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CENTRO UNIVERSITÁRIO RADIAL LUCI ESTELA DE FREITAS FERREIRA CAPELOZZA A APLICAÇÃO DA TERAPIA HOLÍSTICA NOS ATLETAS DE ESPORTE INDIVIDUAL DE PATINAÇÃO ARTÍSTICA COM O AUXÍLIO DA MESA RADIÔNICA COMO FERRAMENTA CHAVE São Paulo 2011 LUCI ESTELA DE FREITAS FERREIRA CAPELOZZA A APLICAÇÃO DA TERAPIA HOLÍSTICA NOS ATLETAS DE ESPORTE INDIVIDUAL DE PATINAÇÃO ARTÍSTICA COM O AUXÍLIO DA MESA RADIÔNICA COMO FERRAMENTA CHAVE Trabalho de conclusão de Pós-graduação apresentado à Estácio UniRadial para obtenção do título de especialista no curso de Gestão e Aplicação de Terapias Holísticas Vibracionais ORIENTADOR: Prof. Dr. José Luiz Camacho São Paulo 2011 Ao meu marido e filhos com todo meu amor. Ao Universo pela sua simplicidade. Gratidão. AGRADECIMENTOS Ao Prof. Dr. José Luiz Camacho pelo incentivo. Aos atletas de patinação artística que fizeram parte deste estudo, pois sem eles nada disto seria possível. Aos pais dos atletas que confiaram na proposta. Aos técnicos de patinação artística pela participação neste trabalho. A minha família por existir. Ao Universo por colaborar comigo todas as vezes que minhas ideias estavam claras o suficiente para que ele as entendesse. A Deus por estar sempre presente em minha vida. Muito obrigada de coração. A inteligência humana só será totalmente compreendida quando aceitarmos os conceitos de espírito (“energia”) ou aquilo a que os psicólogos mais atualizados chamam de mente “superconsciente”. Bruce H. Lipton RESUMO CAPELOZZA, Luci Estela Ferreira. A aplicação da terapia holística em atletas de esporte individual de patinação artística com o auxílio da mesa radiônica como ferramenta chave. 2011. 89 f. Monografia (Especialização em Gestão e Aplicação de Terapias Vibracionais) – Centro Universitário Estácio / UniRadial, São Paulo, 2011. Este trabalho realizado com atletas de Patinação Artística, um esporte individual, apresenta um estudo que avalia o desempenho dos mesmos nos treinos e nas competições, por meio de um acompanhamento holístico que procurou entender cada atleta individualmente como um ser integral. A metodologia adotada tem como foco o restabelecimento do equilíbrio energético da pessoa. Para isto foi utilizada a mesa radiônica como ferramenta para análise e tratamento, que permitiu a conexão com a essência dos patinadores possibilitando a transmutação de seus padrões, restabelecendo o equilíbrio e a harmonia interior. Mesmo com acontecimentos diários que desestabilizam e refletem negativamente na vida dos atletas, com o trabalho constante na busca do equilíbrio enérgico, houve não apenas melhorias evidentes como atletas, mas também como indivíduos. Palavras chave: Esporte. Patinação Artística. Terapia Holística. Mesa Radiônica. Radiestesia. Supraconsciência. ABSTRCT CAPELOZZA, Luci Estela Ferreira. The application of holistic therapy in individual sports athletes of figure skating with the support of the radionics table as a key tool. 2011. 89 f. Monograph (Specialization in Management and Application of Vibrational Therapies) – Centro Universitário Estácio / UniRadial, São Paulo, 2011. This work with athletes from Figure Skating, an individual sport, presents a study that evaluates their performance during practices and competitions through a holistic care that sought to understand each athlete individually as a whole being. The methodology focuses on restoring the energy balance of the person. For this the radionics table was used as a tool for analysis and treatment, which allowed the connection with the essence of the skaters making possible the transmutation of their patterns, restoring balance and inner harmony. Even with daily events that destabilize and reflect negatively on the athletes lives, with constant working search of the energetic balance, there were clear improvements not only as athletes but also as individuals. Keywords: Sports. Figure Skating. Holistic Therapy. Radionics Table. Dowsing. Superconscious. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – O Diagrama do Ovo (TABONE (2009, p.78) ....................................... 21 Figura 2 – O Homem e seus Corpos (GOSWAMI, 2009, p.124) ......................... 23 Figura 3 – Níveis de Consciência (ZELL-RAVENHEART, 2008, p.409) .............. 24 Figura 4 – Planos, Corpos e Consciência (HARTMAN, 2006, p.35) .................... 25 Figura 5 – Mesa Radiônica (SILVA, 2009)........................................................... 30 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 11 2 REVISÃO DE BIBLIOGRAFIA ..................................................................... 13 3 2.1 Patinação Artística ................................................................................. 13 2.2 Terapia Holística .................................................................................... 15 2.3 Mesa Radiônica: Radiestesia e Radiônica ............................................ 16 2.4 Mesa Radiônica utilizada neste Trabalho .............................................. 30 METODOLOGIA .......................................................................................... 35 3.1 Material Utilizado ................................................................................... 35 3.1.1 Ficha de Acompanhamento ............................................................ 35 3.1.2 Mesa Radiônica .............................................................................. 35 3.2 Procedimento......................................................................................... 35 3.2.1 Seleção ........................................................................................... 35 3.2.2 Acompanhamento ........................................................................... 35 3.2.3 Local e Data .................................................................................... 35 3.2.4 Reunião ........................................................................................... 36 3.2.5 Primeira Consulta ............................................................................ 36 3.2.6 Consultas ........................................................................................ 37 3.2.7 Avaliação Energética ...................................................................... 37 3.2.8 Demais Consultas ........................................................................... 38 3.3 Vivências com Atletas e Técnicos ......................................................... 38 3.3.1 Primeira Vivência com os Atletas .................................................... 38 3.3.2 Segunda Vivência com os atletas ................................................... 41 3.3.3 Primeira Vivência com os Técnicos ................................................ 42 3.3.4 Segunda Vivência com os Técnicos ............................................... 47 3.3.5 Terceira Vivência com os Técnicos ................................................. 54 3.3.6 3.4 4 Análise dos Dados ................................................................................. 55 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................... 56 4.1 Resultados ............................................................................................. 56 4.1.1 Atleta 1 ............................................................................................ 56 4.1.2 Atleta 2 ............................................................................................ 59 4.1.3 Atleta 3 ............................................................................................ 63 4.1.4 Atleta 4 ............................................................................................ 68 4.1.5 Atleta 5 ............................................................................................ 71 4.1.6 Atleta 6 ............................................................................................ 75 4.1.7 Atleta 7 ............................................................................................ 76 4.1.8 Resultado da Vivência com os Técnicos e com os Atletas. ............ 77 4.2 5 Vivência Conjunta com os Técnicos e com os Atletas .................... 55 Discussão .............................................................................................. 79 CONCLUSÃO .............................................................................................. 83 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 86 11 1 INTRODUÇÃO Atualmente a Terapia Holística é um recurso utilizado para o restabelecimento do equilíbrio de pessoas. Normalmente as pessoas só pensam em algum tipo de tratamento quando consideram que exista um fator problemático, ou seja, uma doença ou um distúrbio. Somos máquinas humanas e, como tais, fadadas a acontecimentos que possam nos tirar do nosso eixo, como um equipamento que, trabalhando de forma incorreta, terá algum tipo de problema ou falha, sendo apenas uma questão de tempo dependendo apenas do que e de quanto estará fora deste eixo. Tomemos como exemplo algo com que estamos familiarizados, como um automóvel. Quando compramos um carro, recebemos um manual de instruções onde são recomendadas as revisões periódicas que dependem da quilometragem ou do tempo passado desde a compra do mesmo. Como sabemos do valor do nosso carro, sempre prestamos atenção para que os intervalos entre as revisões não seja excedido de forma a não perder a garantia, o que nos traria um grande transtorno em termos de custo. Uma pequena peça desalinhada pode ocasionar um sério dano, caso não tenha sido trocada logo quando detectado o problema. Quando fazemos as revisões periódicas, estamos fazendo uma manutenção preventiva, ou seja, verificando o que deve ser trocado antes que ocorra uma falha. Quando se chega ao ponto de existir um dano, já estaremos fazendo uma manutenção corretiva, trocando algo que está quebrado por outro, para corrigir o problema. Existe ainda outro tipo de manutenção denominada preditiva, a qual a análise correta das informações disponibilizadas ao longo do tempo pelo equipamento informa se existe algo que está pré-disponível a falha, antes mesmo da data prevista da revisão planejada. Bom, somos máquinas também e como o carro, precisamos de manutenção. O ideal é realizarmos a manutenção preditiva e preventiva, pois a nossa manutenção corretiva pode ser traumática, como a realização de cirurgia ou mesmo chegar ao ponto de necessitar de troca de peças, como o transplante de órgãos. O que eu quero abordar neste trabalho é a manutenção preditiva, aquela em que 12 é possível analisar, por meio de informações coletadas, o que pode estar ocasionando algo não satisfatório com a pessoa, mesmo que não necessariamente seja considerado um problema. Isto ajuda a restabelecer o equilíbrio, permitindo que ela viva melhor. Contudo, a manutenção preventiva, aquela em que se vai ao médico para fazer um acompanhamento periódico, deve continuar a fazer parte da vida da pessoa. O universo aqui estudado são os atletas de competição individual do esporte patinação artística. O esporte de competição exige do atleta muito treino, disciplina e seriedade no trabalho, mesmo sendo num esporte amador. Existem dificuldades diferentes entre os esportes coletivos e individuais, mas todos necessariamente dependem do empenho do atleta. O técnico exige do atleta seu melhor resultado, tanto nos treinos como nas competições, afinal esta é a função dele. Contudo, nem todos os atletas têm o mesmo desempenho, apesar do esforço do técnico que desenvolve seu trabalho da mesma maneira com seus atletas. A ideia deste trabalho é conhecer as situações adversas que atrapalham o desempenho dos atletas de patinação artística nos treinos e nas competições e como a terapia holística pode ajudar na performance destes atletas. Até que ponto os aspectos físico, emocional, mental e espiritual de um atleta influenciam o equilíbrio energético que, por sua vez, acarreta a não evolução ou a queda no desempenho da atuação na patinação artística? O que causa a oscilação do rendimento dos atletas de patinação artística nos treinos e nas competições? Para responder estas perguntas, este estudo adota o conceito da manutenção preditiva com os atletas. E, como ferramenta para a execução da manutenção preditiva, utiliza-se a mesa radiônica, que auxilia no levantamento e verificação das informações e na execução de procedimentos que contribuem para o reequilíbrio do atleta. Apresentar estudos que demonstrem que o desequilíbrio energético de um atleta causa queda de desempenho nos treinos e nas competições e avaliar como a terapia holística com o auxílio da mesa radiônica pode melhorar esta situação é o que se deseja neste trabalho. 13 2 REVISÃO DE BIBLIOGRAFIA Neste capítulo são apresentados alguns aspectos sobre a patinação artística, esporte foco deste trabalho, o que vem a ser a terapia holística e uma abordagem sobre o mecanismo de funcionamento da mesa radiônica, por meio de um estudo que tem como base a consciência. Também são mostrados os comandos quânticos e a terapia floral, utilizados como instrumentos na mesa radiônica. 2.1 Patinação Artística A Patinação Artística sobre rodas teve suas origens na Patinação no Gelo, contudo os patins utilizados diferem uns dos outros. A patinação artística no gelo faz parte dos Jogos Olímpicos de Inverno desde 1.908, em Londres. O primeiro patim de rodas surgiu em 1.863, criado por James Plimptom (Estados Unidos). Foi ele também quem estimulou a prática de patinação artística sobre rodas, ao inaugurar a primeira pista pública para esse esporte, em Rhode Island. A invenção de patins com rolimãs revolucionou a prática esportiva em 1.884. No fim do século XIX, graças ao professor de balé, Jakson Haines, começou-se a usar a música nos espetáculos de patinação artística, o que revolucionou as exibições, tornando-as mais emocionantes. (DUARTE, 2003, p.393) No Brasil (em São Paulo), no início de 1900, a Patinação era uma atividade exclusivamente recreativa. Em meados de 1916, José Erotides Marcondes Machado (Tidoca) foi o primeiro brasileiro a participar de um concurso de patinação artística na França. Em 1920, Tidoca sagrou-se, de forma invicta, campeão brasileiro da modalidade ao vencer todos os concursos de que participou. Entre 1936 e 1943, a patinação artística passou por período de estagnação no Brasil. Só em 1944, com a inauguração de alguns rinques de patinação, a modalidade voltou a ser praticada com regularidade. Em 1955, o Comendador Hiada Torlay passou a fabricar patins de rodas no Brasil. Na década de 1970, com seus próprios recursos, Torlay convidou técnicos e patinadores do Chile, Argentina, Uruguai e Colômbia, para realizarem cursos de patinação. Iniciou-se a implantação da patinação artística competitiva na América do Sul. 14 Em 1971, foi realizado o I Campeonato Sul-Americano de Patinação Artística no Ginásio do Ibirapuera, com a participação de Brasil, Uruguai, Argentina e Colômbia. A brasileira Cecília D'Andrea sagrou-se a primeira campeã sul-americana da modalidade e conquistou o bicampeonato em 1973. Em 1972, o Brasil participou pela primeira vez de um Campeonato Mundial de Patinação Artística em Bremen (Alemanha). Nos dias 7 e 8 de maio de 1975 foi realizado o I Campeonato Brasileiro de Patinação Artística no Clube Militar do Rio de Janeiro. Desde então, a Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação tem realizado regularmente campeonatos brasileiros e participado de todos os campeonatos Sul-americanos, Pan-americanos e mundiais. (PATINAÇÃO ARTÍSTICA– CORPO EM MOVIMENTO, 2010) Os campeonatos geralmente são divididos em modalidades, como: Livre Individual (solo), Figuras Obrigatórias, „Solo Dance‟, „Free Dance‟, Dupla Livre e Dupla de Dança. Dentro de cada modalidade existe uma divisão por categoria, de acordo com o grau de dificuldade. No campeonato de Livre individual, utilizando uma coreografia, o atleta deve executar saltos, corrupios e trabalho de pés, obrigatórios durante a sua apresentação que deve ter um tempo determinado para cada categoria. E, de acordo com o seu desempenho, recebe uma nota, dada por árbitros. Componentes de uma apresentação de patinação: Trabalho de pés (‘Footwork’): O trabalho de pés consiste de uma sequência de movimentos que podem ser trocas de pés, voltas com dois pés e voltas em um pé. As sequências podem ser feitas em linha reta, em círculos ou em „S‟. Currupios (Piruetas, ‘Spins’): A pirueta é o movimento que o patinador executa fazendo seu corpo girar em seu próprio eixo, sem se deslocar pela pista. Podem ser executadas sobre um ou dois pés, sendo o último mais comum para iniciantes. Durante uma pirueta, os pés desenham círculos bem pequenos sobre a pista. Os diversos tipos de piruetas são diferenciados pela posição do corpo, pelo pé que é utilizado como apoio na pista e pela direção do movimento dos pés. Saltos: Estes são os movimentos mais emocionantes e vistosos da patinação e, por isso mesmo, os preferidos do público. Um patinador realiza um salto quando ele deixa o solo, se deslocando horizontalmente e realizando um giro sobre o seu eixo. Os saltos são diferenciados pelas posições dos pés no início e no final da 15 execução. Outra característica importante dos saltos é o número de voltas, podendo ter de meia a até quatro voltas, que é o máximo conseguido atualmente. Levantamentos: Os levantamentos são movimentos executados pelas duplas, nos quais o homem levanta a mulher acima de sua cabeça. Modalidades da patinação artística: Figuras (‘Figures’): Esta é uma modalidade que vem da própria origem da patinação artística, quando se faziam desenhos no gelo com os patins. Ela consiste na realização de uma série de exercícios que são feitos sobre círculos desenhados na superfície em que se patina. Solo (‘Singles’): Esta é a modalidade em que os patinadores se apresentam sozinhos. As apresentações são sempre acompanhadas de músicas e combinam a dança com os elementos técnicos da patinação. Duplas (‘Pairs’): A modalidade se divide em Dupla de Dança e Dupla Livre. Nesta, os patinadores se apresentam em duplas formadas por um homem e uma mulher. Juntos, eles realizam levantamentos, piruetas em dupla, em que o casal gira simultaneamente, saltos lançados, nos quais o homem lança a mulher para a execução do salto, entre outros passos e movimentos. Dança (‘Dancing’): Nesta modalidade o patinador deve mostrar expressão corporal e graça aliadas a ritmos musicais além do domínio dos patins. Nesta modalidade não são permitidos saltos ou corrupios. No „Solo Dance‟ propriamente dito, o atleta deve executar um diagrama pré-definido para o ritmo musical regulamentado. Já na sua variação, o „Free Dance‟, o atleta deve usar a sua criatividade para montar um ritmo musical para a competição. Precisão (‘Precision’): Nesta modalidade os patinadores patinam em grupos contendo de 8 a 24 participantes. (ESCOLA DE PATINAÇÃO ARTÍSTICA CORPO EM MOVIMENTO, 2010 atualizada para as regras atuais). 