pati poblete

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pati poblete
WWF Mediterrâneo
(Portugal)
Ângela Morgado
Telef – +351 91 842 88 29
[email protected]
www.wwf.pt
PRESS RELEASE
Embargado até 13:00GMT de13 Outubro 2010
Trópicos e recursos naturais em declínio a um ritmo alarmante –WWF - Relatório Planeta
Vivo 2010
Lisboa, Portugal – Novos dados mostram que as populações de espécies tropicais estão a decair de
maneira alarmante e que a procura humana de recursos naturais está a atingir níveis nunca vistos,
rondando os 50 por cento acima do que a Terra pode oferecer – revela a edição 2010 da publicação
emblemática da WWF, Relatório Planeta Vivo, o estudo de referência sobre a saúde do planeta.
O relatório bianual, produzido em colaboração com a Zoological Society of London e a Global
Footprint Network, utiliza o Índice global Planeta Vivo para avaliar o estado de conservação de
aproximadamente 8,000 populações de mais de 2,500 espécies. Este Índice global diminuiu 30 por
cento desde 1970, especialmente ao nível das espécies tropicais, cujo índice decresceu 60% em
menos de 40 anos.
“A taxa de perda de biodiversidade é alarmante, principalmente nos países tropicais, ao mesmo
tempo que o mundo desenvolvido vive num falso paraíso, alimentado por um consumo excessivo e
altas emissões de carbono,” afirma Jim Leape, Director Geral da WWF Internacional.
O relatório mostra uma recuperação promissora das espécies de populações de áreas temperadas,
provavelmente devido a maiores esforços de conservação e de redução da poluição e do desperdício.
No entanto, as populações das espécies tropicais de água doce que foram analisadas diminuíram
cerca de 70% - um declínio maior do que o verificado em qualquer espécie terrestre ou marinha.
“As espécies são a base dos ecossistemas,” disse Jonathan Baillie, Director de Conservação e
Programas da Zoological Society of London. “Ecossistemas saudáveis estão na base de tudo o que
temos – se os perdemos destruímos o suporte do nosso sistema de vida.”
A pegada ecológica, um dos indicadores usados no relatório, mostra que a nossa pressão sobre os
recursos naturais duplicou desde 1966 e que estamos a usar o equivalente a 1.5 planetas para
suportar as nossas actividades. Se continuarmos a viver para além dos limites da Terra, em 2030
precisaremos do equivalente à capacidade produtiva de dois planetas para satisfazer a nossa pressão
anual sobre os recursos naturais.
"O relatório mostra que se este ritmo de consumo continuar, caminharemos para um ponto de não
retorno,” acrescentou Leape. “Seriam necessários 4,5 planetas para suportar a vida da população
global, se considerarmos a média de consumo de uma pessoa que viva nos EUA ou na União
Europeia."
As emissões de carbono são a principal causa da tendência do planeta para um eventual colapso
ecológico. A pegada de carbono aumentou cerca de 11 vezes nas últimas cinco décadas, o que
significa que, hoje em dia, as emissões de carbono representam mais de metade da Pegada Ecológica
global.
No top 10 dos países com a maior Pegada Ecológica por habitante estão os Emirados Árabes Unidos,
Qatar, Dinamarca, Bélgica, Estados Unidos, Estónia, Canadá, Austrália, Kuwait e Irlanda.
Os 31 países da OCDE, que incluem as mais ricas economias do mundo, representam quase 40 por
cento da pegada global. Actualmente, são quase o dobro das pessoas que vivem nos países BRIC –
Brasil, Rússia, Índia e China - comparativamente aos países da OCDE; o relatório mostra que
actualmente a pegada ecológica das pessoas que vivem nos países BRIC está numa trajectória que
poderá ultrapassar o bloco OCDE, caso sigam um modelo de desenvolvimento semelhante.
"Países que mantêm altos níveis de dependência de recursos estão a colocar as suas próprias
economias em risco,” disse Mathis Wackernagel, Presidente da Global Footprint Network. “Os
países capazes de oferecer maior qualidade de vida baseada numa menor pressão ecológica não
servirão apenas interesse global, serão líderes num mundo de contenção de recursos."
