Consumo de forragens em pastejo

Transcrição

Consumo de forragens em pastejo
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
Consumo de forragens em pastejo.
Ricardo Andrade Reis1*
1FCAV/UNESP
* Pesquisador do CNPq
Santa Maria Maio 2016
Tópicos da apresentação
► INTRODUÇÃO
► CONSUMO DO PASTO
► PASTEJO SELETIVO
► SUPLMENTAÇÃO X CONSUMO
► CONSIDERAÇÕES FINAIS
Impactos ambientais
Impactos ambientais
Impactos ambientais
Impactos ambientais
• Pastagens
- 179,20 milhões ha (2001)
- 209,9 milhões ha (2009)
- 169 milhões ha (2013)
• Animais (Bovinos)
- 208 milhões
- Taxa de lotação: 1,23 an/ha
Tópicos da apresentação
► INTRODUÇÃO
► CONSUMO DO PASTO
► PASTEJO SELETIVO
► SUPLMENTAÇÃO X CONSUMO
► CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Disponibilidade da forragem
 Valor nutritivo
Qualidade
 Consumo
Recursos
solo
clima
planta
forragem
produzida
Crescimento
(2-4%)
forragem
consumida
Utilização
(40-80%)
Produção
Adaptado: Hodgson (1990)
produto
animal
Conversão
(2-5%)
Manejo do
pastejo
Consumo forragem (kg MS/animal.dia)
Consumo de forragem em pastejo
Nutricional
Não-nutricional
Massa de forragem (kg MS/ha)
Massa de forragem verde (kg MS/ha)
Altura do pasto (cm)
Oferta de forragem (kg MS/animal.dia)
(kg MS/kg PV.dia)
Massa de forragem residual (kg MS/ha)
Adaptado: Poppi et al., 1987
Consumo de forragem
Fatores que interferem no consumo dos ruminantes
Adaptado: Moore, 1980
Dinâmica Ruminal e Utilização
da FDNpd
Gases
FDNpd
FDNi
Efeitos da extensão do período de fermentação sobre o perfil de deslocamento
vertical das partículas fibrosas no retículo-rúmen.
Adaptado: Allen, 1996.
Consumo forragem (kg MS/animal.dia)
Consumo de forragem em pastejo
Nutricional
Não-nutricional
Massa de forragem (kg MS/ha)
Massa de forragem verde (kg MS/ha)
Altura do pasto (cm)
Oferta de forragem (kg MS/animal.dia)
(kg MS/kg PV.dia)
Massa de forragem residual (kg MS/ha)
(Adaptado de Poppi et al., 1987)
Fatores que interferem no consumo
 Ambiente
 Animal
 Pasto
Fatores que interferem no consumo
Ambiente
 Temperatura
 Umidade relativa
 Radiação solar
Fatores que interferem no consumo
Animal
 Espécie
 Tamanho do animal
 Estado nutricional prévio
 Aspectos fisiológicos
 Ecto e endoparasitos
Fatores que interferem no consumo
Forragem
 Qualidade
 Quantidade
 Estrutura da planta
 Densidade de folhas
 Presença de pêlos e espinhos
 Aceitabilidade da forragem
 Processamento da forragem
 Contato prévio com a forragem
 Manejo
Consumo de forragem em pastejo
Consumo= T x R x S
C= Consumo de matéria seca (MS)
T= Tempo de pastejo
S= Tamanho do bocado
Número de bocados: T x R
Adaptado: Stobs
Fatores que interferem no consumo
Variáveis que compõem o consumo de forragem de um animal em
pastejo. Fonte: Adaptado de Carvalho et al. (2001)
Consumo de forragem em pastejo
Consumo= T x R x S
Tempo de pastejo: depende das interações entre o
animal e o ambiente
Pastagens tropicais:
Boa qualidade: < 7 horas/dia
Má qualidade: 10-12 horas/dia
CONSUMO DE FORRAGEM
Consumo= T x R x S
 Número de bocados: 12000 a 36000/dia
 Tamanho do bocado: 0,05 a 0,80 g MO
Restrição no consumo, quando o tamanho do
bocado é menor do que 0,3 g MO
CONSUMO DE FORRAGEM
Consumo de forragem bovinos em pastos de capim-Marandu
mantidos em quatro alturas de dossel forrageiro, sob regime
de lotação contínua e taxa de lotação variável.
Sarmento, 2003
Consumo de forragem
(kg MS/100 kg PV)
CONSUMO DE FORRAGEM
2,3
1,9
y = 0,453Ln(x) + 0,3472
R2 = 0,9466
1,5
1,1
10
20
30
40
Altura do dossel forrageiro (cm)
Consumo de forragem de bovinos em pastos de capimMarandu mantidos em quatro alturas de dossel forrageiro
sob regime de lotação contínua e taxa de lotação variável
Sarmento, 2003
CONSUMO DE FORRAGEM
48,0 a 62,7 cm
4,4 mg MS/kg PC
33,0 cm
Tópicos da apresentação
► INTRODUÇÃO
► CONSUMO DO PASTO
► PASTEJO SELETIVO
►SUPLMENTAÇÃO X CONSUMO
► CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pastejo seletivo
 A preferência dos ruminantes em pastejo é função de interações
complexas, envolvendo aspectos morfológicos, composição química
das plantas, bem como os efeitos pós ingestivos experimentados
pelos animais (BURNS et al., 2001).