2.2 Terapia Holística Terapia = harmonizar, equilibrar; Holística = do grego holus: totalidade é mais qualidade e bem-estar na vida de um indivíduo, utilizando uma somatória de técnicas milenares e modernas, sempre suaves e naturais, proporcionando harmonia, autoconhecimento e incrementando a capacidade da pessoa de ser bem-sucedida. (INSTITUTO GUIDA DE TERAPIAS ORIENTAIS PERNAMBUCO, 2010) 16 Dentro do campo da terapia holística, o trabalho vibracional é uma forma diferente de encarar o tratamento das doenças que se manifestam no organismo, provocadas por desequilíbrios energéticos, influindo diretamente no processo de autocura. Para tanto, é necessário ver a matéria como uma manifestação da energia. Essa modalidade de tratamento, baseada na física quântica, é chamada de vibracional que procura compreender a energia, as vibrações e o modo como elas interagem com a estrutura molecular e o equilíbrio orgânico. Na verdade, a medicina vibracional é a medicina einsteiniana, uma vez que é a equação de Einstein que proporciona a informação fundamental para a compreensão de que energia e matéria são uma coisa só. (GERBER, 2007, p.54) Na perspectiva holística, a preocupação é promover o restabelecimento do equilíbrio energético e, consequentemente, o homeostático do indivíduo. De acordo com Gerber: A terapia vibracional é uma maneira de encarar a saúde e a doença, estando estes em processo de evolução, e que leva em conta as diversas formas e frequências de energia vibratórias existentes que contribuem para formar o sistema de energia humana multidimensional.(GERBER, 2000, p.17) A medicina vibracional tem por base as modernas descobertas científicas a respeito da natureza energética dos átomos e moléculas que constituem o nosso corpo combinado com as antigas observações místicas sobre os singulares sistemas de energia vital do corpo, os quais são aspectos críticos, porém, pouco compreendidos da função humana. (GERBER, 2000, p.15) A medicina vibracional proporciona uma teoria científica das diversas maneiras pelas quais a saúde e a doença podem estar relacionadas energeticamente com o mundo a nossa volta e com as energias do universo espiritual que residem dentro de nós. (GERBER, 2000, p.248) [...] a doença não é causada apenas por germes, substâncias químicas tóxicas ou por traumas físicos, mas também por padrões de disfunção crônica de energia emocional e por maneiras pouco saudáveis de nos relacionarmos com nós mesmos e com outras pessoas. (GERBER, 2000, p.16) 2.3 Mesa Radiônica: Radiestesia e Radiônica A radiestesia surgiu como estudo da rabdomancia, que é o nome dado a prática de achar coisas perdidas ou ocultas graças ao movimento de um objeto inanimado qualquer seguro pela mão do operador. A rabdomancia é uma ciência milenar, conhecida e utilizada no antigo Egito e na China. (REYNER, 2005, p.125) A palavra radiestesia foi cunhada pelo padre francês Alexis Bouly (1865-1958) pela junção de duas palavras: uma de origem latina, RADIUS (radio) que significa 17 radiação e outra de origem grega, AISTHESIS que significa sensibilidade, surgindo o termo Radiestesia, substituindo as expressões zaori (praticante) e rabdomancia (adivinhação por meio de vara). Utilizando instrumento específico, como o pêndulo, a Radiestesia capta as vibrações do campo energético de uma pessoa. O padre Alexis Mermet (1866-1937) era chamado o Príncipe dos Radiestesistas e criador da teleradiestesia, ou seja, a radiestesia agindo à distância. (LUCAS, 1997, p.123) De acordo com Reyner (2005, p.127), no campo da saúde, destaca-se o nome do Dr. Albert Abrams (1863–1924): Talvez se possa considerá-lo o verdadeiro pai da radiestesia e da disciplina afim da radiônica ou eletrônica. O Dr. Abrams utilizava ao mesmo tempo o pêndulo e um aparelho elétrico para diagnosticar problemas de saúde à distância. Conforme descrição dos sistemas radiônicos no livro de Medicina Vibracional de Gerber (2007, p.183), os sistemas radiônicos raramente fazem uso da eletricidade, embora muitos contenham circuitos elétricos e elementos magnéticos. O uso bemsucedido de aparelhos radiônicos depende das habilidades psíquicas do operador do sistema. Estes sistemas exigem uma singular sensibilidade energética que tem sido chamada radiestesia. A radiestesia pode ser definida como a sensibilidade psíquica a radiações sutis de diversas frequências vibracionais. Os sistemas radiônicos são construídos para proporcionar uma ponte entre a consciência humana e as energias sutis específicas de uma pessoa, para que o problema seja diagnosticado e tratado de um ponto de vista puramente vibracional. A Radiônica é uma das poucas especializações na medicina vibracional que permite a um profissional treinado, a medição e quantificação dos dados energéticos do corpo físico, dos órgãos, dos chakras, do corpo etérico e dos corpos espirituais superiores (GERBER, 2000, p.354) Para Gerber (2007, p.186) a consciência do operador desempenha papel fundamental na obtenção de informações através do aparelho radiônico. O elo psicoenergético entre o paciente e o terapeuta é uma testemunha que permite que a consciência do operador sintonize a pessoa à distância. Para testemunha vibracional pode ser utilizada amostra de material biológico do paciente, como um cacho de cabelo ou uma mancha de sangue, alguns conseguem sintonizar as energias do paciente com a ajuda de uma fotografia ou de um pedaço 18 de papel contendo a assinatura original da pessoa. A teoria holística de que „cada pedaço contém o todo‟ consegue explicar apenas parcialmente o uso destes testemunhos. Em vez de sintonizar o pequeno holograma representativo do paciente (por exemplo, cabelo), é possível que a consciência do terapeuta radiônico consiga sintonizar o holograma cósmico a fim de obter, à distância, informações de natureza psíquica a respeito do paciente. (GERBER, 2007, p.188) A testemunha é, na verdade, um ponto bidirecional de sintonização, pois permite o fluxo energético de informações não só do paciente para o terapeuta como também proporciona uma ligação energética sutil com o paciente, tornando possível a terapia à distância. Para Gerber (2007, p.189): A capacidade de diagnosticar corretamente disfunções energéticas em vários níveis de frequência é um reflexo da sensibilidade energética dos sistemas de percepção dos chakras de cada terapeuta radiônico. Portanto, os sistemas radiônicos somente proporcionam diagnósticos consistentemente precisos se o operador tiver alcançado um determinado nível funcional de consciência e os seus chakras principais estiverem atuando de forma adequada. Após detectar os desequilíbrios de frequências energéticas na pessoa através do diagnóstico radiônico, os aparelhos permitem que o terapeuta transmita ao paciente as energias vibracionais com as características de frequências necessárias. (GERBER, 2007, p.193) Na página 392 do seu livro, Guia de Medicina Vibracional, Gerber faz uma observação interessante a respeito da radiônica: Não há dúvida de que a radiônica é o ramo mais estranho da medicina vibracional, mas é também o que pode, em última análise, mais nos ensinar acerca da natureza vibracional da cura e da própria consciência humana. Para os não iniciados, ela há de assemelhar-se sempre a pura e simples magia. Para os de mente aberta, por outro lado, as tecnologias radiônicas poderão constituir uma opção de cura quando as outras modalidades terapêuticas tiverem fracassado. A mesa radiônica é a junção de elementos provindos da radiestesia e da radiônica, a qual a radiestesia é responsável pela medição e diagnóstico e a radiônica pela correção e tratamento, usando o conceito da psicotrônica, uma ciência que estuda a relação entre a mente e o ambiente e as interações que ocorrem entre eles. 19 A mesa radiônica foi criada e desenvolvida pelo professor Manoel Mattos, arquiteto e radiestesista que, desde a adolescência, inquietava-se com a condição de o homem usar tão pouco de seu poder mental. Manoel queria expandir os recursos de sua mente, conceituá-la a partir de diversas visões e tornar-se um pesquisador ativo do potencial inteligente. A princípio, queria definir o campo e o limite de atuação de cada área, mas o fio condutor já era a motivação para compreender a mente do ponto de vista energético. A convergência realmente significativa, porém, deu-se quando entrou em contato com a radiestesia e a radiônica. Um novo universo abriu-se para ele ao ter acesso à dimensão vibracional. Criou sua própria mesa radiônica a partir de averiguações feitas com o instrumental e as técnicas que aprendera. (http://www.zym.com.br/radionica_curriculomano.html, 2010) De acordo com o artigo Mesa Radiônica, escrito por Cristina Dias no site Somos Todos Um (http://somostodosum.ig.com.br): A mesa atua em altíssima frequência vibratória, gerando um campo energético capaz de concretizar grandes mudanças. Devido às suas características, a mesa radiônica é na verdade um portal radiônico e atua fora do tempo e do espaço, portanto pode ser utilizada também à distância. Funciona como uma extensão da mente humana, com total conexão com as energias Divinas. É importante que tudo seja feito sempre dentro do que é divino para que as soluções e resultados sejam o melhor para todos os envolvidos dentro de uma situação. A descrição da forma de atuação da mesa radiônica feita por Cristina Dias é semelhante à definição dada por Silva (2010), criadora da mesa utilizada para este trabalho: A Mesa Radiônica é uma prancha que reúne num só instrumento símbolos das energias do Homem, da Terra (Gaia) e do Cosmos (Divino). Em conexão com o supraconsciente, ativamos através de um portal interdimensional comandos que, baseados no amor incondicional e na total confiança, se materializam na nossa realidade, tendo como limite de atuação a nossa mente. A lógica do funcionamento desse instrumento é explicada através da Física Quântica. A mesa radiônica é um ilimitado instrumento de cura quântica, possibilitando a atuação no nível físico, emocional, mental e espiritual. Para o esclarecimento do funcionamento da mesa radiônica, de acordo com as definições acima citadas, é necessária uma busca de conceitos em outras áreas, iniciando pela Psicologia Transpessoal, passando pela Metafísica, Hinduísmo, 20 Magia, Psicologia Jungiana, Física Quântica, terminando com a Teoria Integral do Tudo. Segundo Durel (2006), a teoria da Psicologia Transpessoal se alicerça na aceitação de que o ser humano é um ser holístico (físico, emocional e espiritual) que busca transcender os aspectos pessoais do ser, elevando-o a uma condição totalmente espiritual. (http://www.terapiadamulher.sagept.com/PsicologiaTranspessoal.htm, 2010) O termo Transpessoal foi referendado, pela primeira vez na área da Psicologia, por Carl Gustav Jung, utilizando as palavras „überpersön‟ e „überpersönlich‟, em 1917, que significam suprapessoa e suprapessoal, respectivamente (SALDANHA, 2009). Jung não imaginava o ser humano como se fosse uma máquina biológica. Reconhecia que o processo de individuação (maturação integral) dos humanos pode transcender os estreitos limites do ego e do inconsciente pessoal e ligar-se ao Self, que é proporcional à humanidade toda e ao cosmos inteiro. “Jung pode ser, então, considerado o primeiro representante da orientação transpessoal em Psicologia”. (GROF, 1988, apud GUIMARÃES, 2010, p.139). A Psicologia Transcendental considera a consciência, em seu aspecto físico e metafísico, subjetivo e neurológico, ponto de intersecção entre o pessoal e o transpessoal. Quando se fala de consciência é necessário ter em mente que se está incluindo nesse campo epistemológico também o inconsciente e a supraconsciência. Inconsciente aqui pensado como um repositório de nossas lembranças, repressões, memórias arcaicas, forças instintivas, a casa de máquinas com todo seu poder e força. E supraconsciência, como tudo aquilo que condensa os valores universais da humanidade, a espiritualidade, a transcendência, e que alguns chamam de alma. Existem teorias que afirmam que as consciências individualizadas estão em constante mudança e evolução a um estado de autoconsciência absoluta. Este é o estado chamado de supraconsciência. Outras vertentes dão outro nome. Se a consciência é transpessoal por essência, então existe um movimento contínuo de transcendência da individualidade e de todo e qualquer limite. Existe um paradoxo sobre a consciência, se por um lado ela se manifesta como um processo cognitivo, funcional, complexo e enraizado na mente e na realidade, por outro, vai além de todas as formas e medidas, deslocando-se não linearmente 21 através dos sonhos e da fantasia, da imaginação e da criatividade, para além do tempo e do espaço, e até dos limites da razão. (ALVAREZ, 2006, p.12). De acordo com o Diagrama do Ovo, explicado por Tabone (2009, p.78), o inconsciente inferior representa basicamente o passado psicológico pessoal na forma de complexos reprimidos e de memórias esquecidas. O Inconsciente Médio é o lugar onde se localizam todas as habilidades e os estados da mente que podem ser trazidos livremente para o nosso campo da consciência. O superconsciente é a região de nosso futuro evolucionário, o qual compreende os estados de ser, de conhecer e de sentir. É a fonte dos sentimentos superiores, tais como o amor altruísta, a genialidade e os estados de contemplação, iluminação e êxtase. O Diagrama do Ovo 1. O Inconsciente Inferior 2. O Inconsciente Médio 3. O Inconsciente Superior ou Supraconsciente 4. O Campo da Consciência 5. O „Eu‟ Consciente ou Self Pessoal 6. O „Eu‟ Superior ou Self Transpessoal 7. O Inconsciente Coletivo Figura 1 – O Diagrama do Ovo (TABONE (2009, p.78) „Eu‟ consciente, ou Self pessoal, é um reflexo ou uma projeção do self transpessoal, suficiente para dar o senso de identidade no campo da consciência. O „Eu‟ Superior ou Self Transpessoal ocorre para alguns indivíduos como culminação de anos de disciplina, para outros como uma extraordinária experiência espontânea. (TABONE, 2009, p.81) Então, para Mani: [...] ousamos ir além e afirmar que a consciência tem a mesma natureza do Ser. O Ser autocriador em permanente mutação, autotransformação, evolução. Vem daí a familiaridade da [Psicologia] Transpessoal com a metafísica e filosofia. (ALVAREZ, 2006, p.12) Abordando os conceitos sob o ponto de vista da metafísica, embasada na física quântica: 22 A consciência é a base do ser; é a primeira e única, o absoluto. As definições só são possíveis em termos de outros conceitos, mas todos os conceitos são secundários em relação à consciência. [...] Os místicos de todo o mundo se recusam a definir a consciência, mas nos dizem como investigá-la, como conhecê-la em si mesma. (GOSWAMI, 2006, p.79) De acordo com Goswami no livro a Janela Visionária (2006, p.63): O conceito de consciência leva a crer que consciência é individual, que a consciência é algo que as pessoas possuem como um cérebro. Mas, em vez disso, é a consciência que tem a pessoa. Quando um estímulo é encontrado pela primeira vez, não há memória prévia dele; a consciência seleciona livremente entre as possibilidades quânticas disponíveis permitidas pela dinâmica quântica do cérebro. Esse evento é chamado de percepção primária. Os atos subsequentes de observação quântica de estímulos semelhantes serão refletidos no espelho da memória anterior, da escolha anterior. Retomar uma lembrança a reforça, e o resultado do reforço repetido é o condicionamento. A memória produz um estímulo interno, o cérebro responde com uma superposição quântica de possibilidades e a consciência transforma uma das possibilidades em ato, proporcionando uma experiência de percepção secundária. Agora a escolha entre essas possibilidades não é livre, mas condicionada em favor da resposta prévia (MITCHELL e GOSWAMI, 1992). A matemática da probabilidade das ondas de possibilidades dos sistemas quânticos condicionados é modificada dessa maneira – modificação denominada memória quântica. É esse condicionamento que produz a confluência específica de tendências que molda a identidade pessoal – isso é a história pessoal que a memória carrega. A consciência, ao sucumbir num resultado condicionado, se identifica com os hábitos condicionados, produzindo a falsa impressão de individualidade. Portanto, os místicos e mestres espirituais sempre tiveram razão durante todo esse tempo. As pessoas escolhem, mas não no estado comum de consciência enquanto ego; ao contrário, no estado