Maio/2005 a Abril/2009 - preac

Transcrição

Maio/2005 a Abril/2009 - preac
Relatório de
Gestão PREAC
Maio de 2005 a abril de 2009
Campinas, 2009
Reitor
Prof. Dr. José Tadeu Jorge
Coordenador Geral da Universidade
Prof. Dr. Fernando Ferreira Costa
Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários
Prof. Dr. Mohamed Habib
Pró-Reitor de Desenvolvimento Universitário
Prof. Dr. Paulo Eduardo Moreira Rodrigues da Silva
Pró-Reitor de Pesquisa
Prof. Dr. Daniel Pereira
Pró-Reitora de Pós-Graduação
Profa. Dra. Teresa Dib Zambon Atvars
Pró-Reitor de Graduação
Prof. Dr. Edgar Salvador De Decca
Chefe de Gabinete
Prof. Dr. José Ranali
Equipe
Adriana Diniz
Alex C. de Matos
Amauri Ap. Aguiar
Deise Ap. P. Santiago
Eliana Moreno Kretly
Eloi José da Silva Lima
Karen Freitas Silveira
Manoel Guilherme Mello
Ralciê Silva Pequeno
Regina C. Vicentin
Silvana C. P. Gonçalves
Tatiana A. Rocha
Waddell S. Luz
Diagramação e Arte
Alex Matos
Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários - PREAC
Prof. Dr. Mohamed Habib
Prof. Dr. Lisandro Pavie Cardoso - Assessor
Centro Cultural de Inclusão e Integração Social CIS - Guanabara da UNICAMP
Prof. Dr. Marcos Tognon
Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural - CDC
Profa. Dra. Maria Irma Hadler Coudry
Rádio e TV UNICAMP - RTV
Prof. Dr. Nuno Cesar Abreu
Prof. Dr. José Eduardo Ribeiro de Paiva
Espaço Cultural Casa do Lago
José Avelino Bezerra
Escola de Extensão da UNICAMP - Extecamp
Prof. Dr. Miguel Juan Bacic
Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares - ITCP
Prof. Dr. Miguel Juan Bacic
Coordenadoria de Assuntos Comunitários - CAC
Prof. Celso Lopes
Profa. Dra. Beatriz Jansen Ferreira
Projeto Rondon
Amauri A. Aguair
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
Prof. Celso Lopes
Projeto Educação Sócioambiental
Prof. Dr. Sandro Tonso
Laboratório de Estudos e Pesquisas em Artes e Ciências
da UNICAMP em Paraty - LEPAC
Prof. Dr. Carlos Fernando Andrade
SOS Ação Mulher e Família - SOS
Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários
Programa de Gestão Estratégica em Políticas Públicas - PGEP
Eloi José da Silva Lima
Programa Alfabetização Solidária - Alfasol
Profa. Dra. Silvia Terzi
Programa de Capacitação de Pescadores Artesanais para o
Manejo da Pesca - CAPESCA
Profa. Dra. Alpina Begossi
Programa Café Cultura Santa Luzia
Prof. Dr. Paulo Maria Ferreira de Araújo
Websites
Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários
www.preac.unicamp.br
Primeiro Festival Internacional da Leitura de Campinas - Filc
www.filc.com.br
Fóruns e Congressos
Conselho de Extensão - CONEX
www.preac.unicamp.br/conex
Centro Cultural de Inclusão e Integração Social da UNICAMP - Cis-Guanabara
www.preac.unicamp.br/eg
Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural
www.preac.unicamp.br/cdc
Rádio e TV UNICAMP - RTV UNICAMP
www.rtv.unicamp.br
Espaço Cultural Casa do Lago - Ecult
www.preac.unicamp.br/casadolago
Cursos de Extensão - Extecamp
www.extecamp.unicamp.br
Coordenadoria de Assuntos Comunitários - CAC
www.preac.unicamp.br/cac
Projeto Rondon
www.preac.unicamp.br/rondon
Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da UNICAMP - ITCP
www.itcp.unicamp.br
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
www.preac.unicamp.br/quilombolas
Programa de Educação Socioambiental
Laboratório de Estudos e Pesquisas em Artes e Ciências - LEPAC
www.preac.unicamp.br/lepac
Programa de Financiamento de Projetos em Extensão Comunitária - Editais PREAC
SOS Ação Mulher e Família
www.preac.unicamp.br/sosacaomulher
Programa Café Cultura Santa Luzia
www.preac.unicamp.br/cafecultura
Índice
Pró-Reitores de Extensão e Assuntos Comunitários............................................................. 6
Introdução ......................................................................................................................... 7
Institucionalização da Extensão Universitária da UNICAMP ................................................. 9
Normas e Regulamentos .................................................................................................... 9
Parcerias institucionais firmadas ......................................................................................... 10
Convênios com o MEC e o Ministério da Cultura - Programa PROEXT ................................ 11
Convênio com a Associação Brasileira dos Municípios - ABM ............................................. 11
Convênio com a Prefeitura Municipal de Campinas - PMC ................................................. 11
Primeiro Festival Internacional da Leitura de Campinas - FILC ............................................. 12
Fóruns e Congressos .......................................................................................................... 15
Conselho de Extensão - CONEX ........................................................................................ 17
Centro Cultural de Inclusão e Integração Social da UNICAMP - CIS-Guanabara .................. 20
Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural - CDC ........................................................... 30
Rádio e TV UNICAMP - RTV UNICAMP ............................................................................... 40
Espaço Cultural Casa do Lago - ECULT .............................................................................. 47
Cursos de Extensão - Extecamp .......................................................................................... 51
Coordenadoria de Assuntos Comunitários - CAC ............................................................... 65
Projeto Rondon .................................................................................................................. 66
Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da UNICAMP - ITCP ............................. 83
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ ...................................................................... 89
Programa de Educação Socioambiental .............................................................................. 116
Projeto Cursinho EXATO .................................................................................................... 127
Laboratório de Estudos e Pesquisas em Artes e Ciências - LEPAC ........................................ 130
Programas e Projetos da PREAC ......................................................................................... 136
Programa de Financiamento de Projetos em Extensão Comunitária - Editais PREAC................... 136
SOS Ação Mulher e Família ................................................................................................ 137
Programa de Gestão Estratégica Pública - PGEP ................................................................. 145
Programa Alfabetização Solidária - ALFASOL ...................................................................... 147
Capacitação de Pescadores Artesanais para Manejo da Pesca - CAPESCA........................... 151
Centro de Estudos Educação e Sociedade - CEDES ............................................................. 155
Programa Café Cultura Santa Luzia .................................................................................... 163
Epílogo .............................................................................................................................. 164
Pró-Reitores de Extensão e Assuntos Comunitários
ALEX MATOS
Da esquerda para a direita: Prof. Dr. Archimedes Perez Filho (1994 a 1998), Prof. Dr. César Francisco Ciacco
(1990 a 1994), Prof. Dr. Roberto Teixeira Mendes (1999 a 2002), Prof. Dr. Mohamed Habib (2005 a 2009),
Prof. Dr. Rubens Maciel Filho (2002 a 2005) e Prof. Dr. José Carlos Valladão de Mattos (1986 a 1990).
“Expresso nesse espaço os meus agradecimentos aos colegas ex-Pró-Reitores
de Extensão e Assuntos Comunitários da
nossa universidade, pois, sem o trabalho
por eles desenvolvido, eu não teria condições de fazer a minha parte”.
Prof. Dr. Mohamed Habib
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Introdução
A Gestão Tadeu Jorge/Fernando Costa 2005/2009 fez da Extensão Universitária na UNICAMP uma das portas mais amplas de interação da universidade com a sociedade. Além de
compreender perfeitamente o papel de uma universidade pública e o seu desafio perante o
diagnóstico de uma realidade social, econômica e política bastante problemática, buscou interagir diretamente com vários setores da sociedade, inclusive investindo na harmonização
e na humanização das relações entre diferentes categorias sociais.
O conhecimento gerado na academia continuou fluindo e respondendo às demandas
dirigidas à UNICAMP, quer pelo setor público, quer pelo setor privado, quer pela sociedade
civil organizada; nesta última em mais de um momento a academia beneficiou-se do fluxo
em sentido contrário.
A integração interna envolvendo docentes, estudantes e profissionais de apoio, alcançou
patamares jamais vistos anteriormente. O estímulo a pesquisas em Extensão Comunitária
com recursos financeiros próprios através de Editais Anuais, além da criação de disciplinas
de extensão específicas para esta atividade, são exemplos notáveis.
O Projeto Rondon na sua nova versão reconhece a forte participação da UNICAMP, nos
últimos quatro anos, através de suas equipes de estudantes, professores e profissionais de
apoio. Aos estudantes cabe a matrícula numa nova disciplina específica, criada com o intuito de estimular e de valorizar a participação de estudantes e professores.
A extensão comunitária desenvolveu programas, projetos e ações diversas, que contribuíram
enormemente para a formação de jovens cidadãos e de profissionais de excelente qualidade.
A UNICAMP esteve atenta ao resgate da memória e da história das cidades da Região
Metropolitana de Campinas, não apenas restaurando patrimônios históricos, mas, também,
escrevendo a história de períodos que fizeram de Campinas a segunda cidade mais importante do Estado de São Paulo. Assim, foi criado o Centro Cultutral de Inclusão e Integração
Social da UNICAMP (CIS-Guanabara) após o restauro e a reforma da Estação Guanabara, na
área central de Campinas.
A Economia Solidária como base de sustentação de incubadoras de cooperativas populares e as oficinas profissionalizantes destinadas a jovens de baixa escolaridade são exemplos
de programas bem sucedidos de inclusão social oferecidos pela PREAC, além de reconhecidos e financiados, inclusive, pelo Governo Federal.
Combatendo a violência contra mulheres, crianças e minorias, a UNICAMP esteve presente,
fortemente, através de seus programas e projetos como SOS Ação Mulher e Família, Comunidades Quilombolas, Alfabetização Solidária, Café Cultural Santa Luzia e Cursinho Exato.
A Escola de Extensão também esteve fortemente presente com seus cursos de capacitação e de educação continuada, oferecidos por docentes e acadêmicos da UNICAMP,
atendendo a expressas demandas de diferentes setores da sociedade. Programas como o
“Educação Sócio-Ambiental”, capacitando educadores ambientais de diferentes setores da
sociedade tiveram apoio e financiamento do Governo Federal. O Programa de Gestão Estratégica em Políticas Públicas é um outro exemplo, neste caso, capacitando profissionais de
órgãos públicos governamentais.
A divulgação e o debate de diferentes temas de extensão universitária também receberam uma grande atenção nos últimos quatro anos, inaugurando os Congressos de Extensão
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Universitária, com as suas duas primeiras versões já realizadas. Ainda os Fóruns de Extensão
Universitária envolveram temas atuais e de grande interesse para a sociedade humana em
geral e a brasileira em particular.
O Espaço Cultural “Casa do Lago”, nos últimos quatro anos, foi capaz de receber mais
de 94 mil visitantes, participando em mais de dois mil eventos artísticos e culturais. A Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural, além de disponibilizar e de administrar o seu
espaço físico (ginásio e auditórios), desenvolveu projeto de integração com a comunidade
escolar da região de Campinas, com o apoio financeiro da FAPESP.
A Rádio e Televisão da UNICAMP (RTV/UNICAMP) teve uma forte presença na rede da TV
Universitária de Campinas, apresentando produções, debates e manifestações de professores e acadêmicos da Universidade, cobrindo diferentes áreas de conhecimento.
O recente apelo público nacional e internacional voltado para uma transformação social
mundial com mais justiça e igualdade entre as pessoas e os povos sugere a substituição dos
indicadores exclusivamente econômicos e financeiros, representados pelo Produto Interno
Bruto - PIB - por outros representados pelo FIB (Felicidade Interna Bruta). A UNICAMP promoveu em 2008 o primeiro debate sobre o tema.
Sem dúvida alguma estas e várias outras ações de extensão na UNICAMP não poderiam
ter sido viabilizadas sem que se avançasse no processo de institucionalização, mediante a
criação de normas e regras para as diferentes facetas da Extensão Universitária. Os festivais
também tiveram o seu espaço nas atividades da PREAC, desde o Festival do Café até o 1º
Festival Internacional da Leitura de Campinas.
Este relatório apresenta o resumo das atividades desenvolvidas pela PREAC no período
de maio de 2005 a abril de 2009.
Prof. Dr. Mohamed Habib
Pró-Reitor de Extensão e
Assuntos Comunitários
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Institucionalização da Extensão
Universitária da UNICAMP
A institucionalização da Extensão Universitária na UNICAMP, a partir de 2005, por iniciativa da PREAC, pautou-se por duas linhas mestras de ação. Primeiro, a elaboração pela
PREAC e a posterior aprovação nas instâncias deliberativas da Universidade de um conjunto
de instrumentos normativos e reguladores que constituem a base legal para a promoção e a
valorização das atividades de Extensão. O objetivo maior era definir caminhos mais seguros
e eficazes para preservar e fortalecer a qualidade e a credibilidade institucional da extensão
aqui praticada, incorporando-lhe os valores éticos e morais acadêmicos que fizeram da
UNICAMP umas das mais respeitadas instituições universitárias do Brasil. Segundo, o estabelecimento de relações externas mediante a celebração de convênios e amplas parcerias
institucionais, para dar à Extensão o imprescindível vínculo com a sociedade civil.
Normas e Regulamentos
No quadriênio pode-se destacar a edição das seguintes normais institucionais:
s Deliberação CEPE - A- 08/05: Altera o §1º do artigo 2º da Deliberação CepeA-4-2003, que dispõe sobre a implantação, oferta e acompanhamento de Cursos
de Especialização e Cursos de Aperfeiçoamento, na Modalidade Extensão Universitária, da UNICAMP.
s Deliberação CONSU -A- 09/05: Altera o inciso III do artigo 4º da Deliberação ConsuA-02-99, que dispõe sobre o Regimento Interno da Escola de Extensão.
s Regimento Interno do Conselho de Extensão - CONEX - Aprovado pelo CONEX em
15 de dezembro de 2005.
s Resolução GR 57/2006: Cria o Conselho de Desenvolvimento Cultural - CONDEC
- responsável pela formulação e definição das políticas de extensão para o desenvolvimento cultural da UNICAMP.
s Resolução GR nº 58/2006 : Dispõe sobre a Coordenadoria de Desenvolvimento
Cultural (CDC).
s Resolução GR nº 69/2006: Altera o artigo 2º da Resolução GR 88/94 que criou o
Conselho de Extensão - CONEX.
s Resolução GR nº 22/2007: Altera o artigo 2º da Portaria GR n° 88/94 que criou o Conselho de Extensão - CONEX e o Artigo 3° do Regimento Interno do CONEX.
s Resolução GR nº 36/2007: Regulamenta o pagamento de bolsas de ensino, pesquisa, extensão e de estímulo à inovação.
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s Norma CONEX 01/2007, aprovada pelo CONEX em 13 de setembro de 2007, que
estabelece critérios para a convalidação de créditos obtidos em disciplinas/cursos
de extensão cursados fora da UNICAMP.
s Instrução Normativa EXTECAMP 01/2007: Regulamenta as questões disciplinares
para alunos dos cursos no âmbito da Extensão (Guia do Aluno).
s Deliberação CONSU-A-05/2007, aprovada no CONSU em 29 de maio de 2007: Regulamenta a participação de profissionais externos à UNICAMP em Cursos de Extensão.
s Norma CONEX 02/2007, aprovada pelo CONEX em 03 de outubro de 2007: Regulamenta que os Coordenadores dos Cursos de Extensão Universitária oferecidos pela
UNICAMP devem ter vínculo institucional com a universidade.
s Edital 6/2007 do Programa de Apoio à Extensão Universitária (PROEXT), do Ministério da Educação (MEC), foram aprovados três projetos da UNICAMP: Cultura
afro-brasileira, Cooperativas populares e Saúde e o meio ambiente.
s Deliberação CEPE nº 466/2007, criando duas disciplinas de Extensão: EX-001 - Projeto
de Extensão Comunitária I e EX-002 - Projeto Rondon de Extensão Universitária para
dar o caráter Institucional a atividades de Extensão Comunitária desenvolvidas por
estudantes e docentes da UNICAMP, reconhecidamente integrando pesquisas científicas, ensino e comunidades externas.
s Deliberação CONDEC - 01/2008, dispõe sobre o Regimento Interno do Conselho
de Desenvolvimento Cultural da UNICAMP - CONDEC
s Norma CONEX 01/2008, aprovada pelo CONEX em 07 de agosto de 2008: estabelece critérios para cálculo de custo e remuneração associados a disciplinas e cursos
de extensão da UNICAMP.
s Resolução GR 12/2008: Dispõe sobre contratos para divulgação de cursos de extensão da UNICAMP.
s Resolução GR nº 22/2008: Altera disposições que regem o funcionamento do LEPAC - Laboratório de Estudos e Pesquisas em Artes e Ciências e o vincula à PróReitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da UNICAMP - PREAC.
s Resolução GR nº 27/08: Dispõe sobre a criação do CIS-GUANABARA - Centro Cultural de Inclusão e Integração Social da UNICAMP
s Resolução GR 30/2008: Estabelece critérios para fixação do custo total de Cursos
e Disciplinas de Extensão da UNICAMP e dá outras providências.
Parcerias institucionais firmadas
As parcerias institucionais, atreladas aos Programas da PREAC, visam fortalecer a relação
da UNICAMP com a sociedade. Nesta ação incluem-se a assinatura de convênios plurianuais
e a participação em editais públicos de Extensão. A seguir, estão alguns exemplos de convênios firmados no quadriênio.
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Convênios com o MEC e o Ministério da Cultura Programa PROEXT
Entre 2005 e 2007 foram firmados seis convênios com o MEC/PROEXT, totalizando R$124
mil. Em 2005, foram três Convênios: Programa Comunidades Quilombolas: “Formento à extensão comunitária...”, valor R$ 28.800,00; “Capacitação de Agentes Populares de Microcrédito
Produtivo...” valor R$ 21.000,00; “Capacitação para o Assentamento 12 de outubro do Horto
Vergel...” - Valor R$ 27.000,00. Em 2007, três Convênios: “A história e cultura Afro-Brasileiras...” valor R$ 25.000,00; “Desenvolvimento para o protagonismo dos jovens em Saúde e Meio
Ambiente”, valor R$ 22.000,00; “Metodologias de incubação de grupos autogestionários...”
valor R$ 29.000,00. Em 2007, um Convênio com o PROEXT/MINISTÉRIO DA CULTURA, Projeto
Cultura no Centro Elesbão - Barão Geraldo, valor R$29.986,00.
Convênio com a Associação Brasileira dos
Municípios - ABM
Através do Programa de Gestão Estratégica em Políticas Públicas da PREAC foi celebrado em
2007 um convênio com a Associação Brasileira dos Municípios -ABM, entidade que congrega
mais de três mil municípios, visando oferecer, durante três anos, cursos de extensão/especialização em Gestão Estratégica em Políticas Públicas para 1500 dirigentes. O cursos envolvem
teoria e práticas em gestão estratégica, planejamento, implementação e avaliação de políticas
públicas, compartilhamento de experiências para aumentar a efetividade das ações de dirigentes
públicos em pequenos e médios municípios brasileiros, contribuindo para capacitá-los para o
exercício de suas funções no cenário atual de mudanças nas políticas públicas, na condução dos
processos de inovação e na inclusão social em nível municipal.
Convênio com a Prefeitura Municipal de Campinas - PMC
No quadriênio foram realizadas diversas ações em parceria com a PMC no campo da
preservação ambiental, destacando-se o Projeto Sustentar, visando a realização anual do
“Fórum Social para o Desenvolvimento Sustentável”, e dois convênios para a implantação
de hortas comunitárias em áreas públicas e para a instalação de um Mercado Municipal de
Alimentos Orgânicos, e no final de período realizou-se o 1º Festival Internacional da Leitura
de Campinas (Filc)
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Primeiro Festival Internacional da Leitura de
Campinas - FILC - 18 a 24 de abril de 2009
Fruto de uma parceria entre a UNICAMP, através da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos
Comunitários (PREAC), e a Prefeitura de Campinas, foi oficialmente lançado em 24 de março de
2009 o 1º Filc que tem como objetivo resgatar o hábito da leitura entre as pessoas de todas as
idades. Esta parceria pode ser considerada como uma política inteligente que utiliza a soma e a
multiplicação das sinergias e esforços, colaborando para o desenvolvimento social.
Para a PREAC este festival devolve às nossas crianças, jovens e adolescentes o poder da
imaginação, da criação e da emoção a partir de uma leitura.
FOTO: ANTÔNIO JOSÉ SCARPINETTI
A programação do Filc envolve:
s presenças das principais editoras do país;
s narrações de histórias, peças infantis, apresentações musicais;
s assunto gastronômicos onde chefs de cozinha - também autores - apresentarão suas
obras;
s mesas literárias com atrações internacionais Richard Hingley (Universidade de
Durham, Inglaterra), Jean-François Barrielle (diretor da editora Hazan e especialista
em livros de arte, da França) e Juan Lo Bianco (especialista em editoração de livros de
arte, da Argentina);
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Primeiro Festival Internacional da Leitura de Campinas - Filc
s autores brasileiros Affonso Romano de Sant´Anna, Fernando Morais e Moacyr Scliar.
s projeto Leitura do Céu, do astrônomo Julio Lobo. Realização da leitura do céu para reconhecimento das principais estrelas e constelações e posterior observação ao telescópio
durante o anoitecer, na parte externa da gare da Estação Guanabara.
Para o Sr. Hélio de Oliveira Santos, prefeito de Campinas, a cidade está entre as sete do
país com maior número de livrarias e isso significa dizer que tem massa crítica para acessar
essas livrarias e isso tem muito a ver com a UNICAMP e as demais universidades e escolas
que vem estimulando gerações.
FOTOS: ANTÔNIO JOSÉ SCARPINETTI
Primeiro Festival Internacional da Leitura de Campinas - Filc
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FOTOS: ANTÔNIO JOSÉ SCARPINETTI
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Primeiro Festival Internacional da Leitura de Campinas - Filc
Fóruns e Congressos
A Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários por entender que a Extensão Universitária desempenha papel fundamental no processo de desenvolvimento da sociedade
brasileira, tem estimulado propostas e implementações de programas, projetos e ações que
estão inseridas no contexto de extensão universitária e para tanto, vem promovendo fóruns,
seminários e congressos visando a discussão, difusão e valorização das atividades de extensão da UNICAMP.
DIVULGAÇÃO
Fóruns e Congressos
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Tabela 01 - Eventos com a participação direta da PREAC na organização e realização.
Evento
Período
Congresso
1º. Congresso Anual de Extensão da UNICAMP - apresentação de 130 trabalhos para um público participante de aproximadamente 400 pessoas.
2º. Congresso Anual de Extensão da UNICAMP: “Energia, Ambiente e desenvolvimento Sustentável” - 168 expositores, com cerca de 300 inscrições e um
público que variava entre as diferentes sessões.
05 a 07 de dezembro de 2006
17 e 18 de novembro de 2008
Conferência
1a Conferência sobre Felicidade Interna Bruta: Participação do Pró-Reitor de
Extensão, Prof. Mohamed Habib, do Coordernador das pesquisas do FIB no
Butão, Sr. Karma Dasho Ura, do Consultor das Nações Unidades sobre o
assunto, Sr. Michael Pennock, da Coordenadora do FIB no Brasil, Sra. Susan
Andrews e do Consultor da ONU em gestão econômica descentralizada, Sr.
Ladislau Dowbor
31 de Outubro de 2008
Fórum
“A UNICAMP e a Extensão Universitária”
12 de abril de 2006
“Agentes Comunitários na promoção da Saúde/ Comunidade Saudável”
12 de Setembro de 2006
“Projetos de Extensão Universitária e Responsabilidade Social”
8 de Novembro de 2006
“Projeto Rondon na Extensão da UNICAMP”
10 de abril de 2007
“Plano de Extensão da UNICAMP: subsídios para elaboração”
12 de junho de 2007
“Sistema Único de Assistência Social: Monitoramento, Território e Família”
08 de agosto de 2007
“O Pólo de Extensão Cultural da UNICAMP”
12 de setembro de 2007
“Esporte, Arte e Lazer na Extensão da UNICAMP”
14 de novembro de 2007
“Consolidação do Projeto Rondon na Extensão da UNICAMP”
30 de abril de 2008
“Extensão Universitária na Relação Universidade / Sociedade”.
14 de maio de 2008
O Papel do Aluno na Extensão Comunitária
18 de junho de 2008
“Violência na Sociedade: Interfaces na Assistência Social e na Saúde” (Serv
Social - HC)
12 de novembro de 2008
Workshop
“Acreditação de laboratórios da UNICAMP” - em parceria com o Centro de
Tecnologia (acreditado pelo Inmetro).
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Fóruns e Congressos
23 de abril de 2007
Conselho de Extensão - CONEX
O CONEX é um conselho criado por meio da Portaria GR - 88, de 19 de julho de 1994
e a ele compete manifestar-se sobre todos os assuntos que envolvam atividades de extensão, e, em especial sobre: o mérito de contratos, convênios, bem como de seus respectivos
aditivos, de interesse dos Institutos e Faculdades, Núcleos e Centros. Dentro das regras estabelecidas pelo próprio conselho, também são analisados e aprovados os cursos de extensão
de interesse de toda a comunidade da UNICAMP. A Resolução GR Nº. 22, de 09 de maio
de 2007 estabelece que o Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários e o Secretário
Executivo exercerão, respectivamente, a Presidência e a Vice-Presidência do CONEX.
O CONEX, a partir do seu novo Regimento Interno, é composto por um representante de
cada unidade de ensino e pesquisa (20), um de cada Colégio Técnico (2), um do CESET e um
da Coordenadoria de Centros e Núcleos (COCEN), além dos representantes dos Pró-Reitores
de Pesquisa, Graduação e de Pós-graduação e do Diretor Executivo da Agência de Inovação
da UNICAMP. As reuniões do CONEX são realizadas a cada 15 dias. Durante o período considerado, maio de 2005 a abril de 2009, o Conselho de Extensão analisou e aprovou mais de
2200 processos que proporcionaram recursos extra-orçamentários da ordem de R$ 665,23
milhões. A partir do ano de 2005 esse tipo de recurso passou a apresentar um crescimento
significativo, atingindo seu ápice de R$ 366,57 milhões no ano de 2007. Os processos que
tramitam pelo CONEX são classificados dentro das seguintes modalidades: termo aditivo,
contrato, convênio, relatório final, acordo de cooperação e prestação de serviços.
Figura 01
Processos aprovados no CONEX, por modalidade,
no período de maio/2005 a abril/2009:
A figura 01 apresenta a distribuição dos processos, por modalidade, analisados e aprovados pelo CONEX no período indicado. Observa-se a grande quantidade de termos aditivos,
pois sempre são celebrados para contemplar partes específicas de convênios e contratos
homologados. Estes mesmos processos, geradores de R$ 665,23 milhões em recursos extra-
Conselho de Extensão - CONEX
17
orçamentários à UNICAMP e às unidades proponentes, podem ser vistos por outro ângulo,
associando-os ao tipo de parceria efetuada, como mostra a figura 02 abaixo.
Figura 02
Parcerias de diferentes naturezas aprovadas pelo CONEX no
período de maio de 2005 a abril de 2009.
Observa-se que a UNICAMP firmou mais parcerias com setores privados (32,5%), Universidades estrangeiras (12,2%), ONG’s e Fundações(10,5%), Empresas estatais (9,4%) e
Secretarias estaduais (8,0%) e que juntos totalizaram 73,0% do total de processos.
Figura 03
Quantidade de Convênios Aprovados por Área do Conhecimento
18
Conselho de Extensão - CONEX
A maior parte das parcerias está associada às áreas Tecnológicas (20%) e da Saúde
(18%), totalizando 38% do total.
Na área tecnológica destaque para as Faculdades de Engenharia Elétrica e de Computação (136), Engenharia Mecânica (86), Engenharia Agrícola (72). Enquanto que na área da
Saúde o Hospital de Clínicas (217) e Hemocentro (165).
Equipe
Karen Freitas Silveira
Ralciê Silva Pequeno
Regina Célia Vicentin
Waddell Stephan Luz
ALEX MATOS
Conselho de Extensão - CONEX
19
Centro Cultural de Inclusão e Integração Social da
UNICAMP - CIS-Guanabara
Enquanto esteve em operação, a partir da sua inauguração em março de 1893, a Estação
Guanabara atendeu inúmeras linhas ferroviárias da região, como a Sorocabana, a Funilense
(trecho de Pádua Salles) e a de Mairinque. Além de transportar mercadorias, especialmente
o café, a Estação representou também um importante ponto de embarque e desembarque
de passageiros.
A Estação Guanabara, tombada em 2004 pelo Conselho do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc), é considerada hoje como um dos maiores e mais representativos bens
históricos culturais de Campinas em recuperação.O atual conjunto arquitetônico da Estação
Guanabara, que está sob a responsabilidade da UNICAMP, compreende os prédios do Armazém do Café, da Administração e a Gare metálica.
DÁRIO CRISPIM
Era assim...
O CIS-Guanabara, sede do Centro Cultural de Inclusão e Integração Social da UNICAMP,
espaço privilegiado de atividades da UNICAMP junto à sociedade de Campinas e da região
metropolitana, que visa à promoção de um amplo programa de atividades comunitárias nas
20
CIS - Guanabara
áreas de difusão científica, de habilidades culturais e artísticas e de oficinas profissionalizantes.
É o compromisso da UNICAMP em recuperar e preservar a memória e a cultura da cidade promovendo, simultaneamente, a inclusão e a integração social. O Centro disponibiliza, também,
espaços para eventos, prestação de serviços de interesse público e apresentações.
Com o firme propósito de instituir o Centro Cultural de Inclusão e Integração Social, foi
criado o Grupo de Trabalho da Estação Guanabara com a missão de implementar este
Centro, coordenar os trabalhos de restauro arquitetônico e de requalificação urbana do
complexo da Estação Guanabara e o seu entorno, implementar a programação de cursos,
oficinas e eventos e promover a divulgação e comunicação de todas as ações nos mais diDIVULGAÇÃO
versos meios.
Projetos e Ações desenvolvidos
Em 2005, a PREAC elaborou a proposta de restauro arquitetônico e requalificação urbana para o conjunto sob responsabilidade da UNICAMP na Estação Guanabara (Prédio
Administrativo, Gare Metálica, Armazém do Café) para enquadramento na Lei de Incentivo
à Cultura - Lei Rouanet.
Tal proposta foi encaminhada em 30 de setembro e aprovada pelo Ministério da Cultura
em janeiro de 2006.
Assim, foram definidas 4 etapas de restauro da Estação Guanabara:
s
s
s
s
Etapa 1: Armazém do Café;
Etapa 2: Gare Metálica e Edifício Administrativo
Etapa 3: Construção do Teatro;
Etapa 4: Requalificação Urbana do entorno.
CIS - Guanabara
21
A PREAC/UNICAMP participou de diversas reuniões e audiências com autoridades do
Poder Público legislativo e judiciário, com o objetivo de apresentar a sua proposta e, principalmente, discutir o futuro da área que ainda pertence à Companhia Paulista de Obras e
Serviços (CPOS). Entre essas destacamos:
s Reunião com o ouvidor da Câmara Municipal de Campinas e representantes da
CPOS, em 9 de agosto;
s Reunião com a Chefia do Corpo de Bombeiros sobre um plano de prevenção de
segurança, e estudos sobre a implantação de uma unidade do agrupamento, em 18
de setembro;
s Debate na Câmara Municipal sobre a ocupação das áreas da malha ferroviária em
Campinas, em 22 de Setembro;
s Participação em nova plenária na Câmara Municipal de Campinas, em 30 de Setembro;
Em Novembro de 2005, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano (CDHU)
confirmou para a UNICAMP e CPOS a finalização do Empreendimento Campinas F (Região
de Aparecidinha), na qual as famílias cadastradas em 2003 da área da Estação Guanabara
serão atendidas.
Dessa forma, ainda em Novembro, as famílias, já cadastradas, compareceram na Estação
Guanabara para obtenção do número da habilitação de moradia. Durante esse processo
pode-se constatar a presença de mais 60 famílias que procuravam uma oportunidade de
inserção no Programa do CDHU, famílias que haviam ocupado, nos meses recentes, áreas
do entorno da Estação Guanabara. Tal fato fez com que a UNICAMP promovesse o cadastramento desse novo grupo.
DIVULGAÇÃO
Ficou assim!
22
CIS - Guanabara
Entre janeiro e março de 2006 as 48 famílias inicialmente cadastradas assinaram os contratos de propriedade e se transferiram, imediatamente, para os conjuntos Campinas F e
Jardim São Bento da CDHU.
Com a transferência dessas famílias ocorreu uma nova ocupação das áreas pertencentes à
CPOS no entorno da Estação Guanabara; a UNICAMP e a Prefeitura Municipal de Campinas
realizaram um novo cadastro dos moradores, em 07 de Maio de 2006, totalizando 54 famílias.
Em Abril de 2006 a Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da UNICAMP inaugurou o Centro Cultural de Integração e Inclusão Social no Armazém do Café, com atividades
culturais: grafiteiros (Campinas e São Paulo), grupos de música popular, corais, baterias,
violeiros, capoeiristas, rappers e street dancers, promoveram dois dias de eventos, afirmando a ocupação da UNICAMP e consolidando DIVULGAÇÃOo perfil sócio-cultural das ações.
Na mesma ocasião, foi implantado o canteiro de restauro do conjunto, com a disposição dos tapumes e limpeza preventiva de toda
a área. Também foi instalada uma
infra-estrutura de apoio para as
atividades do Centro Cultural (iluminação, palcos, cadeiras, mesas,
etc.).
Paralelamente, a Câmara Municipal de Campinas promoveu
uma audiência pública, reunindo
a UNICAMP, a Prefeitura Municipal
e algumas secretarias, a CPOS, os
chefes das polícias militar e civil, o Instituto Agronômico de Campinas - IAC e representantes de
Universidades (Puccamp, UNIP) para debater o destino das áreas ainda sob responsabilidade do
Estado de São Paulo e os seus graves problemas sociais, como prostituição infantil e narcotráfico.
Entre as positivas conseqüências dessa reunião, foram configurados dois grupos de trabalho, um da área de Assistência Social (PREAC/UNICAMP, Secretaria de Assistência Social
da PMC e Conselho Municipal Tutelar) e outro, para o planejamento urbano (PREAC/UNICAMP, IAC, Departamento de Parques e Jardins da PMC). O primeiro grupo foi responsável
pela atualização do cadastro das famílias que ora ocupavam a área, citado acima; o segundo, pelo projeto urbano de drenagem e implantação de um parque linear em toda a unidade territorial da Estação Mogiana.
Com o objetivo de estabelecer um calendário regular de atividades na Estação Guanabara, a PREAC-UNICAMP promoveu em maio de 2006 um edital de chamada para projetos culturais e educacionais. Foram enviadas 68 propostas nas mais diversas áreas (artes,
profissionalização, cultura tecnológica, saúde, etnias e antropologia, etc.). Esse resultado
estimulou a posterior definição de um edital de projetos de extensão para ser promovido
pela PREAC em 2007.
As primeiras 8 oficinas, resultantes desse edital, foram realizadas entre os meses de Setembro e Dezembro, com um número de matrículas próximo a 650 interessados.
CIS - Guanabara
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DIVULGAÇÃO
Entre Setembro e Outubro de 2006 algumas obras foram realizadas para garantir uma melhor acessibilidade aos locais de trabalho da Estação Guanabara (construção de rampa para portadores de necessidades especiais) e obras de conservação preventiva (recuperação dos telhados do Prédio administrativo), assim como segurança (cabina de vigilância, postes externos de
iluminação). Também foram iniciadas as primeiras pesquisas, em laboratórios especializados da
UNICAMP, sobre os materiais históricos para o efetivo e correto restauro como as ligas metálicas
(Centro de Tecnologia) e argamassas (Laboratório de Difração de Raios-X).
24
CIS - Guanabara
Ainda em Setembro de 2006, o CIS da Estação Guanabara abrigou o segundo encontro
regional do ITCP, reunindo mais de 40 cooperativas populares, em um total de 350 pessoas
participantes. Também em Setembro de 2006, a sede regional da Federação dos Estudantes
de Arquitetura realizou o seu encontro anual nas dependências do CIS, com um público de
82 pessoas.
Em dezembro de 2006, a IBM e a PREAC concluíram um convênio para implantação de
um laboratório de informática na Estação Guanabara, com o objetivo de promover cursos
de inclusão e de acessibilidade para cidadãos com sub-visão. O Laboratório de Acessibilidade Digital foi inaugurado dia 15 de agosto de 2007.
Em Abril de 2007, o grupo Lume da UNICAMP realizou, por quinze dias, uma temporada
de seis espetáculos da peça “Kavka agarrado num traço de lápis”, no Armazém do Café
do Centro Cultural de Inclusão e Integração Social da UNICAMP - Estação Guanabara com
um público total de 450 pessoas.
Esse espetáculo contou com o patrocínio do FICC - Fundo de Investimentos Culturais de
Campinas e com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da UNICAMP
e do Programa de Ação Cultural (PAC) da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.
Em novembro de 2007 a empresa Campinas Decor firmou uma parceria com a UNICAMP
onde foi concedido um termo de permissão de uso até julho de 2008, para a realização de uma
amostra em arquitetura, decoração e paisagismo nas dependências da Estação Guanabara, em
contrapartida a empresa assume o compromisso de restauro do prédio Administrativo e da
Gare Metálica. A assinatura do Convênio foi realizada nas dependências do Armazém do café
que contou com a presença do Reitor da UNICAMP José Tadeu Jorge, o Pró-Reitor de Extensão
Prof. Mohamed Habib, autoridades do legislativo da Prefeitura de Campinas e as empresárias da
Campinas Decor, Stella Tozzo e Sueli Cardoso.
DIVULGAÇÃO
CIS - Guanabara
25
Na mesma época foi feita apresentação para 300 profissionais de arquitetura e decoração, possíveis expositores na mostra do Campinas DECOR em 2008.
DIVULGAÇÃO
DIVULGAÇÃO
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CIS - Guanabara
Visitação dos profissionais nas dependências da Estação para a escolha das respectivas
áreas de atuação, para a criação do espaço adequado de acordo com a especialidade do
profissional envolvido mostra do Campinas - Decor 2008 na Estação Guanabara.
DIVULGAÇÃO
Em 17 de janeiro de 2008, foram
realizados os primeiros workshops
“Técnicas de Restauro” e “Acessibilidade” ambos ministrado pelo professor Marcos Tognon.
A partir de janeiro a abril de 2008
foram intensificadas as obras em todos os ambientes do Prédio principal
da Estação bem com a plataforma e a
gare metálica.
