Consulte aqui o Relatório e Contas de 2014 da Fundação Benfica
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ÍNDICE 02Órgãos Sociais da Fundação 03Nota do Conselho de Administração 04Relatório de Gestão 39Balanço 40Demonstração dos Resultados por naturezas 41Demonstração das Alterações nos Fundos Patrimoniais 42Demonstração dos Fluxos de Caixa 43Anexo 65Relatório e Parecer do Conselho Fiscal 66Certificação das Contas 1 COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS SOCIAIS Conselho de Administração Presidente: Luís Filipe Ferreira Vieira Presidente Executivo: Carlos Moia Nunes da Silva Vice-Presidente: Rui Manuel Frazão Henriques da Cunha Tesoureira: Maria Teresa Rodrigues Claudino Secretário: Gonçalo Taborda Azevedo Vogal: João Carlos Simões do Paço Vogal: José Manuel da Silva Appleton Conselho Fiscal Presidente: Rui António Gomes do Nascimento Barreira Vogal: Rui Carlos Pereira Vogal: Gualter das Neves Godinho 2 Nota do Conselho de Administração O Conselho de Administração da Fundação Benfica apresenta o Relatório e Contas da atividade exercida em 2014. O contexto de escassez de recursos no país já apresentado no ano anterior permaneceu em 2014, no entanto a Fundação Benfica manteve a sua estratégia de crescimento aliado a uma gestão de risco cautelosa, designadamente ao nível de previsão de receitas. Conseguiu-se assim manter o ritmo de crescimento sustentado da Fundação, em resultado duma gestão rigorosa, de um aumento da realização de receitas próprias e da consolidação de uma sólida rede de parcerias. De destacar pela sua influência ao nível das receitas a consignação fiscal de 0,5% do IRS, que garantiu este ano € 318.300 euros, confirmando a expectativa que existia no ano transato que os valores angariados poderiam ser, de facto, reforçados com base na forte campanha de comunicação realizada. Este contexto assegurou à Fundação um ano de crescimento visível das suas operações, dos seus impactos na sociedade portuguesa e da visibilidade daí decorrente. Desse modo, não só foi possível manter os níveis de execução do projeto de intervenção no 2º, 3º Ciclo “Para ti Se não faltares!”, como foi possível lançar e desenvolver o projeto de prevenção no 1º Ciclo “Kidfun – Educação para Valores”, ambos numa escala nacional. Foi ainda possível aumentar a escala de outros projetos e, designadamente o “Benfica Faz Bem”, a intervenção na área do Futebol Adaptado em articulação como o INR (Instituto Nacional para a Reabilitação), o apoio aos Projetos Escolhas a nível nacional via protocolo com o ACM - Alto Comissariado para as Migrações, entre outros que não cabe elencar na íntegra nesta nota. É ainda de relevar o aumento da visibilidade nacional e internacional bem como o reconhecimento como benchmark da Fundação Benfica no meio do movimento fundacional do Futebol Europeu. Em 2014 a Fundação cresceu e consolidou a sua ação contribuindo objetivamente para o desenvolvimento social do país como é seu propósito e Missão. É por isso que agradecemos sinceramente aos cidadãos contribuintes que nos honram com a sua confiança e nos apoiam com a consignação de 0,5% do seu IRS, dado que aí reside um importante pilar financeiro de todo este caminho. Endereçamos, ainda, uma palavra de agradecimento e de sincero reconhecimento a todos os que colaboram com a Fundação e que contribuem decisivamente para os resultados que temos vindo 3 1- Relatório de Gestão Constituída em 27 de Janeiro de 2009, em cumprimento de deliberação do Fundador e Instituidor, o Sport Lisboa e Benfica, a Fundação Benfica, Instituição Particular de Solidariedade Social, foi reconhecida como Pessoa Coletiva de Utilidade Pública em 14/01/2010 através do Despacho da Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social e registada oficialmente na Segurança Social em 18/01/2010. A Fundação visa a conceção, planificação e implementação de diversos projetos integrados no sentido de contribuir para a qualidade de vida do ser humano, em particular de crianças e jovens em situação de risco, promovendo o desporto inclusivo. No seio do Grupo Benfica é a entidade que tem a missão da Responsabilidade Social e intervém prioritariamente junto de Crianças e Jovens, mas também contempla projetos e ações com Famílias, Idosos, Cidadãos portadores de deficiência e pessoas em situações de diminuição de meios de subsistência ou de capacidade para o trabalho. O desenvolvimento pessoal e social das crianças e jovens em risco e/ou situação de exclusão é a nossa prioridade e pretendemos constituirmos cada vez mais como uma instituição de referência na área da inovação e responsabilidade social europeia, em particular no segmento sociodesportivo. Contando com uma equipa multidisciplinar de 6 técnicos sociais em 2014, a Fundação manteve os seus níveis de execução no seu projeto de referência “Para ti Se não faltares!” com o desenvolvimento de 4 projetos a nível nacional, lançou o projeto “KidFun – Educação para Valores” conseguindo já uma ampla adesão de escolas e respetivos alunos e, finalmente, têm-se multiplicado várias iniciativas no âmbito do “Benfica Faz Bem” e de outros pequenos projetos, entre os quais destacamos a constituição de uma equipa de Futebol Adaptado da Fundação, bem como a colaboração desenvolvida em torno da Comitiva Nacional de Futebol de Rua. O ano de 2014 foi, desta forma, extremamente importante na prossecução dos objetivos definidos pela Fundação em torno da utilização do conceito de Desporto Inclusivo nas atividades da Fundação, as quais são detalhadas no presente Relatório e Contas relativo ao exercício de 2014, entre 01 de Janeiro de 2014 e 31 de Dezembro de 2014. 5 Envolvemos, este ano, um total de 7.230 beneficiários diretos nas atividades da Fundação que passamos a descrever: a) Projetos Para ti Se não faltares! – através deste projeto que tem sido reconhecido regularmente como uma boa prática no domínio da inclusão pelo desporto a Fundação Benfica continua a promover a capacitação e o combate ao absentismo, abandono e insucesso escolar de crianças e jovens em risco. O projeto implementa-se através da dinamização de atividades desportivas utilizando o conceito de desporto inclusivo, bem como atividades lúdicopedagógicas, numa lógica de projeto, que desenvolvem conceitos e competências básicas em matéria de Português, Matemática e TIC. O presente relatório compreende o 2º e 3º período do ano letivo de 2013-2014, bem como o 1º período de 2014-2015. No ano letivo de 2013-2014 o projeto interveio junto de 321 beneficiários de 8 escolas do Porto, Lisboa, Setúbal e Ponte de Sor. Cada aluno beneficiário participou, em média, em mais de 60 sessões do projeto nas áreas de Futsal, Jornalismo, Sabias Que? e TIC. Todos os jovens receberam, ainda, um equipamento completo adidas “Fundação Benfica” bem como o seu reforço alimentar diário. Em cada final de período 6 todos os jovens que cumpriram com os seus objetivos de assiduidade e comportamento receberam o seu prémio e foram, ainda, atribuídos prémios de campos de férias pelo desempenho individual nas categorias de excelência e melhor evolução. Pelo segundo ano consecutivo foram também atribuídas 36 vagas através da iniciativa da Seleção de Futsal “Para ti Se não faltares!”