incomum de consciência uma. É o que as tradições espirituais querem dizer ao afirmar que tudo é vontade de Deus, e não vontade individual. (GOSWAMI, 2006, p.63) Para explicar que o homem não é apenas um corpo físico, Goswami foi buscar nos Vedas, que são as escrituras sagradas do hinduísmo, especificamente na última 23 parte, nos Upanishads, que contêm a sabedoria divina, o conhecimento a cerca dos corpos sutis do homem. Nos Upanishads, há uma descrição dos cinco corpos do ser humano. O mais grosseiro é o corpo físico, renovado constantemente por moléculas de alimentos e, por isso, chamado em sânscrito de annamaya (feito de anna, comida). O próximo corpo sutil é chamado de pranamaya (feito de energia vital, prana); refere-se ao corpo vital associado aos movimentos da vida, expressados como reprodução, manutenção etc. O próximo corpo, ainda mais sutil, é manomaya (feito de mana, substância mental), ou seja, o corpo do movimento da mente, do pensamento). O seguinte é chamado devijananamaya (feito de vijanana, inteligência), é o intelecto supramental ou corpo de temas, o repositório dos contextos de todos os três corpos inferiores. Finalmente, o corpo anandamaya (feito de anada, não substancial, a alegria espiritual ou sublime) corresponde ao Brahman – a base de toda a existência, a consciência em sua qualidade última (GOSWAMI, 2009, p.123). Os corpos vital, mental e supramental (chamado de mônada quântica) são possibilidades quânticas da consciência, que as usa para compor sua própria experiência de cada momento. Para Goswami, o corpo supramental descrito nos Upanishads, é muito sutil para ser mapeado diretamente no plano físico, mas têm-se evidências de sua nãolocalidade. (GOSWAMI, 2009, p.135) Figura 2 – O Homem e seus Corpos (GOSWAMI, 2009, p.124) 24 Outro segmento que fala sobre a consciência, apesar de ser um assunto controverso, porém totalmente alinhado com o que a ciência moderna estuda atualmente, é a magia. Baseia-se inteiramente na capacidade de exercer a influência sobre o nosso meio. Enquanto a magia está, de forma inerente, voltada ao crescimento espiritual e a transformação psicológica, a vida espiritual também deve estar firmemente solidificada em bases materiais. [...] Com a Magia aumentamos o fluxo do Divino em nossas vidas e no mundo a nossa volta. Nós somos a beleza de tudo, pois para trabalhar a magia precisamos estar em harmonia com as leis da natureza e da psique. A magia é o florescer do potencial humano. (BUCKLAND, 2003, p.9) A mente tem camadas e, quanto mais se aprofunda, mais se entra na mente até que o lugar mais profundo se una ao espírito universal. É semelhante a uma onda do mar: a mente consciente individual é como a ponta de uma onda. Mas a base se alarga conforme se afunda, até que a base da onda seja o oceano inteiro. A camada superior da consciência desperta é a mente consciente. É a parte da mente que está ativa, desperta, preocupada com a vida cotidiana e o bem-estar físico. O nível seguinte é a mente subconsciente que contém os bancos e arquivos de memória, incluindo pensamentos que já foram jogados no lixo. Entretanto o subconsciente também é a passagem para o próximo nível, a mente superconsciente, muitas vezes denominada „Eu mais elevado‟. Ela se preocupa como bem-estar espiritual da pessoa e contém a memória universal, experiências de vidas passadas e lições aprendidas ao longo de toda a história evolucionária da pessoa. Em seguida, abaixo de todos esses níveis de consciência individual, acessíveis apenas no sono profundo, está o reino denominado Sonho. É um lugar compartilhado entre as pessoas. O Sonho é a rede mundial da consciência planetária. Abaixo do nível da consciência planetária estão as consciências cósmica e universal (ZELL-RAVENHEART, 2008, p.409). Figura 3 – Níveis de Consciência (ZELL-RAVENHEART, 2008, p.409) 25 A explicação sobre a consciência apresentada pela Dra. Hartman em seu livro Radiônica e Radiestesia (2006, p.34), ilustra e reune, de certa forma, o que foi apresentado sobre a consciência. O nível de personalidade da consciência é, em geral, o único que as pessoas têm da consciência. À medida que evoluem e abrem-se para níveis mais elevados da consciência, porém, adquirem a capacidade de intensificar a consciência nos planos espirituais mais sutis e transpessoais. Estes são, na ordem ascendente, a intuição ou alma, também chamado de „eu superior‟; o espírito ou essência íntima do indivíduo; a mônada, que reflete a ordem universal e a própria divindade. Figura 4 – Planos, Corpos e Consciência (HARTMAN, 2006, p.35) Na sequência de estudo, abordando agora a área da Psicologia, Jung em 1930, utiliza publicamente a palavra sincronicidade. Etimologicamente a palavra tem a ver com o tempo, com uma espécie de simultaneidade. Foi definido como um conceito de coincidência significativa de dois ou mais acontecimentos, em que se trata de algo mais do que uma probabilidade de acasos. (JUNG, 2007, p.84) Um conteúdo inesperado, que está ligado direta ou indiretamente a um acontecimento objetivo exterior, coincide com o estado psíquico ordinário: isto é o que chamo de sincronicidade, e sou de opinião que se trata exatamente da mesma categoria de eventos, não importando que sua objetividade apareça separada da minha consciência no espaço ou no 26 tempo [...] nem o espaço nem o tempo - pelo menos em princípio – influenciam a sincronicidade. O espaço e o tempo são as coordenadas conceituais do corpo em movimento; no fundo constituem uma só e mesma coisa. (JUNG, 2007, p.23) Para uma compreensão sobre a sincronicidade torna-se necessário abordar dois pontos importantes, o primeiro é o que influencia a sincronicidade e o segundo é como a sincronicidade é possível. Carl Jung, em sua obra Sincronicidade, um princípio de conexões acausais, enfoca que "As disposições iniciais de um sujeito crente e otimista ocasionam bons resultados. O ceticismo e a resistência produzem o contrário, isto é, criam disposições desfavoráveis no sujeito". (JUNG, 2007, p.87) O que isso quer dizer? Que o fator emocional influencia no resultado dos acontecimentos síncronos. O estado emocional opera uma mudança na consciência, mudança que P. Janet chamou de baixa do nível mental, isto é, há um certo estreitamento da consciência, acompanhado de um fortalecimento simultâneo do inconsciente. O tônus do inconsciente como que se eleva, criando facilmente um declive em que o inconsciente pode fluir para a consciência. Para Jung, a ideia do papel que os afetos desempenham no aparecimento de acontecimentos sincronísticos não é absolutamente nova, já era conhecida de Avicena e de Alberto Magno: no livro sexto dos Naturalia de Avicena, há uma exposição muito instrutiva (sobre a magia), segundo a qual habita na alma humana um certo poder capaz de mudar a natureza das coisas e de subordinar a ela outras coisas, particularmente quando ela se acha arrebatada num grande excesso de amor ou de ódio. Portanto quando a alma de uma pessoa cai num grande excesso de uma paixão, pode-se provar experimentalmente que ele (o excesso) liga (magicamente) as coisas e as modifica no sentido que ele quiser. (JUNG, 2007, p.24) Entendendo o quanto o fator emocional é importante para ocorrência da sincronicidade, pode-se passar para o segundo ponto: como ela é possível. Em 1982, Alain Aspect e seus colaboradores da Universidade de Paris-Sud realizaram um experimento que demonstrou conclusivamente a não-localidade quântica, termo este criado para definir situações que implicam a possibilidade da transmissão de sinais com velocidade maior do que a da luz. 27 O psicólogo Carl Jung cunhou a palavra sincronicidade para descrever coincidências expressivas experimentadas ocasionalmente por indivíduos, consciências que ocorrem sem uma causa, exceto talvez uma causa comum no domínio transcendente. A não-localidade do experimento de Aspect ajusta-se perfeitamente à descrição de sincronicidade dada por Jung: Fenômenos síncronos provam a ocorrência simultânea de equivalências expressivas em processos heterogêneos, sem relações causais; em outras palavras, provam que um conteúdo percebido por um observador pode, na mesma ocasião, ser representado por um evento externo, sem qualquer conexão causal. Disso se segue que a psique não pode ser localizada no tempo ou que o espaço é relativo à psique. (GOSWAMI, 2007, apud JUNG, 1971, p.518) Jung tinha um termo para o domínio transcendente da consciência, na qual reside a causa comum de todos os eventos síncronos – o inconsciente coletivo. Foi denominado inconsciente porque, normalmente, as pessoas não estão cientes da natureza não local desses eventos. Empiricamente, Jung descobriu que, além do inconsciente pessoal freudiano, há um aspecto coletivo transpessoal do inconsciente que tem de operar fora do espaço-tempo, tem de ser não-local, uma vez que parece ser independente de origem geográfica, cultura ou tempo. (GOSWAMI, 2007, p.156) O que Jung chamava de inconsciente coletivo é o que Aurobindo e Goswami chamam de supramental. (GOSWAMI, 2004, p.281) Para interligar estes conhecimentos faz-se necessário buscar na Teoria Integral de Tudo alguns estudos que elucidam o fenômeno da sincronicidade e como a consciência está diretamente relacionada. De acordo com os filósofos da Índia, todo universo é composto de dois materiais, um dos quais eles chamam de Akasha. Ele é a existência onipresente, que em tudo penetra e tudo permeia. Todas as coisas que têm forma, todas as coisas que resultam de combinação, evoluíram desse Akasha. É o Akasha que se torna o ar, que se tornam os líquidos, que se tornam os sólidos; é o Akasha que se torna o Sol, a Terra, a Lua, as Estrelas, os Cometas; é o Akasha que se torna o corpo humano, o corpo animal, as plantas, cada forma que vemos, tudo que pode ser sentido, tudo que existe. Ele não pode ser percebido; é tão sutil que está além de toda a percepção ordinária. Ele só pode ser visto quando se tornou espesso, quando tomou uma forma. No princípio da criação, há somente esse Akasha. No final do ciclo, o sólido, os líquidos e os gases fundem-se todos novamente em Akasha, e a criação seguinte procede de maneira semelhante. (LASZLO, 2008, p.81) É possível entender quais processos estão subjacentes à coerência não-local do corpo humano, de toda a vida, do quantum e do universo inteiro. É a presença da in- 28 formação por todo o Cosmos, transportada e transmitida pelo campo Universal da informação chamada de Campo Akáshico. A ação desse campo sutil, mas real, explica a não-localidade das menores unidades mensuráveis do Universo, assim como de suas maiores estruturas observáveis. Explica a coerência do cérebro humano e da coerência associada a ele, com relação ao cérebro e a consciência de outros seres humanos, e até mesmo do mundo em seu todo. Os fenômenos transpessoais e transculturais não estão limitados ao contato e à comunicação entre a consciência e povos diferentes; os efeitos repetíveis e mensuráveis também podem ser transmitidos da consciência de uma pessoa para o corpo da outra. Isto acontece através de uma conexão sutil, quase instantânea, chamada informação, não evanescente e não energética entre coisas em diferentes locais do espaço e eventos em diferentes instantes do tempo. Tais conexões são denominadas não-locais nas ciências naturais e transpessoais nas pesquisas sobre a consciência. A in-formação liga coisas (partículas, átomos, moléculas, organismos, ecologias, sistemas solares, galáxias inteiras, assim como a mente e a consciência associadas com algumas dessas coisas) independentemente de quão longe estejam umas das outras e de quanto tempo se passou desde que se criaram conexões entre elas. (LASZLO, 2008, p.73) No universo in-formado, o campo akáshico é um elemento fundamental. Hoje para a física quântica, o campo akáshico seria um campo holográfico ou holocampo, onde uma parte contém a informação do todo, baseado no vácuo quântico, conceito de vácuo onde não existe o vazio total. Graças à in-formação conservada e transmitida pelo campo Akáshico, o universo tem uma coerência surpreendente. Tudo o que acontece em um lugar também acontece em outros lugares; tudo o que acontece num determinado momento acontece também em todos os momentos depois dele. Nada é local, limitado aonde e quando está acontecendo. Todas as coisas são globais, cósmicas na verdade, pois todas as coisas estão conectadas, e a memória de todas as coisas se estende a todos os lugares e a todos os tempos.(LASZLO, 2008, p.85) Para Goswami, dizer que todas as coisas, na mecânica quântica, são interconectadas é um exagero. Se isso fosse verdade, de algum modo substancial, não seria possível fazer, na mecânica quântica, nenhum cálculo sem envolver todos 29 os objetos do Universo. A afirmação correta seria dizer que todas as coisas são potencialmente interconectadas. A interconexão ocorre por meio da consciência, que via intenção, pode correlacionar dois objetos, dois cérebros, e causar o colapso de estado de atualidades semelhantes nos dois. (GOSWAMI, 2006, p.76) A intenção consciente e a concordância dos dois sujeitos são cruciais para o sucesso de qualquer comunicação não-local. No entanto, a intenção não é egóica; o mero ato de pensar e desejar não basta. Trata-se da entrega a um estado de consciência situado além do ego, no qual a consciência é uma coisa só. O ceticismo e a mente fechada podem interferir na intenção consciente e, por isso, nem provoque o colapso de possibilidades em seus cérebros. (GOSWAMI, 2009, p.55) Para Di Biasi em seu estudo sobre Consciência - Fundamentos QuânticoHolográficos (2010): O cosmos é constituído por matéria, vida e consciência, que são atividades significativas, isto é, processos informacionais com significados, ordem transmitida através da evolução cósmica. Um universo autoorganizado como um campo quântico-holográfico, pleno de informação significativa local e não-local (holoinformacional), é um universo inteligente que funciona como uma mente, como o astrônomo inglês Sir James Jeans já tinha observado: "O universo começa a se parecer cada vez mais com uma grande mente, do que com uma grande máquina". Já dizia Hermes Trismegisto no primeiro dos Sete Princípios Herméticos, o princípio de Mentalismo, cujo axioma é "O TODO é Mente; o Universo é Mental": Se o Universo é mental, a mente será o poder mais elevado e pode ocasionar mudanças nas condições e fenômenos do Universo. Se isto for compreendido, tudo o que é chamado milagre será considerado pelo que realmente é. "A verdadeira Transmutação Hermética é uma Arte Mental." - O CAIBALION 30 2.4 Mesa Radiônica utilizada neste Trabalho Figura 5 – Mesa Radiônica (SILVA, 2009) Informações sobre alguns símbolos e cores utilizados na mesa radiônica (SILVA, 2009): Rosa – atua na frequência do amor incondicional – energia emocional. Amarelo – atua na frequência da alegria, da sabedoria, do discernimento e da consciência – energia mental. Azul – atua na frequência de poder, força, vontade, proteção e limpeza. Corta o negativo em várias esferas e inverte o que é negativo em positivo – energia espiritual. Decágono – transfere aos objetos expostos dentro de sua figura uma potencialização, sintonização e ativação da energia de limpeza, pois tem a capacidade de desimpregnar um testemunho que será usado em uma pesquisa radiônica, afastando todo tipo de interferência deixando apenas o que vai medir, equilibrar ou enviar. Vésica Piscis (bexiga de peixes) – conhecida como Olho de Deus – símbolo básico da Geometria Sagrada. Dois mundos se encontrando, o magnetismo destas duas energias conectadas cria o Vesica Piscis e esta conexão não é rompida. Serve para integrar as polaridades das energias homem-mulher. No centro dessas duas circunferências ocorre o equilíbrio pleno simbolizando a união das polaridades. Com gráficos sobrepostos têm-se portais interdimencionais. Selo de Salomão (hexagrama) – proteção. Representa o equilíbrio dos corpos superiores e inferiores e a Chama Trina, representa o amor, o poder e a sabedoria. 31 Relógio radiestésico - com caracteres em hebraico que significam Deus. A cor amarela sugestiona o poder mental e a sabedoria. Pentagrama – símbolo da escola pitagórica, a geometria do pentagrama e suas associações metafísicas foram exploradas por Pitágoras e posteriormente por seus seguidores, que o considerava como um emblema de perfeição. Disco Solar – representa as doze emanações de Deus para o universo, cada uma com suas virtudes divinas. Flor da Vida – é o padrão da criação e da vida. Yoshua – nome místico de Jesus. O símbolo significa generosidade, caridade e companheirismo, trazendo a Consciência Crística. Pantáculo – gráfico de proteção com o nome de Jesus. Descrição da técnica Para a abertura da mesa é necessário ter um objetivo específico, o ponto que vai ser tratado naquele momento. O primeiro passo é o preparo e conexão consigo mesmo, trazendo a consciência para o que está sendo realizado naquele momento. O segundo passo é a conexão com a pessoa que receberá o tratamento. O terceiro passo é o questionamento para saber se é Divino tratar o que está sendo colocado na mesa. A partir deste momento o tratamento é iniciado. O pêndulo deve ser levado para o círculo com uma estrela de cinco pontas no centro, onde será verificado o que deve ser tratado. Fazem parte deste círculo: Alegria Divina – para pessoas que precisam da fé e alegria divina em suas manifestações. Egrégoras Pessoais – representa todas as crenças, religiões e egrégoras que a pessoa confia que podem ser acessadas através da mesa. Código 21 – para limpeza de registros deformados de toda a nossa existência. Materialização / Desmaterialização – de qualquer coisa, partindo do princípio que tudo é energia e vibra. Solicita o colapso de onda que transforma em realidade a intenção trabalhada. Chama Trina – para o fortalecimento do chakra cardíaco, trazendo a certeza que permite a cada pessoa reconhecer, com absoluta convicção, de que é parte de um único Ser. Permite a integração das partes intuitiva e lógica. 