Em fevereiro de 2008, uma comitiva composta por trabalhadores
aposentados de empresas ferroviárias
da companhia Mogiana, que compõe o Sindicato da Mogiana e a União dos Ferroviários
Aposentados da Mogiana (Ufam), passou uma tarde visitando e conhecendo as atividades
do Centro Cultural de Inclusão e Integração Social da UNICAMP (CIS-Guanabara) na antiga
Estação Guanabara. Estiveram presentes o presidente do Sindicato da Mogiana Paulo Francisco e o presidente da Ufam Arley Martins.
DIVULGAÇÃO
Já em meados de fevereiro de 208
existia preocupação com a conservação
das pinturas artísticas, que compõe a
decoração das paredes do núcleo mais
antigo do prédio da administração da
Estação Guanabara. São pinturas feitas
há mais de um século, algumas quase
desaparecem por efeito das ações do
tempo, mas estão sendo cuidadosamente conservadas pela especialista em
restauro Eliana Ambrósio, que aplica
uma técnica de proteção nas pinturas
possibilitando a sua integridade, mesmo que sejam cobertas por outras camadas de tintas.
Ainda no mesmo mês de março
de 2008 alunos de arquitetura da
Puc-Campinas, também participaram
de uma palestra realizado pelo professor Marcos Tognon, sobre Restauro na Estação Guanabara, bem como
sua história.
CIS - Guanabara
27
No dia 29 de abril de 2008 foi então inaugurada a abertura da mostra Decor 2008 já com
as intervenções, restauro e preservação dos ambientes.
DIVULGAÇÃO
DIVULGAÇÃO
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CIS - Guanabara
Equipe
Amarildo Pires Fonseca
Antonio Carlos da Silva Araújo
César Apareciddo Nunes
Cláudio Corsini
Dário Mendes Crispim da Silva
Fátima Segantin
Irani Ribeiro
Magali Mendes
Marcos Tognon
Maria José Eleutério
Massako Toma
Rinaldo Aparecido Norato
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CIS - Guanabara
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Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural - CDC
A CDC tem exercido seu papel na execução, elaboração e implementação de uma política de desenvolvimento cultural, na área de extensão na Universidade, com o planejamento,
a realização, a produção e ações que integrem a comunidade interna com a sociedade. Para
tanto, dá apoio aos acontecimentos que a Universidade julga importantes, nas áreas de
ensino, pesquisa e extensão, dispondo toda infra-estrutura necessária para a realização de
eventos institucionais como formaturas, encontros científicos, feiras, congressos, eventos
de diversos tipos, bem como estabelecemos parcerias com outros segmentos institucionais
visando produzir o Projeto de Desenvolvimento Cultural.
Orientada pela proposta da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Universidade Estadual de Campinas, cuja perspectiva é realizar projetos que aproximem
a Universidade da comunidade, a Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural tem se
dedicado ao desenvolvimento dos subprojetos do Projeto UNICAMP dia-a-dia: ciência e
arte para o desenvolvimento cultural. Tal Projeto tem como objetivo transformar a Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural - CDC - em um espaço de divulgação e discussão de
saberes científicos, tecnológicos e culturais para a população interna e externa à UNICAMP.
Visa a concretizar essa aproximação com a comunidade por meio de atividades culturais resultantes de produções científicas e artísticas tanto da universidade quanto da comunidade
de Campinas e outras cidades do Brasil que freqüentam os eventos científicos e culturais realizados nos três Auditórios do nosso Centro de Convenções e no Ginásio Multidisciplinar.
Em agosto de 2007 o Projeto UNICAMP dia-a-dia foi aprovado pela FAPESP e Fundação VITAE o que viabilizou a aquisição de sete computadores, assim como a infra-estrutura necessária
à sua instalação, e tornou possível a criação de um laboratório de textos que reúne os trabalhos
desenvolvidos pelos oito bolsistas SAE vinculados ao UNICAMP dia-a-dia.
Como forma de ampliar a equipe e oferecer aos alunos da UNICAMP a oportunidade de desenvolver atividades de extensão comunitária, foram solicitados oito bolsistas ao Serviço de Apoio aos
Estudantes (SAE), dos quais quatro trabalham no projeto desde maio de 2007 até então. Além dos
bolsistas, a equipe da CDC dedicada às atividades do Projeto UNICAMP dia-a-dia é composta pela
Profa. Dra. Maria Irma Hadler Coudry (Coordenadora), Maria Cristina Amoroso Lima Leite de Barros
(Apoio a projetos culturais) e Fernando Vasconcelos (Produtor Cultural) e pelos SAE: Vladiere Souza
(Matemática), envolvido com a realização do subprojeto Contando Contos; Majore Moraes Souza
(Geografia) envolvida com a realização do projeto UNICAMP dia-a-dia e seus relatórios; Diego Leonardo Silva Scocca (Física); Henrique Rodrigues (Artes Plásticas), envolvido com o subprojeto Contos
e Contos e Vagner Tadeu Salzani (Física-Médica) envolvido com a realização dos subprojetos Acústica
e Música e Música e Artes Visuais na Escola. Em fevereiro de 2008 outros quatro bolsistas passaram
a integrar a equipe que se dedica às atividades do UNICAMP dia-a-dia, completando a solicitação:
Bruno Maurício Rodrigues de Oliveira (Educação Física) dedicado ao subprojeto Futebol e Violência;
Maísa Sancassani (Letras), dedicada ao subprojeto Transformação de Linguagem Científica em
Linguagem de Divulgação; Marco Antonio Dias Júnior (Física), dedicado ao subprojeto A Magia
do Vidro e Márcio Modesto Homem (Música), que passou a trabalhar em conjunto com o bolsista
Vagner nos mesmos subprojetos, acima mencionados. Ainda com o apoio do SAE e do Banco Santander dois bolsistas passaram a trabalhar no projeto Banco de Dados da CDC que tem como meta
organizar os registros visuais das ações dos subprojetos do UNICAMP dia-a-dia, bem como outras
atividades realizadas na CDC.
30
Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural - CDC
Projeto UNICAMP dia-a-dia
O projeto geral que rege as atividades da CDC, o UNICAMP dia-a-dia: ciência e arte
para o desenvolvimento cultural teve inicialmente como objetivo principal organizar e
divulgar a produção científica e artística apresentadas pelos alunos da UNICAMP no Programa de Iniciação Científica (PIBIC) e na Universidade de Portas Abertas (UPA) às escolas da
comunidade de Campinas e região. Esse projeto maior contemplaria além da UPA e PIBIC,
uma gama de 20 subprojetos ligados à cultura e arte. Entretanto, este objetivo mostrou-se
por demais ousado para que fosse realizado imediatamente, dado que exigia condições,
incluindo recursos humanos e espaços físicos adequados, não disponíveis. Conforme proposto à FAPESP, foi desenvolvida uma experiência piloto com o UNICAMP dia-a-dia, ou
seja, as ações foram orientadas a subprojetos, menores em proporção e mais viáveis para
a estrutura que a CDC dispõe, conferindo experiência suficiente para hoje pensar e propor
ações em torno do PIBIC e da UPA.
Por um lado, o primeiro subprojeto realizado foi o Contando Contos, que recebeu premiações pela Prefeitura Municipal de Campinas (Secretaria Municipal de Cultura, Esportes e
Lazer); pelo Conselho Municipal de Cultura e Fundo de Investimentos Culturais de Campinas (FICC) e compôs a lista de projetos financiados em 2007. Esse subprojeto proporcionou
dois resultados: um evento de encerramento, o Festival de Contação de Histórias, envolvendo a participação de duas escolas do ensino público fundamental, e outro subprojeto
similar que passou a integrar música às atividades com contos, o Contos e Cantos. Este
último subprojeto recebeu o apoio da PREAC, sendo seu público-alvo constituído de educadores de escolas públicas e instituições sociais. Por outro lado, foi inaugurado o Espaço
de Arte no saguão da CDC, sendo sua estrutura parte do apoio que a FAPESP/Fundação
VITAE concedeu ao UNICAMP dia-a-dia. Esse espaço dedicado à arte é uma conquista da
CDC, em termos de aqui apresentar um ambiente especial que possa contribuir com o espaço de ciência e cultura que recebe o ano inteiro pessoas nos três Auditórios do Centro de
Convenções (que perfazem 1000 lugares) partícipes de eventos institucionais e não institucionais (cerca de 500 mil pessoas freqüentam esse complexo por ano). Por sua localização,
o Espaço de Arte da CDC tem sido bastante freqüentado, tendo a presença constante de
público para apreciar as exposições temporárias que aqui se apresentam. Tais exposições
foram amplamente acolhidas pela comunidade acadêmica, o que resultou no planejamento
e realização de mais 10 exposições para o próximo período, 05 das quais já realizadas após
o período a que se refere este Relatório, 03 já agendadas para o final de 2008, além de 05
já previstas para o início de 2009.
Outros dois subprojetos encontram-se em execução, como é o caso da Música e Arte
Visuais na Escola e Acústica e Música na Escola, e mais sete estão em fase de execução,
como A Magia do Vidro, Transformação de Linguagem Científica em Linguagem de
Divulgação, Futebol e Violência, Encontros: UNICAMP e Livraria Cultura, Meio Ambiente e Escola, Poesia no Espaço de Arte e Seminário no Espaço de Arte. Está, ainda,
em fase final de implantação o UNICAMP dia-a-dia itinerante, que visa a levar algumas
ações já concretizadas nos diversos subprojetos para praças e escolas, como concertos musicais, exposições de pinturas e gravuras (inclusive, obras de alguns artistas que já tiveram
suas obras expostas no Espaço de Arte da CDC).
Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural - CDC
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Subprojetos do UNICAMP dia-a-dia
O Projeto UNICAMP dia-a-dia desdobra-se em diversos subprojetos que visam a atender demandas culturais de algumas parcelas da sociedade, abarcando as comunidades internas e externas à UNICAMP, sob diversos aspectos. Os subprojetos mencionados neste
item já foram realizados sendo seus resultados analisados e incluídos no Banco de Dados da
CDC de forma a que possa servir de parâmetro para a elaboração de futuros subprojetos,
sendo as ações bem sucedidas retomadas e reapresentadas, enquanto que aquelas que se
mostraram problemáticas reformuladas ou descartadas.
Subprojeto Contando Contos
Este projeto resgatou contos da literatura universal que fizeram parte da infância de
muitas pessoas, recuperando histórias e situações que permitam aos participantes a reflexão
sobre valores humanos, utilizando uma metodologia que prima pela valorização da memória e da identidade individual. Pretendeu-se com as rodas de contar estória sensibilizar seus
participantes para a solidariedade humana, o trabalho em equipe, o diálogo na família e
na escola, com vistas a tematizar a violência e a agressividade, objetivando o compromisso
da comunidade em transformar a realidade. Nesse sentido é que as atividades do curso
incentivam a leitura e a escrita, sendo esperado que os participantes possam repassar essas
experiências para suas famílias, pessoas próximas e, principalmente, em sua atividade profissional, como educadores e multiplicadores.
DIVULGAÇÃO
32
Composto de sete cursos de 30 horas
formou 150 educadores. Baseou-se em
valores humanos e teve como proposta o
resgate de contos da literatura universal,
integrando as artes plásticas e a linguagem. Cada conjunto de 4 oficinas compôs um curso, com uma carga horária de
30 horas distribuídas entre 16 horas em
sala de aula, 6 horas de pesquisa e 8 horas de prática.
Para coroar a finalização da última turma do Contando Contos, em 5 de junho
de 2007, os contadores de história se dividiram em dois grupos: enquanto um
contou estórias no Auditório do Centro de
Convenções na CDC (para 300 crianças),
outro grupo contou histórias na EE José
Pedro de Oliveira (para 400 crianças dos
períodos matutino e vespertino), escola localizada no sub-distrito de Barão Geraldo.
O evento aconteceu simultaneamente nos
dois períodos. A idéia foi de os participantes do Contando Contos contarem estórias
Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural - CDC
para os alunos de forma a multiplicar a experiência vivida nas oficinas, colocando em prática o
conhecimento adquirido.
Subprojeto Contos Cantos
O subprojeto Contos e Cantos surgiu como resposta à solicitação dos participantes do
subprojeto Contando Contos para a continuidade dos encontros e foi aprovado no Edital
de Projetos Culturais - 2007 pela Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PREAC)
e desenvolvido pela CDC em parceria com a Galeria de Artes da UNICAMP, do Instituto de
Artes. A proposta deste subprojeto é integrar música, literatura e artes plásticas na formação de multiplicadores, capacitando-os a realizar um trabalho diferenciado no trato dos diversos assuntos tangentes aos valores humanos em seu local de trabalho, como em escolas,
empresas e instituições sociais. Para tanto, Ana Salvagni, cantora e regente formada pela
UNICAMP, foi convidada a participar do subprojeto junto de Maria Lúcia Neves, de forma
a integrar o conhecimento específico de cada profissional; Ana Salvagni, lançando mão de
sua vasta experiência na formação de educadores e crianças, no que diz respeito à música,
e Maria Lúcia Neves dando continuidade ao seu bem-sucedido trabalho no subprojeto Contando Contos como contadora de histórias.
As oficinas atenderam três diferentes grupos de participantes, no período de 13 de setembro a 13 de dezembro de 2007, com quatro encontros de duas horas cada, totalizando
12 horas (8 horas de trabalho prático e 4 horas de pesquisa) para cada um dos grupos.
Participaram do curso - que teve lugar na Galeria de Arte da UNICAMP e no Centro de
Convenções, às quintas-feiras, das 18h00 às 20h00 - 97 educadores de diversas escolas e
entidades de Campinas e região, totalizando 15 escolas do Ensino Fundamental e Médio e
19 entidades assistenciais.
Subprojeto Espaço de Arte
O Espaço de Arte da CDC é um subprojeto do Projeto UNICAMP dia-a-dia que visa a
divulgar a produção de artistas da UNICAMP, região de Campinas e de outros países para
as comunidades acadêmicas e extra-acadêmicas. Esse Espaço foi inaugurado em agosto
de 2007 e abriga exposições temporárias que articulam ciência e arte e lançando mão de
diversas técnicas das artes plásticas e da fotografia. É localizado no saguão do Centro de
Convenções da UNICAMP, está aberto para visitas de segunda a sexta das 9h00 às 17h00 e
conta com a presença de um monitor, bolsista/SAE da CDC, capacitado a oferecer informações sobre as obras e sobre o artista e, também, monitorar visitas previamente agendadas.
Além das visitas regulares, a CDC organizou durante o período de maio de 2007 a abril de
2008 encontros nos quais o artista expositor recebe alunos de escolas ou instituições para
falar a respeito de suas obras, explicar o processo de criação e produção e, ainda, oferecer
às crianças a oportunidade de realizarem a releitura de seus quadros ou fotografias com giz
de cera, tinta guache e lápis de cor.
A seguir, apresenta-se a lista das exposições realizadas no Espaço de Arte da CDC, no
período a que se refere este Relatório.
Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural - CDC
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DIVULGAÇÃO
De forma a articular as exposições
realizadas no espaço de Arte da CDC
com as escolas foram feitas visitas monitoradas das crianças da E.E Sérgio Porto e do Programa de Desenvolvimento e
Integração da Criança e do Adolescente (Prodecad), com objetivo de iniciar o
contato desses alunos com o universo
artístico. Aprofundando esse trabalho,
o próprio artista apresentou em uma
oficina seu processo de trabalho para
as crianças, no próprio espaço do Prodecad, quando pintou um quadro, comentando, na frente das crianças. Enquanto trabalhava, contava trechos de
sua vida e de sua trajetória artística, desde sua origem humilde como lavrador e os anos
iniciais de sua carreira. Ao final as crianças também pintaram um quadro, sob seu acompanhamento, e expuseram seus trabalhos no pátio da escola.
A montagem da exposição e a visita do Prodecad foram gravadas em vídeo e fazem parte
do acervo do Espaço de Arte da CDC e do Projeto UNICAMP dia-a-dia.
Exposição: Aquarelando Barão
Quarta exposição do Projeto UNICAMP dia-a-dia e a segunda que recebeu crianças de escolas públicas e crianças que freqüentam o CCazinho1 (IEL/UNICAMP), sendo com elas realizado
um trabalho de arte-educação mediado pelos bolsistas SAE e pela equipe da CDC.
A exposição contou com 25 aquarelas do artista de Arvid Duduch (Ver ANEXO VII) residente em Barão Geraldo, mostrando os cenários que compõem o cotidiano dos moradores
desse distrito de Campinas onde se localiza a UNICAMP. Na vernissage, o artista, que é um
especialista de bastante renome em aquarela e que conquistou diversos prêmios em salões do
interior e na capital de São Paulo, explicou um pouco de sua técnica, mostrando alguns desenhos inacabados e de como utiliza a fotografia tanto como referência quanto a integrando de maneira
bastante fluída em suas obras. A equipe da CDC também registrou em vídeo a montagem
exposição e as oficinas com as crianças que interpretaram, por meio de desenho com giz de
cera, as obras expostas.
Exposição: Crianças Desaparecidas
Nascida da inquietação da artista ao ver fotos de crianças desaparecidas (cerca de 40.000
por ano, no Brasil) em cupons de pedágio que teve contato, a exposição foi fruto de longa
pesquisa sobre o tema na imprensa e no angustiante apelo visual que essas fotos exercem.
1
No Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), o Laboratório de Neurolingüística acolhe e acompanha longitudinalmente crianças (no CCazinho) que receberam um diagnóstico que tem funcionado como uma barreira para o
vez foram a uma exposição de arte. As crianças desenharam interpretando as obras (Ver fotos abaixo).
34
Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural - CDC
Exposição: De Passagem...
DIVULGAÇÃO
De passagem... abriu os trabalhos
do ano de 2008, inaugurando o ano
letivo para os alunos da universidade
com uma interferência artística realizada
pelo grupo Antropoantro das artistas
Beth Schneider, Inês Fernandez, Lalau
Mayrink, Olívia Niemeyer, Sílvia Matos,
Tina Gonçalvez e Vane Barini. As artistas tomaram o saguão do Centro de
Convenções da UNICAMP e o jardim da
frente do prédio para realizar uma intervenção que, através da interação com o
espaço, convida o visitante a refletir sobre significado do tempo e os vestígios que deixamos
em nossas passagens.
Exposição: As Cores do Campus
Esta foi a primeira exposição fotográfica individual de Antoninho Perri, repórter fotográfico da UNICAMP há 22 anos. Nesta mostra, o artista reuniu dezoito imagens de seu
vasto acervo, que vem sendo montado desde seu ingresso na universidade em 1986. Tantos
anos em contato com a vida no campus proporcionaram a Perri a sensibilidade de captar a
essência das imagens cotidianas e conferir à obra final, um olhar totalmente diferente do
habitual. Aquele que visita a exposição tem a oportunidade de se deparar com imagens
fotografadas por ângulos que somente o tempo de vivência na universidade e o domínio da
técnica deste artista poderiam captar.
Subprojeto Música e Artes Visuais na Escola
DIVULGAÇÃO
Foi iniciado pelos bolsistas SAE da
CDC Márcio Modesto, graduando de
música, e Henrique Meneghel Rodrigues, graduando em Artes Visuais, e
trata de apresentar alguns conceitos de
música e de artes visuais a alunos de escolas públicas. Nos meses de outubro e
novembro de 2007, esses bolsistas iniciaram uma série de apresentações didáticas na EE Barão Geraldo de Rezende, no distrito de Barão Geraldo. Essas
apresentações tiveram como objetivo
Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural - CDC
35
fazer com que as crianças e adolescentes das diversas faixas etárias compreendidas pela
escola passassem a conhecer um pouco da variada família das flautas-doce, e também da
flauta-transversal, além de terem contato com a obra da pintora Anita Malfatti. Nas dez
apresentações realizadas até o final de novembro de 2007 (para duas classes de 8ª série, 2
classes do primeiro colegial - período da manhã - e 4 classes de 5ª série - período da tarde)
o resultado se mostrou interessante, com uma boa interação por parte dos alunos, tanto na
parte musical quanto da parte artística.
Subprojeto Acústica e Música na Escola
A interdisciplinaridade tem-se mostrado uma peça chave na captação de atenção escolar e
estimulante junto aos alunos. Tendo isso como base, foi proposta pela CDC a realização de apresentações conjuntas com violino e flauta, explanando os conceitos físicos neles envolvidos. As
apresentações, a priori, apresentavam-se como atividades lúdicas, e os conceitos físicos mesclavam-se com as informações musicais, atraindo a atenção e motivando-os a questionar e debater
acerca de questões físicas. O recorte temático foi a acústica, tanto do ponto de vista musical
quanto físico. No entanto, devido à baixa faixa etária dos envolvidos equações e questões mais
complexas não foram abordadas, com intuito duplo de conservar o aspecto lúdico durante a
palestra e instaurar a atmosfera mágica proposta pela apresentação das obras “Greensleaves”
- anônima - com solo de Flauta e SINFONIA nº 40 de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)
com solo de violino.
Os resultados práticos foram plenamente perceptíveis os benefícios causados aos alunos que assistiram à apresentação do trabalho. Percebeu-se que havia um envolvimento
longínquo com os temas, já que a grande maioria tinha uma flauta-doce em sua casa, mas
não imaginavam que poderia existir tamanha quantidade de instrumentos similares de uma
mesma família. Igualmente, a física proporcionou um aprofundamento da parte musical
apresentada, já que com ela explicaram-se alguns elementos essenciais da música, como a
afinação, altura, timbres, produção do som, etc. Além do mais, quase todos os alunos se
mostraram empolgados com a proposta de continuidade do projeto através de aulas regulares desses instrumentos musicais tão ricos, e tão pouco conhecidos.
Apresentações Futuras
Ainda no ano de 2008, a CDC deve participar de quatro eventos para a divulgação do UNICAMP dia-a-dia e seus subprojetos. Os bolsistas e uma funcionária da CDC estão trabalhando,
juntamente da Profa. Dra. Maria Irma Hadler Coudry, na preparação de trabalhos que estão
previstos para serem apresentados em dois congressos, um simpósio e uma reunião anual, sendo esta última de abrangência nacional. Contamos com seis trabalhos já produzidos a serem
inscritos no Congresso Interno de Iniciação Científica da UNICAMP (PIBIC) de 2008 que serão
apresentados pelos bolsistas da CDC; três trabalhos inscritos na 60° Reunião da SBPC na categoria SBPC Jovem, que visa a oferecer atividades científicos culturais aos alunos de Ensino Médio
e Regular participantes desse evento, que serão apresentados pela funcionária Maria Cristina
Amoroso e por três bolsistas da CDC; um trabalho (poster) apresentado pela coordenadora da
CDC; inscreveremos um trabalho no II Simpósio de Profissionais da UNICAMP de 2008; a diretora da CDC, Profa. Maria Irma, a funcionária Maria Cristina e os bolsistas do SAE apresentarão
36
Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural - CDC
o Projeto Geral e oito subprojetos no II Congresso de Extensão Universitária da UNICAMP a ser
realizado em novembro de 2008. Há nessas apresentações o intuito não só de divulgar o Projeto
como também de travar novas parcerias que possibilitem a sua ampliação.
Considerações Finais: UNICAMP dia-a-dia
O Projeto UNICAMP dia-a-dia sofreu algumas alterações quanto ao foco de suas ações.
Devemos isso a adequações do Projeto quanto a recursos materiais e financeiros de que
dispomos, e também ao restrito número de pessoas dedicadas ao Projeto, dado que não
somos uma unidade acadêmica e todo esforço para isso nem sempre redunda em êxito.
Assim é que a segunda fase desse projeto não foi aprovada pela FAPESP por nosso perfil não
se configurar como um museu, conforme exigência do Edital para a segunda fase. Como
forma de superar esses fatores limitantes, e em busca de soluções, decidiu-se dar continuidade às ações por meio de subprojetos, possíveis de serem realizados. Desta maneira foram
realizados com sucesso os subprojetos Acústica e Música na Escola e Música e Artes Visuais na Escola desenvolvidos em escolas do ensino público fundamental e contamos com
oito subprojetos em fase de implantação e realização. Pretendemos expandir nosso campo
de atuação levando ações já concretizadas nos subprojetos para ambientes públicos como
praças e instituições, com o UNICAMP dia-a-dia itinerante.
A página na internet da CDC seguramente trará os benefícios da inclusão à rede de
computadores, pois um endereço virtual é, nos dias de hoje, essencial para a divulgação e
mesmo manutenção das atividades do Projeto, uma vez que são nos meios virtuais em que
se dá a divulgação da maioria dos eventos científico-culturais.
Bons resultados do conjunto de ações de desenvolvimento cultural realizado nos vários subprojetos foram obtidos tanto nas escolas quanto nas exposições. Além disso, contamos com
inúmeras atividades planejadas para os próximos meses que nos permitem visualizar um panorama dos passos futuros do UNICAMP dia-a-dia: continuidade dos subprojetos, hoje, em fase
de execução; início dos subprojetos em fase de implantação e retomada daqueles que tiveram
sucesso, como Contos e Cantos, porém que necessitam de novos recursos.
A CDC, por ser um portal de acesso à UNICAMP, freqüentada por mais de meio milhão de
pessoas por ano, é um ambiente propício para o desenvolvimento de um espaço permanente de
relação de nossos estudantes e docentes com estudantes do ensino médio. Cumprir o papel de
vivenciar a natureza pública da universidade, difundindo e discutindo suas pesquisas e práticas
culturais, é o que se realiza em várias frentes com o Projeto UNICAMP dia-a-dia.
Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural - CDC
37
Eventos realizados no Complexo de Eventos da CDC
Tabela 10 - Eventos realizados pela CDC
Eventos
38
Realizados
Palestra
102
Colações de Grau
92
Fórum
89
Reunião
73
Encontro
59
Congresso
58
Curso
51
Atividades Discentes (1)
50
Seminário
38
Apres.Musicais/Cinema
35
Atividades Institucionais (2)
29
Conferência
29
Mesa Redonda
26
Jogo Esportivo
22
Workshop
22
Feira
19
Simpósio
17
Atividades Culturais
16
Exposição de Arte
14
Aula Inaugural
13
Treino
13
Formatura
12
Atividades Alunos Externos (4)
10
Jornada
9
Semana
9
Evento
8
Musisae
8
Atividades de Órgãos Externos (5)
7
Colóquio
7
Debate
6
Exposição de Arte
5
Matrícula dos alunos
Comemoração de aniversário dos Institutos da
UNICAMP
Correção de Provas
5
Defesas de Tese
4
Programa Formação Cultural
4
Encerramento de curso
3
4
4
Ensaio
3
Lançamentos de Livros
3
!"#$
3
Alojamento
2
Atividades Médicas (3)
2
Olimpíada
2
Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural - CDC
Eventos
Realizados
!%&
2
Avaliação de Curso
1
Campeonato
1
Comemoração Externa
1
Entrevista Pública
1
Festival de Contos
1
Shows
1
Solenidade de Posse
1
(1) Recepção dos calouros, matrículas dos ingressantes do vestibular, trote da cidadania, recepção das ligas,etc.
(2) Envolvendo docentes, discentes e servidores (consulta para Reitor, CONSU, posse de Diretores e Reitor, Eleições, etc.)
(3) Mutirão de coleta, exames de DNA e perícias genéticas, etc.
(4) Universidade de Portas Abertas - UPA e outras atividades destinadas aos alunos do Ensino Fundamental e Médio.
(5) Órgão da Administração Pública Federal, Estadual e Municipal ( Ex. Tribunal Regional Eleitoral, Ministério, etc)
(6) Resumo de eventos anterior a 2004: Inscrições para o Vestibular, Correções de Provas, Eleições, Eventos Religiosos, Cerimônias de Posse, Assembléias, Exames, etc...
Equipe
Benedito Ferreira
Bruna Moreira de Oliveira
Carlos Eduardo Frattini
Cristian Roberto Miccerino de Almeida
Diego de Moura Bezerra
Edison Luis Zeferino
Estefane Garcia
Francisco Di Grazia Neto
José Luis Joaquim
João Rodrigues Da Silva
Lucas da Conceição Oliveira
Luiz Fernando Vasconcellos
Maria Cristina A. L. L. De Barros
Maria de Lourdes Ribeiro
Maria Irma Hadler Coudry
Maria Tereza Fonseca Morasco
Marísia C. E. da Conceição
Nelson Bortolosso Filho
Ricardo da Silva
Rita De C. C. De Lima
Ronaldo Guilherme
Samuel de Almeida Vieira
Sandra Ap. G. Caro Florio
Sandra Aparecida De A. Ramos
Sérgio de Almeida I
Sonia Maria De C. Mazzariol
Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural - CDC
39
Rádio e TV UNICAMP - RTV UNICAMP
Tem como missão oferecer à comunidade programação no campo das artes e da comunicação, das humanidades e da divulgação científica, que contemplem as atividades de ensino,
pesquisa e extensão, visando ao desenvolvimento sociocultural e o exercício da cidadania.
Realizações
Durante o período de maio de 2005 a dezembro de 2008, foram produzidos 372 programas exibidos quatro horas diárias de programação dentro da grade do Canal Universitário Campinas, editados para transmissão pelo Canal Universitário (CNC), mais de duzentas
vinhetas por meio da computação gráfica.
Programação grade TV UNICAMP
TOTAL
Fóruns Permanentes;
104
Acontece no Campus
44
Palavras Cruzadas;
37
Valvulado (série);
37
Repórter UNICAMP;
36
Dicas de Leitura;
36
Agenda
17
Primeira Chamada (vestibular);
16
Especial Artes;
15
Velha Arte do Samba
7
Vinhetas “UNICAMP Ano 40” (acervo RTV UNICAMP)
7
Todas
5
Interface;
3
Momento Curta
3
Programas Câmera Subjetiva
3
Programa Dicas de Cultura
1
Programa - Especial Artes: Carroça de Mamulengos
1
Total
372
Vinheta
204
Importante salientar os especiais. Foram 31 programas produzidos e apresentados pela
Rádio e TV UNICAMP, destacando o especial Tradição e História do Quilombo de Galvão, detentor do prêmio Melhor Documentário de Televisão Universitária no XV Festival de
Gramado de Cine e Vídeo em 2007 e Prêmio de exibição do Canal Futura.
40
Rádio e TV UNICAMP - RTV UNICAMP
Palavras Cruzadas é um programa de entrevista e debates realizado no estúdio da TV
UNICAMP. Convidados e professores/pesquisadores da UNICAMP abordam temas variados de natureza científica, política e cultural.
É exibido quinzenalmente e a duração é de
aproximadamente 50 minutos.
O valvulado é um tipo de programa que apresenta shows de grupos musicais, entrevistas e reportagens sobre comportamento contemporâneo - tatuagem, piercing, sexo9
casual, etc. - e de interesse sociocultural - maioridade aos 16 anos, política cultural, dentre
outros. O público alvo são os pré e os universitários. Também é exibido quinzenalmente e a
duração é de 50 minutos.
Repórter UNICAMP possui formato de um telejornal veiculando reportagens sobre as
atividades de ensino, pesquisa e extensão realizadas na UNICAMP. Procura também abordar
assuntos de interesse para o cotidiano dos espectadores.
Primeira Chamada traz informações de interesse público sobre os procedimentos, conteúdos,
estatísticas, provas, etc. do Vestibular Nacional da UNICAMP. Também aborda aspectos profissionais do campo de conhecimento, as características de cada curso e o mercado de trabalho.
Dicas de Leitura, realizado em parceria com a Editora da UNICAMP, promove a apresentação de professores e convidados e de suas mais recentes publicações.
Demais especiais: Aventura dos Sentidos (documentário); A grande arte do samba;
Brésil Indien; XIII Congresso Interno de Iniciação Científica; II Seminário Internacional de
Ciência e Tecnologia da América Latina: a Universidade como promotora do desenvolvimento sustentável (3 programas); III Workshop Brasil-Japão em energia, meio ambiente e desenvolvimento Sustentável (2 programas); In Memoriam César Lattes - vinheta;
Mensagem do Reitor Brito Cruz; Retrospectiva 2005/Projeção 2006; - Sessão Solene em
Comemoração aos 40 anos da UNICAMP (gravação e transmissão “ao vivo” e WEB);
Institucional UNICAMP 2006; Repórter UNICAMP Especial: Inclusão Digital; Repórter
UNICAMP Especial: O Mandarim; Repórter UNICAMP Especial: Especial: César Lattes;
20 Anos Vestibular UNICAMP; Especial: Missa em Mi Bemol Maior; Clip UNICAMP de
Portas Abertas; Inauguração Biblioteca Central César Lattes; Pronunciamento Zeferino
Vaz ilustrado com imagens; Testemunhas Oculares de 5 de outubro de 1966; Especial:
Ciência & Arte nas Férias; Palestra de José Mindlin; 40 anos IFGW: a história através
dos depoimentos de professores, alunos e funcionários; Repórter UNICAMP Especial:
UPA 2007; Repórter UNICAMP Especial: Rádio 85 anos; Tocha Olímpica: Um Chamado
Intercultural; Acontece no Campus Especial: PIBIC 2007; Especial Ciência e Tecnologia:
Mudanças Climáticas Globais: Percepção dos Novos Desafios Científicos.
Rádio e TV UNICAMP - RTV UNICAMP
41
Documentação Videográfica
São realizadas em forma de prestação de serviços e disponibilizadas em cópias VHS, CD
e DV.
Institucional Hemocentro; HC 20 anos; Colóquios do IFGW (2 palestras); IV Encontro de Jovens
Pesquisadores; Regulamentação e Supervisão do Risco Bancário; Seminário Franco-Brasileiro de
Inovação: experiências e redes de Cooperação; Seminário Internacional de Lógica e Epistemologia; Programa de Desenvolvimento Gerencial - Projeto Qualifica (4 palestras: Paulo Renato/Carlos Vogt/José Martins/Hermano Tavares); Seminário Internacional: Vulnerabilidade e Segregação
Sócio-espacial nas Metrópoles Latino-americanas; I Semana de Integração e Conscientização para
Qualidade de Vida no Trabalho; Aula Inaugural da FEEC; Hemocentro; Caism Ano 20; Inauguração
Biblioteca Central César Lattes; IV Seminário Paulo Freire; Fórum Extraordinário: Monitoramento
da Rota Sul: Apoio Técnico e Científico na Prevenção e no Combate à Influenza Aviária; I Simpósio
Novos Imigrantes e Desenvolvimento Industrial no Pós-Segunda Guerra; III Seminário Ciência e
Tecnologia na América Latina; Seminário Dia Mundial de Luta contra a Aids; Colóquio Internacional de Pesquisa em Educação Física; XIV Semana Interna de Prevenção de Acidentes da UNICAMP
- SIPAT 2006; I Fórum de Avaliação Institucional da UNICAMP; Homenagem aos Aposentados da
UNICAMP; Posse Novo Diretor da FEC; Aula Inaugural da FEEC 2006; Agritempo; Exposição Acervo RTV UNICAMP: UNICAMP Ano 40 (site Siarq); Grupo de Cuidados Paliativos do CAISM; César
Lattes - versão internacional; Boas Vindas - calourada 2006; 12 aulas “Histórias das Formas de
Nascer” (depto. obstetrícia - CAISM); Aula Inaugural na Faculdade de Engenharia de Alimentos; 40
Anos do Curso de Engenharia Elétrica: Aula Inaugural Solene; 1º Simpósio Percepção dos Novos
Desafios Científicos e a Emergência das Novas Estruturas Organizacionais; 4º Seminário de Saúde
da População Negra do Estado de São Paulo; 30 Anos da AdUNICAMP; Cerimônia de Conclusão
do Programa de Desenvolvimento Gerencial; II Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas
Públicas; Palestra “A Reforma da Previdência do Estado de São Paulo”; Programa de Valorização
Profissional dos Aposentados da UNICAMP -Homenagem aos Aposentados de 2006; 20 Anos
do Cepetro: Centro de Estudos de Petróleo da UNICAMP; V Seminário Paulo Freire; Seminário: O
Brasil e suas Fronteiras Agrícolas: Diagnósticos e Perspectivas; Seminário: Plano de Desenvolvimento da Educação.. PDE: Dsafios; XV Sipat UNICAMP e VI Sipat Funcamp; Seminário: Vida Animal
em Ambiente Urbano: Responsabilidade Social e Papel do Estado; Sessão Solene dos 40 anos do
Instituto de Física Gleb Wataghin ; Oito aulas Colloquium Cle (Centro de Lógica, Epistemologia
e História da Ciência) 30 Anos; Comemoração de 30 Anos e da 200ª Tese Defendida do Programa de Doutorado do Departamento de Matemática do IMECC; Institucional CEMIB; II Simpósio
em Pesquisa e Desenvolvimento em Vitivinicultura no Estado de São Paulo; Sessões do Conselho Universitário (CONSU); Sessões Câmara de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE); Sessões
Câmara de Administração (CAD); Fóruns Permanentes (gravação na íntegra); Ciência e Arte nas
Férias; Projeto Rondon; Artista Residente; Chico Saraiva; Cadernos Pagu/Marcos Prado/Exposição;
Fibra Óptica; 30 anos/Kyatera/Biodiesel/Teatro; IA Acontece no Campus: Lançamento da pedra
fundamental do Museu Exploratório de Ciências, Semana de Fonoaudiologia, Evento FEA, Encontro de choro, Evento Nepo, Evento - Comunicação alternativa, Feira do Livro, Nutricamp/projeto.
Programa Todas: especial sobre Body Art, ou Arte Corporal, Espetáculo circense Stapafúrdio, das
companhias teatrais Pia Fraus e Parlapatões, de São Paulo/bloquinho, que oferece dicas de eventos
culturais e artísticos, “making of” dos curtas produzidos pelos alunos do da pós-graduação em
mutimeios, da UNICAMP (em produção), Documentação das reuniões dos quilombolas do Vale do
Ribeira, em parceria com o projeto Quilombola, Realização do documentário “Histórias e tradição
do quilombo de Galvão”.
42
Rádio e TV UNICAMP - RTV UNICAMP
Perspectivas
Para os próximos quatro anos a partir de dezembro de 2008, devemos pensar em outros desafios. A RTV UNICAMP deve ser consolidada pensando nos novos meios de difusão, especificamente a WEB TV e o circuito interno de televisão que será implantado a no
primeiro semestre de 2009. Com isto, teremos um outro patamar de programação, que
exigirá da RTV UNICAMP uma grande agilidade na geração de conteúdo, de modo a suprir
praticamente oito horas diárias de programação. Isto envolve toda uma questão de infra
estrutura que deverá ser revista do ponto de vista tecnológico, como também as questões
de capacitação profissional e a expansão de nosso quadro de colaboradores. Será implantada também a partir do primeiro semestre deste ano a WEB rádio, um projeto que pretende
caminhar para uma concessão de rádio FM, e que representa um antigo anseio de nossa
comunidade universitária. Também está sendo implantada de forma mais efetiva a colaboração da RTV UNICAMP dentro das atividades da Assessoria de Comunicação da UNICAMP,
principalmente no portal da universidade.
