Consulte aqui o Relatório e Contas de 2014 da Fundação Benfica

Transcrição

Consulte aqui o Relatório e Contas de 2014 da Fundação Benfica
ÍNDICE
02Órgãos Sociais da Fundação
03Nota do Conselho de Administração
04Relatório de Gestão
39Balanço
40Demonstração dos Resultados por naturezas
41Demonstração das Alterações nos Fundos Patrimoniais
42Demonstração dos Fluxos de Caixa
43Anexo
65Relatório e Parecer do Conselho Fiscal
66Certificação das Contas
1
COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS SOCIAIS
Conselho de Administração
Presidente: Luís Filipe Ferreira Vieira
Presidente Executivo: Carlos Moia Nunes da Silva
Vice-Presidente: Rui Manuel Frazão Henriques da Cunha
Tesoureira: Maria Teresa Rodrigues Claudino
Secretário: Gonçalo Taborda Azevedo
Vogal: João Carlos Simões do Paço
Vogal: José Manuel da Silva Appleton
Conselho Fiscal
Presidente: Rui António Gomes do Nascimento Barreira
Vogal: Rui Carlos Pereira
Vogal: Gualter das Neves Godinho
2
Nota do Conselho de Administração
O Conselho de Administração da Fundação Benfica apresenta o Relatório e Contas da atividade
exercida em 2014. O contexto de escassez de recursos no país já apresentado no ano anterior
permaneceu em 2014, no entanto a Fundação Benfica manteve a sua estratégia de crescimento
aliado a uma gestão de risco cautelosa, designadamente ao nível de previsão de receitas.
Conseguiu-se assim manter o ritmo de crescimento sustentado da Fundação, em resultado duma
gestão rigorosa, de um aumento da realização de receitas próprias e da consolidação de uma
sólida rede de parcerias.
De destacar pela sua influência ao nível das receitas a consignação fiscal de 0,5% do IRS, que
garantiu este ano € 318.300 euros, confirmando a expectativa que existia no ano transato que os
valores angariados poderiam ser, de facto, reforçados com base na forte campanha de
comunicação realizada.
Este contexto assegurou à Fundação um ano de crescimento visível das suas operações, dos seus
impactos na sociedade portuguesa e da visibilidade daí decorrente. Desse modo, não só foi
possível manter os níveis de execução do projeto de intervenção no 2º, 3º Ciclo “Para ti Se não
faltares!”, como foi possível lançar e desenvolver o projeto de prevenção no 1º Ciclo “Kidfun –
Educação para Valores”, ambos numa escala nacional. Foi ainda possível aumentar a escala de
outros projetos e, designadamente o “Benfica Faz Bem”, a intervenção na área do Futebol
Adaptado em articulação como o INR (Instituto Nacional para a Reabilitação), o apoio aos Projetos
Escolhas a nível nacional via protocolo com o ACM - Alto Comissariado para as Migrações, entre
outros que não cabe elencar na íntegra nesta nota. É ainda de relevar o aumento da visibilidade
nacional e internacional bem como o reconhecimento como benchmark da Fundação Benfica no
meio do movimento fundacional do Futebol Europeu.
Em 2014 a Fundação cresceu e consolidou a sua ação contribuindo objetivamente para o
desenvolvimento social do país como é seu propósito e Missão. É por isso que agradecemos
sinceramente aos cidadãos contribuintes que nos honram com a sua confiança e nos apoiam com
a consignação de 0,5% do seu IRS, dado que aí reside um importante pilar financeiro de todo este
caminho.
Endereçamos, ainda, uma palavra de agradecimento e de sincero reconhecimento a todos os que
colaboram com a Fundação e que contribuem decisivamente para os resultados que temos vindo
3
1- Relatório de Gestão
Constituída em 27 de Janeiro de 2009, em cumprimento de deliberação do Fundador e Instituidor,
o Sport Lisboa e Benfica, a Fundação Benfica, Instituição Particular de Solidariedade Social, foi
reconhecida como Pessoa Coletiva de Utilidade Pública em 14/01/2010 através do Despacho da
Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social e registada oficialmente na Segurança Social em
18/01/2010.
A Fundação visa a conceção, planificação e implementação de diversos projetos integrados no
sentido de contribuir para a qualidade de vida do ser humano, em particular de crianças e jovens
em situação de risco, promovendo o desporto inclusivo.
No seio do Grupo Benfica é a entidade que tem a missão da Responsabilidade Social e intervém
prioritariamente junto de Crianças e Jovens, mas também contempla projetos e ações com
Famílias, Idosos, Cidadãos portadores de deficiência e pessoas em situações de diminuição de
meios de subsistência ou de capacidade para o trabalho.
O desenvolvimento pessoal e social das crianças e jovens em risco e/ou situação de exclusão é a
nossa prioridade e pretendemos constituirmos cada vez mais como uma instituição de referência
na área da inovação e responsabilidade social europeia, em particular no segmento sociodesportivo.
Contando com uma equipa multidisciplinar de 6 técnicos sociais em 2014, a Fundação manteve
os seus níveis de execução no seu projeto de referência “Para ti Se não faltares!” com o
desenvolvimento de 4 projetos a nível nacional, lançou o projeto “KidFun – Educação para
Valores” conseguindo já uma ampla adesão de escolas e respetivos alunos e, finalmente, têm-se
multiplicado várias iniciativas no âmbito do “Benfica Faz Bem” e de outros pequenos projetos,
entre os quais destacamos a constituição de uma equipa de Futebol Adaptado da Fundação, bem
como a colaboração desenvolvida em torno da Comitiva Nacional de Futebol de Rua.
O ano de 2014 foi, desta forma, extremamente importante na prossecução dos objetivos definidos
pela Fundação em torno da utilização do conceito de Desporto Inclusivo nas atividades da
Fundação, as quais são detalhadas no presente Relatório e Contas relativo ao exercício de
2014, entre 01 de Janeiro de 2014 e 31 de Dezembro de 2014.
5
Envolvemos, este ano, um total de 7.230 beneficiários diretos nas atividades da Fundação
que passamos a descrever:
a) Projetos
 Para ti Se não faltares! – através deste projeto que tem sido reconhecido regularmente
como uma boa prática no domínio da inclusão pelo desporto a Fundação Benfica continua
a promover a capacitação e o combate ao absentismo, abandono e insucesso escolar de
crianças e jovens em risco. O projeto implementa-se através da dinamização de atividades
desportivas utilizando o conceito de desporto inclusivo, bem como atividades lúdicopedagógicas, numa lógica de projeto, que desenvolvem conceitos e competências básicas
em matéria de Português, Matemática e TIC.
O presente relatório compreende o 2º e 3º período do ano letivo de 2013-2014, bem como
o 1º período de 2014-2015. No ano letivo de 2013-2014 o projeto interveio junto de 321
beneficiários de 8 escolas do Porto, Lisboa, Setúbal e Ponte de Sor. Cada aluno beneficiário
participou, em média, em mais de 60 sessões do projeto nas áreas de Futsal, Jornalismo,
Sabias Que? e TIC. Todos os jovens receberam, ainda, um equipamento completo adidas
“Fundação Benfica” bem como o seu reforço alimentar diário. Em cada final de período
6
todos os jovens que cumpriram com os seus objetivos de assiduidade e comportamento
receberam o seu prémio e foram, ainda, atribuídos prémios de campos de férias pelo
desempenho individual nas categorias de excelência e melhor evolução. Pelo segundo ano
consecutivo foram também atribuídas 36 vagas através da iniciativa da Seleção de Futsal
“Para ti Se não faltares!”. O projeto envolveu 34 formadores da Fundação e 117 diretores
de turma e é todo este trabalho integrado e em cooperação associado a uma metodologia
inovadora que permite manter o trajeto de sucesso do projeto.
Destacamos, ainda, algumas das participações do projeto e dos seus beneficiários durante
o ano de 2014:

Atividades em parceria com o Exército Português;

Atividades em parceria com a Força Aérea;
7

IV Encontro “Para ti Se não faltares;

Realização de Torneios Locais de Futsal;

Evento Final “Para ti Se não faltares!”;

Estágio da Seleção de Futsal da Fundação Benfica;
8

Torneio Triangular “Fundação Benfica”;

