balança semi-analítica 02 Bico de bunsen 03 Bomba de vácuo e ar comprimido de bancada 02 Capela de exaustão de gases 03 Centrífuga 01 Condutivímetro 01 Deionizador 02 Destilador 10 l/h 02 Estufa de secagem (média) 02 Evaporador rotatório 01 Freezer 01 Galvanômetro 01 Geladeiras 01 Manta de aquecimento (250ml) 03 Máquina de gelo (picado ou cubo) 01 Medidor de pH 03 Mufla 01 Placa de agitação e aquecimento 08 Recipiente de PVC para água 01 138 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Trompa de vácuo 05 Laboratório de Física Balança de Mohr 02 Balança de Tolly 02 Calorímetro 01 Computador para simulação de experiências físicas 01 Fonte de alimentação 08 Gerador de onda 01 Modulo de equipamentos para Física Geral para realização de 100 práticas 01 diferentes Multímetro analógico 10 Multímetro digital 05 Osciloscópio 03 Pêndulo de torção 02 Trilho de ar completo 02 Volante de inércia 01 Tubos de Kundt 02 Dispositivo para estudo de ondas estacionárias 01 Paquímetro 05 Micrômetro 10 Esferômetro 20 Escala em aço inox 1m 02 Termômetro 04 Galvanômetro 02 Gerador de função 02 Laboratório de Tecnologia Farmacêutica (Cosmetologia e Tecnologia Farmacêutica) Máquina rotativa 16 punções 01 Misturador em V 01 Amassadeira 01 Granulador 01 Blistadeira 01 Estufa 01 Drageadeira 01 Batedeira planetária comum 02 Cromatógrafo líquido de alta eficiência 01 Cromatógrafo de gás 01 Friabilômetro 01 Durômetro 01 Dissolutor 01 Desintegrador 01 Estufa de secagem tamanho médio 01 Potenciômetro 01 Balança analítica 01 Placa de aquecimento e agitação 02 Espectrofotômetro na região do ultravioleta 02 Desintegrador para testes de desintegração de comprimidos 01 Durômetro 01 Máquina de comprimir com acessórios 01 Friabilômetro 01 Sistema de revestimentos para comprimidos 01 139 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Estufa de secagem à vácuo Tamises nºs 14, 16, 18, 40, 60 Balança de um prato Farmacotécnica e Tecnologia de Cosméticos Formas para supositório Agitador com controle de velocidade Capela de exaustão de gases Destilador 10l/h Bico de gás Caneca de aço inox de 1, 2 e 5 litros Densímetro para álcool Densímetro para xarope Argola com garra para suporte Garra para suporte Suporte Tripé Laboratório Escola Armário arquivo Agitador homogeneizador Agitador magnético sem aquecimento Agitador mecânico Alcoômetro Aparelho para determinação do ponto de fusão Arquivo de aço Balança analítica eletrônica digital Balança de precisão eletrônica digital Balança mecânica de precisão Banho-maria – Sorológico Batedeira Bomba d’água Bomba de vácuo Blisters – manual Caneca em aço inox 304 – 10.000ml Caneca em aço inox 304 – 2.000ml Caneca em aço inox 304 – 5.000ml Capela de exaustão de gases Centrífuga sorológica de bancada Compressor Densímetro 700-1000 e 1000-1500 Densitômetro para leitura de eletroforose Deonizador de água Dessecador completo Destilador de água Desumificador de ar ambiente Encapsuladora p/200 e 300 Espectrofotômetro Estabilizador Estufa com circulação de ar digital Exaustor centrífugo Exaustor 01 12 10 10 02 01 01 10 15 02 02 10 10 10 10 02 01 01 02 03 01 03 02 02 01 01 01 01 01 01 06 05 03 01 01 01 04 01 03 01 02 01 02 01 03 01 01 03 140 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Filtro de carvão ativo Freezer vertical Impressora jato de tinta Jarra anaeróbica com cesto em tela de aço inox Jogo de peneiras para análises Medidor de pH Mesas de escritório e impressora Micropipeta 10µL , 20µL, 50µL, 100µL, 500µL, 1000µL Moldes em metal Molde metálico para óvulos Molde metálico para supositório Monitores Peneiras para análises granulométricas Pera com 3 vias Picnômetro em vidro boros Placa aquecedora com agitação Polarímetro Refrigerador Relógio despertador para laboratório Roupeiro Termômetro químico Viscosímetro digital Laboratório de Análises Clínicas e Toxicológicas Aparelho microlab 200 Autoclave Agitador de Kline Aparelho de sódio, potássio e cálcio Aparelho de hematologia Analisador de eletrólitos Aparelho de bioquímica Aparelho de gasometria Banho-maria Balança analítica Bico de Bunsen Centrífuga Contador de células eletrônico Contador de células manual Despertador de laboratório Destilador Espectrofotômetro Estufa