32 Matriz Cromática – permite o envio a todos os corpos de um bálsamo em frequências cromáticas em várias oitavas de escala. Salto Quântico Passado e Futuro – permite interagir no passado e no futuro, não mais com uma visão linear, ativando no futuro, um ganho de consciência e sabedoria necessária e no passado, resgatando e corrigindo bloqueios gerados. Consciências Divinas – permite a conexão do Eu Divino da pessoa com todas suas consciências em diversas dimensões e/ou conexão do Eu Divino com o TODO. Arcanjo Miguel – representa nas esferas sutis o elemento de defesa e proteção. 12 Raios – são energias fundamentais do cosmos e têm qualidades definidas, as quais transferem ao âmbito onde atuam. Chave – representa um código que aciona um portal específico para tratamento em outra dimensão. Medição de Frequência de DNA ou de Magia Ancestral – frequência que está na memória da célula ou frequência de magia trazida pela ancestralidade. Medição energética - facilitam a medição do percentual de energia dos chakras, dos corpos: físico, energético, emocional e mental, dos órgãos, dos sistemas e das glândulas. Medição dos tipos de energia que promoveram o desequilíbrio: Equilíbrio Interno – Padrões de energia manifestados pela maneira de ser, pensar, agir e se relacionar: influência interna (padrões de emoção), energia vital, corpos, chakras, alimentação, miasmas, distúrbios orgânicos, glândulas, órgãos e sistemas. Equilíbrio Externo – Padrões de energia manifestados através do ambiente externo nos padrões: verde elétrico negativo, vermelho elétrico e preta. Ambiente – Mostra qual ambiente está ocasionando o desequilíbrio de energia: profissional, familiar ou de relacionamento. Floral – Bach, Califórnia, Minas, Saint Germain, Austrália e Pacífico. Vibracionais – pode-se considerar qualquer intervenção energética: reiki, cromoterapia, moduladores e indutores frequenciais. A base de tratamento da mesa radiônica são os comandos, nomeados quânticos, dados durante o tratamento para um objetivo específico. Segundo Marcos Antonio Brenelli do Centro de Tecnologia Quântica, os comandos quânticos são procedimentos contendo instruções precisas que quando 33 ativadas produzem frequências vibracionais que efetuam reorganizações nos campos energéticos do ser, atuando nas emoções, sentimentos, traumas e crenças fazendo com que a cura ocorra de forma precisa. Geram frequências vibracionais através da voz e da intenção, afetando não somente as células e o próprio corpo, mas todos os campos de energia. Os comandos quânticos são ativados por meio de comandos verbais, por exemplo: EU SOU ativar desbloqueio de meridianos. Este comando atua em todo o sistema de meridianos desbloqueando, religando os meridianos e acima de tudo harmonizando todo o fluxo energético do corpo. Deve ser repetido várias vezes. Manoel Mattos, criador da mesa radiônica, utiliza comandos específicos em sua mesa, criados por ele. Regia Prado, a idealizadora da mesa utilizada neste trabalho, utiliza comandos estruturados de forma diferente, por exemplo: Eu sou a ressurreição e a vida da entrega divina na ordem tera azul azulzíssima enviando através da supraconsciência a alegria divina para [Nome]. Na mesa radiônica utilizada para este trabalho, os comandos possuem uma estrutura de frases parecida com as descritas acima, mas formulada pela autora do trabalho e medidas radiestesicamente, de forma a alcançar um melhor resultado. Um exemplo de comando: Meu Eu Divino ativa a expansão da alegria divina de [Nome]. Neste trabalho foi utilizada, além dos comandos, a terapia floral como suporte e complemento do tratamento, sempre que solicitado como tratamento na mesa radiônica. As essências são levantadas radiestesicamente para os diferentes sistemas florais adotados. A saúde é nossa herança, nosso direito. É a completa e total união entre alma, mente e corpo, isto não é um ideal longínquo e difícil de alcançar, mas tão simples e natural que muitos de nós o negligenciamos. Dr. Edward Bach, 1930 (SCHEFFER, 1997, p.99) É uma terapia criada pelo Dr. Edward Bach, bacharel em medicina, bacharel em cirurgia, ciências, diplomado em saúde pública, era bacteriologista e médico homeopata. Ele observou que a índole do paciente tinha mais importância que seu corpo físico no tratamento das doenças. Após ter passado por um mal considerado incurável, ele vivenciou a importância do equilíbrio emocional na cura das 34 enfermidades. Entre 1930 e 1934 descobriu os 38 remédios florais e escreveu os fundamentos da sua nova medicina na Inglaterra. (BACH, 1995). Em essência, a doença é o resultado do conflito entre a Alma e a Mente, e ela jamais será erradicada exceto por meio de esforços mentais e espirituais. (BACH, 1995, p.16) Sendo parte do grande plano da criação, todo ser humano tem uma Alma imortal – seu Eu verdadeiro – e uma Personalidade mortal – que ele representa aqui na Terra. Existe um Eu Superior intimamente ligado à Alma, e que, pode-se dizer, funciona como mediador entre a Alma e a Personalidade. (SCHEFFER, 1997, p.14) Quando surge um conflito entre as intenções da Alma e as da Personalidade, dentro de certa qualidade da alma ou potencial de energia, o comprimento de onda no campo de energia, deformado, se desarmoniza e desacelera. Tal deformação terá efeito negativo sobre toda a psique da pessoa, e, como diz Edward Bach, a partir daí, se desenvolve um estado psíquico negativo da mente e da alma. Como atua um remédio floral numa situação dessas? O remédio floral tem a mesma frequência de energia harmoniosa da qualidade correspondente a alma humana, mas, nesse caso, sem deformação e em ritmo normal. Tem, portanto, afinidade com a qualidade da alma humana, pode estabelecer contato com ela, e, com suas próprias ondas harmoniosas de frequência, restabelecer a harmonia da alma. Para dizê-lo de outra maneira: o remédio floral do Dr. Bach atua como uma forma de catalisador, restabelecendo o contato entre a Alma e a Personalidade no ponto em que este se interrompeu. A Alma é de novo capaz de comunicar suas intenções à Personalidade. (SCHEFFER, 1997, p.17) Atualmente, além dos florais do Dr. Bach, existem muitos outros sistemas, desenvolvidos a partir das flores nativas das regiões ou a partir de conceitos específicos. Neste trabalho foram utilizados os florais dos sistemas da Califórnia, Austrália, Minas, Deserto, Pacífico e Saint Germain. 35 3 METODOLOGIA 3.1 Material Utilizado Para a pesquisa foi utilizado o material abaixo descrito como ferramentas de auxílio de diagnóstico e tratamento: 3.1.1 Ficha de Acompanhamento Esta ficha contém o cadastro, a anamnese, levantamento de informações feitas via levantamento radiestésico e de todos os tratamentos feitos durante o período de acompanhamento, separados por data. 3.1.2 Mesa Radiônica Mesa radiônica utilizada como tratamento, para transmutar as energias detectadas radiestesicamente. 3.2 Procedimento 3.2.1 Seleção Foi realizada uma seleção de sete atletas de patinação artística que participaram da pesquisa. 3.2.2 Acompanhamento Durante o período foram realizadas consultas individuais, utilizando ferramentas para análise e tratamento. No final do período de acompanhamento foi efetuada uma consulta para avaliar o estado geral do atleta. 3.2.3 Local e Data A reunião e as consultas foram marcadas de comum acordo com os envolvidos e agendadas previamente. 36 3.2.4 Reunião Foi realizada uma reunião inicial em que participaram os atletas, pais dos atletas e técnicos, e foi explicada a dinâmica do acompanhamento dos atletas, incluindo os procedimentos que seriam efetuados e a forma como os atletas, os pais e os técnicos iriam colaborar no processo. Os atletas foram conscientizados do trabalho que seria feito, explicando que o intuito do mesmo é ajudar no processo, lembrando-os de que o treino e o empenho dos atletas são fundamentais. Os pais dos atletas deveriam colaborar com informações de alterações psicológicas e comportamentais que auxiliassem no acompanhamento de seus filhos. Para isso os pais poderiam comunicar o que foi detectado, sempre que achasse necessário, ou nas consultas dos filhos. Os técnicos avaliariam a parte comportamental e rendimento dos atletas durante os treinos e competições que ocorreriam no período. 3.2.5 Primeira Consulta 1ª fase - foi feita uma ficha de cadastro/anamnese do atleta com seguintes informações: Dados Cadastrais: (nome completo, data de nascimento, endereço, telefone e e-mail). Anamnese: só foi anotado na ficha o que era relevante para o tratamento. Doenças que exigem cuidados (quanto tempo e tratamento) Alergia (tipo, quanto tempo e tratamento) Intestino (funcionamento) Alimentação (qualidade e problema digestivo) Sono (se dorme bem e se o sono é contínuo, calmo ou agitado, sonambulismo, bruxismo e se sonha ou se tem pesadelo) Menstruação (regular, sintomas de TPM) Convivência (ambiente familiar, escola, trabalho e se tem dificuldade em aceitar as pessoas) Concentração / aprendizado 37 Ansiedade (cobra muito das pessoas, critica as pessoas e se tem tensão no corpo) Medo (escuro, sobrenatural, altura, falar em público) Timidez Paciência / Tolerância Otimista / bem humorada / irritada Aparência física / vergonha Aceita mudanças Stress / depressão 2ª fase – foi realizado um encontro com o pai ou a mãe ou ambos para uma conversa a respeito do filho, visando complementar a anamnese. 3.2.6 Consultas Foram agendadas consultas conforme determinado pelo terapeuta dependendo do diagnóstico. As consultas foram feitas com os atletas e, conforme a idade, foi realizado um encontro com o pai ou a mãe ou ambos. 3.2.7 Avaliação Energética Quando foi considerado de relevância, foi feito pelo terapeuta, num outro momento após a consulta, uma avaliação geral da parte energética do atleta, via mesa radiônica, com as seguintes informações: Corpo físico – porcentagem de energia geral e relativo aos sistemas, órgãos, glândulas, minerais e vitaminas. Corpo energético – porcentagem de energia geral e nos chakras: coronário, frontal, laríngeo, cardíaco, plexo (ou umbilical), sexual e básico. Corpo emocional – porcentagem de energia geral e verificação dos estados psíquicos (tristeza, raiva, autocondenação, ciúmes, solidão, medo, desesperança, preocupação, angústia, irritação, ansiedade, nervosismo, autopiedade, desespero, baixa autoestima etc.). Corpo mental - porcentagem de energia geral Com a análise da anamnese e do levantamento da parte energética do atleta foi levantado o primeiro ponto a ser tratado e levado para a mesa radiônica para 38 tratamento a distância e para a escolha de um floral, sempre que indicado na mesa. Este floral serviu de sustentação para o que foi tratado na mesa até a consulta seguinte. As informações do floral foram passadas para o atleta, via e-mail, com a dosagem e frequência a ser tomado. Os dados quanto à análise e prescrição foram anotados na ficha do atleta. 3.2.8 Demais Consultas Nas consultas foram levantados o(s) ponto(s) tratados e verificado como a pessoa estava se sentindo. O resultado do diálogo com atleta serviu como subsídio para análise do(s) próximo(s) ponto(s) a serem tratados. Foram levadas em conta também para o tratamento, além dos dados fornecidos pelo atleta, as informações obtidas dos pais e dos técnicos. Com a análise da consulta, foi efetuado pelo terapeuta, num outro momento, o tratamento através da mesa radiônica. Caso tenha sido necessário floral, o mesmo foi passado para o atleta, via e-mail e os dados quanto à análise e prescrição foram anotados na ficha do atleta. As demais consultas seguiram o padrão da primeira consulta. Periodicamente os atletas foram consultados para saber como estavam se sentindo e para agendar a data da nova consulta. 3.3 Vivências com Atletas e Técnicos No decorrer do processo foram efetuadas vivências com os atletas e com os técnicos para conscientização do processo. Além do grupo que faz parte deste estudo, participaram também os atletas de patinação que iriam competir no campeonato brasileiro. 3.3.1 Primeira Vivência com os Atletas A finalidade desta vivência foi conscientizar os atletas de que eles possuíam tudo o que precisavam para alcançar o que desejavam. Para isso foi marcado o encontro num local tranquilo para que todos pudessem realmente interiorizar o que estava sendo proposto. A descrição da vivência está descrita a seguir. 39 Sentem-se confortavelmente e fechem os olhos. Esqueçam o que está acontecendo ao seu redor e preste atenção apenas no que eu estou falando. Permita neste momento relaxar cada parte do seu corpo. Sinta sua respiração. Inspire e expire profundamente. Ao inspirar deixe entrar em você a tranquilidade, a paz, o amor e a alegria. E ao exalar elimine todo o cansaço, toda tensão e toda preocupação e mais uma vez respire profundamente. Imagine uma luz branca azulada que vai envolvendo seu corpo da cabeça aos pés. Sinta-se dentro desta luz, ela irá ajudá-lo a relaxar. Perceba seu corpo, preste atenção nele. Perceba seus pés, solte-os bem e os sinta leves e soltos. Agora perceba as pernas e sinta como se elas estivessem derretendo sobre o chão. Elas estão leves e relaxadas. Agora relaxe os ombros, o tórax e toda a região do peito. Sinta os ombros moles, soltos, completamente relaxados. Solte agora o braço direito e a mão direita. Sinta como eles estão leves. Solte o braço e a mão esquerda. Sinta-os soltos. Perceba agora o seu pescoço e relaxe, solte a musculatura. Agora imagine.... Imagine uma tela de cinema bem grande na sua mente. Nesta tela você vai visualizar uma pista de patinação. Você está do lado de fora dela. Não tem ninguém no local, apenas você. Olhe em volta veja como é este local. Pode ser um lugar que você conheça, que você já tenha patinado, ou pode ser outro lugar qualquer. Preste atenção na pista e veja como ela é. Ela pode ser grande, pode ser pequena, o piso pode ser claro e brilhante, como pode ser mais escuro, de madeira. O que importa é que você se sinta bem neste local. Imagine esta pista... Não tem ninguém nela, apenas você. Agora quero que você imagine uma caixa com tampa. Pode ser grande, pode ser pequena, pode ser uma caixa simples ou toda enfeitada. A caixa é sua, você escolhe como ela vai ser. Gostaria neste momento que você se preparasse para patinar.... Ponha a roupa de patinação que você mais gosta, pode ser uma roupa que você usa para treinar ou uma roupa de competição, ou mesmo outra roupa que você 40 gostaria de ter. Veja seu cabelo como está bonito, bem arrumado. Veja, você já está com os patins no pé. Agora pense num salto que você está treinando e que gostaria que saísse perfeito. Não importa qual seja o salto que você escolheu, o importante é que você escolha o salto que você realmente quer fazer completo, sem erro, limpo. Pense, apenas pense qual é esse salto. Agora pegue a sua caixa e abra-a. Dentro dela você irá por tudo aquilo que atrapalha você para que seu salto saia perfeito. Imagine você puxando de sua mente, como se fosse uma „geleca‟ vermelha, a dúvida, a dúvida de que você é capaz de fazer este salto. Puxe essa „geleca‟ de dúvida e coloque no interior da caixa. Puxe com vontade e não deixe ficar nada de dúvida em sua mente. Agora puxe a insegurança, puxe firme. Ela vai esticar, mas não pare, puxe até a insegurança sair e coloque na caixa. Pegue também a incerteza, não a deixe escapar. Puxe com firmeza e ponha dentro da caixa. E agora, o que mais podemos jogar fora? Quem sabe o medo, aquele medo que trava a perna e paralisa a mente. De que cor é este medo? Talvez marrom... Imagine então uma „geleca‟ marron de medo e puxe-a também, não hesite. Coloque-a dentro da caixa. Agora feche a caixa e ponha-a no chão. Entre na pista e comece a patinar. Apenas patine, vá de um lado para o outro. Patine e sinta o vento no seu rosto, sinta o prazer de patinar. Patine por toda a extensão da pista. Continue patinando e prepare-se para saltar. Quando você estiver pronto faça aquele salto que você escolheu. Concentre-se apenas no salto, esqueça tudo que está em volta e no momento certo, salte. Veja o salto sair limpo, perfeito. Veja você finalizando o salto em pé com um sorriso no rosto. Sinta seu contentamento, sua alegria, sua sensação de vitória. Apenas sinta. Agora pare de patinar e saia da pista. Vá à direção da caixa que você havia deixado do lado de fora da quadra e pegue-a. Imagine neste momento que você está sozinho no topo de uma montanha. Pegue a caixa com a dúvida, a incerteza, a insegurança e o medo que você colocou 41 dentro e coloque-a na sua frente. Imagine ela se derretendo, derretendo, derretendo até a caixa desaparecer completamente. Agora vire para o outro lado e vá embora com muita alegria e com a certeza da sua capacidade e do seu sucesso. Abra os olhos. Foi solicitado que cada um dos atletas desse seu depoimento. Após apresentação de cada um, foi pedido que eles usassem o que foi proposto na vivência sempre que algum sentimento inadequado surgisse nos treinos ou nas competições. 