Não se deve esquecer que toda a grade da RTV UNICAMP está sendo remodelada, de
modo a se tornar uma efetiva integração da nossa comunidade universitária. Pensamos que
a RTV deve ter um caminho claro, que é o de levar as questões da comunidade universitária
à comunidade externa, de levar à sociedade nossa produção e procurar fazer com que haja
uma integração entre o externo e o interno. Para tanto, estamos também implantando em
nossa página WEB um sistema de downloads de vídeos e áudios, de modo que qualquer
interessado possa ter acesso a nossa programação, e mais do que acesso, possa fazê-la
circular em outras TVs e rádios de qualquer localização geográfica. Com isso, tenciona-se
promover uma real discussão sobre a RTV enquanto produtora de material educativo, algo
que sempre esteve presente desde o início, quando ainda era o antigo LIMEC, e que, infelizmente, acabou sendo relegado a um incomodo segundo plano. Também devemos incrementar a produção de materiais institucionais voltados a projetos desenvolvidos na nossa
Universidade, criando uma identidade de produção condizente com as necessidades atuais.
Paralelamente a estas alterações da grade, está sendo aberto espaços para atividades de
alunos, e pretendemos que boa parte de nossa grande seja ocupada por atividades deste
tipo. Atualmente, o espaço é experimental, mas tencionamos que seja fixo a partir do segundo semestre, abrindo espaço para que materiais audiovisuais produzidos por alunos de
todos os cursos da UNICAMP possam ser exibidos.
Estamos também implantando uma total remodelação na nossa área de informática, de
modo que a RTV UNICAMP possa se tornar um referencial na utilização de recursos digitais
dentro do desenvolvimento das atividades de produção audiovisual. WEB TV, WEB Rádio,
Câmera WEB, storages e servidores de grande porte interligando estúdios e ilhas de edição
são a base deste projeto que começa agora a ser implementado.
São desafios como este que conduzirão este primeiro ano de reformulação da RTV UNICAMP, onde estamos criando o modelo que deverá ser consolidado progressivamente nos
três anos subseqüentes.
Finalmente, está sendo implantado o nosso Conselho de Programação, grupo assessor
da direção da RTV e que terá uma efetiva importância na discussão sobre os rumos que o
conteúdo deverá tomar. Com isto, teremos principalmente uma grade de programação consolidada, que, com certeza, colocará a RTV UNICAMP no mesmo rol de excelência comum
a todas as áreas de nossa universidade.
Rádio e TV UNICAMP - RTV UNICAMP
43
Vinhetas
44
Rádio e TV UNICAMP - RTV UNICAMP
Vinhetas
Rádio e TV UNICAMP - RTV UNICAMP
45
Equipe
Adageisa Rodrigues
Alessandro Poeta Soave
Almir Bonwoart
Américo Garcia Filho
Angela Cristina Schleetz Galrão
Carlos Alberto de Camargo
Carlos Humberto do Prado
Célia Rosa Erclievsky Piglione
Diego Ivan Caroca Riquelme
Eduardo Guilherme Santana
Eleonora Ribeiro Mattos
Elizabete Maria Duarte
Francisco Antonio de Paolis
Jaqueline Borges de Queiroz
Jorge Luis Calhau
Jorge Luis Camargo de Oliveira
José Augusto Jordão dos Santos Figueira
José Carlos Chiavegatto
José Eduardo Ribeiro de Paiva
José Martins Filho II
José Roberto Minetto
46
Rádio e TV UNICAMP - RTV UNICAMP
João Batista de Kuhl e Carvalho
João Ricardo Luiz
Kátia dos Santos Lara Romêo
Luciane Raquel G. Gardesani
Luiz da Trindade Luzo
Marcos Ribeiro dos Santos
Margarete Silvana da Silva Palma
Maria Cristina Ferraz de Toledo
Maria Emir Valadão de Matos
Max Emiliano Raeder da Silva
Narcilene Aparecida de Sousa Silveira
Nelson Rivera Fernandes
Nuno Cesar Abreu
Patrícia Lauretti
Reginaldo Henrique Bueno
Rui Antonio Rodrigues Junior
Sandra Maria Rodrigues Oliveira Kretly
Sidney Madeira Favoretto
Valdemir Mobilon
Wanderlei Fraiha Paré
Yuzo Iano
Espaço Cultural Casa do Lago - ECULT
O Espaço Cultural Casa do Lago tem a missão de promover a disseminação e a reflexão dos valores essenciais da comunidade universitária da UNICAMP por meio
de ações, projetos e programas, procurando atendê-las em suas necessidades no
campo das artes e cultura, bem como direcionar estratégias de integração, dialogo
e inclusão de ações culturais produzidas pelos diversos segmentos da sociedade.
Ao longo dos anos o Espaço Cultural Casa do Lago/ECULT pode consolidar a sua imagem junto à comunidade e as diversas mídias em virtude das ações culturais desenvolvidas
apoiadas nas características singulares da Instituição, funcionando como agente facilitador
e estimulador.
O passar dos anos tem permitido a consolidação da imagem do Espaço Cultural Casa do
Lago/ECULT junto à comunidade e as diversas mídias.
Antes de tudo, é necessário reconhecer nas características singulares da instituição o
elemento facilitador e estimulador das ações culturais desenvolvidas ao longo dos anos.
A riquíssima produção artística dos alunos e professores da UNICAMP, principalmente do
Instituto de Artes, e as parcerias externas com artistas de Campinas e região, consulados,
universidades, agentes culturais, órgãos e instituições ligados a arte consolidam o sucesso
do nosso espaço.
A intensa e diversificada programação efetiva a nossa missão na concepção dos propósitos e dos objetivos como centro de difusão, diálogo e integração da cultura local, regional,
nacional e internacional.
Vimos atuando nessa perspectiva, afinados com esses propósitos, e os resultados aqui
expostos, obtidos com um intenso trabalho de equipe e também com a contribuição de
muitos parceiros da comunidade interna e externa, reforçam o nosso compromisso com a
formação cultural e o desenvolvimento da cidadania.
ALEX MATOS
Atividades artísticas com grande
aceitação da mídia e público fazem
parte da história do ECULT, a exemplo
os projetos idealizados e coordenados pelo diretor do espaço o Agente Cultural Avelino Bezerra: “Projeto
Folclore/Cultura Popular”, a “Mostra
internacional de Humor Gráfico”, o
“Panorama Musical”, a “Mostra de
Dança”, “Mostras, Ciclos e Retrospectivas de filmes e documentários” Palestras e shows memoráveis. Grandes
espetáculos sem abandonar a preocupação didática: ensino, pesquisa e
extensão!
Espaço Cultural Casa do Lago - Ecult
47
Os gráficos apresentados a seguir apresentam um resumo quantitativo das principais
realizações e os respectivos públicos envolvidos ao longo desse período. O tema exposição
abrange fotografias, pintura e instalações.
Eventos Realizados no período de maio de 2005 a dezembro de 2008
Público participante dos eventos realizados no
período de maio de 2005 a dezembro de 2008
48
Espaço Cultural Casa do Lago - Ecult
As atividades são oferecidas gratuitamente à comunidade e os artistas que mostram os
trabalhos em nosso espaço o fazem sem nenhuma ajuda de custo.
Geralmente as atividades são precedidas de comentários ou bate papo com os artistas propiciando uma integração com o público para melhor aproveitamento das atividades.
Características das realizações:
I. Projeto Folclore/Cultura Popular
Desenvolvido na UNICAMP há 15 anos o projeto folclore é oferecido ao público por
intermédio do Curso de Introdução ao Folclore, direcionado aos educadores de Campinas
e Região, Exposições, Apresentações Artísticas e Mostra de Filmes, além de documentários
abertos à comunidade interna e externa.
II. Mostra Internacional de Humor Gráfico
Durante dois anos consecutivos, 2006 e 2007, a Mostra Internacional de Humor Gráfico da
UNICAMP reuniu na Casa do Lago os grandes talentos de Campinas e Região para expor seus
trabalhos inéditos e obras premiadas em diversos salões nacionais e internacionais. “CAMPINAS
MOSTRA SUA CARA” Exposição de 40 caricaturas inéditas dos grandes nomes do Esporte, feitas por artistas gráficos consagrados de Campinas e Região.
III. Panorama Musical
É um evento que proporciona música para todos os gostos. São apresentadas obras
musicais de diferentes gêneros, estilos e períodos de composição que vão do Erudito ao
Popular, do Étnico ao Universal, do Barroco ao Contemporâneo.
IV. Programação de Cinema e Palestras
Nesse período foram apresentadas mais de 2.700 grandes mostras para cerca de 55.000
pessoas, reunindo as atuais produções do cinema de diversos países e continentes, como
África, Alemanha, Itália, Brasil, Estados Unidos, dentre outros.
Espaço Cultural Casa do Lago - Ecult
49
V. Artes Plásticas
Pintura, desenho, escultura, instalação - as artes fluíram pelos vários espaços expositivos do ECULT. Os artistas sentem-se estimulados em expor na Casa do Lago, um espaço
muito elogiado pelo publico e artistas que aqui expõem. Pode-se considerar que os meios
de comunicação, redes de TV, rádios, jornais, revistas e sites, reconhecem a qualidade da
programação oferecida pela Casa do Lago devido a ampla divulgação.
Sempre é bom ressaltar que as ações desenvolvidas nestes anos, focadas nas dimensões referidas acima e também na valorização do espaço físico e institucional como propriedade e valor
efetivo de usufruto da comunidade a necessidade de uma revitalização física do prédio bem
como no quadro de funcionários. A dinâmica da programação cultural, em quantidade e qualidade, com a correspondência de um significativo aumento de público nos eventos artísticos,
cursos, palestras, debates e visitas, necessitam de uma atenção especial.
Equipe
Altamiro Jose da Silva
Ângelo de Fátima Valente da Silva
Eduardo Miguel de Oliveira
Jose Avilino Bezerra
Juliano Henrique Davoli Finelli
Maria Cristina Rodrigues
50
Espaço Cultural Casa do Lago - Ecult
Cursos de Extensão - Extecamp
As melhores e mais destacadas universidades do mundo oferecem cursos de extensão. Estes
cursos são um meio pelo qual a universidade cumpre uma importante função social que é a
educação continuada, Os cursos de extensão permitem tanto, a difusão e a ampliação do conhecimento gerado pela universidade, como o dialogo entre esse conhecimento e outras formas
de conhecimento, tais como o empírico e o popular, manejados por segmentos diferentes da
população.. Possibilitam assim a articulação e atualização de conhecimentos explícitos e tácitos,
enriquecendo a universidade a sociedade com a troca..
A UNICAMP oferece cursos de extensão para diversos segmentos da sociedade por meio
da Escola de Extensão (EXTECAMP), órgão ligado à PREAC.
A Extecamp foi criada pela Deliberação CONSU A-27/89 de 19/10/89. Esta Deliberação foi modificada pelas Deliberações CONSU A-41/89 de 20/12/89 e CONSU A-02/99 de
07/04/99 e CONSU A-09/05 de 01/06/05. Para a consecução desse objetivo a Escola de
Extensão deve:
1. coordenar amplamente todo o conjunto dos cursos de extensão da UNICAMP, incumbindo-se da operacionalização dos cursos implantados;
2. supervisionar e acompanhar os processos de divulgação e realização de cursos de
extensão;
3. organizar e promover o oferecimento de cursos de extensão uni e pluridisciplinares;
4. instalar, organizar, manter e administrar um sistema de informações sobre os cursos
de extensão, publicando seu catálogo;
5. propor para aprovação das instâncias competentes as normas operacionais para o
oferecimento de cursos de extensão, inclusive no que concerne à fixação de taxas;
6. receber, analisar e consolidar informações relativas aos recursos captados através do
oferecimento de cursos de extensão, inclusive quando obtidos por fonte eventual de
financiamento e fomento;
7. coordenar a administração da parte que lhe couber dos recursos captados através do
oferecimento de cursos de extensão;
8. buscar a ampliação do alcance de seus cursos, em particular, prevendo condições de
acesso para candidatos que não possam pagar as taxas eventualmente fixadas.
Dentro de uma filosofia de melhoria contínua e seguindo as diretivas do Planes que
prevê a ampliação, diversificação e avaliação da oferta de cursos de extensão, a EXTECAMP
realizou entre maio de 2005 e abril de 2009 importantes investimentos em infra-estrutura
informática tendo atualizado e ampliado todo seu parque computacional e desenvolveu softwares para apoiar o desenvolvimento ordenado dos cursos, a informação sobre os cursos
para a comunidade, as inscrições, o oferecimento a distância por meio do ambiente Teleduc,
a inserção de notas e freqüências, a emissão dos certificados (que é efetuada pela DAC) e a
avaliação dos cursos ofertados.
Cursos de Extensão - Extecamp
51
Manutenção e expansão da infraestrtura de TI e
desenvolvimento de softwares
A seguir, informamos as ações relacionadas com a aquisição de hardware e desenvolvimento de software ano a ano para desenvolvimento das atividades ligadas a cursos de
extensão.
I - Ano de 2005:
Em agosto de 2005 foi comprado um novo servidor de banco de dados com maior
capacidade de armazenamento das informações, tornando mais ágil a consulta aos dados
geridos pelo sistema de gerenciamento de cursos e disponibilizado para ser operado por
todas as Unidades da Universidade.
Com a adoção do sistema de gerenciamento de cursos on-line, houve a necessidade da
elaboração de um portal mais dinâmico e comunicativo com a comunidade, que está no ar
desde maio de 2005.
52
Cursos de Extensão - Extecamp
II - Ano de 2006:
Seguindo com a filosofia de melhoria continua, foi adquirido um nobreak em maio de
2006 e que foi ligado aos servidores (banco de dados, e-mails, Teleduc) para diminuir o impacto
aos usuários do sistema quando uma queda de energia elétrica ocorrer. Efetuou-se a atualização
da base de dados do sistema de gerenciamento de cursos através da compra de duas licenças
do software Open SQL Server 2005 com recursos da Reitoria, em julho de 2006.
Com a implantação dessa nova versão, as respostas às consultas e inserções de dados
tornaram-se mais rápidas, melhorando o desenvolvimento das atividades da Extecamp e das
Secretarias de Extensão descentralizadas.
III - Ano de 2007:
Em continuidade à política de automação dos serviços, a Extecamp em 2007, investiu em
vários componentes de sua estrutura de informática. Efetuou a compra de dois servidores para
back-up dos sistemas e sites gerenciados por sua Área de Informática. O back-up referente ao
sistema de gerenciamento de cursos foi instalado fisicamente na Funcamp (Fundação de Desenvolvimento da UNICAMP) a título de segurança dos dados. A atualização dos sistemas é efetuada diariamente, de forma automática, através de rede de acesso on line. Para garantir maior
estabilidade dos sistemas gerenciados pela Extecamp foi adquirida nova bateria com capacidade
para manter no ar os sistemas, em caso de falta de energia, pelo período de 40 minutos. Isso
ajuda a garantir o compromisso de serviços on line, 24 horas por dia. Foram incrementadas as
condições de sete postos de trabalho com a compra de novos microcomputadores com maior
capacidade de armazenamento e resposta de informações. Toda a parte de segurança dos sistemas foi renovada com a aquisição de 22 novas licenças anti-vírus.
Em relação ao Sistema de Gerenciamento dos Cursos de Extensão da UNICAMP, foram desenvolvidos e implantados dois novos módulos. Um refere-se ao sistema de registro de cargahorária efetivamente ministrada pelos docentes ativos da Universidade, visando transferir informações ao Sipex, conforme Ofício Circular Extecamp nº 05/2007. O outro refere-se à cobrança
de alunos inadimplentes nos cursos, com o objetivo de diminuir a inadimplência através de
negociações mais efetivas com o aluno, conforme Ofício Circular Extecamp nº 07/2007.
Nesse ano foram desenvolvidas atualizações significativas no sistema que interliga a DAC
com a Extecamp, buscando sempre agilizar o atendimento e aumentar as opções de operabilidade.
IV - Ano de 2008:
Em continuidade à política de automação dos serviços, a Extecamp em 2008, investiu em
vários componentes de sua estrutura de informática. Efetuou a compra de dois servidores
IBM, sendo um para abrigar o Teleduc, serviço oferecido aos Cursos de Extensão e outro,
para a administração do domínio interno da Extecamp. Com o constante crescimento dos
serviços oferecidos pela Extecamp houve a necessidade de reestruturação e reorganização
de toda a Área de Informática no tocante a rede estruturada. Adquiriu-se para isso dois
switchs e mais um rack de 19’. Assim a rede foi mapeada, facilitando o acesso aos diversos
serviços oferecidos. Tendo a internet como o melhor meio de comunicação, apontado pelos
Cursos de Extensão - Extecamp
53
alunos, a Extecamp, através de servidor próprio, implementou um sistema de mailing list
automático. O e-mail é encaminhado mensalmente aos interessados em cursos oferecidos
pelas unidades de ensino que se cadastraram no site. Implementou ainda o ambiente de vídeo conferência, ferramenta disponibilizada aos Cursos de Extensão para ensino a distância.
Foi instalada a rede wireless, para acesso à internet a usuários do auditório da Extecamp.
Foram incrementadas as condições de cinco postos de trabalho com a compra de novos
microcomputadores com maior capacidade de armazenamento e resposta de informações,
e dez monitores de vídeo para reposição dos obsoletos.
Em relação ao Sistema de Gerenciamento dos Cursos de Extensão da UNICAMP, foi
implantado o primeiro módulo do Sistema de Oferecimento de Cursos On-Line. O módulo denomina-se Reoferecimento de Cursos On Line, objetivando automatizar a forma de
preenchimento dos formulários de reoferecimento de cursos, contemplando vários mecanismos que servirão para agilizar o processo de oferecimento dos cursos. Inicialmente o
módulo foi testado pelas Secretarias de Extensão do CEL, IMECC, FEA e FEQ. As demais unidades foram treinadas ao longo do 2º semestre de 2008, entrando em total funcionamento
a partir de 01/01/2009, conforme Ofício Circular Extecamp nº 11/2008. Os demais módulos,
oferecimento de cursos e reoferecimento de cursos com alteração serão desenvolvidos e
implantados ao longo de 2009. Implementou-se no sistema central, o módulo de cobrança
de alunos inadimplentes de acordo com o Parecer da Procuradoria Geral, e novas medidas
para tratar da inadimplência, conforme Ofícios Circulares nº 12 e 13/2008.
Apoio às atividades de extensão
DIVULGAÇÃO
A Escola de Extensão
colaborou ativamente em
outras atividades ligadas à
extensão universitária.
Desde 2005 participa ativamente das atividades de
divulgação, hospedagem
de site (http://www.rededeoportunidades.org.br)
e suporte a usuários do projeto Rede de Oportunidades, idealizado pelo NEPP/
UNICAMP e o SEBRAE. Este
projeto tem por meta oferecer as empresas, em sua
maioria sediada na Região
Metropolitana de Campinas, mecanismos de pesquisa nos quais poderão buscar novos fornecedores e novos clientes
e também poderão ser facilmente localizadas por novos clientes, aumentando a chance de
expandir seus negócios. Mais de duas mil empresas estão cadastradas.
Além deste site, a Extecamp idealizou e hospeda um total de 16 sites da Universidade
até o momento. São eles: Comunidade Saudável, Incubadora Tecnológica de Cooperativas
54
Cursos de Extensão - Extecamp
Populares, sistema DAC de matrículas e emissão de certificados dos alunos dos Cursos no
âmbito da Extensão; cursos como Gestão Estratégica Pública para Governantes - Formulação, Gestão Estratégica Pública, Gestão Estratégica da Inovação Tecnológica, Capacitação
de Gestores de Micro e Pequena Empresa, Saúde Pública com Especialização em Saúde
Mental, Gestão da Cadeia de Suprimentos e Logística, Economia e Gestão em Saúde, Diplomacia Econômica, Red Pymes e Arquitetura Comunitária.
Em 2007, em conjunto com as Secretarias de Extensão e CONEX (Conselho de Extensão),
foi aprovado no mês de maio, o Guia do Aluno dos Cursos de Extensão da UNICAMP, com
o objetivo de informar os alunos sobre os procedimentos acadêmicos e administrativos da
Instituição, estrutura dos cursos, além de prestar esclarecimentos sobre suas modalidades.
Estabeleceu-se que todo ano no mês de setembro ele passará por um processo de revisão,
conforme Norma Extecamp nº 01/2007. Está na sua segunda versão, aprovada as novas
alterações pelo CONEX em 19 de fevereiro de 2009.
No ano de 2008 completou-se um novo questionário para melhorar o processo de avaliação
dos cursos de extensão. Este questionário será enviado automaticamente ao aluno no momento
da emissão do certificado. O software para envio e recepção das informações entrará em funcionamento em abril de 2009.
DIVULGAÇÃO
Adicionalmente, como órgão que
é da PREAC a EXTECAMP apoiou ao
longo do período projetos de esta
Pró-Reitoria, especialmente as ações
da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP/UNICAMP).
Prestou suporte em ações administrativas, financeiras (pagamento de despesas para apresentação de trabalhos
em congressos, seminários, despesas
com visitas às cooperativas, compra
de equipamentos, despesas com correio, passagem aérea), e em Recursos Humanos (cedeu um funcionário
UNICAMP para assessorar as atividades). Hospeda seu servidor de e-mail,
e colaborou na manutenção do seu site. Efetuou a estruturação da rede de informática da ITCP,
com o objetivo de melhorar o atendimento aos usuários.
Patrocinou também o curso GEO-0023 - Autogestão no Brasil, ocorrido entre 08/08/2007
a 05/12/2007, ocorrido no Instituto de Geociências. O curso foi totalmente gratuito para o
aluno, tendo como público-alvo os monitores de incubadoras de cooperativas, pesquisadores de autogestão, cooperativismo e economia solidária no Brasil, pessoas interessadas na
formação de cooperativas e gestores públicos em economia solidária. Apesar da gratuidade,
os cursos sempre apresentam custos que foram totalmente pagos pela Extecamp.
Efetuou ajuda financeira para o curso GEO-0530 - Economia Solidária e Tecnologia Social
na América Latina - oferecido no período de 11/03/2008 a 01/12/2009, pelo Instituto de
Geociências devido à natureza social do curso.
Em parceria com o Grupo Gestor de Benefícios Sociais - GGBS a Extecamp, em 2008,
patrocinou 2.000 exemplares do Manual Sole Mio, que foi utilizado para difundir entre os
Cursos de Extensão - Extecamp
55
funcionários da UNICAMP, através de palestras, a confecção de aquecedor solar de baixo
custo desenvolvido através de tese de doutorado da FEQ.
Por solicitação da Diretoria Acadêmica da UNICAMP, a partir de 01/01/2008 os certificados emitidos para Cursos de Extensão passaram a ter o mesmo modelo dos certificados
emitidos para a graduação e a pós. Esta medida padronizou os certificados emitidos pela
UNICAMP, trazendo benefícios acadêmicos e financeiros.
Informações quantitativas sobre os cursos
Com relação aos números apresentados pelos cursos de extensão, no período de maio
de 2005 a abril de 2009, foram implantados um total de 454 novos cursos. Entende-se por
curso implantado aquele proposto e aprovado pela Unidade que oferece o curso,
Conselho de Extensão e Câmara de Ensino Pesquisa e Extensão da UNICAMP. Esses
cursos estão prontos para serem oferecidos à comunidade. A Área que mais implantou cursos foi a Área de Humanas e Artes, com 158 cursos, representando 34,8% do total.
Os cursos propostos são os cursos já implantados ao longo dos anos, que foram oferecidos à
comunidade. Dos 7.185 cursos implantados, apenas 5.262 foram efetivados no período, representando 73,2%. A Unidade que mais ofertou e efetivou cursos foi a FCM, com 1.025 e 849,
respectivamente, sendo também a Unidade com maior carga horária efetivada no período.
Com relação a matrículas nos Cursos de Extensão, o Instituto de Economia foi a Unidade
que mais efetivou matrículas, 23.175. Na totalização das matrículas não são considerados os
cursos múltiplos, o aluno pode ser contado várias vezes, dependendo do número de disciplinas
e cursos simples que ele esteja matriculado. Já em número de alunos ingressantes o Instituto de
Biologia teve um total de 5.597 alunos. São considerados alunos ingressantes todo aluno que
inicia um curso no período, sem considerar as disciplinas do curso, quando múltiplo. No período,
a Extecamp teve um total de 138.730 matrículas e 31.517 alunos ingressantes nas diferentes
modalidades de Cursos de Extensão.
DIVULGAÇÃO
56
Cursos de Extensão - Extecamp
I - Desempenho dos Cursos de Extensão da UNICAMP no
período de maio/2005 a abril/2009 em números
Período de maio/2005 a abril/2009
Nº Cursos
Nº Cursos
Carga
Matrículas
Propostos
Efetivados
Horária
Efetivada
Unidades
Nº Cursos
Implantados
FCM
FEF
FOP
IB
Sub-Total
IC
IFGW
IG
IMECC
53
8
8
5
74
3
2
20
33
1.025
320
795
42
2.182
224
6
269
360
849
224
548
37
1.658
154
4
214
256
105.752
7.798
29.683
2.774
146.007
4.233
116
5.869
9.698
17.592
8.793
5.344
5.427
37.156
6.989
107
5.031
9.623
5.169
880
730
5.597
12.376
533
107
992
2.459
IQ
Sub-total
CEL
CEL/FEQ
FE
IA
Humana
e Artes
IE
IEL
IFCH
Sub-total
CESET
FEA
FEAGRI
FEC
FEEC
FEM
FEQ
Sub-total
COTIL
Colégios
COTUCA
Técnicos
Sub-total
Total Geral
12
70
22
0
16
53
19
48
21
880
121
16
120
212
921
127
0
1.517
223
225
120
237
154
689
785
2.433
124
49
173
7.185
14
642
92
10
107
161
760
66
0
1.196
93
151
62
149
74
529
576
1.634
102
30
132
5.262
394
20.310
3.945
128
7.177
4.051
22.498
2.571
0
40.370
2.416
4.124
1.968
4.083
4.798
13.922
12.269
43.580
3.818
650
4.468
254.735
229
21.979
1.390
133
4.102
3.404
23.175
1.033
0
33.237
2.437
3.608
1.334
3.173
1.579
16.229
14.005
42.365
3.330
663
3.993
138.730
229
4.320
1.390
31
1.913
1.748
2.475
1.013
0
8.570
572
808
518
572
362
1.140
1.472
5.444
283
524
807
31.517
Área
Ciências
Biológicas
Ciências
Exatas
158
22
4
14
33
6
20
20
119
11
22
33
454
Cursos de Extensão - Extecamp
Alunos
Ingressantes
57
Desempenho dos Cursos de Extensão - maio 2005 a abril 2009
Para que os Cursos de Extensão sejam viabilizados, os seus custos são repassados aos
alunos, que contribui com uma arrecadação anual, por Unidade, conforme Quadro II. Neste
caso foram contabilizados os recursos gerados no ano comercial.
De maio de 2005 a dezembro de 2008 a UNICAMP captou cerca de 59 milhões de reais
com cursos de extensão. Mias de 64% deste montante compreendem os cursos efetivados
nas áreas Biológicas e de Tecnologia, equivalentes a cerca de R$ 38 milhões.
Na área de Biológicas destaca-se a Faculdade de Ciências Médicas (FCM) R$ 9 milhões e
Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), enquanto que na área de Tecnologia as Faculdade de Engenharia Mecânica e de Engenharia Química, juntas, somam R$ 11 milhões.
58
Cursos de Extensão - Extecamp
Quadro II - Recursos Financeiros Captados com Cursos de Extensão
2005
ÁREA
Ciências
Biológicas
R$ mil
%
R$ mil
%
R$ mil
%
FCM
1.985,14
14,7
2.276,97
15,6
2.235,11
15,07
2.479,67
15,74
FEF
647,03
4,8
713,22
4,9
885,57
5,97
288,82
1,83
FOP
1.978,01
14,6
2.015,08
13,8
1.746,07
11,77
1.949,14
12,37
IB
186,58
1,4
241,07
1,7
351,39
2,37
408,80
2,59
4.796,76
35,5
5.246,34
36,0
5.218,14
35,18
5.126,43
32,53
IC
1.101,28
8,1
1.004,63
6,9
1.030,21
6,94
832,12
5,28
IFGW
7,98
0,1
-
0,0
8,01
0,05
269,87
1,71
IG
440,53
3,3
436,83
3,0
429,43
2,89
1.041,76
6,61
IMECC
707,07
5,2
489,87
3,4
610,21
4,11
462,02
2,93
IQ
29,90
0,2
14,43
0,1
4,02
0,03
63,36
0,40
2.286,76
16,9
1.945,76
13,3
2.081,88
14,03
2.669,13
16,94
CEL
202,43
1,5
190,32
1,3
155,00
1,04
108,50
0,69
CEL/FEQ
46,14
0,3
3,45
0,0
18,08
0,12
0,54
0,00
FE
563,74
4,2
482,62
3,3
511,16
3,45
438,08
2,78
IA
6,41
0,0
15,54
0,1
38,75
0,26
250,53
1,59
IE
1.494,95
11,1
1.924,55
13,2
2.050,44
13,82
2.362,70
14,99
IEL
128,00
0,9
77,41
0,5
9,05
0,06
8,26
0,05
IFCH
-
0,0
-
0,0
0,00
0,00
-
0,00
2.441,67
18,0
2.693,89
18,5
2.782,48
18,76
3.168,61
20,11
CESET
116,97
0,9
145,26
1,0
145,74
0,98
56,24
0,36
FEA
291,43
2,2
359,14
2,5
429,82
2,90
598,68
3,80
FEAGRI
157,21
1,2
130,16
0,9
146,26
0,99
185,03
1,17
FEC
439,77
3,3
463,11
3,2
451,36
3,04
613,01
3,89
FEEC
392,05
2,9
349,79
2,4
475,14
3,20
505,12
3,21
FEM
1.192,50
8,8
1.828,48
12,5
1.104,65
7,45
879,46
5,58
FEQ
1.224,92
9,1
1.214,96
8,3
1.829,79
12,34
1.629,62
10,34
3.814,85
28,2
4.490,90
30,8
4.582,76
30,89
4.467,16
28,35
COTUCA
51,07
0,4
31,06
0,2
9,01
0,06
168,88
1,07
COTIL
137,58
1,0
171,87
1,2
159,69
1,08
156,85
1,00
188,65
1,4
202,93
1,4
168,70
1,14
325,73
2,07
13.528,69
100,0
14.579,82
100,0
14.833,96
100,00
15.757,06
100,00
Subtotal
Tecnologia
Subtotal
Colégios
Técnicos
2008
%
Subtotal
Humanas e
Artes
2007
R$ mil
Subtotal
Ciências
Exatas
2006
UNIDADE
Subtotal
(Valores em mil reais)
TOTAL
24
* Entrada de recursos somadas aos rendimentos de aplicação.
Cursos de Extensão - Extecamp
59
Uma outra forma de análise que pode ser feita é pela participação de cada Unidade separadamente, como mostrada no Quadro III.
Recursos Captados com Curso de Extensão por Área
maio 2005 a abril 2009 (R$ mil)
Quadro III - Recursos Financeiros Captados com Cursos de Extensão por Unidade
60
Posição
Unidade
R$ (mil)
%
% acumulada
1
FCM
8.976,89
15,3%
15,3%
2
IE
7.832,64
13,3%
28,6%
3
FOP
7.688,30
13,1%
41,7%
4
FEQ
5.899,29
10,0%
51,8%
5
FEM
5.005,09
8,5%
60,3%
6
IC
3.968,24
6,8%
67,1%
7
FEF
2.534,64
4,3%
71,4%
8
IG
2.348,55
4,0%
75,4%
9
IMECC
2.269,17
3,9%
79,3%
10
FE
1.995,60
3,4%
82,7%
11
FEC
1.967,25
3,4%
86,0%
12
FEEC
1.722,10
2,9%
88,9%
13
FEA
1.679,07
2,9%
91,8%
14
IB
1.187,84
2,0%
93,8%
15
CEL
656,25
1,1%
94,9%
Cursos de Extensão - Extecamp
Posição
Unidade
R$ (mil)
%
% acumulada
16
COTIL
625,99
1,1%
96,0%
17
FEAGRI
618,66
1,1%
97,1%
18
CESET
464,21
0,8%
97,9%
19
IA
311,23
0,5%
98,4%
20
IFGW
285,86
0,5%
98,9%
21
COTUCA
260,02
0,4%
99,3%
22
IEL
222,72
0,4%
99,7%
23
IQ
111,71
0,2%
99,9%
24
CEL/FEQ
68,21
0,1%
100,0%
Por este quadro é possível notar que as nove primeiras Unidades juntas são responsáveis
por cerca de 80% do total de recursos capitados durante o período de maio de 2005 a abril
de 2009, ou seja, mais de R$ 46 milhões.
No quadro IV estão relacionados os sete cursos de especialização modalidade extensão
que tiveram o maior número de oferecimentos no período.
Quadro IV - Os Sete Cursos de Especialização mais procurados no
período maio/2005 a abril/2009
UNIDADE
SIGLA
CURSOS
Nº DE
OFERECIMENTOS
ALUNOS
MATRICULADOS
FEM
FEM-1000
ENGENHARIA DA QUALIDADE
16
168
IE
ECO-0100
GESTÃO E ESTRATÉGIA DE
EMPRESAS
10
651
IE
ECO-0200
ECONOMIA FINANCEIRA
10
320
FEQ
FEQ-0300
SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE
9
220
FCM
FCM-0120
FISIOTERAPIA APLICADA À ORTOPEDIA
E TRAUMATOLOGIA
8
120
IE
ECO-0180
MARKETING ORGANIZACIONAL
8
295
COTIL
CTL-0100
SISTEMAS DA QUALIDADE (4)
5
173
No quadro V estão relacionados, por Área, os cursos de extensão que tiveram o maior
número de oferecimentos no período.
Cursos de Extensão - Extecamp
61
Quadro V - Os Dois Cursos de Extensão mais procurados no período,
por Área de maio/2005 a abril/2009
Nº DE
OFERECIMENTOS
ALUNOS
MATRICULADOS
BIOLOGIA TECIDUAL APLICADA À
IMPLANTODONTIA
22
416
FCM-0571
ATENÇÃO INTEGRAL AO ADULTO
7
208
MAT-0438
METODOLOGIA SEIS SIGMA - FORMAÇÃO GREEN BELT
22
414
MAT-0437
METODOLOGIA PARA MELHORIA DE
PROCESSOS - FORMAÇÃO GREEN
BELT
6
105
ART-0029
INTRODUÇÃO AO FOLCLORE - CONCEITO E METODOLOGIA DE PESQUISA
3
791
EDU-0015
PROEPRE: FUNDAMENTOS TEÓRICOS E PRÁTICA PEDAGÓGICA PARA
A EDUCAÇÃO INFANTIL
8
639
FEQ-0170
CAPACITAÇÃO EM GERENCIAMENTO
DE PROJETOS
7
198
FEA-0050
BOAS PRÁTICAS NA MANIPULAÇÃO
DE ALIMENTOS
9
158
CTC-0003
INJEÇÃO DE TERMOPLÁSTICOS
4
89
CTC-0622
PROJETO DE MOLDES PARA INJEÇÃO DE TERMOPLÁSTICOS
3
61
ÁREA
SIGLA
CURSOS
Ciências
Biológicas
BIO-0017
Ciências
Exatas
Humanas
e Artes
Tecnologia
Colégios
Técnicos
A avaliação dos cursos oferecidos foi muito boa ao longo do período, tal como se desprende das informações obtidas com os alunos concluintes:
Impacto/Ano
2005
2006
2007
2008
Ótimo
18%
18%
29%
25%
Bom
51%
51%
44%
42%
Bom+Ótimo
69%
69%
73%
67%
Regular
23%
22%
20%
23%
Ruim
3%
4%
3%
4%
Nulo
5%
4%
4%
6%
Total
100%
100%
100%
100%
Fonte: questionário encaminhado pela Extecamp aos alunos concluintes dos cursos
62
Cursos de Extensão - Extecamp
Quadro VII - Taxas de sucesso no oferecimento de cursos (%)
Período: maio/2005 a abril/2009
Cursos Propostos
(a)
Cursos Efetivados
(b)
Taxa de sucesso no oferecimento
%
(c) = (b)/(a)
2.182
1.658
76,0
Ciências Exatas
880
642
73,0
Humanas e Artes
1.517
1.196
78,8
Tecnologia
2.433
1.634
67,2
173
132
76,3
7.185
5.262
73,2
Área
Ciências Biológicas
Colégios Técnicos
Total
DIVULGAÇÃO
Cursos de Extensão - Extecamp
63
Equipe
Miguel Juan Bacic
Alvaro Rossmann Carvalhaes Neto
Andréa Gobi Chiulle Pinheiro
Beyla Verinaud Anguita
Camila Thomazine Alves
Célia Maria da Silva Fernandes Custódio
Daiane Cristina Viana de Brito (patrulheira)
Daniel Longato Urbine
Edison Nucci
Érika Camilo Ropole
Heloisa Helena Rampazzo
Herli Aparecida Ropole
Jan Alexander Durães Sette
Josiane Gomes Teles
Rinaldo Aparecido Montibeller
Solange Aparecida Moraes Coltre
Vagner Souza Guimarães
64
Cursos de Extensão - Extecamp
Coordenadoria de Assuntos Comunitários - CAC
A Coordenadoria de Assuntos Comunitários - CAC é um órgão da PREAC que tem como
objetivo estimular, apoiar, articular e acompanhar os programas, projetos e ações de extensão universitária na Universidade.
A Extensão Comunitária caracteriza-se por ser uma atividade acadêmica, destinada a
atender a comunidade interna e externa à UNICAMP por meio de ações dirigidas de cunho
eminentemente social.
A partir de fevereiro de 2008 a CAC deu início a uma parceria com o Centro da Vida Independente - CVI com o intuito de desenvolver um trabalho de cunho educativo e de inclusão
social, sobre a pessoa com deficiência. Foi criado um curso intitulado “Vivendo a diferença,
Valorizando a Diversidade”, resultando em 8 encontros com 205 participantes dentre os quais,
97% consideraram o tema muito relevante, e ótima a qualidade do curso.