Atividades de Campo de Férias para os beneficiários com melhores resultados e
evolução;
9
 Benfica Faz Bem – traduz-se na interação de atletas do Sport Lisboa e Benfica com
diferentes grupos, em particular com crianças e jovens, em reconhecimento dos
benefícios associados a um contacto desta natureza, designadamente ao nível da:
autoestima, confiança, alegria, adoção de estilos de vida saudáveis e prevenção de
comportamentos desviantes. Outras visitas e ações que concorram para a prossecução
dos objetivos descritos, ainda que realizadas junto de outros públicos-alvo como idosos,
cidadãos portadores de deficiência e outros grupos em risco de exclusão, inserem-se,
igualmente, na iniciativa Benfica Faz Bem.
Lista das principais ações do “Benfica Faz Bem”:
o
Realização de Sonhos no Estádio da Luz (em dia de jogo), no Centro de Estágio do
Seixal e em Hospitais para interação com o plantel de futebol profissional,
modalidades e outras figuras do Clube - concretização de sonhos em parceria,
essencialmente, com a Terra dos Sonhos e a Make a Wish;
10
o
Visitas a Escolas com o propósito de transmitir valores positivos aliados à prática
desportiva. Em particular os atletas abordam sistematicamente a necessidade de
conciliação dos estudos com a prática desportiva, a importância de uma alimentação
saudável bem como algumas questões mais técnicas de cada uma das modalidades
presentes e outras curiosidades colocadas pelos alunos;
11
o
Benfica Solidário – o Grupo Benfica deu continuidade à iniciativa desenvolvida em
2013 reforçando o seu envolvimento e contribuição para com as crianças de várias
instituições parceiras da Fundação. Foi,
desta forma, graças à solidariedade dos
colaboradores do Grupo que foi possível
oferecer mais de 400 presentes a crianças
de 8 Instituições - APCAS, Fundação do Gil,
IPO Lisboa, Hospital D. Estefânia, Fundação
António da Silva Leal, Lar António Luís de
Oliveira, Moinho da Juventude e Lar Madre
Teresa
de
Saldanha.
Para
além
da
angariação dos brinquedos participaram
nas visitas vários departamentos do Clube
bem como atletas do Futebol e das
Modalidades.
12
 KidFun – Educação para Valores – é um projeto de Educação para Valores, de animação
socioeducativa, desenvolvido pela Fundação Benfica e que visa transmitir Valores a
crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico usando como principal ferramenta o Desporto e
atividades lúdico-pedagógicas. Após a fase de conceção desenvolvida em 2013 o projeto
foi lançado em Maio de 2014 e foi já possível envolver 2.514 crianças no projeto de 13
territórios diferentes de Norte a
Sul do país. O feedback realizado
pela comunidade escolar tem sido
muito
positivo
e
em
2015
pretende-se divulgar ainda mais
este projeto promovendo um
nível extremamente elevado de
inscrições de forma a poder
transmitir os Valores junto do
maior
número
possível
de
crianças.
13
b) Participação em Iniciativas
 I Torneio Solidário de Futsal – a convite do Centro Social e Paroquial de Barcarena a
Fundação Benfica participou através das Escolas de Formação de Futsal do Clube no I
Torneio Solidário da instituição que também utiliza o desporto como uma ferramenta de
inclusão junto dos seus jovens.
 1 Dia à Benfica – foi proporcionado um dia especial para 5 jovens da EPIS – Empresários
Pela Inclusão Social, através do qual estes jovens tiveram a oportunidade de conhecer
melhor o que faz a Fundação, visitar o Estádio, visitar o Museu e conhecer a Águia Vitória.
Tudo porque foram em 2013-2014 alunos de mérito.
 8.º Festival ImigrArte – associação a este Festival organizado e promovido por
associação de imigrantes em valorização do trabalho desenvolvido pelos artistas de
múltiplas nacionalidades.
14
 Aldeia dos Sonhos – cooperação com a Fundação INATEL para a vinda ao Estádio de
cidadãos de aldeias com menos de 100 habitantes. Contámos com a presença de grupos
de 2 aldeias em jogo de Voleibol, Visita ao Museu e jogo de Futebol.
 Atuações de Grupos em Jogos das Modalidades – em articulação com vários projetos
sociais tem-se promovido a animação em dia de jogo nos pavilhões e criam-se,
simultaneamente, oportunidades de atuação por parte dos jovens.
15
 Campanha de Angariação de Alimentos – na sequência do Dia Mundial da Alimentação
e do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, 16 e 17 de Outubro,
respetivamente, o Grupo Benfica mobilizou-se e
angariou
aproximadamente
1.000
kg
de
alimentos que foram entregues ao Lar Madre
Teresa de Saldanha, em articulação com a Junta de
Freguesia de São Domingos de Benfica. Os
colaboradores do Grupo bem como os cidadãos
que se associaram à campanha demonstraram,
novamente, o seu espírito de solidariedade.
 Campanha de apoio a Chã de Caldeiras (Ilha do Fogo, Cabo Verde) – desenvolvimento
de campanha de apoio com material escolar para as crianças de Chã das Caldeiras afetadas
no seu percurso escolar na sequência da erupção vulcânica registada em Novembro.
16
 Comer Junto – no território de Paranhos a Fundação Benfica colaborou, uma vez mais,
no âmbito do projeto colaborativo do Social Hub da Fundação EDP que tem por objetivo
a promoção do trabalho em rede, a capacitação comunitária e a partilha entre os
parceiros. O resultado final do projeto passa pela organização de um concurso de
culinária que premeia a alimentação saudável, económica e o fomento dos laços
familiares intergeracionais.
 Comitiva Nacional de Futebol de Rua – colaboração com a CAIS para o apoio (espaço no
Complexo Desportivo do Sport Lisboa e Benfica, fisioterapeuta, presença em jogos,
interação com atletas do Clube, etc.) à Comitiva Nacional de Futebol de Rua que
representou Portugal no Mundial de Futebol de Rua no Chile. Apoiámos, ainda, na
mediatização da Comitiva e da sua participação no Mundial de forma a sensibilizar a
sociedade civil para o trabalho desenvolvido pelos jovens, pela CAIS e pelos seus parceiros
na representação de Portugal.
17
 Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - CPLP – colaboração em torno da
Campanha Juntos Contra a Fome através da divulgação e presença do projeto KidFun nos
treinos realizados em Belém e na corrida em Cascais. De salientar ainda a presença do
Diretor Jorge Miranda enquanto orador na Conferência sobre Responsabilidade Social.
 Corridas Mini - Campeões EDP – à semelhança de anos anteriores convidámos as
crianças e jovens dos nossos parceiros a participar nas 2 Corridas anuais que são
desenvolvidas. Em 2014 marcaram presença mais de 600 jovens, com destaque para o
Programa Escolhas. Para além de uma tarde desportiva e com um convívio extremamente
saudável os jovens receberam, como é apanágio, uma medalha e uma t-shirt.
18
 Futebol Adaptado – participação de equipa de futebol adaptado da Fundação Benfica no
Special Adventure Camp 2014, competindo com Clubes como o Chelsea, Arsenal,
Liverpool e Manchester City. Na 1ª participação a equipa registou um honroso 2º lugar e
fundamentalmente contribuiu para a criação de oportunidades únicas para os jovens
participantes.
 Link2Jobs: – O LINK2JOBS desafia jovens e empresas a ligarem-se através de
experiências, em que estes conhecem o mercado de trabalho e a realidade profissional das
suas áreas de interesse. Vários jovens tiveram a oportunidade, em 2014, de conhecer de
perto o trabalho realizado pelos treinadores das Escolas de Futebol Geração Benfica.