de secagem e esterilização Estufa bacteriológica Terminais de computador Microscópios Microcentrífuga Impressora Múltiplo marcador de tempo 04 01 01 01 01 12 07 06 03 01 02 03 01 06 03 03 01 01 01 03 03 01 01 02 02 01 01 01 01 01 03 01 01 02 01 01 01 01 02 01 01 02 01 01 01 01 141 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA c) Farmácia-Escola A Farmácia-Escola da Alfa servirá como ambiente de pesquisa e desenvolvimento das atividades de extensão, atendendo à comunidade interna e externa. Trata-se de um espaço de ensino-aprendizagem para que o aluno possa vivenciar um modelo ideal de farmácia, de atendimento e serviço. Servirá também de campo de estágio extracurricular e supervisionado aos alunos do curso. Será instalada numa área física de 150m2, com capacidade para 25 alunos, e contará com setores distintos voltados para as áreas de dispensação, manipulação, homeopatia e atenção farmacêutica. A infraestrutura a ser disponibilizada atenderá as exigências postas pela legislação vigente (Anvisa), principalmente no que se refere às condições mínimas necessárias para autorização e funcionamento de uma farmácia pública. A responsabilidade técnica estará a cargo de um profissional Farmacêutico. Equipamentos e demais recursos Descrição Quant. 01 02 10 01 01 06 01 01 01 01 01 01 Aparelho de osmose reversa Balanças analíticas Bases para encapsulador cápsulas nºs 0, 1, 2, 3, 4 Blança semi-analítica Computador com conexão de internet banda larga Encapsuladoras para 180, 360 e 600 cápsulas; Estufa Impressora Fiscal Impressora jato de tinta Phmetro de bancada Placa de aquecimento Ponto de fusão capilar Infraestrutura física da Farmácia-Escola Descrição Área (m2) Sala de espera ? Sala da administração ? Sala de dispensação ? WC (masculino e feminino) ? Laboratório de produção de bases ? Laboratório de semi-sólidos e sólidos ? Laboratório de líquidos ? Sala de embalagem e rotulação ? Sala de pesagem, lavagem e esterilização ? Laboratório de controle químico e microbiológico ? Recepção e almoxarifado de recipientes e ativos ? Sala para troca de roupa ? 142 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Sala de estudo ? Sala de teleatendimento e serviço de informações ? Acesso dos alunos aos laboratórios As atividades em laboratório poderão ser em grupo ou individualizadas, com acompanhamento direto do professor responsável pelo componente curricular, auxiliado por monitores e pessoal de apoio. As turmas serão dimensionadas para a não ocupação da total capacidade dos laboratórios, ou seja, 20 alunos. Na eventual necessidade de repetirem aulas práticas, as mesmas serão agendadas com antecedência com os professores e técnicos responsáveis pelos laboratórios. Os laboratórios asseguram acessos diários de 2ª à 6ª feira, no horário de ? às ?horas, e aos sábados, no horário das ? as ? horas, para que os docentes e discentes tenham condições de desenvolvimento de suas pesquisas, trabalhos e consultas. A utilização dos laboratórios é atividade essencial para o curso tanto dentro da carga horária, como em outros horários, de acordo com a organização de cada componente curricular e da administração dos laboratórios. 8.5 - BIBLIOTECA Organização Na estrutura organizacional da Alfa, a Biblioteca define-se como órgão de apoio aos programas, projetos e atividades acadêmicas, estando subordinada à Diretoria-Geral. Como instância que agrega documentação e informação, assume sua principal atribuição de possibilitar o acesso ao conhecimento sistematizado e fomento para sua projeção social, na medida em que disponibiliza os diversos recursos tecnológicos ao seu alcance, amplia as possibilidades de participação social, dinamiza e enriquece o processo educacional e torna atraente o processo de ensino-aprendizagem. Encontra-se estruturada para viabilizar os seus objetivos, cujo atendimento dá a medida da eficácia do cumprimento de suas funções, entre as quais se destacam: reunir, organizar, classificar, catalogar, armazenar e divulgar o acervo, visando otimizar o uso do material bibliográfico disponível; proporcionar serviços bibliográficos e de informação com qualidade, permitindo o desenvolvimento adequado de todas as atividades educacionais, científicas