Equipe
Antonio Alves Neto
Beatriz Jansen Ferreira
Emília Wanda Rutkowski
Estefane Garcia
Coordenadoria de Assuntos Comunitários - CAC
65
Projeto Rondon
Breve histórico
O Projeto foi criado durante a ditadura militar, em 1967, com a orientação do professor Wilson Choeri, da
Universidade do Estado da Guanabara (hoje Universidade do Estado
do Rio de Janeiro - Uerj) com a idéia
central de conhecer a realidade nacional, por meio de um trabalho
comunitário. Em julho deste ano,
sem apoio oficial do governo, o Professor Wilson, juntamente com outro
professor e mais trinta alunos colocaram em prática a Operação Zero no
Território de Rondônia. O deslocamento dessa equipe do Rio de Janeiro contou com o apoio do Ministério do Interior Rondônia que cedeu uma aeronave C-47.
O objetivo foi levar os estudantes a tomar contato com o interior da Amazônia, sentir
o Brasil e trabalhar em benefício das comunidades carentes daquela região. A equipe permaneceu na área por 28 dias, realizando trabalhos de levantamento, pesquisa e assistência
médica e um dos resultados foi a conscientização do povo brasileiro para a Amazônia mediante o lema: integrar para não entregar.
Em janeiro de 1989, quando o total de universitários mobilizados pelo Projeto Rondon já passava dos 350 mil, o presidente José Sarney, motivado pelas reformas administrativas no âmbito
federal, decidiu pela extinção da Fundação do Projeto Rondon, conforme Lei 7.732/89.
No ano de 1990 “renasce” o Projeto Rondon, sem vínculo com o Governo, mas como
Associação Nacional dos Rondonistas, criada por rondonistas com a missão de mobilizar
a juventude universitária e despertar nela uma consciência crítica sobre as diversas
realidades nacionais, sempre em estreita articulação com Instituições de Ensino Superior,
nos três níveis de governo e a sociedade civil.
Em março de 2006 a União, representada pelos Ministérios da Defesa e da Educação, e
a Associação Nacional dos Rondonistas (ANR) celebraram um acordo de cooperação com
o objetivo de realizar o planejamento e a execução das Operações do Projeto Rondon, cabendo ao Ministério da Defesa a coordenação geral.
Por fim, a reativação do Rondon foi proposta pela União Nacional dos Estudantes (UNE)
ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em novembro de 2003 e em 16 de maio de 2005, em
assembléia, a ANR autorizou o Governo federal a usar o nome Projeto Rondon no programa
de governo voltado para a juventude. A partir daí, um Grupo de Trabalho Interministerial,
estabeleceu as diretrizes e objetivos do Projeto e definiu a sistemática de trabalho a ser
adotada na sua execução.
66
Projeto Rondon
Relançado em janeiro de 2005, o Projeto Rondon é realizado em estreita parceria com o
Ministério da Educação, com a colaboração dos demais Ministérios e tem o imprescindível
apoio das Forças Armadas, que proporcionam o suporte logístico e a segurança, necessários
às operações. Conta, ainda, com a colaboração dos Governos Estaduais, das Prefeituras
Municipais, da Associação Nacional dos Rondonistas, da União Nacional dos Estudantes, de
Organizações Não-Governamentais, de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público e de Organizações da Sociedade Civil.
Durante quinze dias os rondonistas desenvolvem atividades ligadas aos temas: cultura,
direitos humanos e justiça, educação, saúde, comunicação, meio ambiente, tecnologia e produção e trabalho. Essas atividades aproximam os universitários da realidade
vivida pelas comunidades carentes, como também levam soluções para melhorar a qualidade de vida dos habitantes dessa região. Orientam o desenvolvimento da agricultura familiar,
bem como, colaboram na elaboração de projetos que atendam à infra-estrutura municipal,
em particular nas áreas de saneamento básico e de meio ambiente.
Propósito
Viabilizar a participação do estudante universitário nos processos de desenvolvimento
local sustentável e de fortalecimento da cidadania.
Objetivos1
1. Contribuir para a formação do universitário como cidadão;
2. Integrar o universitário ao processo de desenvolvimento nacional, por meio de ações
participativas sobre a realidade do País;
3. Consolidar no universitário brasileiro o sentido de responsabilidade social coletiva em
prol da cidadania, do desenvolvimento e da defesa dos interesses nacionais;
4. Estimular no universitário a produção de projetos coletivos locais, em parceria com
as comunidades assistidas.
Principais Diretrizes (Decreto de 14 de Janeiro de 2005)1
1. Contribuir para o desenvolvimento sustentável nas comunidades carentes, usando as
habilidades universitárias;
2. Estimular a busca de soluções para os problemas sociais da população, formulando
políticas públicas locais, participativas e emancipadoras;
3. Assegurar a participação da população na formulação e no controle das ações;
4. Priorizar áreas que apresentem maiores índices de pobreza e exclusão social, bem
como áreas isoladas do território nacional;
5. Democratizar o acesso às informações sobre benefícios, serviços, programas e projetos, bem como recursos oferecidos pelo poder público e iniciativa privada e seus
critérios de concessão;
6. Buscar garantir a continuidade das ações desenvolvidas.
1
https://defesa.gov.br
Projeto Rondon
67
A participação da UNICAMP e o apoio PREAC
Oficializada a “nova fase” do Projeto Rondon, a UNICAMP se fez representada por uma
equipe composta de alunos do Instituto de Economia no município de Eirunepé, estado do
Amazonas, durante o período de 15 a 29 de janeiro de 2005. Diversas ações desenvolvidas
e executadas proporcionaram a esses alunos muitas informações e experiências no âmbito
social e econômico. Dentre vários aspectos, os que mais sensibilizaram estavam relacionados à ausência de saneamento básico e ao número insuficiente de profissionais da
área da saúde.
Após o retorno da equipe e a divulgação do seu trabalho e das suas experiências, muitos
alunos demonstraram motivados a participarem das futuras operações do Projeto, criando
um estímulo (demanda potencial) a Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários, suficiente para que ela “abraçasse” a coordenação do projeto no âmbito UNICAMP, pois a
participação de alunos e professores, muito bem coordenada, poderia ser uma das formas a
serem adotadas para a implementação de suas estratégias dirigidas à ampliação da atuação
da UNICAMP em ações de extensão comunitária.
Avaliados os principais objetivos e diretrizes do Projeto e com a conclusão de que ambos estão fortemente alinhados à qualidade e aos princípios defendidos por essa gestão, deu-se inicio
ao processo de mobilização da Equipe Técnica da PREAC para divulgar o seu apoio à comunidade universitária e estimular a participação de professores e alunos de graduação.
Nesse contexto o projeto Rondon é entendido como um dos meios possíveis à materialização
da missão da PREAC, principalmente por dar oportunidade a um grande número de alunos participar das ações de extensão, fato que não seria possível devido, ao alto custo de deslocamento
do pessoal para as mais diversas regiões do nosso país, às acomodações e à alimentação, dentre
outras questões relevantes para a manutenção de equipes de estudos/trabalho.
O então pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários, professor Mohamed Habib,
convencido de que esse Projeto daria condições à UNICAMP de ampliar suas ações de
extensão em nível nacional, pode assim articular com a reitoria sobre os benefícios que poderiam ser obtidos com a participação da nossa universidade. Obtendo o aval necessário,
foi nomeado como representante legal da UNICAMP nas atividades referentes ao Projeto
Rondon, conforme Resolução GR n° 030/2006 de cinco de maio de 2006.
Assim, no início do ano de 2006, mais especificamente, entre os dias três e 19 de fevereiro a segunda equipe da UNICAMP, formada por dois docentes, seis alunos e dois jornalistas,
cuja proposta fora selecionada e contemplada pela Coordenação Geral do Projeto Rondon,
pode executar ações de curto prazo que pudessem atender as demandas do município de
Eirunepé, AM, e que ao mesmo tempo deixassem sementes, servindo de base para a ação
das pessoas que vivem e trabalham neste município.
As equipes participantes desenvolvem atividades relacionadas aos temas:
1) Cidadania: a) capacitar organizações da sociedade civil na defesa dos direitos de
cidadania; b) instalar ou dinamizar os conselhos municipais de educação, de saúde, tutelar, de assistência social, do meio ambiente, e outros; c) disseminar as orientações para
obtenção do registro civil; d) capacitar educadores do ensino fundamental sobre a prática
de leitura e produção de textos; e) capacitar educadores no atendimento a portadores de
necessidades educativas especiais.
68
Projeto Rondon
2) Bem-estar: a) capacitar agentes de saúde em saúde da família, saúde ambiental e
doenças endêmicas locais; b) capacitar multiplicadores sobre saúde sexual e reprodutiva de
adolescentes e jovens, prevenção da prostituição infantil e prevenção do uso do álcool e
drogas; c) capacitar multiplicadores em ações de incentivo ao esporte e lazer; d) organizar
a implantação de atividades comunitárias solidárias.
3) Desenvolvimento local sustentável: a) incentivar o cooperativismo e o associativismo para a geração de renda; b) capacitar produtores locais; c) disseminar soluções autosustentáveis - tecnologias sociais - que melhorem a qualidade de vida das comunidades; d)
promover ações que desenvolvam o potencial turístico local.
4) Gestão pública: a) capacitar servidores municipais em gestão pública; b) capacitar
servidores municipais na elaboração do Plano Diretor do município; c) capacitar servidores
municipais em gestão de projetos; d) elaborar projetos para atender a infra-estrutura municipal, em particular nas áreas de saneamento básico e meio ambiente.
DÁRIO CRISPIM
Operação Amazonas 2006, município de Eirunepé, Amazonas.
Projeto Rondon
69
DÁRIO CRISPIM
Aldeia Kulina, Eirunepé - Amazonas
Em dia 22 de março a PREAC organizou e realizou um seminário de discussão abordando o
tema da extensão e o papel social da universidade. Entre os diversos assuntos tratados, a equipe
que esteve em Eirunepé apresentou síntese das ações realizadas e resultados alcançados e participou da análise sobre a continuidade do trabalho em Eirunepé, tendo como referência proposta
encaminhada por lideranças e autoridades locais e fortaleceu a discussão sobre a viabilidade e
continuidade da participação da UNICAMP no Projeto.
Pode-se, por assim dizer, que nessa data fora lançado o marco da participação da UNICAMP no Projeto Rondon se considerando o aumento do número de alunos que passaram
a procurar pela PREAC para demonstrar seu interesse em participar, impulsionando, de vez,
a criação de estruturas capazes de fornecerem aportes necessários à ampliação do número
de equipes, a divulgação das Operações, para montagem de equipes e a demais fatores inerentes à participação de uma equipe em um projeto, principalmente quando a sua execução
se dá em localidades distantes da UNICAMP.
70
Projeto Rondon
DÁRIO CRISPIM
Casa de farinha dos Ribeirinhos, margeando o rio Juruá - Amazonas
Projeto Rondon
71
Modelo de gestão adotado
Como para a PREAC o Projeto Rondon, além dos seus propósitos e objetivos, é um dos
meios que tornam possível à comunidade universitária a prática de ações comunitárias de
extensão, ficou estabelecido que o seu apoio devesse agregar valor às atividades compreendidas desde a divulgação dos editais, passando pela criação das equipes e elaboração das
propostas, à execução das ações nos municípios participantes. Esse valor agregado deve
ser percebido nos processos que fazem parte deste modelo de gestão.
Criação e manutenção de um banco de dados
A primeira iniciativa da PREAC foi a criação de um banco de dados para registrar informações sobre docentes e discentes interessados em participar do projeto. Essas informações,
cultivadas até os dias de hoje, tornaram-se muito importantes na formação da equipes,
ajudando-as na identificação tanto de alunos quanto de professores. Após um ano da sua
criação, há registros de180 alunos e 47 docentes.
Gestão Interna
Baseada em um método proativo de gestão que busca, constantemente, interações intradiscente, entre Institutos e Faculdades e entre discentes e docentes, estimulando a ambos
a participarem do Projeto. Esse sistema de gestão está institucionalizando a coerência entre
as atividades a serem desenvolvidas no Projeto com o conceito de atividades de extensão
universitária adotado pela PREAC, orientando as equipes desde a elaboração das propostas
até na adoção de procedimentos durante e após as operações.
A criação de BLOG´s; fóruns e seminários; página na Internet (http://www.PREAC.UNICAMP.br/rondon/), e banco de imagens constituíram mecanismos eficazes para a divulgação do projeto e das participações da UNICAMP e constituição de um ambiente propício à
troca de experiências e aprendizado.
O grande interesse demonstrado pelos alunos e professores da UNICAMP tanto daqueles
que participaram quando dos que participarão, demandou um processo de alinhamento
entre eles e a PREAC de modo que as experiências de cada equipe fossem compartilhadas
a ponto de criar a seguinte reflexão: o que e como “levar” as comunidades e o que e
como aprender dessas comunidades.
Rede de Relacionamento
A PREAC como o elemento central de uma rede de comunicação que envolve além dela, a
Coordenação Geral do Projeto Rondon, Professores, Alunos, Órgãos da UNICAMP, Órgãos dos
municípios envolvidos, Mídia e Instituições de Ensino Superior. O objetivo desta rede é manter
todos os elementos, interdependentes, informados sobre as especificidades de cada uma das
participações, propostas à Coordenação, criação de seminários, fóruns e de outros meios de
comunicação para elevar, cada vez mais, o nível de envolvimento e compartilhamento.
72
Projeto Rondon
Bons resultados foram obtidos e que merecem destaques:
s a implantação da viagem precursora ao município que receberá as equipes durante
o período das Operações. Sugestão feita pela UNICAMP à Coordenação Geral;
s a criação, em 2007, da disciplina EX002: Projeto Rondon de Extensão Universitária especialmente para alunos e professores que participaram do Projeto;
s o estímulo e subsídio dados aos alunos para que eles mesmos tomem as iniciativas
para montagem das equipes e elaboração das propostas. Esse processo, bem monitorado, pode servir de aprendizagem a todos os participantes por envolvê-los do
início ao fim, ou seja, na pesquisa dos temas exigidos pelo edital, nas metodologias
para a execução das ações propostas, no trabalho de equipe, nas formas de comunicação e outros aspectos afins;
s realização do FÓRUM Projeto Rondon na extensão da UNICAMP, em 10 de abril de
2007 que contou com as presenças do General-de-Brigada Celso Krause Schramm Coordenador-Geral do Projeto Rondon, do Sr. Hidelfonso Abreu de Araújo, Prefeito
do Município de Abel Figueiredo - PA, do Prof. Melquíades da Silva, Secretário de Educação de Abel Figueiredo e dos coordenadores das nove equipes da UNICAMP que participaram do Projeto nesta nova versão. O objetivo desse Fórum foi avaliar a participação
da UNICAMP no Projeto Rondon até o momento, ouvindo as equipes, os representantes
do Ministério da Defesa e o poder público dos municípios atendidos quanto às expectativas, ações efetuadas e objetivos alcançados.
ALEX MATOS
General-de-Brigada Celso Krause Schramm Coordenador-Geral do Projeto Rondon
Projeto Rondon
73
ALEX MATOS
Srs. Hidelfonso Abreu de Araújo e Melquíades da Silva, respectivamente, Prefeito e Secretário de Educação de Abel Figueiredo, PA.
s Em 30 de abril de 2008, a PREAC realizou o segundo Fórum, Projeto Rondon - Desafios e Perspectivas, cujo propósito foi apresentar e avaliar os principais desafios
e perspectivas do projeto Rondon, considerando a atuação dos três atores principais:
Coordenação Geral do Projeto, UNICAMP e Prefeituras de Municípios atendidos.
Nesse evento participaram o General de Brigada Júlio de Amo Júnior, Coordenador
Geral do Projeto Rondon, apresentando Desafios e Perspectivas na Visão da Coordenação-Geral, os Srs. Gilnei Fischer, Prefeito do município de Arroio do Padre,
RS, Antônio Miguel da Silva, Diretor do Departamento de Educação Esporte e Cultura e José Raimundo Batista, relações Públicas, ambos representando o Prefeito,
Sr. Eulálio Polaco Ilek do município de Pedro de Toledo, SP, que participaram da mesa
redonda sobre Atuação do Projeto Rondon nos Municípios.
74
Projeto Rondon
ALEX MATOS
General de Brigada Júlio de Amo Júnior - Coordenador Geral do Projeto Rondon
ALEX MATOS
Sr. Gilnei Fischer, Prefeito do Município de Arroio do Padre, RS.
Projeto Rondon
75
ALEX MATOS
Sr. Antônio Miguel da Silva, Diretor do Departamento de Educação Esporte e Cultura, Município
Pedro de Toledo, SP.
Métodos
a) Divulgação do convite
Exige estudos e esclarecimentos junto ao Ministério da Defesa a fim de manter a comunidade universitária bem informada. Todos os passos a serem cumpridos desde a concepção
da proposta e o efetivo cadastramento dos participantes são cuidadosamente tratados pela
Pró-Reitoria e compartilhados com os alunos e professores.
b) Preparação das Propostas
A cada coordenador cabe a responsabilidade de trabalhar o formato técnico do projeto
e das ações planejadas. A PREAC estabelece as principais diretrizes que devem ser consideradas na realização de cada ação, pois a UNICAMP é a responsável pelas mesmas perante
o Ministério da Defesa.
c) Estruturação das Equipes
A PREAC preza pela obediência aos requisitos estabelecidos pelo Ministério da Defesa,
tais como, multidisciplinaridade da equipe, alunos que estejam cursando os últimos
períodos, vínculos com a UNICAMP, dentre outros. Além disso, essa Pró-reitoria dispõe
de seu banco de dados à disposição dos interessados.
Uma evidência que merece atenção é a de professores e alunos que ficam impedidos de continuar nas equipes devido às razões associadas às atividades acadêmicas e profissionais. Quando
isso ocorre a PREAC identifica e viabiliza a participação de substitutos. Até os dias de hoje não
houve equipes que ficaram impedidas de participar do Projeto Rondon devido a este “problema”. Conforme a região onde as equipes atuarão, a PREAC toma todas as providências para
que cada integrante atualize seu histórico de vacinação como forma de garantia do seu estado
de saúde durante o período a que ficará exposto às condições de riscos.
76
Projeto Rondon
d) Encaminhamento das Propostas
Essa atividade exige muitos contatos com a Coordenação do Projeto Rondon, porque é comum equipes apresentarem diferentes tipos de dúvidas. Para cada dúvida apresentada, a PREAC analisa e pesquisa as formas de solucioná-las. Para garantir os cumprimentos dos prazos,
constantemente os coordenadores são consultados sobre o estágio das mesmas e necessidades.
Toda proposta encaminhada à PREAC é cadastrada em um banco de dados específico e devidamente remetida ao Ministério da Defesa em Brasília (DF).
e) Publicação das IES selecionadas
Freqüentemente o Ministério da Defesa divulga a relação das IES que participarão das
Operações dois meses antes do início das mesmas. Isso exige que os contatos com as equipes selecionadas sejam realizados rapidamente por e-mail e por telefones com o intuito de
evitar problemas de última hora.
f) Confirmação das equipes
Após a oficialização das IES que atuarão nas Operações do Projeto Rondon, a PREAC dá início
ao processo de cadastramento dos integrantes de cada uma das equipes selecionadas conforme
as atividades: 1) cadastramentos dos participantes (já intitulados Rondonistas), atendendo às
exigências do Ministério da Defesa, por meio do Sistema do Projeto Rondon - SISPRON; 2) havendo desistentes a PREAC realiza pesquisas entre professores e alunos com intuito de substituir
os impossibilitados; 3) certifica se todos os requisitos foram cumpridos; 4) Colaboração na elaboração do Termo de Compromisso do Rondonista e Termo de Cessão de Direito de Uso de Imagem Individual e posterior envio ao Ministério da Defesa; 5) providencia a elaboração do Termo
de Cooperação entre o Ministério da Defesa e Universidade Estadual de Campinas, conforme
modelo apresentado no convite, assinatura do Pró-Reitor da PREAC (conforme RESOLUÇÃO GR
n° 030/2006 de 05/06/06) e encaminhamento a este Ministério.
g) Suporte Operacional
A PREAC coloca à disposição das equipes sua infra-estrutura, tais como: sala de reunião, impressões, ligações telefônicas, computadores, entre outros.
Além disso, estabelece contatos com a Coordenação do Projeto Rondon, com as prefeituras
e representantes dos municípios que receberão as equipes, sempre com a finalidade de obter informações que vão desde as suas características econômicas e sociais às específicas das acomodações dos rondonistas. Finalmente, são providenciados os recursos necessários ao transporte
das equipes aos locais de partida para início das Operações.
Projeto Rondon
77
h) Acompanhamento Real da Operação
Uma forma encontrada pela PREAC para receber e publicar informações (relatos e imagens colhidos no dia-a-dia do projeto) fornecidas pelos rondonistas por meio de e-mails.
Essas informações são trabalhadas e disponibilizadas em “blog”, como o criado pela equipe
de informática do CESET para que a sociedade tenha acesso às realizações. (http://www.
ceset.UNICAMP.br/rondon2007), Num futuro bem próximo, segundo semestre de 2008, a
PREAC disponibilizará seu próprio blog para essa atividade.
Relação entre os conjuntos A e B
Participação da Unicamp no Projeto Rondon
janeiro de 2005 a julho de 2009
78
Projeto Rondon
Participações da UNICAMP no Projeto Rondon - 2005 a 2009:
19 equipes envolvendo 113 alunos, 27 professores e cinco técnicos.
DIVULGAÇÃO
Operação Amazônia Ocidental 2007 - Município de Atalaia do Norte - Amazonas
Projeto Rondon
79
DIVULGAÇÃO
Operação Amazônia Ocidental 2007 - Município de Atalaia do Norte - Amazonas
DIVULGAÇÃO
Operação Amazônia Oriental 2007 - Município de Abel Figueiredo
- Amazonas
80
Projeto Rondon
DIVULGAÇÃO
Operação Amazônia Oriental 2007 - Bom Jesus do Tocantins - Pará
DIVULGAÇÃO
Operação Grão Pará 2008 - Município de Limoeiro do Ajuru - Pará
Projeto Rondon
81
DIVULGAÇÃO
Operação Rio Grande do Sul 2008 - Arroio do Padre
ALEX MATOS
Equipe da Operação Nordeste-Sul 2009 - Município de Mari - Paraíba
82
Projeto Rondon
Incubadora Tecnológica de Cooperativas
Populares da UNICAMP - ITCP
Missão
É um programa de extensão universitária, vinculado à Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos
Comunitários - PREAC, criado pela Resolução GR 086 em 29 de agosto de 2001, com a missão
de contribuir para o desenvolvimento da Economia Solidária, a partir da formação de grupos
autogestionário e/ou cooperativas populares. A ITCP UNICAMP faz parte da Rede Universitária
de ITCPs, junto com outras 33 incubadoras universitárias brasileiras.
A ITCP UNICAMP foi formada a partir da necessidade de acompanhamento técnico e
educacional de grupos de trabalhadores que fariam parte de um Programa de Geração de
Trabalho e Renda da Prefeitura Municipal de Campinas, somada à iniciativa de um grupo de
alunos e professores que tinham como objetivo fortalecer o elo entre pesquisa e ensino por
meio de um projeto de extensão.
Projeto: CONVÊNIO UNICAMP/FINEP - Formacão/Incubação de Cooperativas
Populares de GRUPOS/PRONINC 2005 e 2006
Em setembro de 2004 a ITCP/UNICAMP assinou um convênio com a SENAES, FINEP e
Fundação Banco do Brasil, o Proninc, cuja meta era formar 8 grupos de cooperativas populares nas seguintes áreas de trabalho: juventude em situação de risco, agricultura
familiar e rede de resíduos sólidos. Participaram 18 alunos como monitores.
CONVÊNIO UNICAMP Nº - 4348-1
PROCESSO UNICAMP: 17228/2004
PERÍODO: SETEMBRO DE 2004 a DEZEMBRO DE 2006
FINANCIADOR: FINEP
VALOR DO CONVÊNIO: R$ 322.240,00
Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da UNICAMP - ITCP
83
Cooperativas grupos e associações acompanhadas
COOPERATIVA
ATIVIDADE
COOPERADOS
Cooperativa Tatuape
Reciclagem Resíduos Sólidos
21
Cooperativa Copermimo
Costura
7
Cooperativa Bonsucesso
Reciclagem Resíduos Sólidos
20
Grupo Da Vila São João
Hortas Comunitárias
20
Associação das Cooperativas e Grupos
Associativos de Coleta e Manuseio de
Materiais Recicláveis de Campinas (Acoop)
Associação de Cooperativas
(são 15 cooperativas)
280
Grupo Arte Jovem
Artesanato- velas sabonetes, caixas
25
Grupo Estandarte
Customização (bordados)
15
Grupo De Mulheres - Coopermandi
(Hortolandia)
Produção de derivados da mandioca
(doces, salgados e massas)
17
Grupo Do Assentamento do Horto do
Vergel - Coopervel (Mogi Mirim)
Produção e comercialização de mandioca,
banana, maracujá e outros. Projeto de
Cozinha.
13 famílias
Grupo De Mulheres da Escola do
Jd.Santiago - Coopam - (Hortolândia)
Produção de doces
11
Convênio UNICAMP/Finep - RTS - Rede de Tecnologia Social Visando A
Incubação De Empreendimentos Solidários.
Em janeiro de 2006, a ITCP/UNICAMP assinou um convênio com a FINEP, a Caixa Econômica Federal, o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Ministério da
Ciência e Tecnologia, o projeto da Rede de Tecnologia Social, cujas metas eram: formação e
incubação de dois grupos autogestionários junto a grupos de portadores de HIV e/ou mulheres vulneráveis a DST/AIDS (em parceria com o Centro de Referência em DST/AIDS-Campinas); e formação e incubação de uma incubadora tecnológica de cooperativas populares
(em parceria com o IDESC - Instituto para o Desenvolvimento Sustentável do Vale do Ribeira,
uma organização não governamental).Trabalharam ao longo do projeto 16 alunos.
CONVÊNIO UNICAMP Nº - 4770-1
PROCESSO UNICAMP: 25192/2005
PERÍODO: JANEIRO DE 2006 a SETEMBRO DE 2007
FINANCIADOR: FINEP
VALOR DO CONVÊNIO: R$ 141.800,00
84
Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da UNICAMP - ITCP
Associações acompanhadas
NOME
ATIVIDADE
COOPERADOS
Corte e Costura
30
>
20
ONG localizada em Registro (SP)
25
Rede Nacional de Portadores de HIV Positivo
%&
=>
IDESC - Instituto para o Desenvolvimento
Sustentável e Cidadania do Vale do Ribeira
Convênio UNICAMP/CNPQ - Melhorando a Qualidade de Vida de Futuros Cooperados
(Aquisição de Infra-Estrutura de Cooperativas de Triagem de Resíduos Sólidos)
No mês de janeiro de 2006 a ITCP/UNICAMP assinou um convênio com CNPq visando
1) adquirir equipamentos de infra-estrutura para as cooperativas de reciclagem de resíduos
sólidos acompanhadas pela ITCP e 2) pesquisar com foco na Organização Produtiva das
cooperativas de triagem de resíduos sólidos recicláveis pela ótica da tecnologia social .Participaram do projeto 3 alunos.
CONVÊNIO Nº - 554372/2005-3
PROCESSO UNICAMP: 27877/2005
PERÍODO: MAIO DE 2006 a SETEMBRO DE 2007
FINANCIADOR: CNPq
VALOR DO CONVÊNIO: R$ 131.188,02
Cooperativas acompanhadas
COOPERATIVA
ATIVIDADE
COOPERADOS
Cooperativa Barão
Reciclagem Resíduos Sólidos
23
Cooperativa Bonsucesso
Reciclagem Resíduos Sólidos
10
Convênio UNICAMP/FINEP/MCT/SENAES - UNICAMP COOPERA Universidade Sociedade e Economia Solidária/PRONINC
A ITCP participou da chamada pública do PRONINC 2007, modalidade B. Em dezembro
de 2007 seu projeto foi aprovado com maior nota entre os projetos enviados pelas Incubadoras Universitárias. O projeto prevê: 1) Incubação de uma cooperativa de customização de
roupas e uma rede de empreendimentos de base artesanal; 2) Incubação de duas cooperativas de triagem de resíduos sólidos e de uma associação de cooperativas de triagem de
resíduos sólidos; 3) Incubação de duas cooperativas de agricultura e alimentação; 4) Realização de dois cursos de formação em autogestão e Economia Solidária; 5) Realização de dois
encontros de cooperativas populares de Campinas. Participaram do projeto 20 alunos;
Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da UNICAMP - ITCP
85
CONVÊNIO UNICAMP Nº - 5563-1
PROCESSO UNICAMP: 27039/2007
PERÍODO: ABRIL DE 2008 a MARÇO DE 2009
FINANCIADOR: FINEP
VALOR DO CONVÊNIO: R$ 299.315,00
Convênio UNICAMP/PREAC/MEC/PROEXT2007 - Metodologias de Incubação
de Grupos Autogestionários e de Sistemas Integrados de Produção em
Alimentos
A incubadora teve este edital aprovado, juntamente com outros projetos de extensão da
UNICAMP, para início em janeiro de 2008. Por meio deste projeto a incubadora prentende
viabilizar uma proposta antiga: a publicação de uma revista acadêmica para divulgar os conhecimentos construídos durante a sua atividade de incubação, bem como a publicação de
um caderno de metodologias de incubação. Os recursos deste projeto estão integralmente
alocadas para a produção gráfica dos materiais, não prevendo a contratação de bolsistas. O
projeto envolve também a publicação de materiais sobre sistemas integrados de produção
de alimentos (Prof.. Enrique Ortega da FEA). Há 8 alunos participando das atividades.
CONVÊNIO UNICAMP Nº - 5636-0
PROCESSO UNICAMP: 27094/2007
PERÍODO: ABRIL DE 2008 a DEZEMBRO DE 2008
FINANCIADOR: MEC
VALOR DO CONVÊNIO: R$ 34.800,00
Outras Atividades Realizadas
s Participação de reuniões do movimento de Economia Solidária nas esferas municipal (Conselho Executivo do Fórum Municipal de Economia Solidária - Comex, e da
organização da Feira Regional de Economia Solidária), estadual (Fórum Paulista de
Economia Solidária) e federal (Rede Nacional de ITCP’s);
s Aproximação da incubadora dos demais espaços da UNICAMP e de outras universidades através da realização de fóruns de debate (Fórum Permanente de Economia
Solidária em junho) e de palestras em outras universidades;
s Acompanhamento de reuniões, encontros, palestras, cursos etc. realizados pelos órgãos públicos que sejam de interesse da Economia Solidária (Oficina de Trabalho
sobre Implementação de Centros Públicos de Economia Solidária no estado de SP
- abril/2006; reuniões com integrantes das prefeituras de Hortolândia, Campinas,
Vinhedo, Amparo);
s Organização do Encontro Nacional da Rede de ITCP’s (UNICAMP, 7-10 de setembro
2006)
86
Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da UNICAMP - ITCP
s Organização do Encontro de Cooperativas de Campinas - limites e perspectivas. Organizado pela ITCP UNICAMP e realizado no dia 23 de setembro de 2006.
Teve como objetivos proporcionar um espaço para que as cooperativas populares se
conhecessem e estabelecessem parcerias e debater os problemas comuns das cooperativas e fortalecer o movimento de Economia Solidária de Campinas e região.
s Participação de Encontros e Congressos de Economia Solidária como representantes
da ITPC UNICAMP.
s Curso de Extensão para Formadores em Economia Solidária..
s Organização de Palestra - “Metodologia de Pesquisa-Ação”. Professor convidado: Michel Jean-Marie Thiollent (UFRJ).
s ITCP - Arte-educação, comunicação popular e extensão universitária.
s Apresentação do Projeto ITCP UNICAMP no Congresso dos Estudantes da UNICAMP (Setembro De 2006).
s Apresentação do Projeto ITCP UNICAMP no Fórum de Integração e (Com) Ciência: Moradia, UNICAMP e Comunidade.
s Disciplina de Graduação em Economia Solidária. Foi oferecida no segundo semestre de 2006 como disciplina optativa do Curso de Graduação em Ciências Econômicas da UNICAMP, uma disciplina com carga-horária total de 60 horas que abordou
o tema de Economia Solidária. O responsável pela disciplina foi o Prof. Dr. Miguel
Juan Bacic.
s Em abril de 2007, a ITCP-UNICAMP apoiou a escrita de três projetos para o Fundo de
Recursos para Mulheres Angela Borba, destinado a promover ações e iniciativas que
visem transformar a vida das mulheres.
Produção Acadêmica
Além das atividades realizadas dentro da estrutura da ITCP UNICAMP, os monitores desenvolvem em seus cursos de graduação e pós graduação pesquisas que se relacionam com
as temáticas ligadas ao trabalho extencionista na incubadora.
A partir da realidade social enfrentada pelos monitores da ITCP, foram produzidas as
seguintes dissertações de mestrado, teses de doutorado e monografia de graduação entre
2005 e 2009.
1. Dissertação de Mestrado - A Territorialidade da Posse: Um estudo sobre os acampamentos do
MST em Iaras - Mônica Hashimoto Iha - Orientadora: Regina Célia Bega dos Santos - Defendida em 18/08/2005 - Instituto de Geociências da UNICAMP.
2. Dissertação de Mestrado: “Adequação sócio técnica em empreendimentos auto gestionários
surgido de empresas falidas” - Alessandra Bandeira A Azevedo - fonte financiadora FAPESP Instituto de Geociências/UNICAMP.
3. Dissertação de Mestrado: “Engenharia, Educação e Economia Solidária” - Lais Silveira Fraga
- Orientador: Prof. Dr. Renato Peixoto Dagnino - fonte financiadora - CNPq/CAPES - Instituto
de Geociências/UNICAMP. Em andamento.
Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da UNICAMP - ITCP
87
4. Tese de Doutorado - “Autogestão e Competitividade. Um estudo comparativo de empresas
brasileiras e espanholas (País Basco)” - Alessandra Bandeira A Azevedo - Orientadora Profa.
Dra. Leda Gitahy - Instituto de Geociências da UNICAMP.
5. Monografia de Conclusão de curso: “Relações de Trabalho na Economia Solidária” - Ana
Carolina Morita Forastieri da Silva - Instituto de Economia/UNICAMP. Orientador - Prof. Dr.
José Dari Krein - 2005
6. Dissertação de Mestrado. PEREIRA, Maria Cecília Camargo, Experiências Autogestionárias no Brasil e na Argentina, Campinas, FE-UNICAMP, dissertação de mestrado, fev/2007.
7. Monografia de graduação. CALIXTRE, André Bojikian, A Solidariedade Autogestionária - Reflexões sobre Economia Política e o Planejamento Econômico de
Cooperativas e Empreendimentos Solidários, Campinas, IE-UNICAMP, monografia de graduação, dez/2006 (orientador: Prof. Miguel Juan Bacic) - apresentado para
concorrer ao Prêmio COFECON
Participação em congressos
No período 2005 a 2009 os alunos participaram ativamente em congressos e seminários relacionados com Economia Solidaria apresentando trabalhos, oralmente ou por meio de pôsteres.
88
Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da UNICAMP - ITCP
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
Histórico
O Programa Comunidades Quilombolas (PCQ) iniciou seu processo de implantação em janeiro de 2004. Ao final desse ano, o PCQ contava com 6 vagas para bolsistas do SAE, uma sala
na FEA para trabalho do grupo de apoio e guarda de materiais, um alojamento instalado em
residência do quilombo André Lopes (com autorização da comunidade) com o aluguel assumido
pelos participantes dos projetos e ações. O ano encerrou-se com dois projetos executados pela
UNICAMP (recursos FAE/PREAC), um em andamento executado por parceiro, dois submetidos
a editais de concurso, um apresentado para secretaria estadual, além de assessoria técnica em
andamento para o ITESP - Instituto de Terras do Estado de São Paulo.
No início de 2005 o Programa se instalou no prédio da Coordenadoria de Assuntos
Comunitários da PREAC, passando a contar com o apoio administrativo e de infraestrutura
disponibilizado por essa Pró-Reitoria a todos os projetos comunitários da UNICAMP. Ao longo desse ano foram executados sete projetos e seis ações pelo PCQ, para cinco quilombos.
A partir de 2006, o PCQ passou a contar com a totalidade do AIU destinado à PREAC
em função dos projetos executados pela UNICAMP no âmbito do Programa, o que permitiu
fazer frente a algumas despesas operacionais, em adição à contribuição de voluntários e aos
financiamentos de projetos específicos. Ao longo desse ano, o PCQ realizou oficinas participativas com as comunidades para elaboração de 7 projetos, tendo sido elaborados e submetidos para patrocínio externo cinco projetos, dos quais um aprovado para ser executado
pela Associação do Quilombo André Lopes. Foram realizados três projetos, exclusivamente
com recursos do Programa e de voluntários. Outras ações de apoio às comunidades quilombolas também foram realizadas, em especial articulações para instalação de telecentros e
internet via satélite. Nesse ano, a comunidade quilombola do Bairro Poça tornou-se parceira
do Programa, ampliando o conjunto para sete comunidades.
De maio de 2007 a abril de 2008, o PCQ realizou diversas ações e projetos, além de passar por significativas mudanças em seu modelo de gestão. Na área Informática, o Programa
identificou junto às associações as demandas de infraestrutura e capacitação, elaborando
projeto submetido ao Edital 02 da PREAC. Na Área Sistemas de Produção, o PCQ finalizou
projeto de incubação de fábrica comunitária da comunidade de Sapatu, do qual participou
também a comunidade Nhunguara. Três projetos foram elaborados (comunidades de Sapatu, Nhunguara e Poça) e submetidos ao Edital Petrobrás Desenvolvimento e Cidadania,
tendo sido aprovado o projeto de Nhunguara, visando a implantação de fábrica comunitária
para produção de derivados de banana e capacitação em gestão, com responsabilidade técnica de docente da UNICAMP. No período, foram desenvolvidas atividades de planejamento
participativo de fabrica comunitária em Nhunguara, com patrocínio pela PREAC (EDITAL
01). Na área Cultura foi finalizado o projeto Quilombos na UNICAMP (patrocínio MEC)
e iniciado o projeto Fortalecimento da Cultura Quilombola (Edital 01 PREAC) com oficinas
de foto e vídeo digital, cinema e banco de memória. Foram retomadas as articulações com
o Ministério da Cultura (MinC) para a implantação do Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola, com início da fase de ajustes no Plano de Trabalho e Aplicação (PTA). Finalizando
o período, foi elaborado junto às comunidades o projeto Mídias e Expressões da Cultura
Quilombola, submetido ao Edital 02 da PREAC. Na Área Educação, foi iniciado o curso
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
89
pré-universitário para jovens quilombolas.e submetido ao Edital ProExt-MEC o projeto Quilombos e Ensino Universitário: significados, ingresso e permanência. Ainda nessa
área, foi ministrada oficina preparatória para concurso público. Na Área Turismo, foi feita
parceria com a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP) da UNICAMP, para
diagnóstico turístico dessas comunidades.