19
 Mobilidade Reduzida - INR – o Estádio do Sport Lisboa e Benfica sofreu beneficiações
no sentido de melhor poder receber as pessoas com mobilidade reduzida. Tendo em conta
o protocolo celebrado com o Instituto Nacional para a Reabilitação e o respetivo contexto
a Fundação colaborou na iniciativa liderada pelo Sport Lisboa e Benfica.
 Natalis / Portugal Maior – presença da Fundação no evento realizado novamente na FIL.
O projeto KidFun dinamizou a sua atividade e foi também celebrado neste período o Dia
Internacional das Pessoas com Deficiência em que o atleta olímpico do Sport Lisboa e
Benfica, Pedro Isidro, interveio enquanto orador na conferência organizada pelo Instituto
Nacional para a Reabilitação.
 Peace Run – associação a corrida solidária dinamizada pela
Cruz Vermelha Portuguesa e realizada no Seixal em parceria
com o Município. Colaborámos nesta iniciativa com a Casa do
Benfica do Seixal e com a seção de Ginástica do Clube, mais
precisamente com a classe dos Madrugadores que fizeram
também este percurso solidário.
20
 Projetos “Comunicar +” e “Participar +” da APCAS –
presença de representante na sessão de balanço dos projetos
com participação na entrega de prémios. Os projetos
pretendem promover uma melhor integração das pessoas com
deficiência nas áreas da comunicação e da participação
desportiva.
 Promoção da dádiva de sangue e de dadores de medula óssea:
o Março de 2014 – Dia Nacional do Dador – presença dos ex-atletas Hernâni e
Edmundo no Hospital Santa Maria para ajudar a divulgar a promoção. O
evento contou com a cobertura da RTP e da BTV.
o Março de 2014 – divulgação da campanha, em articulação com o Futebol
Profissional na sequência da condição do ex-guarda redes Bruno Conceição;
o Novembro de 2014 - divulgação da informação pertinente e relacionada com
o Instituto Português do Sangue e da Transplantação;
21
 Spirit of Football – colaboração com esta iniciativa mundial que procura transmitir os
valores positivos do desporto através da passagem da sua bola solidária que recolhe
milhares de assinaturas de todo o mundo antes de marcar presença no país em que se
realiza o mundial. Para além de vários colaboradores que cooperaram com a comitiva nas
suas Visitas ao Estádio e ao Museu também o atleta Salvio assinou a bola.
 Torneio de Futsal Adaptado em Ponte de Sor – na sequência de
Torneio de Futsal Adaptado desenvolvido no território de Ponte de
Sor e apoiado pelo Município, a Fundação colaborou na entrega de
prémios aos participantes.
 Uma Viagem no Parque – associação à iniciativa da Fundação INATEL através da
presença de elementos do Sport Lisboa e Benfica e de cobertura pelos nossos meios de
comunicação.
22
 Voluntariado com a Comunidade Vida e Paz - colaboração com a Comunidade Vida e
Paz no âmbito da sua Festa de Natal através do voluntariado de 36 colaboradores do
Grupo Benfica. Para além do apoio à Comunidade nesta sua iniciativa promove-se o
voluntariado junto dos colaboradores do Grupo bem como a sua sensibilização e a da
sociedade civil para com as pessoas sem-abrigo.
23
c) Eventos
 Dia Mundial da Criança – em 2014 o Dia Mundial da Criança, evento coorganizado pela
Fundação Benfica e pelo Sport Lisboa e Benfica, registou a participação de cerca de 400
crianças. Este evento que conta com a oferta de múltiplas atividades desportivas e lúdicas
no complexo desportivo do Estádio da Luz permite, ainda, o contato das crianças com
vários treinadores e atletas de diferentes modalidades do Clube reforçando o que
conhecem sobre cada uma delas.
24
 Greenfest - é considerado o maior evento de sustentabilidade do país e realizou-se de 9
a 12 de Outubro no Centro de Congressos do Estoril. A Fundação Benfica contribuiu
através da dinamização da Atividade “KidFun – Educação para Valores”.
 Indie Júnior’ 14 – a Fundação Benfica associou-se ao Indie Júnior’ 14 (secção do Indie
Lisboa - Festival Internacional de Cinema Independente), que decorreu na Culturgest,
através da participação de cerca de 50 crianças e jovens
das suas instituições parceiras. Esta oportunidade é
importante dado que se trata de uma oferta cultural e
diferenciadora para complementar as atividades
tradicionais a que os jovens estão habituados em
participar.
25
d) Adesão a Redes e Organizações
Atualmente a Fundação Benfica integra o seguinte conjunto de redes nacionais e internacionais:
 Centro Português de Fundações – a Fundação é membro do CPF que se constitui como
uma instituição representativa do setor desenvolvendo, em particular, trabalho na defesa
dos interesses comuns das fundações portuguesas.
 LUDEN - Local Urban Development European Network – constitui-se como uma rede
de referência na área da intervenção social em áreas críticas urbanas. Mais conhecida por
“Quartiers en Crise” e sedeada em Bruxelas, constituem-se como membros desta rede
municípios e organizações de vários Estados Membros.
 Rede Social de Lisboa – tendo em consideração o papel social da Fundação na cidade de
Lisboa, com particular destaque na Freguesia de Marvila, passou a Fundação a integrar a
Rede Social de Lisboa articulando formas de colaboração para a prossecução dos seus
objetivos de desenvolvimento social.
 Rede Social do Seixal – tendo em consideração o crescente reconhecimento do impacto
do Clube no Município do Seixal e do seu papel social a Fundação Benfica passou a
integrar a Rede Social do Seixal encontrando, em conjunto, com o Município e as
instituições locais formas de colaboração e ação conjunta para os múltiplos objetivos
comuns.
 United Nations Global Compact – rede internacional de empresas e organizações que
se comprometem para com os 10 princípios associados ao Pacto Global das Nações
Unidas e que envolvem os Direitos Humanos e do Trabalho, Proteção do Ambiente e
Mecanismos Anticorrupção.
26
e) Representação
 II Feira Social - Socializar+ – presença do Diretor Jorge Miranda enquanto dinamizador
de workshop.
 Convenção sobre os Direitos da Criança | Ministério da Solidariedade, Emprego e
Segurança Social – presença de Jorge Miranda numa ação formativa promovida pelo
Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, onde falou sobre o exemplo do
Sport Lisboa e Benfica enquanto contributo do setor privado para a implantação da
Convenção sobre os Direitos da Criança.
 International Conference FootbALLabout (Superliga Grega) –
intervenção de Jorge Miranda no painel “Social Responsibility
Programmes in Football. A duty or a need?”
 JobTown - Fifth Transnational Thematic Workshop – marcámos presença enquanto
oradores num evento do programa europeu URBACT dedicado à inovação social e criação
de emprego. O URBACT é um programa europeu de inteligência urbana vocacionada para
a criação de redes temáticas de cidades (Jobtown é uma dessas redes).
 Youth Sports Games – receção da comitiva da organização e análise das possibilidades
de colaboração futuras.
27
f) Protocolos
Em 2014 e apesar da sua extensa rede de parceiros foram celebrados novos protocolos de
colaboração, designadamente com a Football is More Foundation, a Associação EPIS –
Empresários Pela Inclusão Social, o Instituto Português do Desporto e da Juventude, I.P e com o
INR – Instituto Nacional para a Reabilitação, IP.
A lista atualizada de parceiros é a seguinte:
 ACM – Alto Comissariado para as Migrações
 ACNUR - Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados
 Adidas
 Associação EPIS – Empresários Pela Inclusão Social
 Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
 Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE
 Football is More Foundation
 Fundação EDP
 Fundação INATEL
 Fundação Portugal Telecom
 Fundación Profesor Uría
 INR – Instituto Nacional para a Reabilitação, IP
 Instituto Português do Desporto e da Juventude, I.P | Plano Nacional de Ética no
Desporto
 Junta de Freguesia de Marvila
 Município de Ponte de Sor
28
g) Outras Informações

Comprovando a mobilização e envolvimento da sociedade em torno da Missão da
Fundação, o montante total de donativos obtidos atingiu os 68.155€ (2013: 20.653€).

A possibilidade dos contribuintes poderem doar, sem custos, 0,5% do seu IRS à Fundação
Benfica através da indicação do nº de contribuinte da Fundação na sua declaração de IRS
constitui-se como uma fonte de financiamento determinante para a nossa
sustentabilidade. Por outro lado, permite aos cidadãos um envolvimento ativo na
colaboração para com a obra social do Sport Lisboa e Benfica, desenvolvida pela sua
Fundação. Em 2014 o valor atingido foi de 318.300€.
29