e culturais; desenvolver ferramentas e métodos de trabalho eficazes de modo a manter uma coleção dinâmica e atualizada; estabelecer intercâmbio com bibliotecas, centros de documentação, universidades e outras instituições técnicas, científicas e culturais, nacionais e estrangeiras. Estrutura Física A Biblioteca encontra-se instalada numa área de aproximadamente 135 m², ? com espaços organizados para atividades próprias de tratamento técnico bibliográfico e administração dos serviços internos e às necessidades dos usuários, tais como: permanência para estudos, pesquisa e elaboração de trabalhos acadêmicos; realização de atividades de leitura livre e de atualização 143 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA estudo, dinâmica de grupos, debates, intercâmbio de informações, preparação de seminários, eventos de natureza cultural, acesso à Internet, entre tantos outros realizados internamente ou fora da Instituição. A Biblioteca apresenta condições de conforto térmico, acústico, com iluminação adequada, condições de higiene, ventilação e segurança, itens aliados a uma adequada arquitetura interna e ao uso de mobiliário apropriado. Contudo, a área física atual será progressiva e adequadamente redimensionada de modo a dar suporte às demandas dos novos cursos e dar acolhida àquelas da própria comunidade externa. Atendendo às exigências legais vigentes, foram observados os cuidados com o acesso às instalações físicas da Biblioteca, de forma a não restringir a mobilidade dos usuários e, de modo especial, dos portadores de necessidades especiais. Política de expansão e melhoria do acervo Pela importância que lhe é conferida no conjunto dos órgãos de apoio da Alfa, a Biblioteca tem assegurados recursos para investimentos fixados pela Mantenedora, registrados nas planilhas de receita e despesas do planejamento econômico-financeiro do PDI. São recursos que se destinam à ampliação física, ao desenvolvimento, manutenção e conservação das coleções e formação dos acervos, acompanhando a própria evolução dos conhecimentos dos cursos, as novas metodologias de ensino e as modernas tecnologias da informação e comunicação. A política de ampliação e atualização do acervo orienta-se por critérios qualitativos e quantitativos, possibilitando o acesso à bibliografia básica dos cursos, em número e conteúdo. A aquisição dos itens do acervo será efetuada gradativamente seguindo a evolução do contingente de alunos e de conformidade com a necessidade de atualização do acervo específico de cada curso. Terá como referência as avaliações e indicações dos coordenadores de curso e professores, e também mediante o acompanhamento da literatura especializada existente, disponível nos catálogos das editoras ou via Internet. Os títulos devem guardar coerência com as características e necessidades dos conteúdos curriculares, observando-se as condições de acesso dos alunos a essa literatura no que diz respeito ao domínio de línguas, bem como a disponibilidade financeira da Instituição. A seleção dos títulos é submetida a critérios de avaliação distintos, baseados em normas internacionais tanto no que se refere aos livros quanto aos periódicos, que levem em conta os seguintes parâmetros: adequação às capacidades, necessidades e interesses dos usuários; atualização de novas edições, a cada ano, pela aquisição dos melhores textos; preferência por novos títulos, obras de autores consagrados e data atual de publicação; caracterização do valor histórico das obras seja ele legal, fiscal ou cultural; número de exemplares existentes de cada obra, com verificação da freqüência de uso pelos usuários; prioridade para os conceitos de especificidade, relevância do tema e o princípio utilitário. A política de expansão da Biblioteca, no que diz respeito à prestação de serviços, estabelece como prioridade: estabelecimento periódico de diretrizes, metas e ações e definição de orçamento compatível com o atendimento das mesmas; 144 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA ajuste do orçamento financeiro com o fim de suprir as necessidades informacionais dos usuários; coleta, gerenciamento e disposição de pontos de informações referenciais e