No período do presente relatório, maio de 2008 a abril de 2009, o PCQ aprofundou sua
participação junto às comunidades, desenvolvendo os projetos já iniciados e iniciando outros novos, além de promover diversas ações estratégicas e aprimorar o modelo de gestão.
Ações estratégicas do Programa
Implantação - A segunda fase de implantação do programa iniciou-se em 2005, sendo
que no período de março 2005 a fevereiro de 2006 foi submetido ao FAEPEx
projeto de organização institucional, o qual teve aporte de R$ 2.892,00. As seguintes metas
foram atingidas:
s Organização da Secretaria do Programa: a partir de dezembro/2005 o Programa
passou a contar com 20h semanais de funcionário da PREAC (Sr. Antonio Alves Neto).
s Instalação de base em campo para apoio aos projetos: Foram instalados no
alojamento 1 computador e 1 impressora do Programa. O proprietário do imóvel
providenciou algumas adequações necessárias. Em janeiro e fevereiro de 2006 o
alojamento foi utilizado para a configuração de 6 computadores do Programa que
foram instalados no Quilombo André Lopes para o desenvolvimento de Oficina de
Informática, no contexto do projeto Ponto de Cultura de André Lopes, do qual a
UNICAMP participa através do Programa.
s Organização dos serviços internos especializados: As demandas aos setores da
UNICAMP foram feitas no contexto de projetos específicos, aos quais contribuíram a
TV UNICAMP e ASCOM. No caso do setor de Transportes, o Programa contou com
auxílio da PREAC até o mês de agosto de 2005, tendo sido o mesmo suspenso para
este tipo de despesa devido às sérias restrições orçamentárias.
s Comunicação interna: Foi realizada divulgação do Programa, com envolvimento de
professores, alunos e funcionários.
s Capacitação de alunos para atuação no Programa e nos projetos: No período
o PCQ contou com a participação de 8 bolsistas do SAE, em suas 6 vagas. Também
participaram 9 alunos nos dois semestres de oferecimento das turmas E das disciplinas AM Trabalhos Comunitários (AM-018 a 028).
s Implantação de sítio na Internet: em www.PREAC.UNICAMP.br/quilombolas
s Articulação com Comunidades: Foram realizados encontros mensais com os presidentes de 4 Associações de Quilombos participantes do Programa, sendo que no
período mais uma Associação (Nhunguara) iniciou seus trabalhos coma UNICAMP.
Além dos encontros, reuniões específicas foram realizadas, nas quais foram estabelecidos projetos de interesse dos quilombos e, em decorrência, oficinas de elaboração
de projetos s foram realizadas. Estas ações e projetos são descritos posteriormente.
Rodada de Presidentes - Foram realizadas reuniões com cada uma das coordenadorias das
associações das comunidades parceiras ao longo de todo o período, com freqüência variável de
90
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
acordo com as demandas e necessidades das ações e projetos. Membros do Grupo Estratégico
do PCQ se revezaram nesta tarefa, de maneira a manter as associações sempre atualizadas das
oportunidades de patrocínios e do andamento dos projetos, além de decidir pelos encaminhamentos. Em dezembro de 2008, por ocasião da avaliação participativa feita na Apresentação
Pública nos Quilombos, foi decidido pela alteração da dinâmica desta ação, no sentido de eliminar os desencontros, diminuir a freqüência de encontros rápidos e ampliar a participação das
diretorias das associações. Em março de 2009, por ocasião do Encontro de Associações, a partir
de proposta do PCQ foi decidida nova dinâmica, contemplando encontros antecipadamente
agendados com as diretorias ou com as assembléias das associações, com pauta previamente
construída pelos parceiros, incluindo proposições, de maneira a ser discutida no âmbito das associações antes dos encontros. A decisão completa foi:
s um encontro a cada 2 meses, com 1 a 2 horas de duração
s previamente agendado ou com calendário fixo, de acordo com cada comunidade.
s pauta previamente definida pelo PCQ e Diretoria (cada um define os pontos que
precisa discutir e envia para o outro)
s com no mínimo o presidente e mais 2 diretores (coordenadores) e os agentes colaboradores do PCQ que atuam no bairro, podendo ser feita participação na assembléia,
para assuntos que precisem ser encaminhados dessa maneira.
s com ata e registro das decisões impressa e entregue no dia
Em função desta mudança, a ação passou a ser denominada Encontro com Coordenadores.
Encontro de Associações - Foram realizados dois a três encontros anuais com todos os
presidentes e demais diretores das associações das comunidades parceiras. Nestes encontros foram tomadas decisões conjuntas sobre projetos e, especialmente, sobre a forma de
atuação do Programa e das Associações. Em especial, nos encontros de julho, setembro e
novembro de 2008 foram definidos quais projetos e quais ações seriam desenvolvidas ao
longo de 2008 e 2009, assim como apontadas as diretrizes para a confirmação da participação das distintas associações e comunidades. A Tabela 1 mostra os projetos em desenvolvimento em dezembro de 2008.
Título
Sub-Projeto
Aquecedor solar de baixo custo para água
Assistência Técnica Cozinha Comunitária Nhunguara
Bibliotecas Comunitárias
Infraestrutura
Bibliotecas Comunitárias
Leitura e uso de biblioteca
Bibliotecas Comunitárias
Gestão de Biblioteca Comunitária
Capacitação para extensão Comunitária
Capacitação para Gestão de Projetos de Desenvolvimento Comunitário
Curso Pré-Universitário
Desenvolvimento do curso e orientação para vestibular
Curso Pré-Universitário
Comitê Gestor Local: apoio, capacitação, parcerias
Diagnóstico Turístico (ITCP)
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
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Título
Sub-Projeto
Educação Quilombola
Elaboração de Projeto Político Padagógico
Elaboração de Projetos Culturais com submissão
a patrocinadores
Encontro de Educação Quilombola
Encontros Gerais de Planejamento e Avaliação
Exposição de Fotos
Fortalecimento da Cultura Quilombola
!?
@
X
Fortalecimento da Cultura Quilombola
Implantação do Banco de Memória
Fortalecimento da Cultura Quilombola
Cine Quilombola
Grupo de Mulheres para Produção Artesanal de
Banana Fritas
Grupo de Teatro
Grupos de Capoeira
Construção de grupo e formação ce capoeiristas
Grupos de Capoeira
Elaboração de projeto para patrocínios e parcerias
Inclusão Digital
Comunicação
Inclusão Digital
Gestão de Telecentro
Inclusão Digital
Capacitação em Informática
Livro Infantil
XY
Livro Infantil
Publicação
Mídias e Expressões da Cultura Quilombola
?
X
Mídias e Expressões da Cultura Quilombola
Construção Instrumentos de Percussão
Mídias e Expressões da Cultura Quilombola
Produção Vídeo
Petrobrás Nhunguara
Planejamento Participativo de Fábrica Comunitária Nhunguara
Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola
Equipes e Coordenação de Projeto
Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola
Espaço PC - Implantação Física
Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola
Espaço PC - Grupo Gestor: constituição, capacitação, gestão
Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola
Espaço PC - Gerenciamento
Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola
Capacitação em Elaboração e Gestão de Projetos Culturais
Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola
Aula Aberta de Capoeira
Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola
Construção de Mocambo
Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola
Eventos Culturais
Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola
Capacitação em Circo, Teatro, Representações Teatrais, Instrumentos de Percussão
Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola
Capacitação em produção multimídia
Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola
Capacitação em Cine-Clube, Rádio e TV
Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola
Capacitação em Tecnologias Digitais I
Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola
Capacitação em Tecnologias Digitais II
Produção Experimental de Documentário em
Vídeo
%&
>[
?
X
Socialização e Desenvolvimento de Crianças e
Adolescentes
Visitação Sócio Educativa
92
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
Em dezembro de 2008, por ocasião da avaliação participativa feita na Apresentação
Pública nos Quilombos, foi decidido pela alteração da dinâmica desta ação, no sentido
de diminuir as dúvidas e indecisões, dar mais efetividade quanto às decisões e ampliar a
participação das diretorias das associações. Em março de 2009, por ocasião do Encontro de
Associações, a partir de proposta do PCQ foi decidida nova dinâmica, contemplando:
s um encontro com todas as associações por semestre de dia inteiro de duração
s agendado (com calendário)
s pauta previamente definida pelo PCQ e Diretoria (cada um define os pontos que
precisa discutir e envia para o outro)
s com todos diretores (coordenadores) e os agentes colaboradores do PCQ que atuam
nos bairros
s com ata e registro das decisões
Em função desta mudança, a ação passou a ser denominada Encontro Geral com Associações e o encontro do primeiro semestre de 2009 ficou agendado para o dia 25 de abril,
das 9 às 17h.
Encontros de Planejamento do Programa - Realizados em periodicidade no mínimo
semestral. Nesses encontros são avaliadas as atividades, estabelecidas as metas para o ano,
com re-definição das funções e atribuições dos membros gestores do Programa, além de
serem estabelecidos novos procedimentos para a gestão do PCQ. Como ferramenta de avaliação e planejamento, foi realizada a Análise SWOT em 2006 e 2008. A Tabela 2 apresenta
o resumo dos resultados desta análise referente ao ano 2008.
Tabela 2 - Principais resultados da Análise SWOT realizada pelo PCQ em março 2009
PCQ - Análise SWOT - Março 2009 - Aspectos Prioritários
FORTALEZAS
OPORTUNIDADES
Administração participativa
Diálogo existente com outras unidades/
entidades
Formação para novos integrantes
Recursos disponíveis para serem
captados
Acolhimento e orientação pelo mais experientes
Fontes de recursos públicos para comunidades emergentes
Método de trabalho respeitoso com as comunidades quilombolas
Interesse de outras entidades nos conhecimentos desenvolvidos no Programa
Atuação com protagonismo dos quilombolas
Políticas públicas
Estrutura para viagens (carro, alojamento, regras explícitas)
Projetos patrocinados por empresas
O saber construído nos trabalhos
Inexistência de outros locais para dormação permanente
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
93
FRAQUEZAS
AMEAÇAS
\#%&
Atitudes e posturas reativas das comunidades quilombolas
Ações inacabadas
Mudança de governo
Não institucionalização do Programa
Mudança de Reitoria
\
&
X]
#
Ausência de política para a participação
de técnico-administrativos em Extensão
universitária
Pouca clareza nos processos e procedimentos internos
Descontinuidade das políticas públicas
?
%&
Y
Sobrecarga de trabalho para alguns participantes
Rotatividade de pessoas
DIVULGAÇÃO
Encontro de Avaliação e Planejamento do Grupo de Gestores do PCQ em 30 de março de 2009.
Apresentação Pública Anual - Realizada em 2005, 2007 e 2008, contou com a participação dos presidentes e lideranças de 6 comunidades parceiras. Nos eventos foram apresentados
os trabalhos em andamento e discutidos encaminhamentos, além da avaliação quanto à forma
de atuação do PCQ. Alguns dos assistentes envolveram-se com o Programa.
94
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
DIVULGAÇÃO
Apresentação Anual do PCQ - Abril de 2008 - Abertura do Evento.
DIVULGAÇÃO
Apresentação Anual do PCQ - Abril de 2008 - Exposição de Fotos
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
95
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Apresentação Anual do PCQ - Abril de 2008 - Capoeiragem
Apresentação Anual do PCQ do Prof. Celso Lopes
96
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Apresentação Pública nos Quilombos - Realizada pela primeira vez em dezembro de
2008, com a participação de diretores e moradores de cinco associações. Foram apresentados todos os projetos em andamento e feita a avaliação dos mesmos, assim como da forma
de atuação do PCQ e das diretorias das associações. Três principais diretrizes foram tiradas
desse encontro: (1) maior divulgação aos moradores em geral; (2) maior efetividade nos
encontros com as diretorias das associações; (3) melhor organização e articulação local. O
evento foi patrocinado pelo FAEPEx (R$2.000,00 de R$3.800,00 solicitado) e por contribuições de voluntários.
Exposição Itinerante de Fotos - Com patrocínio do FAEPEx (R$ 1.890,00) esta ação
iniciou-se em julho de 2008 com prazo de 12 meses, tendo sido realizadas exposições em
unidades da UNICAMP (RU, PB, IMECC, DGA, FE, BC, Casa do Lago) e nas comunidades
(André Lopes, Galvão, Nhunguara, São Pedro, Sapatu). A partir de abril, outras unidades da
UNICAMP receberão a exposição, além dos campi em Limeira e Piracicaba.
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
97
Representação junto ao Comitê Campinas contra as Barragens no Rio Ribeira - O
PCQ, através de um representante, integra esse comitê criado em 2007 por ocasião dos
seminários quilombolas realizados na UNICAMP. No período deste relatório, o Comitê participou da organização e da realização de vários atos contra a construção de barragens no
Rio Ribeira, junto a diversas entidades da sociedade civil, Outro papel desempenhado pelo
PCQ foi a articulação com pesquisador da UNICAMP, para emissão de um relatório científico
sobre os danos causados pelas barragens na Bacia do Rio Ribeira.
Capacitação dos Recursos Humanos - No período coberto por este relatório, o PCQ
contou anualmente com 6 a 8 vagas para bolsistas SAE. Além destes bolsistas, participaram
como gestores do Programa servidores técnico-administrativos (2 da PREAC) e docente (um
da FEA), todos estes em tempo parcial de 20 horas semanais, além dos voluntários: estudantes de graduação e pós-graduação, servidores técnico-administrativos e colaboradores
externos. No total, incluindo os projetos e as ações participaram 8 docentes, 7 técnico administrativos, 45 estudantes de graduação, 3 estudantes de pós-graduação, 2 colaboradores
externos. Para assegurar o quadro necessário à gestão do Programa e ao desenvolvimento
dos projetos e ações, foram feitas divulgações através da Apresentação Anual, da Exposição
de Fotos, de visitas a unidades, de distribuição de folhetos e folder nos restaurantes universitários. Também foi iniciada articulação com a PRDU e DGRH, no sentido de ser implementada uma política para que servidores técnico-administrativos possam dispor de parte de sua
jornada semanal ou mensal para atividades de extensão comunitária, ainda sem resultados
concretos. A partir de 2007, foi implantada a ação Formação Inicial destinada a todos os
interessados em participar do PCQ e pré-requisito para a participação.
Alojamento - Desde o início da atuação do PCQ junto às comunidades quilombolas, foi
decidida a instalação de um alojamento local. Em 2004 o alojamento estava instalado em
Ivaporunduva. Em 2005 muou-se para André Lopes. A partir de abril de 2009 estará em Sapatu. Ressalta-se que todas as despesas com o alojamento são custeadas pelos participantes
do PCQ, tanto gestores como integrantes dos projetos.
Gestão - O Sistema de Gestão do PCQ foi aprimorado neste período. Foram testados três
modelos distintos, sempre em direção a um sistema participativo e democrático, envolvendo
todos os gestores do Programa e os colaboradores em projetos e ações. Em dezembro de
2008, foi iniciado o processo para renovação do Grupo Estratégico, finalizado em março
de 2009, quando também foi implementado o Grupo Gerencial e a função Secretaria, esta
com a participação dos gestores do Programa em regime de escala.
Obtenção de Patrocínio para o Programa - Os recursos para desenvolvimento dos
projetos e ações foram obtidos através da participação em editais e chamadas públicas e
também através da submissão de propostas de baixos montantes ao FAEPEx/UNICAMP. A
grande dificuldade do Programa é a obtenção de recursos para as atividades de elaboração
de projetos e de articulação comunitária. Por causa disto, nos meses de julho e agosto de
2008, a partir do planejamento feito no encontro de associações parceiras em julho, foi
elaborada proposta para patrocínio no âmbito do Edital 01 da Secretaria Especial para Promoção de Políticas de Igualdade Racial (SEPPIR) da Presidência da República. A proposta foi
submetida em setembro, aprovada em outubro, inserida no sistema de convênios (SICONV)
em novembro e o conveniamento feito em dezembro. O valor total é de R$ 124.961,00
com prazo de 12 meses de execução. Este convênio UNICAMP-SEPPIR atende quase que
inteiramente todas as ações e projetos planejados para 2009, sendo que várias das ações
98
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
que serão realizadas compreendem a elaboração de propostas específicas de patrocínio, a
serem submetidas ao longo do ano. As metas definidas no convênio são:
1. Apoio a quatro telecentros comunitários, com implantação de comunicação VoIP
2. Realização de uma oficina para construção e uso de aquecedor solar de baixo custo para
água, com a instalação de um equipamento na escola estadual das comunidades e assistência técnica para a instalação de um equipamento em até três comunidades.
3. Elaboração de projeto para implantação da infra-estrutura e ampliação do acervo de
até sete bibliotecas comunitárias, com submissão do mesmo a patrocinadores.
4. Elaboração de projeto para melhoria da infra-estrutura e da gestão de até cinco telecentros comunitários, com submissão do mesmo a patrocinadores.
5. Elaboração e execução de uma oficina para gestão de projetos de desenvolvimento
comunitário.
6. Implantação de um Grupo de Produção Artesanal de derivados de banana constituído por mulheres da Comunidade de Remanescentes de Quilombo do Bairro Nhunguara, incluindo construção coletiva de um sistema de gestão e colocação do produto no mercado, com o atendimento das exigências técnicas e legais.
7. Planejamento, elaboração e execução de até seis projetos, com ações e atividades
para incentivo à leitura e ao uso de bibliotecas.
8. Planejamento, elaboração e execução de até três projetos, com ações e atividades
socialização e desenvolvimento da criatividade de crianças.
9. Planejamento, elaboração e execução de uma oficina de capacitação para gestão
de biblioteca comunitária, com apoio técnico para efetivação da gestão de cinco
bibliotecas comunitárias.
10. Planejamento, elaboração e execução de um projeto de grupo de teatro.
11. Planejamento, elaboração e execução de uma oficina para produção experimental,
por grupo de moradores, de um livro de fotografias sobre história, hábitos e tradições das comunidades quilombolas.
12. Planejamento, elaboração e execução de uma oficina para produção experimental,
por grupo de moradores, de um vídeo-documentário sobre história, hábitos e tradições das comunidades quilombolas.
13. Realização de dois encontros com comunidades quilombolas da região, sendo um
para elaboração de Plano de Ação e um para Avaliação.
14. Apoio à constituição de dois grupos de capoeira com realização de atividades de
formação e aperfeiçoamento de capoeiristas
15. Capacitação pelo menos quinze membros da comunidade universitária, entre estudantes (graduação e pós-graduação), docentes e servidores técnico-administrativos
para atuarem em equipes e em coordenação de ações e projetos de extensão comunitária junto às comunidades quilombolas.
16. Elaboração e execução de uma oficina para elaboração de projetos culturais e captação de recursos através de patrocínios e leis de incentivo, com elaboração de dois
projetos para produção de um vídeo-documentário e de um livro de fotografias sobre história, hábitos e tradições das comunidades quilombolas, a serem submetidos
ao Ministério da Cultura e à Secretaria Estadual de Cultura.
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
99
17. Planejamento, estudo e construção participativa de um projeto político-pedagógico para
educação etnicamente diferenciada com aplicação junto à escola rural de atendimento
exclusivo a comunidades quilombolas (Escola Chules Princesa - Bairro André Lopes).
18. Realização de dez oficinas de capacitação em informática, compreendendo desde
o letramento digital até o uso de aplicativos para internet e para edição de textos e
imagens, para adolescentes, jovens e adultos.
Projetos e Ações na Área Informática
Oficina de Informática em André Lopes (Letramento Digital)
Projeto de capacitação, executado pela UNICAMP em janeiro e fevereiro de 2006, com
financiamento pelo AIU/PREAC, doações e voluntários (R$ 4.000,00).
Instalação de Pontos Digitais para cinco quilombos através do GESAC/MC
Articulações com cinco quilombos, Banco do Brasil e Ministério das Comunicações para
patrocínio. Ação iniciada em abril de 2006. No segundo semestre desse ano foram aprovadas antenas (GESAC) e computadores (Banco do Brasil) para 5 quilombos.
A partir de março de 2007 a ação do PCQ, junto ao Banco do Brasil e Ministério das Comunicações (GESAC) para implantação de pontos digitais nas comunidades parceiras, teve confluência com o projeto Rede Mocambos da Casa de Cultura Tainá. O Instituto Socioambiental (ISA),
outra entidade com atuação na região, também iniciou uma ação de inclusão digital. Assim, a
partir de uma articulação entre as entidades parceiras das comunidades quilombolas, o PCQ
realizou levantamentos junto às comunidades quanto à necessidade de oficinas de informática
DIVULGAÇÃO
Encontro com Associações e seus parceiros sobre informática - Junho 2008.
100
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
e assistência técnica aos Telecentros. A partir disto, em abril e maio foram elaboradas plantas de
lay-out, especificações, lista de materiais e cotações para adequar prédios para instalação dos
telecentros de André Lopes, Galvão, Nhunguara e Sapatu, para que suas associações pudessem
obter os recursos necessários junto aos seus demais parceiros.
Em agosto o PCQ fez gestão junto às associações para a definição das atividades na área
de informática, o que resultou na elaboração de um projeto de ponto de presença digital
em Galvão e seu encaminhamento para o GESAC/MC já no mês de outubro.
Em dezembro de 2007 e janeiro de 2008 foi dada assistência técnica às associações das
comunidades (instalação de computadores, montagem de rede, instalação de softwares) e
capacitação (monitores, operadores de telecentros, oficina de letramento digital) em Poça,
Pilões, Galvão, Sapatu, São Pedro.
Em fevereiro de 2008 foi elaborado projeto para letramento digital e assistência técnica
aos telecentros, submetido à PREAC em março.
Inclusão Digital em Quilombos do Médio Vale do Ribeira
Aprovado em maio de 2008, no âmbito do Edital 02 da PREAC. Seu objetivo é dar
assistência técnica aos telecentros comunitários e capacitar moradores para a gestão dos
mesmos, além de realizar oficinas de letramento digital e de uso de aplicativos, a partir de
planejamentos específicos realizados pelas associações.
Em 6 de Junho de 2008 o PCQ organizou um encontro sobre informática com as associações e seus parceiros nesse tema (Banco do Brasil, Casa de Cultura Tainá, Instituto Socioambiental e ITESP). Foram estabelecidas diretrizes para as atividades dos parceiros e para a
integração dos mesmos.
As atividades do projeto se iniciaram em julho, com o estabelecimento das diretrizes em
encontro dos presidentes das associações. Em setembro foi realizada oficina de letramento
digital para quatro jovens do bairro Nhunguara, escolhidas para serem as responsáveis pelo
telecentro comunitário. No telecentro do bairro São Pedro, foi dada assistência técnica para
instalação da comunicação VoIP.
Devido à precariedade das atuais instalações dos telecentros, as capacitações foram prejudicadas e, em janeiro de 2009, foi realizado levantamento da demanda em infraestrutura,
com planejamento participativo para elaboração de solicitação de patrocínio com essa finalidade, envolvendo as associações de Galvão, Nhunguara, São Pedro e Sapatu.
Para o primeiro semestre de 2009 estão previstas oficinas de letramento digital em Galvão e Sapatu, oficinas de uso de aplicativos em Nhunguara, Sapatu, Galvão e São Pedro,
oficina de gestão de telecentros em Nhunguara, São Pedro e Sapatu.
Projetos e Ações na Área Sistemas de Produção
Aquisição de equipamentos para fábrica de derivados de banana em Sapatu
Assessoria Técnica prestada ao ITESP de julho de 2004 a maio de 2005, para aquisição de
equipamentos de processamento de banana para o Quilombo Sapatu através do PRONAF
e FINSOCIAL.
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
101
DIVULGAÇÃO
Oficina de Informática em Nhunguara
Curso de manipuladores de alimentos em Sapatu
Projeto de capacitação para trabalho e geração de renda, iniciado em setembro de 2004
e terminado em junho de 2005 pelo Instituto Amora Carambola de Setembro, com financiamento Brazil Foundation e com parceria da UNICAMP.
Assistência Técnica e Extensão Rural para Agricultores Familiares dos
Quilombos André Lopes, Galvão, Nhunguara e Sapatu do Vale do Ribeira (SP)
Projeto integrado para 5 comunidades. Submetido ao MDA (Edital Quilombos) em maio
de 2006. Aprovado, mas sem liberação de recursos devido a contingenciamento.
Incubadora de agroindústria de banana em Sapatu e Nhunguara
Executado pela UNICAMP com 3 parcerias institucionais. Esse foi um dos 73 projetos
aprovados dos mais de 5.800 inscritos na Seleção Pública de Projetos 2004 do Programa
Petrobrás Fome Zero (R$ 499.870,00). A elaboração e aprovação da proposta se deu
em 2004, os recursos foram liberados em setembro de 2005 e a execução iniciou-se em
novembro desse ano. As atividades de capacitação e de incubação se encerraram no mês
de fevereiro de 2007, as atividades de infra-estrutura e legalização da fábrica em julho e a
execução orçamentária em agosto.
102
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
Como resultado, Sapatu passou a dispor de três grupos (26 moradores) capacitados para
a produção artesanal de bala de banana, doce de banana e banana frita, sendo que 4 moradores foram capacitados como Responsáveis Técnicos perante o CVS-SP, através de curso
de extensão ministrado pela FEA. Ao final do projeto, Sapatu dispunha de fábrica instalada
e operacional para produção de vegetais fritos, desidratados, em compotas, em massa e
na forma de balas, de acordo com a Resolução CVS-SP 05/2005, tendo a equipe técnica
do projeto entregue para a Diretoria da Associação os seguintes documentos, elaborados
participativamente com os Grupos de Produção, com a finalidade de serem submetidos
à Assembléia: Manual de Boas Práticas de Fabricação, Manual de Gestão da Produção,
Regimento da Fábrica Comunitária. Foram disponibilizados os insumos (gás, embalagens,
rótulos, materiais de limpeza e outros) para três meses de produção na capacidade nominal.
O projeto também auxiliou a Associação na obtenção do Alvará Municipal, Autorização de
Funcionamento emitida pela Vigilância Sanitária, Talão de Nota Fiscal de Produtor Rural (feito em nome de apenas quatro associados, por decisão da Diretoria da Associação), Contrato
para Código de Barras, Pedido de Registro de Marca junto ao INPI.
Já a comunidade quilombola do Bairro Nhunguara, também participante do projeto, obteve
resultados distintos, porquanto não dispunha de prédio para instalação de fábrica. Para Nhunguara, foi capacitado um Grupo de Produção, com 12 moradores, dos quais três receberam o
certificado de Boas Práticas emitido pela UNICAMP, estando assim habilitados a serem Responsáveis Técnicos perante a Vigilância Sanitária. A Nota Fiscal de Produtor Rural foi emitida em
nome de 20 moradores. Pelo projeto, foi feita reforma na cozinha comunitária, adequando-a
à produção artesanal de alimentos vegetais, segundo a Resolução CVS-SP 05/2005. Também
foram adquiridos para a futura fábrica alguns equipamentos e utensílios, alem de estoque de
insumos para a produção de três meses de banana frita, em plena capacidade.
O projeto de incubação da fábrica de Sapatu originou novas propostas de trabalho em
parceria com as associações de Nhunguara e de Sapatu. Assim, de março de 2007 a janeiro
de 2008, distintas e integradas ações foram desenvolvidas junto a essas duas comunidades.
No caso de Nhunguara foi solicitado pela Diretoria, ainda no final de 2006, um projeto de
implantação de uma fábrica comunitária que nascesse de um estudo e planejamento que
envolvesse todos os moradores. Avaliado pelos gestores do PCQ, o pedido foi transformado
em ação, a partir de proposta do Programa. Assim, a partir de março de 2007, foi dado
início à elaboração de um projeto para planejamento participativo de uma fábrica comunitária. O projeto foi elaborado junto com três diretores da Associação e submetido ao 1º
Edital de Projetos de Extensão Comunitária da PREAC, tendo sido aprovado em agosto de
2007, com início previsto para setembro (mais detalhes a seguir). Entretanto, a diretoria
solicitou adiamento do início, por três motivos: a oportunidade apresentada pela Petrobrás
para renovação do projeto de incubação; a existência de uma agenda sociambiental em
elaboração junto ao ISA; a possibilidade de elaborar uma solicitação de patrocínio para o
Edital Petrobrás Cidadania.
Em outra linha de ação, a partir de visita em maio de 2007 do gerente do projeto pela
Petrobrás, Sr. Fernando Francisca, as duas comunidades foram motivadas a escreverem solicitação de prorrogação do projeto, mas somente Nhunguara, com apoio do PCQ, elaborou
proposta nesse sentido a qual, entretanto, foi encaminhada após o prazo oferecido (agosto), e não contemplada.
Nos meses de setembro a dezembro foram realizadas oficinas para elaboração de projetos a serem submetidos ao programa Petrobrás Desenvolvimento e Cidadania, junto a três
comunidades: Nhunguara, Sapatu (ambas visando a continuidade de incubação das fábri-
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
103
cas) e Poça (para implantação da comercialização da banana e produção artesanal de seus
derivados). Os projetos foram submetidos em janeiro, com aprovação em maio de 2008 da
proposta de Nhunguara. Um total de oito pessoas do PCQ participaram dessas oficinas, que
tiveram duração total de cerca de 90 horas.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Prédio original
Prédio reformado
Planejamento Participativo para Produção Artesanal e Comunitária de
Alimentos no Quilombo Nhunguara
Projeto aprovado pelo 1º Edital de Projetos de Extensão Comunitária da PREAC (2007).
com recursos de R$ 7.500,00 e o prazo de execução de 12 meses, sendo que, embora com
início previsto para novembro de 2007, somente foi efetivamente iniciado, segundo a metodologia proposta, no mês de março de 2008, por solicitação da Diretoria da Associação.
Em maio de 2008 foi realizada a primeira oficina participativa. Em julho foi elaborada a
proposta do regimento da futura fábrica comunitária, enviado como proposta à diretoria da
associação. Ao longo do segundo semestre de 2008, o projeto foi desenvolvido em um ritmo distinto do planejado, devido à dificuldade da comunidade em constituir e manter ativo
o Grupo de Trabalho, responsável pela condução do projeto junto aos demais moradores e
pela apreensão dos conceitos e ferramentas de planejamento comunitário. Em novembro,
em assembléia comunitária, foi constituído novo Grupo de Trabalho, o qual participou da
etapa de diagnóstico participativo, realizado no período de dezembro de 2008 a fevereiro
FOTOS: DIVULGAÇÃO
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Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
de 2009. Nesta etapa, foram decididas as matérias primas a serem utilizadas, a dinâmica
de funcionamento da fábrica, os indicadores socioeconômicos do empreendimento. Para
a realização deste projeto, foi constituído um grupo com nove estudantes de graduação
dos cursos de Engenharia de Alimentos e Ciências Sociais, um estudante de mestrado em
Ciências Sociais e um estudante de mestrado em Letras. A partir das demandas do projeto,
o grupo se organizava em equipes específicas. No mês de março de 2009 foi realizada a
oficina para definição dos produtos, mercados e canais de comercialização. O término do
projeto está previsto para julho de 2009.
Assistência Técnica para Instalação de Cozinha Comunitária no
Quilombo Nhunguara
Ao longo de 2008, foi dada assistência técnica à associação do bairro Nhunguara para a
instalação da cozinha comunitária e seu licenciamento junto à Vigilância Sanitária, de maneira que pudesse ser produzida no local a banana frita. Foram adequadas as instalações de
água, o arranjo físico e a organização do espaço interno. Os formulários para a Vigilância
Sanitária foram encaminhados, juntamente com o layout e memorial descritivo das instalações. Entretanto, o agente responsável não autorizou o funcionamento e exigiu reformas
significativas, fora da possibilidade financeira da associação. Em março de 2009, devido às
gestões da associação junto à Prefeitura de Iporanga, essas limitações estavam por ser superadas. Não há recursos destinados especificamente para esta ação, tendo sido desenvolvida
através do compartilhamento de viagens de outros projetos do PCQ, atendendo a diretriz
do Programa para ampliar o efeito sinérgico de seus projetos e ações.
Apoio à Elaboração Participativa de Solicitação de Patrocínio ao Programa
Desenvolvimento e Cidadania Petrobrás para o Quilombo Nhunguara
Paralelamente a estas ações, o PCQ acompanhou a associação de Nhunguara junto à
Petrobrás, uma vez que seu projeto, elaborado com apoio do PCQ, foi aprovado no edital
Cidadania e Desenvolvimento 2008. Previsto para ser assinado em novembro de 2008, o
contrato foi temporariamente suspenso pela Petrobrás, devido a questões internas da empresa, estando apontada o mês de junho com data limite para a assinatura. Por este projeto,
a comodidade terá recursos para a reforma de suas atuais instalações, aquisição de veículo,
para capacitação de moradores na produção, comercialização e gestão, além de subsídios
de produção para a colocação inicial de seus produtos no mercado. Não há recursos destinados especificamente para esta ação, tendo sido desenvolvida através do compartilhamento de viagens de outros projetos do PCQ, atendendo a diretriz do Programa para ampliar o
efeito sinérgico de seus projetos e ações.
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
105
Implantação de Grupo de Mulheres para Produção Artesanal de Banana
Frita no Quilombo Nhunguara
DIVULGAÇÃO
Ainda no bairro Nhunguara, no mês de maio de
2008 foi formado um Grupo de Produção Artesanal,
constituído exclusivamente por mulheres, o qual
passou a contar com o
apoio técnico por parte do
PCQ para que pudessem
produzir banana frita. Foram realizadas as seguintes oficinas, dessa data até
fevereiro de 2009: Boas
Práticas de Fabricação, Especificação de Produto e
Grupo de Mulheres em reunião de planejamento
Processo, Custos, Controle
da Produção, Desenvolvimento de processo com óleo de Palma. As próximas oficinas serão:
Comercialização, Técnicas de Venda, Gestão Econômica e de Suprimentos. As atividades
desta ação foram desenvolvidas através do compartilhamento de viagens de outros projetos
do PCQ, atendendo a diretriz do Programa para ampliar o efeito sinérgico de seus projetos e ações. A partir de abril de 2009, esta ação passa a contar com recursos do convênio
UNICAMP-SEPPIR.
Em março de 2009 a comunidade de Nhunguara encontra-se com boas perspectivas
quanto à produção de derivados de banana, com encomendas de 4000 pacotes de banana
frita e possibilidade de inclusão deste produto nas cestas adquiridas pelo Programa Compra
Direta da CONAB.
Instalação de um Aquecedor Solar de Baixo Custo para água e capacitação
para sua construção e operação
Em abril de 2008, por ocasião da Apresentação Anual, as lideranças quilombolas presente
conheceram um sistema de baixo custo para construção de coletor solar para aquecimento
de água. Assim, no mês de julho foi elaborada uma proposta pelo pesquisador responsável,
da qual originou-se um projeto de capacitação com instalação de um coletor solar na Escola
Chules e da assistência técnica para a instalação de outros 3 coletores em distintas comunidades. Planejado para ser realizado em janeiro de 2009, por falta de recursos seu início foi
adiado para o mês de maio, com patrocínio da SEPPIR para as etapas iniciais.
106
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
Projetos e Ações na Área Cultura
Oficinas de Capoeira
Projeto executado de janeiro a dezembro de 2005 com financiamento pelo FAEPEx/UNICAMP (R$ 2.000,00). Desenvolvido nos quilombos de André Lopes e Galvão, sendo que
neste último houve desdobramento com gravações em vídeo para posterior a produção de
um vídeo documentário sobre as histórias e costumes da comunidade.
Melhoria da quadra em André Lopes para utilização em atividades
esportivas, artísticas e culturais
Elaborado em maio de 2005 para Associação do Quilombo André Lopes. Assessoria para
encaminhamento a prováveis financiadores (R$ 177.000,00).
Registro da Memória dos Quilombos com Produção de VídeoDocumentários e Livros
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Oficina de foto
Oficina de edição de foto e vídeo digital
Entrevista a morador - exercício prático da oficina
de vídeo e memória
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
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Quatro projetos de produção artístico-cultural, submetido ao Programa Petrobrás Cultural em janeiro de 2006. Não selecionado.
Fortalecimento da Cultura Quilombola
No primeiro semestre de 2007 o PCQ elaborou com as associações das comunidades
projeto para capacitação em produção de vídeo e de livros sobre hábitos, costumes e memória local. Em decorrência, teve aprovado, pelo 1º Edital de Projetos de Extensão Comunitária da PREAC, o projeto Fortalecimento da Cultura Quilombola, que contemplou
oficinas artísticas de foto e vídeo digital, violão, informática, além da realização de sessões
itinerantes de cinema e memória. O projeto teve duração de 18 meses (dos 12 iniciais previstos) e recursos totais de R$ 7.500,00. Nesse período foram feitos os registros em foto e
de vídeo em três comunidades (Nhunguara, São Pedro e Sapatu), contemplando entrevistas
com moradores, digitalização de documentos e fotos antigas dos moradores, fotografias
dos moradores e de seus ambientes. Foi iniciado em outubro de 2007, com a participação
de 8 moradores de cinco comunidades. Em janeiro e fevereiro de 2008 foram realizadas as
atividades intensivas em campo, com a capacitação técnica dos moradores em fotografia e
vídeo digital. Em abril foi planejada a etapa seqüencial, de tomada e registro de imagens e
depoimentos junto a cada uma das comunidades, com edição final em julho de 2008. Foi
editada no software Cinelerra, pelos participantes, uma apresentação de fotos em movimento, a qual foi apresentada nas comunidades. Foi editado um vídeo pelos participantes,
tendo o mesmo sido entregue em março de 2009 para as associações no formato DVD e,
a partir de abril, serão feitas apresentações comunitárias do mesmo, com discussão sobre o
tema Memória. Todos os registros digitais foram arquivados em CD. Os participantes tiveram oficina na qual aprenderam as noções básicas do armazenamento e catalogação dos
arquivos digitais.
Oficinas do projeto Fortalecimento da Cultura Quilombola (janeiro 2008)
Para a realização desse projeto, o PCQ contou com apoio do Centro de Memória da UNICAMP (CMU), que ofereceu capacitação a 5 integrantes da equipe em recuperação de memória oral. Um total de 12 pessoas, entre estudantes, professores, técnico-administrativos e
colaboradores externos, participou das ações desse projeto, constituindo distintas equipes.
Produção do vídeo-documentário Tradições e História do Quilombo Galvão
No primeiro semestre de 2007 foi terminada a edição do vídeo-documentário Tradição
e História do Quilombo Galvão, em parceria com a RTV UNICAMP com a direção de
Armando Fernandes. Apresentado no Festival de Gramado em Agosto de 2007, ganhou o
primeiro lugar em na categoria vídeo universitário. Ao longo do segundo semestre de 2007,
o vídeo foi apresentado às comunidades na ação Cine Quilombola e, especialmente em
Galvão, foi feita apresentação e discussão comunitária.