Além disso, a evolução do hábito alimentar levou a
modificações na anatomia da boca, dentes em função do tipo de
alimento consumido, bem como as estratégias de digestão.
Pastejo seletivo
Adaptado: Van Soest, 1994
Pastejo seletivo
Pastejo seletivo
Pastejo seletivo 35 cm
Pastejo seletivo 25 cm
Pastejo seletivo 15 cm
Pastejo seletivo
25 cm
35 cm
15 cm
Pastejo seletivo
Pastejo seletivo
Pastejo seletivo
Cruzado
Pastejo seletivo
Nelore
1º dia pastejo
Cruzado
Pastejo seletivo
Nelore
3º dia pastejo
Pastejo seletivo
Estudos FCAV/UNESP - Jaboticabal
0,800
12,00
0,700
11,00
10,00
0,600
0,500
8,00
0,400
7,00
0,300
6,00
5,00
0,200
Oferta kg /100 kg PV
Ganho de PV (kg/dia)
9,00
4,00
0,100
3,00
0,000
-0,100
2,00
julho
agosto
Oferta FV/100 kg de PV
Ganho suplemento baixo consumo
setembro
outubro
1,00
Ganho suplemento alto consumo
Oferta kg MVS/100 kg PV
Oferta de matéria verde seca (kg MVS/100 kg PV), folhas verdes (kg FV/100
kg PV) e ganho de peso de novilhas suplementadas com suplemento de alto
consumo ou baixo consumo, mantidas em pastagens de Brachiaria brizantha,
durante o período de seca.
Pastejo seletivo
 A preferência dos ruminantes em pastejo é função de interações
complexas, envolvendo aspectos morfológicos, composição química
das plantas, bem como os efeitos pós ingestivos experimentados
pelos animais (BURNS et al., 2001).