Em relação à comunicação da Fundação é evidente o contínuo crescimento da sua
visibilidade, em especial junto dos vários meios de comunicação do Sport Lisboa e Benfica,
até pela sua progressiva capacidade de desenvolvimento de iniciativas e atuação em
novas áreas de intervenção:
o
Presença regular nos noticiários da BTV e em programas específicos,
designadamente “Em Linha” e “Tempo Corrido”;
o
Presença regular no Jornal “O Benfica”;
o
Presença regular na Revista Mística;
o
Crescimento contínuo do Facebook oficial da Fundação Benfica que registou
aproximadamente 77.200 fans no final de 2014 (52.000 em 2013);
o
Publicação de múltiplos artigos e notícias da Fundação no website e Facebook
oficial do Sport Lisboa e Benfica;
o
Publicação de videos da Fundação no canal Youtube do SL Benfica;
o
Campanha nacional relativa à consignação fiscal do IRS de 2013;
30
1.1 – ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA
1.1.1- Demonstração dos Resultados
Os resultados do exercício de 2014 ficam marcados pelo facto da Fundação Benfica registar resultados
líquidos positivos no montante de 38.329€, verificando-se uma diminuição dos Resultados
Operacionais em 54.255€ comparativamente com o período anterior.
RESULTADOS OPERACIONAIS
Valores em euros
87.852
85.883
90.000
80.000
70.000
60.000
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
0
31.628
2012
2013
2014
O resultado operacional registou uma redução de 63%, comparativamente com o exercício anterior,
explicado essencialmente pelo aumento dos gastos operacionais em 57.840€, nomeadamente na
rubrica fornecimentos e serviços externos. Este aumento dos gastos operacionais foi colmatado com
o recebimento dos valores da consignação social de IRS que totalizou 318.300€, representando um
aumento de 78%, comparativamente com o período homólogo.
31
RESULTADOS LÍQUIDOS
Valores em euros
90.253
87.852
100.000
90.000
80.000
70.000
38.329
60.000
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
0
2012
2013
2014
No mesmo sentido do resultado operacional, o resultado líquido deste exercício apresenta um
decréscimo de 58% face ao ano anterior. Este resultado releva o impacto negativo dos resultados
operacionais, parcialmente compensado pelo impacto positivo dos rendimentos financeiros,
conforme se analisa no quadro seguinte:
Valores em euros
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS
2014
Rendimentos operacionais
582.901
579.316
Gastos operacionais
2013
VARIAÇÃO
(em valor)
3.585
VARIAÇÃO
(%)
1%
(551.273)
(493.433)
57.840
12%
Resultados Operacionais
31.628
85.883
(54.255)
(63%)
Rendimentos Financeiros
6.701
4.370
2.331
53%
38.329
90.253
(51.924)
(58%)
Resultado Líquido
Analisando os rendimentos operacionais, verificou-se um acréscimo de 3.585€ face ao exercício
anterior, justificado essencialmente pelo aumento do valor da consignação social do IRS e dos
donativos em 186.231€, tendo este aumento compensado o desvio negativo verificado nos subsídios
recebidos de entidades públicas e privadas no montante de 182.646€.
32
Valores em euros
Rendimentos Operacionais
2014
Vendas e serviços prestados (rendas)
18.555
18.555
152.687
25.000
Subsídios, doações e legados à exploração-sector público
Subsídios, doações e legados à exploração-privados
Outros rendimentos e ganhos
Total
2013
Variação
(em valor)
Variação
(%)
-
-
170.333
(17.646)
(10%)
190.000
(165.000)
(87%)
386.659
200.428
186.231
93%
582.901
579.316
3.585
1%
No gráfico que se segue pode observar-se a repartição dos proveitos relativos ao exercício findo a 31
de Dezembro de 2014:
3%
Vendas e serviços prestados
26%
Subsídios, doações e legados à
exploração-sector público
Subsídios, doações e legados à
exploração-privados
55%
Donativos e outros rendimentos
4%
Consignação social de IRS
12%
Pode-se claramente constatar que a estrutura de rendimentos da Fundação Benfica, no corrente
exercício, esteve assente em 2 grandes pilares geradores de receitas – Consignação social de IRS e
Subsídios, doações e legados à exploração gerados pela valência “Para ti se não faltares”.
Os gastos operacionais, comparativamente com o exercício anterior, registaram um aumento de
57.840€, o que equivale a um acréscimo de 12%, sendo de salientar o aumento da rubrica de
33
Fornecimentos e Serviços Externos e em Outros Gastos e Perdas no montante, respetivamente, de
65.340€ e 5.757€. A variação na rubrica Fornecimentos e Serviços Externos respeita essencialmente
ao aumento dos custos com o equipamento desportivo e com a campanha publicitária da consignação
fiscal.
Valores em euros
Gastos Operacionais
2014
Variação
(em valor)
2013
Variação
(%)
Fornecimentos e Serviços Externos
271.633
206.293
65.340
32%
Gastos com o Pessoal
185.129
203.200
(18.071)
(9%)
Outros Gastos e Perdas
15.211
9.454
5.757
61%
Gastos/reversões de depreciação e amortização
79.300
74.486
4.814
6%
551.273
493.432
57.840
12%
Total
1.1.2- Balanço
PASSIVO
Valores em euros
494.018
500.000
400.000
224.981
300.000
91.977
200.000
100.000
0
2012
2013
2014
Neste exercício continua-se a verificar a tendência de descida do Passivo, correspondendo a uma
diminuição
de
133.004€.
Esta
variação
Fundadores/beneméritos/patroc./doadores
ocorreu
justificado
essencialmente
pelo
pagamento
na
rubrica
remanescente
dos
do
empréstimo ao Sport Lisboa e Benfica.
34
ATIVO
Valores em euros
3.999.366
4.000.000
3.820.582
3.900.000
3.725.907
3.800.000
3.700.000
3.600.000
3.500.000
2012
2013
2014
O valor do ativo da Fundação Benfica ascende a 3,7 milhões de euros, tendo registado uma diminuição
de 94.675€ face ao exercício anterior. O ativo não corrente sofreu uma quebra de 67.330€,
comparativamente com o exercício anterior, provocada, essencialmente, pelas depreciações do
período. Verificou-se, ainda, um decréscimo no ativo corrente no montante de 27.345€ devido,
essencialmente, à redução da rubrica de Clientes e dos Fundadores/beneméritos/patroc./Doadores.
O aumento das outras contas a receber está relacionado com o acréscimo de rendimentos do período,
cuja faturação irá apenas ocorrer no período seguinte. O desvio positivo de caixa e depósitos bancários
reflete o bom desempenho financeiro do período.
Valores em euros
ATIVO
Ativos fixos tangíveis
Ativo não corrente
Clientes, c/c
Saldo a 31
Dez.14
Saldo a 31
Dez.13
Variação Variação
(em valor)
(%)
3.167.653
3.234.983
(67.330)
(2%)
3.167.653
3.234.983
(67.330)
(2%)
95.298
130.054
(34.756)
(27%)
Adiantamentos a fornecedores
979
69
910
1.319%
Estado e outros entes públicos
14.423
13.777
646
5%
-
50.000
(50.000)
(100%)
Outras contas a receber
69.270
37.712
31.558
84%
Diferimentos
10.314
8.092
2.222
27%
367.970
345.895
22.075
6%
558.254
585.599
(27.345)
(5%)
3.725.907
3.820.582
(94.675)
(2%)
Fundadores/beneméritos/patrocinadores/doadores
Caixa e depósitos bancários
Ativo corrente
Total Ativo
35
EVOLUÇÃO DO FUNDO SOCIAL - RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS
Valores em euros
3.633.930
3.640.000
3.620.000
3.600.000
3.580.000
3.560.000
3.540.000
3.520.000
3.500.000
3.480.000
3.460.000
3.440.000
3.595.601
3.505.348
2012
2013
2014
Dando seguimento à tendência dos últimos períodos, o fundo social - reservas e resultados transitados
da Fundação Benfica registou uma melhoria proveniente do Resultado líquido do período no
montante 38.329€.
1.2. FACTOS OCORRIDOS APÓS O TERMO DO PERÍODO
No decorrer dos meses subsequentes a Dezembro de 2014 não se verificou a ocorrência de factos
relevantes na atividade da Fundação Benfica.
36
1.3. PERSPECTIVAS FUTURAS
A Fundação Benfica mantém a sua determinação em torno da prossecução dos objetivos definidos no
seu Plano Estratégico, razão pela qual se consolidam as apostas nos projetos “Para ti Se não faltares!”,
“KidFun – Educação para Valores” e “Benfica Faz Bem”.
Importa ainda manter a trajetória de reforço de presença internacional, seja pela intervenção solidária
em sinergia com a ONU e em Países de Língua Oficial Portuguesa, seja pela representação ativa em
eventos europeus, ao nível do movimento fundacional de grandes clubes e da Comissão Europeia,
seus fundos e programas.
Tendo 2014 sido um ano de crescimento operacional importa atentar em 2015 à consolidação
estrutural da Fundação, à manutenção do crescimento sustentado da sua intervenção no plano
nacional e internacional e à comunicação e reforço da visibilidade externa da Fundação Benfica, em
linha com o Plano Estratégico.
No sentido de concretizar estes objetivos estratégicos é ainda importante salientar a importância da
rede de parceiros atual e a pertinência de procurar permanentemente mais-valias que se possam
adicionar à já extensa rede existente. A sua colaboração em torno dos projetos da Fundação é
essencial para a obtenção dos resultados extremamente favoráveis que temos vindo a registar.
No que diz respeito à sustentabilidade da Fundação é vital a obtenção de um elevado nível de receitas
próprias nas quais se destacam as campanhas de consignação fiscal e a realização de jogos de