3.3.2 Segunda Vivência com os atletas Para esta vivência, foi solicitado aos atletas para assistirem o filme Poder além da Vida para discussão. Foi solicitado para cada atleta que apresentasse o que mais chamou a atenção no filme e quais as mensagens que eles consideraram importantes. Após a explanação de cada um, foram lidas e discutidas algumas frases retiradas do filme, que foram consideradas importantes para o crescimento dos atletas, e discutidas com eles. São as seguintes: „Diga que quer ser alguém que usa a mente e o corpo como a maioria das pessoas nunca teria coragem de usar e então, poderá ser treinado para ser um grande guerreiro‟. „Ser guerreiro não exige perfeição. Ou vitória. Ou invulnerabilidade. Ele é a vulnerabilidade absoluta. Essa é a única coragem de verdade‟. „Um guerreiro não desiste do que ele ama. Ele encontra amor no que faz‟. „Um guerreiro age. Um tolo reage‟. „Não há começar e parar. Apenas fazer‟. „Conhecimento não é o mesmo que sabedoria. A sabedoria está em agir‟. „Todos lhe dizem o que fazer e o que é bom pra você. Não querem que você encontre suas próprias respostas. Querem que você acredite nas respostas deles. Pare de escutar os outros e ouça o que tem no seu interior‟. „As pessoas temem o que há por dentro. Mas é o único lugar onde encontrarão respostas‟. 42 „O hábito é um problema. Só precisa estar consciente de suas escolhas e ser responsável por seus atos‟. „A vida é uma escolha. Você pode escolher ser uma vítima ou qualquer outra coisa que deseje. Você deve ter consciência das suas escolhas‟. „A jornada é o que nos traz felicidade. Não o destino. Ouça seu coração, tenha fé e aproveite a paisagem. O resto virá por acréscimo‟. „A mente só serve pra dar reflexo, reage a tudo, enche sua cabeça com milhões de pensamentos todos os dias, nenhum deles revela mais sobre você do que uma pinta no seu nariz‟. „Jogue fora seu lixo mental. Ele atrapalha o que realmente importa: o aqui e agora‟. „Você deve estar 100% envolvido na experiência... Onde você está? Aqui. Que horas são? Agora. O que é você? Este momento‟. 3.3.3 Primeira Vivência com os Técnicos Da mesma forma que foi feito com os atletas, os técnicos foram convidados a participar de uma vivência com o intuito de entender como eles viam a relação técnico-atleta e apresentar pontos considerados importantes para a evolução e fortalecimento do relacionamento. A vivência foi a seguinte: Sentem-se confortavelmente e fechem os olhos. Esqueçam o que está acontecendo ao seu redor e prestem atenção apenas no que eu estou falando. Permita neste momento relaxar cada parte do seu corpo. Sinta sua respiração. Inspire e expire profundamente. Ao inspirar deixe entrar em você a tranquilidade, a paz, o amor e a alegria. E ao exalar elimine todo o cansaço, toda tensão e toda preocupação e mais uma vez respire profundamente. Imagine uma luz branca azulada que vai envolvendo seu corpo da cabeça aos pés. Sinta-se dentro desta luz, ela irá ajudá-lo a relaxar. Perceba seu corpo, preste atenção nele. Perceba seus pés, solte-os bem e sintam eles leves e soltos. Agora perceba as pernas e sinta como se elas estivessem derretendo sobre o chão. Elas estão leves e relaxadas. 43 Agora relaxe os ombros, o tórax e toda a região do peito. Sinta os ombros moles, soltos, completamente relaxados. Solte agora o braço direito e a mão direita. Sinta como eles estão leves. Solte o braço e a mão esquerda. Sinta-os soltos. Perceba agora o seu pescoço e relaxe, solte a musculatura. Agora imagine.... Imagine uma tela de cinema bem grande na sua mente. Lembre-se de um fato que tenha ocorrido, quando você fez alguma coisa que deixou você muito feliz, realizado, algo que você estava tentando conseguir há muito tempo e finalmente conseguiu. Só que a pessoa que fazia parte da sua experiência, de quem você esperava um retorno, uma palavra de incentivo, não falou nada, ou falou alguma coisa como: não fez mais nada do que a sua obrigação, você fez isso, mas poderia ter feito melhor, grande coisa o que você fez. Pense, lembre, por exemplo, de um momento quando você chegou com uma nota boa, mas não 10 e, esperando um comentário que te deixasse feliz, você escutou, poderia ter tirado 10. Lembre... Ou pense numa situação que você fez um trabalho escolar onde pesquisou muito, estudou muito, fez um trabalho impecável e o professor simplesmente disse: poderia ser melhor. Que frustração..... Talvez ele, o professor, soubesse fazer algo mais elaborado, mas você tinha feito o seu melhor. Ou então, vocês que foram sempre atletas. Lembre-se daquele salto, de uma sequência de saltos, sejam simples, duplo ou triplo, não importa, lembre-se do orgulho que sentiu de você mesmo, a sensação de vitória, de conquista. Pense agora no incentivo que você esperava receber e não veio. Lembre.... Seja lá qual a situação que você resolveu se lembrar, pense nela. Lembre-se da sua idade, como você estava vestido naquele dia. Lembre-se das pessoas que estavam no local, como você chegou lá. Você foi sozinho ou estava com alguém. Pense. Você sabia que ia conseguir o que conseguiu? Provavelmente não. Lembrese da sensação que teve quando recebeu a nota, ou quando entregou o trabalho ou quando conseguiu fazer aquele salto tão desejado. Sinta..... Sinta o prazer da realização. Sinta cada segundo da sua vitória. Agora mude seu foco. 44 Veja a pessoa que participou do fato e que era importante para você. Seus pais, seu professor, seu instrutor. Lembre-se do sentimento, da emoção que você sentiu quando a pessoa não falou aquilo que você gostaria de ouvir. Você apostou tudo, deu o melhor de você e..... Que vazio, que sensação de que o mundo parou naquele momento. Pense... Pense na emoção que você viveu naquele momento. Qual foi? Pode ter sido de tristeza, ou quem sabe de frustração. Pode ter sido medo, pois além de não ter vindo um incentivo, pode ter vindo uma cobrança dura, fria, sem sentimento. Nossa... que medo você pode ter sentido pela bronca tão inesperada que você levou. Ou quem sabe foi um sentimento forte como a raiva. A raiva que leva à vingança, à vontade de pular na pessoa e dizer tudo que estava engasgado, que você tinha feito o seu melhor. Pensem e sintam.... Escutem seus corações. Agora eu quero que você crie outro final para o acontecimento. Pense no que você gostaria de ter ouvido do seu pai ou da sua mãe, do seu professor ou do seu instrutor. Pense e visualize esta pessoa dizendo tudo aquilo que você esperava receber deles. As palavras, o tom de voz de incentivo, de garra, vibrando alegria, contentamento, solidariedade e companheirismo. Sinta o prazer, a alegria, a sensação de vitória por ter recebido as palavras de incentivo. Sinta e veja na sua mente o seu rosto. Veja seu sorriso, a sua vibração. Sinta tudo isso... Memorize este momento, guarde-o no seu coração. Toda vez que você precisar de energia, volte a este momento, sinta-o novamente e encha seu tanque com esta maravilhosa energia. Isso é o combustível da vida. Agora abram os olhos. 45 Foi solicitado que cada um dos técnicos desse seu depoimento. Após a declaração de cada um, foi apresentado o livro A Semente da Vitória do Nuno Cobra. Proposta de Estudo Livro: A Semente da Vitória - Nuno Cobra (2005) Nuno Cobra é graduado e pós-graduado em educação física. Foi preparador físico de atletas famosos, entre eles Airton Senna (por mais de 10 anos), Rubens Barrichelo, Chirstian Fitipaldi e de empresários como Abílio Dinis e Sergio Machiline. Num primeiro momento foram discutidos alguns pontos considerados importantes para a conscientização dos técnicos e solicitada a leitura do livro para ser debatido num segundo encontro. 1- Física A ser discutido num outro momento. 2- Emocional Pais, professores/instrutores e religião – tripé da anulação. Pais Cansados, não tem tempo, brigam com a criança o tempo todo. Quando a criança está feliz – bronca Quando a criança está doente – carinho Criança precisa de limites e ela tem que saber quais são, mas deve-se incentivar a criança a florescer. Incentivar, desenvolver suas potencialidades, com limites e regras. Incentivar não quer dizer que ela pode fazer o que quer, nem quando bem entende. Falta coerência na educação dos pais. Deixam muito e brigam por tão pouco.... Professores / Instrutores Quando o professor vê que um aluno tem outro ponto de vista, uma nova ideia, um jeito diferente de fazer, o verdadeiro mestre deveria ouvi-lo, elogiá-lo e até pensar na possibilidade de fazer o que o aluno está sugerindo. Só que muitos professores não dão este espaço e vem o autoritarismo, sou eu que dou as regras aqui. Este é o jeito que eu quero. 46 “O verdadeiro mestre é aquele que exalta o discípulo e não aquele que o reprime. É o que trabalha no desenvolvimento da autoestima do jovem.” (Nuno Cobra) Religião Quando se aplica de forma equilibrada é ponto a favor do crescimento pessoal, porém existem muitas crenças que paralisam as pessoas. Elas não crescem porque criam barreiras para si mesmas em função das crenças que são tomadas como verdadeiras. Estas anulações criam raízes no espírito. Elas ameaçam com efeito contraditório, é um verdadeiro boicote de que as pessoas não se dão conta. Pode aparecer de uma forma camuflada como algo no organismo físico, uma diarreia, uma enfermidade, suficiente para impedir o atleta de participar, porque aí ele venceria, contrariando uma programação interior. E, quando alcançam vitórias, continuam a dar mais valor aos erros cometidos. Teoria dos Sacos A pessoa nasce com dois recipientes, um onde coloca as alegrias, as conquistas e os acertos – todas as positividades. No outro, colocam-se as falhas, os erros e os fracassos – todas as negatividades. Chamaremos os recipientes de sacos. Desde pequeno, ainda na primeira infância, os pais utilizam muitos nãos, repressões, repreensões e críticas. Já os acertos, os esforços e as vitórias não recebem a mesma importância. Os pais têm uma boa intenção – tentam ajudar, mas nem sempre isso acontece, muitas vezes atrapalham. Um exemplo típico é a entrega do boletim escolar. A maioria das notas é boa, mas uma delas, apenas uma nota é baixa. O pai /a mãe se aborrece, fica só falando desta nota. E o elogio... Não vem. E os parabéns... Não vem. E o saco de negatividades vai enchendo. Ninguém dá o que não tem. Quem tem o saco de positividades vazio é incapaz de fazer elogios. Não é fácil elogiar, precisa ter coragem, pois o elogio eleva a pessoa e corre o risco de você ficar num nível mais baixo que ela. O elogio é um ato de desprendimento e de confiança em si mesmo. 47 O elogio deve ser feito de coração. Quando recebemos elogios, enchemos nosso saco de positividades. Desta forma, podemos dar coisas boas. Assim conseguimos crescer cada dia mais. Explicação sobre os sentimentos base: POSITIVO NEGATIVO Potencial Gera Intensifica Potencial Gera Intensifica Amor Amizade Relacionamento Amor Paixão Escravidão Raiva Força Realização Raiva Ódio Violência Medo Prudência Segurança Medo Pânico Insegurança Preocupação Prevenção Organização Preocupação Ansiedade Compulsão Tristeza Humildade Gratidão Tristeza Angústia Depressão Alegria Diversão Brincadeira Alegria Euforia Loucura (MAKIYAMA, 2010) Por exemplo: Raiva quando gera Força, o atleta vai ter vontade de fazer melhor, mas por ela mesma. Quando gera Violência, pode se tornar uma Vingança, desta forma ele vai realizar para mostrar para outra pessoa (não para ela mesma). Tristeza quando gera Gratidão, o atleta vai pensar que pode melhorar da próxima vez. Quando gera Depressão, causa baixa autoestima: Não sei fazer nada, sou uma porcaria, não sei fazer nada bem. Medo quando gera Prudência, o atleta vai pensar em tomar cuidado para não se machucar fazendo deste jeito. Quando gera Insegurança, faz com que o atleta pense que não vai conseguir, que vai cair. Frustração quando gera Força, vai fazer melhor para ela mesma. Quando gera Desânimo vai pensar que não adianta, pois tudo que ele faz não está bom. Sempre tenta o melhor, mas nunca agrada: Estou perdido, não sei o que fazer. E agora? 3.3.4 Segunda Vivência com os Técnicos No início da vivência foi pedido para os técnicos escolherem algumas virtudes que se esperam de um mestre e de um aprendiz, lembrando que um técnico é um mestre e um atleta é um aprendiz. Estas virtudes foram anotadas num papel. Primeiro foi solicitado a cada técnico que fizesse uma explanação dos pontos que acharam importantes no livro e aqueles que não gostaram. 48 Num segundo momento, foi feita uma explanação geral dos pontos considerados importantes, todos retirados do livro: a. Desenvolvimento de uma Intelectualidade Emocional que proporciona o controle da própria vida e o domínio sobre ela. b. Ligação corpo – mente – espírito – emoção: O homem global é formado por corpo, mente, espírito e emoção. Parece até coisa sabida, praticada, mas não é! Vive-se parcialmente. Alguns esquecem do corpo e vivem no templo da mente e por ela buscam aproximar-se do espírito. Mas o corpo esquecido cobra-lhes sustentação, o bem-estar, a disposição, o ar fresco pleno nos pulmões. Falta-lhes o sangue forte e vivo correndo nas veias. Então suas mentes agonizam e seus espíritos se apagam como luz noturna do farol da vida. c. O corpo é o nosso maior patrimônio. É ele que nos possibilita a ação e a adequação ao mundo que nos circunda. Só que o corpo não pode ser visto como um fim em si mesmo, mas como o meio pelo qual penetramos em nossos outros corpos, o espiritual, o emocional e o mental. d. 1. Sono 2. Alimentação 3. Movimento. – apesar de importantes, não foram discutidos naquele encontro, pois não eram o foco do momento. e. O cérebro é burro, ele pode somatizar o que não existe como pode curar o que existe. O cérebro sabe somente aquilo que sentimos ou pensamos que sentimos. Contudo, seu poder é inigualável. f. O cérebro é uma grande força à nossa disposição. As coisas acontecem quando se leva ao cérebro uma certeza com emoção. g. Você é o que você pensa. h. Tripé da anulação (aNÃOlação) – Pais – Escola – Religião (já discutido na vivência anterior). i. Teoria dos sacos - positividades (alegrias, acertos, conquistas, vitórias) e negatividades (erros, falhas, fracassos, perdas). O elogio talvez seja o ato de maior força na sociedade e deveria ser mais usado. O elogio é um ato de desprendimento e de confiança em si mesmo. Ninguém dá o que não tem, mas não podemos dar por aí o que não nos deram (já discutido na vivência anterior). j. Quanto mais crescerem nossa segurança, autoestima e o poder de acreditar, maior será o desenvolvimento emocional. 49 k. O verdadeiro mestre é aquele que exalta o discípulo e não aquele que o reprime. É o que trabalha no desenvolvimento da autoestima da pessoa. l. A felicidade está na nota que se dá a cada coisa do seu dia-a-dia. Enfatize as coisas boas. A alegria fortalece o sistema imunológico. m. A conscientização é o alicerce do pensamento. É ela que delineia as perspectivas e dá rumo aos objetivos e conquistas. n. Sócrates dizia: ”Conheça a si mesmo e conseguirá dominar suas emoções”. o. As pessoas não param, não querem encontrar-se com elas mesmas e vivem num total desequilíbrio e desrespeito por elas próprias. Fique um pouco com você, pare, sinta, pense, tente se conhecer, porque aí é que vai florescer, desenvolver e prosperar um ser humano. Encontre o Deus dormente que vive em você e faça-o desabrochar para a vida. p. Meditação e respiração – apesar de importante, não foi discutido naquele encontro, pois não era o foco do momento. q. Exija sempre que sua cabeça esteja exatamente onde está seu corpo. r. Contato com a natureza. Quando o homem começa a se interiorizar, passa a se perceber como parte da natureza que o rodeia. A mágica que o criador fez começa por essa liga do ser humano com a mãe natureza. s. Faz parte da energia do universo a sincronicidade. O acreditar faz a diferença e o sincronismo da vida dá conta do resto. Basta a pessoa traçar com seu pensamento determinadas metas, que o Universo conspira a seu favor e logo as coisas começam a se encaixar e a acontecer. t. A verdade não existe, nós é que fazemos a nossa verdade. u. A vida conspira a nosso favor, nós é que conspiramos contra a vida. v. Todos temos todas as possibilidades. w. O universo é mental. Tudo que mentalizamos acaba por acontecer. Nosso pensamento é energia pura, que age em nós e também se espalha por todo globo. Precisamos ter equilíbrio entres os corpos físico, mental, espiritual e emocional. x. Espiritualidade é agir, doando-se para as pessoas, percebendo que as outras pessoas existem também e são exatamente como você. Partilhar sua vida é realmente se interessar pelos outros, sendo mais solidário e partilhando a alegria de viver, essa energia de sua alma, com seu semelhante. 