O relatório evidencia ainda que o declínio profundo da biodiversidade é menor nos países com
menores rendimentos, onde se verificou um declínio de aproximadamente 60 por cento em menos de
40 anos.
A maior pegada ecológica encontra-se nos países com maiores rendimentos, sendo cinco vezes
superior, em média, à dos países com menores rendimentos, o que sugere que o consumo
insustentável nas nações mais ricas depende largamente dos recursos naturais das nações mais
pobres (normalmente países tropicais ricos em recursos naturais).
O Relatório Planeta Vivo evidencia ainda que uma pegada e nível de consumo elevados,
frequentemente obtido à custa de outros, não se reflectem em maior desenvolvimento. O Índice
Desenvolvimento Humano da ONU, que integra indicadores como a expectativa de vida, rendimento
e educação, pode ser mais elevado em países com uma pegada média.
O relatório chama a atenção para as soluções necessárias para garantir que o planeta possa continuar
a ser o suporte de uma população global que se espera venha a ultrapassar os nove mil milhões de
habitantes em 2050. O relatório indica ainda opções críticas que se deverão tomar ao nível do
consumo e da eficiência energética para reduzir a pegada, assinalando ainda como positivos os
esforços para valorizar e investir no capital natural.
“O desafio que o Relatório Planeta Vivo coloca é claro.” afirma Leape “Precisamos, de alguma
forma, de encontrar um caminho para satisfazer as necessidades de uma população em crescimento
com os recursos deste planeta. Todos nós temos que encontrar uma forma de fazer escolhas melhores
sobre o que consumimos e como produzimos e usamos a energia."
Para mais informações
WWF: Angela Morgado, WWF Mediterrâneo (Portugal), +351 91 842 88 29, e-mail
[email protected]
Richard McLellan , [email protected], +41 22 364 9228 mob: +41 79 786 9609
Sarah Bladen,
[email protected], +41 22 364 9019 mob: +41 79 415 0220
Natalia Reiter, [email protected] , +41 22 3649550, mob; +41 798738099
GFN: Nicole Achs Freeling, [email protected] , +1-510-839-8879 x 302
Pati Poblete, [email protected], +1-510- 839-8879 ext. 320
ZSL:
Victoria
Picknell,
[email protected],
+44
20
7449
6361
Sobre a WWF
A WWF (conhecida pelo seu logo – o panda) é uma das organizações independentes de conservação da
natureza mais importantes a nível global. Tem cerca de 5 milhões de apoiantes e está activa nos cinco
continentes em mais de 100 países. A missão da WWF é travar a degradação do planeta e construir um
futuro onde os seres humanos possam viver em harmonia com a natureza: promovendo a conservação da
biodiversidade; assegurando a sustentabilidade dos recursos naturais; e promovendo a redução da
poluição e do desperdício de água.
www.panda.org/media para última notícias e recursos para os media
Sobre a ZSL
Fundada em 1826, a Zoological Society of London (ZSL) é uma organização internacional, científica, de
conservação e educação; a sua principal actividade é a conservação dos animais e dos seus habitats.
A ZSL é responsável pelo ZSL London Zoo e ZSL Whipsnade Zoo, desenvolve investigação científica no
Instituto de Zoologia e está activamente envolvida em projectos de conservação em 40 países do mundo.
www.zsl.org
Sobre a GFN
A Global Footprint Network promove a sustentabilidade económica através do conceito Ecological
Footprint, uma ferramenta de medição sustentável. Em conjunto com os seus parceiros, desenvolve
metodologias e oferece aos decisores recursos credíveis, para ajudar a economia a ter em conta os limites
ecológicos da Terra www.footprintnetwork.org.
Notas para os editores:
Pode fazer o download do Relatório Planeta Vivo 2008 / Living Planet Report 2008 em www.ww.pt/
O relatório e facilidades adicionais de multimédia podem ser encontradas em:

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