Além disso, a evolução do hábito alimentar levou a
modificações na anatomia da boca, dentes em função do tipo de
alimento consumido, bem como as estratégias de digestão.
11-camelo, 12-veado, 13-antilope, 14carneiro.
5-suino, 6-cateto, 7-hipopotomo, 8-canguru,
9-langures/macaco,10- preguiça de três
dedos.
1-cavalo, 2- Coelho, 3- rato canguru, 4rato canguru do deserto.
Adaptado: Van Soest, 1994
Adaptado: Hofmann, 1989
Adaptado: Hofmann, 1989
Classificação e características de herbívoros segundo o hábito de pastejo.
Adaptadp: Van Soest, 1994
Tópicos da apresentação
► INTRODUÇÃO
► CONSUMO DO PASTO
► PASTEJO SELETIVO
► SUPLMENTAÇÃO X CONSUMO
► CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estudos FCAV/UNESP - Jaboticabal
Efeitos associativos
.
Efeito associativo substitutivo no consumo (%PC) de novilhas
suplementadas (0,4% PC) e mantidas em pasto de Brachiaria brizantha, no
período março/maio.
Bertipaglia, 2008
Estudos FCAV/UNESP - Jaboticabal
Efeitos associativos
Efeito associativo substitutivo no consumo (%PC) das novilhas
suplementadas (0,5%PC) e mantidas em pasto de Brachiaria brizantha,
no período seco. Bertipaglia, 2008
Estudos FCAV/UNESP - Jaboticabal
Consumo de novilhas nelores mantidos em pastos de capim-Marandu
manejados com três alturas (cm) de dossel durante o período das águas.
Variáveis
15
25
35
SM
SPE
CMS (% PC/dia)
1,98b
2,24ab
2,40a
2,00b
2,31a
Casagrande
CMSF (% PC/dia)
1,79 b
2,05 ab
2,21 a
2,00
2,02
(2010)
CMS (% PC/dia)
1,96b
2,20a
2,29a
1,99b
2,24a
Vieira
CMSF (% PC/dia)
1,77b
2,02a
2,09a
1,99
1,95
(2011)
Consumo de forragem e de suplementos de tourinho nelore mantidos
em pastagens de capim marandu manejados com três alturas (cm) de
dossel durante o período das águas.
Variável
Suplementos
Alturas (cm)
Consumo MS
(kg/dia)
Total
Sal
Milho
Polpa
15
25
35
6,83
7,46
8,61
6,93
7,66
8,31
Forragem
6,83
6,45
7,51
6,20
6,98
7,57
1,01
1,10
1,05
1,11
1,11
Suplemento
Consumo MS (% PC)
Total
2,11
2,25
2,47
2,17
2,34
2,31
Forragem
2,11
1,94
2,15
1,96
2,14
2,10
0,30
0,31
0,32
0,30
0,31
0.87
0.95
0,64
0.93
0.95
Suplemento
GMD
0.69
Adaptado: Oliveira, 2014
Consumo de forragem e de suplementos de tourinho nelore mantidos em
pastagens de capim marandu manejados com três alturas (cm) durante o
período das águas e suplementado (0,3% PC).
Variável
Consumo MS (kg/dia
Altura (cm)
15
25
35
Total
8.81
9.92
10.5
Forragem
7.57
8.65
9.23
Suplemento
1,24
1,27
1,27
GMD (kg/dia)
1,08
1,15
1,20
Adaptado: Barbero et al. 2015
Consumo de forragem e de suplementos de tourinho nelore mantidos em
pastagens de capim marandu manejados com três alturas (cm) de dossel
durante o período das águas associado a doses de suplementos.
Variável
Altura x suplemento
Consumo MS
(kg/dia)
ABSA
AMSM
ATSal
Total
10,6
9,92
9,74
Forragem
7,98
8,65
9,74
Suplemento
2,62
1,27
0,0
GMD (kg/dia)
1,11
1,15
1,13
ABSA: Pasto baixo/suplemento alto; AMSM: Pasto médio/suplemento médio; ATSal: Pasto alto/sal
Adaptado: Barbero et al. 2015
O manejo do pastejo, com vistas a aumentar a produção de
folha, propicia maior consumo de forragem e consequentemente
desempenho animal;
O manejo do pastejo, resulta em forragem de valor nutritivo
mais alto, o que permite maior eficiência de utilização de
nutrientes, resultando em maior consumo e produção;
Prof Ricardo Andrade Reis
[email protected]
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias
Unesp – Campus de Jaboticabal – SP
(16) 3209 - 2682

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