50 y. Quanto maior a elevação espiritual, maior o desenvolvimento emocional. Num terceiro momento, dentro do conceito de Inteligências Múltiplas, foram apresentados alguns pontos sobre as inteligências consideradas importantes neste processo: “Não somos seres humanos que estão passando por uma experiência espiritual; somos seres espirituais que estão passando por uma experiência humana”. (Teilhard de Chardin) a. O instrutor não deve só ensinar, deve despertar a paixão contida dentro de cada um por aquilo que está sendo ensinado. b. A Inteligência Interpessoal é a capacidade de compreender outras pessoas: o que as motiva, como trabalham, como trabalhar cooperativamente com elas. A Inteligência Intrapessoal é uma aptidão similar, voltada para dentro. É uma capacidade de formar um modelo preciso, verídico de si mesmo e poder usá-lo para agir eficazmente na vida. Estas inteligências são importantes tanto para o técnico como para o atleta, porém a Interpessoal se torna mais importante no técnico para estabelecer o relacionamento com o atleta. c. A Inteligência Emocional nos faz perceber as emoções envolvidas numa situação, em que medida elas são causa ou efeito do problema e se as estamos utilizando de maneira adequada. Esta inteligência é importante tanto no técnico como no atleta. Para o técnico, controlar suas emoções faz com que ele não tome atitudes extremas e desagradáveis quando algo não sai conforme desejado e para o atleta é fundamental, pois sem esta inteligência ele pode perder uma competição por não conseguir controlar suas emoções. É esta inteligência que está sendo tratada por meio de acompanhamento individual com cada atleta. d. O que seria a Inteligência Espiritual? Segundo Danah Zohar: É a terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tomando-os mais efetivos. Ter alto quociente espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequando senso de finalidade e direção pessoal. O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor. O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações. (PANINI, 2010) 51 A Inteligência Intelectual trata do que pensamos. A Inteligência Emocional trata do que sentimos. A Inteligência Espiritual trata de quem somos. Zohar tem 12 princípios para ajudar nesse aprimoramento da inteligência espiritual e do seu alinhamento com os valores das pessoas: • Autoconhecimento: no que acredita? Quais são seus reais valores? O que realmente o (a) motiva? • Ação baseada em visão e valores: agir conforme seus princípios, respeitar suas crenças mais profundas e viver de acordo com isto, em todos os sentidos. • Uso positivo da adversidade: habilidade de aprender com os erros. Crescer e aprender com a adversidade e o sofrimento. • Holístico: habilidade de reconhecer padrões, relacionamentos, conexões maiores. Analisar e procurar compreender o todo e não apenas as pequenas partes. Sentir que pertence a algo maior. • Compaixão: empatia com tudo e com todos. Procurar entender e analisar os ângulos antes de decidir. • Celebrar a diversidade: respeitar e estimular as pessoas pelas suas diferenças, não apesar delas. • Independência: capacidade de resistir à maioria e ter ideias e opiniões próprias. • Curiosidade: fazer muitas perguntas para aprender, descobrir, chegar ao fundo das questões mais importantes. • Reposicionar: habilidade de dar um passo para trás e reposicionar um problema ou desafio. Procurar a resposta certa, não a mais fácil. Analisar o contexto do desafio da forma mais ampla possível. • Espontaneidade: viver o hoje, aproveitar o agora. • Vocação para servir: ouvir o chamado para respeitar o próximo, dar de volta, deixar melhor do que quando chegou. • Humildade: entender sua posição no mundo, suas próprias limitações e como trabalhar em equipe para obter resultados através da sinergia com outras pessoas. (CANDELÇORO, 2010) Esta inteligência é muito importante tanto no técnico como no atleta. 52 A inteligência tem a ver com o que algo significa para a pessoa, e não apenas como as coisas afetam a emoção e como a pessoa reage a isso. Para o técnico, saber qual seu papel, o que realmente pretende na função, entender que faz parte do processo de aprendizagem, interagindo constantemente com o atleta entendendo que, do mesmo modo que ensina, ele também aprende. Saber rever quando toma alguma atitude que, analisada melhor, pode não ter sido a mais correta. Estar sempre disposto a ajudar os atletas a dar o seu melhor, respeitando os limites de cada um. Lembrar que fazemos parte de um todo, portanto o relacionamento e a conexão técnico-atleta são importantíssimos para o crescimento do atleta. Para o atleta, ter claro qual é o seu objetivo praticando o esporte, onde quer chegar, o que é realmente importante para ele. Importante saber aprender com os erros para crescimento constante. Não se deixar levar por opiniões que não permitam sua evolução, procurando sempre questionar e tirar dúvidas para aprender. Estar disposto a escutar o que o técnico tem a dizer com a possibilidade de colocar seu ponto de vista, intensificando desta forma o relacionamento técnicoatleta. Para finalizar a vivência foi lida a lista de virtudes (citadas no início da vivência) que eles consideravam importantes para ser um bom técnico e para ser um bom atleta e que, por meio do desenvolvimento da Inteligência Espiritual, estas e outras virtudes poderiam ser alcançadas em toda plenitude. Deste encontro, por sugestão dos técnicos, foram preparados dois questionários, um para os atletas e outro para os técnicos com a finalidade de verificar se os objetivos, metas, expectativas, motivações e comprometimentos estavam afinados de forma a alcançar um resultado cada vez melhor. Questionário para os atletas NOME:___________________________________________________ Pense, reflita e seja sincero nas respostas. Responda sozinho. Caso tenha dúvida sobre a pergunta, peça esclarecimento a seus pais, mas lembre-se que a resposta é sua. 1) O que levou você a praticar patinação artística? 2) Qual o seu objetivo neste esporte? 53 3) Assinale com um „X‟ se você GOSTA, NÃO GOSTA ou GOSTA MÉDIO das modalidades abaixo: ‘Solo Dance’ Figuras ‘Free Dance’ Livre Gosto Não gosto Gosto Médio 4) O que você espera de um bom técnico? 5) O que você espera de um bom treino? 6) Como você acredita que deva ser o comportamento de um atleta, para um bom aproveitamento do treino? 7) Como você avalia o seu comportamento e sua dedicação nos treinos? 8) É importante para você ser incentivado nos treinos? Como você espera este incentivo? 9) Descreva o incentivo dado pela sua família para a prática de patinação, apontando o lado positivo e o negativo, caso exista. 10) Dentro das modalidades que você GOSTA e do seu objetivo na patinação: a. Você acha que o tempo é suficiente? Quantos dias ou horas, por semana, você acredita que precise para obter melhores resultados? b. O que poderia ser melhorado nos treinos? 11) Preencha a tabela informando os horários de suas atividades (colégio, horário de estudo, aulas de línguas, patinação, outros esportes etc.) durante a semana: C – Colégio L – Línguas Seg 7h 8h 9h 10 h 11 h 12 h 13 h 14 h 15 h 16 h 17 h 18 h 19 h 20 h 21 h 22 h 23 h D – Dança Ter Qua E – Outro esporte M - Música Qui Sex Sab Dom 54 12) Avalie o seu cotidiano e reflita sobre o quanto ele favorece ou prejudica o seu desempenho em quadra (horas de sono, alimentação, muitas atividades etc.) 13) Você já pensou em uma meta para você na patinação? Descreva qual seria esta meta tendo como referência o final deste ano. Questionário para os técnicos NOME:__________________________________________________ Pense, reflita e seja sincero nas respostas para que possamos fazer um trabalho justo, avaliando os dois lados envolvidos, técnico e atleta. 14) Qual é a sua responsabilidade como técnico? 15) O que você acredita que seja um bom técnico? 16) O que você acredita que seja de um bom treino? 17) Como você acredita que deva ser o comportamento de um atleta, para um bom aproveitamento do treino? 18) Como você avalia o seu comportamento, como técnico, nos treinos? 19) Como você acha que os seus atletas te veem? 20) O que você acredita inspirar neles durante os treinos e na competição? 21) No nosso encontro, vocês elencaram alguns pontos, descritos abaixo, que consideram importantes num bom técnico. Reflita se vocês estão realmente aplicando estes pontos nos TREINOS e nas COMPETIÇÕES. São eles: dedicação, apoio, confiança, didática, respeito ao limite de cada um, paciência em colher fruto (esperar o amadurecimento de cada atleta). 22) O que acredita que poderia ser melhorado nos treinos, pensando no tempo que hoje temos disponível de quadra? 23) Qual a sua meta como técnico? Após leitura dos questionários dos técnicos e dos atletas das categorias selecionados para o campeonato brasileiro, foram levantados os pontos convergentes e divergentes das respostas. 3.3.5 Terceira Vivência com os Técnicos Nesta vivência foi conversado com os técnicos sobre suas respostas, levando em consideração o que já havia sido discutido nas vivências anteriores e foram apresentados os resultados dos questionários dos atletas com foco principalmente 55 nos pontos divergentes, para serem avaliados conjuntamente, de forma a aprimorar o relacionamento técnico-atleta. 3.3.6 Vivência Conjunta com os Técnicos e com os Atletas Para esta vivência foi feita uma roda no meio da quadra onde estavam os técnicos, atletas e a organizadora deste trabalho, sentados de forma que fosse possível ver e ouvir todos. Com base no questionário, foi solicitado aos atletas que eles colocassem suas dúvidas, sentimentos e questionamentos aos técnicos para que pudessem ser comentados, explicados e elucidados. A ideia essencial era que houvesse uma harmonização do grupo para que o trabalho conjunto se aprimorasse, só assim o rendimento dos treinos e competições estaria completo. Esta é a essência do uso da Inteligência Espiritual aliada a Inteligência Emocional. 3.4 Análise dos Dados A. Identificar se cada participante seguiu corretamente a prescrição. B. Conversar com os técnicos para verificar se houve alguma mudança do atleta, comparando os resultados obtidos. C. Avaliar com o atleta os pontos levantados e já tratados. Caso necessário a avaliação deve ser feita com a mãe ou pai. D. Abordar sobre mais pontos que estejam afetando o atleta. E. Registrar o rendimento dos atletas nos treinos, por meio da avaliação dos técnicos, e o resultado nas competições. F. Manter atualizada a ficha de dados para acompanhamento do atleta, contendo o histórico de cada tratamento e as avaliações. 56 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Na primeira parte deste capítulo é apresentado um relatório individual do acompanhamento de cada atleta, relatando os sintomas apresentados por ele, o foco do tratamento, sua evolução e uma análise do resultado obtido durante este período. A análise leva em consideração o resultado em campeonatos e o estado geral da pessoa, tomando como base a primeira anamnese. Neste capítulo é incluído também o resultado da vivência com os técnicos e com os atletas. Na segunda parte é colocado em discussão o resultado do trabalho. Na tabela de resultados dos campeonatos apresentado para cada atleta é importante ressaltar que, as categorias são divididas por idade. Portanto atletas que competem na mesma categoria, mas tem idades diferentes, possuem itens obrigatórios diferentes. 4.1 Resultados 4.1.1 Atleta 1 Ano de nascimento – 1986 Anamnese – 12/01/2009 Sono pesado e dorme bem; Agitado – faz muitas coisas ao mesmo tempo, mas sem estresse; Preocupa-se com o que os outros pensam a respeito dele; Balança quando alguém pede para fazer uma coisa diferente do que ele pretendia fazer; Medo de se expor em público; Falta de confiança; Falta de concentração. Mesa Radiônica Objetivo – O que a leva a se preocupar com o que os outros pensam? o Corpos desalinhados; o Chakras desalinhados; o Energia Vital baixa; 57 o Insegurança; o Baixa autoestima. Envio de comandos pela mesa e Floral formulado via mesa – 2 vidros – 4 gotas 4 vezes ao dia: Rosemary (Ca), Vervain (Ba), Oak (Ba), Nicotiana (Ca), Blackberry (Ca), Larch (Ba), Buttercup (Ca), Yarrow Special Formula (Ca) e Pink Monkeyflower (Ca). Anamnese – 29/05/2009 Medo de se expor em público; Variação de humor devido a algo que acontece que não estava previsto; Roe unha; Mais confiante; Mais concentrado. Comentários do Técnico Humor imprevisível, muitos altos e baixos; Numa análise geral ele tem progredido, porém poderia progredir muito mais, se fosse mais constante ou controlado em relação ao seu temperamento. Mesa Radiônica Objetivo 1 – O que está por trás da alteração de humor sempre que acontece algo não previsto? o Programação de vida excessiva; o Sentimento de posse. Objetivo 2 – O que está causando o medo de se expor em público? o Insegurança. Envio de comandos pela mesa e Floral formulado via mesa para Objetivo 1 – 2 vidros – 4 gotas 4 vezes ao dia: Aloe Vera (Ca), Rock Water (Ba), Queensland Bottlebrush (Au), Macrozamia (Au), Shy Blue Orchid (Au), Myrtus (SG), Hornbeam (Ba), Hybrid Pink Fairy/ Cowslip Orchid (Au), Vitória (SG). 58 Floral formulado via mesa para Objetivo 2 – 2 vidros – 4 gotas 4 vezes ao dia: Yerba Santa (Ca), Fringed Mantis Orchid (Au), Indica (SG). Como não conseguiu achar o floral Shy Blue Orchid (Au), foi verificado na mesa e substituído por Varus (SG) [ambos florais preparados em apenas uma fórmula]. Anamnese – 14/12/2009 Alteração de humor melhorou, já consegue lidar com as mudanças; Medo de se apresentar em público melhorou, sendo relatadas situações em que o atleta teve que se expor e conseguiu se superar. Comentário do Técnico A variação de humor ainda se faz presente, contudo com menos intensidade. Avaliação em 30/09/2010 com o atleta Todos os sintomas tratados não retornaram; Consegue falar em público, quando necessário; Quando desafiado a fazer uma coisa nova, num primeiro momento, acha que não vai conseguir, mas luta contra isso e consegue realizar; Parou de roer a unha; Nos treinos o atleta está se sentindo bem, conseguindo executar todos os itens que o técnico solicita como saltos, corrupios etc.; Nas competições fica ansioso antes de entrar na pista (apreensão), mas quando começa a patinar, isto vai diminuindo. Comentário do Técnico Não fica mais reclamando; O humor melhorou; Está mais tranquilo; Melhorou nas competições. Resultado das Competições Modalidade Campeonato 2008 Paulista Brasileiro Livre Adulto Nível 2 3° Lugar 3° Lugar ‘Free Dance’ ‘Solo Dance’ Categoria Figuras Obrigatórias ‘Open Loops’ 59 Modalidade Livre Interseleções Paulista 5° Lugar 2° Lugar Campeonato 2009 Paulista Brasileiro Interseleções Paulista Adulto Nível 2 2° Lugar 5° Lugar 3° Lugar 2° Lugar ‘Free Dance’ ‘Solo Dance’ Figuras Obrigatórias ‘Open Loops’ Categoria Iniciante 17 a 24 anos 1° Lugar 2° Lugar 2° Lugar 1° Lugar Iniciante 3° Lugar 3° Lugar 3° Lugar 4° Lugar Categoria Adulto – Nível 3 Campeonato 2010 Paulista Brasileiro Paulista Interseleções 4° Lugar 3° Lugar 2° Lugar 7° Lugar Acima 19 anos 1° Lugar 1° Lugar Silver acima de 17 anos 2° Lugar 2° Lugar 3° Lugar 3° Lugar Adulto Nível 1 2° Lugar 2° Lugar 4° Lugar 4° Lugar Intermediário acima 12 anos 6° Lugar 5° Lugar 5° Lugar 6° Lugar A modalidade Livre categoria Adulto Nível 3 contém mais itens obrigatórios (a categoria se torna mais difícil) do que o Adulto Nível 2 (2009) que, por sua vez, tem mais itens obrigatórios do que o Adulto Nível 2 (2008), ano em que houve alteração nos itens obrigatórios das categorias. 4.1.2 Atleta 2 Ano de nascimento – 2000 Anamnese – 12/01/2009 Dificuldade em fazer os saltos mais difíceis da sua categoria. Comentário da mãe do atleta Agarrado com a mãe; sente um pouco de medo em algumas situações. Mesa Radiônica Objetivo 1 – O que está por trás do apego com a mãe? o Energia Vital baixa; o Insegurança; o Medo. Objetivo 2 – O que está por trás da dificuldade em fazer os saltos mais difíceis? o Preocupação; o Falta de concentração. 60 Envio de comandos pela mesa e Floral formulado via mesa para Objetivo 1 – 1 vidro – 4 gotas 4 vezes ao dia: Aspen (Ba), Cherry Plum (Ba), Star of Bethelem (Ba), Angelica (Ca), Manzanita (Ca). Floral formulado via mesa para Objetivo 2 – 1 vidro – 4 gotas 4 vezes ao dia: Chestnut Bud (Ba), Madia (Ca) [ambos florais preparados em apenas uma fórmula]. Para ajudar no tratamento, foi sugerido para a mãe também tomar floral formulado via mesa devido ao filho estar tão agarrada a ela – 1 vidro – 4 gotas 4 vezes ao dia: Manzanita (Ca), Centaury (Ba), Scarlet Monkeyflower (Ca). Anamnese – 12/03/2009 Falta de centramento; Dificuldade em fazer os saltos mais difíceis da sua categoria. Mesa Radiônica Objetivo – O que trás falta de centramento? o Autogerarão de verde elétrico; o Desesperança. Envio de comandos pela mesa e Floral formulado via mesa para Objetivo– 1 vidro – 4 gotas 4 vezes ao dia: Aspen (Ba), Cherry Plum (Ba), Star of Bethelem (Ba), Angelica (Ca), Manzanita (Ca), Chestnut Bud (Ba), Madia (Ca), Allium (SG), São Miguel (SG). Para ajudar no tratamento, foi sugerido para a mãe também tomar floral formulado via mesa devido ao filho estar tão agarrado a ela – 1 vidro – 4 gotas 4 vezes ao dia: Manzanita (Ca), Centaury (Ba), Scarlet Monkeyflower (Ca), Beech (Ba), Zinnia (Ca). Anamnese – 29/05/2009 Ainda tem um pouco de medo; Entende o que o técnico quer, mas seu corpo não obedece; Dificuldade em colocar o braço na posição correta na passagem do „Travel‟ para o „Camel‟. Comentário do Técnico Falta de atenção, dispersa e se distrai com facilidade. 