solidariedade.
É nossa convicção de que mantendo este rumo estará a Fundação Benfica em condições cada vez mais
sólidas de continuar a desempenhar um papel relevante no domínio da coesão social portuguesa e
contribuir para os seus objetivos de Desenvolvimento.
1.4. Aplicação dos Resultados
O Conselho de Administração da Fundação Benfica reitera a exatidão das demonstrações financeiras
apresentadas e propõe que os resultados apurados no exercício, no montante de 38.329€ sejam
transferidos para resultados transitados.
37
VI ANEXO
Identificação da Entidade
1.1 A Fundação Benfica, instituição sem fins lucrativos, com sede em Av. Eusébio da Silva Ferreira,
Estádio do Sport Lisboa e Benfica, 1500-313 – Lisboa, constituída por escritura pública em 27 de
Janeiro de 2009, Titular do Número de Identificação Único de Pessoa Coletiva 509 259 740.
1.2 A Instituição tem como objeto dar expressão organizada ao dever moral de solidariedade e de
justiça entre as pessoas, dentro do universo Benfiquista e fora dele, valorizar a imagem social do
Benfica, criar um novo elo de ligação à família Benfiquista, promover a valorização pessoal, o
Benfiquismo e o desportivismo e fortalecer as relações entre o Sport Lisboa e Benfica e os países
lusófonos. A Fundação Benfica teve como fundador institucional o Sport Lisboa e Benfica.
1.3 A Fundação Benfica teve como fundador institucional o Sport Lisboa e Benfica. A sede do
instituidor é Av. General Norton de Matos, Estádio do Sport Lisboa e Benfica, 1500-313 – Lisboa.
Referencial Contabilístico de Preparação das Demonstrações Financeiras
2.1 As demonstrações financeiras da Fundação Benfica foram pela primeira vez preparadas de
acordo com a normalização contabilística para as entidades do sector não lucrativo que integra o
Sistema de Normalização Contabilística (SNC-ESNL), conforme disposto no Decreto-Lei nº 36A/2011, de 9 de Março. O SNC-ESNL é composto pelas Bases para a Apresentação de
Demonstrações Financeiras (BADF), Modelos de Demonstrações Financeiras (MDF), Código de
Contas (CC), Norma Contabilística e de Relato Financeiro para Entidades do sector não lucrativo
(NCRF-ESNL) e Normas Interpretativas (NI).
As demonstrações financeiras que incluem o balanço, a demonstração dos resultados por
naturezas, a demonstração das alterações nos fundos patrimoniais, a demonstração dos fluxos
de caixa e o anexo, foram aprovadas pelo Conselho de Administração da Fundação, no dia 6 de
Abril de 2015, são expressas em euros e foram preparadas de acordo com os pressupostos da
continuidade e do regime de acréscimo no qual os itens são reconhecidos como ativos, passivos,
fundos patrimoniais, rendimentos e gastos quando satisfaçam as definições e os critérios de
reconhecimento para esses, em conformidade com as características qualitativas da
compreensibilidade, relevância, materialidade, fiabilidade, representação fidedigna, substância
sobre a forma, neutralidade, prudência, plenitude e comparabilidade.
As políticas contabilísticas apresentadas na nota 3, foram utilizadas nas demonstrações
financeiras para o período findo a 31 de Dezembro de 2014 e na informação financeira
comparativa apresentada nestas demonstrações financeiras para o período findo a 31 de
Dezembro de 2013.
2.2 Não foram feitas derrogações às disposições do SNC-ESNL.
2.3 Não existem contas do balanço e da demonstração dos resultados cujos conteúdos não sejam
comparáveis com os do período anterior.
43
Principais Políticas Contabilísticas
As principais políticas contabilísticas aplicadas na preparação das demonstrações financeiras
apresentam-se como segue:
3.1 Bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras
As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico.
A preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NCRF-ESNL requer que o Conselho
de Administração formule julgamentos, estimativas e pressupostos que afetam a aplicação das
políticas contabilísticas e o valor dos ativos, passivos, rendimentos e gastos. As estimativas e
pressupostos associados são baseados na experiência histórica e noutros fatores considerados
razoáveis de acordo com as circunstâncias e formam a base para os julgamentos sobre os valores
dos ativos e passivos cuja valorização não é evidente através de outras fontes. Os resultados reais
podem diferir das estimativas. As questões que requerem um maior grau de julgamento ou
complexidade, ou para as quais os pressupostos e estimativas são considerados significativos, são
apresentados na Nota 3.3 - Principais estimativas e julgamentos utilizados na elaboração das
demonstrações financeiras.
3.2 Outras políticas contabilísticas relevantes
Ativos fixos tangíveis
Os ativos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição que compreende o seu
preço de compra, incluindo os direitos de importação e os impostos de compra não
reembolsáveis, após dedução dos descontos e abatimentos, quaisquer custos diretamente
atribuíveis para colocar o ativo na localização e condição necessárias, para o mesmo ser capaz de
funcionar da forma pretendida, e a estimativa inicial dos custos de desmantelamento e remoção
do item e de restauração do local no qual este está localizado, deduzido das respetivas
depreciações acumuladas e perdas por imparidade.
Na data da transição para as NCRF-ESNL a Fundação decidiu manter o critério de mensuração pelo
método do custo.
Os gastos subsequentes são reconhecidos como ativos fixos tangíveis apenas se for provável que
deles resultarão benefícios económicos futuros para a Fundação.
Os gastos de assistência diária ou de reparação e manutenção são reconhecidas como gastos à
medida que são incorridos de acordo com o regime de acréscimo.
A Instituição procede a testes de imparidade sempre que eventos ou circunstâncias indiciam que
o valor contabilístico excede o valor recuperável, sendo a diferença, caso exista, reconhecida em
44
resultados. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu justo valor menos
os gastos de vender e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor atual dos fluxos
de caixa futuros estimados que se esperam vir a obter do uso continuado do ativo e da sua
alienação no fim da sua vida útil.
As depreciações dos ativos fixos tangíveis são calculadas segundo o método da linha reta, após a
dedução do seu valor residual, de acordo com os seguintes períodos de vida útil esperada dos
bens:
Edifícios
Equipamento de transporte
Equipamento administrativo
Outros ativos fixos tangíveis
Número de
anos
15
4
3a8
3a7
As vidas úteis, método de depreciação e valor residual dos bens são revistos anualmente. O efeito
das alterações a estas estimativas é reconhecido na demonstração dos resultados
prospectivamente.
Os ganhos ou perdas provenientes do abate ou alienação são determinados pela diferença entre
o recebimento e a quantia escriturada do ativo, sendo reconhecidos como rendimentos ou gastos
no período.
Ativos intangíveis
A Fundação reconhece um ativo intangível sempre que o mesmo for identificável, exercer o
controlo sobre o mesmo, seja provável que fluam benefícios económicos futuros para a Fundação
e o seu custo possa ser fiavelmente mensurado.
Aquisição e desenvolvimento de Software:
Os gastos incorridos com a aquisição de software são capitalizados, assim como as despesas
adicionais suportadas pela Fundação necessárias à sua implementação. Estes custos são
amortizados pelo método da linha reta ao longo da sua vida útil esperada.
Os gastos com a manutenção de programas informáticos são reconhecidos como gastos do
período em que são incorridos.
As vidas úteis esperadas dos bens são as seguintes:
45
Software
Número de
anos
3
Benefícios aos empregados
Os benefícios de curto prazo dos empregados incluem vencimentos, subsídio de alimentação,
subsídios de exercício de funções, subsídios de isenção de horário, subsídio de férias, subsídio de
Natal, bolsas de estágio, indemnizações de cessação de contrato.
As obrigações decorrentes dos benefícios de curto prazo são reconhecidas como gastos no
período em que os serviços são prestados, numa base não descontada por contrapartida do
reconhecimento de um passivo que se extingue com o pagamento respetivo.
De acordo com a legislação laboral aplicável, o direito a férias e subsídios de férias relativo ao
período, por este não coincidir com o ano civil, vence-se em 31 de Dezembro de cada ano, sendo
somente pago durante o período seguinte, pelo que os gastos correspondentes encontram-se
reconhecidos como benefícios de curto prazo e tratados de acordo com o anteriormente referido.
Contas a receber
As contas a receber são inicialmente reconhecidas ao seu justo valor, sendo subsequentemente
valorizadas ao custo ou custo amortizado, utilizando o método da taxa de juro efetiva, sendo
apresentadas em balanço deduzidas das perdas por imparidade que lhe estejam associadas.