. O projeto envolveu 34 formadores da Fundação e 117 diretores de turma e é todo este trabalho integrado e em cooperação associado a uma metodologia inovadora que permite manter o trajeto de sucesso do projeto. Destacamos, ainda, algumas das participações do projeto e dos seus beneficiários durante o ano de 2014: Atividades em parceria com o Exército Português; Atividades em parceria com a Força Aérea; 7 IV Encontro “Para ti Se não faltares; Realização de Torneios Locais de Futsal; Evento Final “Para ti Se não faltares!”; Estágio da Seleção de Futsal da Fundação Benfica; 8 Torneio Triangular “Fundação Benfica”; Atividades de Campo de Férias para os beneficiários com melhores resultados e evolução; 9 Benfica Faz Bem – traduz-se na interação de atletas do Sport Lisboa e Benfica com diferentes grupos, em particular com crianças e jovens, em reconhecimento dos benefícios associados a um contacto desta natureza, designadamente ao nível da: autoestima, confiança, alegria, adoção de estilos de vida saudáveis e prevenção de comportamentos desviantes. Outras visitas e ações que concorram para a prossecução dos objetivos descritos, ainda que realizadas junto de outros públicos-alvo como idosos, cidadãos portadores de deficiência e outros grupos em risco de exclusão, inserem-se, igualmente, na iniciativa Benfica Faz Bem. Lista das principais ações do “Benfica Faz Bem”: o Realização de Sonhos no Estádio da Luz (em dia de jogo), no Centro de Estágio do Seixal e em Hospitais para interação com o plantel de futebol profissional, modalidades e outras figuras do Clube - concretização de sonhos em parceria, essencialmente, com a Terra dos Sonhos e a Make a Wish; 10 o Visitas a Escolas com o propósito de transmitir valores positivos aliados à prática desportiva. Em particular os atletas abordam sistematicamente a necessidade de conciliação dos estudos com a prática desportiva, a importância de uma alimentação saudável bem como algumas questões mais técnicas de cada uma das modalidades presentes e outras curiosidades colocadas pelos alunos; 11 o Benfica Solidário – o Grupo Benfica deu continuidade à iniciativa desenvolvida em 2013 reforçando o seu envolvimento e contribuição para com as crianças de várias instituições parceiras da Fundação. Foi, desta forma, graças à solidariedade dos colaboradores do Grupo que foi possível oferecer mais de 400 presentes a crianças de 8 Instituições - APCAS, Fundação do Gil, IPO Lisboa, Hospital D. Estefânia, Fundação António da Silva Leal, Lar António Luís de Oliveira, Moinho da Juventude e Lar Madre Teresa de Saldanha. Para além da angariação dos brinquedos participaram nas visitas vários departamentos do Clube bem como atletas do Futebol e das Modalidades. 12 KidFun – Educação para Valores – é um projeto de Educação para Valores, de animação socioeducativa, desenvolvido pela Fundação Benfica e que visa transmitir Valores a crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico usando como principal ferramenta o Desporto e atividades lúdico-pedagógicas. Após a fase de conceção desenvolvida em 2013 o projeto foi lançado em Maio de 2014 e foi já possível envolver 2.514 crianças no projeto de 13 territórios diferentes de Norte a Sul do país. O feedback realizado pela comunidade escolar tem sido muito positivo e em 2015 pretende-se divulgar ainda mais este projeto promovendo um nível extremamente elevado de inscrições de forma a poder transmitir os Valores junto do maior número possível de crianças. 13 b) Participação em Iniciativas I Torneio Solidário de Futsal – a convite do Centro Social e Paroquial de Barcarena a Fundação Benfica participou através das Escolas de Formação de Futsal do Clube no I Torneio Solidário da instituição que também utiliza o desporto como uma ferramenta de inclusão junto dos seus jovens. 1 Dia à Benfica – foi proporcionado um dia especial para 5 jovens da EPIS – Empresários Pela Inclusão Social, através do qual estes jovens tiveram a oportunidade de conhecer melhor o que faz a Fundação, visitar o Estádio, visitar o Museu e conhecer a Águia Vitória. Tudo porque foram em 2013-2014 alunos de mérito. 8.º Festival ImigrArte – associação a este Festival organizado e promovido por associação de imigrantes em valorização do trabalho desenvolvido pelos artistas de múltiplas nacionalidades. 14 Aldeia dos Sonhos – cooperação com a Fundação INATEL para a vinda ao Estádio de cidadãos de aldeias com menos de 100 habitantes. Contámos com a presença de grupos de 2 aldeias em jogo de Voleibol, Visita ao Museu e jogo de Futebol. Atuações de Grupos em Jogos das Modalidades – em articulação com vários projetos sociais tem-se promovido a animação em dia de jogo nos pavilhões e criam-se, simultaneamente, oportunidades de atuação por parte dos jovens. 15 Campanha de Angariação de Alimentos – na sequência do Dia Mundial da Alimentação e do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, 16 e 17 de Outubro, respetivamente, o Grupo Benfica mobilizou-se e angariou aproximadamente 1.000 kg de alimentos que foram entregues ao Lar Madre Teresa de Saldanha, em articulação com a Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica. Os colaboradores do Grupo bem como os cidadãos que se associaram à campanha demonstraram, novamente, o seu espírito de solidariedade. Campanha de apoio a Chã de Caldeiras (Ilha do Fogo, Cabo Verde) – desenvolvimento de campanha de apoio com material escolar para as crianças de Chã das Caldeiras afetadas no seu percurso escolar na sequência da erupção vulcânica registada em Novembro. 16 Comer Junto – no território de Paranhos a Fundação Benfica colaborou, uma vez mais, no âmbito do projeto colaborativo do Social Hub da Fundação EDP que tem por objetivo a promoção do trabalho em rede, a capacitação comunitária e a partilha entre os parceiros. O resultado final do projeto passa pela organização de um concurso de culinária que premeia a alimentação saudável, económica e o fomento dos laços familiares intergeracionais. Comitiva Nacional de Futebol de Rua – colaboração com a CAIS para o apoio (espaço no Complexo Desportivo do Sport Lisboa e Benfica, fisioterapeuta, presença em jogos, interação com atletas do Clube, etc.) à Comitiva Nacional de Futebol de Rua que representou Portugal no Mundial de Futebol de Rua no Chile. Apoiámos, ainda, na mediatização da Comitiva e da sua participação no Mundial de forma a sensibilizar a sociedade civil para o trabalho desenvolvido pelos jovens, pela CAIS e pelos seus parceiros na representação de Portugal. 17 Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - CPLP – colaboração em torno da Campanha Juntos Contra a Fome através da divulgação e presença do projeto KidFun nos treinos realizados em Belém e na corrida em Cascais. De salientar ainda a presença do Diretor Jorge Miranda enquanto orador na Conferência sobre Responsabilidade Social. Corridas Mini - Campeões EDP – à semelhança de anos anteriores convidámos as crianças e jovens dos nossos parceiros a participar nas 2 Corridas anuais que são desenvolvidas. Em 2014 marcaram presença mais de 600 jovens, com destaque para o Programa Escolhas. Para além de uma tarde desportiva e com um convívio extremamente saudável os jovens receberam, como é apanágio, uma medalha e uma t-shirt. 18 Futebol Adaptado – participação de equipa de futebol adaptado da Fundação Benfica no Special Adventure Camp 2014, competindo com Clubes como o Chelsea, Arsenal, Liverpool e Manchester City. Na 1ª participação a equipa registou um honroso 2º lugar e fundamentalmente contribuiu para a criação de oportunidades únicas para os jovens participantes. Link2Jobs: – O LINK2JOBS desafia jovens e empresas a ligarem-se através de experiências, em que estes conhecem o mercado de trabalho e a realidade profissional das suas áreas de interesse. Vários jovens tiveram a oportunidade, em 2014, de conhecer de perto o trabalho realizado pelos treinadores das Escolas de Futebol Geração Benfica. 19 Mobilidade Reduzida - INR – o Estádio do Sport Lisboa e Benfica sofreu beneficiações no sentido de melhor poder receber as pessoas com mobilidade reduzida. Tendo em conta o protocolo celebrado com o Instituto Nacional para a Reabilitação e o respetivo contexto a Fundação colaborou na iniciativa liderada pelo Sport Lisboa e Benfica. Natalis / Portugal Maior – presença da Fundação no evento realizado novamente na FIL. O projeto KidFun dinamizou a sua atividade e foi também celebrado neste período o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência em que o atleta olímpico do Sport Lisboa e Benfica, Pedro Isidro, interveio enquanto orador na conferência organizada pelo Instituto Nacional para a Reabilitação. Peace Run – associação a corrida solidária dinamizada pela Cruz Vermelha Portuguesa e realizada no Seixal em parceria com o Município. Colaborámos nesta iniciativa com a Casa do Benfica do Seixal e com a seção de Ginástica do Clube, mais precisamente com a classe dos Madrugadores que fizeram também este percurso solidário. 