108
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
Apresentação do filme Tradição e História do Quilombo Galvão na
Comunidade Quilombola de Galvão: salão de exibição (esquerda); entrada
do salão (direita) - 14/09/2007
Nos primeiros meses de 2008, o PCQ articulou com as associações a continuidade do
projeto de capacitação em foto e vídeo digital, em atendimento a demandas já estabelecidas anteriormente com a finalidade de propiciar aos moradores dessas comunidades,
especialmente os jovens, condições para que possam fazer produções artísticas em distintas
mídias (vídeo, fotos etc.). Assim, foi elaborado projeto contemplando a realização de: uma
oficina de produção de vídeo (desde a concepção, roteirização, gravação e edição); oficina
para realização de uma mostra de ensaio fotográfico; oficina de percussão com construção
dos instrumentos. O projeto foi submetido em maio de 2008 ao 2º Edital de Projetos de
Extensão Comunitária da PREAC.
Mídias e Expressões da Cultura Quilombola
Aprovado no âmbito do Edital 02 da PREAC, com o prazo de 12 meses e recursos totais
de R$ 8.400,00 e contempla quatro sub-projetos: (1) Foto Digital (com produção final de
um Ensaio Fotográfico); (2) Vídeo (com produção de um vídeo de curta duração); (3) Instrumentos de Percussão (com construção e uso dos instrumentos); (4) Banco de Memória. O
projeto foi iniciado em outubro de 2008, com a indicação dos responsáveis locais, por parte
das associações de Nhunguara, Galvão, Sapatu, São Pedro e Andre Lopes, contando com 2
vagas por sub-projeto para cada uma das comunidades, totalizando 40 vagas. Em janeiro
de 2009 foi feita a primeira oficina (intensiva) de foto digital para 9 moradores. Em março,
foi realizada a segunda oficina de foto com 9 moradores e a primeira oficina de instrumentos de percussão com 2 moradores. Quatro estudantes de graduação e dois de mestrado
participaram como oficineiros.
Ponto de Cultura UNICAMP Quilombola
Aprovado pelo Ministério da Cultura (MinC) em 2005 no âmbito do Programa Cultura
Viva. Chamado para conveniamento em setembro de 2007, mas o processo foi interrompido pelo MinC em virtude da demora do Congresso na aprovação do orçamento da União.
Em maio de 2008 foi elaborado novo Plano de Trabalho e Aplicação (PTA). Devido às eleições municipais, o conveniamento foi adiado para o mês de novembro e, dado o novo sistema informatizado de convênios da União, no mês de dezembro o convenio foi finalmente
firmado. Este projeto tem por finalidade implementar um espaço institucional da UNICAMP
na região de atuação do PCQ, com gestão compartilhada com as associações das comunidades quilombolas e outras entidades que atuem para o desenvolvimento cultural local,
com objetivo de propiciar o fortalecimento e disseminação das expressões culturais locais
e de permitir o diálogo com as outras expressões culturais, em especial com a apropriação
de tecnologias digitais. O período de execução é de 30 meses e os recursos totalizam R$
231.665,00. Conta com as seguintes ações e sub-projetos para esta fase de implantação:
(1) implantação de base física e volante; (2) capacitação em gestão estratégica, gerencial e
operacional do ponto de cultura; (3) capacitação em tecnologias digitais - 10 oficinas; (4)
aulas abertas de capoeira; (5) capacitação em produção multimídia - 4 oficinas; (6) capacitaPrograma Comunidades Quilombolas - PCQ
109
ção para produção para rádio, TV e cine-clube - 5 oficinas; (7) capacitação em teatro, circo e
instrumentos de percussão - 6 oficinas; (8) construção de mocambo; (9) produção de evento
artístico-cultural. Cada um dos sub-projetos e ações terá seu coordenador específico, sendo
que todos serão articulados pelo Programa. No mês de março de 2009 o projeto foi efetivamente iniciado, com articulações junto às associações das comunidades e ao ITESP (Instituto
de Terras do Estado de São Paulo). As primeiras atividades de implantação estão previstas
para o mês de maio de 2009. Após a implantação, o Ponto de Cultura terá sua dinâmica
direcionada pelas necessidades do desenvolvimento das comunidades locais, com o apoio
institucional da UNICAMP e com recursos captados com patrocinadores.
Apoio à formação de Grupos de Capoeira com formação e
aperfeiçoamento de capoeiristas
Iniciado em fevereiro de 2009 em continuidade a ações anteriores. A finalidade é constituir dois grupos de capoeira (em Galvão e em São Pedro), formar capoeiristas e apoiar
esses grupos na obtenção de patrocínios específicos para aquisição de uniformes e de instrumentos e para viagens de apresentação. O projeto conta com a participação de mestre
de capoeira da própria UNICAMP e vários estudantes, organizados em equipes de acordo
com a programação feita pelo Mestre junto aos grupos comunitários. As primeiras atividades deste projeto foram desenvolvidas através do compartilhamento de viagens de outros
projetos do PCQ, atendendo a diretriz do Programa para ampliar o efeito sinérgico de seus
projetos e ações. A partir do mês de março de 2009, este projeto passou a ser apoiado pelo
convênio UNICAMP-SEPPIR.
Outros projetos com início em abril de 2009
Nos meses de julho a agosto de 2008 foram incluídas, na proposta de patrocínio à SEPPIR, as demandas das comunidades em relação à área Cultura, cujos projetos foram confirmados em março de 2009 por ocasião do Encontro de Associações:
s Planejamento, elaboração e execução de um projeto de grupo de teatro.
s Planejamento, elaboração e execução de uma oficina para produção experimental,
por grupo de moradores, de um livro de fotografias sobre história, hábitos e tradições das comunidades quilombolas.
s Planejamento, elaboração e execução de uma oficina para produção experimental,
por grupo de moradores, de um vídeo-documentário sobre história, hábitos e tradições das comunidades quilombolas.
s Realização de dois encontros com comunidades quilombolas da região, sendo um
para elaboração de Plano de Ação e um para Avaliação.
s Elaboração e execução de uma oficina para elaboração de projetos culturais e
captação de recursos através de patrocínios e leis de incentivo, com elaboração de
dois projetos para produção de um vídeo-documentário e de um livro de fotografias
sobre história, hábitos e tradições das comunidades quilombolas, a serem submetidos ao Ministério da Cultura e à Secretaria Estadual de Cultura.
110
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Reunião dos alunos do curso pré-universitário
para avaliação do 1º módulo intensivo e planejamento do extensivo 2008
Aula no intensivo de julho 2008
Seminário de Planejamento Pedagógico
Projetos e Ações na Área Educação
Quilombos na UNICAMP
Projeto de desenvolvimento cultural. Execução pela UNICAMP a partir de março de 2006
pelo período de 12 meses com financiamento pela SESU/MEC - Programa ProExt 2005 (R$
28.800,00). Em maio de 2007 o PCQ encerrou o projeto. Foram realizados na UNICAMP
três seminários, organizados e conduzidos pelas comunidades quilombolas parceiras, sobre
os temas Barragem Tijuco Alto, Terra e Educação Quilombola, este último realizado em
abril de 2007.
Quilombos e Ensino Universitário: significados, ingresso e permanência
Execução iniciada em dezembro de 2007, com atividades até o mês de março de 2008.
Por falta de recursos do PCQ e de transporte local aos estudantes quilombolas, as atividades
foram interrompidas em março 2008 e depois reiniciada no mês de junho, a partir do início do
patrocínio (ProExt/SESU/MEC) do projeto A história e a cultura afro-brasileira: interfaces
comunidade, escola e universidade, o qual integrou o projeto já iniciado pelo PCQ com
outro da Faculdade de Educação. No período de maio de 2008 a janeiro de 2009, o curso pré-
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
111
universitário mobilizou 13 estudantes de graduação e 3 de pós-graduação, como professores,
além de 2 pedagogas do quadro técnico-administrativo da UNICAMP e uma pedagoga como
colaboradora externa, que atuou como orientadora pedagógica. Dos 45 jovens quilombolas
que iniciaram o curso, 9 estiveram presentes até o final, dos quais 8 realizaram o vestibular da
UNICAMP. Além do curso, o projeto contou com 3 estudantes da UNICAMP como professores
em EAD que, sob orientação de pesquisadores do NIED e do Instituto de Computação, fizeram a
capacitação de 4 monitores quilombolas para uso do TelEduc. A Comvest participou do projeto,
com uma palestra sobre o vestibular da UNICAMP e distribuição de material sobre o mesmo. A
partir do mês de outubro, foi intensificada a ação de constituição de um Grupo Gestor Local,
para dar continuidade ao curso pré-universitário, especialmente com a finalidade de obter patrocínios e parcerias, definir o calendário do curso e organizar as atividades locais. Em março de
2009 o Grupo Gestor se encontrava constituído e operante, tendo marcado o início das aulas
do segundo módulo para o mês de abril.
Educação Quilombola Diferenciada
A partir da recuperação dos encaminhamentos definidos no seminário Educação Quilombola realizado pelo PCQ na UNICAMP em abril de 2007, o Grupo Estratégico do Programa propôs às associações quilombolas a realização de um projeto de educação diferenciada. Com o consentimento destas, foi articulado docente da Faculdade de Educação e
estabelecidas as primeiras diretrizes de tal projeto. Nas conversas que se seguiram com as
associações, e com demais agentes d desenvolvimento local, obteve-se informações da existência de outras entidades que estavam realizando a mesma atividade, ou seja, de elaboração de proposta para educação diferenciada. Assim, no Encontro das Associações do mês
de setembro, ficou decidido que as associações decidiriam pelo encaminhamento de todos
projetos propostos pelos parceiros, em um evento que o PCQ ajudaria a organizar, inclusive
com obtenção de patrocínio. Nesse evento, as propostas serão apresentadas, debatidas, integradas e, a partir da reflexão conjunta conduzida pelas associações, será estabelecido um
Plano de Ação, contemplando as atividades de cada parceiro e os prazos. Assim, o assunto
Educação Quilombola passou a ser abordado em dois projetos: Seminário de Educação
Quilombola e Elaboração de Projeto Político Pedagógico para Educação Quilombola. O primeiro já está agendado para julho de 2009, e a versão final do mesmo estará
definida no Encontro Geral de Associações de 25 de Abril. O segundo encontra-se em elaboração, com equipe a ser coordenada por docente da Faculdade de Educação.
Atenção à infância e adolescência
A partir de demanda apresentada por uma associação, no encontro de setembro de
2008, quanto à necessidade de desenvolver projetos e ações com as crianças, de maneira
a prepará-las para as mudanças radicais que estão ocorrendo nas comunidades, o PCQ elaborou proposta de realizar oficinas lúdicas com as crianças e oficinas de capacitação para
pais e responsáveis das mesmas. Para as crianças, o objetivo é a socialização, o desenvolvimento da criatividade e a apreensão de temas locais relevantes: ambiente (água, lixo, mata
etc), comunidade, saúde, escola. Para os pais, o objetivo é fornecer informações sobre os
processos do desenvolvimento de 0 a 15 anos e orientá-los quanto a aspectos relacionados à saúde, educação, cognição e socialização. A proposta foi aceita pelo conjunto das
112
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
associações presentes no encontro de dezembro e o projeto foi organizado junto a uma
das comunidades para início em janeiro, adiado para o mês de maio devido à existência de
recursos do patrocínio SEPPIR.
Livro Infantil
Em projeto sobre Memória desenvolvido em 2005, do qual resultou um trabalho de
graduação no IFGH, foram feitos importantes registros em foto e áudio sobre a história,
hábitos e tradições locais. Com o objetivo de melhor aproveitar esses registros e de atender
uma demanda das comunidades no sentido de levar esses conhecimentos às crianças quilombolas, o Grupo Estratégico do PCQ decidiu por implementar projeto com a finalidade de
editar (e, posteriormente, publicar) um livro infantil. A recuperação desse material iniciou-se
em dezembro de 2008, e em março de 2009 foram iniciadas as transcrições das entrevistas
em áudio.
Implantação de Bibliotecas Comunitárias
No mês de outubro, em decorrência de demanda de associações e a partir de articulações feitas junto à Biblioteca Central, foram realizados encontros em cada comunidade
para definição do projeto Bibliotecas Comunitárias, coordenado pela BC. A finalidade é
realizar oficinas junto às comunidades, para que suas associações apresentem solicitações a
patrocinadores potenciais. As atividades iniciaram-se em março de 2009.
Outros projetos com início em abril de 2009
Nos meses de julho a agosto de 2008 foram incluídas, na proposta de patrocínio à
SEPPIR, as demandas das comunidades em relação à área Educação, cujos projetos foram
confirmados em março de 2009 por ocasião do Encontro de Associações:
s Elaboração de projeto para implantação da infra-estrutura e ampliação do acervo de
até sete bibliotecas comunitárias, com submissão do mesmo a patrocinadores.
s Elaboração e execução de uma oficina para gestão de projetos de desenvolvimento
comunitário.
s Planejamento, elaboração e execução de até seis projetos, com ações e atividades
para incentivo à leitura e ao uso de bibliotecas.
s Planejamento, elaboração e execução de até três projetos, com ações e atividades
socialização e desenvolvimento da criatividade de crianças.
s Planejamento, elaboração e execução de uma oficina de capacitação para gestão
de biblioteca comunitária, com apoio técnico para efetivação da gestão de cinco
bibliotecas comunitárias.
s Capacitação pelo menos quinze membros da comunidade universitária, entre estudantes (graduação e pós-graduação), docentes e servidores técnico-administrativos
para atuarem em equipes e em coordenação de ações e projetos de extensão comunitária junto às comunidades quilombolas.
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
113
s Planejamento, estudo e construção participativa de um projeto político-pedagógico para
educação etnicamente diferenciada com aplicação junto à escola rural de atendimento
exclusivo a comunidades quilombolas (Escola Chules Princesa - Bairro André Lopes).
Projetos e Ações na Área Turismo
Elaboração de Plano de Turismo para os quilombos André Lopes,
Sapatu e Nhunguara
Projeto de organização comunitária, parte integrante de Dissertação de Mestrado junto
ao IG/UNICAMP. O Programa promoveu as articulações com as lideranças dos quilombos,
disponibilizou transporte e alojamento para a pesquisadora a partir de outubro de 2005.
Visitação Socioeducativa em Comunidades Quilombola
Em julho de 2008 o PCQ apresentou proposta às associações das comunidades para um
projeto que pudesse, por um lado, possibilitar a experimentação dos moradores com atividades organizadas de turismo e, por outro lado, permitir a visita, aos quilombos, de membros da comunidade universitária que estivessem interessados em atuar junto ao PCQ, sem
que a presença destes cause transtornos aos moradores. Da convergência destes interesses,
foi formulado este projeto projeto. Durante os meses de janeiro e fevereiro foram estabelecidas as diretrizes para esta visitação. Prevê para abril de 2009 a finalização do projeto, de
maneira que possam ser articulados parceiros e patrocinadores.
Turismo Solidário no Vale do Ribeira
A partir de convite da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP), o PCQ
participa da fase de diagnóstico deste projeto financiado pelo Ministério do Turismo, a qual
teve início em janeiro de 2009 e tem término previsto para o mês de julho. Participam da
equipe do diagnóstico quatro membros do PCQ.
114
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
Síntese e Indicadores
A Tabela 3 sintetiza, ainda de uma forma incompleta, os resultados do Programa Comunidades Quilombolas, expressos em termos de alguns indicadores.
Tabela 3 - Indicadores do Programa Comunidades Quilombolas
Indicadores
Projetos
Participantes nos projetos e ações
33 (*)
Submetidos
31 (*)
Aprovados
23 (*)
Contratados (com recursos)
17 (*)
Iniciados
17 (*)
Concluídos
14
Graduandos
82
Pós-graduandos
10
Técnicos-administrativos
19
Docentos
20
Outros
Patrocinadores externos
^
_^`y
Taxas geradas
2005 a 2009 (março)
Elaborados
21
R$ 938.671,00
FAEPEx
R$ 6.782,00
FAE/PREAC
R$ 27.875,00
R$ 49.987,00
(*) Inclui convênio com SEPPIR (17 ações e projetos) e convênio com MinC (32 ações e projetos)
Programa Comunidades Quilombolas - PCQ
115
Programa de Educação Socioambiental
Objetivos
Em 2007, a Coordenadoria de Assuntos Comunitários, CAC, criou uma área intitulada Educação Socioambiental que tem como objetivos, de um lado, agregar e potencializar os
projetos que já eram desenvolvidos no âmbito desta Pró-Reitoria de forma isolada e, de outro,
realizar o aprofundamento conceitual e metodológico sobre uma Educação Ambiental
Crítica, uma das formas de enfrentamento das questões socioambientais da atualidade.
Estrategicamente, um outro objetivo é o de agregar mais professores, técnicos e estudantes,
fortalecendo uma rede de pesquisa e de atuação que reconheça a importância da Educação Socioambiental na UNICAMP, ambientalizando as atividades universitárias cotidianas (de pesquisa,
extensão e administração) e os currículos de graduação e de pós-graduação.
Uma vez criada esta área, foi proporcionado um espaço de construção de conhecimento
(Pesquisa) e formação de pessoas (Ensino) na área da educação socioambiental para todas
as pessoas desta Universidade interessados numa nova postura de ação universitária integrando a dimensão da extensão comunitária no seu fazer cotidiano dos Institutos, Faculdades, Centros e demais órgãos.
DIVULGAÇÃO
116
Programa de Educação Socioambiental
As ações que fazem parte deste primeiro conjunto (descritas abaixo) articulam os princípios metodológicos da pesquisa-ação, ou seja, da ação junto a comunidades variadas que
nos trazem subsídios para a reflexão e construção de conhecimentos e ações sobre uma
Educação Ambiental Crítica.
DIVULGAÇÃO
Também de caráter metodológico, sempre se procura propiciar o fortalecimento das
comunidades, reconhecendo sua autonomia e autodeterminação, e sua capacidade de diálogo horizontal com as equipes da Universidade que com elas querem trabalhar efetivando
uma troca e construção coletivamente de novos saberes.
Neste sentido, um ulterior objetivo, é o de influenciar as Políticas Públicas na área socioambiental, incorporando e valorizando a dimensão educativa que toda Política Pública deve
proporcionar.
Programa de Educação Socioambiental
117
Ações
Coletivo Educador Ambiental de Campinas - COEDUCA
Objetivo
Formar 150 Educadores Ambientais, em parceria com outras instituições do município,
através da formação de Coletivos Locais de Ação Educativa Socioambiental (foram formados 20 distribuídos por toda Campinas)
Público Envolvido
Estudantes, professores, técnicos da UNICAMP, profissionais das instituições parceiras
(Prefeitura, ONGs, CEASA, SANASA, IAC, Mata Santa Genebra entre outros), educadores
interessados sem vinculação instituicional
Duração
Início: dez de 2004
Fim (do Convênio com FNMA): dez de 2009 (término da vigência do Financiamento) e das
ações de formação deste primeiro grupo de 150 Educadores Ambientais, porém as ações de
formação pretendem ser de caráter permanente, envolvendo outras pessoas e grupos.
Financiamento (valor e prazo)
Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) por meio de Edital nacional vencido em 1º
lugar com vigência até dezembro de 2009: R$ 200.000,00
Estudantes Envolvidos (Com Bolsa e sem Bolsa)
18 alunos com bolsa SAE (contrapartida dos projetos) - 10 alunos sem bolsa.
118
Programa de Educação Socioambiental
DIVULGAÇÃO
As Principais Ações Desenvolvidas e os Principais Resultados
s Apresentamos um projeto de formação e ganhamos (em 1º lugar) um edital nacional
para ao financiamento das ações de formação (nov/dez 2005);
s Elaboramos nosso Projeto Político Pedagógico (1º sem 2006);
s Divulgamos, recebemos as inscrições de mais de 600 interessados de 200 bairros
diferentes de Campinas (2º sem 2006);
s Ampliamos e reforçamos a rede de instituições parceiras (todo o período)
s Realização de 3 Simpósios COEDUCA de Ações de Educação Socioambiental no Município de Campinas, com a participação de mais de 500 pessoas nos 3 eventos (julho
de 2007, dezembro de 2007 e julho de 2008)
s Concluímos a formação dos 150 Educadores Ambientais, com a organização de 20
Coletivos Locais, distribuídos espacialmente, por toda Campinas (ago 2008)
s O apoio ao projeto foi incluído no Plano de Metas da Prefeitura Municipal de Campinas (2009-2012) e nas obras do PAC
Seminários, Debates e Palestras
Objetivo
Trazer para a UNICAMP (Limeira e Campinas) uma série de eventos ligados à Educação Ambiental para aprofundamento da comunidade universitária nesta área do conhecimento.
Programa de Educação Socioambiental
119
Público Envolvido
Universitários interessados da UNICAMP (e eventualmente, de instituições parceiras) e os
principais nomes brasileiros da pesquisa e atuação em Educação Ambiental.
Duração
Início: novembro de 2007, com vistas a se tornar uma atividade regular
Financiamento (Valor e Prazo)
Os custos de transporte e diária dos convidados serão de responsabilidade do Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, na quantidade de 02
convidados por semestre de vigência do Acordo de Cooperação MMA/UNICAMP.
Estudantes Envolvidos (Com Bolsa e sem Bolsa)
Seis bolsistas do SAE (projeto Beija Flor).
As Principais Ações Desenvolvidas e os Principais Resultados
s No dia 26 de novembro de 2007, em Campinas, aconteceu o 1º Seminário de Educação SocioAmbiental da UNICAMP, uma parceria entre o CESET e a PREAC, com apoio
financeiro dos Ministério do Meio Ambiente. Como convidados, Luiz Ferraro Junior,
do Departamento de Educação Ambiental do MMA e da Universidade Estadual Feira
de Santana/BA e Michele Sato, da UFMT.
s Nos dias, 24, 25 e 26 de Abril de 2008, “IV Encontro de Coletivos Educadores, Salas
Verdes, Coletivos Jovens e Municípios Educadores Sustentáveis”
s Nos dias 24 e 25 de abril de 2008, no CESET, em Limeira e no Centro de Convenções
em Campinas, aconteceu o 2º Seminário de Educação SocioAmbiental da UNICAMP,
uma parceria entre o CESET e a PREAC, com apoio financeiro dos Ministérios do
Meio Ambiente e da Educação. Como convidados, Maria Rita Avanzi (Consultora do
Ministério do Meio Ambiente), Haydée Torres de Oliveira (UFScar e CESCAR), Moema
Viezzer (MV Consultoria e Centro de Saberes e Cuidados SocioAmbientais da Bacia
do Prata), Rachel Trajber (Coordenadora de Educação Ambiental do MEC) e Marcos
Sorrentino (Diretor do Departamento de Educação Ambiental do MMA).
120
Programa de Educação Socioambiental
Educação Ambiental com Coletivos Jovens
Objetivo
Formação e apoio de COM-Vidas (Comissões de Meio Ambiente e Qualidade de Vida
escolares) por meio dos Coletivos Jovens em 15 estados brasileiros
Público Envolvido
Estudantes e profissionais formados pela UNICAMP (CESET), participantes de REJUMA
(Rede Nacional Juventude e Meio Ambiente), professores e estudantes de, pelo menos 300
escolas em 15 estados brasileiros.
Duração
Início: março de 2007
Fim: final de 2008
Financiamento (Valor e Prazo)
Fundo Nacional do Desenvolvimento Escolar (FNDE) por meio de indicação da Coordenadora
de Educação Ambiental do MEC com vigência até final de 2008: R$ 500.000,00
Estudantes Envolvidos (Com Bolsa e Sem Bolsa)
Um aluno com bolsa SAE (contrapartida do projeto) e quatro alunos com bolsa do projeto.
As Principais Ações Desenvolvidas e os Principais Resultados
s Em março e abril de 2007, o projeto foi iniciado com a formação da equipe: 2 educadores ambientais graduados em Saneamento Ambiental (CESET), 4 graduandos do
CESET, com experiência em Educação Ambiental e 1 bolsista SAE com experiência em
Trabalhos Comunitários
s Apoio conceitual e financeiro às iniciativas dos Coletivos Jovens de 15 estados brasileiros, formando mais de 3000 pessoas entre estudantes secundaristas, professores
da rede de ensino e pessoas das comunidades envolvidas.
Programa de Educação Socioambiental
121
Cidadãos Educadores Ambientais (Grupo Busca Sorrisos - CESET/Limeira)
Objetivo
Formação de Educadores Ambientais Populares, oferecendo um Certificado de Curso de
Extensão gratuito, dando preferência para profissionais que têm grande contato com a população e que pode, neste contato, educar (no sentido freiriano): taxistas, cabeleireiros, porteiros,
frentistas, empregados domésticos, síndicos, atendentes de postos de saúde...
Público Envolvido
Estudantes, professores e técnicos do CESET (do projeto de Extensão Busca Sorrisos) e
pessoas das comunidades de Limeira.
Duração
Do programa de Extensão Busca Sorrisos (organizador das ações)
Início: março de 2001
Fim: sem fim previsto
Do projeto TEiA - Taxista Educadores Integração Ambiental
Público: Motoristas profissionais (táxis e Vans) de Limeira e região.
FINANCIAMENTO (VALOR E PRAZO)
Edital PREAC: R$ 4.210,00
Início: março 2007
Fim: dezembro 2007
Do projeto ArticuLAR
Público: Moradores do Bairro Jardim Nova Itália (Limeira)
Início: março de 2008
Fim: ainda não previsto
Estudantes Envolvidos (Com Bolsa e Sem Bolsa)
Oito alunos com bolsa SAE e quatro sem bolsa, além de Estudantes e Professores da
recém criada FCA - Faculdade de Ciências Aplicadas.
122
Programa de Educação Socioambiental
As Principais Ações Desenvolvidas e os Principais Resultados
s No início 2007, formam formados os graduando que formaram a equipe de ação.
s No início do segundo semestre de 2007, foram identificados os pontos de táxi de
Limeira e iniciou-se o contato com cada um deles visando identificar o interesse deles
em participar do processo de formação e os principais temas que eles gostariam que
estivessem no curso.
s No final do segundo semestre de 2007, foi realizada a primeira edição do Curso de
Educadores Ambientais Populares, envolvendo 25 pessoas, no projeto TEIA.
s No ano de 2008, estruturou-se o novo projeto de atuação na Comunidade do entorno do Campus I de Limeira, projeto ArticuLAR, no Jardim Nova Itália, realizando
algumas atividades conjuntas e planejando as ações para 2009.
s No Início de 2009, começou-se uma articulação com a FCA, no Campus II de Limeira.
Rede de Educação Ambiental na UNICAMP (Grupo Beija Flor)
Objetivo
Identificar, estimular e conectar as pessoas da UNICAMP (professores, funcionários e
estudantes) que se interessem e atuem na interface entre Educação, Ambiente e Sociedade
por meio de atividade como ciclos de cinema/debate, encontros, atividades várias.
Público Envolvido
Estudantes, professores e técnicos da UNICAMP
Duração
Do programa de Extensão Beija Flor
Início: março de 2001
Do projeto Rede de Educação Ambiental
Início: março 2007
Fim: não é previsto
Financiamento (Valor e Prazo)
NÃO
Programa de Educação Socioambiental
123
Estudantes Envolvidos (Com Bolsa e Sem Bolsa)
Seis estudantes com bolsas SAE.
As Principais Ações Desenvolvidas e os Principais Resultados
s Com novos bolsistas, realizamos a formação dos bolsistas no tema da Educação Socioambiental e as primeiras sondagens sobre quais pessoas deveriam ser contatadas
para fomentar uma rede de educadores ambientais da UNICAMP.
s Organização dos 1º e 2º Seminário de Educação Socioambiental da UNICAMP.
Formação Comunitária no Cabeço - Foz do São Francisco
Objetivo
Execução de duas Iniciações Científicas em duas comunidades da Foz do Rio São Francisco,
construindo indicadores para os conceitos de Pertencimento, Alteridade e Potência de Ação,
durante uma atuação junto às populações das comunidades do Saramén e do Cabeço.
Público Envolvido
Estudantes de graduação e as populações das comunidades
Duração
Início: setembro de 2005
Fim: agosto de 2008
Financiamento (Valor e Prazo)
02 bolsas (dois anos) FAPESP
01 bolsa CNPq/PIBIC
Estudantes Envolvidos (Com Bolsa e Sem Bolsa)
Dois estudantes com bolsa (envolvimento contínuo) e dois sem bolsa (envolvimento em
períodos específicos do projeto).
124
Programa de Educação Socioambiental
As Principais Ações Desenvolvidas e os Principais Resultados
s Em setembro de 2005 foi realizada a primeira viagem preliminar de investigação
sobre os dois povoados.
s Em fevereiro de 2006 foi realizada a primeira ação com as comunidades, apresentando a
equipe e discutindo com elas sua história e principais questões socioambientais.
s De agosto de 2006 a dezembro de 2007 foram realizadas diversas visitas à comunidade, construindo com as pessoas: atividades sobre 03 conceitos próximos da Educação Ambiental Crítica: alteridade, potência de ação e pertencimento; reuniões com
a comunidade visando o estímulo à organização de atividades que integrassem a
população; organização coletiva de 2 Exposições fotográficas sobre as Povoados do
Saramén e Cabeço, apresentadas nas próprias Comunidades, na capital do Estado
Aracaju e na Casa do Lago em Campinas.
Coletivo Educador Sustentável de Limeira - CESLim
Objetivo
Formar Educadores Ambientais, em parceria com outras instituições do município, através da formação de Coletivos Locais de Ação Sócio-Educativa (atualmente foram formados
04 espalhados pela cidade de Limeira)
Público Envolvido
Estudantes do CESET, profissionais das instituições parceiras (Prefeitura, ONGs, CEASA, Diretoria Regional de Ensino), educadores interessados sem vinculação institucional.
Duração
Início: novembro de 2006
Fim: não é previsto
Financiamento (Valor E Prazo)
Ainda não há, mas os trabalhos são realizados com os recursos e dedicação horária das
pessoas nas próprias instituições.
Estudantes Envolvidos (Com Bolsa e Sem Bolsa)
Três estudantes sem bolsa.
Programa de Educação Socioambiental
125
As Principais Ações Desenvolvidas e os Principais Resultados.
s Iniciamos as reuniões com a Prefeitura Municipal de Limeira (novembro 2005);
s O Coletivo Educador de Limeira foi reconhecido como a ação educativa do Programa
“Município Educador Sustentável”, parceria entre a PM de Limeira e o Ministério do
Meio Ambiente (dez 2005)
s Realizamos Seminários Abertos à população (durante 2006);
s Criou-se o Coletivo Articulador do projeto, envolvendo a Prefeitura Municipal de
Limeira, a ONG Macuco, a Secretaria Estadual de Educação, e outras pessoas e instituições interessadas (1º sem 2007)
s Foram identificados 03 Coletivos Locais que iniciaram suas reuniões para consolidação (abril 2007).
126
Programa de Educação Socioambiental
Projeto Cursinho EXATO
O Projeto Exato é uma iniciativa de um grupo de alunos de graduação da UNICAMP,
que se propuseram a dar aulas a pessoas que não têm condições de pagar por um suporte
para os estudos. Tem como principal objetivo reforçar o ensino das disciplinas de exatas
(matemática, física e química), em nível de ensino médio, para alunos da rede pública da
cidade de Campinas e região. Apesar de poder ser visto como um cursinho pré-vestibular, o
Exato não tem como principal meta aprovar alunos no vestibular, mas atuar no sentido de
compensar a deficiência do ensino médio público.
Contando com a orientação dos professores Dosil Pereira de Jesus (Instituto de Química),
Maria José S. P. Brasil (Instituto de Física Gleb Wataghin) e Maria Aparecida Diniz Ehrhardt
(Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica) e com o apoio da PREAC
(Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários), o Exato teve seu início no ano de 2008.
No primeiro semestre do projeto 15 alunos de graduação de diferentes cursos da UNICAMP
(Química, Física, Engenharias da Computação, Química e Agrícola, entre outros) se matricularam nas três turmas da disciplina EX001.
O envolvimento da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários foi essencial para
o bom desenvolvimento do projeto. A institucionalização das atividades se deu por meio
da matrícula dos graduandos, envolvidos com a iniciativa, em uma disciplina de extensão
(EX001 - Projeto de Extensão Comunitária I), formalizando assim suas participações e concedendo-lhes uma disciplina extra-curricular, como também permitindo o uso de salas de aula
no espaço físico da universidade para as atividades do Projeto. Com o apoio da PREAC foi
assegurada a parceria com o cursinho vestibular Cooperativa do Saber, que forneceu gratuitamente o material didático utilizado pelos alunos do Projeto. Além disso, a Pró-Reitoria
facilitou o contato com os interessados pelo curso, disponibilizando um telefone e uma
equipe para fornecer informações àqueles que não possuíam acesso à internet. O apoio
financeiro desta Pró-Reitoria ao projeto vem sendo realizado mediante verba proveniente
do 2° Edital da PREAC para Projetos de Extensão Comunitária 2008. Com os recursos deste
edital foi possível pagar as cópias das apostilas fornecidas pela Cooperativa do Saber, além
de cobrir custos com outras cópias xerográficas, confecção de cartazes para divulgação e
vários outros gastos relacionados ao desenvolvimento do projeto.
No primeiro semestre do curso Exato a divulgação teve como público alvo alunos do terceiro
ano do Ensino Médio da rede pública. Visitas em escolas públicas foram realizadas, cartazes foram espalhados pela cidade em pontos de ônibus, bibliotecas e também pela internet.
As aulas da primeira turma do curso se desenvolveram entre os meses de agosto e
novembro de 2008. Iniciaram-se com mais de 100 inscritos, dos quais aproximadamente
90% eram alunos de terceiro ano do ensino médio da rede pública de Campinas. As aulas
foram ministradas no período noturno, de segunda à sexta-feira, inicialmente das 19h às
22h30min. No entanto, tendo em vista a necessidade de passar mais tempo atendendo às
dificuldades dos alunos, o horário foi ampliado, e com uma hora de atendimento de monitoria, o curso passou a ser iniciado, diariamente, às 18h.
Os estudantes de graduação envolvidos no projeto, sob a supervisão do docente responsável em cada uma das três áreas, ministraram aulas planejadas e organizadas por eles,
deram atendimento em plantões de dúvidas, elaboraram, aplicaram e corrigiram as avaliações do curso. Em resumo, tiveram oportunidade de realizar atividades de ensino e extensão
Projeto Cursinho EXATO
127
universitária que, certamente, serão de grande importância para sua formação enquanto
cidadãos e futuros profissionais.
O Exato teve uma considerável evasão (cerca de 50%) no início do curso, que se estabilizou após a aplicação dos testes simulados. O primeiro simulado teve um rendimento muito
abaixo do esperado, sendo a nota mais alta alcançada inferior a 50% do valor máximo. Todavia, com a mudança no horário e maior contato com os alunos, eles apresentaram grandes avanços, os quais foram traduzidos no segundo simulado, no qual as notas foram superiores e atingiram 80% do valor máximo. Durante o período de aulas em 2008 foi proposta
aos alunos do Curso uma avaliação do projeto e, para a satisfação dos envolvidos, mais de
85% daqueles que frequentavam as aulas recomendariam o Projeto Exato a amigos. Também, com frequência, os alunos expunham o quanto o curso os ajudava na escola.
Ao longo do segundo semestre de 2008, outras atividades além das aulas, foram realizadas. Uma delas foi a criação de um logotipo para o projeto (figura abaixo) com as sugestões
de todos os participantes do projeto. Posteriormente, este logotipo foi utilizado em camisetas e cartazes, empregados para divulgação do projeto. Além disso, uma home page com
informações sobre o projeto foi desenvolvida e pode ser acessada no endereço eletrônico
www.cursoexato.com.br.
Logotipo do projeto ou curso Exato
Devido à grande evasão ocorrida no primeiro semestre do curso, houve mudanças no
sistema de seleção de alunos para o ano letivo de 2009. Foi aplicada uma prova de conhecimentos básicos da área de exatas, com o objetivo de averiguar se a evasão está em parte
associada à falta de compreensão de conceitos mais avançados, em virtude de deficiências
do ensino fundamental. Corroborada essa hipótese, dado o fraco desempenho dos alunos
no exame, a abordagem nesse novo ano do Projeto será diferenciada, com uma ampla revisão dos conteúdos de matemática que venham a ser necessários para o bom entendimento
do que está sendo transmitido, sempre tendo em vista ampliar ao máximo o conteúdo que
será absorvido pelos alunos do curso.
Em 2009 se inscreveram 80 alunos e, com a nova abordagem, espera-se uma evasão
muito inferior à ocorrida em 2008. As aulas em 2009 iniciaram-se no mês de março e se estenderão até novembro, com férias no mês de julho. Fotos do primeiro dia de apresentação
e aula do curso são mostradas a seguir.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Fotos do primeiro dia de aula em 2009 do curso Exato na sala PB18 do pavilhão básico da UNICAMP
128
Projeto Cursinho EXATO
Em resumo os objetivos e metas do projeto vêm sendo alcançados. Em outras palavras,
cidadãos pouco favorecidos financeiramente estão sendo atendidos, no que se refere a uma
melhor formação nas áreas de exatas em nível do ensino médio. Além disso, o projeto vem
contribuindo para um estreitamento das relações entre a Universidade e a comunidade externa, além de propiciar aos alunos de graduação uma vivência com atividades de ensino e
cidadania, fundamentais para sua formação geral.
Cabe ressaltar o grande entusiasmo com que os alunos de graduação envolvidos vêm
se dedicando a este projeto. Estes alunos estão sempre motivados, com idéias inovadoras,
aprendendo a trabalhar em equipe e suplantando todas as dificuldades pertinentes a este
tipo de atividade. Em compensação, estes alunos tomaram conhecimento de que várias pessoas atendidas pelo projeto foram aprovadas para as fases finais de vestibulares tradicionais,
tais como Fuvest e Comvest. Fatos semelhantes ao relatado a seguir indicam que o projeto
é bastante promissor.
No final de novembro de 2008, chegou à caixa do correio eletrônico do Projeto uma
mensagem, de um dos alunos (Cayo Marcus) atendidos, cujo conteúdo enaltecia o propósito do Exato. Posteriormente tomou-se conhecimento que este aluno foi aprovado no
vestibular para o curso de Gestão Ambiental, na USP. Não é fácil de mensurar o quanto o
projeto contribuiu para seu sucesso, no entanto é no mínimo digno de registro.
Abaixo, o último cartaz de divulgação do Projeto.