As perdas por imparidade são registadas com base na avaliação regular da existência de evidência
objetiva de imparidade associada aos créditos de cobrança duvidosa na data do balanço. As perdas
por imparidade identificadas são registadas por contrapartida de resultados, sendo
subsequentemente revertidas por resultados caso se verifique uma redução do montante da
perda estimada, num período posterior.
Caixa e equivalentes de caixa
A caixa e seus equivalentes englobam o dinheiro em caixa e em depósitos à ordem e investimentos
financeiros a curto prazo, altamente líquidos que sejam prontamente convertíveis para quantias
conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante de alterações de valor.
Subsídios e outros apoios do Governo
Um subsídio e outros apoios do Governo não são reconhecidos, até que haja segurança razoável
de que a Instituição cumprirá as condições a ele associadas, e que o subsídio será recebido.
46
Os subsídios e outros apoios do Governo reembolsáveis são contabilizados como Passivos.
Um subsídio e outros apoios do Governo que se tornem recebíveis como compensação por gastos
ou perdas já incorridos ou para a finalidade de dar suporte financeiro imediato à Instituição sem
qualquer futuro custo relacionado são reconhecidos como rendimento do período em que se
tornar recebível.
Os subsídios que são concedidos para assegurar uma rentabilidade mínima ou compensar deficits
de exploração de um dado exercício imputam-se como rendimentos desse exercício, salvo se se
destinarem a financiar deficits de exploração de exercícios futuros, caso em que se imputam aos
referidos exercícios. Estes subsídios são apresentados separadamente como tal na demonstração
dos resultados.
Provisões
São reconhecidas provisões quando:
A Instituição tem uma obrigação presente, legal ou construtiva como resultado de um
acontecimento passado;
- É provável que um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos será
necessário para liquidar a obrigação; e,
- É possível efetuar uma estimativa fiável do valor dessa obrigação.
Numa base anual, as provisões são sujeitas a uma revisão, de acordo com a estimativa das
respetivas responsabilidades futuras. A atualização financeira da provisão, com referência ao final
de cada período, é reconhecida como um gasto financeiro.
Ativos e passivos contingentes
A Instituição não reconhece ativos e passivos contingentes.
Os passivos contingentes são divulgados, a menos que seja remota a possibilidade de um exfluxo
de recursos que incorporem benefícios económicos. Os ativos são divulgados, quando for provável
um influxo de benefícios económicos.
Os ativos e passivos contingentes são avaliados continuadamente para assegurar que os
desenvolvimentos estão apropriadamente refletidos nas demonstrações financeiras.
Se se tornar provável que um exfluxo de benefícios económicos futuros será exigido para um item
previamente tratado como um passivo contingente, é reconhecida uma provisão nas
demonstrações financeiras do período em que a alteração da probabilidade ocorra.
47
Se se tornar virtualmente certo que ocorrerá um influxo de benefícios económicos, o ativo e o
rendimento relacionado são reconhecidos nas demonstrações financeiras do período em que a
alteração ocorra.
Os passivos contingentes de carácter ambiental não são reconhecidos no balanço. Se existir uma
possibilidade, menos que provável, de que um dano ambiental deva ser reparado no futuro, mas
essa obrigação esteja ainda dependente da ocorrência de um acontecimento incerto, a Fundação
divulga o respetivo passivo contingente.
Instrumentos financeiros
A Fundação reconhece um ativo financeiro, um passivo financeiro ou um instrumento de capital
próprio apenas quando se torna uma parte das disposições contratuais do instrumento.
Um instrumento financeiro é classificado como um passivo financeiro quando existe uma
obrigação contratual por parte do emissor de liquidar capital e/ou juros, mediante a entrega de
dinheiro ou de outro ativo financeiro, independentemente da sua forma legal.
A Fundação mensura os seus ativos e passivos financeiros em cada data de relato ao custo ou
custo amortizado menos qualquer perda por imparidade ou ao justo valor com as alterações de
justo valor a ser reconhecidas na demonstração de resultados.
Reconhecimento de gastos e rendimentos
Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem independentemente do seu
pagamento ou recebimento, de acordo com o regime de acréscimo. As diferenças entre os
montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas são registadas nas rubricas
de Outros ativos ou passivos conforme sejam valores a receber ou a pagar.
Rédito
O rédito é mensurado pelo justo valor da retribuição recebida ou a receber.
O rédito associado com uma prestação de serviços é reconhecido com referência à fase de
acabamento da transação à data do balanço quando o desfecho de uma transação possa ser
fiavelmente estimado. O desfecho de uma transação pode ser fiavelmente estimado quando todas
as condições seguintes forem satisfeitas:
- A quantia de rédito possa ser fiavelmente mensurada;
- Seja provável que os benefícios económicos associados à transação fluam para a Instituição;
- A fase de acabamento da transação à data do balanço possa ser fiavelmente mensurada; e
- Os gastos incorridos com a transação e os gastos para concluir a transação possam ser
fiavelmente mensurados.
O rédito compreende os montantes faturados na venda de produtos ou prestações de serviços
líquidos de impostos sobre o valor acrescentado, abatimentos e descontos. Quando o influxo de
48
dinheiro ou equivalentes de dinheiro for diferido, o justo valor da retribuição pode ser menor que
a quantia nominal. Esta diferença é reconhecida como rédito de juros.
A Fundação Benfica reconhece as receitas obtidas com as rendas, subsídios, doações e legados à
exploração como proveitos no período a que estes se reportam.
As doações e legados à exploração são reconhecidos no momento em que os benefícios
económicos fluírem para a Fundação, tendo geralmente uma base de caixa, exceto para os
donativos protocolados, ou plurianuais, que são reconhecidos de acordo com os referidos
protocolos.
Gastos/Rendimentos de financiamentos
Os gastos/rendimentos de financiamentos incluem os juros pagos pelos empréstimos obtidos, os
juros recebidos de aplicações efetuadas e rendimentos e gastos similares obtidos e suportados.
Imposto sobre o rendimento
O tratamento contabilístico dos impostos sobre o rendimento é, salvo disposição específica, o
método do imposto a pagar. Para as finalidades deste capítulo, o termo “impostos sobre o
rendimento” inclui todos os impostos baseados em lucros tributáveis incluindo as tributações
autónomas, que sejam devidos em qualquer jurisdição fiscal.
Os impostos correntes para períodos correntes e anteriores devem, na medida em que não
estejam pagos, ser reconhecidos como passivos. Se a quantia já paga com respeito a períodos
correntes e anteriores exceder a quantia devida para esses períodos, o excesso deve ser
reconhecido como um ativo.
Os passivos (ativos) por impostos correntes dos períodos correntes e anteriores devem ser
mensurados pela quantia que se espera que seja paga (recuperada de) às autoridades fiscais,
usando as taxas fiscais (e leis fiscais) aprovadas à data do balanço.
A contabilização dos efeitos de impostos correntes de uma transação ou de outro acontecimento
é consistente com a contabilização da transação ou do próprio acontecimento. Assim,
relativamente, a transações e outros acontecimentos reconhecidos nos resultados, qualquer
efeito fiscal relacionado também é reconhecido nos resultados.
No que diz respeito a transações e outros acontecimentos reconhecidos diretamente no Fundo
patrimonial, qualquer efeito fiscal relacionado também é reconhecido diretamente no Fundo
patrimonial, caso em que o imposto corrente deve ser debitado ou creditado diretamente nessa
rubrica.
Em conformidade com o estabelecido no parágrafo 16.6 da NCRF-ESNL, a Fundação procede à
compensação dos ativos e passivos por impostos diferidos sempre que a Empresa:
49
- Tiver um direito legalmente executável para compensar quantias reconhecidas; e
- Pretender liquidar numa base líquida, ou realizar o ativo e liquidar simultaneamente o
passivo.
A Fundação beneficia de isenção prevista no nº 2 do artigo 10º do CIRC (Código do Imposto sobre
o Rendimento das Pessoas Coletivas).
Neste contexto a Fundação é um sujeito passivo que não exerce a título principal uma atividade
comercial, industrial ou agrícola.
Beneficiando de isenção de IRC, a Fundação não regista qualquer valor ativo/passivo, bem como
gasto/rendimento a título de impostos diferidos.
Acontecimentos após a data de balanço
As demonstrações financeiras apresentadas refletem os eventos subsequentes ocorridos até 6 de
Abril de 2015, data em que foram aprovadas pelo Órgão de Gestão conforme referido na Nota