20 Projetos “Comunicar +” e “Participar +” da APCAS – presença de representante na sessão de balanço dos projetos com participação na entrega de prémios. Os projetos pretendem promover uma melhor integração das pessoas com deficiência nas áreas da comunicação e da participação desportiva. Promoção da dádiva de sangue e de dadores de medula óssea: o Março de 2014 – Dia Nacional do Dador – presença dos ex-atletas Hernâni e Edmundo no Hospital Santa Maria para ajudar a divulgar a promoção. O evento contou com a cobertura da RTP e da BTV. o Março de 2014 – divulgação da campanha, em articulação com o Futebol Profissional na sequência da condição do ex-guarda redes Bruno Conceição; o Novembro de 2014 - divulgação da informação pertinente e relacionada com o Instituto Português do Sangue e da Transplantação; 21 Spirit of Football – colaboração com esta iniciativa mundial que procura transmitir os valores positivos do desporto através da passagem da sua bola solidária que recolhe milhares de assinaturas de todo o mundo antes de marcar presença no país em que se realiza o mundial. Para além de vários colaboradores que cooperaram com a comitiva nas suas Visitas ao Estádio e ao Museu também o atleta Salvio assinou a bola. Torneio de Futsal Adaptado em Ponte de Sor – na sequência de Torneio de Futsal Adaptado desenvolvido no território de Ponte de Sor e apoiado pelo Município, a Fundação colaborou na entrega de prémios aos participantes. Uma Viagem no Parque – associação à iniciativa da Fundação INATEL através da presença de elementos do Sport Lisboa e Benfica e de cobertura pelos nossos meios de comunicação. 22 Voluntariado com a Comunidade Vida e Paz - colaboração com a Comunidade Vida e Paz no âmbito da sua Festa de Natal através do voluntariado de 36 colaboradores do Grupo Benfica. Para além do apoio à Comunidade nesta sua iniciativa promove-se o voluntariado junto dos colaboradores do Grupo bem como a sua sensibilização e a da sociedade civil para com as pessoas sem-abrigo. 23 c) Eventos Dia Mundial da Criança – em 2014 o Dia Mundial da Criança, evento coorganizado pela Fundação Benfica e pelo Sport Lisboa e Benfica, registou a participação de cerca de 400 crianças. Este evento que conta com a oferta de múltiplas atividades desportivas e lúdicas no complexo desportivo do Estádio da Luz permite, ainda, o contato das crianças com vários treinadores e atletas de diferentes modalidades do Clube reforçando o que conhecem sobre cada uma delas. 24 Greenfest - é considerado o maior evento de sustentabilidade do país e realizou-se de 9 a 12 de Outubro no Centro de Congressos do Estoril. A Fundação Benfica contribuiu através da dinamização da Atividade “KidFun – Educação para Valores”. Indie Júnior’ 14 – a Fundação Benfica associou-se ao Indie Júnior’ 14 (secção do Indie Lisboa - Festival Internacional de Cinema Independente), que decorreu na Culturgest, através da participação de cerca de 50 crianças e jovens das suas instituições parceiras. Esta oportunidade é importante dado que se trata de uma oferta cultural e diferenciadora para complementar as atividades tradicionais a que os jovens estão habituados em participar. 25 d) Adesão a Redes e Organizações Atualmente a Fundação Benfica integra o seguinte conjunto de redes nacionais e internacionais: Centro Português de Fundações – a Fundação é membro do CPF que se constitui como uma instituição representativa do setor desenvolvendo, em particular, trabalho na defesa dos interesses comuns das fundações portuguesas. LUDEN - Local Urban Development European Network – constitui-se como uma rede de referência na área da intervenção social em áreas críticas urbanas. Mais conhecida por “Quartiers en Crise” e sedeada em Bruxelas, constituem-se como membros desta rede municípios e organizações de vários Estados Membros. Rede Social de Lisboa – tendo em consideração o papel social da Fundação na cidade de Lisboa, com particular destaque na Freguesia de Marvila, passou a Fundação a integrar a Rede Social de Lisboa articulando formas de colaboração para a prossecução dos seus objetivos de desenvolvimento social. Rede Social do Seixal – tendo em consideração o crescente reconhecimento do impacto do Clube no Município do Seixal e do seu papel social a Fundação Benfica passou a integrar a Rede Social do Seixal encontrando, em conjunto, com o Município e as instituições locais formas de colaboração e ação conjunta para os múltiplos objetivos comuns. United Nations Global Compact – rede internacional de empresas e organizações que se comprometem para com os 10 princípios associados ao Pacto Global das Nações Unidas e que envolvem os Direitos Humanos e do Trabalho, Proteção do Ambiente e Mecanismos Anticorrupção. 26 e) Representação II Feira Social - Socializar+ – presença do Diretor Jorge Miranda enquanto dinamizador de workshop. Convenção sobre os Direitos da Criança | Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social – presença de Jorge Miranda numa ação formativa promovida pelo Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, onde falou sobre o exemplo do Sport Lisboa e Benfica enquanto contributo do setor privado para a implantação da Convenção sobre os Direitos da Criança. International Conference FootbALLabout (Superliga Grega) – intervenção de Jorge Miranda no painel “Social Responsibility Programmes in Football. A duty or a need?” JobTown - Fifth Transnational Thematic Workshop – marcámos presença enquanto oradores num evento do programa europeu URBACT dedicado à inovação social e criação de emprego. O URBACT é um programa europeu de inteligência urbana vocacionada para a criação de redes temáticas de cidades (Jobtown é uma dessas redes). Youth Sports Games – receção da comitiva da organização e análise das possibilidades de colaboração futuras. 27 f) Protocolos Em 2014 e apesar da sua extensa rede de parceiros foram celebrados novos protocolos de colaboração, designadamente com a Football is More Foundation, a Associação EPIS – Empresários Pela Inclusão Social, o Instituto Português do Desporto e da Juventude, I.P e com o INR – Instituto Nacional para a Reabilitação, IP. A lista atualizada de parceiros é a seguinte: ACM – Alto Comissariado para as Migrações ACNUR - Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados Adidas Associação EPIS – Empresários Pela Inclusão Social Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE Football is More Foundation Fundação EDP Fundação INATEL Fundação Portugal Telecom Fundación Profesor Uría INR – Instituto Nacional para a Reabilitação, IP Instituto Português do Desporto e da Juventude, I.P | Plano Nacional de Ética no Desporto Junta de Freguesia de Marvila Município de Ponte de Sor 28 g) Outras Informações Comprovando a mobilização e envolvimento da sociedade em torno da Missão da Fundação, o montante total de donativos obtidos atingiu os 68.155€ (2013: 20.653€). A possibilidade dos contribuintes poderem doar, sem custos, 0,5% do seu IRS à Fundação Benfica através da indicação do nº de contribuinte da Fundação na sua declaração de IRS constitui-se como uma fonte de financiamento determinante para a nossa sustentabilidade. Por outro lado, permite aos cidadãos um envolvimento ativo na colaboração para com a obra social do Sport Lisboa e Benfica, desenvolvida pela sua Fundação. Em 2014 o valor atingido foi de 318.300€. 29 Em relação à comunicação da Fundação é evidente o contínuo crescimento da sua visibilidade, em especial junto dos vários meios de comunicação do Sport Lisboa e Benfica, até pela sua progressiva capacidade de desenvolvimento de iniciativas e atuação em novas áreas de intervenção: o Presença regular nos noticiários da BTV e em programas específicos, designadamente “Em Linha” e “Tempo Corrido”; o Presença regular no Jornal “O Benfica”; o Presença regular na Revista Mística; o Crescimento contínuo do Facebook oficial da Fundação Benfica que registou aproximadamente 77.200 fans no final de 2014 (52.000 em 2013); o Publicação de múltiplos artigos e notícias da Fundação no website e Facebook oficial do Sport Lisboa e Benfica; o Publicação de videos da Fundação no canal Youtube do SL Benfica; o Campanha nacional relativa à consignação fiscal do IRS de 2013; 30 1.1 – ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA 1.1.1- Demonstração dos Resultados Os resultados do exercício de 2014 ficam marcados pelo facto da Fundação Benfica registar resultados líquidos positivos no montante de 38.329€, verificando-se uma diminuição dos Resultados Operacionais em 54.255€ comparativamente com o período anterior. RESULTADOS OPERACIONAIS Valores em euros 87.852 85.883 90.000 80.000 70.000 60.000 50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 0 31.628 2012 2013 2014 O resultado operacional registou uma redução de 63%, comparativamente com o exercício anterior, explicado essencialmente pelo aumento dos gastos operacionais em 57.840€, nomeadamente na rubrica fornecimentos e serviços externos. Este aumento dos gastos operacionais foi colmatado com o recebimento dos valores da consignação social de IRS que totalizou 318.300€, representando um aumento de 78%, comparativamente com o período homólogo. 