bibliográficas específicas, a fim de dinamizar atividades de ensino, pesquisa e extensão; criação de meios, formais e informais, de divulgação dos produtos e serviços, dando conhecimento aos usuários sobre os benefícios que deles possam resultar; oferecimento de treinamentos específicos aos usuários com vistas à melhor utilização dos itens e recursos disponíveis; validação de uma política de gestão para orientar os processos de seleção, aquisição e desenvolvimento do acervo de livros, periódicos, vídeos, CD-ROM, DVD e de outros recursos bibliográficos e audiovisuais voltados para áreas de estudos e pesquisas de interesse; instalação de sistema de segurança do acervo, envolvendo mecanismos de uso estratégico de tecnologias da informação e comunicação; implantação de bancos de dados com informações de natureza diversa de interesse da comunidade usuária; criação de parcerias com instituições congêneres com o intuito de divulgar a produção intelectual e artística da Instituição; efetivação de intercâmbios culturais, científicos e educacionais, nas áreas de interesse dos cursos; implantação de critérios de avaliação das atividades desenvolvidas na Biblioteca. O acervo bibliográfico conta com uma previsão de ampliação anual de 10%, com a finalidade de aumentar não somente a cobertura temática do acervo e sua qualidade, também a quantidade de exemplares em relação aos títulos. Quanto ao acervo de periódicos, pretende-se um crescimento médio de 10% ao ano, com o cuidado na manutenção das assinaturas correntes. Para o acervo de fitas de vídeo, CD-ROM, DVD a base de ampliação é de 8% (oito por cento) ao ano, uma vez que representa grande economia de espaço, permite à comunidade acadêmica consultas e respostas imediatas e, ainda, faculta a impressão de textos. Serviços prestados e nível de informatização O plano de informatização da Biblioteca inclui serviços de natureza interna e atendimento aos usuários nas suas necessidades de ensino, pesquisa e extensão, estando assim especificados: Acesso on line: para pesquisa bibliográfica e reservas de títulos disponíveis no acervo; Sistema de empréstimo: de acordo com os dispositivos do regulamento da Biblioteca a clientes internos: empréstimo domiciliar para alunos, professores e funcionários; e clientes externos: disponível para consulta in loco, realizada por não-usuários registrados (público externo). O sistema coordena todo o controle acadêmico, devolução e cobrança informatizado, e por ele é possível realizar o cadastramento automático do corpo docente, discente e funcionários lotados na Biblioteca. Serviço de referência: orientação quanto ao uso dos catálogos automatizados em terminais de computador; orientação de busca e recuperação de documentos e informações; elaboração de pesquisa bibliográfica; treinamento de usuários calouros; avaliação de acervos e ordenação de estantes; controle de entrada e saída (portaria e guarda-volumes); controle de uso das salas e outros ambientes, de acordo com normas estabelecidas no regulamento. 145 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA Controle de circulação do acervo desde empréstimo, devolução, cobrança, reserva de títulos emprestados, até relatórios e estudos registros estatísticos mensais em forma de tabelas e gráficos, expostos nos quadros de avisos da Biblioteca. Controle de ocorrências relativas às suspensões e taxas em razão de títulos não devolvidos; Serviço de pesquisa via bases em CD-ROM, Internet em terminais da instituição; levantamento bibliográfico; acesso a referências e textos; orientações quanto às normas técnicas para elaboração e apresentação de trabalhos científicos (projeto de monografia de curso); Tutoriais para alunos ingressantes e professores recentemente contratados: presta informações sobre horário e procedimentos de utilização dos espaços, organização básica da Biblioteca, serviços presenciais, organização geral do acervo, tipos de materiais impressos, audiovisuais e eletrônicos que podem ser utilizados por todos, e orienta os usuários sobre empréstimo e outros aspectos; Interligação com redes nacionais, internacionais e outros centros de informações, para a troca de experiências, dados e informações, além da permuta