61 Foram criados comandos para serem ditos pela própria pessoa quantas vezes quiser, inclusive antes do treino. Meu querido braço esquerdo, você vai ficar do meu lado esquerdo, na horizontal quando eu passar do ‘Travel’ para o ‘Camel’. [Nome ou apelido ou palavra que represente a pessoa] o medo que tenho quando eu olho no espelho e vejo alguém acabou AGORA! Solicitada a visualização do que estava com dificuldade nos treinos, executando com perfeição, como ele gostaria que realmente estivesse acontecendo (como foi feito na vivência com os atletas). Mesa Radiônica Objetivo 1 – O que está causando a dificuldade de fazer o que o técnico explica? o Agressividade. Objetivo 2 – O que está causando medo de um modo geral? o Tristeza. Envio de comandos pela mesa e Floral formulado via mesa para Objetivo 1– 2 vidros – 4 gotas 4 vezes ao dia Leafless Orchid (Au), Tropaeolum (MG), Passiflora (MG). Floral formulado via mesa para Objetivo 2 – 2 vidros – 4 gotas 4 vezes ao dia Emilia (MG), Viola (MG) [ambos florais preparados em apenas uma fórmula]. Para ajudar no tratamento, foi sugerido para a mãe também tomar floral formulado via mesa. Objetivo – O que está por trás do excesso de rigidez com a filha? o Austeridade; o Autoritarismo; o Hiper Responsabilidade; o Severidade. Floral formulado via mesa para Objetivo – 1 vidro – 4 gotas 4 vezes ao dia: 62 Impatiens (Ba), Hornbeam (Ba), Urchin Dryandra (Au), Fringed Lily Twiner (Au), Triunfo (SG). Anamnese 14/12/2009 O medo acabou; A dificuldade com os saltos difíceis acabaram; Comentário do Técnico Está mais concentrada apesar de ainda se distrair um pouco durante os treinos Avaliação em 17/09/2010 com o atleta Todos os sintomas tratados não retornaram; Nos treinos o atleta está se sentindo bem, conseguindo executar todos os itens que o técnico solicita como saltos, corrupios etc.; Nas competições não fica ansioso e sente apenas um friozinho (apreensão) no momento que antecede a apresentação, mas quando começa a patinar, isto desaparece. Comentário do Técnico Está mais concentrado. Resultado das Competições Modalidade Livre ‘Free Dance’ ‘Solo Dance’ Figuras Obrigatórias ‘Open Loops’ Iniciante Iniciante Categoria Campeonato 2008 1° Regional 1° Estadual 2° Regional 2° Estadual Classe F 1° Lugar 2° Lugar 1° Lugar 1° Lugar Categoria Campeonato 2009 Paulista Brasileiro Interseleções Paulista Campeonato 2010 Iniciante Brasileiro até 11 anos 4° Lugar 8° Lugar 10° Lugar 1° Lugar Iniciante Brasileiro até 11 anos Até 11 anos 1° Lugar Internacional Infantil Categoria Avançado até 9 e 10 anos 6° Lugar 9° Lugar Avançado9 e 10 anos 18° Lugar 10° Lugar Iniciante 63 Modalidade Livre Paulista Brasileiro Interseleções Paulista 1° Lugar 2° Lugar 1° Lugar 1° Lugar ‘Free Dance’ 4° Lugar 8° Lugar 4° Lugar - ‘Solo Dance’ 3° Lugar 5° Lugar 5° Lugar 3° Lugar Figuras Obrigatórias 4° Lugar 3° Lugar 5° Lugar 3° Lugar ‘Open Loops’ 8° Lugar 4° Lugar 10° Lugar 2° Lugar A categoria Iniciante Brasileiro até 11 anos da modalidade Livre possui itens obrigatórios em maior quantidade e maior dificuldade do que a categoria Classe F, principalmente o salto „Axel‟. O „Axel‟ é o salto simples mais difícil, ele tem rotação de uma volta e meia (nível de dificuldade quase de um duplo). As principais diferenças do „Axel‟ para o „Double Mapes‟ e o „Double Salchow‟ são duas: o „Axel‟ não usa o breque e o atleta salta de frente. A categoria Iniciante Brasileiro do ano de 2010 tinha itens obrigatórios mais difíceis que a mesma categoria do ano de 2009 devido a uma reformulação efetuada na categoria pela Confederação Brasileira de Patinação. 4.1.3 Atleta 3 Ano de nascimento –1996 Anamnese – 12/01/2009 Disperso na escola, dificuldade em prestar atenção na aula; Medo de fazer alguma coisa e a pessoa não gostar dele; Dorme bem, mas não sonha; Timidez para falar. Comentários da mãe do atleta Não luta pelo que quer; Falta de paciência para fazer a lição; Começa as coisas, mas não termina; Usou tampão no olho dos 4 aos 9 anos. Mesa Radiônica Medição do nível de dislexia – 35%. Recomendado fazer consulta com um neurologista Objetivo 1 – O que está por trás da dislexia? 64 o Entrada de energia – coronário; o Desalinhamento dos chakras; o Influenciável; o Preguiça Mental. Objetivo 2 – O que está por trás da falta de vontade de ler? o Desalinhamento dos corpos; o Baixa Energia Vital. Envio de comandos pela mesa e Remédio no Decágono para o Objetivo 1 com a seguinte frase: Remédio para alinhamento dos chakras de [Nome] com o objetivo de tratar a dislexia – deixar por 8 dias. Floral formulado via mesa para Objetivo 2 – 2 vidros – 4 gotas 4 vezes ao dia: Centaury (Ba), Larch (Ba), Trumpet Vine (Ca), Yellow Star Tulip (Ca), Antiseptic Bush (Au), Yellow Leschnaultia (Au). Foi recomendado deixar o gráfico Diafragma 2 em cada chakra por 2 minutos durante o primeiro mês e por 1 minuto no segundo mês. Anamnese – 29/05/2009 Dorme bem, mas continua não sonhando; Dorme de luz acesa; Roe unha – ansiedade; Reservado – não comenta nada; Tem amizades, mas superficiais; Sem paciência, não se concentra muito tempo na mesma atividade; Sente-se mais confiante nos campeonatos. Comentários do Técnico Tem se demonstrado mais seguro e concentrado; Tem progredido bem ultimamente. 65 Mesa Radiônica Medição do nível de dislexia – 15%. A mãe fez consulta com um especialista e o atleta não foi diagnosticado com dislexia. Objetivo – O que está por trás da falta de interesse pelos estudos? o Influência de Vidas Passadas; o Timidez. Envio de comandos pela mesa e Floral formulado via mesa para Objetivo – 2 vidros – 4 gotas 4 vezes ao dia: Walnut (Ba), Larkspur (Ca), Erbum (SG), Rabbit Orchid (Au), Self Heal (Ca), Impatiens (Ba), Saint German (SG). Anamnese – 16/09/2009 Falta de interesse pelos estudos; Não gosta de ler – pula páginas do livro; Melhorou a ansiedade; Melhorou a concentração para fazer as lições. Mesa Radiônica Objetivo – O que está por trás da falta de interesse pelos estudos? o Influenciável; o Influência de Vidas Passadas. Feito levantamento energético e o envio de comandos pela mesa radiônica. Foi solicitado à mãe que tomasse um complemento vitamínico devido ao resultado do levantamento energético. (vide tabela 1) Mesa Radiônica - 12/10/2009 Objetivo – O que está por trás da falta de interesse pelos estudos? o Influenciável; o Influência de Vidas Passadas; o Crenças negativas. 66 Feito o levantamento energético e envio de comandos pela mesa radiônica. Informações dadas pela mãe – 24/11/2009 As notas melhoraram na escola; Melhorou a concentração para fazer as lições da escola; Termina as lições escolares; Consegue se posicionar quando quer algo. Comentário do Técnico Está mais concentrado e melhorando tecnicamente. Mesa Radiônica Objetivo – O que está por trás da falta de interesse pelos estudos? o Excesso de vaidade. Feito o levantamento energético e envio de comandos pela mesa radiônica. 16/09/2009 12/10/2009 4/11/2009 Corpo Físico: Data 85% 90% 95% Corpo Energético: Chakras: Coronário Frontal Laríngeo Cardíaco Plexo Solar Sexual Básico 85% 85% 85% 85% 20% 70% 90% 90% 85% 80% 85% 80% 80% 80% 80% 80% 75% 80% 80% 80% 80% 90% 85% 90% Corpo Emocional: Complexo de Inferioridade Insegurança Preguiça Mental Passividade Autocondenação Cansaço Mental Autopiedade 65% 95% 95% 95% 90% 80% 95% 100% 80% 50% 20% 50% 40% 20% 80% 80% 90% 60% 10% 55% Corpo Mental: 10% 50% 80% Tabela 1 Avaliação em 14/09/2010 com o atleta Consegue se posicionar perante uma situação – fala o que pensa; Parou de roer as unhas; 67 Não tem vontade de fazer as lições da escola, mas agora tem paciência para fazer – antes sua paciência era nota 5 e agora é nota 9; Apesar de não gostar de ler, agora lê o livro inteiro e não pula mais folhas; Gosta mais de coisas físicas e manuais como pintura, teatro e esporte do que de leitura; Presta mais atenção na aula – antes sua atenção era nota 5 e agora é nota 8; Continua não sonhando, mas quando sonha parece real; Continua tímido para falar, mesmo com os amigos; Nos treinos de patinação está mais concentrado e está conseguindo fazer todos os itens que o técnico solicita saltos, corrupios etc.; Nas competições não fica ansioso, apenas excitado pela espera do momento, mas tranquilo e executa a coreografia com calma. Comentário do Técnico Sem comentários desde a última avaliação em relação à comportamental; Parte técnica – necessita maior emprenho. Resultado das Competições Modalidade Campeonato 2008 Paulista Brasileiro Interseleções Paulista Livre ‘Free Dance’ ‘Solo Dance’ Categoria Figuras Obrigatórias ‘Open Loops’ Iniciante Acima de 11 anos Iniciante Brasileiro até 14 anos 6° Lugar 3° Lugar 4° Lugar Categoria Paulista Brasileiro Interseleções Paulista Iniciante Brasileiro até 14 anos 1° Lugar 5° Lugar 3° Lugar 3° Lugar Campeonato 2010 Paulista Brasileiro Interseleções Internacional Cadete 3° Lugar 11° Lugar - Campeonato 2009 5° Lugar 6° Lugar Internacional Cadete 7° Lugar - Categoria Avançado Até 14 anos 2° Lugar 6° Lugar - Avançado 12 a 15 anos 5° Lugar 11° Lugar - 6° Lugar Acima de 12 anos - parte 68 A categoria Iniciante Brasileiro de 2009 tinha itens obrigatórios mais difíceis do que o de 2008 devido a mudanças feitas pela Confederação nas diversas modalidades. A categoria Internacional é a última categoria que um atleta pode alcançar. A partir daí a mudança dentro da categoria é pela idade, o que altera os itens obrigatórios. 4.1.4 Atleta 4 Ano de nascimento – 1993 Anamnese – 10/03/2009 Dificuldade de aceitação do técnico. Mesa Radiônica Objetivo – O que está por trás da dificuldade de aceitação do técnico? o Austeridade; o Autoritarismo; o Criticismo. Envio de comandos pela mesa e Floral formulado via mesa– 2 vidros – 4 gotas 2 vezes ao dia: Vervain (Ba), Beech (Ba), Zinnia (Ca), Garlic (Ca), Verbena (SG), Incensum (SG), São Miguel (SG), Patiens (SG), Antiseptic Bush (Au), Leafless Orchid (Au), White Nymph Waterlily (Miami) (Au). Anamnese – 29/05/2009 Sente de lua – um dia acorda bem e no outro acorda e quer ficar sozinho; Irrita-se facilmente, principalmente com perguntas fúteis e responde de forma agressiva („dá patada‟) e/ou faz cara de desdém; Quando se irrita muito, principalmente quando é contrariado, fica agressivo e tenta revidar provocando a pessoa que o contrariou; Roe as unhas, inclusive as peles em volta delas. Comentário do Técnico Concentra-se até se deparar com algum problema depois se dispersa; 69 Nem sempre atende as instruções, tenta corrigir da forma como se sente melhor. Mesa Radiônica Objetivo – O que está por trás da variação do estado emocional e do humor de um dia para outro? o Dominação; o Nervosismo. Envio de comandos pela mesa e Floral formulado via mesa– 2 vidros – 4 gotas 2 vezes ao dia: Aloe Vera (Ca), Evening Prinrose Pea (Ca), Garlic (Ca), Brown Boronia (Au), Focum (SG), Incensum (SG), Verbena (SG), Fuchsia Gum (Au), Ribbon Pea (Au). Anamnese – 10/09/2009 Irritação diminuiu. Mesa Radiônica Objetivo – O que está por trás do excesso de irritabilidade? o Nervosismo; o Possessividade; o Criticismo; o Influência de Vidas passadas. Feito o levantamento energético e envio de comandos pela mesa radiônica. Anamnese – 14/12/2009 Não se sente mais irritado; Não tem mais oscilação emocional e de humor; Compreende que cada pessoa é de um jeito e que ele tem que aceitar as pessoas como elas são, mesmo não gostando. Comentário do Técnico Está mais tranquilo, porém ainda não atende completamente o solicitado. 70 Avaliação em 24/11/2010 com o atleta Parou de roer as unhas; Apesar de não concordar com algumas atitudes do técnico, o aceita como é; Sente-se tranquilo nas competições o que resultou em boas colocações no último campeonato, sendo convocado para o campeonato mundial, o que não estava previsto. Comentário do Técnico Está mais tranquilo e responsável. Resultado das Competições Modalidade Livre ‘Free Dance’ Campeonato 2008 Paulista Brasileiro Sul-Americano Interseleções Paulista Internacional Cadete 1° Lugar 2° Lugar 2° Lugar 2° Lugar 1° Lugar Internacional Cadete 3° Lugar 8° Lugar 2° Lugar 1° Lugar Campeonato 2009 Paulista Brasileiro Paulista Internacional Junior 1° Lugar 3° Lugar 1° Lugar Internacional Junior 3° Lugar 6° Lugar 1° Lugar Campeonato 2010 Paulista Brasileiro Sul-Americano Interseleções Mundial Internacional Junior 2° Lugar 4° Lugar 2° Lugar - Internacional Junior 2° Lugar 3° Lugar 3° Lugar 2° Lugar - ‘Solo Dance’ Combinado ‘Free + Solo Dance’ Figuras Obrigatórias Categoria Categoria Iniciante 9° Lugar 1° Lugar Categoria Internacional Junior 7° Lugar 6° Lugar 3° Lugar 1° Lugar - Internacional Junior 5° Lugar 3° Lugar 2° Lugar 16° Lugar Avançado 15 a 17 anos 1° Lugar 2° Lugar 2° Lugar - Na categoria internacional o atleta tem que apresentar duas coreografias: o programa curto e o programa longo. O programa curto é classificatório e possui itens obrigatórios específicos. No programa longo o atleta pode executar todos os itens que é capaz de fazer, sem limite de dificuldade. A categoria Internacional Júnior (15 a 19 anos) tem itens obrigatórios mais difíceis que a categoria Internacional Cadete (12 a 15 anos). 71 4.1.5 Atleta 5 Ano de nascimento – 1995 Anamnese – 19/03/2009 Alguns dias acorda sentindo um vazio – passa o dia todo se sentindo deste jeito, como se todos o incomodassem; Nervoso com provas e campeonato; Não dorme direito na noite anterior ao campeonato. Mesa Radiônica Objetivo – O que está por trás da variação de humor de um dia para outro? o Decepção; o Influenciável; o Sem proteção energética; o Baixa energia Vital. Envio de comandos pela mesa e Floral formulado via mesa–2 vidros – 4 gotas 4 vezes ao dia: White Chestnut (Ba), Larch (Ba), Buttercup (Ca), Iris (Ca), Tuia (SG), Erianthum (SG), Southern Cross (Au), Urchin Dryandra (Au). Anamnese – 29/05/2009 A sensação de vazio e o mau humor sumiram; Sente-se mais feliz e mais calmo; Sente dificuldade de executar o que o técnico solicita. Comentários do Técnico Falta garra nos treinos e competições; Demonstra insegurança, talvez medo ao executar alguns elementos da coreografia. Mesa Radiônica Objetivo – O que está causando a falta de garra na patinação e em outras áreas de sua vida? 72 o Baixa autoestima; o Influenciável; o Influência de vidas passadas. Envio de comandos pela mesa e Floral formulado via mesa– 2 vidros – 4 gotas 4 vezes ao dia: Wild Oat (Ba), Sclerantus (Ba), Pine (Ba), Willow (Ba), Violet (Ca), Quince (Ca), Mangifera (SG), Balga Blackboy (Au), Urchin Dryandra (Au). Anamnese – 14/12/2009 Desiste fácil quando fica ansioso, quando não sabe se será capaz de fazer. Comentário do Técnico Desiste facilmente quando erra algum elemento da coreografia. Mesa Radiônica Objetivo – O que está causando a falta de confiança em si mesmo? o Crenças limitantes. Levantamento energético e envio de comandos pela mesa radiônica. (ver Tabela 2) Anamnese – 16/02/2010 Desiste fácil quando acha que não será capaz de fazer. Mesa Radiônica Objetivo – O que está causando a falta de confiança em si mesmo? o Crenças limitantes. Envio de comandos pela mesa e Floral formulado via mesa – 2 vidros – 5 gotas 2 vezes ao dia: Deerbrush (Ca), Larch (Ca), Quince (Ca), Yarrow (Ca), Correa (Au), Illyarrie (Au), Ursinisa (Au). Anamnese – 03/04/2010 73 Quando começa a errar os itens da coreografia desiste de tentar fazer o restante e cai no restante; Devido à mudança nas categorias no ano de 2010, ele teve que entrar numa categoria que acha o nível de dificuldade muito acima do que estava no ano anterior – isso o fez desistir. Mesa Radiônica Objetivo – O que pode causar a falta de obtenção da melhor performance na apresentação das coreografias de patinação artística do campeonato brasileiro de 5 a 11 de abril próximo? o Crenças limitantes. Levantamento energético e envio de comandos pela mesa radiônica. Data 14/12/2009 90% 03/04/2010 95% Corpo Energético: Chakras: Coronário Frontal Laríngeo Cardíaco Plexo Solar Sexual Básico 85% 90% 80% 80% 75% 80% 85% 85% 85% 90% 90% 80% 95% 90% 90% 95% Corpo Emocional: Complexo de Inferioridade Influenciável Angústia Culpa Frustração Equilíbrio Confiança em si 75% 100% 90% 90% 60% 30% 30% 85% 30% 30% 30% 50% 90% 65% 60% Corpo Mental: 85% 85% Corpo Físico: Tabela 2 Anamnese – 13/09/2010 Está mais confiante; Não desiste de fazer o que o técnico solicita, procura tentar executar; Vergonha com gente que não é próxima, o que atrapalha no relacionamento com as pessoas; Está com dificuldade no salto „Salchow‟. 74 Comentário do Técnico Está mais confiante, executou a coreografia completa no campeonato sem desistir, ou seja, mesmo após algum contratempo, fez os itens obrigatórios como se nada tivesse acontecido. Foram criados comandos para serem ditos pela própria pessoa quantas vezes quisesse, inclusive antes do treino. [Nome ou apelido ou palavra que represente a pessoa] dê o impulso na medida certa para que o salto ‘Salchow’ saia perfeito. Minhas pernas fiquem retas no início do salto ‘Salchow’ para que ele seja executado de forma correta. Solicitada a visualização do que estava com dificuldade nos treinos, executando com perfeição, como ele gostaria que realmente estivesse acontecendo (como foi feito na vivência). Mesa Radiônica Objetivo – O que pode ser feito para ser tratado o excesso de vergonha para que ele se sinta bem? Envio de comandos pela mesa e Floral formulado via mesa – 2 vidros – 4 gotas 4 vezes ao dia: Alpine lily (Ca), Mallow (Ca), Mangifera (SG), Blue China Orchid (Au), Grey Spider Flower (Au), Nootka Rose (Pa). Avaliação em 24/12/2010 com o atleta Mesmo com dificuldade, executou a coreografia completa sem demonstrar derrota. Comentário do Técnico Está mais confiante, executou a coreografia completa no campeonato sem desistir, ou seja, mesmo após algum contratempo, fez os itens obrigatórios como se nada tivesse acontecido. 75 Resultado das Competições Modalidade ‘Free Dance’ Livre ‘Solo Dance’ Figuras Obrigatórias ‘Open Loops’ Iniciante Iniciante Categoria Campeonato 2008 1° Regional 1° Estadual 2° Regional 2° Estadual 1° Lugar 2° Lugar Campeonato 2009 Paulista Brasileiro Interseleções Paulista Adulto Nível1 19° Lugar 22° Lugar - Campeonato 2010 Paulista Brasileiro Interseleções Paulista Até 14 anos 9° Lugar Classe F Categoria 18° Lugar 11° Lugar 11° Lugar 20° Lugar - Categoria 7° Lugar 12 a 15 anos 5° lugar 11° lugar 4° lugar 8° Lugar Iniciante 6° Lugar 8° lugar 8° lugar 7° Lugar Avançado 7° Lugar 13° Lugar - Iniciante 20° Lugar 24° Lugar - A categoria Classe F tem itens obrigatórios que incluem saltos de uma volta e a categoria Adulto Nível1 tem itens mais difíceis como o salto „Axel‟ que é um salto de uma volta e meia. 4.1.6 Atleta 6 Ano de nascimento – 2000 Anamnese – 12/01/2009 Triste pela falta da presença do pai (pais separados). Comentário da Mãe Agitado na sala de aula. Mesa Radiônica Objetivo – O que está por falta de aceitação da ausência do pai? o Tristeza. Envio de comandos pela mesa e Floral formulado via mesa – 2 vidros – 4 gotas 4 vezes ao dia: 76 Dill (Ca), Zinnia (Ca), Queen Anne‟s Lace (Ca), Scarlet Monkeyflower (Ca), Yellow Boronia (Au), Red Leschenaultia (Au), Cape Bluebell (Au). Anamnese – 01/06/2009 Tristeza por ter um pai ausente Chorava sem motivo (a mãe suspeitou do floral a ter sensibilizado) Técnico - Está bem mais atenta, tem se mostrado mais concentrada, objetiva e segura. Mesa Radiônica Objetivo – O que está por falta de aceitação da ausência do pai? o Tristeza. Envio de comandos pela mesa e Floral formulado via mesa – 2 vidros – 4 gotas 4 vezes ao dia: Willow (Ba), Zinnia (Ca), Queen Anne‟s Lace (Ca), Scarlet Monkeyflower (Ca), Red Leschenaultia (Au), Wild Violet (Au), Correa (Au). O atleta estava chorando aparentemente sem motivo e a mãe parou de dar o floral. O fato só foi informado posteriormente. Foi conversado com o atleta mais duas vezes, mas o tratamento deveria envolver a mãe, e naquele momento isso não foi possível. Para este trabalho, considerou-se melhor parar o acompanhamento deste atleta. 