31 RESULTADOS LÍQUIDOS Valores em euros 90.253 87.852 100.000 90.000 80.000 70.000 38.329 60.000 50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 0 2012 2013 2014 No mesmo sentido do resultado operacional, o resultado líquido deste exercício apresenta um decréscimo de 58% face ao ano anterior. Este resultado releva o impacto negativo dos resultados operacionais, parcialmente compensado pelo impacto positivo dos rendimentos financeiros, conforme se analisa no quadro seguinte: Valores em euros DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS 2014 Rendimentos operacionais 582.901 579.316 Gastos operacionais 2013 VARIAÇÃO (em valor) 3.585 VARIAÇÃO (%) 1% (551.273) (493.433) 57.840 12% Resultados Operacionais 31.628 85.883 (54.255) (63%) Rendimentos Financeiros 6.701 4.370 2.331 53% 38.329 90.253 (51.924) (58%) Resultado Líquido Analisando os rendimentos operacionais, verificou-se um acréscimo de 3.585€ face ao exercício anterior, justificado essencialmente pelo aumento do valor da consignação social do IRS e dos donativos em 186.231€, tendo este aumento compensado o desvio negativo verificado nos subsídios recebidos de entidades públicas e privadas no montante de 182.646€. 32 Valores em euros Rendimentos Operacionais 2014 Vendas e serviços prestados (rendas) 18.555 18.555 152.687 25.000 Subsídios, doações e legados à exploração-sector público Subsídios, doações e legados à exploração-privados Outros rendimentos e ganhos Total 2013 Variação (em valor) Variação (%) - - 170.333 (17.646) (10%) 190.000 (165.000) (87%) 386.659 200.428 186.231 93% 582.901 579.316 3.585 1% No gráfico que se segue pode observar-se a repartição dos proveitos relativos ao exercício findo a 31 de Dezembro de 2014: 3% Vendas e serviços prestados 26% Subsídios, doações e legados à exploração-sector público Subsídios, doações e legados à exploração-privados 55% Donativos e outros rendimentos 4% Consignação social de IRS 12% Pode-se claramente constatar que a estrutura de rendimentos da Fundação Benfica, no corrente exercício, esteve assente em 2 grandes pilares geradores de receitas – Consignação social de IRS e Subsídios, doações e legados à exploração gerados pela valência “Para ti se não faltares”. Os gastos operacionais, comparativamente com o exercício anterior, registaram um aumento de 57.840€, o que equivale a um acréscimo de 12%, sendo de salientar o aumento da rubrica de 33 Fornecimentos e Serviços Externos e em Outros Gastos e Perdas no montante, respetivamente, de 65.340€ e 5.757€. A variação na rubrica Fornecimentos e Serviços Externos respeita essencialmente ao aumento dos custos com o equipamento desportivo e com a campanha publicitária da consignação fiscal. Valores em euros Gastos Operacionais 2014 Variação (em valor) 2013 Variação (%) Fornecimentos e Serviços Externos 271.633 206.293 65.340 32% Gastos com o Pessoal 185.129 203.200 (18.071) (9%) Outros Gastos e Perdas 15.211 9.454 5.757 61% Gastos/reversões de depreciação e amortização 79.300 74.486 4.814 6% 551.273 493.432 57.840 12% Total 1.1.2- Balanço PASSIVO Valores em euros 494.018 500.000 400.000 224.981 300.000 91.977 200.000 100.000 0 2012 2013 2014 Neste exercício continua-se a verificar a tendência de descida do Passivo, correspondendo a uma diminuição de 133.004€. Esta variação Fundadores/beneméritos/patroc./doadores ocorreu justificado essencialmente pelo pagamento na rubrica remanescente dos do empréstimo ao Sport Lisboa e Benfica. 34 ATIVO Valores em euros 3.999.366 4.000.000 3.820.582 3.900.000 3.725.907 3.800.000 3.700.000 3.600.000 3.500.000 2012 2013 2014 O valor do ativo da Fundação Benfica ascende a 3,7 milhões de euros, tendo registado uma diminuição de 94.675€ face ao exercício anterior. O ativo não corrente sofreu uma quebra de 67.330€, comparativamente com o exercício anterior, provocada, essencialmente, pelas depreciações do período. Verificou-se, ainda, um decréscimo no ativo corrente no montante de 27.345€ devido, essencialmente, à redução da rubrica de Clientes e dos Fundadores/beneméritos/patroc./Doadores. O aumento das outras contas a receber está relacionado com o acréscimo de rendimentos do período, cuja faturação irá apenas ocorrer no período seguinte. O desvio positivo de caixa e depósitos bancários reflete o bom desempenho financeiro do período. Valores em euros ATIVO Ativos fixos tangíveis Ativo não corrente Clientes, c/c Saldo a 31 Dez.14 Saldo a 31 Dez.13 Variação Variação (em valor) (%) 3.167.653 3.234.983 (67.330) (2%) 3.167.653 3.234.983 (67.330) (2%) 95.298 130.054 (34.756) (27%) Adiantamentos a fornecedores 979 69 910 1.319% Estado e outros entes públicos 14.423 13.777 646 5% - 50.000 (50.000) (100%) Outras contas a receber 69.270 37.712 31.558 84% Diferimentos 10.314 8.092 2.222 27% 367.970 345.895 22.075 6% 558.254 585.599 (27.345) (5%) 3.725.907 3.820.582 (94.675) (2%) Fundadores/beneméritos/patrocinadores/doadores Caixa e depósitos bancários Ativo corrente Total Ativo 35 EVOLUÇÃO DO FUNDO SOCIAL - RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS Valores em euros 3.633.930 3.640.000 3.620.000 3.600.000 3.580.000 3.560.000 3.540.000 3.520.000 3.500.000 3.480.000 3.460.000 3.440.000 3.595.601 3.505.348 2012 2013 2014 Dando seguimento à tendência dos últimos períodos, o fundo social - reservas e resultados transitados da Fundação Benfica registou uma melhoria proveniente do Resultado líquido do período no montante 38.329€. 1.2. FACTOS OCORRIDOS APÓS O TERMO DO PERÍODO No decorrer dos meses subsequentes a Dezembro de 2014 não se verificou a ocorrência de factos relevantes na atividade da Fundação Benfica. 36 1.3. PERSPECTIVAS FUTURAS A Fundação Benfica mantém a sua determinação em torno da prossecução dos objetivos definidos no seu Plano Estratégico, razão pela qual se consolidam as apostas nos projetos “Para ti Se não faltares!”, “KidFun – Educação para Valores” e “Benfica Faz Bem”. Importa ainda manter a trajetória de reforço de presença internacional, seja pela intervenção solidária em sinergia com a ONU e em Países de Língua Oficial Portuguesa, seja pela representação ativa em eventos europeus, ao nível do movimento fundacional de grandes clubes e da Comissão Europeia, seus fundos e programas. Tendo 2014 sido um ano de crescimento operacional importa atentar em 2015 à consolidação estrutural da Fundação, à manutenção do crescimento sustentado da sua intervenção no plano nacional e internacional e à comunicação e reforço da visibilidade externa da Fundação Benfica, em linha com o Plano Estratégico. No sentido de concretizar estes objetivos estratégicos é ainda importante salientar a importância da rede de parceiros atual e a pertinência de procurar permanentemente mais-valias que se possam adicionar à já extensa rede existente. A sua colaboração em torno dos projetos da Fundação é essencial para a obtenção dos resultados extremamente favoráveis que temos vindo a registar. No que diz respeito à sustentabilidade da Fundação é vital a obtenção de um elevado nível de receitas próprias nas quais se destacam as campanhas de consignação fiscal e a realização de jogos de solidariedade. É nossa convicção de que mantendo este rumo estará a Fundação Benfica em condições cada vez mais sólidas de continuar a desempenhar um papel relevante no domínio da coesão social portuguesa e contribuir para os seus objetivos de Desenvolvimento. 1.4. Aplicação dos Resultados O Conselho de Administração da Fundação Benfica reitera a exatidão das demonstrações financeiras apresentadas e propõe que os resultados apurados no exercício, no montante de 38.329€ sejam transferidos para resultados transitados. 37 VI ANEXO Identificação da Entidade 1.1 A Fundação Benfica, instituição sem fins lucrativos, com sede em Av. Eusébio da Silva Ferreira, Estádio do Sport Lisboa e Benfica, 1500-313 – Lisboa, constituída por escritura pública em 27 de Janeiro de 2009, Titular do Número de Identificação Único de Pessoa Coletiva 509 259 740. 1.2 A Instituição tem como objeto dar expressão organizada ao dever moral de solidariedade e de justiça entre as pessoas, dentro do universo Benfiquista e fora dele, valorizar a imagem social do Benfica, criar um novo elo de ligação à família Benfiquista, promover a valorização pessoal, o Benfiquismo e o desportivismo e fortalecer as relações entre o Sport Lisboa e Benfica e os países lusófonos. A Fundação Benfica teve como fundador institucional o Sport Lisboa e Benfica. 