Projeto Cursinho EXATO
129
Laboratório de Estudos e Pesquisas em
Artes e Ciências - LEPAC
DIVULGAÇÃO
Criado pela RESOLUÇÃO GR Nº 07, de 18-01- 2007, funcionalmente vinculado ao Instituto de Artes. Mediante a RESOLUÇÃO GR Nº 22, de 22/07/2008, esse laboratório passou
a vincular-se a PREAC.
A finalidade do LEPAC-IA consiste na divulgação cultural, na produção de estudos e conhecimentos, bem como na defesa do patrimônio natural, histórico e artístico brasileiro e
da região de Paraty.
No campo científico as atividades estão voltadas para as questões ambientais como um todo.
As prioridades serão para projetos voltados às áreas da Biologia, Ecologia e Saúde.
A missão do LEPAC desenvolver atividades de extensão nas áreas de Políticas Públicas,
Sócio-Econômicas, Ambientais e Artísticas.
Objetivos do LEPAC:
s Desenvolver pesquisas no âmbito das Artes e das Ciências;
s Desenvolver projetos de extensão universitária de interesse da sociedade em busca
de soluções adequadas para os problemas abordados;
130
Laboratório de Estudos e Pesquisas em Artes e Ciências - LEPAC
s Promover cursos de extensão e de difusão cultural, bem como oficinas (workshops)
nas diferentes áreas do conhecimento;
s Interagir com instituições governamentais e não-governamentais para viabilizar a participação da UNICAMP em estudos e ações visando o “desenvolvimento sustentável”;
s Criar parcerias com instituições públicas e privadas, no País e no exterior, para a realização dos seus programas de atividades.
As atividades de extensão envolvendo professores, pesquisadores e estudantes estarão
voltados às peculiaridades e necessidades dos moradores da região, visando objetivos de
sustentabilidade e a valorização da cidadania.
Nas áreas das artes e esportes pretende-se sejam ministrados cursos de extensão, seminários,
mostras, oficinas e eventos que permitam a universidade ampliar sua importância social.
O LEPAC teve sua origem como um Centro (CEPAC), ligado ao Instituto de Artes da UNICAMP, em um projeto pessoal do professor Álvaro de Bautista. Construtor naval e artista
plástico de renome internacional fundou, em 1976, o Curso de Artes Plásticas da UNICAMP,
e com o intuito de concentrar num centro de estudos seus conhecimentos e experiências,
decidiu criar este Laboratório.
Como em seu projeto original o CEPAC tinha a ver também com o mar e os estudos a
ele relativos, após longa busca pelo litoral brasileiro encontrou receptividade na pessoa de
Tymur Klink, arquiteto e paisagista que há anos procurava construir em Paraty um centro de
incentivo às artes e ciências. Após esse encontro tão positivo, o arquiteto Klink cedeu um
amplo terreno no Portal de Paraty para a construção do Centro, bairro este que, a partir da
sua implantação passou a chamar-se Portal das Artes.
Assim, na Rua Guimarães Rosa (antiga Rua 14), construiu-se, nesse terreno de 2.000
2
m , um prédio de 1.000 m2, onde foi cedido ao CEPAC uma área de cerca de 120 m2
reservando-se a área restante para um projeto de jardinagem. Essa primeira sede do LEPAC fundamentou-se na idéia da criação de uma escola profissionalizante destinada aos
jovens da cidade e região, a qual estaria voltada para profissões e atividades ligadas ao mar,
incluindo-se a construção e reparo de barcos e suas partes mecânicas e elétricas, a pesca, a
navegação e a educação ambiental.
Em termos de instalações o CEPAC contava com uma sala de aula e galeria de arte dotada de um piano Steinveg de meia-cauda e um laboratório destinado aos estudos de biologia
e ecologia.
Fatos relevantes na criação do LEPAC:
s 2004 / Junho: Assinatura de Convênio de Ampla Cooperação entre a UNICAMP e a
Prefeitura Municipal de Paraty
s 2004 / Agosto: Portaria da Reitoria (GR-66) constituindo Grupo de Trabalho, com
a finalidade de elaborar proposta de ações que possam ser executadas em função
do convênio da UNICAMP com a Prefeitura de Paraty, bem como propor projetos de
ensino, pesquisa e extensão a serem submetidos às fontes de financiamento, visando
à implantação efetiva na região.
Laboratório de Estudos e Pesquisas em Artes e Ciências - LEPAC
131
s 2005 / Novembro: Portaria da Reitoria (GR-156) designando o Prof. Dr. Carlos Fernando Salgueirosa de Andrade (IB), para compor o Grupo de Trabalho instituído pela
Portaria GR nº 66/2004, com a finalidade de elaborar proposta de ações que possam
ser executadas em função do convênio da UNICAMP com a Prefeitura de Paraty.
s 2006 / Janeiro: Em janeiro de 2006, o periódico local Viaparaty noticiou a instalação
da UNICAMP no município.
E foi justamente naquelas instalações que a UNICAMP pôde comemorar seus 40 anos
participando das atividades da “Off Flip” (Festa Literária Internacional de Paraty), em agosto
de 2006, com palestra sobre a cultura caipira, apresentação do grupo de cordas Carcoarco
e recital de piano erudito, além de a Editora da UNICAMP ter exposto e comercializado ali
as suas publicações.
O então CEPAC-IA, cuja construção foi iniciada em 2002 começou sua plena atividade
em 2007, tendo-se ainda o projeto de, futuramente, adaptar-se um prédio com apartamentos funcionais para a estadia de professores, estudantes e pesquisadores.
Com o empenho da administração superior da UNICAMP, a qual, através de sua Reitoria
e Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários, não mediu esforços para que o LEPAC
se tornasse um laboratório oficialmente ligado ao Instituto de Artes, constituindo-se assim
um espaço multidisciplinar no qual a UNICAMP pode ampliar sua atuação no território nacional, seja na produção de novos conhecimentos, seja na sua divulgação e disseminação.
Tendo em vista a forte vocação para os trabalhos de extensão, e por solicitação da diretoria do Instituto de Artes, a reitoria da UNICAMP alterou as disposições que regem seu
funcionamento, vinculando assim o LEPAC à Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da UNICAMP - PREAC.
Um marco importante foi a reunião do Pró-Reitor Prof. Mohamed Habib (PREAC) com
o Prefeito de Paraty José Carlos Porto Neto em julho de 2008. Vários projetos foram discutidos. Ficou clara a intenção de que o LEPAC deveria ser um novo pólo universitário para a
cidade ajudando em projetos técnicos e promovendo benefícios sociais.
As atividades no LEPAC foram intensas em 2008 e a estrutura oferecida inicialmente não
permitia um bom desenvolvimento. Assim, uma nova sede foi oferecida pelo arquiteto e
paisagista Tymur Klink para abrigar o laboratório e o Núcleo de Novas Mídias de Paraty. Assim, a partir de janeiro de 2009 o LEPAC mudou oficialmente de endereço graças a um novo
Termo de Comodato. Está hoje em um casarão. Uma construção em alvenaria medindo cerca de 500m2, com dois pavimentos de igual tamanho, divididos em salas e salões para aulas
e reuniões ou exposição, dois banheiros e uma copa, situada no endereço: Rua C s/n. Vila
Colonial de Paraty, atrás do Departamento de Polícia e às margens do Rio Mateus Nunes.
O então CEPAC-IA, cuja construção foi iniciada em 2002 começou sua plena atividade
em 2007, tendo-se ainda o projeto de, futuramente, adaptar-se um prédio com apartamentos funcionais para a estadia de professores, estudantes e pesquisadores.
Com o empenho da administração superior da UNICAMP, a qual, através de sua Reitoria
e Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários, não mediu esforços para que o LEPAC
se tornasse um laboratório oficialmente ligado ao Instituto de Artes, constituindo-se assim
um espaço multidisciplinar no qual a UNICAMP pode ampliar sua atuação no território nacional, seja na produção de novos conhecimentos, seja na sua divulgação e disseminação.
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Laboratório de Estudos e Pesquisas em Artes e Ciências - LEPAC
Tendo em vista a forte vocação para os trabalhos de extensão, e por solicitação da diretoria do Instituto de Artes, a reitoria da UNICAMP alterou as disposições que regem seu
funcionamento, vinculando assim o LEPAC à Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da UNICAMP - PREAC.
Um marco importante foi a reunião do Pró-Reitor Prof. Mohamed Habib (PREAC) com
o Prefeito de Paraty José Carlos Porto Neto em julho de 2008. Vários projetos foram discutidos. Ficou clara a intenção de que o LEPAC deveria ser um novo pólo universitário para a
cidade ajudando em projetos técnicos e promovendo benefícios sociais.
As atividades no LEPAC foram intensas em 2008 e a estrutura oferecida inicialmente não
permitia um bom desenvolvimento. Assim, uma nova sede foi oferecida pelo arquiteto e
paisagista Tymur Klink para abrigar o laboratório e o Núcleo de Novas Mídias de Paraty. Assim, a partir de janeiro de 2009 o LEPAC mudou oficialmente de endereço graças a um novo
Termo de Comodato. Está hoje em um casarão. Uma construção em alvenaria medindo cerca de 500m2, com dois pavimentos de igual tamanho, divididos em salas e salões para aulas
e reuniões ou exposição, dois banheiros e uma copa, situada no endereço: Rua C s/n. Vila
Colonial de Paraty, atrás do Departamento de Polícia e às margens do Rio Mateus Nunes.
Projetos financiados e realizados
s Participações na Feira Literária Internacional de Paraty - FLIP, Curso Moços de Convés,
Curso Alimente-se Bem, ‘Cuidando das Águas de Paraty’, em parceria do LEPAC com
a GESCO e IAAP, que teve financiamento parcial da Prefeitura.
s ‘Projeto Bio-Curiosidades’ (textos no site do LEPAC); Disciplina Educação Ambiental
(aonde foram realizados vários estudos, por alunos da UNICAMP, em fevereiro desse
ano. Por exemplo, sobre queimadas, ESEC Tamoios, Arborização, Dengue, Sabão e
detergente ecológico, saneamento com fossa bio-digestora no Corisco, etc).
s PROJETOS FINANCIADOS EM ANDAMENTO:
‘Arborização da Rio Santos’, ‘Microbiologia das Águas’, ‘Dengue- Vigilância do Mosquito’ e ‘Encontro de Pianistas’, ambos com financiamento da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da UNICAMP.
s PROJETOS A SEREM FINANCIADOS :
‘Estrada Parque’ (Sobre A Remodelação Da BR-101, Trecho De Paraty, Que Já Conta Com O Apoio Do DNIT E Da Fundação Roberto Marinho), ‘Seminário Do PAM
Da Costa Verde’, ‘Valorização Da Toca Cassununga’, ‘Cuidando Da ESEC Tamoios
(Mambucaba)’, ‘Qualidade Das Minas Dágua, Trevo De Paraty, Diagnóstico Da Saúde,
“Passarinho Fora Da Gaiola’, ‘Criação Do Pólo Universitário De Paraty’, ‘Promoção Da
Saúde Bucal’.
Atualmente há em vigor um convenio de cooperação entre a UNICAMP e a Prefeitura
Municipal de Paraty, no qual se prevê o deslocamento de professores até aquela cidade,
bem como sua estadia, no sentido de contribuir com pesquisas e cursos, a serem sediados
no LEPAC-IA.
Laboratório de Estudos e Pesquisas em Artes e Ciências - LEPAC
133
Projetos e atividades previstas
s PROJETOS: “Educação para a Sustentabilidade: Capacitação, Manejo e Produção
de Garaoupa em Paraty, RJ” e Cooperação com a University of manitoba, Canadá.
CAPESCA/PREAC/UNICAMP, com a participação do FISHERIES & FOOD INSTITUTE,
e para Financiamento: “PROGRAMA PETROBRAS DESENVOLVIMENTO & CIDADANIA”. Profa. Dra. Alpina Begossi - UNICAMP.
s PROJETO: “REMODELAÇÃO DO TREVO DE PARATY, BR-101”, Prof. Dr. Carlos Alberto Guimarães, Departamento de Geotécnica e Transportes, UNICAMP (aguardando
financiamento).
s ARBORIZAÇÃO PARA REDUÇAO DE INCÊNDIOS NAS RODOVIAS, MUNICÍPIO DE
PARATY / 2009 (Objetivos: 1. Educar e envolver comunidades locais de Paraty na solução do problema. 2. Evitar incêndios que se propaguem a partir das rodovias, criando
faixas de arborização como proteção da mata remanescente; 3.Criar condições para a
recomposição espontânea da mata; 4. Utilizar o projeto como tema de educação ambiental, tanto para escolares como para a população que vive ao longo da estrada).
s ARBORIZAÇÃO DE ÁREAS NÃO PRODUTIVAS NAS MARGENS DE ESTRADAS
DO MUNICÍPIO DE PARATY (Objetivos: 1. Educar e envolver comunidades locais de
Paraty nas questões ambientais relativas à cobertura vegetal da Mata Atlântica., 2.
Capacitar e instrumentalizar jovens para trabalhos de plantio e jardinagem como forma de profissionalização e geração de renda. 3. Reduzir incêndios que se propaguem
a partir das rodovias. 4. Utilizar o projeto como tema de educação ambiental, tanto
a população local como visitante).
s Capacitação e Aparelhamento de Jovens das Comunidades Costeiras de Paraty para o Registro Fotográfico e Documentação de Alterações Antrópicas.
(Objetivos: 1. Identificar comunidades parceiras na costeira de Paraty. 2- Capacitar
jovens em informática, fotografia digital e internet. 3- Equipar o laboratório de informática do LEPAC com acesso à internet banda larga. 4- Contratar, adaptar e equipar
uma embarcação para nas visitas às comunidades, oferecer os treinamento e receber as informações via rede sem fio para o banco de dados. 5- Equipar os centros
comunitários e/ou as escolas das comunidades eleitas para ao registro fotográfico e
tratamento de imagem. 6- Ministrar os treinamentos para os jovens. 7- Estruturar
e disponibilizar na Internet o Banco de Dados. Site LEPAC / ELETRONUCLEAR, em
inglês e português, para ampla divulgação do registro fotográfico e documentação
das alterações antrópicas).
s Valorização da Estação Ecológica de Tamoios pela Educação Ambiental na
Vila de Moradores de Mambucaba (Objetivos: 1. Educação Ambiental aos moradores e comerciantes da Vila Residencial de Mambucaba; 2. Conscientização sobre
ecologia marinha aos moradores da Vila de Mambucaba).
s INICIAÇÃO À CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO NAVAL - Pequenas Embarcações (Onjetivos: Capacitar aprendizes a executarem de modo autônomo, com base
no uso das normas de segurança e aplicação das técnicas construtivas, através da
interpretação de desenhos, moldes, croquis e outros documentos técnicos, além de
tarefas inerentes à construção, reparação ou adaptação de qualquer parte de pequenas embarcações de madeira e/ou fibra de vidro).
134
Laboratório de Estudos e Pesquisas em Artes e Ciências - LEPAC
s Curso de Ajudante de pedreiro e Calceteiro. (Objetivos: Promover a capacitação
profissional de pessoas mais necessitadas ou carentes e que não tenham qualificação
para atuar no mercado de trabalho, na habilidade de ajudante de pedreiro. Ensinando fundamentos básicos da profissão englobando aspectos de organização, desperdício, segurança, manuseio de ferramentas e utensílios específicos, contribuindo
para a inclusão social, gerando emprego e renda na localidade ou região).
s II Encontro de Pianistas em Paraty - 2009. (Objetivos: MINISTAR aulas individuais;
cinco recitais na Igreja Nossa Senhora do Rosário localizada no centro histórico de
Paraty e em Angra dos Reis, local a ser definido. Dois concertos didáticos um em Paraty outro em Angra dos Reis. Concertos didáticos para crianças das escolas públicas
da área urbana e rural).
Laboratório de Estudos e Pesquisas em Artes e Ciências - LEPAC
135
Programas e Projetos da PREAC
Além das atividades desenvolvidas sob a orientação dos órgãos auxiliares, a PREAC promove ações sob a forma de programas e projetos de extensão universitária.
Programa de Financiamento de Projetos em
Extensão Comunitária - Editais PREAC
Em 2007, foi lançado o 1º Edital PREAC para Projetos de Extensão Comunitária, oferecendo
recursos institucionais de R$150 mil, e em 2008, o segundo Edital com recursos de R$250 mil.
Os Editais têm a finalidade de apoiar financeiramente projetos de Extensão Universitária, que se
enquadrem no conceito de “Extensão Comunitária”. Entende-se por “Extensão Comunitária” a
atividade acadêmica de Extensão Universitária, destinada a atender a sociedade civil em comunidade externa à UNICAMP em segmentos da população de baixa renda ou grupos específicos
(minorias, grupos étnicos, portadores de necessidades especiais, faixas etárias, etc.), visando promover ação de natureza social, artística, cultural, desportiva ou educativa. A ação de “Extensão
Comunitária” deve estar diretamente vinculada a uma atividade acadêmica regular de ensino e/
ou de pesquisa; deve ser dirigida por um docente da UNICAMP; deve contar necessariamente
com a participação de alunos regularmente matriculados na UNICAMP; e, deve promover a
troca mútua de conhecimentos e de experiências entre os acadêmicos participantes do projeto
e as pessoas da comunidade atendida.
136
SOS Ação Mulher e Família
Breve histórico1
O SOS (Save Our Souls) tem suas raízes nos grupos feministas de mulheres, que surgiram no mundo no início dos anos 70. O movimento visava a contestação à opressão masculina, à condição de inferioridade imposta arbitrariamente às mulheres. O surgimento dos
SOSs no Brasil (década de 80) foi uma resposta e um ato de repúdio à violência cometida
contra as mulheres (crimes passionais) - homicídios de mulheres famosas e anônimas.
Os grupos feministas em geral eram basicamente de reflexão (corpo, sexualidade, trabalho, política). O que diferencia os SOSs dos demais grupos feministas era o contato direto
das militantes com as mulheres vitimadas, através da abertura de um espaço de apoio mútuo e solidariedade às mulheres vítimas de violência.
No ano de 1983 foi dado o primeiro passo para a institucionalização: registro do SOS
como pessoa jurídica e criação de uma coordenação técnica e de uma diretoria eleita periodicamente. Também foi obtido o primeiro financiamento pela CPFL e o início da luta pela
auto-subsistência.
Ao longo de 25 anos foram criadas parcerias com o Ministério da Justiça; Unifem; Ministério
da Saúde Unesco; Fundação McArthur/Instituto de Saúde Pública do México e mais recentemente, UNICAMP; Prefeitura Municipal de Campinas; FEAC; CEI; CMAS; CMDM; CMDCA.
Em 1986 o SOS foi reconhecido como entidade de utilidade pública municipal, em 2004
como estadual e em 2005 como federal.
O reconhecimento do SOS, em 1990, se deu como um campo de estágio para as faculdades de Psicologia, Serviço Social e Direito (PUCCAMP e UNIP atualmente).
A população alvo da SOS AÇÃO MULHER E FAMÍLIA não é apenas a mulher, mas também seu companheiro e filhos, abrangendo a família como um todo. Isto é uma conseqüência direta da concepção de que não é possível abstrair a mulher de suas relações e tratá-la
isoladamente de seu contexto familiar. Na visão sistêmica cada uma das partes se interage
e se influencia mutuamente.
Missão
Atender a mulher e a família, vítimas de molestamento e discriminação, no sentido de
contribuir para a superação da opressão e a conscientização dos seus direitos, incluindo os
seguintes aspectos:
1. Dar atendimento social, psicológico e jurídico à mulher e sua família, vítimas de atos
de violência e discriminação no lar, no trabalho e na sociedade:
2. Promover a integração com as entidades congêneres, nacionais e internacionais, visando a conjugação de esforços na problemática em questão;
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ordenadora da equipe técnica do SOS/ Ação Mulher e Família.
SOS Ação Mulher e Família
137
3. Desenvolver estudos e pesquisas relativos a problemas da mulher e sua família e
divulgar matéria educativa e elucidativa para conscientização da sociedade, com o
objetivo de obter seu apoio e integração; e
4. Celebrar convênios e contratos que possibilitem à entidade o desenvolvimento de
projetos, programas e atividades nos seus diversos aspectos.
Objetivo Geral
Tratar e prevenir a violência intrafamiliar, envolvendo os agentes da violência no processo
de mudança dos modelos relacionais disfuncionais, propiciando ao casal e sua família um
espaço acolhedor para escuta, apoio e orientação, que resulte no fortalecimento de seus
vínculos, em sua autonomia, no desenvolvimento de potencialidades nos aspectos emocional e social, tendo como fim último o rompimento do ciclo da violência de gênero e a
recriação de um modelo saudável de relação homem/mulher.
Objetivos Específicos
s Possibilitar um espaço de atendimento para que os agentes da violência e vítimas
desenvolvam processos de mudanças no relacionamento consigo mesmo, com o(a)
parceiro(a) e filhos, tomando consciência de sua conduta, da sua responsabilidade
com a violência exercida e a motivação para efetuar mudanças no comportamento;
s Facilitar a compreensão do processo de construção do modelo relacional de violência;
s Facilitar o desenvolvimento de habilidades interpessoais que possibilitem a construção de um modelo relacional de resolução de conflitos que utilize o diálogo e a negociação, ao invés do poder e da violência;
s Promover o acolhimento da mulher, demonstrando aceitação e um interesse genuíno por sua pessoa e seu problema, favorecendo em última instância um vínculo de
apoio e confiança com a instituição;
s Ajudar a usuária a perceber as possibilidades de mudança de sua realidade, refletindo
sobre os recursos que possui: - internos (seu potencial, suas habilidades); - externos
(a rede de apoio de sua comunidade e a da esfera pública);
s Proporcionar à mulher um espaço de reflexão e crescimento, onde a partir das trocas
e do compartilhar de experiências com outras mulheres, ela possa relativizar suas
questões, descobrir novos potenciais e sentir-se acolhida e legitimada ao identificar
universos pessoais tão próximos ao seu;
s Atender à necessidade imediata da usuária, proporcionando esclarecimentos que sua
problemática tem raízes mais profundas de cunho social e em sua história de vida;
s Avaliar a situação de vida da mulher e sua família proporcionando orientações e encaminhamentos a rede de proteção.
138
SOS Ação Mulher e Família
Atuação
Um dos grandes diferenciais do SOS nos últimos tempos tem sido o foco na qualidade
do serviço e a ênfase no monitoramento e avaliação do modelo de intervenção
SOS. Nesse sentido, foram introduzidos dois instrumentos auxiliares que são a Ficha de
Acompanhamento Individual da Evolução do Caso e o Formulário Geral de Acompanhamento de Evolução de Casos, evidenciando sua participação nos diversos serviços.
Tais medidas se justificam tomando por base que o registro de informações é fundamental
para saber o que mudou a partir da queixa e da solicitação apresentadas pela usuária e
assim obter dados para poder-se avaliar a eficácia da intervenção. Além disso, o grupo de
acompanhamento propriamente dito é outro instrumento de grande valia, pois além de
ser um espaço interdisciplinar por excelência, possibilita realizar o monitoramento bem de
perto. Sabe-se que ainda há muito por fazer e que para isso é essencial aumentar o quadro
de Recursos Humanos, mas certamente nesse ano que passou a entidade está um pouco
mais próxima de sua VISÃO: “ser uma organização reconhecida pela excelência de seus
atendimentos na prevenção da violência doméstica envolvendo a mulher, sua família, as
instituições sociais e a comunidade”.
Também tem sido um fato importante podermos contar com a participação de estagiários e pesquisadores em nível de graduação e pós-graduação de universidades como a
UNICAMP, a USF, a PUCCAMP, a UNIP, em conformidade com um de seus objetivos específicos: “promover campos de estágio, estudos e pesquisas sobre a violência familiar e sua
relação com a violência social.” Assim, a contribuição do estagiário/pesquisador é dupla: ao
mesmo tempo em que ele está gerando conhecimento sobre o fenômeno da violência de
gênero / intrafamiliar e novas formas de enfrentamento do mesmo, se está sensibilizando
a comunidade acadêmica e profissional sobre a importância desse grave problema social e
de saúde pública. Importante evidenciar que continua ocorrendo uma demanda reprimida
da ordem de aproximadamente 40 casos por mês, desta vez no próprio atendimento dos
casos de violência, devido à exclusiva falta de técnicos. Este fato, ao mesmo tempo em que
expressa a importância do serviço, também manifesta a necessidade de que haja maiores
investimentos por parte de agências financiadoras para que a entidade continue desempenhando o seu papel e a sua missão de uma maneira mais expressiva.
SOS Ação Mulher e Família
139
Tabela 03 - Atendimentos efetivados junto às mulheres e ao grupo familiar.
Tipo de Atendimento
Total
% acumulada
Projeto Capacitação Feminina
16410
62,7%
Jurídicos Individuais e de Casal
2119
70,8%
Psicológicos Individuais e de Casal
1414
76,2%
Entrevista de Admissão
1220
80,9%
Terapia Comunitária
823
84,0%
Módulo I
743
86,9%
Projeto Recriando - Brinquedoteca
706
89,6%
Grupos Interdisciplinar de Acompanhamento
556
91,7%
Projeto Refazendo Relações
464
93,5%
Sociais Individuais e Grupo Familiar
390
94,9%
Projeto Gira-Vida
363
96,3%
Espaço Renascer
309
97,5%
Projeto MaterN’ arti
264
98,5%
Plantões de Urgência
163
99,1%
Terapia Comunitária de Casal
120
99,6%
Psicoterapia Breve Individual
46
99,8%
Programa Parceiros da Paz
35
99,9%
Grupo Psicoterapêutico
9
99,95%
Psicoterapia de Casal e Família
8
99,98%
Encaixes da Vida
5
100,0%
Total de Atendimentos
26167
A tabela acima mostra que mais de 80% dos atendimentos realizados durante o período de maio de 2005 a abril de 2008 estão concentrados no Projeto de Capacitação
Feminina, nos atendimentos Jurídicos Individuais e de Casal, Psicológicos e de Casal e
Entrevistas de Admissão.
A realização da Terapia Comunitária foi um dos fatores importantes para o acompanhamento interdisciplinar dos usuários que estão no programa.
140
SOS Ação Mulher e Família
Principais Atividades Realizadas com os Usuários:
s Capacitação feminina com os cursos: manicura/pedicure, cabelereira, depilação,
mosaico, pintura em madeira e sabonete, desenho artístico, bijuteria, biscuit, massagem anti-stress, treinamento em serviços domésticos, crochê e culinária.
s Plantão de urgência - garantia de pronto atendimento para casos que demandam
intervenções e encaminhamentos de urgência;
s Sala de Espera - Acolhimento das usuárias e localizá-las quanto a filosofia do SOS, a
visão sobre gênero e violência, esclarecendo sobre os atendimentos que podem receber
na instituição e, também em outros serviços do município, quando necessário;
s Módulo I (Serviço de triagem nos âmbitos social, jurídico e psicológico) - Promovendo o acolhimento necessário a iniciação do enfrentamento à situação de violência.
Situar as usuárias quanto aos objetivos do trabalho proposto reforçando aspectos
sobre a missão SOS e os propósitos de sua fundação;
s Subsidiar a aquisição de um novo olhar acerca da questão de gênero através da reflexão sobre a construção histórica dos estereótipos sexuais.
s Módulo II - Criar oportunidades que dêem início ao processo de reconstrução de sua
identidade e auto-estima. Ampliar as noções gerais sobre Direitos de Família fornecidas
no Módulo I direcionando-as para as dúvidas específicas das usuárias se interesse geral.
s Entrevistas individuais de admissão ao programa - levantamento da queixa,
anamnese completa incluindo situação individual e familiar, realização dos encaminhamentos internos e externos necessários.
s Atendimento individual e de casal nas áreas social, psicológica e jurídica - Oferecer
atendimento especial para casos que demandem intervenções mais específicas.
s Procedimento Jurídico - ingressar com ações judiciais na Vara de Família, quando
se fizerem necessárias.
s Grupos de acompanhamento - proporcionar um espaço de reflexões sobre gênero
e cidadania, possibilitando uma maior compreensão da realidade no sentido de superar a situação de violência.
s Saúde e Sexualidade: preparar, esclarecer e orientar as mulheres, promovendo a
consciência sobre a sua saúde, autoproteção e riscos de contaminação através de
relações sexuais.
s Terapia Comunitária: reforçar a dinâmica interna de cada indivíduo para que possa
descobrir seus valores, suas potencialidades e promovendo a construção de redes
sociais na comunidade.
s Mediação Familiar: que tem como objetivo a prevenção da violência doméstica, a prevenção de novos conflitos, cuja a violência intra-familiar reverbera na vida social e também na agilização dos processos judiciais. A mediação do conflito familiar ocorre através
do restabelecimento da comunicação, negociação e manejo dos conflitos.
SOS Ação Mulher e Família
141
Principais Atividades Realizadas com as Famílias:
Os atendimentos jurídico, social e psicológico sempre focalizam a família, e os familiares
são incluídos no atendimento através de projetos especiais, no sentido de prevenir e minimizar os agravantes da violência doméstica, são eles:
s ReCriando - atende crianças de 4 a 12 anos, e suas famílias, favorecendo novas
possibilidades de convívio familiar e prevenindo ações de violência.
s Parceiros da Paz - voltado a usuários (as) de álcool e drogas que buscam superar
este problema;
s Projeto Gira-Vida - desenvolve ações sócio-psicoterapeuticas a crianças, adolescentes e suas famílias, buscando transformações no convívio familiar e conseqüente
prevenção e ruptura do ciclo de violência intergeracional;
s Projeto Capacitação Feminina: proporcionar às mulheres qualificações profissional, possibilitando condições de geração de renda e autonomia;
s Projeto Refazendo Relações - voltado a casais que vivem em situação de violência
conjugal e contra crianças e adolescentes, usuários da instituição ou indicados por
outros serviços da rede pública e poder judiciário;
s Projeto MaterN´arti - trabalho de maternagem para pais e cuidadores que consiste no
suporte à reestruturação do papel materno à partir do auto-cuidado, do cuidado com o
outro e com o ambiente doméstico, através de oficinas de arte, reflexão e auto-conhecimento, fundamentado nos princípios da pedagogia Waldorf;
s Reuniões intersetoriais e articulação com profissionais de programas e serviços do
município, para acompanhamento integrado e em rede de famílias que apresentam
agravantes importantes de violência familiar.
Principais Atividades Realizadas com a Comunidade:
s Assessoria, capacitação profissional, palestras e participação em eventos científicos,
abordando temas relacionados a gênero, violência familiar e violência social, com
o objetivo de sensibilizar e ampliar conhecimento e uma prática efetiva no que se
refere a violência. Também houve a participação em eventos municipais: Justiça na
Praça e Ação e Cidadania;
s As profissionais do SOS contribuíram com o processo de discussão das políticas públicas em execução e da necessidade de implantação de novos programas, através de
sua participação no CMDCA, através de Comissões de Família, de Violência Doméstica e Quebrando Silêncios, como também, em reuniões da Coordenadoria da Mulher
e Ação Regional da FEAC. Também há representação do SOS-AMF nos Conselhos
Municipais da Mulher e de Segurança;
s Capacitação Feminina - realização de cursos que possibilitam a iniciação profissional das mulheres, facilitando o processo de autonomia e oferecem, também, um
espaço de convivência e reflexão sobre o exercício da cidadania e direitos humanos e
que são abertos à participação da comunidade;
s Concretização do vídeo institucional do SOS-AMF;
s Realização de Terapia Comunitária com famílias do COMEC;
142
SOS Ação Mulher e Família
s Terapia Comunitária articulada em rede, envolvendo famílias do SOS-AMF abrigo
municipal e programa SAPECA, durante todo o 1º semestre.
Ao longo do período de maio de 2005 a abril de 2008 o número de atendimentos tem
caído e a razão se dá por dois motivos: primeiro, a equipe é constituída de quatro funcionários
efetivos, sendo três administrativos e uma psicóloga, ambos da UNICAMP. Como prestadores
de serviços há uma psicóloga, uma assistente social e uma encarregada da limpeza. Os demais
integrantes da equipe são voluntários, tanto da área jurídica quanto psicológica, além de estagiários. Dessa forma, a capacidade de atendimento, com a qualidade necessária, fica restrita
a um número menor, comparado com períodos anteriores. Segundo, a Delegacia da Mulher,
que antes encaminhava ao SOS Ação Mulher e Família os casos que envolviam a mulher, hoje
tem encaminhado diretamente ao Centro de Apoio à Mulher Operosa - CEAMO, que tem como
objetivo, o atendimento e aconselhamento jurídico, social e psicológico à mulher vítima de violência, discriminação e preconceito.
Equipe
SOS Ação Mulher e Família
143
Andréa Tortorelli Gomes
Carla da Silva
Claudia Ap.Oliveira
Claudia R.Oliva C.Reichling
Ester Aparecida Viana
Flavia Moraes Salles Costa Cavalcanti
Helena Maria de Aguiar Godoy
Isaura Isilda Trevisan Moreira
Lucélia Braghini
Lucia Helena Octaviano
Luciana Andrade
Márcia C.Garcia Silva
Maria Angélica Beozzo Pfister
Maria da Graça Ventura
Maria do Carmo Alves Gerez
144
SOS Ação Mulher e Família
Maria Isabel G.Penteado
Maria Teresa Bueno
Mirian Faury
Neide Martins de Camargo
Odair Lisboa
Patrícia Gatti
Pedro Vitor B.Milanesi
Rafael F.P.e Silva
Renan F.P.e Silva
Shirlei C.M.C.Silva
Taís Helena Pires Trevisan
Tatiana Gomez Espinha
Thaís Bueno de A.Ariza
Theresinha J.S.Mattos
Programa de Gestão Estratégica Pública - PGEP
Objetivos do PGEP
O Programa de Gestão Estratégica Pública foi criado junto à Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PREAC) em 2005, a partir da experiência de docência, pesquisa e extensão
acumulada por diversas equipes de professores e alunos de pós-graduação da UNICAMP, em
especial do Grupo de Análise de Políticas de Inovação (GAPI), vinculado ao Departamento de
Política Científica e Tecnológica (DPCT) do Instituto de Geociências.
O objetivo do Programa é desenvolver ações de extensão universitária (projetos, cursos
de extensão universitária, assessoria e consultoria técnica) que contribuam para a melhoria
da gestão pública brasileira nos níveis federal, estadual e municipal através da capacitação
de seus dirigentes.
O PGEP pretende levar aos governos e seus dirigentes os conhecimentos teórico-práticos
relacionados à gestão estratégica em ambiente de governo. Espera-se, assim, aumentar a
efetividade da atuação dos dirigentes públicos, tornando-os capazes de formular e implementar políticas coerentes com o cenário de constantes mudanças políticas e econômicas e
de construção democrática.
A capacitação dos participantes desenvolve-se nos seguintes eixos e conteúdos temáticos:
1. Instrumentos para Diagnóstico e Intervenção - Metodologia de Trabalho em
Equipe; Metodologia de Diagnóstico de Situações; Metodologia de Planejamento
Institucional; Comunicação para Ação; Organização do Gabinete do Dirigente Público; Agenda do Dirigente Público; Coordenação de Governo; Estudo de Atores;
Gerenciamento de Crises.
2. Instrumentos para Análise - Mapas Cognitivos; Sistemas e Modelos; Análise de
Políticas; Públicas; Poder; Modelos de Tomada de Decisão; Processos de Implementação; Burocracia; Teoria das Organizações; Visões da Relação Estado e Sociedade.
3. Assuntos de Governo - Processo de Democratização; Demandas Cognitivas; A Reforma do Estado e o Estado Necessário; Melhoria da Máquina do Estado; Comunicação de Governo; Promoção de Inovações Social e Ambientalmente Sustentáveis;
Políticas de Inclusão Social; Planejamento Orçamentário; Modernização Administrativa; Escola de Governo.
O principal instrumento de atuação do PGEP - os cursos de extensão universitária - desenvolve-se através das seguintes modalidades do Curso de Gestão Estratégica Pública:
s Especialização presencial (360 horas-aula);
s Extensão presencial (120 horas-aula);
s Extensão semi-presencial (120 horas-aula: 48h presenciais e 72h de ensino à distância mediante o uso de um ambiente de suporte adequado).
Programa de Gestão Estratégica Pública - PGEP
145
Cursos Realizados
Desde 2003, o PGEP ofereceu 14 cursos de Gestão Estratégica Pública, dos quais 11
destes se referem a cursos presenciais de 120 horas-aula a 360 horas-aula e o restante diz
respeito a modalidade extensão à distância (EAD) de 120 horas-aula.
O Curso de Gestão Estratégica Pública, até o final do ano de 2008, formou 431 alunos
nas turmas presenciais e 104 alunos nas turmas semi-presenciais, totalizando 535 alunos
desde 2003.
Participação da Administração Pública
Ao longo dos cinco anos de oferecimento, os cursos do PGEP foram oferecidos diretamente,
por meio de contratos firmados com órgãos públicos, ou indiretamente, através da participação
de seus dirigentes públicos individualmente, a 30 municípios do Estado de São Paulo.
Os municípios são: Americana; Amparo; Atibaia; Botucatu; Bragança Paulista; Campinas;
Campo Limpo Paulista; Cordeirópolis; Guarulhos; Hortolândia; Indaiatuba; Itapira; Jacareí; Jales;
Jarinu; Jundiaí; Limeira; Mogi das Cruzes; Mogi Mirim; Paulínia; Piracicaba; Rio Claro; Salto; São
José dos Campos; São Paulo; Sumaré; Suzano; Valinhos; Várzea Paulista; e Vinhedo.
146
Programa de Gestão Estratégica Pública - PGEP
Programa Alfabetização Solidária - ALFASOL
No último quadriênio, a UNICAMP deu seqüência a sua participação como parceira do
Programa Alfabetização Solidária (AlfaSol), assumindo seu quinhão de responsabilidade social na diminuição do analfabetismo no país como forma de inclusão social de jovens e
adultos não escolarizados.
Objetivos do AlfaSol
O objetivo do Alfasol é propiciar a jovens e adultos não escolarizados o domínio dos
usos sociais da escrita como mais um instrumento de participação e inclusão social. Paralelamente, o Programa visa a colaboração da Instituição de Ensino Superior (IES) parceira
na estruturação, no município atendido, da Educação de Jovens e Adultos (EJA), e o encaminhamento dos egressos de seus cursos para esse segmento de escolarização, a fim de
que eles dêem continuidade a seus estudos, o que lhes potencializará, além da aquisição
de novos conhecimentos, o avanço profissional. Como possível conseqüência, espera-se
uma melhoria no ensino público local, uma vez que parte dos alfabetizadores atua na rede
municipal de ensino.
É com vistas a esses objetivos que a equipe da UNICAMP responsável pela coordenação
dos trabalhos tem atuado na parceria com o AlfaSol.
Princípios orientadores
O trabalho desenvolvido pela equipe da UNICAMP foi orientado por princípios básicos,
dos quais destacamos os mais relevantes.