de publicações; Serviços de reprografia e recursos para digitação e impressão de textos; Hemeroteca: disponibilização de jornais diários, mantendo, para uso local, os principais títulos de maior circulação; Fitoteca e Videoteca. Nível de Informatização O processo de informatização da Biblioteca encontra-se em curso, devendo estar concluído num período de dois anos, simultaneamente com a implantação dos novos cursos. Disporá de recursos multimídia e outros disponíveis no mercado, demais materiais e serventias que facultem aos usuários o desenvolvimento de pesquisas e trabalhos acadêmicos diversos. Atualmente, a infra-estrutura da Biblioteca da Alfa conta com os seguintes itens: balcão para atendimento; 8 prateleiras de livros; 3 revisteiros; 6 estantes para DVD; 1 estante para jornal; 1 móvel para oratória; 2 computadores, para consulta dos alunos e cadastro de livros e serviços da biblioteca; Box com 5 lugares para estudos individuais, com cadeira em cada box; 5 mesas para estudo em grupo; 25 cadeiras; Videoteca com 240 títulos; Telefone (Ramal); Impressora; Área física: 150 m2 A Biblioteca fará uso de infraestrutura tecnológica com possibilidade de sistematização das rotinas e propiciar maior agilização no contato com o universo de seus usuários reais e 146 PROJETO PEDAGÓGICO DE FARMÁCIA potenciais. Os microcomputadores estarão ligados em rede, servindo aos alunos para consultas (on-line) ao acervo da instituição, de outras instituições de ensino e a diversas bases de dados nacionais e internacionais. Além disso, estarão ainda interligados a um provedor da Internet, possibilitando aos usuários acesso pleno e navegação. Especificação e organização do acervo: Os itens que constam do acervo da Biblioteca compreendem os títulos da bibliografia básica e complementar dos cursos, periódicos especializados, obras de referência, também outros materiais de natureza diversa. Para operacionalização do acervo, são adotadas as normas do CDU – Classificação Decimal Universal e a catalogação obedece ao Catálogo Anglo-Americano. Está disponível para professores e alunos convênio com o COMUT destinado à obtenção de matérias não encontradas no acervo. O horário de funcionamento da Biblioteca é de segunda à sexta-feira, das 7h às 11h, e das 13h às 22h; aos sábados, das 7h30min às 18h. O acesso à Biblioteca é facultado aos alunos regularmente matriculados nos cursos da Instituição, aos docentes, servidores e à comunidade em geral, sendo indispensável a identificação pessoal. Eles terão acesso gratuito à Internet para pesquisas bibliográficas e serão orientados por funcionários treinados para explicitar a disposição do acervo e facilitar-lhes a coleta dos dados. Além da possibilidade de consulta interna, o material pesquisado pode ser reproduzido no setor de produção reprográfica da Biblioteca, que recolhe do usuário deste serviço os valores do pagamento relativo aos direitos autorais. Os empréstimos de títulos do acervo somente são permitidos a integrantes do corpo docente, discente e do quadro funcional da Instituição, com prazos determinados e renováveis, conforme a necessidade do usuário, desde que atendidos os requisitos do Regulamento da Biblioteca. Não se constituem objeto de empréstimo os dicionários, enciclopédias e outras obras e itens do acervo considerados de uso especial, neles incluído o acesso a revistas, anuários, catálogos, folhetos e outros periódicos, sendo sua consulta permitida somente no próprio recinto da Biblioteca. Os usuários contam com serviço de reserva de qualquer item do acervo que, no momento, em razão de empréstimo, não esteja disponível. E para melhor divulgar os dados e informações de interesse comum dos usuários, os murais estarão estrategicamente dispostos no eixo de circulação principal da Biblioteca. Equipe Técnica e de Apoio No presente, a equipe técnica e de apoio da Biblioteca é constituída de um bacharel em Biblioteconomia, que coordena os serviços do setor, e dois auxiliares que atuam na administração e no atendimento ao público. Outros colaboradores deverão ser integrados à equipe para assumir novas demandas resultantes da necessidade demonstrada pelo fluxo de usuários e serviços da Biblioteca. 147