1.3 A Fundação Benfica teve como fundador institucional o Sport Lisboa e Benfica. A sede do instituidor é Av. General Norton de Matos, Estádio do Sport Lisboa e Benfica, 1500-313 – Lisboa. Referencial Contabilístico de Preparação das Demonstrações Financeiras 2.1 As demonstrações financeiras da Fundação Benfica foram pela primeira vez preparadas de acordo com a normalização contabilística para as entidades do sector não lucrativo que integra o Sistema de Normalização Contabilística (SNC-ESNL), conforme disposto no Decreto-Lei nº 36A/2011, de 9 de Março. O SNC-ESNL é composto pelas Bases para a Apresentação de Demonstrações Financeiras (BADF), Modelos de Demonstrações Financeiras (MDF), Código de Contas (CC), Norma Contabilística e de Relato Financeiro para Entidades do sector não lucrativo (NCRF-ESNL) e Normas Interpretativas (NI). As demonstrações financeiras que incluem o balanço, a demonstração dos resultados por naturezas, a demonstração das alterações nos fundos patrimoniais, a demonstração dos fluxos de caixa e o anexo, foram aprovadas pelo Conselho de Administração da Fundação, no dia 6 de Abril de 2015, são expressas em euros e foram preparadas de acordo com os pressupostos da continuidade e do regime de acréscimo no qual os itens são reconhecidos como ativos, passivos, fundos patrimoniais, rendimentos e gastos quando satisfaçam as definições e os critérios de reconhecimento para esses, em conformidade com as características qualitativas da compreensibilidade, relevância, materialidade, fiabilidade, representação fidedigna, substância sobre a forma, neutralidade, prudência, plenitude e comparabilidade. As políticas contabilísticas apresentadas na nota 3, foram utilizadas nas demonstrações financeiras para o período findo a 31 de Dezembro de 2014 e na informação financeira comparativa apresentada nestas demonstrações financeiras para o período findo a 31 de Dezembro de 2013. 2.2 Não foram feitas derrogações às disposições do SNC-ESNL. 2.3 Não existem contas do balanço e da demonstração dos resultados cujos conteúdos não sejam comparáveis com os do período anterior. 43 Principais Políticas Contabilísticas As principais políticas contabilísticas aplicadas na preparação das demonstrações financeiras apresentam-se como segue: 3.1 Bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico. A preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NCRF-ESNL requer que o Conselho de Administração formule julgamentos, estimativas e pressupostos que afetam a aplicação das políticas contabilísticas e o valor dos ativos, passivos, rendimentos e gastos. As estimativas e pressupostos associados são baseados na experiência histórica e noutros fatores considerados razoáveis de acordo com as circunstâncias e formam a base para os julgamentos sobre os valores dos ativos e passivos cuja valorização não é evidente através de outras fontes. Os resultados reais podem diferir das estimativas. As questões que requerem um maior grau de julgamento ou complexidade, ou para as quais os pressupostos e estimativas são considerados significativos, são apresentados na Nota 3.3 - Principais estimativas e julgamentos utilizados na elaboração das demonstrações financeiras. 3.2 Outras políticas contabilísticas relevantes Ativos fixos tangíveis Os ativos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição que compreende o seu preço de compra, incluindo os direitos de importação e os impostos de compra não reembolsáveis, após dedução dos descontos e abatimentos, quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo na localização e condição necessárias, para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida, e a estimativa inicial dos custos de desmantelamento e remoção do item e de restauração do local no qual este está localizado, deduzido das respetivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade. Na data da transição para as NCRF-ESNL a Fundação decidiu manter o critério de mensuração pelo método do custo. Os gastos subsequentes são reconhecidos como ativos fixos tangíveis apenas se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para a Fundação. Os gastos de assistência diária ou de reparação e manutenção são reconhecidas como gastos à medida que são incorridos de acordo com o regime de acréscimo. A Instituição procede a testes de imparidade sempre que eventos ou circunstâncias indiciam que o valor contabilístico excede o valor recuperável, sendo a diferença, caso exista, reconhecida em 44 resultados. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu justo valor menos os gastos de vender e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados que se esperam vir a obter do uso continuado do ativo e da sua alienação no fim da sua vida útil. As depreciações dos ativos fixos tangíveis são calculadas segundo o método da linha reta, após a dedução do seu valor residual, de acordo com os seguintes períodos de vida útil esperada dos bens: Edifícios Equipamento de transporte Equipamento administrativo Outros ativos fixos tangíveis Número de anos 15 4 3a8 3a7 As vidas úteis, método de depreciação e valor residual dos bens são revistos anualmente. O efeito das alterações a estas estimativas é reconhecido na demonstração dos resultados prospectivamente. Os ganhos ou perdas provenientes do abate ou alienação são determinados pela diferença entre o recebimento e a quantia escriturada do ativo, sendo reconhecidos como rendimentos ou gastos no período. Ativos intangíveis A Fundação reconhece um ativo intangível sempre que o mesmo for identificável, exercer o controlo sobre o mesmo, seja provável que fluam benefícios económicos futuros para a Fundação e o seu custo possa ser fiavelmente mensurado. Aquisição e desenvolvimento de Software: Os gastos incorridos com a aquisição de software são capitalizados, assim como as despesas adicionais suportadas pela Fundação necessárias à sua implementação. Estes custos são amortizados pelo método da linha reta ao longo da sua vida útil esperada. Os gastos com a manutenção de programas informáticos são reconhecidos como gastos do período em que são incorridos. As vidas úteis esperadas dos bens são as seguintes: 45 Software Número de anos 3 Benefícios aos empregados Os benefícios de curto prazo dos empregados incluem vencimentos, subsídio de alimentação, subsídios de exercício de funções, subsídios de isenção de horário, subsídio de férias, subsídio de Natal, bolsas de estágio, indemnizações de cessação de contrato. As obrigações decorrentes dos benefícios de curto prazo são reconhecidas como gastos no período em que os serviços são prestados, numa base não descontada por contrapartida do reconhecimento de um passivo que se extingue com o pagamento respetivo. De acordo com a legislação laboral aplicável, o direito a férias e subsídios de férias relativo ao período, por este não coincidir com o ano civil, vence-se em 31 de Dezembro de cada ano, sendo somente pago durante o período seguinte, pelo que os gastos correspondentes encontram-se reconhecidos como benefícios de curto prazo e tratados de acordo com o anteriormente referido. Contas a receber As contas a receber são inicialmente reconhecidas ao seu justo valor, sendo subsequentemente valorizadas ao custo ou custo amortizado, utilizando o método da taxa de juro efetiva, sendo apresentadas em balanço deduzidas das perdas por imparidade que lhe estejam associadas. As perdas por imparidade são registadas com base na avaliação regular da existência de evidência objetiva de imparidade associada aos créditos de cobrança duvidosa na data do balanço. As perdas por imparidade identificadas são registadas por contrapartida de resultados, sendo subsequentemente revertidas por resultados caso se verifique uma redução do montante da perda estimada, num período posterior. Caixa e equivalentes de caixa A caixa e seus equivalentes englobam o dinheiro em caixa e em depósitos à ordem e investimentos financeiros a curto prazo, altamente líquidos que sejam prontamente convertíveis para quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante de alterações de valor. Subsídios e outros apoios do Governo Um subsídio e outros apoios do Governo não são reconhecidos, até que haja segurança razoável de que a Instituição cumprirá as condições a ele associadas, e que o subsídio será recebido. 