A neutralidade dos projetos
Nenhum projeto de intervenção externa em uma comunidade é neutro (Gee,1990), pois
a equipe que o implementa traz consigo sua cultura, seus valores, sua visão de mundo, cuja
percepção pela população local é inevitável. É inevitável, também, que alguns membros da
comunidade passe a tomar a equipe como modelo. Ter esses fatos em mente foi essencial
para que fosse impedido qualquer tipo de aculturação. Assim, o trabalho pautou-se pelo
respeito e pela valorização da cultura local.
O poder da escrita
A escrita não tem o poder de garantir um desenvolvimento cognitivo superior, melhores empregos, ou ascensão social, conforme preconizam os que argumentam a favor do
letramento autônomo (Street, 1984). Não é a escrita em si, mas o acesso ao conhecimento
e à tecnologia que seu domínio permite que potencializará transformações pessoais e profissionais e a inclusão social. Potencializará, mas não garantirá, uma vez que outros fatores
estarão exercendo sua influência.
Programa Alfabetização Solidária - ALFASOL
147
Dominar a escrita não significa, contudo, apenas desenvolver habilidades de codificação e
decodificação. Saber ler e escrever significa ser capaz de fazer uso da escrita nas interações sociais que constituem o cotidiano das pessoas. É a apropriação dos usos culturais da escrita e a
compreensão dos fatores socioeconômicos, históricos, políticos e de poder, que os determinam,
que fazem da escrita um instrumento de cidadania (Terzi, 2003; Terzi e Scavassa, 2005).
A autonomia
Não há “transferência” do letramento de um grupo externo a uma comunidade. As pesquisas mostram que as populações atendidas re-processam os usos e funções da escrita, introduzidos pelos projetos, a fim de adaptá-los às necessidades e às condições locais. O respeito a todo
tipo de adequação, que já representa uma autonomia significativa, pois revela que os membros
da comunidade estão se apropriando criticamente do que lhes foi ensinado, assumindo seu
próprio processo de letramento, foi uma constante no trabalho da equipe.
A contextualização do programa
Cada comunidade apresenta, em dado momento histórico, condições socioeconômicas, culturais, políticas e de letramento específicas que devem ser consideradas na programação dos
cursos, uma vez que elas determinam as motivações, necessidades e expectativas com relação à
aprendizagem da escrita. Entretanto, é importante que se vá além das expectativas iniciais, em
geral de cunho utilitário, introduzindo-se outras práticas de letramento que preparem os alunos
para a vivência em múltiplas sociedades letradas.
Atividades desenvolvidas
As atividades desenvolvidas pela equipe da UNICAMP, no quadriênio, envolveram: a seleção e a formação dos alfabetizadores participantes, o acompanhamento e a avaliação dos
cursos, a seleção e a elaboração de material de apoio teórico e didático, e a coleta de dados
para a elaboração de relatórios e para pesquisa.
Seleção e formação dos alfabetizadores
Os alfabetizadores foram selecionados por um membro da equipe da UNICAMP, após
divulgação do concurso, e através de prova escrita e entrevista.
A formação dos selecionados, que teve por objetivo não apenas o preparo profissional
dos mesmos, mas também o desenvolvimento pessoal, foi feita em uma etapa inicial, através de um curso intensivo de 40 horas, e durante as visitas aos municípios, por períodos de
10 horas. Além disso, sempre que dificuldades eram detectadas, eram enviados aos professores textos de apoio teórico e de orientação didática.
148
Programa Alfabetização Solidária - ALFASOL
Acompanhamento e avaliação dos cursos
O acompanhamento e a avaliação dos cursos foram feitos através de visitas trimestrais da
equipe aos municípios atendidos, nas quais foram analisados, juntamente com os alfabetizadores e coordenadores locais, a situação de aprendizagem, os problemas e necessidades, e foram
visitadas as salas de aula, a fim de se ouvir a avaliação dos alfabetizandos; através de dados
informados nos relatórios mensais produzidos por alfabetizadores e coordenadores; através de
aulas gravadas em áudio e, sempre que necessário, através de contatos telefônicos.
A avaliação do desempenho dos alunos foi feita a partir dos dados apresentados pelos
alfabetizadores e da análise, pela equipe, de produções mensais dos alfabetizandos, enviadas à UNICAMP.
Elaboração de material de apoio didático
Dada a formação limitada dos alfabetizadores e o difícil acesso a portadores de textos, foi
enviado aos municípios material para uso em sala de aula, assim como livros e revistas que
poderiam atender tanto os participantes do AlfaSol como a comunidade em geral. Além de
utilizado nos cursos, o material didático enviado foi reproduzido por algumas professoras
para uso em suas salas no ensino municipal. Já os livros e revistas deram início, em três dos
municípios atendidos, a uma pequena biblioteca.
Coleta de dados
Mensalmente, foram enviados à coordenação nacional do AlfaSol o relatório de avaliação
(RMA) e o de execução (RME), referentes a cada município, e, ao final de cada módulo, o relatório geral contendo dados sobre o atendimento e sobre os resultados da aprendizagem.
Quadro I - Atendimentos Efetivados
Alfabetizadores
formados
Alunos
atendidos
Olho D´Água do Casado
21
403
Traipu
54
645
Campinas
11
189
Carneiros
40
719
Olho d´Água das Flores
15
266
Canapi
10
195
Lajeado
6
98
Tocantínia
7
134
Miracema do Tocantins
7
95
171
2.744
Município
Total Geral
Programa Alfabetização Solidária - ALFASOL
149
Em 2005, a UNICAMP foi parceira do AlfaSol no Projeto Nacional, atendendo os municípios de Olho D´Água do Casado e Traipu, em Alagoas, e do Projeto Grandes Centros
Urbanos, atendendo a região periférica do município de Campinas.
No ano de 2006, com o encerramento do Projeto Grandes Centros Urbanos, a UNICAMP
deixou de atuar em Campinas e assumiu a coordenação de mais um município - Carneiros,
AL - do Projeto Nacional, até então coordenado por outra IES. No final do ano, tendo em
vista que os objetivos já haviam sido atingidos, os trabalhos do AlfaSol no município de Olho
D´Água do Casado foram encerrados.
A continuidade dos trabalhos se deu em 2007 em Traipu e Carneiros, e foram assumidos
dois outros municípios alagoanos - Olho d´Água das Flores e Canapi - que vinham sendo
coordenados por outras IES. A atuação do AlfaSol nos municípios de Traipu, Olho d´Água
das Flores e Canapi foi encerrada no final deste ano, dada a constatação de os objetivos já
terem sido alcançados.
Além da continuidade dos trabalhos em Carneiros, AL, a UNICAMP, em 2008, assumiu
três municípios do Tocantins: Lajeado, Tocantínia e Miracema do Tocantins.
Reflexos da atuação no AlfaSol no ensino e na pesquisa
Todo o trabalho desenvolvido no período, assim como as discussões teóricas que o embasavam, envolveu a participação direta e a formação de três alunas de graduação e de
uma de pós-graduação, e influenciou os cursos sobre letramento oferecidos no IEL pela coordenadora da equipe. Os dados coletados no AlfaSol resultaram, no último quadriênio, em
três artigos publicados, uma apresentação em congresso internacional e uma em congresso
nacional. Com dados de outras esferas educacionais, porém apoiadas na experiência do trabalho realizado no AlfaSol, foram defendidas uma tese de doutorado e duas de mestrado.
Assim sendo, o conjunto de dados apresentados mostra que projetos de extensão como
o AlfaSol trazem benefícios não apenas às comunidades em que são implementados, mas
também ao ensino e à pesquisa na Universidade.
150
Programa Alfabetização Solidária - ALFASOL
Capacitação de Pescadores Artesanais para
Manejo da Pesca - CAPESCA
O CAPESCA - Programa: Capacitação de Pescadores Artesanais para o Manejo da Pesca,
tem a missão de criar as bases para a sustentabilidade da pesca artesanal em termos ecológicos, econômicos, sociológicos e culturais. Vale ressaltar que a pesca artesanal no Brasil é
responsável por mais de 50% de todo o desembarque pesqueiro.
O espaço criado pela PREAC para a existência e funcionamento do CAPESCA foi e está
sendo fundamental para colocar em prática um dos objetivos do CAPESCA, que é o de
“subsidiar o manejo pesqueiro através da interação entre conhecimento científico e conhecimento local (conhecimento dos pescadores)”.
Essa linha de pesquisa e extensão teve, ao longo desses anos, pouco espaço na UNICAMP, por ser vista muito biológica por uns e muito sociológica por outros, a ponto de se
considerar que ela não se encaixava nem em departamentos e nem em núcleos, pois esses
acabam por representar uma linha de pesquisa, de uma área ou outra.
Desse modo, o espaço criado pela PREAC, com sede física na Estação Guanabara, proporcionou ao CAPESCA grande desenvolvesse que aliado à parceria com o LEPAC em Paraty,
está sendo possível desenvolver um projeto qüinqüenal em colaboração com o IDRC Canadá, além de pesquisas e projetos com pescadores artesanais na região de Paraty, bem como
em outras regiões do Brasil, como Rio de Janeiro, Bahia e Alagoas.
DIVULGAÇÃO
Reunião com Pescadores e Mapeamento de Pesqueiros: Angra dos Reis,
em 11 de fevereiro de 2009.
Capacitação de Pescadores Artesanais para Manejo da Pesca - CAPESCA
151
DIVULGAÇÃO
Pescadores da região de Maceió, Alagoas. Projeto (FAPESP 07/58700-7).
Janeiro 2009.
A possibilidade de diálogo entre pesquisa e conhecimento local sobre espécies de peixes, biologia e ecologia de peixes, áreas de pesca, dentre outros, abre as possibilidades de encaminhar
subsídios e políticas de manejo da pesca costeira e de água doce. A interação entre pesquisadores e pescadores artesanais é então vinculo essencial para encontrar caminhos sustentáveis à
pesca artesanal, à produção pesqueira e às espécies de pescado.
Nesse sentido, o CAPESCA tem realizado:
s estudos sobre etnobiologia e sobre etnoecologia, conhecimento que os pescadores artesanais possuem sobre a biologia e ecologia das espécies;
s estudos sócio-ecológicos sobre pescadores artesanais habitantes da costa da Mata
Atlântica e ribeirinhos da Amazônia;
s cursos de extensão sobre manejo pesqueiro;
s organização e participação em eventos.
DIVULGAÇÃO
Pescadores do Saco do Mamanguá,
Paraty, Janeiro 2009. Entrevistas do
projeto em parceria com FIFO & IBIO
152
Capacitação de Pescadores Artesanais para Manejo da Pesca - CAPESCA
Principais atividades desenvolvidas e resultados obtidos
Projetos de Pesquisa
1. Ecologia e Etnoecologia de Lutjanidae, com aporte FAPESP de R$104.995,00.
Objetivos: adquirir conhecimentos sobre a dieta e reprodução dos vermelhos, seja através de estudos sobre a biologia das espécies, seja através do conhecimento dos pescadores artesanais. Resultados esperados: contribuir com subsídios amanejo pesqueiro de
peixes recifais; incluir pescadores artesanais em processos de co-manejo pesqueiro.
2. Diagnóstico Sócio-Ambiental de comunidades de pescadores artesanais de Ilha
Grande e Paraty. Projeto em parceria com Instituto BioAtlântica, aporte financeiro na ordem de R$67.000,00. Objetivos: levantamento de 30 comunidades de
pescadores artesanais nas regiões de Angra e Paraty visando obter informações sobre
uso de recursos naturais, pesca e pesqueiros usados. Resultados esperados: subsidiar o
manejo da pesca artesanal, publicar um livro sobre os resultados obtidos.
3. Community based Management and Food Security in Brazil. Projeto em colaboração com Prof. Fikret Berkes, Natural Resource Institute, University of Manitoba,
Canadá, financiado por IDRC-IRCI Canadá (Can$ 749,981.00). Recém aprovado,
carta apresentada abaixo. Objetivos: obter informações sobre a pesca da região de Paraty, sobre a ecologia e etnoecologia de espécies comerciais, sobre uso de recursos naturais
e sobre instituições locais. Resultados esperados: elaborar um modelo de manejo pesqueiro local, incluindo processos de co-manejo; intercambio entre estudantes do Brazil
e Canadá.
Publicações
Livros
Livro, 2007: HANAZAKI, N., PERONI, N. ARAUJO, L. G., TOLEDO, B. A., TAMASHIRO, J. &
BEGOSSI, A 2007. Etnobotanica Caiçara. ED. RIMA, São Carlos.
Periódicos 2007
CLAUZET, C.,RAMIRES, M. e BEGOSSI, A. 2007. Etnoictiologia dos pescadores artesanais da
Praia de Guaibim, Valença, Bahia.Neotropical Biology and Conservation 2(3): 136-154.
PACHECO, S. P. & BEGOSSI, A. 2007. Whales, dolphins or fishes ? The ethnotaxonomy of
Cetaceans in São Sebastião, Brazil. Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine 3:9
www.ethnobiomed.com/content/2/1/9
SILVA, A. L.; J. TAMASHIRO e BEGOSSI, A. 2007. Ethnobotany of riverine populations from
the Rio Negro, Amazônia (Brazil). Journal of Ethnobiology 27(1): 46-72.
Capacitação de Pescadores Artesanais para Manejo da Pesca - CAPESCA
153
Periódicos 2008
BEGOSSI, A. .2008. Local knowledge and training towards management. Environment, Development and Sustainability 10:591-603.
BEGOSSI, A., CLAUZET, M., FIGUEIREDO, J.L., GARUANA, G., LIMA, R.V., MAcCORD, P.
F., RAMIRES, M., SILVA, A.L.; SILVANO, R.A.M. 2008. Are biological species and highranking categories real? A comparison of fish folk taxonomy in the Atlantic Forest and in
the Amazon (Brazil). Current Anthropology:, 49:292-306.
BEGOSSIi, A. e SILVANO, R.A.M. 2008. Ecology and Ethnoecology of dusky grouper, garoupa, [Epinephelus marginatus ( Lowe, 1834)] along the coast of Brazil. Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine, 4: 20 (online).
HENS, L. e BEGOSSI, A. 2008. Diversity and management: from extractive to farming systems. Environment, Develoment, and Sustainability, 10: 559-563.
LOPES, P. F. e BEGOSSI, A. 2008. Temporal changes in caiçara artisanal fishing and alternatives for management: a case study on the southeastern Brazilian coast. Biotaneotropica
8(2): online.
PERONI, Nivaldo ; BEGOSSI, A. ; HANAZAKI, Natalia . 2008. Artisanal fishers´ethnobotany: from plant
diversity use to agrobiodiversity. Environment, Development and Sustainability, 10: 623-637.
SILVA, A.L. e BEGOSSI, A. 2008. Biodiversity, food consumption and ecological niche dimension: a study case of the riverine populations from the Rio Negro, Amazonia, Brasil.
Environment, Development, and Sustainability, DOI 10.1007/s10668-007-9126-z .
SILVANO, R.A.M., Silva, A.L., CERONE, M. e BEGOSSI, A. 2008.
Contributions of Ethnobiology to the conservation of tropical rivers
and streams. Aquatic Conservation, 18(3): 241-260, DOI 10.1002/aqc.825.
Cursos
Curso de Extensão sobre Manejo Pesqueiro, 16 a 20 de junho de 2008, Estação
Guanabara, Campinas, S.P. Organização de Eventos: XVth International Meeting of the
Society for Human Ecology, 4 a 7 de outubro, Rio de Janeiro, 2007.
Participação em eventos e visitas de colaboração:
1. Extensão dezembro de 2007 e novembro de 2008, PREAC, UNICAMP.
2. ECOSUMMIT 2007, Beijing, CHINA, 22-27 maio de 2007. Apres. Oral do trabalho,
por A. Begossi: Research and Education for Local Populations towards Sustainability: examples for fisheries. Apoio: FAPESP 07/51011-1, CNPQ e FAEPEXUNICAMP.
3. Colaboração (Prof. I. Tibbetts) e palestra (Ecology, Training and Management in Tropical Fisheries) na University of Queensland, Australia, Janeiro de 2008.
4. The XVIth International Conference of the Society for Human Ecology, Bellingham,
USA: organização de sessão e apresentaçao de trabalhos.
154
Capacitação de Pescadores Artesanais para Manejo da Pesca - CAPESCA
Centro de Estudos Educação e Sociedade - CEDES
Introdução
O Centro de Estudos Educação e Sociedade - CEDES é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos ou religiosos, criada em março de 1979 por um grupo de
educadores preocupados com a reflexão e a ação ligadas às relações da Educação com a
sociedade em uma perspectiva crítica, tendo em vista a sua transformação no período de
redemocratização.
Participa ativamente dos principais debates educacionais, buscando contribuir para uma educação identificada com os princípios da democracia e da justiça social. O CEDES realizou estudos
e pesquisas sobre problemas relevantes na intersecção educação e sociedade; participou nos debates sobre políticas de educação municipais, estaduais e nacionais; promoveu publicações que
asseguram a difusão do conhecimento produzido no campo da educação, procurando aquilo
que há de emergente, polêmico e inovador; organizou seminários, colóquios, ciclos de estudos,
cursos, conferências e participou da organização de eventos acadêmicos.
As atividades realizadas no CEDES envolvem as publicações: Educação & Sociedade e
Cadernos CEDES, assim como os eventos organizados pelo CEDES, o Jornal da Educação
publicado online e a participação do CEDES nas discussões e formulação de políticas públicas de educação.
Educação & Sociedade
Tem a missão de difundir e proporcionar visibilidade ao conhecimento produzido, como
uma função constitutiva do campo do conhecimento científico da educação, na forma de
sínteses provisórias, a fim de permitir o desenvolvimento das teorias na gênese das idéias
novas, na abrangência e na revisão de perspectivas de análises das problemáticas e seus
novos enfoques, na universalização do debate dos problemas nacionais e regionais, na comparação de conceitos e idéias produzidos em diferentes contextos culturais e sociais e na
inovação e criação de novos mecanismos de compreensão, explicação e difusão de direitos
e práticas sociais.
A revista Educação & Sociedade é um periódico científico de nível Internacional, disponível também na Scientific Electronic Library On-Line (scielo), conceito atribuído e mantido
regularmente pela avaliação de periódicos Qualis/capes, considerado um dos mais importantes periódicos científico hoje editados na área da Educação no país.
1. Funções da revista
s resgatar e ampliar temáticas recorrentes no cenário acadêmico;
s introduzir temáticas contemporâneas, novas ou pouco exploradas no cenário acadêmico brasileiro.
Centro de Estudos Educação e Sociedade - CEDES
155
Educação & Sociedade participou, com muita presença, da reorganização do campo educacional na década de 1980 e seus números guardam registros de diferentes movimentos da
época. Foi um ator incansável do movimento dos editores. Desde os anos de 1990, a revista
participa nas reuniões e nos cursos da Associação Brasileira dos Editores Científicos (abec).
As publicações permitem não só retomar, introduzir e aprofundar temas contemporâneos da
educação, na sua relação com a sociedade, mas também difundir os conhecimentos resultantes
de pesquisas que vêm sendo produzidas no campo educacional, no Brasil e no exterior.
2. Temas publicados
s
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“Teorias críticas e liberalismo: Contrastes e confrontos” (n. 57, 1996).
“Tecnologia, trabalho e educação” (n. 61, 1997).
“Competência, qualificação e trabalho” (n. 64, 1998).
“Formação de profissionais da educação: políticas e tendências” (n. 68, 1999).
“Vigotski – o manuscrito de 1929: temas sobre a constituição cultural do homem”
(n. 71, 2000).
“Ética, educação e sociedade: um debate contemporâneo” (n. 76, 2001).
“Políticas públicas para a educação: olhares diversos sobre o período de 1995 a
2002” (n. 80, 2002).
“Educação: de direito de cidadania a mercadoria” (n. 84, 2003).
“Universidade: reforma e/ou rendição ao mercado? Mercantilização do conhecimento e deserção do Estado” (n. 88, 2004).
“Políticas públicas de regulação: problemas e perspectivas da educação básica” (n.
92, 2005).
“Educação: políticas públicas afirmativas e emergentes” (n. 96, 2006).
“Educação escolar: os desafios da qualidade” (n. 100, 2007).
“Ensino médio” (n, 70, 2000).
“Políticas curriculares e decisões epistemológicas” (n. 73, 2000).
“Os saberes dos docentes e sua formação” (n. 74, 2001).
”Políticas educacionais” (n. 75, 2001).
“Ensaios sobre Pierre Bourdieu (n. 78, 2002).
“Diferenças” (n. 79, 2002).
“Letramento” (n. 81, 2002).
“Políticas educativas em Portugal e no Brasil” (n. 82, 2003).
“Adorno e a educação” (n. 83, 2003).
“Imagem e pesquisa em educação: currículo e cotidiano escolar” (n. 86, 2004). “Globalização e educação: precarização do trabalho docente - I” (n. 87, 2004).
“Globalização e educação: precarização do trabalho docente - II” (n. 89, 2004).
“Sociologia da infância: pesquisas com crianças” (n. 91, 2005).
“Entre Deleuze e a educação” (n. 93, 2005).
“Políticas educacionais e diferenças culturais” (n. 95, 2006).
156
Centro de Estudos Educação e Sociedade - CEDES
s “Cotidiano escolar” (n. 98, 2007).
s “O trabalho docente no contexto latino-americano: algumas perspectivas de análise” (n. 99, 2007).
s “Experiências educativas e construção de fronteiras sociais” (n. 103, 2008).
As políticas editoriais de Educação & Sociedade têm sido rigorosamente detalhadas a
partir de coerente planejamento anual. A efetiva participação dos conselhos nas definições
e discussões de seu projeto tem se configurado como um fator importante para a manutenção constante da qualidade das publicações.
O CEDES é o responsável pela produção de suas publicações, significando com isso redução dos custos editoriais, garantia de maior autonomia e controle sobre todas as etapas
de sua publicação, além de permitir melhorias na qualidade final, em termos gráficos, de
layout e de conteúdo.
As publicações são distribuídas por redes de livrarias e de distribuidores editoriais, comerciais e universitários (sócios da Associação Brasileira de Ensino Universitário); pela Loja
Virtual no site do CEDES (vendas e divulgação) das revistas, em eventos mais importantes do
campo educacional; em seminários e mesas-redondas promovidos pela revista com apoio de
instituições acadêmicas, nacionais e internacionais.
3. Implantação da nova plataforma de captação de artigos
Até 2007, o processo de submissão de artigos para avaliação era feito de maneira tradicional, ou seja, encaminhamento, via correio padrão, de três cópias impressas e mais o
arquivo eletrônico em disquete ou cd-rom. Atualmente, a revista está operando exclusivamente pelo Sistema scielo de publicação, Submission, que utiliza o Open Journal
System como suporte de gerenciamento eletrônico para publicação de periódicos científicos. Dessa forma, o processo de captação e arbitragem dos artigos passará necessariamente
por uma plataforma eletrônica, on-line, onde os autores poderão se cadastrar e submeter
seus trabalhos para apreciação do Comitê Editorial, podendo, inclusive, acompanhar todo o
processo de tramitação de seu texto.
Pelo sistema anterior, o Comitê Editorial vinha recebendo cerca de 180 artigos por ano,
sendo que destes cerca de 58 foram publicados. O tempo médio entre submissão e aceitação/recusa tem sido de meses; entre a aceitação e a publicação, tem variado de 5 meses
a 1 ano, dependendo da temática e da organização e distribuição dos números ao longo
do ano, pelo Comitê Editorial. Com relação à publicação de artigos de origem internacional, nos últimos 3 anos, a média é de 11%. Com o novo sistema, estima-se um aumento
considerável na submissão de textos, uma vez que a plataforma eletrônica pode facilitar o
acesso e a comunicação de dados entre os autores e a revista. Para se cadastrar no sistema,
o autor precisa acessar o site Submission e seguir as orientações para submissão de artigos
à Educação & Sociedade: <http://submission.scielo.br/index.php/es>
Centro de Estudos Educação e Sociedade - CEDES
157
4. Desempenho na scielo e Avaliações do Qualis
A inclusão das publicações no Programa scielo de revistas eletrônicas (bireme). – colocando-as entre as selecionadas para serem disponibilizadas nesta biblioteca virtual, desde
a primeira fase de funcionamento pleno do projeto (1998) possibilita à comunidade acadêmica o acesso imediato às melhores e mais atuais publicações científicas brasileiras, facilitando, sem dúvida, o intercâmbio, a colaboração e a polêmica de que depende o avanço
do conhecimento. Outro aspecto relevante é que, ao franquear o acesso a um “produto”
anteriormente acessível apenas pela compra ou assinatura do periódico, o projeto acentua
seu caráter de “bem público” da produção científica. No entanto, não há dúvida de que as
respostas aos desafios representados pela audácia desse projeto dependem do modo como
eles serão enfrentados e apropriados pelas comunidades científica e acadêmica e pelas
agências nacionais que as fomentam.
Tabela 01 - Dados comparativos entre Educação & Sociedade e outros periódicos da
mesma área que demonstram o excelente desempenho entre as publicações disponíveis
na scielo no período: de 09/2006 a 04/20081
Periódico
Disponível
na scielo desde
Nº de
acessos
Periodicidade
Avaliação
Qualis
Educ. Soc.
1998
253.532
Trimestral2
Internacional
Cad. CEDES
1998
124.441
quadrimestral
Nacional B
Cad. Pesquisa
2003
93.457
quadrimestral
Internacional
Rev. Bras. Educ.
2005
88.568
quadrimestral
Internacional
Educ. Pesq.
2001
83.533
quadrimestral
Internacional
Rev. Bras. Educ. Esp.
2006
35.552
quadrimestral
Nacional A
Ensaio
2005
24.337
trimestral
Nacional B
Rev. Fac. Ed. USP3
1999
23.541
semestral
não consta
Educar em Rev.4
2007
7.622
semestral
Nacional A
1
Esse período foi escolhido porque ele representa um momento comum de permanência destas revistas na scielo.
2
Inclui-se na periodicidade mais um número temático regular, publicado em outubro de cada ano, totalizando, portanto, quatro (04). números regulares.
3
Esta revista teve seu nome alterado para Educação & Pesquisa (USP). a partir de 2001.
4
Única revista da área de Educação que entrou na biblioteca a partir de 2007.
A tabela 01 evidencia a posição singular da revista Educação & Sociedade entre as
demais; foi a primeira a participar de biblioteca eletrônica. No período de setembro/2006
a abril/2008 apresentou o maior número de acesso ao seu conteúdo, cumprindo rigorosamente a sua periodicidade e alcançando excelente nível de avaliação no Qualis.
Considerando que a biblioteca eletrônica ultrapassa os limites geográficos e se torna
ferramenta de pesquisa para toda a comunidade científica internacional, esses dados confirmam a abrangência e visibilidade de Educação & Sociedade no cenário nacional e in158
Centro de Estudos Educação e Sociedade - CEDES
ternacional, garantindo aos autores ampla socialização ao seu trabalho, mediante difusão e
circulação dos resultados de suas pesquisas em nível universal.
5. Avaliações Qualis/capes
A revista alcançou e vem mantendo um excelente nível de avaliação no Qualis, categorizando-a e reafirmando-a, no período de 2006/2007, como uma publicação de nível
Internacional.
6. Indexações
Um aspecto referente à visibilidade da revista, no horizonte por ela abrangido, é seu
trabalho de abertura, nestes últimos anos, aos países da América Latina e o reforço da participação de autores europeus. A revista, atualmente em estudo para indexação internacional
no ISI (http://www.isinet.com), recebe contribuições de autores de diversos países.
Todo este processo de internacionalização do periódico, com vistas à ampliação de sua
visibilidade em âmbitos nacional e internacional, pode ser confirmado pela sua participação
em vários sistemas indexadores, como mostra a tabela 02 a seguir.
Tabela 02 - Relação das indexações existentes e em fase de inclusão
INDEXADOR
ABRANGÊNCIA
=
Library On Line (SCIELO)
Internacional: http://www.scielo.br/es
Sociological Abstracts
Internacional: http://www.csa.com/ids70/serials_source_list.php?db=llbaset-c
Linguistics and Language
Behavior Abstract
Internacional: http://www.csa.com/factsheets/llba-set-c.php
IRESIE
Internacional: http://www.iisue.unam.mx/iresie/
SIBE/BBE (INEP)
Nacional: http://www.inep.gov.br/pesquisa/bbe-online/lista_perio.asp?nav
egacao=anterior&tit=educacao+@@@+sociedade&P=1&nl=20
Quallis/ANPEd
Nacional: http://www.capes.gov.br/avaliacao/webqualis.html
EDUBASE (UNICAMP)
Nacional: http://www.bibli.fae.unicamp.br/fae/default.htm
RedAlyc
Internacional: aprovado e em fase de organização do conteúdo on-line
ISI net
Internacional: em fase de negociação, com intermediação da equipe
SCIELO
Centro de Estudos Educação e Sociedade - CEDES
159
Cadernos CEDES
É um periódico científico de nível nacional, disponibilizado na scielo desde 1998. Com 27
anos de publicação ininterrupta, tem caráter monotemático e é destinado primordialmente
a alunos de graduação e pós-graduação, educadores do ensino fundamental, médio e superior e a participantes de movimentos educativos.
Os Cadernos têm como missão divulgar temas fundamentais de educação nos diferentes
âmbitos do ensino, com vistas à atualização permanente dos educadores. A identidade dos
Cadernos está, portanto, centrada no sujeito educador, ou seja, em um público nacional mais
amplo preocupado com a educação. A necessidade social de divulgar e compartilhar com esses
profissionais o conhecimento produzido, as reflexões sobre educação e a política educacional
produzida em diferentes espaços, sempre foi uma preocupação dos Cadernos.
1. Políticas editoriais
O compromisso editorial sempre pautou pela ampla análise do processo educacional e
das políticas educacionais, oferecendo um espaço de discussões a respeito das teorias educacionais inovadoras, com a perspectiva de ampliar o debate teórico-pedagógico entre os
educadores. O seu impacto pode ser sentido pela quantidade de reedições de vários de seus
números, resultante da crescente demanda por temáticas específicas da Educação.
Os textos dos Cadernos são escritos por autores reconhecidos, com expressiva produção
na área e os temas têm contribuído para a inovação da pesquisa e para o debate das políticas nacionais na área educacional.
Desde 1980, os Cadernos são publicados quadrimestralmente. Sua tiragem, desde
1997, tem sido em média de 1.000 exemplares impressos e todos os seus artigos são disponibilizados na scielo (www.scielo.br/cCEDES). imediatamente após a distribuição impressa.
Uma das metas, a curto prazo, é recuperar eletronicamente todos os números anteriores à
inclusão na scielo e disponibilizar a coleção completa dos Cadernos nesta importante biblioteca eletrônica.
O processo de submissão de propostas temáticas e artigos para avaliação é feito exclusivamente pelo Sistema scielo de publicação, Submission, que utiliza o Open Journal System
como suporte de gerenciamento eletrônico para publicação de periódicos científicos.
2. Desempenho na scielo e avaliações Qualis
Nas tabelas 01 e 02 pode-se verificar a excelência do desempenho dos Cadernos na scielo, referente também ao período de 09/2006 a 04/2008. O número de acessos aos Cadernos CEDES só é menor do que o da revista Educação & Sociedade, que é uma publicação
do mesmo Centro. Esta situação parece significativa dada a importância deste periódico
quando comparada a outros da mesma área.
160
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3. Indexações
Um aspecto a ressaltar é o esforço dispendido pelo Comitê Editorial para aumentar a
visibilidade e internacionalização dos Cadernos, por meio da ampliação dos indexadores
nacionais e internacionais. O CEDES é associado ao Portal Quorum de Revistas Iberoamericanas, de iniciativa da Universidad de Alcalá de Henares (Espanha), cujos objetivos são
a difusão, diálogo e intercâmbio de idéias entre os autores, bem como a promoção e cooperação cultural entre os países da América Latina. Segue, abaixo, um quadro atualizado da:
Tabela 03 - lista de indexações dos Cadernos
Abrangência
Fonte indexadora
scielo
Internacional: www.scielo.br/cCEDES
lilacs
Internacional: http://cys.bvsalud.org/html/pt/home.html
Portal Quorum
Internacional: http://www.quorumderevistas.org/
iresie (cesu/unam).
Internacional: http://www.iisue.unam.mx/iresie/
}#
X}cação (bbe - sibe/inep).
Nacional: http://www.inep.gov.br/pesquisa/bbe-online/lista_fasc.
asp?tit=cadernos+CEDES&nl=20
Qualis/anped
Nacional: http://www.capes.gov.br/avaliacao/webqualis.html
Jornal da Educação
O JORNAL DA EDUCAÇÃO é uma publicação que compõe uma das seções da revista Educação & Sociedade e tem como objetivo central debater questões educacionais brasileiras.
Com periodicidade trimestral, publica entrevistas, artigos e notícias relativas à atuação do
CEDES e à educação em geral.
Intervenção na Política Pública Educacional
A defesa da escola pública, gratuita, laica e de qualidade, o compromisso com a igualdade,
democratização e defesa do direito à educação como base para o cidadão exercer outros direitos
sociais, permearam as participações institucionais do CEDES nas ações conduzidas pelo movimento social do campo da educação. A orientação das escolhas dos temas dos dossiês e dos
números especiais temáticos da revista Educação & Sociedade indicam o empenho do CEDES
em aprofundar as suas ações políticas paralelamente articuladas com o desenvolvimento do
conhecimento produzido ou em produção nas Ciências da Educação e nas Ciências Sociais.
As estratégias e ações políticas e acadêmicas nesse período foram articuladas entre as associações científicas: Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação, (ANPED),
Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (ANFOPE), Centro de Estudos
Educação e Sociedade (CEDES), Fórum de Diretores de Faculdades/Centros de Educação das
Universidades Públicas Brasileiras (FORUMDIR) e Associação Nacional de Política e Administração
da Educação (ANPAE).
Centro de Estudos Educação e Sociedade - CEDES
161
Sem dúvida, a formação de professores foi e continua a ser um dos objetos centrais da intervenção e participação do CEDES e das demais entidades científicas no acompanhamento das
políticas da educação nas duas últimas décadas.
Devem ser destacados a articulação entre as entidades citadas e as audiências e reuniões
com o Ministro da Educação, realizados entre fins de 2007 e início de 2008, por ocasião da
formulação do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), particularmente a discussão da
política de formação de professores evidenciada hoje na Nova CAPES. Uma das pesquisadoras
indicadas pelo CEDES é membro integrante do Conselho Técnico Científico da Educação Básica
da CAPES, que entre outras formulações procura desenhar o Sistema Nacional de Formação de
professores no país.
Outra atividade política do CEDES consistiu no apoio ao XIV ENDIPE, Encontro Nacional de
Didática e Prática de Ensino com a temática: “Trajetórias e Processos de Ensinar e aprender: lugares, memórias e culturas”, evento realizado em Porto alegre em maio de 2008. A presidente
coordenou a mesa do Prof. Zeichner, da Universidade de Madison, USA, que apresentou um
texto sobre o estado da arte sobre o conceito de professor reflexivo: “Análise crítica sobre a
formação do Professor reflexivo”, artigo que será publicado no próximo n° da revista E&S, em
agosto de 2008. O CEDES impulsionou recentemente a realização da I Conferência Nacional
da Educação – CONEB – em maio de 2008, com a temática sobre “A construção do Sistema
Nacional da Educação”. Registramos a presença do CEDES com 13 Delegados e a participação
da sua Presidente no Colóquio sobre “As TIC e a Formação de Professores”, cuja apresentação
encontra-se disponível ao acesso público no site do CEDES: www.CEDES.unicamp.br.
As perspectivas atuais do trabalho político do CEDES consistem em dar seqüência a articulação das entidades científicas no acompanhamento e posicionamento analítico e crítico sobre as
políticas públicas da educação, no Congresso Nacional e no MEC.
O CEDES dará particular atenção às tentativas expressas no movimento de recomposição do
Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública, desativado depois de alguns anos, em razão de
diferenças, sobretudo políticas, entre as entidades sindicais e científicas.
162
Centro de Estudos Educação e Sociedade - CEDES
Programa Café Cultura Santa Luzia
O Café Cultura Santa Luzia é um projeto de extensão apoiado pela PREAC, sob a responsabilidade do Prof. Paulo Maria Ferreira de Araújo, do Instituto de Biologia da UNICAMP, e com parcerias com
a Universidade Federal da Paraíba, a Comunidade local e Prefeitura Municipal.
O projeto visa a inclusão social e a promoção da cidadania, através de um Núcleo de Estudos Educacionais para a Cidadania, para elevar o município de Santa Luzia ao patamar de uma comunidade
saudável em conformidade com os preceitos da Organização Mundial de Saúde.
DIVULGAÇÃO
João Paulo, Clesciane, Paulo Araújo
e Ozanira: Participação na etapa final da Olimpíada ‘Evoluindo Saúde’
na UNICAMP
DIVULGAÇÃO
Programa Café Cultura Santa Luzia
163
Epílogo
Neste relatório pretendeu-se mostrar o esforço da PREAC na busca pela institucionalização
da Extensão na UNICAMP, que tem se tornado, indubitavelmente, a base de um enorme estímulo para o fortalecimento, aplicação e criação de novos projetos e programas de extensão na
nossa Universidade. Ainda, a reestruturação da PREAC foi importante para a centralização das
inúmeras atividades de extensão realizadas na UNICAMP, que resultou num notável incremento
no apoio da Pró-Reitoria a essas atividades, e no fortalecimento e valorização da atuação dos
grupos envolvidos, particularmente, nas atividades da extensão comunitária. Os programas, projetos e ações criados no período 2005-2009, abriram os caminhos para a nova concepção sobre
a Extensão Universitária na UNICAMP. A restauração do prédio da Estação Guanabara foi um
marco importante para a Extensão da UNICAMP, possibilitando a criação do Centro de Inclusão
e Integração Social, CIS-Guanabara, um espaço privilegiado de atividades da UNICAMP junto à
sociedade de Campinas e da Região Metropolitana. Os congressos, fóruns e grandes eventos,
em parceria com as diferentes instituições nacionais e internacionais propiciaram uma enorme
integração entre o corpo docente, discente e o dos profissionais de apoio técnico-administrativo
da UNICAMP. A presença da PREAC, portanto, foi marcante nesses últimos quatro anos na
discussão, em todos os níveis, dos desafios que fazem parte do desafio maior da Extensão
Universitária, que é o da permanente construção de uma Universidade pública e democrática,
reconhecida nacional e internacionalmente, cujo compromisso social deve sempre estar, prioritariamente, inserido na formação acadêmica de excelente qualidade e cidadã dos seus jovens
profissionais de amanhã.
Equipe da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários
164
Epílogo