2.1.
Os eventos ocorridos após a data do balanço sobre condições que existiam à data do balanço são
considerados na preparação das demonstrações financeiras.
Os acontecimentos materiais após a data do balanço que não dão lugar a ajustamentos são
divulgados na Nota 27.
Imparidade
Em cada data de balanço é efetuada uma avaliação da existência de evidência objetiva de
imparidade, nomeadamente da qual resulte um impacto adverso nos fluxos de caixa futuros
estimados do ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros e sempre que possa ser medido de
forma fiável.
Para os ativos financeiros que apresentam indicadores de imparidade, é determinado o respetivo
valor recuperável, sendo as perdas por imparidade registadas por contrapartida de resultados.
Um ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, encontra-se em imparidade sempre que exista
evidência objetiva de perda de valor resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu
reconhecimento inicial.
3.3 Principais estimativas e julgamentos
As NCRF-ESNL requerem que sejam efetuadas estimativas e julgamentos no âmbito da tomada de
decisão sobre alguns tratamentos contabilísticos com impactos nos valores reportados no total
do ativo, passivo, capital próprio, gastos e rendimentos. Os efeitos reais podem diferir das
estimativas e julgamentos efetuados, nomeadamente no que se refere ao efeito dos gastos e
rendimentos reais.
50
As principais estimativas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos são
discutidos nesta nota com o objetivo de melhorar o entendimento de como a sua aplicação afeta
os resultados reportados pela Instituição e a sua divulgação. Uma descrição detalhada das
principais políticas contabilísticas utilizadas pela Fundação é apresentada na Nota 3.2 do Anexo.
Considerando que em muitas situações existem alternativas ao tratamento contabilístico adotado
pela Fundação, os resultados reportados poderiam ser diferentes caso um tratamento diferente
tivesse sido escolhido. O Conselho de Administração considera que as escolhas efetuadas são
apropriadas e que as demonstrações financeiras apresentam de forma adequada a posição
financeira da Fundação e o resultado das suas operações em todos os aspetos materialmente
relevantes. Os resultados das alternativas analisadas de seguida são apresentados apenas para
assistir o leitor no entendimento das demonstrações financeiras e não têm intenção de sugerir
que outras alternativas são mais apropriadas.
Provisões
A avaliação das estimativas para fazer face à constituição de provisões resulta da melhor
informação disponível à data de elaboração e aprovação das demonstrações financeiras. As
alterações destas estimativas podem implicar a determinação de diferentes níveis de montantes
a provisionar e consequentemente diferentes impactos em resultados.
Vida útil dos ativos intangíveis, ativos fixos tangíveis
A vida útil de um ativo é o período durante o qual se espera que esse ativo esteja para uso,
devendo ser revista pelo menos no final de cada ano financeiro. Caso as estimativas difiram das
anteriores, a alteração deve ter somente efeitos no futuro, alterando-se as quotas de depreciação
ou amortização por forma a que o ativo seja integral e linearmente depreciado até ao fim da sua
vida útil.
Recuperabilidade de saldos devedores de clientes e outros devedores
As perdas por imparidade relativas a saldos devedores de clientes e outros devedores são
baseadas na avaliação efetuada pela Instituição da probabilidade de recuperação dos saldos das
contas a receber, antiguidade de saldos, anulação de dívidas e outros fatores. Existem
determinadas circunstâncias e factos que podem alterar a estimativa das perdas por imparidade
dos saldos das contas a receber face aos pressupostos considerados, incluindo alterações da
conjuntura económica, das tendências sectoriais, da deterioração da situação creditícia dos
principais clientes e de incumprimentos significativos. Este processo de avaliação está sujeito a
diversas estimativas e julgamentos. As alterações destas estimativas podem implicar a
determinação de diferentes níveis de imparidade e, consequentemente, diferentes impactos nos
resultados.
51
3.4. Gestão de riscos financeiros
O grupo está sujeito a vários riscos financeiros. Para isso a Instituição desenvolveu um programa
de gestão dos riscos financeiros, com o objetivo de minimizar os efeitos adversos nos resultados
da Fundação. Os riscos financeiros são identificados pela tesouraria e pelas unidades operacionais,
cabendo à tesouraria a realização das necessárias coberturas de risco, de acordo com as diretrizes
traçadas pela Administração.
i)
Risco cambial – A Instituição não está exposta a este risco na medida em que
efetua operações estrangeiras e transações comerciais futuras.
ii)
Risco de preço – a Instituição não está exposta ao risco de preço das matériasprimas.
iii)
Risco de crédito – a Fundação não tem concentração significativa de risco de
crédito. As políticas em vigor asseguram que as prestações de serviço sejam
efetuadas para clientes com um adequado historial de crédito.
iv)
Risco de liquidez – a gestão prudente do risco de liquidez implica a
manutenção das disponibilidades necessárias e a disponibilidade de fundos
através de facilidades de crédito negociadas.
3.5 Principais fontes de incertezas das estimativas
As principais fontes de incertezas encontram-se detalhadas na Nota 3.3.
4 - Fluxos de caixa
A Demonstração dos Fluxos de Caixa é preparada segundo o método direto, através do qual são
divulgados os recebimentos e pagamentos de caixa brutos em atividades operacionais, de
investimento e de financiamento.
4.2 A rubrica de caixa e depósitos bancários é constituída pelos seguintes saldos:
Numerário
Caixa
Depósitos bancários
Depósitos à ordem Novo Banco
Depósitos à ordem Montepio
Depósitos a prazo Montepio
31.12.14
31.12.13
116
942
6.850
61.004
300.000
367.970
7.876
37.077
300.000
345.895
52
5-Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros
Não foram detetados erros nas correspondentes rubricas do período findo a 31 de Dezembro de
2014, de acordo com o ponto 4 da NCRF-ESNL, pelo que o comparativo respeita a característica
qualitativa de comparabilidade.
6-Ativos fixos tangíveis
Esta rubrica é analisada como segue:
Valor bruto
Terreno
Edifícios e outras construções
Equipamento de transporte
Equipamento administrativo
Outros ativos fixos tangíveis
Ativos fixos tangíveis em curso
Depreciação acumulada e imparidade
Edifícios e outras construções
Equipamento de transporte
Equipamento administrativo
Outros ativos fixos tangíveis
Valor líquido contabilístico
Terreno
Edifícios e outras construções
Equipamento de transporte
Equipamento administrativo
Outros ativos fixos tangíveis
Ativos fixos tangíveis em curso
31.12.14
31.12.13
2.390.000
1.010.000
14.500
7.289
35.336
3.457.125
2.390.000
1.010.000
14.500
7.289
891
22.475
3.445.155
(270.747)
(6.948)
(3.922)
(7.855)
(289.472)
(203.482)
(3.323)
(2.476)
(891)
(210.172)
2.390.000
739.253
7.552
3.367
27.481
-
2.390.000
806.518
11.177
4.813
22.475
3.167.653
3.234.983
Os movimentos na rubrica de ativos fixos tangíveis durante o período findo a 31 de Dezembro de
2014 são analisados como segue:
53
Saldo inicial
Revalorizações /
Imparidades
Adições
Ativos
classificados
como detidos
para venda
Alienações
Outras
alterações
Saldo final
Valor bruto:
Terreno – R. Regedor
2.390.000
-
-
-
-
-
2.390.000
Edifício – R. Regedor
1.010.000
-
-
-
-
-
1.010.000
Equipamento de transporte
14.500
-
-
-
-
-
14.500
Equipamento administrativo
7.289
-
-
-
-
-
7.289
Outros ativos fixos tangíveis
891
1.893
-
-
-
32.552
35.336
22.475
10.077
-
-
-
(32.552)
-
3.445.155
11.970
-
-
-
-
3.457.125
(203.482)
(67.265)
-
-
-
-
(270.747)
Equipamento de transporte
(3.323)
(3.625)
-
-
-
-
(6.948)
Equipamento administrativo
(2.476)
(1.446)
-
-
-
-
(3.922)
Outros ativos fixos tangíveis
(891)
(6.964)
-
-
-
-
(7.855)
(210.172)
(79.300)
-
-
-
-
(289.472)
Ativos fixos tangíveis em curso
Depreciação acumulada e imparidade:
Edifício – R. Regedor
Total
3.234.983
3.167.653
Não existem garantias associadas aos ativos fixos tangíveis.
7-Clientes
A rubrica de Clientes é analisada como segue:
Clientes – corrente
Clientes e utentes c/c
Operações correntes
Imparidade créditos cobrança duvidosa
Valor líquido contabilístico
31.12.14
31.12.13
95.298
95.298
130.054
130.054
A antiguidade dos saldos de clientes apresenta-se como segue:
54
Descrição
Não
vencidos
Entre 90 e 180
dias
Até 90 dias
Entre 180 e
360 dias
Mais de
360 dias
Total
Clientes gerais:
Município da Amadora
Município de Ponte de Sor
Doneria Restauração Unipessoal, Lda
Pereira Campos e Ramos, Lda
-
-
20.000
109
-
-
75.000
189
75.000
20.000
109
189
-
-
20.109
-
75.189
95.298
8-Adiantamentos a fornecedores
A rubrica de adiantamentos a fornecedores é analisada como segue:
31.12.14