46 Os subsídios e outros apoios do Governo reembolsáveis são contabilizados como Passivos. Um subsídio e outros apoios do Governo que se tornem recebíveis como compensação por gastos ou perdas já incorridos ou para a finalidade de dar suporte financeiro imediato à Instituição sem qualquer futuro custo relacionado são reconhecidos como rendimento do período em que se tornar recebível. Os subsídios que são concedidos para assegurar uma rentabilidade mínima ou compensar deficits de exploração de um dado exercício imputam-se como rendimentos desse exercício, salvo se se destinarem a financiar deficits de exploração de exercícios futuros, caso em que se imputam aos referidos exercícios. Estes subsídios são apresentados separadamente como tal na demonstração dos resultados. Provisões São reconhecidas provisões quando: A Instituição tem uma obrigação presente, legal ou construtiva como resultado de um acontecimento passado; - É provável que um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos será necessário para liquidar a obrigação; e, - É possível efetuar uma estimativa fiável do valor dessa obrigação. Numa base anual, as provisões são sujeitas a uma revisão, de acordo com a estimativa das respetivas responsabilidades futuras. A atualização financeira da provisão, com referência ao final de cada período, é reconhecida como um gasto financeiro. Ativos e passivos contingentes A Instituição não reconhece ativos e passivos contingentes. Os passivos contingentes são divulgados, a menos que seja remota a possibilidade de um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos. Os ativos são divulgados, quando for provável um influxo de benefícios económicos. Os ativos e passivos contingentes são avaliados continuadamente para assegurar que os desenvolvimentos estão apropriadamente refletidos nas demonstrações financeiras. Se se tornar provável que um exfluxo de benefícios económicos futuros será exigido para um item previamente tratado como um passivo contingente, é reconhecida uma provisão nas demonstrações financeiras do período em que a alteração da probabilidade ocorra. 47 Se se tornar virtualmente certo que ocorrerá um influxo de benefícios económicos, o ativo e o rendimento relacionado são reconhecidos nas demonstrações financeiras do período em que a alteração ocorra. Os passivos contingentes de carácter ambiental não são reconhecidos no balanço. Se existir uma possibilidade, menos que provável, de que um dano ambiental deva ser reparado no futuro, mas essa obrigação esteja ainda dependente da ocorrência de um acontecimento incerto, a Fundação divulga o respetivo passivo contingente. Instrumentos financeiros A Fundação reconhece um ativo financeiro, um passivo financeiro ou um instrumento de capital próprio apenas quando se torna uma parte das disposições contratuais do instrumento. Um instrumento financeiro é classificado como um passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual por parte do emissor de liquidar capital e/ou juros, mediante a entrega de dinheiro ou de outro ativo financeiro, independentemente da sua forma legal. A Fundação mensura os seus ativos e passivos financeiros em cada data de relato ao custo ou custo amortizado menos qualquer perda por imparidade ou ao justo valor com as alterações de justo valor a ser reconhecidas na demonstração de resultados. Reconhecimento de gastos e rendimentos Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem independentemente do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o regime de acréscimo. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas são registadas nas rubricas de Outros ativos ou passivos conforme sejam valores a receber ou a pagar. Rédito O rédito é mensurado pelo justo valor da retribuição recebida ou a receber. O rédito associado com uma prestação de serviços é reconhecido com referência à fase de acabamento da transação à data do balanço quando o desfecho de uma transação possa ser fiavelmente estimado. O desfecho de uma transação pode ser fiavelmente estimado quando todas as condições seguintes forem satisfeitas: - A quantia de rédito possa ser fiavelmente mensurada; - Seja provável que os benefícios económicos associados à transação fluam para a Instituição; - A fase de acabamento da transação à data do balanço possa ser fiavelmente mensurada; e - Os gastos incorridos com a transação e os gastos para concluir a transação possam ser fiavelmente mensurados. O rédito compreende os montantes faturados na venda de produtos ou prestações de serviços líquidos de impostos sobre o valor acrescentado, abatimentos e descontos. Quando o influxo de 48 dinheiro ou equivalentes de dinheiro for diferido, o justo valor da retribuição pode ser menor que a quantia nominal. Esta diferença é reconhecida como rédito de juros. A Fundação Benfica reconhece as receitas obtidas com as rendas, subsídios, doações e legados à exploração como proveitos no período a que estes se reportam. As doações e legados à exploração são reconhecidos no momento em que os benefícios económicos fluírem para a Fundação, tendo geralmente uma base de caixa, exceto para os donativos protocolados, ou plurianuais, que são reconhecidos de acordo com os referidos protocolos. Gastos/Rendimentos de financiamentos Os gastos/rendimentos de financiamentos incluem os juros pagos pelos empréstimos obtidos, os juros recebidos de aplicações efetuadas e rendimentos e gastos similares obtidos e suportados. Imposto sobre o rendimento O tratamento contabilístico dos impostos sobre o rendimento é, salvo disposição específica, o método do imposto a pagar. Para as finalidades deste capítulo, o termo “impostos sobre o rendimento” inclui todos os impostos baseados em lucros tributáveis incluindo as tributações autónomas, que sejam devidos em qualquer jurisdição fiscal. Os impostos correntes para períodos correntes e anteriores devem, na medida em que não estejam pagos, ser reconhecidos como passivos. Se a quantia já paga com respeito a períodos correntes e anteriores exceder a quantia devida para esses períodos, o excesso deve ser reconhecido como um ativo. Os passivos (ativos) por impostos correntes dos períodos correntes e anteriores devem ser mensurados pela quantia que se espera que seja paga (recuperada de) às autoridades fiscais, usando as taxas fiscais (e leis fiscais) aprovadas à data do balanço. A contabilização dos efeitos de impostos correntes de uma transação ou de outro acontecimento é consistente com a contabilização da transação ou do próprio acontecimento. Assim, relativamente, a transações e outros acontecimentos reconhecidos nos resultados, qualquer efeito fiscal relacionado também é reconhecido nos resultados. No que diz respeito a transações e outros acontecimentos reconhecidos diretamente no Fundo patrimonial, qualquer efeito fiscal relacionado também é reconhecido diretamente no Fundo patrimonial, caso em que o imposto corrente deve ser debitado ou creditado diretamente nessa rubrica. Em conformidade com o estabelecido no parágrafo 16.6 da NCRF-ESNL, a Fundação procede à compensação dos ativos e passivos por impostos diferidos sempre que a Empresa: 49 - Tiver um direito legalmente executável para compensar quantias reconhecidas; e - Pretender liquidar numa base líquida, ou realizar o ativo e liquidar simultaneamente o passivo. A Fundação beneficia de isenção prevista no nº 2 do artigo 10º do CIRC (Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas). Neste contexto a Fundação é um sujeito passivo que não exerce a título principal uma atividade comercial, industrial ou agrícola. Beneficiando de isenção de IRC, a Fundação não regista qualquer valor ativo/passivo, bem como gasto/rendimento a título de impostos diferidos. Acontecimentos após a data de balanço As demonstrações financeiras apresentadas refletem os eventos subsequentes ocorridos até 6 de Abril de 2015, data em que foram aprovadas pelo Órgão de Gestão conforme referido na Nota 2.1. Os eventos ocorridos após a data do balanço sobre condições que existiam à data do balanço são considerados na preparação das demonstrações financeiras. Os acontecimentos materiais após a data do balanço que não dão lugar a ajustamentos são divulgados na Nota 27. Imparidade Em cada data de balanço é efetuada uma avaliação da existência de evidência objetiva de imparidade, nomeadamente da qual resulte um impacto adverso nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros e sempre que possa ser medido de forma fiável. Para os ativos financeiros que apresentam indicadores de imparidade, é determinado o respetivo valor recuperável, sendo as perdas por imparidade registadas por contrapartida de resultados. Um ativo financeiro, ou grupo de ativos financeiros, encontra-se em imparidade sempre que exista evidência objetiva de perda de valor resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial. 3.3 Principais estimativas e julgamentos As NCRF-ESNL requerem que sejam efetuadas estimativas e julgamentos no âmbito da tomada de decisão sobre alguns tratamentos contabilísticos com impactos nos valores reportados no total do ativo, passivo, capital próprio, gastos e rendimentos. Os efeitos reais podem diferir das estimativas e julgamentos efetuados, nomeadamente no que se refere ao efeito dos gastos e rendimentos reais. 