4.1.7 Atleta 7 Ano de nascimento – 1995 Anamnese – 19/06/2009 Timidez; Excesso de cobrança de si mesma. Mesa Radiônica Objetivo – O que está por trás da cobrança excessiva de si mesma? o Preocupação excessiva. 77 Envio de comandos pela mesa e Floral formulado via mesa – 2 vidros – 4 gotas 4 vezes ao dia: Yerba Santa (Ca), Olive (Ba), Veronica (Au), Blue China Orchid (Au), Piper (SG), Mangífera (SG). Não houve interesse em participar. 4.1.8 Resultado da Vivência com os Técnicos e com os Atletas. Na segunda vivência com os técnicos, por sugestão dos próprios técnicos, foram formuladas perguntas para os atletas e para os próprios técnicos. O resultado da pesquisa foi longo e detalhado, por isso foi sintetizado por assunto e apresentado aos técnicos apenas o que foi considerado relevante para o trabalho que estava sendo proposto. Os itens abaixo serviram como pauta para a terceira vivência com os técnicos. A ideia foi apresentar e discutir os pontos que poderiam ser trabalhados com os atletas, pontos estes que fariam parte da pauta da próxima vivência que seria feita em conjunto com os técnicos e os atletas. 1- O que se espera de um bom técnico Mostrar interesse, entusiasmo, incentivo Ensinar de forma que o atleta entenda Ter comprometimento Boa aproximação técnico-atleta Ter liberdade para conversas francas – hoje o atleta não sabe a reação do técnico Ver o atleta como ser humano com defeitos e habilidades Ser uma equipe dentro e fora da quadra Estar preocupado com o fator motivacional da equipe Ser bravo permitindo brincar também Ter flexibilidade 2- O que se acredita ser um bom comportamento de um atleta 78 Estar motivado Ter concentração nos treinos Concentrar em suas metas Ter controle – sem reclamar ou fazer gestos Não tirar a atenção dos colegas Ser interessado – perguntar, tirar dúvidas Atender ao chamado do treinador Ter comprometimento e prioridade Ter amor e vontade de patinar 3- Avaliação do comportamento do(s) técnico(s) Alteração do humor, paciência e tolerância quando o atleta não atende o que foi solicitado Aproximação com atleta às vezes se confunde com excesso de liberdade Às vezes desmotivado Precisa trazer o atleta para mais perto do treinador 4- Avaliação do comportamento do(s) atleta(s) durante os treinos Às vezes não está se sentindo bem e tem dificuldade para treinar Conversa durante o treino Às vezes não consegue conter o cansaço devido à carga escolar Às vezes tem dificuldade de compartilhar os treinos com a escola, gerando faltas ao treino 5- O que os atletas pensam do Incentivo por parte do(s)técnico(s) Sentem- se motivados Se não tem incentivo, não tem progresso Ponderação acertos/erros no movimento leva a conscientização 6- O que se espera de um bom treino Relação técnico-atleta em harmonia e sintonia, com humor, paciência, vontade, respeito e tolerância - sem estresse e irritação 79 Programação pré-definida para cada modalidade com conhecimento do atleta para cobrar o comprometimento nos treinos Empenho dos atletas 7- Avaliação do cotidiano do atleta Corrido Carga escolar alta – dorme pouco Prioridade aos estudos 8- Objetivos na patinação Superação Vencer medos e dificuldades Ser reconhecido pelo que apresenta Conseguir bons resultados Participar dos campeonatos e se divertir 9- Metas Melhorar a colocação no campeonato Acertar todos os elementos da categoria Conseguir boa classificação A vivência conjunta técnico-atleta permitiu uma aproximação e uma abertura com respeito e ponderação. Todos tiveram a oportunidade para falar, questionar e se posicionar sobre todos os pontos levantados, inicialmente os próprios atletas, e posteriormente os técnicos. 4.2 Discussão Com base nos dados apresentados neste estudo, considero importante ressaltar alguns pontos fundamentais para a avaliação do resultado deste trabalho. O primeiro ponto é que é oportuno lembrar que os atletas são estudantes que precisam se dedicar aos estudos do colégio em determinados períodos mais do que em outros, o que pode afetar o rendimento técnico nos treinos. Portanto algumas 80 oscilações apresentadas no resultado podem ser fruto deste fator. Isto não foi considerado neste trabalho. O segundo ponto são as dificuldades técnicas que alguns atletas enfrentaram com a inclusão de novos itens obrigatórios devido a mudanças de regras na patinação. Isto pode ter acarretado um salto entre a categoria que o atleta estava em um ano e na categoria em que competiu no ano seguinte. Outro ponto muito importante para que o trabalho fosse considerado satisfatório, foi conseguir a participação dos técnicos de forma que eles colaborassem, interagissem e auxiliassem. Como eles não fizeram parte do estudo, foi necessária e importante a integração deles no processo. Por conta deste fato é que foram realizadas as vivências com os técnicos para que eles estivessem informados da proposta do trabalho e o quanto eles influenciam no desempenho dos atletas, visto que o relacionamento com o técnico pode desestabilizar em muito o atleta, acarretando numa queda do rendimento nos treinos e nas competições. Pelo resultado da última vivência foi possível verificar que os atletas possuem diferentes objetivos na patinação, o que leva a crer que obter uma medalha muitas vezes não é o motivo principal da participação no esporte. Muitos querem se superar, vencer medos e dificuldades e, apesar de almejarem a medalha, isto nem sempre é o primordial. Acertar todos os elementos da categoria ou mesmo melhorar a colocação no campeonato são os ideais de alguns atletas. Contudo, este não é o desejo do técnico que quer ver o atleta no pódio, o que muitas vezes leva a um conflito. Trazer o entendimento deste ponto faz com que o crescimento do atleta se faça de forma mais tranquila. O desempenho em uma competição depende do esforço e comprometimento de cada um. Apesar da dedicação, muitos atletas com potencial, não conseguem executar na competição o que tinham conseguido realizar durante os treinos. Com o acompanhamento destes atletas por meio de entrevistas e com o uso da mesa radiônica, foi possível notar a melhora passo a passo de cada um, não apenas na patinação, mas na vida escolar e na vida familiar, o que refletia principalmente no rendimento dos treinos. Os dados levantados foram confirmados em alguns casos com os pais e sempre com os técnicos, opiniões muito importantes para a análise do resultado. 81 Em relação às competições houve uma melhora, tanto nas modalidades em que já haviam participado, como nas modalidades que passaram a competir durante o período em que ocorreu este trabalho. Em alguns casos houve oscilações, mas de um modo geral o resultado foi positivo. Comentários sobre o Atleta 1: Apesar de o atleta competir na mesma categoria na modalidade Livre no ano de 2008 e 2009, os itens obrigatórios de 2009 eram mais difíceis e o resultado no campeonato foi melhor. Em 2010 o nível de dificuldade da categoria aumentou e sua colocação na média foi menor do que 2009. O atleta não pretendia competir na modalidade „Free Dance‟, mas superou seus medos e decidiu participar da competição. No campeonato Interseleções a música da coreografia estava com alguns minutos a mais do que o previsto (o CD fornecido na hora da competição estava errado). Ele conseguiu improvisar a coreografia e se saiu bem obtendo a medalha de ouro. Comentários sobre o atleta 2: No ano de 2009 o atleta conseguiu boas colocações, apesar da diferença entre as categorias Iniciante Brasileiro e Classe F serem significativas. O salto „Axel‟ é sempre um desafio na mudança de categoria. É o salto simples mais difícil, que tem rotação de uma volta e meia (nível de dificuldade quase de um duplo). As principais diferenças do „Axel‟ para o „Double Mapes‟ e o „Double Salchow‟ são duas: o „Axel‟ não usa o breque e o atleta salta de frente. Além disto, passou a competir em mais modalidades o que fez com que o atleta dividisse seu tempo de treino entre todas elas, no mesmo período que tinha anteriormente para treinar apenas uma modalidade. A categoria Iniciante Brasileiro da modalidade Livre do ano de 2010 tinha itens obrigatórios mais difíceis que a mesma categoria do ano de 2009 devido a uma reformulação efetuada na categoria. Mesmo com maior dificuldade a colocação do atleta foi melhor que no ano anterior. Nas demais modalidades, também apresentou bons resultados, levando em consideração que, em alguns casos, era o primeiro ano que se apresentava para competir. Comentários sobre o atleta 3: A categoria Iniciante Brasileiro de 2009 tinha itens obrigatórios mais difíceis do 82 que o de 2008 devido a mudanças feitas pela Confederação nas diversas modalidades. O resultado nas competições em 2009 da modalidade Livre melhorou. No ano de 2010 o atleta passou a competir em mais modalidades, contudo nas competições as colocações não tiveram o progresso do ano anterior. Comentários sobre o atleta 4: A média dos resultados nos campeonatos de 2009 é similar aos resultados de 2008, contudo o nível de dificuldade da coreografia apresentada no campeonato de 2009 foi maior que em 2008. No ano de 2010, apesar de estar na mesma categoria na modalidade Livre, o atleta passou a executar saltos triplos com bons resultados, principalmente levando em consideração o nível de dificuldade destes saltos. O atleta participou em 2010 pela primeira vez na modalidade „Solo Dance‟, já na categoria mais avançada que é a internacional com resultados que o permitiram ocupar uma vaga para disputar o campeonato mundial. Comentários sobre o Atleta 5: A categoria que o atleta competia, Classe F, tem itens obrigatórios que incluem saltos de uma volta e a categoria que passou a competir, Adulto Nível 1, tem itens mais difíceis como o salto „Axel‟ que é um salto de uma volta e meia. O atleta não conseguiu acompanhar a passagem de categoria, com resultados aquém do satisfatório. O trabalho com este atleta se iniciou depois dos demais atletas, data próxima aos primeiros campeonatos de 2009, portanto estes não devem ser considerados nesta análise. A mudança de categoria de 2009 para 2010 na modalidade Livre ocorreu devido à alteração das regras na patinação e, devido a sua idade, teve que competir na categoria até 14 anos. Os itens obrigatórios se tornaram mais difíceis ainda, como os saltos que na categoria anterior eram de uma volta e nesta passaram a ser duplos. O trabalho feito com o atleta, focando o fato de sempre querer desistir por achar que não consegue executar o que é preciso, mostra que o comportamento do atleta melhorou, porém não refletiu nos resultados nas competições. 83 5 CONCLUSÃO Uma análise mais aprofundada do que foi apresentado neste trabalho permite verificar a evolução dos atletas, não visando simplesmente o resultado das competições, observando as mudanças em cada um deles. Isto é muito importante, afinal atletas ‘são’ pessoas que em determinados momentos ‘estão’ atletas. Pode ser visto o crescimento dos atletas na parte emocional, mental e pode-se dizer também espiritual. Como diz Leonardo Boff em seu livro: Espiritualidade – Um Caminho de Transformação (2001), “Espiritualidade é aquilo que produz no ser humano uma mudança interior”. Para que a mudança aconteça, primeiro a pessoa tem que querer participar do processo, para que o terapeuta consiga estabelecer contato com ela. Não que isto não seja possível de outra forma, mas o consentimento e a participação da pessoa são muito importantes para sua própria conscientização. Na terapia com a mesa radiônica, o terapeuta tem a capacidade de captar as frequências vibratórias emanadas pela pessoa que está sendo estudada. O terapeuta deve ter a sensibilidade para a captação das frequências de energia e usar seu conhecimento como base para ter uma maior visão dos caminhos a escolher. Tudo isto é possível quando o amor está presente. O amor é o evocador, é o princípio de todo trabalho terapêutico, sem ele nada acontece. É ele que favorece a abertura, a comunicação, a ligação e a sincronicidade. O amor é uma energia de cura muito poderosa e um agente catalizador muito potente para a transformação. O amor é a sensação de saber que somos parte de tudo, um reconhecimento de que cada um de nós é parte de uma imensa ordem universal. Essas qualidades de união fazem do amor uma sutil e poderosa energia e é por isso que ele também se constitui num núcleo central de cura. O amor é um contexto, um arquétipo, em que muitos de nossos pensamentos e sentimentos se baseiam. Está além do corpo vital, emocional e mental, ele é um elemento do corpo supramental. Transcende ao aqui e agora, permite transformar o profano em sagrado. É o amor que liga o homem com a espiritualidade. Mircea Eliade em seu livro O Sagrado e o Profano (2008), explica que o homem toma conhecimento do sagrado porque este se manifesta, se mostra como algo 84 diferente do profano, para isto ele usa o termo hierofania que, de acordo com seu conteúdo etimológico, quer dizer „algo de sagrado se nos revela‟. O sagrado e o profano constituem duas modalidades de ser no mundo, duas situações existenciais assumidas pelo homem ao longo de sua história.... Os modos de ser sagrado e profano dependem das diferentes posições que o homem conquistou no Cosmos e, consequentemente, interessem não só ao filósofo, mas também a todo investigador desejoso de conhecer as dimensões possíveis da existência humana. O ato de utilizar a mesa radiônica para o bem do outro faz com que este objeto profano se torne sagrado e, isto é um paradoxo. A mesa continua mesa, mas ela se torna algo sagrado para quem a usa. E porque sagrado? Para o terapeuta a mesa radiônica o remete à espiritualidade, a união com o Todo, com o Cosmos. A hierofania (neste caso a mesa) revela um ponto fixo absoluto, um „centro‟ que abre uma brecha no espaço/tempo que interconecta o terapeuta com o cliente e ambos com o Universo. A interconexão ocorre por meio da supraconsciência, via intenção não egóica. É uma entrega a um estado de consciência situado além do ego, que só o amor é capaz. É o amor que age no processo de sincronicidade, ampliando a percepção que permite a conexão consigo mesmo, com o outro e com o Todo. Como diz Sri Aurobindo em Letters, II (1997, apud LA SALA BATA, 1997): O supraconsciente é o verdadeiro fundamento, e não o subconsciente. Não é analisando-se os segredos da lama de onde nasce a flor do lótus que explicamos sua existência. O segredo da flor de lótus está no arquétipo divino que floresce para sempre nas alturas, na luz. O uso da mesa radiônica permite ao terapeuta auxiliar a pessoa para que ela mesma faça uma mudança interior. A pessoa se torna capaz de expandir sua percepção e entrar num estado de tranquilidade, de paz interior e de receptividade, elementos essenciais para perceber sincronicidades favoráveis ao seu desenvolvimento. A pessoa, e apenas a pessoa, é responsável pela própria mudança, o terapeuta é apenas o facilitador do processo. O terapeuta ajuda a pessoa a perceber que possui uma Inteligência Espiritual a ser desenvolvida, no sentido de ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequando senso de finalidade e direção pessoal. Aumenta os horizontes, pois é 85 uma inteligência que impulsiona. A Inteligência Espiritual está ligada à necessidade humana de ter propósito na vida. A Inteligência Intelectual trata do que pensamos. A Inteligência Emocional trata do que sentimos. A Inteligência Espiritual trata de quem somos. Para Maribel Barreto (1999), a consciência é uma das faculdades inatas, capitais do ser humano, que o favorece: (a) Compreender a realidade como um Todo, não só com a razão; (b) Discernir o melhor caminho que deve seguir; (c) Discernir o bem do mal; o correto do incorreto; (d) Integrar a natureza externa com a natureza interna; (e) Absorver o valor significativo real das relações. Para desenvolver a Inteligência Espiritual é necessário ampliar a consciência, para que o ser humano possa conduzir a própria vida de forma plena e repleta. O terapeuta é um profissional capaz de ajudar uma pessoa neste processo. Apesar dos resultados serem mais significativos para uns do que para outros, foi possível verificar que a melhora do atleta se deu por meio de uma maior harmonização e um maior equilíbrio. Neste trabalho verificou-se o quanto a terapia holística pode auxiliar no acompanhamento de um atleta como ser humano do ponto de vista emocional, mental e espiritual para que o crescimento se dê de forma integral. E, a mesa radiônica foi realmente uma ferramenta chave neste processo, pois propiciou os recursos necessários para isto acontecesse. 86 REFERÊNCIAS ALVAREZ, Mani. Psicologia Transpessoal: a aliança entre espiritualidade e ciência: O resgate do universo multidimensional da consciência humana no terceiro milênio. São Paulo: All Print, 2006. (Coleção Tempo Transpessoal). AUROBINDO, Sri. Letters II. APUD LA SALA BATA, Angela Maria. O espaço interior do homem. 10. ed. São Paulo: Pensamento, 1997. BACH, Dr. Edward. Os Remédios Florais do Dr. Bach. 10. ed. São Paulo: Pensamento, 1995. BARNAO, Vasudeva; BARNAO Kadambii. Essências Florais Australianas para o Século XXI: Living Essences. São Paulo: Triom, 2000. BARRETO, Maribel O. 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