31.12.13
979
979
69
69
Adiantamentos a Fornecedores – corrente
Adiantamentos a Fornecedores c/c
Operações correntes
Valor líquido contabilístico
A antiguidade dos saldos de adiantamentos a fornecedores apresenta-se como segue:
Descrição
Não
vencidos
Até 90
dias
Entre 90 e
180 dias
Entre 180 e
360 dias
Mais de
360 dias
Total
Adiantamentos a fornecedores:
Agrupamento de Escolas Pero Vaz de Caminha
-
649
-
-
-
649
TVI – Televisão Independente SA
-
-
272
-
-
272
Epal – Empresa Portuguesa de Águas Livres, SA
-
-
43
-
-
43
Via Verde-Gestão Sist. Electr Cobrança, SA
-
15
-
-
-
15
-
664
315
-
-
979
9-Estado e outros entes públicos
A rubrica de Estado e outros entes públicos é analisada como segue:
55
Ativo
31.12.14
31.12.13
6.377
8.046
14.423
5.731
8.046
13.777
31.12.14
31.12.13
3.378
3.402
6.780
3.238
3.251
6.489
IRC-Retenções na Fonte
IVA a recuperar
Passivo
Retenções na fonte IRS
Segurança Social
10-Fundadores/beneméritos/patrocinadores/doadores
O detalhe desta rubrica é analisado como segue:
Descrição
Ativo corrente – Protocolos
Fundação EDP
31.12.14
31.12.13
-
50.000
50.000
-
150.134
150.134
Passivo corrente – Fundador
Sport Lisboa e Benfica
11-Outras contas a receber
A rubrica de Outras contas a receber é analisada como segue:
Outras contas a receber – corrente
Outros devedores
Reclamações impostas à Seg. Social
Acréscimos de rendimentos:
Protocolos - Acidi
Protocolo – CLP Manteigadas
Donativos
Subsídios IEFP
Rendas
Valor líquido contabilístico
31.12.14
31.12.13
14.697
3.528
29.472
20.000
5.101
69.270
29.472
3.500
960
252
37.712
56
12-Diferimentos
A rubrica de Diferimentos é analisada como segue:
Ativo
Gastos a reconhecer – corrente
Seguros
Material doado
Ofertas a utentes
Passivo
Rendimentos a reconhecer – corrente
Protocolos – Ponte de Sor
31.12.14
31.12.13
2.859
4.867
2.588
10.314
1.931
6.161
8.092
4.000
4.000
4.000
4.000
13-Outras Reservas de Reavaliação
Nesta rubrica encontra-se registado a diferença apurada da reavaliação entre o montante
antes da avaliação do imóvel (localizado Rua Portas de Santo Antão, 53 a 65, Rua Jardim do Regedor,
1 a 11 e Travessa do Forno, 23 a 25, na freguesia de Santa Justa, concelho de Lisboa) e o valor de
mercado para efeitos de reavaliação, realizada em Dezembro de 2010 por uma entidade
independente (“Aguirre Newman”). O detalhe e movimentação desta rubrica é analisada como segue:
31.12.13
Aumentos Diminuições
31.12.14
Outras Reservas de Reavaliação
Terreno
2.390.000
-
-
2.390.000
Edifício
764.611
-
-
764.611
3.154.611
-
-
3.154.611
57
14-Outras variações nos fundos patrimoniais
Nesta rubrica encontra-se registado o valor atribuído à doação do imóvel a título gratuito pelo Sport
Lisboa e Benfica (Fundador Institucional).
15-Resultados transitados
A variação dos resultados transitados diz respeito à incorporação do resultado líquido do exercício
anterior no montante de 90.253 euros.
31.12.14
Saldo a 01 de Janeiro
Resultado líquido do exercício anterior
31.12.13
161.428
73.576
90.253
87.852
251.681
161.428
16-Fornecedores
A rubrica de Fornecedores é analisada como segue:
31.12.14
31.12.13
24.922
26.484
3.101
98
920
1.494
28.943
28.076
Fornecedores - corrente
Fornecedores c/c
Fornecedores – Entidade Instituidora
Fornecedores – Entidades relacionadas
Os saldos da rubrica de fornecedores detalha-se da seguinte forma:
58
31.12.14
9.120
9.018
3.101
2.264
984
920
867
540
2.129
28.943
Barraqueiro Transportes, SA
Making Sport – Actividades desportivas
Sport Lisboa e Benfica
Companhia de seguros Fidelidade Mundial
Aguirre Newman Portugal - Consultoria
Clínica do SLB, Lda
Digital Decor, Lda
Edurumos, Educação
Tasayu Tasnaphun
Lightkeeper Media LTD
Repsol Portuguesa, SA
Sport Lisboa e Benfica – Futebol SAD
Outros
Total
31.12.13
1.909
9.018
98
1.652
640
320
660
5.328
5.000
1.000
854
1.597
28.076
17-Outras contas a pagar
A rubrica de outras contas a pagar é analisada como segue:
Outras contas a pagar – corrente
Outros
Pessoal
Outros credores
Outros credores – empresas relacionadas
Credores por acréscimos de gastos
Remunerações a liquidar
IMI
Honorários
Ofertas de material
Comunicação
Seguros
Outros
31.12.14
31.12.13
119
3.356
5.218
1.591
904
753
24.052
8.862
6.650
1.403
585
567
1.442
52.254
24.541
5.213
3.280
36.282
59
18-Vendas e serviços prestados
As vendas e serviços prestados analisam-se da seguinte forma:
Prestações de serviços
Rendas
31.12.14
31.12.13
18.555
18.555
18.555
18.555
19-Subsídios, doações e legados à exploração
Durante o período foram reconhecidos em rendimentos os seguintes subsídios à exploração:
Subsídios, doações e legados à exploração
Estado e outros entes públicos
Empresas privadas
31.12.14
31.12.13
152.687
25.000
177.687
170.333
190.000
360.333
Os valores relativos aos subsídios recebidos do Estado dizem respeito aos protocolos assinados
com o Município de Ponte de Sor, Junta de freguesia de Marvila relativo ao projeto “Para ti se não
Faltares” e ainda ao projeto “Escolhas” em parceria com a ACIDI. Encontra-se ainda nesta rubrica
os valores recebidos do Instituto de Emprego e Formação Profissional relativo a subsídios de apoio
a estagiários.
Os montantes registados como subsídios recebidos de empresas privadas dizem respeito aos
protocolos celebrados com a Fundação EDP.
20-Fornecimentos e serviços externos
A rubrica de Fornecimentos e serviços externos é analisada como segue:
60
31.12.14
31.12.13
Protocolos
69.542
23.052
Honorários
63.540
62.157
Publicidade e Propaganda
40.369
38.924
Deslocações e estadas
23.779
19.934
Trabalhos especializados
22.290
25.318
Comunicação
9.089
6.053
Artigos para oferta
8.603
7.998
Energia e fluidos
3.943
2.391
Seguros
3.825
5.370
Rendas e alugueres
2.449
311
Limpeza, higiene e conforto
1.753
466
Ferramentas e utensílios
1.552
179
Contencioso e notariado
1.339
2.960
Material de escritório
1.141
924
197
4.728
18.222
5.528
271.633
206.293
Custos Gerais com as atividades
Outros Serviços
O aumento da rubrica de “Protocolos” é explicado essencialmente pela cooperação com a marca
Adidas que fornece para os jovens equipamentos completos “Fundação Benfica”.
21-Gastos com pessoal
A rubrica de Gastos com pessoal é analisada como segue:
Remuneração do pessoal
Remunerações
Encargos sobre remunerações
Seguros de acidentes de trabalho
Outros custos
31.12.14
31.12.13
152.541
28.660
1.348
2.580
185.129
157.623
31.983
1.973
11.621
203.200
O número médio de pessoas ao serviço da Fundação em 2014 foi de 6 (2013: 7). O número de
colaboradores de acordo com a natureza do vínculo jurídico é apresentado no quadro seguinte:
Com contrato de trabalhos sem termo
Com contrato de trabalhos a termo
Bolseiros
Total
2014
2013
1
5
6
1
5
1
7
61
22-Outros rendimentos e ganhos
A rubrica de Outros rendimentos e ganhos é analisada como segue:
Outros rendimentos
Consignação IRS
Donativos
Outros
31.12.14
31.12.13
318.300
68.155
204
386.659
178.528
20.653
1.247
200.428
Os donativos recebidos estão relacionados com o projeto “Para ti se não faltares!”.
A rubrica “Consignação IRS” refere-se aos montantes recebidos dos contribuintes que doaram,
sem custos, 0,5% do seu IRS à Fundação Benfica.
23-Outros gastos e perdas
A rubrica de Outros gastos e perdas é analisada como segue:
(valores em euros)
IMI
Quotizações
Despesas Bancárias
Taxas
Imposto rodoviário
Outros
Benefícios processados
31.12.14
12.510
750
699
634
587
31
15.211
31.12.13
4.515
750
847
633
261
848
1.600
9.454
24-Gastos/reversões de depreciação e de amortização
A rubrica de Gastos/reversões de depreciação e de amortização é analisada como segue:
62
Depreciações Ativos tangíveis
Edifícios e outras construções
Equipamento de transporte
Equipamento administrativo
Outros ativos fixos tangíveis
Amortizações Ativos intangíveis
Software
31.12.14
31.12.13
67.266
3.625
1.446
6.963
67.266
3.323
996
-
79.300
2.901
74.486
25-Juros e rendimentos similares obtidos
A rubrica de juros e rendimentos similares obtidos é analisada como segue:
Juros obtidos
Aplicações financeiras bancárias
31.12.14
31.12.13
6.701
6.701
4.370
4.370
26-Divulgações de partes relacionadas
Os saldos e transações entre partes relacionadas apresentam-se como segue:
Saldos
-
Fornecedores (Nota 16)
Clinica do
SLB
Benfica
Estádio
SLB-SAD
-
SLB
(920)
Agregado
(3.101)
(4.021)
Outras contas a pagar (Nota 17)
(4.678)
(540)
-
-
(5.218)
Totais
(4.678)
(540)
(920)
(3.101)
(9.239)
27- Acontecimentos após a data de balanço
Após a data de balanço não ocorreram acontecimentos que originassem ajustamentos nas
demonstrações financeiras da Fundação.
63
VIII RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL
65
IX CERTIFICAÇÃO DAS CONTAS
66
67

Documentos relacionados

Artigo do blog fcp-a-mentira-desportiva

Artigo do blog fcp-a-mentira-desportiva Durante muitos anos foi o Benfica a única das grandes instituições do país onde o poder era escolhido através de voto livre e democrático. Nem o Jornal do clube escapou à perseguição, sobretudo qu...

Leia mais