50 As principais estimativas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos são discutidos nesta nota com o objetivo de melhorar o entendimento de como a sua aplicação afeta os resultados reportados pela Instituição e a sua divulgação. Uma descrição detalhada das principais políticas contabilísticas utilizadas pela Fundação é apresentada na Nota 3.2 do Anexo. Considerando que em muitas situações existem alternativas ao tratamento contabilístico adotado pela Fundação, os resultados reportados poderiam ser diferentes caso um tratamento diferente tivesse sido escolhido. O Conselho de Administração considera que as escolhas efetuadas são apropriadas e que as demonstrações financeiras apresentam de forma adequada a posição financeira da Fundação e o resultado das suas operações em todos os aspetos materialmente relevantes. Os resultados das alternativas analisadas de seguida são apresentados apenas para assistir o leitor no entendimento das demonstrações financeiras e não têm intenção de sugerir que outras alternativas são mais apropriadas. Provisões A avaliação das estimativas para fazer face à constituição de provisões resulta da melhor informação disponível à data de elaboração e aprovação das demonstrações financeiras. As alterações destas estimativas podem implicar a determinação de diferentes níveis de montantes a provisionar e consequentemente diferentes impactos em resultados. Vida útil dos ativos intangíveis, ativos fixos tangíveis A vida útil de um ativo é o período durante o qual se espera que esse ativo esteja para uso, devendo ser revista pelo menos no final de cada ano financeiro. Caso as estimativas difiram das anteriores, a alteração deve ter somente efeitos no futuro, alterando-se as quotas de depreciação ou amortização por forma a que o ativo seja integral e linearmente depreciado até ao fim da sua vida útil. Recuperabilidade de saldos devedores de clientes e outros devedores As perdas por imparidade relativas a saldos devedores de clientes e outros devedores são baseadas na avaliação efetuada pela Instituição da probabilidade de recuperação dos saldos das contas a receber, antiguidade de saldos, anulação de dívidas e outros fatores. Existem determinadas circunstâncias e factos que podem alterar a estimativa das perdas por imparidade dos saldos das contas a receber face aos pressupostos considerados, incluindo alterações da conjuntura económica, das tendências sectoriais, da deterioração da situação creditícia dos principais clientes e de incumprimentos significativos. Este processo de avaliação está sujeito a diversas estimativas e julgamentos. As alterações destas estimativas podem implicar a determinação de diferentes níveis de imparidade e, consequentemente, diferentes impactos nos resultados. 51 3.4. Gestão de riscos financeiros O grupo está sujeito a vários riscos financeiros. Para isso a Instituição desenvolveu um programa de gestão dos riscos financeiros, com o objetivo de minimizar os efeitos adversos nos resultados da Fundação. Os riscos financeiros são identificados pela tesouraria e pelas unidades operacionais, cabendo à tesouraria a realização das necessárias coberturas de risco, de acordo com as diretrizes traçadas pela Administração. i) Risco cambial – A Instituição não está exposta a este risco na medida em que efetua operações estrangeiras e transações comerciais futuras. ii) Risco de preço – a Instituição não está exposta ao risco de preço das matériasprimas. iii) Risco de crédito – a Fundação não tem concentração significativa de risco de crédito. As políticas em vigor asseguram que as prestações de serviço sejam efetuadas para clientes com um adequado historial de crédito. iv) Risco de liquidez – a gestão prudente do risco de liquidez implica a manutenção das disponibilidades necessárias e a disponibilidade de fundos através de facilidades de crédito negociadas. 3.5 Principais fontes de incertezas das estimativas As principais fontes de incertezas encontram-se detalhadas na Nota 3.3. 4 - Fluxos de caixa A Demonstração dos Fluxos de Caixa é preparada segundo o método direto, através do qual são divulgados os recebimentos e pagamentos de caixa brutos em atividades operacionais, de investimento e de financiamento. 4.2 A rubrica de caixa e depósitos bancários é constituída pelos seguintes saldos: Numerário Caixa Depósitos bancários Depósitos à ordem Novo Banco Depósitos à ordem Montepio Depósitos a prazo Montepio 31.12.14 31.12.13 116 942 6.850 61.004 300.000 367.970 7.876 37.077 300.000 345.895 52 5-Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros Não foram detetados erros nas correspondentes rubricas do período findo a 31 de Dezembro de 2014, de acordo com o ponto 4 da NCRF-ESNL, pelo que o comparativo respeita a característica qualitativa de comparabilidade. 6-Ativos fixos tangíveis Esta rubrica é analisada como segue: Valor bruto Terreno Edifícios e outras construções Equipamento de transporte Equipamento administrativo Outros ativos fixos tangíveis Ativos fixos tangíveis em curso Depreciação acumulada e imparidade Edifícios e outras construções Equipamento de transporte Equipamento administrativo Outros ativos fixos tangíveis Valor líquido contabilístico Terreno Edifícios e outras construções Equipamento de transporte Equipamento administrativo Outros ativos fixos tangíveis Ativos fixos tangíveis em curso 31.12.14 31.12.13 2.390.000 1.010.000 14.500 7.289 35.336 3.457.125 2.390.000 1.010.000 14.500 7.289 891 22.475 3.445.155 (270.747) (6.948) (3.922) (7.855) (289.472) (203.482) (3.323) (2.476) (891) (210.172) 2.390.000 739.253 7.552 3.367 27.481 - 2.390.000 806.518 11.177 4.813 22.475 3.167.653 3.234.983 Os movimentos na rubrica de ativos fixos tangíveis durante o período findo a 31 de Dezembro de 2014 são analisados como segue: 53 Saldo inicial Revalorizações / Imparidades Adições Ativos classificados como detidos para venda Alienações Outras alterações Saldo final Valor bruto: Terreno – R. Regedor 2.390.000 - - - - - 2.390.000 Edifício – R. Regedor 1.010.000 - - - - - 1.010.000 Equipamento de transporte 14.500 - - - - - 14.500 Equipamento administrativo 7.289 - - - - - 7.289 Outros ativos fixos tangíveis 891 1.893 - - - 32.552 35.336 22.475 10.077 - - - (32.552) - 3.445.155 11.970 - - - - 3.457.125 (203.482) (67.265) - - - - (270.747) Equipamento de transporte (3.323) (3.625) - - - - (6.948) Equipamento administrativo (2.476) (1.446) - - - - (3.922) Outros ativos fixos tangíveis (891) (6.964) - - - - (7.855) (210.172) (79.300) - - - - (289.472) Ativos fixos tangíveis em curso Depreciação acumulada e imparidade: Edifício – R. Regedor Total 3.234.983 3.167.653 Não existem garantias associadas aos ativos fixos tangíveis. 7-Clientes A rubrica de Clientes é analisada como segue: Clientes – corrente Clientes e utentes c/c Operações correntes Imparidade créditos cobrança duvidosa Valor líquido contabilístico 31.12.14 31.12.13 95.298 95.298 130.054 130.054 A antiguidade dos saldos de clientes apresenta-se como segue: 54 Descrição Não vencidos Entre 90 e 180 dias Até 90 dias Entre 180 e 360 dias Mais de 360 dias Total Clientes gerais: Município da Amadora Município de Ponte de Sor Doneria Restauração Unipessoal, Lda Pereira Campos e Ramos, Lda - - 20.000 109 - - 75.000 189 75.000 20.000 109 189 - - 20.109 - 75.189 95.298 8-Adiantamentos a fornecedores A rubrica de adiantamentos a fornecedores é analisada como segue: 31.12.14 31.12.13 979 979 69 69 Adiantamentos a Fornecedores – corrente Adiantamentos a Fornecedores c/c Operações correntes Valor líquido contabilístico A antiguidade dos saldos de adiantamentos a fornecedores apresenta-se como segue: Descrição Não vencidos Até 90 dias Entre 90 e 180 dias Entre 180 e 360 dias Mais de 360 dias Total Adiantamentos a fornecedores: Agrupamento de Escolas Pero Vaz de Caminha - 649 - - - 649 TVI – Televisão Independente SA - - 272 - - 272 Epal – Empresa Portuguesa de Águas Livres, SA - - 43 - - 43 Via Verde-Gestão Sist. Electr Cobrança, SA - 15 - - - 15 - 664 315 - - 979 9-Estado e outros entes públicos A rubrica de Estado e outros entes públicos é analisada como segue: 55 Ativo 31.12.14 31.12.13 6.377 8.046 14.423 5.731 8.046 13.777 31.12.14 31.12.13 3.378 3.402 6.780 3.238 3.251 6.489 IRC-Retenções na Fonte IVA a recuperar Passivo Retenções na fonte IRS Segurança Social 10-Fundadores/beneméritos/patrocinadores/doadores O detalhe desta rubrica é analisado como segue: Descrição Ativo corrente – Protocolos Fundação EDP 31.12.14 31.12.13 - 50.000 50.000 - 150.134 150.134 Passivo corrente – Fundador Sport Lisboa e Benfica 11-Outras contas a receber A rubrica de Outras contas a receber é analisada como segue: Outras contas a receber – corrente Outros devedores Reclamações impostas à Seg. Social Acréscimos de rendimentos: Protocolos - Acidi Protocolo – CLP Manteigadas Donativos Subsídios IEFP Rendas Valor líquido contabilístico 31.12.14 31.12.13 14.697 3.528 29.472 20.000 5.101 69.270 29.472 3.500 960 252 37.712 56 12-Diferimentos A rubrica de Diferimentos é analisada como segue: Ativo Gastos a reconhecer – corrente Seguros Material doado Ofertas a utentes Passivo Rendimentos a reconhecer – corrente Protocolos – Ponte de Sor 31.12.14 31.12.13 2.859 4.867 2.588 10.314 1.931 6.161 8.092 4.000 4.000 4.000 4.000 13-Outras Reservas de Reavaliação Nesta rubrica encontra-se registado a diferença apurada da reavaliação entre o montante antes da avaliação do imóvel (localizado Rua Portas de Santo Antão, 53 a 65, Rua Jardim do Regedor, 1 a 11 e Travessa do Forno, 23 a 25, na freguesia de Santa Justa, concelho de Lisboa) e o valor de mercado para efeitos de reavaliação, realizada em Dezembro de 2010 por uma entidade independente (“Aguirre Newman”). O detalhe e movimentação desta rubrica é analisada como segue: 31.12.13 Aumentos Diminuições 31.12.14 Outras Reservas de Reavaliação Terreno 2.390.000 - - 2.390.000 Edifício 764.611 - - 764.611 3.154.611 - - 3.154.611 57 14-Outras variações nos fundos patrimoniais Nesta rubrica encontra-se registado o valor atribuído à doação do imóvel a título gratuito pelo Sport Lisboa e Benfica (Fundador Institucional). 15-Resultados transitados A variação dos resultados transitados diz respeito à incorporação do resultado líquido do exercício anterior no montante de 90.253 euros. 31.12.14 Saldo a 01 de Janeiro Resultado líquido do exercício anterior 31.12.13 161.428 73.576 90.253 87.852 251.681 161.428 16-Fornecedores A rubrica de Fornecedores é analisada como segue: 31.12.14 31.12.13 24.922 26.484 3.101 98 920 1.494 28.943 28.076 Fornecedores - corrente Fornecedores c/c Fornecedores – Entidade Instituidora Fornecedores – Entidades relacionadas Os saldos da rubrica de fornecedores detalha-se da seguinte forma: 58 31.12.14 9.120 9.018 3.101 2.264 984 920 867 540 2.129 28.943 Barraqueiro Transportes, SA Making Sport – Actividades desportivas Sport Lisboa e Benfica Companhia de seguros Fidelidade Mundial Aguirre Newman Portugal - Consultoria Clínica do SLB, Lda Digital Decor, Lda Edurumos, Educação Tasayu Tasnaphun Lightkeeper Media LTD Repsol Portuguesa, SA Sport Lisboa e Benfica – Futebol SAD Outros Total 31.12.13 1.909 9.018 98 1.652 640 320 660 5.328 5.000 1.000 854 1.597 28.076 17-Outras contas a pagar A rubrica de outras contas a pagar é analisada como segue: Outras contas a pagar – corrente Outros Pessoal Outros credores Outros credores – empresas relacionadas Credores por acréscimos de gastos Remunerações a liquidar IMI Honorários Ofertas de material Comunicação Seguros Outros 31.12.14 31.12.13 119 3.356 5.218 1.591 904 753 24.052 8.862 6.650 1.403 585 567 1.442 52.254 24.541 5.213 3.280 36.282 59 18-Vendas e serviços prestados As vendas e serviços prestados analisam-se da seguinte forma: Prestações de serviços Rendas 31.12.14 31.12.13 18.555 18.555 18.555 18.555 19-Subsídios, doações e legados à exploração Durante o período foram reconhecidos em rendimentos os seguintes subsídios à exploração: Subsídios, doações e legados à exploração Estado e outros entes públicos Empresas privadas 31.12.14 31.12.13 152.687 25.000 177.687 170.333 190.000 360.333 Os valores relativos aos subsídios recebidos do Estado dizem respeito aos protocolos assinados com o Município de Ponte de Sor, Junta de freguesia de Marvila relativo ao projeto “Para ti se não Faltares” e ainda ao projeto “Escolhas” em parceria com a ACIDI. Encontra-se ainda nesta rubrica os valores recebidos do Instituto de Emprego e Formação Profissional relativo a subsídios de apoio a estagiários. Os montantes registados como subsídios recebidos de empresas privadas dizem respeito aos protocolos celebrados com a Fundação EDP. 20-Fornecimentos e serviços externos A rubrica de Fornecimentos e serviços externos é analisada como segue: 60 31.12.14 31.12.13 Protocolos 69.542 23.052 Honorários 63.540 62.157 Publicidade e Propaganda 40.369 38.924 Deslocações e estadas 23.779 19.934 Trabalhos especializados 22.290 25.318 Comunicação 9.089 6.053 Artigos para oferta 8.603 7.998 Energia e fluidos 3.943 2.391 Seguros 3.825 5.370 Rendas e alugueres 2.449 311 Limpeza, higiene e conforto 1.753 466 Ferramentas e utensílios 1.552 179 Contencioso e notariado 1.339 2.960 Material de escritório 1.141 924 197 4.728 18.222 5.528 271.633 206.293 Custos Gerais com as atividades Outros Serviços O aumento da rubrica de “Protocolos” é explicado essencialmente pela cooperação com a marca Adidas que fornece para os jovens equipamentos completos “Fundação Benfica”. 21-Gastos com pessoal A rubrica de Gastos com pessoal é analisada como segue: Remuneração do pessoal Remunerações Encargos sobre remunerações Seguros de acidentes de trabalho Outros custos 31.12.14 31.12.13 152.541 28.660 1.348 2.580 185.129 157.623 31.983 1.973 11.621 203.200 O número médio de pessoas ao serviço da Fundação em 2014 foi de 6 (2013: 7). O número de colaboradores de acordo com a natureza do vínculo jurídico é apresentado no quadro seguinte: Com contrato de trabalhos sem termo Com contrato de trabalhos a termo Bolseiros Total 2014 2013 1 5 6 1 5 1 7 61 22-Outros rendimentos e ganhos A rubrica de Outros rendimentos e ganhos é analisada como segue: Outros rendimentos Consignação IRS Donativos Outros 31.12.14 31.12.13 318.300 68.155 204 386.659 178.528 20.653 1.247 200.428 Os donativos recebidos estão relacionados com o projeto “Para ti se não faltares!”. A rubrica “Consignação IRS” refere-se aos montantes recebidos dos contribuintes que doaram, sem custos, 0,5% do seu IRS à Fundação Benfica. 23-Outros gastos e perdas A rubrica de Outros gastos e perdas é analisada como segue: (valores em euros) IMI Quotizações Despesas Bancárias Taxas Imposto rodoviário Outros Benefícios processados 31.12.14 12.510 750 699 634 587 31 15.211 31.12.13 4.515 750 847 633 261 848 1.600 9.454 24-Gastos/reversões de depreciação e de amortização A rubrica de Gastos/reversões de depreciação e de amortização é analisada como segue: 62 Depreciações Ativos tangíveis Edifícios e outras construções Equipamento de transporte Equipamento administrativo Outros ativos fixos tangíveis Amortizações Ativos intangíveis Software 31.12.14 31.12.13 67.266 3.625 1.446 6.963 67.266 3.323 996 - 79.300 2.901 74.486 25-Juros e rendimentos similares obtidos A rubrica de juros e rendimentos similares obtidos é analisada como segue: Juros obtidos Aplicações financeiras bancárias 31.12.14 31.12.13 6.701 6.701 4.370 4.370 26-Divulgações de partes relacionadas Os saldos e transações entre partes relacionadas apresentam-se como segue: Saldos - Fornecedores (Nota 16) Clinica do SLB Benfica Estádio SLB-SAD - SLB (920) Agregado (3.101) (4.021) Outras contas a pagar (Nota 17) (4.678) (540) - - (5.218) Totais (4.678) (540) (920) (3.101) (9.239) 27- Acontecimentos após a data de balanço Após a data de balanço não ocorreram acontecimentos que originassem ajustamentos nas demonstrações financeiras da Fundação. 63 VIII RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL 65 IX CERTIFICAÇÃO DAS CONTAS 66 67
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